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O IMPACTO DA TAXA DE CÂMBIO E DA RENDA MUNDIAL NAS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS GAÚCHOS Éverton Coelho Gomes 1 Vinícius Dias Fantinel 2 RESUMO O objetivo deste trabalho é conhecer a influência da taxa de câmbio e da renda mundial sobre as exportações de calçados gaúchos. Foram empregados métodos de séries temporais, teste de raiz unitária, teste de Cointegração de Johansen, o modelo vetorial auto-regressivo (VAR), o vetor de correção de erros (VEC), função impulso-resposta, decomposição dos erros de previsão da variância e teste de Causalidade de Granger. O período escolhido se inicia em janeiro de 2003 e termina em setembro de 2011, apresentando periodicidade mensal, totalizando 106 observações. Palavras-chave: Exportações de calçados, séries temporais, modelo VAR. ABSTRACT The purpose of this study is to determine the influence of the exchange rate and world income on exports of footwear “gaúchos”. We used methods of time series, unit root test, Johansen cointegration test, the model vector autoregressive (VAR), the vector error correction (VEC), impulse-response function, decomposition of forecast error variance and Granger causality test. The period chosen was begun in January 2003 and ending in September 2011, with monthly periodicity, totaling 106 observations. Keywords: Exports of footwear, time series, VAR model. Área temática: b. Macroeconomia Regional, Setor Externo, Finanças Públicas. Classificação JEL: C32, F19. 1 Mestrando em Economia Aplicada na UFRGS. E-mail: [email protected]. Endereço: Rua Santo Antonio, 87 – Porto Alegre/RS. 2 Mestrando em Economia Aplicada na UFRGS e Pesquisador em Economia da FEE/RS. E-mail: [email protected]. Endereço: Rua Rio Pardo, 284 – Esteio/RS.

O Impacto Da Taxa de Cambio e Da Renda Mundial Nas Exportacoes de Calcados Gauchos (1)

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  • O IMPACTO DA TAXA DE CMBIO E DA RENDA MUNDIAL NAS

    EXPORTAES DE CALADOS GACHOS

    verton Coelho Gomes1

    Vincius Dias Fantinel2

    RESUMO

    O objetivo deste trabalho conhecer a influncia da taxa de cmbio e da renda mundial

    sobre as exportaes de calados gachos. Foram empregados mtodos de sries

    temporais, teste de raiz unitria, teste de Cointegrao de Johansen, o modelo vetorial

    auto-regressivo (VAR), o vetor de correo de erros (VEC), funo impulso-resposta,

    decomposio dos erros de previso da varincia e teste de Causalidade de Granger. O

    perodo escolhido se inicia em janeiro de 2003 e termina em setembro de 2011,

    apresentando periodicidade mensal, totalizando 106 observaes.

    Palavras-chave: Exportaes de calados, sries temporais, modelo VAR.

    ABSTRACT

    The purpose of this study is to determine the influence of the exchange rate and world

    income on exports of footwear gachos. We used methods of time series, unit root

    test, Johansen cointegration test, the model vector autoregressive (VAR), the vector

    error correction (VEC), impulse-response function, decomposition of forecast error

    variance and Granger causality test. The period chosen was begun in January 2003 and

    ending in September 2011, with monthly periodicity, totaling 106 observations.

    Keywords: Exports of footwear, time series, VAR model.

    rea temtica: b. Macroeconomia Regional, Setor Externo, Finanas Pblicas.

    Classificao JEL: C32, F19.

    1Mestrando em Economia Aplicada na UFRGS. E-mail: [email protected]. Endereo: Rua Santo

    Antonio, 87 Porto Alegre/RS. 2Mestrando em Economia Aplicada na UFRGS e Pesquisador em Economia da FEE/RS. E-mail:

    [email protected]. Endereo: Rua Rio Pardo, 284 Esteio/RS.

  • 1. INTRODUO

    Nesse estudo, buscar-se- conhecer os determinantes das exportaes de

    calados do Estado do Rio Grande do Sul. Sero utilizados mtodos de sries temporais,

    atravs da utilizao de um modelo vetorial auto-regressivo (VAR), no qual sero

    includas variveis representativas para a taxa de cmbio real e a renda mundial. O

    objetivo conhecer a influncia dessas duas variveis sobre as exportaes de calados

    gachas.

    De acordo com a Abicalados, o Rio Grande do Sul o principal exportador de

    calados em valor do Brasil, ficando frente inclusive dos Estados do Cear, de So

    Paulo, da Paraba e da Bahia, outros grandes exportadores nacionais do produto.

    Nos ltimos trs anos, o desempenho das exportaes de calados gachos foi

    muito prejudicado devido crise global financeira gerada no ano de 2008 e ao aumento

    espetacular no ingresso de calados asiticos nos mercados internacionais, o qual

    decorre dos baixssimos custos de produo chineses, que no podem competir com os

    calados nacionais.

    A participao das exportaes de calados gachos nas exportaes totais do

    estado vem se reduzindo, o que corrobora o cenrio externo desfavorvel descrito

    anteriormente, o qual afeta negativamente em alto grau o setor caladista. De acordo

    com os dados da FEE, em 2003, a participao era de 14,34% e em 2004, de 12,90%,

    chegando a 5,42% em 2010 e 3,74% em 2011. Entretanto, o setor caladista gacho

    ainda pode ser considerado relevante para o Estado, gerando muitos empregos e

    promovendo desenvolvimento scio-econmico, principalmente na Regio do Vale dos

    Sinos.

    O presente trabalho est organizado em seis sees, incluindo a introduo. Aps

    esta, ser realizada a reviso de literatura sobre trabalhos realizados anteriormente. Na

    seo trs, discutir-se- a metodologia do trabalho e na quatro sero discutidos os

    resultados obtidos de acordo com a metodologia adotada. J na seo cinco, sero

    apresentadas as consideraes finais. E, por ltimo, tm-se as referncias bibliogrficas.

  • 2. REVISO DE LITERATURA

    Muitos trabalhos vm sendo realizados sobre tcnicas utilizadas nas estimativas

    das equaes de exportaes e importaes para o Brasil e suas unidades federativas.

    Alguns desses importantes trabalhados sero comentados a seguir.

    Os primeiros estudos realizados objetivando desenvolver mtodos para estimar

    equaes de exportao e importao no Brasil foram os de Braga & Markwald (1983) e

    Zine Junior (1988). Estes estudos tinham em comum, o estabelecimento inicial da

    suposio de equilbrio entre oferta e demanda e, aps isso, impunham uma dinmica de

    desequilbrio. A estimao desses modelos foi realizada usando-se equaes

    simultneas e, partia-se do pressuposto de que as sries temporais eram estacionrias.

    No obstante, enfatiza-se que essas suposies eram aceitas sem a necessidade de

    realizao de testes especficos.

    Para Zine Junior (1988), as funes de demanda e de oferta das exportaes

    assumem que os produtos importados no so substitutos perfeitos para os bens

    domsticos, e que possvel estimar as elasticidades-preo finitas. Para o autor, o

    modelo de substitutos perfeitos s aplica-se ao comrcio de bens homogneos como as

    commodities.

    Portugal (1992) estimou as equaes de demanda e oferta para exportao e

    importao baseada nas seguintes suposies: de substituio imperfeita (h leve

    diferenciao entre produtos domsticos e estrangeiros), preos diferenciados e hiptese

    do pas pequeno (a participao do pas no comrcio mundial reduzida).

    A respeito dos modelos referenciados acima usados na estimao das equaes

    de exportaes, deve-se destacar que eles so importantes no seu aspecto terico, j que

    utilizam a teoria microeconmica como base, visando determinar o equilbrio entre

    demanda e oferta dos bens exportveis, onde a varivel dependente a quantidade

    exportada ou algum ndice de quantidade e os preos das exportaes so variveis

    independentes, sendo considerados seus preos mdios ou algum ndice de preos das

    exportaes.

    No presente trabalho, esses modelos de estimao no sero adotados, visto que

    o propsito central o de buscar os resultados de uma maneira mais aplicada possvel,

    evitando a incluso de muitas variveis, as quais geram reduo de graus de liberdade

    do modelo.

  • De acordo com Castro & Cavalcanti (1998), embora a grande maioria dos

    estudos passados fosse geralmente baseada em ndices de preo e quantidade e tais

    ndices fossem preferveis do ponto de vista terico, a opo pelos dados em valor tem a

    vantagem de fornecer resultados aplicados diretamente na anlise da balana comercial

    do pas, alm de proporcionar um perodo amostral mais extenso para as estimaes

    economtricas.

    3. METODOLOGIA

    O modelo adotado neste trabalho baseado principalmente no modelo de Castro

    & Cavalcanti (1998). Neste artigo, os autores estimam equaes para exportaes e

    importaes totais e desagregadas com dados anuais no perodo de 1955-95. Para a

    estimao das equaes de exportao para o estado do Rio Grande do Sul (RS), temos:

    (1)

    Onde:

    lexport = logaritmo do valor das exportaes de calados do Rio Grande do Sul

    lcambio = logaritmo da taxa de cmbio real efetiva

    lrend = logaritmo da renda mundial

    Em conformidade com diversos estudos anteriores do comportamento das

    exportaes brasileiras, as variveis explicativas utilizadas consistem na taxa de cmbio

    real e numa proxy para o nvel de renda mundial.

    O valor das importaes mundiais totais, em bilhes de dlares dos Estados

    Unidos (EUA), foi empregado como proxy para a renda mundial. Seus dados so

    divulgados pelo International Financial Statistic/IFS, publicado pelo Fundo Monetrio

    Internacional (FMI) e obtido atravs do IPEADATA.

    Os dados relativos ao valor das exportaes de calados, em dlares dos Estados

    Unidos (EUA), foram obtidos da Fundao de Economia e Estatstica do Rio Grande do

    Sul (FEE/RS).

    O ndice de Taxa de Cmbio real efetivo (TCRE) foi obtido do IPEADATA,

    considerando como data base a mdia de 2005. A TCRE representa a medida da

    competitividade das exportaes brasileiras calculada pela mdia ponderada do ndice

  • de paridade do poder de compra dos 16 maiores parceiros comerciais do Brasil. A

    paridade do poder de compra definida pelo quociente entre a taxa de cmbio nominal

    (em R$/moeda estrangeira) e a relao entre o ndice de Preo por Atacado (IPA) dos

    pais em questo e o ndice de Preos por Atacado oferta global (IPA-OG/FGV) do

    Brasil. As ponderaes utilizadas so as participaes de cada parceiro no total das

    exportaes brasileiras em 2001.

    (

    )

    (2)

    Onde:

    TCRE = taxa de cmbio real efetiva;

    ei = taxa de cmbio nominal bilateral contra o pas i;

    Pi = ndide de preo escolhido para o pas estrangeiro i;

    P = ndice de preos internos;

    wi = peso atribudo ao pas i de tal forma que .

    Utiliza-se a TCRE em vez da taxa de cmbio R$/US$ porque ela uma medida

    melhor de competividade que a taxa de cmbio bilateral com o dlar por levar em

    conta a relao entre a taxa de cmbio real entre os principais parceiros comerciais.

    Os dados coletados para exportao de calados, taxa de cmbio real efetiva e

    importaes mundiais foram de janeiro de 2003 a setembro de 2011, sendo que este foi

    o maior perodo conseguido nesta pesquisa com todas as sries. Todos os dados esto

    em nmero ndice, considerando como data base a mdia de 2005.

    O modelo escolhido para analisar os determinantes das exportaes do Rio

    Grande do Sul foi o modelo Vetorial Auto-regressivo (VAR), proposto por Sims (1980)

    e amplamente utilizado para anlise de exportaes como em Castro & Cavalcanti

    (1998) e outros autores. O modelo VAR defende a premissa que todas as variveis no

    modelo devem ser tratadas de forma simultnea e simtrica. Em Sims (1980), o modelo

    era especificado a partir do comportamento dos dados; porm, em Sims (1986)

    valorizou-se a importncia da teoria econmica no comportamento das variveis.

    Em sua forma bsica, um VAR consiste de um conjunto de K variveis

    endgenas yt= (y1t,..,ykt,...,yKt) para k = 1,...,k. O processo VAR ento definido como:

    (3)

  • Sendo que Ai, i = 1,2,...,p so matrizes (KxK) com os parmetros das equaes,

    t so os erros no correlacionados, com mdia zero e varincia constante. Na

    construo do modelo VAR importante identificao do nmero de defasagens (p) a

    serem includas no modelo.

    No que diz respeito estimao do VAR, Enders (2010) afirma que

    normalmente as variveis sejam diferenciadas antes de estimar o sistema, mas que este

    procedimento no unanimemente aceito. Sims (1980) e outros autores afirmam que o

    objetivo da anlise no VAR no a estimativa dos parmetros, mas sim determinar as

    inter-relaes entre as variveis. Nesse caso, na presena de raiz unitria, sempre deve

    ser feita a diferenciao. Por outro lado, a diferenciao de variveis pode camuflar a

    existncia de cointegrao. Se h cointegrao, uma especificao mais adequada um

    VAR nas diferenas aumentado por termos de correo de erros, o que constitui um

    modelo de correo de erro denominado Vetor de Correo de Erro (VEC).

    3.1. Teste de raiz unitria

    A motivao do uso de testes de raiz unitria nas sries econmicas verificar se

    as sries so integradas de mesma ordem3. Caso elas sejam integradas de mesma ordem,

    as sries podero ser cointegradas, desde que exista uma combinao linear entre elas

    que seja estacionria.

    Para testar a ordem de integrao das sries, faz-se uso dos testes de raiz unitria

    de Dickey-Fuller aumentado (ADF) e o teste de Kwiatkowski, Phillips, Schmidt e Shin

    (KPSS), que segundo Nusair (2003) um teste alternativo ou complementar ao teste

    ADF para testar a estacionariedade da srie.

    No caso do teste ADF, hiptese nula de que a srie contm raiz unitria e a

    alternativa de que no contm. Caso no rejeitemos a hiptese nula, h presena de

    raiz unitria na srie e a srie dita no estacionria e, portanto, precisamos diferenciar

    a srie at que ela se torne estacionria. O teste ADF representado da seguinte forma

    geral:

    (4)

    3Se as sries no forem integradas de mesma ordem, Enders (2010) aponta que as sries podem de fato ser

    no cointegradas ou pode haver multicointegrao no caso em que algumas das variveis envolvidas

    sejam I(1) e outras I(2).

  • Y a srie, t o perodo de tempo, o intercepto, T a tendncia e sua

    inclinao, Yt-1 a srie defasada e = 1 sua inclinao e k o nmero de

    defasagens escolhido para o modelo. A incluso ou excluso do intercepto ou da

    tendncia no teste depende do comportamento da srie e o nmero de defasagens

    arbitrrio ou escolhido segundo algum critrio, como o de Schwarz ou outros.

    O teste KPSS, diferentemente do ADF, assume como hiptese nula a

    estacionariedade da srie. O teste definido como:

    (5)

    Nesta expresso, T corresponde ao nmero total de observaes, St a soma

    parcial dos desvios dos resduos em relao mdia amostral, a varincia de longo

    prazo aproximada por s2(l) e l um parmetro utilizado para suavizar a AC amostral.

    Devido aos problemas de baixo poder dos testes de raiz unitria, o teste KPSS

    utilizado de forma complementar com o objetivo de confirmar os resultados obtidos

    pelo teste ADF.

    Tabela 1 - Possveis resultados dos testes ADF e KPSS

    KPSS (2) ADF (1)

    Aceita Rejeita

    Aceita Deciso inconclusiva

    (informaes insuficientes)

    Deciso conclusiva

    (estacionariedade)

    Rejeita Deciso conclusiva

    (no-estacionariedade)

    Deciso inconclusiva

    (integrao fracionria)

    Fonte: Elaborao prpria

    Obs: (1) indica hiptese nula de no estacionariedade no teste ADF e (2) indica hiptese

    nula de estacionariedade no teste KPSS.

    A Tabela 1 mostra como se deve proceder anlise conjunta dos testes. Ento, o

    ideal seria realizar os dois testes.

    Se as sries so no estacionrias, mas possuem a mesma ordem de integrao, o

    prximo passo verificar se h cointegrao entre as variveis utilizando o mtodo de

    Johansen, de modo a identificar a existncia de alguma combinao linear entre as

    variveis.

  • 3.2. Teste de Cointegrao

    Considere um vetor auto-regressivo de ordem p:

    (6)

    Para a modelagem, necessrio o conhecimento do nmero de defasagens

    utilizado no modelo VAR. Para a determinao do nmero dos vetores de integrao,

    so utilizados dois testes importantes denominados de estatstica do trao (trao) e do

    mximo autovalor (max). Na estatstica do trao, a hiptese nula (H0) de que existem

    pelo menos r vetor de cointegrao representado matematicamente por:

    (7)

    A hiptese nula apresentada matematicamente como: H0: i= 0, i = r + 1,..., n,

    ou seja, somente os primeiros r autovalores so diferentes de zero. J o teste do mximo

    autovalor tem as seguintes hipteses:

    H0: o nmero de vetores de cointegrao igual a r.

    H1: o nmero de vetores de cointegrao igual r+1.

    Sua representao matemtica dada por:

    (8)

    Onde:

    $i =valore estimado do autovalor i da matriz estimada dos vetores de correo de

    erros.

    T corresponde ao nmero de observaes.

    Se os valores calculados forem maiores que os valores crticos, rejeita-se a

    hiptese nula de no cointegrao. Os valores crticos do teste do trao e do teste de

    mximo autovalor so dados por Johansen & Juselius (1990).

    Aps a verificao de existncia de cointegrao por meio da metodologia de

    Johansen, inclui-se o modelo de correo de erro. A principal vantagem de se escrever o

    sistema em termos do modelo de correo de erro est no fato de que, nesse formato,

    so incorporadas informaes tanto de curto quanto de longo prazo para ajuste nas

    variaes das sries.

  • O modelo VAR com correo de erro pode ser escrito da seguinte forma

    (9)

    Onde:

    p o nmero de defasagens escolhidas no modelo VAR e yt um vetor de k x 1

    variveis.

    = , em que uma matriz (p x r) contendo em suas colunas os vetores de

    cointegrao, e uma matriz (p x r) contendo os coeficientes de ajustamento, sendo r

    o nmero de cointegraes.

    i= matriz de coeficientes representando a dinmica de curto prazo.

    O teorema de Engle-Granger4 nos garante o seguinte resultado: se posto() = k,

    as variveis endgenas so todas estacionrias e o modelo de correo de erros no

    informativo sobre o estudo de yt diretamente. Se posto() = 0, isto implica que r = 0,

    ento no existe cointegrao e as variveis so estacionrias. Se 0 < posto() = m < k,

    ento = , onde e so matrizes k x mcom posto() = posto() = m; logo,

    existem combinaes lineares estacionrias que tornam yt estacionrio.

    Consequentemente, existem r vetores de cointegrao5.

    Depois de testada e identificada a existncia de vetores de cointegrao entre as

    variveis por intermdio do teste de cointegrao de Johansen, estima-se o modelo de

    correo de erros, o qual busca verificar os equilbrios de longo prazo. Posteriormente,

    verificam-se a funo impulso-resposta pelo mtodo de Cholesky, a decomposio da

    varincia dos erros de previso e as relaes de causalidade das sries mediante o teste

    de causalidade de Granger.

    4. RESULTADOS

    A primeira etapa da anlise de sries temporais num modelo auto-regressivo

    (VAR) verificar como o processo estocstico gerador das sries em estudo se

    comporta ao longo do tempo, ou seja, identificar se as variveis utilizadas so ou no

    4 Ver Hamilton (1994), p. 582. O teorema de representao de Granger mostra precisamente que sries

    cointegradas podem ser representadas por um mecanismo de correo de erros. 5 Adaptado de Tsay (2005), p. 381.

  • so estacionrias. Caso as variveis sejam no estacionrias, opta-se por estacionariz-

    las, apesar de que no que diz respeito estimao do VAR, Enders (2010) afirma que,

    embora normalmente as variveis sejam diferenciadas antes de se estimar o sistema,

    este procedimento no unicamente aceito.

    Os testes de razes unitrias utilizados foram os testes ADF e o KPSS para

    verificar a estacionariedade das sries exportaes de calados do Rio Grande do Sul,

    taxa de cmbio efetiva real e importaes mundiais, todas em logaritmo.

    Tabela 2 - Teste ADF

    Varivel Intercepto Tendncia Defasagens Diferena calc 1% 5% 10%

    lexp Sim No 12 0 -0,01 - 3,50 -2,89 -2,58

    lexp No No 11 1 -2,72 -2,59 -1,94 -1,61

    lrend Sim Sim 12 0 -2,75 -4,06 -3,50 -3,16

    lrend No No 11 1 -1,91 -2,58 -1,94 -1,61

    lcamb Sim Sim 2 0 -2,84 -4,05 -3,45 -3,15

    lcamb No No 2 1 -5,32 -2,59 -1,94 -1,61

    Fonte: Elaborao prpria

    O teste ADF em nvel indicou a no rejeio da hiptese nula de que as sries

    contm raiz unitria. O valor crtico calculado do teste ADF em mdulo menor do que

    os valores crticos tabelados a 10%, 5% e 1% de significncia. Conclui-se que as sries

    exportao de calados, taxa de cmbio efetiva real e importaes mundiais no so

    estacionrias em nvel.

    Os resultados para as sries em primeira diferena indicam que elas so

    estacionrias para todos os nveis de significncia para as sries exportao de calados

    e taxa de cmbio. Para a srie importaes mundiais, o mdulo do valor crtico tabelado

    s maior a 10% de significncia, entretanto optou-se por considerar a srie

  • estacionria utilizando o nvel de significncia de 10% para no incorrer em

    sobrediferenciao da srie.

    Tabela 3 - Teste KPSS

    Varivel Intercepto Tendncia Defasagens Diferena

    calc

    (1%)

    (5%)

    (10%)

    lexp Sim No 0 0 0,93 0,74 0,46 0,35

    lexp Sim No 0 1 0,23 0,74 0,46 0,35

    lrend Sim Sim 0 0 0,18 0,22 0,15 0,12

    lrend Sim No 0 1 0,09 0,74 0,46 0,35

    lcamb Sim Sim 0 0 0,18 0,22 0,15 0,12

    lcamb Sim No 0 1 0,18 0,74 0,46 0,35

    Fonte: Elaborao prpria corresponde, respectivamente, ao valor crtico calculado do teste e valores crticos tabelados a 1%, 5% e

    10% de significncia.

    Como forma complementar ao teste ADF, realizou-se o teste KPSS, que

    praticamente esteve em conformidade com os resultados do teste ADF. A hiptese nula

    de que a srie estacionria foi rejeitada usando-se o nvel de significncia de 5% para

    as sries sem primeira diferena. Quando diferenciamos as sries, os resultados

    indicaram a no rejeio da hiptese nula de estacionariedade para todos os valores

    crticos tabelados.

    Os resultados encontrados usados os testes de raiz unitria ADF e KPSS

    mostram um forte indicativo de que as sries so integradas de ordem um I(1). Como as

    sries so I(1), opta-se por fazer o teste de cointegrao de Johansen com as sries em

    nvel para verificar se h algum vetor de cointegrao.

    Para determinar o nmero de vetores de cointegrao, so utilizados os testes do

    trao e o teste do mximo autovalor, cujos resultados esto apresentados nas tabelas 4 e

    5.

  • Tabela 4 - Teste de Cointegrao de Johansen (trao)

    H0 H1 Autovalor Estatstica de teste Valor crtico (5%) Valor-p

    0,2248 36,7177 29,7971 0,0068

    0,1125 11,7642 15,4947 0,1686

    0,0007 0,0663 3,8415 0,7968

    Fonte: Elaborao prpria

    Tabela 5 - Teste de cointegrao de Johansen (autovalor mximo)

    H0 H1 Autovalor Estatstica de teste Valor crtico (5%) Valor-p

    0,2248 24,9535 21,1316 0,0138

    0,1125 11,6979 14,2646 0,1225

    0,0007 0,0663 3,8415 0,7968

    Fonte: Elaborao prpria

    Os resultados referentes aos testes de cointegrao apresentados indicam que a

    hiptese nula do teste do trao foi rejeitada (para r = 0), dado que o valor da estatstica

    do trao calculado foi superior ao seu valor crtico num nvel de significncia de 5%. O

    valor-p foi de 0,004 e tambm indica a rejeio da hiptese nula. Entretanto, a hiptese

    de vetores de cointegrao maiores do que de ordem 1 so rejeitados a 5% de

    significncia.

    O mesmo pode ser observado para o teste do mximo autovalor, em que seu

    valor calculado (para r = 0) foi superior ao valor crtico com nvel de significncia de

    5%. O resultado de ambos os testes (trao e mximo autovalor) mostram a no rejeio

    da hiptese de que exista, no mximo, um vetor de cointegrao.

    Como o teste de cointegrao de Johansen constatou a presena de pelo menos

    um vetor de cointegrao, por conseguinte, h um relacionamento de longo prazo entre

    as variveis. E, como o nmero de vetores de cointegrao maior que zero e menor

    que o nmero de variveis6, ento, ao invs de se utilizar o modelo Auto-Regressivo

    Vetorial (VAR), utiliza-se o modelo Vetorial de Correo de Erro (VEC) para as

    estimativas das elasticidades de curto e longo prazo. A vantagem de utilizar o VEC

    que ele permite investigar as dinmicas de curto prazo e longo prazo das sries.

    6Significa que o sistema identificado.

  • J neste ponto, duas observaes so convenientes. Em primeiro lugar, o

    ordenamento das variveis em um modelo vetorial pode ser muito importante. Nesta

    classe de modelos, a primeira varivel do vetor considerada, implicitamente, como

    independente das perturbaes contemporneas das demais variveis e, por conseguinte,

    a menos que as covarincias dos demais distrbios possam ser depreciadas, a

    decomposio das varincias dos erros de predio ser afetada pelo ordenamento

    adotado (Guzmn, 1992).

    Com finalidade de determinar a ordenao das variveis no modelo, foram

    realizados os testes de causalidade proposto por Granger (1969). possvel afirmar que

    uma varivel causa outra no sentido de Granger (para variveis estacionrias) quando

    seus valores passados ajudam a prever o valor presente da outra varivel. Como as

    sries em logaritmo das exportaes de calados, taxa de cmbio real efetiva e

    importaes mundiais no so estacionrias I(1) deve-se empregar o mesmo

    procedimento, mas com as sries diferenciadas em um perodo.

    Tabela 6 - Teste de causalidade de Granger

    Hiptese Nula Observaes Estatstica

    F

    Valor-p

    lcambio no Granger-causa lexport 98 4,87 0,0003

    lexport no Granger-causa lcambio 1,40 0,2229

    lrend no Granger-causa lexport 98 15,21

    lexport no Granger-causa lrend 8,68

    lrend no Granger-causa lcambio 98 2,22 0,0485

    lcambio no Granger-causa lrend 5,06 0,0002

    Fonte: Elaborao prpria

    = operador de primeira diferena.

    Pelo teste de causalidade de Granger, as variveis mais independentes do

    sistema so as exportaes de calados e renda mundial. Somente renda Granger causa

    cmbio a 5% de significncia segundo o valor-p e se usarmos 1%, nenhuma Granger-

    causa cmbio, sendo assim ela a varivel mais exgena do sistema segundo este

    critrio. Segundo Ltkepohl (2006), os testes de causalidade devem ser construdos no

    processo de seleo do modelo. Entre exportaes de calados e renda mundial, a srie

  • exportaes de calados foi escolhida a mais endgena pela teoria econmica e pelo

    modelo terico.

    De posse da ordenao das variveis, aplicam-se os critrios de informao AIC

    e SBC para determinar o nmero de defasagens no modelo. Os valores dos critrios so

    mostrados na tabela 7. Os dois critrios de informao, AIC e SBC, recomendaram

    incluir um modelo com seis defasagens.

    Tabela 7 - Ordem de estimao do sistema

    Desfasagem AIC SBC

    0 -6,71 -6,48

    1 -6,70 -6,24

    2 -6,89 -6,19

    3 -7,54 -6,61

    4 -7,87 -6,70

    5 -8,39 -6,98

    6 -8,68* -7,02*

    7 -8,66 -6,75

    8 -8,63 -6,47

    Fonte: Elaborao prpria

    * Mnimo

    Estima-se ento a regresso de acordo com o modelo terico e faz-se uso do

    modelo vetorial de correo de erros para capturar as dinmicas de curto prazo e de

    longo prazo das variveis.

    Tabela 8 - Estimativa de longo prazo da anlise de cointegrao (jan/2003 a set/2011)

    Equao de cointegrao

    lexportt-1 lrendt-1 lcambiot-1 Intercepto

    1,0000 9,6470

    [1,1467]

    0,3390

    [0,0341]

    -52,0279

    Fonte: Elaborao prpria Estatstica-t entre [ ]

  • Os resultados para a equao de longo prazo indicam que os sinais esto

    corretamente especificados, mostrando uma relao direta entre exportao de calados

    com a taxa de cmbio e a renda mundial, ou seja, uma depreciao de 1% na taxa de

    cambio real deve produzir, no longo prazo, uma elevao de 0,34% no valor das

    exportaes de calados, ao passo que um aumento de 1% na renda mundial deve

    corresponder, em mdia, a um aumento de 9,63% nas exportaes de calados. Porm,

    os resultados obtidos no so significativos.

    Tabela 9 Estimativa dos coeficientes de curto prazo da anlise de cointegrao

    Dinmica de curto prazo

    lrendt= -0,02*TCEt-1- 1,04*lexportt-1 - 1,10*lexportt-2 - 1,24*lexportt-3-

    1,01*lexportt-4 - 0,60*lexportt-5 - 0,51*lexportt-6+ 0,28*lrendt-1 +

    0,11*lrendt-2 + 1,26*lrendt-3 + 1,43*lrendt-4 + 1,56*lrendt-5 + 0,33*lrendt-6 -

    0,58*lcambiot-1 + 0,34*lcambiot-2 + 0,42*lcambiot-3 - 0,02*lcambiot-4 +

    0,07*lcambiot-5 - 0,11*lcambiot-6 - 0,08

    Fonte: Elaborao prpria

    TCE = Termo de correo de erros

    = operador de primeira diferena

    A tabela 9 examina a dinmica de curto prazo para as exportaes de calados.

    Os resultados da estimao do modelo de correo de erro mostraram que os

    coeficientes estimados d(lcambiot-2), d(lcambiot-3), d(lcambiot-4), d(lcambiot-5),

    d(lcambiot-6), d(lrendt-1), d(lrendt-2), d(lrendt-6) no foram significativos a 5%, enquanto

    os demais coeficientes estimados foram significativos. Os valores dos coeficientes

    estimados, de curto prazo, mostram as velocidades de ajustamento das respectivas

    variveis em direo ao equilbrio de longo prazo.

    Com relao ao Termo de Correo de Erros (TCE), o resultado sinaliza que

    sero necessrios aproximadamente 50 meses (1/0,02) para que os desequilbrios de

    curto prazo sejam corrigidos no longo prazo.

    Concluda a etapa de identificao e estimao do modelo VEC, analisam-se as

    funes de impulso-resposta obtidas, com o objetivo de verificar principalmente o

    impacto dos choques da taxa de cmbio e renda mundial sobre o valor das exportaes

    de calados do Rio Grande do Sul.

  • Figura 1 - Respostas do valor das exportaes a choques acumulados (funes de

    impulso-resposta)

    Fonte: Elaborao prpria

    A Figura 1 mostra as respostas do valor das exportaes a choques acumulados,

    de um desvio padro, na taxa de cmbio, renda mundial e dela mesma. A figura mostra

    que dado um choque (positivo) no antecipado no valor de um desvio padro na

    inovao da taxa de cmbio real efetiva (uma depreciao), o valor das exportaes

    reagem positivamente ao choque. J dado um choque no antecipado no valor de um

    desvio padro sobre a inovao da renda mundial (elevao da renda), o valor das

    exportaes tambm reagem positivamente ao choque. Como as funes impulso-

    resposta no decaem para zero (mesmo aumentando o perodo e usando a funo

    impulso-resposta marginal), os resultados sugerem que choques numa varivel so

    incorporados na outra.

    A anlise de decomposio de varincia fornece uma metodologia distinta para

    se analisar a dinmica do sistema no tempo, obtendo informaes sobre a importncia

    relativa de choques aleatrios em cada uma das variveis do modelo sobre as demais

    variveis. Em suma, a decomposio da varincia do erro de previso nos diz qual a

    proporo dos movimentos nas sries devido a seus prprios choques versus choques de

    outras variveis. A tabela 10 mostra os resultados relativos decomposio.

    0,0000

    0,1000

    0,2000

    0,3000

    0,4000

    0,5000

    0,6000

    Resposta acumulada dasexportaes de caladosdevido a exportao decalados

    Resposta acumulada dasexportaes de caladosdevido a renda mundial

    Resposta acumulada dasexportaes de caladosdevido a TCRE

  • Tabela 10 Decomposio da varincia

    Decomposio da varincia devido exportao de calados (%)

    Perodo Erro-padro Lexport lrend lcmbio

    1 0,08 100,00 0,00 0,00

    2 0,08 90,49 2,61 6,90

    3 0,09 87,54 3,13 9,33

    4 0,10 70,86 20,72 8,42

    5 0,11 60,87 31,41 7,72

    6 0,12 51,69 32,99 15,32

    7 0,13 44,98 28,51 26,51

    8 0,14 47,46 26,90 25,64

    9 0,14 45,45 29,98 24,57

    10 0,14 45,02 30,65 24,33

    11 0,14 44,29 31,13 24,58

    12 0,15 43,78 29,62 26,59

    Fonte: Elaborao prpria

    De acordo com os resultados apresentados, possvel verificar que as variveis

    taxa de cmbio real e renda mundial so fatores determinantes na explicao da

    evoluo do valor das exportaes de calados no RS, ou seja, aproximadamente

    56,21% de sua varincia explicada pelos choques dessas variveis ao final de 12

    perodos (1 ano). Os resultados indicam ainda que, a varivel renda mundial teve um

    impacto superior varivel taxa de cmbio sobre o valor das exportaes agropecurias,

    pois, individualmente, a varivel TCRE explica aproximadamente 26,59% da varincia

    do erro de previso do valor das exportaes, enquanto, a varivel renda mundial

    responsvel por 29,62% dessa varincia, considerando o dcimo segundo perodo

    posterior ao impulso. Para perodos maiores do que 12, os resultados no alteram

    significativamente e mantm uma estrutura relativamente parecida.

    Por ltimo, vale dizer que testes de adequao do modelo como autocorrelao,

    normalidade e heterocedasticidade nos resduos foram feitos na escolha do modelo final.

    Os resultados encontrados foram de ausncia de autocorrelao e heterocedasticidade e

    normalidade nos resduos. O teste de estabilidade no sistema revelou que todas as razes

  • do VEC estimado esto dentro do crculo unitrio, portanto o modelo vlido. Os

    resultados no foram apresentados por economia de espao.

    5. CONSIDERAES FINAIS

    O principal objetivo deste estudo foi analisar os determinantes e o

    comportamento das exportaes de calados do RS.

    O modelo de correo de erro estimado foi o escolhido para mostrar os efeitos

    de curto e longo prazo das variaes de cmbio e renda mundial sobre as exportaes de

    calados. A anlise de curto prazo revelou que os desequilbrios so corrigidos

    lentamente. Isto significa que existe uma grande defasagem temporal at que o

    desequilbrio de longo prazo seja restabelecido, ou seja, h uma baixa velocidade de

    convergncia das exportaes de calados gachas para o seu nvel de equilbrio. Com

    base na funo de longo prazo, pode-se afirmar que os sinais de todos os parmetros da

    equao so satisfatrios com aqueles esperados pelo modelo terico.

    Com o intuito de verificar principalmente o impacto dos choques da taxa de

    cmbio e da renda mundial sobre o valor das exportaes foram obtidas as funes de

    impulso-resposta que mostraram que a resposta do valor das exportaes a um choque

    na taxa de cmbio e na renda mundial tem efeitos pouco expressivos.

    De acordo com os resultados apresentados na tabela 10, taxa de cmbio real e

    renda mundial so fatores determinantes na explicao da evoluo do valor das

    exportaes de calados gachas. A decomposio da varincia indica que cmbio e

    renda mundial so bastante responsveis pelo comportamento das exportaes.

    Nenhuma outra varivel tem muito da sua varincia contada por suas prprias

    inovaes, indicando que as interaes entre as variveis so fortes.

    Por fim, os resultados deste trabalho indicaram forte relao das exportaes

    gachas com a taxa de cmbio real efetivo e com a renda mundial, que teve como proxy,

    o valor das importaes mundiais. Este estudo de carter preliminar usou as principais

    variveis encontradas na literatura que afeta o valor exportaes e, atravs do VEC,

    buscou investigar as relaes de curto e longo prazo entre as variveis e analisou as

    respostas do sistema a choques aleatrios nas sries. Em trabalhos futuros, outras

  • variveis podem ser utilizadas no VEC para examinar seus efeitos sobre as exportaes

    de calados gachas.

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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