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OPINIÃO Ano X – Nº 101– Setembro 2003 Movimentos Dissidentes no Espiritismo Nossa Opinião : Afastamentos naturais Editorial: A proliferação das religiões e a qualificação do espiritismo Notícias: Pesquisas em Projeciologia Em Guarulhos, problemas atuais na visão espírita Seminário Internacional "Religião, valores e educação" Espiritimo: O Pensamento atual da CEPA - livro lançado na XIV Conferência Regional Espírita Opinião em Tópicos: O ringue e o Coliseu Sofisticação da barbárie A ética hoje O caminho do amor (Milton Medran Moreira) Enfoque: Três opiniões sobre religião Opinião do Leitor: Cumprimentos ao CCEPA (Paulo Roberto Tiecher de Jesus) =========================================================== ========================== Movimentos Dissidentes no Espiritismo OS ARAUTOS DA QUARTA REVELAÇÃO E OS REFORMADORES A “religião espírita”, fundada na idéia da “revelação divina”, estimula a eclosão de movimentos que se atribuem a missão de ampliá-la superando o espiritismo para dar lugar a uma sonhada “4ª revelação”, com a presença de um “Allan Kardec reencarnado” e com o anúncio da volta triunfal de Jesus Cristo. Em todos os países onde detém alguma influência, o espiritismo tem presenciado o surgimento de movimentos, a partir de lideranças messiânicas que, tomando-o como uma revelação de caráter religioso, reconhecem-se como reencarnações de Allan Kardec ou de históricos líderes do

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OPINIÃO Ano X – Nº 101– Setembro 2003

Movimentos Dissidentes no Espiritismo

Nossa Opinião : Afastamentos naturais

Editorial: A proliferação das religiões e a qualificação do espiritismo

Notícias: Pesquisas em Projeciologia     Em Guarulhos, problemas atuais na visão espírita   Seminário Internacional "Religião, valores e educação"    

Espiritimo: O Pensamento atual da CEPA -   livro lançado na XIV Conferência Regional Espírita  

Opinião em Tópicos: O ringue e o Coliseu   Sofisticação da barbárie   A ética hoje   O caminho do amor (Milton Medran Moreira)

Enfoque: Três opiniões sobre religião

Opinião do Leitor: Cumprimentos ao CCEPA (Paulo Roberto Tiecher de Jesus)

 

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Movimentos Dissidentes no Espiritismo

OS ARAUTOS DA QUARTA REVELAÇÃO E OS REFORMADORES

 A “religião espírita”, fundada na idéia da “revelação divina”, estimula a eclosão de movimentos que se atribuem a missão de ampliá-la superando o espiritismo

para dar lugar a uma sonhada “4ª revelação”, com a presença de um “Allan Kardec reencarnado” e com o anúncio da volta triunfal de Jesus Cristo.

  Em todos os países onde detém alguma influência, o espiritismo tem presenciado o surgimento de movimentos, a partir de lideranças messiânicas que, tomando-o como uma revelação de caráter religioso, reconhecem-se como reencarnações de Allan Kardec ou de históricos líderes do cristianismo. Personagens carismáticas fundam, assim, novos movimentos com a suposta missão de suplantar o espiritismo que, para eles, estaria ou desviado de suas finalidades, “tomado pelas trevas”, ou superado em algumas de suas crenças e práticas.

No Brasil, entre outros, três movimentos com origem no meio espírita oferecem esse perfil messiânico- religioso:

 

LBV e a Religião de Deus

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Dentre os movimento surgidos no seio do espiritismo, a Legião da Boa Vontade, fundada em 1949 pelo radialista Alziro Zarur (1914-1974), foi talvez o de maior impacto. Zarur acreditava-se a reencarnação de Allan Kardec. Estimulado pela audiência de seu programa radiofônico “A Hora da Boa Vontade”, onde popularizou a oração do copo d’água, na Rádio Globo do Rio de Janeiro, estruturou a Legião da Boa Vontade, afirmando que, para isso, recebera missão expressa em mensagem mediúnica de São Francisco de Assis.

Roustainguista convicto, Alziro Zarur, a par de consistente obra social que se espalhou por todo o Brasil, terminou também por proclamar o que chamou de “a religião de Deus”, uma proposta ecumênica, partindo da idéia de que, em sua síntese “todas as religiões são cristãs” e que deverão ser reunidas numa única, com “a volta triunfal de Jesus”, por eles chamado “o Cristo estadista”.

A LBV pressupõe a existência de quatro grandes revelações religiosas: a mosaica; a cristã; a dos espíritos, instrumentalizada por Kardec e Roustaing: e, finalmente, a “religião de Deus”, revelada a Alziro Zarur.

Com a morte de Zarur, assumiu a direção da LBV o também radialista e advogado José de Paiva Netto, figura igualmente carismática, dotada de elevado espírito empreendedor e que seria, na interpretação de seus seguidores, a reencarnação do advogado francês Jean Baptiste Roustaing.

Recentemente, a partir de denúncias formuladas pela Rede Globo de Televisão, a LBV passou a ser objeto de investigações, sob a acusação de desvios de recursos da instituição beneficiando alguns de seus dirigentes, especialmente Paiva Netto, que teria acumulado considerável patrimônio, gerindo recursos do movimento que se espalha por vários países da América e alguns da Europa.

O Divinismo de Osvaldo Polidoro

Osvaldo Polidoro (1910-2000), sem ter a mesma expressão de Zarur, e dizendo-se, igualmente, a reencarnação de Kardec (e, antes, de Elias), é o criador de um movimento chamado “Divinismo”.

Polidoro também teve sua formação no meio espírita. Foi um dos fundadores da Federação Espírita do Estado de São Paulo, quando já se anunciava como Kardec reencarnado, “revelação” que havia recebido aos 15 anos de idade. Seus seguidores afirmam que Polidoro deixou o movimento espírita porque, ali, desejavam “dogmatizar sobre Kardec” e porque “não aceitaram a restauração da obra” que ele veio terminar e que fora prevista pelo próprio Kardec em “Obras Póstumas”.

Tais afirmações podem ser vistas no site www.divinismo.org , onde também o movimento estruturado por Polidoro descreve-o como alguém que, após sua última encarnação, é hoje um “Espírito, que já completou a sua evolução e encontra-se deificado ou plenamente reintegrado ao Princípio”. Diz que a doutrina por ele deixada, complementando a missão que interrompera no Século 19, com a personalidade de

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Allan Kardec, “ensina que sobrará apenas um ismo, o único que retrata fielmente a Doutrina do Caminho do Senhor, o “Divinismo”.

O Divinismo sustenta que Jesus deverá voltar, através da reencarnação, neste Século 21, porque é apenas um “espírito a caminho da deificação”, diferentemente de Polidoro (Elias/João Batista/Kardec), que não precisa mais reencarnar por já estar deificado.

Home-page do “Divinismo” sustenta que Polidoro, reencarnação de Kardec, já está “deificado”

 

 

O Protestantismo espírita de José Queid

Dirigente de uma dinâmica casa espírita de São José do Rio Preto –SP, (Grupo Espírita Bezerra de Menezes), o piloto aviador José Queid Tufaile Huaixan liderou, na década de 90, o chamado Movimento de Reformas, com propostas de dinamização do movimento e da administração de casas espíritas. Promovendo eventos denominados ENTRADE – Encontro de Trabalhadores da Doutrina Espírita, de sucessivas edições, com ampla participação de dirigentes e trabalhadores espíritas, Queid também editava um jornal denominado “A Voz do Espírito”, com grande circulação no movimento espírita brasileiro. Defensor intransigente da “religião espírita”, nessa mesma época, sustentou, pela imprensa, vários debates com dirigentes da CEPA, criticando seu laicismo, que confundia com materialismo, e concitando-a a deixar o movimento espírita, pois que, segundo ele, as propostas da Confederação Espírita Pan-Americana contrariavam os postulados do “cristianismo redivivo” que é a terceira revelação divina.

A partir do ano 2.000. apoiando-se em mensagens que, dizia, eram recebidas mediunicamente por seu grupo, firmadas por entidades que se apresentam como José de Arimatéia, São Luís, Erasto, Simeão e João Huss, seu site na Internet (www.novavoz.org.br) passou a veicular críticas generalizadas ao movimento espírita. Uma delas, com o título de “Momentos de Decisão” registrou que os espíritas “a cada dia, destoam-se da realidade sem o perceber”. Fala da decadência do movimento espírita, atribuindo-a à presença de “mescla de católicos, protestantes e livre-pensadores”. E que “pela predominância absoluta dos primeiros (católicos) e vaidade dos derradeiros (livre-pensadores), é natural que os rumos não fossem outros senão o que observais”. A mensagem prevê que “o movimento espírita será sufocado pela aproximação do mundo que se avizinha” e que “quem tem olhos de ver pode perceber que nas casas espíritas pouco se encontra que, em verdade, seja capaz de reformar vidas”. Em tom profético e apocalíptico, a mensagem faz esta exortação àqueles que teriam desviado os rumos da “3ª revelação”: “vós que não temeis ao Pai, nem à Sua justiça, sereis condenados a humilhações tenazes no fim dos tempos”.

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A ruptura com o movimento espírita

Nesse mesmo tom, concretizando a ruptura com o movimento espírita, o site do antigo Grupo Bezerra de Menezes informou, em comunicado nele inserido em 1°/01/03, que dali por diante, as instituições adesas à União de Irmãos (nome adotado pelo grupo) formariam um “novo movimento religioso, denominado Renovação Cristã”, deixando, assim “de fazer parte definitiva e completamente do chamado Movimento Espírita que, ao nosso ver, não tem identidade com a proposta evangelizadora de Jesus Cristo, nem com Allan Kardec”.

Com destaque em seu site, expressa o que chama de “Pensamento Reformista”, nesta sentença de Martinho Lutero, fundador do Protestantismo: “Quem não quiser vagar como os cegos deve olhar para além das obras, dos mandamentos ou da doutrina sobre as obras. Antes de mais nada, deve considerar a pessoa e a maneira de ela se tornar justa. Contudo ela só se tornará justa por meio da Palavra de Deus e da fé”.

José Queid lidera o movimento religioso “Renovação Cristã” proveniente do movimento espírita

 

Nossa Opinião

AFASTAMENTOS NATURAIS

São tantos que seria impossível fazer uma lista exaustiva das religiões, movimentos ou seitas surgidos às margens do espiritismo. O caráter do “livre exame” que lhe atribuiu Allan Kardec, favorece dissensões e derivações, como ele próprio previu. Afinal, não estamos tratando de questões de fé, mas de entendimento.

Não parece haver dúvida, contudo, que é precisamente do caráter exacerbado de religião, a ele atribuído ao curso do tempo, que derivaram suas mais graves distorções. Também disso o lúcido espírito de Kardec apercebeu-se antecipadamente ao afirmar, no debate travado com o Padre Chesnel, que, na medida em que se classificasse o espiritismo como uma religião, equívoco no qual reincidia o abade, se o estaria jogando em um terreno novo.

Revelações religiosas não estão necessariamente submetidas a critérios racionais de interpretação. Como está assentado em “A Gênese”, a revelação religiosa implica em “passividade absoluta e é aceita sem verificação, sem exame, nem discussão”. Já no que tange à revelação espírita, nada há que dispense o emprego de um criterioso exame racional. O livre exame, conquista da modernidade tão respeitada pelo sistematizador da teoria espírita, só ganha real sentido se não se apartar da bússola da razão, que é outro signo do pensamento moderno.

Por isso tudo, Kardec preferiu rejeitar nove verdades a aceitar uma única mentira. E das mentiras e das mistificações vindas dos espíritos ninguém está livre, a

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menos que se acautele mediante sólidos critérios de racionalidade. Comunicações mediúnicas não são por si sós selos de autenticação. Mormente quando, à evidência, contrariam princípios fundamentais doutrinários como o da crença nos valores do homem, que jamais deve ser visto como um ser em decadência, mas como agente do próprio progresso. E que este se dá não pela adesão incondicional a sistemas de fé, mas pela busca incessante do conhecimento, da tolerância, da perseverança no trabalho produtivo e pela prática da justiça e do amor.

Que haja, ademais, espíritos cuja presença entre nós seja destinada a promover o avanço da humanidade não há como duvidar. Encarnações missionárias de personagens vindas para dar continuidade a nobres tarefas antes interrompidas dispensam, no entanto, a “mise-en-scène” de revelações fantásticas a atestarem seus currículos reencarnatórios. A eventual presença de espíritos dessa condição em nosso meio há de se evidenciar por si só, mercê suas qualidades intelectuais e morais, pois estas sempre deixam marcas no trabalho realizado.

De outra parte, renovar o espiritismo é tarefa contínua, a ser desempenhada pela comunidade de encarnados e desencarnados dispostos a uma ação conjunta, em clima de respeito aos valores essenciais formadores de sua base doutrinária. Claramente não tem autoridade para renová-lo quem parte para o menosprezo agressivo a um movimento que, mesmo com deficiências, conta, na sua maciça maioria, com homens dotados de honestidade de propósitos, dedicação, firme disposição de acertar, e que, dessa forma, soube construir um patrimônio de credibilidade.

Por fim, o homem não é um ser decaído que encarna para ser reformado, como o dizem as religiões, mas para progredir, como defende o espiritismo. Doutrinas que não reconhecem esse princípio estão filosoficamente muito distanciadas da mensagem espírita. Por isso mesmo, terminam por, espontaneamente, afastar-se de seu movimento, eis que este, mesmo com algumas dificuldades, pouco a pouco, tende a ajustar-se à sua proposta original. (A Redação).

 

Editorial

A PROLIFERAÇÃO DAS RELIGIÕES E A QUALIFICAÇÃO DO ESPIRITISMO

 

“Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente a sua função e sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais

importante movimento cultural e espiritual da

Terra”. (J.Herculano Pires)

 

Nunca o movimento espírita viveu momento tão rico como este. Isso se deve, em grande parte, ao esforço que promana de diversos segmentos do

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espiritismo em busca de sua correta identidade. Parece que a proliferação de religiões, fenômeno que vivemos intensamente nesta quadra, mesmo que, eventualmente, reduzindo ou tendendo a reduzir a freqüência de público às boas casas espíritas, é fator que contribui com sua melhor qualificação.

Ao promoverem os movimentos religiosos de massa, em seus gigantescos templos, espetáculos de “descarrego”, apregoando que, pela expulsão dos “encostos”, ou pelo recebimento de “bênçãos milagrosas”, os crentes hão de resolver todos seus problemas, poderão estar atraindo, quem sabe, pessoas que, antes, ingenuamente, buscavam essa panacéia justamente nos centros espíritas. O perfil de “pronto socorro espiritual”, hoje largamente assumido por segmentos evangélicos que proliferam pelo Brasil todo, já foi característica mais marcante das instituições espíritas. Em algumas décadas, entretanto, o movimento espírita brasileiro evoluiu de um perfil fortemente mediúnico-assistencialista para uma postura mais voltada ao estudo doutrinário sério do qual, pouco a pouco, vêm resultando também práticas mais adequadas ao seu verdadeiro objetivo: a educação integral do ser.

Falamos, evidentemente, tomando por base da reflexão um segmento mais padronizado, em torno do qual não deixam de gravitar outros onde o avanço se faz mais lento e onde o peso da demanda por necessidades imediatas movida por um povo material, social e espiritualmente carente, muitas vezes conduz a práticas que guardam muito mais de magia do que de espiritismo. De qualquer maneira, o último senso demográfico de 2.000 foi bastante elucidativo ao demonstrar o perfil do espírita brasileiro. Tomando-se os três grupos religiosos mais numerosos no Brasil (católicos, evangélicos e espíritas, pela ordem), o censo demonstrou que o segmento espírita, ali classificado como um movimento religioso, é o de maior escolaridade. Assim, católicos têm em média 6,1 anos de estudo, os evangélicos 5,6 anos, enquanto os espíritas apresentam um nível médio de 10 anos de escolaridade.

Talvez não seja difícil demonstrar, e isso poderá acontecer num futuro breve, que a explosão das religiões pentecostais no Brasil, acaba por qualificar culturalmente o segmento espírita, mesmo que, eventualmente, reduzindo seu crescimento, que tem sido mais lento nos últimos anos. Essa mesma tendência parece sinalizar no sentido de que não vale a pena ao movimento espírita “concorrer” com esse “mercado religioso” que aqui se instalou. A qualidade de sua mensagem, que é filosófica, humanista e libertadora, não pode se confundir com o proselitismo religioso que aprisiona o pensamento, favorecendo a magia e a irracionalidade.

Temos sinais de que essa adequação está ocorrendo. A matéria de capa desta edição, mostrando o caminho que têm percorrido, de dentro para fora do movimento espírita, os segmentos de perfil mais assumidamente religioso, parece confirmar essa tendência. O que é natural numa filosofia nascida livre-pensadora, mas que, em toda sua história, sofre o assédio quase irresistível do apelo místico/religioso. De qualquer maneira, resistir a esse apelo é preciso. Até por uma questão de sobrevivência.

 

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Parece que a proliferação das religiões, fenômeno que vivemos intensamente nesta quadra, mesmo reduzindo a freqüência às casas espíritas, é fator que colabora com a qualificação do espiritismo.

 

 

LANÇADO NA XIV CONFERÊNCIA REGIONAL ESPÍRITA O LIVRO:

ESPIRITISMO: O PENSAMENTO ATUAL DA CEPA

 Uma coletânea de artigos sobre o que é a Confederação Espírita Pan-Americana, seus objetivos, sua natureza, sua história, sua organização e, sobretudo, o que pensa, como instituição, acerca de alguns temas doutrinários e da organização do movimento espírita.

Leia aqui a síntese do pensamento dos diversos autores sobre os temas

abordados na obra.

 

“Aquele que não assumir perante o Espiritismo, ou qualquer outra proposta cultural, uma postura crítica corre o risco de simplificações facilmente deturpadoras que levam ao sectarismo, ao fanatismo e à intolerância.” Milton Medran Moreira

 

“Não se coaduna com a verdade pretender identificar laicismo com anti-religiosidade, nem, evidentemente, com ateísmo. Laico não é anti-religioso; laico é arreligioso, ou seja, um terreno neutro em questões religiosas.” Jon Aizpúrua

 

"No son las personas que la integran, ya que éstas fueron cambiando a través de todos estos años, pero en el pensamiento fiel a Kardec, investigador, inquisitivo, progresista, íntegro, abierto, tolerante pero firme en su definición de conceptos, allí está la CEPA.” Dante López

 

“A partir do momento em que o Espiritismo foi institucionalizado, começou sua descaracterização, transformado numa seita ligada ao modelo judaico cristão do pecado e do castigo.” Jaci Regis

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“Reina, infelizmente, nos meios evangélicos a concepção de uma doutrina sagrada, completa, de origem divina - qual obra divina seria imperfeita? -, modelo de pensar que gera entre os seus profitentes uma postura imobilista, de vocação salvacionista, posto que depositária da verdade.”

Salomão Jacob Benchaya

 

“Os exemplos de desrespeito aos textos básicos do Espiritismo, até aqui, têm sido perpetrados com mais freqüência no próprio seio da oficialidade dominante.” Wilson Garcia

 

“Nessa visão de Kardec, o espiritismo não pode, de nenhum modo, estagnar-se; se o fizesse, não seria uma ciência, e nem mesmo uma filosofia, uma vez que tanto uma quanto outra só se efetivam com a contínua inquietação do pensamento.” Reinaldo Di Lucia

 

“Não se pode legitimamente falar de espiritismo sem praticar sua ética, o que nos traz a convicção de que fraternidade e diálogo são elementos que pragmaticamente o caracterizam.” Luiz Signates

 

“A figura do evangelizador nunca foi idealizada por Kardec em nenhum momento. Nem mesmo em seu terceiro livro da Codificação.”

Carlos de Brito Imbassahy

 

“A simples menção da possibilidade de atualização do espiritismo deixa os dogmáticos em pânico, apesar do claro ensinamento de Kardec, de que o espiritismo jamais ficaria ultrapassado, porque caminharia com a ciência.” Nícia Cunha

 

“E a CEPA nos oferece um exemplo prático de despojamento, humildade, simplicidade e, o mais importante, eficiência na sua forma de agir e atuar, priorizando o que é, deve e precisa ser priorizado: a doutrina e o movimento.” José Joaquim Marchisio

 

“O Espiritismo é intrinsecamente dinâmico e sujeito, portanto, a um permanente processo de atualização cuja condução é, sim, responsabilidade de espíritos

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encarnados assim como já o fora sua codificação.” Maurice Herbert Jones

 

Leia, pense e depois faça seu julgamento.

 

 

Notícias

PESQUISAS EM PROJECIOLOGIA

A conferência mensal que o CCEPA realiza na primeira segunda-feira de cada mês em seu auditório, tem neste 1º de setembro, como convidada, a advogada Dra. Jussara Moura, Coordenadora em Porto Alegre, do Centro de Educação do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscenciologia - IIPC. A conferencista expõe o tema “Pesquisas em Projeciologia”, destacando os avanços experimentais daquela área de estudos que tem a liderança mundial do pesquisador Waldo Vieira.

No mês de agosto, o conferencista convidado foi o psicólogo Luiz Augusto Sombrio, membro da Associação Médico Espírita do Rio Grande do Sul e colaborador da Sociedade Espírita Beneficente Bezerra de Menezes, de Porto Alegre, que abordou, para um numeroso público, o tema “Uma Abordagem Espírita e Psicológica dos Processos de Culpa”.

No auditório do CCEPA (Rua Botafogo, 678, Porto Alegre), desenvolve-se, sempre às segundas-feiras, a partir das 20h30min., uma atividade pública. Na primeira segunda de cada mês, ocorre uma conferência. Nas demais, em caráter informal, estabelece-se um debate do chamado Grupo de Conversação Espírita, de participação livre e inteiramente aberta ao público.

Também funciona um Grupo de Conversação Espírita, igualmente aberto ao público, nas sextas-feiras às 15h30 min.

O psicólogo Luiz Augusto Sombrio (foto) ocupou a tribuna do CCEPA, no último dia 4 de agosto, proferindo palestra para um público bastante numeroso.

Neste 1º de setembro, a convidada é a Dra. Jussara Moura para falar sobre projeciologia.

 

 

EM GUARULHOS, PROBLEMAS ATUAIS NA VISÃO ESPÍRITA

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A 30ª Semana Espírita da USE Intermunicipal Espírita de Guarulhos, a se realizar de 08 a 13 deste mês de setembro, terá como tema central “Problemas da Sociedade Atual Na Visão Espírita”.

O evento, que terá apresentações artísticas nas palestras de abertura e encerramento, desenvolve a seguinte programação, sempre às 20:00 horas:

Dia 8 – 2ª Feira - Dr. Marco Antônio Pereira dos Santos - Tema — Mediunidade e Obsessão na Infância

Local: Casa Espírita Fonte Viva (1) - Rua Tocantinópolis, 103 - Jardim Iporanga.

Dia 9 – 3ª Feira Dr. José Carlos De Lucca - Tema — Problemas da Sociedade Atual Na Visão Espírita - Local: Núcleo Espírita Fé Perseverança e Caridade - Rua Salvador Gaeta, 685 - Vila Augusta.

Dia 10 – 4ª Feira Sra. Ana Gaspar - Tema — Espiritismo e Trabalho Social - Local: Centro Espírita Jesus é o Caminho - Av. Arminda de Lima, 411 - Vila Progresso.

Dia 11 – 5ª Feira Profª. Neide Gil - Tema — Espiritismo e Pedagogia - (De Comênius a Paulo Freire) - Local: Centro Espírita Cairbar Schutel - Rua Santa Isabel, 461 - Vila Augusta.

Dia 12 – 6ª Feira Dr. Bismael Batista de Moraes - Tema – Pesquisas Atuais do Espiritismo Local: Casa Espírita Fonte Viva (2) - Rua Domingos Fanganielo, 330 - Ponte Grande.

Dia 13 – Sábado Dr. Franklin Antônio Ribeiro -Tema – Espiritismo e Saúde Mental - (Da Depressão ao Pânico)- Local: Sociedade Espírita Discípulos do Evangelho - Rua Francisco Foot, 1 - Conjunto CDHU – Gopoúva.

José Carlos de Lucca abordará o tema central “Problemas da Sociedade Atual na Visão Espírita”, no evento de Guarulhos

 

SEMINÁRIO INTERNACIONAL “RELIGIÃO, VALORES E EDUCAÇÃO”

 

A Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) promove, de 17 a 20 deste mês de setembro, o Seminário Internacional Religião, Valores e Educação. A organização do evento está a cargo dos professores daquela Universidade Jean Lauand, Gilda Naécia M. de Barros e Dora Incontri, esta última pós-doutoranda em Educação e pesquisadora espírita, que também será uma das expositoras.

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O evento que conta com a participação de professores de outras Universidades brasileiras e européias questiona: É possível um diálogo autêntico entre as diferentes tradições religiosas no campo da Educação? O que temos em comum? Qual a linguagem que podemos usar? Qual a mensagem que podemos transmitir, respeitando diferenças e discutindo valores?

Representantes e especialistas de diversas tradições se reunirão nesse Seminário para apresentar propostas e debater caminhos.

Segundo seus organizadores, “resgatar a dimensão espiritual na educação, guardando os valores do respeito mútuo e da liberdade de consciência é o desafio a ser enfrentado”.

O local do evento será o Auditório da Faculdade de Educação da USP, fornecendo-se certificados (duração 30 h) paa os que tiverem 75% de presença.

Maiores informações e o programa completo podem ser obtidas acessando-se o sitehttp://www2.fe.usp.br/~cemoroc/page12.htm .

Opinião em Tópicos

Milton R. Medran Moreira

O ringue e o Coliseu

Era tempo de Olimpíadas Pan-Americanas e o Brasil acompanhava o desempenho de seus atletas em Santo Domingo. Foram dezenas de medalhas de ouro, prata e bronze premiando o esforço e a garra de jovens atletas patrícios nossos.

Em meio a tudo isso, no entanto, a imagem de uma vitória brasileira num certo ringue na cidade de Miami, a mim, pelo menos, não causou a mesma sensação de orgulho. Foi a luta entre o boxeador brasileiro Popó e um similar seu, de nacionalidade argentina.

Aquelas cenas do lutador platino, com o rosto todo ensangüentado, limpando na camisa do árbitro o sangue que lhe escorria e terminando por rodopiar e cair, grogue, no solo do ringue, sob os aplausos delirantes dos torcedores do lutador baiano, podem ter sido excitantes para muitos. Em mim, confesso, causaram um certo mal-estar. Vendo-as, no noticiário da TV, vieram-me à mente as descrições das lutas cruéis entre os gladiadores no velho Coliseu de Roma e também os espetáculos que ali se faziam, jogando os cristãos para que as feras os devorassem.. Coisas que se costumam classificar como barbáries dos tempos antigos.

Sofisticação da barbárie

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A gente pensa haver superado a barbárie de tempos passados, mas talvez apenas a tenhamos sofisticado, conferindo-lhe status de esporte ou dando a algumas práticas individuais ou sociais, claramente violentas ou injustas, um suporte legal. Cada tempo tem suas crueldades institucionalizadas. Elas alimentam a fera que o homem do século 21 ainda guarda dentro de si. Válvulas de escape para a agressividade de um mundo cheio de injustiças e corrupção, que, por sua vez, são nutridas justamente pelas íntimas injustiças e pequenas corrupções que cultivamos no nosso interior. Está aí o círculo vicioso da violência. Umas se nutrem das outras, estimulando-se mutuamente. E todas têm uma origem comum: a incrível resistência, que vamos preservando, encarnação após encarnação, ao princípio fundamental da solidariedade e do amor.

No fundo, ainda raciocinamos e nos orientamos a partir de princípios primários de que convém devolver o mal com o mal, a violência com outras formas de violência. Nesse contexto, os Popós e os Mike Tysons da vida com muita facilidade viram modelos e heróis! Não tenho dúvidas de que, ao vibrarmos com os murros dados por Popó no adversário argentino, a gente faz emergir a forma como gostaríamos de agir com pessoas que as regras de civilidade nos obrigam a tratar bem, contra nossa vontade.

A ética hoje

O mundo vive um clima de estupidez e irracionalidade Estão aí: a guerra com claros fins expansionistas, promovida pelo maior Império da contemporaneidade; o terrorismo que lhe opõe idêntica irracional resposta; a violência social e criminal que grassa em todo o mundo e que, entre nós, às vezes parece inviabilizar a vida em grandes cidades. Tudo demonstra que o homem não sabe ainda exatamente porque nasce, porque vive e porque morre, qual, enfim, o real sentido da existência.

Há um claro descompasso entre o progresso material e intelectual que já fomos capazes de atingir e a ética atrasada que ainda praticamos. Há mesmo um descompasso entre os valores coletivos que já fomos capazes de institucionalizar e que não temos dúvida em apregoar e aqueles outros que, sub-repticiamente, movem as ações da maioria dos detentores do poder e, quiçá, ainda povoam nosso mundo interior.

Mas, como escreveu Kardec, a capacidade de aspirar determinada ordem de idéias é precisamente o indício de que podemos atingi-la. Por isso, mesmo com tantos atestados de irracionalidade, não está derrogada a Lei do Progresso. O seu caminho é que talvez seja bem mais difícil do que fomos capazes de imaginar, nos séculos anteriores.

A caminho do amor

Das barbáries de ontem temos notícia através de meros relatos que podem nos haver chegado distorcidos. Das de hoje se encarrega de perenizá-las a fantástica tecnologia das imagens eletrônicas captando as cenas de guerra, em tempo real, os bárbaros assaltos, os atos de terrorismo político ou

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religioso, o barbarismo assumido ou transvestido de modalidades esportivas ou pretensamente justificados por ideais políticos ou sociais. Daqui a 100, 200 ou 1.000 anos, imagino que veremos tudo isso e também as imagens das praças de touro de Madri e dos ringues de Miami ou Las Vegas com a mesma estupefação que nos causam os relatos de como se davam as lutas entre gladiadores ou o martírio dos cristãos no velho Coliseu romano. Enfim, este, em sua época, era o mais forte símbolo do Império, a ponto de o monge inglês, Venerável Beda, haver feito uma solene profecia: “Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá, quando o Coliseu ruir, Roma cairá e se acabará o mundo”.

O Coliseu ruiu, Roma caiu, mas o mundo não acabou. Porque, felizmente, e apesar de tudo, o que de perene o homem traz dento de si não é a violência: é o amor.

 

Enfoque

TRÊS OPINIÕES SOBRE RELIGIÃO

 

“Leia e Pense” é uma espécie de jornal mural do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre. Elaborado por seu atual vice-presidente, Maurice Herbert Jones, é mensalmente exposto no quadro de avisos do CCEPA, sempre

com uma interessante reflexão, extraída de outras publicações.

De uma das últimas edições de “Leia e Pense” “Opinião” extraiu três interessantes textos sobre religião. Seus autores: Jiddu Krishnamurti, pensador indiano das primeiras décadas do Século 20; Rubem Alves,

teólogo, filósofo e psicanalista brasileiro contemporâneo e, finalmente, Krishnamurti de Carvalho Dias, escritor espírita brasileiro, desencarnado

recentemente.

 

Jiddu Krishnamurti: “a pessoa religiosa não pertence a nenhum grupo que se intitule religioso.” 

 

“A verdadeira mente religiosa não pertence a nenhum culto, nenhum grupo, nenhuma religião, a nenhuma igreja instituída. A mentalidade religiosa não é a mentalidade hindu, a mentalidade cristã, a mentalidade budista, a muçulmana. A pessoa religiosa não pertence a nenhum grupo que se intitule religioso. Ela não freqüenta igrejas, templos, mesquitas, nem se apega a determinadas crenças e dogmas.

A mente religiosa é completamente só. Ela já compreendeu a falsidade das igrejas, dogmas, crenças tradições. Não sendo nacionalista nem condicionada pelo

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ambiente, não tem horizonte nem limites, é explosiva, nova, fresca, sã. A mente sã, jovem, é extraordinariamente maleável, sutil, não tem âncora. Somente ela pode descobrir o que se chama "deus", o que é imensurável”.

Extraído do livro "Ensinar e Aprender"

de Jiddu Krishnamurti - Editora ICK.

 

Rubem Alves: “Preciso não ter religião para a amar a Deus sem medo, com alegria e sem nada pedir.”

 

    “Eu não tenho religião. Não vou a igrejas, não participo de rituais, não acredito nos seus dogmas. Preciso não ter religião para amar a Deus sem medo, com alegria e, principalmente, sem nada pedir. Não tenho religião porque não concordo com as coisas que elas dizem de Deus. Deus é um grande Mistério. Está além das palavras. Diante do Grande Mistério a gente emudece. Fica em silêncio. Discordo a partir do pronome "ele". Deus "ele", masculino? Onde foi que aprenderam sobre o sexo de Deus? Deus tem sexo? Se tem sexo, por que não ela, Deus mulher? Como a mulher do Cântico dos Cânticos? A Igreja Católica não conhece a mulher. Conhece apenas a "mãe" que foi mãe sem ter sido mulher. Deus: por que não uma flor, a mais perfumada? Por que não um mar sem fim onde a vida navega? Místicos houve que disseram que Deus é uma criança que nos convida a brincar... Mas pode ser também que Deus seja música, como pensaram os místicos pitagóricos.

    Ter uma religião é falar as palavras sagradas daquela religião e acreditar nelas. As religiões se distinguem e se separam: pelas diferenças das palavras que usam para se referir ao sagrado. Se elas nada falassem, se houvesse apenas o silêncio diante do Grande Mistério, a Babel das religiões não existiria”.

Rubem Alves

Teólogo, filósofo e psicanalista                                       

 

“Liberdade da religião é não se necessitar mais de ter religião”.

“Liberdade de religião é o direito de cada um escolher, ter e manter-se na religião que quiser, enquanto assim o quiser. Já a “liberdade da religião” é a conquista da independência quanto a isso. É não se necessitar mais de ter religião nenhuma e tornar-se livre mentalmente”. ( da obra “A Descoberta do Espírito” )

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  Krishnamurti de Carvalho Dias

Escritor espírita

 

Opinião do Leitor

 

Opinião 100 (1)

A cultura humana é pródiga em símbolos e signos. Sem eles é difícil compreender o subjetivo, o abstrato, a beleza das formas estéticas, a grandeza do espírito humano, a sutileza da linguagem poética, o sentimento, a emoção. Nesse contexto se insere o número 100. Ele é cercado de charme, desafios e mistérios.

A meta a alcançar é 100, geralmente exaltada por um brado de: “consegui, cheguei lá!”, misto de euforia e cansaço pelo esforço despendido. Com justa razão, porque não é fácil atingir essa marca.

Os que valorizamos o Espiritismo livre-pensador sabemos disso. Portanto, nos congratulamos com as pessoas que constróem o jornal “OPINIÃO”. São quase dez anos, superando ou contornando dificuldades inimagináveis, com determinação e coragem, para que não esmoreça o propósito de ser um veículo de divulgação espírita instigante, independente e vigoroso, que divulga e discute o pensamento genuinamente kardecista.

Parabéns ao CCEPA, ao Milton Medran e equipe e aos assinantes, pois o jornal resulta do esforço conjunto.

Saudamos a chegada do OPINIÃO 101, ele é o símbolo da continuidade. O número 100 já integra o acervo da história, é o merecido troféu no armário, mas o desafio é continuar e melhorar, sempre.

Homero Ward da Rosa – [email protected] – Pelotas, RS.

 

Opinião n.100 (2)

O jornal “Opinião” pode não agradar a todos os espíritas. Certamente não agrada aqueles espíritas que acham ser o Espiritismo uma verdade definitiva, com 100% de acerto em todas as afirmações de Kardec e dos espíritos estampadas nas chamadas obras básicas. Mas tenho certeza que agrada aqueles que respeitam os princípios fundamentais magistralmente expostos por Kardec e os espíritos, acreditando que eles são uma bússola para quem quer avançar sem jamais se afastar deles.

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Meus cumprimentos por terem chegado até o número 100 e estarem iniciando o 10º ano de circulação, conforme registrado na edição de agosto.

Maria Cristina Camillo – São Paulo, SP.

 

Opinião n.100 (3)

Quero parabenizar o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre pelo centésimo número deste periódico que leva a seus leitores a mensagem e os ensinamentos tão bem sistematizados nas várias obras de Allan Kardec. Tal qual o pedagogo francês, esse jornal informa, nutre, cria e forma novos cidadãos "livre pensadores" que irão, alicerçados e embasados pelos conhecimentos hauridos em sua leitura, buscar oportunidades de auxiliar a transformação deste mundo numa morada mais plena de amor e, verdadeiramente um lar para nós, espíritas encarnados, pois aqui voltaremos inúmeras vezes, talvez completando também cem vezes, como este jornal

Seguindo a sugestão inserida nos livros do mestre lionês, "Espíritas instruí-vos", este periódico leva a luz do conhecimento a todos os que tem a oportunidade de ler as suas matérias e, nas suas opiniões sempre coerentes e lúcidas, obtêm as ferramentas necessárias e úteis a sua transformação e reforma interior que irá permitir o seu aperfeiçoamento - objetivo maior e principal de suas reencarnações. Eu, particularmente, noviço em sua leitura , sinto-me plenamente recompensado por ter a oportunidade ímpar, como seu subscritor, de receber mensalmente, em meu lar, este bálsamo de ensinamentos elevados e extremamente úteis ao meu progresso moral, intelectual e em todos os sentidos e direções; enfim, muito obrigado OPINIÃO por tudo que me dás e que sempre mais e mais pessoas possam colher em teu seio e regaço os ensinos ministrados pela excelsa Doutrina Espírita. Cumprimento a equipe de redatores, editores e responsáveis por este empreendimento que leva a todos os rincões deste mundo os ensinamentos codificados por Allan Kardec. Que você, OPINIÃO querido, possa nos brindar por muitos mais cem números e permaneça indelével em nossos corações pela eternidade, pois, hoje, sabemos que és extremamente necessário a nossa evolução. PARABÉNS e receba afetuosamente nossos abraços de amigo, irmão, leitor e assinante.

Paulo Roberto Tiecher de Jesus ([email protected]) – Porto Alegre.