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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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GÊNERO FÁBULA E O DESENVOLVIMENTO DE VALORES MORAIS E ÉTICOS

BUFFON, Lucimar1

CORDEIRO, Juci Mara²

RESUMO: Este trabalho objetiva contribuir para o processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa, partindo-se do trabalho com o gênero textual fábula, e buscando-se uma metodologia diferenciada para os alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental. As atividades têm como objetivo promover a aprendizagem da língua inglesa, de forma motivadora, dinâmica, buscando-se instigar a participação ativa do aluno e procurando-se estabelecer uma melhor interação entre alunos x alunos, alunos x professor x conteúdos. Com a intenção de promover um processo educacional significativo e relevante para a construção da cidadania do aprendiz, busca-se introduzir o estudo do gênero fábula, como uma forma de acesso à língua, e também, de reflexão sobre o comportamento humano, a partir de princípios morais e éticos emergidos nos textos analisados. Atualmente um dos maiores desafios para os educadores é promover uma educação de qualidade, por meio de uma abordagem que cative o aluno e que seja capaz de restituir o respeito recíproco nas interações no ambiente educacional. A dificuldade nas relações interpessoais na sala de aula é uma das principais dificuldades encontradas na prática pedagógica cotidiana. No entanto, após o desenvolvimento das atividades pedagógicas deste projeto, constatou-se uma maior motivação dos educando em relação à aprendizagem da língua inglesa.

Palavras-chave: Ensino de Língua Inglesa. Abordagem discursiva. Função social da aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, saber inglês significa muito mais do que conhecer uma língua

estrangeira, e no mundo globalizado em que vivemos, a língua inglesa assume uma

importância cada vez maior. Então, entende-se que é papel dos educadores de

línguas, dar condições para que os alunos possam sentir-se preparados para utilizar

adequadamente a língua estrangeira que estão apreendendo, e também, para

atingir seus propósitos sócio-comunicativos.

Na medida em que hoje a língua inglesa é vista como uma língua franca,

observa-se que cada vez mais o mercado de trabalho exige o conhecimento de uma

língua utilizada para a comunicação entre diferentes países do mundo globalizado. A

1 Professora de Língua Inglesa do Colégio Estadual Barão do Rio Branco da rede estadual de Ensino

Fundamental e Médio de Flor da serra do Sul Pr. E mail lucimarbuffon@hot mail.com

² Doutora em Estudos da Linguagem, com área de concentração em Linguagem e Significação (2011 - PPGEL)

pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Docente da UNIOESTE e orientadora do Projeto PDE.

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partir dessa constatação, entende-se que a sua aquisição/aprendizagem deveria ser

algo prazeroso e, principalmente, eficiente, com possibilidades de trazer resultados

realmente significativos para á área pessoal e profissional. Contudo, no processo de

ensino-aprendizagem dessa língua, em todas as séries da escola pública, são

inúmeras as dificuldades percebidas e relatadas. E, nesse contexto, o educando não

tem recebido formação adequada para o domínio e utilização efetiva dessa língua

fora da sala de aula. Consequentemente, observa-se uma desvalorização da

aprendizagem da língua inglesa, por parte dos educandos, o que impossibilita o

êxito da sua aprendizagem.

A partir dessa realidade de ensino apresentado na seção anterior, utilizar os

gêneros discursivos como instrumentos de ensino, em nosso ponto de vista,

favorece uma maior significação aos estudos das línguas, porque efetivamente

aproxima os aprendizes daquelas manifestações linguísticas utilizadas em nosso

dia-a-dia, seja em comunicações informais, seja em comunicações formais. Assim,

com a proposição de leitura do gênero fábula, entende-se que é possível, além de

ampliar a variedade de gêneros textuais trabalhados nas aulas de língua inglesa,

possibilita também, trazer discussões de temáticas sociais relevantes para a

formação educacional do aprendiz.

A fábula é uma narrativa curta, produzida com uma intenção didático-

pedagógica, que geralmente objetiva promover uma reflexão, trazer uma lição de

moral ao seu leitor. Este gênero tem como função primordial, estimular, desenvolver

educação moral e ética, permitindo, também, que o aluno use o seu imaginário, a

partir de temáticas variadas emergidas das histórias.

De acordo com a pedagogia crítica, a escolarização deveria ter o

compromisso de promover nos aprendizes os meios necessários para que não

apenas assimilem o saber como resultado, mas, que apreendam o seu processo de

produção, bem como entendam as tendências de sua transformação. A escola tem o

papel de informar, mostrar, desnudar e ensinar regras, não apenas para que sejam

seguidas, mas, principalmente, para que possam ser modificadas. Inspirando-se nas

palavras de Simon (apud JORDÃO, 2004 p.164), pode-se dizer que a escola é um

espaço democrático, responsável pela difusão do conhecimento, bem como pela sua

transformação, pois todos os significados são socio-historicamente construídos e,

portanto, passiveis de transformação na prática social.

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A prática pedagógica é vista como processo dedicado a fomentar a possibilidade através da implementação de modos de compreensão e ação que encorajem a transformação de relações específicas entre formas sociais e capacidades humanas, e assim, permita a expansão do escopo de identidades sociais em que as pessoas possam se transformar.

Desse ponto de vista, o objetivo principal deste trabalho é desenvolver

habilidades de leitura, compreensão e interpretação textuais, essenciais no processo

de aprendizagem de uma língua estrangeira. Além disso, o aprendiz terá a

oportunidade de desenvolver reflexões sobre questões éticas e morais, importantes

para uma sociedade saudável, e assim, tornar-se mais crítico em relação às ações

sociais e também, em relação à linguagem utilizada nas interações. Deste modo,

entende-se que o ensino de língua inglesa pode contribuir para a restituição de

valores morais e éticos, os quais andam bastantes ausentes dos ambientes

educacionais, inclusive deste em que pretendemos desenvolver o projeto de ensino -

Colégio Estadual Barão do Rio Branco - Ensino Fundamental e Médio, Flor da Serra

do Sul. Assim, acredita-se que seja possível despertar um maior interesse em

estudar a língua inglesa.

Este estudo busca, também, promover reflexões sobre a importância em se

aprender a língua inglesa, considerando-se que hoje ela é imprescindível para uma

formação mais abrangente. Destaque-se que, atualmente, no Brasil, convivemos

diariamente com um extenso vocabulário nessa língua. Então, faz-se necessário

compreender o sentido dessas palavras, bem como entender de que maneira elas

interferem na cultura do nosso contexto social. Para além das questões linguístico-

discursivas, procura-se, também, analisar e discutir o comportamento social humano

e o seu papel para a vida em sociedade.

Na seção seguinte apresenta-se uma revisão literária que discute/ trata sobre

o ensino da língua inglesa, e sobre a importância do trabalho com gênero textual

fábula nas aulas de língua inglesa. E a seguir são mostrados os resultados obtidos

por meio da implementação do projeto na escola e, também, pelo desenvolvimento

das atividades do Grupo de Trabalho em Rede (GTR).

ENSINO DE LÍNGUAS: DIRETRIZES TEÓRICO- METODOLÓGICAS

A língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.

Assim como os princípios sociais e dinâmicos, a língua não se limita a uma visão

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sistêmica e estrutural do código linguístico, já que é heterogênea ideológica e opaca.

A língua é repleta de sentidos culturais e sociais, como um espaço para ampliar o

contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos

de construção da realidade. Na visão de Bakhtin (1988, p.95) “a palavra está sempre

carregada de um conteúdo ou um sentido ideológico ou vivencial”. Pode-se dizer

que as relações sociais ganham sentido pela palavra e por sua existência. Por outro

lado, pode-se afirmar que a palavra tem múltiplos sentidos e não há palavras vazias

ou ideologicamente neutras. Toda a enunciação envolve pelo menos duas vozes, a

voz do eu e a do outro. Nesse sentido, a língua se apresenta como espaço de

construções discursivas.

O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto

das formas discursivas da língua materna com a língua que se está aprendendo. Ao

participar desse processo, o sujeito não será mais o mesmo de antes de iniciá-lo.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para da Língua Estrangeira

Moderna (DCE/LEM, 2009) - neste caso a língua inglesa - propõem que as aulas de

línguas representem um espaço de construção para o aluno, por meio do qual ele

possa reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural existente.

Dessa forma, cabe ao professor, durante o processo de aprendizagem, colocar o

aluno em contato com diversos gêneros discursivos, para que ele tenha a

oportunidade de proceder a uma análise crítica não apenas do texto em si, mas de

todas as relações a ele subjacentes. Conforme é mencionado nas DCE/LEM (2009,

p.46),

Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja crítico e reaja aos diversos textos com que se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido.

Na visão de DOLZ (2004. p.34) a aprendizagem/aquisição de línguas pode

ocorrer em duas formas diferentes:

Aquisição de uma língua, a transformação e crescimento do repertório linguístico podem se fazer por aprendizagens incidentes, na ocasião da prática de língua, ou por aprendizagens intencionais em que os aprendizes são conscientes de participar desse processo de aprendizagem.

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E é na troca de experiência com outros sujeitos que conseguimos internalizar

os conhecimentos, os papéis e funções sociais da língua, e isto é o que permite a

construção da consciência crítica sobre o uso da linguagem em sociedade. Então, é

no ambiente escolar que se devem estimular os alunos a perceberem as entrelinhas

dos textos e instigá-los a uma visão mais crítica da linguagem. De acordo com as

DCE (2008.p.57)

Um dos objetivos da disciplina da Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão aprendendo, em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limita ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.

O estudo dos gêneros é uma área bem abrangente e interdisciplinar, segundo

o qual se deve dar atenção especial ao funcionamento da língua para as atividades

culturais e sociais. Como bem sintetiza Marcuschi (2005, p.19) a língua é dinâmica e

nunca deixa de se renovar.

O gênero é essencialmente flexível e variável, tal como seu componente crucial, a linguagem. Pois, assim como a língua varia, também os gêneros variam, adaptam-se, renovam-se e multiplicam-se. Em suma, hoje, a tendência é observar os gêneros pelo seu lado dinâmico, processual, social, interativo, cognitivo, evitando a classificação e a postura estruturais.

O acesso aos gêneros discursivos é um processo fundamental de

socialização que conduz à inclusão social dos indivíduos nas atividades

comunicativas, uma vez que é por meio do processo de apropriação destes que o

discente se torna capaz de refletir e agir produtiva e positivamente no seu contexto

social.

Desse ponto de vista, a utilização dos gêneros textuais é uma tentativa de

buscar um ensino mais contextualizado, no qual os conteúdos estejam articulados

com elementos que façam parte do cotidiano e da realidade dos alunos. Assim,

percebe-se na utilização de gêneros textuais, uma possibilidade de inovar para

trazer melhorias para o ensino de língua inglesa. Segundo MARCUSCHI (2005,

p.35)

O trabalho com gêneros textuais é uma extraordinária maneira de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Pois nada

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que fizermos linguisticamente estará fora de seu feito em algum gênero textual.

Os gêneros textuais podem modificar-se de acordo com a necessidade,

adaptando-se à sua função comunicativa. Os gêneros desenvolvem-se de maneira

dinâmica, dando origem a novos gêneros. Nem sempre temos algo novo, mas sim

derivado de outro já existente. Segundo CRISTÓVÃO (2006, p.1)

Gêneros não podem ser considerados como sendo estáticos devido ao fato de que vão sendo adaptados às situações sócio-comunicativas, pois ao se realizar uma ação de linguagem, o agente confronta suas próprias representações da situação vivida com as representações já cristalizadas por formações sociais e outras.

Como educadores, devemos evidenciar que a língua inglesa é um meio de

comunicação internacional e global. E, entende-se como responsabilidade docente

apresentar subsídios para a compreensão e interação adequada com os

textos/gêneros selecionados para estudo. Na sala de aula temos o dever de

estimular a leitura como fonte de lazer e de conhecimento. Segundo SILVA (2004,

p.111) a leitura se dará

Quando os professores assumirem, como sujeitos, não o desafio da prática, do cotidiano das salas de aula, dos livros, das situações de leitura, mas sim quando encararem o desafio de ensinar a ler e a gostar de ler. Pois compreendemos a leitura como um processo historicamente determinado, que congrega e expressa os anseios da sociedade.

A atividade de leitura é crucial para promover a ampliação dos

conhecimentos, e uma oportunidade de o aprendiz posicionar-se criticamente frente

às questões sociais de seu entorno. Por meio dela criam-se hipóteses e previsões

sobre o texto. No entanto, em uma sociedade capitalista a leitura ocorre de acordo

com as condições sociais dos diferentes grupos, e na maioria das vezes as camadas

populares são as menos favorecidas, pois, segundo SOARES (2000 p. 25),

As leituras, em nossa sociedade capitalista, são diferenciadas: Discriminam–se as camadas populares pelo reforço de sua concepção pragmática da leitura a que se atribui apenas um valor de produtividade, enquanto para as classes dominantes ler é proposta de lazer e prazer, de enriquecimento cultural e ampliação de horizontes.

De acordo com as expectativas e os objetivos em torno da aprendizagem de

língua estrangeira, neste contexto, a exploração das atividades linguístico-

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discursivas se dá a partir do gênero textual fábula, possibilitando tratar sobre

diversos aspectos textuais e estruturais de forma contextualizada, ou seja, a partir

dos textos de onde se originaram. Entende-se que não se devem considerar os

aspectos estruturais da língua como ponto de partida para as ações didático-

pedagógico, mas, como parte integrante do trabalho com os gêneros, e no sentido

de fomentar a compreensão semântica do mesmo.

As fábulas são tão antigas quanto as interações humanas e às vezes nem

sabemos quem as criou, já que, pela oralidade eram carregadas como vento de lado

para outro. A palavra “fábula” provém do latim e significa contar. Podemos

mencionar Esopo, Jean de La Fontaine e Monteiro Lobato como os principais

autores de fábulas.

Esopo foi um fabulista grego, criador do gênero, que teria vivido no séc. VI

A.C., mas sua existência não foi comprovada por nenhum documento histórico. Ele

nasceu, provavelmente, na região de Trácia, onde hoje se localiza a Turquia, e

viajou pelo mundo, tendo passado pelo Oriente Médio, Egito e Babilônia, e esta sua

trajetória teria enriquecido seu repertório no gênero.

Foi atribuído a ele um conjunto de pequenas estórias em que os animais

desempenhavam papéis que faziam sentido do ponto de vista moral. Eles tomavam

o lugar dos homens que viviam os seus dramas comuns. Esopo inspirou muitos

poetas medievais e as suas coleções de fábulas também influenciaram La Fontaine,

o escritor e fabulista francês.

Jean de La Fontaine (século XVII- 1621 – 1695) foi um poeta e fabulista

francês que usava as fábulas, em versos e em prosa, para denunciar as misérias e

as injustiças de sua época. Foi um típico escritor do classicismo, que é o núcleo da

poesia lírica. No classicismo os gêneros poéticos mais usados são o satírico e o

didático, e em ambos, Jean de La Fontaine é bastante reconhecido. Os temas das

Fábulas que escreveu não são novos, mas embora herdados da tradição popular,

deu-lhes um novo formato.

No Brasil, temos o grande fabulista, Monteiro Lobato. Além de recontar as

fábulas de Esopo e La Fontaine, criou as suas próprias com a turma do “sítio do

pica-pau amarelo”. Em seu livro “Fábulas”, Pedrinho, um dos personagens, diz que:

“As fábulas, mesmo quando não valham grande coisa, têm um mérito: são curtinhas.

Narizinho (outra personagem da história) acha as fábulas sabidíssimas, e Emília (a

personagem boneca) as considera uma indireta”. Segundo Cruz (2011, p. 68), o

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escritor brasileiro usou fábulas para criticar e denunciar as injustiças e tiranias,

mostrando às crianças a vida como ela é. Entende-se que esse gênero narrativo

existe até os dias atuais por ser um texto curto, ter o poder de prender a atenção do

leitor e de, intencionalmente, deixar uma mensagem, um ensinamento.

Na função de educar deve-se oportunizar reflexões e discussões que

promovam uma melhor compreensão sobre a linguagem. Além disso, é importante

que se tenha motivação em ensinar de forma a contagiar o aprendiz, pois, quando

ele é atraído pela dinâmica da aula, a aprendizagem acontece mais facilmente. Para

isso, deve-se buscar metodologias e atividades atrativas, buscando-se criar

situações reais de comunicação, procurando-se sempre usar diferentes meios que

envolvam o educando nas práticas sócio-comunicativas em língua inglesa.

GÊNERO FÁBULA COMO ABORDAGEM DE ENSINO: ANÁLISE DAS AÇÕES NO CONTEXTO ESCOLAR

A realização desta pesquisa e da intervenção pedagógica constitui-se em

uma tentativa de levantar questões que contribuam para a aprendizagem da língua

estrangeira em escolas públicas do Paraná, utilizando-se o gênero textual fábula.

Almeja-se, também, refletir sobre valores sociais importantes, como por exemplo, o

respeito mútuo em sala de aula. Objetiva-se, também, desenvolver a criticidade do

aluno em relação ao uso da linguagem em sociedade.

Atualmente o professor de língua inglesa enfrenta o desafio de motivar os

alunos a participarem efetivamente das aulas para ampliar seu conhecimento da

língua e sua competência comunicativa, e assim, ser capaz de usar a língua

estrangeira para atingir seus objetivos comunicativos, atribuindo a ela novos

sentidos para entender melhor a sua realidade social.

Neste sentido, entende-se que o processo ensino-aprendizagem desenvolvido

de uma maneira significativa e prazerosa, utilizando-se do estudo de fábulas como

recurso didático-pedagógico, pode contribuir para a formação de valores nos

aprendizes, enfatizando-se a valorização da transmissão, construção e reconstrução

de conhecimentos e a formação de atitudes sociais saudáveis. Deste modo,

entende-se que as aulas de língua inglesa podem ser um espaço em que se

desenvolvem atividades significativas, as quais exploram diferentes recursos

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linguístico-discursivos e metodológicos, a fim de que o aprendiz seja capaz de

vincular o conteúdo estudado com a sua vida real.

A compreensão de sua realidade, a ampliação de seu conhecimento de

mundo e a organização de novos conceitos depende do contato do aprendiz com

outras culturas, outras línguas. A partir dessa ótica, a realização de procedimentos

de leitura e interpretação do gênero fábula tem a intenção de contribuir para a

formação de um sujeito reflexivo e crítico em relação ao uso da língua nas intenções

comunicativas.

A proposta fundamental em relação a este gênero é agregar a prática de

ensino de língua inglesa aos aspectos lúdicos e pedagógicos. As histórias, ao

mesmo tempo em que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos

humanos através de personagens de animais. É da fábula que nasce “a moral da

história”, na verdade um conselho do autor em relação a fatos ou comportamentos

que acontecem na vida humana cotidiana.

As práticas pedagógicas na disciplina de Língua Inglesa estão intimamente

ligadas à escolha do gênero textual a ser trabalhado em sala de aula. O bom senso

do professor/a nessa escolha é fundamental, preparando e propiciando um ambiente

para os desafios de interpretação e compreensão, e procurando tornar a leitura uma

tarefa prazerosa. Ressalte-se também, a importância de se trabalhar as estratégias

de leitura, a necessária diversidade de formas de interação com texto.

Desse ponto de vista, por meio do programa de formação continuada do

Governo do Estado do Paraná, Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), o

professor pode planejar e desenvolver metodologias diferenciadas, para aplicar em

suas aulas, objetivando como resultado, a produção de conhecimentos e as

mudanças quantitativas e qualitativas na prática escolar. Como resultados desse

programa, docentes puderam desenvolver novas formas de construção do

conhecimento e novas práticas pedagógicas no seu ambiente educacional.

O trabalho realizado com os alunos do 6° ano do Colégio Estadual Barão do

Rio Branco Ensino Fundamental e Médio - Flor da Serra do Sul foi também

resultante de parte da reflexão dos participantes GTR. O grupo de trabalho em rede

(GTR) foi desenvolvido com professores de diferentes regiões do Paraná,

simultaneamente ao processo de implementação do projeto no ambiente

educacional. Nas DCE destaca-se que o GTR (PARANA, 2008. p. 12)

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Possibilita a inclusão virtual dos Professores da Rede nos estudos, reflexões, discussões e elaborações realizadas pelo Professor PDE, como forma de democratização do acesso aos conhecimentos teórico-práticos específicos das áreas/disciplinas do Programa.

Vivemos em um mundo predominantemente textual e ao nosso dispor, há

uma riqueza imensa de textos que nos intrigam e nos desafiam a todo o momento.

Diante disso é preciso habilitar o aluno para que conheça e saiba lidar com todos os

gêneros textuais que o cercam. Assim sendo, e como ponto de partida para a

proposição de uma abordagem de ensino de língua inglesa, questiona- se quais os

tipos de textos que podem ser trabalhados nas aulas de língua estrangeira, bem

como quais seriam seus objetivos em se explorar sua estrutura e linguagem. Dessa

reflexão emerge uma sequência didática em torno do gênero fábula.

Cabe ressaltar que ao se escolher um gênero para o desenvolvimento de

tarefas pedagógicas, selecionam-se vários textos/exemplares para o

desenvolvimento de atividades de análise. Em se tratando de uma língua

estrangeira, esta variedade de texto permitirá visualizarmos a heterogeneidade da

língua, como apontado nas DCE-PR (2008, p.64)

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por uma solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso- no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valores. Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da língua.

As atividades relacionadas a este projeto pedagógico foram iniciadas com a

sua apresentação no colégio durante a Semana Pedagógica de fevereiro de 2014,

para a direção, equipe pedagógica, professores, agentes educacionais I e II. Os

participantes do encontro ressaltaram que pode ser muito eficiente e prazeroso o

trabalho com o gênero textual fábulas, por entenderem que o seu aspecto lúdico

pode ser utilizado na educação como um meio muito eficiente para o educando

demonstrar/construir seu conhecimento de forma mais espontânea.

No primeiro momento foi realizada a dinâmica do balão, ocasião em que os

alunos receberam um balão e um palito de dentes, com a orientação de proteger o

seu balão. Então, inicia-se a brincadeira e eles furam todos os balões dos seus

colegas. O objetivo era começar já refletindo sobre nossos gestos, comportamentos

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e atitudes nas atividades cotidianas em relação a quem eu convivo. O resultado foi

bom, pois ficaram surpresos com os argumentos compartilhados sobre a questão.

Na sequência de trocas de ideias sobre valores morais e éticos, eles responderam

algumas questões sobre comportamento: O que você sabe sobre ética nas relações

interpessoais? Educação se aprende na escola ou se trás de casa? Na escola quem

educa quem? Quais são/ deveriam ser nossas atitudes em relação aos colegas e

professores? Que valores acha serem necessários para ser um aluno educado? A

seguir foi realizada a leitura do texto Educação é tudo! Este texto foi usado numa

campanha publicitária da Fundação Roberto Marinho, e trata sobre coisas simples,

porém, intimamente ligadas a uma boa educação. Educação numa visão ampliada,

com um olhar aberto para o mundo. Seguindo-se a apresentação dos cumprimentos

(greetings) em inglês, desenvolvem-se atividades para relacionar as colunas de

expressões em inglês com expressões em português; caça-palavras com as formas

de cumprimentos; e ilustração dos cumprimentos estudados em cartaz.

No segundo momento da introdução do gênero Fábula foi desenvolvida uma

pesquisa no laboratório de informática sobre autores do gênero: Esopo, Jean La

Fontaine, Monteiro Lobato, e Millôr Fernandes. Os aprendizes trabalharam em

duplas e pesquisaram sobre a história de vida dos autores e, também, copiaram

uma fábula que lhes agradasse. Depois que todos terminaram as atividades,

reuniram-se numa roda de conversa para discussões sobre os resultados obtidos.

Foi muito significativo o resultado deste trabalho, pois os alunos participaram

empolgados e cada dupla pode contribuir com as informações encontradas, de

acordo seu ritmo de trabalho, seus interesses, suas necessidades e sua motivação.

Dando sequência ao desenvolvimento dos trabalhos os eles responderam questões

do questionário da pesquisa tais como: Quando surgiram as fábulas?Com que

objetivo elas foram criadas? Qual o primeiro e mais importante fabulista que se tem

noticia? O que você achou importante sobre a vida de Esopo? Que outros fabulistas

se destacaram? Por quê? Quais as características do gênero fábula? Quem são, na

maioria das vezes, os personagens das fábulas?

No terceiro momento foram desenvolvidas atividades linguístico-discursivas

em torno das Fábulas O Leão e o Ratinho, A raposa e as uvas, e a Formiga e a

cigarra, por meio de prática de vocabulário, interpretações dos textos, e vídeos

complementares. Como fechamento, explorava-se a “moral da fábula”, procurando-

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se fazer uma reflexão sobre o assunto e comparando a moral emergida do texto com

questões similares do seu cotidiano. Buscava-se explorar o texto para que eles

pudessem perceber, também, o que estaria incutido nas suas entrelinhas. A partir

das fábulas aproveitou-se a oportunidade para apresentar aos aprendizes conteúdos

tais como as estações do ano e profissões. Utilizou-se também de formas

diferenciadas de trabalho com a língua, como por exemplo, a dramatização das

fábulas.

Para finalizar as atividades de exploração do gênero, assistiu-se ao filme A

Corrente do Bem (legendado). Foi muito gratificante observar a dedicação e

concentração dos alunos para entender o filme. Após terminarmos a seção foi

promovido um debate sobre as ações realizadas, pelo menino Trevor - Pay it

forward! (passe a diante!) O enredo do filme explorava a questão “O que fazer para

mudar o mundo?”. A seguir cada aluno organizou uma síntese e apresentou a

classe, dando o seu posicionamento em relação ao filme. Na sequência a turma foi

dividida em duplas, e cada delas uma ficou com uma palavra para fazer as suas

definições em português. As palavras selecionadas foram: Democracy, friendship,

fredom, Family, justice, dialogue, education, kindness, humn rights, e citizenship.

Esta atividade culminou em cartazes com o título: Words for a better world. Na hora

cívica foi apresentada uma pequena síntese do filme pela aluna regente da classe, e

fez-se uma exposição dos cartazes com suas definições das Palavras por um

Mundo Melhor. Finalizam- se as atividades com a apresentação cênica da fábula A

Cigarra e Formiga à comunidade escolar.

Entende-se que o resultado obtido por ocasião do desenvolvimento desta

abordagem de ensino de língua inglesa, permite mostrar a importância em se

trabalhar o desenvolvimento da linguagem oral e escrita dos aprendizes por meio do

gênero fábula. Por meio desta, visa-se assim alunos mais comprometidos com os

estudos e assumindo um comportamento mais respeitoso no convívio escolar.

Pode–se dizer que de fato as fábulas contribuíram para mudanças do seu

comportamento e de suas atitudes.

Enfim, a partir desta constatação pode-se afirmar que o acesso aos gêneros é

um processo fundamental de socialização que conduz à inclusão social dos

indivíduos nas atividades comunicativas, uma vez que é por meio do processo de

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apropriação destes que o discente se torna capaz de refletir e agir produtiva e

positivamente sobre o seu contexto social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em nosso ponto de vista, ensinar significa promover situações de leituras

significativas para que os alunos, ao se depararem com fatos e situações do texto

saibam estabelecer relações entre o texto e o seu contexto, assumindo uma posição

frente às diferentes situações experienciadas, tornando-se um educando crítico e

reflexivo. Assim, almeja-se que o aprendiz possa aplicar em seu cotidiano o

conhecimento adquirido nas aulas de língua inglesa, demonstrando, deste modo,

sua percepção de mundo e sua capacidade crítica, e ao mesmo tempo,

possibilitando a ampliação do seu conhecimento em relação à língua alvo.

Então, ao concluir este trabalho pode-se afirmar que o uso do gênero textual

fábula, como recurso pedagógico nas aulas de língua inglesa, despertou maior

interesse dos aprendizes em estudar a língua inglesa, considerando-se que os

mesmos participaram interessadamente de todas as atividades propostas. A partir

deste gênero cria-se condições para auxiliar o educando a constituir-se como um

leitor crítico, com condições de reagir aos textos apresentados, procurando entender

o que subjaz nas “entrelinhas” de cada um. Capaz de compreender que os sujeitos

envolvidos no processo (leitor, escritor, e texto) são oriundos de um contexto social,

e que detêm valores específicos da comunidade em que estão inseridos. Dessa

realidade, pode-se dizer que há possibilidades de diferentes leituras (ideologias) de

um mesmo texto, e, portanto, que seu significado não se encerra nele mesmo.

Como esta proposta pedagógica visa o ensino/aprendizagem de língua

inglesa, também com a preocupação do aprimoramento de ações sociais e reflexões

críticas acerca do que acontece no contexto escolar, em termos de comportamentos

e relacionamentos sociais, a fábula foi o gênero escolhido por seu caráter formativo

e educativo. E, pode-se afirmar que a abordagem de ensino aqui proposta

proporcionou ao aprendiz de língua inglesa a oportunidade de restituição do respeito

mútuo e de outros valores sociais nesta comunidade escolar, motivando-os a agir e

atuar criticamente em relação aos seus conhecimentos e ao conhecimento adquirido

por meio da interação com os colegas. Deste modo, acredita-se que houve uma

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grande contribuição no sentido de torná-lo um educando mais crítico, reflexivo e

competente, consciente da importância da aprendizagem da língua inglesa, e,

também, da importância de sua atitude ética e colaborativa para uma vida mais

saudável em sociedade.

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