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SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Escola de Enfermagem Magalhães Barata Curso de Mestrado Associado em Enfermagem Nathália de Araújo Sarges Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas Belém-PA 2016

Nathália de Araújo Sarges - paginas.uepa.br · “O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome” Lucas 1, 49- Magnificat SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso

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SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 0

Universidade do Estado do Pará

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Escola de Enfermagem Magalhães Barata

Curso de Mestrado Associado em Enfermagem

Nathália de Araújo Sarges

Avaliação da segurança do idoso

hospitalizado quanto ao risco de quedas

Belém-PA

2016

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 1

Nathália de Araújo Sarges

Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto

ao risco de quedas

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-graduação em Enfermagem, Mestrado

Associado Universidade do Estado do Pará

(UEPA) e Universidade Federal do

Amazonas (UFAM) Linha de pesquisa:

Educação e tecnologias de enfermagem

para o cuidado em saúde a indivíduos e

grupos sociais, como requisito para

obtenção do título de Mestre em

Enfermagem.

Orientadora: Profª Drª. Maria Izabel Penha

de Oliveira Santos

Projeto Financiado na Chamada Universal

MCTI/CNPQ Nº 14/2014. Processo

45157/2014-3

Belém-PA

2016

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da UEPA

Sarges, Nathália de Araújo

Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas. / Nathália de Araújo Sarges. -- Belém, 2016.

111 f. : il.

Orientador: Maria Izabel Penha de Oliveira Santos. Dissertacão (Mestrado em Enfermagem) - Universidade do Estado do Pará,

2016.

1. Idoso. 2. Segurança do paciente. 3. Risco de queda. I. Santos, Maria Izabel Penha de Oliveira, Orient. II. Título.

CDD 22.ed. 618.97 ___________________________________________________________________

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 2

Nathália de Araújo Sarges

Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto

ao risco de quedas

Aprovado em: ___/___/___

Banca Examinadora

_______________________________________- Orientadora

Profª Drª Maria Izabel Penha de Oliveira Santos

Doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ

Pós Doutorado em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo

________________________________________-Examinadora Interna

Angela Maria Rodrigues Ferreira

Doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade

Federal do Pará

Universidade do Estado do Pará

________________________________________-Examinadora Externa

Profª Draª Sandra Helena Isse Polaro

Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC

Universidade Federal do Pará

________________________________________-Suplente Interna

Profª Draª Iaci Proença Palmeira

Doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ. Universidade do Estado do Pará ________________________________________-Suplente Externa

Profª Draª Mary Elizabeth de Santana

Doutorado em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Universidade Federal do Pará

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 3

Dedicatória

Ao autor da minha história, meu Deus que me criou e cuida de mim, à puríssima Virgem Maria

que cuida dos meus sonhos me leva nos caminhos do Senhor, sem a misericórdia do bom Deus eu não estaria aqui.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 4

AGRADECIMENTOS

Agradecer a Deus por sua infinita misericórdia em minha vida nunca será

suficiente, eu sequer existiria sem esse amor infinito.

“Tudo que é teu está no coração de Deus, não deixe de sonhar, basta enfim acreditar”

(Fátima Souza)

À minha mãe amada Nossa Senhora que leva meus sonhos para o Céu, que

me leva para Deus, Totus tuus.

“Pede a Santíssima Virgem que seja teu guia, que seja a estrela, o farol que brilhe no meio das trevas de tua vida” (Santa Teresa dos Andes)

À minha família, meu pai Pedro, minha mãe linda Lucivania, minha irmã Juliana

e meu irmão Pedro Alam, todos os dias em que a saudade maltratou meu

coração eu quis desistir, para mim nunca foi fácil morar longe de casa, mas

vocês sempre me deram força para buscar meus sonhos, me ensinaram a ser

perseverante, amo vocês e essa vitória é nossa!

“Lar é onde o seu coração está” (The Sounds)

À minha orientadora Dra. Maria Izabel, foi uma honra poder aprender todos os

dias e me apaixonar cada vez mais pela Gerontologia. Obrigada por partilhar

seus conhecimentos comigo, por me ensinar sobre os idosos e sobre a vida,

sua inteligência, competência e ética me inspiram e são para mim sinônimos de

excelência profissional, quando crescer quero ser como a senhora! Que Nossa

Senhora e São Jorge continuem iluminando seu caminho!

“Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão” (Jean de La Bruyère)

À minha best friend forever Emanuele Chaves, você é a irmã que a

enfermagem me deu de presente, obrigada por partilhar sua amizade comigo,

por rir, chorar e ficar ansiosa junto comigo, por sempre me ajudar e acreditar

que eu conseguiria subir mais esse degrau.

Às bests Eula Neves e Lorena Feitosa, muito obrigada por acreditarem mais

em mim do que eu mesma! Por torcerem por mim em todos os momentos, a

amizade de vocês faz toda a diferença na minha vida!

“Assim como os perfumes alegram a vida, a amizade sincera dá ânimo para viver”. (Provérbios 27:9)

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 5

À todos os idosos que aceitaram participar da pesquisa, que contribuíram para

que outros idosos possam se beneficiar dos resultados desta pesquisa.

“Há uma primavera em cada vida, é preciso cantá-la assim florida” (Florbela Espanca)

Á amiga que eu levo do mestrado para a vida, Valéria Soares, muito obrigada

por partilhar essa aventura comigo, por dividir um espaço da sua agenda

sempre lotada para me fazer rir e chorar com suas incríveis histórias!

“Algumas pessoas a gente conhece, outras Deus nos apresenta” (Autor desconhecido)

Às colegas que dividiram comigo esses dois anos de aprendizado, lutas,

sorrisos, lágrimas e muito lanchinho na UEPA, Lívia, Bruna, Janete, Marune,

Tatiane e Rúbia, vocês são incríveis e aprendi muito com cada uma, nossa

turma foi escolhida por Deus.

Ao grupo de pesquisa GESIAMA, meu muito obrigada, pelo aprendizado

compartilhado e por poder tomar a frente desse projeto, agradeço

especialmente aos queridos Magali, Emerson e Jéssica que me ajudaram na

coleta de dados.

Às professoras que aceitaram participar da banca Dra. Sandra Polaro,

Dra. Angela Ferreira, Dra. Iaci Proença, Dra. Mary Elizabeth de Santana e Dra.

Ana Gracinda, muito obrigada por enriquecerem este estudo com suas valiosas

contribuições.

A todos os professores do PPGENF UEPA –UFAM por terem dedicado seu

tempo e partilhado seus conhecimentos conosco, vocês são um exemplo para

a enfermagem!

Aos funcionários mais queridos da UEPA, Nelma e Seu Augusto, muito

obrigada por serem sempre tão eficientes e solícitos!

À Santa Casa de Misericórdia do Pará por ter permitido minha pesquisa.

A todos os que eu encontrei ao longo desses dois anos que torceram por mim

e se alegraram com minha conquista, a todos que me deram uma palavra

amiga, um “eu acredito em você”, meu muito obrigada!

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 6

“O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome” Lucas 1, 49- Magnificat

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 7

RESUMO

SARGES, Nathália de Araújo. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas. Belém, 2016. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade do Estado do Pará, 2016.

O objetivo deste estudo foi avaliar a segurança do idoso hospitalizado quanto

ao risco para quedas segundo os parâmetros da Morse Fall Scale. Método:

trata-se de um estudo epidemiológico, com abordagem quantitativa,

observacional, transversal, prospectivo, descritivo e analítico do projeto de

Avaliação da Segurança do paciente idoso hospitalizado, aprovado na

Chamada Universal– MCTI/CNPQ nº14/2014. O estudo foi realizado em um

hospital público da rede de assistência do SUS com 75 idosos. Foram

aplicados os testes estatísticos através do programa eletrônico SPSS versão

24.0. Para análise de significância foi utilizado o Teste Qui-quadrado de

Pearson (x2), admitindo-se nível α=0,1 (10%) e valor de p≤0,1. Resultados:

dentre os idosos 58,7 % eram do sexo masculino; 52% dos homens estavam

na faixa etária de 60-70 anos, e nesta mesma faixa etária estavam 39% das

mulheres, a média de idade foi de 71,3 anos; 57,3% dos homens e 43% das

mulheres eram procedentes de Belém. A renda de até 1 salário mínimos

predominou; 44% dos homens e 33% das mulheres possuíam de 1 a 3 anos de

estudo. As doenças do Sistema Cardiovascular foram o principal diagnóstico de

internação em 38,7% dos casos; 78,7% apresentaram comorbidades entre

elas, as principais foram diabetes e hipertensão 34,7%; 78,7% dos idosos não

teve nenhum tipo de complicação; 94,7% não foram submetidos a nenhum

procedimento cirúrgico; 61,3 dos idosos possuíam a circunferência da

panturrilha ≥ 31cm; 82,7% foram internados até 3 vezes e permaneceram

internados em média 10 dias; 62,7% era ex-fumante com tempo de tabagismo

maior que 10 anos em 44% dos idosos analisados; 65% não ingeria bebida

alcoólica. Todos os idosos da amostra 100%, não havia pulseira de

identificação; 22,7% possuíam nomes similares na mesma enfermaria; 48%

ingeriam até 5 medicamentos; 93,3% recebeu algum procedimento invasivo e a

punção de vaso foi o procedimento mais realizado 65,3%. A maioria dos idosos

apresentou risco elevado para quedas segundo o parâmetro da escala de

Morse 52%. Conclusão: identificou-se os principais riscos para quedas em

idosos hospitalizados que poderiam implicar na sua segurança. Destacou-se

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 8

também neste estudo, que é consenso internacional o uso de tecnologias como

a Morse Fall Scale, pois ajudam a prevenir e a reduzir quedas em idosos

hospitalizados quando o plano de cuidados for implantado com base em seus

resultados.

Palavras- chave: Idoso, Segurança do Paciente, Risco de queda

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 9

ABSTRACT

SARGES, Araújo Nathália. Old security assessment hospitalized as the risk

of falls. Belém, 2016. Dissertation (Master of Nursing) - State University of

Pará, 2016.

The aim of this study was to evaluate the safety of elderly hospitalized as the

risk for falls within the parameters of the Morse Fall Scale. Method: this is an

epidemiological study with a quantitative approach, observational, cross-

sectional, prospective, descriptive and analytical. Security Assessment Project

elderly hospital patient, approved in Universal Call- MCTI / CNPQ 14/2014. The

study was conducted in a public hospital of the Health Unic System (SUS) with

75 seniors. Statistical tests were applied through the electronic program SPSS

version 24.0. For analysis of significance was used chi-square Pearson test

(x2), assuming level α = 0.1 (10%) and value p≤0,1. Among the elderly 58.7%

were male; 52% of men were aged 60-70 years, and in this age group were

39% of women, the average age was 71.3 years; 57.3% of men and 43% of

women were from Belem. The income of 1 minimum wage prevailed; 44% of

men and 33% of women had 1-3 years of study. The Cardiovascular diseases

were the main admission diagnosis in 38.7% of cases; 78.7% had comorbidities

among them, the main ones were diabetes and hypertension 34.7%; 78.7% of

the elderly had no type of complication; 94.7% did not undergo any surgical

procedure; 61.3 of the elderly had the calf circumference ≥ 31 cm; 82.7% were

admitted to three times and remained hospitalized on average 10 days; 62.7%

were former smokers with smoking time more than 10 years in 44% of analyzed

elderly; 65% drank no alcohol. All older sample 100%, there was no

identification bracelet; 22.7% had similar names in the same ward; 48% drank

up to 5 drugs; 93.3% received an invasive procedure and the venous puncture

was the most accomplished 65.3% procedure. Most seniors presented high risk

for falls according to the scale parameter Morse 52%. Conclusion: it is also

pointed out in this study, which is international consensus the use of

technologies such as the Morse Fall Scale, they help to prevent and reduce falls

in elderly hospitalized when the care plan is deployed based on their results.

Key words: Elderly, Patient Safety, Risk of Falling

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Protocolos de segurança do paciente .............................................29

Figura-2- Crescimento da população idosa no mundo, em países

desenvolvidos e em desenvolvimento ..............................................................31

Figura-3- Metas da segurança do paciente .....................................................54

Figura-4- Fatores de risco de quedas em idosos hospitalizados......................61

Figura 5- Componentes do modelo Magnet .....................................................61

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 11

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Quadro resumido dos resultados encontrados na revisão da

literatura.............................................................................................................38

Quadro 2- Componentes do modelo Magnet....................................................63

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 12

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados sociodemográficos dos idosos que participaram do estudo,

Belém/PA...........................................................................................................38

Tabela 2 – Dados epidemiológicos e da saúde dos idosos que participaram do

estudo, Belém/PA..............................................................................................39

Tabela 3- Distribuição das variáveis relacionadas com a segurança dos

pacientes idosos durante a hospitalização, Belém/PA......................................41

Tabela 4- Classificação dos idosos quanto ao risco de quedas pela Escala de

Morse dos pacientes idosos avaliados durante a hospitalização, Belem/PA....41

Tabela 5- Cruzamento da circunferência da panturrilha idosos com o risco de

quedas pela Escala de Morse durante a hospitalização. Belém/PA..................43

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 13

LISTA DE SIGLAS

AHRQ- Agency for Healthcare Research and Quality

ANCC- American Nurses Credenciamento Center

ANVISA- Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

CNS – Conselho Nacional de Saúde

DCNT´S - Doenças e agravos crônicos não transmissíveis

DCV- Doenças cardiovasculares

DM – Diabetes mellitus

EAs- Eventos Adversos

GESIAMA- Grupo de Pesquisa de Saúde do Idoso na Amazônia

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

HF- Health Foundation

IAM – Infarto Agudo do Miocárdio

ICC- Insuficiência Cardíaca Congestiva

ICICT- Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica

IHI- Institute for Healthcare Improvement

IOM- Instituto de Medicina

JCAHO- Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations

JH-FRAT- Fall Risk Assessment Tool Jonhs Hopkins

MS- Ministério da Saúde

NIC- Nursing Interventions Classification

NOTIVISA- Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária

OMS – Organização Mundial da Saúde

ONA - Organização Nacional de Acreditação

ONU – Organização das Nações Unidas

OPAS – Organização Panamericana de Saúde

PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio

PNSPI – Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa

REBRAENSP- Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente

SABE- Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 14

SBGG- Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

SUS – Sistema Único de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

WHO – Word Health Organization

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 15

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 16

1.1 SOBRE O TEMA ..................................................................................... 16

1.2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................... 17

1.3 DA EXPERIÊNCIA ACADÊMICA E A DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ..... 21

2. OBJETIVOS ................................................................................................. 24

2.1. GERAL .................................................................................................. 24

2.2. ESPECÍFICOS ..................................................................................... 24

3.1. PERSPECTIVA HISTÓRICA DA SEGURANÇA DO PACIENTE ........... 24

3.2. PANORAMA DA SEGURANÇA DO PACIENTE NO BRASIL ................ 28

3.2 O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E A HOSPITALIZAÇÃO ....... 30

4.1. DESENHO DO ESTUDO ....................................................................... 33

4.2.LOCAL DO ESTUDO .............................................................................. 33

4.3- POPULAÇÃO E AMOSTRAGEM .......................................................... 33

4.4. VARIÁVEIS DO ESTUDO ...................................................................... 35

4.5. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO ......................................................... 35

4.6. COLETA DE DADOS ............................................................................. 36

4.7. ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................... 37

6. RESULTADOS ............................................................................................. 38

7. DISCUSSÃO ................................................................................................ 42

7.1. CARACTERISTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DOS IDOSOS

HOSPITALIZADOS ....................................................................................... 42

7.2 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E DA SAÚDE DOS IDOSOS

HOSPITALIZADOS ....................................................................................... 45

7.4. A SEGURANÇA DO PACIENTE QUANTO AO RISCO DE QUEDAS E A

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ..................................................................... 58

7.5 ESTRATÉGIAS PARA A SEGURANÇA DO IDOSO HOSPITALIZADO

QUANTO AO RISCO DE QUEDAS. ............................................................. 60

8. LIMITAÇÕES DO ESTUDO ......................................................................... 64

9. CONCLUSÃO .............................................................................................. 65

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 66

APENDICES .................................................................................................... 82

ANEXOS .......................................................................................................... 91

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 16

1. INTRODUÇÃO

1.1 SOBRE O TEMA

Segurança à saúde das pessoas de um modo geral é um tema que

suscita discussão e encaminhamentos para prevenção de incapacidades,

morbidade e sequelas, além de contribuir com a avaliação da qualidade da

assistência. Dessa forma, ao longo do histórico sobre a Segurança do Paciente

esse tema tem ocupado um lugar central nas discussões entre os enfermeiros

mundialmente, pois encontra-se implicado com a noção e o ato de cuidar

(MALVARÉZ, RODRIGUES, 2011).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o programa The World

Alliance for Patient Safety em 2004, com o objetivo de desenvolver políticas

mundiais para melhorar o cuidado aos pacientes nos serviços de saúde. Assim,

definiu-se a Segurança do Paciente como a ausência de risco ou dano

potencial associado com a atenção sanitária e se baseia em um conjunto de

elementos estruturais, processos, instrumentos e metodologias baseadas em

evidências científicas, no intuito de minimizar o risco de sofrer um evento

adverso ou de mitigar suas consequências (OMS, 2011).

O Brasil é um dos países que compõem a Aliança Mundial para a

Segurança do Paciente, em 2013 o Ministério da Saúde elaborou e divulgou a

Portaria 529, que instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente

(PNSP), a qual define os conceitos relevantes na área e as principais

estratégias para a implementação do PNSP (BRASIL, 2013).

Sabe-se que, em solo brasileiro, estão instalados mais de 200 mil

estabelecimentos assistenciais de saúde, nos quais os doentes são expostos

rotineiramente às tecnologias em saúde e às intervenções dos

profissionais de assistência, estando sujeitos, portanto aos eventos adversos-

EAs (ANVISA, 2013). Uma pesquisa realizada em três hospitais universitários

no Estado do Rio de Janeiro evidenciou que do total de pacientes internados,

66,7% dos EAs poderiam ter sido evitados. Esses achados sugerem a

possibilidade dos problemas com a segurança do paciente serem mais

frequentes nos hospitais brasileiros, quando comparados aos hospitais de

países desenvolvidos (MENDES et al, 2009).

Dentre as estratégias para redução dos incidentes de segurança, a

prevenção de quedas durante a hospitalização é uma das metas estabelecidas

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 17

pelo PNSP (BRASIL, 2013). Segundo Abreu et al (2012), as quedas durante a

internação são uma das ocorrências mais importantes na quebra da segurança

do paciente e são frequentemente responsáveis pelo aumento do número de

dias de hospitalização e piores condições de recuperação. Assim, esse tem

sido um tópico de investigação, estudo e intervenção nas instituições de saúde.

Segundo estudo realizado por Oliver, Healey e Haines (2010) as

quedas não se distribuem uniformemente nos hospitais, sendo mais frequentes

nas unidades com concentração de pacientes idosos, na neurologia e na

reabilitação.

Os idosos consomem mais serviços de saúde, as internações

hospitalares são mais frequentes e o tempo de ocupação do leito é maior do

que o de outras faixas etárias sem que isto se reverta em seu benefício. Em

geral as doenças dos idosos são crônicas e múltiplas, perduram por vários

anos e exigem acompanhamento médico e de equipes multidisciplinares

permanentes e internações frequentes (CHAVES; SARGES; SANTOS, 2013).

Nesse contexto, o foco principal deste estudo é a avaliação da

segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas, visto a grande

demanda de idosos que procuram assistência nas instituições de média e alta

complexidade e as implicações que as internações prolongadas podem trazer à

sua saúde.

1.2 JUSTIFICATIVA

O risco para quedas em idosos é considerado um potencial dano para

sua saúde, devido às consequências que podem ser geradas por ela,

sobretudo se este idoso encontra-se hospitalizado sobre influências de outras

condições que afetam à sua recuperação, predispondo-o a incapacidades e

morte. Nesse sentido, o Ministério da Saúde, através da Portaria de nº

1377/2013 e Portaria nº 2095/2013 aprova os protocolos básicos de segurança

do paciente, e entre eles, o de prevenção de quedas (BRASIL, 2013).

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia-SBGG (2008) e a

Diretriz de assistência da Sociedade Hospital Samaritano (2013) definem

queda no ambiente hospitalar como:

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 18

“Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano. Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas, poltronas, cadeiras, cadeira higiênica, banheira, trocador de fraldas, bebê conforto, berço etc.), incluindo vaso sanitário.”

O evento de quedas pode ter inúmeros fatores de risco envolvidos,

como idade acima de 65 anos, alterações no nível de consciência,

incontinência vesical e/ou intestinal, doenças neurológicas e cardiovasculares

(FABRICIO, RODRIGUES, COSTA JUNIOR, 2004), o uso de medicamentos

psicoativos, quedas anteriores, marcha alterada, incapacidade funcional, déficit

cognitivo, atividade física excessiva e ser do sexo feminino (GAMA, GOMÉZ-

CONESA, 2008).

As quedas podem também acarretar consequências graves e estão

entre as principais causas de trauma em idosos (BIAZIN, RODRIGUES, 2009;

SBGG, 2008). Também podem ter como consequência o aumento do tempo de

internação e do custo do tratamento, além de causar desconforto ao paciente

(DICCINI, PINHO, SILVA, 2008). Em estudo realizado com idosos

hospitalizados em hospital público de Belém-Pa, o tempo de internação

ultrapassou 15 dias em 82,1% dos casos, favorecendo a uma dimensão

considerável de riscos para quedas e de iatrogenias a medida que a sua

permanência aumenta no hospital (CHAVES; SARGES; SANTOS, 2013).

Em um estudo realizado em Quebec sobre segurança do paciente

verificou-se que as quedas eram principal evento adverso ocorrido com cerca

de 230 casos, seguida de erro na administração de medicamentos com 169

casos e infecção no trato urinário com 70 casos em um total de 568 eventos

adversos identificados (DUBOIS et al., 2013). Esse estudo ainda enfatiza sobre

a qualificação dos profissionais de enfermagem, pois os mais qualificados e

que possuem um maior período de contato com o paciente, ficando mais horas

na assistência, tem menos chances que seus pacientes apresentem algum

evento adverso.

A equipe de enfermagem tem um papel importante na vigilância dos

pacientes e na identificação de fatores de risco dos pacientes e do ambiente

que contribuem para a ocorrência de quedas. A adoção de medidas

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 19

preventivas, por meio de protocolos assistenciais, estímulo e busca ativa

visando o aumento da notificação, assim como programas de educação

continuada para a equipe e para os pacientes e acompanhantes são

consideradas estratégias efetivas para a redução dos índices de quedas nos

serviços de saúde (CORREA, 2012).

Além disso, a qualidade dos serviços de saúde torna-se um elemento

determinante para assegurar a redução e o controle dos riscos a que o

paciente está submetido. Assim, é importante considerar que um conjunto de

ações complementares entre si, incluídas aqui ações de controle sanitário e

regulamentação, é imprescindível para identificar precocemente a ocorrência

de eventos que afetam a segurança do paciente, reduzir o dano e evitar riscos

futuros (ANVISA, 2013).

Para identificar as investigações da enfermagem sobre a segurança do

paciente idoso e a ocorrência de quedas realizou-se uma revisão da literatura,

nas bases de dados: PubMed, BIREME e CINAHL, as palavras chave e os

descritores foram empregados em inglês, português e espanhol: segurança do

paciente, idoso, acidente por quedas, enfermagem e enfermagem geriátrica;

safety patient, accidental fall,aged, nursing e geriatric nursing ; seguridad del

paciente, accidentes por caídas, anciano, enfermeria e enfermería geriátrica .

Buscou-se por estudos dos últimos cinco anos, ou seja, corte temporal de

2011-2015. Para a seleção dos artigos usou-se os seguintes critérios de

inclusão: artigos completos, nos idiomas português, inglês ou espanhol,

produzidos pela enfermagem ou onde o enfermeiro seja um dos autores.

Foram excluídos os estudos: no formato de cartas, editoriais, notícias,

comentários de profissionais, estudos de caso, artigos sem resumo disponível

na íntegra, teses e dissertações não publicadas, estudos que não foram

produzidos pela Enfermagem, e estudos realizados em domicílios e instituições

de longa permanência (Apendice A).

Nessa revisão foram encontrados apenas sete estudos, destes apenas

um de autores brasileiros realizado na região sudeste do Brasil e um de

autores espanhóis, corroborando com o que afirmam Sousa e Mendes (2014),

segundo eles, há escassez de publicações em língua portuguesa que abordem

temas da qualidade em saúde e da segurança do paciente de uma forma

sistemática e estruturada. Os autores afirmam que a maioria dos conteúdos

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 20

sobre estes temas estão disponíveis em revistas científicas, livro ou

documentos oficiais de língua inglesa, tais como a Organização Mundial de

Saúde (OMS), Joint Comission Internacional, Agency for Healthcare Research

and Quality (AHRQ), Institute for Healthcare Improvement (IHI) ou Health

Foundation (HF).

Os estudos encontrados buscam as evidencias da relevância da

enfermagem para a segurança do paciente e na prevenção e diminuição do

risco de quedas em idosos. (FREITAS et al, 2011; MULLIN, CHROSTOWSKI,

WASZYNSKI, 2011; TITLER et al, 2011; ERIN, 2012; SHANAHAN, 2012;

MENENDEZ et al, 2013; BOLTZ et al, 2013). No único estudo brasileiro,

Freitas (2011) realiza levantamento em prontuários com objetivo de identificar

as características individuais dos idosos que caíram e que possam ser

utilizadas para elaboração de um plano de cuidados de enfermagem para

prevenção de quedas no hospital e em domicílio.

Nos diversos tipos de análises utilizadas nos estudos como

correlações, análises de variância, teorias de convergência e relatos, os

autores chegam a conclusão que é necessário uma mudança de paradigmas

para valorizar não apenas a ausência de quedas, mas também a preservação

ou restauração da independência do idoso hospitalizado, associando

instrumentos já utilizados pela enfermagem como o Nursing Interventions

Classification (NIC) e escalas que avaliem o risco para quedas (MULLIN,

CHROSTOWSKI, WASZYNSKI, 2011; TITLER et al, 2011; ERIN, 2012;

SHANAHAN, 2012; MENENDEZ et al, 2013; BOLTZ et al, 2013).

Considerando a falta de dados disponíveis, o que impossibilita definir,

de forma exata, a magnitude do problema do evento adverso queda em idosos

hospitalizados no Brasil, o presente estudo vislumbra a possibilidade de

produção de conhecimento acerca de tema amplamente discutido no espectro

mundial, a segurança do paciente. De acordo com LORENZINI, SANTI, BAÓ

(2014) a mensuração dos dados fornece subsídios para formular planos e

estratégias, objetivando a melhora significativa na segurança do paciente.

Além de contribuir com comunidade científica, pois os resultados serão

publicados em periódicos científicos, bem como a possibilidade de ampliação

da amostra a ser estudada para outros ambientes de internação hospitalar que

possam gerar risco de quedas aos idosos comprometendo sua segurança.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 21

A contribuição para a instituição envolvida no sentido de discutir sobre

as quedas na qualidade da assistência, buscando estratégias de educação do

paciente e seus familiares quanto aos cuidados preventivos, no incentivo de

novos estudos em nível de iniciação cientifica mestrado e doutorado, com

informações que poderão subsidiar discussões sobre a implantação do

Programa de Segurança do Paciente ainda pouco visível em nossa realidade

local.

1.3 DA EXPERIÊNCIA ACADÊMICA E A DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Minha vivência pessoal com os idosos de minha família sempre me

suscitou o carinho com essa população tão rica em especificidades. Ao longo

da graduação convivi com os idosos em praticamente todos os campos de

prática, mas quando cursei a unidade temática Enfermagem Gerontológica e

Geriátrica, me foi dada a oportunidade de compreender cientificamente os

aspectos biopsicossociais inerentes ao envelhecimento, dentre estes aspectos

a diferenciação entre senescência, que consiste no envelhecimento natural, e

senilidade, envelhecimento patológico, desta disciplina surgiu meu trabalho de

conclusão de curso no ano de 2012, realizado com idosos hospitalizados por

problemas cardiovasculares, durante a pesquisa foi possível constatar entre

outros achados, que o tempo de internação dos idosos é maior que o da média

geral da população, bem como a dependência destes para os cuidados de

enfermagem.

Em 2013 iniciei minhas atividades no grupo de pesquisa GESIAMA

(Grupo de Pesquisa de Saúde do Idoso na Amazônia), onde as atividades de

pesquisas realizadas pelo grupo com essa população me estimularam a

investir em mais estudos sobre os aspectos que envolvem cuidados a pessoas

idosas. Entre as pesquisas realizadas pelo grupo ao longo desses dois anos,

está o projeto de Avaliação da Segurança do paciente idoso hospitalizado,

aprovado na Chamada Universal– MCTI/CNPQ nº14/2014, do qual esta

dissertação é um produto.

Sobre a segurança do paciente, no início deste século, o Instituto de

Medicina (IOM) dos Estados Unidos da América passou a incorporar

“segurança do paciente” como um dos seis atributos da qualidade, com a

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 22

efetividade, a centralidade no paciente, a oportunidade do cuidado, a eficiência

e a equidade (BRASIL, 2014).

Nesse segmento o Brasil, com o intuito de construir ações para

implantar o PNSP, realizou-se em 2013 em Brasília o Seminário Nacional sobre

Segurança do Paciente, enfatizando-se dessa forma um dos temas emergentes

na área da saúde o que remete a relevância desta proposta.

A segurança do paciente hospitalizado e o evento adverso das quedas

é motivo de preocupação para os profissionais de saúde e administradores.

Dados de estudos disponíveis no Protocolo de Prevenção de Quedas do

Ministério da Saúde do Brasil indicam que a taxa de queda de pacientes com

danos, em hospitais de países desenvolvidos ocorrem em até 50% dos casos

(BRASIL, 2013).

Quedas em hospitais são comuns e responsáveis por dois em cada

cinco eventos indesejáveis relacionados à segurança do paciente. A frequência

varia em função de características dos pacientes e da instituição, com índices

que vão de 1,4 a 13,0 quedas para cada 1000 pacientes-dia. As lesões

decorrentes de quedas resultam em vários danos como: síndrome pós-queda e

comprometimento da recuperação, aumento do tempo de hospitalização e dos

custos assistenciais, ansiedade da equipe assistencial, perda da confiança na

instituição e processos legais (CORREA et al, 2012).

Quanto a idade e sexo, estudos tem demonstrado maior relação da

queda com pessoas do sexo feminino e com idades superiores a 65 anos, e

nos idosos que necessitam de ajuda nas atividades de vida diária a

probabilidade de cair é 14 vezes superior (ABREU et al, 2012).

Há que se considerar também o comprometimento da capacidade

funcional física e cognitiva dos idosos hospitalizados, devido à presença de

doenças crônicas na maioria das vezes associadas. A diminuição da

capacidade funcional é referida também como fator de aumento no risco de

quedas, principalmente devido ao comprometimento na realização de tarefas

do dia a dia, com limitações de força muscular, equilíbrio e mobilidade; no

Brasil, 30% dos idosos caem pelo menos uma vez ao ano, chamando à

atenção dos profissionais de saúde quanto a essa condição, o que justifica

também esse estudo (STHAL, BERTI, PALHARES, 2011).

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 23

Além disso, os aspectos ambientais e de recursos humanos também

são apontados como fatores de risco para quedas de pacientes. A vigilância

constante de pacientes é um fator fundamental para a prevenção de quedas e

existem evidências de que um adequado quadro de pessoal de enfermagem

tem influência positiva para a redução das taxas de quedas entre pacientes

hospitalizados. Estudos internacionais apontam uma associação significativa

entre os quadros adequados de pessoal de enfermagem e as incidências de

quedas (CORREA, 2012; BOLTON et al.,2007).

Desse modo, pensando em uma prática em saúde mais segura aos

pacientes e a qualidade da assistência, a ANVISA propõe estratégias de

prevenção e recomenda a prática baseada em evidências e destaca ainda que

os profissionais de saúde que prestam cuidado ao paciente, incluindo os

enfermeiros, são elementos chave no processo de evitar erros, impedir

decisões ruins, referente aos cuidados e também de assumir um papel de

liderança no avanço e no uso de estratégias para promover a segurança e

qualidade do cuidado. Existindo grande interesse em encontrar maneiras de

tornar a assistência de saúde mais segura para os pacientes, como a

identificação de danos ou lesões que podem ser provenientes de quedas

(ANVISA, 2013).

Quanto maior o número de pessoal de enfermagem, ou horas de

enfermagem por paciente, menor o número de quedas entre os pacientes.

Maiores taxas de quedas foram associadas com menores números de horas de

enfermagem por paciente por dia. Estudo brasileiro evidenciou que a medida

que se atribui mais pacientes para a equipe de enfermagem nas 24hs,

aumenta-se a incidência de quedas do leito entre os pacientes atendidos

(MAGALHÃES, 2012).

É importante ressaltar a participação da enfermagem brasileira como

parte integrante desse desafio na segurança do paciente, pois já faz parte de

uma Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP,

2008), como uma estratégia de vinculação, cooperação e sinergia entre

pessoas, instituições, organizações e programas interessados, no

desenvolvimento dos cuidados de saúde, gestão, pesquisa e informação e

educação inicial e permanente da enfermagem, com a finalidade de contribuir

para a promoção e proteção da saúde humana, melhoria permanente da

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 24

qualidade dos serviços e promover o acesso universal e equitativo dos

cuidados de saúde no Brasil.

Portanto, diante do cenário observado nas evidências científicas que

contribuem para relevância desta proposta, apresenta-se como principal

questionamento: Que fatores de risco para quedas podem estar presentes

entre os idosos hospitalizados em um hospital público capazes de

comprometer sua segurança física, sua saúde e sua recuperação?

2. OBJETIVOS

2.1. GERAL

Avaliar a segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco para

quedas segundo os parâmetros da Morse Fall Scale;

2.2. ESPECÍFICOS

a) Identificar os aspectos sociodemográficos e econômicos de idosos

hospitalizados

b) Verificar as condições epidemiológicas, da saúde e ambientais dos

idosos hospitalizados;

c) Discutir estratégias preventivas para reduzir ou melhorar a segurança do

idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas.

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1. PERSPECTIVA HISTÓRICA DA SEGURANÇA DO PACIENTE

No quarto século antes de Cristo, Hipócrates, respeitado como o pai da

medicina, num contexto de saúde rudimentar, se comparado com o elevado

nível da tecnociência contemporânea, afirmava que o médico deveria primar

pelo cuidado que auxiliasse o homem no seu restabelecimento, abstendo-se de

toda maldade e dano, “Primum non nocere” ou “primeiro não causar dano”,

(WACHTER, 2010). Através deste legado é possível notar que mesmo num

contexto assistencial elementar, Hipócrates admitiu que os atos assistenciais

são passíveis de equívoco e a segurança do paciente já era vista como

prioridade (BUENO; FASSARELA, 2012).

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 25

No final do século XIX, a comunidade médica e a sociedade assumiam

que os incidentes se deviam ao comportamento de alguns raros profissionais e

tinham pouco peso no resultado do tratamento do paciente. Na época o

profissional deveria cumprir seu papel sem errar, cada incidente era gerido

individualmente por ele que não partilhava com o paciente nem com seus

colegas de profissão (SOUSA; MENDES 2014).

Ainda no século XIX, a enfermeira inglesa Florence Nightingale, dotada

de um vasto conhecimento em ciências, matemática, literatura, artes, filosofia,

história, política e economia, constatou que existiam falhas nas condutas

profissionais as quais eram um sério problema e alerta para a realidade dos

hospitais ingleses (BUENO; FASSARELA, 2012). Durante a Guerra da Criméia,

a mulher que revolucionou a enfermagem, chefiou as primeiras enfermarias em

hospitais de campanha, adotando mudanças na higiene e alimentação dos

soldados, provocou significativa diminuição no número de infecções e mortes

(SOUSA; MENDES, 2014).

Em seu livro Notes on Hospitals, diz: “Pode parecer estranho enunciar

que a principal exigência em um hospital seja não causar dano aos doentes”,

(WACHTER, 2010). Nas outras várias obras publicadas afirmava que a

estrutura e organização dos hospitais influenciavam a saúde e recuperação dos

pacientes. Apesar de demonstrar estatisticamente os dados que subsidiavam

suas ações e ter conseguido algumas mudanças nos hospitais ingleses, suas

recomendações não foram bem acolhidas pela maioria da classe médica

(LOPES, SANTOS, 2010).

Outro exemplo de não aceitação de novas teorias sobre a segurança

do paciente ocorreu com Ignaz Semmelweis, responsável pela maternidade de

um hospital universitário. O médico verificou que a taxa de morte por infecção

era maior nas mulheres que eram cuidadas por estudantes em relação as

mulheres, cujo os partos eram feitos por enfermeiras parteiras e que isso devia-

se ao fato de os estudantes saírem das autópsias, sem lavar as mãos para

atender as parturientes. Quando Semmelweis instituiu a obrigação de lavagem

das mãos dos estudantes e médicos, verificou a taxa de mortalidade cair para

níveis idênticos aos das demais enfermarias. Estas conclusões não foram

aceitas pelo diretor do hospital que o demitiu. Em 1861 publicou um livro em

Viena, com os resultados positivos da lavagem sistemática das mãos, o livro

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 26

não foi bem recebido pela comunidade científica, e o médico morreu em um

asilo para pacientes com doenças mentais aos 47 anos (SOUSA, MENDES,

2014).

Quarenta e oito anos após os relatos de Florence, Ernest Codman, um

cirurgião de Boston, estudou os desenlaces de pacientes, incluindo falhas no

tratamento. Segundo Codman, os artigos publicados só demonstravam as

experiências positivas e era importante que a realidade fosse conhecida.

Fundador do Colégio Americano de Cirurgiões, foi rejeitado pela comunidade e

seus esforços reformadores, só valeram censura, terminando seus dias na

pobreza (SOUSA; MENDES, 2014). Após a criação da Joint Commission on

Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO), em 1918, pelo Colégio

Americano de Cirurgiões, surge o primeiro trabalho intitulado de Diseases of

Medical Progress, que baseado nas categorias de Codman, descrevia a

prevalência e evitabilidade de doenças iatrogênicas. Estas são concebidas

como o resultado de um procedimento ou uma ocorrência prejudicial que não

foi uma consequência natural da doença do paciente (BUENO; FASSARELA,

2012).

Avedis Donabedian, médico e pesquisador da qualidade na saúde,

propôs a decomposição do conceito de qualidade em eficácia, efetividade,

eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e equidade, provando no

estudo “Epidemiologia da qualidade” em 1985, que atributos estruturais

convertem-se em medidas indiretas de qualidade dos cuidados, assim como

em indicadores de uma possível assistência deficiente. Segundo Donabedian,

a qualidade do cuidado envolvia muitos componentes e que o processo e o

resultado poderiam ser avaliados separadamente (VINCENT, 2009).

Essa linha de estudos foi aprofundada por Wennberg, que comparou

os cuidados médicos em diferentes regiões geográficas, chegando à conclusão

que a variação nos tratamentos administrados não dependia do tipo de doença

e sim do comportamento médico, ou seja, as atitudes que cada profissional

desenvolvia e como desenvolvia era o fator que influenciava os diferentes

tratamentos para a mesma patologia (SOUSA; MENDES, 2014).

Em 1990 James Reason, mostrou que um erro é fruto da falha de

sistema e por isso deve ser abordado de forma holística, definindo erro como:

“a incapacidade de uma ação planejada ser concluída ou entendida (erro de

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 27

execução) ou um plano errado para atingir um objetivo (erro de planejamento)”

(BUENO; FASSARELA, 2012).Este estudo de Reason tornou-se notório

somente em 1999 com o relatório do Institute of Medicine intitulado: To Err is

Human: Buidilng a Safer Health Care System (Errar é Humano: Construindo um

Sistema de Saúde mais Seguro), (SOUSA; MENDES, 2014).

Nesse relatório, o termo evento adverso foi definido como dano

causado pelo cuidado à saúde e não pela doença de base, que prolongou o

tempo de permanência do paciente ou resultou em uma incapacidade presente

no momento da alta. O relatório apontou que cerca de 100 mil pessoas

morreram em hospitais a cada ano vítimas de EAs nos Estados Unidos da

América (BRASIL, 2014).

Por volta de duas semanas após a publicação desse relatório, o

Congresso Norte Americano, solicitou um estudo sobre a viabilidade da

implementação das recomendações do documento, e ainda, o Instituto de

Medicina instruiu um centro para a segurança do paciente dentro da Agency for

Healthcare Research and Quality – AHRO (Agência para Pesquisa e Qualidade

no Atendimento Médico Hospitalar), expandindo os comentários do relatório,

desenvolveu programas de segurança nas organizações de atendimento e

intensificou os esforços das agências reguladoras, das sociedades

profissionais e dos consumidores do serviço (BUENO; FASSARELA, 2012).

Para dar evidência ao estudo iniciado por Reason, o IOM dos EUA em

1999, realizou duas pesquisas de avaliação de EAs em revisões retrospectivas

de prontuários nos hospitais de Nova York, Utah e Colorado, onde observaram

que cerca de cem mil pessoas morriam em hospitais a cada ano vítimas de

EAs e que essa alta incidência de mortalidade era maior do que aquelas

causadas por HIV positivo, câncer de mama e atropelamentos. Esses EAs

também culminaram em prejuízos financeiros e litigiosos com gastos anuais

estimados entre dezessete e vinte nove bilhões de dólares (KOHN, et al., 2000)

Em 2004, a OMS lançou desafio da campanha para a segurança do

paciente, com o objetivo de disseminar e promover a melhoria na segurança do

paciente a nível mundial. No entanto, mais de uma década depois, nos dias

atuais, o número de eventos adversos não diminuiu como esperado e desejável

(SOUSA; MENDES, 2014).

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 28

3.2. PANORAMA DA SEGURANÇA DO PACIENTE NO BRASIL

No Brasil, pesquisas nesta área surgiram no início da década de 2000,

influenciados pelo panorama mundial cuja temática já vinha e continua sendo

amplamente discutida. O princípio do processo de acreditação no Brasil foi ao

final dos anos 80 quando a Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS

determinou inúmeras medidas para otimizar os parâmetros e serviços

hospitalares da América Latina e que ao ser alcançado o hospital era

considerado acreditado. Desde então, houve uma série de modificações neste

setor, em 1999 surge a Organização Nacional de Acreditação – ONA com

propósito de gerenciar o modelo brasileiro de acreditação. E em 2002 a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA torna oficial o Sistema

Brasileiro de Acreditação através da Resolução n° 921/02 (BUENO;

FASSARELA, 2012).

Em 2001, a ANVISA cria a Rede Brasileira de Hospitais Sentinela, com

a finalidade de estimular os hospitais a notificar os eventos adversos

relacionados a produtos para a saúde, através do Sistema de Notificação em

Vigilância Sanitária (NOTIVISA), e fomentar a auto identificação de riscos

hospitalares, a análise da causa da ocorrência e as providências para a

correção de falhas nos processos, por este motivo, foi criado o cargo de

gerente de risco, responsável pela farmacovigilância, tecnovigilância,

hemovigilância e vigilância de saneantes na instituição em que trabalha. A

Rede Sentinela trabalha com a gestão de risco sobre três pilares: busca ativa

de eventos adversos, notificação de eventos adversos e uso racional das

tecnologias em saúde (ANVISA, 2014; BRASIL, 2014).

Os hospitais participantes devem demonstrar como ocorre a integração

da sua gerência de risco com outras instâncias que lidam com risco nas

instituições, tais como, comissões de controle de infecção, núcleos de

epidemiologia e de qualidade, entre outras (BRASIL, 2014). Esta gerência de

risco é responsável por fazer o elo entre a ANVISA e a instituição de saúde,

garantindo que a política de gestão de risco seja aplicada (MILAGRES, 2015)

Em abril de 2013, o Ministério da Saúde, pela Portaria nº. 529 instituiu

o PNSP com o objetivo geral de “contribuir para a qualificação do cuidado em

saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional”. (BRASIL,

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 29

2013). Em julho de 2013, por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC)

n. 36 da ANVISA, o Ministério da Saúde também instituiu ações para a

promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de

saúde (BRASIL, 2013).

E, em setembro de 2013, com a Portaria n. 2.095, aprovou os

Protocolos básicos de Segurança do Paciente, a saber: Protocolo de

Prevenção de Quedas; Protocolo de Identificação do Paciente e Protocolo de

Segurança na Prescrição e de Uso e Administração de Medicamentos (Fig. 1).

Estes protocolos têm a finalidade de instituir ações para a segurança do

paciente em serviços de saúde e a melhoria da qualidade em caráter nacional

(BRASIL, 2013).

Algumas iniciativas independentes aconteceram no Brasil e uma destas

foi a criação, em 2009, do Proqualis, vinculado ao Instituto de Comunicação e

Informação Científica e Tecnológica (ICICT) da Fundação Oswaldo Cruz. Conta

com o financiamento do Ministério da Saúde e está voltado para a produção e

disseminação de informações e tecnologias em qualidade e segurança do

paciente, objetivando ser fonte permanente de consulta e atualização para os

profissionais de saúde, por meio de divulgação de conteúdos técnico-

científicos, selecionados a partir da relevância, qualidade e atualidade

(TRAVASSOS, 2013).

Figura 1: Protocolos de segurança do paciente.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 30

A enfermagem também está acompanhando o que vem ocorrendo no

mundo. Em 2005, em Concepción, Chile, foi criada a Rede Internacional de

Enfermagem e Segurança do Paciente, pela OPAS. O objetivo era de traçar as

prioridades da enfermagem na área da Segurança do Paciente, discutir a

cooperação entre os países e o intercâmbio de informações, assim como as

necessidades de fortalecimento do cuidado de enfermagem, a partir de

evidências científicas (REBRAENSP, 2014).

3.2 O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E A HOSPITALIZAÇÃO

O envelhecimento da população mundial vem sendo observado ao

longo do tempo. Os países em desenvolvimento vêm apresentando um

progressivo declínio em suas taxas de mortalidade e fecundidade, o que

produz um envelhecimento real de suas populações (PAULA, 2010).

A população mundial atingiu a maior taxa de crescimento da história da

humanidade na década de 1960, cerca de 2,1% ao ano. Foi nesta época que

se começou a se difundir a visão catastrófica da “bomba populacional”. De lá

para cá, o ritmo de crescimento demográfico tem diminuído, estando em torno

de 1,1% ao ano, no quinquênio 2010-15. A população mundial está crescendo

menos e vivendo mais. Mas enquanto a população como um todo cresce em

ritmo mais lento, a população idosa cresce num ritmo mais veloz, pois a grande

onda de nascimentos e de filhos sobreviventes depois da Segunda Guerra

Mundial, especialmente das décadas de 1950 e 1960, está se transformando

em uma grande onda de idosos que chegam à “terceira idade” agora no século

XXI. Alguns autores estão chamando este fenômeno de tsunami grisalho (grey

tsunami), (ALVES, 2012).

Um exame mais atento do envelhecimento humano indica que seus

efeitos são muito maiores e mais profundos do que se imaginava. Tem ocorrido

de forma muito rápida e intensa nos países em desenvolvimento, gerando

preocupações quanto às suas repercussões em ambiente de pobreza por

acarretarem pressões para transferência de recursos na sociedade, colocando

desafios para o Estado, os setores produtivos e as famílias (VERAS, 2007).

De fato, existiam no mundo 204 milhões de pessoas com 60 anos e

mais de idade, em 1950. Este número passou para 610 milhões em 2000, para

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 31

Figura 2: Crescimento da população idosa no mundo, em países desenvolvidos e em

desenvolvimento. (ALVES, 2012)

760 milhões em 2010 e deve atingir 1.378.945.000 (um bilhão e trezentos e

setenta e oito milhões e 945 mil) idosos em 2030. Enquanto a população total

deverá apresentar um crescimento de pouco mais de três vezes entre 1950 e

2030, a população idosa deverá apresentar um crescimento de quase oito

vezes, no mesmo período (fig 2), (ALVES,2012).

Na América Latina, principalmente nos países em desenvolvimento,

observa-se hoje um fenômeno semelhante ao ocorrido na Europa, porém, com

implicações diferentes. O primeiro diferencial, em relação à transição

demográfica europeia e a latino-americana, é o momento histórico, no qual

ambas ocorreram. No modelo Europeu, ocorreu significativo desenvolvimento

social e aumento de renda. Na América Latina, em especial no Brasil, ocorreu

um processo de urbanização sem alteração da distribuição de renda (NASRI,

2008).

Küchemann (2012) afirma que o Brasil é um país que envelhece a

passos largos. As alterações na dinâmica populacional são claras,

inequívocas e irreversíveis. Desde os anos 1940, é entre a população idosa

que se observou as taxas mais altas de crescimento populacional. Na

década de 50, a taxa de crescimento da população idosa atingiu valores

superiores a 3% ao ano, chegando a 3,4%, entre 1991 e 2000. Ao

compararmos, num intervalo de 25 anos (1980 a 2005), o crescimento da

população idosa com o crescimento da população total, observamos que o

crescimento da população idosa foi de 126,3%, ao passo que o crescimento

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 32

da população total foi de apenas 55,3%. Nesse mesmo intervalo, o

segmento de 80 anos a mais cresceu a um ritmo relativamente maior do que

a população idosa total, apresentando um crescimento de 246,0%.

O índice de idosos no território nacional está distribuído de forma

desigual, devido às características próprias de cada região, ou seja, ao

comportamento da fecundidade e as histórias migratórias, não sendo

possível desvincular os aspectos socioeconômicos e políticos desta

abordagem. A maior parte da população brasileira com 60 anos ou mais está

concentrada nas regiões sudeste (46,25%) e nordeste (26,50%). E a menor

porcentagem encontra-se na região norte (5,25%). O Sudeste e o Nordeste

juntos concentram mais de 70% da população com 60 anos ou mais

(MAFRA, 2013).

No censo 2000 a região norte apresentou a menor porcentagem de

idosos por região, essa estatística foi confirmada dez anos mais tarde, por

meio do censo 2010. O IBGE explica que a baixa porcentagem de idosos,

deve-se aos altos níveis de fecundidade do passado, apesar de nos últimos

anos estar emergindo um envelhecimento contínuo (IBGE, 2010).

Segundo a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílio (PNAD) em

2009 o país contava com uma população de cerca de 21 milhões de

pessoas com 60 anos ou mais de idade. Com relação à região Norte, o

número de idosos, representava 7,3% da população total. Já na Região

Metropolitana de Belém do Pará, a parcela populacional com idade igual ou

superior a 60 anos correspondia a 8,7% da população total (IBGE, 2010).

A transição demográfica acarreta a transição epidemiológica, o que

significa que o perfil de doenças da população muda de modo radical, pois

teremos que aprender a controlar as doenças do idoso. Em um país

essencialmente jovem, as doenças são caracterizadas por eventos causados

por moléstias infecto contagiosas, cujo modelo de resolução é baseado no

dualismo cura e morte. O perfil de doenças no idoso muda, para o padrão de

doenças crônicas. O modelo de não compensação da doença crônica inclui

maior disfunção, dependência e quedas. Além disso, observaremos maior taxa

de utilização de unidades de terapia intensiva, de hemodinâmica e métodos

dialíticos (NASRI, 2008).

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 33

Com o envelhecimento o risco de hospitalização aumenta devido à

presença de multipatologias (CARVALHAIS; SOUSA, 2007). O que associado

à elevada prevalência de doenças crônicas pode ser considerado responsável

pela necessidade da permanência hospitalar prolongada e progressiva perda

de autonomia dos idosos (CHAVES, SARGES, SANTOS, 2013).

A internação, nessa fase da vida, associa-se a diversos problemas e

riscos específicos para os idosos, principalmente relacionados ao

enfraquecimento de diferentes mecanismos fisiológicos protetores. Além disso,

os idosos são mais suscetíveis a complicações decorrentes do repouso

prolongado no leito durante a hospitalização (MORAIS, 2012).

4. MÉTODO

4.1. DESENHO DO ESTUDO

Estudo de cunho epidemiológico, observacional, transversal,

prospectivo, descritivo e analítico do projeto de Avaliação da Segurança do

paciente idoso hospitalizado, aprovado na Chamada Universal– MCTI/CNPQ

nº14/2014

4.2.LOCAL DO ESTUDO

O estudo foi realizado em um hospital público da rede de assistência

do SUS. Este hospital apresenta como características ser um hospital de médio

porte, oferece serviços de assistência multiprofissional em diversas

especialidades da saúde tanto em nível ambulatorial como de internação

hospitalar. As enfermarias elegíveis para avaliação dos idosos foram a de

clínica médica e de cardiologia, por aportarem maior número de pacientes na

faixa etária de 60 anos ou mais.

4.3- POPULAÇÃO E AMOSTRAGEM

Foram selecionados para o estudo idosos que estiveram hospitalizados

cerca de 72 horas ou mais e foram excluídos aqueles que não aceitaram

participar da pesquisa. Ressaltando-se que não houve nenhum tipo de

intervenção invasiva com os idosos, apenas foi observada a existência de risco

para quedas que comprometesse sua segurança durante a hospitalização.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 34

A delimitação da amostra realizada para compor este estudo deu-se

com base no número de internações ocorridas em 2014, segundo o Serviço de

Estatistica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, dessa forma,

considerando-se essa população de referência que foi de (N=216) idosos, após

o cálculo amostral (n= N.no/N+ no, onde no= 1/E2) proposta por FONTELLES

(2012), considerando valor alfa de 10% obteve-se uma amostra inicial estimada

de (n=68). Para melhor compreensão do delineamento amostral, este encontra-

se demonstrado no diagrama abaixo:

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 35

4.4. VARIÁVEIS DO ESTUDO

4.5. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO

Inicialmente foi realizada revisão na literatura para se identificar

evidências sobre o tema. A etapa seguinte foi de planejamento em que se

realizou treinamento da equipe de coleta dos dados, aproximação espacial do

campo e testagem do instrumento, após a observância dos aspectos éticos

relacionados à pesquisa. Após a aprovação dos comitês de ética e pesquisa

conforme parecer n° 1039.636/2015 UEPA (Anexo 2) e parecer n°

1074.370/2015 Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (Anexo 3),

iniciou-se as atividades de execução propriamente dita do estudo, como a

pesquisa de campo, com consulta ao prontuário individual dos idosos para se

obter informações quanto as variáveis sociodemográficas, epidemiológicas, da

saúde e ambientais (Apêndice D) e preenchimento da Falls Morse Escale

(Anexo A) para avaliação do risco de quedas e da segurança do idoso durante

a hospitalização.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 36

4.6. COLETA DE DADOS

A coleta de dados consistiu em dois procedimentos: a coleta de

informações do prontuário individual, assim como a observação direta do idoso

hospitalizado quanto aos riscos de queda, no seu ambiente de hospitalização,

ou seja, as informações sociodemográficas, epidemiológicas e da saúde que

constam no prontuário individual do idoso e os aspectos ambientais para

preencher o questionário (Apêndice D). No caso da Falls Morse Scale (Anexo

A), foi necessário tanto se observar diretamente o idoso hospitalizado como

consultar o prontuário individual para completar as informações necessárias.

Estes procedimentos foram realizados após a assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecidos (TCLE) (Apêndice E).

Sobre a Falls Morse Scale, é uma escala originada na língua inglesa de

autoria de Janete Morse em 1989, que autorizou a tradução, adaptação e

validação no Brasil por Urbanetto et al. (2013), que avalia os riscos de quedas

como potencial agravante na segurança do idoso hospitalizado e possui seis

domínios (histórico de quedas, diagnóstico secundário, auxílio na

deambulação, uso de dispositivos intravenosos, marcha e estado mental) em

que cada critério avaliado recebe uma pontuação que varia de zero a 30

pontos, totalizando um escore de risco, cuja classificação é a seguinte: risco

baixo, de 0 – 24; risco médio, de 25 – 44 e risco alto, ≥45. Segundo os autores

que a adaptaram no Brasil:

“...a contribuição deste estudo para a área da saúde reside na

divulgação de uma escala estruturada que poderá ser utilizada de

forma ampla e sistemática por profissionais e instituições na

avaliação do risco de quedas em pacientes hospitalizados e, dessa

forma, embasar o planejamento de estratégias voltadas para

segurança do paciente” (URBANETTO et al., 2013, p. 574)

A Escala Morse para avaliar risco de quedas proposta para aplicação

neste estudo é utilizada com maior frequência no Brasil e internacionalmente.

Ela avalia quanto à gradação dos fatores que predispõem à queda e permitem,

portanto, classificar o grau de risco que o paciente apresenta para cair,

possibilitando orientar as intervenções necessárias para evitar a ocorrência de

queda. Essa escala é recomendada no protocolo de avaliação de quedas no

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 37

intuito de reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência

e o dano dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas

que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado

multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a educação do

paciente, familiares e profissionais (BRASIL, 2013).

4.7. ANÁLISE DOS DADOS

Para análise dos dados obtidos foi construído um banco de dados

eletrônico no Programa estatístico SPSS versão (24.0). Em seguida esses

dados foram tratados estatisticamente por testes paramétricos e não-

paramétricos, como distribuição de frequência simples, medidas de dispersão

(média e desvio padrão), teste de qui-quadrado de Pearson. Considerando-se

o p valor≤0,10.

5. CRITÉRIOS ÉTICOS RELACIONADOS À PESQUISA

No desenvolvimento deste estudo todos os critérios éticos relacionados

ao paciente e a instituição hospitalar foram observados, em consonância com a

resolução nº 466/2012 que diz respeito a pesquisas com seres humanos.

Reitera-se que este projeto foi aprovado pelos comitês de ética da

Universidade do Estado do Pará e Santa Casa de Misericórdia conforme

parecer n° 1039.636/2015 UEPA (Anexo 2) e parecer n° 1074.370/2015

Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (Anexo 3).

Reconhecem-se também os riscos tanto para os pesquisadores como

para os participantes do estudo, muito embora, eles nesse caso foram

considerados mínimos, pois trata-se de um estudo em que não houve nenhum

tipo de procedimento invasivo para o corpo ou bem-estar dos participantes que

comprometesse sua integridade física e mental, assim como seu tratamento ou

recuperação, apenas quanto ao possível constrangimento de autorizar que

seus dados pessoais e da saúde que encontram-se registrados no documento

hospitalar fizessem parte do estudo. Algumas informações foram obtidas do

prontuário individual dos pacientes e outras foram observadas diretamente

junto ao idoso e ambiente de internação (enfermaria e/ou quarto).

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 38

Quanto aos benefícios estes estão relacionados a possibilidade dos

resultados fomentarem estratégias e discussões em saúde sobre a segurança

dos idosos no que concerne ao risco para quedas durante a hospitalização e

consequentemente avaliação da qualidade da assistência, além das

recomendações de medidas preventivas quanto ao risco de quedas.

Destaca-se também que os benefícios podem ser revestidos aos

idosos e familiares à medida que essas medidas de prevenção de quedas

podem também ser projetadas para sua vida cotidiana e podem ser reforçadas

durante a alta hospitalar.

6. RESULTADOS

Tabela 1: Dados sociodemográficos dos idosos que participaram do estudo, Belém/PA, 2016 (n=75)

Variáveis f %

Sexo

Masculino 44 58,7

Feminino 31 41,3

Faixa Etária

60-70 39 52,0

71-80 28 37,3

81-90 08 10,7

Média (71,3) Desvio Padrão (± 8,2)

Procedência

Belém 43 57,3

Outros municípios 32 42,7

Possui Renda

Sim 57 85,1

Não 10 14,9

Rendimento

Até 1 salario 45 60,0

1-3 salários 17 22,7

4 ou + salários 4 5,3

Escolaridade

Nunca estudou 12 16,0

1 a 3 anos de estudo 33 44,0

4 a 8 anos de estudo 24 32,0

9 anos de estudo ou mais 06 8,0

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 39

Conforme os dados da tabela 1, a maioria dos idosos estava na faixa

etária entre 60 e 70 anos, eram do sexo masculino, provenientes de Belém,

houve predomínio daqueles que recebiam até um salário mínimo e baixo nível

de escolaridade.

Tabela 2. Dados epidemiológicos e da saúde dos idosos que participaram do

estudo, Belém/PA, 2016 (n=75) (Continua)

Variáveis f %

Motivo da internação

Doenças do Sist. Cardiovascular 29 38,7

Doenças do Sist. Gastrointestinal 25 33,3

Doenças do Sist. Respiratório 06 08,0

Doenças de outros sistemas* 15 20,0

Comorbidades

Sim 59 78,7

Não 16 21,3

Tipo de Comorbidades

HAS** 22 29,3

DM** 07 09,3

HAS+DM 26 34,7

Outros 04 05,3

Complicações durante a internação

Sim 16 21,3

Não 59 78,7

Tipo de Complicação

Infecção 6,0 8,0

Úlcera por pressão 3,0 4,0

Outros*** 7,0 9,3

Procedimento Cirúrgico

Sim 04 5,3

Não 71 94,7

Tipo de Procedimento Cirúrgico

Amputação 01 1,3

Colostomia 01 1,3

Apendicectomia 01 1,3

Traqueostomia 01 1,3

Circunferência da Panturrilha

<31 cm 29 38,7

≥31cm 46 61,3

Número de internações

1-3 62 82,7

4-6 11 14,7

>6 02 2,7

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 40

Tabela 2. Dados epidemiológicos e da saúde dos idosos que participaram do

estudo, Belém/PA, 2016 (n=75)

(Conclusão)

Variáveis f %

Tempo de internação

1-5 27 36,0

6-10 27 36,0

11-16 07 9,3

>16 14 18,7

Média (10,37)

Desvio Padrão (±9,38)

Fumo

Ex fumante 47 62,7

Nunca fumou 20 26,7

Fumante 07 9,3

Tempo de fumo

Até 1 ano 06 8,0

2 a 5 anos 04 5,3

6 a 10 anos 10 13,3

> 10 anos 33 44,0

Ingestão de bebida alcoólica

Sim 26 34,7

Não 49 65,3

Frequência da ingestão de bebida alcoólica

Às vezes 11 14,7

Frequentemente 15 20,0

Notas: *Doenças de outros sistemas: Diabetes mellitus descompensada, Dor a esclarecer, Erisipela Bolhosa, Infecção a esclarecer, Septicemia, Anemia Aplástica, Síndrome Hemorrágica, Osteomielite, Pênfigo. ** HAS= Hipertensão Arterial Sistêmica, DM= Diabetes Mellitus *** Outros tipos de complicações: Delirium, Cirrose Hepática, Dispneia, Convulsão, Síndrome da Imobilidade, Hemorragia.

De acordo com a tabela 2, destaca-se que a maioria dos idosos da

amostra teve como causa de internação doenças do sistema cardiovascular.

Entre as comorbidades, a hipertensão foi a mais prevalente. Houve alteração

da circunferência da panturrilha em cerca de 40% dos idosos, 57,3% dos

idosos foram fumantes de longa data.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 41

Tabela 3. Distribuição das variáveis relacionadas com a segurança dos

pacientes idosos durante a hospitalização, Belém/PA, 2016 (n=75)

Variáveis F %

Pulseira de identificação

Sim 0 0,00

Não 75 100

Nomes similares na mesma enfermaria

Sim 17 22,7

Não 58 77,3

Número de medicamentos

1-5 36 48,0

6-10 26 34,7

>10 13 17,3

Recebeu procedimento Invasivo

Sim 70 93,3

Não 05 06,7

Tipo procedimento invasivo

Punção de vaso 49 65,3

Cateter vesical 14 18,7

Cateter gástrico 03 4,0

Outros 04 5,3

Na tabela 3, os resultados demonstram que estratégias de segurança

do paciente como o uso de pulseiras de identificação do paciente estava

ausente em 100% dos idosos, assim como a similaridade de nomes estava

presente em 22,7% dos casos. Os idosos faziam uso de polifarmácia. Cerca de

93,3% foram submetidos a algum tipo de procedimento invasivo.

Tabela 4. Classificação dos idosos quanto ao risco de quedas pela Escala de

Morse dos pacientes idosos durante a hospitalização. Belém/PA,2016 (n=75)

Variável f %

Morse Escore*

Baixo risco 14 18,7

Risco Moderado 22 29,3

Risco elevado 39 52,0

Total 75 100

Notas:* Pontuação da escala: 0-24 baixo risco; 25-44 risco moderado; >45 risco elevado

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 42

Na tabela 4, observa-se que segundo os parâmetros da escala de

Morse, encontrou-se indicou risco elevado para quedas na maioria dos idosos

da amostra.

Tabela 5. Cruzamento da circunferência da panturrilha dos idosos com o risco

de quedas pela Escala de Morse durante a hospitalização. Belém/PA, 2016

(n=75)

Circunferencia da Panturrilha *p

Morse Escore* > ou = 31cm < ou = 31cm 0,74

Baixo risco 10 4

Risco Moderado 13 9

Risco elevado 23 16

Total 46 29

* Notas: *p valor ≤0,1. Teste Qui-quadrado de Pearson.

Na tabela 5, observa-se que a maior parte dos idosos com risco

elevado para quedas possuía valores da circunferência da panturrilha

considerados normais.

7. DISCUSSÃO

Neste capítulo apresenta-se a discussão dos resultados encontrados

no estudo seguindo-se a ordem das variáveis analisadas.

7.1. CARACTERISTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DOS IDOSOS

HOSPITALIZADOS

Os resultados deste estudo apontaram que a maioria dos idosos

apresentou a media de idade de 71,3 anos. Resultado semelhante a outros

estudos realizados com idosos hospitalizados no estado do Pará (CHAVES;

SARGES; SANTOS, 2013; PEREIRA et al, 2014). Em pesquisa realizada em

Coari, no Amazonas a média de idade dos 205 idosos internados foi de 76

anos (MORAES et al, 2015). Na região Nordeste, estudos realizados em

hospitais também obtiveram média semelhante (LIMA JUNIOR, et al, 2015;

SILVA et al, 2015; REIS; OLIVEIRA, 2013).

Em estudos realizados com idosos hospitalizados no Rio Grande do

Sul a média de idade dos idosos foi de idade de 81 anos (CENDRON et al,

2016; URBANETTO et al, 2012). Esta diferença entre as regiões ocorre porque

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 43

nas regiões Norte e Nordeste, apesar do contínuo envelhecimento observado

nas duas últimas décadas, ainda há uma estrutura bastante jovem, devido aos

altos níveis de fecundidade no passado. Por outro lado, a região Sul é a área

com a menor concentração de jovens. No Rio Grande do Sul apenas 17% das

pessoas tem menos de 14 anos. O Rio Grande do Sul é o líder entre os

estados com maior número de idosos: quase 20% de seus habitantes têm mais

de 60 anos além de possuírem maior expectativa de vida (BRASIL, 2011).

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD, 2013), no Brasil o índice de desenvolvimento

humano municipal longevidade (IDHM), nos municípios da região Sul, chega

ser até 76% superior a média do país, com destaque para Santa Catarina,

enquanto no Nordeste 54% dos municípios ainda apresentam IDHM

longevidade entre os 20% mais baixos do país (BRETAS, 2015).

Em adultos, a idade acima de 60 anos é considerada fator de risco

para queda e para as lesões decorrentes do evento. Isto está relacionado às

alterações do processo fisiológico do envelhecimento que são preditoras de

quedas, tais como: problemas na mobilidade física, incluindo a instabilidade

postural e alteração da marcha, diminuição da capacidade funcional, cognitiva

e visual. Além disso, as doenças crônico-degenerativas e o uso concomitante

de vários medicamentos são condições comuns nos idosos, e que também

podem aumentar o risco de cair (CORREA et al., 2012; COSTA et al., 2011;

DYKES et al., 2010; ALVARES et al, 2010; PAIVA, et al, 2010; PINHEIRO et

al., 2010; SHUTO et al., 2010; LAKATOS et al., 2009;). Reforçando a

associação entre idade e risco de quedas o Diagnóstico de Enfermagem da

NANDA Internacional – NANDA I, considera idade acima de 65 anos para o

diagnóstico de enfermagem risco de quedas (NANDA I, 2013)

A maioria dos idosos da amostra era do sexo masculino 58,7%,

resultado semelhante ao encontrado em outros estudos com idosos

hospitalizados (SILVA et al, 2015; SOUZA-MUNÕZ,2015; SILVA et al, 2014;

PASA, 2014; CASTRO, 2013; CHAVES; SARGES; SANTOS, 2013; GOMES &

GOMES, 2011). O predomínio de homens hospitalizados pode ser explicado

pelo fato de que os indivíduos de sexo masculino são menos cuidadosos com

sua saúde, estando desta forma, mais propensos à necessidade de internação

hospitalar (STORTI et al., 2013).

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 44

De acordo com Castro et al (2015), há uma busca significativamente

maior das mulheres pela Atenção Primária à Saúde, fato que pode ser

justificado pelos valores de masculinidade culturalmente construídos, por

aspectos ligados ao trabalho e ao modo de funcionamento dos serviços de

saúde e suas equipes. Além disso, a maior frequência de internação de idosos

do sexo masculino pode ‘estar relacionada com a prática de atitudes negativas

pelos homens tais como os hábitos de beber e fumar, a falta de exercícios

físicos e a busca tardia por assistência médica (BRASIL, 2012).

Segundo Luzia (2012) em estudos realizados na comunidade, o sexo

que aparece mais frequentemente como preditor de quedas é o feminino,

enquanto que em hospitais os resultados são variados com relação à maior

prevalência de quedas entre os sexos. Estudo realizado em um hospital do

Japão demonstrou que o sexo masculino foi 2,54 vezes mais associado a

queda do que o sexo feminino (TANAKA et al., 2008)

Estudos que apontam para o sexo masculino vão ao encontro das

questões culturais, em que os homens solicitam menos auxílio para a

realização das atividades de vida diária (COSTA et al., 2011); além disso, o

predomínio do sexo feminino no serviço de enfermagem poderia interferir na

decisão do paciente masculino de não solicitar auxílio (PAIVA et al, 2010).

Em pesquisa realizada por Vaccari et al (2014) os pacientes relataram

que não gostam de chamar ou utilizar a campainha para não atrapalhar a

equipe de enfermagem, segundo os autores o idoso se sente constrangido ao

solicitar a presença dos componentes da equipe de enfermagem para ações de

necessidades básicas, como beber água ou ir ao banheiro, o que pode ser

determinante para ocorrência de acidentes por queda.

A maioria dos idosos deste estudo era procedente de Belém com renda

de até um salário mínimo. De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais do

IBGE em 2013, cerca de 43%, dos idosos brasileiros residiam em domicílios na

zona urbana com rendimento mensal per capita igual ou inferior a um salário

mínimo (IBGE, 2013).

Segundo Geib (2012) o nível de renda dos idosos constitui um

poderoso determinante social de saúde, que inter-relacionado com moradia

precária, insegurança alimentar e medicamentosa, entre outros, pode afetar

negativamente a saúde dos idosos brasileiros e tornar-se um dos principais

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 45

fatores de morbidade prematura e mortalidade e provavelmente concorra para

aumentar as estatísticas de atendimento em nível de média e alta

complexidade na atenção em saúde.

Quanto à escolaridade 41,8% dos idosos possuíam de 1 a 3 anos de

estudo, resultado semelhante ao encontrado em outros estudos no estado do

Pará (CHAVES; SARGES; SANTOS 2015; PEREIRA et al, 2014) e em outros

estados do Brasil (SANTANA et al, 2015; COUTINHO et al, 2015; LAGE et al,

2014). De acordo com o IBGE (2016), a escolaridade dos idosos brasileiros é

muito baixa 30,7% desta população possui menos de um ano de estudo. Em

revisão sistemática realizada por Melo et al (2014) a escolaridade possui

ligação indireta com o risco de quedas em idosos, por estar relacionada ao

estilo e à qualidade de vida do individuo, e estes fatores predispõem ao risco

de quedas. Em estudo realizado por Oliveira (2014) avaliando o evento adverso

queda em idosos hospitalizados pode-se observar que os pacientes que

sofreram queda foram os que tinham de 1 a 7 anos de estudo (61, 53%).

Uma possível explicação é que idosos com baixos níveis de instrução

percebem e se preocupam menos com cuidados de saúde, além de terem

menor capacidade de envolvimento na recuperação da saúde, o que acaba

aumentando o risco de quedas (WHO, 2010). Adicionalmente, estudos indicam

que o nível educacional influencia a percepção espacial dos idosos de modo

que, ao executar tarefas de busca visual, indivíduos com baixo nível

educacional necessitam de mais tempo, cometem mais erros e alcançam

menos alvos quando comparados a indivíduos com maior escolaridade

(CUSTÓDIO et al, 2010).

7.2 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E DA SAÚDE DOS IDOSOS

HOSPITALIZADOS

Neste estudo 38,7% dos idosos foram internados por doenças do

sistema cardiovascular e do sistema gastrointestinal 33,3%. Entre as doenças

cardiovasculares houve predomínio da insuficiência cardíaca congestiva- ICC,

34,7%. Observou-se pelos resultados que as comorbidades mais prevalentes

foram a hipertensão arterial e os diabetes mellitus, o que está em consonância

com a realidade nacional. Estudos com idosos hospitalizados no Brasil em sua

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 46

maioria apresentam as doenças do sistema cardiovascular como a principal

causa de internação (SANTOS et al, 2015; PEREIRA et al, 2014; CASTRO et

al, 2013; GOMES, 2011). Segundo o Ministério da Saúde (2014), doenças do

aparelho circulatório são a principal causa de internação de idosos na rede

pública e hospitais conveniados ao SUS e são destacadas como a primeira

causa de óbito desta população.

Estudo ecológico realizado por Piuvezam et al (2015) identificou nos

últimos cinquenta anos, aumento da taxa de mortalidade por doenças

cardiovasculares nas Regiões Norte e Nordeste, concomitantemente à sua

diminuição no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os autores relacionam essa

elevação de mortalidade à melhoria na qualidade da informação, resultado do

incremento das ações de vigilância e assistência à saúde nessas regiões.

O envelhecimento do sistema cardiovascular leva a um processo de

transformação que inclui aumento da espessura do miocárdio, deposição de

colágeno, aumento da rigidez do coração além de interferir também no

processo de regulação da pressão arterial, realizada em grande parte pelos

barorreceptores (JUNIOR, 2012)

A capacidade dos barorreceptores de manter a pressão arterial de

forma relativamente constante na porção superior do corpo é relevante no

momento em que a pessoa fica em pé após ter estado deitada ou sentada, pois

a queda da pressão nestes receptores irá resultar em uma forte descarga sim-

pática por todo o corpo, minimizando a queda da pressão na cabeça e na parte

superior do corpo. (GUPTA, 2007) Essa capacidade de resposta dos

barorreceptores é diminuída com o processo do envelhecimento, além de

diversas alterações provocadas pelo avanço da idade, o que torna comum a

hipotensão ortostática em idosos, não só devido a processos fisiológicos, mas

também devido à índice de massa corporal baixo, hipertensão arterial

sistêmica, doença de Parkinson, acidente vascular encefálico, ataques

isquêmicos transitórios e diabetes (ASENSIO, 2011).

Os autores Xin, Lin e Li (2013) realizaram metanálise de estudos

observacionais sobre a relação entre hipotensão ortostática e ICC, um total de

51270 indivíduos e 3603 casos incidentes de ICC, a partir de 4 coortes

prospectivas foram incluídos na metanálise. Os resultados da análise

estratificada sugeriu que a associação entre hipotensão e incidência de ICC

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 47

parecia ser significativa em indivíduos de meia idade com hipertensão e ou

diabetes, mas não significativa nos indivíduos idosos sem hipertensão ou

diabetes. Os resultados dos autores corroboram com os resultados deste

estudo onde os idosos possuiam como principal motivo de internação a ICC e

como principais comorbidades a hipertensão e o diabetes mellitus, o que

parece ter influenciado no risco elevado para quedas.

As doenças cardiovasculares estão relacionadas intrinsecamente a um

risco aumentado de queda e, indiretamente, pelo uso de medicamentos como

anti-hipertensivos (inibidores da enzima conversora de angiotensina e

diuréticos) que também podem estar associados aos fatores de risco para

quedas (VITORI; LOPES; ARAÚJO, 2010).

De acordo com a NANDA-I, as alterações decorrentes dos problemas

cardiovasculares estão incluídas no fator de risco para o diagnóstico de

enfermagem risco de queda, no domínio denominado alterações fisiológicas. A

NANDA-I considera a presença de doença vascular, hipotensão ortostática,

presença de doença aguda e vertigem como fatores de risco para queda

(NANDA I,2013).

Entre os idosos da amostra as principais complicações foram infecções

e úlceras por pressão que acometeram juntas 12% dos idosos hospitalizados, e

são considerados eventos adversos em saúde. A ocorrência de eventos

adversos tem um importante impacto no Sistema Único de Saúde por acarretar

o aumento na morbidade, na mortalidade, no tempo de tratamento dos

pacientes e nos custos assistenciais, além de repercutir em outros campos da

vida social e econômica do país (ANVISA, 2013).

Há uma incipiência de estudos que façam uma relação entre a

segurança do paciente e a prevenção de lesões cutaneomucosas, como as

úlceras por pressão, especialmente aos pacientes internados nas unidades

clínicas, cirúrgicas e unidades de terapia intensiva. Nesses cenários de

cuidado, o tempo de internação, o uso de dispositivos de cateterização, o uso

de sondas, e a imobilidade física são fatores que predispõe o aparecimento de

lesões (GONÇALVES et al, 2012; SANTOS, CEOLIN, 2009).

A etiologia das lesões cutaneomucosas podem ser danos associados à

assistência de enfermagem, ou seja, a falha de implementação dos cuidados

que coloca em risco a segurança do paciente, mais delicada no ambiente

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 48

hospitalar, pois a perda da integridade cutaneomucosa serve de porta de

entrada para os microorganismos, resultando em complicações clínicas e

períodos prolongados de hospitalização (BRASIL, 2013).

Em estudo realizado na Inglaterra por Thomas e Taylor (2012), a úlcera

por pressão é a causa mais comum de dano ao paciente, especialmente

associada aos períodos prolongados de hospitalização. Segundo Silva et al

(2012), o número elevado de flebites e o desenvolvimento exacerbado de

úlceras de pressão em uma unidade de internação clínica, pode estar

associado ao número inadequado de profissionais de enfermagem para

atender as necessidades de cuidados dos pacientes, ou seja, a falta de

recursos humanos no serviço de saúde está relacionada ao aumento de lesões

principalmente entre os idosos.

Revisão sistemática realizada por Anders et al (2010), aponta que os

pacientes com alto risco de úlceras de decúbito incluem aqueles que são

imobilizados por uma doença grave ou que têm múltiplos fatores de risco como

pacientes idosos com multimorbidades e limitação funcional, segundo os

autores, os idosos chegam a 60% dos pacientes que apresentam úlceras de

decubito. Isto ocorre porque nos idosos ocorrem mudanças relacionadas à

idade na pele, vasos sanguíneos e outros órgãos. Além disso, nos idosos,

involuntáriamente as mudanças de posição durante o sono são muito menos

frequentes (mesmo quando saudáveis) do que nos mais jovens, aumentando o

tempo de pressão sobre a mesma área do corpo por mais tempo.

Estudo realizado por Vieira et al (2014), identificou como fator de risco

prevalente entre os idosos hospitalizados apresentar hipertensão arterial

sistêmica e utilizar medicações como analgésicos, anti-hipertensivos e

anticoagulantes. Sobre o uso contínuo de medicações, outro estudo de Furman

(2010) observou como fator significativo para formação das úlceras por pressão

o uso de analgésicos por 60% dos pacientes, de anti-hipertensivos por 50% e

de anticoagulantes por 75% dos afetados, além de antibióticos, por 85%

desses pacientes.

O uso contínuo dos anti-hipertensivos reduz o fluxo sanguíneo e a

perfusão tissular, o que torna os pacientes mais susceptíveis à pressão,

facilitando o desenvolvimento da úlcera por pressão. O analgésico provoca

redução do estímulo natural de mudança de posição ao incômodo, e

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 49

consequente redução do alívio à pressão, colaborando para o desenvolvimento

da lesão (SAYAR, 2009).

De acordo com Theisen (2012), as úlceras de pressão durante a

hospitalização são um preditor independente e significativo de uma internação

prolongada para pacientes idosos. Este estudo indica que, além de

complicações e comorbidades fatores sociais, bem como os processos internos

do hospital de atendimento ao paciente, também podem desempenhar um

papel significativo.

Quanto ao risco de sarcopenia em idosos, observou-se que na amostra

deste estudo cerca de 39%, apresentavam risco de acordo com a medida da

circunferência da panturrilha. A circunferência da panturrilha é considerada

uma medida sensível de massa muscular no idoso, pois reflete mudanças na

massa livre de gordura, portanto, recomendada para avaliação de desnutrição

nessa população, pois representa um agravante para quedas (POWER et al,

2014).

Dados do estudo Invecchiamento e Longevità nel Sirente Study, estudo

populacional na Itália, observou relação significativa da circunferência da

panturrilha com a força de prensão palmar (p < 0,001), ajustada por sexo e

idade. Idosos desnutridos apresentaram pior valor médio em relação aos

eutróficos (LANDI et al, 2014).

Com o envelhecimento há redução do número de fibras musculares,

sobretudo as do tipo II. Alterações na sua estrutura e redução da eficiência do

sistema neurológico em recrutar unidades motoras, o que pode levar ao

comprometimento do desempenho neuromuscular. Desse modo, há aumento

da fraqueza muscular, lentidão dos movimentos e fadiga precoce, contribuindo

para limitações para caminhar, levantar-se, manter o equilíbrio, entre outras

atividades do cotidiano, aumentando o risco de quedas e dependência

funcional (POWER et al, 2014). De acordo com Matsudo e Barros Neto (2005)

a força muscular declina com a idade havendo perda gradual de 10% por

década a partir dos 50 anos e a medida que aumenta a idade cronológica,

diminui a atividade dos idosos.

Dentre algumas doenças que podem estar associadas à sarcopenia

encontram-se a maioria das doenças crônicas, incluindo a insuficiência renal

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 50

crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer, infecções e insuficiência

cardíaca congestiva (MARTINEZ et al, 2014).

Segundo Okoshi et al (2009), os pacientes com insuficiência cardíaca

congestiva podem ter emagrecimento tão acentuado que o diagnóstico de

caquexia e consequente sarcopenia torna-se evidente, no entanto, muitas

vezes pode ser difícil diagnosticar a caquexia em portadores de insuficiência

cardíaca, uma vez que o edema prejudica a avaliação do peso corporal e de

outras medidas antropométricas. Esta dificuldade pode ter ocorrido neste

estudo, pois analisamos apenas a circunferência da panturrilha dos idosos, não

utilizamos outras medidas como a bioimpedância, além disso o edema

consequente da ICC pode ter influenciado nos resultados da circunferência da

panturrilha e o consequente risco para sarcopenia.

Dentre os idosos da amostra 82,7% já haviam sido hospitalizados pelo

menos três vezes, com média de dez dias de internação. O tempo de

hospitalização e a reinternação são considerados fator de risco importante para

a perda funcional em idosos, tendo em vista que a restrição ao leito traz grande

perda de massa óssea e muscular e pode levar à perda da capacidade de

deambulação, além de aumentar o risco de quedas e fraturas. (SALES et al,

2010 ).

A hospitalização afasta o idoso do seu cotidiano para um ambiente com

rotinas e normas rígidas que podem refletir de forma negativa sobre a

capacidade de realização de atividades de vida diária (STHAL; BERTI;

PALHARES et al, 2011). Estudo de Wilson et al (2012) realizado em Chicago,

com idosos antes e depois da hospitalização identificou que, o nível de declínio

cognitivo de muitos dos pacientes mais velhos aumentou significativamente

após uma estada no hospital, afetando seu raciocínio e memória. É normal que

haja alguma perda nesta fase da vida, mas nos idosos hospitalizados ela mais

do que dobrou. De acordo com os autores do ponto de vista cognitivo, depois

da hospitalização foi como se as pessoas ficassem dez anos mais velhas do

que eram, principalmente as que já apresentavam algum declínio cognitivo e

doenças crônicas mais graves.

O repouso no leito durante a hospitalização, apesar de ser restaurador

na doença, pode trazer consequências deletérias para idosos. A diminuição de

massa muscular, a diminuição da força, a perda de complacência pulmonar e a

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 51

diminuição da capacidade aeróbia, ocorrem com o envelhecimento e podem

apresentar um agravamento ainda maior pela imobilidade muitas vezes

requerida durante a hospitalização. Além disso, estes indivíduos estão em alto

risco de complicações como trombose venosa profunda, síncope, atelectasias

e constipação (MENEZES, 2010). O risco de quedas aumenta, pois as

transferências são geralmente afetadas, já que para a realização destas, há

necessidade de força muscular dos membros inferiores e no caso de

imobilidade, os músculos mais profundamente comprometidos são os desta

região (MOTA et al, 2011).

Contribuindo com esses achados Sequeto e Santos (2014) afirmam

que a restrição ao leito na posição supina leva ao acúmulo de sangue no tórax,

simulando um aumento do volume sanguíneo circulante e levando à redução

na produção de hormônio antidiurético e perda de sódio e água. Dentro de 24 a

48 horas de restrição ao leito, o volume plasmático reduz até 7% ou 500 ml,

potencializando os efeitos da hipotensão postural e aumentando ainda mais o

risco de síncope e quedas entre os idosos hospitalizados.

Quanto aos hábitos de fumo, 62,7% dos idosos eram ex-fumantes com

tempo de tabagismo maior que dez anos, 44%. Em estudo realizado por

Zaitune et al (2012) no estado de São Paulo, a prevalência de fumantes foi

maior entre os homens, que não praticavam atividade física e que

apresentaram história de acidente vascular cerebral, câncer e doença pulmonar

crônica.

De acordo com Bazzano et al (2003), fumar cigarros é o maior fator de

risco para doenças cardiovasculares, incluindo doenças cardíacas

coronarianas, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica e

insuficiência cardíaca congestiva. Há uma relação entre fumar e aumento da

Proteína C Reativa (PCR), fibrinogênio e homocisteína, aumento da inflamação

e a hiperhomocistenemia, que são importantes mecanismos que promovem a

arteriosclerose.

Sachs-Ericsson (2009) identificou que idosos tabagistas, por terem

sofrido em suas vidas exposições mais longas ao fumo, a cigarros sem filtro e

com elevados teores de nicotina têm maior risco atual de apresentar doenças

relacionadas ao cigarro do que a população de fumantes desta geração. O

consumo de tabaco pelos idosos tende a favorecer o surgimento de

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 52

comorbidades, ampliando os gastos deste grupo etário com cuidados de

saúde.

Estudos epidemiológicos desenvolvidos em grandes populações

idosas, no Canadá e nos Estados Unidos, evidenciaram associações entre o

hábito de fumar e um pior prognóstico da saúde. Esses idosos apresentaram

tosse, dor no peito, nas pernas, sintomas depressivos, redução da função física

como caminhar e subir escadas, o que pode predispor ao risco de quedas

(WHO, 2008).

Além disso, o uso de cigarro é considerado fator de risco moderado

para a osteoporose, uma vez que os componentes químicos do cigarro, entre

eles a nicotina, atuam deprimindo a atividade do osteoblasto, tanto diretamente

como por via hormonal, déficit médio de 5 a 10% na densidade óssea de

indivíduos fumantes também são relatados. Por seu efeito prejudicial na

densidade mineral óssea, o cigarro tem sido também apontado como capaz de

aumentar o risco à fraturas bem como induzir a perda de massa óssea em

homens e mulheres, provavelmente pelo seu efeito anti-estrogênico, que reduz

o nível de estradiol e o aumento de globulinas ligantes de hormônios sexuais

(FRÓES et al, 2002).

Em relação à ingestão de bebida alcoólica 65,3% não ingeria. No

entanto, entre os que afirmaram ingerir bebida alcoólica 20% afirmou realizar

ingesta frequentemente, se considerarmos as porcentagens válidas apenas

para este grupo, analisamos que 57% consomem álcool com frequência. Os

idosos que consomem bebida alcoólica estão mais propensos a quadros de

depressão e irritabilidade, o alcoolismo altera a função hepática do idoso

levando à cirrose hepática e insuficiência hepática, além de aumentar o risco

para quedas e morte (ANDRADE, 2015)

Segundo Lima (2009), o envelhecimento por si só já acarreta perda

cognitiva em determinados aspectos como a velocidade de processamento e

tempo de reação. O envelhecimento quando associado ao alto consumo de

álcool, parece interferir mais rápido e negativamente no desempenho cognitivo,

o que repercute na atenção visuoespacial, que envolve a correta percepção da

distância entre objetos assim como a relação destes com a própria pessoa, isto

pode aumentar a chance de quedas.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 53

7.3 ASPECTOS RELACIONADOS À SEGURANÇA DOS IDOSOS

HOSPITALIZADOS

A identificação está presente na vida do ser humano desde seu

nascimento, no entanto, ao serem admitidos na maioria dos hospitais, os

cidadãos se despersonalizam passando, por vezes, a representar apenas um

corpo portador de uma determinada doença e que ocupa um leito hospitalar.

Nos serviços de saúde, observa-se a prática comum entre os profissionais, de

referir-se aos pacientes pelo número do leito ou pela doença que o trouxe ao

serviço. Processos falhos de identificação do paciente estão dentre as causas

mais comuns de eventos adversos na administração de medicamentos, de

sangue e hemoderivados, nos exames diagnósticos, nos procedimentos

cirúrgicos e na entrega de recém-nascidos (ANVISA, 2013).

Neste estudo, observou-se que o hospital não utilizava pulseiras de

identificação nos idosos durante o período de hospitalização, além disso, 17%

possuíam nomes similares ou idênticos na mesma enfermaria. De acordo com

a ANVISA (2013), nomes iguais ou semelhantes, quando internados no mesmo

quarto, são fonte provável de incidentes relativos à troca de medicamentos,

exames, procedimentos cirúrgicos e troca de informações na passagem de

plantão. O próprio paciente também pode ser a causa da ocorrência de erros,

pelo uso de documentos de outras pessoas para acessar o serviço ou mesmo

pelo fornecimento de informações imprecisas quando questionados acerca de

seu nome.

Para assegurar a qualidade e segurança do cuidado no serviço de

saúde, é indispensável à prática da identificação correta do paciente. O

atendimento em saúde constitui-se num processo composto por várias etapas,

que envolvem múltiplos procedimentos de diagnóstico e tratamento executados

por diferentes profissionais. Para isso é necessário adotar protocolos para

todos os pacientes, levando em consideração que pacientes com nomes

idênticos ou similares não devem ficar na mesma enfermaria (REBRAENSP,

2013).

A Portaria MS/GM nº 529/2013 estabelece que um conjunto de

protocolos básicos, definidos pela OMS como metas internacionais para

segurança do paciente. O PNSP, institui que estes protocolos (figura 3), devem

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 54

ser implementados em todos os serviços de saúde brasileiros, a identificação

do paciente é a primeira meta do protocolo a ser seguida (BRASIL, 2013).

Segundo Hoffmeister e Moura (2015), a estratégia de implantar pulseiras de

identificação como uma das ferramentas de cuidado com a segurança dos

pacientes configura-se como uma prática de baixo custo para as instituições e

de fácil inserção na rotina dos cuidados dos profissionais de saúde.

No Brasil, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia,

juntamente com o Centro Colaborador para Qualidade e Segurança do

Paciente – Proqualis /FIOCRUZ criaram em 2013 um protocolo denominado

rotina de identificação correta do paciente – meta internacional de segurança

(PROQUALIS, 2013).

Neste documento o enfermeiro da sala de admissão é o único

responsável por identificar o paciente com o nome completo e nº do prontuário,

registrados a caneta com letra legível em local próprio da pulseira branca,

colocar a pulseira no punho direito do paciente, e orientá-lo quanto à

Figura 3: Metas da segurança do paciente, Brasil, 2013

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 55

necessidade de seu uso durante todo o período de internação, explicando seu

propósito como sendo o de segurança relacionada aos diferentes processos de

cuidado envolvidos durante a internação. O protocolo possui outras séries de

exigências e o que fazer nos casos em que a pulseira não pode ser colocada

no membro superior direito (Anexo C), (PROQUALIS, 2013).

Um estudo americano de Howanitz et al (2002) reuniu dados de 217

instituições de saúde, obtendo um total de 1.757.730 pulseiras de identificação

avaliadas. Deste total, 45.197 (2,57%) das observações possuíam erros, sendo

71,6% atribuídos a pulseiras ausentes, 7,7% a pulseiras ilegíveis, 6,8% a

pulseiras com informações erradas, 9,1% a pulseiras com informações

apagadas, 3,7% a pulseiras com dados conflitantes e 1,1% à pulseira errada.

Os autores referem que pulseiras erradas são mais fáceis de corrigir do que a

ausência de pulseiras de identificação, porque sem identificação o risco de

erros é muito maior.

Quanto ao número de medicações utilizadas pelos idosos 48% possuía

de 1 a 5 medicações prescritas para uso, o Centro Ibero-Americano para a

Terceira Idade considera esse fato como polifarmácia, ou seja, quando o

paciente consome 5 ou mais medicamentos (SILVA et al, 2012). A frequência

de eventos adversos relacionados aos medicamentos é maior entre os idosos,

aumentando expressivamente de acordo com a complexidade da terapia. O

risco de ocorrência aumenta em 13% com o uso de dois medicamentos, e de

58% quando este número aumenta para cinco, elevando-se para 82% nos

casos em que são consumidos sete ou mais medicamentos (PRYBYS et al,

2002).

No Brasil estima-se que apenas 23% da população consome 60% da

produção nacional de medicamentos, especialmente as pessoas acima de 60

anos. O Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE) realizado com

2.143 idosos da cidade de São Paulo apontou que 84,3% deles usaram

medicamentos. (CARVALHO, 2007). Em outras cidades brasileiras de

diferentes estados, observou-se que 69,1% a 85% dos idosos usava um

medicamento prescrito, demonstrando a alta prevalência de consumo nesta

faixa etária (LOYOLA FILHO et al, 2007).

Estudo de coorte prospectivo realizado com idosos internados em

unidades de clínica médica, de três hospitais do Mato Grosso encontrou entre

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 56

os preditores para quedas durante a internação a baixa escolaridade, a

polifarmácia e o uso de laxativos e antipsicóticos (ABREU et al, 2015). Um

estudo de caso controle realizado no Japão, mostrou associação entre o uso

de anti-hipertensivos, antiparkinsonianos, antiansiolíticos e benzodiazepínicos

e o aumento do risco de quedas risco de quedas, os autores afirmam que os

profissionais de saúde devem estar cientes da possibilidade de que começar

uma medicação pertencente aos grupos citados pode atuar como um gatilho

para o aparecimento de quedas entre os idosos hospitalizados (SHUTO et al,

2010).

Cerca de 93,3% dos idosos, realizaram algum tipo de procedimento

invasivo durante a hospitalização, e entre eles, o principal foi a punção para

dispositivo intravenoso ou venóclise. O uso de dispositivos intravenosos tem o

potencial de causar dano ao paciente e está associado à morbidade e

mortalidade, especialmente durante a internação hospitalar, pois é propício à

contaminação direta ou indireta do paciente por microrganismos e a infecção,

que é uma das principais e mais graves iatrogenias (REBRAENSP, 2013).

Eliopoulos (2005) cita, dentre outros fatores de risco para quedas, a

presença de: cateteres de demora, presença de cateter venoso, distúrbio na

marcha, uso de bengala, andador, cadeira de rodas, muleta, colete e transtorno

do humor. A escala de Morse também considera o uso de dispositivo para

medicação endovenosa fator de risco para quedas e utiliza este dado, dentre

outros, para predizer o risco do paciente (URBANETTO et al., 2013). Em um

hospital particular de São Paulo, considerando o uso de dispositivo intravenoso

e o risco de quedas, os enfermeiros são responsáveis por avaliar

continuamente a possibilidade de desinvasão do paciente, ou seja, a retirada

dos dispositivos ao longo da internação (BREVES, 2016).

Os resultados apontaram que cerca de 52% dos idosos internados que

fizeram parte deste estudo tinham risco elevado para quedas de acordo com o

escore da escala de Morse. Estudo realizado por Almeida (2012) em Portugal

encontrou 42%, dos pacientes com alto risco de queda. Na Córeia do Sul, Sung

et al (2014) encontraram 50% de pacientes com elevado risco de quedas. Em

estudo realizado com pacientes dos 18 aos 88 anos em hospital da Espanha,

Lagunas-Parras et al (2011), avaliaram o risco de quedas e depois as quedas

que ocorreram ao longo da internação. Os autores encontraram apenas 19%

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 57

de pacientes com elevado índice de quedas pela escala de Morse, dentre

estes, maioria era idoso, e das quedas ocorridas neste hospital 52,8%, foram

nos idosos avaliados, o que indica a necessidade de monitoramento da equipe

de enfermagem bem como a implantação de medidas preventivas.

No estudo que construiu a escala de Morse, a classificação de risco

elevado foi a mais frequente com 76,9% dos pacientes, seguida do risco

moderado com 16,4% (MORSE, 1989). O risco elevado e o moderado em

estudo realizado por Remor et al (2014) associaram-se à ocorrência de

quedas, demonstrando que, as quedas no ambiente hospitalar são possíveis

de prevenção através da identificação, a partir da escala de Morse.

Na análise da relação entre a circunferência da panturrilha e a escala

de Morse observamos que houve ausência de associação entre o risco elevado

para quedas e o valor da circunferência da panturrilha menor que 31

centímetros. De acordo com estudos que avaliaram a relação entre força

muscular e a CP, realizados por Goodpaster et al (2006), Clark et al (2008) e

Garcia et al (2011) este resultado pode indicar uma dissociação entre massa e

força muscular e que a redução da força em idosos pode ser muito maior que

diminuição da massa muscular ocorrida no envelhecimento. Além disso, os

autores analisam que os resultados da medida da CP pode ter sido

influenciado pela presença de gordura subcutânea, que seria um fator de

confusão, dos participantes com sobrepeso e possivelmente com obesidade

sarcopênica.

Neste estudo, foi possível identificarmos, mais um fator de confusão

que é o edema presente em alguns idosos da amostra com Insuficiencia

Cardíaca Congestiva, que entre seus sintomas apresenta a sobrecarga hídrica

nos membros inferiores, dificultando, portanto, essa relação. Os resultados

encontrados podem indicar também que os idosos mesmo que apresentem os

resultados considerados como massa muscular eutrófica, podem apresentar

risco elevado para quedas devido aos outros fatores intrínsecos do

envelhecimento e aos fatores ambientais.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 58

7.4. A SEGURANÇA DO PACIENTE QUANTO AO RISCO DE QUEDAS E A

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Um guia publicado por enfermeiras norte americanas, afirma que a

avaliação dos fatores de risco em pacientes internados constitui um cuidado

que precisa ser desenvolvido no momento da internação e durante todo o

período em que permanecem hospitalizados. Para ajudar a garantir a

segurança do paciente em um ambiente hospitalar, a “enfermeira necessita

direcionar uma visão de 360 graus do quarto cada vez que entrar e sair”. A

percepção da profissional em relação aos possíveis riscos que o ambiente

apresenta é fundamental para a prevenção de acidentes por quedas (KULIK,

2011).

Segundo o Manual de Assistência Segura da ANVISA, em instituições

hospitalares, as equipes de enfermagem são:

“As principais fontes de cuidado e apoio aos pacientes e familiares

nos momentos mais vulneráveis de suas vidas, desempenhando um papel

central nos serviços fornecidos aos pacientes. Devido a isso, os

profissionais de enfermagem concentram grande parte das atividades e dos

processos de atendimento nos serviços de saúde, o que determina um alto

envolvimento desta equipe nas falhas que ocorrem na assistência ao

paciente, tais como erros de medicação, queda do paciente, extubação,

queimaduras durante procedimentos, hemorragias por desconexão de

drenos e cateteres, úlceras por pressão, infecções, erros em

hemotransfusões, entre outros” (ANVISA, 2013, pg.68).

Nesse sentido, destaca-se que os enfermeiros possuem papel

primordial na avaliação e prevenção em todos os campos do ambiente

hospitalar, inclusive de quedas. Estudo realizado por Staggs e Dunton (2013)

avaliou a relação entre o contingente de enfermeiros e técnicos de enfermagem

em unidades intermediárias e clínicas, a associação entre o contingente de

enfermeiros e a taxa de quedas dependeu do nível da equipe. Os autores

concluíram que aumentar o contingente de técnicos de enfermagem parece ser

uma estratégia ineficaz para prevenir a queda de pacientes desassistidos sem

aumentar o contingente de enfermeiros dependendo do tipo de unidade.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 59

Quanto maior o número de pessoal de enfermagem, ou horas de

enfermagem por paciente, menor o número de quedas entre os pacientes.

Maiores taxas de quedas foram associadas com menores números de horas de

enfermagem por paciente por dia. Estudo brasileiro evidenciou que a medida

que atribui-se mais pacientes para a equipe de enfermagem nas 24hs,

aumenta-se a incidência de quedas do leito entre os pacientes atendidos

(MAGALHAES, 2012).

A relevância do enfermeiro na prevenção de quedas é presente

também em idosos na comunidade. Pesquisadores do Reino Unido realizaram

revisão sistemática buscando a eficácia clínica e a relação custo e efetividade

da promoção da saúde e prevenção de quedas, em um programa conduzido

por enfermeiros em home care com idosos. Foi evidenciado que há poucos

estudos de qualidade nesta área e que os enfermeiros oferecem benefícios

clínicos importantes para várias dimensões da saúde dos idosos atendidos

(TAPPENDEN et al 2012).

De acordo com Pasa (2014), a avaliação de risco para quedas dos

pacientes hospitalizados, por meio da escala de Morse, tende a acrescentar ao

Processo de Enfermagem que é desenvolvido em fases inter-relacionadas,

sendo elas: coleta dos dados ou avaliação do paciente; diagnóstico de

enfermagem ; planejamento das estratégias; implementação e avaliação,

Dessa maneira, a utilização da referida escala poderá auxiliar na primeira fase

do processo de enfermagem, servindo de subsídio para as fases

subsequentes, além de qualificar a assistência prestada pela equipe.

No processo de enfermagem a NANDA-Internacional, fornece o

diagnóstico de enfermagem risco de quedas, para orientar e definir o

planejamento das intervenções da assistência de enfermagem (NANDA, 2013).

Estudo de Morais et al (2012) identificou em um hospital do Nordeste que dos

idosos internados com média de idade de 70, 6 anos, 100% dos participantes

possuíam pelo menos um fator de risco que os enquadrava no diagnóstico de

enfermagem risco de quedas.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 60

7.5 ESTRATÉGIAS PARA A SEGURANÇA DO IDOSO HOSPITALIZADO

QUANTO AO RISCO DE QUEDAS.

Após a análise dos resultados encontrados neste estudo identificamos

que os idosos internados no hospital pesquisado apresentavam vários fatores

de risco para quedas (fig. 4). Como contribuições deste estudo, neste capítulo

discutem-se estratégias que podem ser utilizadas pelo enfermeiro e pela

equipe com foco na segurança do idoso hospitalizado.

Segundo Wexler et al (2011) não podemos afirmar que exista um

método fácil para sustentar um programa de prevenção de quedas, bem como

não existe uma ferramenta de avaliação de risco de queda ideal aplicável a

todas as configurações, existem as mais adequadas para os tipos de pacientes

como os idosos. O que os estudos apontam é a necessidade da atuação

multiprofissional para reduzir significativamente os índices de quedas no

ambiente hospitalar.

Nesta pesquisa sugerimos para a equipe de enfermagem a utilização

dos cinco componentes utilizados pelo programa da American Nurses

Credenciamento Center (ANCC), denominado Program Magnet. O programa é

patenteado e registrado pela ANCC e fornece um certificado de excelência de

cuidados de enfermagem denominado ímã. O Magnet (fig.5) possui uma

estrutura para o desenvolvimento de programa de prevenção de quedas que

Figura 4: Fatores de risco de quedas em idosos hospitalizados. Adaptado de Jonas et

al (2014) por Sarges (2016).

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 61

produz consistentemente resultados nos pacientes sustentando e

demonstrando uma cultura de segurança em ambientes de cuidados agudos e

certificando instituições que implantam o programa, o certificado é conhecido

nos Estados Unidos como o padrão ouro dos serviços de enfermagem sendo o

mais alto grau de reconhecimento concedido aos enfermeiros e as instituições

onde eles atuam (WEXLER, 2011).

Apresenta-se no quadro 2 um resumo do esquema do modelo Magnet

para prevenção de quedas composto por cinco componentes: a liderança

transformacional; capacitação estrutural; a prática profissional exemplar (PPE);

novos conhecimentos com inovação e iniciativas e os resultados empíricos.

Este modelo da ANCC tem ênfase na aplicação de um modelo de prática

baseada em evidências por meio de soluções de ponto de serviço, inovações e

colaboração, a abordagem afasta-se do método tradicional para as iniciativas

de melhoria da qualidade. Capacitando e envolvendo a equipe de enfermagem

e a multiprofissional desde o início, divulgando dados, envolvendo a equipe em

grupos de trabalho e a contínua atualização e educação de pessoal ajuda a

garantir que os profissionais incorporem seus valores em sua prática (WEXLER

et al 2011).

É importante ressaltar que, apesar de a equipe de enfermagem ser o

pilar dos cuidados ao paciente idoso hospitalizado, seu desempenho é

altamente influenciado pela gestão compartilhada de cuidados, com a equipe

multiprofissional (MENDONÇA et al 2015). Segundo a Rebraensp (2013), os

estabelecimentos de saúde devem estabelecer um programa de avaliação do

risco de quedas, tanto os relacionados à pessoa quanto ao ambiente, ou utilizar

escalas de avaliação de risco. Como exemplo, a Morse Fall Scale, depois de

identificado o risco de queda a equipe deve adotar os procedimentos

necessários para evitar ou minimizar os riscos ao paciente.

Estudo de Teixeira e Cassiani (2014) identificou que grande parte dos

fatores causais das quedas dos pacientes internados foi influenciada pela

ausência de um protocolo de prevenção de quedas na instituição estudada. As

autoras afirmam que o protocolo institucional para a prevenção de quedas tem

papel ímpar nas instituições de saúde, a partir do momento em que é

elaborado, focando nas melhores práticas, com escala de avaliação de risco e

incorporada rotineiramente e as medidas preventivas adequadas passam a ser

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 62

adotadas pelos membros da equipe de saúde a fim de evitar incidentes

relacionados à segurança dos pacientes.

Passo 4: novos conhecimentos: políticas e procedimentos precisam ser apresentados a todo o pessoal; em muitos casos, a educação do pessoal é necessária, assim como para assegurar o cumprimento das iniciativas.

Passo 5: resultados empíricos: ferramentas contínuas de monitoramento de qualidade. O CRQ continua a reunir-se regularmente para analisar os dados, identificar tendências em quedas e lesões, e determinar se as unidades exigem mais educação ou assistência para levar à cabo as políticas

Quadro 2. Componentes do modelo Magnet.Adaptado de Wexler et al 2011

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 63

O PROQUALIS disponibiliza o protocolo multiprofissional para risco de

quedas do Hospital Sírio Libanês de São Paulo, pioneiro nas estratégias para

segurança do paciente no Brasil. O hospital utiliza a escala de avaliação de

quedas no momento da admissão do paciente. A escala utilizada é a Fall Risk

Assessment Tool Jonhs Hopkins – JH-FRAT (Escala de avaliação de Risco de

Queda de Johns Hopkins – JH-FRAT) que foi elaborada por profissionais e

pesquisadores do Johns Hopkins Hospital e Johns Hopkins University School of

Nursing (HOPKINS MEDICINE, 2016).

Esta escala é muito prática para ser aplicada durante a admissão do

idoso pelo enfermeiro, pois não demanda muito tempo, e avalia vários

aspectos que as demais escalas não avaliam, no entanto, é uma escala

patenteada e custa $600 dólares a licença para o uso no hospital ou

estabelecimento de saúde (HOPKINS MEDICINE, 2016).

Com base na dificuldade orçamentária de um hospital público, como

o escolhido para este estudo, comprar a escala JH-FRAT, optou-se por

adaptar um fluxograma disponibilizado pelo PROQUALIS que é baseado na

pontuação da escala JH-FRAT (anexo 8), para os resultados da escala de

Morse utilizada neste estudo. O referido fluxograma (anexo 9) considera as

cores verde, amarelo e vermelho para classificar o risco leve, moderado e

elevado de quedas dos idosos, bem como apresenta um plano de cuidados

resumido para a equipe de enfermagem e demais profissionais da equipe

multiprofissional.

Sugere-se ainda ao enfermeiro que considere que o idoso admitido

no hospital que já tenha história de mais de duas quedas nos últimos seis

meses deve ser enquadrado imediatamente como paciente com risco elevado

para quedas, mesmo sem a aplicação de qualquer escala, pois os estudos

realizados pela equipe do Johns Hopkins Hospital comprovaram que este é

um aspecto de extrema relevância no aumento do risco de quedas entre os

idosos hospitalizados (HOPKINS MEDICINE, 2016).

Vários domínios e funcionalidades são importantes ao se avaliar o

risco de quedas em idosos, Mendonça et al (2015) destaca três que devem

ser considerados pelos profissionais: a função de mobilidade, ou seja, a

capacidade de locomoção e equilíbrio, função mental, entendida como a

capacidade de atenção, função psicomotora no caso dos idosos com

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 64

Parkinson, quadros de agitação como nos idosos com demência e a função

de continência e eliminações.

Além da implantação do protocolo, é necessário que os gestores e

administradores encorajem os profissionais a notificar a ocorrência de

incidentes relacionados a segurança do paciente, focando a cultura de

segurança e a não punição, pois frequentemente o medo da punição envolve a

não notificação dos incidentes ocorridos. O sucesso de um sistema de

notificação depende da eliminação de alguns tabus associados a ela, portanto

mudanças culturais para tornar a notificação uma ação voluntaria devem ser

desenvolvidas (MENDONÇA et al, 2015).

O Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo desenvolve um

programa de prevenção de quedas nos pacientes hospitalizados, além do

protocolo de identificação e das ações para prevenção, é utilizado o relatório de

queda de paciente (Anexo 6), este relatório pode ser utilizado pela equipe que

ficar responsável pelo núcleo de segurança do paciente do hospital deste

estudo (TEIXEIRA; CASSIANI, 2014).

8. LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo apresentou como limitações o fato de ser um estudo

transversal que analisa apenas um momento do evento, quando o

monitoramento do evento queda deve ser constante nos idosos. Além disso,

houve limitação da amostra, estudos prospectivos e caso controle devem ser

realizados para comparações futuras.

A escala de Morse é indicada para avaliar pacientes hospitalizados, no

entanto por serem idosos, há a necessidade de que outros testes próprios da

gerontologia sejam aplicados desde a recepção até a sua alta, para se ter uma

avaliação mais detalhada e implementação de plano de cuidados pelos

enfermeiros do hospital. Porém, os resultados ora apresentados visam

contribuir para a elaboração dos protocolos de prevenção de quedas, já que no

hospital em tela os testes gerontológico não fazem parte da rotina de

assistência.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 65

9. CONCLUSÃO

Os objetivos do estudo foram alcançados na medida em que se

identificaram os principais riscos para quedas em idosos hospitalizados que

poderiam implicar na sua segurança. Identificou-se que os idosos da instituição

pesquisada apresentam alto risco para quedas. Destacou-se também neste

estudo, que é consenso internacional o uso de tecnologias como a Morse Fall

Scale, pois ajudam a prevenir e a reduzir quedas em idosos hospitalizados

quando o plano de cuidados for implantado com base em seus resultados.

Com base nos resultados encontrados recomenda-se que a equipe de

saúde do hospital siga as medidas de prevenção de quedas em pacientes

hospitalizados discutidas neste estudo, sendo necessária a implementação de

protocolos e escalas preditivas como a escala de Morse, que utilizem um

fluxograma de risco, bem como o relatório de quedas para que possam ser

identificadas além das causas intrínsecas as causas específicas do hospital

como o ambiente e a atuação dos profissionais.

Nesse aspecto, os resultados desta pesquisa serão compartilhados

com os membros da gestão de risco do hospital que estão implantando o

Núcleo de Segurança do Paciente, que será um dos primeiros da região Norte.

Outro aspecto a ser considerado é quanto ao investimento pelo hospital na

capacitação de recursos humanos para a disseminação da cultura de

segurança entre os profissionais, que pode fortalecer a diminuição do evento

adverso das quedas.

Os resultados deste estudo oportunizaram também à autora, ressaltar

que a prevenção e manejo do risco de quedas em idosos estão diretamente

ligados ao cuidado de enfermagem, como discutido ao longo dos capítulos

nesta pesquisa, assim como, traz uma contribuição para que outros estudos

sejam realizados pelos enfermeiros acerca do evento queda, formas de

identificação de risco e manejo no ambiente hospitalar. As pesquisas na área

de quedas em idosos no ambiente hospitalar podem tornar o enfermeiro

expertise nessa temática, melhorando a qualidade da formação dos

profissionais, bem como o nível de evidencia para a assistência aos idosos.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 66

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ENFERM

RETROSPECTIVO

E DESCRITIVO

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2011

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CHROSTOWSKI,

W.

WASZYNSKI, C.

DIMENSION OF

CRITICAL CARE

NURSING

ESTUDO

DESCRITIVO

Os autores

descrevem a

aplicação em

unidade de

cuidados intensivos

de um modelo de

cuidado geriátrico,

visando alcançar a

redução de quedas

e a identificação de

delirium.

2011

TITLER, M.G. et

al.

RESEARCH AND

THEORY FOR

NURSING

PRACTICE

ESTUDO

EXPLORATÓRIO,

DESCRITIVO.

Os autores avaliaram 7.851 pacientes idosos, internados em serviços de cuidados agudos . Os critérios de inclusão elvolviam pacientes que tivessem o Nursing Interventions Classification (NIC) estabelecido e avaliados por uma escala de risco de quedas.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 84

2012 ERIN, Dean. NURSING OLDER

PEOPLE

ESTUDO DE CASO

A autora relata os resultados obtidos na enfermaria onde realiza assistência após a implantação do projeto FallSafe que visava reduzir os custos hospitalares a partir da redução das quedas nos idosos internados . Os resultados foram redução de 25 por cento das quedas

2013 MENÉNDEZ,M.D.

, et al.

REVISTA

CALIDAD

ASISTENCIAL

DESCRITIVO E

RETROSPECTIVO

Os autores

identificaram que a prevenção de quedas

nas unidades

geriátricas do hospital

espanhol analisado é

de suma importância

para a redução de

danos aos idosos e a

redução de custos

hospitalares. Medidas

simples como a

redução da altura das

camas, apresentou

resultado significativo

na redução do índice

de quedas entre os

idosos.

2012

SHANAHAN, D.J

INTERNATIONAL

JOURNAL OF

OLDER PEOPLE

NURSING

REVISAO DA

LITERATURA

O autor investiga o

uso das grades do

leito para

prevenção de

quedas em idosos.

Os achados

demonstram a

importância do

enfermeiro na

orientação para as

grades do leito

considerando a

segurança física do

idoso como parte

do cuidado

holístico.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 85

Fonte: Sarges, N. A, 2015.

2013 BOLTZ, M. et al INTERNATIONAL

JOURNAL OF

OLDER PEOPLE

NURSING

ESTUDO

QUANTITATIVO E

QUALITATIVO

Utilizando correlações e análise de variância, juntamente com análise de conteúdo e avaliação da convergência, os autores chegam a conclusão que é necessário uma mudança de paradigmas para valorizar não apenas a ausência de quedas, mas também a preservação ou restauração da independência do idoso hospitalizado.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 86

APÊNDICE B. Instrumento de Coleta de Dados Participante Nº__________

I-Dados Sociodemográficos Resposta

1.Idade:_______anos

2.Sexo. 1( ) masculino 2 ( ) feminino

3. Procedência.1( ) Belém 2( ) Outro Município. Qual______

4. Renda mensal. 1( ) Sim 2 ( ) Não. 1( ) Até 1 salário mínimo 2( ) 1-3 salários mínimos 3( ) > 3 salários mínimos

5.Esolaridade. 1( ) Nunca estudou 2 ( ) 1 a 3 anos 3( ) 4 a 8 anos 4( ) > 8 anos

II- Dados Epidemiológicos, da Saúde e Ambientais

1.Motivo da internação__________

2.Número de internações: 1( ) 1 a 3 2( ) 3 a 5 3( ) >5

3.Tempo de internação:______(dias)_____(meses)

4.Teve complicações da doença durante a internação. 1( ) Sim 2( ) Não. Se sim. Qual(is)?_____________

5.Foi submetido a algum procedimento cirúrgico. 1( ) Sim 2 ( ) Não. Se sim. Qual? _________

6. Tem comorbidades.1( ) Sim 2 ( ) Não. Se sim qual(is)____________

7. Foi submetido algum procedimento invasivo (puncionamento de veia profunda, cateterismo vesical e ou gástrico). 1( ) Sim 2( ) Não. Se sim qual?___________________

8.Fumo.1( ) Fumante 2( ) Ex-fumante 3( ) Nunca fumou

9. Se é o foi fumante. Quanto tempo? ________

10. Ingere bebida alcóolica.1( ) Sim 2 ( ) Não. Se sim, com que frequência: 1( ) Às vezes 2( ) Frequentemente

11. Número de medicamentos em uso. Quais?________

12. Número de leitos no ambiente(enfermaria/quarto) ____________

13. Presença de barras de proteção (enfermaria, quarto, banheiro) 1( ) Sim 2( ) Não. Se sim ,em que local?______

14. Assento do vaso sanitário é adaptado para pessoas idosas. 1( ) Sim 2( ) Não

15. A iluminação da enfermaria permite que o idoso se desloque dentro da enfermaria sem risco de cair: 1( ) Sim Não( ) 3( ) Não se aplica

16. Circunferencia da panturrilha:

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 87

APÊNDICE C. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Governo do Estado do Pará

Universidade do Estado do Pará Escola de Enfermagem Magalhães Barata

Curso de Graduação em Enfermagem – Campus IV Núcleo de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido O Sr(a) está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa que tem como título: Avaliação da Segurança do Idoso Hospitalizado quanto ao Risco de Quedas.Com o objetivo de avaliar a segurança dos idosos hospitalizados quanto ao risco de quedas. A sua participação na pesquisa será autorizar que seus dados pessoais e da

saúde constantes na sua documentação do hospital possam ser colocados nesta

pesquisa, além de fornecer informações quanto a quedas antes ou durante a

hospitalização. Mas, o Sr(a) tem a liberdade de não responder as perguntas caso lhe

cause constrangimento.

Porém, existe o risco mínimo de suas informações pessoais ou da saúde serem

reveladas, mas para garantir que isso não ocorra, seu nome não constará nos

formulários da pesquisa em para isto serão utilizados apenas códigos e números.

Informo-lhe também que está pesquisa poderá trazer benefícios para os idosos e para os profissionais de saúde, pois seus resultados serão apresentados aos gestores deste hospital, em eventos científicos ou outro meio de comunicação, como em revistas científicas, para que se possa buscar medidas preventivas de evitar quedas para sua segurança durante a hospitalização, e após a sua alta do hospital.

As informações informações desta pesquisa permanecerão guardadas por

cinco anos e a qualquer momento o Sr(a) poderá retirar seu consentimento ou interromper a participação na pesquisa e todo material anotado será devolvido ou queimado.

Não haverá nenhuma despesa pessoal durante a pesquisa e assim como

nenhuma forma de pagamento por participação. Se houver dúvidas e desejar

esclarecimentos sobre a pesquisa poderá fazer contato com o responsável

(Professora Drª.Maria Izabel Penha Oliveira Santos, fone: (91)981581028, você

também poderá entrar em contato com o CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) da

Universidade do Estado do Pará, End. Av. José Bonifácio, 1289; CEP: 66063-110;

Fone: (091)3249-0236; Fax. (091) 3249-4671 Ramal 208, email:

[email protected], se tiver qualquer dúvida com relação aos seus

direitos.Contato dos demais pesquisadores: Emanuelle Cordeiro

Chaves(fone:983860546); Nathalia de Araújo Sarges(fone:981198071); Dayseanne

Costa Vieira(fone:982045867); Eula Oliveira Santos das Neves(fone:980879871);

Pollyana Lameira(fone: 982911414); Mayara Cristina Pojo da Silva(fone:9 82513297);

Magali da Rosa Almeida(fone:980705003); .Emerson Glauber Abreu dos Santos(fone:

98451812) Jessika Cardoso de Souza(fone: 981995722)

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 88

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE, APÓS ESCLARECIMENTO

Declaro que li e/ou ouvi o esclarecimento acima e compreendi as informações

que me foram explicadas sobre a pesquisa. Conversei com a coordenadora e/ ou

pesquisadores do projeto sobre minha decisão em participar, autorizando a realização

da entrevista, ficando claro para mim, quais são os objetivos da pesquisa, a forma

como vou participar, os riscos e benefícios e as garantias de anonimato e de

esclarecimento permanente. Ficou claro também, que a minha participação não tem

despesas nem receberei nenhum tipo de pagamento, podendo retirar o meu

consentimento a qualquer momento, sem penalidades ou prejuízos. Concordo

voluntáriamente participar desse estudo assinando este termo em duas vias e uma

ficará comigo.Informo-lhe ainda que esse termo será impresso em duas folhas de

papel devidamente numeradas em folha 1 e folha 2 e cosntará a assinatura abreviada

do pesquisador na primeira folha e na segunda a minha a do participante e do

pesquisador responsável .

Belém, ______de____________________de 20____

Assinatura do (a) voluntário (a) ____________________________________

Assinatura do (a) pesquisador(a):

Digital do Voluntário

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 89

APÊNDICE D. Termo de Autorização de Acesso ao Prontuário.

Governo do Estado do Pará Universidade do Estado do Pará

Curso de Graduação em Enfermagem – Campus IV Núcleo de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE ACESSO AOS PRONTUÁRIOS(TAAP)

Nos do grupo de pesquisa GESIAMA(UEPA/CNPq) ) Maria Izabel Penha de

Oliveira Santos, Juarez Antônio Simões Quaresma, Anderson Lineu Emanuelle

Cordeiro Chaves, Nathalia de Araújo Sarges, Daiane de Souza Fernandes,

Dayseanne Costa Vieira, Eula Oliveira Santos das Neves, Pollyana Lameira,

Mayara Cristina Pojo da Silva, Magali da Rosa Almeida, Emerson Glauber

Abreu dos Santos, Jessika Cardoso de Souza realizaremos uma pesquisa que

tem por título: Avaliação da Segurança do Paciente Idoso Hospitalizado

pelo Risco de Quedas, com o objetivo de avaliar a segurança do idoso

hospitalizado quanto ao risco de quedas.

Informo que a realização desta pesquisa foi aprovada por esta instituição e por

um Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. No momento solicito

sua autorização para o acesso aos prontuários dos idosos hospitalizados para

coletar dados específicos da pesquisa. Esta pesquisa tem por risco mínimo a

quebra do sigilo dos participantes para isso ressaltamos que a identidade dos

mesmos será mantida sob sigilo e confidencialidade pois utilizaremos código

numéricos garantindo que não utilizaremos as informações contidas nos

prontuários individuais dos participantes do estudo para manter contato com os

mesmos e/ou familiares em atendimento a Resolução 466/12 do CNS/MS.

Os benefícios deste estudo se darão de forma direta e indireta, pois se forem

identificados risco de quedas que afete a segurança dos idosos participantes

serão feitas orientações individuais aos participantes e/ou a sua família, além

de informarmos aos enfermeiros responsável pela enfermaria.

Deixamos claro que as informações coletadas têm como única finalidade esta

pesquisa e que os dados obtidos serão guardados por cinco anos e depois

destruídos. Não há despesas para você, os participantes ou a instituição. Os

resultados obtidos serão descritos de forma geral e não individual e poderão

ser encontrados na Biblioteca do Campus IV da UEPA para que possa servir

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 90

como fonte de informação para os profissionais e estudantes interessados no

tema, também esta pesquisa poderá ser apresentada em eventos científicos e

publicada em revista de enfermagem ou da área da saúde. Você receberá uma

cópia deste termo, no qual consta o telefone e o endereço do (a) pesquisador

(a) responsável e orientando (a) e do CEP (Comitê de Ética em Pesquisa),

podendo esclarecer suas dúvidas sobre o projeto, agora ou a qualquer

momento.

Eu, _________________________________________ declaro que li as informações sobre a pesquisa e que me sinto perfeitamente esclarecido (a) sobre o conteúdo da mesma. Declaro ainda que, por minha livre vontade, fornecer os documentos para coleta de informações da pesquisa.

Local____/____/____ RG:__________________ Assinatura do responsável pelo arquivo ________________________________________________ RG.:_________________ Assinatura do responsável por obter a autorização Pesquisador (a) responsável: Maria Izabel Penha de Oliveira Santos Endereço: Rua Municipalidade 1080/902 Telefone:91-3222-1281 Comitê de Ética Endereço: Av. José Bonifácio, 1289. CEP:66063-010. Ramal: 208 Telefone: 3249-0236

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 91

ANEXOS

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 92

ANEXO 1. Escala de Morse, validada na língua portuguesa.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 93

Classificação do Risco para Quedas:* 0 – 24 – Baixo Risco; 25 – 44 - Risco Moderado; ≥ 45 risco Elevado

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 94

ANEXO 2. Autorização da instituição selecionada para pesquisa

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 95

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 96

ANEXO 3. Parecer Consubstanciado do CEP-UEPA

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 97

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 98

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas 99

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

100

ANEXO 4. Parecer Consubstanciado CEP Fundação Santa Casa de

Misericórdia do Pará

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

101

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

102

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

103

ANEXO 5. Rotina do Instituto de Traumatologia e Ortopedia

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

104

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

105

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

106

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

107

ANEXO 6. Relatório de queda de paciente utilizado pelo Instituto de

Assistência Médica ao Servidor Publica Estadual de São Paulo.

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

108

ANEXO 7: Escala de avaliação de risco de queda JH-FRAT

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

109

SARGES, N.A. Avaliação da segurança do idoso hospitalizado quanto ao risco de quedas

110

ANEXO 8. Plano de Cuidados para idosos hospitalizados, adaptado para escala de Morse.