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música e mercado
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RUÍDOS ORDENADOSapontamentos avulsos sobre música, mercado, coletivos, apropriação
tecnológica, cultura open source, redes...
por cláudio manoel duarte
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A rede, desde as caravelas
• culturas se entrecruzam intermediadas por espaços de fluxos
• pluricultura• diversidade
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a rede fora da net• cultura identitária gera e
fortalece sua própria rede• a cultura punk foi expandida
pelos mercados• > mercado underground
(fanzines, selos alternativos, shows, promoters, clubes noturnos...)
• > mercado mainstream (tablóides sensacionalistas ingleses, selos “comerciais”, revistas de circulação mundial...)
4• outras redes: o funk carioca, o hip hop, o teatro de rua, a
cena eletrônica, a street art, arrocha...
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a rede na net
• Comercialização da internet nos EUA (85) e Brasil (95) abre espaço para a circulação das culturas emergentes
• Tecnologias de agregação e rede: mp3, p2p, avi, sites, blogs, listas de discussão, soft sociais...
• Produção contata diretamente o consumo sem passar pelo crivo do mercado tradicional fora da net (mercado fonográfico, mercado editorial...)
Ciberespaço como “território”, como espaço público
1 – a difusão de culturas emergentes, a partir da liberação do pólo emissor/produtor
2 – a abertura de vias para o trabalho coletivo a distância
Ciberespaço como “território”, como espaço público
3 – o incremento da formação de comunidades temáticas/redes sociais
4 – a capacidade de ser transformado técnica e sistematicamente a partir de novas correntes culturais/novos desejos
Outros espaços de fluxos• Mídias tradicionais X Novas mídias• Novos mercados, outras formas de emergência baseados
na autonomia da circulação• CD, DVD...arquivos digitais (circulantes e manipuláveis)• Nem as novas propostas de direitos autorais (Creative
Commons) conseguem padronizar• A rede está aberta para qualquer ativismo• Ativismo para quê?• Há espaços para o “conceitual”, indepedente como
resposta ao mainstream? - o que é hoje o conceitual e independente?
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NT potencializando...
• Artista contemporâneo reconfigura-se como um artista-empresário-multimídia
• Reconfiguração do mercado autoral• A propriedade intelectual deve ser repensada na tríade
dos novos mercados (produção/circulação/consumo)
Artista-agente de marketing• De posse de uma infra-
estrutura pessoal – um homestudio – o artista tem controle sobre a tríade produção/circulação/consumo
• Suas máquinas caseiras (pc e toda ordem de low e high tecnologias) se plugam às redes telemáticas e propõem a ele mesmo, o artista, um novo mercado, onde esse artista o dirige, da arte ao marketing. Ricardo Castro em 1,99. Foto: Wellington Carvalho
Artista-agente de marketing• De posse de uma infra-
estrutura pessoal – um homestudio – o artista tem controle sobre a tríade produção/circulação/consumo
• Suas máquinas caseiras (pc e toda ordem de low e high tecnologias) se plugam às redes telemáticas e propõem a ele mesmo, o artista, um novo mercado, onde esse artista o dirige, da arte ao marketing. Ricardo Castro em 1,99. Foto: Wellington Carvalho
Os coletivos• Coletivos se pautam na própria cultura emergente; utiliza
positivamente as diferenças internas; transforma capacidades individuais em potencialidade coletiva; funciona em modelo de auto-gestão; tem o conceito do projeto como mentor; baseia-se no auto-suporte...
• Novo cenário: a rede emergiu subculturas; o mainstream se apropriou de subculturas
• Overground (Thorton) - a emergência é midiática• Os coletivos não contam mais com o underground (trazer à
tona o quê?) - tudo em rede!• Incrementar novos formatos de circulação (redes) de
produtos11
Ativismo?, mercado e arte
• As redes telemáticas reforçam mercados - é necessária apenas a apropriação tecnológica para reforçar nossos mercados
• As tecnologias em rede trazem a liberação do pólo de emissão - é preciso apenas produzir para veicular
• As cultura emergentes (?) - se ausentes das mídias tradicionais - têm suas novas mídias, hoje capazes de pautar essas mídias tradicionais.
• Do it yourself
coletivos em rede
www.wooloo.org
www.corocoletivo.org
Net linkando mercadoso caso da e-music
• Coletivos, artistas de selos, produtores musicais independentes (PRODUÇÃO)
• Sites, blogs, telefonia móvel (CIRCULAÇÃO)
• Djs, amantes da emusic (CONSUMO)
Grandes estúdiosna palma da mão
a micro informática X informáticasoftwares X estúdios físicos
• The Yellow Album - 100% Korg Kaossilator
http://www.youtube.com/watch?v=u3_yXmIfmYg
O sample e o remix
• sampleando a história sonora
• recriando a música
• criando um novo mercado (multiplicidade de autorias a partir de um mesmo produto)
• o original gera novos originais e novos autores
A periferia sonora
• apropriação tecnológica: dominar o software! O hardware
• apropriação da tríade mercadológica: dominar um/o mercado!
• conteúdo. E o muito importante: são mercados multi-milionários, que geram muito dinheiro, através de arranjos econômicos sofisticados e flexíveis.
outra indústria
• mais disseminação livre: maior sustentabilidade econômica (shows/turnes).
• “Open Business: modelos "abertos", que dependem mais do compartilhamento do que do controle e das restrições ao conteúdo” (Ronaldo Lemos)
• mercados multimilionários, com ídolos, que chegam para questionar o que é de bom gosto/mau gosto propospo pelo mercado tradicional
• a periferia se torna centro!
• bubblin/boeko (Suriname + Holanda)
• coupé decalé (Costa do Marfim/França)
• tecnobrega (Brasil)
• cumbia villera (Argentina)
• champeta (Colombia)
• kwaito (Johanesburgo)
• kuduro (Angola/Portugal)
• dubstep (Inglaterra)
• funk carioca (Brasil)
Systema Solar Bienvenidos (Champeta)http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=CjoOBLrSfdw
Liberdade é bom!
• o pólo de emissão está liberado, mas a informação quer ser livre, ainda, porque persistirão, sempre, as tentativas autoritárias contra a liberdade
• information WANTS to be free!
Atitude não substitui a competência!
• Domine as ferramentas: elas estão nas redes
• Os tutoriais estão das redes!
• Os repositórios estão nas redes!
• Os consumidores/produtores estão em rede!
os não-lugares que vendem
• lojas-on, sites, blogs, aplicativos móveis...
• mercado fonográfico tradicional não sabe bem como concorrer...ou não sabe como ser mais forte, centralizador...
• o mercado tradicional perdeu o controle da circulação
a rede é móvel
• arquivos comprimidos e com qualidade, em dispositivos móveis: mobile commerce
• qual o modelo de “negócio” para a mobilidade?
• cultura livre na mobilidade!
mp3/wav X mobilidade: $
modelo de negócio?• Gravadoras em pânico com pirataria? por que empresas que
criminalizam a pirataria não param de fabricar copiadoras?
• Não sabem lidar com os novos fluxos livres de informação (perda do controle da circulação e do consumo $)
• Ausência de lojas virtuais incentiva cópia não autorizada
• Redes sociais comercializarão música (Google/Facebook)
• Vivo - desde 2005. 2008: 3 milhões de downloads.
• Sony - receitas de mais de 70% da música digital no Brasil; digital +- 15% do faturamento global da companhia;
• Nokia - 5 milhões de músicas a quem compra determinados aparelhos; Música digital em 2008: R$ 45 milhões no Brasil (2007: R$ 24 milhões); Inglaterra: 27 milhões de libras (2008) e 15 milhões (2003).
• A arrecadação de direitos autorais também cresceu (modelos de negócios associados: música, tecnologia, games, patrocínios...)
negócio para ativismo?
• Se cultura é negócio (é negócio?), qual o modelo de negócio proposto pelos coletivos, pelos ativistas?
Tudo quase-provisório
Tudo quase-provisório
“O mundo não é. Ele está sendo.”
Tudo quase-provisório
“O mundo não é. Ele está sendo.”Paulo Freire
Tudo quase-provisório
• O B R I G A D O!• twitter/claudiomanoel• [email protected]
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• “Um novo sistema está nascendo. Esqueça o velho comando e controle. Está surgindo uma consciência inequívoca de que a construção de baixo para cima tem muito para oferecer para o desenvolvimento do processo coletivo. Uma sociedade que sobrevive e se recria na sua própria diversidade.” (Hernani Dimantas, Dalton Martins)