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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Centro Tecnológico Federal , graduanda em Pedagogia pela Unicentro, especialização em ... caminho inverso do usual, pois se

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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APRENDIZAGEM COLABORATIVA E A MODELAGEM

MATEMÁTICA

Nascimento, Bernadete de Lourdes Oliveira1

Martins, Márcio André2

RESUMO: Este artigo é o resultado de uma pesquisa iniciada no Programa de Desenvolvimento Educacional PDE- durante os anos de 2013 e 2014, em que se estudou o caso de um grupo de 20 alunos que demonstraram interesse na aprendizagem da matemática no contra-turno escolar. Alunos estes advindos de todos os anos das séries finais do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Coronel Misael Ferreira Araujo- E.F.M., no município de Mangueirinha- Pr. Objetivou-se que esses alunos ao participarem de atividades de Modelagem Matemática associadas a Aprendizagem Colaborativa desenvolvessem suas potencialidades no que tange à criatividade, criticidade, atitude reflexiva e ao mesmo tempo, construíssem seu conhecimento trabalhando de forma colaborativa para auxiliar alunos da sua turma. Na Modelagem Matemática foi adotada a concepção de Burak (1998, 2004 e 2006) pautada nas etapas da escolha do tema; ação ou pesquisa exploratória; formulação do problema ou especificação do interesse; resolução dos problemas e trabalho dos conteúdos matemáticos no contexto e validação do modelo ou análise critica da solução. Por meio dos resultados obtidos pode-se destacar que a Aprendizagem Colaborativa associada à Modelagem Matemática como uma estratégia de ensino faz com que os alunos aprendam significados, troquem idéias e interajam com colegas e professores, para resolverem situações-problema. “Palavras-chave”: Educação. Matemática. Modelagem Matemática. Aprendizagem Colaborativa.

1 Introdução

Um dos desafios que a Educação Matemática tem no atual momento é a

renovação no processo de ensino e aprendizagem, buscando proporcionar ao aluno

o desenvolvimento de habilidades, atitudes criativas, promovendo a motivação em

busca de soluções matemáticas, estimulando-o a relacioná-las com o cotidiano.

Nesse sentido, buscou-se na Modelagem Matemática e na Aprendizagem

Colaborativa construir o conhecimento do aluno e promover sua autonomia, com

uma atitude crítica, reflexiva e colaborativa.

1 Nascimento, Bernadete de Lourdes Oliveira. Graduação em Licenciatura em Matemática pelo

Centro Tecnológico Federal , graduanda em Pedagogia pela Unicentro, especialização em Metodologia do Ensino de Matemática e em Organização Pedagógica Escolar. e-mail: [email protected]. 2 Martins, Márcio André. Graduação em Matemática pela Universidade Estadual de Ponta Grossa,

mestrado em Métodos Numéricos em Engenharia pela Universidade Federal do Paraná e doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR).e-mail: [email protected]

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A Aprendizagem Colaborativa proporciona o desenvolvimento da autonomia

dos alunos, que trabalham com o mesmo objetivo, discutem diferentes estratégias,

adquirem um aprendizado significativo e simultaneamente contribuem de forma

significativa para o desenvolvimento dos conceitos envolvidos na aprendizagem.

A Modelagem Matemática enfatiza a importância da matemática para a

formação do aluno, desenvolvendo suas habilidades, estimulando sua criatividade

na resolução de problemas, visto que busca transformar situações da realidade em

problemas matemáticos, cujas soluções devem ser postas e interpretadas, em busca

de estratégias de ação. Neste trabalho, considerou-se a concepção de Burak (1998,

2004) pautada nas etapas da escolha do tema; ação ou pesquisa exploratória;

formulação do problema ou especificação do interesse; resolução dos problemas e

trabalho dos conteúdos matemáticos no contexto e por último a validação do modelo

ou análise critica da solução.

Nessa perspectiva, analisou-se o estudo de caso com um grupo de alunos,

que demonstraram interesse em estudar matemática no contra-turno escolar. Levou-

se em conta o emprego de metodologia envolvendo Modelagem Matemática e

Aprendizagem Colaborativa de forma integrada. Os resultados obtidos indicam que

a abordagem é promissora no âmbito do ensino da matemática, uma vez que os

alunos começam a ter acesso a uma nova forma de compreender essa disciplina,

construindo e reconstruindo seus conceitos de forma mais dinâmica e

contextualizada.

Esta proposta inicia-se com considerações teóricas sobre a Modelagem

Matemática e a Aprendizagem Colaborativa, em seguida são expostos os

procedimentos metodológicos utilizados respeitando as etapas sugeridas por Burak(

1998, 2004 e 2006), e relatada a experiência propriamente dita. Ao final, são

tratadas as considerações sobre as estratégias utilizadas no projeto, bem como a

avaliação dos resultados.

2 Modelagem Matemática e a Aprendizagem Colaborativa

A estratégia de ensino que utiliza a Modelagem Matemática visa tornar o

ensino de matemática mais dinâmico, mais vivo, tornando a aprendizagem

envolvente e significativa, que desperte no aluno o interesse em aprender os

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conteúdos de matemática, fazendo com que o mesmo consiga aplicá-los e

relacioná-los no seu cotidiano.

O ensino-aprendizagem por meio da Aprendizagem Colaborativa associada a

Modelagem Matemática é uma maneira de conceber uma educação na qual um

grupo de alunos e professores, utilizando os recursos disponíveis, interagem e

constroem o conhecimento, com base na participação ativa, cooperação, confiança,

autonomia e responsabilidade dos alunos.

Na Aprendizagem Colaborativa os alunos passam a ser responsáveis pela

sua própria aprendizagem, pois além de interagir e facilitar a aprendizagem com os

demais colegas, adquirem novas informações, desenvolvendo um diálogo aberto,

aumentando a autoestima, aprimorando hábitos de reflexão e solidariedade.

Lorenzato (2006, p.40) afirma que “as novas demandas sociais educativas

apontam para a necessidade de um ensino voltado para a promoção do

desenvolvimento da autonomia intelectual, criatividade e capacidade de ação,

reflexão e crítica pelo aluno”.

A troca de experiências, as idéias, a investigação, o processo centrado na

aprendizagem do grupo como construção social, na qual cada elemento disponibiliza

espaço e tempo para partilhar, exigindo de cada um a colaboração no lugar

da competição, contribuiu para uma aprendizagem significativa, aumentando a

satisfação dos alunos.

Saviani (2005) pontua que a prática social deve ser o ponto de partida e de

chegada de todo conhecimento humano. O conhecimento matemático, quando

articulado com a prática social torna o ensino e a aprendizagem atraentes e

desafiadores, nos quais a troca de conhecimentos em grupos, num ensino

cooperativo pode levar o aluno à autonomia.

Na visão de Vygotsky, (2003, p. 117) “[...] o aprendizado desperta vários

processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente

quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e em cooperação com

seus companheiros”.

A esse respeito, Costa (2003, p. 11) enfatiza que “[...] não se trata de agrupar

os alunos indiscriminadamente. A proposta aqui é a formação de grupos

cooperativos, alicerçados e acordados em princípios éticos, sem os quais é

impossível formar o cidadão”.

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Entende-se por grupos cooperativos aqueles cujos trabalhos produtivos são desenvolvidos simultânea e solidariamente por todos os componentes do grupo, todos compromissados com o desenvolvimento não só cognitivo, mas sobretudo com o aspecto social e político de cada um de seus elementos (COSTA, 2013 p. 13).

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná fazem alusão a

Modelagem Matemática como forma de valorização do aluno no contexto social, na

qual procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de

vida.

A integração dos diferentes conhecimentos pode criar as condições

necessárias para uma aprendizagem motivadora, na medida em que ofereça maior

liberdade aos professores e alunos para a seleção de conteúdos mais diretamente

relacionados aos assuntos ou problemas que dizem respeito à vida da comunidade

(BRASIL, 1999, p. 36).

Trabalhar com Modelagem Matemática é trabalhar situações-problema,

desenvolvendo estratégias, colocando-as em linguagem matemática para solucioná-

las. “Significa ir além das simples resoluções de questões matemáticas, muitas

vezes sem significado para o aluno, e levá-lo a adquirir uma melhor compreensão

tanto da teoria matemática quanto da natureza do problema a ser modelado”

(BIEMBENGUT, 2007, p.18).

Segundo Szymanski (1993), são as situações problemas que permitem ao

aluno raciocinar, refletir, pensar, entender os conceitos matemáticos, levantar

hipóteses, fazer estimativas, criar soluções sem um padrão para seguir, permitindo

uma ampla relação entre os conteúdos e possibilitando chegar ao resultado de

diferentes modos, evitando a padronização da forma de resolução.

A modelagem matemática constitui-se em um conjunto de procedimentos cujo objetivo é construir um paralelo para tentar explicar matematicamente, os fenômenos presentes no cotidiano do ser humano, ajudando-o a fazer predições e a tomar decisões (BURAK 1992, p. 62).

Segundo Barbosa (2004, p.3) o ambiente de Modelagem está associado à

problematização e investigação. A problematização refere-se ao momento em que o

aluno institui perguntas e/ou problemas sobre uma realidade, enquanto que a

investigação induz o mesmo à busca, seleção, organização e manipulação de

informações e reflexão sobre elas. Ambas atividades são articuladas no processo de

envolvimento dos alunos para abordar a atividade proposta.

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A concepção de conhecimento, do ponto de vista cognitivo, se apoia em

pressupostos construtivistas, intencionistas e de aprendizagens significativas,

sugeridos por Burak (1998). Do ponto de vista epistemológico, considerar a

construção do conhecimento e a interação intencionada do sujeito com o objeto de

conhecimento é fundamental para uma atividade de modelagem.

3 Procedimentos Metodológicos

A presente proposta consiste da Implementação de um Projeto de

Intervenção Pedagógica durante os anos de 2013 e 2014 elaborado no Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, no Colégio Estadual Coronel Misael Ferreira

Araujo – E.F.M, no município de Mangueirinha – Pr. O estudo envolveu vinte alunos

de diversas séries dos anos finais do Ensino Fundamental, que demonstraram

interesse em estudar matemática no contra-turno.

A proposta almejou sugerir aos alunos a aplicação da Modelagem Matemática

associada a Aprendizagem Colaborativa como estratégia de ensino, para promover

um diálogo sobre as potencialidades da matemática seguindo as etapas propostas

por Burak (1998, 2004 e 2006), visando a autonomia, a atitude crítica e reflexiva em

uma ação colaborativa.

Burak (1998, 2004 e 2006) descreve a modelagem em cinco etapas

orientadas pelo interesse do aluno ou do grupo, e pelas necessidades do nível de

ensino trabalhado, conforme descritos.

Escolha do tema - é o momento em que o professor apresentou aos alunos

alguns temas que possam gerar interesse ou os próprios alunos sugerem um tema.

Esse pode ser dos mais variados, uma vez que não necessita ter nenhuma ligação

imediata com a matemática ou com conteúdos matemáticos, e sim com o que os

alunos querem pesquisar .

Ação ou Pesquisa Exploratória - escolhido o tema a ser pesquisado,

encaminham-se os alunos para a procura de “materiais e subsídios teóricos dos

mais diversos, os quais possam conter informações e noções prévias sobre o que se

queria desenvolver/pesquisar”.

Formulação do problema ou especificação do interesse - de posse dos

materiais e da pesquisa desenvolvida, incentiva-se os alunos a conjecturarem sobre

tudo o que pode ter relação com a matemática, elaborando problemas simples ou

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complexos que permitam vislumbrar a possibilidade de aplicar ou aprender

conteúdos matemáticos, com a ajuda do professor, que não se isenta do processo,

mas se torna o “mediador” das atividades.

Resolução dos problemas e o trabalho dos conteúdos matemáticos no

contexto do tema - nesta etapa busca-se responder os problemas levantados com

o auxílio do conteúdo matemático, que pode ser abordado de uma maneira

extremamente acessível, para, posteriormente, ser sistematizado, fazendo um

caminho inverso do usual, pois se ensina o conteúdo para responder às

necessidades surgidas na pesquisa e no levantamento dos problemas,

concomitantemente.

Validação do modelo ou análise crítica das soluções - “etapa marcada

pela criticidade, não apenas em relação à matemática, mas também a outros

aspectos, como a viabilidade e a adequabilidade das soluções apresentadas, que,

muitas vezes, são lógicas e matematicamente coerentes, porém inviáveis para a

situação em estudo”.

4 Relato da Experiência

A experiência, aqui apresentada, foi baseada nas etapas descritas na seção

anterior, na qual objetivou-se que os alunos desenvolvessem suas potencialidades

no que tange à criatividade, atitude reflexiva e ao mesmo tempo, construíssem seu

conhecimento de forma colaborativa.

As situações propostas tiveram os seguinte encaminhamentos.

O tema escolhido foi “Copa do Mundo” - os alunos então direcionaram as

próximas ações, nas quais percebeu-se que já possuíam informações a respeito

desse evento e de sua amplitude.

Constatou-se a necessidade de incentivá-los para a pesquisa de forma

consciente, aproveitando plenamente a Internet e seus benefícios. Ainda,

envolvendo impactos sociais, econômicos e culturais da Copa da Mundo 2014 e

relacionando os conteúdos matemáticos com o tema, o que proporcionou um

momento de aprendizagem significativa, ou seja, que trouxe sentido ao conteúdo

abordado.

Os adolescentes empolgaram-se com a proposição do assunto.

Proporcionou-se liberdade para participarem e surgiram perguntas sobre a história

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das copas, curiosidades, premiação, infraestrutura, legado cultural, material, países

que integraram essa competição, investimentos, impactos sócio-econômicos,

transporte, turismo, entre outros.

A partir desses questionamentos, de forma a atender a demanda citada, foi

exibido aos alunos um vídeo contendo um documentário sobre a história das copas

e a Copa do Mundo de 2014. Esse enfoque foi motivado pela necessidade de novas

metodologias, atividades diversificadas, que atraíssem a atenção dos alunos,

favorecendo o seu aprendizado, ao mesmo tempo que contribuiu para a construção

de sua personalidade por meio de valores éticos e morais, esquecidos na

atualidade. Do mesmo modo que agregaram à práxis do professor tornando-o mais

preparado para atuar de forma efetiva na vida do aluno.

Incitados pelo documentário e textos envolvendo o tema em questão, definiu-

se os assuntos a serem pesquisados. Os alunos se organizaram em subgrupos com

objetivos e papéis estabelecidos. No contexto atual da pesquisa, vivências de

situações semelhantes podem ser comparadas com a atualidade, além de exercitar

práticas e valores essenciais para a vida, como respeito, comprometimento, ética,

criticidade, reflexão e colaboração.

Na etapa citada anteriormente foi fundamental que o professor assumisse a

postura de mediador, buscando o melhor encaminhamento para que a opção dos

alunos fosse respeitada.

Na Ação ou Pesquisa Exploratória a utilização das ferramentas midiáticas foi

de suma importância, já que os alunos buscaram na Internet informações sobre os

assuntos citados e escolheram o tema da pesquisa, visto que era aberto, surgindo

diversos caminhos sobre os diferentes aspectos da Copa do Mundo.

Desse modo, devido à estrutura do laboratório de informática, os alunos foram

divididos em duplas. Algumas optaram por pesquisar quais países iriam participar da

Copa do Mundo 2014. Sugeriu-se também que pesquisassem a população, o

continente e o idioma. Outras duplas pesquisaram sobre quais foram os países

campeões e vice-campeões de todas as Copas do Mundo. Surgiram questões, tais

como, o número de jogadores e pessoas envolvidas nesses eventos.

Pesquisou-se ainda a capacidade dos estádios, bem como quais os anos que

foram realizados os Campeonatos Mundiais de Futebol, a regularidade de tempo

nesses eventos e o por quê em certo período deixou-se de realizá-los. Além de

pesquisarem como são selecionados os países participantes.

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Devido ao grande número de perguntas, foi sugerido que os alunos

anotassem em um caderno os dados pesquisados. As dificuldades existiram, pois

tratou-se de algo novo que causou estranheza, mas ao professor coube valorizar a

produção textual dos alunos, mesmo que imprecisa ou rudimentar, atribuindo

significação e uma nova possibilidade de recomeço para o processo de escrita e

aprendizagem.

A estratégia usada fez com que os próprios alunos comentassem os dados

coletados com outras equipes e a informação que em primeiro momento seria da

dupla, passara a ser geral, pois causou curiosidade entre os alunos e gerou reflexão

sobre o assunto, até então desconhecido. Com isso, novos questionamentos foram

surgindo e a pesquisa abrangeu uma proporção ímpar, valorizando aspectos

evidenciados pela Aprendizagem Colaborativa.

A formulação do problema ou especificação do interesse constituiu-se de uma

etapa muito importante dentro da Modelagem Matemática, pois a partir da busca de

informações, para a resolução do problema, um conhecimento novo foi elaborado.

Nessa etapa, professor e alunos, juntos, caminharam em busca da

problematização, a partir dos dados coletados, desenvolvendo principalmente a

autonomia e reflexão crítica.

No contexto apresentado, os alunos tiveram a oportunidade de problematizar

as situações conforme seus interesses, mediados pelo professor. Foram

considerados os conhecimentos prévios, ou seja, aquilo que os alunos já sabiam

sobre o assunto. Os problemas levantados determinaram os conteúdos a serem

abordados. Isto levou a uma abertura que alterou o cotidiano da sala de aula,

levando a repensar os caminhos, já que houve uma ruptura com o currículo linear.

Segundo Burak ( 1998, 2004 e 2006), a fase do levantamento de questões é

muito importante na Modelagem Matemática, pois são as questões que nortearão a

atividade, além disso, é a partir delas que surgiram os conteúdos matemáticos.

Assim, fez-se necessário ao professor incentivar os alunos a formularem questões,

bem como também participarem da elaboração do projeto.

A partir daí, foram propostos alguns questionamentos como:

a organização desde a 1ª Copa do Mundo difere das realizadas nas

últimas décadas? Em quais aspectos?

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o que se observa com relação ao número de países que participaram da

1ª Copa até a de 2014?

a organização da 1ª copa tem alguma coisa em comum com a de 2014?

a copa de 2014 é sustentável?

em que aspectos a copa de 2014 vai produzir impacto no país?

A partir dessas questões fez-se uso da ferramenta do Google Drive -

ferramenta eletrônica para aplicação de questionários na Internet, para a formulação

de quesitos a respeito do tema, que foram enviados nas redes sociais dos

participantes da pesquisa. Nesse momento os alunos tiveram a oportunidade de

interagir por meios tecnológicos e/ou pessoalmente, com os demais alunos da

escola, e com outras pessoas que residem em diferentes lugares, sedes ou não dos

jogos.

Na Resolução dos problemas e dos conteúdos matemáticos, no contexto do

tema, partiu-se dos problemas/situações levantados, forneceu-se subsídios sobre

alguns conteúdos matemáticos com vistas à resolução ou resoluções das questões

levantas. A abordagem do conteúdo interligando o que pretendem aprender com o

que já sabem, possibilitou a construção de estrutura do pensamento e,

consequentemente, de sua autonomia em detrimento à memorização.

Após a elaboração de situações problema, com dados coletados nos

questionários e pesquisas sobre os temas abordados, passou-se à resolução ou

análise com o ferramental matemático disponível, e necessário. A partir dessas

necessidades foram utilizadas as ferramentas disponíveis no laboratório de

informática de maneira integrada com conteúdos de geometria, grandezas e

medidas, as quatro operações, coleta de dados, tabelas e gráficos, diferença de fuso

horário, área, perímetro, média, dentre outros, buscando desenvolver o senso crítico

e colaborativo dos alunos.

Vale ressaltar que ao utilizar-se da estratégia de ensino Modelagem

Matemática, os conteúdos não seguem a ordem linear de construção do

conhecimento matemático, sendo, portanto, abordados na perspectiva de uma visão

de maior abrangência; além de fazer uso de um tema de interesse dos alunos,

rompendo, dessa forma, com a forma usual de se ensinar matemática.

Para se atingir o objetivo proposto e de posse dos dados, sugeriu-se aos

alunos a utilização da planilha eletrônica de cálculo.

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Alguns alunos já possuíam conhecimento sobre esse instrumento

computacional, o que facilitou a aprendizagem, pois se tornaram colaboradores na

construção de tabelas e gráficos sobre informações coletadas.

Foram construídos tabelas e gráficos nos quais proporcionou-se em primeiro

momento, aos alunos produzirem informações estatísticas sobre suas pesquisas,

dentre elas: o percentual de turistas que visitaram as cidades que sediaram jogos da

Copa do Mundo. Com isso, ocorreu/surgiu um momento de reflexão quanto ao

aumento da demanda e infraestrutura da cidade para receber esse contingente de

pessoas e o aumento da população que circula nos grandes centros durante o

período da Copa do Mundo. Percebeu-se aqui o afloramento de aspectos de

criticidade.

Em relação ao conteúdo matemático, aplicou-se as quatro operações com os

números naturais sobre os dados dos problemas contextualizados com o tema Copa

do Mundo, e foram construídas tabelas. Foram abordados conteúdos referente às

distâncias contemplando medidas de comprimento, e operações com números

inteiros no cálculo do fuso horário entre os países participantes da Copa e o Brasil.

Apesar de alguns alunos advirem do 6º ano, e não possuírem esse conhecimento

prévio, não apresentaram dificuldades para o entendimento do processo, ou seja,

compreenderam bem os cálculos.

Os alunos quiseram fazer o desenho de um campo de futebol, então

aproveitou-se a oportunidade para calcular o perímetro e área, bem como o

reconhecimento das figuras geométricas. Buscou-se informações sobre medidas

reais de um campo, depois colocaram em escala para a construção de um modelo

reduzido. Nesse momento foi sugerido aos alunos que desenhassem um esboço de

um campo de futebol em folha de papel sulfite para auxiliar na compreensão sobre

as escala. Sobre isso num segundo momento foi utilizado o programa Geogebra-

soft de geometria dinâmica para a construção desse mesmo campo no computador.

Houve bastante dificuldade por parte dos alunos, visto que não tinham conhecimento

dessa ferramenta. Optou-se, então, por construí-lo em conjunto, professor e alunos,

por meio de um passo a passo exposto no projetor multimídia..

O experimento do novo, o desafio, o elaborar conhecimentos e manipular

informações para chegar à formulação e solução do problema, incentivaram os

alunos a agregarem conhecimentos diferentes e favoreceram o desenvolvimento da

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autonomia, da colaboração, da postura mais crítica e reflexiva frente à novas

situações.

Outro ponto a ser comentado envolve aspectos culturais, nesse sentido após

pesquisarem os países participantes da Copa, os alunos construíram bandeiras para

enfeitar o colégio e buscaram informações sobre as suas composições. Nesse

momento surgiram dúvidas quanto a confecção das mesmas e aproveitou-se para

dar noções de geometria, como reconhecimento das figuras geométricas, medidas e

grandezas. Utilizou-se ferramentas geométricas como compassos, esquadros,

transferidores, réguas, entre outros materiais manipuláveis.

Essas construções foram expandidas pelo alunos do projeto, a toda escola,

na qual a participação dos professores foi fundamental, contribuindo para a

interdisciplinaridade e semeando informações .

Após a etapa da resolução dos problemas levantados pelos alunos,

respondendo-os com o uso da matemática, foram validadas as soluções, nas quais

os alunos refletiram sobre as informações tabuladas, bem como emitiram seu

parecer a respeito da viabilidade ou não de um país sediar a Copa do Mundo. A

“validação do modelo ou análise crítica das soluções” refletiu acerca dos resultados

obtidos no processo e como esses podem ensejar a melhoria das decisões e ações,

contribuindo, dessa maneira, para a formação de cidadãos participativos, que

auxiliem na transformação da comunidade em que participam.

Na análise crítica das soluções, observou-se não só o aspecto matemático,

como também outros. Deste modo contribuiu-se para a reflexão, formação de

cidadãos participativos e colaborativos, pois perceberam a matemática como uma

aliada no processo de avaliação das condições sociais, econômicas, políticas dentre

outras.

Com relação a crítica da realidade, os alunos chegaram a conclusão sobre os

gastos que envolvem a Copa de 2014, na qual cada construção equivale

aproximadamente a 500 milhões de reais estimados e no final chegando a custar

três, quatro ou mais vezes este valor. Enquanto escolas estão em estágio de

sucatas, necessita-se de construção de hospitais, rodovias de escoamento de

produções agrícolas e industriais, do atendimento hospitalar, de segurança, de

saneamento básico.

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Os resultados obtidos nesta etapa foram de fundamental importância,

mostrando índices positivos ou não, que serviram de motivações para os alunos

bem como para o professor prosseguir nessa prática.

Com isso os alunos puderam pesquisar, projetar, calcular e concluir

situações-problema coletivamente, adquirindo experiência, em aprendizagem

colaborativa, senso crítico, já que foram envolvidos em uma comunidade de

investigação.

5 Considerações

5.1 A Modelagem Matemática e a Aprendizagem Colaborativa no Contexto do

Projeto

A proposta pedagógica “Modelagem Matemática associada a Aprendizagem

Colaborativa”, aplicada no ano letivo de 2014 com vinte alunos de diversas séries

dos anos finais do ensino fundamental, respeitando as etapas de BURAK (1998,

2004 e 2006), que nortearam esta estratégia de ensino, possibilitou a oportunidade

do desenvolvimento de habilidades e senso colaborativo.

A Modelagem Matemática tornou o ensino da matemática mais dinâmico e

propiciou uma aprendizagem envolvente e significativa, despertando no aluno o

interesse em aprender os conteúdos de matemática ajudando-o a relacioná-lo com

seu cotidiano, priorizando a aprendizagem em parceria, na construção do

conhecimento e desenvolvendo habilidades como a comunicação e socialização, de

forma natural e prazerosa.

Não houve uma etapa que se destacasse mais que a outra; pois, todas

estiveram relacionadas, assim como as atividades foram desenvolvidas de forma

gradativa, conforme as pesquisas realizadas pelos próprios alunos.

Na presente proposta, o aluno saiu do papel de um mero espectador e

passou a ser responsável pelo seu próprio aprendizado e ao professor coube o

papel de mediador do conhecimento. Isso significou que o aluno quando passou a

contextualizar a matemática despertou interesse pela disciplina, o que facilitou a sua

compreensão de mundo, saindo do conformismo de aceitar tudo “posto e pronto”.

Observou-se que a aprendizagem colaborativa ocorreu contínua e

naturalmente, já que durante o levantamento de hipóteses, a coleta de informações,

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a busca pelas estratégias de análise das informações, a busca dos procedimentos e

conhecimentos matemáticos foram mobilizados pelos grupos para a resolução dos

problemas.

A criatividade, o espírito colaborativo, a autonomia e a atitude crítica e

reflexiva também apareceram de forma explícita durante o desenvolvimento das

tarefas, e foram evidenciadas pelas argumentações e explicações expostas pelos

alunos.

A socialização dos resultados obtidos, em cada etapa proposta, permitiu a

discussão de diferentes estratégias e a abertura para novos questionamentos, nas

quais a comunicação ocorreu de forma natural.

O desenvolvimento dessas ações permitiu a criação de um ambiente de

confiança entre os participantes e, na medida em que as etapas foram sendo

vencidas, observou-se que os alunos estavam mais independentes e autônomos.

5.2 Avaliação dos Resultados

Na proposta inicial, foi cogitada a possibilidade de os alunos participantes

serem multiplicadores das informações pesquisadas, bem como repassarem os

conteúdos contemplados às outras turmas. Isso ocorreu conforme planejado e,

nesse sentido houve o interesse de ingresso por outros alunos, porém devido à

estrutura do laboratório de informática e a limitação de vagas para alunos

participantes, não foi possível o atendimento da demanda, de forma integral.

Dar significado ao que o aluno presenciou no espaço escolar fez com que ele

apreendesse os conteúdos e se apropriasse do conhecimento. No caso da Copa do

Mundo, pensar criticamente sobre questões sociais, culturais e econômicas fez com

que o aluno adquirisse autonomia e consciência crítica.

A Copa de 2014 foi uma excelente oportunidade para uma análise do

impacto financeiro de um evento mundial tão importante que movimentou a

economia brasileira. Os problemas levantados pelos alunos, os conteúdos

estudados e as discussões em sala de aula foram relevantes para uma reflexão a

respeito dos benefícios e também das consequências do evento para o Brasil.

Durante a realização das etapas do projeto observou-se relações entre a vida

escolar e o cotidiano dos alunos, nas quais os conhecimentos adquiridos em sua

vivência em sociedade e na da própria escolarização, o processo de pesquisa e

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coleta de material, confirmou que no processo de aprendizagem todos os

envolvidos, professores e alunos aprendem.

Desse modo constatou-se a importância para o professor buscar novas

metodologias na Educação Matemática, propondo atividades que estimulem os

alunos a usarem seus conhecimentos prévios.

A Modelagem Matemática trouxe subsídios para que a disciplina de

matemática interligasse o que pretendem aprender com o que já sabiam. Possibilitou

a construção de estrutura do pensamento e de autonomia em detrimento à

memorização. Desse modo, houve uma ruptura com o currículo linear, uma vez que

foram os problemas levantados que determinaram os conteúdos.

Os conceitos matemáticos estudados, embora básicos, proporcionaram aos

alunos diferentes estratégias para chegarem ao resultado almejado.

.Espera-se que a partir deste projeto os alunos passem a contextualizar a

disciplina de matemática com uma nova visão, e que a Aprendizagem Colaborativa

tenha auxiliado na aquisição de conteúdos, por meio do apoio aos demais colegas

em sala de aula e dessa forma aumentar sua auto confiança.

Com a experiência vivenciada com a Modelagem Matemática associada a

Aprendizagem Colaborativa, pode-se dizer que existem fortes evidências de que

essas estratégias de ensino, com encaminhamento didático adequados e com

objetivos claros, podem promover uma evolução intelectual na qual a troca de

informações e experiências contribuem para um efetivo aprendizado da disciplina de

matemática.

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