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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1
Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica Professora PDE/2013
Título
OS DANOS DE AGROTÓXICOS NAS ABELHAS: CONSCIENTIZAR PARA PRESERVAR
Autor
Zilda Winkelmann fechner
Disciplina
Biologia
Escola de Implementação do Projeto
Colégio Estadual Monsenhor Pedro Busko
Município Paulo Frontin
Núcleo Regional de Educação
União da Vitória
Professor Orientador Carla Prof.ª Msª Carla Andreia Lorscheider
Instituição de Ensino Superior
UNESPAR/FAFIUV
Resumo
O presente trabalho foi realizado devido as
preocupações com o futuro dos alunos agricultores e
das questões ambientais emergentes no município de
Paulo Frontin. Verificando a necessidade de um
projeto, abordando novas perspectivas de trabalho a
estes alunos, para que os mesmos permaneçam na
área rural, mas conseguindo sua renda sem agredir o
meio ambiente e sem colocar em risco a sua própria
saúde. Pois, nas atividades agrícolas desenvolvida por
eles e seus familiares são utilizadas grandes
quantidades de agrotóxicos, que ao mesmo tempo
causa danos irreparáveis a sua saúde e agridem o
meio ambiente, exterminando um número muito
grande de insetos benéficos a este meio, sendo que as
abelhas fazem parte desse grupo. Um grupo
importante que pode agregar lucro aos agricultores,
fornecendo a eles matéria prima para ser
comercializada e ajuda na polinização de outras
culturas que também poderão ser fonte de renda a
estes jovens agricultores, bastando informações,
conhecimento de técnicas de manejo e apoio de
alguma entidade comercial que coloque estes
produtos a disposição da população.
2
Palavras-chave
Angiospermas, Abelha, Polinizadores, Fumo,
Agrotóxicos.
Formato do material didático
Caderno Pedagógico
Público-Alvo
Alunos do Ensino Médio
3
APRESENTAÇÃO
A finalidade da construção deste caderno pedagógico é a de apresentar
materiais, que poderão ser utilizados por professores de Biologia durante as suas
aulas, com sugestões de filmes, exercícios de aprendizagem, sites de pesquisas,
abordando diversos temas que se associam.
A primeira unidade aborda o Reino Plantae, em especial o grupo das
Fanerógamas, as quais são também denominadas de plantas esperematófitas e
assim demonstrar aos alunos a importância evolutivas destes vegetais, graças ao
sistema de reprodução que é e independente da água, mas que conta com a ajuda
de polinizadores variados.
A segunda unidade aborda os grupos dos Artrópodes e dentro deste, uma
classe em especial a dos insetos, focando com mais atenção nas abelhas, que são
insetos sociais, que realizam o serviço de polinização na maioria das angiospermas
e também produz matéria prima de excelente qualidade, que reverte em renda para
os produtores rurais.
A terceira unidade refere-se ao uso de agrotóxico pelos agricultores, sem
levar em conta o manuseio incorreto e em horários inadequados, causa um prejuízo
a saúde dos mesmos, a poluição da água, do solo e dos mananciais, e ao mesmo
tempo em que estas aplicações desordenadas estão eliminando os polinizadores
naturais do ambiente.
Na quarta e última unidade aborda a cultura que muito utilizam agrotóxicos e
que causa muitos danos à saúde, de seus agricultores que é a cultura do fumo. A
maioria dos produtores assume que não é fácil trabalhar com tanto veneno, mas,
infelizmente para o pequeno proprietário é uma cultura que lhe dá um retorno
financeiro muito bom.
Em todas as unidades, existem atividades, que podem ser trabalhadas em
sala de aula, além de sugestões de filmes e pesquisa que podem ser agregadas aos
diversos assuntos.
4
FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA
A escola pública brasileira passou a atender alunos oriundos de diversas
classes sociais e com isto se intensificou a necessidade de discussões continuas
sobre o papel do ensino básico e da necessidade de projetos para estes alunos. Ao
definir qual a educação que queremos a eles, a escola contribui para determinar a
participação que lhes caberá na sociedade (DCES-BIOLOGIA, 2008).
Desta forma a escola deve trabalhar as grandes questões que desafiam a
sociedade (GASPARIM, 2003). Por isso Saviani (1999 p.80) diz que a
problematização deve descobrir que questões precisam ser resolvidas na prática
social. Através de um problema cotidiano deve se detectar que questões precisam
de solução imediata e qual o conhecimento necessário para solucioná-lo. As
comunidades biológicas são definidas como grupos de organismos que estão
ligados uns aos outros por relações antagônicas, são conjuntos de organismos vivos
inter- relacionados que habitam um ecossistema (AMABIS; MARTHO, 2004).
Os ecossistemas são conjuntos dinâmicos, pois seus diversos componentes
interagem permanentemente, como o fato de muitos seres vivos servirem de
alimentos aos outros seres e as alterações de atividades vitais em decorrência de
mudanças climáticas, nas diferentes épocas do ano. Embora ocorram estas
variações, existe um equilíbrio, que garante a preservação de todas as formas vivas.
(LAURENCE, 2005).
A evolução dos processos sexuados e dos ciclos de vida nas plantas foi de
grande importância para a conquista do ambiente terrestre, que ocorreu com o
surgimento de elementos que permitiram a fecundação, sem a necessidade da
água, para o deslocamento do gameta masculino. Nas gimnospermas, os
esporófitos formam elementos ligados à reprodução sexuada, reunidos em
estróbilos, que são ramos modificados com estruturas relacionadas à reprodução
sexuada, que conta com a ajuda do vento para transportar o grão de pólen até o
óvulo (LOPES; ROSSO, 2005). As angiospermas desenvolveram flores vistosas,
coloridas e perfumadas, que atraem insetos, pássaros e mamíferos polinizadores
que transportam os grãos de pólen e assim favorecem a reprodução. Outro fato
importante é o desenvolvimento de frutos, que servem de alimento a muitos animais,
possibilitam a dispersão de sementes, contidas em seu interior. Graças a tudo isto
5
as angiospermas alcançaram territórios mais distantes e ampliaram seus horizontes
no planeta (PEZZI et al., 2010).
A ação humana na biosfera alterou muito o funcionamento dos ecossistemas,
diminuindo, frequentemente, sua capacidade de fornecer serviços essenciais para a
sobrevivência dos seres vivos (IMPERATRIZ-FONSECA, 2004).
Por meio de uma agricultura sustentável que procura utilizar de forma
inteligente os serviços prestados pelo ecossistema com destaque para aqueles
oferecidos pela polinização (LIMA; ROCHA, 2012).
A Polinização é fundamental na produtividade de muitas culturas agrícolas.
Além do aumento da quantidade de frutos, de grãos e sementes a polinização bem
conduzida melhora a qualidade dos frutos, eleva o teor de óleos em frutos e
sementes, encurta o ciclo de determinadas culturas e uniformiza o período de
amadurecimento dos frutos reduzindo custos e perdas (FAVARETTO;
MERCADANTE, 2003).
Na maioria dos ecossistemas mundiais as abelhas são os principais
polinizadores (BIESMEIJER, 2004). O uso de abelhas para polinização de lavouras,
não requer grandes investimentos e faz crescer a produtividade e os lucros das
culturas (FAVARETTO; MERCADANTE, 2003).
AS ABELHAS
As abelhas ao filo artrópode, que segundo Pezzi et al. (2010), é o mais
numeroso do reino animal, reúne animais triblásticos, celomados, protostômios, de
corpo segmentado e simetria bilateral, providos de pernas articuladas e de
exoesqueleto quitinoso que protege as estruturas internas, muitos são terrestres,
aquáticos de água doce ou salgada. Dentro do Filo dos artrópodes os Insetos
constituem o grupo de animais com o maior número de espécies conhecidas. É a
classe mais diversificada que possui representantes em todo Globo Terrestre.
Segundo Amabis e Martho (2004):
”Os insetos estão adaptados os ambientes de terra firme e diversas espécies vivem em regiões desérticas. Entretanto, há espécies cujas larvas e adultos vivem em água doce. Insetos só não são abundantes no mar, há poucas espécies marinhas. Insetos são os únicos invertebrados capazes de voar
6
[...] e graças a essa capacidade, puderam expandir-se e colonizar todas as regiões do planeta.”
Entre os insetos a ordem Hymenoptera reúne espécies com uma grande
organização social. Entre eles podem-se destacar as abelhas Apis mellifera, e outras
espécies, produtoras de mel, que vivem em colmeias.
As abelhas se originaram de um grupo de vespas predadoras relacionadas à
superfamília Aphecoidea há 100 milhões de anos, nas regiões áridas do então
supercontinente Gondwana, o qual foi provavelmente a área de surgimento das
plantas fanerógamas (plantas que produzem flores e frutos). Esse supercontinente
atualmente corresponde à África, América do Sul, Índia, Austrália e Antártica
(WINSTON, 1987 apud SOUZA, 2007). Provavelmente as abelhas surgiram de um
grupo de vespas que alteraram a sua dieta alimentar deixando de utilizar insetos e
ácaros, para fazer uso do néctar e polens para obter nutrientes (IMPERATRIZ-
FONSECA, 2004).
Todas as abelhas da família Apidae se caracterizam pela presença de
corbícula ou cesta polínica localizada na face externa de cada tíbia das pernas
posteriores (traseiras) pelo menos nas operárias. Esta estrutura é utilizada para
carregar o pólen (alimento) e materiais para a construção do ninho (SOUZA, 2007).
As abelhas apresentam uma estreita relação com plantas que produzem
flores e frutos, as quais fornecem alimentos e outros materiais. Como recompensa
as plantas recebem os serviços de polinização tão importante para a subsistência de
mais de 225.000 espécies vegetais, das quais, dois terços dependem desses insetos
para a polinização (SOUZA, 2007).
O corpo da abelha é formado por três partes: cabeça, tórax e abdômen. A
cabeça é a primeira parte do corpo do inseto onde estão os olhos simples e
compostos, as antenas, o aparelho bucal e algumas glândulas. No tórax, que é a
segunda parte do corpo, é formado por três segmentos: protórax, mesotórax e
metatórax, ligados entre si, possuindo cada um deles um par de pernas. No segundo
e terceiros segmentos estão inseridas as asas, um par em cada um deles. O
abdômen é formado por sete segmentos anelados (urômeros) na rainha e operária,
e oito no zangão, ligados entre si por músculos que lhes permite movimentos de
contração e expansão. O primeiro segmento abdominal está intimamente fundido
com o último segmento torácico, denominado de propódeo. Nesta parte do corpo
das operárias estão presentes as glândulas de cera de Nasanov e de veneno.
7
(SOUZA, 2007). Glândulas de Cera: São 4 pares de glândulas localizadas entre o
quarto e sétimo segmentos abdominais das abelhas operárias, sendo um par em
cada segmento. São importantes na produção de cera, principalmente nos períodos
de grandes floradas, quando é exigida a construção de novos favos e suas
atividades é mais intensa até o 15º dia de vida (SOUZA, 2007). Glândulas de cheiro
ou de Nasanov: Esta localizada na parte dorsal do sétimo segmento abdominal das
operárias e produzem substâncias (feromônios) que são utilizadas na marcação da
entrada das colmeias, fontes de água e, possivelmente, de néctar e pólen (SOUZA,
2007). Glândulas de veneno: Esta associada a estrutura do ferrão e tem como
função a produção de veneno. Ela é formada por um grande número de células
secretoras, que descarregam sua secreção no saco de veneno, o qual é cercado de
músculos que impulsionam o veneno através do ferrão. É considerada a maior
glândula com função de defesa (SOUZA, 2007). Feromônios: são odores químicos
usados na comunicação entre membros de uma espécie. Em abelhas eles podem
ser produzidos pelas operárias, rainha e zangões estão relacionados à reprodução,
alarme, defesa, orientação, reconhecimento da colônia e integração de atividades
(SOUZA, 2007).
Segundo Souza (2007), a relação entre homem e as abelhas é bastante
antiga, havendo registro nas pinturas primitivas encontradas na Espanha e na África.
Estima- se que o homem tenha começado a fazer uso dos produtos das abelhas há
mais de 7.000 anos, utilizando os para fins alimentares e medicinais. O mel foi o
primeiro adoçante conhecido pelo homem, que o utilizava em rituais e momentos
festivos. Segundo Pott et al. (2000) as abelhas foram trazidas ao Brasil pelo Padre
Antonio Pinto Carneiro, com a autorização do Imperador D. Pedro II. E eram
procedentes de Portugal. Das cem colmeias embarcadas apenas 7 sobreviveram a
longa viagem. As que desembarcaram no Brasil se ambientaram e assim iniciou-se a
apicultura no Brasil. No início foram introduzidas no Rio de Janeiro e depois
expandiram para o sul com os Padres jesuítas. Muito mais tarde com a vinda dos
imigrantes europeus, intensificou-se a criação de abelhas europeias. Por problemas
genéticos e a baixa produtividade, das abelhas europeias em 1956, a equipe do
professor e Pesquisador Dr. Warwick E. Kerr trouxe para o Brasil duas subespécies
de abelhas africanas Apis mellifera capensis e Apis mellifera scutellata. Durante o
período da pesquisa de observação pode se constatar que essas abelhas
expandiram-se por todo o continente e durante a década de 60, foram apelidadas de
8
abelhas assassinas, mas com o passar do tempo e já aclimatadas, com misturas de
raças perderam a agressividade e com o manejo correto, revelaram sua capacidade
de produção e demonstraram grande resistência a certas doenças e parasitas
(POTT et al., 2000).
A ordem Hymenóptera reúne diversas espécies de insetos que se
caracterizam por uma enorme organização social. Entre elas, destacam-se as
abelhas da espécie Apis mellifera, muito organizadas, com divisão e especialização
de trabalhos. São insetos sociais com metamorfose completa (ovo, larva, pré-pupa,
pupa, ninfa e inseto adulto) e, numa colmeia verificamos três indivíduos: Rainha,
Zangões e Operarias cada um com funções específicas dentro desta sociedade. A
divisão de trabalho, também revela o grau de sofisticação da sociedade. As abelhas
têm divisão de trabalho por idade na qual as operárias mais jovens cuidam das
larvas e as mais velhas um pouco produzem a cera e moldam os favos e as bem
mais velhas saem em busca do néctar, pólen e resinas (AMABIS; MARTHO, 2004).
Algumas diferenças entre os membros dessas sociedades são determinadas
pela quantidade de alimento, enquanto outras são genéticas. Entre as abelhas, as
larvas que recebem maior quantidade de geleia real dão origem a fêmeas férteis ou
rainhas (PEZZI et al., 2010). As abelhas são insetos importantes na produção
mundial de alimentos. O Mel, o pólen e a geleia real são alimentos consumidos em
todos os países continentes além de serem excelentes polinizadores (IMPERATRIZ-
FONSECA, 2004).
UMA VISÃO GERAL SOBRE OS AGROTÓXICOS
A utilização de substâncias químicas como forma de controle ou para
eliminação de pragas e doenças nas plantas cultivadas remonta à antiguidade
clássica. As escrituras Gregas e Romanas com mais de 3.000 anos já mencionavam
o uso de Arsênio no controle de insetos. Alguns compostos naturais como a piretrina
obtida das flores dos Crisântemos eram utilizadas pelos Chineses como inseticidas
há cerca de 2.000 anos atrás. Alguns povos do deserto armazenavam cereais
acrescentando pó de piretro sobre os grãos ou penduravam feixes dessas flores na
entrada das tendas, as quais funcionavam como repelentes para moscas e
mosquitos. Outros compostos orgânicos vegetais como a nicotina derivada do
9
Tabaco e a rotenona extraída de raízes do Timbó eram conhecidas por suas
propriedades inseticidas (ALVES FILHO, 2002). Os compostos inorgânicos à base
de metais tóxicos, tais como cobre, enxofre e mercúrio foram empregados na Europa
do séc.XIX para combate aos fungos. Porém a partir da Segunda Guerra Mundial,
com o desenvolvimento da Indústria de Síntese Química, que ocorre a difusão da
utilização de biocidas sintetizados. Vários produtos biocidas foram desenvolvidos no
período da Guerra por Alemães e Americanos, para aplicar os inseticidas por via
aérea para destruir as colheitas inimigas. Desde então a indústria Química Mundial
cresceu resultando formulações comerciais utilizadas nas agriculturas do mundo
todo (ALVES FILHO, 2002).
Agrotóxicos no Brasil
No Brasil o primeiro registro de compostos organoclorados foi feito no ano de
1946 e nesse mesmo período foram introduzidos os inseticidas sistêmicos, e em
1958, os antibióticos à base de sais de estreptomicina. Durante os anos de 1954 e
1960, foram grande os registros de novos produtos junto ao ministério da agricultura
(ALVES FILHO, 2002). Entre os anos de 1958 e o início dos anos 60 surgiram os
primeiros processos de reavaliação dos problemas decorrentes de segurança e
eficácia dos agrotóxicos e a partir de 1971, vários produtos sintéticos foram banidos
ou mantidos com uso restrito por constatação dos efeitos nocivos à saúde e ao meio
ambiente. Nos anos 90 inauguraram uma nova abordagem no desenvolvimento da
indústria de agrotóxicos. Os avanços na biologia molecular e a engenharia genética
sinalizaram a exploração neste campo agregando produtividade e tecnologia no
combate as pragas e doenças (ALVES FILHO, 2002). Segundo dados da Agencia
Nacional de Vigilância à Saúde (ANVISA, 2009), mostram que o Brasil é o país que
mais consome agrotóxicos no mundo. O uso indiscriminado de agrotóxicos resulta
em níveis severos de poluição ambiental e intoxicação humana, representando um
problema de saúde pública (PERES, 2007). Segundo Albuquerque (2000),
produtores rurais, que fazem uso indiscriminado, abusivo e incorreto de agrotóxico,
torna-se responsáveis em causarem danos à saúde, contaminarem o solo e o meio
ambiente.
10
O PREJUÍZO DOS AGROTÓXICOS AOS POLINIZADORES.
Na maioria dos ecossistemas mundiais, as abelhas são os principais
polinizadores (BIESMEIJER; SLAA, 2004). Estima-se que 40% dos polinizadores
existentes sejam abelhas, perfazendo um total de 40.000 espécies diferentes.
Estudos sobre a ação das abelhas no meio ambiente evidenciam a extraordinária
contribuição desses insetos na preservação da vida vegetal e também na
manutenção da variabilidade genética (NOGUEIRA-COUTO, 1994).
Como as flores apresentam diferentes morfologias oferecem variados
recursos, nem todas as plantas são polinizadas de maneira eficiente por qualquer
tipo de visitante floral. Assim, nem sempre ao visitar uma flor, atraída pelo recurso
oferecido, a abelha realiza a polinização (VIANA; SILVA, 2006). Na produção
agrícola, a diminuição da disponibilidade de polinizadores para as plantas que deles
necessitam pode não causar a extinção completo da planta, mas impõe sérias
limitações na quantidade e qualidade de frutos (DEMARCO; COELHO, 2006;
WALLACE; LEE, 1999), no número de sementes (KALINGANIRE et al., 2001) e na
variabilidade genética, constituindo-se em um dos maiores problemas atualmente.
A agricultura comercial de larga escala, como é praticada atualmente, em
grandes áreas de monocultura, não pode prescindir do uso de agrotóxicos, em
virtude do desequilíbrio causado ao ecossistema (SANTOS 1998; ECPA; 2008). No
Brasil, a questão do uso de defensivos agrícolas é muito preocupante. Dos anos de
1964 até 2004 o consumo de agrotóxicos no país aumentou 700% (SPADOTTO et
al., 2004). Concomitantemente houve vários relatos sobre a mortalidade de abelhas,
devido a contaminação pelo uso inadequado de pesticidas (MELASPINA; SOUZA,
2008). A contaminação das abelhas por pesticidas ocorre geralmente, quando da
ocasião da coleta de néctar e pólen e pode atingir em maior ou menor extensão a
sua colônia (JAY, 1986). Devido a isso não se deve pulverizar a cultura-alvo com
pesticidas de longo efeito residual (JOHANSEN; MAYER, 1990).
É evidente o efeito dos agrotóxicos na fauna de polinizadores dos
agroecossistemas (ALLEN-WARDELL et al., 1998), sendo diretamente responsável
pela diminuição de populações de abelhas e indiretamente pelas perdas econômicas
decorrentes do declínio desses polinizadores (KEVAN, 1999). A densidade e a
atratividade das flores contaminadas são determinantes para a mortalidade dos
polinizadores. Isso acontece porque quanto maior a atratividade das flores
11
contaminadas pelo agrotóxico, maior o número de indivíduos que realizarão a visita,
e quanto maior a densidade de flores, maior a frequência de visitas realizadas pelas
abelhas, aumentando a taxa de contaminação (RIEDL et al., 2006). Baixos níveis de
doses e/ou baixa frequência de aplicação podem afetar o comportamento das
abelhas forrageiras e reduzir o vigor da colônia (BORTOLOTTI et al., 2003,
FREITAS; PINHEIRO, 2010).
Os inseticidas de ação neurotóxica, por exemplo, podem reduzir a diversidade
de polinizadores no local onde é aplicado, e reduzem o local de nidificação das
colônias, além de diminuir as fontes de alimentação alternativas, usadas
principalmente em períodos de escassez de flores (OSBORNE et al., 1991; FREE,
1993). A exposição das abelhas aos agrotóxicos pode afetar a sua capacidade de
aprendizado e memorização, o que pode desorientar não só o indivíduo exposto
como também as forrageiras da colônia (PINHEIRO; FREITAS, 2010). A perda da
capacidade de orientação é mais evidente nas forrageiras, pois são normalmente as
que mais correm o risco de serem contaminadas. O tamanho da área pulverizada
também influencia os efeitos das substâncias sobre as colônias, pois quanto maior a
área, maior a exposição das forrageiras e a contaminação interna da colméia (FREE,
1993). Outro fator a ser considerado é a distância entre as colônias e os campos
tratados, cuja relação de exposição aos agrotóxicos é inversamente proporcional a
essa distância (JOHANSEN; MAYER, 1990).
As abelhas que são encontradas em ambientes com certo grau de
conservação podem ser utilizadas como ferramenta de monitoramento ambiental.
Durante o vôo, elas registram informações sobre o meio ambiente em que circulam
numerosas partículas de produtos químicos e substâncias tóxicas suspensas no ar
ficam aderidas aos pêlos superficiais de seu corpo ou armazenadas no néctar e
pólen coletado (WOLF et al., 2008). Por isso, quando certas espécies sensíveis a
essas substâncias são encontradas em um local pode ser o indício de que a área
está bem conservada. Além disso, as abelhas melíferas podem oferecer o mel como
fonte para o monitoramento do ambiente em que se encontra. O néctar depois de
transformado em mel registrará informações que podem ser analisadas em
laboratórios (WESTRICH, 1996).
12
A HISTÓRIA DO FUMO
Segundo Sefrini (1995), o certo é que Cristóvão Colombo testemunhou o
hábito de fumar folhas de tabaco, evidenciando que a história do fumo na América
começou bem antes da chegada dos europeus. A hipótese mais provável é que a
planta tenha surgido nos vales orientais dos Andes bolivianos, difundindo-se pelo
território brasileiro, através das migrações indígenas, sobretudo dos tupis-guaranis.
No Brasil o fumo foi cultivado pela primeira vez pelos índios. Para estes, o
mesmo possuía caráter sagrado, reservado somente aos pajés e usado em
cerimônias da tribo. Através de um sistema de troca, os colonos adquiriram o fumo
dos índios. Inicialmente, as lavouras ocupavam pequenas áreas e se localizavam,
principalmente, na Costa, entre Salvador e Recife e, sobretudo, no recôncavo
baiano, seu destino depois, tomou três direções: aquele considerado de primeira e
de segunda qualidade era enviado para Lisboa, sendo sua maior parte reexportada
para outros países da Europa. Outra parte servia de moeda no período colonial, para
o comércio de escravos com a África. A terceira parte destinava-se ao consumo
interno. (SCHOENHALS, M., et al 2009).
Foi a partir de então, que o fumo começou a sua expansão e em apenas um
século passou a ser conhecido e usado no mundo inteiro. Ao levarem o tabaco para
a Europa, alguns exploradores a apresentaram espécie de remédio para todos os
males (SEFRINI, 1995).
Nos dias atuais, a indústria do fumo se organiza mundialmente sob a forma
de oligopólio e as atividades de produção e comercialização de tabaco e seus
derivados se estendem por mais de cinquenta países. Os maiores produtores são a
China, o Brasil, a Índia, o Zimbabwe e a Indonésia por ordem de magnitude de
produção, sendo esses países responsáveis por aproximadamente 70% da
produção mundial de tabaco (DESER, 2003). No Brasil, a região Sul concentra a
maior produção de fumo, todos os Estados do Sul são produtores, destacando-se o
Rio Grande do Sul, onde estão instaladas algumas indústrias fumageiras.
(SCHOENHALS, M., et al 2009).
Para garantir uma folha de boa qualidade, a produção de tabaco requer o uso
intensivo de agrotóxicos. E neste aspecto o uso de pesticidas em grande quantidade
trem causado danos a saúde dos agricultores e de suas famílias, como intoxicações
13
aos alimentos, contaminação do solo, da fauna, dos rios além do desmatamento e a
perda da biodiversidade (SCHOENHALS et al., 2009).
A APICULTURA COMO FONTE DE RENDA.
A apicultura e a meliponicultura são atividades capazes de causar impactos
positivos tanto sociais quanto econômicos, além de contribuir para a manutenção e a
preservação dos ecossistemas. A cadeia produtiva da apicultura propicia a geração
de inúmeros postos de trabalho, empregos e fluxo de renda, principalmente no
ambiente da agricultura familiar, sendo determinante para a melhoria da qualidade
de vida e a fixação do homem no meio rural (PEREIRA et al., 2003). O seu valor
ambiental é caracterizado pela interdependência da vegetação (nativa e cultivada)
com a biodiversidade de polinizadores (PEGORARO; ZILLER, 2003). Segundo Lima
e Rocha (2012) a criação da espécie Apis mellifera, conhecida como apicultura, é
hoje importante atividade agropecuária no Brasil. Dos produtos obtidos da colmeia, o
mel é o mais importante e o principal objetivo da exploração apícola brasileira. Os
outros produtos extraídos são pólen, cera, própolis e geleia real. A criação racional
das abelhas da tribo Meliponini e da tribo Trigonini é denominada de meliponicultura.
Conhecidas popularmente como abelhas sem ferrão ou indígenas, essas abelhas
possuem ferrão atrofiado. Algumas espécies são pouco agressivas, adaptam-se bem
a colmeias racionais e ao manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Podem
fornecer também pólen, cerume, geoprópolis e os próprios enxames para exploração
comercial. Apesar de o Brasil ser um país de dimensões continentais, poucas
espécies são exploradas comercialmente a maioria dos produtores é de pequeno
porte (LIMA; ROCHA, 2012).
A apicultura ainda tem muito a se expandir, seja como atividade principal ou
secundária, mas é necessário melhorar a conscientização dos produtores rurais a
cerca dos benefícios da apicultura à agricultura, pois as abelhas ajudam no processo
natural de reprodução de muitas espécies botânicas, melhorando a produção das
mesmas (SOUZA, 1998).
14
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Contribuir com a conscientização dos alunos sobre os prejuízos ambientais e
para a saúde do homem provocados pelo uso de agrotóxicos, como também aos
insetos polinizadores que estão se extinguindo pelo uso destes elementos químicos.
Que os alunos considerem a possibilidade de mudanças gradativa em sua vida e de
sua família, e assim busquem outras culturas que possam ser consorciadas com
meio ambiente e ao mesmo tempo agregue valores para que estes possam
continuar vivendo no campo, com uma vida saudável.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Elaborar um caderno pedagógico explicativo, para professores e alunos do
2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Monsenhor Pedro Busko (Paulo
Frontin/PR), sobre os prejuízos dos agrotóxicos para as abelhas, à saúde humana e
ao meio ambiente.
- Elaborar atividades educativas e divertidas, para fixar o conhecimento do
tema abordado;
- Realizar uma visita técnica com os alunos na Empresa Breyer localizada no
Município de União da Vitória/PR, o qual é uma empresa referência na produção e
exportação de mel orgânico no Sul do Brasil;
- Copilar o assunto com os alunos da Casa Familiar Rural e falar da
importância da Apicultura, na produção do mel, como na polinização de diversas
culturas, enfocando a importância desses polinizadores na manutenção da
biodiversidade em nossa região, o qual é um resquício de Mata Atlântica;
- Ampliar o conhecimento dos adolescentes sobre polinização e estimular a
conscientização da importância da preservação das plantas melíferas,
- Proporcionar momentos de discussão sobre as dúvidas relacionadas as
culturas orgânicas e demonstrar de maneira clara os prejuízos à saúde.
15
UNIDADE 1
16
REINO PLANTAE
A classificação das plantas
As plantas são organismos eucariontes fotossintetizantes, multicelulares, com
diferenciação de tecidos. O ramo da Biologia que estuda as plantas é a Botânica.
Tradicionalmente as plantas têm sido divididas em dois grandes grupos:
-Criptógamos (cripto=escondido, gamae=gametas): Plantas que possuem as
estruturas produtoras de gametas pouco evidentes. Exemplos: musgos e
samambaias;
-Fanerógamas (fânero =visível): Plantas que possuem estruturas produtoras de
gametas bem visíveis. Todas desenvolvem sementes e por isso são também
denominadas espermatófitos. Exemplos: pinheiros, mangueiras, roseiras,
coqueiros.
17
As Fanerógamas são divididas em dois grupos:
-Gimnospermas (gimno=nu; sperma=semente): possuem sementes, mas não
formam frutos. Suas sementes são chamadas “nuas”, pois não estão abrigadas
no interior dos frutos. Exemplos: Pinheiro-do-Paraná, Pinus, Cicas e a Ginkgo
biloba.
-Angiospermas (angio=urna; sperma=sementes): Possuem sementes abrigadas
no interior de frutos Os frutos são resultantes do desenvolvimento do ovário da
flor. São exemplos de angiospermas: mangueira, figueira, laranjeira, tomateiro,
feijão, milho etc.
Nas angiospermas os elementos relacionados com a reprodução sexuada
encontram-se reunidos nas flores. As flores completas são formadas por pedicelos
ou pedúnculo e um receptáculo, onde se inserem os verticilos florais:
Cálice: conjunto de sépalas, geralmente verdes;
Corola: conjunto de pétalas, que podem apresentar várias cores;
Androceu: formado pelos estames (constitui o sistema reprodutor masculino);
Gineceu: formado por um ou mais pistilos, cada constituído por uma ou mais
folhas férteis fundidas chamadas carpelo (constitui o sistema reprodutor feminino).
(LOPES S.2005).
O androceu é formado por unidades chamadas estames que consta de duas
partes:
Filete- um filamento longo que se fixa na base da flor.
Anteras- uma dilatação na ponta do filete e onde são produzidos os grãos de
pólen.
18
O Gineceu, apresenta uma porção basal dilatada, que corresponde ao
ovário(local em que estáo óvulo), uma porção alongada chamada estilete, que une
o ovário ao estigma, porção apical do gineceu (LAURENCE, 2005).
Após a fecundação do óvulo,à medida que se desenvolve para se transformar em
semente, perde água e seus envoltórios tornam-se menos permeáveis a água. Á
medida que a semente se forma, a parede do ovário também se desenvolve, dando
origem ao fruto (FAVARETTO; MERCADANTE, 2003).
As angiospermas são divididas em dois grupos:
As Monocotiledôneas: Milho,grama,trigo etc.
As Dicotiledôneas : feijão, roseira,mamão,tomate etc.
As flores das monocotiledôneas apresentam peças florais em múltiplos de
três(Trímeras). As flores da dicotiledôneas, como a azaléia, têm 5 sépalas,cinco
pétalas e dez estames, isto é apresentam peças florais em múltiplos de cinco(flores
pentâmeras),menos frequêntemas pode ocorrer, dicotiledôneas com peças florais
em múltiplos de quatro (flores tetrâmeras) (FAVARETTO; MERCADANTE, 2003).
A proteção oferecida pelos frutos às sementes, favoreceu a dispersão destas, a
ponto de tornar as angiospermas as plantas mais abundantes em número de
espécies.Elas ocorrem em ampla diversidade de habitat (LOPES; ROSSO, 2005).
19
Partes de uma flor de lírio:
Fonte: o autor
01) Observe as partes reprodutivas de uma flor na lupa e em seguida faça um
desenho esquemático, indicando com uma seta o nome destes componentes
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02) Pesquise e responda: Por que as fanerógamas também são denominadas
espermatófitos?
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03) “Uma gralha-azul dormia num galho de pinheiro, quando ouviu um golpe
surdo de um machado e um triste gemido de dor de sua amiga árvore.
Angustiada a gralha-azul voou para além das nuvens; quando percebeu que
estava se tornando azul, ouviu uma voz que pedia para ela voltar aos
pinheirais e ajudar a preservar os pinheiros. É assim toda vez que come pinha
e enterra algumas para que novos pinheiros floresçam” (De uma embalagem
de Toddynho).
a) Em que região brasileira encontra-se os o pinheiros e em que grupo eles se
classificam?
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b) É sabido que tanto a gralha-azul quanto o pinheiro do Paraná são espécies
ameaçadas de extinção. Qual é a relação entre esses dois fatos?
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4) Faça um comentário sobre a importância evolutiva do surgimento dos frutos
na maioria das plantas, levando em conta que a maior parte dos vegetais
presentes em nosso planeta, pertencem ao grupo das angiospermas.
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A Polinização nas Angiospermas
Tecnicamente, a polinização é a transferência do pólen das anteras para os
estigmas das flores, onde os microscópicos grãos de pólen, quando maduros e,
através dos pistilos (estiletes e órgão receptor) são atraídos até o ovário da flor,
onde irá fecundar os seus óvulos e originar as sementes e a consequente
transformação em frutas, perfeitamente desenvolvidas (WIESE, 2005).
Nas angiospermas, a polinização pode ser realizada por diversos agentes,
como o vento (anemofilia), ou por animais, como os insetos (entomofilia), pássaros
(ornitofilia) e morcegos (quiropterofilia). (LAURENCE, 2005).
Já vimos que nas angiospermas a polinização envolve maior numero de
agentes, o que aumenta o sucesso reprodutivo desses organismos, sendo este um
dos fatores que explicam a maior abundância desses vegetais (LAURENCE,
MENDONÇA, 2010). Nas Gimnospermas a polinização ocorre apenas pelo vento e
os grãos de pólen chegam diretamente até os óvulos, uma vez que nessas plantas
22
não há estruturas que envolvam o óvulo como acontece nas angiospermas.
(LAURENCE, MENDONÇA, 2010).
Ao longo do período cretáceo os insetos e as plantas entomófilas co-
evoluiram e adquiriram os elementos necessários para ocorrer a polinização cruzada
entomófila, existe uma dependência muito grande entre os insetos polinizadores e
as angiospermas.
A polinização, quando bem conduzida leva a um aumento no número de
grãos, melhora a qualidade dos frutos e diminui os índices de malformação, aumenta
o teor de óleos e outras substâncias extraídas dos frutos, encurta o ciclo de certas
culturas agrícolas e ainda uniformiza o amadurecimento dos frutos diminuindo as
perdas na colheita (WILLIAMS et al., 1991).
As plantas desenvolveram diversas adaptações à polinização. Plantas
polinizadas pelo vento possuem flores pequenas e discretas sem nenhum tipo de
atrativo. Elas produzem grande quantidade de pólen e tem estigmas desenvolvidos,
o que aumenta as chances de polinização. As flores polinizadas por animais,
geralmente tem características que atraem os polinizadores, como corola vistosa,
glândulas odoríferas e produtoras de substâncias açucaradas (nectários) (AMABIS;
MARTHO, 2004)
A polinização é fundamental na produtividade de muitas culturas agrícolas.
Além do aumento da quantidade de frutos, grãos e sementes, a polinização bem
conduzida melhora a qualidade dos frutos e eleva o teor de óleos em frutos e
sementes, encurta o ciclo de determinadas culturas e uniformiza o período de
amadurecimento dos frutos reduzindo custos e perdas. Na Europa, Estados Unidos,
Canadá, Austrália e Nova Zelândia, são comuns os serviços de polinização: os
apicultores “vendem o trabalho” de suas colmeias para os agricultores.
23
As polinizadoras de aluguel já são relativamente conhecidas diversas regiões
do Brasil, por exemplo, na florada das macieiras em santa Catarina, os apicultores
alugam as colmeias para agricultores. A polinização por abelhas viabilizou a
produção de maçãs no país (FAVARETTO; MERCADANTE, 2003).
Na natureza a polinização cruzada é um mecanismo que garante à
diversidade genética e consequentemente a sobrevivência das espécies vegetais,
por que garante a combinação continua de diferentes genes na população, o que
garante à fertilidade a produção de frutos, sementes, que são alimentos, madeira
para o homem e para os animais (PEGORARO 2007).
01) Para fixar a importância dos polinizadores, vamos assistir a dois vídeos
curtos e em seguida relatem com suas palavras qual o aprendizado do mesmo.
http://www.youtube.com/watch?v=LkaM_GI9NOs&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Vih4EK6CoWA&feature=endscreen
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02) A Polinização é um pré-requisito para a fertilização e produção de
sementes. Que fatores podem contribuir para o desaparecimento dos agentes
polinizadores?
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03) Se os polinizadores naturais desaparecessem, quais as consequências
para os demais seres vivos?
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04) As flores coloridas das angiospermas são interpretadas como uma
aquisição evolutiva que aumenta a eficiência da reprodução sexuada. De que
modo isso ocorre?__________________________________________
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05) As Flores que se abrem a noite, como a dama-da-noite, em geral exalam um
perfume acentuado, e não são coloridas como as flores do dia. Comente esta
adaptação do processo reprodutivo dos vegetais.
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UNIDADE 2
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O nome desse filo deriva do fato de que todos os animais a ele pertencentes
possuem pernas articuladas. Entretanto, não só as pernas, como também as demais
extremidades, representadas pelas antenas e peças bucais (LOPES, ROSSO,
2005). 01) Pesquise em livro didático como é constituído o exoesqueleto dos
artrópodes e quais são as suas funções?
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3) CLASSE INSECTA
Os insetos reúnem o maior número de espécies animais conhecidas, é o
grupo mais diversificado dentre os artrópodes e, consequentemente entre todos os
animais. A maioria dos insetos é terrestre, embora algumas espécies tenham se
adaptado em ambientes de água doce (LOPES, ROSSO 2005).
Muitos insetos têm importância ecológica como elementos fundamentais da
cadeia alimentar de muitos outros seres vivos. Certas espécies de insetos são
consideradas como pragas por causarem prejuízos à pecuária e as lavouras e outros
insetos podem transmitir doenças a seres humanos e animais domésticos (AMABIS;
MARTHO, 2004,)
O grande sucesso dos insetos deve se a diversos fatores, entre os quais estão o
exoesqueleto quitinoso e a conquista da capacidade de voar. Estas características
28
possibilitaram a exploração de um maior território, para a captura de alimentos e o
poder de fugir dos predadores. Os insetos voadores tornaram se importantes para o
ecossistema como agentes polinizadores das plantas, garantindo a reprodução de
numerosas espécies de angiospermas.
Registro fóssil confirma a hipótese de que muitas espécies de insetos e de
angiospermas apresentaram uma coevolução, e atualmente dependem uma das
outras para garantir a sobrevivência (LAURENCE, 2005).
Insetos tem importância ecológica como elementos fundamentais em cadeias
alimentares de muitos seres vivos. Certas espécies de insetos são consideradas
pragas por causarem prejuízos à pecuária e à lavoura, outros insetos podem
transmitir doenças aos seres humanos e aos animais domésticos. Mas alguns
insetos são importantes como agentes polinizadores (AMABIS; MARTHO, 2004).
01) Alguns insetos são vetores de doenças aos seres humanos. Realize uma
pesquisa sobre estes insetos e as doenças associadas a eles, e em seguida
relate estas doenças com o agente causador da doença e as medidas
profiláticas.
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02) Após a pesquisa vamos assistir a um vídeo sobre um inseto causador de
doença e as devidas profilaxias. Logo após elabore uma síntese sobre o vídeo.
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OS INSETOS SOCIAIS
Reúne diversas espécies de insetos que se destacam dos outros pela
organização de seus indivíduos; abelhas e formigas representam essa ordem, já os
cupins pertencem à ordem Isoptera, no entanto, todos vivem em sociedades
altamente organizadas. Esse tipo de organização é conhecido como eusociedade,
em razão da divisão de classes e da perfeição como executam suas atribuições,
mesmo que isso as leve à morte (www.mundoeducacao.com/biologia/insetos-
sociais.htm acessado em 26/09/2013).
Na sociedade das abelhas há três classes sociais: Rainha, zangão e
operária. A rainha é a única fêmea fértil da colmeia, enquanto que a operária é
estéril; dessa forma, a rainha tem o papel de reprodução e é responsável por colocar
todos os ovos dos quais se originarão os demais indivíduos As operárias têm seu
http://www.youtube.com/watch?v=GMcUAmXfB1k
30
papel na construção e manutenção da parte física da colmeia, incluindo a produção
do mel (SOUZA, 1998).
Quanto aos zangões, são machos férteis que têm a finalidade de fecundar a
rainha, durante o voo nupcial. Diferente de outros animais, nesse caso existe
diferença entre a fêmea estéril, operária; e a fértil, rainha. Cientistas creditam essa
diferença, entre outros fatores, ao alimento oferecido a elas na fase larval. Se a larva
for alimentada com mel, se tornará operária; se alimentada com geleia real, se
tornará rainha. Quanto à origem do macho, acontece de uma forma também
diferenciada; dos óvulos não fecundados se originam os zangões, tendo somente
informações genéticas da rainha. Uma jovem rainha, ao atingir sua maturidade
sexual, sai de sua colmeia original, junto com um grupo de operárias, voa e se
acasala com vários zangões, armazenando seus espermatozoides. Formam uma
nova colmeia e a rainha inicia a postura dos ovos
(www.mundoeducacao.com/biologia/insetos-sociais.htm acessado em 26/09/2013).
No caso das formigas, a sociedade é organizada da mesma forma das
abelhas, com macho, rainha e operária. Machos e fêmeas férteis no período de
reprodução apresentam asas.
Aos machos férteis cabe o papel de fecundar a rainha e morrer. Então quem
seriam os soldados nos formigueiros? As fêmeas estéreis podem ser operárias ou
soldados (www.mundoeducacao.com/biologia/insetos-sociais.htm acessado em
26/09/2013).
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01) Realize uma pesquisa na internet sobre os insetos que vivem em sociedade
e discuta a semelhança desta sociedade com a sociedade na qual nos seres
humanos vivemos.
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02) Cite o nome de algumas fábulas que tenha como personagens principais
insetos e em seguida faça um pequeno resumo desta história.
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03) Existem países que utilizam insetos em sua alimentação diária, realize uma
pesquisa na internet ou na biblioteca e relate quais países são estes e quais
são os insetos utilizados?
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Fonte:http://1.bp.blogspot.com/_4tbBKVp8BVk/TAzXy_NHnCI/AAAAAAAABVc/P91sVtd6pOM/s1600/Ca%C3%A7Palavras+Insetos.
33
Anatomia de uma abelha:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/index_arquivos/morfol4.gif-acessado em
26/09/2013.
As abelhas se originaram de um grupo de vespas predadoras relacionadas à
superfamília Aphecoidea há 100 milhões de anos, nas regiões áridas do então
supercontinente Gondwana, o qual foi provavelmente a área de surgimento das
plantas fanerógamas (plantas que produzem flores e frutos). Esse supercontinente
atualmente corresponde à África, América do Sul, Índia, Austrália e Antártica
(WINSTON, 1987 apud SOUZA, 2007).
Atualmente existem 10 famílias de abelhas com aproximadamente 700
gêneros e 20.000 espécies sociais e solitárias (PAULINO, 2006). Todas as abelhas
34
da família Apidae se caracterizam pela presença de corbícula ou cesta polínica
localizada na face externa de cada tíbia das pernas posteriores (traseiras) pelo
menos nas operárias. Esta estrutura é utilizada para carregar o pólen (alimento) e
materiais para a construção do ninho (SOUZA, 2007).
As abelhas apresentam uma estreita relação com plantas que produzem
flores e frutos, as quais fornecem alimentos e outros materiais. Como recompensa
as plantas recebem os serviços de polinização tão importante para a subsistência de
mais de 225.000 espécies vegetais, das quais, dois terços dependem desses insetos
para a polinização (SOUZA, 2007).
O corpo da abelha é formado por três partes: cabeça, tórax e abdômen. A
cabeça é a primeira parte do corpo do inseto onde estão os olhos simples e
compostos, as antenas, o aparelho bucal e algumas glândulas. No tórax, que é a
segunda parte do corpo, é formado por três segmentos: protórax, mesotórax e
metatórax, ligados entre si, possuindo cada um deles um par de pernas. No segundo
e terceiros segmentos estão inseridas as asas, um par em cada um deles. O
abdômen é formado por sete segmentos anelados (urômeros) na rainha e operária,
e oito no zangão, ligados entre si por músculos que lhes permite movimentos de
contração e expansão. O primeiro segmento abdominal está intimamente fundido
com o último segmento torácico, denominado de propódeo. Nesta parte do corpo
das operárias estão presentes as glândulas de cera de Nasanov e de veneno
(SOUZA, 2007).
Glândulas de Cera: São 4 pares de glândulas localizadas entre o quarto e
sétimo segmentos abdominais das abelhas operárias, sendo um par em cada
segmento. São importantes na produção de cera, principalmente nos períodos de
grandes floradas, quando é exigida a construção de novos favos e suas atividades é
mais intensa até o 15º dia de vida (SOUZA, 2007).
Glândulas de cheiro ou de Nasanov: Esta localizada na parte dorsal do
sétimo segmento abdominal das operárias e produzem substâncias (feromônios) que
são utilizadas na marcação da entrada das colmeias, fontes de água e,
possivelmente, de néctar e pólen (SOUZA, 2007).
Glândulas de veneno: Esta associada a estrutura do ferrão e tem como
função a produção de veneno. Ela é formada por um grande número de células
secretoras, que descarregam sua secreção no saco de veneno, o qual é cercado de
35
músculos que impulsionam o veneno através do ferrão. É considerada a maior
glândula com função de defesa (SOUZA, 2007).
Feromônios: são odores químicos usados na comunicação entre membros
de uma espécie. Em abelhas eles podem ser produzidos pelas operárias, rainha e
zangões estão relacionadas à reprodução, alarme, defesa, orientação,
reconhecimento da colônia e integração de atividades (SOUZA, 2007).
Fonte: www.smatrkids.com.br:
De acordo com o Manual do Agente de Desenvolvimento Rural do SEBRAE
(2006) a Classificação Cientifica da Apis mellifera é:
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
36
Família: Apidae
Gênero: Apis
Espécie: Apis mellifera
Segundo Souza (2007), a relação entre homem e as abelhas é bastante
antiga, havendo registro nas pinturas primitivas encontradas na Espanha e na África.
Estima-se que o homem tenha começado a fazer uso dos produtos das abelhas há
mais de 7.000 anos, utilizando os para fins alimentares e medicinais. O mel foi o
primeiro adoçante conhecido pelo homem, que o utilizava em rituais e momentos
festivos.
Segundo Pott et al. (2000) as abelhas foram trazidas ao Brasil pelo Padre
Antonio Pinto Carneiro, com a autorização do Imperador D. Pedro II. E eram
procedentes de Portugal. Das cem colmeias embarcadas apenas 7 sobreviveram a
longa viagem. As que desembarcaram no Brasil se ambientaram e assim iniciou-se a
apicultura no Brasil. No início foram introduzidas no Rio de Janeiro e depois
expandiram para o sul com os Padres jesuítas. Muito mais tarde com a vinda dos
imigrantes europeus, intensificou-se a criação de abelhas europeias.
Por problemas genéticos e a baixa produtividade, das abelhas europeias em
1956, a equipe do professor e Pesquisador Dr. Warwick E. Kerr trouxe para o Brasil
duas subespécies de abelhas africanas Apis mellifera capensis e Apis mellifera
scutellata. Durante o período da pesquisa de observação pode se constatar que
essas abelhas expandiram-se por todo o continente e durante a década de 60, foram
apelidadas de abelhas assassinas, mas com o passar do tempo e já aclimatadas,
com misturas de raças perderam a agressividade e com o manejo correto, revelaram
sua capacidade de produção e demonstraram grande resistência a certas doenças e
parasitas (POTT et al., 2000).
No Brasil, existem duas subfamílias de abelhas importantes: Meliponídeas
(meliponiae), as abelhas indígenas Apis melífera, as abelhas africanas, europeias ou
mestiças (SOUZA; 1998).
Dentro de cada colmeia encontramos sempre três tipos diferentes de abelhas:
A abelha-Rainha, zangão e operárias.
Todas as colmeias tem apenas uma rainha, que desempenha a função de
procriar e manter a harmonia na colmeia, exalando odores e ferormônios. No auge
37
da postura, a rainha chega a botar 3.000 ovos por dia. A rainha se destaca das
demais por possuir o dobro do tamanho das operárias.
Os Zangões, são responsáveis pela fecundação da rainha, Numa colônia
populosa podem chegar a 400 indivíduos, dos quais apenas 10 em média
conseguirão participar do processo reprodutivo. Os zangões vivem em média 80
dias. São robustos e possuem um tórax grande e asas longas.
As operárias são menores e mais populosas numa colônia, todas são do sexo
feminino. Elas desempenham o trabalho numa colmeia, que é dividido de acordo
com a idade das abelhas. As mais novas (1 a 14 dias), cuidam da limpeza e da
construção de favos e da alimentação das larvas e da rainha. Do (15º ao 21º) dia,
elas cuidam das tarefas de guarda da colmeia e a recepção de néctar, pólen e
própolis, que são ingredientes importantes para a alimentação da colmeia. Do 21º
dia em diante passam a fazer a coleta na natureza. O tempo médio de vida das
operárias é de 45 dias (SOUZA, 1998).
Durante o voô nupcial, a rainha recebe esperma de vários zangões (8 a12),
que fica armazenado na espermateca e será usado na postura dos ovos, que se
inicia por volta do 4º dia. Os ovos fecundados darão origem a abelhas do sexo
feminino e os nãos fecundados darão origem aos machos (Zangões).
Os Zangões que conseguem copular morrem em seguida, pois a rainha
prende seu órgão de cópula, que ao tentar sair perde parte do intestino e morre
(SOUZA, 1998).
O Processo de crescimento da abelha obedece às fases: ovo-larva-pupa. As
abelhas tem a capacidade de transmitir com exatidão às suas colegas o local e a
distância do alimento encontrado. Essa comunicação é realizada através da dança
na forma de requebrado ou circular que indica a distância entre o alimento e a
colmeia, bem como também a direção em relação ao sol e a colmeia, isto é mesmo
em dias nublados.
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01) Realize uma pesquisa, e descubra quais os produtos que se pode obter à
partir da criação de abelhas e qual o emprego destes produtos.
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02) As abelhas pertencem a ordem Himenóptera, quais são os outros insetos
que também pertencem a esta ordem?
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03) Faça uma pesquisa e descubra quais são os inimigos das abelhas. Os
predadores de colmeias.
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Fonte: www.smatrkids.com.br:
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A apicultura é uma das atividades mais antigas e importantes do mundo
prestando grande contribuição ao homem. O Brasil possui reservas florais que
podem proporcionar milhares de toneladas de mel de primeira qualidade, aceito no
mercado mais exigente do mundo.
É a atividade de criação de abelhas, exige interesse e dedicação, não precisa
de uma grande área e é uma alternativa para filhos de pequenos agricultores, que
não possuem muitas terras (POTT et al., 2000).
A apicultura vem contribuindo para a harmonia entre a flora e a fauna, sendo
responsável pela manutenção de muitas espécies vegetais e também pelo aumento
da produção agrícola, através da polinização, além de oferecer produtos saudáveis,
como o mel, a cera, geleia real, própolis, pólen e apitoxinas. A apicultura é
considerada por muitos uma farmácia natural.
As plantas através de suas flores oferecem as abelhas o precioso néctar, cuja
aparência é a de um líquido doce com grande volume de água. Esse líquido se
acumula no nectário das flores, onde as abelhas o retiram e transportam em suas
vesículas melíferas até a colmeia, depositando-o nos favos, já transformando em
mel. O néctar das flores recebe influência do solo através da seiva em consequência
da altitude, do clima e da espécie vegetal (WIESE, 2005).
A apicultura é uma atividade largamente difundida em todo o Brasil e no
Paraná, de uma atividade tradicional, que tem sido bastante difundida entre os
pequenos produtores rurais como uma alternativa para complementar a renda e
também como uso sustentável e não madeirável das florestas. A pastagem ou flora
apícola, nome dado ao conjunto de plantas que fornecem alimento para as abelhas
em uma determinada região, é um dos fatores determinantes para a eficiência desta
atividade (MAROCHI et al., 2012).
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01) Realize uma pesquisa, e descubra quais os produtos que se pode obter à
partir da criação de abelhas e qual o emprego destes produtos.
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02) As abelhas pertencem a ordem Himenóptera, quais são os outros insetos
que também pertencem a esta ordem?
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03) Na sociedade das abelhas existem três classes sociais(ou castas).Quais
são estas castas e qual o papel de cada membro desta sociedade?
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04) Em sua cidade existe apicultores? Qual o destino do mel produzido em seu
Município?
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PASTAGEM APÍCOLA
Representa o campo floral ou a vegetação com flores para suprimento de
néctar e pólen para as abelhas e a partir daí elas irão elaborar o mel, a cera, fazer a
coleta da própolis o preparo da geleia real. Esta pastagem pode ser:
-Nativa (Primária)
Formada pela mata nativa, virgem, das quais no Brasil existem mais de
30.000 espécies diferentes, sendo algumas altamente melíferas e outras sem valor
para as abelhas.
-Vegetação (secundária ou terciária)
Corresponde a mata natural derrubada e queimada para roça durante um
tempo e depois abandonada, dando oportunidade para o surgimento de uma nova
vegetação, na região sul é caracterizada pelas vassouras de variadas espécies,
carqueja, maria-mole, mata pasto, bracatinga e outras.
-Áreas de reflorestamento
Conforme a espécie representa uma boa pastagem, para a produção das
abelhas, onde a principal espécie, o eucalipto é o que oferece alto volume de néctar
com elevado teor de açúcar, podendo ser considerado uma das melhores plantas
para apicultura.
Além do eucalipto existem outras plantas que se prestam como a pomicultura
(maçã, pêssego, laranja, uva do Japão) (WIESE H. 2005).
Como escolher as espécies vegetais para se implantar sistemas agroflorestais
com foco principal na produção de mel e derivados, a atratividade das plantas às
abelhas é fator determinante de sucesso, devendo ser realizado um levantamento
prévio das espécies vegetais com potencial melífero. É desejável que este
levantamento seja feito tanto a campo, pois o período de floração e a atratividade
das abelhas variam conforme a região e também através de observações florais e
em consulta à bibliografia técnico-científica (COSP et al., 2008).
A flora brasileira é muito diversificada e a apicultura utiliza somente 15% de
seu potencial num ambiente de floradas favoráveis, ao contrário de outros países
que possuem invernos rigorosos. Os apicultores devem observar as variadas
floradas existentes em cada época do ano (POTT et al., 2000).
43
Principais Plantas de interesse apícola da região Sul do Brasil
PLANTA PERÍODO FLORADA PLANTA PERÍODO FLORADA
Açoita cavalo Dez/Jan Erva-mate Set/Out
Angicos (branco Vermelho Nov/Jan Ervilhaca Set/Out
Aroeira piriquita Set/Out Eucalipto saligna Ago/Set
Aroeira Vermelha Nov/Abr Eucalipto robusta Fev/Maio
Bracatinga comum Jul/Set Eucalipto Tereticornes Abr/Set
Bracatinga C.Mourão Mar/Abr Guabiroba Ago/Out
Camboatá Out. Guaramirim Dez/Fev
Cambará(licheira) Out/Mar Guaco Nov.
Canafístula Dez/Jan Ipê roxo e amarelo Ago/Out
Canela do brejo Jan/Mar Ingá Out/Abr
Canela amarela Jun/Jul Jaboticabeira Set/Out e Jan.
Congonha/Caúna Out/Nov Louro Pardo Abr
Carqueja do banhado Out/Dez Laranjeira Ago/Out
Carqueja do seco Jul/Set Limoeiro Ago/Out
Cinamomo Set/Out Ligustro Nov/Jan
Cipó São João Maio/Set Maria Mole (F.Almas) Out/Nov
Cipó parreira (uva) Mar/Abr Maricá Dez/Jan
Caspixingui Nov/Jan Matacampo(assa-peixe Mar/Abr
Chá de bugre Set/Out Mamona Ano todo
Caleandra (Jardim) Ano todo Milho Nov/Maio
Café Set/Out Mamica-de-porca Nov
Coqueiro Ago/Out Marmelo Out
Dente- de- Leão Set/Nov Miguel pintado (Camboatá) Abr/Maio
Nabo Forrageiro Jun/Nov Tarumã Out/Nov
Nabo comum Ago/Out Trevo branco Ago/Dez
Nespereira (Ameixa) Abr/maio Uvaia Nov
Pessegueiro Bravo Out/Dez e março Uva Japão Nov/Dez
Pessegueiro (Nectarina) Ago/Out Unha-de-gato Nov/Dez/Jan
Pitanga Ago/Out Vassouras Jul a Dez e Fev/Abr
Rabo-de-bugio Nov/Dez Vassourão branco Nov.
Sete capotes Out/Dez Vassourão preto Jul
O período floral das plantas citadas para referencia do apicultor e pode variar
de região para região, mas com base nessas informações ele pode organizar um
calendário floral local para se organizar com suas atividades apícolas. O fundamento
da exploração apícola é sempre baseado na vegetação local disponível em
44
abundância. No entanto se o apicultor deseja complementar ou reforçar a pastagem
apícola, deverá fazê-lo com plantas de utilidade para outros fins, como produção de
frutas, flores, madeira para construção, para compensar os custos, ficando o mel
como lucro (WIESE, 2005).
FICHA TÉCNICA DO FILME
Título no Brasil: Bee movie – a história de uma abelha
Título original: Bee movie
País de origem: EUA
Gênero: Animação
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de lançamento: 2007
Site oficial: http://www.beemovie.com
Estúdio/Distrib.: Paramount Pictures Brasil
Direção: Steve Hickner/Simon J. Smith
Vamos assistir a um filme que mostra o mundo das abelhas sob a ótica delas,
ou seja, diferente do olhar humano. Assim, Barry Benson, uma abelha recém-
formada, decide processar os humanos pela apropriação indevida do mel. Este filme
mostra de modo claro, a necessidade do equilíbrio nos ecossistemas e da
codependência entre todas as espécies vivas para a sustentabilidade da vida na
Terra. Após o término do filme, responda as questões abaixo, expondo o seu ponto
crítico com relação ao filme.
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01) Qual o inseto mencionado no filme?
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02) O que mais chamou a atenção sobre a vida das abelhas?
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03) No filme qual a função desses insetos?
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04) Outros insetos também realizam estas funções, além das abelhas?
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05) Como seria o planeta se os insetos fossem polinizadores fossem
extintos, com o uso excessivo de agrotóxicos?
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06) Em sua opinião o filme foi apelativo ou conseguiu transmitir uma
mensagem positiva em favor dos inseto?
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07) Do seu ponto de vista, qual é a relação das abelhas com o meio
ambiente?
( ) Equilíbrio do Ecossistema ( ) Polinização ( ) Alimento ( ) Destruição ( ) Poluição ( ) Preservação ( ) Transmissão de doenças
8) Localize as palavras seguintes palavras:
Rainha, Mel, Cera, Operaria, Zangões, Inseto, Pólen, Flor, Abelha.
9) Realize uma pesquisa para averiguar qual o lugar ideal para instalação de
um apiário.
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M E L B M N I U Z
A I R A R E P O A
A B E L H A O X N
B B V K H G L L G
B T F L O R E M O
E C E R A Y N W E
S B I N S E T O S
A R A I N H A R U
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10) Realiza esta cruzadinha:
A
P
I
C
U
L
T
O
R
1-Femea fértil da colmeia 2- Gimnosperma da Região Sul
do Brasil
3- As abelhas são do gênero 4-Morada das abelhas
5- Uma das fazes da metamorfose 6-Produzem o mel
7- Classe das abelhas 8- Abelha do sexo feminino que
cuida da colmeia
9- são coloridas e possuem o néctar e o pólen
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49
ORGÂNICOS
Alimentos orgânicos são produtos de origem vegetal ou animal que estão
livres de agrotóxicos ou qualquer outro tipo de produtos químicos, pois estes são
substituídos por práticas culturais que buscam estabelecer um equilíbrio ecológico
do Sistema Agrícola.(BUAINAIN; BATALHA, 2007).
A agricultura orgânica certificada trás muitos benefícios econômicos,sociais e
ambientais e ainda trás muitas oportunidades aos pequenos proprietários.
(BUAINAIM; BATALHA, 2007).
Para ser considerado 0rgânico, o processo produtivo contempla o uso
responsável do solo, da água,do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as
relações sociais e culturais e assim promover a qualidade de vida com proteção ao
meio ambiente. Sua principal característica é não utilizar substâncias sintéticas que
agridam o meio.
Assim, a produção orgânica, além do benefício ao meio ambiente, ao produtor
e ao consumidor, permite diferenciar o produto e ampliar o mercado e a renda dos
produtores (EMBRAPA, 2013).
Os sistemas de agricultura orgânica baseiam-se na rotação de culturas,
estercos animais, adubação verde, lixo orgânico, cultivo mecânico, minerais naturais
e controle biológico de pragas para manter a estrutura e produtividade do solo,
fornecem nutrientes para as plantas e controlar insetos, ervas daninhas e outras
pragas. Orgânico é um termo de rotulagem que indica que os produtos foram
produzidos dentro de normas da produção orgânica e que estes produtos estão
certificados por uma autoridade legal. Entre os produtos orgânicos comercializados
no Brasil, as hortaliças, são as mais expressivas. Nos produtos para exportação,
50
merecem destaque o café, a soja, o cacau, açúcar mascavo, a erva-mate, o suco de
laranja, as frutas secas, o guaraná e o mel. Estima-se que 90% dos agricultores
orgânicos no país sejam classificados como pequenos produtores ligados a
associações e grupos de movimentos sociais
(www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/Alimentos_organicos.pdf acessado 19/11/2013).
No Brasil existe a Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que dispõe
sobre a agricultura orgânica pontua que “para sua comercialização”, os produtos
orgânicos deverão ser certificados por organismos reconhecidos oficialmente, sendo
que na comercialização direta aos consumidores, por parte dos agricultores
familiares ,inseridos em processos próprios de organização e controle social,
previamente cadastrados junto ao órgão fiscalizador, a certificação será facultativa,
uma vez assegurada aos consumidores e ao órgão fiscalizador, a rastreabilidade do
produto e o livre acesso aos locais de produção ou processamento.
BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO
A certificação da produção orgânica, para qualquer tipo de alimento, fornece
ao consumidor a certeza de estar adquirindo um produto isento de qualquer tipo de
contaminação química e também assegura que o mesmo é o resultado de um
sistema de produção que causa os menores impactos negativos possíveis ao meio
ambiente, mantendo as características nutricionais e biológicas dos alimentos
obtidos (PLANETA ORGÂNICO, 2003).
51
Assista aos vídeos “Mundo dos Orgânicos” Globo repórter de 09/04/2011.
01) Após assistir aos videos relate a sua opinião sobre os produtos orgânicos
e sobre os prejuizos que os agrotóxicos podem causar à saude.
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http://www.youtube.com/watch?v=rYxl_zHHWk4
http://www.youtube.com/watch?v=jd7O9Zgi3BU
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02) (UFMG 2009) Chamam-se “produtos orgânicos” aqueles que são
produzidos sem adição de agrotóxicos. Considerando-se essas informações e
outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que um dos
benefícios da produção orgânica consiste na:
(_ ) Ampliação da biodiversidade dos ecossistemas naturais
( ) Manutenção das condições físico-químicas do solo e da água
( ) Oferta de alimentos mais saudáveis, com qualidade nutricional.
( ) preservação da dinâmica ecológica das populações naturais.
03) Com relação aos preços os produtos orgânicos são muito mais caros que
os produtos convencionais. Realize uma breve pesquisa para averiguar por
que isto ocorre.
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UNIDADE 3
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OS AGROTÓXICOS
A utilização de substâncias químicas como forma de controle ou para
eliminação de pragas e doenças nas plantas cultivadas remonta à antiguidade
clássica. As escrituras Gregas e Romanas com mais de 3.000 anos já mencionavam
o uso de Arsênio no controle de insetos. Alguns compostos naturais como a piretrina
obtida das flores dos Crisântemos eram utilizadas pelos Chineses como inseticidas
há cerca de 2.000 anos atrás. Alguns povos do deserto armazenavam cereais
acrescentando pó de piretro sobre os grãos ou penduravam feixes dessas flores na
entrada das tendas, as quais funcionavam como repelentes para moscas e
mosquitos. Outros compostos orgânicos vegetais como a nicotina derivada do
Tabaco e a rotenona extraída de raízes do Timbó eram conhecidas por suas
propriedades inseticidas (ALVES FILHO, 2002). Os compostos inorgânicos à base
de metais tóxicos, tais como cobre, enxofre e mercúrio foram empregados na Europa
do séc.XIX para combate aos fungos. Porém a partir da Segunda Guerra Mundial,
com o desenvolvimento da Indústria de Síntese Química, que ocorre a difusão da
utilização de biocidas sintetizados. Vários produtos biocidas foram desenvolvidos no
período da Guerra por Alemães e Americanos, para aplicar os inseticidas por via
aérea para destruir as colheitas inimigas. Desde então a indústria Química Mundial
cresceu resultando formulações comerciais utilizadas nas agriculturas do mundo
todo (ALVES FILHO, 2002).
55
Agrotóxicos no Brasil
No Brasil o primeiro registro de compostos organoclorados foi feito no ano de
1946 e nesse mesmo período foram introduzidos os inseticidas sistêmicos, e em
1958, os antibióticos à base de sais de estreptomicina. Durante os anos de 1954 e
1960, foi grande os registros de novos produtos junto ao ministério da agricultura
(ALVES FILHO, 2002). Entre os anos de 1958 e o início dos anos 60 surgiram os
primeiros processos de reavaliação dos problemas decorrentes de segurança e
eficácia dos agrotóxicos e a partir de 1971, vários produtos sintéticos foram banidos
ou mantidos com uso restrito por constatação dos efeitos nocivos à saúde e ao meio
ambiente. Nos anos 90 inauguraram uma nova abordagem no desenvolvimento da
indústria de agrotóxicos. Os avanços na biologia molecular e a engenharia genética
sinalizaram a exploração neste campo agregando produtividade e tecnologia no
combate as pragas e doenças (ALVES FILHO, 2002). Segundo dados da Agencia
Nacional de Vigilância à Saúde (ANVISA, 2009), mostram que o Brasil é o país que
mais consome agrotóxicos no mundo. O uso indiscriminado de agrotóxicos resulta
em níveis severos de poluição ambiental e intoxicação humana, representando um
problema de saúde pública (PERES, 2007). Segundo Albuquerque (2000),
produtores rurais, que fazem uso indiscriminado, abusivo e incorreto de agrotóxico,
torna-se responsáveis em causarem danos à saúde, contaminarem o solo e o meio
ambiente.
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Assista a um vídeo sobre o uso dos agrotóxicos e reflita:
A seguir responda as questões:
01) Você acredita que os agricultores de nossa região conhecem as técnicas
do manuseio e aplicação correta de agrotóxicos?
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02) Será que existe necessidade do uso de tanto agrotóxico por nossos
agricultores?
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03) Você conhece algum método alternativo, para diminuir o uso
indiscriminado do agrotóxico?
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http://www.youtube.com/watch?v=39v_A98lT6M
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Agrotóxicos e os Polinizadores
Tecnicamente, a polinização é a transferência do pólen das anteras para o
stigma das flores, popularmente, chama-se esse processo de casamento das flores,
sendo as abelhas responsáveis por cerca de 80 a 100% da produção agrícola de
sementes e frutas. As abelhas são insetos que realizam visitas metódicas às flores,
sempre com carga complete, o que assegura a eficiência de sua polinização.
(WIESE H.2005).
Nas regiões rurais, pode ocorrer o envenenamento das abelhas em
decorrência da aplicação de defensivos agrícolas nas lavouras. Estas aplicações
representam um grande perigo principalmente quando feito no período das
floradas e em desacordo com a orientação agronômica .(WIESE H.2005).
A agricultura comercial de larga escala, como é praticada atualmente, em
grandes áreas de monocultura, não pode prescindir do uso de agrotóxicos, em
virtude do desequilíbrio causado ao ecossistema (SANTOS 1998; ECPA; 2008).
No Brasil, a questão do uso de defensivos agrícolas é muito preocupante. Dos
anos de 1964 até 2004 o consumo de agrotóxicos no país aumentou 700%
(SPADOTTO et al., 2004). Concomitantemente houve vários relatos sobre a
mortalidade de abelhas, devido a contaminação pelo uso inadequado de pesticidas
(MELASPINA; SOUZA, 2008).
A contaminação das abelhas por pesticidas ocorre geralmente, quando da
ocasião da coleta de néctar e pólen e pode atingir em maior ou menor extensão a
sua colônia (JAY, 1986). Devido a isso não se deve pulverizar a cultura-alvo com
pesticidas de longo efeito residual (JOHANSEN; MAYER, 1990).
A densidade e a atratividade das flores contaminadas são determinantes para
a mortalidade dos polinizadores. Isso acontece porque quanto maior a atratividade
das flores contaminadas pelo agrotóxico, maior o número de indivíduos que
realizarão a visita, e quanto maior a densidade de flores, maior a frequência de
visitas realizadas pelas abelhas, aumentando a taxa de contaminação (RIEDL et al.,
2006).
. A exposição das abelhas aos agrotóxicos pode afetar a sua capacidade de
aprendizado e memorização, o que pode desorientar não só o indivíduo exposto
como também as forrageiras da colônia (PINHEIRO; FREITAS, 2010). A perda da
capacidade de orientação é mais evidente nas forrageiras, pois são normalmente as
58
que mais correm o risco de serem contaminadas. O tamanho da área pulverizada
também influencia os efeitos das substâncias sobre as colônias, pois quanto maior a
área, maior a exposição das forrageiras e a contaminação interna da colmeia (FREE,
1993). Outro fator a ser considerado é a distância entre as colônias e os campos
tratados, cuja relação de exposição aos agrotóxicos é inversamente proporcional a
essa distância (JOHANSEN; MAYER, 1990). As abelhas que são encontradas em
ambientes com certo grau de conservação podem ser utilizadas como ferramenta de
monitoramento ambiental. Durante o vôo, elas registram informações sobre o meio
ambiente em que circulam numerosas partículas de produtos químicos e substâncias
tóxicas suspensas no ar ficam aderidas aos pêlos superficiais de seu corpo ou
armazenadas no néctar e pólen coletado (WOLF et al., 2008). Por isso, quando
certas espécies sensíveis a essas substâncias são encontradas em um local pode
ser o indício de que a área está bem conservada. Além disso, as abelhas melíferas
podem oferecer o mel como fonte para o monitoramento do ambiente em que se
encontra. O néctar depois de transformado em mel registrará informações que
podem ser analisadas em laboratórios (WESTRICH, 1996).
A produção de mel oriundo de floradas silvestres está cada vez mais escassa,
no Brasil e no mundo. Por esse motivo, atualmente o desenvolvimento da apicultura
está cada vez mais dependente das culturas agrícolas e florestais nas quais, em
alguns casos, são utilizados pesticidas de maneira inadequada.
01) Alguns pesticidas químico atuam sobre organismos não-alvo(insetos
polinizadores e aves), contaminando o solo, o ar e as águas. Todos estes
fatores tem estimulado o desenvolvimento de formas alternativas para o
controle de pregas. Realize uma pesquisa sobre formas alternativas de
controle de pragas e faça um breve relato no espaço abaixo.
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02) O uso indiscriminado de Defensivos agrícolas pode eliminar as abelhas,
que visitam as flores na época das floradas. A eliminação deste inseto pode
ser um exemplo de desequilíbrio ecológico? Explique com suas palavras como
isto ocorre.
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03) è muito comum observarmos na natureza muitas abelhas que voam até as
flores. E nessas visitas constantes que fazem às plantas, as abelhas
estabelecem uma relação importante com elas. Pesquise e responda:
a) Que tipo de relação é esta?
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b) A relação entre as abelhas e as flores é positive ou negative? Justifique.
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04) Pesquise em seu Município e quais são as culturas responsáveis pela
fonte de renda dos agricultores locais e quais os tipos de agrotóxicos mais
utilizados. Em seguida realize uma pesquisa em sites ou na internet sobre a
ação destes sobre os insetos.
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UNIDADE 4
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Das crenças e rituais dos indigenas, o tabaco tornou-se cultura agrícola não
alimentícia mais importante. A disseminação e consumo de produtos derivados do
tabaco (rapé, cigarro de palha, charutos, cigarrilhas, fumo de rolo etc.) se expandiu
por todo planeta. Planta originária dos Andes acompanhou as migrações dos índios
por toda América Central até chegar ao território Brasileiro. As primeiras lavouras de
tabacos formadas por colonos surgiram com a necessidade de garantir o próprio
consumo. Logo em seguida muita gente apareceu disposta a comprar, afinal na
Europa o consumo estava crescendo. Inicialmente a produção de tabaco no Brasil
ocupou áreas reduzidas e concentradas entre Salvador e Recife, no Recôncavo
Baiano.
Na primeira metade do século XVII, durante a ocupação holandesa em
Pernambuco, o tabaco produzido naquela Capitania ocupou papel importante na
carteira comercial de produtos oferecidos pela Companhia das Índias Ocidentais.
Com a expulsão dos holandeses, começaram a aparecer às primeiras legislações
reguladoras da atividade produtiva. Em 1674, o monopólio da metrópole foi
garantido, através da criação da Junta de Administração do Tabaco, cujas
determinações estabeleceram as regras para todas as colônias portuguesas. No
final do séc.XVII, uma legislação tentou regular o comércio a partir do controle das
cargas transportadas devido às vastas extensões do território e à diversidade de
áreas produtivas, fazendo surgir regulamentos e órgãos especiais como a Mesa de
Inspeção do Tabaco. A partir desta data, a legislação enfim se estabilizou e vigorou
até depois da Independência.
O final da liberdade vigiada que Portugal impôs ao Brasil durante o período
colonial deu grande impulso às lavouras de fumo. Tornou-se possível cultivar
qualquer espécie, em qualquer lugar. Além disso, a possibilidade de comércio direto
com países estrangeiros representou um grande incentivo. Nesta arrancada, que
começa efetivamente a partir de 1850, as províncias que se destacavam eram Minas
Gerais, Bahia e, decorrente da vinda dos imigrantes alemães, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Em 1917 é instalada, na cidade de Santa Cruz do Sul – RS, a
63
empresa Brazilian Tobacco Corporation. O empreendimento partiu da empresa
britânica British American Tobacco, e foi o passo inicial para a transformação da
cidade em um pólo nacional da indústria fumageira. (http://www.souzacruz.com.br
acessado em 21/11/2013).
O Brasil, por sua vez, tornou-se um dos maiores produtores mundiais de
fumo. Na região Sul do Brasil, a cultura do fumo é a principal fonte de renda de
muitas familias que com esta cultura se mantém no campo.
Segundo Schoenhals et al.(2009), o cultivo de tabaco, do plantio à colheita
das folhas por estas famílias, requer o uso de uma grande quantidade de
agrotóxicos, prejudicando a saúde dos fumicultores e do meio ambiente.(ALMEIDA
E.A.et al,2011).
Grande parte dos agricultores desconhece os riscos a que se expoe e,
consequentemente negligencia algumas normas básicas de saúde e segurança no
trabalho. (PERES 2007). A não utilização de EPIs na aplicação dos produtos
químicos expõe o corpo humano a agentes tóxicos (BARROS 2006). O uso
indiscriminado de agrotóxicos nestas culturas coloca em risco a sua vida e a do meio
ambiente, causando acúmulo resíduo no solo, na água e ao se acumular nas flores,
acaba eliminando insetos benéficos ao meio ambiente como os agentes
polinizadores (BARROS, 2006).
Cerca de 80% das espécies de plantas no mundo dependem da polinização.
As abelhas são consideradas os principais polinizadores e responsáveis por 73%
das espécies cultivadas do mundo. (FAO 2004).
Além dos perigos aos seres humanos nos aspectos ocupacionais, alimentares
e de saúde pública, sabe-se que a elevada introdução de agrotóxicos no ambiente
pode provocar efeitos indesejaveis, tendo como consequências mudanças no
funcionamento dos ecossistemas afetados (MALASPINA¨&SOUSA, 2008).
É fundamental que esta realidade seja mudada através de ações que
envolvam diferentes profissionais, no combate a desinformação e a criação de novos
caminhos para os agricultores que tem a saúde agravada pelo uso indiscriminado de
Agrotóxico. (ALMEIDA E.A.2011).
A apicultura e a meliponicultura são atividades capazes de causar
impactospositivos tanto sociais quanto econômicos, além de contribuir para a
manutenção e a preservação dos ecossistemas. A cadeia produtiva propicia a
geração de empregos e o fluxo de renda, principalmente no ambiente da agricultura
64
familiar, sendo imortante para a melhoria da qualidade de vida e a fixação do homem
no campo. (PEREIRA et al,2003).
O Brasil é um grande produtor de mel, e tem potencial para ser maior. Nossas
abelhas tem um espaço muito grande, alimentação farta e de boa qualidade o ano
todo. A apicultura é a chance do pequeno produtor rural expandir desde que atue de
forma tecnicamente correta, assegurando a qualidade de seus produtos e assim
poderá atingir o mercado externo com produtos de qualidade livre de aditivos
químicos.Outro aspécto a melhorar é conscientizar os produtores rurais sobre os
benefícios da apicultura à agricultura. As abelhas ajudam no processo natural de
reprodução de muitas espécies botânicas, multiplicando a produção na área
(SOUZA L.A.M.1998).
01) Localize as palavras abaixo:
Abelha, agrotóxico, Fumo, saúde, cultura, comércio, Tabaco, Pólen,
Intoxicação, Polinização, Flor, Agrícola, Produto, Mel, Ambiente, Aditivo,
Insetos.
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02) No município no qual você mora, que tipo de cultura agrícola é
predominante?
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03) Quais os prejuízos que o uso inadequado dos agrotóxicos pode causar a
saúde humana? E ao Meio ambiente?
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Q A B E L H A P T F L O R A A
P G l Ç B K P M A S I O R P M
P R O D U T O Y B E N R I O Ç
R O D I A C E U A U T R O L K
I T W S A U D E C Ç O A I I H
M O X M M L A K O M X M N N G
N X Z I A T I J P E I B S I E
B I C K L U L L P L C I E Z A
V C O M E R C I O P A E T A W
L O M U F A A R L M Ç N O Ç Q
A G R I C O L A E Q A T S A A
M A D I T I V O N W O E Y O Y
66
04) Existe alguma projeto para extinguir ou diminuir a cultura do fumo em seu
município? Caso não exista, o que deveria ser feito para diminuir esta cultura?
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Visita a empresa Breyer de produtos Orgânicos para conhecer o trabalho
realizado por ela e o processamento de seus produtos.
Após a visita faça um relatório sobre o que mais lhe chamou a atenção neste
passeio. E qual foi o seu aprendizado.
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