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MYSTIC REAL ESTATE, S.A. HOTEL DO CAIS Estabilidade Projecto de Execução – Fase 2 Maio 2016

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MYSTIC REAL ESTATE, S.A.

HOTEL DO CAIS

Estabilidade

Projecto de Execução – Fase 2

Maio 2016

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índice geral

Cliente MYSTIC REAL ESTATE, S.A.

Projeto HOTEL DO CAIS

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data: 22/11/2016 elaborou: MD verificou: PG 6197.IG.EST.PE.00

Estabilidade – Parque de estacionamento PEÇAS ESCRITAS:

− Memória Descritiva e Justificativa; − Condições Técnicas; − Mapa de Trabalhos e Quantidades.

PEÇAS DESENHADAS: 6197.02.PE.400.0 – Corpo Norte – Planta de Fundações e Pavimento Térreo

6197.02.PL.401.0 – Corpo Norte – Pormenores de Fundação

6197.02.PE.402.0 – Corpo Norte - Plantas Estruturais do Tecto dos Pisos 0 e 1

6197.02.PE.403.0 – Corpo Norte – Pormenores Metálicos

6197.02.PE.404.0 – Corpo Norte – Planta Estrutural da Cobertura

6197.02.PE.405.0 – Corpo Norte – Pormenores Metálicos de Cobertura

6197.02.PE.406.0 – Corpo Norte – Vigas e Quadro de Pilares

6197.02.PE.407.0 – Corpo Norte – Pormenores

6197.02.PE.408.0 – Corpo Norte – Escadas

6197.02.PE.500.0 – Corpo Sul – Planta de Contenções

6197.02.PE.501.0 – Corpo Sul – Contenção tipo Berlim - Alçado e Cortes

6197.02.PE.502.0 – Corpo Sul – Contenção do Túnel - Cortes

6197.02.PE.503.0 – Corpo Sul – Contenção tipo Berlim - Pormenores

6197.02.PE.504.0 – Corpo Sul – Planta de Fundações

6197.02.PE.505.0 – Corpo Sul – Plantas Estruturais do Tecto dos Pisos -2 e -1

6197.02.PE.506.0 – Corpo Sul – Planta Estrutural do Tecto do Piso 0

6197.02.PE.507.0 – Corpo Sul – Planta Estrutural do Tecto do Piso 1

6197.02.PE.508.0 – Corpo Sul – Planta Estrutural do Tecto do Piso 2

6197.02.PE.509.0 – Corpo Sul – Planta Estrutural do Tecto do Piso 3

6197.02.PE.510.0 – Corpo Sul – Pormenores de Fundação

6197.02.PE.511.0 – Corpo Sul – Quadro de Pilares

6197.02.PE.512.0 – Corpo Sul – Vigas 1/2

6197.02.PE.513.0 – Corpo Sul – Vigas 2/2

6197.02.PE.514.0 – Corpo Sul – Planta de Armaduras Inferiores do Tecto do Piso 1

6197.02.PE.515.0 – Corpo Sul – Planta de Armaduras Superiores do Tecto do Piso 1

6197.02.PE.516.0 – Corpo Sul – Planta de Armaduras Inferiores do Tecto do Piso 2

6197.02.PE.517.0 – Corpo Sul – Planta de Armaduras Superiores do Tecto do Piso 2

6197.02.PE.518.0 – Corpo Sul – Planta de Armaduras Inferiores do Tecto do Piso 3

6197.02.PE.519.0 – Corpo Sul – Planta de Armaduras Superiores do Tecto do Piso 3

6197.02.PE.520.0 – Corpo Sul – Escadas

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MYSTIC REAL ESTATE, S.A.

HOTEL DO CAIS

Estabilidade

Projecto de Execução – Fase 2

Memória Descritiva e Justificativa

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memória descritiva e justificativa

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1.OBJECTO ............................................................................................................... 2

2.ELEMENTOS BASE ................................................................................................... 2

3. CONDICIONALISMOS NA ELABORAÇÃO DO PROJECTO ............................................... 3

3.1 Condicionamentos Geológico-Geotécnico ...................................................................... 3

3.2 Condicionalismos da Concepção Arquitectónica ............................................................ 4

3.3 Segurança ao Fogo ....................................................................................................... 4

3.4 Articulação com as restantes especialidades ................................................................. 4

4. DESCRIÇÃO DAS SOLUÇÕES ADOPTADAS................................................................. 5

5. CÁLCULO E DIMENSIONAMENTO .............................................................................. 5

5.1 Critérios Gerais ............................................................................................................. 5

5.2 Acções permanentes ..................................................................................................... 6

5.2.1 Ações Variáveis ....................................................................................................... 7

5.3. Modelos de comportamento ......................................................................................... 8

6. MATERIAIS ........................................................................................................... 9

7. PROCESSOS CONSTRUTIVOS ................................................................................ 10

8. EQUIPA PROJECTISTA .......................................................................................... 11

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1.OBJECTO A presente memória descritiva refere-se ao Projeto de Execução de Estabilidade, Fase 2, do empreendimento do Hotel do Cais, que a Mystic Real Estate, S.A., pretende levar a cabo, em lote na Avenida Ramos Pinto, e Rua Serpa Pinto – Santa Marinha – Vila Nova de Gaia. A presente memória descritiva, analisada em conjunto com as peças desenhadas, apresentam as soluções genéricas que se pretendem implementar no empreendimento em causa, nas fundações e estruturas. A área de intervenção situada no núcleo central da zona histórica ribeirinha de Vila Nova de Gaia é delimitada a Norte, Nascente e Sul por arruamentos públicos e por uma propriedade privada a Poente. O terreno com uma área total de cerca de 7980m2 apresenta um desnível descendente de Sul para norte de aproximadamente 11,0m materializado através de várias plataformas. Um arruamento interior com direcção Nascente/ Poente divide o lote em duas parcelas. O Corpo Norte corresponde ao edifício com fachada virada para a Avenida Ramos Pinto e o Corpo Sul ao edifício com fachada virada para a Rua da Carvalhosa. Dentro do empreendimento estão incluídos diferentes espaços com várias utilizações, nomeadamente Hotel, Lavandaria, Restaurante e Parque de Estacionamento no corpo Sul e Galeria Comercial com lojas, espaços comuns e técnicos de apoio no corpo Norte. O presente projecto diz respeito ao parque de estacionamento, incluído no corpo Sul, pelo que, algumas das soluções ainda não apresentam a configuração final, que irá incluir o resto do empreendimento. O estacionamento é composto por 4 pisos (pisos 1, 0, -1 e -2) onde se distribuem espaços de estacionamento, zonas técnicas e circulação horizontais e verticais. 2.ELEMENTOS BASE Os elementos base que serviram de apoio ao desenvolvimento do projecto foram os seguintes: − Levantamento topográfico; − Projecto de execução de Arquitectura; − Relatório Geológico-Geotécnico.

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3. CONDICIONALISMOS NA ELABORAÇÃO DO PROJECTO A concepção das soluções adoptadas foi desenvolvida tendo em consideração um conjunto de condicionamentos donde se destacam como mais relevantes, os seguintes: − condicionamentos geológico-geotécnico; − o respeito da concepção arquitectónica associado aos limites de custos definidos,

procurando a adopção de soluções que maximizem o binómio desempenho/ custo; − segurança ao fogo; − articulação com as restantes especialidades. 3.1 Condicionamentos Geológico-Geotécnico O reconhecimento geológico – geotécnico efectuado caracteriza razoavelmente os solos ocorrentes no local onde se pretende levar a cabo a intervenção. A campanha de prospecção permitiu identificar as seguintes formações: Aterros / Depósitos de Cobertura Estes depósitos aparecem no conjunto das sondagens com uma espessura que não excede 4,3m. São essencialmente representados por limos terrosos a argilosos, comportando por vezes alguns níveis arenosos e de numerosos e volumosos blocos graníticos. Aluviões São constituídos essencialmente por materiais argilo-lodosos, de cor castanha a cinzenta escura, contendo passagens de areias finas a médias. Os ensaios SPT apresentaram resultados muito fracos, com um valor médio de 10 pancadas. Estes depósitos encontrados essencialmente nas sondagens S1A, B e C apresentam uma espessura compreendida entre 5,90m e 11,80m. Granito As sondagens mostraram granito decomposto, formado por um saibro arenoso fino a médio, argiloso, passando progressivamente, na parte basal, a um saibro mais grosseiro, envolvendo alguns blocos graníticos, por vezes bastantes volumosos e fragmentos de micas dispersos. A espessura desta camada é muito variável passando de 3,20m (S1A) a 11,80m (S3D). Aparece em seguida um granito alterado e fracturado no seio do qual se terminaram as sondagens. Os resultados dos ensaios SPT atingiram rapidamente 60 pancadas (exceptuando a zona superficial em contacto com os aluviões) havendo necessidade de continuar as furacões com carotagens.

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O nível freático foi detectado a profundidade aproximadamente entre os 3,00 e os 7,00m. Nestas condições a escavação para o parque automóvel irá interceptar o nível freático. 3.2 Condicionalismos da Concepção Arquitectónica As preocupações de qualidade transpostas para a concepção estrutural expressam-se não apenas no sentido estrito do rigor dos modelos de análise e dimensionamento, mas fundamentalmente procurando que o funcionamento estrutural e o seu detalhe contribuam para um melhor desempenho conjunto. O projecto de estabilidade deverá assim reflectir preocupações de bom funcionamento em serviço, segurança ao fogo, conforto térmico e acústico, estanquidade à água, durabilidade, deformação das lajes, entre outros. Neste projecto estas preocupações estiveram sempre presentes. Naturalmente as opções arquitectónicas condicionaram bastante as opções estruturais em termos de localização, constituição e mesmo dimensões dos diferentes elementos. 3.3 Segurança ao Fogo Os requisitos de segurança ao fogo exigem uma estrutura do edifício com classe de resistência ao fogo CF60/EF60. Para cumprir este nível de exigência em estruturas de betão armado, foram adoptadas disposições construtivas nos pavimentos, vigas, pilares e paredes em betão armado, tais como adopção de maiores recobrimentos e larguras / dimensões mínimas. Os recobrimentos mínimos necessários para cumprir os requisitos fixados sem contabilizar os revestimentos são os seguintes: lajes maciças – 1,0 cm; vigas – 2,5 cm; pilares – 2,5 cm; paredes – 1,5 cm. As dimensões mínimas para cumprir os requisitos legais sem contabilizar os revestimentos são as seguintes: lajes maciças – 8,0 cm (espessura); vigas – 10,0 cm (largura); pilares – 24,0 cm (largura); paredes – 12,0 cm (largura). 3.4 Articulação com as restantes especialidades Foram tidas em conta as instalações e ductos previstos na Arquitectura, tendo para tal sido previstos na análise estrutural e no projecto negativos / courettes para a sua passagem. A solução adoptada para os pavimentos foi fortemente condicionada por questões de incidência acústica. As cotas das fundações dos núcleos dos elevadores foram rebaixadas devido aos fossos necessários para os seus equipamentos.

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4. DESCRIÇÃO DAS SOLUÇÕES ADOPTADAS Demolições Estão previstas demolições pontuais em elementos de betão armado e em elementos metálicos, nos corpos Norte e Sul, as quais deverão ser realizados de forma cuidada de modo a não danificar os elementos a manter. Movimento de Terras O movimento de terras a realizar implica a adopção de medidas especiais de desmonte do maciço, nomeadamente na fronteira com o edifício da Ferreirinha, a Poente, e na zona do túnel de ligação entre o corpo Norte e o parque de estacionamento, de modo a não afectar os elementos existentes. Assim estão previstas zonas de escavação faseada e complementada com a execução de paredes de contenção, assim como o recurso a contenções provisórias do tipo Berlim, com recurso a escoras e pregagens. Fundações As fundações a realizar serão executadas sobre as estacas existentes, nas zonas de fundações indirectas, e através de sapatas directas repousando directamente sobre o horizonte competente, nos restantes casos. Superestrutura As soluções estruturais a adoptar serão, em geral, em betão armado com lajes fungiformes, com moldes recuperáveis com espessura de 0.375m. No fecho da estrutura do corpo norte e pontualmente em alguns pilares do corpo Sul serão adoptadas soluções em estrutura metálica, semelhante à estrutura existente. 5. CÁLCULO E DIMENSIONAMENTO 5.1 Critérios Gerais O cálculo e dimensionamento foram efectuados no respeito da Regulamentação em vigor e recorrendo a meios potentes de análise como seguidamente se discrimina. Quantificaram-se as acções através dos seus valores característicos, de acordo com o preconizado na Regulamentação, atendendo à localização da construção e ao tipo de utilização. Efectuaram-se, para verificação de segurança aos diferentes estados limites, as combinações de acções cuja actuação simultânea é verosímil e que produzem na estrutura os efeitos mais desfavoráveis.

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As acções a considerar no dimensionamento resultaram: − da Regulamentação Nacional em vigor, nomeadamente:

− R.S.A. - Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes; − R.E.B.A.P. - Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado; − R.E.A.E – Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios; − EN 206-1 - Betão - Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade;

− da Regulamentação e Normativa europeia em vigor ou em aprovação, sempre que seja

mais actualizada do que a Regulamentação nacional, ou contemple aspectos não referidos a mesma: − Eurocódigo 1 - Bases do Projecto e Acções em Estruturas; − Eurocódigo 2 - Projecto de Estruturas de Betão; − Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de Aço; − Eurocódigo 7 - Projecto Geotécnico; − Eurocódigo 8 - Projecto de Estruturas em Regiões Sísmicas;

− das especificações do Dono de Obra associadas ao programa. 5.2 Acções permanentes As acções permanentes incluíram: − o peso próprio dos elementos estruturais, os respectivos enchimentos e revestimentos

especificados pelo Projecto Geral para os pavimentos bem como o peso das divisórias nas áreas onde existem;

Para os pesos próprios dos elementos estruturais adoptaram-se os seguintes valores:

Peso específico do betão armado …..………………..………….......... 25,0 kN/m3 Para os enchimentos, revestimentos, cargas suspensas e paredes adoptaram-se os seguintes valores:

Tipo de ocupação Enchimentos, revestimentos e cargas suspensas

Estacionamento 1,00 kN/m2 Zonas Comerciais 400 kN/m2 Auditórios e Zonas Comuns do Hotel 4,00 kN/m2

Balneários e Cozinhas 4,00 kN/m2 Quartos Hotel 3,00 kN/m2 Zona Técnica 10,00 kN/m2 Coberturas Planas 3,00 kN/m2 Coberturas Inclinadas 1,50 kN/m2

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5.2.1 Ações Variáveis As acções variáveis consideradas, estabelecidas de acordo com os critérios regulamentares, função da sua possibilidade de ocorrência, são: − acção do vento; − acção dos sismos; − acções das variações da temperatura e retracção; − sobrecargas de utilização; − carro de bombeiros. a) Vento Admitiu-se que o edifício, de acordo com R.S.A., se localiza na zona A, com rugosidade aerodinâmica do solo do tipo I. Os coeficientes de combinação usados foram previstos no R.S.A. para este tipo de edifícios. b) Sismos Admitiu-se que o edifício, de acordo com R.S.A., se localiza na zona D, fundado num terreno de natureza tipo II. O coeficiente de comportamento adoptado foi de 2,5. c) Variações de temperatura e retracção O edifício apresenta dimensões em planta superiores aos 30m regulamentares que obrigam à consideração destas acções. Assim sendo, os seus efeitos foram considerados no cálculo dos esforços e no dimensionamento dos diversos elementos estruturais, sendo de prever em fase posterior um faseamento de betonagens para mitigar os efeitos destes fenómenos. d) Sobrecargas de utilização Consideraram-se as seguintes sobrecargas de acordo com as imposições regulamentares e as directivas de uso fornecidas pelo Dono de Obra: Estacionamento …………………………………..……………………………… 3,00 kN/m2 Zonas Comerciais ……………………………………………………………….. 5,00 kN/m2 Auditórios e Zonas Comuns Hotel ……………………………………………… 5,00 kN/m2 Balneários e Cozinhas…………………………………………………………… 3,00 kN/m2 SPA ……………………………………………………………………..……...... 5,00 kN/m2 Quartos Hotel…………………………………………………………………….. 2,00 kN/m2 Zonas Técnicas…………………………………………………………………… 3,00 kN/m2 Coberturas Planas…………………………………………….…..……………... 1,00 kN/m2 Cobertura Inclinadas…………………………………………………..………… 0,30 kN/m2

. Os coeficientes de combinação usados foram os determinados pelo R.S.A. em função do tipo de utilização.

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e) Carro de bombeiros Considerou-se a acção do carro de bombeiros actuando sobre a laje do piso da entrada do Hotel na zona da praça. 5.3. Modelos de comportamento O cálculo foi efectuado de acordo com as disposições regulamentares e normativas mais recentes em vigor, particularmente o R.E.B.A.P. R.E.A.E. e os Eurocódigos 1, 2, 3, 7 e 8. Recorreu-se preferencialmente a programas de cálculo automático para: − análise global dos edifícios para acções horizontais e verticais, com repartição automática

das acções horizontais pelos diferentes elementos estruturais, nomeadamente pilares e paredes constituintes dos edifícios;

− cálculo estrutural e orgânico de lajes, vigas, paredes e pilares. Foram utilizados dois programas de cálculo no dimensionamento e análise dos edifícios. O TRICALC da ARKTEC, S.A., que efectua o cálculo dos esforços mediante métodos matriciais de cálculo tridimensional. Utiliza-se o método dos deslocamentos, que permite, mediante a resolução de um sistema de equações, determinar os deslocamentos dos nós pela actuação de um conjunto de acções, para posteriormente determinar os esforços interiores nas barras, em função dos deslocamentos obtidos. Consideram-se 6 graus de liberdade por cada piso da estrutura: três deslocamentos e três rotações, nos eixos gerais da estrutura.

Figura 1 – Simulação estrutural do Corpo B, no programa de cálculo TRICALC

O programa utilizado permite determinar os efeitos das diferentes acções sobre os elementos estruturais, realizando a sua combinação de acordo com critérios estabelecidos pelo utilizador, e executam o cálculo orgânico de grande parte dos elementos estruturais em betão armado.

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Efectuaram-se as verificações de estabilidade de acordo com os critérios referidos no R.S.A. e EC1, tendo em conta as disposições específicas relativas aos diferentes materiais estruturais – betão armado ou aço. Tiveram-se em conta os diferentes estados: a) estruturas em betão armado: − estados limites últimos de resistência ou encurvadura; − estados limites de utilização por deformação excessiva; − estados limites de fendilhação. b) estruturas em de aço: − estados limites últimos de resistência ou encurvadura por varejamento; − estados limites de utilização por deformação excessiva; Relativamente às estruturas de betão armado tiveram-se em conta as situações de esforços normais, flexão, esforço transverso, punçoamento e torção. Respeitaram-se as disposições construtivas e verificações de estabilidade associadas aos diferentes elementos construtivos. Algumas zonas com singularidades que o modelo global dificilmente traduziria, foram objecto de análises localizadas, nomeadamente no programa de elementos finitos Robot Millennium V19.0 da Robot. 6. MATERIAIS Os materiais a empregar na realização do edifício serão conformes a Normalização aplicável no âmbito da Directiva Produtos de Construção (Directiva nº 89/106/CEE), nomeadamente as relativas à Marcação CE. Nos trabalhos de betão armado previu-se: − Betões (NP EN 206-1:2005) Betão de limpeza - C12/15 (B15) Betão em pavimento térreo - C25/30 (B30)* Betão em fundações – C30/37 (B35)* Betão em superestrutura – C30/37 (B35)* * hidrofugado nos elementos enterrados Classe de exposição ambiental – XS1 (estrutura do corpo A e partes enterradas do corpo B)/XC3 (estrutura do corpo B acima do solo) Máxima dimensão do agregado mais grosso - Dmax 17,5 Classe de consistência S3 − Aços Aço em varões de armadura ordinária - S500 (A500NR) Aço em redes electrossoldadas - S500 (A500EL) Aço em estrutura metálica – S355JR (Fe510B)

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Deverá ser aplicada uma pintura impermeabilizante nas faces laterais e superiores das sapatas e nas faces laterais dos pilares e paredes até à cota do tosco do pavimento térreo. 7. PROCESSOS CONSTRUTIVOS Os processos construtivos são os correntes em obras deste tipo e dimensão.

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8. EQUIPA PROJECTISTA Coordenador do Projecto − Marco Duarte, Eng.º Civil Engenheiro Projectista − Marco Duarte, Eng.º Civil Desenhador − Hugo Silva Secretariado − Carla Firmino Verificador de Projecto − Paulo Gomes, Eng.º Civil

Vila Nova de Gaia, Novembro 2016

Marco Duarte, Eng.º Civil Paulo Gomes, Eng.º Civil OE n.º 040635 OE n.º 040853

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Estabilidade

Projecto de Execução – Fase 2

Condições Técnicas

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condições técnicas

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A. MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO ............................................................. 5 A.1. Disposições Gerais relativas a Materiais e Elementos de Construção .......................... 5

A.1.1. Condições Comuns ......................................................................................... 5 A.1.2. Condições Particulares .................................................................................... 5 A.1.3. Armazenamento ............................................................................................. 7 A.1.4. Receção e Ensaio ........................................................................................... 7

A.2. Água ................................................................................................................. 9 A.3. Aços ................................................................................................................ 10

A.3.1. Aço em varões para armaduras ...................................................................... 10 A.3.2. Aço laminado para estruturas metálicas .......................................................... 11 A.3.3. Varões de ligação em pavimentos térreos ........................................................ 12 A.3.4. Parafusos .................................................................................................... 12 A.3.5. Metal de adição para soldadura ...................................................................... 12 A.3.6. Chapas metálicas de cofragem ....................................................................... 12

A.4. Ligantes ........................................................................................................... 13 A.4.1. Cimentos .................................................................................................... 13

A.5. Adjuvantes ....................................................................................................... 14 A.5.1. Adjuvantes para argamassas e betões ............................................................ 14 A.5.2. Adições ....................................................................................................... 16 A.5.3. Produtos para cura de betões ........................................................................ 16

A.5.3.1. Produtos compostos de cura ............................................................................. 16

A.5.3.2. Membranas protetoras de cura .......................................................................... 17

A.6. Agregados para argamassas e betões .................................................................. 17 A.6.1. Condições gerais .......................................................................................... 17 A.6.2. Agregado fino para betão .............................................................................. 19 A.6.3. Agregado médio e grosso para betão .............................................................. 19 A.6.4. Areia .......................................................................................................... 20 A.6.5. Agregados leves ........................................................................................... 21

A.7. Materiais de Aterro ............................................................................................ 21 A.7.1 Solos ........................................................................................................... 21 A.7.2. Materiais de granulometria extensa ................................................................ 22

A.8. Madeiras .......................................................................................................... 22 A.8.1. Madeiras de cofragem ................................................................................... 22

A.9. Materiais pré-fabricados ..................................................................................... 23 A.9.1. Condições gerais .......................................................................................... 23

A.10. Materiais de isolamento e juntas ....................................................................... 24 A.10.1. Esferovite .................................................................................................. 24 A.10.3. Materiais de refechamento de juntas ............................................................. 26

A.10.3.1. Generalidades ................................................................................................. 26

A.10.3.2 Juntas para vedação ......................................................................................... 26

A.10.3.3. Mastiques ........................................................................................................ 27

A.11. Materiais de pós esforço em lajes ...................................................................... 28 A.11.1. Características do aço ................................................................................. 28

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A.11.2. Componente do sistema .............................................................................. 28 A.11.3. Bainha de proteção dos monos-torons........................................................... 28 A.11.4. Ancoragens................................................................................................ 28

B. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ................................................................................ 29 B.1. Disposições Gerais ............................................................................................ 29

B.1.1 Implantação da obra...................................................................................... 29 B.1.2 Estaleiro e instalações provisórias ................................................................... 29

B.2. Demolições ...................................................................................................... 32 B.3. Movimento de Terras ......................................................................................... 33

B.3.1. Desmatação e desenraizamento ..................................................................... 33 B.3.2. Decapagem de terra vegetal .......................................................................... 34 B.3.3. Escavações - Regras gerais ........................................................................... 35

B.3.3.1 Classificação das escavações ............................................................................. 35

B.3.3.2 Classificação dos terrenos .................................................................................. 35

B.3.3.3 Remoção dos produtos da escavação ................................................................. 35

B.3.3.4 Dimensões das escavações ................................................................................ 35

B.3.3.5 Interceção de canalizações e de obras de qualquer natureza ............................. 36

B.3.3.6 Emprego de explosivos ....................................................................................... 36

B.3.3.7 Aprovação das escavações ................................................................................. 36

B.3.3.8 Entivações e escoramentos ................................................................................ 37

B.3.3.9 Drenagem das escavações ................................................................................. 37

B.3.3.10. Condições aplicáveis a certas escavações ....................................................... 38

B.3.3.11. Escavações para fundações ............................................................................. 38

B.3.3.12 Escavações para assentamento de cabos e canalizações .................................. 39

B.3.3.13 Escavações em poços ....................................................................................... 39

B.3.3.14 Escavações na vizinhança de construções existentes ....................................... 39

B.3.3.15 Escavações na base de taludes ........................................................................ 40

B.3.3.16 Escavações abaixo do nível freático .................................................................. 40

B.3.4 Escavação geral ............................................................................................ 40 B.3.5 Aterros ........................................................................................................ 41 B.3.6 Transporte de terras ...................................................................................... 42

B.3.6.1 Âmbito de aplicação ........................................................................................... 42

B.3.6.2 Encargos do Empreiteiro .................................................................................... 43

B.3.6.3. Equipamentos e precauções .............................................................................. 43

B.3.6.4 Responsabilidade perante terceiros .................................................................... 43

B.3.7 Escavação para fundações .............................................................................. 43 B.3.8 Fundações profundas ..................................................................................... 44

B.3.8.1 Aspetos gerais .................................................................................................... 44

B.3.8.2 Execução dos trabalhos ...................................................................................... 45

B.3.8.3 Critérios de medição........................................................................................... 46

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B.4. Argamassas ..................................................................................................... 46 B.5. Betões não armados .......................................................................................... 47

B.5.1 Betão de limpeza .......................................................................................... 47 B.5.2 Betão ciclópico .............................................................................................. 48

B.6. Betões armados ................................................................................................ 48 B.6.1 Betões de agregados correntes ....................................................................... 48

B.6.1.1 Composição do betão ......................................................................................... 48

B.6.1.2 Requisitos de durabilidade .................................................................................. 50

B.6.1.3 Propriedades do betão e métodos de verificação ................................................ 50

B.6.1.4 Especificação do betão ....................................................................................... 52

B.6.1.5 Fabrico do betão ................................................................................................. 52

B.6.1.6 Transporte, colocação e cura do betão fresco ..................................................... 54

B.6.1.7 Procedimentos para o controle da qualidade ...................................................... 56

B.6.2 Armaduras ................................................................................................... 63 B.6.3 Cofragens e cimbres ...................................................................................... 63 B.6.4 Descofragem ................................................................................................ 65 B.6.5. Superfícies em betão descofrado .................................................................... 65 B.6.6 Elementos de betão armado ........................................................................... 66 B.6.7 Lajes fungiformes aligeiradas .......................................................................... 66 B.6.8 Lajes Mistas.................................................................................................. 67 B.6.9. Lajes fungiformes pós-esforçadas ................................................................... 67

B.6.9.1. Método de pós-esforço ...................................................................................... 67

B.6.9.2. Colocação em obra ............................................................................................ 68

B.7. Estruturas metálicas .......................................................................................... 71 B.7.1. Disposições gerais ........................................................................................ 71

B.7.1.1 Generalidades .................................................................................................... 71

B.7.1.2 Controlo de Qualidade, Fiscalização e ensaios .................................................... 71

B.7.1.3 Regras gerais de execução ................................................................................. 73

B.7.1.4 Critérios de medição........................................................................................... 74

B.7.2 Regras gerais, fornecimento e montagem......................................................... 74 B.7.3 Ligações aparafusadas ................................................................................... 75

B.7.3.1 Correntes ........................................................................................................... 75

B.7.3.2 Pré-esforçadas ................................................................................................... 75

B.7.4 Ligações soldadas ......................................................................................... 76 B.7.4.1 Regras gerais de execução ................................................................................. 76

B.7.4.2 Dimensões dos cordões ...................................................................................... 77

B.7.5 Proteção contra corrosão ................................................................................ 78 B.7.5.1 Disposições gerais .............................................................................................. 78

B.7.5.2 Esquemas de pintura .......................................................................................... 78

B.7.6. Montagem ................................................................................................... 79

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B.8. Pavimentos rígidos térreos ................................................................................. 80 B.8.1. Camada de base .......................................................................................... 80

B.8.1.1 Verificação do Estado do Terrapleno ................................................................... 80

B.8.1.2 Base de Granulometria Extensa ......................................................................... 81

B.8.2 Execução do Pavimento ................................................................................. 82 B.8.2.1 Características dos Betões .................................................................................. 82

C. CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS ........................................................................ 86 C.1. Considerações Gerais ........................................................................................ 86 C.2. Aspetos Específicos ........................................................................................... 86

C.2.1. Betões ........................................................................................................ 86 C.2.2. REPARAÇÃO DE ELEMENTOS EM BETÃO ARMADO EXISTENTES .......................... 86 C.2.3. Contenções Periféricas .................................................................................. 88

C.2.3.1 Aspetos Específicos da Execução dos Trabalhos ................................................. 88

C.2.3.2 Aspetos Construtivos .......................................................................................... 90

C.3. ENSAIOS DE ARRANQUE DAS PREGAGENS ........................................................... 94 C.4. PLANO DE AUSCULTAÇÃO .................................................................................. 94 C.5 PERITAGENS TÉCNICAS ...................................................................................... 94 C.6 DESACTIVAÇÃO, DESMONTE, DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO .......................................... 94

C.6.1. Plano de Gestão Ambiental (PGA) e Plano de Gestão de Resíduos (PGR) ............. 94 C.6.2. Generalidades .............................................................................................. 95 C.6. 3. Especificidades............................................................................................ 96

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A. MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO A.1. Disposições Gerais relativas a Materiais e Elementos de Construção A.1.1. Condições Comuns Os materiais e elementos a utilizar na obra deverão satisfazer as especificações referidas no presente Caderno de Encargos. Todos os materiais a empregar deverão ser da melhor qualidade, de preferência de fabrico nacional e obedecer à legislação aplicável designadamente art.65º do DL nº 59/99 de 2 de Março, devendo ser acompanhados de certificados de origem. Os materiais e elementos de cada lote só poderão ser utilizados na obra depois de efetuada a sua receção pelo Dono de Obra ou seu representante. Havendo ensaios, a decisão de receção será tomada pelo Dono de Obra no prazo de 3 dias após a receção dos boletins de ensaio. O Empreiteiro deverá garantir a existência em depósito das quantidades de materiais e elementos necessários a elaboração em ritmo normal dos trabalhos. Será normal a existência em depósito de materiais e elementos que garantam um mínimo de 15 dias de laboração. Aquele período será aumentado sempre que as diligências da receção o exijam ou poderá ser reduzido quando a natureza dos materiais e elementos o justifique, estando garantido o seu fornecimento contínuo e aprovada pelo Dono de Obra a sua proveniência. Quando da receção de cada lote, deverá ser elaborado pelo Empreiteiro um boletim de receção. Do mesmo deverão constar os seguintes elementos: − Identificação da obra − Designação do material ou do elemento − Número do lote − Proveniência − Data da entrada na obra − Decisão da receção − Visto do representante do Dono de Obra Ao boletim de receção deverão ser anexados os seguintes documentos: − Certificado de origem − Guia de remessa − Boletins de ensaio O boletim de receção e anexos deverão ser integrados no livro de registo da obra. Serão da responsabilidade do Empreiteiro os encargos resultantes das operações de carga, descarga e transporte de materiais e elementos de construção. Os materiais, ou elementos deteriorados durante estas operações, serão rejeitados. A.1.2. Condições Particulares Sempre que o Dono de Obra, o seu Representante ou o Empreiteiro entenderem necessário, este último apresentará amostras dos materiais ou elementos a utilizar, as quais, depois de

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aprovadas pelo Dono de Obra, ou seu Representante, servirão de padrão. A apresentação das amostras deverá ser efetuada até 15 dias antes da entrada do material ou elementos na obra. A apreciação do Dono de Obra, ou seu representante será baseada no Caderno de Encargos e será efetuada no prazo de 3 dias após a receção das amostras, salvo quando haja que proceder a ensaios. A existência de padrão não isentará cada lote de ser submetido ao procedimento normal previsto para a receção de materiais. As características dos materiais ou elementos não completamente especificados no Caderno de Encargos serão definidas por acordo entre o Dono de Obra, ou seu Representante e o Empreiteiro, tendo em consideração o local do seu emprego e a função a que se destinam. O acordo poderá ser estabelecido com base em especificações nacionais ou estrangeiras. Não sendo possível chegar a acordo quanto às características de qualidade a especificar, será solicitado o arbítrio dum Laboratório Oficial. As despesas resultantes serão encargo do Empreiteiro. A iniciativa da elaboração duma proposta visando uma melhor definição das características de cada material ou elemento poderá pertencer ao Dono de Obra ou ao Empreiteiro. Este último só o poderá fazer até 15 dias antes da entrada do material ou elemento na obra. Após este prazo, as decisões ficarão ao critério do Dono de Obra. O Empreiteiro poderá propor a substituição de qualquer especificação de materiais ou de elementos, desde que não contrarie os regulamentos da construção, nomeadamente os de segurança. A proposta deverá ser feita por escrito, devidamente fundamentada, e indicando pormenorizadamente as características de qualidade a que o material ou elemento irá satisfazer. Compete ao Dono de Obra aprovar ou rejeitar a proposta de substituição, a qual poderá ser condicionada a alteração das condições administrativas, nomeadamente prazos e custos. A decisão do Dono de Obra será dada no prazo de 7 dias após a receção da proposta. A aprovação de uma alteração de especificação para um determinado material ou elemento não isentará nenhum lote de ser submetido ao procedimento normal previsto para a receção de materiais. O facto de a Fiscalização permitir o emprego de qualquer material não isenta o Adjudicatório da responsabilidade em relação ao seu bom comportamento na parte da construção em que for aplicado. A substituição dos materiais aprovados e recebidos por outros que o não tenham sido será punida, mandando a Fiscalização retirar, pela forma que entender, os materiais não aprovados, pagando inclusivamente renda de armazenagem ou devolvendo-se à procedência, tudo por conta do adjudicatário, sendo da exclusiva responsabilidade deste a eventual deterioração ou extravio desses materiais.

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A.1.3. Armazenamento O armazenamento deverá ser feito, por sistema, em armazéns fechados que ofereçam segurança e proteção contra as intempéries e a humidade do solo. O Dono de Obra ou seu Representante decidirá quais os materiais que, pelas suas características ou dimensões poderão ser armazenados em depósitos ao ar livre. Salvo condições particulares, a decidir pelo Dono de Obra ou seu Representante, todos os materiais a seguir indicados poderão ser armazenados ao ar livre: − pedras e elementos pétreos; − elementos moldados de ligantes hidráulicos, exceto elementos de gesso; − materiais cerâmicos. Os materiais e elementos de construção deverão ser armazenados por lotes separados e identificados, devidamente arrumados de modo a permitirem a circulação e acesso. O Dono de Obra ou seu Representante poderá autorizar a não separação por lotes, após a receção, desde que a origem dos materiais ou elementos seja a mesma. Sendo satisfeita tal condição não será necessário separar por lotes os materiais seguintes: − pedra para alvenaria; − Agregados naturais e britados; − tijolos cerâmicos, blocos de betão e telhas. Contudo, a separação por tipos deverá existir sempre. Competirá ao Empreiteiro assegurar a conservação dos materiais e elementos durante o seu armazenamento. Os materiais e elementos deteriorados em armazém ou depósito serão considerados rejeitados. Os materiais ou elementos de construção sujeitos a homologação ou certificação obrigatória só poderão ser aceites se acompanhados do respetivo documento de homologação, passado por um Laboratório Oficial. A homologação ou certificação não isentará os materiais de serem submetidos aos ensaios previstos neste Caderno de Encargos. Para os materiais e elementos sujeitos ao controle completo de Laboratório Oficial não serão exigidos ensaios de receção relativos às características controladas, quando acompanhados de documento comprovativo. Não se dispensará a verificação de outras características, nomeadamente as geométricas. A.1.4. Receção e Ensaio A receção dos materiais e elementos será feita com base na verificação de que satisfazem às características especificadas neste Caderno de Encargos.

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Consideram-se fazendo parte do Caderno de Encargos os documentos a ele anexados durante as fases de concurso e execução da obra. Se os materiais ou produtos forem abrangidos por certificação conforme as metodologias do sistema Português de Qualidade, o Dono de Obra ou seu representante pode dispensar a verificação de conformidade. A divisão em lotes será efetuada de acordo com as especificações deste Caderno de Encargos relativas a cada material ou elemento, sendo nos casos omissos efetuada por tipos e datas de entrada na obra. A colheita de amostras, a sua preparação e embalagem serão efetuadas na presença do Dono da Obra e do Empreiteiro, de acordo com as especificações deste Caderno de Encargos relativas a cada material ou elemento. O número de amostras ou grupos de amostras a colher depende de serem ou não considerados obrigatórios os ensaios a realizar. Os ensaios a realizar são os previstos nas condições gerais e especiais deste Caderno de Encargos relativas a cada material ou elemento. Serão sempre realizados os ensaios indicados como obrigatórios nas condições gerais e especiais deste Caderno de Encargos; os respetivos encargos são da conta do Empreiteiro. NOTA: Estes ensaios, quando não forem objeto de medição específica deverão ser considerados na formação dos custos dos materiais. O Laboratório para a realização dos ensaios obrigatórios será escolhido, em cada caso, por acordo entre o Empreiteiro e o Dono da Obra. Na impossibilidade de acordo, os ensaios serão realizados num Laboratório Oficial. Sempre que o Laboratório não seja oficial, deverá ser garantido o acesso do Dono da Obra para verificação do equipamento e das condições do ensaio. Para a realização de cada ensaio, serão colhidas as amostras requeridas pela especificação respetiva. Se os resultados dos ensaios não satisfizerem, e de acordo com as regras de decisão, o Dono da Obra rejeitará definitivamente o lote respetivo. Para os ensaios previstos neste Caderno de Encargos, não classificados como obrigatórios, deverão ser observadas as condições seguintes: − Para a realização destes ensaios, serão colhidas 3 amostras: uma para o Dono da Obra,

outra para o Empreiteiro e a terceira para a resolução de litígios. As amostras não ensaiadas serão restituídas ao Empreiteiro para utilização na obra.

− As amostras a utilizar pelo Dono da Obra e pelo Empreiteiro poderão ser ensaiadas em Laboratório à sua escolha.

− Baseado ou não em ensaios, o Dono da Obra poderá rejeitar provisoriamente o lote respetivo. Havendo acordo, a rejeição provisória passará a definitiva.

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− Em caso de litígio a terceira amostra ou grupo de amostras será ensaiada em Laboratório Oficial.

− Se os resultados destes ensaios não satisfizerem de acordo com as regras de decisão, o Dono de Obra rejeitará definitivamente o lote.

− Em caso de rejeição, as despesas com os ensaios efetuados pelo Dono da Obra e com os que incidirem sobre a terceira amostra serão liquidadas pelo Empreiteiro.

− No caso do lote ser aprovado, as despesas com os ensaios efetuados pelo Dono da Obra e com os que incidirem sobre a terceira amostra e ainda o custo das amostras, se for significativo, serão liquidadas pelo Dono da Obra.

A Fiscalização, sempre que o julgar conveniente para a garantia de boa execução dos trabalhos, indicará quais as provas a que deverão ser submetidos os materiais depois de aplicados bem como a própria construção. Estas provas serão feitas de acordo com os preceitos regulamentares ou com aquelas prescrições que, fixadas ou não pelo Caderno de Encargos, permitam estabelecer valores comparativos da perfeita execução da obra adjudicada. As regras de aceitação ou rejeição relativas a cada material ou elemento são as especificadas neste Caderno de Encargos. Nos casos omissos as regras a seguir serão estabelecidas por acordo entre o Dono da Obra e o Empreiteiro, ou segundo parecer de um Laboratório Oficial. Os materiais e elementos rejeitados provisoriamente deverão ser removidos para local da obra que permita a sua perfeita identificação, de modo a evitar a possibilidade da sua aplicação. Os materiais e elementos rejeitados definitivamente deverão ser removidos para fora da obra no prazo de 3 dias a contar da data da respetiva notificação. Se a remoção não for efetuada no prazo indicado, será mandada realizar pelo Dono da Obra e por conta do Empreiteiro, que não terá direito a qualquer indemnização pelo extravio ou outra aplicação que for dada aos materiais e elementos removidos. Sempre que os materiais colocados no local de trabalho sejam apenas parcialmente aceitáveis, o adjudicatário não poderá iniciar a sua aplicação sem que previamente seja feita a separação do material rejeitado, o qual será removido e transportado para fora do local nos termos do corpo deste artigo. Se a Fiscalização julgar necessário poderá obrigar o adjudicatário a remover todo o fornecimento para fora do local da obra e fazer aí a sua separação. A.2. Água A água a utilizar no fabrico de argamassas e betões deverá satisfazer ao prescrito na NP ENV 206 de 1993 e na Especificação LNEC E372 – Água de Amassadura para Betões. Características e verificação de conformidade. Não deverá incluir substâncias em percentagem tal que possam, pelas suas características, prejudicar a presa normal e o endurecimento do cimento, ou alterar as qualidades das argamassas ou betões.

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Os valores máximos das quantidades dos componentes prejudiciais que podem existir na água da amassadura de argamassas ou betões, tomadas em relação ao peso da água, serão: Sempre que a água não provenha de canalizações de água potável, serão colhidas amostras nos termos da NP-1415 e feitos os ensaios julgados necessários para a determinação das suas características. Os ensaios para a determinação das características da água (NP-413, NP-421, NP-423, NP-505, NP-625, NP-730, NP-1414, NP-1416, NP-1417 e NP-1418) serão realizados antes do início da fabricação das argamassas e betões, durante a sua fabricação e com a frequência que a Fiscalização entender. Constituirá encargo do adjudicatário a instalação das canalizações necessárias à execução da obra e a respetiva ligação à conduta da rede de abastecimento público e, neste caso, o pagamento da água consumida em todos os trabalhos da empreitada; caso seja necessário, a execução de quaisquer captações também decorrerão por conta do adjudicatário. Os recipientes de armazenamento e transporte de água deverão ser motivo de particular cuidado com o fim de evitar que possam conter, como depósito ou sujidade, alguns dos pro-dutos atrás referidos. A água a utilizar na molhagem, durante o período de cura dos betões, deverá satisfazer os requisitos atrás referidos. A água a empregar em alvenarias e regas de pavimentos, será doce, limpa, isenta de ácidos, substâncias orgânicas ou deliquescentes, resíduos ou quaisquer outras impurezas prejudiciais aos fins em vista, em especial cloretos, sulfatos e óleos. A.3. Aços A.3.1. Aço em varões para armaduras O aço das armaduras para o betão armado deverá ser de textura homogénea, de grão fino, não quebradiço e isento de zincagem, pintura, alcatroagem, argila, óleo, ferrugem solta, gordura, terra ou outras matérias estranhas.

− Materiais em suspensão...........................................

2 gr/dm3

− Salinidade total.......................................................

35 gr/dm3

− Matéria orgânica (consumo químico de oxigénio)......

500 mg/dm3

− Halogenetossulfatos, sulfuretos e álcalis.....................

estes elementos podem existir na água em percentagens tais que, no conjunto dos restantes componentes das argamassas e betões (aditivos e Agregados), não ultrapassem os valores estabelecidos a propósito do seu fabrico

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As características mínimas de resistência a que o metal deverá satisfazer são as indicadas no Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP) em vigor, aprovado pelo Decreto-Lei nº 349-C/83 de 30 de Julho. As classes e diâmetros dos aços a utilizar no presente projeto a que refere este Caderno de Encargos serão os que constam dos desenhos de execução. Os documentos normativos aplicáveis são os seguintes: NP-105, NP-173 e NP- 332. A utilização de redes electrosoldadas deverá obedecer as condições estipuladas nos documentos de homologação elaborados pelo LNEC. A.3.2. Aço laminado para estruturas metálicas As dimensões e respetivas tolerâncias de perfis e barras de aço laminado são fixadas nas normas portuguesas NP-333 a 339, NP-2116 e NP-2117. Os aços a utilizar devem possuir textura compacta e homogénea e não ter inclusões, fendas ou outros defeitos prejudiciais a sua utilização. Os perfis laminados e as chapas devem ter as formas prescritas e apresentar-se desempenados, dentro das tolerâncias admitidas, com as superfícies lisas. Os perfis e chapas a utilizar nos elementos estruturais devem satisfazer às condições estabelecidas nas correspondentes normas portuguesas e os aços que os constituem devem ser dos tipos Fe 360, Fe 430 e Fe 510, cujas características são definidas na NP-1729. Os ensaios de controlo de fabrico e os ensaios de receção devem ser realizados por entidades oficiais ou por organismos legalmente habilitados. A caracterização dos diferentes tipos de aços é feita com base no seu comportamento nos ensaios de tração e de dobragem, na verificação da sua soldabilidade quando se destinarem a construções soldadas e na determinação da resiliência ou da dureza em certos casos especiais. As normas portuguesas que especificam os ensaios de tração e de dobragem de metais são, respetivamente, a NP-105 e a NP-173; os ensaios de dureza Brinell e Rockwell são especi-ficados, respetivamente nas normas NP-106 e NP-141; o ensaio de determinação da resiliência (ensaio de choque Charpy sobre provete entalhado) será executado de acordo com a norma NP-269. As provas de caracterização de soldadura compreendem um ensaio de dobragem de provete com cordão depositado para determinação da sensibilidade a fissuração, e um ensaio de choque sobre provete entalhado, para apreciação da sensibilidade do aço ao efeito do entalhe de acordo com as normas portuguesas aplicáveis. O aço em perfis e chapas a utilizar em estruturas soldadas deve ter características de soldabilidade. Salvo casos especiais, em elementos com espessura inferior a 20 mm, não é necessário realizar ensaios de qualificação de soldabilidade. Para espessuras superiores,

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deverá ser comprovada a soldabilidade conforme é especificado nas normas portuguesas aplicáveis. A.3.3. Varões de ligação em pavimentos térreos O aço a utilizar nas ligações de juntas deverá respeitar as exigências expressas em 3.1.. Os varões de ligação a utilizar nas juntas longitudinais serão de aço macio A 235 nervurado e terão as dimensões e os diâmetros especificados nas peças desenhadas. Os varões de ligação a utilizar nas juntas de retração, vulgarmente designados por "passadores" serão em aço macio A 235 liso e não poderão apresentar irregularidades ou empenamentos. Serão tratados em metade do seu comprimento com uma película fina de produto adequado que impeça a sua aderência ao betão, permitindo um deslocamento livre no interior da laje. Quando estes varões forem instalados em juntas transversais de dilatação, a extremidade correspondente a parte tratada será protegida por uma cápsula de expansão com o comprimento entre 6 e 10 cm, com um espaço livre preenchido por material compressível, de comprimento nunca inferior a espessura da junta. A.3.4. Parafusos Os parafusos, porcas e anilhas a utilizar nas ligações devem satisfazer ao especificado nas respetivas normas portuguesas: NP-110, NP-155, NP-343, NP-344, NP-489. As características mecânicas dos parafusos devem ser conformes ao especificado na NP-1898. A.3.5. Metal de adição para soldadura O metal de adição para soldadura deve apresentar propriedades mecânicas não inferiores às do metal de base e possuir as adequadas características metalúrgicas em face da natureza do metal de base, do processo de soldadura utilizado, do tipo de cordões a executar, das condições em que é efetuada a soldadura e ainda de eventuais exigências relativas à utilização de estrutura. As características mecânicas do metal depositado deverá ser conforme ao especificado na normalização portuguesa. A.3.6. Chapas metálicas de cofragem As chapas metálicas de cofragem são usadas como cofragem perdida ou como cofragem colaborante. Deverão apresentar perfil e características mecânicas conformes ao especificado no projeto.

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Deverão ser constituídas por aço galvanizado com no mínimo 275 g de zinco/m2 podendo ser prelacadas ou não. O transporte das chapas deve ser efetuado por forma a evitar vincos, por ação de cabos de suspensão ou outros e ao abrigo da chuva ou humidade. O armazenamento deve efetuar-se em local coberto e tomando disposições que evitem o humedecimento das chapas com a consequente oxidação. A.4. Ligantes A.4.1. Cimentos Os cimentos a utilizar deverão satisfazer ao prescrito na normalização e legislação relativa ao seu fornecimento e receção. Encontram-se em vigor os seguintes documentos: − NP ENV 206 de 1993. − Regulamento da Marca Nacional de Conformidade com as Normas de Cimento - Portaria

nº 860/80 de 22/10 e nº50/85 de 25/1. − Regulamento das Características e Condições de Fornecimento e de Receção de Cimentos

-D.L. nº 208/85 de 26/6. − NP-2064 (1983) - Cimentos - Definições, composição, especificação e critérios de

conformidade. − NP-2065 (1983) - Cimentos - Condições de fornecimento e receção. Deverá privilegiar-se a utilização de cimentos certificados de acordo com as metodologias do SPQ. Em todas as obras promovidas por organismos ou empresas públicas essa utilização é obrigatória. As ações de controlo de receção incluindo o tipo e frequência de inspeções são as referidas no Quadro 14 da NP ENV 206 de 1993. As embalagens dos cimentos deverão obedecer ao especificado na documentação referida e deverão ter sempre indicada a data de fabrico. Quando o fornecimento for efetuado a granel, deverá ser feita prova do nome comercial do fabricante e da marca. Os recipientes utilizados no transporte deverão oferecer garantias de conservação e de inviolabilidade. A data de fabrico deverá ser garantida pelo fornecedor. O armazenamento dos cimentos deverá satisfazer ao especificado nas "Condições Comuns". Em particular os silos deverão ser estanques à humidade e deverão apresentar os fundos cónicos e com a inclinação mínima de 50 graus, para permitirem um perfeito escoamento.

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O cimento deverá apresentar-se no ato de aplicação seco, sem vestígios de humidade e isento de grânulos. O conteúdo de um saco em que tal não se verifique será provisoriamente rejeitado e retirado do local dos trabalhos. A rejeição será definitiva se forem desfavoráveis os novos ensaios de receção, ou em alternativa, se o peso total dos grânulos retidos no peneiro ASTM nº 30 (0.59 mm), não facilmente desfeitos com os dedos, ultrapassar 5% do peso total. Os cimentos brancos e corados deverão satisfazer todas as condições acima referidas. Na generalidade, e quando outro não for especificado, o cimento a empregar será do tipo Portland (CPN ou CPC) da classe de resistência mais adequada aos objetivos. Nas argamassas de assentamento e reboco deverão ser utilizados CPN 325, se outro não for especificado. O emprego de outros cimentos só deverá ser efetuado se especificamente estabelecido. A.5. Adjuvantes A.5.1. Adjuvantes para argamassas e betões Os adjuvantes para argamassas ou betões deverão obedecer ao especificado no artigos 4.4 da NP ENV 206 de 1993 e à Especificação LNEC E 374 – Adjuvantes para betões. Características e verificação de conformidade. Devem ser previamente submetidos à aprovação da Fiscalização, para o que o Empreiteiro deverá fornecer todas as indicações e esclarecimentos necessários sobre as características e modo de aplicação dos produtos, sempre que possível acompanhados de resultados de ensaios comprovativos das características referidas, realizados por laboratório de reconhecida competência. Os aditivos para coloração de betões ou argamassas devem ser compostos de um pigmento, satisfazendo à BS 1014:1964 e incorporar produtos destinados a aumentar a resistência e trabalhabilidade das massas, de forma a proporcionar melhor acabamento e maior dureza às superfícies finais. Os aditivos para impermeabilização de massas poderão ser fornecidos em pó ou sob a forma líquida, devendo os primeiros ser adicionados ao cimento seco e com ele misturados antes da adição dos Agregados à água, e devendo os segundos ser adicionados à água de amassadura, agitando bem. Os materiais de impermeabilização a aplicar não deverão conter compostos suscetíveis de se alterarem em contacto com o ar ou com as intempéries, devendo manter as suas qualidades de adesão, plasticidade e ductilidade. A sua aplicação deve fazer-se sempre com o tempo seco e as superfícies a impermeabilizar deverão encontrar-se escrupulosamente limpas e secas. Em circunstâncias excecionais poderá recorrer-se a aceleradores ou retardadores de presa e/ou do processo de endurecimento do betão, não devendo porém tais produtos modificar sensivelmente a resistência e a durabilidade do betão ou provocar corrosão nos dispositivos de transferência de carga e de ligação. A sua ação deverá ser previamente estudada em betões idênticos aos que serão utilizados na obra, identidade que deverá ser extensiva ao

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processo de cura. Os aditivos para acelerar a presa por elevação de temperatura, que também se podem aplicar em betonagens a baixas temperaturas, devem apresentar-se no estado líquido, sendo adicionados à água de amassadura. A utilização de cloreto de cálcio em escamas como material acelerador do endurecimento deverá sujeitar-se às seguintes condições : − dosagem entre 1.5% e 2% do peso do ligante hidráulico − o produto, adquirido em recipientes inatacáveis e hermeticamente fechados, deve ser

rejeitado sempre que apresente um aspeto pulverulento ou aglutinado ; − o seu conteúdo em cloreto de cálcio anidro deve ser igual ou superior a 70% ; − a percentagem de magnésio (MgCl2) deve ser inferior a 2% ; − a percentagem de cloretos alcalinos (NaCl) deve ser inferior a 2% ; − a proporção de impurezas deve ser inferior a 1% ; − o produto deve passar completamente por um peneiro com 10 cm de malha ; − o resíduo sobre um peneiro com 6.5 cm de malha não deve exceder 20% ; − o resíduo sobre um peneiro com 0.8 cm de malha não deve ser inferior a 90%. Os aditivos destinados a aumentar a trabalhabilidade de betões, vulgarmente designados por plastificantes, não devem ser de tipo que aumente a quantidade total do ar nas massas para além de 10%. Como normalmente a ação dos plastificantes é acompanhada por uma diminuição da resistência do betão, a sua dosagem deve ser mínima e cuidadosamente fixada mediante a realização atempada dos ensaios convenientes. Os aditivos plastificantes de argamassa, que podem ser utilizados em substituição de cal (exceto onde este Caderno de Encargos exige argamassas com cal), deverão ter somente ação física e não química. Os aditivos retardadores de presa devem ser objeto de experiências preliminares que permitam determinar, em bases seguras, o seu real efeito nos betões previstos. Não será permitida a utilização, como arejador, de qualquer produto cuja função principal não seja aquela. Os arejadores, ou introdutores de ar, a utilizar em betões são produtos que originam a mistura de uma grande quantidade de pequenas bolhas de ar ou de gás, em geral de tamanho compreendido entre 10 e 1000 microns e que permanecem no interior do betão depois de endurecido. As propriedades tixotrópicas conferidas ao betão fresco por este tipo de aditivos, permitem a execução rápida das descofragens; assim, na execução de pavimentos rígidos térreos, no caso de se utilizarem espalhadoras de cofragem deslizante, é obrigatória a utilização de introdutores de ar. A dosificação dos arejadores deve ser tal que forneçam ao betão um volume de ar compreendido entre 4% e 6% e a sua utilização deve ainda obedecer às seguintes condições: − a percentagem de exsudação de água na amostra de betão arejado não poderá exceder

65% da exsudação que produziria uma amostra do mesmo betão sem arejador; − o betão arejado deverá apresentar uma resistência característica à compressão superior

a 80% do que apresentaria o mesmo betão se não fosse arejado; − o betão arejado deverá apresentar uma resistência característica à flexo-tração superior

a 90% da que seria exigível no caso do betão não ser arejado;

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− em nenhum caso a dosagem do introdutor de ar poderá exceder 4% do peso de ligante hidráulico;

− não poderão juntar-se em simultâneo quaisquer outros aditivos sem prévia autorização da Fiscalização .

As ações de controlo de receção, incluindo o tipo de frequência de inspeção, são os referidos no Quadro 14 da NP ENV 206 de 1993 Todos os produtos que venham a ser aprovados ou sugeridos pela Fiscalização devem ser aplicados em conformidade com as instruções do respetivo fabricante e os resultados de ensaios efetuados. A.5.2. Adições As adições para argamassas ou betões deverão obedecer ao especificado no art.º 4.5 da np env 206 de 1993 e não devem conter constituintes prejudiciais em quantidades tais que possam afetar a durabilidade do betão ou provocar a corrosão das armaduras. As adições podem ser cinzas volantes, pozolanas, escória granulada de alto forno, fíler calcário e sílica de fumo, devendo obedecer aos seguintes documentos: − pr NP 4243 – Cinzas volantes para betão. Definição, especificação e controlo de

qualidade. − NP 4220 – Pozolanas para betão. Definição, especificação e verificação de conformidade. − LNEC E 375 – Escória granulada de alto forno moída para betões. (Características e

verificação de conformidade) − LNEC E 376 – Fíler calcário para betões. (Características e verificação de conformidade) − LNEC E 377 – Sílica de fumo para betões. (Características e verificação de conformidade) Os métodos de ensaio deverão ser os constantes dos seguintes documentos: pr NP 4241, 4242, NP 4220, LNEC E 375, 376 e 377. As ações de controlo de receção incluindo o tipo e frequência de inspeções são as referidas no Quadro 14 NP ENV 206 de 1993. A.5.3. Produtos para cura de betões A.5.3.1. Produtos compostos de cura Os produtos compostos de cura definem-se como produtos aplicáveis em superfícies de betão com o objetivo de retardar a perda de água durante a presa e endurecimento, reduzindo simultaneamente a elevação de temperatura resultante da exposição aos raios solares. Serão constituídos por uma base e por um pigmento branco finamente disperso, misturados para imediata aplicação. O produto apresentará um aspeto esbranquiçado ou

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metálico uniforme quando aplicado uniformemente numa superfície de betão fresco na dosagem mais conveniente, a fixar durante a execução dos trabalhos de acordo com a Fiscalização face às condições específicas que se vierem a verificar. O produto composto de cura terá a consistência adequada para que possa ser facilmente aplicado por pulverizador numa camada uniforme, a uma temperatura superior 4ºC, e aderir ao betão fresco de modo a formar uma película contínua que, uma vez seca, deverá apresentar-se flexível, sem roturas ou fendas e permanecer intacta durante, pelo menos, 7 dias após a sua aplicação. O produto líquido composto pigmentado não poderá de modo algum entrar em reação com o betão, em particular com a água e os iões de cálcio, e a sua fração volátil não poderá ser um material tóxico ou facilmente inflamável. A.5.3.2. Membranas protetoras de cura As superfícies expostas de betão acabado serão aspergidas com água por meio de um atomizador antes do início da cura, a seguir ao que será colocada a membrana; esta deverá estar de acordo com a norma ASTM C 171 e permanecer sobre a laje por um período nunca inferior a 72 horas. A membrana protetora de cura será constituída por folhas justapostas de dimensões tais que cubram completamente a largura da laje, englobando os seus bordos. As diferentes folhas deverão sobrepor-se em, pelo menos, 10 cm, e ser convenientemente ligadas entre si por intermédio de pesos sobre as extremidades (assentes na camada inferior) por forma a que se mantenha, globalmente, uma perfeita impermeabilização. A.6. Agregados para argamassas e betões A.6.1. Condições gerais Os agregados devem apresentar resistência mecânica, forma e composição química adequadas para o fabrico do betão a que se destinam. Os agregados deverão obedecer ao especificado no art.º 4.2 da NP ENV 206 de 1993 e não devem conter constituintes prejudiciais em quantidades tais que possam afetar a durabilidade do betão ou provocar a corrosão das armaduras. Quando for necessário comprovar as características dos agregados, devem efetuar-se os ensaios da Especificação LNEC E 373 de 1993 – “Inertes para Argamassas e Betões. Características e verificação de conformidade”, devendo os resultados satisfazer as condições referidas no mesmo documento. Por proposta do Empreiteiro, as diligências de aprovação poderão iniciar-se no local de origem dos agregados, desde que ao Dono da Obra sejam concedidas facilidades para efetuar as verificações necessárias durante a exploração e o transporte. Os locais de exploração dos agregados, quando não forem definidos no projeto, no Caderno de Encargos ou no Contrato, serão escolhidos pelo Empreiteiro. Em qualquer caso, o Empreiteiro poderá pedir a aprovação prévia dos locais da exploração dos Agregados. A

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aprovação do Dono da Obra deverá basear-se em elementos, a fornecer pelo Empreiteiro, que permitam verificar se os agregados extraídos de cada local satisfazem as especificações respetivas, podendo tal aprovação ficar condicionada à adoção de determinadas técnicas de exploração. A aprovação dos locais de exploração dos agregados não isenta estes materiais de serem submetidos a diligências de receção, salvo quanto a verificação das características inalteráveis pelas condições de exploração, armazenamento e transporte. A colheita de amostras será realizada de acordo com o especificado no seguinte documento: − ASTM D75-03: Standard Practice for Sampling Aggregates. As ações de controle de receção, incluindo o tipo e frequência de inspeções, são as referidas no Quadro 14 da NP ENV 206 de 1993. Se um mesmo fornecimento de agregados se destina a diferentes utilizações, a aprovação deverá basear-se na satisfação simultânea das várias especificações aplicáveis. A granulometria dos agregados deve ser estabelecida de modo a conferir ao betão as propriedades que a sua utilização impõe, nomeadamente doseando os agregados finos e os agregados grossos de forma a obter a maior compacidade. A areia para betão será siliciosa de grãos duros, compactos e de superfície áspera; deve comportar grãos grossos de 5 a 2 mm, médios de 2 a 0,5 mm e finos abaixo de 0,5 mm, de modo a apresentar compacidades e densidades aparentes máximas. Só será empregue areia limpa ou areia lavada artificialmente. As areias não conterão de modo algum matérias orgânicas, sulfatos ou ácidos húmidos, nem excesso de argila (sempre em percentagem inferior a 3% em peso), detritos de conchas de moluscos ou qualquer substância prejudicial à presa e endurecimento do cimento ou às qualidades dos betões. A pedra para betão será britada ou de seixo anguloso, dura, não margosa, limpa ou lavada, e isenta de impurezas. A granulometria da pedra estudar-se-á em conjunto com a da areia, para que se obtenha a compacidade máxima possível do betão. Os elementos de pedra terão forma aproximadamente cúbica, eliminando-se todo o material de forma lamelar ou alongada. A dimensão máxima da brita para betão armado deverá sempre ajustar-se entre os varões das armaduras e entre estas e as faces das cofragens; normalmente será usada brita com a dimensão máxima de 6 cm, sem prejuízo da granulometria adequada para todas as peças que se destinam a ficar aparentes. As britas devem ser depositadas em lotes distintos e bem definidos de acordo com as suas características de granulometria. O armazenamento dos agregados poderá ser efetuado ao ar livre, salvo nos casos em que haja que ter em conta a humidade que contêm e o Empreiteiro não disponha de equipamento capaz de garantir as necessárias correções. No armazenamento dos agregados não será necessário fazer a separação por lotes, desde que a sua origem seja a mesma. Será garantida a separação por tipos tomando-se os

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cuidados necessários para evitar mistura dos agregados das diversas categorias entre si ou com substâncias estranhas. A separação de agregados assegura ainda a sua não contaminação e protege a deterioração do material. Tratando-se de agregados com água superficial, o armazenamento deverá ser feito de modo a obter-se a uniformização do seu estado de humidade durante um período de tempo não inferior, em geral, a doze horas, salvo se for comprovado, através de ensaios, que a referida uniformização é obtida num período de tempo inferior. A.6.2. Agregado fino para betão O agregado fino será constituído por uma areia natural, simples ou misturada com areias de britagem em proporções tais que possibilitem uma boa trabalhabilidade do betão, devendo a sua curva granulométrica estar compreendida dentro dos seguintes limites: PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO MATERIAL QUE PASSA (%) 9,5 mm (3/8 " ) 100 4,75 mm (Nº 4) 90 - 100 2 mm (Nº 10) 60 - 90 0,425 mm (Nº 40) 20 - 45 0,180 mm (Nº 80) 3 - 12 0,075 mm (Nº 200) 0 - 5 Fixada a curva granulométrica dentro do fuso indicado, a variação máxima admissível do módulo de finura (centésima parte do somatório das percentagens de material retido em cada um dos peneiros indicados) é de 15%. O equivalente de areia (E.A.) será, no mínimo, de 60% . A.6.3. Agregado médio e grosso para betão O agregado médio e grosso para betão será de origem reconhecida e aprovada pela Fiscalização, devendo respeitar o especificado nas condições gerais relativas a agregados deste Caderno de Encargos. Será britado com dimensões variáveis, conforme as características da obra a moldar; no betão armado deverá ser de modo a que permita a fácil penetração das pedras entre os varões das armaduras e entre estas e os moldes. A curva granulométrica da pedra britada e areia deverá obedecer ao disposto na NP ENV 206 de 1993. Poderá, em circunstâncias que a Fiscalização determine, empregar-se em vez de pedra britada, seixo anguloso.

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A dimensão máxima dos agregados não será superior a 40 mm, devendo o agregado, no mínimo, ser obtido por composição de agregados com granulometrias distintas e com as seguintes características: − Percentagem máxima de desgaste "Los Angeles", para a granulometria "F"............ 20% − Percentagem máxima de desgaste "Los Angeles", para a granulometria "B” na

generalidade e 35% no caso de se utilizarem granitos ...................................... 25% − Coeficiente de Polimento acelerado......................................................superior a 55% − Índice de lamelação.............................................................................inferior a 35% − Índice de alongamento............ ............................................................inferior a 35% − Percentagem dos elementos que passam no peneiro ASTM nº40............... inferior a 2% No caso de serem apenas utilizados dois agregados na composição do betão, aqueles deverão em princípio apresentar granulometrias em conformidade com os valores nominais 5/15 e 20/40 mm. A.6.4. Areia A areia será de origem reconhecida e aprovada pela Fiscalização, devendo respeitar o especificado na ficha relativa a agregados deste Caderno de Encargos. Deverá ser rija, de preferência siliciosa ou quartzosa, isenta de argila, terras ou quaisquer outras substâncias estranhas, ter grão anguloso e áspero ao tato, e ter a composição granulométrica mais apropriada à natureza do trabalho a efetuar. Deve ser composta por grãos grossos de 5 a 2 mm, médios de 2 a 0,5 mm e finos abaixo de 0,5 mm, quando se destinar a betão armado, de modo a apresentar compacidades e densidades aparentes máximas. Para utilização em argamassas para alvenarias irregulares, deve preferir-se areia de grão mediamente grosso; para assentamento de cantarias, alvenarias regulares e rebocos, deve utilizar-se areia de grão fino. Considera-se areia de grão grosso a que, passando num peneiro de 5mm, é retida no peneiro de 2mm; areia de grão médio a que, passando no peneiro de 2mm, é retida no de 0,5 mm, e a areia de grão fino a que, passando no peneiro de 0,5 mm, é retida no de 0,07 mm. A totalidade das substâncias prejudiciais não deverá exceder 3% do volume com exceção das removidas por decantação. Devem ser observadas todas as disposições constantes na NP ENV 206 de 1993 relativas a areias. Poderão ser exigidos ensaios segundo as normas específicas, sobretudo quanto ao teor de sais e matérias estranhas. Será rejeitada toda a areia que não obedeça às especificações. A areia será armazenada de acordo com a sua granulometria em lotes distintos, de forma a que entre os vários lotes não haja mistura possível.

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A.6.5. Agregados leves Os agregados leves a utilizar deverão ser de argila expandida. A massa volúmica aparente seca deve estar compreendida entre 300 a 1200 kg/m3 para a areia e 300 a 950 kg/m3 para o agregado grosso. A forma dos grãos deve ser arredondada e as classes granulométricas o mais alargadas possível. A percentagem de grãos partidos, a absorção de água máxima e a resistência mínima dos grãos à compressão devem respeitar o expresso na norma francesa: NF P - 18 - 309 - Granulats. Granulats d' Argile ou de Schiste Expansés Fabriqués en Four Rotatif Destinés à la Confection de Bétons. AFNOR Paris 1982. A.7. Materiais de Aterro A.7.1 Solos Os materiais a utilizar nos aterros serão solos ou outros materiais que se obterão dos empréstimos definidos no projeto de construção, ou dos empréstimos escolhidos pelo adjudicatário com prévio conhecimento da Fiscalização, e devem obedecer ao seguinte: − os solos ou materiais a utilizar deverão ser isentos de ramos, folhas, raízes, ervas, lixo

ou quaisquer outros detritos orgânicos; − a dimensão máxima dos elementos dos solos aplicados será inferior a 50 mm; As terras de empréstimo com as características a seguir referidas serão utilizadas no coroamento dos aterros executados compactadas por camadas de espessura de 0.20 m. Estas terras terão de obedecer aos requisitos do documento normativo LNEC E 240 - Solos - classificação para fins rodoviários, tendo os solos de estar incluídos num dos seguintes grupos: A - 1 - a A - 1 - b A - 2 - 4 A - 2 - 5 A compactação relativa mínima referida no ensaio de compactação pesada terá de ser de 95%. Cumprir-se-á a especificação LNEC E 242 - Execução de terraplanagens em estradas. O adjudicatário, até dez dias antes do início dos trabalhos, apresentará os valores dos ensaios e respetiva classificação, tendo o empréstimo de merecer a aprovação da Fiscalização.

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Os ensaios de controlo de qualidade de execução de trabalhos serão mandados executar pelo Dono de Obra e suportará os custos do mesmo, sendo no caso de repetição dos ensaios por má execução dos trabalhos debitados ao adjudicatário. O adjudicatário disporá do equipamento mais adequado ao trabalho cabendo-lhe a ele a responsabilidade perante terceiros por danos causados e indemnizações. A.7.2. Materiais de granulometria extensa O material deve ser constituído pelo produto resultante de britagem de material explorado em formações homogéneas e ser isento de argilas, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas. Deverá obedecer as seguintes prescrições: − Granulometria - a composição ponderal obedecerá aos valores a seguir indicados:

PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO MATERIAL QUE PASSA (%)

50 mm (2")

100

37.5 mm (1 1/2") 85-95 19.0 mm (3/4") 50/85 4.75 mm (nº 4) 30/45 0.425 mm (nº 40) 8-22 0.075 mm (nº 200) 2-9

A curva granulométrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular: − Características especiais:

− Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles -------------------30% − Limite de liquidez -------------------------------------------------------------------NP − Índice de plasticidade --------------------------------------------------------------NP − Equivalente de areia mínimo -------------------------------------------------------50%

A.8. Madeiras A.8.1. Madeiras de cofragem As madeiras a empregar serão de proveniência e qualidades indicadas no projecto. Terão as dimensões e serão fornecidas de acordo com as necessidades de execução da obra. Estas deverão ser bem cernes, não ardidas, sem nós que comprometam o seu efeito estético ou as suas qualidades de resistência, caruncho falhas ou fendas. Serão de 1ª escolha escolhidas por forma que os pequenos defeitos (nós, fendas, etc) não sejam muitos nem se apresentem em grandes dimensões nem em zonas das peças onde se encontrem instaladas as maiores tensões. A madeira será completamente seca, desempenada, e terá as fibras direitas.

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Dever-se-á seguir, para determinação da qualidade das madeiras e de acordo com o fim a que se destinam, as Normas Portuguesas: NP-180 : Anomalias e Defeitos da Madeira NP-987 : Madeiras Serradas - Medição de defeitos O peso específico mínimo da madeira para peças resistentes é de 5,5 kN/m3. Admitem-se para as madeiras em obras estruturais (tensão admissível não superior a 8 MPa), os se-guintes defeitos máximos: NÓS: a) Nó de cutelo - 1/2 da espessura do cutelo b) Nó de margem - 1/4 da largura da face c) Nó de face - 1/3 da largura da face d) Nó de aresta - 1/2 da espessura do cutelo DESCAIO DO VEIO: a) Nó cutelo - 1/3 da espessura b) Na face - 1/4 da largura Empeno em arco - 1,5 cm em 30 cm Empeno em meia cana - 3 mm em 15 cm Não se admitem rachas ou fendas que possam prejudicar a resistência da peça, por simples apreciação a vista. Serão rejeitadas todas as peças que não cumpram as especificações indicadas. As madeiras deverão ser protegidas e armazenadas por forma a evitar o ataque de humidades, fungos, carunchos e outros fatores que a deteriorem. Em superfícies e peças em contacto ou permanecendo em meios favoráveis ao aparecimento de fungos ou animais xilófagos, deverão ser protegidos com produtos de eficácia comprovada por meio de ensaios efetuados em Laboratório Oficial. A.9. Materiais pré-fabricados A.9.1. Condições gerais Os materiais pré-fabricados deverão ser produzidos industrialmente em instalação fixa, devendo, sempre que não tradicionais, ser Homologados, preferencialmente com certificação. Deverão apresentar características geométricas, físicas e mecânicas uniformes, no respeito do especificado no projeto.

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O transporte da unidade produtiva para a obra só deverá efetuar-se quando o produto apresentar características mecânicas compatíveis com o seu transporte e manuseio sem danos. O Dono de Obra reserva-se o direito de inspecionar na origem ou mandar ensaiar qualquer material prefabricado cujo destino seja a obra. A.10. Materiais de isolamento e juntas A.10.1. Esferovite A designação de esferovite aplica-se ao poliestereno expandido, material plástico celular rígido, constituído por alvéolos fechados, obtidos a partir do poliestireno ou seus copolímeros por um processo de expansão. Consideram-se dois tipos: Poliestireno expandido - Placa expandida a partir de grânulos esféricos de poliestireno, moldada na sua forma definitiva ou cortada de blocos produzidos por um processo contínuo ou descontínuo. Poliestireno extrudido - Placa produzida por um processo contínuo de extrusão. Consideram-se as seguintes classes de poliestireno expandido, função da sua massa volúmica aparente e aplicação:

Classe Massa volúmica aparente (kg/m3)

Aplicação

I 15 Isolamentos não sujeitos a cargas. II 20 Isolamentos sujeitos a cargas limitadas. III 25 Isolamentos sujeitos a cargas relativamente

elevadas. É requerida resistência a fluência por compressão

IV 30 Isolamento sujeito a cargas elevadas sendo requerida resistência a fluência por compressão

Dentro destas classes consideram-se sub-classes (A,B,C), de acordo com os valores da condutibilidade térmica . As características especificadas pressupõem a estabilização prévia do material durante um período de 28 dias após o fabrico, em contacto com o ar. A espessura deve ser uniforme, a estrutura homogénea, as superfícies laterais devem ser paralelas entre si e perpendiculares as bases. A diferença entre duas diagonais medidas na mesma face de uma placa não deve exceder 0.5 %.

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As tolerâncias dimensionais máximas permitidas são: − Comprimento - + 0.5 % − Largura - + 0.5 % − Espessura - + 2 mm As características físicas das placas de poliestireno expandido devem ser as seguintes:

CARACTERÍSTICAS I II

III IV

A B A B A B C Massa volúmica mínima (kg/m3)

15 20 25 30

Resistência a compressão mínima (kPa)

50 100 130 150

Condutibilidade térmica (W/mºC) a 10ºC

37

34

37

32

37

28

32

37

a 23ºC

39 36 39 34 39 29 34 39

Absorção máxima de água líquida % (V/V)

6 4 3

Fluência máxima a compressão

48 h, 80 ºC sob 20 kPa

- 5 - -

7 d, 70 ºC sob 40 kPa

- - 5 5

Força de rotura por flexão

15 25 30 35

Para a determinação destas características utilizar-se-ão as seguintes normas portuguesas e ISO: Dimensões lineares - NP-2122 Massa volúmica - NP-2125 Resistência a compressão - NP-2123 Condutibilidade térmica - NP-2254 Absorção de água - ISO 2896 Estabilidade dimensional e fluência a compressão a temperatura elevada - NP-2124 e ISO/TR 2799 Resistência a flexão - NP-2255 A.10.2. Aglomerado negro de cortiça O aglomerado de cortiça deve ser fabricado com materiais de primeira qualidade, e fornecido em placas de espessura uniforme, tipo "parquet".

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Será tornado imputrescível por impregnação asfáltica devendo apresentar compacidade e resistência adequadas aos fins em vista. A.10.3. Materiais de refechamento de juntas A.10.3.1. Generalidades O material para o preenchimento das juntas deve possuir características de deformabilidade adequadas para acompanhar os movimentos das juntas sem prejuízo das suas qualidades elasto-plásticas, de acordo com os desenhos de construção do projeto. Deverá além disso constituir um preenchimento estanque, praticamente incombustível e capaz de conservar todas as suas propriedades, não endurecendo, fendendo, estalando ou exsudando, quando sujeito a temperaturas variando entre - 10 ºC e + 60 ºC. As especificações a que deverão obedecer são as seguintes: a) Material para aplicação a quente: ASTM D 1190-74 b) Material para aplicação a frio: ASTM D 1850-67 A.10.3.2 Juntas para vedação Deverão possuir características de deformabilidade apropriadas para acompanharem os movimentos das juntas, sem prejuízo das suas qualidades elasto-plásticas. O material a utilizar deverá aderir perfeitamente às superfícies das juntas, constituindo um enchimento estanque, praticamente incombustível e capaz de conservar todas as suas propriedades, não endurecendo, fendendo, estalando ou exsudando, quando sujeito a temperaturas, variando de -10 ºC a + 60 ºC. No refechamento e vedação das juntas de dilatação serão utilizados materiais adequados à função que se exige à junta. Assim utilizar-se-á como elemento de separação uma placa de poliestireno expandido ou aglomerado negro de cortiça e como elemento de refechamento um mastique. Os elementos de separação da junta deverão possuir as seguintes características: − Rigidez suficiente para resistir à operação de betonagem; − Serem imputrescíveis mesmo em contacto direto com a água ; − Fraca variação volumétrica face a grandes amplitudes térmicas ;

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O elemento de refechamento que será um mastique deverá possuir as seguintes características: − ser de aplicação a frio; − não fissurar e aderir perfeitamente às paredes da junta mesmo em contacto direto e

prolongado com a água; − manter a elasticidade que permita a vedação completa da junta face a grandes

amplitudes térmicas e a agentes atmosféricos; − estável face a agressividade química; − resistência ao envelhecimento. A.10.3.3. Mastiques Deverão ser de fábrica de reconhecida idoneidade e ter as características necessárias de forma a satisfazerem o fim para que são utilizados. Dum modo geral deverão ser impermeáveis e estáveis em presença dos agentes atmosféricos, proporcionar uma boa aderência às argamassas e betões e terem a elasticidade suficiente para suportarem sem deterioração os movimentos a que irão ser submetidos. O adjudicatário obriga-se a fornecer documentação técnica sobre os produtos a aplicar na qual se fará referência aos seguintes pontos: − Temperatura de aplicação; − Preparação do material antes da aplicação; − Equipamento necessário; − Agente desmoldante para tratamento prévio dos aparelhos de aplicação; − Preparação prévia de superfície; − Primários; − Medidas admissíveis das juntas; − Pré-enchimento de juntas; − Modo de aplicação do mastique; − Limpeza dos utensílios; − Medidas sanitárias preventivas. Poderão ser exigidos ensaios em provetes para verificação de qualidades, obrigando-se o adjudicatário a retirar o material da obra todas as vezes que este for rejeitado. Os ensaios indicarão, entre outros aspetos, o módulo de elasticidade, resistência a temperaturas, tempo de secagem, ligação a materiais, estanquidade, densidade, resistência à tração e compressão, rendimento e tempo de aplicação. Os mastiques chegarão à obra em embalagens seladas de origem, rotulados com a marca, referências, modo de aplicação e serão armazenados de acordo com as instruções do fabricante ou na sua omissão protegidos dos agentes atmosféricos, descargas elétricas, calor e frio excessivos.

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A.11. Materiais de pós esforço em lajes A.11.1. Características do aço As armaduras de pós-esforço a utilizar apresentarão as seguintes características: − 0.6, embainhado e lubrificado − Tensão de rotura........................................... 1860Mpa − Secção nominal............................................. 139 mm2 − Diâmetro nominal.......................................... 15.2mm − Diâmetro exterior............................................ 18.0 mm − Força de rotura............................................... 258KN − Limite elástico a 0,2%..................................... 200/5KN/mm2 − Muita baixa relaxação A.11.2. Componente do sistema O sistema de pós-esforço é constituído pelos seguintes componentes: − aço da classe 1860 MPa, embainhado e lubrificado − ancoragens, em cada extremidade do cabo − cunhas, constituídas por 3 peças, em cada extremidade do cabo − dispositivo plástico de ligação do cabo à ancoragem − centrado constituído por 2 peças, em cada extremidade do cabo, colocado na ancoragem

na zona de passagem do cabo. − lampas de isolamento da extremidade do cabo, roscados à ancoragem A.11.3. Bainha de proteção dos monos-torons No processo de fabrico, depois de terem sido lubrificados, os cabos envolvidos por uma bainha polietileno de alta densidade, com espessura mínima de 1mm, estrusada a quente sobre o cabo. Esta bainha deve ser suficientemente resistente para não ser deteriorada quando do transporte manuseamento e colocação em obra. − Diâmetro do cabo revestido 18.1mm − Lubrificante proteção contra a corrosão segundo A.S.T.M. – D1743 – 1.1.1 − Ponto de “gota”, 190o − Bainha plástica – polietileno de grande densidade − Ponto de amolecimento 126o A.11.4. Ancoragens Cada ancoragem deverá ser constituída por: − um cone de ancoragem; − um fixador de posicionamento: − dois anéis de centragem; − três cunhas; − um “copo” roscado para tamponamento (selagem) do cabo; − uma rosca para fixação a cofragem;

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B. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS B.1. Disposições Gerais B.1.1 Implantação da obra Antes de iniciar qualquer das fases de um trabalho, o Empreiteiro deve proceder à implantação do seu traçado e piquetagem, com base em alinhamentos e cotas de referência fornecidos pelo Dono de Obra. A implantação da obra, pormenorizada, compete aos agentes do Empreiteiro que a realizarão, no entanto, na presença da Fiscalização. O material topográfico necessário a estes trabalhos será fornecido pelo Empreiteiro. O plano de implantação e piquetagem será submetido, pelo Empreiteiro, à aprovação do Dono de Obra, que o aprovará ou modificará no prazo de 5 dias úteis. O Empreiteiro fará as retificações que houver de realizar no decorrer dos trabalhos. Na piquetagem dos trabalhos, serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira com 8 a 10 cm de diâmetro na cabeça, cravadas pelo menos 50 cm. Estas mestras serão niveladas e numeradas, sendo as cotas das suas cabeças ligadas a marcações de referências fixas. A construção das marcas e referências e a sua conservação ou substituição são de conta do Empreiteiro. O Empreiteiro obriga-se a conservar as estacas e referências de base, bem como a recolocá-las à sua custa em condições idênticas, quer em posição definitiva, quer numa outra, se as necessidades do trabalho o exigirem, depois do Dono de Obra ter concordado com a modificação da piquetagem. O Empreiteiro será sempre o responsável pelos prejuízos que possam derivar da eventual deslocação dos sinais de referência. No caso de desaparecerem algumas das marcações feitas e se verificar ter havido descuido na sua conservação, serão feitas novas marcações na presença da Fiscalização, ficando a cargo do Empreiteiro todas as despesas que haja de novo a fazer. B.1.2 Estaleiro e instalações provisórias Os estaleiros principais deverão ser estabelecidos junto das obras, em áreas a definir pela Fiscalização, e ter disposição que assegure o melhor rendimento e, simultaneamente, fácil controlo. A organização do estaleiro e o projeto das instalações provisórias devem ser submetidos à apreciação do Dono de Obra.

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O Empreiteiro deverá garantir a conservação e limpeza das instalações do estaleiro, de modo que o trabalho se desenvolva com eficiência e segurança. Além do prescrito a tal respeito no Caderno de Encargos é aplicável o Decreto nº 46 427 (Regulamento das Instalações Provisórias Destinadas ao Pessoal Empregado nas Obras). Toda a zona da obra deve estar devidamente sinalizada, segundo esquema aprovado pelo Dono de Obra. A vigilância e segurança de toda a zona da obra é da responsabilidade do Empreiteiro, desde a data de início dos trabalhos até à data de receção provisória, considerando-se essa responsabilidade extensiva aos períodos da noite, dias feriados e dias de suspensão dos trabalhos. Após a conclusão da obra, as instalações e obras provisórias serão demolidas e os seus restos removidos para fora da zona da obra, devendo os locais de implantação ficar perfeitamente limpos e regularizados, salvo se outros trabalhos forem previstos no Projeto. Todos os encargos destas operações são da conta do Empreiteiro. São da responsabilidade do Empreiteiro e de sua conta o custo e a execução das vedações provisórias que julgue conveniente existirem. No final dos trabalhos, as vedações provisórias existentes serão demolidas e os seus restos removidos para fora da zona da obra, a expensas do Empreiteiro, salvo se for prevista no contrato a sua manutenção. O Empreiteiro deverá construir e manter em bom estado de utilização os acessos provisórios da obra e repor as condições iniciais após a conclusão dos trabalhos, num prazo máximo a acordar com o Dono de Obra, em face das características específicas de cada obra. Findo esse prazo, o Dono de Obra reserva-se o direito de mandar executar os trabalhos a outro Empreiteiro, deduzindo o seu custo nos pagamentos da empreitada. O Empreiteiro deverá fornecer e montar o equipamento necessário à execução e fiscalização, em segurança, dos trabalhos, nomeadamente: andaimes, plataformas suspensas, passadiços, pranchas, escadas ou outros similares. O Empreiteiro deverá construir e manter em funcionamento edifícios provisórios, mas suficientemente sólidos, destinados aos diferentes serviços e instalações exigidas pela obra. Estas instalações só poderão ser utilizadas depois de aprovadas pelo Dono de Obra, aprovação esta que deverá constar do livro de registo da obra. Deverão ser previstos escritórios para o Dono da Obra e para o Empreiteiro. Os escritórios destinados ao Dono da Obra terão a área mínima de 25 m2 e serão providos de iluminação, incluindo tomadas e de telefone. Anexo aos escritórios do Dono de Obra, deverá existir uma instalação sanitária com o mínimo de 1.5 m2, compreendendo uma sanita e um lavatório.

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O Empreiteiro deverá tomar todos os cuidados necessários para que os materiais e elementos de construção sejam protegidos contra intempéries e humidades do solo, sujeitando-se, caso contrário, a que os mesmos sejam rejeitados. Se entender necessário, o Empreiteiro deverá mesmo construir edifícios fechados destinados a armazéns, sendo contudo o custo deles de sua inteira responsabilidade. O cimento deverá ser mantido em silos ou em armazém coberto com capacidade suficiente para o cumprimento do plano de trabalhos de betonagem sem interrupção. No caso de ser mantido em sacos, o empilhamento será feito sobre estrados e de tal modo que fiquem espaços livres para permitirem fácil acesso e inspeção. Os varões para as armaduras serão dispostos em estrados, separados por diâmetros e qualidades, e sempre fora do contacto com o solo. O Empreiteiro deverá construir, dentro dos limites da obra, instalações sanitárias destinadas ao pessoal. Para o pessoal da Fiscalização serão construídas instalações sanitárias anexas aos escritórios. O Empreiteiro é responsável por manter as instalações sanitárias em boas condições de serviço, devendo as mesmas ser abastecidas de água e servidas de esgoto. O Empreiteiro deverá construir e manter em boas condições as instalações destinadas aos serviços médicos, quando for aplicável o estabelecido no Regulamento dos Serviços Médicos do Trabalho das Empresas (Dec. nº 47 512). O Empreiteiro deverá construir e manter em funcionamento uma rede provisória de abastecimento de água que satisfaça as exigências da obra e o prescrito no Regulamento das Instalações Provisórias Destinadas ao Pessoal Empregado nas Obras (Decreto nº 46 427). Sempre que na obra se utilizar água não potável, deverá colocar-se, nos locais convenientes, a inscrição "água imprópria para beber". Os encargos resultantes da manutenção e utilização da rede, incluindo aquisição da água, serão suportados pelo Empreiteiro. O Empreiteiro deverá instalar e manter, por sua conta, uma rede elétrica que assegura e fornecimento de energia e a iluminação durante a execução da obra. Os eventuais aparelhos elevatórios necessários à execução da obra deverão ser instalados e mantidos pelo Empreiteiro de acordo com o prescrito na Regulamentação de Segurança no Trabalho de Construção Civil.

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B.2. Demolições Encontram-se compreendidos neste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução, em especial: − A demolição de todos os elementos inúteis e que obstem à execução do projeto; − A demolição dos elementos indicados nas peças desenhadas; − As demolições necessárias à abertura de vãos; − A reposição dos panos danificados pelas demolições; − Os escoramentos necessários; − O transporte a vazadouro dos produtos considerados como entulho pela Fiscalização. Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo mencionam-se como merecendo referência especial, as seguintes: − Os materiais resultantes das demolições e cuja aplicação tenha sido prevista na obra,

deverão ser devidamente limpos de matérias estranhas e convenientemente arrumados em locais próximos da obra;

− Todas as pedras sobrantes, que se apresentem em boas condições para o efeito a que se destinam, serão utilizadas em enrocamentos, alvenarias ou arranjos exteriores;

− Os vãos abertos deverão obedecer às indicações do projeto; − As demolições e abertura de vãos deverão ser executadas de forma a danificarem o

menos possível o existente, não sendo autorizado o emprego de explosivos. Durante a execução das demolições serão observadas as normas gerais do Regulamento de Segurança no Trabalho de Construção Civil (D.L. nº 41820 e 41821), procedendo aos escoramentos julgados necessários e interditando os acessos a todos os elementos estranhos às manobras e operações a executar. Não poderá ter início qualquer trabalho de demolição sem que previamente se tenha assegurado de que a água, gás e eletricidade fornecidas ao edifício se encontrem cortados, ou que pelo menos o seu fornecimento seja em local e de forma a evitar quaisquer inconvenientes. A demolição deve conduzir-se gradualmente de cima para baixo, de andar para andar e dos elementos suportados para os elementos suportantes, salvo se forem tomadas as devidas precauções. As paredes, chaminés e quaisquer outros elementos a demolir devem ser apeados por partes, não podendo ser abandonados em posições que tornem possível o seu desabamento por ações eventuais, tais como vento ou queda de outros elementos. Deverá haver cuidados especiais no manejo de coberturas, no apeamento de cornijas e na demolição de paredes com vigas embebidas. Os produtos de demolição, sobretudo quando constituídos por grandes quantidades ou por volumes pesados, serão arreados por meio de cordas, cabos, roldanas, guinchos ou outros processos apropriados para zonas vedadas à permanência ou circulação do pessoal. Na execução das descidas, adotar-se-á um sistema de sinalização e serão empregados, se necessário, cabos de cauda.

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A remoção de materiais como tijolo e detritos pesados será feita por caleiras metálicas ou de madeira que obedeçam aos seguintes requisitos: − Serem vedadas, para impedir a fuga de materiais ; − Não terem troços retos maiores do que a altura correspondente a dois andares do

edifício, para evitar que o material atinja, na descida, velocidades perigosas; − Terem na base um dispositivo de retenção eficiente, para deter a corrente de materiais; − Terem barreiras amovíveis junto da extremidade de descarga e um dístico com sinal de

perigo. Sempre que se torne necessário ou vantajoso, serão montados andaimes para a demolição. Os andaimes serão construídos completamente desligados da zona em demolição, e de modo a poderem resistir, dentro de limites razoáveis, a pressões resultantes de desmoronamentos acidentais. São proibidos os andaimes no exterior das paredes sobre consolas, salvo se forem destinados à remoção de materiais leves que não ponham em perigo a estabilidade daquelas. Todas as aberturas dos pavimentos do andar em demolição, serão convenientemente tapadas para proteção de pessoal que trabalhe nos andares inferiores, exceto se tiverem de ser utilizadas na passagem de materiais ou utensílios. Não sendo possível mantê-las tapadas, as aberturas deverão ser resguardadas com corrimãos e guarda-cabeças. Todo o pessoal empregado nos trabalhos de demolição usará calçado adequado, capacetes duros e luvas resistentes, e na remoção de estuques e poeiras, utilizarão máscaras. Os materiais resultantes das demolições e cuja aplicação na obra não tenha sido prevista e que sejam considerados pela Fiscalização, serão propriedade do Dono de Obra, obrigando-se o Empreiteiro a transportá-los para o local a indicar pela Fiscalização num raio não superior a 70 km. B.3. Movimento de Terras B.3.1. Desmatação e desenraizamento a) Desmatação e desenraizamento incluindo transporte a vazadouro Diz respeito a este artigo aos trabalhos de desmatação geral e desenraizamento de árvores e arbustos. O desenvolvimento far-se-á por meios e métodos que o Empreiteiro julgar os mais convenientes, devendo no entanto tais meios serem postos à consideração da Fiscalização. A extração das raízes será feita na totalidade de modo que futuramente por apodrecimento das mesmas não se venham a criar vazios no subsolo ou turfas. O preço unitário por metro quadrado proposto pelo Empreiteiro estender-se-á às áreas de trabalho especificadas, independentemente das dificuldades que venham a surgir.

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O preço unitário inclui arranque, elevação e transporte. O vazadouro será indicado pelo Empreiteiro tendo de merecer a aprovação da Fiscalização. Qualquer dano causado a terceiros na elaboração destes trabalhos e consequentes indemnizações são da conta e risco do adjudicatário. No omisso cumprir-se-á o respetivo documento normativo do LNEC. A desmatação para além da operação de limpeza compreende ainda a remoção de toda a vegetação, ervas, arbustos, raízes, folhas, entulhos ou outras substâncias impróprias, arrumação e transporte de materiais. b) Transplantes As árvores e arbustos com alturas entre 0,8 m e 2,0 m que se encontrem em bom estado e que sejam suscetíveis de virem a ser utilizados no revestimento vegetal nomeadamente: − carvalho Negral; − carvalho Roble; − sobreira; − oliveira; − catapereira − abrolheiro − pilrideiro deverão ser cuidadosamente transplantadas e mantidas no local a salvo de qualquer dano. Este trabalho deverá sempre ser executado de acordo com instruções da Fiscalização. B.3.2. Decapagem de terra vegetal a) Decapagem de terra vegetal, incluindo transporte a vazadouro A escavação da terra vegetal far-se-á em toda a área de trabalhos na espessura média de 0.30m. Pretende-se que o Empreiteiro estabeleça o preço conjunto da escavação incluindo transporte a vazadouro, sendo este definido pelo Dono da Obra. Note-se que na medição não será considerado o empolamento de terras, conforme determinam as regras de medição do LNEC.

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B.3.3. Escavações - Regras gerais B.3.3.1 Classificação das escavações Com base no comprimento da fundação, na sua largura e na sua profundidade medida na vertical a partir do nível do terreno tal como se apresenta aquando do início das escavações, definem-se para estas os seguintes tipos: − Vala: Largura não superior a 2 metros e profundidade não superior a 1 metro. − Trincheira: Largura não superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou

largura superior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura. − Escavação superficial: Largura superior a 2 metros e profundidade não superior a

metade da largura. Consideram-se escavações a seco as que são executadas sob uma camada de água inferior a 10cm e escavações debaixo de água as que são executadas sob uma camada de água superior a 10cm. B.3.3.2 Classificação dos terrenos A classificação dos terrenos adotada neste Caderno de Encargos é a preconizada no seguinte documento: − E 217 - LNEC - Fundações diretas correntes Recomendações B.3.3.3 Remoção dos produtos da escavação Os produtos da escavação utilizáveis na obra serão aplicados nos locais definitivos, ou colocados em depósito em locais acordados com a Fiscalização. Os produtos da escavação que não sejam aplicáveis na obra e em relação aos quais não exista qualquer reserva legal ou de Caderno de Encargos deverão ser evacuados do estaleiro por conta do Empreiteiro. B.3.3.4 Dimensões das escavações As escavações deverão ser executadas por forma que, após a compactação, quando necessária, sejam atingidas as dimensões indicadas no projeto. Quando, em virtude das características do terreno encontrado, for reconhecido que as dimensões das escavações devem ser diferentes das resultantes do projeto, o Empreiteiro deverá executá-las de acordo com as indicações da Fiscalização. Se as escavações ultrapassarem as dimensões indicadas no projeto ou nas alterações nele introduzidas, com as tolerâncias admitidas em função da natureza dos terrenos, o

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Empreiteiro será responsável pelos prejuízos daí resultantes para a obra e para as propriedades confinantes e deverá corrigir à sua custa as zonas escavadas em excesso, usando materiais e processos aprovados pela Fiscalização. B.3.3.5 Interceção de canalizações e de obras de qualquer natureza Se, durante a execução das escavações, for necessário intercetar sistemas de drenagem superficiais ou subterrâneos, sistemas de esgotos ou canalizações enterradas (água, gás, eletricidade, etc.), maciços de fundação ou obra de qualquer natureza, competirá ao Empreiteiro a adoção de todas as disposições necessárias para manter em funcionamento e proteger os referidos sistemas ou obras, ou ainda removê-los, restabelecendo ou não o seu traçado, conforme o disposto no Caderno de Encargos, no projeto ou decidido pela Fiscalização. Serão encargo do Empreiteiro os trabalhos relativos a sistemas e obras previstas no projeto ou previsíveis antes do início dos trabalhos, o Empreiteiro avisará a Fiscalização e interromperá os trabalhos afetados até decisão daquele. Se, durante os trabalhos de escavação, foram encontrados objetos de arte ou antiguidades, o Empreiteiro deverá proceder de acordo com o estabelecido no art. 140º do seguinte documento: − Regime do Contrato de Empreitadas de Obras Públicas, decreto-lei nº 48.871. B.3.3.6 Emprego de explosivos O emprego de explosivos deverá obedecer ao prescrito nos seguintes documentos: − Fiscalização, comércio e emprego de explosivos e armamento. Decreto-Lei nº 36.085. − Regulamento sobre Substâncias Explosivas. Decreto-Lei nº 37.925. O Empreiteiro só poderá utilizar explosivos mediante autorização da Fiscalização, devendo os trabalhos ser confiados a pessoal competente. Esta autorização não isenta o Empreiteiro da sua responsabilidade total em quaisquer acidentes pessoais ou danos causados na obra ou nas propriedades vizinhas. Salvo indicação em contrário do Caderno de Encargos, o emprego de explosivos nunca será permitido durante a noite. B.3.3.7 Aprovação das escavações A aprovação dos trabalhos de escavação será efetuada por troços, à medida que o Empreiteiro o solicitar. Será precedida de vistoria da Fiscalização para verificação do traçado, dimensões e acabamento. Quando a escavação é imediatamente seguida de aterro ou de outros trabalhos, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 24 horas a partir da solicitação do Empreiteiro.

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B.3.3.8 Entivações e escoramentos A entivação e o escoramento das escavações e das construções existentes serão estabelecidos de modo a impedir movimentos do terreno e danos nas construções e, por outro lado, evitar acidentes às pessoas que circulam na escavação ou na sua vizinhança. As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão desmontadas até que a sua remoção não apresente qualquer perigo. No caso de ter de abandonar peças de entivação nas escavações, o Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização uma relação da situação, dimensões e quantidade das peças abandonadas. B.3.3.9 Drenagem das escavações O Empreiteiro deverá proceder à evacuação das águas das escavações durante a execução dos trabalhos, exceto nos casos em que o projeto ou o Caderno de Encargos permitam a execução de escavações debaixo de água. Quando necessário, o Empreiteiro deverá dispor de material de drenagem, incluindo bombas, capaz de assegurar um trabalho de drenagem contínuo. Os dispositivos de proteção contra as águas e de drenagem das escavações só devem ser removidos à medida que o estado de adiantamento dos trabalhos o permitir. Quando necessário, parte da escavação deverá ser circundada por drenos ou por valas que recolham as águas provenientes do exterior e as conduzam a local donde não possam retornar. As nascentes de água localizadas nas superfícies laterais ou no fundo das escavações deverão ser captadas ou desviadas a partir da sua saída por processos que não provoquem erosão nem enfraquecimento do terreno. Quando se verificar a entrada generalizada de água através das superfícies laterais e do fundo da escavação, o Empreiteiro adotará os processos de proteção adequados, podendo, nos casos extremos, ter de proceder à execução de ensecadeiras ou ao abaixamento do nível freático. Para facilitar a recolha das águas, os fundos das escavações poderão ser dispostos com uma inclinação longitudinal de 2% a 5% e cobertos por uma camada de betão. Se a topografia do local o permitir, poderá ser executada uma vala coletora envolvendo a zona prevista para as escavações. Se a topografia do local não permitir a evacuação por gravidade das águas das escavações, estas serão reunidas em poços de recolha e bombadas para o dreno exterior. Salvo disposições em contrário, o abaixamento do nível da água nos poços será limitado ao necessário para assegurar a execução dos trabalhos.

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Quando se utiliza bombagem intensa deverão ser tomadas medidas adequadas a evitar que a percolação da água possa provocar a remoção dos finos do terreno e prejudicar a estabilidade das obras já existentes ou a construir. B.3.3.10. Condições aplicáveis a certas escavações Salvo indicação em contrário do projeto ou do Caderno de Encargos, o Empreiteiro deverá efetuar as escavações necessárias à obtenção dos perfis indicados no projeto, numa faixa de 2,5 m envolvente dos limites do terreno da obra. Salvo indicação em contrário, o Empreiteiro executará a regularização dos taludes a que a escavação der origem. B.3.3.11. Escavações para fundações As escavações para abertura dos caboucos para as fundações serão executadas de acordo com os desenhos de construção, devendo, quanto à profundidade julgada necessária cumprir-se as indicações da Fiscalização. A fim de facilitar a drenagem, o fundo das valas e trincheiras para fundações poderá ter uma inclinação longitudinal de 2% a 5%. Salvo disposições em contrário do projeto ou do Caderno de Encargos, quando o perfil do terreno resistente conduzir a inclinações superiores a 5%, o fundo das valas e trincheiras será executado por degraus com altura inferior a 0,5 m, não se ultrapassando os limites da inclinação referidos acima. O Empreiteiro deverá dar às superfícies laterais das escavações a inclinação adequada à natureza do terreno e, quando necessário, proceder à sua entivação. Se pela observação da natureza dos terrenos a Fiscalização concluir ser preferível alterar o tipo de fundações, o Empreiteiro não terá direito a indemnização alguma por tal efeito. Igualmente não poderá reclamar indemnização que não seja a correspondente às unidades de trabalho realizadas, se a decisão de alterar o tipo das fundações tiver lugar durante a abertura dos caboucos. Quando o terreno for sensível à ação das intempéries (chuva, congelação, variações de humidade, inundações, etc.), o tempo que medeia entre a abertura dos caboucos, incluindo o acabamento do fundo e das superfícies laterais e a execução das fundações deverá ser reduzido ao mínimo. Em terrenos particularmente sensíveis haverá necessidade de disposições especiais, tais como a execução de uma camada de betão aplicada diretamente sobre a superfície do fundo. Os fundos dos caboucos serão regularizados, efetuando-se o corte do terreno antes de se proceder ao enchimento das fundações.

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Todas as partes do terreno afetadas pelo trabalho de abertura de caboucos deverão ficar convenientemente cheias, limpas e regularizadas. Nenhuma fundação poderá ser cheia sem exame e autorização do Engenheiro Fiscal da obra que para tal efeito deverá ser previamente avisado. Salvo expressa indicação, os preços incluirão todos os condicionamentos de execução e as operações inerentes, tais como limpeza, escavação, transporte e depósito a qualquer distância, inclusive dos volumes de sobreperfis e desmoronamentos, a entivação necessária, desobstrução de acessos e reparação de estragos. Nas escavações para ensoleiramento geral, os materiais encontrados no fundo e suscetíveis de constituírem pontos de maior rigidez, tais como afloramentos de rochas e de fundações, deverão ser removidos. As bolsadas de natureza mais compressível que o conjunto do fundo da escavação deverão ser substituídas por material de compressibilidade análoga à do restante terreno, de modo a obter-se um fundo de compressibilidade uniforme, à cota fixada no projeto. B.3.3.12 Escavações para assentamento de cabos e canalizações As dimensões, tolerâncias e acabamentos destas escavações serão correspondentes aos trabalhos a que a escavação se destina (água, esgotos, gás, eletricidade, etc.). O Empreiteiro deverá dar às superfícies laterais das escavações a inclinação adequada à natureza do terreno e, quando necessário, proceder à sua entivação. O programa dos trabalhos deve ser organizado de modo a fazer-se a abertura de valas em ritmo compatível com o assentamento e ensaio, se for caso disso, de modo a não se deixarem escavações abertas durante demasiado tempo. B.3.3.13 Escavações em poços A escavação em poços em que a máxima distância entre as faces interiores opostas seja inferior a 1,20 m, não poderá ser efetuada por descida de um operário ao fundo. Quando necessário, deverá ser instalada adequada ventilação e iluminação nos poços enquanto dura a sua escavação. Quando se empreguem explosivos na escavação dos poços, o Empreiteiro tomará as medidas necessárias à evacuação dos gases tóxicos produzidos. B.3.3.14 Escavações na vizinhança de construções existentes As escavações na vizinhança de construções existentes deverão ser executadas com os cuidados necessários para não ser afetada a segurança destas construções. Constitui encargo do Empreiteiro a realização dos trabalhos de proteção.

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Quando verificar a necessidade de trabalhos de proteção, o Empreiteiro avisará a Fiscalização propondo as medidas a tomar, e interromperá os trabalhos afetados, até decisão daquela. No caso da cláusula anterior, o Empreiteiro procederá aos contactos necessários com as entidades envolvidas a fim de decidir as medidas a tomar. Sempre que da execução das escavações resulta perigo para as construções vizinhas, e que a finalidade dos trabalhos permita, a extração das terras deverá ser realizada por fases. Quando houver necessidade de executar escoramentos, o Empreiteiro deverá tomar medidas tendentes a garantir que as escoras sejam mantidas em carga sem assentamento prejudicial para o terreno ou para os elementos a suportar. B.3.3.15 Escavações na base de taludes Quando houver que efetuar escavações na base de taludes, serão executadas as obras acessórias necessárias a evitar deslocamentos de terreno, tendo em conta as disposições aplicáveis da cláusula B.3.3.14. B.3.3.16 Escavações abaixo do nível freático Salvo indicação em contrário do Caderno de Encargos, os trabalhos de escavação abaixo do nível freático serão executadas a seco, para o que o Empreiteiro deverá recorrer a processos apropriados e aprovados pela Fiscalização, tais como: − Drenagem; − Ensecadeiras; − Entivações; − Abaixamento do nível freático por meio de poços; − Congelação; − Cimentado; B.3.4 Escavação geral Encontram-se compreendidos neste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução, em especial: − decapagem ou remoção de terras vegetal; − escavação e espalhamento de terras; − aterro; − transporte a vazadouro dos produtos sobrantes; − regularização e compactação superficial. Pretende-se que o terreno em toda a sua extensão, fique às cotas previstas no projeto para correta implantação da obra. Ficam ao critério do adjudicatário a escolha do modo de atacar as escavações segundo as técnicas mais aconselháveis e de efetuar o transporte dos produtos escavados para os aterros ou depósitos, desde que o equipamento utilizado seja eficiente, assegure a

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conclusão dos trabalhos dentro do prazo fixado e se observem as prescrições técnicas necessárias à boa execução dos trabalhos, à segurança e continuidade do trânsito e à segurança do pessoal. Se durante a execução das terraplanagens aparecerem veios de água que provoquem perturbações ou possam de futuro, prejudicar a conservação da obra, o Empreiteiro dará conhecimento deste facto à Fiscalização que ordenará a execução dos trabalhos necessários para assegurar uma boa drenagem. Se estes trabalhos se limitarem ao simples desvio das águas por valas, serão feitos à custa do Empreiteiro. O Empreiteiro adotará medidas eficazes de proteção no sentido de evitar repercussões nocivas sobre instalações e elementos da obra, já executados ou em execução, pertencentes ou não à empreitada, e assumirá toda a responsabilidade por todos os danos que ocasionar. Sempre que as circunstâncias o tornem aconselhável, o Empreiteiro deverá executar pré-revestimentos, ancoragens, colocação de redes ou outras disposições, para evitar derrocadas. A avaliação dos trabalhos far-se-á por aplicação dos respetivos preços unitários aos volumes "in situ", calculados pelas secções projetadas, e com as correções julgadas convenientes, contemplando-se as circunstâncias especiais indicadas nas anteriores alíneas. Salvo expressa indicação, os preços incluirão todos os condicionamentos de execução e as operações inerentes, tais como limpeza, escavação, transporte e depósito a qualquer distância, inclusive dos volumes de sobreperfis e desmoronamentos, a entivação necessária, desobstrução de acesso e reparação de estragos. Para efeito de medição e cálculo de preços unitários deverão ser adotadas as seguintes definições de terreno a escavar : − Terra ou saibro: terreno do tipo solo arenoso ou argiloso que pode ser desmontado por

uma máquina escavadora sem ripper de potência menor ou igual a um CATTERPILAR D6; − Rocha branda: terreno do tipo rocha alterada desmontável por máquina escavadora com

ripper com a potência adequada ; − Rocha dura: terreno do tipo rocha sã que só pode ser desmontado com o recurso a

técnicas especiais de desmonte de que se destacam os explosivos. B.3.5 Aterros Antes de se iniciar a execução de um aterro remover-se-á toda a vegetação e terra vegetal do terreno de base. Quando este apresentar declive acentuado, será cortado em degraus de modo a que se obtenham patamares sensivelmente horizontais. Os materiais a empregar nos aterros deverão ser isentos de raízes e de outros elementos prejudiciais à consolidação, designadamente de terra vegetal que se reservará para revestimento e regularização dos taludes. A Fiscalização determinará a remoção dos materiais que não possuam as características indicadas.

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A realização de empréstimos para aterros dependerá sempre da aprovação da Fiscalização quanto à origem e à natureza dos materiais. Os aterros serão executados por camadas a toda a largura, com espessura e grau de humidade adequados aos meios de compactação, devidamente regularizadas e com inclinação suficiente para fácil escoamento da água das chuvas. A inclinação dos taludes será fixada pela Fiscalização conforme o material utilizado. Quando uma camada for constituída predominantemente por materiais rochosos, estes deverão ser reduzidos a dimensões convenientes e espalhados de modo a que fiquem preenchidos os vazios entre os de maiores dimensões com outros menores e terra, a fim de obter a maior estabilidade possível. O grau de compactação em toda a extensão das camadas será, no mínimo, 90% do valor do ensaio Proctor modificado. Não se permitirá o espalhamento de uma camada sem que a anterior atinja o grau de compactação fixado. A circulação dos equipamentos deverá distribuir-se uniformemente por toda a superfície do aterro para evitar deformações. As que se verificarem, mesmo assim, serão imediatamente corrigidas, escarificando, juntando ou removendo material e compactando até obter a regularização da superfície. Todos os ensaios de controle da execução dos aterros, se necessários, serão da conta do Empreiteiro. Os preços incluirão todos os encargos com as extrações dos materiais, cargas, transportes, colocação, rega, compactação e regularização final de superfícies e taludes, e também com reconhecimentos, ensaios e com a remoção de materiais que a Fiscalização rejeitar. Todos os encargos com a realização de empréstimos, inclusive as indemnizações ou expropriações, eventualmente necessárias, bem como as escavações, serão de conta do Empreiteiro. B.3.6 Transporte de terras B.3.6.1 Âmbito de aplicação Incluem-se em transporte de terras as operações de condução das terras em excesso, desde os locais de extração aos vazadouros, e das terras de empréstimo, desde os locais de origem aos de aplicação. Também são incluídas em transporte de terras as operações de condução destas a depósitos provisórios e, posteriormente, aos locais de aplicação.

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B.3.6.2 Encargos do Empreiteiro Quando o regime de empreitada for por preço global, constitui encargo do Empreiteiro a execução das operações de transporte de terras decorrentes de localização das zonas de trabalho, do empréstimo e de depósito. Em qualquer regime de empreitada, os erros ou omissões do projeto ou do Caderno de Encargos, relativos à natureza e quantidade dos materiais a transporte, aos percursos e às condições de carga e descarga não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos, constituindo obrigação do Empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário. Constituem encargo do Empreiteiro os trabalhos referentes à instalação dos acessos provisórios necessários, dentro e fora do estaleiro. B.3.6.3. Equipamentos e precauções O equipamento a utilizar não deve, pela sua forma, dimensões ou peso, provocar danos às obras em curso ou às construções existentes. A passagem dos meios de transporte sobre os aterros executados na obra deve fazer-se tanto quanto possível em percursos diferentes, de forma a obter-se a melhor compactação das zonas aterradas. B.3.6.4 Responsabilidade perante terceiros Os danos causados nas vias públicas, os embaraços ao trânsito ou quaisquer outras responsabilidades perante terceiros, resultante do tipo de equipamento e das operações de transporte de terras, serão encargo do Empreiteiro. B.3.7 Escavação para fundações As escavações para abertura dos caboucos para as fundações serão executadas de acordo com os desenhos de construção, devendo, quanto à profundidade julgada necessária, cumprir-se as indicações da Fiscalização. Os caboucos serão entivados, caso se torne necessário, de modo que haja segurança completa do pessoal contra os desmoronamentos. Se pela observação da natureza dos terrenos a Fiscalização concluir ser preferível alterar o tipo de fundações, o Empreiteiro não terá direito a indemnização alguma por tal efeito. Igualmente não poderá reclamar indemnização que não seja a correspondente às unidades de trabalho realizadas, se a decisão de alterar o tipo das fundações tiver lugar durante a abertura dos caboucos. Os fundos dos caboucos serão regularizados, efetuando-se o corte do terreno antes de se proceder ao enchimento das fundações.

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Todas as partes do terreno afetadas pelo trabalho de abertura de caboucos deverão ficar convenientemente cheias, limpas e regularizadas. Nenhuma fundação poderá ser cheia sem exame e autorização do Engenheiro Fiscal da obra que para tal efeito deverá ser previamente avisado. Salvo expressa indicação, os preços incluirão todos os condicionamentos de execução e as operações inerentes, tais como limpeza, escavação, transporte e depósito a qualquer distância, inclusive dos volumes de sobreperfis e desmoronamentos, a entivação necessária, desobstrução de acessos e reparação de estragos. As definições de tipo de solo a escavar definidas na especificação "ESCAVAÇÃO GERAL" aplicam-se também a este caso. B.3.8 Fundações profundas B.3.8.1 Aspetos gerais As fundações especiais podem-se dividir fundamentalmente nos seguintes tipos: − fundações indiretas (estacas e pegões); − recalçamentos (estacas cravadas estaticamente, pegões, etc); − consolidação de terrenos (injeções, estacas de areia, compactação por vibro-flutuação,

etc.). No entanto, o presente artigo trata das Fundações Indiretas, também designadas por Fundações profundas, que compreende as estacas e os pegões, normalmente executados por firmas especializadas. Os restantes tipos - ou porque as suas condições de aplicação serão específicas para cada caso e consequentemente apresentando uma certa dificuldade de normalização (caso dos recalçamentos), ou porque são já altamente especializados e com relativamente pouca experiência entre nós (caso da consolidação dos terrenos) - serão tratados especificamente em artigos próprios e segundo regras que deverão ser devidamente explicitadas. B.3.8.1.1 Estacas pré-fabricadas cravadas no terreno Este tipo de estacas, como o seu próprio nome sugere, é constituído por estacas pré-fabricadas em estaleiro e posteriormente cravadas no terreno. Estas estacas poderão ser de madeira, betão armado ou metálicas.

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B.3.8.1.2 Estacas cravadas e moldadas no terreno Este tipo de estacas pode-se dividir em duas categorias fundamentais: − estacas cravadas e moldadas no terreno: são cravadas com tubo moldador e ponteira

obturada, metálica ou de betão, e betonadas no terreno com retirada simultânea do tubo moldador, ficando a ponteira perdida.

− estacas com extração e moldadas no terreno: faz-se a furação com ou sem entubamento - recorrendo-se, no primeiro caso, a limpadeira, trépano, etc., no segundo caso, a trado, circulação inversa, etc. - sendo as estacas betonadas no terreno.

B.3.8.1.3 Pegões Este tipo de fundação, geralmente executado manualmente, pode ter várias formas de secção - nomeadamente circular, quadrada, retangular, elíptica, etc - podendo a sua base ser ou não alargada. Atendendo a que se trata de um tipo de fundação de execução manual, as suas dimensões em planta deverão ser tais que permitam a execução dos trabalhos. B.3.8.1.4 Trabalhos incluídos A fundação propriamente dita compreende as seguintes operações: escavação (caso dos pegões) ou furação (caso das estacas), baldeação, colocação de armaduras, betonagem, mudança de equipamento e transporte de sobrantes a vazadouro. B.3.8.2 Execução dos trabalhos Aplicam-se à execução de fundações profundas os seguintes documentos de carácter regulamentar ou normativo: − RSA - Regulamento de Segurança e Ações em Estruturas de Edifícios e Pontes; − REBAP - Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado; − DTU 13.2 (Septembre 1992) - Fondations profondes pour le bâtiment. A natureza dos materiais a empregar consta da memória descritiva e peças desenhadas. Os cimentos empregues devem ser adaptados à agressividade dos estratos e nível freático intercetados. A dosagem mínima de cimento deve ser de 350 kg/m3. O diâmetro máximo dos Agregados não deve ultrapassar 25 mm. A trabalhabilidade do betão, medida pelo abaixamento do cone de Abrams, deve ser no mínimo de 0.14 m No caso de estacas de grande volume recomenda-se o emprego de um retardador de presa. No caso de emprego de betão pronto deve aproximar-se a quantidade de betão necessária para que não ocorra interrupção de betonagem. As armaduras de espera na cabeça das estacas devem ser protegidas e sinalizadas para evitar acidentes em pessoas.

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A distância entre eixos de estacas não pode em caso algum ser inferior a 1.5 vezes a zona dos seus dois diâmetros. Não se devem executar no mesmo dia duas estacas cuja distância entre eixos seja inferior a 2.5 vezes a soma dos seus diâmetros. O empreiteiro deve, durante a execução, assegurar que as estacas ou poços não fiquem, por motivos não previstos no projeto, submetidos a esforços superiores aos previstos. Podem provocar estes efeitos choques de equipamentos, esforços oblíquos transmitidos à cabeça das estacas mesmo que provisoriamente, aterros e solicitações assimétricas. Os referenciais de implantação devem ser fixos e bem protegidos. São permitidas as seguintes tolerâncias de implantação: − 0.12 m de desvio pontual em qualquer direção − diferença de verticalidade de ± 5%, não ultrapassando a diferença máxima entre a base e

a cabeça, relativamente ao previsto 0.05 m. O betão de limpeza dos maciços e lintéis não pode em qualquer caso cobrir as estacas. B.3.8.3 Critérios de medição As estacas medem-se por diâmetros e tipos, em metros lineares, para uma profundidade aproximada indicativa e compreende todos os trabalhos de furação, molde (se existir), armaduras e betão. As estacas inclinadas têm medição independente. O corte de cabeça das estacas e reparação das armaduras são objecto de uma medição independente, à unidade. B.4. Argamassas As argamassas a empregar serão dos seguintes tipos: TIPO I – Argamassa de cimento e areia ao traço de: − 600 kg de cimento − 1000 l de areia − a empregar no assentamento das vigas de bordadura, lancis pré-fabricados e guardas

metálicas, juntas de dilatação, proteção das amarrações do pré-esforço e eventual reboco de superfícies de betão onde, por defeito de execução, seja necessário empregá-la e a Fiscalização o permita.

TIPO II – Argamassa de cimento e areia ao traço de: − 300 kg de cimento − 1000 l de areia − a empregar na execução do reboco de betonilhas e assentamento de revestimento dos

passeios.

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TIPO III – Argamassa coloidal ou pasta de cimento com o traço indicado nos documentos de homologação de origem do sistema de pré-esforço adotado, e com os ajustamentos previsíveis para a quantidade de água em função da temperatura e do comprimento dos cabos a injetar. Na ausência de especificações próprias do referido sistema recomenda-se o seguinte traço: − 100 kg de cimento − 36 a 44 l de água (devendo a sua quantidade ser ajustada em função da temperatura

ambiente na altura da aplicação) − 2 kg de plastificante a empregar nas injeções dos cabos de pré-esforço. O fabrico das argamassas dos TIPOS I e II será feito, em princípio, por meios mecânicos, admitindo-se, porém, que sejam fabricadas manualmente em estrados de madeira. Neste caso, os materiais devem misturar-se primeiramente a seco e só depois se amassarão com a água necessária até que a argamassa fique homogénea. A argamassa do TIPO III será feita por meios mecânicos apropriados, dispondo de redes de filtragem, capazes de produção contínua e de fornecer uma mistura com os componentes uniformemente dispersos. Esse equipamento disporá de meios de medição para uma determinação precisa dos componentes da argamassa. O Empreiteiro proporá a marca do plastificante expansivo que eventualmente irá entrar na composição da argamassa, acompanhando a proposta de um certificado de origem indicando a data limite além da qual o produto não deve ser utilizado, mas fica desde já entendido que nesse aditivo não deve existir nenhum produto corrosivo para o aço, por exemplo, cloretos ou pó de alumínio. As argamassas serão fabricadas no momento do seu emprego e na proporção do seu consumo, sendo rejeitadas todas as que comecem a fazer presa no amassadouro ou que tenham de ser remolhadas. B.5. Betões não armados B.5.1 Betão de limpeza A dosagem deste betão será de 180 kg de cimento por m3. Os agregados terão dimensões apropriadas aos elementos da obra a que se destinam e serão submetidos à aprovação da Fiscalização que poderá determinar a realização de estudos granulométricos em Laboratório Oficial. A fabricação do betão será feita por meios mecânicos e a sua colocação em obra por vibração. Este tipo de betão será empregue na regularização dos leitos das fundações.

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B.5.2 Betão ciclópico Este tipo de betão será executado com pedras grossas com a dimensão máxima de 0,16 m, convenientemente envolvidas por betão magro de 240 kg de cimento, 610 litros de areia e 1000 litros de brita. As pedras grossas deverão ficar distribuídas na massa do betão de modo a que o intervalo entre duas pedras vizinhas e entre estas e as paredes do cabouco ou superfície de cofragem não seja inferior a 0,05 m para permitir e facilitar o enchimento desses intervalos com betão magro. O betão ciclópico deverá ser executado em camadas cuja compacidade será obtida por meio de apiloamento com maços apropriados ou de vibradores, de acordo com as indicações da Fiscalização. A proporção da mistura a adotar na execução do betão ciclópico será, em volume, de 70% de betão magro para 30% de pedra grossa por cada m3 de betão posto em obra. B.6. Betões armados B.6.1 Betões de agregados correntes B.6.1.1 Composição do betão A composição do betão, isto é, as dosagens de cimento, agregados e água (e das adições e adjuvantes quando utilizados) deve ser selecionada de maneira a satisfazer os critérios de comportamento para betão fresco e para o betão endurecido, incluindo a consistência, densidade, resistência, durabilidade e proteção das armaduras contra corrosão. As proporções dos diversos elementos constituintes serão estabelecidas de modo a produzir-se betões de qualidade uniforme, trabalhabilidade satisfatória e com as resistências definidas anteriormente. O betão deve ter uma composição tal que, depois da compactação, tenha uma estrutura fechada, i.e., quando compactado de acordo com a ISO 2736, o teor de ar em volume não deve exceder 3% para os agregados com máxima dimensão ≥ 16mm e 4% para os agregados com máxima dimensão < 16mm, não incluindo o ar introduzido e os poros dos agregados. O tipo de cimento deve ser escolhido tendo em conta a utilização do betão, o desenvolvimento de calor pelo betão na estrutura, as dimensões desta e as condições ambientais, a que está exposta. A mínima dosagem de cimento e a máxima razão água/cimento dependem das condições ambientais e das exigências relativas ao betão de recobrimento das armaduras. Para betões fabricados com agregados de máxima dimensão igual ou < 32mm elas devem ser escolhidas a partir do Quadro 3 NP ENV 206 de 1993. Para betões com agregados de máxima dimensão excedendo substancialmente 32 mm, podem ser aceites valores mais baixos da dosagem de cimento que os indicados no Quadro 3.

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As dosagens mínimas de cimento e as razões água/cimento máximas propostas na NP ENV 206, só devem ser consideradas para os cimentos listados na cláusula 4.1 da respetiva Norma. A máxima dimensão do inerte tem de ser escolhida de modo que o betão possa ser colocado e compactado à volta das armaduras sem que haja segregação. Em qualquer caso não deve exceder: − um quarto da menor dimensão do elemento estrutural; − a distância livre entre as barras da armadura diminuída de 5 mm; − 1,3 vezes a espessura do recobrimento das armaduras. O teor de cloretos do betão não deve exceder os valores especificados nas normas nacionais ou nas regulamentações em vigor no local de aplicação do betão. Na ausência desses valores, devem ser adotados os indicados no Quadro 1 NP ENV 206 de 1993. Os adjuvantes à base de cloreto de cálcio ou de outros cloretos não devem ser adicionados ao betão armado, betão pré-esforçado e betão contendo metal embebido, a não ser que a sua utilização seja permitida nas normas nacionais ou nas regulamentações em vigor no local de aplicação do betão. A consistência deve ser tal que o betão fresco seja trabalhável sem segregação e possa ser totalmente compactado nas condições existentes no local. Alguns agregados podem conter variedades particulares de sílica suscetíveis ao ataque dos álcalis (Na2O e K2O) provenientes do cimento ou doutras fontes. Na presença de humidade pode ocorrer uma reação expansiva com eventual fissuração ou desagregação do betão. Em tais condições deve-se tomar as seguintes precauções: − limitar a quantidade total de álcalis do betão; − utilizar um cimento com baixo teor de álcalis; − utilizar outros agregados; − limitar o grau de saturação do betão, por meio de membranas impermeáveis. Além disso, devem ser seguidos os requisitos das normas nacionais ou das regulamentações em vigor no local de aplicação do betão, baseados numa experiência suficientemente longa com a combinação particular de cimento e agregados. A quantidade total de adjuvantes na composição, quando utilizados, não deve exceder 50 g/kg de cimento e não convém que seja inferior a 2 g/kg de cimento. A quantidade de adjuvantes líquidos deve ser considerada no cálculo da razão água/cimento, sempre que exceda 3 litros/m3 de betão. As adições só podem ser usadas em quantidades tais que não afetem a durabilidade do betão e não provoquem a corrosão das armaduras. A não ser que se tomem medidas especiais, a temperatura do betão fresco não deve exceder 30ºC nem ser inferior a 5ºC durante o tempo que decorre entre a amassadura e a colocação em obra.

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B.6.1.2 Requisitos de durabilidade Para produzir um betão durável, que proteja as armaduras contra a corrosão e suporte satisfatoriamente as condições ambientais e de serviço a que está exposto durante o tempo de vida útil previsto, devem ser tomados em consideração os seguintes fatores: a) escolha dos constituintes adequados, que não contenham elementos prejudiciais que

afetam a durabilidade do betão e provoquem a corrosão das armaduras; b) escolha de uma composição tal que o betão: − satisfaça todos os critérios de comportamento estabelecidos para o betão fresco e

endurecido; − possa ser colocado e compactado de modo a formar um revestimento denso das

armaduras; − suporte ações internas; − suporte ações externas; c) ataques mecânicos; d) amassadura, colocação e compactação do betão fresco de modo a que os constituintes

do betão estejam distribuídos uniformemente na massa, sem segregação, e o betão adquira uma estrutura fechada;

e) cura do betão de modo que a zona superficial (recobrimento das armaduras) adquira as

propriedades potenciais que se esperam da composição. Todos estes fatores devem ser controlados e verificados por um controle da produção, efetuado pelo empreiteiro, subempreiteiro ou fornecedor, cada um em função das suas atribuições específicas. As classes de exposição relacionadas com as condições ambientais a que o betão está exposto e de que resultam efeitos não considerados como cargas no projeto estrutural, estão classificadas no Quadro 2 NP ENV 206 de 1993. Os requisitos de durabilidade relacionados com as condições ambientais, impõem como valores limites para a composição e propriedades do betão simples, armado ou pré-esforçado os indicados no Quadro 3 NP ENV 206 de 1993. B.6.1.3 Propriedades do betão e métodos de verificação A consistência do betão fresco deve ser determinada utilizando o ensaio de abaixamento de acordo com a ISO 4109, ou o ensaio Vêbê de acordo com a ISO 4110, ou o ensaio de compactação de acordo com a ISO 4111, ou o ensaio de espalhamento de acordo com ISO 9812, ou ainda segundo um método de ensaio alternativo acordado. A consistência do betão è classificada de acordo com a ISO 4103 conforme indicado nos Quadros 4, 5, 6 e 7 NP ENV 206 de 1993. Para betões de grande trabalhabilidade, convém utilizar-se o ensaio de espalhamento.

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O teor de ar do betão fresco deve ser determinado de acordo com a ISO 4848. A massa volúmica do betão fresco compactado deve ser determinada de acordo com a ISO 6276 ou com método alternativo acordado. A razão água/cimento deve ser calculada e verificada com base nas massas do cimento, da água e dos agregados, tendo em atenção o teor de água total dos agregados. A resistência à compressão do betão é expressa em termos da resistência característica. A resistência deve ser determinada de acordo com a ISO 4012 em provetes moldados – cubos de 150 mm (fck, cubo) ou cilindros de 150/300 mm (fck, cyl) – com idade de 28 dias, de acordo com a ISO 1920, fabricados e curados conforme a ISO 2736. Antes do início dos trabalhos de construção deve ser especificado ou acordado se a resistência à compressão é determinada com base nos ensaios em cubos ou em cilindros. O betão é classificado de acordo com a sua resistência à compressão, de acordo com o Quadro 8 NP ENV 206 de 1993, que se baseia na classificação referente à resistência em cilindros. A resistência à tração do betão deve ser especificada e determinada quer pela resistência à tração por compressão linear de acordo com a ISO 4108, quer pela resistência à tração por flexão e acordo com a ISO 4013. A resistência à tração do betão pode também ser expressa através da resistência à tração uniaxial que poderá também ser determinada de acordo com a Recomendação RILEM CPC7. A evolução da resistência com o tempo deve ser especificada por ensaios de resistência à compressão do betão em idades a acordar. Se tiver de ser considerada a influência das condições locais no desenvolvimento da resistência, devem ser acordadas as condições particulares de cura para os provetes. A resistência à abrasão deve ser determinada de acordo com as normas nacionais ou regulamentações em vigor no local de aplicação do betão. Para fabricar betão com uma elevada resistência à abrasão recomenda-se: − uma classe de resistência do betão não inferior a C30/37; − agregados duros, com uma textura superficial rugosa e de granulometria conveniente e

uma proporção elevada de agregados grossos; − duplicação do tempo de cura preconizada na cláusula 10.6.3 da NP ENV 206; − adoção duma superfície especialmente resistente ao desgaste, no caso de uma abrasão

particularmente severa. O betão deve ser considerado impermeável à água se a resistência à penetração da água, quando determinada de acordo com a ISO 7031, tiver valores máximos de penetração inferiores a 50 mm e valores médios de penetração inferiores a 20 mm. A razão água/cimento não deve exceder 0,55. O betão leve classifica-se como betão de peso normal (símbolo C), betão leve (símbolo LC) e betão pesado (símbolo HC) de acordo com a sua massa após secagem em estufa. A classificação do betão leve em função da sua massa volúmica é indicada no Quadro 9 da NP ENV 206.

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Os betões das fundações e de todas as peças em contacto com o terreno, nomeadamente muros de suporte, lintéis e pilares levarão um aditivo hidrofugo do tipo Diatomite, se outro não for especificado, numa percentagem de 5% em relação ao peso do cimento. B.6.1.4 Especificação do betão Elementos necessários para definir betões de comportamento especificados: Elementos base a) classe de resistência; b) máxima dimensão do inerte; c) limitações básicas na composição de acordo com a utilização do betão; d) classe de consistência no caso de betão pronto. Elementos adicionais se requeridos por condições especiais a) características do betão endurecido; b) características da composição; c) no caso do betão pronto, condições adicionais relevantes para o transporte e

procedimentos no local; Elementos necessários para definir betões de composição prescrita: Elementos base a) dosagem de cimento por metro cúbico de betão compactado; b) tipo de cimento e classe de resistência; c) classe de consistência do betão fresco ou razão A/C; d) tipos de inerte; e) máxima dimensão do agregado e sua granulometria; f) tipo, quantidade e origem dos adjuvantes ou das adições, se for o caso; g) se forem utilizados adjuvantes ou adições, a origem dos constituintes do betão. Elementos adicionais a) para a composição; b) no caso de betão pronto, condições adicionais relevantes para o transporte e

procedimentos no local. B.6.1.5 Fabrico do betão O pessoal envolvido no fabrico e no controlo do betão deve ter conhecimento, qualificação e experiência adequados para exercer a sua função específica. No local de fabrico deve existir uma pessoa com conhecimentos e experiência adequados que deve ser responsável pelo fabrico e, no caso do betão pronto, também pela entrega.

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Deve também existir uma pessoa encarregada do controle de fabrico, a qual deve ter conhecimentos e experiência apropriados das tecnologias do betão e dos métodos de fabrico, de ensaio e de controlo. Devem estar disponíveis as quantidades adequadas de materiais (cimentos, agregados, adições, adjuvantes), que garanta a manutenção do ritmo planeado de fabrico e de entrega. Os diferentes tipos de materiais devem ser transportados e armazenados de forma a evitar a sua mistura, contaminação e deterioração. Em particular: − o cimento e as adições devem ser protegidos da humidade e de impurezas durante o

transporte e armazenamento. Os vários tipos e classes de cimento e as adições devem estar claramente identificados e armazenados de modo a excluir qualquer possibilidade de engano. O cimento em saco deve ser armazenado de tal forma que seja utilizado segundo a ordem de entrega;

− os agregados de diferentes granulometrias ou tipos, se forem entregues separadamente, não devem ser misturados inadvertidamente. A segregação das diferentes frações deve ser evitada;

− os adjuvantes devem ser transportados e armazenados de modo que a sua qualidade não seja afetada por ações físicas ou químicas e devem estar claramente identificados e armazenados de modo a excluir qualquer possibilidade de engano.

Devem existir meios que permitam a fácil colheita de amostras. O equipamento de dosagem deve permitir, nas condições normais de utilização, obter a precisão estabelecida no Quadro 11 da NP ENV 206. A precisão do equipamento de medição deve estar de acordo com as normas nacionais ou regulamentações em vigor no local de fabrico do betão. Na ausência destes requisitos aplicam-se os valores mínimos do quadro 10 da NP ENV 206. Cada divisão da escala ou valor do indicador digital convém que represente um massa não superior a 1/500 do valor máximo da escala ou do indicador digital. As betoneiras devem ser capazes de conseguir uma distribuição uniforme dos materiais constituintes e uma trabalhabilidade uniforme num determinado tempo de mistura, de harmonia com a sua capacidade. Os camiões betoneira devem estar equipados de modo que o betão entregue esteja homogeneamente amassado. Para além disso devem estar dotados com equipamento de introdução de água e de adjuvantes, para o caso destes virem a ser adicionados no local. Para a amassadura de cada betão deve dispor-se das instruções escritas referentes à amassadura, pormenorizando o tipo e quantidade dos materiais constituintes. O doseamento dos materiais constituintes deve ser feito com a precisão indicada no Quadro 11 NP ENV 206 de 1993. O cimento, os agregados e as adições em forma de pó convém serem doseados em peso, sendo permitidos outros métodos se puderem obter as precisões exigidas no doseamento. A água pode ser doseada em peso ou em volume. Os adjuvantes e as adições líquidas podem ser doseados em peso ou em volume.

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A mistura dos constituintes deve ser feita numa betoneira até que se obtenha uma mistura uniforme. A amassadura deve considerar-se iniciada a partir do momento em que todos os materiais se encontram na betoneira. As betoneiras não devem ser carregadas para além da sua capacidade útil. Quando os adjuvantes são adicionados em pequenas quantidades devem ser dispersos numa parte da água da amassadura. Quando no local tiverem de ser adicionados adjuvantes altamente redutores de água, em virtude da curta duração dos seus efeitos, convém amassar uniformemente o betão antes que o adjuvante em questão seja adicionado. Após a adição do adjuvante, o betão deve ser reamassado até que o adjuvante esteja completa e uniformemente disperso na massa. A composição do betão fresco não deve ser alterada após a descarga na betoneira. B.6.1.6 Transporte, colocação e cura do betão fresco O pessoal envolvido no transporte, colocação e cura do betão deve ter conhecimentos, qualificação e experiência adequados para exercer a sua função específica. No local da obra deve existir uma pessoa com experiência e conhecimentos adequados que esteja encarregada da receção do betão e seja responsável pelas operações de transporte no local, de colocação e de cura. Devem ser tomadas medidas apropriadas para evitar a segregação, perda de constituintes ou contaminação durante o transporte e a descarga. A duração máxima admissível de transporte depende essencialmente da composição do betão e das condições atmosféricas. O empreiteiro pode solicitar informações sobre a composição do betão para proceder adequadamente à colocação e cura do betão fresco e também para avaliar o desenvolvimento de resistência na estrutura. A informação que deve ser fornecida é a seguinte: a) tipo e classe de resistência do cimento e tipo de agregados; b) tipo de adjuvantes, tipo e dosagem aproximada das adições, se for o caso; c) razão água/cimento prevista; d) resultados de ensaios prévios relevantes para a composição. Se na entrega a consistência do betão não estiver conforme o especificado, o betão deve ser rejeitado. Contudo, se a consistência for inferior ao especificado poderá ser levada ao valor requerido adicionando água ou adjuvantes desde que tal seja permitido e que o valor máximo fixado para a razão água/cimento não seja excedido. O betão deve ser colocado tão cedo quanto possível após a amassadura, a fim de minimizar a perda de trabalhabilidade. Durante a colocação devem ser tomadas medidas para evitar a segregação, quando se permite a queda livre do betão. O betão deve se cuidadosamente compactado durante a colocação, especialmente à volta das armaduras do betão armado ou pré-esforçado, das bainhas e das amarrações, e ainda nos cantos das cofragens, de modo que se forme uma massa compacta, livre de vazios, em particular na zona do recobrimento das armaduras.

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Enquanto se coloca e compacta o betão, deve haver o cuidado de não deslocar ou danificar as armaduras, cabos pré-tensionados, bainhas, ancoragens e cofragens. Quando se utilizam vibradores, convém que a vibração seja aplicada continuamente durante a colocação de cada amassadura de betão e de modo a não provocar segregação, até que praticamente cesse a expulsão de ar. Sempre que for possível deverá proceder-se à betonagem das peças por uma só vez, mas, caso se torne necessário interromper a betonagem, torna-se indispensável fixar com antecedência as juntas de construção a fazer, as quais deverão ser realizadas nos locais que tiverem menor influência para a resistência da peça. Após a compactação do betão, convém iniciar a cura e a proteção tão cedo quanto possível, de forma a prevenir contra a secagem prematura. O método de cura deve ser definido antes do início do trabalho no local. Os principais métodos para a cura do betão são: − manutenção da cofragem no lugar; − cobertura com filmes plásticos; − colocação de coberturas húmidas; − aspersão com água; − aplicação de compostos de cura que fornecem membranas protetoras. Estes métodos podem ser utilizados separadamente ou combinados. A duração da cura depende do tempo necessário para se obter uma certa impermeabilidade da zona superficial do betão. Portanto, os tempos de cura devem ser determinados por um dos seguintes critérios: − pela maturidade, baseada no grau de hidratação do cimento e nas condições ambientais; − de acordo com exigências locais; − de acordo com os tempos mínimos dados no Quadro 12 NP ENV 206 de 1993. Nos casos em que o betão está exposto a uma forte abrasão ou a condições ambientais severas convém que os tempos de cura indicados no Quadro 12 NP ENV 206 de 1993 sejam nitidamente aumentados. O betão durante o seu endurecimento deve ser protegido contra os danos devidos a restrições internas ou externas de deformações causadas pelo calor desenvolvido no interior da massa do betão. Para evitar a fissuração superficial causada pelo calor desenvolvido no betão em condições normais de temperatura, a diferença de temperatura entre o centro de massa e a superfície deve ser inferior a 20ºC. Durante o tempo de presa do betão não deverá permitir-se aplicar cargas ou trânsito às peças fabricadas. O período de proteção contra o gelo pode ser calculado a partir da maturidade do betão. Admite-se, porém, que a proteção deixa de ser necessária quando a resistência à compressão atingir 5 N/m2.

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Para a cura dos elementos de betão que estejam sujeitos, durante a sua utilização, a ambientes correspondentes às classes de exposição 2 a 5 (Quadro 2, NP ENV 206) devem observar-se as seguintes limitações relativamente ao tratamento com calor: − a temperatura do betão durante as primeiras 3 horas após amassadura não deve exceder

30ºC e não deve ser superior a 40ºC na 4ª hora; − a taxa de aumento de temperatura não deve exceder 20ºC por hora; − a temperatura máxima média do betão não deve exceder 60ºC − o betão deve arrefecer a uma taxa não excedendo 10ºC por hora; − durante o processo de cura e enquanto arrefece, o betão deve ser protegido contra a

perda de humidade. Estas exigências não se aplicam quando se adopta a tecnologia especial de injecção directa de vapor no misturador ou quando existe uma experiência positiva suficientemente documentada com outras condições de tratamento com calor para materiais constituintes bem definidos, especialmente cimento. As cofragens podem ser retiradas quando for alcançada uma resistência adequada, relativamente à capacidade de carga e às deformações da estrutura, ou quando a cofragem já não é necessária para a cura. B.6.1.7 Procedimentos para o controle da qualidade O controle da qualidade compreende duas partes distintas, mas interligadas, que são o controle da produção, e o controle da conformidade. Controlo da produção O controle da produção compreende todas as medidas necessárias para manter e regular a qualidade do betão em conformidade com as exigências especificadas. Inclui inspeções e ensaios e a análise dos seus resultados dos ensaios no que respeita ao equipamento, materiais constituintes, betão fresco e betão endurecido. Compreende igualmente a inspeção antes da betonagem bem como as inspeções respeitantes ao transporte, colocação, compactação e cura do betão. Quadro 13 – Desenvolvimento da resistência do betão

Desenvolvimento da resistência

Razão A/C

Classe de resistência do cimento

Rápido < 0,5 42,5 R Médio 0,5 – 0,6 42,5 R < 0,5 32,5 R – 42,5 Lento Todas as outras classes

Todas as instalações e o equipamento devem estar disponíveis para realizar as inspeções e ensaios necessários sobre o equipamento, materiais e betão.

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Toda a informação relevante do controle da produção (na obra, na central de betão pronto ou na fábrica de elementos pré-fabricados de betão), deve ser anotada num livro de registos ou em outro documento, indicando nomeadamente: − nome dos fornecedores de cimento, agregados, adjuvantes e adições; − números das guias de remessa de cimento, agregados, adjuvantes e adições; − origem da água de amassadura; − consistência do betão; − massa volúmica do betão fresco; − razão água/cimento do betão fresco; − quantidade de água adicionada ao betão fresco; − dosagem de cimento; − data e hora da moldagem dos provetes de ensaio; − número de provetes de ensaio; − cronograma de execução de determinadas fases de trabalho durante a colocação e cura

do betão; − temperatura e condições meteorológicas durante a colocação e cura do betão; − elemento estrutural em que determinada amassadura foi utilizada. Informação adicional no caso do betão pronto: − nome do fornecedor; − número da guia de remessa. Todas as alterações aos procedimentos especificados relativamente ao transporte, entrega, colocação, compactação e cura devem ser registadas e relatadas à pessoa responsável. Os procedimentos de controle da produção de acordo com as prescrições desta norma podem ser verificados por um organismo de certificação qualificado, como parte do controle da conformidade. Os ensaios realizados no quadro do controle da produção podem, por acordo prévio ou conforme as normas nacionais ou regulamentações em vigor no local da aplicação do betão, ser considerados para o controle da conformidade, se este for exigido. Os materiais constituintes, o equipamento, o processo de fabrico e o betão devem ser controlados a fim de verificar a sua conformidade com as especificações e as exigências. O tipo e a frequência das inspeções ou ensaios dos materiais devem estar de acordo com o Quadro 14 NP ENV 206 de 1993. O controlo de equipamento deve assegurar que os meios disponíveis para a armazenagem, o equipamento de pesagem e medição, a betoneira e a aparelhagem de controle estão em boas condições e de acordo com os requisitos desta norma. A frequência destas inspeções ou ensaios é indicada no Quadro 15 NP ENV 206 de 1993. As verificações para observar se o processo de fabrico é adequado e corretamente executado, e se o betão está conforme com as exigências desta norma e com qualquer das especificações indicadas no ponto 8 da NP ENV 206, devem ser feitas como está indicado no Quadro 16 NP ENV 206 de 1993. O controle do betão pronto pelo empreiteiro deve ser feito conforme está estabelecido no Quadro 17 da NP ENV 206.

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O fabricante de betão pronto ou a empresa de prefabricação deve efetuar as inspeções e ensaios estabelecidos nos Quadros 14,15 e 16 da NP ENV 206 de 1993. Se num processo de fabrico contínuo for produzido mais de um tipo de betão, a frequência mínima de ensaios de resistência à compressão deve ser determinada na base de famílias de composições. Os betões podem ser considerados como sendo da mesma família se forem fabricados com cimento do mesmo tipo e classe de resistência e proveniente duma única origem, e com agregados da mesma origem geológica e do mesmo tipo. Se forem utilizados adjuvantes ou adições, estes podem dar origem a famílias distintas. Devem ser estabelecidas e documentadas as relações entre as propriedades relevantes das composições de betão dentro de cada família. A amostragem deve abranger toda a gama de composições fabricadas dentro duma mesma família. Antes de se iniciarem as operações de betonagem, devem ser feitas inspeções pelo menos sobre os seguintes aspetos: − geometria da cofragem e posicionamento das armaduras; − remoção de poeira, serradura, neve, gelo e restos de arame de ligação das cofragens ou

das camadas anteriores de betão; − tratamento das superfícies de betão endurecido das juntas de betonagem; − molhagem das cofragens ou das camadas anteriores de betão; − estabilidade das cofragens; − janelas de visita; − estanquidade das cofragens para evitar a saída da pasta de cimento; − preparação da superfície das cofragens; − limpeza das armaduras de depósitos superficiais que prejudiquem a aderência; − fixações; − disponibilidade de meios eficazes de transporte, compactação e cura, apropriados à

consistência especificada para o betão; − disponibilidade de pessoal competente. Durante as operações de betonagem têm de ser feitas inspeções pelo menos sobre os seguintes aspetos: − manutenção da uniformidade do betão durante o transporte e colocação; − distribuição uniforme do betão no interior da cofragens; − compactação uniforme e ausência de segregação durante a compactação; − altura máxima admitida para a queda livre do betão; − espessura das camadas; − ritmo de betonagem e subida do betão na cofragem, tendo em atenção a pressão

admissível sobre esta; − tempo entre a amassadura ou entrega do betão e a betonagem, tendo em atenção o

tempo especificado; − medidas especiais no caso de betonagem em tempo frio ou em tempo quente; − medidas especiais sob condições meteorológicas extremas, tais como forte chuvada; − localização das juntas de betonagem; − tratamento das juntas de betonagem antes do endurecimento do betão; − operações de acabamento tendo em atenção o acabamento especificado; − método de betonagem e tempo de cura tendo em atenção as condições ambientais e o

desenvolvimento de resistência;

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− ausência de danos provocados por vibração ou choques no betão recentemente colocado. Controle de conformidade O controle da conformidade compreende a combinação de ações e decisões, tomadas de acordo com regras de conformidade previamente adotadas, necessária para verificar a conformidade de um lote, previamente definido, com as especificações. A inspeção, a amostragem, o tamanho dos lotes e os critérios de conformidade devem estar de acordo com os seguintes procedimentos. Se os resultados dos ensaios dos provetes moldados não satisfazerem as exigências de conformidade ou não estiverem disponíveis, ou se os defeitos de execução ou a influência de condições meteorológicas extremas originarem dúvidas quanto à resistência, durabilidade e segurança da estrutura, podem exigir-se ensaios suplementares em carotes retiradas da estrutura, de acordo com a ISO 7034, ou uma combinação de ensaios em carotes e ensaios não destrutivos na estrutura . Sistemas de verificação O controle da conformidade para centrais de betão pronto, fábricas de pré-fabricação ou estaleiros, deve ser verificado por um dos sistemas a seguir indicados. Caso 1 – Verificação por um organismo de certificação. Como parte desta verificação, o organismo de certificação pode ensaiar amostras do fabrico corrente por ele colhidas, para verificação dos resultados do controle de fabrico. Caso 2 – Verificação pelo dono de obra. Nos casos em que não existe um sistema de certificação aprovado, as verificações devem ser efetuadas pelo dono da obra ou pelo seu representante, com pessoal devidamente qualificado. Como parte desta verificação, o dono de obra pode ensaiar amostras, por ele colhidas, para confirmar os resultados do controle de fabrico. Mesmo quando existe um organismo de certificação, o dono da obra pode solicitar ensaios de receção. Neste caso deve ser acordada a amostragem para ensaios de receção. Responsabilidade pela amostragem A responsabilidade do fabricante, do empreiteiro, do dono de obra ou do organismo de certificação pela amostragem depende das normas nacionais ou das regulamentares em vigor no local de aplicação do betão. Plano de amostragem e critérios de conformidade para a resistência à compressão do betão A adotar na obra Convém que a verificação da conformidade de acordo com o plano de amostragem sirva de base para o contrato entre o fornecedor e o dono de obra.

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Para julgar a conformidade da resistência do betão, o volume de betão utilizado na estrutura, no elemento estrutural, etc., deve ser dividido em lotes nos quais é verificada a conformidade. O volume total de betão de um lote deve ser fabricado em condições consideradas uniformes. A dimensão de um lote deve ser: − o betão fornecido para cada andar de um edifício ou grupo de vigas/lajes ou

colunas/paredes de um andar de um edifício, ou partes comparáveis de outras estruturas;

− sempre inferior a 450 m3 ou à produção de uma semana de betonagem. No caso de ensaios de receção pelo dono de obra, o lote deve ser definido pelo dono da obra. No caso de se utilizar betão fabricado no local da obra, preconiza-se o seguinte: Por cada lote, devem tomar-se pelo menos 6 amostras colhidas separadamente. Se se pretender colher mais do que 6 amostras por lote, tal deve ser acordado antes de começar o fabrico do betão. Quando se pretender julgar betões de classes de resistência não superiores a C20/25 e de pequenos lotes até 150 m3, podem tomar-se 3 amostras colhidas separadamente. Admite-se a conformidade se os resultados dos ensaios satisfazerem: − o critério 1 da cláusula 11.3.5.4 da NP ENV 206, no caso de 6 ou mais amostras; − o critério 2 da cláusula 11.3.5.4 da NP ENV 206, no caso de 3 amostras. Quando as normas nacionais ou as regulamentações em vigor no local de aplicação do betão o permitirem, pode ser suficiente uma declaração de conformidade pelo fabricante conforme a EN 45014, desde que: − exista um controle de fabrico satisfazendo as exigências; − os ensaios prévios tenham dado resultados satisfatórios; − a classe de resistência especificada para o betão não seja superior a C20/25; − os lotes sejam inferiores a 150 m3 ou os elementos de betão sejam de menor

importância para a segurança da estrutura. No caso de se utilizar betão pronto no local da obra, são possíveis duas opções. A opção a usar depende das normas nacionais ou regulamentações em vigor no local de aplicação do betão ou, se tais regulamentações não existirem, de um acordo. Opção 1 – Conformidade baseada na amostragem por lotes. A amostragem deve sempre fazer-se no local. Quando a conformidade do betão pronto fornecido já tiver sido verificada por um organismo de certificação e se a verificação se baseou em pelo menos 15 resultados de ensaios, então, para a verificação da conformidade no local: − para um número de amostras n ≥ 6, utilizando o critério 1 da cláusula 11.3.5.4 da NP

ENV 206, pode tomar-se λ = 1,48; − no caso de 3 amostras, utilizando o critério 2, a resistência deve satisfazer as seguintes

condições: _ X3 ≥ fck + 3; Xmin ≥ fck – 1.

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Opção 2 – Conformidade baseada numa certificação do betão. Para um determinado local, não é necessário amostragem nem ensaios de conformidade desde que: − a conformidade do betão pronto fornecido seja verificada por um organismo de

certificação; − existam resultados satisfatórios de ensaios de amostras colhidas no decurso do fabrico e

existam disponíveis no local amostras de betão pronto do fornecedor, retiradas da mesma família de betão durante os últimos 7 dias de fabrico.

- a adotar no fabrico contínuo de betão em centrais de betão pronto A amostragem deve fazer-se em cada família de betão fabricado em condições consideradas uniformes, com base no volume total ou no tempo de fabrico, como indicado no Quadro 18 NP ENV 206, tomando-se o valor que conduza a um maior número de amostras. Admite-se a conformidade se os resultados dos ensaios satisfazerem os requisitos do critério 1 da cláusula 11.3.5.4 da NP ENV 206. Se forem satisfatórios os resultados de mais de 15 ensaios durante o fabrico de um tipo ou de uma família de betão, só tem que ser considerados os últimos 15 resultados. - a adotar no fabrico contínuo de betão em fábricas de pré-fabricação Desde que a fábrica funcione com o esquema de certificação verificado por um organismo de certificação aprovado, deve aplicar-se o Plano de amostragem e critérios de conformidade a adotar no fabrico contínuo de betão em centrais de betão pronto, nos outros casos, deve aplicar-se o plano de amostragem e critérios de conformidade a adoptar na obra. Plano de amostragem e critérios de conformidade para a consistência do betão Deve ser feita uma inspeção visual de a cada amassadura ou carregamento, ou, no caso de betão pronto, de cada entrega. Se o betão tem uma aparência normal para a consistência especificada poder-se-á considerar conforme. Quando se colher uma amostra para o ensaio de consistência, esta deve ser representativa da amassadura, carregamento ou entrega. Admite-se a conformidade se a consistência pertencer à classe de consistência especificada, a não ser que se acorde de outro modo. Plano de amostragem e critérios de conformidade para a massa volúmica do betão leve A frequência de amostragem deve ser igual à da resistência à compressão. Admite-se a conformidade se o valor médio da massa volúmica do material seco em estufa pertencer à classe de massa volúmica especificada (Quadro 9 da NP ENV 206). Plano de amostragem e critérios de conformidade para a razão água/cimento Deve ser feita pelo menos uma determinação da razão A/C por dia de betonagem. Podem ser aceites os resultados do controle de fabrico, quando feito de acordo com o Quadro 16 da NP ENV 206. Contudo, devem ser colhidas amostras em caso de dúvida. Admite-se a

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conformidade se o valor médio da razão água/cimento não for superior ao valor especificado e se os valores individuais não excederem o valor especificado em mais de 0,02. Pode considerar-se que o betão satisfaz as exigências da máxima razão água/cimento se estiver conforme com a classe de resistência aplicável do betão, função da classe de resistência do cimento, como indicado no Quadro 20 da NP ENV 206. O Quadro 20 não se aplica se forem utilizadas adições do tipo II ou agentes introdutoras de ar. Pode ser necessário usar outras relações para além das indicadas no Quadro 20. Essas relações podem ser aplicadas se estiverem documentadas e verificadas por ensaios. Plano de amostragem e critérios de conformidade para a dosagem de cimento A frequência da amostragem e das determinações deve ser previamente acordada. Admite-se a conformidade se o valor médio da dosagem de cimento for igual ou superior ao especificado. Podem existir valores individuais inferiores, mas não mais que 5% do valor especificado. Plano de amostragem e critérios de conformidade para o teor de ar do betão fresco A frequência de amostragem deve ser pelo menos de uma vez por dia ou de uma vez por 150 m3 de betão, tomando-se a frequência maior. Admite-se a conformidade se os teores de ar individuais das amostras forem superiores ao valor especificado, mas não mais de 3%, a não ser que se acorde de outro modo. Plano de amostragem e critérios de conformidade para a penetração da água A frequência da amostragem e dos ensaios deve ser previamente acordada. Admite-se a conformidade se os valores máximo e médio da profundidade de penetração em cada amostra não forem superiores a 50 mm e 20 mm respetivamente. Podem ser aceites os resultados do controle de fabrico, quando feito de acordo com o Quadro 16 da NP ENV 206. Plano de amostragem e critérios de conformidade para o teor de cloretos A frequência da amostragem e dos ensaios deve ser previamente acordada. Os métodos mais adequados são: a) cálculos baseados na medição do teor de cloretos dos constituintes; b) cálculos baseados no teor máximo nominal de cloretos dos constituintes; c) ensaios de determinação dos cloretos sobre o betão fresco. Os valores obtidos não devem exceder os valores máximos indicados no Quadro 1 da NP ENV 206. A determinação deve ser feita no cálculo de cada composição e deve ser repetida se houver alteração no teor de cloretos de qualquer dos constituintes.

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B.6.2 Armaduras As armaduras a empregar nos diferentes elementos de betão armado serão do tipo e terão as secções previstas no projeto colocadas rigorosamente conforme os desenhos indicam. As armaduras serão dobradas a frio, com máquinas apropriadas, devendo seguir-se em tudo o preceituado no Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado (REBAP). Durante a execução das betonagens, deverão evitar-se o mais possível a deformação e o deslocamento das armaduras. Os calços a utilizar para este efeito poderão ficar incorporados quando sejam dos mesmos materiais constituintes e a sua inclusão não interfira na estabilidade dos elementos. Os ganchos serão obrigatórios nos varões de aço liso, e dispensados nos de aço nervurado. As emendas de varões realizar-se-ão sempre por sobreposição e serão bem amarradas com arame recozido, por forma a garantir suficiente rigidez e resistência a deformações por choques ou vibração. Nas armaduras de redes electrossoldadas, as sobreposições serão de, pelo menos, 3 malhas ou 0.30 m na direção da armadura principal da armadura de distribuição. A medição do peso do aço em armaduras não incluirá o peso correspondente aos ganchos nas extremidades nem às sobreposições e empalmes, devendo o Empreiteiro fazer refletir tal facto no preço. B.6.3 Cofragens e cimbres Os moldes terão de satisfazer ao especificado no Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado e a este Caderno de Encargos. Os moldes para as diferentes partes da obra deverão ser montados com solidez e perfeição de forma a que fiquem rígidos durante a betonagem e possam ser facilmente desmontados, sem pancadas nem vibrações. Os moldes serão metálicos ou de madeira, em contraplacado ou em tábuas. Neste último caso, serão de pinho, utilizando-se exclusivamente na sua confeção tábuas de largura constante, aplainadas, tiradas de linha e sambladas a meia madeira, para não permitir a fuga da calda de cimento através das juntas e para conferir às superfícies de betão acabamento perfeitamente regular. As tábuas deverão ter espessura uniforme, com o mínimo de 22 mm, para evitar a utilização de cunhas ou calços e os quadros de suporte não ficarão afastados de mais de 0,50 m. No caso de emprego de contraplacado de madeira convirá que a superfície seja tratada por forma a facilitar a desmoldagem e permitir mais reaplicações; a sua espessura mínima será de 20 mm. Todas as superfícies dos moldes deverão ser pintadas ou protegidas, antes da colocação das armaduras, com produto apropriado, previamente aceite pela Fiscalização para evitar aderência do betão, prejudicial ao seu bom aspeto.

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Se as superfícies de betonagem não ficarem perfeitas, poder-se-á admitir, excecionalmente, a sua correção, se não houver perigo para a resistência e se o defeito for facilmente suprimido por reboco ou por outra forma que a Fiscalização determinar, sempre à custa do Empreiteiro. O Empreiteiro obriga-se a estudar cuidadosamente a estereotomia dos moldes das superfícies vistas, submetendo os seus estudos à apreciação da Fiscalização, que poderá impor a sua alteração, tanto para satisfazer os requisitos da forma exigida pelo aspeto geral das obras como por razões de estabilidade. O estudo aqui estipulado conterá indicações de pormenor relativas à disposição das juntas, das emendas, das pregações, as dimensões e disposições das tábuas, etc., tendo em vista o desejado efeito estético. Os moldes e cimbres deverão garantir que a forma e as dimensões dos elementos de betão, após a desmoldagem, sejam as indicadas no desenho do Projeto e deverão ser executadas de modo a satisfazer o prescrito no REBAP e na ENV 206. As contra-flechas indicadas nos desenhos do projeto deverão ser consideradas na execução dos moldes, de modo a que se verifiquem após a desmoldagem. As dimensões indicadas nos desenhos do projeto, no caso de elementos a pré-esforçar em obra, referem-se à fase posterior ao pré-esforço. Os moldes e cimbres deverão ser concebidos e executados de modo a garantirem-se as tolerâncias da tabela seguinte:

DIMENSÃO (cm) TOLERÂNCIA (cm) até 10 ± 0.5 10 a 50 ± 1.0 50 a 200 ± 1.5 200 a 500 ± 2.0 500 a 1000 ± 2.5 1000 a 2000 ± 3.0 2000 a 3000 ± 3.5 acima de 3000 ± 4.0

As cofragens perdidas, necessárias à execução das formas e vazamento previstos no projeto, serão, em geral, realizadas com materiais leves e imputrescíveis. Imediatamente antes da colocação do betão, os moldes deverão ser inspecionados para verificação das seguintes características gerais: − dimensão; − forma; − estanquidade; − rigidez; − rugosidade; − limpeza. As superfícies dos moldes podem ser tratadas com produtos adequados que impeçam a aderência do betão e garantam as condições exigidas pelos diversos tipos de acabamento.

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No caso particular de superfícies em betão aparentes ou em superfícies curvas, as cofragens devem ser realizadas com tábuas ou painéis, de modo a obter um paramento completamente desempenado, e com uma disposição regrada das juntas entre elementos, por forma a respeitar definições geométricas pormenorizadas nos desenhos de execução. O Empreiteiro submeterá ainda à Fiscalização, o projeto dos moldes a utilizar nas restantes superfícies, incluindo a verificação da sua estabilidade. A realização dos moldes carece de prévia aprovação da Fiscalização que, para a dar poderá exigir do Empreiteiro as reparações que, a seu juízo, forem tidas por convenientes. No fim do emprego dos moldes, estes serão pertença do Empreiteiro. Para efeito de medição dos moldes, considerar-se-á a superfície real cofrada das peças moldadas, incluindo na medição os que assentam diretamente nos cavaletes de montagem. B.6.4 Descofragem A desmoldagem somente deve ser realizada quando o betão tiver adquirido resistência suficiente não só para que seja satisfeita a segurança em relação à rotura das peças desmoldadas, mas ainda para que não se verifiquem deformações excessivas, tanto a curto como a longo prazos. As operações de desmoldagem devem ser conduzidas com os necessários cuidados, e nos prazos estabelecidos no artº153 do Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP). Deve ser também observado a ENV 206. Nenhuma cofragem deverá ser removida sem aprovação prévia do Dono de Obra. Tal aprovação não retira ao Empreiteiro completa responsabilidade por quaisquer consequências duma desmoldagem prematura ou prejudicial. A classe de acabamento exigida a cada uma das superfícies de betão é a indicada no projeto. B.6.5. Superfícies em betão descofrado A cofragem de elementos de betão destinados a ficarem com superfície aparente deverá ser realizada por forma a garantir o aspeto de superfície lisa. O Empreiteiro submeterá à aprovação do Dono de Obra as cofragens que se propõe utilizar para este efeito. O Empreiteiro deve garantir, por intermédio de ensaios realizados em peças fabricadas especialmente para o efeito, que a preparação das cofragens e das armaduras satisfaz as exigências postas pelo Dono de Obra. A superfície do betão descofrado deve ser limpa com processos de execução e com produtos submetidos à aprovação do Dono de Obra.

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A superfície deve ser tratada cuidadosamente, de modo a serem eliminadas todas as sujidades, caldas de cimento que tiverem escorrido das cofragens, manchas devidas a ferrugens e de outros resíduos ou imperfeições. Exige-se a perfeita execução dos moldes de betão da estrutura, de modo a evitar-se o reboco das superfícies acabadas. Se o aspeto obtido após a desmoldagem não for satisfatório, embora aceitável do ponto de vista de estabilidade, será o Empreiteiro obrigado a efetuar, à sua custa, o tratamento das superfícies que lhe for indicado pela Fiscalização (rebocos, bojardagem, toscagem ou outro). Em qualquer caso, as superfícies vistas de betão serão rebarbadas e bem limpas de todas as escorrências aderentes. O custo deste trabalho considera-se incluído no preço unitário contratual dos betões. B.6.6 Elementos de betão armado O mapa de trabalhos e quantidades especifica os elementos de betão armado a construir. As peças desenhadas do projeto especificam as características gerais dos elementos a construir nomeadamente a geometria e dimensões das peças, sua localização, número, diâmetro e localização de armaduras. Deverão ser respeitadas todas as regras gerais relativas a armaduras de pilares, vigas e lajes maciças constantes das peças desenhadas. Em todos os aspetos omissos deverá, no entanto, ser respeitado o Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP), sobretudo no que se refere a elementos estruturais referidos explicitamente no citado Regulamento (consolas curtas, lajes fungiformes, vigas-parede ...). O Empreiteiro deverá garantir, em caso de omissão das peças desenhadas o total e perfeito cumprimento do REBAP nomeadamente no que diz respeito às suas terceira e quarta partes ("Disposições do projeto e disposições construtivas" e "Execução dos trabalhos e garantia de qualidade"). B.6.7 Lajes fungiformes aligeiradas O projeto prevê a realização de lajes aligeiradas do tipo fungiforme com moldes de aligeiramento. Se estes forem recuperáveis o teto ficará com concavidades. Se forem perdidos o teto ficará liso. No 1º caso não é necessário uma cofragem contínua. Estão incluídos neste trabalho o fornecimento, montagem e desmontagem do escoramento e cofragem necessários à execução da laje, bem como todas as armaduras previstas nas peças desenhadas incluindo a armadura de distribuição, armaduras de punçoamento, capitéis e estribos em nervuras.

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B.6.8 Lajes Mistas A realização de lajes mistas com chapas de cofragem perdidas ou colaborantes deve obedecer aos seguintes requisitos: − as chapas devem ser fixadas nos seus extremos aos perfis através de conectores ou

outros dispositivos, no mínimo por duas fixações por metro; − a entrega mínima no seu suporte, betão ou aço, deve ser no mínimo de 50 mm; − poderá ser necessário escorar a chapa provisoriamente antes do betão adquirir a sua

resistência final; − a escora deve ter uma largura mínima para apoio da chapa de 0.08 m e não poderá ser

retirada antes de 8 dias após betonagem; − deverão existir elementos de bordo que confinem o betão com rigidez mecânica

suficiente; − antes da betonagem a superfície da chapa deverá ser cuidadosamente limpa;

− o betão a utilizar deverá ter uma dosagem mínima de 350 kg de cimento por m3;

− a betonagem efetua-se pelos métodos tradicionais, devendo no entanto evitar-se

grandes acumulações de betão ou qualquer carga importante que possa vincar as chapas;

− a ligação entre a estrutura metálica e a laje mista poderá ser complementada com

conectores metálicos de acordo com o especificado em projeto; − embora não seja provável, caso ocorram perdas de leitada para a face inferior das lajes a

mesma deverá ser retirada com jacto de água durante a betonagem; − sempre que sobre a laje venha a aplicar-se um revestimento impermeável desfazer-se-á

a sua aplicação do tempo suficiente à obtenção de uma boa cura do betão que apenas pode efetuar-se pela face superior da laje.

B.6.9. Lajes fungiformes pós-esforçadas B.6.9.1. Método de pós-esforço O processo de pós-esforço a utilizar nesta obra é o processo FERCA-CIPEC (sistema BBR) Realizado através do uso de mono-torons (mono-cabos lubrificados, dentro de bainhas plásticas com ancoragens individuais), instalados nas lajes. O Empreiteiro Adjudicatário deverá submeter à aprovação da Fiscalização, antes de dar inicio à colocação dos mono-torns, a identificação do sistema homologado a utilizar, bem como todos os documentos e certificados que lhe sejam exigidos para o cumprimento das normas e regulamentos em vigor.

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B.6.9.2. Colocação em obra a) Colocação em obra dos mono-torons O mono-toron é desenrolado a partir da extremidade situada no centro da bobine. O comprimento a desenrolar, assim como o numero de mono-torns de cada comprimento, indicado nos desenhos do Projeto de Estabilidade. Depois de ser desenrolado e medido o comprimento exacto, o momo-torn é cortado por meio de oxigénio. b) Fixação das cunhas nas ancoragens passivas A fixação das cunhas nas ancoragens passivas numa extremidade do mono-torn deve efetuar-se com a ajuda de um macaco hidráulico, especialmente concebido para o efeito. A ancoragem é colocada no macaco sendo o mono-torn enfiado dentro da ancoragem, com a sua extremidade saindo fora desta cerca de 1cm. As cunhas devem ser em seguida colocadas na ancoragem, á volta do mono-toron, pelo que a bainha plástica deverá ter sido inicialmente retirada sobre um comprimento de cerca de 20cm. Uma vez colocadas as cunhas no lugar respetivo, a fixação efetua-se automaticamente pelo macaco hidráulico, que deverá impelir as cunhas na ancoragem com uma força de 150KN, no mínimo. c) Montagem das ancoragens As ancoragens ativas são aparafusadas por meio de fixadores – posicionadores especiais sobre as faces de cofragem que limitam os bordos da laje do pavimento. É expressamente proibido qualquer outro modo de fixação (por exemplo, com pregos). A posição das ancoragens ativas, em plano e em altura, é definida nos desenhos do Projeto de Estabilidade. A ordem das operações é a seguinte: − na face da cofragem vertical, abertura de um furo de 36mm de diâmetro; − aparafusamento do posicionamento em plástico sobre a ancoragem; − aparafusamento do conjunto posicionador - ancoragem sobre a fase da ancoragem; d) Colocação dos mono-torons A localização, o traçado e os comprimentos dos mono–torons são indicados nos desenhos do Projeto de Estabilidade. Os mono–torons devem ser posicionados corretamente, podendo utilizar-se para o efeito posicionadores de plástico ou metálicos. Para reproduzir a forma dos mono–torons há possibilidade de utilizar posicionadores, que tanto podem ser em plástico como metálicos.

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Os suportes devem ser suficientemente numerosos e rígidos para reproduzirem exatamente os perfis longitudinais, e garantir a posição correta dos mono–torons. Os níveis dos mono–torons indicados nos perfis longitudinais são medidos desde a face inferior do pavimento (face de cofragem) até ao eixo do mono–torons. Como o diâmetro do cabo é de 20mm, basta subtrair 10mm ás cotas dos perfis longitudinais para obter a altura dos posicionadores a utilizar. A ordem das operações de colocação é a seguinte: − colocação dos posicionadores; − colocação dos mono-torons sobre os posicionadores e fixação a estes por meio de fio de

arame (arame de atar); − na extremidade activa, desnudar o mono-torons cerca de 70cm retirando a bainha

plástica; − enfiar a manga de ligação sobre mono-torons. Esta manga tem por fim realizar a ligação

entre a ancoragem e o mono-torons, e proteger o comprimento do mono-toron desnudado.

− enfiar o mono-toron na ancoragem, tendo em atenção a necessidade de dispor de um excesso de comprimento de 50cm, par além da ancoragem, no sentido exterior da laje do pavimento. Estes 50cm são necessários para permitir posteriormente a colocação do macaco e submeter o mono-toron à tensão indicada no Projeto de Estabilidade;

− do lado interior, colocar as anilhas de centralização. Estas anilhas têm a finalidade de manter o mono-toron no eixo longitudinal da ancoragem e evitar qualquer deterioração do mono-toron na altura do alongamento consecutivo, quando da colocação em tensão;

− colocar firmemente a manga de ligação contra a ancoragem. Como norma, todas as deslocações dos mono-torons devem ser tanto vertical, como horizontalmente. Tendo isto em atenção que é proibida a fixação dos cabos sobre as camadas superiores das armaduras.

As tolerâncias de colocação são as seguintes: − horizontalmente±25mm − verticalmente ±5mm e) Colocação em tensão A colocação dos mono-torons em tensão não deverá ser realizada enquanto o betão não tiver uma resistência média à compressão, medida sobre em cubo de 20cm de aresta, no mínimo de 22 Mpa e, em caso algum, antes de decorridos 5 dias sobre a data da betonagem. A ordem das operações é a seguinte: − retirar a porca de fixação do posicionador; − desaparafusar o posicionador; − colocar as cunhas à volta do mono-toron, e empurrá-las mão para dentro da ancoragem; − colocar o macaco sobre o mono-toron e fixar as garras do macaco sobre o mono-toron

com a ajuda da alavanca colocada sobre o corpo do macaco; − accionar a bomba a proceder à tensão do mono-toron; − estando aplicado o esforço útil de 21 toneladas, verificado pela leitura do manómetro da

bomba e pelo alongamento do cabo , através de leitura de escala métrica colocada sobre

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o macaco (cerca de 7.5mm/m de mono-toron) pára se a operação de colocação em tensão do mono-toron;

− cortar o excesso de cabo, na cavidade moldada pelo posicionador de plástico, por meio de uma serra de disco;

− proceder à betonagem de selagem da referida cavidade; − Os boletins da colocação em tensão, que indicam os valores dos reforços da colocação

em tensão, assim como o alongamento de todos os mono-torons, são apresentados à Fiscalização para aprovação.

Estas medidas devem ser efetuadas para todos os mono-torons aplicados em obra. f) Selagem da ancoragem ativa Somente depois da aprovação pela fiscalização dos boletins da colocação em tensão serão realizadas as duas últimas operações referidas no número anterior. Os sobrecomprimentos dos mono-torons são cortados por meio de serras de disco. A extremidade dos mono-torons deve ultrapassar as cunhas em cerca de 2cm. Esta extremidade é protegida contra a corrosão por uma rolha de polietileno preenchida com uma massa lubrificante com as mesmas propriedades da que reveste o mono-toron na bainha e firmemente aparafusada sobre o corpo da ancoragem. O Empreiteiro procede em seguida à betonagem de selagem que deve ser executada com uma argamassa de cimente sem retração corretamente compactada. g) Condições a respeitar na betonagem Durante a execução da betonagem, o betão deverá ser cuidadosamente vibrado, particularmente nas zonas onde estão situadas as ancoragens ativas e passivas. É expressamente proibido vibrar colocando a agulha sobre as cofragens, os mono-torons, as ancoragens ou as armaduras. Vibrar cuidadosamente o betão, quer dizer, igualmente, que não se deve vibrar unicamente a zona superior da laje, mas se deve também nervuras, mergulhando profundamente a agulha do vibrador no betão das nervuras. Deverá ainda haver muito especial atenção numa vibração muito cuidadosa e bastante eficiente nas zonas das ancoragens, mas tocar nestas e sem provocar qualquer deslocação ou movimentação das mesmas. Além disso, todas as precauções deverão ser tomadas a fim de se evitar a deslocação dos mono-torons na altura da descarga e colocação do betão. No caso particular de o betão ser bombeado os tubos da não poderão ser pousados ou descarregados diretamente sobre os mono-torons. Sempre que o Empreiteiro pretender utilizar qualquer aditivo, seja ele qual for, deve este ser previamente submetido à aprovação da Fiscalização.

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A espessura da laje deverá ser rigorosa e cuidadosamente controlada no decorrer da execução e não pode em nenhum caso, ser inferior à espessura prevista no Projeto de Estabilidade. Nas lajes em betão armado e pós-esforçado, foi utilizado, para o cálculo dos esforços e pré-dimensionamento, o método usual dito das “ carga balançada”. B.7. Estruturas metálicas B.7.1. Disposições gerais B.7.1.1 Generalidades Os elementos resistentes da estrutura metálica, deverão ser executados de harmonia com as prescrições do projeto, em conformidade com o dimensionamento referido nos desenhos de pormenor e obedecer às Condições pertinentes relativas a Materiais e Elementos de Construção, às Normas NP-334 a 339, 193 a 197, 264 e à parte aplicável dos regulamentos em vigor. Poderá o Empreiteiro apresentar separadamente variantes às estruturas metálicas previstas, mas só serão tidas em consideração as variantes que deem inteira satisfação às solicitações, tensões e outros condicionamentos seguidos no projeto. As estruturas metálicas a fornecer e a montar, compreenderão todos os elementos metálicos e todos os órgãos de ligação como parafusos, porcas, anilhas, etc., além dos elétrodos para as soldaduras a efetuar. Os materiais a utilizar deverão satisfazer ao prescrito no projeto, nas Condições Técnicas Especiais relativas a Materiais e Elementos de Construção: − aço laminado para estruturas metálicas; − aço para soldadura; − aço em parafusos. Não se admite a utilização de materiais recuperados de outras estruturas ou que no geral não tenham no caso vertente a sua primeira aplicação. B.7.1.2 Controlo de Qualidade, Fiscalização e ensaios O construtor deverá apresentar, antes da execução dos trabalhos, quais as medidas de Controlo de Qualidade Interna que se propõe levar a cabo na execução dos trabalhos, bem como demonstrar a qualificação dos seus trabalhadores, do seu equipamento e o respeito pela legislação de Segurança e Saúde nos Estaleiros. O construtor apresentará, quando lhe forem solicitados, os boletins de ensaio comprovativos das propriedades dos diferentes materiais utilizados, cujas partidas em depósito devem ser facilmente identificáveis; eventualmente deverá fornecer as amostras indispensáveis para a comprovação daquelas propriedades.

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O Dono de Obra direta ou indiretamente poderá exercer a ação fiscalizadora tanto na oficina como na obra, devendo o construtor facilitar essa ação. Concluída a execução deve ser realizada uma inspeção cuidadosa de toda a obra. Quando estipulado no Projeto no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Gerais ou Especiais – ou sempre que o Dono de Obra achar necessário, deve proceder-se à realização de ensaios tendo em vista averiguar a segurança de obra. Os ensaios poderão: − incidir sobre os materiais incorporados na estrutura e sua comparação com o previsto no

projeto; − incidir sobre os processos de ligação; − incidir sobre a totalidade ou partes da estrutura avaliando o seu desempenho por

aplicação de ações convencionais representativas das previstas no projeto (as quais de preferência, serão atingidas por acréscimos graduais) e na medição dos valores, máximos e residuais, de deslocamentos, de extensões e distorções.

Os ensaios deverão ser levados a cabo por entidade habilitada para o efeito, preferencialmente independente e certificada, devendo os resultados ser sempre acompanhados de um relatório. A segurança da obra será avaliada a partir dos resultados dos ensaios, dos relatórios e da comparação com o considerado no projeto. No que respeita às ligações por soldadura, as ações de controlo de qualidade e as inspeções da fiscalização deverão aplicar-se antes, durante e depois da soldadura: Antes da Soldadura: − análise da composição química da alma dos elementos; − análise macroscópica e microscópica de uma soldadura executada num provete feito com

o mesmo aço de estrutura; − comprovação de que os soldadores possuem carta ou certificado profissional adequado

(passado pelo Instituto de Soldadura ou outro organismo reconhecido); − análise das propriedades mecânicas do metal (tração, alongamento, dobragem,

resiliência). Durante a Soldadura: É usual o controlo do seguinte: − temperatura de pré-aquecimento (lápis térmico, termómetro de contacto); − qualidade, diâmetro e coaxibilidade de revestimento dos elétrodos; − tipo de corrente, polaridade, tensão e intensidade (pinça amperimétrica), utilizados no

processo; − sequência e número de cordão, conjugados com o diâmetro do elétrodo selecionado; − sequência do processo; − controlo destrutivo de amostras efetuadas em curso de cordão.

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Após a Soldadura Efetuam-se habitualmente inspeções e ensaios não destrutivos das uniões, que podem ser: − inspeções visuais; − ensaios com líquidos penetrantes; − ensaios com ultra-sons; − ensaios magneflux; − ensaios com raios X; − ensaios de estanquicidade. A inspeção das soldaduras deverá respeitar a normalização aplicável designadamente – NP737, NP-1320, NP-1494. No que respeita às exigências funcionais relativas a cada junta soldada, de acordo com a NP1516 consideram-se: − Exigências de tipo 1 – Respeitantes às juntas mais importantes, em que se considera que

todas as juntas deverão ser radiografadas. − Exigências do tipo 2 – respeitantes às juntas que devem apresentar comportamento

satisfatório em condições severas de utilização, de cujo colapso pode resultar a inutilização da construção para a sua função principal, deverão ser radiografadas aleatoriamente 50% das juntas soldadas.

− Exigências de tipo 3 e 4 – respeitantes às juntas de menor importância em que considera

que deverão ser inspecionadas visualmente todas as juntas e ensaiadas aleatoriamente 10%.

A especificação do tipo de exigência aplicável a cada tipo de junta soldada consta das condições técnicas especiais. B.7.1.3 Regras gerais de execução Os trabalhos devem ser executados segundo as boas normas de construir, nomeadamente as que se indicam nos pontos seguintes. A traçagem será feita com precisão e de acordo com o projeto. Desde que no projeto sejam indicadas contra flechas, devem estas ser tidas em consideração na traçagem e devida-mente distribuídas para que a forma final seja a conveniente. As peças devem ser desempenadas segundo as tolerâncias especificadas no projeto ou, na falta dessa indicação, segundo as tolerâncias usuais; Os cortes efetuados a maçarico, ou por arco elétrico, serão posteriormente afagados sempre que a irregularidade da zona de corte prejudique a execução das ligações. A abertura dos furos deve, em geral, ser realizada por brocagem. No caso de ligações importantes a abertura dos furos deve fazer-se ou por brocagem simultânea dos diversos elementos a ligar, ou por brocagem simultânea dos diversos elementos a ligar, ou por

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brocagem ou puncionamento de diâmetro pelo menos 3 mm inferior ao diâmetro definitivo, e posterior mandrilagem realizada com as peças convenientemente ligadas. Somente se admite a abertura de furos por puncionamento, sem posterior mandrilagem, no caso de furos que não tenham função estrutural importante. B.7.1.4 Critérios de medição A medição será realizada em kg. O peso a considerar na medição será sempre o da secção nominal dos perfis, ou da espessura nominal das chapas. A medição indicará, além do elemento estrutural, os tipos e dimensões dos perfis, tubos, chapas e outros elementos constituintes. A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras discriminadas nos seguintes pontos. No caso dos perfis e tubos, os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de acordo com o peso nominal. No caso das chapas, a área será determinada em m2, a converter em kg de acordo com o peso nominal. Em elementos de outro formato deverá indicar-se o peso por unidade. A avaliação do peso de rebites e parafusos poderá ser feita por contagem ou em percentagem. Não serão feitas deduções para entalhes e furos. Nos perfis cortados obliquamente, a medida será a do maior comprimento do perfil. As medidas para a determinação da medição de chapas de superfície irregular, serão obtidas a partir do menor retângulo circunscrito a essas superfícies. B.7.2 Regras gerais, fornecimento e montagem Sendo a estrutura a construir predominantemente em betão armado, o projeto prevê elementos metálicos associados às peças de betão armado. As ligações aço-betão serão efetuadas por buchas ou chumbadouros conforme especificado nas peças desenhadas. Caso as peças desenhadas não especifiquem as condições de ligação (soldada ou aparafusada) das peças metálicas entre si o Empreiteiro garantirá o cumprimento do Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios (REAE), sem prejuízo de providenciar junto do projetista o fornecimento dos elementos omissos. Este artigo inclui o tratamento anticorrosivo das peças a efetuar conforme especificação própria.

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B.7.3 Ligações aparafusadas B.7.3.1 Correntes Na execução de ligações aparafusadas correntes respeitar-se-ão as seguintes condições: a) Os roscados dos parafusos deve sobressair pelo menos um filete das respetivas porcas. b) O aperto dos parafusos deve ser o suficiente para garantir a eficiência das ligações tendo-se em atenção que um aperto exagerado produz estados de tensão desfavoráveis nos parafusos. c) Os parafusos serão, em geral, munidos de anilhas, em cuja espessura deve terminar a parte roscada. Só se poderá dispensar o uso de anilhas desde que as ligações sejam pouco importantes e se verifique que a zona lisa da arreigada do parafuso é suficiente para transmitir à chapa os esforços a que o parafuso está sujeito. d) No caso de as superfícies sobre as quais se faz o aperto dos parafusos não serem normais ao eixo destes, devem colocar-se anilhas de cunha, de modo que o aperto não introduza esforços secundários nos parafusos. e) Sempre que se verifiquem condições que possam conduzir ao desaperto dos parafusos em serviço, por exemplo vibrações, devem utilizar-se dispositivos que impeçam esse desaperto, tais como anilhas de mola ou contraporcas. B.7.3.2 Pré-esforçadas Na execução de ligações aparafusadas pré-esforçadas respeitar-se-ão as seguintes condições: a) As superfícies dos elementos a ligar devem ser cuidadosamente limpas de quaisquer matérias suscetíveis de provocar uma diminuição do atrito entre as superfícies (ferrugem, gordura, pintura, água etc.). A limpeza será feita a jacto de areia ou à chama, de características adequadas, devendo executar-se em curto prazo (algumas horas) a montagem da ligação, de modo a evitar que as superfícies se oxidem. b) Aos parafusos devem ser aplicados os momentos de aperto especificados no projeto, utilizando chaves dinamométricas aferidas (erro máximo 10%). c) Posteriormente à montagem deverá ser verificado, em pelo menos 10% do número total dos parafusos, se estão instalados os momentos de aperto especificados. Para isso, será medido o valor do momento necessário para fazer desapertar a porca de um sexto de volta; este valor deve ser, no mínimo, 75% do momento de montagem. d) Os parafusos devem ser munidos de anilhas, uma do lado da cabeça e outra do lado da porca; Mediante justificação, a primeira poderá ser eliminada em parafusos cujas cabeças possuam dimensões estudadas de forma que possam transmitir com segurança às chapas o pré-esforço instalado dos parafusos.

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e) Deverá ser satisfeita a condição anunciada na alínea a) do artigo anterior. B.7.4 Ligações soldadas B.7.4.1 Regras gerais de execução A disposição das soldaduras e a sua ordem de execução devem ser estabelecidas de modo a reduzir quanto possível os estados de tensão devidos à operação de soldadura. Deve evitar-se a concentração excessiva de soldadura numa mesma zona. Evitar-se-á criar variações bruscas de secção, pela concentração de tensões a que dão origem nomeadamente, em elementos que tenham de ser soldados em toda a periferia, deve evitar-se praticar entalhes ou furos de dimensões importantes. Para a ligação das extremidades de barras as soldaduras devem ser dispostas quanto possível equilibradamente em relação ao eixo de cada barra. O trabalho de soldadura, no qual deve ser utilizada aparelhagem conveniente, só poderá ser executado por pessoal devidamente classificado segundo a norma NP 434 - "Soldadura para arco elétrico - Qualificação de soldadores para soldadura manual de chapa e perfilados". As características da corrente e a natureza e diâmetro dos elétrodos devem ser apropriados à qualidade dos materiais e ao tipo de ligações a efetuar. As superfícies a soldar devem estar bem limpas e sem escórias. No caso do cordão ser obtido por várias passagens, deve preceder-se, antes de cada nova passagem, à repicagem das escórias por um processo adequado, e à limpeza a escova de arame. Tanto as zonas a soldar como os elétrodos devem estar bem secos. Os cordões devem ficar isentos de irregularidades, poros, fendas, cavidades ou outros defeitos. Na realização das soldaduras devem tomar-se as precauções convenientes para reduzir as tensões devidas às operações de soldadura e para as que as peças fiquem nas posições pretendidas. Deve procurar-se reduzir ao indispensável o número de soldaduras a efetuar fora da oficina. Todos os cordões poderão ser rejeitados pela Fiscalização se apresentarem defeitos à vista desarmada que os tornem inaceitáveis tais como: fendas, poros, entalhes, etc. Nos cordões do topo, e sempre que isso seja construtivamente possível, proceder-se-á à esmerilagem da raiz e à execução do respetivo cordão. Os goussets serão obtidos por oxi-corte. Os soldadores deverão ser devidamente qualificados.

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B.7.4.2 Dimensões dos cordões As dimensões dos cordões de soldadura devem satisfazer aos seguintes condicionamentos: a) A espessura dos cordões não deve ser inferior a 3 mm. b) A espessura dos cordões de ângulo não deve ser superior a 0,7 da menor espessura dos elementos a ligar. c) Os cordões de topo, contínuos, devem ocupar toda a extensão da justaposição. d) Os cordões de ângulo contínuos não devem, em geral, ter comprimento inferior a 40 mm nem superior a 60 vezes a espessura do cordão; e) Nos cordões de topo descontínuos, o comprimento de cada troço não deve ser inferior a 4 vezes a espessura do elemento mais fino a ligar, e o intervalo entre dois troços sucessivos não deve exceder 12 vezes aquela espessura. f) Nos cordões de ângulo descontínuos o comprimento de cada troço não deve ser inferior a 4 vezes a espessura do elemento mais fino a ligar. O intervalo entre dois troços sucessivos não deve exceder 16 vezes a espessura do elemento mais fino, no caso de elementos sujeitos a esforços de compressão, e 24 vezes essa espessura, no caso de elementos sujeitos a esforços de tração. Em cordões de ângulo descontínuos, quando os troços estão colocados alternadamente de um lado e de outro da aresta de ligação, os intervalos indicados são considerados como se os troços estivessem em linha. Quando se dispõem cordões de soldadura opostos, a chapa intermédia deverá ter a espessura mínima de 7 mm. Os cordões de ângulo, aplicados nos bordos arredondados de perfis, não deverão interessar mais do que 75 por cento da espessura do perfil no bordo. A superfície aparente dos cordões de soldadura deverá ser plana, nunca côncava, podendo contudo ser convexa desde que a flecha apresente o limite máximo de 2 mm. Poderá ser exigida a aprovação prévia pela Fiscalização da sequência prevista para a soldadura tipo dos elétrodos a utilizar. Nos pontos que não contrariem o que acima fica dito poderá ser exigido o cumprimento do prescrito na norma DIN 4100.

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B.7.5 Proteção contra corrosão B.7.5.1 Disposições gerais As peças devem ser protegidas contra a corrosão por processo adequado, nomeadamente por pintura ou metalizado de acordo com o especificado nas condições técnicas especiais. Antes de serem pintadas as peças devem ser convenientemente limpas de ferrugem, vidrado de laminagem (carepa), gordura ou qualquer outra matéria que prejudique a pintura. Excetua-se o caso de ser utilizada proteção prévia por fosfatização, em que, na limpeza das superfícies, não deve ser retirada a ferrugem aderente. As superfícies a pintar devem estar secas. As peças devem receber uma demão de aparelho, de preferência antes de saírem da oficina. As superfícies que devem ficar permanentemente em contacto, salvo no caso de ligações aparafusadas pré-esforçadas, serão protegidas ou pintadas antes de se proceder à sua ligação. As estruturas a revestir de betão não devem ser pintadas ou receber qualquer outra proteção. As superfícies de rolamento ou escorregamento de aparelhos de apoio, tais como faces de rolos ou outras análogas, não devem ser pintadas, mas protegidas por massa grafitada ou outro material adequado. As marcas de tinta a aplicar deverão ser indicadas na proposta. Se verificar que a tinta aplicada é de má qualidade a pintura será rejeitada e o Empreiteiro fará a limpeza da estrutura e aplicará nova pintura à sua custa. As tintas a utilizar (primário e acabamento) deverão ser fornecidas por um mesmo fabricante sendo respeitadas escrupulosamente, na aplicação, as instruções deste. A espessura média da película de qualquer camada deverá ser igual ou superior ao especificado para um total de 20 medições realizadas numa mesma área, não sendo de tolerar, para qualquer medição, um valor inferior a 80 % dessa espessura ou, para um conjunto de 5 medições, um valor médio inferior a 90 % . O prazo entre demãos não será nunca inferior a 24 h e convirá que não seja superior a uma semana. Excedido este prazo, a Fiscalização poderá exigir a lavagem total ou parcial das superfícies, o que sempre fará caso seja ultrapassado um mês. B.7.5.2 Esquemas de pintura O esquema de pintura a adotar encontra-se definido nas peças desenhadas. As peças chegarão à obra, provenientes da oficina, com a pintura de acabamento final. Após a montagem serão retocadas todas as superfícies danificadas pelas operações de carga,

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descarga, manuseamento e fixação. O Empreiteiro poderá alternativamente aplicar a última demão de acabamento nas estruturas totalmente montadas. Serão obrigatoriamente realizadas em oficina as operações de: − Decapagem a jacto de areia de acordo com as normas suecas SIS 05.5900 - 1976 Sa

2.5. − Metalizado a quente por projeção de zinco fundido ou galvanização por imersão a quente

de acordo com as BS Part 1. − Aplicação de primários e/ou shopprimer de tintas com elevado teor em pó de zinco. Não

serão permitidas tintas à base de cromato de zinco. O Dono-de-Obra reserva-se o direito de inspecionar os meios de decapagem e metalizado utilizados pelo Empreiteiro no fabrico das peças. Serão especialmente inspecionadas a qualidade de decapagem. a qualidade e espessura de metalizado ou da camada de primário e a espessura total do tratamento anticorrosivo aplicado. B.7.6. Montagem Na montagem das estruturas deve respeitar-se as prescrições do Regulamento de Segurança no Trabalho de Construção Civil, estabelecido pelo Decreto n.º 1 41 821 de 11 de Agosto de 1958. O plano de montagem e os meios utilizados terão de ser apreciados pela Fiscalização e merecer a aprovação desta. Todas as peças devem ser convenientemente marcadas na oficina, de modo que não se levantem dúvidas na montagem quanto à posição que ocupam. As ligações devem efetuar-se sem introduzir esforços importantes nas peças. A introdução de repuxos para acerto das peças deve fazer-se sem deformar os furos. Devem-se retocar as pinturas que tenham ficado danificadas durante a montagem. Os parafusos deverão ser perfeitamente limpos e levarem duas demãos de primário, logo que concluída a sua colocação em obra. Os cordões de soldadura e a área adjacente, numa extensão de 15 cm para cada lado, devem ser limpos e aplicarem-se duas demãos de primário, logo que concluída a sua colocação em obra. Tanto as vigas principais como as asnas terão eventualmente de ser transportadas em partes. Neste caso, estas partes serão munidas de olhais de montagem, de forma a que uma vez feito o aperto destes por parafusos ajustados, as partes fiquem corretamente posicionadas para a soldadura de ligação. Esta soldadura terá de ser executada em perfeitas condições e ser convenientemente reforçada. Aliás, a localização destas secções está definida no projeto e quando tal não acontecer, será necessária a aprovação da Fiscalização.

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Todos os furos a executar na montagem deverão ser feitos por brocagem. O Empreiteiro deverá fornecer as ferramentas e equipamentos, como gruas ou derricks, andaimes, etc., e todo o material acessório para a montagem, e removê-lo logo que o trabalho esteja concluído. Deverá ter na montagem pessoal técnico e operários qualificados de forma a garantir o bom desenvolvimento da obra. Os trabalhos de montagem deverão ser executados e regulados tendo em atenção: − a legislação portuguesa referente à responsabilidade do Empreiteiro, segurança do

pessoal, prejuízos a terceiros, etc; − as peças desenhadas e escritas, e mais elementos que constituem o projeto; Todas as estruturas metálicas serão montadas sobre elementos de betão armado, devendo ficar convenientemente alinhadas, niveladas e aprumadas. Para resistir às solicitações devidas à elevação das peças, o Empreiteiro deve prever, quando necessário, a colocação de contraventamento provisório. Depois de concluída a montagem, a estrutura metálica deverá ser completamente limpa de lama, gordura ou outras sujidades e reparadas todas as imperfeições na pintura ou aplicadas as demãos de acabamento previstas no projeto. Se verificar que a tinta aplicada é de má qualidade, a pintura será rejeitada e o Empreiteiro fará a limpeza da estrutura e aplicará nova pintura à sua custa. O Empreiteiro dará todas as facilidades aos agentes do Proprietário para Fiscalização durante a execução das estruturas na oficina, bem como a ensaios que porventura se considerem necessários. Fica no entanto esclarecido que esta Fiscalização não diminui a responsabilidade do Empreiteiro, a qual será total durante a montagem e prazo de garantia. O Empreiteiro obriga-se a efetuar por sua conta, logo que lhe seja comunicado, qualquer correção que, durante o prazo de garantia, se tenha mostrado conveniente. B.8. Pavimentos rígidos térreos B.8.1. Camada de base B.8.1.1 Verificação do Estado do Terrapleno A colocação dos materiais das bases dos pavimentos só poderão ser iniciadas logo que as zonas interessadas tenham sido inspecionadas pela Fiscalização. A aprovação dependerá das seguintes verificações quanto às características do terrapleno: − resultados dos ensaios de determinação do grau de compactação relativa do terrapleno; − resultados dos ensaios de determinação do teor em água da camada superior do

coroamento; − deteção de eventuais zonas fracas ou instáveis por passagem de equipamento pesado (a

critério da Fiscalização) na camada superior do coroamento;

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− verificação dos perfis longitudinais e transversais e desempeno na camada superior do coroamento;

− execução dos trabalhos de drenagem que estejam previstos ou julgados indispensáveis. B.8.1.2 Base de Granulometria Extensa a) Compacidade e Regularidade A execução da base deve ser tal que sejam satisfeitas as seguintes características: − índice de vazios máximo: 15% ; − a camada deve apresentar-se perfeitamente estável e bem compactada; − a superfície da camada deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou

material solto, não podendo, em qualquer ponto apresentar diferenças superiores a 1,5 cm em relação aos perfis longitudinal e transversal estabelecidos.

No processo construtivo deve ser observado o seguinte: − deve utilizar-se no espalhamento do agregado motoniveladoras ou outro equipamento

similar, de forma a que a superfície de cada camada se mantenha com a forma definitiva;

− o espalhamento deve ser feito regularmente e de forma a evitar-se a segregação dos

materiais não sendo de forma alguma permitidas bolsadas de material fino ou grosso. Será feita, em princípio, a prévia humidificação dos agregados na central de produção, justamente para que a segregação no transporte e espalhamento seja reduzida. Se na operação de compactação o agregado não tiver a humidade necessária (cerca de 4,5%) terá de proceder-se a uma distribuição uniforme da água;

− se durante o espalhamento se formarem rodeiras, vincos ou qualquer outro tipo de

marca inconveniente que não possa facilmente ser eliminada por cilindramento, deve proceder-se à escarificação e homogeneização da camada e consequente regularização da superfície.

b) Espessura da base A espessura de cada camada será a constante dos diferentes desenhos de pormenor. No caso de se obterem espessuras inferiores às fixadas no projeto, não será permitida a construção de camadas delgadas a fim de se obter a espessura projetada. Em princípio, proceder-se-á à escarificação da camada; no entanto, se a Fiscalização julgar conveniente, poderá aceitar que a compensação de espessura seja realizada pelo aumento de espessura da camada seguinte. c) Verificação da base. Preparação da superfície da base A preparação das superfícies das bases para a realização das camadas seguintes, só poderá ser iniciada depois das áreas interessadas terem sido vistoriadas e aprovadas pela Fiscalização. A aprovação dependerá da vistoria efetuada, que englobará a análise dos

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resultados dos ensaios prescritos para cada tipo de base e a verificação dos perfis longitudinais e transversais e, ainda, do desempeno. Quando tenha decorrido muito tempo ou, ainda, tenha chovido entre o termo dos trabalhos da base e o início da preparação da superfície, a Fiscalização poderá mandar executar novos ensaios e novas verificações antes de autorizar os trabalhos de preparação da superfície da base. Antes de preparar a superfície da base dever-se-á ter o cuidado de verificar se ficaram implantadas todas as tubagens, caixas, etc., que estejam previstas nos Projetos de Redes Enterradas, Eletricidade ou outras. Essa implantação deverá obedecer ao que estiver disposto nesses projetos. A superfície da base, será, obrigatoriamente, muito bem varrida e limpa de todos os detritos e material solto. O betão não será espalhado sem que tenha sido devidamente comprovado que o grau de compactação e regularidade da camada de sub-base são os exigidos, para além de estar de acordo com os perfis transversais e longitudinais correspondentes. Caso existam irregularidades locais superiores a 20 mm quando se passa uma régua de 3 m ou diferenças relativamente às cotas teóricas superiores a 15 mm, terão que ser corrigidas antes do início da betonagem, que só terá lugar após prévia aprovação da Fiscalização. Poderá, se for caso disso, regularizar-se a superfície mediante espalhamento de uma fina camada de areia e pó de granulação, devidamente compactada. Antes da colocação em obra do betão e onde a Fiscalização o julgue necessário, a superfície de apoio será impermeabilizada com um produto betuminoso adequado ou será coberta com papel apropriado, folhas de plástico, ou outro processo por ela aprovado; no caso de se utilizarem folhas, o recobrimento mínimo entre 2 folhas justapostas será de 15 cm. Na ausência destas medidas deve proceder-se à prévia rega, com água, de toda a superfície de apoio da laje. Em qualquer caso, será proibida toda a circulação sobre a superfície preparada, salvo o tráfego de obra indispensável. B.8.2 Execução do Pavimento B.8.2.1 Características dos Betões As características dos betões dos pavimentos rígidos já estão referenciadas no ponto 5 destas Condições Técnicas. Após a verificação da base, descrita anteriormente, e depois das operações de limpeza daquela, proceder-se-á à colocação das lâminas de separação da base, aprovadas pela Fiscalização.

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O plano de betonagem a apresentar pelo Empreiteiro à Fiscalização deve obedecer às seguintes condições: a) A betonagem da laje deve ser feita por faixas com a largura igual à distância entre as juntas longitudinais de construção. b) O espaçamento entre as várias juntas, longitudinais e de contração, é a que se especifica no projeto e nos desenhos. Para o pavimento, a localização das várias juntas está fixada nos desenhos. Quando o Empreiteiro desejar alterar a disposição das juntas deverá ter em conta as hipóteses que informarem o projeto. c) As juntas de betonagem terão que, obrigatoriamente, coincidir com as juntas previstas no projeto. Cada faixa, a construir de uma só vez, de acordo com o plano de betonagem, deverá ser betonada de maneira contínua. O equipamento para a execução da laje consistirá preferencialmente numa espalhadora de cofragens deslizantes com a finalidade de espalhar, compactar, nivelar e regularizar uniformemente o betão, equipada com um sistema de guiamento adequado e devendo os respetivos mecanismos de correção atuar caso os desvios da sua trajetória programada, detetada por aquele sistema, sejam superiores a 3mm em altimetria e a 10 mm em planta. A espalhadora deverá ser dotada de cofragens móveis de dimensões, forma e resistência suficientes para suportar lateralmente o betão, durante o tempo necessário à execução do pavimento com a secção transversal projetada. Compactará adequadamente o betão por vibração interna a toda a largura do pavimento por meio de vibradores transversais ou de uma série de unidades de vibração longitudinais; neste último caso, a separação entre unidades contínuas de vibração estará compreendida entre 50 e 75 cm medida entre eixos, e a distância do eixo da unidade extrema à face interna da cofragem correspondente não será superior a 15 cm. A frequência de vibração de cada unidade não será inferior a 5000 ciclos/minuto e a respetiva intensidade deve ser a suficiente para tornar bem visíveis os seus efeitos na superfície do betão a toda a largura da laje e até uma distância do plano de vibração igual a 30 cm. A largura da viga niveladora deverá ser suficiente para que não se notem quaisquer vibrações à superfície do betão atrás do seu bordo posterior. A central de betão e o esquema de transporte montado devem ser capazes de fornecer regularmente a quantidade de betão necessária para que a espalhadora não tenha que interromper o trabalho durante todo o dia. Assim, só em face de circunstâncias excecionais se deverá proceder à execução de mais do que uma junta de betonagem por cada dia de trabalho. As barras serão colocadas de acordo com as correspondentes peças desenhadas e de preferência antes da betonagem. As barras de transferência de carga serão paralelas entre si e ao eixo do pavimento; o máximo desvio permitido, tanto em planta como em perfil, do eixo dos varões relativamente à posição teórica será de 1.5 cm. As barras de ligação serão normais ao eixo longitudinal do pavimento e a tolerância do seu posicionamento, tal como foi definida, aumentada para 2.0 cm.

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Salvo no caso em que são introduzidas por vibração no pavimento mediante utilização de equipamento adequado, todas as barras deverão, em princípio, dispor-se sobre armações de elementos metálicos, suficientemente sólidas e com ligações soldadas, as quais se fixam à sub-base; a robustez de uma armação em posição definitiva será tal que ao aplicar-se uma carga de 0.1 kN à extremidade de um varão qualquer, a variação da sua inclinação não seja superior a 1/200. O recurso a processos de colocação de barras que não coincidem com os descritos, nomeadamente por abertura de valas transversais no betão parcialmente vibrado (com remoção dos produtos para vazadouro) ficará condicionado ao parecer da Fiscalização, a qual decidirá, face ao sistema proposto, da conveniência em permitir o necessário teste em trecho experimental. Depois de dispostas as barras nas suas posições exatas, serão concretizadas referências adequadas que definam os seus posicionamentos até que sejam completadas as juntas . Quando o sistema de guia for um fio tenso, o espaçamento entre as estacas que o sustentam deverá ser inferior a 12 m. Os apoios do fio nas estacas terão a cota teórica e a flecha registada entre duas estacas consecutivas será inferior a 2 mm. Quando o equipamento utilizar como cofragem uma laje de betão previamente executada esta deverá ter, no mínimo, a idade de 3 dias, e as rodas do equipamento, caso não estejam protegidas por borracha, deverão evitar o contacto direto com o betão, movimentando-se sobre perfis de madeira ou de outro material análogo, colocados a uma distância conveniente do bordo do pavimento. No caso de se observarem danos estruturais ou superficiais deverá suspender-se de imediato a betonagem, recomeçando-se apenas depois do pavimento ter adquirido a resistência adequada ou de se terem tomado precauções adicionais suficientes para que não voltem a produzir-se danos na laje. O espalhamento e colocação em obra do betão será em princípio efetuado entre cofragens. Entre a fabricação do betão e o término das operações de colocação em obra, compactado e início de cura, não poderá decorrer mais de 1 hora. Este prazo, se a Fiscalização assim o entender, poderá ser aumentado até um máximo de 2 horas, no caso de se tomarem medidas adequadas à retardação da presa, quando existirem condições favoráveis de humidade e de temperatura, ou quando se utilizarem camiões-betoneira ou camiões equipados com agitadores. Nunca se poderá colocar em obra um betão que acuse quaisquer indícios de presa, segregação ou dissecação. Quando não existam elementos construtivos já colocados poderá, a fim de se conseguir uma atuação mais regular da espalhadora e desde que a Fiscalização o aprove, proceder- se a um pré-espalhamento do betão por recurso a equipamento adequado. Quando existam elementos construtivos já colocados, a descarga e espalhamento do betão serão realizados de tal forma que não seja alterado o posicionamento desses elementos.

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Os elementos vibrantes da espalhadora terão que deixar de funcionar no momento em que esta pare. No caso de se interromper o espalhamento por mais de 30 minutos, o betão será recoberto com serapilheiras húmidas e se essa interrupção atingir a máxima demora admitida entre a fabricação e a colocação em obra executar-se-á inevitavelmente uma junta transversal de betonagem. A betonagem será executada em faixas de largura constante e separadas por juntas longitudinais de articulação, devendo ser sinalizados os troços executados em dias diferentes, com vista a promover-se a proteção do pavimento. Nos casos pontuais em que seja necessária uma compactado manual, esta será efetuada por meio de placas vibradoras. Quando a produção de betão for superior a 30 m3/hora e a compactação for manual utilizar-se-ão pelo menos duas placas vibradoras. Manter-se-á um excesso de betão à frente da placa e continuar-se-á a compactar até que se tenha conseguido a secção transversal de projeto e o betão flua ligeiramente à superfície. Para os pavimentos definem-se 3 tipos de juntas: − de contração ou retração; − de construção (longitudinais); − de isolamento.

A localização e características das juntas constam das peças desenhadas. As características gerais das juntas são as seguintes: Nas juntas longitudinais de articulação, resultantes da betonagem de uma faixa contra outra já construída, aplicar-se-á na superfície de contacto, antes da betonagem, um produto que evite a aderência do betão novo ao antigo. Deverá prestar-se especial atenção à junta no sentido de garantir que o betão colocado na mesma seja homogéneo e fique perfeitamente compactado. As juntas transversais de betonagem, efetuadas a fresco, terão lugar no fim de cada dia de trabalho, ou sempre que haja interrupção na betonagem e seja , por esse motivo, de temer um início de presa na frente de trabalhos. De qualquer modo, uma paragem de 30 minutos em tempo seco e quente já será causa suficiente para o estabelecimento de uma junta desse tipo e uma paragem de 45 minutos em idênticas condições será mesmo uma causa determinante dessa medida. Sempre que possível deverá fazer-se coincidir essas juntas com as de retração ou de dilatação modificando, se necessário, a posição destas de acordo com o parecer da Fiscalização. Não sendo assim, deverão dispor-se a mais de um metro e meio de distância da junta projetada mais próxima.

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C. CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS C.1. Considerações Gerais Os trabalhos a executar associados ao projeto, encontram-se definidos no mapa de trabalhos e quantidades, nas condições técnicas e nos desenhos que integram o projeto. O mapa de trabalhos e quantidades não constitui, por si só, uma descrição exaustiva das condições em que os fornecimentos e trabalhos deverão ser executados. De um modo geral as medições foram realizadas de acordo com os critérios de medição publicados pelo LNEC (edição de 98). Os preços a apresentar devem fazer refletir todos os custos necessários ao cumprimento das especificações gerais e particulares, do disposto na memória descritiva, condições do contrato e demais documentação integrante da consulta. O adjudicatário deverá inteirar-se “in loco” das condições existentes, para o que deverá promover uma inspeção cuidada ao local acompanhado do projeto. C.2. Aspetos Específicos C.2.1. Betões Os tipos de betões necessários à execução da obra e as condições a que os mesmos devem obedecer encontram-se discriminados no Mapa de Trabalhos e Quantidades e Memória Descritiva. A medição foi efetuada pela forma geométrica das peças de acordo com os critérios do LNEC. O preço deverá incluir todas as operações necessárias, como fornecimento, transporte, colocação, vibração e cura. As cofragens encontram-se discriminadas em cofragens correntes e especiais. No betão com superfícies à vista considera-se incluído o trabalho de limpeza, selagem de orifícios, reparações, e demais trabalhos necessários ao perfeito acabamento das superfícies. C.2.2. REPARAÇÃO DE ELEMENTOS EM BETÃO ARMADO EXISTENTES Os elementos em betão existentes, ou os elementos já com armaduras montadas, deverão ser reparados de acordo com a seguinte metodologia: a) Limpeza a jacto de areia para remoção integral do revestimento; b) Remoção de todos os pedaços de betão fissurados, que evidenciem uma fácil desagregação ou que quando martelados tenham um toque a oco. Para tal, as zonas

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referidas serão picadas, escovadas e lavadas vigorosamente numa profundidade cerca de 1 cm, por forma a garantir o saneamento completo das camadas de recobrimento e envolvente das armaduras oxidadas, desagregadas ou com carbonatação evidente ou em mau estado; c) Limpeza de todos os vestígios de armaduras oxidadas, recorrendo a jacto de areia Sa 21/2. É importante garantir que é limpa toda a oxidação existente e para isso é fundamental cumprir o referido na alínea a) no que diz respeito à remoção de betão envolvente das armaduras degradadas; d) Aplicação de duas demãos de um agente de revestimento anticorrosivo para armaduras, à base de cimento e resina de epoxy modificada, do tipo “SIKATOP ARMATEC 110 EPOCEM”, como tratamento anticorrosivo das armaduras (passivação). A segunda demão deverá ser também aplicada no betão adjacente. Para a sua aplicação as armaduras deverão estar secas e completamente limpas de qualquer oxidação. A aplicação do produto deverá ser feita respeitando todas as prescrições da sua especificação técnicas e recomendações do fabricante; e) Aplicação de uma argamassa pronta tixotrópica monocomponente “SIKA MONOTOP 612, à base de cimento com resinas sintéticas, por forma a repor as secções iniciais dos elementos estruturais. Esta argamassa deverá ser aplicada directamente sobre o “SIKATOP ARMATEC 110 EPOCEM” enquanto este se mantém colativo (período variável conforme temperatura); f) De forma a prevenir, retardar ou limitar o desenvolvimento corrosivo é aconselhável aplicar um inibidor de corrosão “SIKA FERROGGARD 903”. A sua aplicação é efetuada por impregnação à superfície do betão em toda a sua extensão da superfície, para que o produto seja atraído eletromagneticamente para as armaduras, onde forma a película passivante. Este produto deve ser aplicado em pelo menos 4 demãos, conforme o especificado na ficha do produto. g) Deverá ser aplicado nas superfícies de betão à vista um barramento fino de proteção com uma argamassa fina monocomponente SIKA MONOTOP 620, à base de cimento com resinas sintéticas devendo ser aplicada numa espessura de cerca de 2 mm, permitindo proteger a estrutura; h) Pintura final de proteção ao betão “SIKAGARD 681-ES BETONCOLOR” da Sika em demão de primário mais duas demãos em todas as superfícies de betão existente a manter; (i) No caso da cobertura deverá aplicar-se uma impermeabilização através de uma membrana elástica de poliuretano “SIKALASTIC 450”, em uma demão mais duas demãos. No caso da fissuras deverá aplicar-se um revestimento hidrorrepelente, incolor e sem alteração do aspeto da estrutura, com 2SIKAGARD 700 S”, devendo ser aplicada sobre a base bem limpa, em duas demãos, fresco sobre fresco.

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C.2.3. Contenções Periféricas C.2.3.1 Aspetos Específicos da Execução dos Trabalhos C.2.3.1.1 Armaduras das pregagens As armaduras das pregagens devem respeitar o Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios e o disposto sobre armaduras no Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado. O aço para pregagens trata-se de varões de aço nervurado, com uma extremidade em bico e na outra com rosca adequada para receber uma placa de ancoragem e uma porca de fixação. Deverão ter uma carga de rotura mínima de 300 kN e os diâmetros indicados nos desenhos. A carga de rotura especificada refere-se a todo o sistema de ancoragem, incluindo o varão, a rosca, a porca e a placa. As placas de ancoragem, as anilhas e as porcas têm de permitir a transferência satisfatória da força da pregagem para a parede de betão, cambota metálica ou para a superfície da rocha, mesmo quando a placa de ancoragem não possa ser colocada exatamente na normal à pregagem. As placas de ancoragem deverão ser feitas de aço S355JR e a forma quadrada de 150x150 mm e 10 mm de espessura. As anilhas ou porcas terão um assento hemisférico de forma a permitir a sua instalação satisfatória e a transferência de carga, mesmo na parede de betão ou superfícies rochosas irregulares, sem criar tensões na barra de pregagem.

C.2.3.1.2 Materiais dos geodrenos e bueiros Os tubos de PVC rígido (policloreto de vinilo) a utilizar nos geodrenos e bueiros, deverão ser de primeira qualidade e ter as características adequadas aos fins a que se destinam. Deverão ser de fabrico homologado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e obedecer ao disposto na Norma Portuguesa NP 1487 (1977) e nos documentos de homologação do LNEC em vigor. O tipo e marca da tubagem a utilizar, bem como a respectiva documentação de homologação, características mecânicas e propriedades, deverão ser submetidos à aprovação da Fiscalização. O tipo de união entre os tubos deverá ser indicada e aprovada pela Fiscalização, de acordo com as especificações do fabricante. O tubo em PVC a usar nos geodrenos sub-horizontais será perfurado em toda a extensão envolvido em geotêxtil, com uma gramagem mínima de 200gr/m2.

C.2.3.1.3 Furação para perfis metálicos

A abertura dos furos deverá ser realizada com equipamento adequado à natureza das formações. A sua localização deverá ser a de projeto. Será necessário executar uma plataforma de trabalho de forma a permitir a execução das micro-estacas e colocação dos

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perfis. Posteriormente será necessário proceder ao rebaixamento faseado desta plataforma para a execução das ancoragens / pregagens.

C.2.3.1.4 Furação para as pregagens A abertura dos furos deverá ser realizada com equipamento adequado à natureza das formações. O diâmetro mínimo dos furos será 10 mm maior que o diâmetro da pregagem a instalar, com um mínimo de 76 mm. A profundidade dos furos será a especificada nos desenhos. Os furos deverão ser limpos de todas as aparas de perfuração, lamas ou fragmentos do material furado. A instalação da pregagem será feita imediatamente a seguir à perfuração e preparação do furo, no espaço máximo de 3 horas.

C.2.3.1.5 Materiais de injecção das pregagens

Utilizar-se-á calda de cimento para preencher o furo e fixar a ancoragem / pregagem ao terreno. Na zona de selagem, a calda deverá ser constituída por cimento e água numa relação em peso não inferior a C/A =2/1, devendo exibir aos 28 dias uma resistência à compressão mínima de 28 MPa. Os ensaios serão realizados em prismas de 4x4x16 cm3. As injeções deverão ser lentas e as pressões adequadas para que não se produzam fenómenos de rotura das formações, que originam perdas elevadas das caldas que não ficam diretamente interessadas na área de reforço da proteção da zona livre ou no bolbo resistente a criar na zona de selagem, no caso das ancoragens. As operações de injeção só devem começar após autorização expressa da Fiscalização. A calda de injeção será conservada em tanques permanentemente agitados e não deverá apresentar quaisquer impurezas no decorrer dos trabalhos. As operações de injeção só serão dadas por terminadas quando a consistência da calda que flui pelo sistema de retorno for igual à injetada. Quando a injeção tiver sido concluída os tubos de retorno da calda serão obturados mantendo-se então a pressão durante um mínimo de 5 minutos, o que se pode conseguir fechando os tubos de injeção de calda. O pré-esforço das ancoragens só poderá ser aplicado cerca de 12 dias após a última injeção de selagem.

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C.2.3.1.6. Betão projetado O Adjudicatário deverá aplicar betão projetado nas superfícies escavadas definidas no Projeto, após todos os trabalhos de execução de pregagens e colocação de rede electrossoldada e sob autorização expressa da Fiscalização. O betão é projetado a alta velocidade, através de equipamento específico, devendo os materiais respeitar as seguintes prescrições:

Cimento: O definido no ponto A.4. Agregados: Além do referido no ponto A.6, o tamanho máximo dos agregados não

deverá exceder 16mm para o processo a seco e a quantidade de finos com tamanho inferior a 0,1mm não deverá exceder 2% da mistura total. Os agregados deverão conter até um máximo de 3 a 5% de humidade de modo a obter-se a melhor qualidade, evitando o início antecipado do endurecimento da mistura, quando aplicado por via seca.

Adjuvantes: Além do referido no ponto A.5, os adjuvantes deverão ser compatíveis com o cimento utilizado. A compatibilidade deverá ser testada em laboratório e em exames “in situ”, tendo em vista conseguir as propriedades necessárias de presa e resistência. A dosagem a ser usada deverá ser definida tendo em conta os requisitos definidos nestas Condições Técnicas. Qualquer aumento de dosagem não poderá exceder 1% da quantidade de cimento da mistura em peso.

Água: O definido no ponto A.2

C.2.3.2 Aspetos Construtivos C.2.3.2.1 Disposições gerais As paredes de contenção serão executados faseadamente, numa sequência alternada de painéis primários e secundários e a correspondente ancoragem / pregagem do nível superior. Só após os painéis primários terem sido ancorados /pregados no seu nível superior serão executados os painéis secundários. Nestas paredes, a escavação faseada far-se-á até 1 m abaixo do nível da ancoragem / pregagem respetiva para se poder deixar armadura de espera. Executar-se-ão alternadamente de forma a minimizar os danos nas estruturas próximas das paredes e minimizar os riscos na execução. A ligação entre os painéis será garantida por armaduras de espera ∅16 afastadas de 0.20 m colocadas em ambas as faces e com um metro de comprimento no total. Para a execução das paredes admite-se a betonagem contra o geocompósito aplicado previamente contra o terreno anteriormente escavado. O coroamento da parede será assegurado por vigas de coroamento conforme as peças desenhadas. A contenção será, de acordo com os pressupostos admitidos, composta por vários níveis de ancoragens /pregagens cuja localização se encontra definida em peças desenhadas integradas no processo.

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A escolha do sistema de ancoragens / pregagens e respetivos acessórios são da responsabilidade do Empreiteiro, mediante prévia autorização da Fiscalização. Os comprimentos das ancoragens / pregagens serão aferidos em obra em função das condições geotécnicas reais. A execução das ancoragens deverá ser precedida, em algumas zonas distintas dos alçados das paredes, da execução de ensaios de carga para aferição das condições de amarração dos bolbos de selagem. A execução das pregagens deverá ser precedida de ensaios de arranque para aferição do comprimento das pregagens. São utilizados geodrenos / bueiros em todas as paredes que, eliminando as pressões hidrostáticas, conduzirão as águas freáticas para o lado exterior com o auxílio de geocompósito, onde serão recolhidas por caleiras a executar ao nível das lajes. C.2.3.2.2 Processo construtivo das contenções tipo Berlim

I. Execução de furos verticais, os quais serão realizados no eixo da parede de betão armado,

seguindo-se a introdução nos mesmos de perfis metálicos verticais. Estes elementos deverão possuir um comprimento de selagem suficiente, abaixo da cota de fundação, de forma a que possam transmitir ao terreno, predominantemente por atrito lateral, as cargas provenientes das paredes. Os perfis serão selados com betão de características apropriadas;

II. Execução da viga de coroamento, deixando armaduras de espera correspondentes à armadura vertical dos painéis da parede;

III. Execução da contenção periférica em betão armado, de cima para baixo, por níveis, a partir de uma escavação localizada, betonando-se e ancorando-se ou pregando-se um grupo de painéis que serão designados como primários e só depois os restantes, denominados de secundários, intercalados com os anteriores. Serão deixadas armaduras de espera horizontais e verticais correspondentes às armaduras dos painéis, devidamente amarradas;

Durante a execução dos painéis primários, as zonas correspondentes aos painéis secundários deverão ser constituídas por banquetas com largura mínima, no sentido perpendicular à parede, igual à altura de escavação. O talude destas banquetas deverá dispor de uma inclinação 2(v):3(h);

IV. Realização de ensaios de receção/arranque, de modo a comprovar a eficácia das ancoragens/pregagens para as cargas de dimensionamento;

V. Execução dos restantes níveis de painéis, segundo a metodologia indicada nos pontos III e IV; VI. Escavação até à cota de fundo e realização da parede de betão armado; VII. Execução da sapata de fundação. VIII. Aplicação de pintura de proteção anti corrosão a todas as cabeças de ancoragem /

pregagem. Atendendo às características dos terrenos a conter, considera-se importante que o intervalo de tempo necessário para a escavação e betonagem de cada painel não seja superior a 12 horas.

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C.2.3.2.3 Execução das pregagens Há dois trabalhos importantes no decorrer da obra que exigem uma acessibilidade das máquinas ao local e para os quais o empreiteiro deverá ter especial atenção. São eles:

- a furação e posterior colocação das ancoragens / pregagens nos seus vários níveis. No que diz respeito à furação e operações sequentes relativas às ancoragens / pregagens, será necessário implementar a execução de uma plataforma correspondente ao 1º nível de ancoragens / pregagens (nível superior) que posteriormente será sucessivamente rebaixada para corresponder aos níveis inferiores.

C.2.3.2.4 Fases de execução das pregagens

I. Abertura do furo, acompanhado do revestimento das paredes com tubos protetores (bainha ou manga flexível e impermeável);

II. Introdução da armadura e seu posicionamento sobre o eixo do furo com auxílio de centralizadores; III. Solidarização da armadura ao maciço ao longo do comprimento da pregagem, com calda de cimento; IV. Aperto do varão contra a placa de apoio.

No caso de haver pouco espaço de trabalho e/ou de pregagens compridas, será permitida a sua ligação, aceitando-se que sejam divididas em duas partes. Contudo, a capacidade de carga destas pregagens não poderá ser inferior ao valor da capacidade de carga da pregagem integral tipo, devendo prestar-se cuidados especiais ao processo de injeção de forma a obter-se o envolvimento completo da pregagem pela calda.

C.2.3.2.5 Aplicação/Execução do betão projetado

O método de injeção a utilizar será por via seca. O método de aplicação do betão projetado por via seca, é um método de projeção em que a mistura seca composta de inertes, cimento e aditivo acelerador, é levada ao longo da mangueira à guia do jacto por ar comprimido, sendo a água acrescentada à mistura seca no bocal ou junto deste. O “Rebound” é a quantidade de betão que não se incorpora ao revestimento por cair no chão durante a operação de aplicação.

Para o processo de betão projetado por via seca a quantidade de cimento não deverá ser inferior a 380 kg/m3 de mistura seca, devendo a quantidade de cimento ser determinada para se conseguirem os requisitos de resistência do betão quando aplicado no terreno. O Adjudicatário submeterá à aprovação da Fiscalização o respetivo estudo de formulação com uma antecedência de 30 dias. Nenhum trabalho poderá ser executado antes da sua aprovação e definição das fórmulas de trabalho.

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Para aplicação pela via seca, a quantidade de água será controlada pelo operador do bocal, atendendo às condições da superfície de aplicação e à localização da mesma. Um indicador de que a relação água/cimento estará correta será a da aparência ligeiramente brilhante que o betão parecerá possuir imediatamente após a aplicação.

Deverão ser usados aditivos aceleradores de presa para se atingirem, nas primeiras horas, resistências do betão aplicado, devendo ser efetuados ensaios adequados a determinar a dosagem correta de aditivos para se alcançarem os objetivos pretendidos. A resistência à compressão do betão projetado aplicado (determinada em amostras recolhidas do revestimento ou em painéis de prova instalados para o efeito) deverá desenvolver-se progressivamente até à resistência final, de acordo com os requisitos mínimos a seguir especificados:

- 9 MPa às 24 horas - 17,5 MPa aos 7 dias.

A resistência do betão à compressão aos 28 dias será, no mínimo, de 25 MPa.

As malhas metálicas e outros reforços que sejam necessários instalar, deverão ser completamente envolvidos em betão projetado. O recobrimento mínimo das malhas e varões metálicos aplicados deverá ser de 2 cm.

Após terminada cada operação de aplicação de betão projetado, o “rebound” será removido antes de qualquer outra aplicação de betão e no caso de se apresentar endurecido, o “rebound” terá de ser removido com recurso a martelos pneumáticos. Em circunstância alguma o “rebound” poderá voltar a ser usado. A obra será continuamente mantida livre de materiais do “rebound”.

O controlo das espessuras será efetuado através de guias de visualização instaladas antes da projeção do betão ou por carotes recolhidas após o seu endurecimento. A compatibilidade dos aditivos e do cimento deverá ser testada em laboratório de forma a estabelecer os tempos de endurecimento e verificar se a adição do acelerador não leva a uma redução excessiva da resistência do betão à compressão. No local da obra deverão ser efetuados ensaios para se determinar o endurecimento e a resistência do betão e estabelecer a dosagem adequada do aditivo do betão projetado aplicado “in situ”.

C.2.3.2.6 Outros aspetos

Todos os trabalhos deverão ser executados em condições de perfeita segurança para a exploração do estaleiro, designadamente ao nível da segurança e saúde dos trabalhadores. O adjudicatário deverá ter presente que os encargos associados a quaisquer sondagens suplementares, designadamente para confirmação das condições de ancoragem, lhe serão cometidos.

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condições técnicas

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pg. 94/97

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG 6197.CT.EST.PE.00

C.3. ENSAIOS DE ARRANQUE DAS PREGAGENS

Relativamente ao controlo de construção e observação, deverá ser elaborado um plano de execução das ancoragens contendo as especificações técnicas referentes ao sistema de ancoragem a usar, de acordo com as indicações do Eurocódigo 7. Devem ser cumpridas todas as disposições do Eurocódigo 7 relativamente a ensaios prévios e ensaios de receção de pregagens O procedimento a adoptar para a realização destes ensaios deverá respeitar um dos procedimentos definidos na EN 1537 – Anexo E. A Fiscalização selecionará as pregagens que deverão ser ensaiadas. Deverá ser efetuado um (1) ensaio de arranque por cada lote de vinte (20) pregagens, executando no mínimo um (1) ensaio por contenção.

C.4. PLANO DE AUSCULTAÇÃO

Para permitir a observação do comportamento das paredes e deteção de eventuais sinais de instabilização em fase incipiente, será prevista a implantação de um plano de auscultação, constituído pela instalação de um conjunto de alvos topográficas no topo das paredes pregadas, e fissurómetros nas estruturas adjacentes. Com o objetivo de poder monitorizar a evolução do pré-esforço nas ancoragens selecionadas para tal, deverão ser previstas condições de acessibilidade às ancoragens instrumentadas de forma a permitir efetuar leituras periódicas. C.5 PERITAGENS TÉCNICAS O projeto contempla a execução de peritagens técnicas aos edifícios confrontantes com as empenas laterais, conforme descrição do articulado do mapa de trabalhos e quantidades com o objetivo de, na companhia de representante de seguradora, se avaliar e documentar o estado de conservação dos imóveis antes da realização das obras. Os autos de vistoria resultantes serão documentos fundamentais não só para avaliar os danos diretamente resultantes da intervenção que se preconiza, como também para identificar potenciais problemas e ajustar o projeto de forma a mitigá-los. C.6 DESACTIVAÇÃO, DESMONTE, DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO C.6.1. Plano de Gestão Ambiental (PGA) e Plano de Gestão de Resíduos (PGR) O Empreiteiro é responsável pela elaboração dos planos em título, conforme definido nas restantes peças escritas incluídas no projeto. O conteúdo dos planos respeitará a legislação em vigor sobre esta matéria e será apreciado pela Fiscalização, que emitirá parecer vinculativo relativamente ao mesmo. Os custos associados às tarefas resultantes da implementação dos planos devem ser vertidos nos preços unitários apresentados pelo Empreiteiro para os trabalhos envolvendo demolições.

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condições técnicas

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data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG 6197.CT.EST.PE.00

C.6.2. Generalidades

A obra deverá ser realizada respeitando todas as indicações constantes no Plano de Segurança e Saúde em fase de Projeto. Deverão também ser implementadas as medidas de índole ambiental associadas à gestão dos RCD (Resíduos de Construção e Demolição) em conformidade com o descrito no subcapítulo anterior. Os trabalhos de desmonte, de demolição, de desativação e de remoção a efetuar deverão englobar todas as operações bem como a responsabilidade pelos danos causados. Os produtos resultantes serão genericamente pertença do Empreiteiro, salvo nas situações expressas constantes no projeto e definidas pelo Dono de Obra em concurso e no decorrer da Empreitada. Antes do início dos trabalhos, deverão ser previstas faixas de proteção exteriores ao perímetro de obra, bem como caminhos de circulação devidamente protegidos e sinalizados. Relativamente à sinalização temporária, o Empreiteiro obriga-se a colocar oportunamente na obra, sem encargos para o seu Dono, os sinais rodoviários e balizagens para conveniente aviso e segurança do trânsito, com muito particular atenção sempre que, por virtude das obras de qualquer natureza, ou por obstáculo, haja necessidade de desviar o trânsito ou de que este se faça com precaução. Serão da inteira responsabilidade do Empreiteiro quaisquer prejuízos que a falta ou deficiência de sinalização e balizagem possa ocasionar, quer à obra, quer a terceiros. Os trabalhos deverão ser precedidos de reunião preliminar em obra com o Dono de Obra, Fiscalização, Equipa Projetista e demais intervenientes. Os trabalhos de demolição devem ser sempre executados de cima para baixo, do pronto para o tosco, assegurando sempre que as cargas a que os elementos a demolir estavam sujeitos foram removidas previamente. Durante os trabalhos deverão ser monitorizados os elementos estruturais adjacentes a manter. Os trabalhos de demolição deverão ser executados a ritmo moderado, empregando técnicas e tecnologias adequadas de demolição, realizando monitorização estrutural constante. Os principais trabalhos deverão ser precedidos de medidas mitigadoras dos riscos para os trabalhadores envolvidos nas operações, devendo ser acompanhados por técnicos da Entidade Executante habilitados para o efeito e pela Fiscalização. Os trabalhos associados à “desconstrução” poderão acarretar a construção provisória de escoramentos ou de outras estruturas, que a serem necessários constituirão encargo a assumir na totalidade pelo Adjudicatário. Deverá ser cumprido o horário de trabalho previsto na Lei, eventualmente acrescido de uma licença especial de ruído concedida pela Câmara Municipal do Porto, por forma a respeitar a emissão de ruídos para as populações vizinhas. Nesse sentido deve o Adjudicatário sempre que possível procurar prestar informação prévia à população na proximidade da intervenção.

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data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG 6197.CT.EST.PE.00

C.6. 3. Especificidades O desmonte dos elementos existentes eventualmente a preservar será realizado com todo o cuidado, procurando manter a sua integridade, sendo estes posteriormente armazenados e acondicionados em local e nos moldes a acordar com o Dono de Obra. Os elementos metálicos existentes a remover devem, por questões de segurança, ser desmontados das estruturas de fixação e, só após esta operação, poderão ser removidos. A subdivisão de elementos metálicos em elementos para transporte poderá ser feita com recurso a corte térmico ou rebarbadora, devendo contudo evitar-se dobrar perfis. Relativamente ao desmonte de elementos de madeira, caso o adjudicatário opte por esta técnica ela deve ser aplicada de forma a evitar ferimentos. Sugere-se o desencaixe dos elementos em detrimento do corte ou derrube. Deverá ser dada especial atenção aos possíveis desempenhos estruturais que esses elementos desempenham, para evitar desabamentos que ponham em risco a segurança dos operadores. Os trabalhos de demolição de alvenarias de tijolo, granito ou blocos devem ser realizados com recurso a meios apropriados à especificidade da empreitada. As alvenarias não estruturais deverão não só ser removidas dos elementos estruturais de apoio, como também, ser subdivididas tanto quanto possível nos seus elementos constituintes. As alvenarias com funções resistentes devem ser destituídas dos elementos de sobrecarga antes de demolidas. As demolições de alvenarias ao nível do piso térreo devem prever também a remoção do lintel de assentamento, caso este exista. Os elementos de betão armado existentes a demolir – fundações, paredes, pilares, lajes, vigas, etc – devem ser demolidos com auxílio de equipamentos mecânicos específicos. Sugerem-se os seguintes: − Martelos pneumáticos de elevada capacidade; − Garras hidráulicas; − Retroescavadoras com baldes de demolição. Na operação de remoção do aço das peças de betão, estas deverão ser esmagadas por processos mecânicos sendo de evitar o uso de compressores manuais. Devem ser particularmente acauteladas as funções estruturais das peças de betão a demolir. Assim, devem-se demolir sempre em primeiro lugar os elementos de cobertura, seguindo-se as lajes, depois as vigas e por fim os pilares. As lajes de pavimento térreo e as fundações serão os últimos elementos de betão armado a demolir. Por questões de segurança não serão aceites métodos de demolição baseados na quebra de funções estruturais com inerente efeito de arrastamento. Relativamente aos equipamentos, instalações e infra-estruturas existentes, após a sua desactivação serão desmontados e removidos para fora da obra. Nos restantes elementos construtivos / decorativos / mobiliário a demolir serão aplicadas técnicas que garantam a segurança dos trabalhadores. Os tipos de resíduos produzidos podem ser classificados como resíduos perigosos, não perigosos e inertes, e são característicos de qualquer tipo de actividade de construção.

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condições técnicas

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pg. 97/97

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG 6197.CT.EST.PE.00

Entre os resíduos inertes incluem-se, por exemplo, resíduos do tipo papel/cartão e plástico /embalagens, usados para transportar e proteger os materiais de construção e que podem ser objecto de fácil recolha e valorização. Produzem-se também resíduos inertes potencialmente valorizáveis com um maior esforço dos empreiteiros tais como madeiras, restos limpos de argamassas, betões e materiais cerâmicos e metais. Os RCD (resíduos de construção e demolição) deverão ser separados de forma a facilitar a sua separação e valorização. Alguns dos resíduos não perigosos e caso não seja possível a sua valorização deverão ir para aterro apropriado. Os resíduos perigosos, em que se incluem as lâmpadas fluorescentes, alguns mástiques e tintas (entre outros) deverão ser encaminhados para destinos licenciados apropriados. Os resíduos de construção e demolição deverão ser transportados para operadores licenciados e encaminhados para locais de deposição legalizados, promovendo-se a sua reutilização nos casos em que esta seja possível. Na obra terá de ser previsto um local de armazenamento temporário para depositar os resíduos antes de serem transportados para locais licenciados. Assim os resíduos de construção e demolição terão como destino a reutilização, se for tecnicamente possível, ou a deposição em aterro apropriado, segundo a legislação em vigor. É da conta do adjudicatário seleccionar local ou locais para destino final licenciado de todos os materiais provenientes da demolição e que não possam ser reintegrados. Deverá apresentar no início da empreitada documento comprovativo dos locais e respectiva autorização. Para este transporte deverá ser seleccionada frota de viaturas com capacidade suficiente de modo a evitar a acumulação de escombros de demolição no local da empreitada. O transporte e manipulação dos elementos de alvenaria de pedra de granito só deverá ser feito com recurso a “fitas” em fibra ou calços de madeira, sendo indesejável a utilização de correntes ou outros elementos em ferro ou aço que contactem directamente com o granito. Por questões de segurança só poderão ser aceites fogueiras ou queimadas desde que autorizadas pelos Bombeiros. Relativamente aos eventuais equipamentos / elementos pesados a remover, deverão ser mobilizados meios de suspensão adequados ao seu peso e geometria, bem como seleccionar convenientemente o seu destino.

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HOTEL DO CAIS

Estabilidade

Projecto de Execução – Fase 2

Mapa de Trabalhos e Quantidades

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

ESTABILIDADE - FASE 2

1. TRABALHOS PREPARATÓRIOS

1.1 Execução de vistorias técnicas a todos os edifícios confrontantes

com o imóvel a intervencionar, a realizar previamente à

montagem do estaleiro e ao início dos trabalhos, por forma a

documentar cabalmente o estado de conservação dos referidos

edifícios, incluindo marcação de vistorias com os respectivos

proprietários, nomeação de peritos técnicos incluindo perito da

seguradora, realização das vistorias e produção dos respectivos

autos, tudo conforme o previsto na lei. Os autos conterão no

mínimo os dados do proprietário, a caracterização do edifício, as

anomalias encontradas, os requesitos formulados pelo

proprietário e a avaliação do estado de conservação do imóvel.

Após concluídos os autos, os mesmos serão assinados pelos

peritos e proprietários. Os autos de vistoria caracterizarão os

edifícios em termos genéricos, e incidirão especialmente sobre as

zonas de confrontação com o edifício a intervencionar, integrando

fotografias dos compartimentos e dos pormenores e patologias

eventualmente existentes,

vg 1,00

1.2 Inspecção visual preliminar às fundações, contíguas com os

edifícios existentes com averiguação do tipo e das condições de

estabilidade das mesmas, aferição das suas cotas respectivas e

compatibilização com as do novo projecto de fundações, tudo de

acordo com o projeto e Condições Técnicas.

vg 1,00

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HOTEL DO CAIS

código designação uni. quant.

_Os trabalhos a executar encontram-se definidos no projecto, integrando o mapa de trabalhos e

quantidades, memória descritiva e justificativa e peças desenhadas. Após a consignação e antes do

início dos trabalhos definitivos, o empreiteiro deverá levar a cabo os trabalhos preparatórios que

deverão sustentar a sua preparação e abordagem à obra.

_O mapa de trabalhos e quantidades não constitui, por si só, uma descrição exaustiva das

condições em que os fornecimentos e trabalhos deverão ser executados.

_De um modo geral as medições foram realizadas de acordo com os critérios de medição publicados

pelo LNEC (medição de 2001).

_Os preços a apresentar devem fazer reflectir todos os custos necessários ao cumprimento das

especificações, da memória descritiva e justificativa, condições de contrato e demais documentação

integrante da consulta.

preço (euro)

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:1/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

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código designação uni. quant.

preço (euro)

2. MOVIMENTO DE TERRAS

NOTAS: - Nas medições de Movimentos de Terras não foi

considerado qualquer empolamento. Os preços a apresentar

deverão incluir esse efeito do terreno;

2.1 Escavação de terreno de qualquer natureza para a abertura de

caboucos, recorrendo a equipamento adequado para efetuar a

escavação e movimento de terras para execução de abertura de

caixa até à cota do pavimento térreo, incluindo faseamento

construtivo definido, transporte de produtos sobrantes a

vazadouro licenciado, espalhamento e eventual indemnização por

depósito, bem como todos os trabalhos de rebaixamento do nível

freático se necessário, regularização do fundo e aterro posterior

no tardoz dos elementos estruturais devidamente compactado e

demais trabalhos para a sua correta execução, tudo de acordo

com o projeto e Condições Técnicas.

m³ 4.510,00

2.2 Execução de aterro com material seleccionado, devidamente

compactado incluindo todos trabalhos para a sua correta

execução, tudo de acordo com o projeto e Condições Técnicas.

m³ 2890,00

3. CONTENÇÕES ESPECIAIS

3.1 Execução de contenção tipo Berlim provisória com escoras, em

aço da classe de resistência EN10025 - S355JR, incluindo

execução de furos verticais para colocação e cravação de perfis

metálicos; fornecimento e colocação de perfis metálicos verticais

HEB 140 afastados de 2,0m; cintas em perfis metálicos IPE300;

escoras em perfis HEB200; selagem dos perfis verticais com

calda de cimento de características apropriadas através de

sistema de injecção tipo multiválvulas; fornecimento e colocação

de pranchas de madeira entre os perfis verticais para contenção

de terras; e todos os demais trabalhos e acessórios para a

correcta execução dos trabalhos incluindo fabrico, carga,

transporte, descarga e limpeza final; tudo de acordo com o

projeto e Condições Técnicas.

m² 565,00

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:2/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

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HOTEL DO CAIS

código designação uni. quant.

preço (euro)

3.2 Execução de contenção tipo Berlim provisória com escoras, em

aço da classe de resistência EN10025 - S355JR, incluindo

execução de furos verticais para colocação e cravação de perfis

metálicos; fornecimento e colocação de perfis metálicos

verticais,HEB 120 afastados de 2,0m; vigas horizontais, 2xUNP

160 e apoios de vigas horizontais em perfil HEB160; selagem dos

perfis verticais com calda de cimento de características

apropriadas através de sistema de injecção tipo multiválvulas;

fornecimento e colocação de pranchas de madeira entre os perfis

verticais para contenção de terras; fornecimento e colocação de

pregagens provisórias, devidamente seladas com calda de

cimento de características apropriadas através de sistema de

injecção tipo multiválvulas, constituídas por varões Ø32 com

comprimento de 6,0m, em aço da classe S500 (A500NR), chapas

de base 250x250x35mm³, pintura de protecção anti-corrosão das

cabeças das pregagens; fornecimento e colocação de betão

normal C30/37 e armaduras em varão A500NRSD, cofragem e

descofragem em vigas de coroamento e todos os demais

trabalhos e acessórios para a correcta execução dos trabalhos

incluindo fabrico, carga, transporte, descarga e limpeza final;

tudo de acordo com o projeto e Condições Técnicas.

m² 192,00

3.3 Execução de reforço de parede resistente a manter , em face

interior, incluindo, limpeza das superfícies a tratar, avivamento

das juntas das pedras retirando a argamassa de assentamento,

lavagem abundante e limpeza das juntas e das paredes em geral,

refechamento das juntas colmatando-as completamente com uma

argamassa aditivada com "Sikalatex" ou equivalente, aplicação de

chapisco à parede, betão normal "cinzento" da classe C30/37,

XS1, Cl 0.40, S3, Dmáx 16 mm com incorporação de hidrófugo,

para execução de fundações, incluindo carga, transporte,

descarga, montagem, cofragem, escoramentos, desmontagem,

óleo descofrante, limpeza e todos os trabalhos necessários à sua

boa execução e armaduras da classe S500 (A500NR_SD) em

varão, incluindo ferrolhos/chumbadouros selados com resina

epoxy, fabrico, carga, transporte, descarga, cortes, montagem,

amarrações, ataduras, sobreposições, ganchos, desperdícios,

elementos de montagem, selagem de chumbadouros, ligações

entre betões de idades diferentes, tudo de acordo com o Projeto e

Condições Técnicas

m² 87,00

3.4 Elaboração e implementação de plano de monitorização das

escavações e contenções no confronto e proximidade do lote

contíguo à área de intervenção, da tudo de acordo com o Projeto

e Condições Técnicas

vg 1,00

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:3/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

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código designação uni. quant.

preço (euro)

4. DEMOLIÇÕES

4.1 Execução de todos os trabalhos de demolição e remoção de

elementos em betão armado e em estrutura metálica, com meios

manuais ou de reduzida energia, sem afectar a estabilidade dos

elementos construtivos contíguos, incluindo execução de

remates, escoramentos e protecção dos elementos a manter,

bem como limpeza, remoção, carga manual e o transporte do

entulho para vazadouro autorizado fora do local da obra., tudo de

acordo com o projeto e Condições Técnicas.

vg 1,00

5. FUNDAÇÕES

5.1 Fornecimento e colocação em obra de betão de limpeza da classe

C12/15, X0, Cl 0,10, S3, Dmáx 40mm com dosagem mínima de

200 kg de cimento por m3, em regularização de solo de

fundação, tudo de acordo com o Projeto e CE.

m³ 35,30

betão ciclópico

5.2 Fornecimento e colocação em obra de betão normal "cinzento" da

classe C30/37, XS1, Cl 0.40, S3, Dmáx 16 mm com

incorporação de hidrófugo, para execução de fundações, incluindo

carga, transporte, descarga, montagem, cofragem,

escoramentos, desmontagem, óleo descofrante,

impermeabilizações em elementos estruturais enterrados, limpeza

e todos os trabalhos necessários à sua boa execução, selagem de

chumbadouros, ligações entre betões de idades diferentes e tudo

de acordo com o Projeto e Condições Técnicas, nomeadamente

em:

5.2.1 Sapatas de pilares m3 291,40

5.2.2 Sapatas de paredes e núcelos m3 3,80

5.2.3 Sapatas de paredes de contenção m3 35,90

5.2.4 Sapatas de muros m3 38,35

5.2.5 Túnel m3 177,30

5.2.6 Vigas de fundação e vigas lintel m3 79,35

5.3 Execução de camada de betão ciclópico para enchimentos sob

sapata cuja cota inferior se encontre acima da cota do terreno

firme e seja necessária a execução de um poço de fundação (g

>24kN/m3), incluindo manilhas pré-fabricadas, constituido por

70% de betão magro com betão normal "cinzento", incluindo

fornecimento, colocação, compactação e cura de betão C12/15

(B15) , X0 , Cl1.0, S3 , Dmáx 40 mm ; fornecimento e

colocação de material de enchimento (rachão) (30%) com pedra

de dimensões máximas de 160 mm, e todos os trabalhos,

materiais, equipamento e execução de acordo com o projecto

m³ 644,25

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:4/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

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Projecto

unitário total

Notas:

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código designação uni. quant.

preço (euro)

6. FUNDAÇÕES

6.1 Fornecimento e colocação em obra de betão normal "cinzento" da

classe C30/37, XS1, Cl 0.40, S3, Dmáx 16 mm com

incorporação de hidrófugo, para execução de fundações, incluindo

carga, transporte, descarga, montagem, cofragem,

escoramentos, desmontagem, óleo descofrante, limpeza e todos

os trabalhos necessários à sua boa execução e armaduras da

classe S500 (A500NR_SD) em varão, incluindo

ferrolhos/chumbadouros selados com resina epoxy, fabrico,

carga, transporte, descarga, cortes, montagem, amarrações,

ataduras, sobreposições, ganchos, desperdícios, elementos de

montagem, selagem de chumbadouros, ligações entre betões de

idades diferentes, tudo de acordo com o Projeto e Condições

Técnicas, nomeadamente em:

6.1.1 Pilares m3 91,65

6.1.2 Paredes m3 84,70

6.1.3 Paredes de contenção m3 26,00

6.1.4 Muros m3 30,00

6.1.5 Vigas m3 98,05

6.1.6 Lajes maciças m3 253,50

6.1.7 Escadas m3 18,90

6.2 Execução de lajes fungiformes, com moldes recuperáveis

0,90x0,90m2 tipo "FG MOLDES" ou equivalente com altura total

de 0,375m , nervuras de 0,15m de largura, capitéis e zonas

maciças, incluindo fornecimento e colocação em obra de betão da

classe C30/37 (B35), contemplando carga, transporte, descarga,

montagem, trabalhos de vibração e cura, armaduras em aço da

classe S500 (A500NR), fabrico, amarrações, ataduras,

sobreposições, ganchos, desperdícios, cofragem e descofragem,

de escoramentos e desmontagem, ligação entre betões de idades

diferentes através da aplicação de ligante epoxídico e todos os

trabalhos necessários à sua boa execução, tudo de acordo com o

Projecto e Condições Técnicas.

m² 1.760,00

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:5/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

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código designação uni. quant.

preço (euro)

6.3 Execução de laje mista com altura total de 0,10m, com cofragem

colaborante tipo "Haircol 59S" da Haironville ou equivalente,

chapa de 0,75 mm de espessura, incluindo fornecimento,

colocação, compactação e cura de betão C30/37 (B35), Cl 0.40 ,

S3 , Dmáx 16 mm, armaduras certificadas em aço S500 NR_SD,

conectores, escoramentos e todos os trabalhos à sua perfeita

execução, protecção intumescente na face inferior da laje, para

assegurar uma resistência de REI60, tudo de acordo com as

especificações ddo fornecedor, do Projecto e o das Condições

Técnicas., de acordo com projecto e condições técnicas, em:

6.3.1 LC e= 0.10m m² 177,00

6.4 Tratamento e reparação de superfícies em betão e de armaduras

existentes tudo de acordo com o Projeto e Condições Técnicas

vg 1,00

7. PAVIMENTOS TÉRREOS

7.1 Execução de pavimentos e rampas térreas executado sobre solo

devidamente compactado, (95% da baridade seca máxima obtida

em laboratório pelo Ensaio Proctor Modificado), constituído por

geotêxtil de reforço e separação tipo "SF49 da Dupont" ou

equivalente, base de granulometria extensa 0/50 na espessura de

0.20m após recalque, laje térrea em betão C30/37 hidrofugado

com 0,12m de espessura, reforçado com fibras metálicas tipo "RC-

65/60 da DRAMIX" ou equivalente à taxa de12kg/m³ de betão e

fibras de polipropileno do tipo "FIBRIL" ou equivalente, na

dosagem de 600g/m³ vibrado com réguas vibratórias,

regularização e definindo juntas conforme pormenorização, folha

de polietileno dupla de baixa densidade com juntas sobrepostas

de 0,20m, juntas de betonagem, juntas de retracção e juntas de

isolamento em torno de elementos estruturais e outros,

armaduras de reforço em torno e na ligação aos elementos

estruturais da classe S500 (A500NRSD) em varão, tudo de acordo

com os pormenores de projecto (trabalhos não medidos salvo

explicitamente numerados), todos os fornecimentos, transporte,

carga e descarga e todos os trabalhos, acessórios e demais

materiais necessários à sua correcta execução, tudo de acordo

com o Projecto e Condições Técnicas.

m² 1.277,00

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:6/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

MYSTIC REAL ESTATE, S.A.

HOTEL DO CAIS

código designação uni. quant.

preço (euro)

7.2 Execução de base de pavimento térreo incluindo solo de fundação

com compactação miníma de 95% da baridade seca máxima

obtida em laboratório pelo ensaio Proctor Modificado, geotêxtil de

separação e reforço, tipo "SF49 da Dupont" ou equivalente,

camada de base em material britado de granulometria extensa

com 0,32m de espessura após recalque, todos os fornecimentos,

transporte, carga, descarga e todos os trabalhos acessórios

necessários à sua correcta execução, tudo de acordo com o

Projecto e Condições Técnicas.

m² 2.657,50

8. ESTRUTURAS METÁLICAS

8.1 Fornecimento e montagem de perfis metálicos exteriores, em aço

da classe 275JR (Fe 430B) , incluindo, não medidos salvo os

explicitamente enumeradas, chapas de base e ligação, cutelos e

chapas de reforço, parafusos (o controlo das ligações

aparafusadas deve ser realizado de acordo com a norma EN1090-

2), soldaduras, chumbadouros, esquema de pintura decapagem a

jacto de areia ao grau SA 2,5, uma demão de primário de tinta

com elevado teor em pó de zinco e formulado com base em

resinas epoxy na espessura de 60µm, tipo "7K-870 Amercoat 68

da CIN" ou equivalente, uma demão intermédia de tinta

intermédia tendo por base epoxy e pigmentos ferromicáceos na

espessura de 130µm, tipo "7N-100 Aralcin HB Miox da CIN" ou

equivalente e uma demão de tinta de acabamento à base de

poliureteano na espessura de 50µm, tipo "7P-480 Amercoat 450

S da CIN" ou equivalente e todos os elementos necessários à

sua boa execução de acordo com o Projecto e Condições

Técnicas, em:

8.1.1 HEB 240 (Perfis para apoio às LC) kg 6.300,00

8.1.2 HEB 400 (Pilares metálicos) kg 23.390,00

8.1.3 HEB 400 (vigas metálicas) kg 9.365,00

8.1.4 HEB 400 (Asna metálica Tipo 5) kg 2.196,00

8.1.5 HEB 400 (Asna metálica Tipo 9) kg 1.355,00

8.1.6 HEB 400 (Asna metálica Tipo 17) kg 2.680,00

8.1.7 HEB 400 (Asna metálica Tipo 19) kg 1.340,00

8.1.8 HEB 400 (Asna metálica Tipo 21) kg 1.950,00

8.1.9 HEB 400 (Asna metálica Tipo 22) kg 2.280,00

8.1.10 IPE 180 - Madres (Asna metálica Tipo 5) kg 950,00

8.1.11 IPE 180 - Madres (Asna metálica Tipo 9) kg 1.390,00

8.1.12 IPE 180 - Madres (Asna metálica Tipo 17) kg 2.775,00

8.1.13 IPE 180 - Madres (Asna metálica Tipo 21 e 22) kg 1.430,00

8.1.14 Contraventamentos (Ø20mm) kg 105,00

8.1.15 Tirantes (Ø12mm) kg 40,00

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:7/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

MYSTIC REAL ESTATE, S.A.

HOTEL DO CAIS

código designação uni. quant.

preço (euro)

8.2 Reparação do sistema de pintura em estruturas existentes

incluindo, limpeza com jacto de areia ao grau Sa 2 ½, nas áreas

com sinais de oxidação e/ou com destacamento da pintura, uma

demão de primário de tinta com elevado teor em pó de zinco e

formulado com base em resinas epoxy na espessura de 60µm,

tipo "7K-870 Amercoat 68 da CIN" ou equivalente, uma demão

intermédia de tinta intermédia tendo por base epoxy e pigmentos

ferromicáceos na espessura de 130µm, tipo "7N-100 Aralcin HB

Miox da CIN" ou equivalente e uma demão de tinta de

acabamento à base de poliureteano na espessura de 50µm, tipo

"7P-480 Amercoat 450 S da CIN" ou equivalente e todos os

elementos necessários à sua boa execução de acordo com o

Projecto e Condições Técnicas.

vg 1,00

9. DIVERSOS

9.1 Fornecimento e aplicação de sistema de impermeabilizações de

laje de fundo, paredes e laje maciça do túnel em contacto com o

terreno constituida por membranas prefabricadas de composição

de dois geotêxteis (polipropileno e de Bentonite de Sódio Natural)

tipo "VOLTEX" ou equivalente, incluindo cilindro de bentonite

granular enclausurado em filme soluvel tipo "Hydrobar" ou

equivalente nos cantos, barra metálica (50x5) continua fixada

mecanicamente às paredes de suporte e remate de Bentoseal,

conforme pormenores, aplicadas em sistema com uma camada,

membrana impermeabilizante tipo "VINITEX SL" da

TexsaSynthetics com 2mm de espessura e geotêxtil de protecção

tipo "Drentex Protect Plus" em paredes e "Terrain 1000" em laje

de ensoleiramento, da TexsaSynthetics ou equivalente, incluindo

todos os trabalhos preparatórios e acessórios de aplicação,

primários, fornecimento, carga, transportes, descarga e aplicação,

tudo de acordo com o Projecto e Condições Técnicas

m² 550,00

9.2 Fornecimento e colocação de manta drenante tipo "Enkadrain" ou

equivalente no tardoz de muros de suporte de solução mista,

incluindo transporte, carga e descarga, todos os trabalhos

necessários e complementares, tudo de acordo com as

especificações de Projeto, Peças Desenhadas e Condições

Técnicas.

m² 180,00

9.3 Execução de junta de dilatação em perfis tipo "Water-Stop",

lâmina V-15 da Sika ou equivalente em juntas de betonagem

horizontal aplicada na separação da laje de fundo e paredes,

incluindo todos os fornecimentos, todos os trabalhos necessários

à sua perfeita execução tudo acordo com o Projecto e Condições

Técnicas.

m 36,50

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:8/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2

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mapa trabalhos e quantidades

Cliente

Projecto

unitário total

Notas:

MYSTIC REAL ESTATE, S.A.

HOTEL DO CAIS

código designação uni. quant.

preço (euro)

9.4 Impermeabilização dos fossos das caixas de elevadores através

de pintura impermeabilizante tipo SIKALASTIC 450 da SIKA ou

equivalente e todos os trabalhos necessários à sua perfeita

execução tudo acordo com o Projecto e Condições Técnicas.

m² 18,00

TOTAL

data: 21/11/2016 elaborou: MD verificou: PG pg:9/9 6197.MTQ.EST.PE.00_FASE 2