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O CONFECCIONISTA/SUDESTE FEV/MAR 2011 1 ANO I Nº1 FEVEREIRO/MARÇO 2011 Desfile Neon SPFW www.oconfeccionista.com.br SPFW A moda no centro das atenções Infanto-juvenil Tecidos tecnológicos: conforto e praticidade Première Brasil Temas para o Verão 2012 JEANS Vintage é o destaque na ‘Bread And Butter’ Nova Friburgo Confecções retomam atividades

O Confeccionista - SUDESTE

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O Confeccionista - SUDESTE

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  • 1 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 1

    ANO I N1 FEVEREIRO/MARO 2011

    Desfile NeonSPFW

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    SPFWA moda no centro das atenes

    Infanto-juvenilTecidos tecnolgicos: conforto e praticidade

    Premire BrasilTemas para o Vero 2012

    JEANSVintage o destaque na Bread And Butter

    Nova FriburgoConfeces retomam atividades

  • 2 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 20112 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011Showroom Brasil: Av. Brasil, 637 Jd. Paulista CEP: 01431-000 So Paulo SP Tel: 55 11 3887-3205 www.expormanequins.com.brShowroom Mxico: Insurgentes Sur, 476 Piso 2 DF Mxico Tel: 52 55 2631-6944 www.manisamex.com.mx

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    Escrevi em uma edio passada que as empresas no podem mais se dar ao luxo de perder quatro meses do calendrio anual (novembro, dezembro, janeiro e fevereiro) para colocar em prtica seus planejamentos. Percebi que, neste incio de 2011, muitos confeccionistas j foram s compras, esto fazendo grandes negcios e j colocaram em prtica suas ideias. No esto esperando o Carnaval passar para dizer que o ano comeou. So pessoas que buscaram alternativas criativas e com certeza iro fazer a diferena no balano final do ano. Essa viso mais arrojada certamente ter como consequncia a seleo natural da sobrevivncia de empresas e fornecedores do setor. Quem acordar tarde para o que est acontecendo no mercado poder no ter uma segunda chance. Precisamos dar ao tempo a real importncia que ele tem e aproveitar a cada dia, cada hora, as oportunidades que nos so oferecidas pelo mercado e que, talvez por paradigma ou comodidade, deixamos para depois do Carnaval. As oportunidades nunca so perdidas. Se uma empresa no as aproveita, outras no as deixaro passar.Estamos fazendo a nossa parte. Em fevereiro/maro, publicamos as edies regionais Sul e Sudeste de O Confeccionista, com apoio de um nmero expressivo de empresas fornecedoras, sindicatos, associaes e consultores, que esto visualizando em nossas revistas uma forma de contribuir para a expanso desse mercado e de fazer negcios. Contamos com voc.Tenha uma tima leitura e faa grandes negcios.Um abrao

    Jlio Csar G. [email protected]

    O ano j comeou

    oDiretor-Geral - Jlio Csar mello [email protected] de Relaes com o Mercado Bernadete Pelosini [email protected]

    Editora - vera Campos (mtb 12003)[email protected] - Camila [email protected] [email protected]

    Editora de Arte - marisa [email protected]

    Designer - Leandro [email protected]

    Colaboraram nesta edio: roberto Carlessi (reviso); adilson Jenck, vanderlei Carlos Dorigon, francisco Barbosa neto, soeli de Oliveira (artigos).

    Internet - mulisha [email protected]

    Financeiro - mauro [email protected]

    Circulao - ana Paula [email protected]

    Publicidade [email protected]

    Executivos de NegciosLeandro [email protected]

    Assinaturas [email protected]

    Impresso - Prol GrficaTiragem - 10.000 exemplares.

    Distribuio Regional - correiosO Confeccionista Regio Sul uma publicao da impresso editora e Publicidade Ltda., distribuda aos empresrios da indstria de confeco do Paran, santa Catarina e rio Grande do sul. vedada a reproduo total ou em parte das matrias desta revista sem a autorizao prvia da editora. todas opinies e comentrios dos articulistas e anunciantes so de responsabilidade dos mesmos.

    Redao - rua teodureto souto, 208, Cambuci so Paulo sP. CeP: 01539-000 - fone: (11) 2769-0399www.oconfeccionista.com.br

    ANO I NMERO 1 FEV/MAR 2011 regiosudeste

    CARTA AO lEITOR

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    EDITORIAl

    Iniciamos, com esta edio, a publicao de O Confeccionista Regional Sudeste, dirigida a confeces dos estados de So Paulo, Minas Gerais, Esprito Santo e Rio de Janeiro, por acreditar que as indstrias locais tm muito a dizer e a ensinar umas s outras. Uma dessas lies, mas de solidariedade, pode ser observada recentemente na regio serrana do Rio de Janeiro, onde se concentra importante polo de confeces de moda ntima. L o estrago foi grande, mas a ajuda veio na mesma proporo. Ainda que no fosse possvel recuperar as vidas perdidas, as confeces locais que conseguiram salvar ou repor seus estoques, matrias-primas e equipamentos j esto funcionando a pleno vapor e ansiosas por vender.Em fevereiro/maro, as colees de outono-inverno j comeam a chegar s lojas e, ao que tudo indica, as vendas devem continuar em alta, em que pesem o aumento dos preos do algodo e a concorrncia dos produtos asiticos. Afinal, a moda brasileira continua dando provas de seu amadurecimento. Prova disso so os 15 anos da So Paulo Fashion Week, comemorados em janeiro/fevereiro, e que hoje figura entre os maiores de moda no mundo. Por esse motivo, a corrida para a capacitao de mo de obra, sobretudo de costureiras, continua incessante, bem como os investimentos em maquinrio e nas formas de gesto, como verificado nas reportagens desta edio. Em tempos de aumento de demanda provocada pela melhoria do poder aquisitivo da populao, em especial da classe C, nada melhor que se qualificar para abastecer esse enorme mercado. Se no, certamente os chineses o faro.

    Boa leitura!

    Vera CamposEditora

    ANO I NM. 1 FEV/MAR 2011o

    capa

    08 EM DIA SuDESTE32 POlO DE AMERICANA - Os desafios para 201134 FBRICA SOCIAl - Costureiras da grande BH em busca de trabalho

    42 CAPACITAO - Cachoeiro do itapemirim quer voltar a ser polo de confeces

    44 GESTO - vender ou lucrar, qual a melhor opo?46 DIVINPOlIS - Parceria com senai/Cetiqt para capacitao e cursos de gesto

    12 SPFW - educao para o consumo de moda20 PREMIRE BRASIl - Os temas para o vero 2012 26 INFANTO-JuVENIl - tecidos para atrair consumidores 36 NOVA FRIBuRGO - solidariedade motiva confeces48 JEANS - marcas internacionais na Bread and Butter Berlin

    AS DICAS DOS ESPECIAlISTAS28 Rh

    30 PRODuO

    35 MODElAGEM

    47 GESTO

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    08 EM DIA SuDESTE32 POlO DE AMERICANA - Os desafios para 201134 FBRICA SOCIAl - Costureiras da grande BH em busca de trabalho

    42 CAPACITAO - Cachoeiro do itapemirim quer voltar a ser polo de confeces

    44 GESTO - vender ou lucrar, qual a melhor opo?46 DIVINPOlIS - Parceria com senai/Cetiqt para capacitao e cursos de gesto

    12 SPFW - educao para o consumo de moda20 PREMIRE BRASIl - Os temas para o vero 2012 26 INFANTO-JuVENIl - tecidos para atrair consumidores 36 NOVA FRIBuRGO - solidariedade motiva confeces48 JEANS - marcas internacionais na Bread and Butter Berlin

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    EM DIAfO

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    EM Novo loCAla 37 edio do senac moda informao acontece em 24 de maro de 2011, em so Paulo, em novo local - o Palcio de Convenes do anhembi. especialistas, pesquisadores e estilistas apresentaro informaes sobre formas, tecidos, cores e padronagens dos segmentos feminino, masculino, infantil, jeanswear, street, surfwear, moda ntima, malharia, acessrios e moda praia, baseados em pesquisas nos maiores centros mundiais difusores de moda, como Paris, Londres, milo, nova York e Barcelona.

    regio Sudeste-

    Cheia de graaDepois de so Paulo, minas, rio Grande do sul e Distrito federal, agora a vez do rio de Janeiro. no incio de fevereiro, a rede de varejo marisa inaugurou sua primeira loja de lingerie em terras cariocas, a 15a no Pas. Com 250 m2 e instalada no charmoso bairro de ipanema, a nova unidade oferece moda ntima e sleepwear. Para marcar a estreia da loja, selecionou colees que traduzem as ltimas tendncias de lingerie nos principais centros de moda do pas.

    BFDSudeste J esto selecionados os 10 finalistas do Brasil fashion Designers sudeste. O concurso tem como principal objetivo revelar ao cenrio fashion nacional a genialidade das criaes de jovens designers. a escolha final ocorrer durante a feira tecnotxtil Brasil, em 12 de abril, no expo Center norte, em so Paulo. Dos estudantes selecionados e que iro executar seus projetos para a grande deciso, seis so do estado de so Paulo, trs de minas Gerais e um do rio de Janeiro. so eles: renato raga (fmu/sP), iara mari (una/mG), thiago Phelipe (usP/sP), Domitila de Paulo (fumeC/mG), Bruna abreu (fumeC/mG), maurcio somenzari (faaP/sP), seika Yamada (faculdade santa marcelina /sP), samanta

    fachinelli (uniBan/sP), Julia falco (senai Cetiqt /rJ) e marcela Bachilli Pankowski (faculdade santa marcelina/sP). Dos 51 alunos pr-inscritos,apenas 21 concluram o projeto.

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    EM DIA

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    BoM ATENDIMENToPesquisa realizada pelo ncleo de inteligncia de mercado do instituto de estudos e marketing industrial (iemi) para avaliar o comportamento de compra do consumidor de vesturio aponta que o atendimento o item mais importante para 51% deles. vm a seguir a variedade de produtos, os descontos e promoes, facilidades de pagamento e qualidade. O preo aparece em 9 lugar, com 14,2% dos votos. J o atendimento ruim o principal motivo para o consumidor rejeitar um estabelecimento, independentemente do seu poder de compra. Porm, este quesito ainda mais valorizado para os que pertencem s classes D/e, que normalmente j se sentem marginalizados quando tm a inteno de comprar em lugares mais sofisticados.

    regio Sudeste-

    Governo do Estado se mobiliza a 30a so Paulo fashion Week, realizada em janeiro na capital paulista, foi plena de boas-novas para o setor. O governador do estado, Geraldo alckmin, revelou que pretende ampliar, este ano, o volume de financiamentos para pequenos e mdios empresrios, por meio da agncia de fomento Paulista/nossa Caixa Desenvolvimento. Disse ainda que a agncia aumentar sua atuao no segmento dos fundos de Capital semente, apoiando empresas de pequeno porte que tm incorporadas em seus projetos tecnologias inovadoras nos campos da biotecnologia, nanotecnologia, tecnologia da informao e tecnologia do manejo de resduos slidos, entre outros. a inteno auxiliar Pmes que precisam de capital para investimentos em compra de mquinas e equipamentos, para investimento em projetos inovadores ou de expanso e financiamento de capital de giro.

    fOtO: Cris CasteLLO BranCO

    J a primeira-dama, Lu alckmin, Presidente do fundo social de solidariedade, anunciou a implantao de uma escola de moda,como parte das atividades da escola de Qualificao Profissional, recm-lanada pelo fundo social. Previstos para comearem na segunda quinzena de maro na sede do fundo social de solidariedade, no bairro da gua Branca, na capital paulista, os cursos vo abordar modelagem, corte e costura, bijuteria, confeco de caixas, bordados, croch e patchwork. tero durao de quatro horas dirias, cinco vezes por semana, num prazo de um ms e meio. Os alunos sero selecionados por entidades assistenciais da capital e encaminhados ao fundo social. esta uma forma de ampliarmos as chances da populao carente na busca por uma vaga no mercado de trabalho, declarou Lu alckmin.

    QuAlIFICAo PRoFIssIoNAl

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    negcios/sPFW

    Debutar sempre um momento importante para uma menina. comemorar uma evoluo, um amadurecimento e, acima de tudo, uma tran-sio. E esse o momento que a moda brasileira est vivendo e que foi comprovado durante a 30 edio da So Paulo Fashion Week.

    O Brasil e a moda esto vivendo um momento es-pecial e isso bom para estarmos cada vez mais cons-truindo este trabalho, pensando em inovao, lembrou o idealizador da semana da moda e presidente do Grupo Luminosidade, responsvel pela organizao e realizao da SPFW, Paulo Borges. Agora tempo de olhar de ou-tra forma para o futuro, sem nenhum tipo de nostalgia,

    Cultura de modaSob o tema Manifestear, a SPFW comemorou 15 anos levando a

    ideia de moda transformadora Bienal do Ibirapuera

    POR CAMIlA GuESA E VERA CAMPOS

    visualizando no passado apenas um pilar do que est para acontecer, completou.

    No centro das atenesConsagrado como o primeiro evento de moda no mundo

    a tratar da sustentabilidade e buscar a neutralizao do CO2 emitido durante os seis dias de evento, a SPFW reuniu colees para o Outono/Inverno 2011/2012 de 32 grifes e, entre as novidades, as presenas do ator norte-americano Ashton Kutcher para a Colcci, tendo a mulher Demi Moore na primeira fila; da transexual Lea T., que estreou nas passarelas brasileiras ao desfilar para a cole-o feminina de Alexandre Herchcovitch; da socialite

    Paulo Borges comemora, ao lado de Gilberto Kassab e outras personalidades, o sucesso da sPFW

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    Cultura de moda

    Paris Hilton, que se apresentou pela segunda vez con-secutiva para a Triton, e da cantora Christina Aguilera, que lanou uma coleo para a C&A. Nesses 15 anos, a SPFW criou um protagonismo que se provou capaz de mostrar o que o Brasil pode fazer e fez durante todos estes anos, disse Borges.

    Graas a eventos como a SPFW, So Paulo tem muito que celebrar. Nos ltimos anos, a cidade subiu mais de 25 posies no ranking das capitais mais influentes da mo-da no mundo, segundo o Global Language Monitor, e ocupa hoje a 8 posio. Alm disso, em 2010 a cidade bateu recordes na economia de turismo, com crescimento de 11,7% em relao a 2009, conforme divul-gou o prefeito Gilberto Kassab, presente na abertura do evento. A SPFW tem sido fundamental no apenas para exportar mo-da, revelar talentos, mostrar a criatividade brasileira e empregar centenas de pessoas. tambm um evento que, para So Paulo, essencial para mostrar a cidade em suas competncias criativas, disse.

    Mudana culturalConcordando com o prefeito, o governa-

    dor de So Paulo, Geraldo Alckmin, afir-mou que o evento posiciona o Brasil ao lado dos grandes polos da moda internacional. A SPFW nasceu em uma poca em que a indstria txtil brasileira passava por uma abertura econmica abrupta. Hoje, figura ao lado de Nova York, Paris, Milo, Londres e outros principais centros de moda do mundo. Aqui se agrega valor, o pas se projeta, geram-se empregos, assinalou Alckmin. Para ele, o evento marca uma importante mudana cultural, na qual pases pobres exportavam matria-prima e os

    SPFW em nmeros24 mil m ocupados na BienalMais de 3.000 profissionais na produo e realizaoMais de 350 modelosMais de 2.500 jornalistasMais de R$ 1,5 bilho em negcios movimentados em So Paulo, sendo R$ 85 milhes de movimentao diretaMais de 100 mil pessoas durante os seis dias de eventoMais de R$ 300 milhes em investimentos diretos desde 1996So Paulo ocupa a 8 posio no ranking das capitais mais influentes da moda no mundo, segundo a Global language Monitor, um salto de 25 posies nos ltimos anos

    30a edio da semana de moda de so Paulo recebe nomes como ashton Kutcher, Demi moore e Christina aguilera

    ricos, talento e criatividade. Agora essa sentena est se invertendo, disse.

    Aos confeccionistas, Paulo Borges aconselha perder o preconceito e abrir a mente para informar. A SPFW gera o desejo e a educao de consumo de moda para o consumidor e a mdia. Popularizada a ideia, toda a cadeia se beneficia. Mas, antes de tudo, preciso saber aproveitar esta oportunidade e tirar proveito, disse, com exclusividade para a revista O Confeccionista.

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    Passarela/sPFW

    CavaleraOs estilistas fabiano Grassi e igor de Barros, sob a direo criativa de alberto Hiar, no deixaram por menos: a marca fechou a sPfW debaixo de chuva, sob o tema nova repblica, que proclama o contato humano, celebra o coletivo, reclama o beijo, protesta contra o solitrio espetculo do mundo da fama, instigando o imaginrio desse desejo esquecido. Destaque para o ndigo, a malha, couro, algodo e seda. Cores: preto e cinza, com pontos de dourado, rosa, lima e verde.

    ColcciO jeans e a alfaiataria foram os pontos fortes da coleo, que teve ashton Kutcher, Gisele Bundchen e alessandra ambrsio. as formas vo do superjusto, com shortinhos e calas skinny, ao amplo, com jaquetas e palets. Os materiais: couro, denim, l e cinza. Cores: cinza, caramelo, azul, salmo.

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    Passarela/sPFW

    Ronaldo FragaO painel de azulejos do aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Braslia, criado pelo artista plstico athos Bulco, tambm foi a fonte de inspirao do estilista. na passarela, looks com as cores laranja, preto, azul, branco e cinza se destacavam nas estampas que reproduziam parte da obra. modelagem fluida, mistura de tecidos como o linho, seda, algodo e tule. Bordados com paets e brilhos se aliavam simplicidade.

    Juliana Jabourestreante na sPfW, a estilista mineira apresentou formas com comprimentos variados, silhuetas estruturadas ou amplas e confortveis. Os materiais so: algodo acetinado, crepe de chine, gaze de viscose, malha com lurex, tafet texturizado e sarja de algodo. as cartelas de cores incluem o azul, beterraba, preto, verde-militar e vermelho.

    Maria Bonita Buscando inspirao nas obras do artista plstico

    athos Bulco, a marca interpretou o Brasil sob

    o vis dos trabalhadores que vieram de vrias

    partes do mundo para construir a capital do Pas. simplicidade e

    despretenso permeiam os looks em formas

    descomplicadas e linhas retas. materiais:

    seda pura, malha de l, algodo dublado. Cores:

    azul, marrom, preto, cinza e off-white.

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    Passarela/sPFW

    Tritonalfaiataria, calas secas, camisas de corte clssico, palets e casacos de diversos tamanhos, saias assimtricas, vestidos e palets com cintura marcada com um cinto fino. essas foram as principais formas apresentadas pela grife, que mais uma vez trouxe a socialite Paris Hilton s passarelas. materiais: matelass, algodo, brocados, l, metalizados, peles falsas, rensas, veludo. Destaque para as estampas mix and match, que reproduzem padronagens florais com efeitos metalizados.

    Neonsob o tema Boemia subversiva, a marca abusou do preto e do branco, de grafismos, blocos de cores e estampas We Love non em silhuetas justas, no caso dos vestidos e bodies, nas calas e nos palets. entre os materiais, a seda, o tafet, gorguro, malha, plush, jersey, couro, camura, veludo, tric, crepe e linho.

    Ellus uma viagem por um

    espao virtual em um futuro imaginrio foi

    o ponto de partida para criar o inverno

    2011 da ellus, que tem como ncleo a ideia de stars riders, nmades espaciais e viajantes do tempo. fazendo uso de

    tecidos tecnolgicos, texturas e acabamentos

    diferenciados, que aparecem

    principalmente no denim, e modelagens

    que valorizam o corpo, a marca fez um desfile

    inovador, filmado em 3D, com os tops aline Weber e rafael Lazzini

    vestindo peas com referncias futuristas.

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    fone/fax: (11) 3338-2733R. Newton Prado n 361 Cep: 01127-000 - So Paulowww.zenomak.com.br | [email protected]

    msn: [email protected]

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    Uma estao para ver grande e longe, nas palavras de Pascaline Wilhelm, diretora de moda do Premire Vision. Depois de um vero de 2011 muito dinmico e criativo, o de 2012 no deixar por menos.

    Ser tempo de inovar com tecidos, associaes, acor-dos entre elementos. tempo de abrir-se com apetite, disse ela, durante a Premire Brasil, em janeiro. As cores viro numa gama ousada, elegante, com jogos de equil-brio e desequilbrio, dando uma ideia de desordem. uma gama mais sutil em relao s estaes passadas; no precisamos de excesso para contar as coisas, com-pletou, apontando trs grandes temas para a estao:

    Perspectives busca de novas pistas para criar e construir a roupa. Inspirao vem de materiais de cons-truo, brilhos contidos, geometria varivel, o bruto civilizado, com uma profuso multicor de misturas ca-ticas. Na moda feminina, destaque para o mix de di-ferentes materiais, volumes que se movem, associao de cores quentes e frias.

    Nos tecidos, a transparncia tende a ser trabalhada sobreposta. Mistura de algodo com poliamidas, tecidos opacos, macios. Para eles, as camisas viro com estampas inspiradas, por exemplo, nos insetos, nas asas de uma li-blula, com uma geometria suave. J a moda esporte traz tons claros, doces e cidos, opacos, em tecidos imperme-veis (mas que respiram), com secagem rpida. Denim mais chique e mais leve, trabalhado com viscose.

    leque amploSaiba o que vem por a para a temporada mais quente do prximo ano

    lAuRA NAVAJAS

    Open Mind - refere-se ao inovar, ousar. As influncias do primitivo se chocam com as da cidade, do esporte, resultando em misturas caticas. Na moda feminina, tons escuros se misturam e h associaes mais pls-ticas para os tecidos, com bucls, fundos crus, rendas mais espessas. Em alta os algodoados, romnticos e grafitados.

    Os homens usaro tons terra, tecidos mais fortes, mais naturais, brutos, porm civilizados. O denim se mis-tura ao linho, com toque mais seco, menos sujo. Para sportswear, cores intensas e brilhantes, flores, ideia de exotismo contemporneo. Tecidos divertidos, ultras-trech, dinmicos, com listras, xadrez, desenhos com simplicidade grfica.

    Sense e Essence - o ponto de partida aquilo que essencial vida. Enfoca o consumo sob a tica de servios sob medida para cada cliente, produtos mais ajustados ao indivduo. Aqui, a moda se rende tecno-logia com um nico objetivo: oferecer funcionalidade. Essa tendncia retrata a busca do equilbrio. Assim, flores, pssaros, desenho com coloridos suaves, em roupas de malha e algodo convivero com tecidos re-frescantes, anti bacterianos, anti-UV. Para as mulheres, simplicidade o nome, com destaque para contrastes de cores. Os homens usaro lavagens ou sobretintos, alm de listras e xadrezes. Para o sportswear, a ordem a descontrao.#

    Pascaline Wilhelm, diretora de moda da Premire Vision

    Primavera/vero 2012Premire Brasil

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    A terceira edio da Premire Brasil, realizada entre 19 e 20 de janeiro em So Paulo, atraiu quase 5 mil visitantes, que puderam conferir o que ser tendncia em tecidos e aviamentos para a Primavera/ Vero 2012.

    A participao de 45 indstrias estrangeiras - cerca de 40% do total de expositores - confirmou que o Brasil a bola da vez no mercado mundial. Itlia e Frana foram as presenas mais marcantes, mas tambm vieram in-dstrias txteis e de aviamentos da Espanha, Inglaterra, Turquia, Alemanha, Holanda, Chile e at da Bulgria.

    Que nosso pas o mercado do futuro, todos concor-dam. Por isso, querem estar por aqui. Isso ficou claro nas conversas com alguns expositores. Estamos na Premire Brasil pela segunda vez, j temos represen-tantes no pas e no ltimo ano as vendas melhoraram muito. J pensamos em ter loja prpria aqui, e at pro-duzir. O mercado est crescendo muito, o Brasil o lugar para se estar, afirma Daniele Chizzolini, da italiana De Bernardi, produtora de fitas em tecido. a primeira vez que participamos da Premire Brasil. Decidimos vir para

    Sinal Amarelo

    Burocracia e impostos elevados atropelam expanso de negcios de fabricantes internacionais de

    tecidos e aviamentos no Pas

    c, a fim de avaliar as possibilidades deste mercado, e percebemos que h boas chances de negcios, explica Franck Mettetal, da francesa Mettetal Creation.

    No entanto, uma preocupao ainda comum a to-dos os estrangeiros que pleiteiam negcios no Brasil. Os entraves burocrticos e os problemas de impostos ainda existem, afirma Corrado Cipollini, representante do Instituto Italiano para o Comrcio Exterior (ICE), de Roma, que trouxe ao evento uma delegao de 16 fabri-cantes interessados em promover seus produtos aqui e avaliar a aceitao do mercado. J h empresas se or-ganizando para isso, mas todas ainda veem dificuldades em relao aos preos dos produtos finais aqui, por conta das elevadas taxas de importao, diz Cipollini.

    O francs Stellio Lestienne, da Fashion Lestienne Trade, que faz negociao para trazer marcas france-sas para o Brasil, concorda. Aposto tanto no Brasil que estou aqui h seis anos. Mas h diferenas na cultura brasileira s quais o europeu ainda precisa se adaptar. Alm disso, a burocracia e os impostos precisam ser revisados, comenta. (L.N.) #

    Primavera/vero 2012Premire Brasil

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    Bons negcios

    A estreante Veneto Acessrios avaliou como tima a sua primeira participao no evento. O resul-tado superou nossas expectativas. Percebemos que, como so apenas dois dias para ver tudo, o pblico se concentra em aproveitar o tempo para fazer neg-cios, comentou a coordenadora de desenvolvimento da empresa, Cris Munarini. Em primeira mo, apresentou aos visitantes da feira, etiquetas, tags, patchs termo-colantes, renda guipir e outros itens que agregam valor s peas de clientes e parceiros, um total de quase 200 novos itens.

    A Premire Brasil est se consolidando como a prin-cipal feira do fornecedor, com visitantes focados em negcios. Pudemos prospectar e estar mais prximos dos nossos clientes, alm de nos mostrar ao mercado, disse a coordenadora de marketing da Horizonte Txtil, Josiane Paiva. Sarjas leves e pesadas, tecidos maquine-tados e tricoline foram alguns dos lanamentos expostos pela empresa. Opes de cores desbotveis da cartela Interage possibilitam acabamentos diferenciados na lavanderia. Outra novidade a Memphis Stretch, sarja mais encorpada e com elastano, nos acabamentos Tinto Peletizado e Pronto para Tingir Peletizado.

    Expositores nacionais comemoram o resultado do evento e falam de seus lanamentos para a temporada

    Participando pela segunda vez da edio brasileira da Premire Vision, a LC Malhas, de Brusque/SC, levou tecidos leves e texturizados, grazeados, em variaes de cor nica, brocados e falsos brilhos. Prestes a come-morar 25 anos de fundao em maio de 2011, a empresa est se reerguendo depois de ter sua fbrica incendiada no incio deste ano. A LC cresceu entre 15% e 20% em 2010 e pretende alcanar o mesmo resultado em 2011, resultante de cerca de quatro anos de reposicionamento da marca e melhoria na qualidade dos produtos.

    J a Artpreiss, com mais de 30 anos de estrada, apre-sentou suas novas opes em rendas, rendas estampa-das e com fios de algodo. Nos ltimos anos temos investido em tecidos com fibras naturais e sintticas, acompanhando as exigncias do mercado da moda, que sempre muito competitivo e de altssimo nvel, diz o gerente comercial, Reginaldo Almeida de Souza.

    Trabalhando com acessrios e botes injetados, meta-lizados, naturais e de polister, a Bonor Industrial trouxe do Rio Grande do Norte um novo mostrurio, fruto da repaginao geral que a empresa passa h cerca de quatro anos, perodo em que a diretoria da empresa foi trocada e a melhoria do atendimento tornou-se o foco.#

    POR CAMIlA GuESA

    Primavera/vero 2012Premire Brasil dica do especialista Rh

  • 24 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201124 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 25

    dica do especialista Rh

    Cuide das pessoas e elas cuidaro do

    seu negcioSoeli de Oliveira consultora e palestrante nas reas de Marketing, Varejo, Atendimento e Motivao do Instituto Tecnolgico de Negcios, de Novo Hamburgo (RS). [email protected]

    Treine e capacite sua equipe o mais rpido

    possvel, porque seus concorrentes, neste momento, esto fazendo

    exatamente isso

    As pessoas constituem a alma de uma organizao. O momento da escolha de colaboradores funda-mental para o sucesso da empresa, pois as pessoas so as peas mais importantes de todo o sistema. Portanto, a escolha no pode ser leviana, superficial ou apressada. Uma boa dica sempre analisar no mnimo trs candidatos, pois isso aumenta a capacidade de acerto na escolha.

    Pergunte-se: que necessidade de pessoal voc tem em nmero, prazo e perfil profissional? Para isso, defina o CHA, que tipo de Conhecimento, Habilidades e Atitude os candida-tos devem ter.

    Converse com eles buscando in-formaes de seu histrico, experi-ncias profissionais e habilidades. Informe como seu mtodo de tra-balho. Esclarea todas as questes sobre funcionamento e remunera-o. Defina bem as funes e res-ponsabilidades do dia-a-dia e deixe claro que s permanecem na empre-sa pessoas ensinveis, dispostas a aprender, a mudar e a melhorar.

    Toda e qualquer instituio que deseja se destacar e se perenizar no mercado deve estabelecer uma estratgia de capacitao interna bem definida, baseada nos obje-tivos delineados em seu planeja-mento estratgico, e no apenas

    em treinamento espordico e sem foco. Aprender hoje vital, portan-to toda equipe tem de se reciclar e se desenvolver, a comear pela di-reo e gerncias, que devero dar o exemplo.

    Programas de treinamento no podem ser vistos como custo ope-racional, mas um necessrio in-vestimento para que a estratgia empresarial seja bem sucedida. Investir no desenvolvimento de pessoas exige um profundo inte-resse da direo da empresa, e nem sempre traz um retorno de curto prazo, mas cria as condies neces-srias para que o empreendimento garanta sua continuidade no longo prazo, ainda que estes profissionais treinados acabem com o tempo deixando a empresa.

    Pior que perder esporadicamen-te funcionrios capacitados no trein-los, e eles permanecerem na empresa at se aposentarem.

    No se esquea de realizar o es-foro necessrio para reter os bons funcionrios. Certifique-se de que as pessoas certas esto nas funes certas, promovendo o devido reco-nhecimento quando necessrio. A promoo de ambientes motivado-res, de alegria, bem-estar e reco-nhecimento profissional, sem d-vida um fator chave para reteno dos recursos humanos. #

  • 26 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201126 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

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    Camisetas com estampas que brilham no escuro, roupas ecologicamente corretas ou que emitem sons ao serem pressio-nadas... Criatividade e inovao no faltaram aos 140 expositores da 36 FIT 0/16 Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil e Beb, reali-zada em janeiro, em So Paulo, para apresentar ao mercado as colees para o outono/inverno 2011.

    Durante os quatro dias do evento, os 12 mil visitantes entre lojistas e representantes comprovaram que conforto, beleza e tecnologia podem

    Confeces inovam na utilizao de tecidos e outros artifcios tecnolgicos para dar mais conforto e praticidade

    s roupas dos pequenos

    Tecnologia

    andar de mos dadas e deixar a rou-pa divertida e atraente aos olhos dos pequenos.

    Atenta a esses apelos, a Marisol levou vrias novidades feira. Uma delas um pijama que exala aroma de erva-doce. Outra inovao so roupas com estampas que emitem sons, quando tocadas. A das meninas vem com som de latidos de poodle; a dos meninos, com barulho de hlices nas estampas de helicptero.

    Lanadas na ltima temporada, as camisetas com estampas que se iluminam e piscam quando as crian-

    as se movimentam esto de volta na coleo de inverno da Marisol. Para os meninos, o pisca-pisca vem do farol de uma imagem de carro ra-dical. Para as meninas, as estampas buscaram inspirao em Paris e so romnticas, em tons aquarelados.

    Produtos com os efeitos de led e sons vm atender a uma tendncia que pede roupas que interajam com a criana, que tenham tambm uma funo ldica e ajudem a desenvol-ver a criatividade dos pequenos, afirma o gerente de Marketing e Produto da Unidade de Consumo

    infanto-juvenil

    aliada da moda

    tecidos anti u.v. e com fios Pet esto na ordem do dia

  • 26 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201126 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 27

    Tecnologia aliada da moda

    da Marisol, Incio Krug. J a apli-cao de aromas visa proporcionar tranquilidade criana e tambm fixar a identidade da marca junto ao pblico consumidor, que passa a re-lacionar o cheirinho agradvel da roupa sua marca preferida. Estes lanamentos foram de muito suces-so na FIT e resultaram em vrias mdias de repercusso nacional, completou o gerente. Ecolgicas

    As roupas feitas de tecido de garrafas PET recicladas tambm marcaram presena na FIT. A grife Cobra Dgua, que j produz vesturio de adultos, utilizando esse material, o incluiu agora nas camisetas para o pblico de 6 a 16 anos. Os tecidos com PET so muito prticos para crianas, porque secam rpido aps a lavagem e so confortveis, assegura a gerente de Estilo, Clia Vieira.

    Outra novidade da grife uma malha mescla, com 50% de fibras de PET reciclado, em que o tingimento ocorre no fio de polister. Essas pe-as esto entre as mais vendidas na coleo para jovens de 15 a 25 anos e em breve sero lanadas para o p-blico juvenil (de 6 a 16 anos), conta a gerente. A escolha das tonalidades foi fundamental na construo dos tecidos com padronagem de rapport, uma repetio de listras que cria um produto com identidade nica.

    Nas bermudas para praia (boar-dshort), as inovaes ficaram por conta do tecido neostrike, com tecnologia impermeabilizante e de secagem rpida. As bermudas so sublimadas. Os desenhos tm tendncia geomtrica com mistura de quadriculados e listras. O efei-to degrad tambm est presente. E no deixamos de lado opes mais clean e aquelas que trazem a marca em maior destaque, explica

    Clia. Em microfibra, o neostrike apresentado em duas verses: com ou sem acabamento peletizado. As bermudas vm ainda com ajuste na cintura, o que amplia a vida til das peas mesmo quando a criana cresce um pouco.

    Proteo solar

    Para proteger as crianas dos efeitos nocivos dos raios solares, a Biramar Baby, de Ibitinga (SP), apresentou um roupo trmico com tecido com efeito de proteo solar

    50. Outra novidade foi uma manta dupla face com acabamento anti-bacteriano. A aceitao dos arti-gos na feira foi grande, o que cria uma boa expectativa de vendas em relao a eles. E certamente con-tinuaremos investindo em tecidos tecnolgicos, assegura a proprie-tria Thayane Ramalho. Os produ-tos fazem parte da linha Soft Polka, lanada em junho de 2010. Antes disso, a empresa, especializada em enxovais para bebs e acessrios complementares, j havia colocado no mercado um travesseiro antissu-focante e anticaros.

    J a GBaby, de Londrina (PR), que acaba de criar a diviso GBaby Licenciados, inspirou-se em perso-nagens do canal Discovery Kids e no desenho animado Dinotrem pa-ra apresentar uma linha completa de camisetas, moletons e conjuntos para meninos de 1 a 8 anos. O tecido Petclean, que no absorve gua de imediato, foi utilizado nas mangas longas das camisetas da linha, o que evita que sejam manchadas com su-cos e outras bebidas, ou encharcadas, quando a criana lava as mos.#

    mantas trmicas e tecidos com aromas

    Efeitos ldicos, brilhos, aromas, proteo contra

    raios solares, uso de PET, tecidos tecnolgicos

    invadem universo das confeces

    infantis

  • 28 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201128 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

    A melhor

    PRONTAENTREG

    A

    de malhas do Br

    asil!

  • 28 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201128 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 29Varejistas | Confeccionistas em Geral

  • 30 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201130 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

    dica do especialista PRODuO

    Vanderlei Carlos Dorigon diretor da DS Inovao e Tecnologia, desenvolvedora de solues para empresas txteis e de confeco

    Os tempos de produo so uma referncia do rendimento e da produtividade de um operador ou de sua

    equipe. Sem medi-los, no h como definir

    metas e comparativos nem obter eficincia do

    processo produtivo

    Conhecer o tempo de produo de cada pea e estabelecer um tempo de fabricao padro no tarefa fcil. Mas essa a nica forma de se medir efetivamente a produtividade dos operadores na produo sequencial de peas. uma iniciativa que d trabalho, mas compensadora por seus be-nefcios, como:

    Maior preciso no clculo do custo de produo, no que tange ao custo/ hora/ homem e custo unit-rio da mo de obra de cada pea.

    Mensurao da capacidade produtiva para o atendimento dos pedidos de venda no prazo solici-tado.

    Distribuio equilibrada dos tempos de produo entre opera-dores (balanceamento).

    Identificao total das perdas de produo.

    CRONOMETRAGEMA implantao de roteiros das

    operaes que incluam os tempos de produo o passo inicial para o entendimento de perdas na confec-o e melhoria da produtividade.

    As aes de diagnstico e me-lhoria na fbrica dependem de um processo de cronometragem corre-to e coerente com a sua realidade. Ento, utilize esta ferramenta com

    sabedoria e participao de todos na empresa, de forma a buscar comprometimento e entendimento dos envolvidos na necessidade da coleta dos tempos, de acordo com os parmetros estabelecidos em consenso. Lembre-se: no existe tempo cronometrado 100% certo, mas sim a comparao Antes x Depois, seguindo sempre o mes-mo critrio.

    A cronometragem, de incio, uma operao trabalhosa e requer manuteno posterior. Por esses motivos, muitas vezes acaba sen-do deixada de lado. Porm, deter-minar e acompanhar os tempos de produo das peas, bem como a sequncia das operaes, e formar, assim, os roteiros das operaes, pr-requisito para obter os benef-cios acima mencionados.

    OPERAES PADROMuitas vezes, a cada nova cole-

    o a empresa repete a cronome-tragem das mesmas operaes sem necessidade. Isso muito trabalho-so e acaba desmotivando a conti-nuidade das medies. A atividade de cronometragem pode ser menos dispendiosa se montarmos um banco de operaes padro, pois muitas dessas operaes se repe-tem dentre os vrios modelos de

    Cronometragem na costura

  • 30 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201130 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 31

    uma coleo. Dessa forma, conse-guiremos aproveitar cerca de 70% dos tempos de uma nova pea com operaes j cronometradas ante-riormente. E faz-se necessria, en-to, uma cronometragem somente parcial (30%) de um novo modelo.

    QuANDO REPETIR?A ocorrncia de uma nova cro-

    nometragem sempre justificada quando h mudanas nas con-dies de trabalho, como troca de operadora, troca de mquina, incremento de um novo aparelho de costura etc. H ainda fatores relacionados ao ambiente de tra-balho: motivao das operadoras, conforto trmico, clima organi-zacional etc. Mas no podemos ter um tempo diferente na mes-ma operao, a cada mudana de situao citada. Ento, devemos criar padres de tempo em uma si-tuao previamente definida, com consenso de critrios e aprovados

    pelas diferentes empresas que os utilizam. Alguns desses parme-tros so: melhor mquina para a determinada operao; costureira com mais habilidade e qualidade na operao; aparelho mais adequado (se for o caso); cronometragem no ritmo normal de trabalho.

    O QuE CONTANo devem ser levados em con-

    ta na cronometragem o tempo das perdas no processo de costura co-mo: troca de linha; troca de apa-relho; retrabalho nas peas; ma-nuteno preventiva ou corretiva de mquina; reunies, intervalos etc.; transporte interno ou movi-mentao de materiais. Ou seja, o tempo a ser cronometrado to somente o das operaes que re-sultam na efetivao da costura, a saber: pegar a pea e posicion-la na mquina; efetuar a costura; inspecionar a costura feita; soltar a pea ao lado sobre a mquina

    RoTEIRo DE FABRICAo ref: 1001 PrODutO: soutien

    oPER. DEsCRIo FuNCIoN. TEMPo MDIA EQuIP.

    01 unir a base e o cinto Deni 32 28 30 30 Over 3

    02 Passar elstico no cinto Joslia 18 18 23 20 eslastiq

    03 marcar e virar o cinto Joslia 58 62 60 60 reta

    04 forrar o bojo Ligi 53 50 48 50 Over 3

    05 Por bojo no cinto Ligi 33 28 29 30 Over 3

    06 Passar vis e por aro nelci 61 60 59 60 vieseira

    07 mosquinha no vis Deizi 8 12 9 10 travete

    08 Passar dobrvel nelci 55 46 50 50 Galoneira

    09 travetar Deizi 92 94 100 95 travete

    10 Limpar e por tag franci 70 70 70 70 manual

    11 embalar franci 14 11 16 14 manual

    Total em segundos 489

    Total em Minutos 8

    ou mesa de apoio. Ao fim de cada operao cronometrada, anota-se o tempo encontrado.

    TEMPOS-PADRO importante que a cronometra-

    gem inicial seja repetida no mnimo trs vezes por operao, a fim de se fazer um comparativo destas. Quando um dos tempos obtidos estiver muito diferente dos ou-tros dois, deve-se fazer uma nova medio eliminando-se o tempo mais distinto. Podemos trabalhar com uma diferena de at no m-ximo + ou - 15%. Acima disso, po-demos concluir que o processo de cronometragem no foi eficiente e demanda nova tomada de tempos at chegarmos ao mnimo de trs tomadas similares.

    Abaixo, temos um exemplo de um roteiro de fabricao. Na prxima edio, veja como cronometrar os tempos do corte, um problema co-mum no setor de confeco. #

  • 32 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201132 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

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    No incio de fevereiro, o pre-sidente do Sindicato das Indstrias de Tecelagens de Americana, Nova Odessa, Santa Brbara dOeste e Sumar (Sinditec) entregou em mos ao governador do estado de So Paulo, Geraldo Alckmin, ofcio solicitando a prorrogao dos 7% do Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) so-bre os produtos txteis paulistas para alm de 31 de maro de 2011. Alckmin recebeu ofcio que com-prova que a reduo da alquota do ICMS txtil, de 12% para 7%, segundo decreto assinado em mar-o de 2010, no diminuiu a arreca-dao para o Estado. Ao contrrio, aumentou em 10,56%. Esse nmero mostra que as indstrias txteis pau-listas continuam na competitividade e lutam contra os produtos de outros estados, que tm grandes incentivos fiscais; e tambm contra a invaso dos produtos importados, princi-palmente os produtos chineses, declarou o presidente do Sinditec, Fabio Beretta Rossi, aps entregar o documento ao governador.

    Situao desfavorvelDepois de ver o faturamento das in-

    dstrias da regio crescer entre 3% e 5% em 2010, o presidente Sinditec projeta um cenrio de dificuldades para o setor este ano, uma vez que alguns dos vetores que influenciam a rea txtil continuam desfavorveis.

    Futuro incertoIndstrias txteis da regio de Americana, em

    SP, reivindicam condies para competir com os produtos asiticos e de outros estados

    A persistncia do real valoriza-do, que torna os produtos impor-tados muito mais baratos, acirra a concorrncia interna. Continuamos com uma das mais altas cargas tri-butrias entre os pases em desen-volvimento, e juros elevados para o setor produtivo. A isso se somam o excesso de encargos sobre a folha de pagamento e a elevao nos custos de matrias-primas, particularmente o algodo, considera. A sugesto dele que os empresrios se unam para conquistar as mudanas que podem auxiliar o setor.

    Investimentos de 180 milhes de dlares foram aplicados em 2010 pe-las indstrias da regio em novos galpes indus-triais, novas mquinas (teares, urdideiras, car-das, estampadeiras de tecido, mquinas para tingimento, entre ou-tras). Mas os valores poderiam ser maiores, caso o governo federal tivesse criado mecanis-mos para dar indstria txtil nacional condi-es de competitivida-de, tanto cambial quan-to tributria, taxando os produtos importados com as mesmas cargas tributrias do nacio-nal, que hoje paga bem mais, afirma Rossi.

    Polo produtorAmericana, Nova Odessa, Santa

    Brbara dOeste e Sumar constitu-em a Regio Txtil Paulista, onde se produzem quase todos os tipos de tecidos e fios de que o mercado ne-cessita. A regio comeou a se indus-trializar em 1880 e cresceu ininter-ruptamente at 1990, quando o Brasil promoveu a abertura comercial.

    De 1997 a 2005, a indstria txtil da regio se modernizou e obteve crescimento forte e contnuo. Porm, com o aumento das importaes nos ltimos anos, principalmente da China, o setor vem enfrentando perda de competitividade.

    Presidente do sinditec Fbio Beretta Rossi

    mercado

  • 32 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201132 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 33

    As aes do PoloTecnolgico da Indstria Txtil e de Confeco (Polo TecTex) de Americana e regio, no interior pau-lista, em prol da modernizao da in-dstria txtil e de confeces vo de vento em popa. Em janeiro, Gregrio Bouer, Fernando Berssaneti e Felipe Bussinger, responsveis por projetos da Fundao Vanzolini, instituio de ensino ligada Universidade de So Paulo, estiveram no polo para iniciar os trabalhos referentes ao Programa de Capacitao em Ferramentas de Qualidade e Inovao. Na ocasio, os consultores realizaram a primeira entrevista piloto com os proprietrios de empresas de tecelagem, confeco e acabamento.

    O Programa auxilia as empresas txteis da regio a se desenvolverem nas reas de Inovao e Qualidade, mediante cursos de mais de 700 horas de durao, o que possibilitar a elas ampliar a competitividade e aumen-

    Polo TecTex continua investindo no desenvolvimento e aprimoramento do setor txtil e de confeces

    de Americana e regio

    Qualidade e inovao

    tar a capacidade de perceber e res-ponder, com agilidade, s demandas do mercado com ofertas inovadoras e diferenciadas de produtos.

    Para realizar esse trabalho jun-to ao Polo TecTex, foi contratada a Fundao Vanzolini, da Universidade de So Paulo, qualificada para proje-tar solues para as mais diferentes necessidades do mundo dos negcios, que presta tambm Consultoria e Cursos In Company.

    O Polo TecTex foi criado em 2002 com o objetivo de reunir e representar toda a cadeia produtiva do setor txtil e de confeco da regio. Conta atu-almente com 210 associados. Seu foco principal investir no desenvolvimen-to e aprimoramento do setor, atravs de vrias atividades, muitas delas em parceria com entidades afins. Entre algumas destas atividades se desta-cam: workshops, palestras, apoio a eventos exclusivos, frum de debates e congressos, entre outros.#

    INCuBADORASDE COSTuRAuma das parcerias do Polo tectex com as prefeituras dos municpios, fatec, senai, sesi, Ciesp, fiesp, Banco do Brasil e Governo do estado de so Paulo o de incubadoras de costura. O projeto se originou da percepo da existncia de um gargalo na cadeia produtiva do setor no processo de costura e customizao das peas.as confeces de pequeno e mdio porte precisam terceirizar sua produo e a falta de sistema formal e qualificado de prestao desses servios as tem levado a contratar empresas informais, com baixa qualificao na sua mo de obra. isso tem gerado problemas de passivo trabalhista, prazos de entrega ruins, altos custos de produo e de treinamento da mo de obra, alm da baixa produtividade, diz sandra elisabeth, gestora do arranjo Produtivo Local da regio.J so seis incubadoras em funcionamento: uma em americana, em Hortolndia, em nova Odessa, em sumar e duas em santa Brbara DOeste. todas so projeto independente de cada municpio, mas integradas pelo Polo txtil e assistidas pelas entidades parceiras.

    ATIVIDADES A SEREM DESENVOlVIDASEtapa 1 - Anlise da situao atual das empresas selecionadas.Etapa 2 - Apresentao dos resultados da pesquisa empresarial em um workshop.Etapa 3 - Capacitao das empresas nas ferramentas de inovao e qualidade.Etapa 4 - Controle e monitoramento das atividades.As empresas interessadas em participar do Programa devem entrar em contato com Cntia pelo telefone (19) 3408-8700 ou pelo e-mail: [email protected]

    Prestao de servios com dedicao

  • 34 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201134 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

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    Mos para o trabalho no faltam. Mquinas de costura, tambm no. Mas os clientes teimam em no aparecer. Dia aps dia, costureiras da Vila So Jos, em Belo Horizonte, buscam trabalhos para fazer funcionar a associao que montaram com o auxlio do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) e de diversos outros parceiros. Todas fazem parte de famlias reassentadas pelo Programa Vila Viva e receberam apoio para se capacitarem.

    Em 2009, elas fizeram curso profissional de costura oferecido pelo Servio Nacional da Indstria (Senai), no qual aprenderam todas as atividades relacionadas a uma confeco, alm de orientaes sobre gesto do negcio e financeira.

    O tempo que se leva para formar uma costureira vai de oito meses a um ano. Todas aqui j tm mais tem-po que isso, conta Beth Filizzola, da ONG Moradia e Cidadania, que presta assessoria tcnica de mercado para a associao.

    As profissionais j confeccionaram uniformes e cole-tes profissionais, enxovais hospitalares (lenis, fronhas e camisolas), bandeiras e camisas de times de futebol, sacolas ecolgicas e calas de ginstica. Entre os clien-

    Capacitadas e com infraestrutura disponvel, costureiras da Vila So Jos, em Belo horizonte, esto

    procura de clientes

    trabalhoProntas para o

    tes atendidos esto a Santa Casa de Belo Horizonte, a Prefeitura Municipal e a Santa Brbara Engenharia. Por conta dessa experincia, a Fbrica Social, como o projeto chamado, est apta a prestar servios especialmen-te de costura em tecido plano, como uniformes para a construo civil.

    A Fbrica Social tem 20 mquinas, entre costura reta e overloque, e pode empregar at 25 pessoas. A capacidade de produo de mais de 1,7 mil peas por ms. A sede, alugada, recebeu novo projeto arquitetnico e eltrico, elaborados e executados pela Santa Brbara Engenharia, empresa responsvel pelas obras do Vila Viva na regio e que tambm j fez encomendas de uniformes.

    Com estrutura apropriada e bons profissionais, o prximo passo se mostrar para o mercado, que est aquecido, segundo Arthur Melo, diretor de Relaes Trabalhistas do Sindicato das Indstrias do Vesturio do Estado (Sindvest). Os faccionistas, que como cha-mamos essas confeces, precisam oferecer um trabalho de qualidade e ter o maquinrio adequado para prestar o servio, ressalta.#

    Para contratar os servios da Fbrica Social Unidade Produtiva de Confeco e Silk da Vila So Jos basta entrar em contato: Rua Padre Tiago Lieye, 150 ABairro Frei EustquioTelefone: (31) 3564-0713 e-mail:[email protected]

    mo de obra dica do especialista MODElAGEM

  • 34 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201134 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 35

    dica do especialista MODElAGEM

    O modelista hojeAdilson Jenck formado em Estilismo pelo SENAI-CIETEP, docente e consultor do SENAI CTM Bureau de Moda em Modelagem e Desenvolvimento de Coleo, de Maring

    Diante de um mercado dinmico,

    no basta dominar a tcnica e a tecnologia.

    O profissional de modelagem precisa

    tambm atualizar seu conhecimento

    comum encontrar modelistas que acreditam que a competncia adquirida h dez ou 15 anos seja suficiente para exercer seu trabalho hoje. Mesmo indstrias que atendem um pblico muito especfico e tradi-cional, dez anos muito tempo. As medidas humanas variam a cada seis ou oito anos. As diferenas no so grandes, mas podem tornar uma pea antiga ou moderna, uma cons-truo elegante ou desajeitada.

    Quando a modelagem informati-zada se popularizou, as confeces acreditavam estar incorporando qualidade de construo e agilidade no processo. Muitos se especializa-ram nos mais diferentes programas de CAD, deixando de lado a pesqui-sa e o desenvolvimento de tcnicas de construo para uso industrial.

    A modelagem informatizada agi-lizou o processo, mas no substituiu o conhecimento necessrio para a criao de moldes. O profissional ficou cada vez mais restrito ao seu espao, sala de modelagem e aos recursos que os programas propor-cionam, deixando de manipular o tecido e o molde.

    Um recurso muito utilizado na modelagem a pence, usada por muitos como elemento de ajus-te, mas que pode ser vista como criadora de volume. O pice da pence o ponto de maior volume.

    Mantendo-se o pice, a pence pode ser girada sem comprometer o vo-lume, abrindo vrias possibilidades de efeitos em qualquer parte do ves-turio. O ponto onde a pence ser posicionada pode variar, conforme o pblico-alvo. No algo padro, fixo, com medidas pr-definidas.

    Veja o exemplo a seguir. Trs pes-soas do sexo feminino, com peso de 55 kg e altura de 1,65 m, com 15, 25 e 60 anos de idade. Apesar da mesma altura e peso, a massa delas dis-tribuda de forma diferente, fazendo com que tenham medidas diferen-tes. Assim, o pice das pences tam-bm mudar . Este tipo de estudo e compreenso s possvel quando as tcnicas so aplicadas manual-mente. Parece um retorno s origens, mas o que o mercado sinaliza.

    O profissional que no fica restrito a sua sala de modelagem, que busca novos conhecimentos e acompanha a evoluo e complexidade do merca-do da Moda, j percebeu o que preci-sa desenvolver melhor para atender s expectativas da indstria. Saber o que grandes Marcas esto propondo a cada estao, os novos materiais e o comportamento de consumo esti-mula a percepo do profissional e o prepara para o novo.

    As indstrias buscam hoje mo-delistas que procuram ampliar seus horizontes.#

  • 36 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201136 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

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    Empresrios de confeco da regio serrana fluminense de Nova Friburgo, considerada o maior polo de moda ntima do Pas, esto determinados a esquecer as tragdias causadas pelo excesso de chuvas, enchentes e deslizamentos de janeiro deste ano, que mataram mais de 900 pessoas e destruram centenas de casas e unidades fabris. Graas solidariedade e ao apoio dos governos municipal, estadual e federal, o cenrio de tristeza est sendo deixado para trs, dando lugar a muito trabalho e superao.

    da recuperaoA caminho

    Confeces da regio serrana

    de Nova Friburgo superam os efeitos

    da tragdia e voltam a produzir

    POR CAMIlA GuESA

    E trabalho o que no falta para reerguer as comunidades mais atin-gidas, que tiveram todo o seu centro industrial afetado. Para os empres-rios, mais do que necessrio reavi-var as esperanas e reocupar os cerca de 20 mil funcionrios contratados direta ou indiretamente pelas mais de duas mil empresas txteis e de confeco da regio, 99% delas de micro e pequeno porte.

    Compem o polo de confeces da regio os municpios de Nova Friburgo, Cordeiro, Cantagalo, Bom Jardim, Duas Barras, Macuco e Sumidouro.

    Juntos, eles respondem por 25% da produo industrial de moda ntima de todo o mercado brasileiro e co-mercializam, aproximadamente, 1,14 milho de peas por ano. A lingerie do dia a dia o carro-chefe (70%), seguida pela sensual, com 14,42%.

    Recuperao Apesar de 2011 no ter comeado

    muito bem, as expectativas de ven-das no ano so otimistas. O Sindicato das Indstrias do Vesturio de Nova Friburgo (Sindvest NF) espera, no mnimo, que o crescimento da pro-

    produo

  • 36 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201136 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 37

    Nova Friburgo e regio respondem por 25% da produo de moda ntima nacional

    duo fsica industrial se iguale ao de 2010, que foi de 14%.

    Vamos dar a volta por cima, diz o presidente da entidade, Paulo Chelles. Faremos o possvel para recuperar, reconstruir e renovar a indstria e o turismo local.

    No papelA Federao das Indstrias do

    Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Cirj, Sesi, Senai e IEL tm auxilia-do na recuperao da infraestrutura urbana e rodoviria, providenciado alojamento provisrio aos desabri-gados e ajustado adiamento dos tributos estaduais e federais, para alvio momentneo do fluxo finan-ceiro das empresas, alm de nego-ciar linhas de crdito simplificadas para capital de giro. A inteno, com isso, permitir a retomada da produo industrial e garantir em-pregos e renda, com influncia no comrcio e servios, diz.

    Em seguida, entram em cena um plano de recuperao de imagem com divulgao em mdia nacional, incentivos de compras pblicas para as indstrias dos municpios afeta-dos, tudo isso aliado a um programa tributrio mais flexvel. Os esforos para formao profissional local con-tinuaro intensos, bem como os do plano de desenvolvimento da ativi-dade turstica.

    Ajuda bem-vindaPaulo Chelles reconhece que o

    apoio das trs esferas governamentais tem sido essencial para recuperar as indstrias da regio, entre elas as do setor txtil e de confeco. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff es-teve em Nova Friburgo e ao se depa-

    rar com os efeitos da tragdia tomou medidas imediatas junto ao BNDES para socorrer a regio.

    O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezo, tem sido figura bastante presente e pessoalmente tem dirigido as reunies junto a to-dos os rgos e, com muito carinho, atendido a populao.

    Moro e trabalho em Nova Friburgo h 25 anos e nunca vi tanta gente que-rendo ajudar. Podemos dizer que onde a enchente foi grande, a solidariedade foi maior, completa o presidente do sindicato friburguense.

    Trabalho redobradoUma semana aps a tragdia, a

    confeco friburguense Roupa de Baixo, de moda ntima para mulhe-res e meninas, j voltou a funcionar. Retomamos as atividades, de in-cio, com apenas 60% da mo de obra, numa carga horria mais curta, de quatro horas dirias devido s difi- 2

  • 38 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201138 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

    culdades de locomoo dos funcio-nrios e tambm ao fator psicolgi-co, pois todos perderam pelo menos um conhecido, conta o diretor da empresa, Gilson Lima. Hoje, todo nosso pessoal est de volta ativa e trabalhando muito para recuperarmos o que foi perdido, diz.

    O prdio em que est instalada a fbrica da Roupa de Baixo foi bem afetado, mas a empresa, felizmente, no sofreu nenhuma baixa. O primei-ro andar, onde ficavam os estoques de matria-prima, de produtos em pro-duo e os prontos, alm de cerca de 20 mquinas, foi todo invadido pela gua e pela lama. Com isso, o maqui-nrio teve de passar por manuteno, mas j voltou a funcionar. O resto foi perdido, junto com dados e estampas personalizadas dos clientes que esta-vam nos sistemas dos computadores, lamenta Lima.

    Ele afirma que os fornecedores e clientes foram grandes parceiros nesse momento. Alm de prorrogarem os prazos de entrega e de pagamento, aliviaram multas de contrato e envia-ram roupas e outros itens para os co-laboradores da empresa. Sem essa ajuda, teria sido bem mais difcil, diz o empresrio. Agora, os planos so trabalhar, trabalhar e trabalhar.

    Motivos para comemorar

    No momento, importante para as indstrias da regio que os con-tratos sejam mantidos e cumpridos, para que possamos nos restabele-cer e continuar crescendo, enfa-tiza Giselle de Arajo Vieira, dire-tora comercial da Fermoplast, uma dentre as tantas atingidas pelas tra-gdias de janeiro e que j retomou suas atividades. A empresa produz acessrios para lingerie, moda praia e moda em geral e oferece linhas completas de reguladores, fechos,

    APOIO GOVERNAMENTAlPara dar suporte aos empresrios atingidos de Nova Friburgo e regio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) encaminhou rede bancria credenciada uma circular sobre condies de acesso ao Programa BNDES Emergencial de Reconstruo do Rio De Janeiro (BNDES Per RJ), que destinar R$ 400 milhes aos municpios fluminenses atingidos. Para essas linhas de crdito, a taxa de juros ser de 5,5% ao ano, com dois anos de carncia e 20 anos para quitar. Junto a isso, o limite dos financiamentos a serem concedidos tambm foi ampliado de R$ 1 milho para R$ 2 milhes, que valem tanto para financiamento de capital de giro, como para investimento em ativos fixos. O prazo total das operaes de 120 meses, com prazo de carncia de 3 a 24 meses. A participao do BNDES pode chegar a at 100% dos itens financiveis.

    Depois das tragdias, cidades atingidas retomam o ritmo e buscam recuperar os prejuzos

    ganchos, botes, barbatanas, entre outros itens fabricados em material plstico e metais.

    Giselle diz que a empresa foi gra-vemente atingida, mas os prejuzos se resumiram a perdas materiais. A Fermoplast perdeu grande parte da matria-prima e do maquinrio, po-rm seu estoque de produtos prontos, que era bem volumoso, quase no foi afetado. Isso permitiu que conti-nussemos atendendo aos pedidos dentro do prazo at termos condies de restabelecer parte da produo em outros galpes cedidos por empresas parceiras da cidade, explica.

    E os planos de comemorar em 2011 os 30 anos de fundao da empre-sa continuam em p. Um concurso cultural j premiou com uma moto zero-quilmetro o escolhido como estilista popular da campanha dos fechos magnticos. Vamos celebrar os 30 anos com ainda mais garra, pois todos os nossos colaboradores esto dando um verdadeiro show de empenho, compromisso e organiza-o, orgulha-se Giselle.#

    produo

  • 38 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201138 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 39

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    Cachoeiro do Itapemirim, no Esprito Santo, trabalha para reerguer seu polo de confeces

    POR CAMIlA GuESA

    Uma parceria entre a Prefeitura de Cachoeiro do Itapemirim, o Sebrae, o Senai e empresrios da confeco resultar em aes para que a cida-de volte a ser um dos maiores polos confeccionistas do Esprito Santo. Hoje, a economia local gira muito em torno de lojas ornamentais e com essas aes pretendemos mudar esta realidade, afirmou o secretrio municipal de Desenvolvimento Econmico, Ricardo Coelho de Lima.

    Com pouco menos de 190 mil habitantes, a cidade ca-pixaba concentra hoje cerca de 70 empresas do ramo, entre confeces e faces, sendo 95% micro e pequenas indstrias, segundo dados do Sindicato da Indstria de Confeces do Sul do Esprito Santo (Sincosul).

    Lima explica que Cachoeiro j foi um importante polo confeccionista no estado, porm acabou perdendo espao para Vila Velha, Colatina e outras cidades. Para 2011,

    Incentivo localplanejamos aes de capacitao de mo de obra, aces-so a financiamento para investimentos em maquinrio e apoio comercializao, entre outras, enumera o secre-trio municipal.

    Ncleo setorialElaboradas em 2009 pela gesto municipal da poca,

    as propostas de reestruturao do setor comearam a ser efetivadas no ano passado pelo Sebrae, com a criao de um ncleo setorial com cerca de 30 empresas, entre confeces e faces. Em dezembro de 2010, o grupo se reuniu com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico (Semdec) e apresentou reivindicaes para superar os entraves ao crescimento do segmento.

    O Sebrae trabalha com metas e planos de ao e a in-teno trabalhar e concluir este projeto em dois anos.

    gesto

  • 42 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201142 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 43

    As atuaes do grupo comearam a acontecer de fato no fim do ano passado e desde ento j conseguimos agilizar alguns cursos, aes conjuntas e participaes em feiras. A ideia fazer com que os empresrios do grupo trabalhem de forma coletiva para impulsionar o setor local. uma troca de experincias com viso no futuro, diz o secretrio.

    CapacitaoAos empresrios participantes do projeto, e posterior-

    mente s demais confeces, o Senai Cetiqt disponibi-lizar cursos de capacitao em modelagem, costura e corte, curso especfico de modelagem e moulage, mec-nica para mquinas de costura, Corel Draw, Moda para criao de estampas, logomarca, patchworks e desenho de peas e artes, entre outros.

    Em parceria com as demais entidades, o projeto inclui tambm participaes em feiras como Equipotel (SP), Encontro da Moda Feminina (SP), Fashion Rio (RJ), Vitria Moda Show (ES), Feira Serigrafia (SP); Senac Moda Informao (SP) e Fenatec (SP).

    De olho no socialUnindo a necessidade de capacitao de mo de obra

    responsabilidade social, a Prefeitura, os sindicatos patronais e entidades envolvidas na parceira buscaram no presdio feminino local alternativa para o dficit de trabalhadores.

    A proposta qualificar as 148 detentas e montar uma estrutura interna para que elas possam trabalhar para as confeces. O primeiro contato j foi feito. Estamos apenas acertando os detalhes quanto estrutura e ao abono da pena das reclusas para iniciarmos os trabalhos, finaliza Lima.#

    Ricardo Coelho: reestruturao do setor

  • 44 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201144 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

    Engana-se quem pensa que, quanto mais se ven-de, mais se lucra. O que realmente determina se o negcio ou no uma boa oportunidade a quantidade de lucro. Mas tambm no serve qual-quer lucro. O que deve ser buscado o montante que compense a empreitada, isto , que supere em ganhos o retorno que poderia ser obtido em outros negcios e investimentos.

    E lucrar no apenas vender bem a um preo al-to. Segundo o consultor financeiro do Sebrae-SP, Ari Rosolem, no basta apenas o faturamento ser grande; o que importa realmente que, aps tudo ter sido somado (gastos e ganhos), as despesas sejam menores que o valor ganho por unidade. O preo precisa ser bom e ter uma margem boa para valer a produo, diz Rosolem.

    Organizao, investimento, funcionrios compe-tentes e, acima de tudo, planejamento, o que uma confeco precisa para ter uma vida longa e saud-vel, pois nem tudo so flores no mundo dos negcios. Todos esses fatores juntos certamente reservam um futuro promissor companhia e um lucro capaz de manter a sade do negcio. O lucro o capital de giro no qual toda empresa deve se basear para crescer e se sustentar no mercado competitivo, completa o consultor do Sebrae-SP.

    Na ponta do lpisEntre as alternativas para organizar as finanas e

    alcanar um valor de venda por pea que compen-se o investimento na coleo, Rosolem recomenda, principalmente aos pequenos empresrios, montar um Demonstrativo de Resultados do Exerccio - DRE (vide

    Vender ou Lucrar?Nem sempre vender muito e faturar bem significa que a empresa est tendo lucro. Isso tem de ser calculado na

    ponta do lpisPOR CAMIlA GuESA

    gesto

  • 44 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201144 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011 45

    DEMONSTRATIVO DE RESulTADOSFaturamento da empresa - quanto vende (fatura) e entrega mensalmenteCustos e despesas fixas - no geradas pelas vendas e nem decorrentes dela (salrios, pr-labore, depreciao dos equipamentos, materiais, internet), pagas mensalmenteDespesas variveis variam em funo do faturamento (impostos, matria-prima consumida, embalagens, comisses sobre vendas, frete, entre outras)Despesas financeiras provenientes das negociaes e operaes bancrias (juros e taxas de carto, cheque especial, duplicata, entre outras)lucro

    quadro), que deve conter o faturamento, os custos, as despesas fixas e variveis, alm dos gastos financei-ros. Vale lembrar que os cheques futuros e crditos de cartes, se existirem, compem o faturamento e no o fluxo de caixa, a no ser que sejam recebidos no mesmo ms.

    A partir disso, possvel saber qual o valor (preo) ideal por unidade, lembrando sempre da importn-cia de se deixar uma margem para negociao com o cliente e que no afete os ganhos totais.

    O demonstrativo no serve apenas para definir pre-o de vendas, mas tambm para montar um grfico de metas, analisar as colees com base nas vendas passadas, investimentos em maquinrio e estrutura fsica, entre outras decises do empresrio, afirma.

    CompetividadeO ponto de equilbrio (ou ponto de ruptura, ou de

    break-even) a ser perseguido pelas empresas obtido por meio de uma metodologia de clculo que indica qual o volume de faturamento deve ser atingido com o propsito de cobrir todos os custos operacionais, ou seja, a determinao de um montante de vendas que dever ser alcanado pelo empreendimento. Nesse aspecto, o consultor snior do Instituto MVC, J. W. Camura, ressalta uma questo estratgica a ser le-vada em conta: Eventualmente, precisamos lanar produtos abaixo do ponto de equilbrio para podermos bater concorrentes. Mas esse pre-juzo temporrio deve ser levado em conta na estratgia. E, aps o aumento da venda e reduo do custo de fabricao unitria, a margem seria novamente atingi-da, diz o especialista.

    Mas, para isso, importante ter conscincia do tempo e do capital para lanar produtos nessas con-dies, dento de um planejamento de lanamento, lembra.

    Nessa empreitada, Camura destaca a importncia dos pro-dutos carros-chefes, que do su-porte ao negcio e segurana para o empresrio poder se arriscar em outros lanamentos.

    Com tudo planejado, desenvol-vido e controlado, possvel ob-servar os sinais que indicam se o

    negcio est indo bem. Dentre eles, ter capital para viajar para outros Estados e planejar a coleo; estar capitalizado ao ponto de no precisar mais passar che-ques pr-datados a fornecedores, e ser suficientemente saudvel financeiramente para negociar taxas menores de juros com os bancos, entre outros pontos. #

    uTIlIzANDO O DREa funo do Demonstrativo de resultados do exerccio a de informar se a empresa est obtendo lucro ou no nas operaes pertinentes a um determinado perodo, geralmente de um ms.Os valores que compem o Dre devem corresponder ao ms que est sendo analisado, portanto, no necessariamente, se houve a efetivao dos pagamentos dos custos e dos recebimentos das vendas naquele determinado ms.O Dre possibilita diversas anlises, como a do Lucro Lquido ou Prejuzo. se a empresa estiver com valor negativo, isso pode significar: Faturamento abaixo do ponto de equilbrio faturamento necessrio para pagar os custos e despesas. Custos Fixos elevados em relao ao faturamento. Formao dos preos de venda com margens muito baixas de lucro ou at mesmo zeradas ou negativas possivelmente os preos esto sendo calculados sem a insero dos custos fixos. Despesas financeiras muito elevadas, devido, provavelmente, ao desconto de cheques ou duplicatas.Fonte: Sebrae

  • 46 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201146 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

    Para 2011, os confeccionistas de Divinpolis/MG contaro com uma parceria de peso na criao e no desenvolvimento de suas colees. Isso porque representantes do Sindicato das Indstrias do Vesturio local (Sinvesd) e do Sebrae/MG visi-taram, recentemente, um dos maiores complexos tecnolgicos de confeco, o Senai Cetiqt, no Rio de Janeiro, e firmaram parceria para capacitao de mo de obra e cursos de gesto e desenvolvimento dos empresrios.

    Na ocasio, segundo o presidente do Sinvesd, Antnio Arajo Rodrigues, foi possvel conhecer a instituio e os servios oferecidos, e planejar aes futuras conjuntas para o desenvolvi-mento do Arranjo Produtivo Local (APL) de confeco. Com foco na

    A mineira Divinpolis se prepara para ser reconhecida como lanadora de moda

    Estmulo ao desenvolvimento

    Valorizao internaDiversas sero as opes para os

    confeccionistas que, para partici-par, tero incentivos do Sinvesd e do Sebrae por meio de apoio financeiro. O Sebrae subsidia 70% do valor e o empresrio arca com os 30% restan-tes. Alm disso, os interessados tero consultores das instituies sempre que precisarem.

    Para o analista tcnico do Sebrae-MG Divinpolis, Leonardo Mol, a proposta ter em Divinpolis aes que trabalhem com tendncias de mercado e novas tecnologias de de-senvolvimento, que agreguem valor e promovam a cidade como produtor de moda. Queremos ser reconhecidos como lanadores de moda no Pas, com produtos de extrema qualidade, oferecendo o bom, bonito e barato, diz Rodrigues, do Sinvesd.#

    fabricao de moda feminina, atual-mente a cidade mineira abriga cerca de 1,1 mil confeces, sendo 98% mi-cro e pequenas empresas, que geram em torno de 20 mil empregos.

    Apresentamos as principais neces-sidades das confeces locais e bus-camos identificar, dentro da institui-o, opes de cursos, consultorias, palestras e outras programaes que as atendam, afirmou Rodrigues.

    Carecemos, por exemplo, de cur-sos de desenvolvimento de produ-tos, capacitao para empresrios e meios para os confeccionistas prepa-rarem suas colees em tempo hbil, conforme as exigncias do mercado. So opes que o Senai j oferece, mas que temos de adequar nossa realidade, completa.

    sinvesd e sebrae MG levam confeccionistasao senai/Cetiqt

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    gesto dica do especialista GESTO

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    dica do especialista GESTO

    O empreendedor acredita em suas ideias, aplica sua identidade na empresa e se diferencia por acreditar que suas aes podem produzir algo bom para outras

    pessoas

    Empreendedor ou aventureiro?

    Francisco Barbosa Neto scio-diretor da Projeto DSD Consultores. Presta consultoria e ministra cursos e palestras para os que buscam conhecimento em Gesto Empresarial

    Seu Jorge dono de uma indstria no interior de So Paulo e, como milhares de empresrios, preocupa-va-se em chegar vivo ao prximo ms. Ele no entendia por que dia-riamente descontava duplicatas e antecipava cheques para pagar con-tas, apesar de as vendas crescerem continuamente. Sensibilizado, um amigo me chamou para ajudar.

    De imediato fiz trs perguntas. A primeira: Seu Jorge, qual o seu sonho? Como ele no conseguia responder (afinal, eu estava ali pa-ra resolver o problema de fluxo de caixa), esclareci: Sei que a per-gunta parece fora de contexto, mas a resposta pode ajud-lo a encon-trar a soluo do seu problema.

    Questionei isso por um motivo: Sonho mais que um mero pensa-mento. o que nos motiva a desen-volver aes para realizar algo. A sociedade no nos ensina a buscar oportunidades, inibe as pessoas, pois ficam com medo de inovar, assumir riscos e serem criativas.

    Perguntei em seguida: O que vo-c mais gosta de fazer na sua em-presa? Ele disse: Conversar com clientes e vender, mas gasto todo o tempo tentando fabricar dinheiro para pagar contas.

    Seu Jorge, qual o seu neg-cio? A resposta foi: Vender pro-dutos de limpeza. Respondi que,

    na verdade, aquele era o ramo de atividade. As empresas costumam dedicar to pouco tempo a essa questo que talvez esta seja a mais importante causa do fracasso dos negcios, j dizia Peter Drucker, o pai da administrao moderna.

    O principal objetivo de uma em-presa escutar e servir as pessoas, para buscar solues para suas ne-cessidades, anseios ou desejos. preciso descobrir se ela proporcio-na aos clientes algo que justifique o que pagam pelo produto/servio.

    No fundo, empreendedor no aquele que cria um negcio para ganhar dinheiro. Ele confia em su-as ideias, aplica sua identidade na empresa e se diferencia por acredi-tar que suas aes podem produzir algo bom para outrem.

    Como no aprendemos empreen-dedorismo na escola, ficamos su-jeitos antiga forma de aprender: por tentativa e erro.

    A partir disso, seu Jorge come-ou a agir com atitude e determi-nao, assumindo a responsabili-dade pelas decises e focando as oportunidades de vendas, em vez de fabricar dinheiro. O que ele per-cebeu, e que muitos empresrios nem sempre compreendem, que a raiz da questo que no somos limitados pelo mercado, mas sim pela falta de imaginao. #

  • 48 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201148 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

    A maior feira mundial de jeanswear continua em crescimento absoluto. Acontece duas vezes ao ano em Berlim, no histrico aeroporto de Tempelhof, apelidado de Avio da Moda. Tempelhof impressionante, e, ousamos dizer, belo edifcio. Ele majestoso. Durante os dias 19, 20 e 21 de janeiro foi o templo da moda e de seus seguidores.

    Do alto do terrao, a vista do salo principal era incr-vel, a multido que se amontoava nos portes de entrada parecia atrada por um m gigante. Antigas esteiras de bagagem foram realadas e em vez de bagagens carregaram catlogos e sacolas de presentes BBB. O fundador da feira, Karl-Heinz Muller, e o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, examinavam a cena como se fosse o seu reino.

    Para se inteirar das ltimas novidades e tendncias, o Grupo GB Cana reuniu um time de pesquisa composto por 16 profissionais, entre eles sete clientes de grandes marcas brasileiras (Byzance, Zune, R.I.19, Pitbull, Union Bay, Edwin) e nove da prpria GB Cana. Leia o que a GB Cana apurou durante a BBB:

    Vintage EcolgicoA maioria das marcas presentes BBB apostou em

    duas verses para o jeans: Mega Vintage Peas surradas, desgastadas pelo

    emprego de lixas e de corroses, ozonizadas, pudas, sobretingidas, tudo o que d ao jeans novo um aspecto de usado, com 10, 15, 20 anos.

    Vintage Ecolgico O jeans vem com desgastes de lixas e de corroses, recebe pudos menores e bigodes a laser e/ou 3D, mas o fundo permanece escuro, intacto. Faz-se apenas uma limpeza com oznio. A utilizao de

    Bread And Butter confirma: vintage continua sendo o destaque das marcas

    internacionais de jeanswearPOR GRuPO GB/CANA

    Velhos, pudos e desbotados

    Mundo txtil /jeansfO

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    Multido percorre o hall de Tempelhof

    marcas participantes do evento fica na entrada e bem no meio do salo. o setor mais visitado e onde o corao realmente bate mais forte.uRBAN suPERIoR FEMININo: qualidade unida aos detalhes discretos de luxo, so as principais caractersticas dos recursos de estilo dessa rea. uRBAN suPERIoR MAsCulINo: rea destinada ao homem moderno que preza a elegncia discreta; constituda de peas que se adaptam ao seu cotidiano.l.o.C.K.: labels of Common Kin (marcas de parentesco em comum). Esta rea admirada pelos visitantes pela histria agregada pelas marcas presentes, consideradas clssicas, com forte herana e valores, baseadas em Denim Premium: AG Adriano Goldschmied, Denham, Edwin, levis, Vintage Clothing.

    Jeans de marcas famosas sem exposio

    produtos qumicos muito pequena neste processo; por isso, os formadores de opinio do evento o batizaram de Vntage Ecolgico.

    Destaques de lavanderiaDiesel: apostou no mega vintage, puindo, derrubando,

    envelhecendo; abusou do uso do oznio e do processo trapo, alm de lanar seu jeans neon, aquele que brilha no escuro. O neon impressionante, ele absorve luz du-rante o dia e a armazena como se fosse bateria. Quando o jeans colocado sem luz, no escuro, ele acende geran-do luminosidade na pea e no local. Fantstico!

    Salsa: a marca portuguesa - uma das lderes de mer-cado jeanswear na Europa - apresentou mais uma vez muita sofisticao em seus processos de lavanderia, utilizando o Vintage como carro-chefe de sua coleo. Pontos de luzes evidentes realam a silhueta feminina, tanques (bigodes) arredondados, corroses evidentes, luzes sobre pinos e processo trapo so os grandes dife-renciais da coleo.

    TEMPElhoF: AvIo DA MoDAO pavilho do aeroporto Tempelhof, com 750m de comprimento por 80m de largura, foi subdividido em sete sees distintas:sPoRT sTREET: uma combinao de paixo e amor pela busca da cultura streetsTREET FAshIoN: reunindo um mix de marcas independentes, lderes de mercado, esse setor compartilha a sensao bvia para a cultura pop, atravs de design grfico e streetwear.sTylE soCIETy: as marcas deste segmento jamais seguem moda ditada pelo mercado. Muito pelo contrrio. Esto sempre frente do seu tempo, so os chamados lanadores de moda. DENIM BAsE: considerado o corao da Bread and Butter, a rea onde se localiza o maior nmero de

    fOtOs: DivuLGaO

  • 50 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 201150 O COnfeCCiOnista/suDeste fev/mar 2011

    Menos gasto de guaA Levis acaba de lanar a coleo Water

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