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I N F O R M A T I V O C O L ÉG I O R U D O L F S T E I N E R D E M G A N O XV - N ° 1 0 6 2 0 1 7 ORAÇÃO DE MICAEL “Temos de erradicar da alma todo o medo e temor do que o futuro possa trazer ao homem. Temos que adquirir serenidade em todos os sentimentos e sensações a respeito do futuro. Temos que olhar para a frente com absoluta equanimidade para com tudo o que possa vir e temos que pensar, somente, que tudo o que vier nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria. Isto é parte do que temos que aprender nessa era: Confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual. Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar. Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e toda as noites.” Rudolf Steiner (Imagem: Davi - aluno do 5º ano)

ORAÇÃO DE MICAEL · 2018-04-18 · ORAÇÃO DE MICAEL “Temos de ... podemos buscar o “diálogo com o Cristo” para nutrir e acalmar ... uma pessoa maravilhosa e uma profissional

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INFORMATIVO COLÉGIO RUDOLF STEINER DE MG ANO XV-N° 106 2017

ORAÇÃO DE MICAEL

“Temos de erradicar da alma todo omedo e temor do que o futuro

possa trazer ao homem. Temos queadquirir serenidade em todos os

sentimentos e sensações a respeitodo futuro. Temos que olhar para a

frente com absoluta equanimidadepara com tudo o que

possa vir e temos que pensar,somente, que tudo o que vier nos

será dado por uma direção mundialplena de sabedoria.

Isto é parte do que temos queaprender nessa era:

Confiança na ajuda semprepresente do mundo espiritual. Em

verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar. Disciplinemos

nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs

e toda as noites.” Rudolf Steiner

(Imagem: Davi - aluno do 5º ano)

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ARTES NA ESCOLA

Informativo Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais. Reg: 81294. Rua Nossa Senhora de Fátima, 190, Jardinaves, Nova Lima, MG, (31) 3286 5264

CoNSeLho edItoRIaL Gabriela hilarino, katryn Claude, Lourdinha Greco, Luzia araújo, Mariana Fonseca, Selma dos Santos, thais Ribeiro.

JoRNaLISta ReSpoNSáveL andrea Gallo-MtB 23775 ILuStRaçõeS anna Göbel

FotoGRaFIaS patrícia Rocha e Gabriela hilarinoCapa desenho de davi (aluno do 5º ano)

CaptaçÃo de ReCuRSoS Lourdinha Nascimento e outrosFoRMataçÃo e dIaGRaMaçÃo Bruno Crepaldi

IMpReSSÃo Bigráfica editora tIRaGeM 1.500 exemplares

dIStRIBuIçÃo GRatuIta pais de alunos, escolas Waldorf e instituções comerciais e educacionais

www.colegiorudolfsteiner.com.br

II Módulo de Aquarelas no colégio, com Anna Göbel e desta vez com a Patrícia na turma!

MUTIRÃO DE PAIS

Em uma ensolarada manhã de sábado, aconteceu o nosso Sábado Letivo, no dia 26 de agosto, com um animado Mutirão de Pais envolvendo toda a escola que estava em festa pelo seu 32º aniversário. Foi um sábado muito animado e produtivo com várias frentes de trabalho e que foi aberto por uma roda de dança circular sob a orientação de uma ex-aluna da escola. Fizemos pintura das lixeiras orgânicas, capina do barranco, floreiras no Jardim da tarde, pintura de objetos do Circo do 6º ano e a vivência das casinhas feitas pelos pais e alunos do 3º ano. Tudo isso embalado pelo som do violão da “resenha musical” na tenda verde do estacionamento.Durante todo esse trabalho, um delicioso almoço beneficente estava sendo preparado sob a supervisão do nosso chefe de cozinha, Fabiano Roldão, e seus ajudantes: alunos e professores. O final da manhã foi coroado com a alegria pelo trabalho cumprido e um delicioso Risoto de Cogumelos que tanto nos alimentou o corpo como a alma ao encaminharmos uma boa ajuda para uma pequena aluna Waldorf da Bahia. Que este movimento de união que sempre nos une possa deixar muitas sementes de fraternidade em todos os corações que passam pelo nosso Colégio atuando no mundo a favor do bem e da evolução da humanidade.

Vera Volotão, gerente pedagógica

O processo interno de uma cozinha possui um terreno fértil para vivências educativas. Este campo transborda para o além de uma execução culinária, abre espaço para o ensino e aprendizado coletivo, para o reconhecimento cultural e o reconhecimento sobre a prática de um indivíduo.

Fabiano Roldão

ARTE DE COZINHAR

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NOSSO DIA A DIA

ENCONTRO COMUNIDADE DE CRISTÃOS

em agosto, os “bons ventos” trouxeram de volta ao Colégio, o sacerdote Renato Gomes, falando do “diálogo Sacramental”. Nestes tempos agitados, podemos buscar o “diálogo com o Cristo” para nutrir e acalmar nossa alma. vamos citar o relato da cura do cego em Jericó (Lucas 18, 40-43): _ “que queres que eu te faça?” Jesus pergunta ao cego. e ele respondeu: “Senhor, que eu veja”... Mesmo se buscarmos em Cristo a força para enfrentarmos os desafios do dia a dia, ainda assim Sua ajuda não ocorre automaticamente! precisamos verbalizar com clareza as nossas necessidades. e é neste momento que começa o diálogo... e é neste momento que “o diálogo se torna sagrado”. pois onde “dois estiverem unidos em Meu Nome, eu estarei ali, no meio deles”... e assim, podemos atrair as forças sanadoras e fortificantes do Cristo para o nosso cotidiano. o Movimento pró-Comunidade de Cristãos de Bh, agradece aos professores, alunos e funcionários do Colégio que, mais uma vez, nos acolheram para este “módulo de inverno”. agradece em especial aos jovens que “trabalharam” com o sacerdote Renato a fim de, quando necessário, se dedicarem ao “ao cuidado com as crianças” em um fluxo de amorosas

forças para o cultivo de ações necessárias a uma vida comunitária verdadeiramente cristã.

Citação: “O Caminho a si mesmo, diálogo Sacramental” (Martin de Gans). Luzia Araújo, professora ERCL

Eu sou uma das tantas pessoas que acessa o Colégio através da trilha e da ponte (grande presente dado por um grupo de pais encabeçado pela resenha) e posso observar, como muitos, como a água do Córrego Estrangulado (estranho nome) muda de cor... quem dera fosse chuva na cabeceira em que está mas não, é descarga irregular.

A Estação de Tratamento do Vale dos Cristais não comporta o crescimento de tantas “torres” à nossa volta. A COPASA alega que Nova Lima autorizou um crescimento não previsto e a prefeitura de Nova Lima alega que a COPASA subestimou o tratamento de esgoto ... o abacaxi vai de um lado para outro, os prédios continuam brotando do chão e o córrego faz jus ao seu nome... e nós? Não podemos fazer nada?

Há dois anos Nova Lima abriu propostas para rever o Plano Diretor Municipal e o Colégio entrou com o pedido

do Corredor Ecológico nas margens do nosso córrego, fizemos o Abraço ao Córrego Estrangulado debaixo de chuva, fizemos um abaixo assinado, participamos de movimentos ambientais junto com os alunos. Hoje a situação é o Plano Diretor engavetado por falta de recursos. Mas não podemos desistir por isso!

Estamos procurando parceria com a Igreja do Belvedere, nossa vizinha, com os movimentos ambientalistas de Nova Lima e retomando as conversas na prefeitura. Toda ajuda é bem vinda para realizarmos o sonho de preservar as matas ciliares do nosso córrego Estrangulado formando uma grande área preservada na região, junto com o Corredor Ecológico do Vale do Mutuca, da RPPN do Vale dos Cristais e da RPPN do Jambreiro.

Anna Göbel, professora de Artes e Língua Alemã

CORREDOR ECOLÓGICO VALE DO SERENO

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TRIÂNGULO DIMENSIONAL

Ao receber a pirâmide reparei nos 4 elementos. Que poderiam ser água, terra, fogo e ar. Mas com a matemática envolvida, pensei: soma, subtração, divisão e multiplicação.

Em seus símbolos chamamos de “barra”, “coluna”, “semi barra”, “semi coluna”...(ela desenhou). A barra se repete na lateral e em meus olhos encontro a pirâmide negra, onde as cores são avistadas dentro do número.

Sua crescente ordem numérica e, em sua beleza de símbolos, surgem 16 cores. Espelho, porém pares e Ímpares.Fileiras, são potencias de base 2.

“70”, número da mortalidade que agrega par e ímpar em seu contexto. E em suas variadas expressões, “70”, número forte, onde se mostra o amadurecimento para o final dos 4 elementos.

“Achei que a imortalidade e a força que os símbolos e números nos trazem, são tão fortes que esquecemos de contar as coisas que mais nos ponderam a vida.”

Época de Matemática / 9º ano – Observação do “Espelho Precioso dos quatro elementos” – Chu Shin – Chieh ( 1303)

A matemática é vida

Adicionamos alegria

Dividimos paciência e carinho

Multiplicamos compaixão e amor

Subtraímos a raiva e a dor.

A matemática está na vida...

Linhas que se entrelaçam

Contornos que abrem caminhos

Pontos que nos iluminam

Retas para seguir adiante.

Clara de Paula Seabra Carvalho, aluna do 9º ano

Em junho deste ano, o 10º ano fez uma viagem a Botucatu, no interior de São Paulo. O motivo da viagem foi o comparecimento ao ARTE 10. Um evento que reúne todos os décimos anos das Escolas Waldorf do Brasil.

Durante três dias foram realizadas oficinas, atividades e apresentações artísticas. Já tínhamos conhecido a maioria dos alunos participantes no ano passado, no InterWaldorf.

Porém, no Arte 10, houve muito mais tranquilidade e tempo para nos relacionarmos melhor.

A oportunidade de conhecer outros alunos Waldorf foi gratificante, uma vez que compartilhamos de vários interesses e experiências parecidas.

Um viagem incrível de fato!

Iolanda, Maria Clara e Sofia Rossi, alunas do 10º ano

O intercâmbio é sobre descobrir-se no mundo: é sobre firmar os pés no chão e lançar os braços para o alto, em direção ao infinito.O intercâmbio é sobre aprender a acolher-se nos próprios braços e ser, para si mesmo, a melhor companhia para todas as horas. É aprender sobre o tempo; é ver que ele é sempre o melhor remédio e que tudo passa (e passa rápido); num ritmo contínuo de altos e baixos: desde o tempo que sonha em ir, até o momento da volta com as lembranças do que se viveu. O intercâmbio é uma reviravolta, uma chacoalhada do mundo que te vira de um lado para o outro e até de cabeça para baixo. É como um furacão que te mostra possibilidades e caminhos, abre seus olhos para o mundo

independente de fronteiras e raças: um mundo cheio de diversidades e de maravilhas, do qual nos descobrimos parte. Nós, Maria Clara e Sofia G. (11º ano), demos nosso primeiro voo no ano passado de encontro ao mundo: passamos por altos e baixos, mudamos de opinião, concretizamos outras, aprendemos novas línguas, nos conhecemos mais profundamente a nós mesmas e demos apoio uma à outra, mesmo cada uma vivendo uma aventura diferente em países diferentes. De volta a casa, não podemos mais ser as mesmas meninas que foram em busca do desconhecido; uma questão muito importante faz parte de nossas vidas agora: somos nós que estamos no mundo ou o mundo que está em nós?

INTERCÂMBIO

“É o pássaro que está no céu ou é o céu que está no pássaro?” - R. Magritte

Maria Göbel e Sofia Gontijo, alunas 11º ano

ACONTECEU: ARTE 10 - BOTUCATU / SP

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O estágio profissional é uma parte importante do currículo do 12º ano, já que esse é um ano no qual a busca por um curso e uma profissão, são temas frequentes e inquietantes. Eu vi essa semana de trabalho, como a melhor forma de tirar uma dúvida: experimentando, vivendo, fazendo parte da rotina. Eu escolhi acompanhar a professora, diretora e atriz Paula Manata, porque seria (e foi) uma maneira incrível de unir teatro, Pedagogia Waldorf e dança, ainda acompanhando uma pessoa maravilhosa e uma profissional super experiente. Passei cinco dias acompanhando o trabalho do teatro do 8º ano e foi muito especial, até nostálgico, visitar um processo que eu já vivi, agora mais crescida e com uma bagagem teatral um pouco maior, com capacidade de compreender detalhes que tão nova e dentro da situação não era possível refletir a respeito. Me vi numa posição diferente, no lugar onde eu passo mais tempo que em minha casa, eu pude olhar de dentro da sala dos professores; mais do que me imaginar. Eu me vi ali. A pergunta é se eu me senti bem, se é isso o que eu quero para a vida. Eu realmente não sei... Mas uma incerteza se vestiu de certeza e dançou para me contar que, a Antroposofia é o meu lugar. As artes são meu lar. Quero lidar com pessoas, crianças, adultos, idosos e entregar algum bem para a sociedade.

Clara Lamacié, aluna do 12º ano

ESTÁGIO PROFISSIONAL - 12º ANO

* Pólen Jardim Escola* Pólen Escola Waldorf

* Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais

Um lugar bem verdeCheio de cores

Cercado de um sentido que não se perdeRepleto de mágica e flores

Amigos, pais, são sociedadeProfessores e alunos, fazem a comunidade

Atores e aprendizes, atrizes e artistas,Mestres e musicistas.

Há uma harmonia, entre as vozes infantise os passarinhos logo cedo

As flautas e as cigarras fazem melodiaO contraste verde/azul ilumina o dia-a-dia.

Tudo o que eu toco vira arteTudo o que é dito vira poesia

O aprendizado entra no coração e não em partePor completo e com magia.

As pessoas trabalham por amorpela crença no mundo melhor

pela cor da aura das criançasquando dizem “eu contemplo o mundo”, de cor.

No vale mágico do sentido,o sol só chega às nove horas

vem para aquecer as mãos e pésno momento do fazer o aprendido.

Tem ritmo, música, Euritmiaaquarela, filosofia,

Entra assenta dorme ficao conhecimento pra toda a vida.

Sopra brisa do tempoDe quem cresce e vê além do vento

Pra lá das montanhasjá almeja grandes façanhas.

Divide em trêsDas partes suas de um corpo de nudez

Inspira trimembraçãoExpira concentração

Então olha por trásOlha profundo

E vai toda gente verQue é um dos lugares mais lindos do mundo.

Clara Lamacié, aluna do 12º ano

ALVORADA DE ANIVERSÁRIO 25 DE AGOSTO 2017 - 32 anos

ORqUESTRA DO ENSINO MÉDIO ALVORADA DE ANIVERSáRIO DO CRSMG

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ANIVERSÁRIO CRSMG

FEStA SãO JOãO - Educação Infantil

INtERWALDORF - 9ª Ano - São Paulo

ENCONtRO DO ENSINO MÉDIO COM UtE CRAEMER da Associação Comunitária Monte Azul

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AULA NA BIBLIOtECA - 2º ano

CONStRUÇãO CASAS PRIMORDIAIS- 3º ano

AULA DE EURItMIA - 5º ano

ÉPOCA DE GEOGRAFIA - 4º ano

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a princesa dânae entra em um relacionamento com Zeus. ela dá luz a perseu. o rei acrísio, pai de dânae, está preocupado, pois soubera, por meio de um oráculo, que seu neto o mataria. dânae e perseu são lançados ao mar. Mas um passo decisivo na humanidade está a ponto de acontecer e os deuses ajudam dânae e perseu. eles vagam pelo mar Mediterrâneo e atingem uma ilha. o rei dessa ilha acha dânae muito bela e a pede em casamento. dânae diz: “Não. eu não te amo, não casarei contigo.” o rei fica muito zangado. “Se não quiseres ser rainha, serás a serva mais baixa.” dânae faz todos os serviços mais sujos. o rei faz aniversário, mas mãe e filho são tão pobres que não têm condição de lhe dar um presente. o jovem perseu vai até o rei e lhe cumprimenta: “Não posso lhe dar um presente, já que não tenho nada.” o rei diz: “Mas eu tenho um desejo que você pode realizar. traga-me a cabeça da Medusa.” a Medusa é uma das três terríveis Górgonas. Seres de um tempo remoto. Nelas, o pensar ainda está muito amarrado ao corpo e aos desejos. da cabeça da Medusa,no lugar de cabelos, nascem cobras. ela é tão terrível que uma pessoa,quando a vê, torna-se pedra. o rei sabe disso. ele manda esse jovem homem buscar a cabeça da Medusa pensando que provavelmente ele não voltará vivo. perseu vai e recebe a ajuda de determinados deuses: hermes, o mensageiro dos deuses e atena, a deusa da sabedoria futura. ele ganha presentes preciosos: um escudo de prata completamente polida, uma espada curvada, sapatos alados para viajar a longas distâncias, um elmo para se tornar invisível e uma bolsa para guardar a cabeça do monstro. atena lhe dá o conselho: “Não olhe para ela. Se o fizeres, tu morres. tu podes aproximar por trás, enquanto ela dorme.” perseu com muita coragem faz dessa forma. ele pode vê-la através do escudo que espelha sua imagem. esse ser humano com o espelho pode alcançar o outro lado da natureza e se tornar livre. por intermédio da sua inteligência, do seu pensar, ele pode dar um passo na direção contrária ao velho. esse é o nascimento do pensar moderno, o pensar espelhado. Mas não acabou. No momento em que perseu acerta a cabeça e a põe na sua bolsa, um grande ser bonito deixa a Medusa. É o lindo cavalo branco, alado, pégaso. Quando pensamos em pégaso, temos que saber que essa é a imagem da fantasia. Junto com a libertação do pensar claro, liberta-se a fantasia. houve um príncipe ao qual foi concedido montar em pégaso. Mas agora imagine esse príncipe em cima da fantasia. ele se tornou tão soberbo que pensou: “Se eu posso montar na fantasia, em pégaso, então eu sou quase um deus.” ele quis cavalgar até o olimpo. Isso foi demais! pégaso o jogou e, desde esse tempo, pégaso está livre para as pessoas na terra que sabem lidar com essa fantasia.Com essa imagem retirada da Mitologia Grega, o professor Claus-peter Röh ilustrou, no terceiro dia do V Congresso Brasil de Pedagogia Waldorf, o nascimento do corpo astral e a simultânea liberação da força da fantasia. durante uma semana do mês de julho de 2017,no espaço da universidade Nacional de Brasília-uNB, professores de todo o Brasil receberam inúmeros exemplos como esse, que orientaram os estudos e ofereceram ferramentas para as investigações sobre o tema principal do Congresso: “as forças transformadoras da alma humana na percepção, na fantasia, na música e no julgamento – o Corpo astral”.

No primeiro dia foi tratado o tema do “nascimento dos corpos” e as forças que são liberadas a cada nascimento. Foi dada ênfase ao nascimento do corpo astral e à força da fantasia. todos os nascimentos receberam um nome: o primeiro nascimento (físico) foi denominado vIda; o segundo nascimento (etérico) foi denominado LeveZa; o terceiro nascimento (astral) foi denominado poLaRIdade e o quarto nascimento (eu) foi denominado ReSpoNSaBILIdade.No nascimento do CoRpo aStRaL, por volta dos 13/14 anos, ainda estão ativas, porém enfraquecidas,as FoRçaS FoRMatIvaS e estão bastante ativas as FoRçaS de apReNdIZaGeM (que foram liberadas no início do segundo setênio e que se se tornaram cada vez mais fortes no ensino Fundamental). então, no jovem que se prepara para o ensino Médio(7º / 8º ano), uma nova força cria um novo campo de batalha. aquilo que no 5º ano é contado aos alunos por meio da imagem de perseu e da Medusa começa, no 6º ano, a dar seus primeiros sinais. a polaridade astral começa a conduzir o Currículo Waldorf a partir do 6º ano. Mas o que antes era inconsciente ao redor da criança no ensino Fundamental entra cada vez mais CoNSCIeNteMeNte no jovem por volta dos 13/14 anos! temos uma luta entre as forças de aprendizagem e as novas forças conscientes que vem de fora: as FoRçaS aStRaIS, FoRçaS da FaLa, FoRçaS MuSICaIS. a batalha não é mais predominantemente física como na troca dos dentes, mas uma batalha contínua na alma!antes, no segundo setênio, tínhamos um ser humano que podia aprender e que se sentia protegido pelo envoltório astral. ele estava ligado inconscientemente a essas forças. e, então, ele é jogado para fora. agora, olha para tudo no mundo – pais, professores, escola,cidade –com mais consciência de si... por vezes, ele se lembra de onde realmente vem e, a partir daí, aparecem seus ideais. ele começa a comparar os seus ideais com o mundo. Começam a surgir muitas perguntas. “tenho que perguntar, então serei um homem livre!” Com o nascimento do corpo astral, libera-se a força da fantasia. ela sempre esteve ali, mas agora ela passa a ser consciente. a fantasia pode ajudar muito nessa idade, por isso precisa ser trabalhada e estimulada! No ensino Médio, observamos que a universalização, por meio da arte, torna-se individualização. ao trabalhar um tema dessa forma, o jovem estará mais dentro do tema (até o sentir e até o querer): “eu pertenço ao mundo e o mundo me pertence. eu, como ser humano, sou impensável sem o universo todo.”Muitos outros aspectos do corpo astral foram trabalhados durante essa semana. Fica aqui apenas a tentativa de trazer um gostinho dos mistérios que envolvem o que Rudolf Steiner chamou de Corpo astral e que foi tema do referido Congresso.

Bernardo Zama, professor Ensino Fundamental 5º ano

V Congresso Brasil de Padagogia Waldorf

o lugar inspira, os participantes estão ávidos pela troca, o encontro acontece. Éramos oito pessoas convidadas a estar lá para compartilhar nossa atuação com a comunidade local. porém, a grandeza do que nos esperava ia muito além do que podíamos ofertar.o encontro aconteceu em alto paraíso de Goiás, do dia 10 a 14 de julho de 2017. entre os participantes, a mistura de interesses e atuações fez do encontro um cálice de singularidades. entre os participantes tínhamos agentes comunitários, conselheiros tutelares, professores das creches e escolas municipais e estaduais, professores Waldorf, agente penitenciário, agente funeral, coordenadoras pedagógicas, agentes de saúde, médica antroposófica, terapeutas, interessados no desenvolvimento humano das mais variadas formas, além da primeira dama local e representantes da Secretaria de assistência Social. a equipe mentora do encontro era formada por pessoas de iniciativas locais vinculadas à antroposofia que, com essa ação, buscou ampliar as percepções das possibilidades que a antroposofia traz como impulso social transformador. entre os convidados estavam: Mário Zoriki (Sp) da horizonte azul - trouxe a escola de Resiliência como necessidade de escola em tempo integral e sua prática diante de uma comunidade de risco social. Natália de Jesus (Sp), da Casa de parto Ângela - falou sobre o cuidado com as crianças desde a barriga e a relação com o parto humanizado, além de ministrar uma oficina para a construção da boneca estrela. patrícia Fonseca (Sp) da Monte azul - dividiu sua experiência como gestora financeira. Reinaldo Nascimento (Sp) da pedagogia de emergência – trouxe as possibilidades da pedagogia Waldorf diante das catástrofes mundiais. Simone Cristina Marra (Sp), terapeuta artística, ofereceu uma oficina de feltragem. além de nós do Colégio Rudolf Steiner de MG, anna Göbel, Fabiano Roldão e eu (Lúcia vernet).

anna Göbel, através de uma oficina de construção de mural, transformou a parede do refeitório do CCCa – Centro de Convivência da Criança e do adolescente, recriando o ambiente com sua capacidade de gestão artística coletiva e transcendência diante do uso das cores. Fabiano Roldão trouxe sua experiência da Cozinha como Sacrário, uma formação profissional de auxiliares de cozinha realizada dentro do presídio Regional de araranguá/SC para detentas. além disso, através de uma oficina prática, gestionou uma parte dos participantes no preparo de um almoço para os 80 participantes do encontro. assim foi possível reconhecer, na prática, as possibilidades pedagógicas e de transformação que uma cozinha abriga. além de alimentar os sonhos que estavam sendo cultivados até então.Com a dramaterapia antroposófica, conduzi uma oficina prática e ministrei uma palestra sobre o tema. Refletimos corporalmente sobre nosso próprio contexto de vida, reconhecemos nossos desafios e potenciais. Nesse cenário, a dramaterapia vem como ferramenta de empoderamento pessoal, onde nos foi possível exercitar a coragem para transformar limitação pessoal em potencial criador.Cada convidado dividiu um pouco de seu caminho. porém, o que fez desse encontro um momento precioso foi o espaço de escuta e troca alimentado a cada dia. espaço de encontro no profundo sentido da palavra. todos juntos, ali, contribuindo com o que pensa/sente/faz, alimentando a riqueza humana que cada ser carrega em si. ao final, a tua ação; transformada. Ninguém saiu como chegou. Meu eterno agradecimento as mentoras do encontro, ana Schubert e edith oliveira.

A Tua AçãoA Pedagogia Waldorf como impulso social transformador

Lúcia Vernet, auxiliar de classe 5º ano

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Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais? Conheço mais como pólen, minha querida escola na qual me formei – no 9° ano, pois até então não havia ensino médio – em 2011. aquele ano foi bem intenso, além da famosa biografia, tínhamos que nos preparar para o ensino médio em outra escola. havia provas de admissão, entrevistas, etapas com dinâmicas em grupo, tudo me assustava. embalado pela curiosidade e pela insistência de alguns amigos fui procurar saber mais sobre gestão empresarial e comecei meu ensino Médio no etFG (escola técnica de Formação Gerencial) do SeBRae. Logo que entrei eu senti duas coisas: primeiramente era muito diferente de uma escola Waldorf. em segundo lugar senti que aquela não era a minha área, não por ter notas ruins, mas pela falta de interesse que eu tinha no assunto técnico ofertado. Levei apenas meio ano para tomar uma decisão e, já no segundo semestre do meu primeiro ano do ensino médio, mudei de escola.a terceira escola na qual estudei durante o ensino Médio, foi o Colégio Logosófico. apesar de toda a diferença, foi um lugar no qual me senti acolhido. tanto os meus colegas quanto os professores e funcionários me faziam sentir um lado humano dentro do ensino, um sentimento próximo ao que eu tinha na pólen mas, por meios diferentes, afinal de contas não era uma escola Waldorf.o Logosófico me proporcionou um ótimo ensino, então não tive problemas para fazer o famoso e polêmico eNeM. além dele, fiz vestibular próprio da ueMG para artes plásticas, vestibular da puC para arquitetura e até cogitei fazer prova prática de música para a uFMG, mas depois de ver o complexo repertório que teria de

apresentar coloquei essa ideia em segundo plano. eu não sabia o que queria, pensava em arquitetura já tinha um tempo, mas nada concreto. Fiz um teste vocacional que também me encaminhou para essa área, então acabei entrando na uFMG no curso de arquitetura e urbanismo.Fiquei dois anos na arquitetura. tentei de todos os modos me adaptar, mas não me sentia bem em nenhuma área do curso. Não gostava de fazer projetos, não gostava do urbanismo, não me dava bem com as aulas de história. Lá fiz grandes amigos, e por isso sou muito grato ao curso e a esses dois anos de minha vida. depois de um grande trabalho interno, decidi trancar o curso. durante meio ano me dediquei a conhecer melhor o mundo da gastronomia. Consegui conhecer uma cozinha de um grande restaurante em São paulo por meio de um contato de um grande amigo e colega de pólen. Fiquei apenas uma semana em São paulo, e de volta a Belo horizonte fiz um curso simples de confeitaria durante três meses. Gostei muito dessas vivências, o que me deu ânimo para buscar um curso nessa nova área que se apresentava para mim. depois de algumas pesquisas eu pedi transferência da uFMG para a uNa, e recentemente, em agosto de 2017, comecei a cursar gastronomia. No pouco que tive contato com a nova faculdade eu já gostei muito, me senti mais uma vez acolhido assim como na pólen e no Logosófico. por onde ando? alguns meses atrás não saberia o que dizer. talvez respondesse que estava fazendo faculdade de arquitetura, sem muito ânimo, na verdade não sabia por onde andava, não sabia o que fazia. hoje digo com clareza que estou me dedicando à área gastronômica, e tentando com gosto, se me permitem o trocadilho, absorver tudo que essa área me proporciona. para minha história até agora creio que o aspecto mais importante que a pólen me ensinou, ou me ajudou a desenvolver, foi a capacidade de atuar. É essa capacidade de me perceber confortável ou incomodado em determinados lugares, mesmo sem saber o porquê algumas vezes, e ter a força para mudar o que acredito que deva ser mudado. É esse atuar que me colocou hoje nesse lugar em que me sinto feliz, útil, motivado e a cada dia mais empolgado.

Lucas Volotão Kascher Moreira, ex-aluno Waldorf

hoje percebo que a antroposofia chegou até mim através da medicina quando eu ainda era bem pequena. Lembro-me com clareza das consultas e das perguntas que meu médico José pio me fazia e hoje fazem tanto sentido. Mas só quando fiquei grávida da minha primeira filha, hanna, muitos anos mais tarde, uma amiga me apresentou a pedagogia Waldorf.”você tem que conhecer, vai adorar “ ela me disse. e ainda me contava encantada, de como se desenrolava uma manhã no Jardim de infância. Nesta mesma época, por sincronicidade do destino, ganhei de presente um livro que carrego para sempre comigo, o “Consultório pediátrico”. assim fui tomada pelo sentimento de que aquele seria o meu caminho. eu morava na pampulha e descobri a vitória Régia, um Jardim Waldorf. Foram anos muito felizes de jardim com a tia Janaina e sua tutora ana Luiza versiani. Mas como o mundo dá muitas voltas, parece-me que precisei dar as minhas para anos mais tarde voltar à pedagogia que tanto acredito. eu já morava no vale do Sol, quando a Ninho chegou por aqui e decidi colocar minha filha do meio, Maria. eu finalmente havia voltado à pedagogia e percebi o quanto a antroposofia fazia todo o sentido para a minha família. pouco tempo depois decidi, em meu coração, que eu queria todos os meus filhos (que já eram três) na pedagogia Waldorf.

Consegui então, uma vaga para minha filha mais velha, na pólen. Logo em seguida já estava o Ian, também na escola. assim, aos poucos, como é próprio da minha natureza, fui me envolvendo com esta ciência espiritual, fazendo dela o meu caminho, e o meu caminho parte dela.agradeço a todas as professoras deste Colégio, da vitória Régia e do Ninho que receberam a mim e aos meus filhos com tanto carinho e dedicação. em especial à professora eva, que me deu o meu primeiro livro de antroposofia e, anos mais tarde, recebeu a minha filha em sua classe. as professoras andréa Gallo e Leticia paulinelle, (minhas) queridas professoras de classe de Maria e Ian. (É que quando matriculamos um filho em uma escola Waldorf, em uma dimensão maior, matriculamo-nos também). para mim não há outro lugar onde meus filhos poderiam estar, nem outro caminho a seguir, nem com outras pessoas. É por isso que meus filhos estudam aqui.“É incrível como pais e filhos se ensinam mutuamente e apontam, uns para os outros, os caminhos que devem ser seguidos, nesta teia de relações que carregam os nossos destinos”. Citação durante o Curso de Pedagogia Curativa

Professora Roberta Manata, mãe de Hanna Manata (10º ano), Maria Manata (6º ano) e Ian (3º ano).

Relatos dos alunos do 12º ano sobre o Estágio ProfissionalAconteceu no dia 3 de setembro, domingo, a apresentação das experiências de Estágio Profissional do 12º Ano. Os 17 alunos da turma apresentaram um breve relato da semana em que estiveram fora. A iniciativa de contato para solicitação do estágio foi toda deles, atuando a tutora Amanda, apenas, na orientação a cada um. As experiências apresentadas mostram uma grande diversidade de perspectivas de trabalho, resgatando atividades laborais como a marcenaria, a fundição, a culinária e introduzindo campos novos de atuação como a astrofísica e agrocultura, além das áreas da educação, artes, odontologia, tecnologia da informação, administração e publicidade.

Das respostas dos alunos às questões formuladas por pais e professores pudemos perceber que o estágio valeu como um momento inicial de contato com o trabalho mas que não significa, já, uma tomada de decisão acerca do futuro profissional ou que limite sua opções de estudo posterior ao Ensino Médio. Estiveram presentes os professores Leonardo, Mayra, Diana, Lourdinha, Thaís, Roldão e Lúcia Vernet.

Cristiana Correa, mãe do Arthur 12º ano

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MICHAEL

Saindo da época de João, que nos convocou a “caminhar a partir das nossas próprias forças”, vamos adentrando a época de Micael... Neste “caminhar” podemos nos fortalecer a fim de enfrentar a força dos inúmeros “meios de distração” e o denso materialismo da atualidade.

Micael espera de nós que atuemos como seres humanos modernos que usam os recursos da tecnologia com discernimento e que buscam, em tudo, o sentido espiritual. Não são desafios fáceis! Porém, não há nenhum desses desafios que não possa ser transformado pelas Forças Micaélicas, que querem servir ao Cristo. Mas Micael não nos dá nada; Ele espera de nós! Espera que cada ser humano desenvolva uma intensa atividade interior com coragem para criar ações comunitárias colaborativas. Espera que tenhamos força de vontade para perseverar! São expectativas desafiadoras e, por que não dizer, assustadoras...

A equipe do Jornal Alvorada entende que precisamos refletir juntos sobre esses “desafios Micaélicos”. Nesse sentido, citamos Rogério Calia, antropósofo que ensina na USP de São Paulo e desenvolve um trabalho com base no livro “Filosofia da Liberdade”. O professor Rogério reflete sobre “ações genuínas”, propostas por Rudolf Steiner, e que podemos desenvolver a fim de compreendermos e sermos compreendidos nos nossos propósitos de criar um “espaço comunitário” para um trabalho Micaélico autêntico:

“Para compreender a Filosofia da Liberdade de Rudolf Steiner: reflexões e exercícios em busca de uma vida prática, autêntica e colaborativa”.

Quantas pessoas de carne e osso existem que você considera que compreendem o seu senso de propósito e a sua individualidade criativa? Por outro lado, quantas pessoas se sentem compreendidas por você?

Meu senso de propósito é como uma escada. Vejo com clareza os primeiros degraus à minha frente, mas não vejo muito bem os degraus seguintes que estão um tanto vagos e indefinidos.

Como conquistei meu espaço nos ambientes profissionais e pessoais relativos à clareza dos primeiros degraus do meu senso de propósito, um número razoável de pessoas

me compreende e me apoia nestes degraus. Mas, apesar de ter o meu espaço, meus amigos e as pessoas que amo, com frequência sinto uma profunda solidão em relação aos degraus seguintes do meu senso de propósito.

Gélida solidão. Nos degraus mais distantes da realização da minha individualidade criativa, são tão poucas as pessoas que me compreendem e me apoiam!

Alívio. Como descrever a felicidade de quando você surge, me compreende e me apoia até mesmo nos degraus mais vagos, porém mais essenciais de mim. Com isso, você me dá asas para eu ser uma pessoa ainda mais prática, autêntica e colaborativa.

Acolhimento. E que alivio você sente, quando eu me dedico para lhe compreender nos seus degraus mais vagos, porém essenciais. Rudolf Steiner contribuiu com ideias e inspiração nesse meu esforço de compreender e ser compreendido. Ideias no livro “Filosofia da Liberdade” e inspiração no verso “Espírito Vencedor”

Incendeie a falta de ânimo de almas inseguras

Queime o vício do egoísmo

Acenda a chama da compaixão

Que o altruísmo dos fluxos de vida entre as pessoas

Se afirme como fonte do renascimento espiritual **

Ao me lembrar de ações genuínas na própria biografia, posso espantar a falta de ânimo e consolidar minha firmeza de alma, por perceber que vive em mim o pensar intuitivo como uma “espada de luz” do espírito vencedor. Ao me interessar pelas ações genuínas da outra pessoa, queimo o vício do egoísmo.

Ao buscar compreender a sua batalha para realizar o potencial da sua individualidade livre e ao lhe apoiar para que você realize o seu senso de propósito, estou praticando a compaixão e o altruísmo. E ao buscarmos desenvolver o autoconhecimento, o diálogo e a colaboração em nossos fluxos de vida, renascemos nas fontes de nossa humanitude.

**Verso de Rudolf Steiner em tradução livre de Rogério Calia

Rogério Calia e Luzia Araújo

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Foi um privilégio e uma alegria muito grande poder estar em Belo Horizonte, conhecer as pessoas, ouvir das iniciativas e conversar com os jovens. Poder ver o engajamento e a vontade de participar nas questões que hoje se colocam a todos, que nos movem, e que de forma muitas vezes existencial vivem nos questionamentos dos jovens – as perguntas sobre a inserção do individual na realidade do mundo, das possibilidades e da disposição de transformar, de criar, de realizar.Tantas perspectivas se abrem nos encontros, nas conversas – nas perguntas tão precisas e prementes, no interesse em compartilhar e a partir da vontade

de participar ativamente no muito que podemos fazer. Muito obrigada a vocês, alunos, pelo encontro, aos professores que o possibilitaram, à Luzia Márcia e demais organizadores do Seminário que abriram esse espaço. É maravilhoso saber de vocês, da força e do interesse de cada um. E de tudo que poderá ser feito – e talvez nos encontrarmos no Goetheanum em 2018, no Congresso de Jovens? Um abraço grande a todos!

Constanza Kalics

II Seminário Antroposófico em Belo Horizonte

Aconteceu na sede da Associação Mineira do Ministério Público, gentilmente cedida, o encontro de Bodo von Plato e Constanza Kaliks - dirigentes do Goetheanum, Suiça. Dezenas de pessoas de muitas cidades mineiras e de vários estados brasileiros se encontraram no período de 27 a 30 de julho para refletirem sobre o tema “Desafios da Época Contemporânea”. Professores, funcionários e alunos do ensino médio Waldorf, além de médicos, artistas, terapeutas e outros, todos interessados nas discussões sobre as possibilidades de caminhos a serem seguidos, na conturbada época atual. Mais de 150 pessoas participaram do evento e se debruçaram nas questões relativas aos jovens, no desenvolvimento de trabalhos coletivos e nas possibilidades para ações conjuntas que permitam enfrentar os inúmeros desafios da atualidade. Palestras, discussões em pequenos grupos e oficinas (Meditação, com Michael Mösch, e Lidando com os jovens, com Constanza Kaliks) foram harmoniosamente acontecendo, com a alegria e entusiasmo dos encontros e reencontros. Todos os trabalhos foram entremeados pelas tocantes vivências artísticas com Emi Morgado (Euritmia) e Tereza Seabra (Canto Desvendar da Voz). Organizado pelo Ramo Francisco de Assis, grupo de estudos

antroposóficos de Belo Horizonte, e pela Sociedade Antroposófica no Brasil, cuja diretoria foi representada pela querida Ute Craemer e o cativante músico André Cortesi, o Seminário contou com o apoio de diversas iniciativas para a sua realização incluindo todas as escolas Waldorf de Belo Horizonte, a farmácia Weleda, a Azzi Informática. O Cântaro, Centro de Desenvolvimento Musical, fez a abertura do evento com uma belíssima apresentação de coral e liras. Nas pausas, o delicioso lanche servido pelos Cozinheiros de Rua que emocionaram os participantes quando, no fim do evento, revelaram seu passado de trajetória de rua. Encerramos o seminário com a certeza de que existem inúmeros caminhos para se alcançar metas construtivas socialmente, mas que todos passam pela contínua auto-educação, pela humildade do reconhecimento verdadeiro dos próprios limites e pelo cultivo da própria individualidade única de cada um de nós, em direção à amorosidade, ética e liberdade – o ser humano constituindo-se a si mesmo e ao seu entorno de maneira consciente e responsável.

Dra. Maria Regina CançadoMédica Antroposófica de Belo Horizonte e Coordenadora do II SEMINÁRIO ANTROPOSÓFICO

II Seminário Antroposófico com Bodo Von Plato

Basílio, rei da Polônia, carregava consigo a tristeza de ter um filho com um futuro terrível, devido a uma profecia lida nos astros. Para evitar tal tragédia, seus sobrinhos seriam seus sucessores. Mas isso traria a desonra de uma dama vinda de longe...Segismundo, o príncipe, havia sido trancafiado em uma torre, para impedir que a profecia se cumprisse. Porém, certos acontecimentos em sua vida o deixam em dúvida: estaria ele vivendo a realidade? Ou seria tudo um sonho?

Destino ou livre arbítrio?Essa foi a pergunta que motivou a escolha desta peça teatral para este oitavo ano, como parte do fechamento do percurso dos oito anos do ensino fundamental, sendo os quatro últimos compartilhados com esta professora. Neste momento de seu desenvolvimento, colocar-se na pele de um personagem, trabalhar intimamente com os colegas, ocupar-se do figurino, cenário, composição musical, arte e confecção de objetos de cena e de divulgação, trouxe ao grupo e a cada um, uma preciosa oportunidade de crescimento!

TEATRO DO 8º ANO 2017 AGENDA DE APRESENTAÇÕES

15 de setembro, sexta-feira - 20h16 de setembro, sábado - 20h

17 de setembro, domingo - 15h e 19hLOCAL: Teatro do Arnaldo (Rua Timbiras, 540 - Funcionários)

A VIDA É SONHO

Valéria Teixeira, professora do 8º ano

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obra sugerida para leitura no ensino Médio:

PRADO, Adélia. O CORAÇÃO DISPARADO.

O cheiro da flor de abóbora, a massa de seu pólen para mim como óvulo de coelhas._ Vinde zangões, machos tolos, picar a fina parede que mal segura a vida, tanto ela quer viver.Ainda que não vos houvesse eu fecundaria essas flores com meu nariz proletário.

Adélia Prado constitui um caso único na poesia brasileira. Desde seu primeiro livro, Bagagem, foi considerada como autora de uma obra excepcional, pois apresentava alta qualidade e ao mesmo tempo injetava sangue novíssimo no panorama literário. Desde então, a cada novo livro, só faz conquistar um público mais numeroso e mais fiel.

Categoria : Poemas

OUTUBRO06 a 13 - 1º Módulo do Curso Pedagogia Waldorf07 a 11 - 4º Módulo do Curso de Pedagogia Curativa09 a 13 - Recesso Semana da Primavera12 e 13 - Feriado / Dia do Auxiliar Adm. Escolar18 - Reunião do Conselho de Pais26 - Encontro das Três Instâncias28 - Sábado com Arte – 5º ao 12º ano

NOVEMBRO02 e 03 - Feriado / Recesso Finados15 - Feriado Proclamação da República22 - Reunião Conselho de Pais25 - Sábado Letivo / Bazar

DEZEMBRO03 - Auto de Natal 08 - Feriado Imaculada Conceição13 - Término do Ano Letivo14 a 16 - Recuperação final14 - Encontro das Três Instâncias17 a 30 – Recesso Escolar22 - Fechamento Interno

APOIO

23 de setembro a 21 de dezembro Torta Rústica Vegana

Ingredientes:100 g farinha de trigo integral100 g farinha de trigo1/4 de colher(chá) de sal marinho1 colher (chá)fermento biológico seco50ml azeite, mais 2 colheres de sopa150 g cogumelo shimeji despencado50 g de pinholes ou castanha caju250g de folhas de espinafre1 pitada de açafrão, de páprica doce e tomilho 150g de tofu

Modo de preparo:1. Coloque a farinha, o sal e o fermento numa bacia, misture e junte o azeite.2. Acrescente água até obter uma massa macia (100ml aproximadamente), amasse por 10 minutos até obter massa lisa e elástica.3. Transfira para uma tigela untada e cubra com plástico filme por 45 minutos. 4. Aqueça o azeite numa frigideira e refogue o cogumelo e os pinholes por 3 minutos. Junte o espinafre e espere murchar. Tempere com as especiarias. 5. Unte uma assadeira. Abaixe a massa e coloque uma superfície enfarinhada. Abra com um rolo, passe para uma assadeira untada e espalhe o refogado. Distribua o tofu picadinho. 6. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC por 20 minutos ou até dourar.

Contribuição : Juliene Paiva

Lojinha

Terças e QuarTas-feirasde 11h00 às 13h00

Feirinha Fundo de QuintaL

alimenTos orgânicos.Terça-feira, de 11:00hs à 13:00hs

AGENDA DE PRIMAVERA