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OS OLHOS DE RAECHEL: O ESTRANHO MAS VERDADEIRO CASO DE UMA HUMANO-ALIENÍGENA HÍBRIDA AGRADECIMENTOS Devido à natureza controversa dos tópicos discutidos neste livro, os nomes dos muitos que contribuíram com seu tempo, lembranças e habilidades permanecerão anônimos, como quiseram. Os autores, que são os únicos responsáveis pelas interpretações contidas neste livro desejam expressar seu apreço pelos colaboradores essenciais, Michael Brein, Rick Coimbra e Paul Von Ward, na pesquisa prévia sobre este projeto. Nossos agradecimentos vão para nossos editores, Brian Crissey e Pamela Meyer, que acreditaram em nós por um longo tempo e ao Dr. Richard Boylan cujo apoio entusiástico ao projeto fez a diferença. Um agradecimento especial à Dra. June Steiner, psicoterapeuta e hipnoterapeuta especializada em eventos anômalos de todos os tipos. Ela é presidente da OPUS, uma organização que ajuda pessoas a compreenderem melhor a natureza de experiências pessoais anômalas, de um modo geral, e auxilia àquelas que as vivenciam. Nossa gratidão se estende a todos os amigos que nos apoiaram ao longo desta jornada. 1

OS OLHOS DE RAECHEL: O ESTRANHO MAS ......juntos conosco. Apenas podemos imaginar se nos acostumaremos a olhar nos olhos deles, algum dia”.--Sean Casteel, Revista UFO Abril-Maio

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OS OLHOS DE RAECHEL: O ESTRANHO MAS VERDADEIRO CASO DE UMA HUMANO-ALIENÍGENA HÍBRIDA

AGRADECIMENTOS

Devido à natureza controversa dos tópicos discutidos neste livro, os nomes dos muitos que contribuíram com seu tempo, lembranças e habilidades permanecerão anônimos, como quiseram. Os autores, que são os únicos responsáveis pelas interpretações contidas neste livro desejam expressar seu apreço pelos colaboradores essenciais, Michael Brein, Rick Coimbra e Paul Von Ward, na pesquisa prévia sobre este projeto. Nossos agradecimentos vão para nossos editores, Brian Crissey e Pamela Meyer, que acreditaram em nós por um longo tempo e ao Dr. Richard Boylan cujo apoio entusiástico ao projeto fez a diferença. Um agradecimento especial à Dra. June Steiner, psicoterapeuta e hipnoterapeuta especializada em eventos anômalos de todos os tipos. Ela é presidente da OPUS, uma organização que ajuda pessoas a compreenderem melhor a natureza de experiências pessoais anômalas, de um modo geral, e auxilia àquelas que as vivenciam. Nossa gratidão se estende a todos os amigos que nos apoiaram ao longo desta jornada.

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“Os autores de “Os Olhos de Raechel”, Helen Littrell e Jean Bilodeaux, viraram uma página importante no drama desvelado do diário alienígena. O caso que eles apresentam não poderia ser mais oportuno ou mais proeminente. A obra “Os Olhos de Raechel” deveria ser uma leitura obrigatória para todos aqueles que encaram o assunto de abdução por alienígenas com seriedade.

“Eu gostaria de recomendar o livro “Os Olhos de Raechel” nos melhores quesitos possíveis. Este é um dos livros mais interessantes que já li na área de ufologia. UM LIVRO ESSENCIAL para todos aqueles que querem informações sobre os incríveis desenvolvimentos, por detrás das cenas da saga da interação do governo com o Conselho Intergalático, e as décadas que facilitaram passivamente que Visitantes Estelares curiosos passeassem virtualmente entre nós sem serem vistos”. Comentários sobre o livro “Os Olhos de Raechel”

“Talvez tenhamos tido a oportunidade de olhar de relance para um futuro não tão distante, no qual híbridos como Raechel serão comuns e andarão juntos conosco. Apenas podemos imaginar se nos acostumaremos a olhar nos olhos deles, algum dia”.

--Sean Casteel, Revista UFO Abril-Maio de 2005

“No livro “Os Olhos de Raechel” Helen Littrell e Jean Bilodeaux descrevem um caso fascinante na vida de Helen que pode ser lida como uma novela, exceto pelo fato da história ser verdadeira. Sua filha legítima cega, Marisa, aluga um apartamento próximo à faculdade na qual estuda, porém precisa de uma colega de quarto para ajudá-la. O coordenador da escola encontra uma colega de quarto para Marisa, a qual acredita ser a pessoa certa para ela. Assim, somos apresentados a Raechel, uma garota incomum que supostamente é uma humano-alienígena híbrida, que sempre usa óculos. Um nível mais profundo da história é revelado assim que nos é apresentado um programa muito secreto do governo, na descoberta da nave espacial e entidades alienígenas. Se alguém acredita que nós estamos visitando formas de vida alienígenas, que estão abduzindo humanos e criando crianças híbridas ou não, não podemos ignorar o significado e impacto que esse programa causará em toda a humanidade terrestre, caso tudo isso seja confirmado. Pesquisador, abduzido ou apenas uma pessoa interessada nessas possibilidades, você deve a si mesmo a leitura deste livro.”

--Bill Hamilton , AstroScience Research

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“Eu fiquei completamente impressionado com esta história. “Os Olhos de Raechel” comemora a independência do espírito humano (e híbrido). Helen Littrell e Jean Bilodeaux escreveram um livro do fundo do coração com honestidade, integridade e talento.

--John McLaughlin, Buttercup Films “Gostaria de recomendar o livro “Os Olhos de Raechel” nos melhores

quesitos possíveis. Acabei de ler a cópia de revisão e achei o livro de cair o queixo. Depois de ler, a única coisa que poderia dizer: “UAU!!! Sentei-me e o li sem parar, até terminar às 02h00m da manhã. Gosto de pensar que sou até agora um blasé, tendo lido tudo o que há sobre ufologia. Normalmente eu bocejo quando as pessoas maravilhadas me dão alguma coisa para ler. O livro “Os Olhos de Raechel” é diferente. Posso dizer, honestamente, que este é um dos livros mais interessantes que já li nessa área. Um livro informativo e comovente da luta de um jovem Coronel da Força Aérea para tornar-se amigo de uma Zeta híbrida humana e as implicações disso para o futuro da Terra. Não deixe de ler “Os Olhos de Raechel”.

--Dr. Richard Boylan, psicólogo.

"Os Olhos de Raechel” por Helen Littrell e Jean Bilodeaux é um enigma de informações. Ele olha de modo não muito surpreendente uma história que surpreende e se recusa a pestanejar mesmo quando a história se transforma de tal modo, que os próprios autores sabem que as pessoas sem experiência nos campos que ela abrange não acreditarão. Eu sinto que, neste momento da nossa história, é muito importante saber sobre estas coisas e tentar entendê-las. Este volume vai recompensar não só os ‘veteranos’ como também os novos a estas idéias. Altamente recomendado!”

--Lawrence L. Shippen, Revisor da Amazon

Tradutor J.A

“We are not Alone in the Universe”

Nota prévia ao Resumo:

Este é um resumo traduzido, não uma tradução, propriamente dita, um lembrete dos itens relevantes abordados no livro, por sua importância e significação.

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Com relação a discos voadores e extraterrestres, é bem possível que o governo americano tenha mais informações do que divulga, e até esteja cooperando com Alienígenas. A obra intitulada “Os Olhos de Raechel”, publicada pela editora Wild Flower Press, é uma história real das experiências vividas por Marisa, uma universitária que compartilhava um apartamento com uma colega de hábitos extremamente estranhos. A história é narrada por Hellen Littrel, mãe de Marisa, e por uma ufóloga, Jean Bilodeaux. Marisa e Raechel eram duas moças diferentes da maioria: Marisa era quase cega e mal conseguia morar sozinha, ao passo que Raechel nunca falava de seu passado possuía uma entonação estranha e só comia alimentos esquisitos trazidos por homens misteriosos, sempre com terno preto. As duas estudantes conviveram cerca de seis meses no norte da Califórnia, na década de 70. Pareciam dar-se bem e tornaram-se amicíssimas. Pouco a pouco o estranho estilo de vida de Raechel começou a instigar suspeitas aterradoras em Marisa, que a levaram a conclusões tão inusitadas que não ousava contar para ninguém temendo ser considerada louca. Após uma série de eventos perturbadores e incomuns, o homem declarando ser o pai de Raechel revelou ser um Coronel da Força Aérea que estava tomando parte em um experimento ultra-secreto conduzido em uma base subterrânea intitulada Four Corners, situada em Nevada. O Coronel tinha sido outorgado pela Organização Nacional de Pesquisa, por meio do Comando de Informação Técnica Aeroespacial da Força Aérea, a adotar a humana alienígena-híbrida Raechel e lhe conceder liberdade, a fim de ter uma vida normal, à medida que vivesse como uma estudante universitária.

Controverso e envolvente, o livro “Os Olhos de Raechel” pode parecer-se com uma obra clássica de ficção científica; mesmo assim para muitos, como o cientista comportamental e psicólogo aposentado Dr. Richard Boylan, que dissertou o prefácio do livro, os eventos ali narrados não são ficção. Na verdade: “eles oferecem uma descrição exata dos contatos extraterrestres reais, não incluindo a desinformação comum acerca do que realmente acontece nos porões subterrâneos da atual base secreta Four Corners, "irmã" da base aparentemente situada mais ao norte da notória base Área 51, na área central do deserto de Nevada”. O Dr. Richard Boylan explica que os contatos extraterrestres narrados no livro se coadunam

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estritamente com dados semelhantes, a respeito da atividade subterrânea engendrada na Área 51, que foram vazados por antigos militares.

Marisa morreu no ano de 1990. Compreendendo que ocorreram mais contatos extraterrestres do que tinham sido desvendados, Helen Littrell em 1995 contratou os serviços da ufóloga Jean Bilodeaux. No início de 1998, sob a supervisão da psicoterapeuta e hipnoterapeuta Dra. June Steiner, Helen submeteu-se durante dois anos a longas séries de regressões hipnóticas, expondo uma história familiar de interação extraterrestre, que não tinha sido pesquisada até então. As regressões também revelaram a Helen, uma ligação entre Littrell e o Coronel Harry.

O livro “Os Olhos de Raechel” compõe-se de duas partes. Na primeira, a maioria dos contatos extraterrestres ali narrados foram reconstituídos da memória de Littrell. A maior parte das informações que Helen tomou conhecimento foram transmitidas telepaticamente pelo coronel Harry, segundo ela. Mas, incapaz de explicar por que as revelações extraterrestres não a atordoaram naquela época, Helen não tinha idéia do papel chave a cumprir, a desempenhar nesses contatos extraterrestres bizarros, até se submeter à regressão hipnótica. Na segunda parte do livro, as crônicas dos anos de pesquisa revelam um sumário do que foi descoberto durante a pesquisa, que inclui transcrições completas de algumas das regressões hipnóticas reveladoras, traumáticas e emocionais de Helen. Além de entrevistas com amigos e membros de família que conheceram Raechel, existem fotografias e ilustrações que comprovam a validade dos contatos alienígenas estonteantes, que Marisa e Helen vivenciaram juntas com essa garota híbrida estranhíssima.

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Sobre os Autores:

Helen Littrell é a mãe de Marisa. Ela trabalha com transcrição médica, é editora autônoma, também consultora de um grande

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editor médico. Já escreveu seis livros de terminologia médica. Littrell, atualmente, mora numa área rural do sul de Óregon.

Quando criança, Littrell se encantava ao observar luzes estranhas durante a noite. Mas não parou por aí. Após começar a fazer regressões hipnóticas, depois da morte da sua filha Marisa, ela começou a compreender a dimensão do seu envolvimento na ufologia e a missão que tinha com a humana alienígena-híbrida Raechel, muito tempo antes de sua filha e Raechel se tornarem companheiras de quarto. Littrell explica que seus contatos paranormais e extraterrestres intervenientes não deixam dúvidas de que sincronicidades importantes existem, a fim de nos mostrar o modo de usufruir uma experiência de vida mais ampla do que a maioria das pessoas possa imaginar. O paranormal tem exercido um papel importantíssimo e extraordinário na minha vida. Desde que avistei as luzes no céu na juventude, esse fenômeno prossegue até a data corrente. Realmente, não sei dizer o que são tais contatos ufos. Nem sei, quais são os intuitos dos seres extraterrestres, a não ser, talvez, provar para aqueles de nós que desejam acreditar, que existem mais coisas nesse mundo do que balões atmosféricos, balizas fulgentes de aeroporto e o eterno luzente planeta Vênus, como nos dizem. “Eu acredito que os extraterrestres relevam o fato de que não estamos solitários no universo”.

Jean Bilodeaux é a pesquisadora chave nesse caso e tem trabalhado ao lado de Littrell desde os idos de 1995. Escritora autônoma e correspondente de jornal, Bilodeaux iniciou sua carreira como professora e empresária, antes de começar a pesquisar UFOs nos idos de 1992. Até hoje, ela já entrevistou mais de 250 pessoas que testemunharam ufos e investigou mais de 25 casos de mutilação de gado no norte rural na Califórnia e no sul de Óregon, onde mora próximo de Cedarville, uma cidade com 600 habitantes. Bilodeaux explica: “Dificilmente passa uma semana, que não tenha sido constatado um outro inexplicável avistamento UFO”.

PRÓLOGO

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Nós temos olhos, mas não enxergamos. Marisa é quase cega; enxerga com o coração. Raechel pode ver; seus olhos guardam segredos. Os olhos de Helen são os olhos maternos, que certa vez viram ódio e falta de esperança; agora vêem esperança e amor.

Esta é a história verídica de duas garotas determinadas a não deixarem que seus empecilhos físicos reprimam seus sonhos. Tentando sobrepujar a barreira da diferença, elas servem de inspiração para outras pessoas, que talvez se encontrem em situações símiles.

Talvez, a busca da verdade represente uma situação a ser sobrepujada, sobretudo, se os eventos extraterrestres narrados no livro iniciaram há trinta anos atrás e continuam atualmente. Enquanto interesses controladores não almejam que a verdade venha à tona. À medida que aprofundamos mais nossa pesquisa nos segredos do passado extraterrestre, mais essas verdades vêm à luz. Essa é a história de indivíduos sinistros com olhares poderosos e mentirosos, imiscuindo-se na vida de inocentes, mascarando segredos e controlando seus destinos. Esta é a história de como a mãe de Marisa, Helen Littrell, se lembra dos fatos. Os diálogos foram reconstituídos, os personagens principais são reais e todos os nomes, exceto os de Raechel e Marisa, foram mudados.

Este livro desperta a vontade do leitor de expandir a sua visão, a fim de contemplar o ser humano, a alma, o mundo e o universo, através dos olhos de uma garota quase cega, da sua mãe, pelo mais digno de apreço, pelos olhos da garota chamada Raechel.

Escola de Comando de Informação Técnica sobre ETs e Nave Espacial – Ano de 1955

Eu realmente ansiava tomar conhecimento do trabalho da SAC (Comando Aéreo Estratégico).

Harry, sem nunca conhecer Colorado, Kansas ou Nebraska, lançou mão dos seus últimos cinco dias, tomando seu tempo, rumando pra Crawford. Sentado e relaxado enquanto dirigia, curtindo o panorama monótono da paisagem, meditava à solta: "Annie, se as coisas tivessem mudado de rumo, como planejávamos, você estaria aqui ao meu lado. Ainda não posso

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acreditar, que você divergiu de determinadas questões. Tomei a decisão certa, me alistando na Força Aérea".

Harry, então, apanhou suas ordens militares, contemplou-as com atenção, mais uma vez, e continuou seu solilóquio para Annie: "Que diabos é uma Escola de Pesquisa de Informação técnica? Nomenclaturas bonitas, não me dizem nada a respeito do que farei no meu trabalho militar. Provavelmente, um jargão militar para tornar-se, nem mais nem menos, algum tipo de guarda. E o título “Comando de Informação Técnica Aeroespacial” (ATIC), seja lá o que for isso. E, como esse comando está vinculado aos Comandantes da Base da Força Aérea na Califórnia? Tudo é muito secreto e melodramático. Por que não podemos falar inglês na Força Aérea? E a conversa sobre o alfabeto intrincado?”.

"Espero poder lidar com tudo isso a tempo. Mas, o que aconteceria se caísse muita física e trigonometria na minha instrução militar? Estarei em sérios apuros. Eu conseguiria safar-me nos testes de capacidade. Ao menos, safando-me a fim de ser designado para essa escola de pesquisa técnica militar. E, por que fui o único convocado, de fora do grupo inteiro, para ser selecionado para a ATIC?” "Eu sei que os militares investigam o passado de todos os militares recrutados. Por que a minha autorização era Super-Secreta e não Secreta, como do restante do pessoal? Por que o tenente frisou: Você precisará usar essa credencial para o lugar que oficiará? Droga! Eu poderia ter compreendido isso por mim mesmo”.

"Quem sabe, essa norma seja um procedimento normal para todos os pilotos designados para a SAC, para todos os pilotos de aviões espiões, controladores de sistemas de comunicação moderna, pilotos de aeronaves secretas e outras coisas, que eu até mesmo não tenho conhecimento a respeito. Mas, por que ninguém sequer tocou nesse assunto? E, por que o tenente falou: Piloto! Jamais atente aos conselhos da ATIC! Você, provavelmente, leu suas ordens erradas!”.

A resposta do tenente era súbita e ensaiada, sobretudo, no momento em que sua face mudou, imperceptivelmente, para uma expressão facial frívola, antes de me despachar e chamar o próximo nome da lista. "Bem, terei de aguardar e ver. Eles deveriam conhecer a base Crawford. Eles são os militares que me lecionarão, seja qual for a informação que eu tenha de tomar conhecimento para a missão da ATIC. Quanto a esse maldito alfabeto intrincado Harry lamentou: "Tô cansado de todas as iniciais que ninguém sabe coisa alguma a respeito, ou declara não saber".

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Harry se apresentou na Base da Força Aérea de Crawford num domingo de tarde, quando o oficial de serviço lhe informou: "Sua turma começa amanhã às 7:00h da manhã. Sala 108. Haverá seis pilotos recrutados. Não se atrase".

Harry notou que era o homem mais jovem dos seis militares, o único recruta recém-chegado a se apresentar. Todos os outros estavam no serviço havia vários anos, tinham se voluntariado para a escola e sua eventual missão para a ATIC. Logo, às 7:00h da manhã, quando um tenente adentrou no quarto, todos os seis pilotos saltitaram em posição de ordem. "Descansar, homens! Eu lidero um grupo incomum, então, sem mais continência. Bem, a primeira ordem do dia é que tudo o que vocês escutarem neste aposento, permaneça neste recinto. Não comentem uma palavra do que tomarem conhecimento neste lugar a ninguém. Nem mesmo discutam estas informações entre vocês ou terminarão como alimento de coiote, em alguma área inóspita no deserto. Estou sendo claro?"

"Sim, senhor!" Os seis homens responderam a uma só voz.

"Bem, senhores, peguem suas canetas e escrevam a resposta no papel. Leiam e assinem essa Instrução de Não-Revelação. Tenham perfeito e indiscutível conhecimento de que dão conta, plenamente, das implicações do documento, cavalheiros".

Ao correr do tempo de uma hora de aula, Harry amadureceu a idéia do segredo da sua missão e, ao final da primeira semana, achou que seu cérebro irromperia. A ATIC era a organização da Força Aérea que inspecionava a pesquisa de aterrissagens e quedas de naves extraterrestres, e recuperação de ocupantes extraterrestres. A CIA e várias outras agências de inteligência civis secretas estavam, subsidiariamente, tomando parte nesta operação ultra-secreta.

Foi então que os militares informaram a Harry a tarefa que se impusera. Seu primeiro posto de serviço estaria localizado numa das áreas de colisão de naves extraterrestres, onde um número de quedas e aterrissagens tinha ocorrido no passado, e ainda continuava acontecer. Harry fora designado para um posto de serviço assim nomeado Four Corners, um regimento de

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Comandantes da Base da Força Aérea. Até aí, nenhuma explicação adicional foi passada para Harry, nem sequer uma idéia da região onde se localizava a base militar.

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Certa manhã, o instrutor entregou a cada um dos pilotos um pequeno folheto estampado com os dizeres: ULTRA-SECRETO/ORCON. "ORCON significa informação Controlada do Originador e tenham em mente que, daqui por diante, vocês ainda estão sob as ordens estritas de não comentarem nada a respeito do que tomarem conhecimento ou escutarem nesta turma, com qualquer pessoa afora deste recinto. Sequer entre vocês mesmos. Entenderam-me?" Nesse instante, ao paginar o folheto cuidadosamente, do início ao fim, junto com os pilotos, seus instrutores explicaram, com todos os detalhes, cada um dos projetos secretos, quais eram os responsáveis por liderá-los e quais eram, exatamente, suas funções. "Bem, no mais alto nível de segurança está a MAJI, ou Agência Superior de Comitê de Inteligência. Ela controla todos os projetos secretos lidando com entidades extraterrestres, planejando e disseminando desinformação deliberada para o público como um capote. O Diretor da MAJI, comumente o Diretor da CIA, é designado como MJ-1. Ele se reporta somente ao Presidente dos Estados Unidos".

Então, Harry veio a saber que o Majestic-12 se compunha de um grupo de peritos em várias áreas de espionagem, política e científica, a cargo de avaliarem as informações obtidas das formas de vidas extraterrestres, que transmitia essas informações para os militares pautados nesses dados. Cada membro desse grupo oficiava independentemente; jamais se congregavam. Eram providos apenas da informação que tinham ao seu cargo especial. Essa informação era transmitida estritamente para outra que não era sua intenção. Portavam uma credencial batizada de MAJIC, ou MAJI-monitorado. Também tinham o dever de prestar contas somente ao Presidente Americano.

Nesse instante, o instrutor examinou a lista de plantão que lhe confiaram. Uma lista com os nomes e missões dos seis pilotos. Ele fez-se anunciar: "Nadien, você está designado para o regimento dos Comandantes da Base da Força Aérea situada em Four Corners. Veremos que essa base não é a verdadeira base Four Corners, que julgamos ser. Você não a encontrará no mapa. Todos os outros seguirão para a Área 51 ou Terra dos Sonhos, como alguns alcunham. Esta base está situada em Groom Lake, Nevada. Não sondem estradas dando acesso para lá. Existem algumas, mas o lugar é tão secreto que é dado somente acesso para pessoal autorizado. Entretanto,

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cabe frisar: qualquer pessoa não autorizada, civil ou militar, que lá entrar perderá seu rastro. Nenhuma explicação é dada. O governo americano nada sabe e explica. Até onde os militares estão preocupados, o lugar não existe e ninguém dedura".

Uma vez entregue uma cópia para cada membro da lista de plantão, com um grupo de ordens anexadas, os homens viram ali na prática o nome de suas repartições de serviço, assinaladas em algum lugar não remoto impressas em preto e branco. Isto aditou um tiquinho de realidade para a cena surreal que havia sido planeada para tais homens. Logo, o instrutor deu a anunciar: "Bom, homens, vocês agora já têm ciência de quais são suas ordens, mas ainda não sabem em qual projeto trabalharão. Atentem-se para esse espaço em branco no meio da página. Verão arrazoado “Projeto Luna” ou “Projeto Ataque” datilografado na folha."As ordens de Harry informavam Projeto Ataque”.

"No entanto, pilotos, eu creio que vocês serão conduzidos a cumprir suas atividades nos dois projetos, que lidam diretamente com as formas de vida extraterrestre e suas naves. Também relembraremos os outros projetos a miúdo, assim vocês terão um panorama geral de como todos esses projetos se encaixam conjuntamente. Essa coisa é um verdadeiro elo constrito, na verdade, como um quebra-cabeça novo em folha. De certo, é importante tomarem conhecimento, exatamente, da parte do projeto aonde cada um de vocês se encontrará em atividade”.

Consultando seus papéis, o tenente indagou: "Terminado?"

"Sim, senhor!" “Responderam todos ao mesmo tempo”.

"Bem, voltemos a falar do Projeto MAJI” O tenente frisou: “É onde tudo deu início”. Nos idos da década de 1960 o Projeto MAJI e o Projeto Platão puseram em vigor um acordo secreto com o Conselho Intergaláctico, composto de governos planetários de vários dos mais adiantados planetas. Sob os termos do acordo, os aliens acordaram em compartilhar conosco, informações tecnológicas médicas e científicas. Em troca, concordaríamos em manter a presença extraterrestre na Terra, em segredo, e permitir-lhes conduzir experimentos em animais e humanos.

"Certamente, alguns de vocês já ouviram falar a respeito das alcunhadas mutilações de animais, que têm ocorrido no mundo inteiro. Não adentrarei em pormenores, a não ser para dizer que os animais são encontrados com várias incisões lancinantes cirúrgicas, com certas partes de seus corpos removidas, sem qualquer traço de sangue nas suas carcaças. Estes são

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alguns dos experimentos, que nós acedemos aos alienígenas levarem a cabo. Mas, ocorreu o inevitável. Como o DNA bovino é parecido com a natureza do DNA humano, os aliens lançaram mão desse material em algumas de suas pesquisas de clonagem. Também manipularam esse material para criar um ambiente artificial, a fim de procriarem híbridos no interior de tanques preenchidos com líquido. Sabe lá Deus o que mais estarão embrionando mundo afora. Se alguns de vocês desejarem obter informações adicionais, em atenção ao assunto, disponho de muitas fotografias e informações para examinar acerca desses materiais”.

"O grupo MAJI também consentiu que os extraterrestres executassem um número de abduções humanas, com limites estipulados. Em troca, os extraterrestres forneceriam listas acuradas e atualizadas daqueles abduzidos. Recentemente, as listas estão mitigando, embora, cada vez mais pessoas declarem terem sido abduzidas. Vale dizer que, existem relatos crescentes de abduzidos, plausíveis e responsáveis, desconsiderando o pedido do governo americano de impor silêncio ao assunto. Acham que estão sendo seqüestrados e impelidos a participar de algum tipo de experimento reprodutivo interespécies, onde seres humanos alienígenas-híbridos estão sendo engendrados. Confesso, de minha parte, que um destes experimentos, o Projeto Humanização, está sendo conduzido na base Four Corners, mas desconheço os detalhes do projeto".

Daí, pausando, o tenente com um olhar fixo e arguto, indagou aos seis estudantes: "Continuam todos atentos? Alguma pergunta?” Bom, há muito mais informações para serem abordadas. O Projeto Aquarius é o que vocês alcunham de capote para os demais projetos secretos. Esse projeto é responsável por recolher todas as informações tecnológicas, médicas e científicas sobre as formas de vida extraterrestre e suas aeronaves. O Projeto Aquarius repassa todas essas informações para outras agências de inteligência e para a NASA, que empregam esses conhecimentos em suas sondas espaciais. Esse projeto incorporou todos os projetos secretos fundados, preexistentes a este, sendo totalmente financiado pelos fundos secretos da CIA, que não emprega verbas do governo; logo, não há meio de como rastrear a procedência do dinheiro ou como a verba é gasta. Não há restrições postas em vigor, nem explicações dadas, nem interrogações. O público sequer tem idéia da existência desse projeto. Se alguém descobre, tudo é negado. É um dos mais pardos intitulados projetos negros em atividade. No final das contas, a Agência de Segurança Nacional (NSA) tomou o comando da administração do Projeto Aquarius. Posto isto, o tenente tornou a indagar: "Vocês todos são pilotos solteiros? Ninguém deixou uma esposa ou noiva no lar, certo?”

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Tendo ouvido todas essas palavras, eles se entreolharam interrogativos, querendo saber o que ele estava insinuando. Como soube? Por que isso era importante?

"Todo indivíduo recrutado para o Projeto Aquarius, tem de permanecer solteiro durante sua incursão de serviço. Isto é, sempre desacompanhado. Não deve comunicar nada para a consorte no lar, acerca do posto de serviço do marido ou sequer onde está lotado, já que isto é um alto risco de segurança. Logicamente, ela julga que deve saber onde seu marido está lotado. Isso não pode acontecer. Já que, falar para qualquer um, qualquer coisa sobre onde você está lotado ou o que está fazendo, você é automaticamente culpado de uma violação de segurança e será morto. Em linguagem simples, cavalheiros, vocês desaparecerão e serão esquecidos”.

"Isso é uma coisa muito séria, homens!” “Cada um de vocês recebeu uma credencial Ultra-Secreta. Assim que se apresentarem na sua repartição militar, receberão sua credencial MAJI”. Dito isso, alguma coisa clicou na mente de Harry. Esse é o motivo pelo qual recebi essa missão. Então, quando investigaram meu passado, levantaram a notícia que Annie e eu éramos noivos; que ela tinha perdido a vida em um acidente; que eu não tinha muito em comum com meus velhos amigos; que era solitário. Foi o tempo em que, sendo arredado pela minha família ao me juntar à Força Aérea, auferi pontos extras também. Assim, as coisas estão começando a se resolver. Mas, logicamente, que a NSA tem todas as informações a meu respeito.

Nisso, a reflexão de Harry interrompeu-se: "Nadien, fale-me sobre seu novo trabalho no projeto". O tenente prosseguiu: "Lerei o que menciona o meu manual. É um pouco mais pormenorizado que os folhetos em poder dos homens".

Harry concentrava-se em cada termo que era lido. "Agora, O Projeto Ataque pretendia recuperar todas as naves extraterrestres aterrissadas, a salvo ou colididas, e os extraterrestres. Os militares designados para o Projeto Ataque estavam lotados em vários regimentos localizados em áreas remotas no sudoeste dos E.U.A, inclusive, em Nevada, Utah, Arizona e Novo México”.

"O projeto apregoava histórias de capote, pois as explicações tencionavam satisfazer os residentes locais que testemunharam os incidentes ufos e tinham vivenciado encontros imediatos extraterrestres. Mas, quando os

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cidadãos não aceitavam as explicações dadas pelos militares da segurança da base eram conduzidos para locais remotos pela polícia militar e sujeitados a manipulação de mente. Algumas destas pessoas, com conhecimento do que tinham visto se recusavam a mudar seus relatos. Uma química era injetada nelas, que causava perda de memória de curto prazo e partiam dali, novamente para suas casas. A seguir, era organizado um encontro com a mídia local, por vezes com a mídia nacional, onde anunciavam que os relatos oficiais se tratavam apenas de trotes”.

"No ensejo de obstar qualquer propósito de liberação de informações ufos, todos os relatos arrazoados originais e fotografias de avistamentos, ou incidentes ufos nas mãos de funcionários da justiça ou de civis, eram confiscados e supostamente destruídos. Os agentes militares ligados ao Projeto Ataque confiscavam todos os registros escritos, fotografias e qualquer prova material ufo que descobriam”. "Essa é uma ação contínua, homens! Realmente, é uma pena tratarmos testemunhas inocentes desse jeito, mas esse negócio é supersecreto para tomarmos decisões. Apenas seguimos ordens superiores".

O tenente prosseguiu, apesar da rouquidão: "O Projeto Luna é um codinome que assinala, ao menos, duas bases subterrâneas extraterrestres que foram edificadas com o aval e suporte do governo americano e demais agências civis. Uma destas bases subterrâneas, a base Terra dos Sonhos ou Área 51 está balizada em uma área remota no deserto de Nevada. E um exíguo regimento militar, que se associou a essa base militar, trabalhando com as mais exóticas naves espaciais e seres extraterrestres está localizado em Papoose Lake, não distante da base Terra dos Sonhos”.

"A outra base subterrânea chama-se Four Corners. Ambas as bases são intensamente vigiadas pelo pessoal da Força Delta da Organização de Pesquisa Nacional ou NRO. Estes caras não brincam em serviço. Os infratores são imediatamente alvejados e nenhuma explicação é exigida ou dada. A Organização de Pesquisa Nacional tem absoluta responsabilidade quanto à segurança e bem-estar de todos os alienígenas ou projetos ligados aos extraterrestres, em qualquer parte a se fixarem. Eles criam suas próprias regras; não se reportam a ninguém, apenas ao Presidente".

Nesse instante, o corpo de Harry empederniu-se. Não é de estranhar que tudo o que indaguei até agora tenha sido tão evasivo. Eles estavam sob as ordens de não revelarem nenhuma informação sobre o projeto secreto extraterrestre e não tinham escolha. Simplesmente, não queriam enfrentar as conseqüências de revelarem essas informações ufos. Eu não os culpo.

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"Agora, homens, completaremos a apresentação dos projetos secretos num escrutínio rápido. Mas, se vocês quiserem saber um pouco mais a respeito desse tópico, está tudo escrito nos seus folhetos, asseverou o tenente. "Ou, me procurem a qualquer hora antes de deixarem suas repartições. Ficarei honrado de explicar-lhes os pormenores dos projetos secretos o melhor que posso”.

Harry supôs ser duro trabalhar nos mais importantes Projetos, Ataque e Luna. Deus! É difícil acreditar que estão sendo reveladas todas essas informações ufos, que o governo declara ser um disparate de mentiras, as quais eu perpetuarei.

"O Projeto Gabriel adveio da tecnologia Alemã confiscada durante e após a Segunda Guerra Mundial. Esse projeto tomou parte na pesquisa e desenvolvimento de ondas sonoras de baixa-freqüência, planeadas a fim neutralizar os sistemas de controle de naves extraterrestres e armas. Vale dizer que, durante anos, os residentes de vários estados na área sudoeste dos Estados Unidos reportam ter ouvido ruídos de baixa-freqüência, não tão audíveis como sentidos. Os ruídos têm até sido alcunhados “Alaridos do Absoluto”. Já o governo informa que os habitantes queixosos possuem imaginações hiperativas. Realmente, muitos moradores dessas áreas elencadas sofrem de todos os tipos de patologias físicas, emocionais e neurológicas, em face desses contínuos ruídos de baixa-freqüência, causados por esse projeto que não parece ser real. E, quanto mais os residentes alardeiam sobre os ruídos, mais o governo apregoa desinformação como se o problema fosse causado por ruídos de motor de ar condicionado. Justamente, um fato que esses moradores deveriam se acostumar e aprender a conviver. Assim, o governo põe em xeque a credibilidade dos moradores queixosos”.

"Já o Projeto Excalibur é responsável pela pesquisa e desenvolvimento de uma arma movida a energia nuclear visando destruir as bases subterrâneas extraterrestres, caso a situação perca o controle".

Harry quis saber o que eles querem dizer com "perca o controle". Isso é chocante. Como o governo tem sido capaz de manter esse assunto ufo em sigilo por todos esses anos?

O tenente continuou: "O Projeto Granada controla todas as informações acerca da manipulação genética, executada pelos extraterrestres. Meu deus! É duro acreditar que os extraterrestres dizem haver criado a raça humana através da hibridização usando o macaco da espécie Reso; que a existência

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do sangue negativo de tipo RH é a prova de suas asserções. Acho que os alienígenas têm feito experimentos e continuam fazendo: engendrando formas de vidas humanas alienígenas/híbridas usando óvulo e sêmen humano vindimados dos abduzidos durante as abduções”.

"Os extraterrestres comem esses extratos genéticos e desenvolvem os fetos em grandes tanques de tipo aquário. Usam uma solução de nutrientes para manter a vida do ser, até os híbridos crescerem plenamente. Esse aspecto particular do Projeto Humanização é uma das condições das quais o governo americano aceitou sob os termos do acordo com os seres extraterrestres. Esse acordo continua em vigor por muitos anos. Já o presenciei várias vezes. E, um ou dois seres híbridos estão trabalhando nos laboratórios subterrâneos junto com os nossos cientistas neste momento".

Relanceando um olhar ao redor da turma, o tenente encarou Harry. Ele diz haver real existência de alguns seres híbridos fixados na base Four Corners; Harry ansiou saber e seus pensamentos alvoroçaram. Isso impele mais loucura o tempo todo, já que a real loucura é que isso tudo é verdade. Os extraterrestres têm estado aqui entre nós por muitos anos, exeqüíveis há milhares de anos. Mas, temos sido embromados por todo esse tempo. Somos ditos que estamos somente imaginando coisas, as quais realmente sabemos que vimos e vivenciamos. O tempo todo, qualquer coisa que pudéssemos possivelmente imaginar, que até mesmo adviesse de algures, se aproxima da verdade bizarra. Logo, supus que meus pais contivessem as informações ufos. Mas, não é de se estranhar, que isso seja um segredo muito bem engavetado. Tanto é que os poucos oficiais e militares que revelaram informações ufos foram mortos; desaparecendo sem rasto. O tenente prosseguiu: "Às vezes, informantes militares cometem suicídio, sempre sob condições que são logo explicadas em pormenores críveis. Histórias de capote são imediatamente apregoadas, a fim de subestimar ou explicar quaisquer informações ufos que venham a público. Eles não discriminam sequer as regras de sigilo absoluto impostas, igualmente, aos oficiais governamentais de alto posto militar e homens alistados. Essa norma é a política governamental”.

Meneando lentamente a cabeça, o tenente terminou sua explicação frisando: "Homens! Esse é um jogo perigoso que estamos jogando. O governo tem todas as vantagens, quais sejam. Tanto eles, quanto nós estamos manipulando o destino da raça humana inteira e sequer somos permitidos informar às pessoas acerca desse assunto e, logicamente, não

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podemos deixar que tomem conhecimento de que somos uma parte desse jogo. Bom, continuemos as explicações". ¥ ¥ ¥

No final da terceira semana, os pilotos terminaram de examinar as informações a respeito de cada projeto secreto, nos mínimos detalhes. O tenente, fechando o manual após terminar as explicações, inquiriu: "Mais perguntas?"

Se alguns dos homens tivessem perguntas adicionais, ninguém ousou indagá-las.

Estou contente por essa parte da aula ter chegado ao fim. Aliviara-se Harry. Minha mente está saturada. Há três semanas atrás, achei que o conteúdo do folheto secreto era pura ficção científica. Eu jamais imaginava, que tudo o que sei agora é totalmente verídico e que serei parte disso, muito brevemente.

"Eu sei que todos vocês estão ávidos por saber acerca dos pequeninos homens verdes. Todos serão informados a respeito deles na próxima semana”. O instrutor falou com um ar de riso frívolo. Em resposta, os seis pilotos sorriram de um jeito incrédulo. Realmente, observar fotografias reais de nave espacial, seja qual for ou quem quer que as pilote, não era um assunto que os pilotos estivessem ainda preparados para lidar. Seus sentidos ainda estavam sem firmeza do que haviam tomado conhecimento até agora.

Nesse momento, Harry julgou que um intervalo de fim-de-semana seria bom. Apenas dois dias de repouso para minha paupérrima mente abalada e aproximadamente cinqüenta voltas, ao redor da piscina do Clube de Pilotos da Aeronáutica, talvez aclarassem um pouco meus pensamentos. Deus! Não posso imaginar quão confuso me sinto: Os militares estariam jogando os mesmos jogos que meus pais jogaram, fingindo que seus problemas não existiam ou afastando-os do caminho à medida que fossem surgindo? Quem sabe, também, controlando a família deles com autoritarismo, em uma escala cósmica? E a respeito dos seres híbridos alojados na base Four Corners? Será que uma parte dessa família é minha nova família, também?”

Caindo na gargalhada, Harry lembrou-se dos dizeres escritos no afixador de cartazes da secretaria de recrutamento na cidade de Nampa, onde se lia: "Junte-se à Marinha e Conheça o Mundo".

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Bem, eu me juntei à Força Aérea em vez da Marinha, Harry fez consigo essa reflexão, mas, eu conhecerei esse mundo, e o testemunho decisivo e insensível de vários outros mundos, também. No entanto, estando em meio aos mais importantes segredos mundiais é excitante. Assustador, porém excitante. Tomando conhecimento desses assuntos que têm mudado a minha vida, nada será mais o mesmo.

Ao tomar seu banho mais tarde, irrompeu a refletir novamente. Uma coisa é certa. A Força Aérea está correta ao informar ao público não existirem objetos voadores, não identificados. Entretanto, temos identificado cada disco voador desses seres extraterrestres. Eles têm vivido na Terra miscigenando-se conosco engendrando uma nova espécie híbrida. Nós os ocultamos em nossas bases subterrâneas como também os auxiliamos e os albergamos, com a proteção das nossas maiores forças de segurança. Realmente, estamos interagindo com eles, mas não hesitamos em matar qualquer militar por comentar a respeito dessa interação em público. Meditemos acerca disto: Os seres extraterrestres são mais importantes do que os cidadãos americanos? Bem, eu espero que a tecnologia, que estejamos recebendo em troca justifique os experimentos e as mortes. Aliás, os extraterrestres têm feito o mesmo acordo com outros países? Se for assim, nos foi permitido manter o acordo ou alguém mais se tornará a força dominante neste planeta?

Em poucas semanas, estarei contemplando meus primeiros seres extraterrestres, frente-a-frente. Cristo! Quanto mais penso nesse contato, mais afundo em algum tipo de sonho esquisito. Espero que esse sonho não seja constante, com crueldade e que, de forma desequilibrada, não se torne um pesadelo.

Missão: Base Four Corners - Ano de 1955

Numa manhã de segunda-feira, ao alvorecer, Harry se encontrava novamente na sala de aula. Por um lado, ansioso para começar a próxima fase de seu treinamento, por outro, apreensivo acerca do que tinha aprendido.

O instrutor deu início à aula: "Esta semana será devotada ao estudo dos vários tipos de naves extraterrestres recuperadas, incluindo os discos voadores que aterrissam em segurança. Sabe-se, entretanto, que a NASA conduz extensivas análises laboratoriais das naves extraterrestres recuperadas. Suas descobertas são patrocinadas por laboratórios como o

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MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets) e outras universidades. Os resultados dessas análises são sempre os mesmos tipos de materiais e ligas de metais desconhecidos.Outrossim, o método de propulsão dos discos voadores é um derradeiro mistério, tanto que os engenheiros aeroespaciais estão convencidos de que mais de um método de propulsão é usado na locomoção das naves extraterrestres, dependendo dos seus delineamentos. Eles já tentaram usar um sistema alcunhado de retroengenharia para locomovê-las, visto que não parece haver outro modo de compreender os sistemas de propulsão destas naves. Os equipamentos governamentais também não são muito sofisticados, a fim de efetuarem qualquer análise final. Sempre que ocorrem eventos ufos complexos, muitas vezes, níveis extremamente altos de radiação se alastram em grande parte nas imediações da área dos acidentes”.

"A maioria das naves extraterrestres colididas explodem e se carbonizam no impacto, incinerando o veículo e seus ocupantes. Já as naves que caem por acidente ou que são intencionalmente derrubadas pela Força Aérea Americana são quase sempre encontradas na mesma condição. Os ocupantes de uma nave extraterrestre são raramente recuperados com vida. E, aqueles que sobrevivem a uma colisão têm sobrevida curta”.

"Todos vocês começarão sua nova excursão de serviço como parte do grupo de segurança nos projetos secretos. Suas missões serão juntar os pedaços de nave extraterrestre descobertos no lugar da queda, logo que a equipe médica recuperar a tripulação alienígena. Se existirem extraterrestres com vida, serão apanhados e transportados para o laboratório médico, antes de vocês terem permissão para entrar na área de queda. Se estiverem mortos, vocês ainda terão de esperar até que sejam colocados em sacolas e levados para o laboratório de patologia para análise".

Fazendo uma pausa, o tenente olhou ao redor da sala para ver como seus estudantes lidavam com essas informações. Em silêncio, aguardaram que ele prosseguisse com a explicação.

"Vocês terão uma rede de mapas da área dos acidentes de naves e serão designados a analisar cada rede de mapas, uma a uma, até se certificarem de que apanharam todos os vestígios dos destroços da nave. Na maioria das vezes, vocês terão de esperar até que o calor se dissipe no local do acidente Às vezes, o calor emanado da nave colidida é tão intenso, que não se pode tocar um objeto por horas. Não existe muita urgência ligada a essa parte da investigação; isto pode levar todo o tempo necessário”.

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"Vocês serão orientados durante dois dias a respeito desses assuntos, assim que chegarem às suas repartições. Eles informarão, exatamente, o que executar e como fazê-lo. A equipe a que vocês serão designados está nesse lugar há alguns meses e não levará muito tempo para vocês adquirirem bastante experiência. Eles darão qualquer informação que precisarem tomar conhecimento".

Nesse instante, Harry imaginou desde os pedaços recolhidos da nave espacial colidida, até imagens de como se aparentaria uma nave extraterrestre intacta. Concentrando-se nisso, outra vez, ele compreendeu que era exatamente o que estava sendo discutido na classe.

O tenente continuou explicando: "Estas naves aparecem de tamanhos e formas variadas, desde naves pequenas de formato oval, de quinze ou vinte pés de diâmetro até as compridas, do formato de um charuto, do tamanho de um campo de futebol ou maiores. Algumas naves são de formato triangular e muito rasas em profundidade; contudo nenhuma destas naves já realizou uma aterrissagem testemunhada e somente podemos especular sobre as formas de vidas alienígenas que, eventualmente, pilotem essas naves exóticas. Entretanto, toda nave extraterrestre tem duas coisas em comum: materiais e método de propulsão incógnito”.

"Alguns membros do projeto teorizam que as variações na aparência das naves extraterrestres, talvez tenham relação com o propósito de suas expedições na Terra. As naves extraterrestres grandes, com vários compartimentos internos, contendo instalações médicas e equipamentos, são utilizadas na abdução de humanos e animais restando amplo espaço para os extraterrestres executarem seus experimentos. Já as naves extraterrestres pequenas julgam ser empregadas para reconhecimento. Tudo isso é estritamente uma conjectura. Ninguém sabe ao certo. Contudo, os seres híbridos participando dos projetos de intercâmbio na Área 51 e base Four Corners chegam em naves pequenas”.

"Nós jamais encontramos suprimento de alimento a bordo de uma nave extraterrestre. Mas, nós comumente encontramos garrafas plásticas contendo um líquido parecido com água, que supomos ser algum tipo de suplemento nutritivo”.

"As tripulações alienígenas de algumas naves extraterrestres tem um semblante de inseto. A análise química determinou serem formas de vidas estruturadas à base de clorofila; uma aparência física que requer um tipo de nutrição líquida, absorvida através de suas peles, por estarem faltos de um

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sistema digestivo discernível. Isso talvez explique os recipientes de líquido encontrados nas suas naves".

Dia após dia, a turma estudava fotografias e esboços de vários tipos de naves extraterrestres. Sentiam como se suas cabeças fossem irromper por causa de todas aquelas informações impressionantes. Na sexta-feira à tarde, o instrutor comentou finalmente: "Basta por esta semana. Logicamente, seus cérebros precisam de um descanso. Mas, homens, tomem a sério minhas palavras. Vocês ainda não escutaram nada. O melhor está por vir.“Acrescentou o tenente com um riso frívolo”.

Sentado com os braços cruzados na sua cadeira, Harry estava fascinado e impressionado, com o que tinha tomado conhecimento. Assunto extraterrestre era uma coisa real. Todas as histórias que ele tinha escutado durante anos a respeito de UFOs e seres extraterrestres estavam confirmadas. Já quanto ao público, os militares apregoam sobremaneira os UFOs como balões meteorológicos, gás de pântano, planeta Vênus ou, ainda pior, alucinação do indivíduo.

À medida que a turma progredia, seus sentimentos de constrangimento aumentavam. Harry estava estupefato; com emoções variadas. Excitação sobre todas essas incríveis informações ufos; ressentimento de estar sendo enganado; envergonhado de não ter visto através das mentiras; raiva de ter sido tratado como um bobo; repugnado em saber como seu governo deliberadamente fazia de bobo às pessoas ingênuas e inocentes. Além disso, a empatia com os cidadãos que realmente tinham avistado naves espaciais ou extraterrestres e que conscientemente reportavam seus avistamentos, unicamente para serem ridicularizados publicamente. Ao mesmo tempo, a CIA bem como outras agências de inteligência e os militares levavam a cabo suas investigações ultra-secretas de cada incidente ufo – trabalhando conjuntamente com os alienígenas. Então, Harry refletiu consigo: O que é pior? As atividades honestas e intenções dos seres extraterrestres ou as nossas fraudes governamentais? E agora, me tornarei um deles?

Até mesmo o Presidente Americano, na realidade vários deles que se estabeleceram na Casa Branca, asseguravam o controle imediato de todas as malditas operações militares, instruindo os militares a maquinarem estas ou aquelas histórias ufos mais aceitáveis para cada incidente ufo, à medida que ocorressem.

Nesse instante, o tenente mitigava o ritmo das informações ufos para o dia: "Uma última coisa, homens. Em toda nave extraterrestre e todo uniforme

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extraterrestre, nós contemplamos um triângulo com três linhas horizontais cruzando através deste símbolo, que alcunhamos de uma insígnia trilateral. Julgamos que esse símbolo constitua algum tipo de símbolo universal, representando uma federação ou um grande grupo extraterrestre. No decorrer da semana, tentem relaxar e divirtam-se um pouco. Existem muito mais fotos e esboços de naves extraterrestres e seus pilotos, a serem abordados. O material que receberão na próxima semana trará detalhes a respeito das dimensões e quais informações que concluímos, a partir das nossas pesquisas. Lembrem-se justamente disto: Uma vez que saírem a campo, provavelmente irão presenciar vários eventos que não estão descritos no livro. Bom, homens. Liberados! Vejo-os na segunda-feira".

Chegando cedo para sua última semana de aula, Harry mal continha seu entusiasmo. Estava ávido por aprender mais sobre como se pareciam as outras formas de vidas extraterrestres. Ele queria partir para sua nova repartição em Four Corners, onde se defrontaria com a coisa real.

Dando um sorriso para Harry, o tenente lhe entregou um livreto com os dizeres: MAJIC/ULTRA-SECRETO com a insígnia trilateral estilada na capa. Esse livreto tinha mais espessura do que os outros.

Nisso, o tenente aproveitou estar a sós com Harry para lhe perguntar: "Nadien, você parece mais interessado no assunto ufo que os outros. Você provou ser mais alto que a média e você é o mais moço na turma. Francamente, como você conseguiu ser designado para a ATIC?”

Harry ficou atônito com a pergunta e como respondê-la, com o tenente sentado ao pé da mesa. “Descansar, piloto! Isso é entre você e mim. Sem relação a nada, percebo que você logrou um interesse especial nessa coisa toda. Uma aptidão especial, também, da qual eu posso falar pelo seu empenho nessa turma. Eu endossarei, por meio de emitentes, que você levou somente seis meses no grupo de perímetro, em vez dos normais dois anos de preparação. Você será designado diretamente para o Grupo Azul. Eles são a primeira unidade que parti, de principio, para investigar todos os incidentes ufos que acontecem em Four Corners. Eles recuperam os membros da tripulação alienígena com vida e os escoltam para a instalação subterrânea para tratamento médico, caso necessário. Também realizam investigações, exatamente no sitio de queda da nave extraterrestre, toda hora que possível. Em suma, vocês seriam parte do comitê que dá as boas-vindas aos extraterrestres".

Circulando um olhar na direção da porta, ele continuou: "É parte do meu trabalho prestar atenção em quaisquer pilotos que apresentem interesse

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especial nos projetos. Vocês parecem ter as qualificações certas para se juntarem ao Grupo Azul. Alguns homens se saem bem na classe, mas não têm tudo o que é preciso para lidar com o trauma emocional de tratar com alienígenas frente a frente. Eu examinei seu passado e mostra que você tem lidado sucessivamente com algumas responsabilidades pesadas, devido a problemas pessoais. Não deixa ninguém pisar em você, fica com a cabeça fria não importa o que acometa. Eu já conversei com a Sede da ATIC. O Coronel Walker e o Comandante da base Four Corners querem você no Grupo Azul, assim que seja possível". Ele olhou diretamente nos olhos de Harry e perguntou: "O que você acha, Nadien?"

Dando-se conta de que ele tinha sido escolhido para uma missão muito especial, Harry foi pego completamente desprevenido. Ele conseguiu expressar sua gratidão o melhor que podia. "Obrigado, senhor. Isso é uma honra. Espero poder lidar com a minha missão. Eu esperava trabalhar em um lugar distante, como todo mundo".

As palavras pareciam totalmente inadequadas, mas era tudo o que podia conseguir no momento. Regojizando-se, o tenente assegurou-lhe: "Nadien, você irá cumprir com seu trabalho muito bem. Pode ser, que num dia desses você seja aquele piloto que eu comunique à base Four Corners para recomendar um astuto jovem piloto, para o Grupo Azul”.

A estas palavras, Harry ficou em estado de choque. As coisas pareciam estar precipitando-se subitamente. Ele, então, meditou: Não sei se estou pronto. Sinto-me como se estivesse galopando um cavalo em disparada, desprendido das rédeas. Acho que essa cavalgadura será um passeio extraordinário.

O dia passou com rapidez. Contudo, pareciam existir tantos tipos diferentes de seres extraterrestres como naves espaciais. Harry, que tinha sido preparado para se comportar com atitude oposta, talvez, até mesmo repugnado com a percepção do modo de viver e respirar de seres não-humanos, ao contrário, ficou fascinado com tudo o que aprendeu e atemorizado com a absoluta diversidade da aparência destes viajantes espaciais. Eles se apresentavam da escala que ia desde inseto, para planta, para humanóides mutantes, bem como para a prole de experimentação na hibridização de humanos e extraterrestres. Ele ficou ansioso para que o treinamento chegasse ao fim e pudesse realmente contemplar algumas dessas entidades, na vida real.

O instrutor, então, explicou: "Os seres Greys altos são assim nomeados por causa de suas estaturas e cor de pele, freqüentemente, azul-cinza. Parecem

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ameaçadores, são extremamente difíceis de se comunicar, mas, até hoje, nenhum deles demonstrou qualquer perigo físico para os membros do Grupo Azul. Esse grupo extraterrestre particular nunca se mantém no solo por muito tempo, e assomam-se às suas naves por breves períodos. Sequer permitem que os membros do grupo azul se aproximem a uma distância não mais de 9 metros, já que é melhor assim, uma vez que exalam um desagradável odor de suor úmido, similar ao odor de papelão molhado ou de um antigo porão que tem ficado fechado por longo tempo. Presumimos que estes seres Greys são os responsáveis pela maioria das abduções humanas e mutilações de animais. Geralmente, viajam em naves de grande tamanho, por vezes do tamanho de um campo de futebol, talvez até maiores".

Harry esperava que seu primeiro contato com extraterrestres não fosse com estes seres alienígenas, mas, admitiu que não tinha muita escolha na questão. Tinha que lidar com qualquer ser extraterrestre independente da raça alienígena, a qualquer hora que assomassem.

Durante cinco dias consecutivos, o tenente explanou para a turma, tudo o que era sabido de cada tipo de raça extraterrestre, que tinha visitado a Terra. No final do último dia, Harry decidiu que ele, particularmente, lidaria com os pequeninos seres extraterrestres, cuja pele era de cor verde-amarelada. De acordo com o livro, seus semblantes eram mais como de inseto e se movimentavam de um jeito letárgico e estranho. Pareciam muito mais amistosos e, em todas as aterrissagens, tinham sido os primeiros a iniciarem um tipo de comunicação telepática. A maioria desses seres tinha braços compridos, franzinos, longos e estreitos, e pernas que, conforme Harry, pareciam como de um louva-a-deus.

Estes eram os extraterrestres que tinham se prestado a compartilhar seus conhecimentos com a humanidade, e que estavam neste momento trabalhando com os cientistas governamentais, nos laboratórios subterrâneos em Four Corners e Área 51. Conforme o acordo firmado entre os governo dos E.U.A e o Conselho Intergaláctico, uma agenda de revezamento tinha sido arranjada, onde alguns dos mais notórios pesquisadores de várias galáxias, passavam vários meses em Four Corners. Após retornarem aos seus lares eram substituídos por um novo grupo.

Harry passou a deduzir que todos fazemos parte de uma mesma família. Todos têm alguns parentes estranhos nas suas árvores genealógicas. Essa missão será a coisa mais interessante que já aconteceu comigo. Estou tão preparado quanto estarei para o ATIC e o Grupo Azul.

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Quando o curso chegou ao fim, foi o momento de Harry deixar Crawford, rumo ao seu novo posto. O assunto tem sido profundo, pensou, e agora é um alívio ter acabado. Minha pobre mente precisa de um descanso, antes de encarar a realidade de lidar com seres extraterrestres. Eu sinto, como se tivesse caminhado através do espelho da porta da realidade. Só espero que não seja um espelho de um só caminho.

Harry aporta em Four Corners - Ano de 1956

Chegando numa bifurcação da estrada, Harry decidiu seguir pelo trajeto da esquerda. Tão logo chegou ao cume de uma colina havia uma cerca viva, da altura de 2,43 m, indicando que chegara à Four Courners. Ambos os lados do amplo portão, que se estendia na estrada, possuíam grandes placas com os dizeres: "PROPRIEDADE DO GOVERNO DOS E.U.A. NÃO ENTRE. USO AUTORIZADO DE FORÇA LETAL".

Do lado de fora do portão, em ambos os lados da estrada, estavam dois enormes guardas trajando uniforme militar desmarcado, com um coldre duplo na cintura, portando uma arma automática leve MP6. Ao lado de cada um deles havia cachorros malignos, nunca presenciados por Harry. De que raça são? Parece uma mistura de Dobermann, Mastim Inglês, Pit Bull e leão. Deus! Espero que não me peçam para descer do carro.

Nisso, Harry contemplou a centenas de jardas, no lado distante do portão, uma antiga casa de rancho abandonado, com vários celeiros compridos, antigos, com telhas voltadas para baixo. Havia um caminhão de cinco toneladas estacionado atrás de um celeiro, camuflado com uma pintura de serviço.

Nesse instante, os guardas e os cachorros caminharam até o carro de Harry, que desceu o vidro da janela do carro, abriu sua pasta e tirou suas ordens. Imediatamente, um grupo de guarda e os cachorros se acercaram. Os olhos avermelhados, inflamados e sombrios de um dos cachorros espreitavam Harry; seus lábios arqueavam-se para trás, sobressaindo dentes ameaçadores e ferozes. Imóvel de terror por causa da criatura, Harry fitou novamente os olhos fulgentes do animal, pensando: Cristo! Esse bicho não parece um cachorro. Seu pânico foi interrompido pela pergunta do guarda: "Posso lhe ajudar, senhor?"

Harry deu-se a conhecer: "Piloto Nadien apresentando-se para o dever!"

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Exprimiu ele corajosamente, no momento que entregou as ordens. O guarda, as examinou rapidamente e as devolveu acenando positivamente. Então, Harry se acalmou imediatamente.

"Siga diretamente para o celeiro e estacione ao lado do caminhão. O Coronel Walker o aguarda. Bem-vindo à Four Corners!"

O guarda e a criatura do inferno recuaram e o portão lentamente moveu-se para frente e para trás, abrindo-se. Harry notou que o guarda não tinha ativado o portão; que tinha sido remotamente colocado em funcionamento por alguma pessoa, não visível. Havia mais neste lugar do que seus olhos percebiam.

Harry prosseguiu com seu carro através do portão, na direção dos prédios abandonados. No momento em que o portão se fechou, os guardas e os cachorros assumiram suas posições originais.

"Estou em Four Courners finalmente: murmurou Harry”. Não parece muito com o que eu esperava, de qualquer forma. Tudo está a ruir. Não existem muitos prédios neste lugar, sequer um pelotão. Cristo! Parece que os prédios derruiriam, se eu assoprasse forte neles.

Subitamente, Harry sentiu-se exausto, emocionalmente e fisicamente. "Bem, Nadien, para melhor ou pior, esse lugar é isso". Comentou o que achava, fitando a paisagem no lado oposto. "Sua nova família o aguarda. Espero que você esteja pronto para encontrá-la".

Após estacionar seu carro ao lado do grande caminhão, Harrry saltou do carro, tomou fôlego e bateu a porta. Em seguida, auscultou alguém se avizinhando pelo outro lado da base e no momento em que Harry abriu a porta da base, contemplou uma cena completamente diferente da parte externa dos prédios.Um quarto completo, enorme, que parecia uma combinação de sala de jantar e quarto, com poltronas, televisão, mesa de bilhar, máquinas de venda automática de soda e barras de doce.

"Bem-vindo a Four Corners, Piloto Nadien!" Acabou por dizer, um grande e forte homem trajando uma camisa cáqui e calças com camuflagem, dobradas para dentro de suas botas de combate, que o cortejou firme: "Coronel Walker! Vamos, chegou no momento certo para a refeição”.

Confuso, Harry não prestou atenção ao cumprimento de mãos e de bater continência. Depois de tudo, essa é a forma de apresentar-se a um Coronel. A confusão de Harry era visível. "Relaxe, Harry, isso é a ATIC. Nós ainda

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somos da Força Aérea; não existe formalidade neste lugar. Nem continências obrigatórias e nós somos informais; como todo inferno”.

Isto posto, o Coronel conduziu Harry para o interior de um lugar, onde havia vários outros homens, trajados informalmente com camisas e uniformes militares, utilizados em atividades não militares; eles entravam no quarto a partir de uma escadaria que provinha de algum lugar na parte inferior do celeiro. "Homens! Alguém recém-chegado aqui!" Anunciou o Coronel. "Vamos dar-lhe as boas-vindas. Venham cá e se apresentem. A propósito, meu nome é Bill."

Harry ficou extremamente confuso. Estou no meio de nenhum lugar, em algum lugar no deserto de Nevada, dentro do que parece um celeiro abandonado do lado de fora, mas é uma instalação subterrânea moderna interiormente. E meu Comandante Oficial, um Coronel, quer que o chame de Bill. E nem ele mesmo fala como um oficial. Depois da refeição, Bill mostrou a Harry os alojamentos da base, instalados debaixo de um antigo maquinário de armazenamento de produtos, estatelados rente ao celeiro. A entrada conduzia para uma escadaria, que descia para a parte de trás da sala de jantar, onde Harry tinha avistado os pilotos chegando, no momento em que, de princípio, aportou na base. Um pequeno túnel subterrâneo conectava os dois prédios.

No instante em que chegaram na área dos alojamentos, Harry observou dois compridos corredores com pequenos quartos de cada lado. Havia uma cama em cada quarto e cada aposento tinha um banheiro com um chuveiro.

Deus!“Eu estou fatigado após três dias de viagem” murmurou. Depois de um longo e relaxante banho, caiu na suave e confortável cama de casal, roncando de satisfação. Enquanto se deixou levar pela imaginação para dormir, imaginou Annie deitada ao seu lado e bradou: “Bem, até aqui, tudo bem. Minha nova família parece mais amigável do que a minha verdadeira família". Lidando com Diabete e Cegueira - Ano de 1960

Recolhida na cama, Marisa meditava a respeito dos terríveis e turbulentos anos, que transformaram uma garota de oito anos de idade, brilhante e saudável, em uma estudante cega em retiro, justamente começando a cursar

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o penúltimo ano de uma instituição de ensino. Após receber os resultados dos testes de laboratório, o médico explicou a Marisa o que estava acontecendo: "Marisa, você tem o que chamamos de Diabetes Mellitus. Crianças, ocasionalmente, contraem essa doença quando estão na sua idade. É difícil tratá-la, já que você ainda está em fase de crescimento. Isso é o que está fazendo você se sentir tão cansada. Não podemos curar essa doença; podemos controlá-la. Para se sentir melhor, terá que tomar injeções de insulina diariamente, por toda a sua vida, começando a partir de hoje".

O médico interrompeu a explicação, deixando Marisa começar a compreender a situação devagar, e continuou: "Eu a internarei no hospital por alguns dias, para que possamos verificar a dosagem certa de insulina que você precisará tomar, assim você não ficará tão cansada e com sede o tempo todo".

A única resposta de Marisa foi: "Posso levar minha boneca irmã?" Daí em diante, após alguns dias no hospital, Marisa já se sentia melhor.

Em um certo dia de tarde, quando a mãe estava com ela, Marisa lhe contou que tinha uma amiga especial no quarto, no outro lado do corredor. Emocionada, levou sua mãe até o quarto, puxou a cortina ao redor do berço e apontou para a criança ali deitada.

Marisa disse: "Esse bebê parece um rato! Olhe mãe!" Helen ficou atônita. Deitado no berço encontrava-se um bebê com um defeito de nascença horrível. Tinha feições faciais de um rato, mãos e pés pequeníssimos lembrando as garras de um rato. Seus dedos das mãos e pés eram unificados ao longo da metade dos dedos abaixo; onde deveriam estar suas pequenas unhas estavam formadas parcialmente garras. Suas sobrancelhas espessas e frondosas afunilavam-se para baixo em uma linha fina de cabelo passando ao longo da ponte de sua narina. O resto de seu corpo, seus braços e pernas que podiam ser vistos sobressaindo por fora de seu pijama, parecia humano.

Erguendo os olhos para sua mãe, Marisa explicou: "Às vezes, no momento em que ela desata a chorar e a enfermeira não chega prontamente, eu entro no quarto, lhe digo para não recear e ela pára de chorar. Ela é a minha nova amiga".

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No dia seguinte, quando Helen compareceu para visitar Marisa, ela mostrou-se apreensiva: "Mãe, minha nova amiga partiu. Não está no quarto dela. Você acha que ela morreu?"

"Os médicos provavelmente remanejaram essa criança para um outro quarto. Não acho que ela tenha morrido: "Helen falou reafirmando essa questão para sua filha e mudou de assunto. Marisa queria saber a respeito da criança, mas nunca repisou esse assunto novamente.

Pouco tempo depois de completar dezessete anos de idade, Marisa acordou de manhã incapaz de enxergar por um olho. Atemorizada, bradou: "Mãe, alguma coisa está errada! Não posso enxergar nada com meu olho esquerdo”. Após três semanas, Marisa acordou cega de ambos os olhos. Agora, ela já estava totalmente cega. O Dr. Parks tentou recuperar sua visão com duas aplicações de laizer, mas sem êxito.

Primeiro Contato de Harry com um Extraterrestre - Ano de 1956

No segundo dia, à noite, Harry estava alojado na base Four Corners quando auscultou um aterrador e gritante alarido de uma sirene, alertando da aproximação de uma nave extraterrestre. Naquele instante, o Grupo de Segurança do Perímetro do turno da noite, ou PST, para o qual Harry fora designado repousava no quarto recreativo. Ao escutarem o toque de sirene, os homens apressaram-se trajando jaquetas de guarda militar, de forma sincronizada como uma máquina perfeita.

O Grupo Azul entraria no local do acidente primeiro, ao passo que o grupo PST, agiria no perímetro ao longe. Realmente, eles se contentaram em não se expor ao tremendo calor da explosão da nave extraterrestre, que emanava de algumas naves colididas.

Os membros do grupo PST trajavam um pesado sobretudo com várias camadas de proteção por baixo, incluindo botas, luvas e capuz, especialmente confeccionados para protegê-los da radiação intensa, que estava quase sempre presente nas áreas de acidente. O Grupo Azul trajava jalecos similares ao do grupo PST, mas com material mais leve, já que seu período de exposição à radiação era mais breve.

Cada membro do grupo tinha afivelado em cada jaleco um medidor de

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intensidade de radiação, meticulosamente calibrado, que media a quantidade exata de radiação, à que eram expostos durante um acidente com nave extraterrestre. Após cada acidente, cada membro do grupo restituía seu medidor e recebia um novo.

Naquele dia de manhã cedo, Bill concluiu um resumo, já classificado de antemão, em que Harry tinha de assinar uma instrução desobrigando o governo de toda e qualquer responsabilidade, no caso de qualquer possível doença vindoura a partir da exposição à radiação. “Harry, essa assinatura é meramente uma formalidade. Eles me informaram, que não existe perigo relacionado com suas obrigações. Isto é uma rotina governamental; você sabe como isso tem um certo procedimento. Nós todos aceitamos essa norma”.

Harry perguntou. “O que pode acontecer se eu não assinar esse documento?”

Bom, visto que a assinatura desse termo é uma ordem direta governamental, uma recusa constitui uma desobediência a uma ordem, que o levará a uma corte marcial”.

Imediatamente, Harry apôs seu nome no documento, mesmo estando apreensivo. Não posso acreditar que os intensos níveis de radiação, que estamos sendo expostos, possam ocasionar dano à saúde. Se nosso trabalho é tão seguro, para que temos que trajar pesados e enfadonhos jalecos? E quanto aos dosímetros? Droga! Todos os membros do grupo são tão saudáveis! Mas, quanto tempo eles estão oficiando neste lugar? Quantos acidentes extraterrestres já se expuseram à esse “suposto seguro” nível de radiação?

Nesse instante, o alarido da sirene cessou nos alojamentos e um alto-falante anunciou: “Nave aproximando-se na grade cinco a sudoeste”.

Harry juntou-se ao restante dos seus membros de equipe, correndo na direção do caminhão. O portão principal balançou abrindo e a caravana correu para dentro do deserto enluarado, à medida que os passageiros trajavam suas roupas protetoras.

Espreitando através da janela lateral do caminhão, Harry observou uma grande nave espacial, cuja forma era ovóide, pulsando luzes azul e verde, emitindo um fulgor de outro mundo na paisagem taciturna do deserto. Movendo-se de forma ondulatória para baixo em uma velocidade inimaginável, a nave parecia descontrolada. Os caminhões estacionaram no

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cume de uma baixa elevação. A partir de uma distância segura, observaram a nave, desprotegidos, no instante em que se precipitou no solo e explodiu no impacto. A seguir, Harry escutou um ruidoso assobio, tal como a água vertendo sobre uma brasa.

“Ninguém vivo esta noite, homens!” Disse Billy.“Vamos, deixem que a equipe dos Azuis trabalhe!” “Não quero permanecer perto dessa nave nem um minuto”.

Harry esperava que seu primeiro resgate fosse diferente, por meio de uma aterrissagem segura. Ele escutara rumores de que recentemente haviam ocorrido quedas fatais de naves extraterrestres e queria saber se havia algum motivo particular. Supôs haver um lugar seguro em Four Corners, onde cientistas extraterrestres recebiam boas-vindas, ao fim de suas longas viagens. Harry frustrou-se e entristeceu-se, ao saber que esses pioneiros intergalácticos, viajando distâncias incompreensíveis sem acidente, corriam o risco de se acidentarem a poucos pés de suas viagens. O que havia na Terra, que os impelia a colidirem? Seria por causa dos campos magnéticos? Talvez, a alta gravidade terrestre? Evidentemente, as tecnologias extraterrestres deveriam ser capazes de lidar com tudo isso.

O próximo alerta sucedeu três semanas depois. A sirene soou e o chefe da equipe de radar emitiu um brado frenético pelo sistema de auto-falante. “Funcionamento defeituoso no sistema de alerta do radar! Homens! Nave no solo na grade cinco!”

Harry lembrou-se, então, da explicação de Crawford, que isso poderia acontecer, no momento em que uma nave se materializava numa dimensão; não seria detectada por radar convencional. Nesse instante, em que o grupo de resgate correu para os veículos à espera, todos sentiram que alguma coisa incomum estava por vir. O ar parecia carregado de excitação e eletricidade. Até mesmo a sirene soou diferente.

Como que parando seus veículos justamente sobre um cume na paisagem, as equipes observaram a nave extraterrestre taciturna. A lua quase cheia, que iluminava o deserto, não se comparava com a forte luz estroboscópica pulsante e intensa da nave. O objeto tinha o formato circular, além de uma fileira única de janelas no meio, ao redor de seu centro. Essa nave pairou em total silêncio, não mais que poucos pés acima do solo, supostamente criando condições para aterrissar no solo do deserto.

No caminhão líder, o comandante do Grupo Azul observou a nave através do binóculo, que aumentava a luz, e transmitiu via rádio: “Nenhum sinal de

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movimento, nem dentro nem fora da nave. Nós entraremos na área. “Bill, dê cobertura aos meus seis homens!”

A seguir, ambos os grupos se aproximaram da nave cautelosamente, estacionando seus caminhões a uma distância afastada e logo desceram. Harry lembrou da luz pulsante da nave, como as luzes estroboscópicas dos clubes noturnos. Então, os membros do Grupo Azul caminharam em fila indiana acerca de cem pés da nave, pararam e observaram, no instante em que a nave lentamente aterrissou no solo. Mas, instantes antes da nave aterrissar, três pernas como o tripé, assomaram silenciosamente, debaixo da nave. De pronto, diante do Grupo Azul, surgiu o contorno de uma fresta, que de outra forma, não havia sinais distintivos de cor prata no corpo da nave. Os membros do PST então, avançaram lentamente na retaguarda dos Azuis.

Ainda não havia som, nem sinal de movimento no interior das janelas iluminadas e sequer variação na luz cintilante que fulgia da fachada da nave. Logo, uma fresta se abriu silenciosamente e baixou ao solo, formando uma rampa. Uma luz espargia do interior da nave para quem quer que fosse ou estivesse na nave, aparecesse.

Em seguida, Harry olhou para Bill e depois para o restante do grupo. Cada um estava nervoso e tenso. Ninguém ousou se mover. O líder do Grupo Azul permaneceu aproximadamente a dez pés da fresta da espaçonave, olhando para o interior da nave. Harry então escutou um fraco sussurro, como de folhas secas em uma calçada.

Uma figura assomou-se à fresta da nave. Pausando por alguns segundos, o ser extraterrestre olhou para cada membro do Grupo Azul e, então, para os membros do grupo PST. Quando o ser encarou diretamente esse grupo, Harry sentiu um calor, uma sensação no interior de sua cabeça. Meditando sobre isso, depois, concluiu ter sido uma sensação agradável.

O ser extraterrestre está me sondando para uma comunicação telepática, Harry quis saber. Agora, o que eu faço? Isso não foi explicado em Crawford.

O líder Azul seguiu o enfoque do ser extraterrestre, que voltou os olhos para Harry, e o líder Azul falou: “Harry, está tudo bem para que ele nos diga o que aconteceu com a outra nave. Eles normalmente escolhem uma pessoa para se comunicar. Desta vez aconteceu, por acaso, ser você. Justamente, permita-lhe tomar conhecimento sobre como você se sente a respeito do que aconteceu e os pormenores do acidente da nave. Como

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você se recorda dos fatos e suas emoções. Não fale isto em tom alto. Concentre-se bem e visualize, claramente, esse acidente na sua mente. Deixe nosso visitante captar isto da sua mente”.

Harry cerrou seus olhos, recordou o acidente, observando a nave condenada espiralando para baixo, fora de controle, sentindo o mesmo ímpeto de emoções, que tinha sentido há três semanas atrás, no momento em que observava os destroços da nave queimando. Ele rememorou seu devastador juízo de tristeza pela perda das vidas dos ocupantes da nave.

Daí, o alien moveu-se de forma rígida e mecânica para baixo através da fresta da nave, e pisou no solo. Nesse instante, Harry ansiou aproximar-se do ser e esperou que ele lhe enviasse o pensamento. Harry, então, deu passos curtos e deliberados à frente, com cuidado, até aproximar-se o bastante para estender a mão e tocar o frágil ser extraterrestre. De perto, aos meus olhos, o ser não se encaixava exatamente com quaisquer dos seres extraterrestres, apresentados nos materiais na sala de aula. Esse ser extraterrestre media cerca de 1,40m de altura, corpo esquálido, braços finos e compridos e pernas que pareciam completamente fora de proporção para um corpete. Sua pele era pálida verde-amarelada, seus olhos eram grandes, negros, de forma estranha oblíquos, olhos que espreitavam corajosamente Harry. No lugar da sua boca havia somente uma pequenina fenda horizontal. O ser não tinha lábios, seu queixo afunilava acentuadamente, até diminuir gradualmente de espessura no seu pescoço fino. Harry começou a meditar: “Bom, dialogando mentalmente, não há motivo para falar”.

Na verdade, o ser extraterrestre trajava um uniforme cinza prateado. Uma insígnia, atada na área do peito do uniforme extraterrestre apresentava um triângulo com três linhas horizontais percorrendo através de um lado, exatamente como descrito no livro.

Quando o ser extraterrestre continuou fitando diretamente nos olhos de Harry, ele sentiu novamente espargir uma tranqüilidade dentro de sua mente. Esta não foi uma sensação desagradável, precisamente não familiar. A sensação de calma logo voltou aos pensamentos do visitante extraterrestre, que sem nenhum esforço mental, comunicou-se telepaticamente: “Não tenham medo. Viemos em paz. Almejo expressar aqui a minha gratidão pela compaixão, que todos vocês têm mostrado para com meus companheiros, que perderam a vida na queda da nave”.

Nesse instante, Harry quis estender a mão e apalpar o ser extraterrestre, mas ficou inseguro. Sentiu-se estranhamente compelido a efetuar uma

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expressão física de compaixão, já que não sabia se aquilo seria apropriado. Cada vez mais, confuso e estressado, Harry sentiu-se inseguro com relação à maneira de proceder, a seguir. Todo esse conceito de comunicação mental ainda era muito novo para Harry.

Naquele instante, Bill sussurrou para Harry: “Estenda sua mão vagarosamente. Se o alienígena esticar a dele vá adiante e segure-a. Tome cuidado e observe a reação“.

A seguir, Harry, retirou suas luvas grossas e, como se estivesse lendo a mente do extraterrestre, ele alcançou vagarosamente a mão direita de Harry, apalpando-a de leve, suavemente. Então, Harry observou quatro dedos em cada mão do ser extraterrestre, desprovido do dedo polegar. Os dedos lembravam antenas de inseto, compridas e tenazes. De forma surpreendente, a pele do ser extraterrestre era gélida e agradável ao toque.

Os olhos do ser extraterrestre cativaram a atenção de Harry. Ele soube que o alien expressava a gratidão, não apenas para ele, mas para o grupo inteiro. Logo depois, o extraterrestre virou-se, caminhou lentamente e, com letargia, subiu a rampa e desapareceu no interior da nave. A escotilha se fechou, discretamente, à retaguarda do extraterrestre.

Ambos os grupos de resgate permaneceram ainda no local da aterrissagem, mas assim que ouviram um suave ruído do vento, vindo de debaixo da nave, eles, instintivamente, recuaram alguns passos para trás. A nave então subiu, pairou por alguns segundos por cima do grupo de homens e, então, lançou-se para o alto, a fim de tornar-se uma das milhares de estrelas no céu enluarado do deserto.

Harry Assume o Comando da Base Four Corners - Ano de 1966

Harry lembrou-se, com alegria, de sua primeira fraca tentativa de comunicação via telepatia. Só depois, mais relaxado, aperfeiçoou subitamente sua comunicação telepática. Apenas duas vezes Harry não obteve êxito na telepatia. Não mais que duas vezes, os seres extraterrestres altos Greys tinham aterrissado sem eventos especiais, usando um campo de força invisível ao redor deles e da nave. O campo de força tinha impedido os membros do grupo, de se avizinharem o mais próximo possível dos 4,60m, e os Greys se recusaram a se comunicar com Harry ou qualquer outro. Eles não permaneceram no solo por muito tempo e não foram agradáveis; ninguém pôde compreender a razão por que tinham aparecido. Se a intenção desses aliens foi de intimidação, a aparição deu bom

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resultado. Todos os homens no Grupo Azul se sentiram aliviados, no momento em que os Greys partiram.

Harry achou a aparência física dessa espécie extraterrestre particularmente ameaçadora. Seus olhos tinham um olhar sinistro, absorvente, de forma amendoada no centro, tendendo acentuadamente para cima num ângulo de quarenta e cinco graus, com fenda amarelo-esverdeada acentuada contra o resto de seus olhos preto-azuis. Harry já tinha visto seres répteis com olhos assim; estes seres altos Greys pareciam, ao menos, tão mortíferos como um crocodilo ou uma cobra.

Ainda que suas cabeças lembrassem cabeças humanas, suas narinas eram grandes e bicudas, suas mandíbulas sobressaíam-se como se estivessem prontas para o embate. Cada um tinha uma protuberância exagerada na parte de trás do crânio. Suas orelhas, se é que possuíam, não estavam à mostra, como se trajassem sempre macacão de piloto metálico, com um apetrecho fixo envolvendo a cabeça, semelhante a um capacete. As botas ajustadas estavam atadas ao jaleco. Estes seres mediam mais de seis a oito polegadas de altura que seus amistosos seres extraterrestres menores e que seus mais freqüentes visitantes, os seres extraterrestres primos. Entretanto, havia uma coisa em comum entre todos os visitantes extraterrestres: Os uniformes e a nave os declaravam como pertencendo ao Conselho Intergaláctico.

Novamente, Harry meneou a cabeça, consumido pela curiosidade. Subitamente, Bill, que abandonara o bom e antigo companheiro de sala, disse muito sério: “Harry, o lugar chamado Four Corners é , justamente, mais que um lugar de operação de recuperação de naves extraterrestres. É também como um tipo de embaixada para seres extraterrestres. Nós temos uma junta de grupo de humanos, bem como os pequenos extraterrestres Greys, trabalhando no subterrâneo em vários projetos, alguns dos quais são extremamente complexos. E, com alguns dos mais difíceis conceitos, nossos cientistas deparam-se com problemas de comunicação. Já que você tem um valioso atributo mental, que lhe permite enviar e receber informações com nossos visitantes, estou designando você para trabalhar com o grupo como um intérprete ou embaixador, se isso lhe aprouver.

A seguir, Bill Walker mostrou a Harry uma cópia de um acordo realizado alguns anos atrás, entre o governo dos Estados Unidos e um grupo de seres extraterrestres. Harry, lembrou-se de alguma coisa a respeito desse acordo, retrocedendo à sua instrução na sala de aula. “Sim, eu me lembro, e do que li também, Bill!” O governo deu permissão para os extraterrestres abduzirem e executarem experiências em humanos e animais, em troca de

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certa tecnologia avançada. Além disso, o governo colocaria em funcionamento um acobertamento e um programa de depreciação para reprimir qualquer publicidade sobre as abduções extraterrestres praticadas. Entretanto, o acordo especificou uma quantidade determinada de abduções, mas a ATIC suspeita que os seres extraterrestres ignoraram, rudemente, esse limite de cota durante os anos. O acordo especificou com precisão qual grupo de seres extraterrestres abduziria seres humanos, mas eu pressinto que são os seres altos Greys”.

Harry prosseguiu: “Em face disto, as tensões entre humanos e os altos Greys agravaram-se durante os anos. Conforme os relatos, os rancheiros estão encontrando cada vez mais gado morto com várias partes de sua anatomia removidas de forma limpa, a princípio: o reto, vagina, pênis e testículos, orelhas, lábios e boca. Mas, não há nenhum traço de sangramento das incisões precisas, que indiquem ser executadas com algum tipo de utensílio, como faca. Às vezes, os cortes parecem ter sido feitos com cortes de tesouras cortantes, como se os extraterrestres tivessem feito as excisões cirúrgicas com um cortador de biscoito. Cristo! Que tipo de instrumento realiza aqueles cortes? Você acha que os animais estão vivos no momento do procedimento?”

“A ATIC suspeita que as cirurgias bizarras no gado são conduzidas a bordo de naves extraterrestres e, a seguir, os animais são deixados no campo, sem vida, no instante em que são mortos. Oficialmente, o governo americano tem feito o melhor para subestimar a coisa toda, mas isto está se tornando um problema real”.

Harry, ficou sem vontade de almoçar, enquanto esperava nervosamente o que estaria por vir no período da tarde. Então, exatamente às 2:00h da tarde, Harry bateu à porta do gabinete do Coronel Walker. Bill apareceu e o conduziu até um celeiro indescritível, fora das barracas do prédio, que Harry nunca visitara. Na parte interior desse prédio, Bill teclou um código dentro de um painel de controle do elevador e a porta abriu silenciosamente. Conduzindo Harry para o interior, Bill apertou o botão para o nível 4 e o elevador começou a descer velozmente. Harry não tinha idéia da distância real percorrida e logo que a porta do elevador abriu apareceram dois guardas fortemente armados acolhendo-os em um pequeno saguão.

Então, Bill disse para Harry:“Precisamos mudar de elevador para os níveis mais baixos. Quando Bill apoiou sua mão num pequeno painel de vidro apareceu a informação: “Acesso estritamente controlado abaixo do nível quatro”.

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Assim que uma outra porta do elevador se abriu, eles entraram. Bill então apertou um botão para o nível 7 e o elevador desceu. Quando a porta se abriu, surgiu um corredor comprido cujo caminho Bill liderou passando por várias portas e, então, parou diante de uma pesada porta de aço. Apoiou sua mão em um outro painel e uma luz verde se acendeu. A porta deslizou abrindo-se silenciosamente e ambos entraram. Nisso, outra porta se abriu mostrando uma confortável sala de estar, e Harry ficou boquiaberto. À primeira vista estavam recostados no sofá três pequenos seres extraterrestres Greys.

“Sente-se, Harry, fique à vontade. Eles lhe aguardavam”.

Harry, sente-se! Logo sua mente foi preenchida com sinceras saudações. Ele respondeu com pensamentos de quão satisfeito estava em se encontrar com os visitantes extraterrestres, que esperava que estivessem saudáveis. Bill ausentou-se da sala, por alguns minutos. Harry e os três extraterrestres harmonizaram os padrões de pensamentos uns com os outros.

Uma vez que a sua aptidão para conversar e responder perguntas, de uma forma não verbal, havia crescido, Harry sentiu-se pronto para os questionamentos, que lhe trouxeram a este lugar, indagando: “Alguns seres do seu planeta participam ainda das experiências com animais na Terra?”

De súbito, Harry recebeu pensamentos claros em volta: “Não, não estamos mais envolvidos naquele tipo de pesquisa. Descobrimos que o DNA e os produtos do sangue do gado são muito similares aos dos humanos e híbridos, e podem ser usados alternadamente quando necessário. Nós temos estocado matéria-prima de uma grande reserva de suprimento de amostras de tecido, que talvez sejam necessárias e que poderão ser usadas em alguns experimentos futuros. O mais importante é que aperfeiçoamos um procedimento de clonagem para assegurar que o estoque de amostras de tecido seja perpétuo. De fato, atualmente estamos envolvidos em abduções humanas, levando à cabo experiências de miscigenação de seres extraterrestres e humanos, usando DNA do tecido que clonamos de humanos e animais, em tempos passados, para alcançar o ponto máximo nos resultados almejados”.

Eles continuaram a conversar com Harry: “Os altos Greys provindos do mais distante planeta da constelação intitulada Zeta Reticulum, ainda estão executando pesquisa de reprodução interespécies, e progredindo em seu programa de abduções de animais e mutilações. Eles parecem obcecados com o desafio de hibridizar seres humanos, animais e extraterrestres”.

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Harry, então, perguntou aos extraterrestres: “Por que nenhum traço de sangue é encontrado nas incisões de mutilação?”

“Em razão do animal ser soerguido do solo através de um tufão de partículas, altamente carregadas de luz, em direção a uma nave espacial à espera, pairada em grande altura. No interior da nave o gado é submetido à uma excisão cirúrgica das partes prediletas do corpo, com o uso de um instrumento capaz de atingir altíssimo grau de calor. Esse equipamento cauteriza e estanca instantaneamente o sangramento, em cada um dos lados do corte, em meio a uma acurada incisão micro-cirúrgica realizada entre as filas das células. A seguir, o animal é desovado na Terra por meio de um turbilhão luzente, similar ao primeiro que transportou esse animal para a nave”.

Em seguida, Bill abriu a porta do quarto e presenciou Harry e os seres extraterrestres taciturnos. Harry levantou-se, saudou ligeiramente os três extraterrestres e lhes agradeceu pelos seus discernimentos. Sua mente estava novamente tomada de entusiasmo e um desejo de retornar e conversar mais com os alienígenas em sua comodidade.

Assim que Bill deixou o centro subterrâneo e adentrou no primeiro elevador, Harry retransmitiu-lhe as informações que os extraterrestres lhe haviam passado, a respeito das espécies extraterrestres que conduzem abduções e experiências em humanos e animais.

Harry concordou com Bill: “Sim, eu acho que os altos Greys são mais perigosos do que originalmente presumíamos. Eles desdenham os termos do acordo, assim como para se comunicarem conosco. Acho que esses seres sequer tinham qualquer intenção de cooperar com qualquer coisa ou qualquer um. Já os pequenos seres Greys, como aqueles três extraterrestres, na outra mão, são muito amistosos. Não captei de seus pensamentos nenhuma ameaça iminente. Por sinal, envidaram esforços para melhor se comunicarem e cooperarem, contudo, poderão ser bons para ocultar suas verdadeiras intenções”.

“Bom, Harry, agora que você obteve autorização total do Grupo MAJIC, você será muito procurado. Nós temos muitos geneticistas, biofísicos, astrofísicos e médicos trabalhando nos porões subterrâneos desta base, contudo é comum ficarem em apuros ao lidar com conceitos complexos. Palavras são inúteis e a maioria do nosso pessoal, aliás, as pessoas, não entendem de telepatia. Suas mentes já estão abarrotadas de fórmulas e equações”.

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“Eu me sentiria honrado em atuar como interprete. Com efeito, apreciei dialogar com aqueles três extraterrestres”.

“Agora, senhor, ponha sua mão nesta placa! O sistema cuidará do resto” O policial militar solicitou e Harry obedeceu. Posto isto, Bill disse: “O código de quatro dígitos para o elevador subir muda semanalmente, mas eu o colocarei na lista de pessoal para que todos sejam notificados, verbalmente, do novo código, todos os domingos. Por motivos óbvios, esse código nunca é anotado. Espero que você tenha uma boa memória. Esta semana, seu código é 2243”.

Aproximadamente seis meses, após sua missão no grupo extraterrestre, um dos Ets chamado Chisky, já que assim soaria seu nome se pudesse ser pronunciado, comentou com Harry seu interesse perspicaz em aprender a se comunicar oralmente, uma vez que achava que podia ser entendido mais facilmente no meio dos humanos e seus companheiros na troca de cientistas. De fato, era muito mais difícil lecionar telepatia para humanos e requeria mais tempo. Assim, Harry informou a Bill e, imediatamente, a ATIC arranjou um grupo de especialistas lingüísticos para trabalhar com Chisky, além de duas outras pessoas, a fim de desenvolverem um protocolo de comunicação. Isto era um desafio, já que os exames físicos rotineiros revelaram que muitos dos pequenos seres extraterrestres Greys eram faltos de cordas vocais, contudo, em raras ocasiões, eles tinham à disposição alguns aliens Greys com traços de cordas vocais. Adicionalmente, suas cavidades oral e nasal eram, em grande parte, muito pequenas para formar sons. Estes seres eram incapazes de falar, não importava quão grandes fossem suas aplicações. No entanto, o exame físico de Chisky revelou que embora suas cordas vocais e suas cavidades oral e nasal fossem pequenas, havia uma grande possibilidade dele aprender a falar, ao menos um bocado.

Chisky progrediu rapidamente em seqüência, da telepatia com Harry para vocábulos expressados. Harry ficou impressionado quão rápido Chisky aprendia a falar. De começo, sua voz era gritante e mecânica, mas, com a terapia de comunicação, a altura do som estridente diminuiu gradualmente com poucos tons. O grupo ATIC estava condescendente em relação ao sucesso da primeira tentativa deles, a fim de ensinar um extraterrestre a falar.

A partir daquele momento, Chisky e o restante de seus companheiros cientistas extraterrestres, compartilhavam, mais facilmente, seus conhecimentos e opiniões nas áreas de viagem espacial, políticas

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intergalácticas, astrofísica, e medicina. Chisky atuava como um intérprete e intermediário, contudo Harry ainda era um membro principal do grupo e presidia todas as sessões, caso Chisky tivesse problemas com um conceito ou ainda não tivesse aprendido o vocabulário.

Uma vez que a ação inteira realizada na base Four Corners era executada com classificação de segurança MAJIC, apenas poucas pessoas do governo e cientistas da NASA, com um correspondente súpero-crachá de autorização tinham permissão para participar. O governo ainda mantinha a opinião de que o público e a maioria dos militares não estavam prontos para tomar conhecimento de certas informações controversas. Muitos pesquisadores civis, que poderiam ter se beneficiado com essa troca de informações lhes foi negada a admissão. De certo, sequer tomaram conhecimento de que esse projeto existiu.

Harry gastou incontáveis horas, confuso, meditando sobre o impacto da negação governamental e seu programa de engano de massa. Milhões de pessoas, mundialmente, estavam sendo permitidas a morrer de dor, como, por exemplo, câncer e doenças auto-imunes, que os renomados médicos extraterrestres poderiam ter curado, tudo porque o governo se negava a admitir que a informação tivesse sido revelada de fontes extraterrestres, cuja existência era oficialmente negada. Harry concluiu, que o problema em si não era que as formas de vida extraterrestre e objetos voadores não-identificados fossem reais, e que o público não estivesse pronto para tomar ciência disso; o problema real era que, admitindo a verdade sobre ETs e UFOs, o governo confessaria cinqüenta anos de desinformação, mentiras cabais e acobertamentos. E no momento em que o público americano compreendesse a grande escala de fraude, a confiança no governo subitamente romperia, e aqueles no poder seriam removidos. Esse era o real motivo por detrás do continuado acobertamento.

Com isso, o governo achava extremamente embaraçoso admitir que os seres extraterrestres haviam estado na Terra por décadas, com seu total aval e colaboração. Não haveria como admitir mentiras de tal porte, ao menos nos dias atuais e talvez nunca; portanto, o segredo continuaria ano após ano. Assim, o governo tomou a atitude de que mantendo o segredo era muito menos complicado e silenciaria aqueles que ousassem contar a verdade.

Resgate - Ano de 1969

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A não ser o vazio causado pela partida de Bill, nada mudou muito na base Four Corners. Os membros do grupo iam e vinham, revezando-se em uma viagem de 18 meses de serviço. Quase todos ficavam aliviados quando suas viagens chegavam ao fim, uma vez que jamais se habituavam ao isolamento da base.

Nesse período, havia poucas quedas de naves, porém a maioria das naves aterrissava seguramente, tendo melhorado aparentemente seus sistemas de controle, a fim de lidarem com a gravidade da Terra com o nosso sistema de radar e com o campo magnético instável na área. Então, os visitantes extraterrestres vinham e permaneciam como convidados da NASA e do governo, trabalhando nos laboratórios subterrâneos junto com os cientistas humanos. E Harry ainda achava tempo para conversar telepaticamente com os visitantes extraterrestres.

Chisky era um dos poucos extraterrestres que restou, participando dos progressivos projetos de pesquisa. Ele tinha chegado à Four Corners em uma das aterrissagens seguras havia vários anos atrás e realizou uma viagem, ocasional, de volta para o planeta Zeta 1, mas nunca permaneceu nesse planeta por muito tempo. Chisky agora considerava a Terra o mais favorável lugar, a fim de conduzir suas experiências em clonagem e reprodução celular. Ele fornecia para a ATIC, com esboços dos equipamentos do laboratório indispensáveis para sua pesquisa, e a ATIC garantia que ele recebesse equipamento fabricado com suas especificações exatas. Estavam, sobretudo, gratificados pelo seu interesse no Projeto Humanização, que havia sido proposto justamente pelo grupo MAJIC.

Pelos anos, Harry e Chisky haviam se tornado bons amigos. Eles se encontravam por cerca de uma hora toda noite, assim que terminavam suas obrigações diárias. Somente uma nave chegando quebrava a tradição do encontro. Era um par insuspeito, sentavam-se próximos um do outro nas suas poltronas, no sétimo nível subterrâneo, conversando com um frágil ser extraterrestre da altura de 1,21m, trajado no seu previsível jaleco prateado. Chisky nunca desistia de aprender a respeito das complexidades dos seres humanos e a vida na Terra, e sondava a mente de Harry ávido de saber, a fim de alcançar a história humana. Harry por sua vez ficava ávido de saber, tudo o que pudesse aprender sobre a vida extraterrestre. Conversando a respeito da fisiologia de uma miríade de formas de vidas inteligentes, que cada um tinha estado em contato, eles estavam gratos que a maioria dos seres extraterrestres tinham um semblante humanóide bípede. Eram mais fáceis de interagir do que os extraterrestres de semblante inseto ou certos tipos de plantas ou, até mesmo, com as nuvens de plasma

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conscientes.

Numa noite, Chisky explicou: “Muitas das raças de extraterrestres, no decorrer do tempo, perderam suas capacidades reprodutivas. No momento, contam exclusivamente com a criação de novos seres, os clonados, a partir da população existente. Os programas de clonagem sempre enfatizaram a inteligência superior, à custa do desenvolvimento emocional e físico. Somente quando já era tarde para corrigir esse problema, os extraterrestres perceberam que a resistência física e o vigor deles estavam mitigando dramaticamente, e que a população extraterrestre estava se tornando progressivamente mais frágil. O insucesso da replicação durante a clonagem somente suscitou a fragilidade física, e a mortalidade infantil tornou-se um dilema”.

“Algumas espécies extraterrestres, continuou explicando, deterioraram-se fisicamente a tal ponto que, miscigenar com espécies compatíveis e dinâmicas saudáveis é o único modo de atingir força e vigor suficientes para sobreviverem, visto que os humanos e todas estas espécies extraterrestres compartilham a mesma herança genética, que remonta há milhões de anos atrás, quando a Terra foi inicialmente semeada com vida, uma vez que os humanos são a espécie ideal para misceginar com os alienígenas. Então, nós combinamos o óvulo e o sêmen humano coletado dos abduzidos com sua contraparte extraterrestre em fertilização artificial. Depois, implantamos essa combinação dentro de uma mãe de aluguel humana. Dois ou três meses depois, removemos o feto durante uma outra abdução e incubamos isto em uma solução de propagação”.

“O que as mães humanas acham a respeito disso?” Indagou Harry. “Elas julgam essa intervenção como uma invasão de seus corpos?”

“Isto depende de como esse procedimento é diligenciado”, respondeu Chisky. “Em alguns casos, a mãe está completamente consciente durante o procedimento de inserção e retirada do feto, e a memória é bloqueada depois. Mas, nós preferimos trabalhar com mulheres totalmente consentidas, isto é, as mantemos totalmente informadas de cada passo do processo. Entretanto, nós descobrimos há pouco, que o temor da mãe é transmitido para o feto e isso produz indesejáveis cicatrizes emocionais, por toda a vida, no ser”.

Harry perguntou: “Então, são sempre usadas mães de-aluguel?”

“Nem sempre,” Chisky explicou: “Um outro método de otimizar o vigor físico das inúmeras civilizações é extrair o DNA de humanos, combiná-lo

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com o DNA retirado dos seres extraterrestres e, então, incubar os pequeninos embriões híbridos no interior de recipientes nutridos por uma solução, espalhando rico nutriente, da mesma forma como aqueles seres criados com sêmen e óvulo convencional”.

“Chisky, como você foi escolhido para esse trabalho?”

“Como um híbrido, o resultado bem sucedido de um programa de miscigenação inter-espécies no planeta Zeta I, meu planeta lar, e como o geneticista principal deles, eu fui a escolha lógica para conduzir o programa de pesquisa em reprodução inter-espécies na Terra”.

No instante em que um comboio de veículos correu para a área de queda de nave, um grande lampejo iluminou o céu noturno, indicando uma outra queda de nave. Harry soube que, uma explosão dessa magnitude, observada de uma certa distância, significava nenhum sobrevivente. Quando Harry adentrou na nave acidentada, subitamente se deparou com Reachel. Nesse instante, Harry sentiu um entusiasmo familiar na sua mente. Ela está tentando se comunicar comigo, cogitou. Informações preenchiam sua mente. “Nós viemos aqui para auxiliar Chisky no Projeto Humanização; fomos selecionados para tornar parte desse projeto. Havia quatro extraterrestres comigo, sei que os demais perderam a vida no acidente. Não estou ferida, exceto a pequena laceração no meu antebraço. Estou pronta para curá-lo, por meio de uma técnica respiratória especial usada por nós extraterrestres, a qual estanca o sangramento e o tecido se reconstitui instantaneamente”.

Comunicação com Humanos - ano de 1969

Você pode me explicar por que sua raça concluiu que o dialeto e as emoções não eram essenciais?”

“A emoção foi eliminada há séculos atrás quando nós, a comunidade galáctica, percebemos que a emoção era uma fonte principal de diversos problemas sociais”. Chisky, então, replicou: “Nós observamos como a emoção descontrolada e o discurso apaixonado resultou em guerras devastadoras na Terra, assim como em outros planetas. Isto foi considerado um fator indesejável e perigoso de nossa personalidade. A engenharia genética de híbridos é relativamente recente para nós, e o grau de emoção que qualquer híbrido talvez apresente é cuidadosamente monitorado. Se o

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problema advém em decorrência de um forte fator emocional, reduzimos a soma de DNA humano, a fim de extirpar esse traço emocional indesejável em quaisquer gerações vindouras de seres híbridos. Se algum híbrido demonstra sobremaneira emoção, ele é monitorado com atenção. Nós não podemos arriscar, que esse indesejável traço genético desenfreado se manifeste no meio de nós”.

Primeira Visita de Helen ao Apartamento de Marisa - Ano de 1972 “Então, como estão indo as coisas com você? E a escola? Eu quero saber de tudo”, perguntou Helen começando a cortar a carne em porções empacotando-as em sacos no congelador, que também havia comprado. Ela rotulava cada pacote com letras grandes. Mas, quando abriu o refrigerador, ao pôr de lado a fruta fresca observou algumas caixas brancas empilhadas de modo ordenado sobre as prateleiras. Tinham o nome de um produto que jamais viu, rotulado simplesmente com um triângulo e três linhas horizontais, mas sem impressão. Deve ser uma marca genérica, supôs, no momento em que empurrou de lado as caixas, para abrir espaço para a fruta. Helen indagou “O que existe dentro daquelas pequenas caixas brancas?”. “Não sei. Pertencem à minha companheira de quarto. Seu nome é Raechel. Não faço idéia como ela se parece, mas do modo que fala, gastou muito tempo em um outro país. Ela saiu com o pai dela esta noite, espero que você a conheça um dia. Então, você poderá me falar o que você acha de sua aparência”. “Sim, eu espero que sim, também”. As Suspeitas Aumentaram - Ano de 1972

Tendo uma companheira de quarto, diferente do que Marisa presumia que fosse,sequer havia qualquer interação entre elas. Mas, desde o primeiro dia, Marisa sentiu uma ligação inexplicável de proximidade com Raechel e percebeu que realmente sua companheira de quarto também correspondia. Não obstante que Raechel sempre parecia aberta para conversar, seu fundo

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de conhecimento de adolescência era quase inexistente, e a “conversa de menina” era virtualmente impossível. Nos primeiros dias, Raechel permaneceu no seu quarto, exceto quando comparecia à aula. Marisa achou que, talvez, fosse saudade de casa, timidez ou precisava organizar suas coisas no seu quarto. A partir de então, Raechel começou a fazer longas caminhadas, muitos exercícios, a fim de manter seus músculos fortalecidos. Finalmente, após aproximadamente um mês, Raechel começou a gastar mais tempo na sala de estar conversando com Marisa.

Numa noite, Marisa perguntou: “Qual é sua banda musical favorita, Raechel?”

Qual é minha banda musical predileta? “Não tenho nenhuma”.

“Oh! Eu gosto de Simon e Garfunkle: a música chamada ‘Bridge Over Troubled Water’. Qual música dessa banda você gosta mais?”

“Nunca ouvi uma música deles”.

Não posso acreditar nisso; pensou Marisa. Que lugar é esse, tão distante, que Raechel e seu pai intitulam de Four Corners? Até mesmo no deserto deve existir uma televisão ou, ao menos, um rádio.

“Bem, se você não ouve música, qual programa de televisão você aprecia assistir?”

“Eu raramente assisto televisão, não me importo muito com isso” “Eu gasto a maioria do meu tempo lendo, sobretudo, livros sobre astronomia e cosmologia”.

Marisa caçoou: “Bom, você é do tipo fã de leitura?”.

“Não realmente. E eu também nunca namorei. Não conheço nenhum homem da minha idade”.

Está bem, Marisa supôs: Então, Ela não parece ter o mínimo interesse por garotos, também. Eu queria ver o seu semblante. Deve haver alguma explicação para seu comportamento estranho. Talvez, ela evite conhecer pessoas, já que é feia. Mas, isso não explica o fato de ser uma pessoa completamente desprovida de conhecimento, não interessada em coisa alguma. Como se ela fosse de um outro planeta ou alguma coisa.

“Bem, o que você sabe sobre amizade? Certamente, você tem amigos”.

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“As únicas outras mulheres que eu já conheci, antes de conhecê-la foram minhas instrutoras, enviadas para a base a fim de me ensinar a ler e duas enfermeiras que ajudaram a tomar conta de mim”.

Isso não está certo, Marisa supôs: Bem, se ela está com 18 anos de idade, ficou na base três anos, ela deveria estar, talvez, com 15 anos de idade no período que chegou à base. Então, por que ela começou a aprender a ler com essa idade? Por que ela não começou a aprender a ler com cinco anos de idade, como qualquer outra pessoa? Onde ela estava até completar quinze anos de idade? E por que ela tinha pessoas cuidando dela, quando era uma adolescente? Por que motivo, ela não fala qualquer coisa a respeito da sua vida, antes de chegar à base Four Corners e por que ela não tinha conhecimento sobre a Segunda Guerra Mundial? Isto está começando a ficar cada vez mais estranho”.

“Raechel, quais esportes você gosta de jogar?” Marisa indagou, esperando encontrar algum assunto em comum para que pudessem compartilhar.

“Não estou familiarizada com o vocábulo ‘esportes’. Você poderia explicar-me o que traduz esse nome, por obséquio?”

“Bem, atividade física: boliche, andar de skate, montar a cavalo ou times de esportes, como futebol, basquetebol, etc.”.

“Não, eu nunca pratiquei nenhuma dessas coisas. E não sou uma pessoa rueira. Como sou sensível à luz do sol devo resguardar-me em casa, tanto quanto possível”.

Marisa surpreendeu-se com as respostas de Raechel. Ela ansiava poder compreendê-la, já que Raechel não queria contar-lhe a verdade ou realmente não sabia nada sobre tais coisas. Ao menos, se eu pudesse enxergar o seu rosto, talvez pudesse saber mais. Seu jeito estranho de expressar-se não me confessa qualquer coisa, também. Realmente, é difícil acreditar que qualquer um, seja quem for, possa ter vivenciado uma vida isolada. Frustrada, ela meneou os ombros e pensou: Ela é uma garota estranha. Acho que ela é realmente uma pessoa de um outro planeta.

Na realidade, Marisa não conseguiu enxergar a expressão condoída no rosto de Raechel, no instante em que ela lera esse seu último pensamento.

Ainda não posso compreender o que poderia ter acontecido no passado de Raechel, que motivasse essa evidente ausência de vivência. Quem sabe, ela

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sofreu um acidente aos 15 anos de idade e teve amnésia. Isso explicaria seu desconhecimento sobre tudo até a corrente data ou, talvez, algum terrível trauma apagou sua memória e teve de recomeçar a aprender a ler e a falar do início. Sua inteligência está fora de padrão e seus hábitos são impecáveis. O único mistério de sua vida é seu passado e Harry oficiar num lugar chamado Four Corners.

Também, porque ela chama seu pai de Harry, não papai ou pai? Eu nunca poderia chamar Jon de “Pai”. Outra coisa. Por que a voz dela é tão mecânica? Expressa cada palavra de-li-be-ra-da-men-te, parando ligeiramente entre as sílabas, como se estivesse falando no ritmo de um metrônomo. Seu vocabulário é tão abrangente para alguém de nossa idade, como se ela tivesse passado toda a sua vida perto de adultos espertos e cientistas. Se, ao menos, eu pudesse enxergar seu semblante. Bem, talvez possa combinar com Bobby de encontrá-lo e obter detalhes da aparência de Raechel.

Na tarde do dia seguinte, Marisa e Bobby estavam resolvendo um teste, quando Raechel entrou no apartamento e rumou direto para seu quarto sem dirigir-se á ninguém, até mesmo quando Bobby a chamou: “Oi, Raechel. O que você está fazendo?”

Bobby comentou serenamente: “Raechel é uma garota muito estranha, não é?”.

Marisa murmurou: “Ela sequer fala, quando fala, é como se não compreendesse perfeitamente o que expresso”.

Bobby indagou: “Como ela pode usar aqueles óculos escuros sempre, até mesmo dentro de casa? E também usar alguma coisa na cabeça?”.

“Ela me contou que seus olhos e pele são muito sensíveis à luz do sol. Isso é tudo que sei. Bobby, você está certo. Não há luz solar batendo dentro de casa. Quem sabe, ela aprecie usar chapéu. Ela é realmente diferente de qualquer pessoa que já conheci, mas é fácil de lidar. Nós nunca discutimos, ela tem sido realmente legal comigo. Até mesmo me ajuda a escolher o melhor vestido a usar, mas ela sequer sabe quais cores de vestido combinar. Às vezes, realmente destoam. Daí, eu acabo trajando essas roupas tão horrendas para freqüentar a escola, inclusive, as pessoas perguntam por que eu me visto tão estranha assim. Você já tocou nesse assunto, uma ou duas vezes. Lógico que eu tenho um bom motivo para dizer isso, ela não. Por isso, da próxima vez que minha mãe voltar a me visitar, eu lhe pedirei para

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colocar alguns vestidos decentes que combinem comigo, no mesmo guarda-roupa. Esta é a única forma que sei me vestir, decentemente, sem ter de pedir ajuda à Raechel”.

“Sabe, Bobby, uma vez, quando nossos horários coincidiram, jantamos juntas e eu perguntei a Raechel, se poderia provar a coisa verde estranha, que ela come. Sua resposta foi um sonoro não, que eu adoeceria. Acho que realmente eu ficaria doente, caso comesse essa comida, basta cheirá-la, me deixa doente. Parece espinafre cortado em pedaços”.

“De certo, alguém lhe entrega essa comida. Toda vez que Raechel tem pressa para sair, um novo suprimento de caixas, magicamente, se materializa na porta do apartamento. Na verdade, eu nunca percebi em que momento essas caixas eram entregues. Isto é muito estranho, como se alguém soubesse o momento que ela teria de sair às pressas do apartamento. Ela nunca telefona para ninguém para pedir uma entrega. Pelo menos não em casa. Contudo, quando lhe perguntei quem entregava sua comida, disse que eram alguns caras que trabalhavam com Harry, mas não se lembrava dos nomes. Se você me perguntasse, eu diria que isso é estranho”.

“Sim, isso soa estranho”.

“Uma manhã, quando Raechel tinha aula cedo, saiu uma hora antes de mim. Então, peguei minha lente de aumento, a fim de examinar uma de suas caixas de comida. A única marca estampada na caixa era um pequeno triângulo vermelho, com três linhas pretas horizontais percorrendo através do símbolo. Eu nunca vi um logotipo desse antes, mas essa descrição é algum tipo de marca registrada”.

Bobby perguntou: “O que você sabe sobre as garrafas d’água?”.

“Bem, tinham os mesmos pequeninos triângulos vermelhos em meio às linhas percorrendo através do símbolo. Como as caixas chegavam juntas, obviamente vinham do mesmo lugar. Aqueles pequenos triângulos vermelhos, realmente, chamaram minha atenção. Por isso, estou determinada a descobrir de onde vem a comida de Raechel e quem a entrega”.

“Ela recebe mais algumas visitas?”

“Bem, no primeiro mês, foi somente de Harry, seu pai.

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“De qualquer modo, quando eu estava chegando em casa, prestes a alcançar a maçaneta da porta, escutei vozes no apartamento. Era Raechel e dois homens conversando. Soube que esse som não era da televisão porque Raechel não assistia. Nisto, eu entrei e caminhei através da sala de estar em direção ao meu quarto. Então, dei uma espiada dentro da cozinha e observei Raechel sentada ao pé da mesa com dois homens trajados de jalecos pretos. Também trajavam um chapéu preto com aba. O primeiro homem sentado distante da mesa, que olhava para Raechel, tinha uma pasta preta espessa aberta à sua frente, sobre a mesa, e portava alguns papéis. O outro estava de costas para mim, não pude ver seu rosto. Eu também não queria que Raechel me observasse de perto. Tive a intuição de que alguma coisa não estava certa sobre esse encontro. Os caras não a estavam ameaçando, porque Raechel não parecia atemorizada de jeito e maneira. Eles talvez sejam gângsters”.

Imediatamente perguntei “Quem são suas companhias, Raechel?’ Nenhum deles, incluindo Raechel, me cumprimentou. Nesse instante, cada homem puxou seu chapéu, rapidamente, cheio até a borda, colocando-o um pouco abaixo dos olhos, numa ação de reflexo conjunta. Não pude avaliar se este foi um verdadeiro gesto amigável. O fato é que nenhum dos dois caras deu conta de mim. Agiam como seu eu estivesse ausente.

“Raechel respondeu: Oh! Estes homens trabalham com Harry. Eles vêm checar-me a cada semana ou duas. Já estamos prestes a terminar a conversa”.

“Já que Raechel estava calma conversando com os dois estranhos, decidi questioná-la depois a respeito desse encontro naquela tarde. Então, me dirigi ao meu quarto, peguei as respostas do teste e saí rapidamente do apartamento. Ao sair, observei um grande carro preto, nada familiar, estacionado numa das vagas para visitantes. Havia alguma coisa estranha nesse carro e, a princípio, não pude perceber do que se tratava. Foi aí, que me lembrei de ter visto um carro assim num antigo filme da Segunda Guerra Mundial. Sei, porque olhei para trás no momento em que minha visão melhorou. Era, como um carro de funcionário Germânico. Um grande carro Mercedes preto. Ansiei saber, se esse veículo pertencia aos visitantes de Raechel. Sei, que esse carro não pertence a nenhum morador das redondezas. Mas, no momento em que caminhei em direção ao carro, ajoelhei-me, e olhei para a placa de identificação. Era completamente negra, salvo, um pequeno triângulo vermelho com três linhas pretas horizontais ao redor da placa”.

“Exatamente como descrito nas caixas de comida de Raechel”.

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Pensativo, Bobby disse: “Continue”.

“Bem, aquele era o carro de entrega mais estranho que já vi, até mais estranho que a pinta dos entregadores. Eu queria aguardar e descobrir se, de fato, esse carro pertencia a eles, mas tive de apressar-me para a aula”.

Bobby então perguntou: “Você alguma vez os observou novamente?”.

“Sim. Duas semanas depois, aproximadamente, numa manhã de sábado, os homens de preto, como eu os chamo, apareceram diante da porta do apartamento. A campainha tocou às nove horas em ponto; eram os mesmos dois caras. Bom, o fato é que o cara mais alto dos dois disse que ambos precisavam conversar alguns minutos, a sós, com Raechel. Mas, sua voz manifestou que ele estava acostumado a ter suas ordens obedecidas sem questionamentos. Aí, então, entraram apressados no apartamento e se dirigiram para a cozinha. Foram entrando assim, sem mais nem menos, no apartamento. Sem serem convidados”.

Foi, então, que disseram: “Marisa, a conversa não tardará”. “Você poderia entrar no seu quarto e fechar a porta, enquanto estivermos aqui?’ Posto isto, Raechel saiu de seu quarto e falou: “Lamento, Marisa, essa conversa tem de ser muito particular”. Sua voz, normalmente, alta e mecânica, como você sabe, estava mais baixa e parecia triste. Daí, respondi: “Sem problema, já que preciso mesmo arrumar o meu quarto. Mas, me deixe saber, quando tudo estiver tranqüilo”. Sabe, aqueles dois caras me intimidaram um pouco. Tive a impressão de que se eu negasse suas solicitações, se tornariam perigosos. Porém, este é meu apartamento, também”.

“Você conseguiu enxergar os rostos naquele momento?”

“Sim, no momento em que abri a porta, fiquei mais apreensiva do que a primeira vez que os observei. Seus rostos eram pálidos e claros, contrastavam claramente com os óculos escuros que usavam. Pareciam dois caras feiosos da Máfia, que acabaram de sair da prisão. Eram realmente assustadores e pareciam perigosos. Como eu queria sair de lá, retornei para a cozinha e disse: “Raechel, mudei de idéia, não vou ficar no meu quarto. Está tão bom lá fora, acho que decidi descer e sentar-me ao pé da piscina. Então, quando seus visitantes partirem, desça e me encontre ali”.

“Por que você falou isso?”

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“A fim de convencê-los. Fazê-los acreditar, que sou aquela pequena garota cega e desprotegida, que aparento ser. Bom, o fato é que antes de ir à piscina, repentinamente, fui até a garagem, e observei o mesmo limusine grande e preto estacionado na mesma vaga de visitantes, como da outra vez”.

“O que você quer dizer?”

“Eu resolvi encarar de frente tudo o que penso a respeito de todas as circunstâncias incomuns, que rodeiam Raechel. A dieta especial, os óculos de sol ao redor do seu rosto, sempre trajando algum tipo de capa protegendo a cabeça. Até mesmo dentro de casa, sua estranha voz mecânica, sua incapacidade para coordenar as cores, completamente inconsciente e fora de sintonia com coisas que, qualquer adolescente normal estaria familiarizado, sem importar em que lugar da Terra tivesse vivido. Agora, os estranhos homens de preto, dirigindo um carro de modelo estranho, com placas de identificação preta, vindo investigar Raechel a cada duas semanas. Repentinamente, isso tudo fez total sentido. Por que, em nome de Deus, eu não percebi essas coisas mais rápido”? ”

“Lamento, Marisa, eu ainda não faço idéia do que você está falando”.

“Esquece. Preciso de algum tempo para pensar nisso tudo. Não comente esse assunto com ninguém, está bem?”

Helen encontra Raechel - Ano de 1972

Marisa telefonou para sua mãe, emocionada: “Mãe, preciso vê-la em breve. Tenho duas surpresas para você. É possível dar uma passada no meu apartamento de noite?”

“Lógico que posso, querida. Você parece misteriosa: O que está havendo?”

“Mãe, não posso falar a respeito por telefone. Lhe contarei tudo hoje à noite”. Logo que Helen adentrou no apartamento, Marisa a surpreendeu com a notícia: “Adivinhe o quê, mãe! Já posso enxergar ligeiramente! Ainda tenho de usar a lente de aumento para ler, mas posso enxergar figuras indistintas perfeitamente, chegar ao local da universidade, tomar sozinha o ônibus ao redor da cidade e fazer coisas aqui em casa. É um alívio não ter

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de depender de Bobby, como antes!”

“Mãe, isto não é incrível?”

Sim, isto é muito bom!

Pegando um bocado de biscoito, Helen falou: “Este biscoito está realmente delicioso. Que maravilha! Você pode fazer as coisas por si mesma, novamente. Sei que cozinhar é uma de suas paixões. Hei! O que são aquelas grandes jarras d’água na geladeira?”

“Ah! Aquelas jarras são de Raechel. Você já observou as caixas brancas no interior do congelador? Ela diz que está proibida de comer ou beber qualquer coisa, além do que há exatamente nessas caixas. Nada, nem mesmo chá gelado Eu sei que ela degusta essa comida. Mas, ela sequer anseia saborear a minha. A coisa que ela come parece alimento de bebê, feito de espinafre, é uma coisa mole como mingau. Uma vez, eu lhe perguntei se poderia prová-lo e respondeu que essa comida me deixaria doente”.

“Isso é estranho”.

“Você não escutou a metade da estória. Novas jarras d’água e caixas de comida surgem misteriosamente do lado de fora da porta do apartamento, justamente, quando ela está saindo com pressa, só que eu nunca presenciei ou escutei a pessoa que as entrega. Logicamente, agora que já posso enxergar um tiquinho melhor, talvez possa descobrir quem é. Disse ela, sorrindo para sua mãe”.

No momento em que Helen e Marisa estavam dando um abraço de despedida, na porta da frente, escutaram alguns passos vindo dos degraus de concreto. “Parece ser Raechel”. Disse Marisa, justamente quando a porta abriu.

Helen soube imediatamente que era Raechel, dado que a garota trajava grandes óculos de sol envolvendo seu pequeno e estranho rosto. Sua testa era larga e alta, suas bochechas estreitavam-se acentuadamente, a partir da proeminência situada abaixo dos olhos, em meio a um queixo quase inexistente. Sua narina era muito pequena e achatada, com minúscula ou nenhuma ponte. Porém, algo perturbou Helen que a fez esquecer o fato por ora. Havia algo no rosto de Raechel que a emocionava, além da oportunidade de, finalmente, conhecer o seu modo vago de ser.

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Quando Raechel começou a movimentar-se no meio delas, Marisa falou: “Hei, Raechel, quero apresentar-lhe minha mãe”.

“Queria muito conhecê-la” disse Reichel. “Espero, em breve, ter a chance de conhecer-nos melhor. Por ora, tenho de juntar alguma coisa que esqueci e voltar para a aula”.

Helen e Marisa voltaram-se para um lado, enquanto Raechel passava por entre elas correndo em direção ao seu quarto. Ao voltar com uma agenda, dirigiu-se rapidamente até a porta, tropeçou num pequeno tapete e cambaleou. Instintivamente, Helen estirou a mão a fim de segurá-la. Agarrando com força o braço de Raechel a ajudou a recuperar seu equilíbrio. A seguir, Raechel endireitou-se e falou. “Lamento ser tão desajeitada. Obrigada por me amparar. Espero vê-la novamente em breve”.

À medida que Raechel caminhava depressa, descendo o passadiço na direção dos degraus, perdendo-se de vista, os joelhos de Helen fraquejaram e seu rosto ficou pálido. Um fraco zumbido começou a soar nos seus ouvidos e sentiu um súbito calor na cabeça. Sua boca ficou seca e suave, quando tentou falar. Voltou para a cozinha e sentou-se ao pé da mesa.

Nessa situação, Helen falou para Marisa: “Ela é realmente estranha”. “Quando você estava nos apresentando, percebi um peculiar matiz amarelo-esverdeado na pele dela. Eu me preocupo se está doente. A voz dela é estranhíssima, particularmente mecânica, como você falou. Com meu conhecimento musical, eu percebo padrões de fala mais longos que da maioria das pessoas. Alguma coisa estranha estava acontecendo aqui. Eu senti um zumbido na minha cabeça a partir do instante que a toquei. Esse som está aumentando, também. É o mesmo som que eu, freqüentemente, escutava antes, toda vez que me envolvia em algum tipo de perigo ou confusão. Não tenho idéia que tipo de ameaça Raechel poderia ser para você Marisa, mas aprendi a nunca ignorar o som. Isto é sempre um sinal de que alguma coisa fora do comum está por vir, que farei parte, ou de alguém perto de mim”.

“Mãe, eu quero saber o que isto poderia ser”.

“Não sei. Existe algo mais a respeito de Raechel, também. Isto aconteceu no momento em que estendi a mão e agarrei com força seu braço, para que ela não caísse. Vi e senti alguma coisa. Lamento, Marisa, estou sem condição de dirigir para casa agora”.

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Marisa sentou-se no outro lado da mesa e falou para sua mãe. “Mãe, você está me pondo medo. O que você viu?”

“Filha, isso não será simples de falar, seja paciente comigo. Você disse que havia alguma coisa diferente em Raechel. Sabe, você estava certa. Raechel não é definitivamente a pessoa que parece ser ou que se considera ser, nem quem ela tenha presumido ser”.

Então, tomando a mão da filha para reafirmar sua explicação, Helen continuou: “No momento em que Raechel tropeçou, segurei seu braço com força para que ela não caísse. Sua manga escorregou para cima e agarrei com força sua pele descoberta. Isto não pareceu certo. Lembro-me quando menina que minha boneca favorita, Beverly, tinha braços e pernas moldados em material sintético. Parecia quase real, mas não era. A pele de Raechel parecia como a da boneca Beverly. Fria e esponjosa, quase real, mas não totalmente.

“Mas o que realmente me aflige, ocorreu justamente quando ela tropeçou e aqueles óculos de sol envolvendo a face de Raechel escorregaram para baixo, e caíram para o lado no seu rosto. Rapidamente olhei para seus olhos. Não é de se estranhar, que ela os mantenha cobertos o tempo todo. Eram grandes e moldados tal qual um olho de gato, exceto as extremidades internas eram mais esféricas, oblíquos nas extremidades externas, estendendo-se ao redor para os lados de suas têmporas”.

“Da minha parte, Marisa, confesso que aqueles olhos não eram humanos. Não tinham a cor branca de forma alguma. Eram de uma cor de luz verde, tangível, como a parte interna de um abacate. Também não observei pálpebras, não estou convicta. Seus olhos também estão posicionados no seu rosto em um ângulo estranho. Inclinam-se para cima na direção de suas têmporas. Não como os olhos orientais. Realmente, nunca vi olhos assim num ser humano. Dizer que Raechel é um pouco diferente é a expressão do século”.

“Mãe, isto poderia ser um defeito de nascença? Sabe, um dos meus colegas da classe tem uma rara doença de nascença. Quem sabe, um defeito dessa natureza poderia ter deixado Raechel com a pele esponjosa e artificial, e olhos grandes de gato puxados para o lado contornando sua cabeça”.

“Isso não explica sua fala estranha. Contudo, minha voz interior me diz que existe muito mais nisso tudo. Está me dizendo, que tudo aquilo que observei não é deste mundo. O que uma garota extraterrestre está fazendo, como sua companheira de quarto e freqüentando uma instituição de ensino

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superior? Isto não faz sentido. Isto é ridículo! Vou lhe dizer: ela não é normal”.

Helen parou, sentindo-se estupefata, ansiando saber se estava perdendo o juízo: “Não sei exatamente o que pensar disto, nem mais nem menos”.

Finalmente, ela parou de tentar falar e sentou-se. Marisa rompeu o silêncio: “Mãe, essa é a segunda surpresa, que eu tinha para você. Eu tenho vivenciado muita coisa que tem acontecido por aqui e, de antemão, não vi como poderia lhe explicar isto. No instante em que Raechel tropeçou e você agarrou seu braço, o mistério todo irrompeu. Tenho certeza, que ela está querendo saber agora da sua reação. Mas, talvez tenha medo do que você pense disto e do que você, porventura, faça ou diga. Se você tiver tempo, eu lhe contarei o que sei”.

“Eu não irei a lugar nenhum, por enquanto”.

Helen sentou-se no sofá, tirou suas sandálias e pôs seus pés sobre a mesinha de centro, na sala. Reclinada no sofá, sorriu tímida para Marisa e falou: “Conte-me tudo o que você sabe sobre Raechel”.

“Hoje, mais cedo, Raechel me disse: Noto, que a sua visão está começando a voltar. Talvez eu tenha de partir, quando você enxergar. É possível, que ao me ver, você tenha medo da minha aparência, do que realmente pareço. Eu conversei com Harry a respeito disto e ele concordou comigo. No entanto, curto nosso apartamento e eu gostaria que você me deixasse ficar, mas eu compreenderia, se você decidisse de outra forma”.

“Então, Harry me telefonou para mencionar que assim que ele saísse do serviço amanhã, me encontraria para contar a estória toda de Raechel. Ele falou que eu mereço saber a verdade, que a intenção dele nunca foi de iludir-me ou mentir para mim. Também afirmou que não corro perigo e que, neste momento, Raechel precisa demais da minha ajuda”

“Ele faz isto parecer muito misterioso. O que você falou?”

“Bem, contei para Raechel e Harry que eu não queria que ela partisse. O quanto me ajudou, quando eu estava completamente cega. Que ainda é a mesma boa pessoa, que era quando eu não podia ver seu semblante. Ela me aceitou do modo que eu era, agora é a minha vez de aceitá-la do modo que ela é. Eu disse para Harry, que nós nos tornamos realmente boas amigas e não me importa se ela não se parece como o restante dos humanos”.

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Helen não respondeu. Mas, ela sabia que jamais esqueceria os olhos de Raechel. A Verdade Sobre Raechel - Ano de 1972

“De fato, Harry, Marisa e sua mãe sabem que não sou uma humana. Por que nós achamos, que eu poderia ocultar o modo que pareço? O que sou eu? Estou cansada de tentar passar como um humano normal. Como poderíamos imaginar, que eu me pareceria como uma humana? Eu me dou bem na classe, mas nunca posso me aproximar de qualquer pessoa e ser realmente amiga. Eu não posso ser algo que não sou. Não sou humana. Eu sou eu! Será que algum dia as pessoas me aceitarão como sou? Por que tenho de fazer isso?”

As palavras de Raechel inundaram a mente de Harry e o coração, com a dor dela ser diferente, de estar solitária, de nunca ser o que era considerado uma pessoa normal. Cada pergunta cravava o coração de Harry, até que achou que não poderia suportar mais essa aflição. Sua filha estava sentindo as emoções humanas de mágoa e rejeição.

Quando Harry dirigiu da base para o apartamento de sua filha Raechel, seus braços sentiram compaixão em meio à necessidade de apoiar e confortar Raechel. Remoendo-se com aquelas idéias. Eu me esforcei tanto para torná-la humana. Ela tinha aprendido tão bem. Deus! Eu nunca me senti tão impotente e miserável. Nunca antevi essa dor incrível, como sendo parte do Projeto Humanização.

Em Four Corners, jamais houve qualquer dúvida sobre o que Raechel era. Ela era aceita por si própria. Sua aparência não importava e de onde ela vinha não era problema, bem como, nossa aparência e onde vivíamos não a incomodavam. Ela é um ser consciente, assim como nós também. Isto era o suficiente. Maldição! Todos esses anos, eu cumpria normas de controle da ATIC. Eu guardava seus malditos segredos, segredos de “família”, mas isso somente serviu para dividir, avultar suspeita e gerar preconceito com o mundo “exterior”. Em Four Corners, sem duplicidade e mentiras, isso tinha funcionado.

Com sua decisão tomada, a inquietante sobrecarga da dúvida que tinha lhe incomodado todos esses anos veio à tona. Harry tocou a campainha e Raechel atendeu. Caminhando para dentro do apartamento das garotas,

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Harry cortejou sua filha rapidamente, antes de sentar-se numa cadeira bem estofada. Raechel foi para seu quarto taciturna.

“Marisa, eu quero agradecer-lhe por me receber hoje, apesar do que tem acontecido”. Harry, então, começou a falar: “Lamento, eu não lhe falei tudo antes, mas não é uma coisa simples para eu conversar a respeito. A maioria das pessoas ficaria assustada, se soubesse da verdade. Certamente, não daria a Raechel uma chance”.

Harry estava extremamente preocupado: “Nós achávamos, uma vez que você estava cega, que você seria a companheira de quarto perfeita para Raechel”.

Marisa interrompeu Harry e disse em voz alta: “Raechel, você gostaria de ficar aqui conosco?”

Quando Raechel se afastou, Marisa pôde compreender quão doloroso seria qualquer informação que fosse revelada. Raechel permaneceu no seu quarto, mas deixou a porta ligeiramente entreaberta. “Raechel ficou muito aflita, quando você Marisa observou seu rosto com uma fisionomia séria. Ela acha que você provavelmente desejará que ela saia do apartamento, porque ficará receosa ao saber da verdade sobre quem ela é. Você é a primeira verdadeira amiga que ela já teve, além de mim e as pessoas de Four Corners. Ela realmente quer ser sua amiga”.

“Bem, eu começarei a explicar do início, logo esta explicação fará tanto sentido para você, quanto possível. Esta é a primeira vez que conto toda a história para alguém. Se você desejar me interromper, fale. Eu responderei quaisquer de suas perguntas, que você talvez tenha”.

Marisa reclinou-se no travesseiro da poltrona. Ela supôs que a conversa fosse se prolongar e tencionava escutar a história toda, detalhadamente.

“Tome seu tempo, Harry. Comece do início”.

“Por anos, eu fui designado para oficiar, numa unidade altamente secreta da Força Aérea, assim denominada ATIC, ou Comando de Informação Técnica Aeroespacial”. “Nós pesquisávamos objetos voadores não identificados e inteligências extraterrestres, como o governo os descreveu. Trabalhávamos estritamente com o Projeto Livro Azul, o qual você talvez já tenha escutado a respeito, mas nossa classificação de segurança era vários níveis acima da deles. Realmente, nós trabalhávamos sob o capote

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de vários outros projetos secretos, mas seus nomes nunca foram revelados em público—os assim intitulados projetos negros que tem a mais alta segurança possível”.

“Várias vezes por mês, aterrissavam naves transportando seres extraterrestres. Às vezes, colidiam. Alguns visitantes aliens permaneciam somente por breve período; outros permaneciam por meses nas bases, a fim de trabalharem em projeto conjunto. Um deles era um ser híbrido chamado Chisky. Seres híbridos são misturas genéticas de duas ou mais espécies, incluindo o ser humano. Chisky trabalhou conosco num projeto para aclimatar seres híbridos a fim de viverem na Terra. Nós o alcunhamos de Projeto Humanização. Uma noite, uma nave transportando quatro visitantes extraterrestres caiu e três deles morreram no impacto. O único sobrevivente foi Raechel. Ela é um ser meio a meio extraterrestre humano. À vista disso, Chisky formulou-lhe uma dieta especial e duas enfermeiras tomaram bem conta dela. Desde o momento em que eu a retirei dos destroços incandescentes da nave, soube que ela era especial”.

Harry parou de falar por um instante, observando Marisa, que não tinha movido um músculo, desde que ele começou a contar sua estória. A expressão no rosto de Marisa era de espanto, não de horror ou medo. Ela não demonstrou qualquer reação, que mostrasse medo ou rejeição.

“Alguma pergunta até aqui?”

“Não, não ainda. Eu não posso sequer pensar em alguma coisa inteligente para perguntar. Por favor, continue, eu quero escutar o restante de sua estória. Eu tive um pressentimento, desde o início, que Raechel era uma pessoa incomum, pela sua fala e a maneira estranha de andar. Mas, eu subestimei. De brincadeira, julguei que ela fosse de um outro planeta, mas realmente eu não acreditei nisto. Eu achei que vocês dois estavam associados com gângsters. Essa é a mais incrível estória que já escutei, mas sei que isto é tudo verdade. Você não insultaria minha inteligência, arquitetando uma certa estória e tentando passá-la como verdade. Além disso, a prova viva está a menos de vinte pés de distância. Isto é estranho. Tive receio de ficar assustada ou preocupada, mas não estou. Harry, continue por favor”.

“Bom, o único modo da ATIC permitir que Raechel permanecesse na base e participasse do Projeto Humanização seria adotá-la como minha filha. Já que ela era uma híbrida, parte humana e parte extraterrestre, era a candidata perfeita para tentar integrar-se na sociedade humana. E, uma vez que era totalmente telepática, não poderia falar. Um perito lingüístico foi enviado

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para ensinar-lhe a falar, ler e a escrever Inglês. Ela aprendeu depressa, mas nunca sobrepujou totalmente as nuanças da fala, como você sabe”.

“Bem, resumindo uma longa história, minha missão para especialista na Base da Força Aérea aqui nesta cidade, nos deu a oportunidade para tentar integrar Raechel na sociedade. Em vista de seu semblante incomum, você era a companheira perfeita de quarto, mas você começou a recuperar um pouco da sua visão e houve o incidente com sua mãe. Como Raechel ainda é telepática, ela soube exatamente o que sua mãe estava pensando. Basicamente, que o capote de Raechel tinha sido descortinado. Então, em vez de mentir para você ou afastar Raechel da única amiga que ela tem, eu decidi confessar a verdade. Espero que concorde em permitir que Raechel permaneça no apartamento com você. Porém, eu compreenderei se você não concordar”.

Marisa, então, disse: “Espere um minuto, Harry,” “Volto já”.

Ela levantou-se da poltrona e entrou no quarto de Raechel. “Está tudo bem, Raechel”. Disse isso, no momento em que sentou na cama e pôs seu braço ao redor dos ombros finos da sua companheira de quarto. “Ninguém é exatamente igual a qualquer outro. Eu não sou como muitas pessoas, porque não enxergo muito bem. Você e eu somos diferentes, porque viemos de mundos distintos. Isso não tem importância para mim. Nós duas precisamos é de uma amiga do peito, isto é o que nós somos: amigas. Você é como uma irmã para mim. Não quero que você vá embora”.

Curvando-se para frente, ela suavemente limpou com os dedos as lágrimas, das bochechas de Raechel. Naquele momento, Raechel, estendeu seus braços e pausadamente removeu seus óculos de sol, focando intencionalmente os olhos de Marisa. Este foi o primeiro e o mais próximo olhar de Marisa nos grandes olhos verdes de Raechel. “Não se preocupe, tudo ficará bem. Você permanecerá aqui”.

Marisa retornou à sala de estar e sentou-se com os braços cruzados. “Por favor, Harry, conte-me o restante da estória”.

“Bem, a ATIC despachou minha transferência para a base dos Controladores como meu próximo passo no Projeto Humanização. Estou muito grato pela bondade e aceitação que você tem mostrado pela Raechel. E, para nossa boa sorte, em encontrá-la para ser a companheira de quarto dela”.

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Um Presente de Despedida para Marisa - Ano de 1972

Numa tarde, no final do semestre, ao abrir a porta do seu apartamento, Marisa sentiu-se apreensiva. Alguma coisa estava errada. Havia um clima pacato no interior do apartamento. Então, ela chamou “Raechel: “Você está aí?”.

Um silêncio. Nisso, Marisa correu para o quarto de Raechel, o qual estava vazio. Sem a escrivaninha, a cadeira e seus livros. Na cozinha, as garrafas d’água especiais não estavam na geladeira, nem as caixas brancas no congelador. Nenhum sinal de Raechel. Em pânico, Marisa telefonou para o serviço de administração da instituição de ensino superior, a fim de saber se Raechel havia sido transferida. “Lamento: Ninguém com esse nome está registrado aqui”.

Com um catálogo telefônico, Marisa folheou as páginas até encontrar um pedaço de papel em que Harry tinha anotado o número do telefone, onde ele poderia ser encontrado no trabalho. Marisa então, telefonou para o trabalho de Harry, mas colocava o telefone no gancho após o décimo quinto toque. Resolveu telefonar para sua mãe no trabalho: “Mãe, Raechel desapareceu, estou preocupada. Você poderia ver se é possível encontrar o pai dela na Base dos Controladores?”

Helen, percebendo a preocupação da filha, contatou o chefe de segurança da base. Eles tinham sido amigos havia vários anos e, provavelmente, lhe prestaria um favor especial. “Alô, Jim. É Helen, mãe de Marisa. Quero lhe informar que a companheira de quarto de minha filha se mudou e ela gostaria de falar com ela. O pai da companheira de quarto é o Coronel Nadien, da base de Controladores. Você poderia encontrá-lo e saber para onde ele foi transferido, e como podemos contatá-lo?”

“Claro, Helen. Eu retornarei para informá-la”.

Em alguns minutos, o telefone de Helen chamou. “Helen, você deve estar enganada. Não há ninguém com esse nome na base de Controladores. Nunca houve. Você está certa de que essa pessoa trabalhava na base de Controladores? Verifique com sua filha novamente, talvez tenha entendido o nome errado”.

Helen telefonou para Marisa e explicou o que ela soube: “Olhe, eu sairei do trabalho cedo e irei verificar se há alguma coisa no apartamento, que você talvez tenha perdido”.

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“Está bem, Mãe. Conversarei com você mais tarde”.

Desalentada, Marisa pôs o telefone no gancho e caminhou lentamente para o quarto de Raechel. “Ela não pode ter partido. Não depois de tudo. Não após tudo que aconteceu. Nós nos tornamos boas amigas. Curtíamos nossas noites passeando a pé juntas. Conversando e caçoando sobre os garotos do conselho de ensino. Não, ela não pode ter partido”.

No momento em que Marisa olhou de relance para o quarto de Raechel mais uma vez, observou um pequeno pedaço de papel colado com fita métrica no espelho da cômoda. Ao removê-lo, cuidadosamente, ela leu um lembrete de Raechel que estava escrito metade a mão e outra metade impresso: “Cara Marisa, sentirei muita saudade sua, mas eu lhe deixei um presente especial para que você se lembre de mim. Raechel”.

Por alguns segundos, Marisa surpreendeu-se com a mensagem oculta. Qual presente especial? Não vejo nada aqui. Oh, meu Deus! Posso ler sem minha lente de aumento! Posso enxergar sem ter de entortar os olhos. Ao observar detalhadamente o quarto de Raechel, Marisa compreendeu claramente o significado daquela mensagem: sua companheira de quarto, com grandes olhos verdes, tinha lhe dado o dom da visão.

Nós agora começaremos a descrever a Parte Dois do livro “Os Olhos de Raechel”, cuja documentação arrima a provável veracidade da história assim como relatado na Parte Um.

Prólogo da Parte II

A Parte II provê um sumário do que se apurou durante as pesquisas. Uma transcrição completa de texto adveio de muitas regressões hipnóticas reveladoras, emocionais e traumáticas. Detalhes da pesquisa, às vezes assustadores e cômicos, e as referências com eventos sempre surpreendentes que aconteceram com Helen e outras pessoas que estiveram associadas a essa pesquisa foram tomados de próprio punho. A Dra. June Steiner tem documentado as lembranças de Helen nesse caso. Essa informação, junto com um posterior evento atemorizante aponta para o prosseguimento do Projeto Humanização.

Um provérbio em Inglês Antigo menciona que: “Os olhos são as janelas da alma”. Os Olhos de Raechel são as janelas da alma da humanidade.

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Relanceando através de seus olhos enxergamos o pior e o melhor da humanidade. Reiteradamente, a pesquisa revela uma resposta, daí a resposta revela um outro segredo. Quando nos aventuramos a olhar bem fundo nos olhos de Raechel, na esperança de desvelar a verdade, nos achamos impotentes de olhar para outro lugar. No começo, os olhos de Raechel eram um espelho, refletindo uma realidade física, nossos sonhos e esperanças. Então, ela acenou prometendo mais, nos indagando a fim de observarmos mais profundo. De novo, como outras pessoas ousaram previamente, nós, hesitantemente, trilhamos um caminho no mundo por detrás dos seus olhos. Nós nos encontramos surpreendidos por detrás do espelho, de quando em vez assustados, de quando em quando regozijados, e freqüentemente frustrados e descrentes. A realidade mesclada com a irrealidade, o normal com o paranormal revelam um novo mundo que jamais esqueceremos. Por fim, descobrimos que seus olhos não eram justamente as janelas para sua alma; eles incorporavam o passado, o presente e o futuro de todas as almas.---

“Leiam todas as notas nas margens das páginas, examinem os apêndices, verifiquem as referências, nenhuma delas desaparecem por completo. Em algum lugar, existe um vestígio, o vestígio de uma impressão digital jazendo oculta nas sombras, esperando ser encontrada”.

— Antigo Oficial do Serviço de Informações

Preâmbulo da Parte II

No momento em que Helen narrou sua estória, perguntas vieram á mente. Ela realmente teve uma filha? Sua filha tinha sido cega? Ela freqüentou o conselho de ensino superior? Ela teve uma companheira de quarto, chamada Raechel? Como ela soube toda essa coisa? Porque ela soube disto? Ela estava arquitetando essas informações? Por fim, haveria a possibilidade de descobrir muitas informações, a fim de confirmar sua história?

Na data corrente, Helen é semi-aposentada, vive de previdência social e trabalha em um emprego de meio expediente. Ela é inteligente, calma e um tanto tímida. Nunca, durante os anos, eu soube que ela tinha mudado sua história ou aparentou mudar, salvo, uma mãe e avó com meia idade normal.

Impressionante como esta história despontou. Acreditei que havia mais na

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história contada por Helen e que talvez a hipnose pudesse ajudá-la a relembrar os contatos.

A Dra. June Steiner, uma hipnóloga graduada pelo Instituto de Psicologia Trans-Pessoal e pelo Instituto Americano de Hipnose, concordou em realizar uma regressão com Helen.

Os desmistificadores tomam grande satisfação em analisar os relatos de uma regressão, indicando que o hipnoterapeuta tem removido lembranças, questionando o que parece ser a pergunta orientadora, ao conduzir a pessoa sob hipnose. Por exemplo, como alguém que reporta ter visto uma luz no céu. Durante a hipnose o hipnotizador indaga: “O que parecia o UFO?” Essa é a pergunta chave pondo a sugestão que o objeto era um UFO.

Levou várias semanas, a fim de formular perguntas que queríamos indagar para Helen. Muito cuidado foi tomado pela Dra. Steiner em deixar que Helen relatasse seus contatos, sem conduzi-la ou influenciá-la com perguntas, tonalidade ou termo escolhido, ou confirmando, negando, ou surpreendendo-se pelo que era dito.

Esta é a declaração da Dra. Steiner com respeito a esse fato: “Meu interesse nesse caso, proveio no momento em que fui solicitada para auxiliar nas sessões de hipnose e ler a história de Helen. Ela tinha memórias conscientes abrangentes e achei serem um pilar forte para quaisquer descobertas intervenientes por meio de hipnose. Minha preocupação com o bem-estar de Helen e zelo com a imparcialidade das perguntas foi, antes de tudo, tal como sondamos seus contatos. Em alguns casos, as respostas inconscientes foram usadas para comunicar-nos diretamente com a mente subconsciente de Helen, suplantando as palavras articuladas e com sus mente consciente, a fim de obter detalhes específicos”.

Sob hipnose, Helen foi capaz de rememorar contatos extraterrestres, que assustaram a todos que participavam do processo, incluindo Helen. Realmente, encontramos sugestões deliberadas engendradas por pessoas e Ets, para que Helen não rememorasse ou comentasse a respeito dos seus contatos extraterrestres novamente, ou de um período precedente antes de se lembrar.

A Dra. June Steiner continua com suas explicações: “Muitas pessoas vivenciam telas de memórias, no momento em que o abduzido observa um animal ou outra silhueta simbólica, em vez da forma ET. Isso acontece freqüentemente, já que a pessoa não pode vislumbrar a forma real do contato, porque a mente não acredita no fato.

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“Helen realmente vislumbrou diferentes tipos de pássaros idealizados como telas de memórias e contatos durante as sessões de hipnose. Deu-se uma série de eventos incomuns com figuras caindo, dois seres estranhos dentro de um restaurante e pássaros com olhos fora do comum. Após cada semana, Helen entrou em contato com uma ou mais águias, e contemplou figuras simbólicas nos seus contatos extraterrestres durante as sessões de hipnose”.

“Helen tinha muitas boas lembranças de seus contatos antes mesmo de realizar as sessões de hipnose. As sessões de regressão esclareceram sobremaneira essas informações e trouxeram adiante muitas memórias suplementares. No lugar do temor, Helen foi capaz de prosseguir e entrar a fundo nos eventos extraterrestres e, eventualmente, relembrar informações importantes a respeito dos relacionamentos entre ela, Raechel e Marisa, e o contato com seres híbridos. Ela teve a capacidade de lembrar e continuar a contar sua história sem relembrar claramente e respondeu perguntas, geralmente, sem hesitar, requerendo tempo e autoconfiança somente no momento em que o contato se tornava extraordinariamente atemorizante. Ela também confirmou respostas prévias, no instante em que se deparava com algumas perguntas montadas, ocasionalmente usadas para averiguar, caso refutasse alguma parte de suas prévias respostas”.

Para dar ao leitor o impacto direto do que Helen vivenciou, uma transcrição completa da primeira regressão é apresentada. Isto estabelecerá na mente do leitor de que forma os contatos extraterrestres aconteceram no âmago de Helen, uma vez que a diligente e cautelosa Dra. Steiner emprega o auxílio da regressão e hipnoterapia. Isto também servirá a fim de mostrar a diferença entre o retratado em filmes na televisão e a hipnose regressiva na vida real.

A pesquisa explorou os cantos mais recônditos no enredo da mente de Helen—em que contemplamos uma bonita história, com uma felicidade que se esvai lentamente e demuda inexorável para alguma coisa completamente distinta.

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28/03/98: Primeira Sessão de Hipnose de Helen com a D.ra June

Steiner:

June (J): (Contatando a mente profunda). Helen, antes de iniciar esta

sessão de hipnose, preciso estar certa de que estará tudo bem caso

venha a lembrar-se de informações ainda não reveladas de uns

tempos para cá? Quero que saiba que caso exista alguma coisa contra

a qual precise proteger-se ou da qual sinta medo, poderá a qualquer

momento, durante a sessão, avisar-me gesticulando seus dedos ou até

mesmo falando. Devo lembrar-lhe de que me preocupo com sua

segurança e conforto. Estou ciente de que esta sessão de hipnose foi

solicitada por você a fim de que possa penetrar com maior

profundidade em sua memória e compreender claramente o que tem

acontecido, encontrando as respostas que possam ajudá-la a integrar-

se junto aos contatos extraterrestres. Preciso saber, existe alguma

coisa que você gostaria de falar nesse momento?

Helen (H): (Lamuriando) Não, preciso vivenciar isto. Tenho de

passar por esta experiência. (Lamuriando)

J: Este talvez seja um momento difícil, ocasionalmente…

H: Sim…

J: Você está confortável? Lembre-se, quaisquer contatos alienígenas

que estão no passado não serão desvendados agora se você não

estiver em condições de tomar ciência deles.

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H: Eu estou preparada.

J: O que eu gostaria que você fizesse nesse ponto é que recuasse à

época em que Marisa, inicialmente, se mudou para o apartamento a

fim de freqüentar a faculdade. Quero que retroaja no novo

apartamento dela a fim de viver com uma companheira de quarto,

chamada Raechel. Deixe-se retroagir à época desse primeiro

encontro que você teve com Raechel. Quero que sua mente profunda

recorde esse momento, mas antes de relatar os detalhes, deverá

vislumbrá-lo integralmente. Sua mente profunda capturará todas as

entonações de vozes, cores, sons, intuições, movimentos,

acontecimentos e vocábulos. Exatamente, examine minuciosamente

tudo aquilo que está sendo falado, do que você conscientemente

possui lembranças, assim como tudo aquilo sobre o qual até agora

não tem se recordado. Eu contarei até três, na contagem três, eu

quero que esteja presente àquele momento no apartamento, antes de

você, a princípio, conhecer Raechel. Pronta? Um, dois, três.

Mantenha-se naquele lugar agora. Diga-me se você está ciente.

H: Estou dando um abraço de despedida em Marisa e ela diz: “Eu

gostaria que você permanecesse um pouquinho mais até Raechel

chegar. Não sei como, nem sei quando ela voltará, sei que você tem

de ir embora…” Então nós escutamos os passos de alguém se

avizinhando, subindo os lances da escada em direção ao

apartamento. Marisa falou: “Eu acho que talvez seja ela. Espere um

minuto, é ela. Chegou”. Essa moça ou quem quer que seja chegou à

porta do apartamento e nós tivemos de abrir espaço ao lado para que

ela passasse. Ela entrou e passou diretamente por nós a toda marcha.

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Nesse ponto, Marisa falou: “Espera aí, Raechel! Essa é a minha mãe.

Eu gostaria de apresentá-la a você!”

J: Helen, mantenha-se exatamente no ponto em que você está agora.

Quero que rume mais adiante no contato sob um profundo estado

hipnótico, no lugar em que você realmente está posicionada e diga-

me o que está acontecendo neste momento.

H: Estou avistando Raechel, mas eu não posso enxergar muito bem

seu rosto porque usa óculos grandes encobrindo-o, não todo ele,

porém é tão pequeno que não há muito à mostra sob os óculos. Ela

também está usando alguma coisa sobre a cabeça, um cachecol. Está

desenriçando para baixo e atado sob seu queixo. Ela parece estranha,

é magérrima ou esquálida, ou melhor, não parece normal. Está com

pressa e eu não posso ou não quero encará-la. Realmente estou sem

jeito de encará-la de outra forma, porque é estranhíssima.

J: O que você sente ao tentar encará-la?

H: Sinto-me nervosa, na verdade, não exatamente nervosa, sinto um

incômodo. Nunca presenciei nada assim antes. Ela não é

precisamente uma pessoa com uma aparência estranha, na verdade,

não se assemelha a uma pessoa.

J: Com que ela se parece?

H: Não sei, seus braços são compridíssimos, no entanto não posso

enxergá-los porque ela traja mangas longas e seus braços

encompridam para baixo demasiadamente, de certa forma, alguma

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coisa não está normal, alguma coisa realmente não está normal

(lamuriando). De qualquer forma, estou sem jeito de encará-la e isso

não é cortês. Sei que Marisa não pode me enxergar observando

Raechel, então está tudo bem, mas…

J: Agora, permita-se lembrar de todos os mínimos detalhes que você

observou em Raechel. O que você lembra sobre a aparência das

mãos dela?

H: Suas mãos eram compridíssimas. Seus dedos não eram normais,

eram dedos, mas pareciam de algum modo, artificiais. Eu não posso

continuar encarando-a, pois ela quer passar e Marisa está tentando

nos apresentar, no entanto continuo olhando... Não estou agindo

corretamente, afinal nunca vislumbrei nada assim antes. Não sei o

que Raechel pensa, mas não me importo. Estou preocupada. Sei que

deveria dizer: “Estou contente em conhecê-la”, porém não me sinto

feliz por encontrá-la, não estou confortável, sinto medo dela

(lamuriando), estou sentindo medo, (lamuriando), apesar de ter

certeza de que ela não me fará mal algum.

J: Como você pode estar tão convicta disso?

H: Eu tenho a sensação, estou emocionada ou algo desse gênero.

Não sei o que há de errado comigo. Marisa não demonstra estar com

medo dela, mas eu não sei o que é isso, ela não é uma pessoa real

(lamuriando.)

J: Então você tem a impressão de que alguma coisa...

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H: (lamuriando) Acho que ela é… Bem, só de olhar, nota-se que ela

não é normal.

J: Você confia em suas emoções, então se sinta confortável, porque

é o seu eu profundo respondendo alguma coisa sobre a qual você

sente e tem conhecimento. O que acontece logo em seguida?

H: Bem, nós nos apresentamos e ela diz: “Estou tão contente em

conhecê-la. Ouvi falar muito a seu respeito”. Ela até diz alguma

coisa legal, mas isso tudo está estranho. Ela não parece ser realmente

uma pessoa normal.

J: Com que ela se parece?

H: Ela assemelha-se a uma máquina. Sua voz é mecânica. Na

verdade, é a maneira como fala que é tão mecânica... A voz não

parece ser sua... Parece-se com a voz de uma garota, mas cada

pronúncia é tão… Soa tão estranhamente. Nunca escutei nenhuma

pessoa falar assim. De algum modo, ela disse que eu falara: “Estou

contente por ter finalmente conseguido encontrá-la”. No entanto, eu

falei: “Raechel, estou contente por ter finalmente conseguido

conhecê-la”. Então, Raechel falou: “Eu devo correr...”, Mas essa

elocução não era a forma correta, ela deveria ter dito: “Estou com

pressa”. Eu devo correr não era a forma correta de se expressar

naquele momento.

J: Quer dizer que ela falou isso, assim mesmo? Agora eu quero que

você observe a boca, diga-me como ela a articula ao falar.

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H: Mal pude enxergar sua boca articulando. Essa boca é, em outras

palavras, como quando você tenta se expressar com sua boca fechada

ou seu dente encerrado, como se fosse um ventriloquista.

J: Continue lhe encarando e diga-me o que você enxerga.

H: Fiquei tão assustada por um instante que não pude alhear a

atenção dos olhos dela. Ela estava mais amedrontada do que eu

quando me avistou. Oh, eu pude reparar quão assustada ela estava.

J: Baseada em que você pode afirmar que ela estava assustada?

H: Ela me falou (sussurrando).

J: Como ela lhe falou?

H: Com os olhos... Eu disse a ela: “Está tudo bem, você está bem?”.

Então eu notei, enquanto ainda segurava seu braço, que a pele dela

não estava normal, nem um pouco, não estava normal, a pele não era

real, aquela pele não parecia real. Ela continuou me encarando e eu

calei, muda de temor só por ter olhado. Eu restei silente.

J: Com que se parecia a pele dela? Você a apalpou.

H: Oh, parecia-se com a textura de um cogumelo. Exatamente: fria e

esponjosa.

J: Quando você falou, fria, quão fria? Diga-me, essa pele era

realmente fria?

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H: Não, essa pele não era fria. Era... Não posso definir exatamente.

Essa pele era... Não posso definir com que essa pele realmente se

parecia.

J: Tudo bem. Conserve-se no contato, diga-me mais alguma coisa

sobre a qual você esteja ciente a respeito do corpo dela.

H: Eu deveria ter soltado o braço, porém continuei segurando-o. Eu

não deveria tê-lo apalpado.

J: Por quê?

H: Ela não queria que eu… Eu não queria que ela se machucasse.

J: Quero que você retroaja no momento em que você estava

observando os olhos dela. Diga-me aproximadamente, quão grandes

eram os olhos e com que se pareciam. Fixe sua atenção nos olhos

dela.

H: Ela não tinha pálpebras, seus olhos ocupavam a cavidade toda, ou

sei lá como devo chamar a isso. Eu deveria saber como chamar a

isso.

J: Se você estivesse comparando com uma (falta uma palavra), qual

seria aproximadamente o tamanho dos olhos dela?

H: Hum, bem, seus olhos eram provavelmente do tamanho dos meus

olhos, mas sem pálpebras: a coisa toda! Não, isso não está certo…

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(longa pausa)… As pontas apareciam...

J: As pontas apareciam e voltavam ao mesmo tamanho assim?

H: As pontas eram para cima dessa forma e vertiam para baixo. O

olho todo era esverdeado e tinha uma coisa pequena no centro.

J: Que tipo de coisa pequena havia no centro?

H: Essa coisa não era esférica. Era para cima e para baixo e da cor

preta. Eu senti como se tivesse sido empurrada com vigor para

dentro daquela coisa preta.

J: Então, ao invés dessa informação ter sido transmitida

verbalmente, isso foi transmitido como se você estivesse de algum

modo sendo comunicada telepaticamente através desse ponto preto

do olho dela? A isso é que você está se referindo?

H: Sim.

J: Mantenha-se olhando para essa parte preta do olho dela. Fale-me

mais a respeito disso.

H: Hum, eu não posso!

J: Quando você diz que não pode o que isso significa?

H: Que ela me encontrará novamente, ela quer me contar alguma

coisa, mas não pode me dizer isso, eu estou apavorada, esse não é o

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momento para que converse comigo.

J: Bem Helen, sabemos que você não conversou com ela. Você

gostaria agora de olhar novamente para a cavidade dos olhos dela e

permitir que lhe informe o que não foi capaz de lhe contar? Você

está segura neste lugar ou gostaria de retroagir àquele momento e

olhar novamente para a cavidade dos olhos dela, deixando que lhe

diga?

H: Hum, que ela quer ser como as pessoas, e não ser como os outros.

Ela quer ser como as pessoas, mas não pode. Tenta ser como elas

sem sucesso. Ela não é exatamente igual aos outros. Ela não é igual a

eles e não importa que providências ela tome, não pode mostrar sua

fisionomia. Está tão frustrada e a razão pela qual pode conviver com

Marisa é o fato dela não lhe enxergar. Marisa não percebe quão

diferente Raechel se parece. Tudo que ela sabe é que Raechel lhe dá

assistência, conversa com ela. Marisa não percebe quão estranha

Raechel parece. Ela me diz isso: “Eu pareço estranha, tento

conversar como os outros, mas não posso conversar como eles”.

Disse: “Eu não sei quanto tempo poderei tentar me comunicar como

os outros. Os caras me dizem que eu devo tentar me comunicar como

os outros logo, ou nós desistiremos, abriremos mão. Eu tento me

comunicar como os outros tanto quanto eu posso, mas não consigo

trocar idéias com qualquer pessoa sobre qualquer assunto”. Ela está

visivelmente perturbada. Eu continuo lhe encarando exatamente para

dentro das fendas dos seus olhos. Eu digo a ela que está tudo bem:

“Você sabe, você está tentando interagir com os outros

obstinadamente, no entanto as pessoas estão realmente sentindo

medo de você; eu estava com medo de você, mas não estou mais

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agora”. Eu disse a ela: “Você sabe que seus olhos são tão bonitos,

seus olhos são tão lindos!” Finalmente, ela havia retirado os óculos,

não os estava usando. Ela os retirou, mas esse encontro foi em outra

ocasião. Não foi no momento em que eu, de início, a conheci.

J: Quando aconteceu esse encontro?

H: Um pouco depois, uma semana, não sei. Duas ou três semanas,

imagino.

J: Onde esse encontro aconteceu?

H: No apartamento. Marisa não estava. Eu não sei por que eu estava

lá, talvez estivesse esperando para me encontrar com Marisa, mas ela

não estava no apartamento naquele momento. Penso que não era

correto que Raechel estivesse no apartamento. Não me recordo de

que forma cheguei lá. Lembro-me de que estava na cozinha, perto da

janela. Raechel estava no quarto, bem rente, a 1m e 21 cm ou a 1m e

52 cm distante de mim e não estava usando o cachecol dessa vez. Ela

estava lindaça.

J: Como se pareciam os cabelos dela?

H: Seus cabelos eram lindos, rubros, loiro-avermelhados. Eram finos

e franzinos, pareciam crescer em várias direções. Não sei como

descrevê-los, mas eram longuíssimos como se não fossem usados

para serem penteados ou escovados a fim de espichar-se em uma

única direção: a direção certa. Eram bonitos, finíssimos. Eu os

contemplei, pois ela precisava usar um cachecol a fim de escondê-los

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por não serem normais. Porém, dessa vez, ela não se importou com

isso e eu os achei lindaços.

J: O que ela trajava?

H: Bem, ah… (longa pausa). Era como um uniforme, mesmo assim,

havia algo que não estava certo. A veste era uma jaqueta ou parecia-

se com uma. Não sei dizer se tinha uma parte sobreposta ou por

baixo, quer dizer, se a jaqueta era separada em duas ou mais partes.

Esse traje era todo unicolor.

J: Você se lembra da cor da veste dela?

H: Era azul. Oh, um azul lindo como o das nuvens, como o azul-

celeste. Ela estava com as mangas arregaçadas. Não sei por que ela

as arregaçara, já que seus braços eram estranhos e muito finos.

J: Quão grandes eram os braços?

H: Oh, como os braços de uma criança, e longuíssimos. Suas mãos

eram estranhas também. Seus dedos eram compridos, pareciam ser

todos do mesmo tamanho. Não eram do mesmo modo que os de uma

pessoa. Uma pessoa tem dedos de tamanhos diferentes, seus dedos

eram incomuns. Todos eles não deveriam ser iguais, mas eram.

Antes de fitar seus braços, olhei para seu rosto, porque eu

contemplava seus olhos, então, eu falei comigo mesma: “Quão

lindos! Que cor bonita possuem!” Então, olhei para sua pele e, oh

deus, não era normal! Não senti medo, apesar de pensar que deveria,

somente pelo fato de fitá-la de perto. Era esverdeada, não um

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esverdeado fulgente, mas com certeza não era rosa. É como se

houvesse faltado a cor rosa ou não fosse exatamente da mesma cor

da pele humana. Era esverdeada e amarelada, mais esverdeada. Seus

braços também eram da mesma cor. Então, no instante em que olhei

para a parte de baixo do seu corpo, foi quando eu, de princípio,

vislumbrei seus braços. Eram da mesma cor pelo que pude enxergar.

Então tive certeza de que seus dedos eram todos do mesmo tamanho.

J: Como pareciam as pontas dos dedos dela?

H: Seus dedos não tinham unhas, por isso, comecei a sentir-me mal,

não muito, tentei disfarçar o mal-estar, já que eu realmente não

estava com medo dela. Naquele momento, eu soube que ela não era

real. Eu logo reconvalesci do mal-estar porque permaneci mais

tempo nas dependências do apartamento, e Marisa, em momento

algum, estivera lá e eu ainda não descobri como entrei.

J: Helen, eu quero que você retroaja no momento em que vocês

conversaram através dos olhos. Quero que você permaneça olhando

para dentro dos olhos dela novamente, para dentro das fendas dos

olhos dela, diga-me, de que tamanho eram as fendas? Com o que se

pareciam?

H: Nunca observei nada assim. Eu senti como se eu estivesse sendo

empurrada para dentro deles, mas eu não estava.

J: Deixe-se ser empurrada para dentro daqueles olhos, o que quer

que isso signifique. Exatamente, deixe-se estar naquele lugar. Você

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estará segura. Diga-me tudo o que você está sentindo, tudo o que está

acontecendo. Exatamente, adentre os olhos dela.

H: Hum… (longa pausa).

J: Indo profundo e profundo nos olhos dela.

H: Oh! Eu estou enxergando luzes... Oh!

J: Está tudo bem?

H: Oh! Essas luzes são como, exatamente como, não como

relâmpagos, mas esse lugar está completamente iluminado com luzes

ofuscantes. Oh! Ela diz que está tudo bem, que ela estará, está nesse

ambiente e que está tudo bem, mas eu nunca presenciei nada assim

antes. Eu não acho, não creio que esteja tudo bem, eu digo a ela que

não quero ir a esse lugar. Oh! Somente posso enxergar luzes

brilhantes. Não sei o que está acontecendo.

J: Quais são as cores das luzes brilhantes?

H: São azuis e verdes, bonitas, com lindos matizes de cores azuis e

verdes que eu nunca contemplei antes. Oh! Eu não sei se estou, ou

melhor, acho que ainda estou na cozinha, mas como eu posso estar

nesse lugar e contemplar outro? Eu posso enxergar estas outras

coisas, é como se ela quisesse que eu me encaminhasse a algum

lugar onde as luzes estão, mas…

J: A cozinha está situada naquele mesmo lugar?

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H: Sim, e eu estou atemorizada. Oh! Oh! Não… Então eu dou um

passo para trás e agarro à força a quina da mesa, mas não sei por que

estou fazendo isso.

J: Quero que você retroaja um pouco mais ao momento antes de dar

um passo para trás e agarrar à força a quina da mesa. Quero que

recue ao momento em que contemplou as luzes azuis e verdes. Quero

que saiba que a cozinha estará localizada naquele mesmo lugar

quando retornar. No entanto, permaneça todo o tempo na presença

das luzes azuis e verdes e diga-me tudo o que acontecerá.

H: (Uma longa pausa)… Oh! É como se eu estivesse olhando para

dentro de um vidro da janela. O vidro da janela não é quadrangular.

É mais comprido do que alto e existe uma luz azul brilhante acesa no

lado de fora dela e uma luz azul fulgente acesa em seu interior.

Existe uma luz azul brilhante acesa no lado de fora e uma outra luz

fulgente acesa na parte interna da janela. Raechel está agora na parte

interna da janela; ela quer que eu a atravesse. Eu digo a ela, (rindo à

toa): “Bem, eu não vejo uma porta. Ela diz: “Não precisa existir uma

porta”. Ela diz: “Apenas toque o vidro da janela. Oh, Deus! Oh! Eu

apalpo o vidro da janela pelo lado de fora e me deparo de pé na parte

interna do recinto. Oh!

J: O que você sentiu no momento em que transpassou o vidro da

janela?

H: Oh, aquele ambiente era tão quente; eu me senti confortável, mas

estava apavorada. Então, uh! Eu avistei mais janelas, havia mais

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corredores e mais janelas, então eu disse a ela: “Raechel, eu não

posso ir a esse lugar! Eu tenho que…” Ela falou: “Bem, esse é o

lugar para o qual eu irei. Eu queria mostrá-lo. Na verdade, não irei

para lá agora, eu apenas não queria que sentisse medo de mim, no

momento em que eu for... Quando eu for”. Bem, eu falei: “Não sei,

você vive onde existem janelas ou o que é esse lugar?” Ela falou:

“Bem, eu não posso dizer-lhe agora, você tem de ir, deve observar a

coisa toda. Mas eu não posso levá-la agora. Eu quero que saiba que

esse lugar é quente e prazeroso de se contemplar”. Eu falei: “Eu

tenho de voltar, preciso tomar conta de Marisa. Tenho de tomar

conta de Marisa!” Então, retornei pelo lado de fora das janelas e

deparei-me de pé com a minha mão pousada à mesa, matutando...

“Em que lugar eu estava?… O que acontecera comigo?” Nisso,

Raechel ainda estava de pé no mesmo lugar em que se encontrava

previamente, ela ainda estava me encarando... E tudo parecia ser o

mesmo, e ao mesmo tempo não. Hum... Nada parecia igual.

J: O que você quer dizer com isso?

H: Sei que ela veio de um outro lugar, mas eu também estive lá e

não quero retornar.

J: Helen, eu contarei de um até três, na contagem três, eu quero que

você esteja ciente de alguma vez ter retornado com Raechel àquele

lugar, de ter percorrido os outros corredores e janelas onde ela leva

certa vida. Um, dois, três!

H: (Longa pausa)… (sussurrando)… Acho que não, não creio que eu

tenha ido, eu gostaria de visitá-lo, mas nunca topei ir com Raechel a

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partir daquele dia; no entanto acredito que seja o lugar onde ela está

morando.

J: Raechel alguma vez a contatou de outra forma a partir daquele

dia?

H: Sim (sussurrando).

28/03/98: Segunda Regressão de Helen com a D.ra June Steiner

J: Mantenha-se nesse lugar. Não o compare com qualquer coisa.

Deixe-se estar nesse ambiente, diga-me o que você contempla.

H: Não enxergo nada além de luzes azuis brilhantes, mas eu não

estou no mesmo lugar onde estive antes.

H: Oh! Ela era uma pessoa real, ela não pode ser essa outra coisa.

Oh! Mas ela é, sempre foi. Oh! Não havia nada que eu pudesse fazer

em relação a isso. Não há nada que eu possa fazer a respeito.

J: Diga-me o que você sabe. O que existe e que ela não pode fazer

qualquer coisa em relação a isso?

H: Ela não pode mudar o lugar em que ela está morando agora. Ela

não pode mudar o que ela sempre foi.

J: O que ela sempre foi?

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H: (Longa pausa). Ela nunca foi humana. Parecia humana e agia

como tal. Então esse é o motivo pelo qual ela é Raechel, é a razão

pela qual veio a conhecer-me. Oh! Por que eu não soube disso? Ela

me disse que não deveria tomar ciência, mas eu andei meditando e

lembrei… Oh! Ela tentou, acho que tentou me dizer alguma coisa e

eu não compreendi a questão.

J: Nesse momento, você tem um modo de se comunicar com Marisa

e Raechel constantemente.

H: Oh, Deus! Oh! (muito preocupada) Oh! Oh! Oh! Ah….

J: Diga-me o que você recordou.

H: Oh, Deus! Eu tive uma criança que não era o que eu supus ser.

J: Quando isso ocorreu?

H: No instante em que eu olhei para dentro dos olhos da águia, foi

por isso que quando olhei para dentro dos olhos de Raechel, eu os

achei lindos. Ela talvez tenha tentado me comunicar alguma coisa.

Ela talvez quisesse me dizer a verdade, mas não era, talvez tenha

achado. Oh! Eu não sei o que ela realmente achou.

J: Você talvez ainda não estivesse pronta para tomar ciência dessa

informação.

H: Eu não estou pronta agora. É isso mesmo. Mas como isso poderia

acontecer?

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J: Esse evento é alguma coisa que você gostaria de sondar agora, ou

prefere esperar algumas horas ou dias antes de querer examiná-lo?

H: Acho que eu preciso tomar ciência desse evento agora.

J: Tudo bem. Helen, eu quero que você rume até mesmo mais

profundo. Sinta-se flutuando novamente. Contarei até três, na

contagem três, você estará em uma situação em que saberá como isso

tudo preludiou. Tome ciência de sua parte nesse evento e do por quê.

Um, dois, três.

H: (Uma longa pausa). Isso não pode ser, isso não está certo!

J: Deixe a informação afluir e não a julgue. Sobre o que você está

ciente?

H: Oh! Mas isso ocorreu há muito tempo atrás.

J: Quão muito tempo atrás esse fato aconteceu?

H: Oh, eu era muito jovem.

J: Muito jovem para quê?

H: Muito jovem para dar a luz a um bebê.

J: Quão jovem você era?

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H: Hum, treze anos de idade.

J: E o que aconteceu? Diga-me o que está acontecendo agora,

quando você está nesse evento?

H: Hum… Bem… Eu não sei como cheguei a esse lugar, mas me

lembro dele, já que costumava visitá-lo constantemente.

J: Que lugar é esse?

H: Era um lugar pequeno nos bosques onde eu costumava ir a fim de

isolar-me de todos e de tudo. Um pequeno lugar nos bosques, mas

gastava a maior parte de meu tempo ali, mas não sei dizer o que fazia

lá.

J: Você estava sozinha?

H: Eu não, acho que ia sozinha... Nós costumávamos conversar a

respeito de… Mas como eu poderia conversar com alguém se eu

estava sozinha? Eu... Alguma coisa está… Era um lugar onde eu

podia ir e encontrar coisas.

J: Você tomou ciência deles ou os conhecia, ou…

H: Eu certamente os conhecia. Mas, como pode, eu não compreendo,

como eu posso saber, como você pode saber coisas, se existem,

como você pode saber qualquer coisa de si mesma? Eu não tomei

conhecimento de coisas, mas ninguém me deu ouvidos. Quando eu

contava a eles, diziam: “Você está louca”.

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J: Que tipo de coisas você contou a eles?

H: Sobre a luz fulgente.

J: Que luz fulgente era essa?

H: Era uma luz azul brilhante, uma bonita e vistosa luz, no entanto

me disseram: “Não, não, você está louca”. Então, eu não toquei mais

no assunto do contato com a luz brilhante no bosque, apesar de que

ainda freqüentasse aquele lugar.

J: Quando você retornou ao bosque e presenciou a luz, permaneceu

lá para contemplá-la?

H: Oh, sim. Era uma luz brilhante muito bonita.

J: O que mais aconteceu no instante em que você estava no meio da

luz brilhante?

H: Oh! Aquela luz brilhante era quente. Como se eles realmente

tivessem zelo e preocupação comigo.

J: Quem são eles?

H: Não sei. Bem, não eram pessoas, não pessoas reais, porém

conversavam comigo.

J: Com o que eles se pareciam?

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H: Eles mediam aproximadamente a minha altura na juventude, mas

eram magérrimos. Eu costumava levar coisas para comerem, mas

nunca comiam um naco das comidinhas. Oh, eles me disseram que

não gostavam de comer maçãs e coisas assim.

J: Eles lhe disseram de que gostavam de comer?

H: Não. Disseram-me que a comida deles era diferente, mas não me

mostraram, apesar de eu querer saber. Disseram que não me

mostrariam porque a comida deles não seria boa para mim nem,

tampouco, a minha comida seria boa para eles. Então, depois de um

tempo, não levei mais comidinhas, mas eles ainda continuavam

vindo. Eu não sei como, porém sabiam quando eu ia visitar o bosque,

porque eu não ia lá todos os dias. Em qualquer hora que eu

assomasse no bosque, eles apareciam. Só não sei quanto tempo

permaneciam.

J: Você alguma vez foi a algum lugar com eles ou permaneceu

somente no bosque?

H: Acho que eu permanecia no bosque. Eles me perguntaram…

J: Eles lhe perguntaram…

H: Eles me perguntaram se eu queria conhecer o lugar onde eles

moravam. Eu não sei, não estava com medo deles; não sei por que

não aceitei o convite. Acredito que não tenha ido.

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J: Helen, eu contarei de um até três, e caso você tenha visitado esse

lugar e queira recordar disso, na contagem três, você estará nesse

lugar. Do contrário, você estará no ponto em que você está situada.

Um, dois, três.

H: Hum...Eu não fui a esse lugar com eles, mas eles me disseram

que eu era parte deles.

J: O que eles lhe disseram com relação a isso?

H: Que não havia nada que eu pudesse fazer a respeito, no entanto

verificariam, ou seja, me monitorariam, me vigiariam, pois eu era

muito jovem para saber da verdade.

J: Eles alguma vez lhe disseram que você mais cedo ou mais tarde

acabaria sabendo toda a verdade sobre isso?

H: Eles revelaram que eu era muito jovem para saber de toda a

verdade sobre minha pessoa, mas quando eu amadurecesse,

compreenderia. Eles não poderiam me dizer nada daquilo naquele

momento, pois de outro modo, eu terminaria sabendo. Eu fiquei

confusa por não compreender o que queriam dizer, mas não ousei

perguntar.

J: Você alguma vez os chamou pelos seus nomes?

H: Não.

J: Eles alguma vez a chamaram pelo seu nome?

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H: Não, mas eu, após um tempo, retornei àquele lugar e nunca mais

apareceram.

J: Com que idade você estava aproximadamente, quando eles

interromperam a vinda?

H: Talvez um ano mais velha. Oh, não sei, quatorze anos talvez. Não

importavam quantas vezes eu retornasse àquele bosque, eles nunca

mais assomaram naquele lugar.

J: Helen, eu quero que você recue à época do contato que aconteceu,

quando você estava com treze anos. Lembra de ter dito que você era

muito jovem para que aquilo acontecesse? Na contagem três, eu

quero que você rume diretamente para esse contato, diga-me, sobre o

que você está ciente. Um, dois, três.

H: Eles querem saber se eu gostaria de dar a luz a um bebê. Eu

respondi que não, pois era muito jovem, me assustei comigo mesma:

“Por que vocês estão me indagando sobre isso?” Eles me disseram:

“Oh, nós queríamos saber disso, só isso. Achávamos que você

quisesse dar a luz a um bebê”. Eu falei: “Não quero dar a luz a um

bebê agora”. Eles disseram: “Tudo bem, você não tem de dar a luz a

um bebê agora, depois você dará a luz a um. Numa época vindoura,

você dará a luz a um bebê e ele será especial”.

J: Você perguntou a eles o que isso significava?

H: Sim. Eles disseram: “Bem, esse bebê se parecerá com você, mas

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no íntimo, pensará como nós”. Eu agora nem saberia dizer ao certo o

que pretendiam dizer com isso.

J: Agora, focando os idos tempos, a quem eles se reportavam?

H: Marisa. No entanto, esse evento aconteceu muito antes de eu

conceber Marisa. Eu nem sei dizer como que, na verdade, não estou

certa de como isso aconteceu, mas, no fundo, essa coisa tem sentido.

Pensando bem, como poderiam realizar essa intervenção comigo sem

a minha anuência prévia?… Eu não deveria estar ciente?

J: Deixe-se ir bem profundamente agora. Deixe-se questionar a fim

de saber, como e quando esse evento aconteceu. Na contagem três,

deixe essa informação vir à luz. Um, dois, três

H: Oh…. Oh...

J: Helen, o que está acontecendo?

H: Oh… Eu estou... Estava sendo examinada, mas esse exame

machuca, eu não estou passando mal. Oh! Existe uma luz azul

brilhante acesa no recinto... “Oh! Eu não preciso passar por um

exame”. Dizem-me que ficará tudo bem. Eu estou bem, tudo ficará

bem.

J: Quem são eles?

H: Ela é uma médica.

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J: Como se parece essa médica? Quem é ela?

H: Eu não a conheço. Eu deveria conhecê-la, mas não a conheço.

Nunca avistei nenhum deles. Há uma luz azul fulgente acesa no

ambiente focada diretamente dentro dos meus olhos. Eu mal posso

enxergar qualquer um muito bem. No entanto, me dizem que meu

exame foi bom e que está tudo bem. Para falar a verdade, essa não é

a minha médica, eu não tenho uma médica particular. “Ah, como eu

parei nesse lugar? Como eu cheguei até aqui?” Eu estou, eu não

estou, nem sei dizer até mesmo onde eu estou.

J: Deixe-se lentamente retroagir alguns instantes, até você estar

situada à época precedente a esse evento, diga-me sobre o que está

ciente?

H: (Longa pausa) Hum, eu tive de permanecer em casa à noite.

Alguém me visitou para saber se estava passando bem. Eu não estava

me sentindo mal. Eu já havia topado com aquela senhora antes, ela

sempre me cumprimentava, mas eu não sei onde mora. Lembro de

que eu a avistava pelas redondezas. Toda vez que ela deparava

comigo, sempre me cumprimentava, mas agora resido em outro

lugar. Ninguém mais me cumprimenta assim. Então, por que ela me

cumprimentava?

J: Como ela se parece?

H: Dizem que ela se parece comigo, mas tem cabelos pretos, logo

não se parece comigo. Ela é alta e compareceu a minha casa para

saber como eu estava passando. “Como soube onde eu morava? Eu

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moro agora no segundo andar de uma padaria, como ela soube

disso?” Disse-me ela: “Você precisa ir lá fora tomar um ar fresco”.

Eu falei a ela: “Estou muito cansada, não quero ir a nenhum lugar”.

Na verdade, não quero ir a nenhum lugar com ela, mas não posso

dizer isso. Eu não quero dizer isso a ela. Ela insistiu: “Pegue seu

casaco, vamos passear”. Então, apanhei meu casaco e fomos.

Encaminhamos-nos a uma ala da cidade que eu conhecia. Ela falou:

“Eu tenho de parar aqui por um instante, preciso buscar alguma coisa

ali”. Eu falei: “Tudo bem, eu te esperarei aqui fora”. Ela falou: “Não,

você deve entrar comigo”. Eu entrei. Ela tirou o paletó que trajava

por cima e por sobre a veste trajava um vestidito esverdeado,

apropriado para ser usado no interior de uma sala de cirurgia. Logo,

eu pensei que estaria tudo bem, pois nós estávamos dentro de uma

sala de cirurgia. Havia uma médica e uma enfermeira e eu os avistei.

Eles acenderam uma luz brilhante, era a luz, a luz azul brilhante. Era

uma luz real. Não era ofuscante. A luz brilhante era como uma luz

brilhante que é acesa dentro de uma sala de cirurgia: uma luz

fulgente acesa e posicionada no alto. Porém, eu não lembro. Sei que

me encontrava na mesa de cirurgia quando a médica falou: “Está

tudo bem. Seu exame foi bom”. Eu falei: “Não quero passar por um

exame, não preciso passar por um exame; não estou doente”. Ela

falou: “Bem, seu exame terminou, você está bem. Você verá que

passará bem”. Então eu desci da mesa de cirurgia, puseram meu

paletó por cima e a senhora encaminhou-me até minha casa. Depois

me recolhi ao leito para dormir. Logo depois, meu marido chegou,

porque precisara viajar à longa distância até chegar em casa naquela

noite. O fato é que eu nunca contei isso a ele. Seria melhor que ele

não tomasse ciência daquilo, não havia nada que eu pudesse fazer.

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J: Helen, você sabe em que ano isso aconteceu?

H: Hum, eu não sei exatamente. Esse evento ocorreu logo após eu

desposar, creio. Nos idos de 1951. Tinha de ser porque foi o ano em

que casei, mas nem sei quem era aquela senhora ou por que me levou

até aquele lugar. No entanto, não havia motivos para que eu tivesse

me negado a passear com ela. Ela me enganou, porém, falando:

“Vamos sair a passear”. Então, rumamos àquele lugar onde eu passei

por um exame.

J: O que você acha que aconteceu com você naquele lugar?

H: Acho que, de alguma forma, colocaram algum tipo de implante

ou fizeram uma inseminação artificial. Acho que passei por essa

intervenção.

J: Helen, em poucas horas ou dias, você terá se lembrado claramente

de como e onde essa intervenção aconteceu. Quando eu pedir para

que recue à época, através da hipnose, você facilmente irá até aquele

lugar e será capaz de lembrar-se de tudo o que aconteceu. Agora,

você recorda ter presenciado essa mesma senhora alguma vez

novamente?

H: Sim.

J: Quando isso aconteceu?

H: Oh! Eu lembro dessa senhora agora. Eu a reconheço.

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J: Ela era a médica, mas falava de uma forma; agora fala de outra.

Lembro que eu a procurei para uma consulta, pois pensava que

estava grávida novamente e que estaria abortando, porque estava

com hemorragia. Fui atrás dela, afinal foi a única que pôde me

atender imediatamente. Ela não conversou muito, me levou para

dentro e disse que realizaria um procedimento de dilatação e

curetagem, estancando meu sangramento. Sanaria meu problema.

Essa é a mesma senhora que me levou para dar uma volta. Não

deveria tê-la consultado, porque não percebi que era a mesma

senhora que me levara para passear.

J: Qual era o nome dela?

H: Seu primeiro nome era Rosalinda. Não me advém seu sobrenome.

J: Onde você estava quando passou pela intervenção de dilatação e

curetagem? Em que cidade?

H: Em Johnsonville, Nova York.

J: Você lembra do ano?

H: Ah, talvez nos idos de 1956. Não consigo lembrar do sobrenome

dela. Era uma senhora germânica com sotaque alemão. Não era

cordial, mas rude. Não deveria ter ido consultá-la. Nem sei por que

eu a procurei.

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J: Você alguma vez encontrou-se com ela novamente, após o

exame?

H: Sim.

J: Por quê?

H: Ela era uma médica que trabalhava no hospital em que eu

trabalhei. Na verdade, nunca mais conversamos. Eu a avistava no

corredor, mas como não era cordial, ninguém simpatizava com ela.

J: Em poucas horas, dias ou semanas, você terá uma compreensão

geral de por que a consultou para submeter-se à intervenção de

dilatação e curetagem, será capaz de lembrar-se desse evento por

completo e de forma consciente. Logo, existe mais alguma coisa que

seria importante tomarmos conhecimento agora sobre Raechel ou

Marisa, em relação aos seus nascimentos ou em relação a você como

mãe?

H: Acho que não. Eu não sei.

28/03/98: Terceira Regressão de Helen com a D.ra June Steiner.

June (J): Lembre-se claramente de tudo que aconteceu naquele encontro.

Quando você se lembrar claramente aponte para cima seu dedo “sim” para

certificar-me de que você está naquele ambiente. Agora, deixe-se estar no

apartamento com o coronel. Diga-me exatamente o que está acontecendo.

Helen (H): Quando eu entro, ele já está no apartamento. Marisa diz: “O pai

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de Raechel está aguardando você na saleta, ele quer conhecê-la”. Nisso,

quando eu entro, vejo-o sentado na poltrona na sala de estar, ele se levanta

e Marisa nos apresenta, mas ela não o apresenta pelo seu primeiro nome.

J: Como Marisa lhe apresenta o coronel?

H: Ela diz: “Esse é o pai de Raechel, o coronel Nadien”. Ele se levanta, me

dá as boas-vindas e diz: “Estou tão contente em conhecê-la”! Eu não posso

lembrar de seu primeiro nome, ela não me disse, mas me parece que ele

falou: “Eu sou Rich, eu sou Rich Nadien” ou alguma coisa assim. Não o

escutei muito bem e não quis pedir que repetisse, não sei dizer ao certo,

mas acho que se chamava Richard.

J: Deixe sua mente profunda recuar por um instante à época dos outros

fatos, onde Marisa falou a você sobre o coronel, disse seu nome.

Exatamente, deixe sua mente profunda captar toda a conversa, a fim de

saber se o primeiro nome do coronel foi pronunciado.

H: Ela sempre o chamava de coronel. Eu o ouvi dizendo somente uma vez,

realmente não memorizei, mas penso que se chamava Rich, então, seu

nome deveria ser Richard.

J: Tudo bem, nós abandonaremos esse assunto por hora. Caso nas

próximas horas, dias ou semanas um nome diferente de Richard for

lembrado, você o memorizará, irá anotá-lo, então nós saberemos se o nome

é realmente Richard. Por hora está tudo bem, mas se no decorrer dessa

sessão de hipnose, se lembrar de um outro nome, me comunique. Estará

tudo bem?

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H: Sim.

J: Então, você pode me dizer o que foi que o coronel lhe contou naquele

encontro?

H: Sim.

J: O quê?

H: Bem, ele falou que já que eu havia tido algumas desconfianças sobre a

origem de Raechel (creio que ela deva ter falado com ele a respeito do

incidente no qual eu contemplara seu rosto e de que era o momento em que

eu deveria tomar conhecimento, saber a verdade). Ele me contou que havia

encontrado, inicialmente, Raechel, quando ela era muito jovem e havia

olhado para dentro dos olhos dela, sentiu uma afeição de algum tipo. Ela

conversou com ele por meio dos seus olhos e mente. Ele revelou-me que

não compreendeu por que se identificara daquela maneira com ela, porque

nunca acontecera com qualquer outro ser extraterrestre com o qual já havia

deparado. Foi nesse ponto que me revelou que decidiu tomar conta dela e

não enviá-la de volta, afinal eles precisavam de um ser extraterrestre jovem

para o Projeto.

J: Que projeto?

H: Um Projeto que a ATIC estava tentando implementar. Na verdade, eles

o instituíram por razões diversas, mas nem tudo correu bem, não havia

saído conforme previram e esperavam. Então, passaram a acreditar que

caso trabalhassem com um extraterrestre jovem, o projeto talvez vingasse.

Então, o coronel sentiu uma especial afeição por Raechel. Essa afeição

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talvez nunca tivesse sido vivenciada antes pelos homens da ATIC, pois os

outros extraterrestres mais velhos não quiseram cooperar com eles. Com

um extraterrestre jovem, eles talvez pudessem instigá-la sobremaneira a

fim de aprender com os extraterrestres e vice-versa. De início, ele não

soube como procederia, mas sabia que deveria fazê-lo de um modo ou de

outro. Quando ele a levou à base tudo se ordenou para ele, todos quiseram

ajudá-lo. Não ao certo por que, mas decidiram que precisavam ajudá-lo no

que pudessem. Raechel concordou, no entanto, o coronel assuntou consigo

sobre isso por algum tempo. A ATIC reforçou: “Não, você tem de

desempenhar este trabalho por um longo período”. De qualquer forma, ele

continuou a cumpri-lo; contou-me a respeito dos problemas que eles

enfrentaram. Quando se deram conta que tinham de ensinar Raechel a falar,

notaram que ela nunca demonstrara o desejo em tentar falar inglês, na

verdade nunca aperfeiçoara corretamente sua pronúncia, já que sempre

pronunciava feito uma máquina. Por outro lado, ela era uma extraterrestre

tão bem comportada que permitiram que residisse a maior parte do tempo

na base, e eles a auxiliaram. Ele também me falou a respeito da aparência

de Raechel. Eles não sabiam que providências iriam tomar em relação ao

seu semblante. Ah, isso era aceitável na base, mas não poderiam

permanecer lá para sempre. Então, me falou a respeito de como tiveram

que aprender a disfarçá-la. Assim, as pessoas não saberiam sua verdadeira

identidade.

J: No momento em que o coronel contou a você tim-tim-por-tim-tim a

respeito dessa história toda, como você estava se sentindo?

H: Eu estava chateada, mas também fascinada. Eu desconfiava de que isso

pudesse vir a acontecer, no fundo sabia que ele não estava mentindo para

mim. Mesmo que estivesse mentindo, eu ainda conversaria com Raechel.

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Sabe, eu tinha certeza de que ela era uma extraterrestre. Portanto, eu sei

que me contou a verdade.

J: Ele falou a você alguns detalhes adicionais sobre o trabalho que

realizava na base?

H: Quando ele adotou Raechel?

J: Hum... Hum...

H: Ele falou apenas que ela era uma das poucas extraterrestres que era

meio humana. Assemelhava-se a uma outra coisa que eles estavam

procurando, pois precisavam encontrar um extraterrestre que estivesse o

mais próximo possível da caracterização humana, afinal, na maioria das

vezes era insuportável contemplar a fisionomia dos alienígenas. Ele mal

podia suportar o semblante de alguns deles. Disse-me que muitos

alienígenas não tiveram êxito, tentaram salvá-los, mas eles se carbonizaram

ou se despedaçaram em acidentes ou algo assim; não puderam fazer nada

para salvá-los. Não era a morte dos alienígenas que era tão ruim, mas sim a

sua aparência, caso todos sobrevivessem sãos e salvos. Ele falou que dera

as boas-vindas à Raechel. Depois do primeiro dia e um pouco depois,

achou que ela poderia permanecer na base. Essa era a chave do problema.

Então, ele não teve de lidar com as outras coisas, no entanto apercatou que

adveio um problema, porque um tempo depois de ela ter viajado de tão

longe, ele precisou deixar a base. Sua missão era verificar como ela se

adaptaria interagindo com as pessoas. Então, tiveram de procurar a pessoa

certa. Não perguntei quem tentou conseguir a pessoa certa para morar com

Raechel, já que eu não pude comentar sobre o assunto.

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J: Quero que se mantenha bem consciente de sua aparência, corpo e peso.

Diga-me tudo o que você possa se lembrar sobre o semblante do coronel.

H: Bem, ele era realmente um homem elegante. Tinha cabelo preto,

castanho, olhos azuis fora do comum, não azuis claros, mas escuros. Não

lembro de sua altura, talvez beirasse 1m 55 cm ou1m 82 cm. Deveria pesar

aproximadamente 81 quilos. Era realmente um homem forte, muito

elegante e em boa forma. Eu não quis encará-lo, mas ele era um homem

bem-aparentado.

J: Que idade ele tinha aproximadamente?

H: Não sei. Talvez quarenta e quatro ou quarenta e cinco anos. Não sei

dizer ao certo.

J: Quando você estava conversando com o coronel, Raechel estava no

apartamento?

H: Ela estava dentro do quarto.

J: Você sabe por que ela não estava conversando com você?

H: Ela não quis escutar a conversa.

J: Ela falou por que não quis escutar a conversa?

H: Não.

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J: Agora, eu quero que você se concentre novamente no coronel. Quando

você o escutou falar, percebeu algum sotaque ou maneirismos incomuns?

H: Não, ele tinha uma voz… Talvez estivesse tentando disfarçar o sotaque,

pareceu-me muito tranqüilo, muito mais do que eu estava. Ele sentou e

falou, mas não havia um sotaque, todos temos algum sotaque, pelo menos

deveríamos ter, a menos que tenhamos sido treinados para não tê-lo.

J: No momento em que ele contou a história de Raechel, relatou alguma

coisa relacionada ao que ela comia ou ao que precisava comer, ou…

H: Sim. Ele falou que ela não podia comer a comida que as pessoas comem

ou alimentar-se do mesmo modo que as pessoas. Disse que a manteria

provida exatamente com aquilo que ela teria de comer. Ele se certificaria de

que essa comida fosse sempre entregue no apartamento.

J: Ele falou o que era essa comida?

H: Sim, relatou que aquelas jarras grandes acondicionadas no piso da

cozinha era o que Raechel tomava.

J: Ele falou o que havia nas jarras?

H: Não, mas o líquido nas jarras se parecia com água.

J: Esse líquido era a única coisa que Raechel ingeria como alimento?

H: Não, ela também recebia sua própria comida entregue em pequenas

caixas brancas.

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J: Você alguma vez observou essa comida?

H: Não, mas Marisa me falou com que se parecia.

J: Com o que se parecia?

H: Ela alcunhou essa comida de a “coisa verde horrível. ”Parecia-se com

espinafre talhado em pequenos nacos que eram esquentados várias vezes.

Ela falou que certa vez perguntou à Raechel se poderia provar. Raechel

respondeu que não, sequer poderia pôr-lhe a mão, pois passaria mal. Ela

realmente não quis provar daquela comida de forma alguma, pois parecia

horrível.

J: Essa conversa com o coronel, aconteceu antes de Raechel se

estrambelhar no chão do apartamento?

H: Não, isso aconteceu depois.

J: Quanto tempo depois?

H: Talvez um ou dois meses. Difícil precisar.

J: Quanto tempo depois dessa conversa, Raechel deixou o apartamento

definitivamente?

H: Provavelmente, dentro de um ou dois meses. Não me advém o tempo

exatamente.

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J: Durante esse tempo, você alguma vez observou de perto as caixas de

comida ou as jarras d´água?

H: Sim.

J: Diga-me com que se pareciam.

H: Eu não nunca pus a mão naquelas jarras, porém quando as observei

havia seis engradados acondicionados no piso da cozinha. Eram jarras

grandes e altas como galões, contendo água destilada. Eu gostaria de

salientar o fato de serem provavelmente muito pesadas. Como ela poderia

soerguê-las? Nunca assuntei comigo sobre isso, porque achei que não havia

problema. As seis jarras d’água estavam acondicionadas em duas fileiras de

três e colocadas no piso da cozinha.

J: Havia quaisquer rótulos impressos nas jarras?

H: Sim. Mas, eu não os contemplei.

J: Como você sabe que havia rótulos impressos nas jarras?

H: Porque durante uma das vezes em que a visão de Marisa estava um

tiquinho melhor, e Raechel estava ausente, ela verificou o fundo de uma

das jarras d’água. Havia o desenho impresso de um triângulo com linhas

estilizadas. Então...

J: Havia quantas linhas no triângulo?

H: Três linhas. Então, eu constatei que havia algumas caixas

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acondicionadas no congelador, mas eu não toquei nelas de forma alguma.

Elas também tinham pequenos rótulos impressos.

J: Você alguma vez percebeu aqueles rótulos impressos nas jarras e caixas

em algum outro lugar?

H: Sim.

J: Em que lugar?

H: Na placa daquele carro estranho que aqueles caras dirigiam.

J: De que caras você está falando?

H: Bem, dos caras que eram amigos do coronel e compareciam a cada duas

ou três semanas para ver como Raechel estava passando. Certa vez, eu

avistei o carro e constatei que não pertencia a nenhum citadino da

vizinhança. Aquelas pessoas tinham carros antigos; aquele carro era muito

estranho, pois o modelo não se parecia com qualquer marca que eu já havia

contemplado de perto. Eu já correra os olhos em fotos de carros similares,

mas não havia muitos carros daquele modelo naquelas redondezas.

J: Onde você tinha visto as fotos dos carros antigos?

H: Em filmes antigos, ou livros, livros de história.

J: Então, aquele não era um carro novo?

H: Não. O veículo parecia ser novo. Era lustroso, realmente bonito, mas eu

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sei que não era novo e também não era americano.

J: Aquele rótulo triangular estava no carro?

H: Estava rotulado na placa do automóvel preto.

J: Você já observou essa placa em algum outro lugar?

H: Acho que não. Não lembro.

J: Contarei de um até três, quando eu der início à contagem, eu quero que

você continue indo, profundo e profundo, observando qualquer parte

interna da sua consciência para descobrir se alguma vez, viu o rótulo em

algum outro lugar. Na contagem três, se houver alguma outra informação

sobre o rótulo, isso será revelado a você nesse instante. Um, dois, três.

H: (sussurrando) Não, eu nunca avistei esse rótulo antes, mas Marisa sim.

J: Onde Marisa o observou?

H: Ela tinha visto o carro também em outro período.

J: Ela já presenciou alguma coisa em relação ao carro que tenha sido

diferente ou mais além do comum do que você já me falou?

H: Não muito. Ela soube que algo não estava certo, mas não pôde avistar o

carro muito bem. De certo forma, ela soube que algo não estava normal. O

carro não deveria estar estacionado naquele lugar.

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J: Você pode me falar o que mais estava escrito na placa do veículo, além

daquele rótulo?

H: Nada. O carro era preto.

J: De que cor era o rótulo?

H: Vermelho.

J: As caixas também tinham cor vermelha?

H: Sim, a mesma cor, somente menores.

J: O que você pode me dizer sobre os três caras que costumavam entregar

aquelas caixas e jarras d’água no apartamento e que dirigiam o carro preto?

H: Não sei se eles entregavam as caixas e as garrafas no apartamento.

Nunca presenciamos ninguém, mas acredito que as entregavam. Na

verdade, elas não eram entregues nas dependências do apartamento.

Comumente, seja lá quem as entregassem, eram deixadas à porta do

apartamento.

J: Em que local, próximo à porta do apartamento, eram entregues as

provisões?

H: Do lado de fora. Eles as colocavam lá e quando as moças abriam a

porta, os caras tinham um semblante bizarro.

J: De que modo?

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H: Não pareciam muito saudáveis, mas não eram magros ou qualquer coisa

desse gênero. Seus rostos eram realmente caucasianos, pareciam sujeitos

não saudáveis como se nunca tivessem pegado sol. Então cogitei: aqui é a

Califórnia. Esses caras não parecem adaptados para viverem aqui, talvez

trabalhem em serviço interno na maior parte do tempo. Não matutei

sobremaneira a respeito disso, mas alguma coisa não parecia normal. Eles

eram perversos, reais, pareciam não se importar se tirassem sua vida. Essa

foi a impressão que tive. Por pouco, não me abalroaram ao chão, ao

descerem a escadaria, enquanto eu estava subindo até o apartamento.

Nenhum dos caras desviou para o lado. Eu tive de dar um passo atrás para

não quedar. Do contrário, eles teriam me derrubado. Fiquei zangada com

essa atitude.

J: Quero que você esteja presente no momento em que eles, por pouco, não

lhe derrubaram. Diga-me como se sentiu?

H: Senti-me inicialmente zangada, assustada. Pareciam ameaçadores, mas

não disseram nada. Soube que eram os caras que compareciam ao

apartamento. Trajavam-se de forma estranhíssima. Seus ternos pareciam

não se encaixar adequadamente ao corpo; eram pretos e apertadíssimos em

seus corpaços. Dava a impressão de que os caras precisavam trajar-se

convenientemente para um trabalho e não conseguiram o terno que se

encaixasse adequadamente neles. Então, vestiram qualquer coisa. As partes

de cima do terno eram muito apertadas e antiquadas. Pareciam fora de

caráter. Não pareciam estar vivendo na década de trinta. Marisa comentou

que estavam vestidos dessa forma toda vez que se deparava com eles. Não

lhe pareciam normais e também eram rudes com ela.

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J: Quando passaram por você nos degraus da escada ou em qualquer outro

momento em que você se deparou com eles, alguma vez escutou suas

vozes?

H: Não, em nenhum momento.

J: Alguma vez sentiu qualquer odor de perfume ou outra coisa nos caras da

qual tenha tomado ciência?

H: Perfume… Cheiravam a mofo. Cheiravam como se seus paletós

tivessem sido acondicionados no fundo de um antigo armário que tinha

estado trancafiado, e as coisas exalavam odor esquisito. Não tinham odor

de roupa nova. Eles passaram por mim com muita pressa, portanto eu pude

sentir o cheiro de suas indumentárias.

J: Houve mais alguma coisa que Marisa ou Raechel falou a você a respeito

dos caras?

H: Hum... Bem, Raechel contou a Marisa que eles não machucariam

ninguém, não a machucariam. Apenas compareciam ao apartamento para

verificar o progresso de Raechel. Eram amigos do coronel, seu pai e,

provavelmente, trabalhavam com ele na base.

J: Então, os caras trabalhavam na base ou onde eles trabalhavam?

H: Marisa não lhes perguntou. Creio que trabalhassem na base, mas talvez

não, pois não trajavam uniformes.

J: Ela alguma vez os chamou pelos seus nomes?

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H: Não, ela não os chamou pelos seus nomes, mas perguntou a Raechel o

nome deles e ela me falou.

J: Quais eram os nomes dos caras?

H: Um se chamava Auran, e o outro Asaterek, e… Eu não consigo lembrar

do outro nome. Sei do nome, mas não posso lembrar.

J: Tudo bem, deixe o nome ser recordado agora. Você lembrará.

H: Oh, sim. Eu sei os nomes, quando eles falaram com Marisa, certa vez,

pediram a ela que saísse do apartamento. Ela não imaginava que teria de

sair do apartamento, achou que a melhor coisa a fazer era… Então, desceu

a escadaria e conseguiu avistar o veículo que pertencia aos caras, já que

pôde enxergar um tiquinho melhor do que Raechel imaginava, naquele

instante, pôde avistar a placa do carro.

J: Algum desses três caras, alguma vez, descreveu ou conversou sobre

Raechel ou sobre o pai dela com você?

H: Não.

J: Eles alguma vez descreveram ou conversaram a respeito de Marisa,

como tendo sido informada por Raechel ou pelo pai dela?

H: Eu não compreendi sua pergunta.

J: Marisa alguma vez falou a você se um dos três caras teria trabalhado ou

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estado com o pai de Raechel?

H: Não. Raechel contou a Marisa que os caras trabalhavam com o seu pai.

J: Você conversou alguma coisa sobre qualquer um dos três caras?

H: Não.

J: Existe mais alguma coisa sobre a qual você possa lembrar-se agora, a

respeito dos três caras e que ainda não me falou?

H: Eu não lembro em que lugar estou agora, mas da outra vez eu avistei

pela janela um cara parecido com um ator de cinema antigo. Esse cara era o

mesmo sujeito com quem eu deparei na escada; era um dos três caras.

Parecia-se com George Raft. Estranho, porque ele não se parece desse jeito

agora, como o contemplei na escadaria naquele dia.

J: O que você quer dizer com ele não se parece desse jeito agora?

H: No lugar em que estou agora, situada na escadaria, eu o vi um tempo

depois, mas sei que ele é o mesmo cara.

J: Como sabe que ele é o mesmo cara?

H: Bem, talvez eu não tenha certeza, mas penso que era o mesmo.

J: Ele estava junto com os outros dois caras?

H: Não, ele estava sozinho.

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J: Em que lugar ele estava dessa vez?

H: Estava espreitando através de uma janela, posicionado no outro lado da

rua, mas não me enxergou.

J: Onde estava situada a janela?

H: Era uma janela… Sei que uma janela tem de estar situada em algum

lugar, tem de estar posicionada em uma parede.

J: Eu contarei de um até três. Na contagem três, você estará rente à janela

observando o cara no outro lado da rua e tomará ciência do lugar em que

você está situada. Um, dois, três. Diga-me do que você está ciente.

H: Esta janela é uma janela de um carro, mas o cara está sozinho. Os outros

dois sujeitos não estão ali ou eu não consigo vê-los.

J: Qual é o tipo de carro que eles estão usando?

H: Um grande carro preto.

J: Você alguma vez viu esse carro?

H: Já o vi na garagem do edifício.

J: Este é o mesmo carro que tem a placa com o impresso triangular?

H: Sim.

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J: Em que lugar está localizado esse carro agora?

H: (Longa pausa)… Está estacionado na garagem do prédio, mas em outro

lugar, no entanto o cara está sozinho.

J: Como o cara se comporta no momento em que você o espreita pela

janela?

H: Ele olha para frente e me observa.

J: Quão perto você está rente ao carro?

H: Hum... Talvez uns 3 metros ou 4m e 50 cm. Mesmo assim, creio que ele

não pode me ver. Está olhando em outra direção, mas tenho a impressão de

que poderia estar me enxergando de soslaio.

J: Por que você acha isso?

H: Sinto isso, mas não sei por que motivo me espreitaria. Não sei por que

ele estaria ali sozinho.

J: Agora, eu quero que você observe tudo à sua volta. Perceba se pode

divisar os outros dois caras em algum lugar.

H: Não.

J: Por quanto tempo você observou o cara sentado no banco do carro?

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H: Somente por um minuto ou pouco mais, porque ele é assustador.

Quando eu o observei da última vez, estava ao lado dos outros dois e eles

justamente tentaram me atemorizar. Assustaram-me. Então, eu achei

melhor seguir viagem.

J: A que lugar você estava indo quando topou com esse cara?

H: Eu estava subindo a escada para o apartamento.

J: Continue subindo a escada para o apartamento. Aconteceu alguma coisa

no momento em que você saltou do carro e assomou ao apartamento? Você

avistou alguém?

H: Eu não avistei ninguém, mas também quando cheguei no apartamento e

toquei a campainha, não havia ninguém lá. Então, não fiquei muito tempo à

porta. Eu desci pela escada e deixei o prédio.

J: O carro ainda estava estacionado na garagem do prédio quando você

desceu a escada?

H: Sim.

J: O cara ainda estava sentado no banco do carro?

H: Sim.

J: Ele ainda estava sozinho?

H: Sim, mas eu não presenciei mais ninguém além daquele cara.

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J: Alguma vez você avistou esse cara ou qualquer um dos outros sujeitos

no carro preto novamente?

H: Não. Se eu tivesse visto eu lembraria.

J: Agora, eu quero que você retroaja até o instante em que você conversava

com o coronel. Deixe-se retroagir até aquele instante, quando estava de

frente para ele, plenamente consciente. Quero que você me diga se alguma

vez viu o coronel novamente, após aquele encontro.

H: Não. Eu nunca mais encontrei com o coronel. Não o vi mais em

nenhum lugar.

J: Quando você falou diretamente com Raechel na época em que você me

relatou, quando ela lhe contou a respeito dela, quando você contemplou

seus olhos nitidamente, você observou os cabelos dela; ela lhe contou

alguma coisa nova sobre o coronel que você não conhecia?

H: Não.

J: Ela lhe falou o que sentia em relação ao coronel?

H: Ela o amava, mas eu não soube o que ela quis dizer com isso, porque,

bem, eu gostaria de saber se eles sabiam o que era amor.

J: Por que você quis saber isso?

H: Porque eu sabia que Raechel não era da Terra, mas ela falou que

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gostaria de aprender como ter sentimentos humanos. Então, eu penso que

ela poderia aprender.

J: Que tipo de comportamento Raechel demonstrava em relação a Marisa?

H: Raechel demonstrava...

J: Hum... Hum...

H: Ela agia como se fossem amigas, mas não da mesma forma como

namorados demonstram.

J: Um, dois, três.

H: Fazer laços de amizade era dificílimo para Raechel. Não sei por que

falei isso.

J: No momento em que você estava conversando através dos olhos com

Raechel, alguma vez ela falou desse lugar em que estava vivendo quando

alcançou a maturidade?

H: Não.

J: Ela alguma vez falou sobre como era o lugar em que viveu?

H: (longa pausa)… Nada, exceto que não importava se, como aqui, se você

parecesse diferente ou se você fosse diferente de alguma forma. Nesse

lugar, eles todos tinham a mesma aparência, então não havia esse

problema.

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J: Ela alguma vez falou como era o lugar em que ela vivera?

H: Justamente, as cores.

J: Quais eram essas cores?

H: Azul… verde.

J: Quando ela falou sobre essas cores, como ela as descreveu?

H: Ela me fez enxergá-las, não me fez, deixou-me vê-las e eram lindas.

Não sei o que eram, se eram cores, ou o céu, ou a água. Quando eu as vi,

não pareciam ser precisamente cores.

J: Alguma vez ela falou sobre a família ou sobre quem havia tomado conta

dela, quando ainda estava naquele lugar, antes de vir para a Terra?

H: Não, ela não falou. Não pareceu existir nenhuma família naquele lugar.

Não como uma mãe e pai, pois não havia uma mãe e um pai, creio que não

havia irmãos e irmãs, tampouco. Sei que não havia mãe e pai, contudo não

sei a respeito dos irmãos e irmãs.

J: Ela alguma vez falou a você como chegou a bordo daquela nave que

colidiu no deserto?

H: Sua presença na Terra foi requisitada. Um outro híbrido já estava na

Terra atualmente, ela viria, tudo estava pronto para ela. Ela não tinha

escolha, tinha de vir… (sussurrando)… Tinha de vir.

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J: Ela soube por que estava vindo para a Terra?

H: Não realmente, no entanto não tinha escolha. Tinha de fazer o que foi

solicitado.

J: Como ela se sentia a esse respeito?

H: Ela não possuía emoções. Eles lhes comunicaram que era o momento de

ir. Ela não pôde discutir. Não tinha emoções, logo, isso não tinha

importância.

J: O que você quer dizer com: logo, isso não tinha importância?

H: Porque depois que ela chegou, começou, ou seja, foi requisitada para o

Projeto. Frustraram-se com os seres extraterrestres mais velhos que não

puderam se adaptar. Então, o Projeto Humanização achou que se tentassem

com um ser extraterrestre mais jovem, isso talvez sucederia, talvez

pudessem ser ensinados, talvez pudessem aprender.

J: Quando Raechel, inicialmente aterrissou na Terra, na aterrissagem

forçada, ela falou para você o que aconteceu com ela?

H: Não muito, exceto que foi capturada. Achou que talvez ninguém a

encontrasse e não poderia sair dali. Então, quando alguém a encontrou, ele

pode conversar com ele, o coronel.

J: Como o coronel conversou com ela?

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H: Com os olhos.

J: Ele soube como dizer de que modo ela se expressou?

H: Claro, afinal havia dialogado antes com outros seres extraterrestres e

então, quando ele a resgatou, levou-a a um lugar seguro. Então, disse a ela

que poderia permanecer.

J: Ele disse a ela o nome dele?

H: Não imediatamente, então, não muito tempo depois lhe falou de

qualquer forma.

J: Quando eles se conheceram melhor, ela alguma vez disse para o coronel

de que nome o chamaria?

H: Ela o chamava pelo primeiro nome, mas eu não me lembro exatamente,

ela não o chamava de pai. Eu não lembro qual era o primeiro nome dele...

Oh, eu deveria me lembrar disso!

J: Helen, eu pedirei à sua mente profunda para me responder com seus

dedos por um instante. Exatamente, deixe-se levar totalmente para dentro

desse lugar, onde sua mente profunda responderá minhas perguntas. Helen

alguma vez foi informada sobre o primeiro nome do coronel por Raechel?

H: Ela não me falou. Não sei por que, porém não o chamava de pai.

Realmente ele não era o pai dela.

J: Eu gostaria que sua mente profunda respondesse novamente. Helen,

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pode deixar seus dedos responderem as perguntas. Helen, alguma vez

ouviu o primeiro nome do coronel de alguma pessoa?

H: Não sei dizer, sim ou não. (gesticulando os dedos)

J: Helen, alguma vez escutou o coronel sendo chamado por algum outro

nome diverso de “o coronel” e pelo sobrenome dele?

H: Não sei dizer, sim ou não. (gesticulando os dedos)

J: Existe alguma outra informação sobre o coronel que Raechel relatou a

você ou a Marisa e que você não tenha permissão para falar nesse

momento?

H: Sim. (gesticulando os dedos)

J: Sim. Essa é a informação que você permitirá relembrar e falar nas

semanas intervenientes ou meses?

H: Indecisa, se sim ou não. (gesticulando os dedos)

J: Houve algum tipo de condição ou ameaça que impediu você de revelar

essa informação?

H: Sim. (gesticulando os dedos)

J: Deixe-se relaxar e desloque-se duas vezes mais profundo do quanto você

está agora. Se chegarmos a um lugar onde não seja permitido deixar essa

informação vir à tona, quero que levante seu dedo médio a fim de saber se

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você não está permitida a responder essa pergunta... O coronel alguma vez

mencionou sobre quaisquer postos de serviços onde tenha servido?

H: Não. (gesticulando os dedos)

J: Houve alguma outra parte da vida do coronel sobre a qual ele tenha

falado a respeito?

H: Não. (gesticulando os dedos)

J: Agora, eu gostaria que a sua mente profunda permita que você fale.

H: O coronel não me falou sobre essas coisas.

J: Ele falou a alguém mais a respeito dessas informações?

H: Sim.

J: Para quem ele falou?

H: Marisa.

J: Você pode me dizer o que foi que ele disse a Marisa?

H: (longa pausa)… Ele falou onde ele havia estado antes de estar em

Nevada.

J: Que lugar era esse?

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H: Nebraska.

J: Ele falou para ela onde ele cresceu?

H: Sim.

J: Em que lugar?

H: Idaho.

J: Ele falou em que lugar em Idaho?

H: Nampa.

J: Ele alguma vez falou a ela sobre a escola de treinamento militar que

freqüentou?

H: Não o nome exatamente, ele foi para a escola superior militar lá mesmo,

então se formou.

J: Quando ele partiu de lá?

H: Imediatamente após graduar-se na escola superior militar.

J: E para onde ele seguiu, imediatamente após graduar-se na escola

superior militar?

H: Texas.

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J: O que aconteceu no Texas?

H: Ele passou por um treinamento como todo mundo.

J: E quando ele terminou esse treinamento?

H: Foi instruído a ir para um outro lugar, mas ninguém falou a ele onde se

localizava. Não importava para quem perguntasse, ninguém lhe falava. Eles

diziam que aquilo era um engano, mas ele soube que não era. Antes que

pudesse partir para aquele lugar, ele teve de ir a Nebraska.

J: Você sabe que lugar em Nebraska?

H: Ele teve de freqüentar uma escola especial militar. Era uma base imensa

da Força Aérea.

J: Você sabe o nome da base?

H: Chamava-se Crawford.

J: Que tipo de treinamento ele praticou nesse lugar?

H: Essa escola era uma escola militar diferente, a escola mais incomum

que ele já havia conhecido, em que ele já havia estado. Todos eles

aprendiam sobre outros lugares. Naves espaciais, mas todos os outros

recrutas da turma partiriam para lugares diferentes, bases diferentes e todos

eram… Na verdade, nenhum deles soube exatamente por que estavam

naquele lugar. Todos foram enviados, despachados.

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J: Havia alguma coisa que todos esses recrutas tinham em comum?

H: Bem, todos eram rejeitados por suas famílias, não tinham famílias, nem

esposas, nem namoradas, talvez fossem órfãos. Eram todos distintos, mas

por razões diversas eram todos iguais também. O coronel tinha um pai e

uma mãe, mas eles não o quiseram. Tampouco, tinha amigos.

J: Por que isso?

H: Porque ele era uma pessoa distinta. Todos os outros na família não

serviram como militares. Ele serviu, quando voltou, não se importaram

com ele.

J: Que tipo de credencial ele recebeu, enquanto estava lotado nessas bases?

H: Ele tinha uma credencial Ultra-Secreta e superior secreta, a qual ele não

precisaria ter tido.

J: Por quê?

H: Porque não precisava dessa autorização enquanto estivesse sob

instrução militar.

J: Então, ele recebeu esse crachá de segurança imediatamente?

H: Foi-lhe entregue após duas ou três semanas. Ele não recebeu nenhum

crachá de segurança em menos de duas ou três semanas, já que isso levava

mais tempo.

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J: A ele foram dados os mais altos crachás de segurança ou outros tipos de

insígnias?

H: Antes de ele ir para Nebraska, o crachá de segurança foi substituído por

outro, passando a ser chamado MAJIC. Ninguém lhe informou o que era

isso, já que todos sempre diziam que desconheciam. No entanto, ele sabia

que não era verdade.

J: O que não era verdade?

H: Que eles não tinham conhecimento sobre o crachá de segurança. Então

resolveram revelar-lhe isso.

J: Como ele se sentiu recebendo o crachá de segurança e obtendo todas as

informações até então desconhecidas?

H: Ele realmente não soube como lidar com isso, tudo aconteceu muito

rápido. Mesmo assim, quis saber mais e então descobriu que iria para um

lugar diferente daquele para onde haviam ido os outros recrutas. Ele seria o

único recruta a seguir para lá.

J: Onde era esse lugar?

H: Esse lugar sequer tinha nome real, alcunhava-se Four Corners. Eles

também não o informaram em que lugar se situava essa base.

J: Quando ele chegou à base, o que encontrou?

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H: Em Four Corners?

J: Sim.

H: Pensou que estava no lugar errado, mas não estava. Imaginou que a base

seria como uma base militar normal, mas tudo lá era antigo. Os prédios,

além de antigos eram estranhos com velhos celeiros, além das outras coisas

na superfície da base.

J: Havia mais alguma coisa na base?

H: Oh, sim. Era tudo subterrâneo. Os celeiros antigos e as outras coisas na

superfície eram apenas um disfarce para ludibriar as pessoas.

J: Diga-me mais sobre o que havia no subterrâneo da base.

H: Instalações que serviam como residência e grandes laboratórios.

J: O que eles faziam nos laboratórios?

H: (longa pausa)… Trabalhavam em diversas atividades que

propulsionavam as naves, como em peças que conseguiram recuperar a

partir das naves extraterrestres recolhidas, como a da nave acidentada. Eles

as desmontavam e tentavam compreender como funcionavam. Ele não ia à

base freqüentemente, pois não entendia sobre isso.

J: Qual era a missão dele?

H: Sua missão era sair a campo e resgatar as coisas e as pessoas, no

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entanto, sabemos que não eram pessoas. Os pilotos das naves não eram

sequer pilotos, eram coisas.

J: O que você quer dizer, com a palavra “coisas”?

H: Bem, ele não soube do que mais poderia apelidá-los. Alguns não eram

fáceis de serem descritos. Outros eram como Raechel. Além do mais,

poucos daqueles seres sobreviviam. Inicialmente, não soube por que

motivo aquelas naves chegavam até à Terra e colidiam durante a

aterrissagem. Então, soube que estavam sendo derrubadas em outros

lugares.

J: Quem estava derrubando as naves?

H: Nós estávamos... Ele não pôde perguntar muito a respeito desse assunto.

J: Quando você falou que alguns dos ocupantes extraterrestres daquelas

naves eram muito diferentes, com que se pareciam?

H: (longa pausa)… Com percevejos, alguns pareciam....

J: Com que tipo de percevejos?

H: Com gafanhotos. Alguns dos seres pareciam dessa forma. Não poderia

ser, mas era. Isso o deixou preocupado, mas era seu trabalho, tinha de

cumpri-lo.

J: Ele foi capaz de se comunicar com cada um dos seres extraterrestres que

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sobreviveram?

H: Com a maioria dos deles, ou melhor, com aqueles que quiseram se

comunicar. Alguns E.T.s se negaram, ele tentou, mas não pôde manter

contato com eles. Nunca compreendeu por que motivo era tão bom nisso.

(Mudança de Fita—uma pequena parte da sessão de hipnose está

perdida)

H: …membros do grupo de resgate que partiram junto com o coronel para

o local do desastre, eles não foram até mesmo vasculhar o interior da nave.

Eles foram para observar a nave incinerar-se.

J: Como o coronel soube que tinha de examinar o interior da nave?

H: Ele sentiu que alguém estava no interior da nave, alguma coisa, apesar

de não poder enxergar o interior da mesma.

J: Helen, você ou algumas das pessoas que você conhece, alguma vez

presenciou algumas daquelas criaturas tipo percevejo, desde quando

Raechel tomou parte em sua vida?

H: (longa pausa)… Não sei.

J: Eu contarei de um até três, na contagem três, deixe sua mente profunda

observar totalmente o período compreendido entre aquele em que Raechel

veio à Terra até agora. Um, dois, três.

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H: Oh… Oh… Não… Eles não se parecem com percevejos, mas os rostos

desses sujeitos não eram realmente humanos.

J: Diga-me com o que se pareciam.

H: Hum... Pareciam ser compostos por camadas, como se tivessem

manchas suturadas, mas não eram esverdeados como são os percevejos,

mas… Oh… Eu não sei.

J: Onde você os avistou?

H: No interior de um restaurante. Eles não se assemelhavam aos

percevejos, porém suas faces não eram normais, tampouco tinham a mesma

cor dos humanos, mas decididamente não eram esverdeados.

J: De que cor eles eram?

H: Marrom, não marrom escuro, mas sim com diferentes matizes

amarronzadas. Eram semelhantes a manchas e estavam por todo o corpo,

sendo que todos eles pareciam iguais.

J: Você se comunicou com eles ou eles com você de algum modo?

H: Oh, eu acho que sim...

J: O que você quer dizer?

H: Bem, eles olharam para mim através da janela, bem perto.

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J: O que você ficou sabendo quando eles a observaram?

H: Que eles estavam me procurando e que não puderam me encontrar

antes. Mas por que estariam me procurando?

J: Deixe-se observar por eles agora, de perto, olhe para seus olhos e

pergunte-lhes: “Por que estavam me vigiando”?

H: Eles queriam certificar-se de que eu estava segura. O que poderiam

fazer? Que diferença isso faria?

J: Pergunte a eles por que estavam interessados em vigiá-la se você estava

segura. Que ligação eles têm com você?

H: Oh… Eu não quero estar ligada a eles, parecem perversos.

J: Mas, eles queriam que você estivesse segura!

H: Sim.

J: Pergunte a eles por que estavam interessados em mantê-la segura.

H: Porque sabiam que eu estava preocupada. Estavam receosos. Não

conhecem nada sobre carros, achavam que a viagem seria muito longa para

eu percorrer. Isso é ridículo! Estúpido!

J: Agora, observe atentamente os dois caras que você presenciou no

restaurante. Diga-me, alguma vez já topou, de alguma forma, com esses

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caras ou criaturas, seja lá quem fossem?

H: Os olhos são todos iguais, todos os olhos são iguais.

J: O que isso significa?

H: Todas essas criaturas têm olhos idênticos. Todos são distintos, mas no

restante deles, seus olhos são todos iguais.

J: Como os olhos de Raechel?

H: Estes são olhos pretos grandes.

J: Quando você diz que os olhos são iguais, quem mais tem olhos assim?

H: Os pássaros… (longa pausa)…

J: Existe mais alguém?

H: (sussurro)… A médica… Oh… Oh… (lamuriando)… Não sei (eu não

posso compreender)… Não posso fugir ao controle deles... Não importa

aonde eu vá, porém os outros seres não me machucam.

J: A médica é o único ser que já machucou você?

H: Sim.

J: A médica alguma vez lhe submeteu a algum exame médico, exceto

naquele instante que você nos descreveu, quando a senhora a conduziu ao

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escritório?

H: Não. Não me lembro de nada. Nem sei por que ela agiu assim, penso

que tenha sido porque eu a acompanhei, nem sei por que eu agi daquela

forma. Eu deveria ter ido para algum outro lugar.

J: Helen, quando você fala “todo o restante deles tem olhos idênticos”,

poderiam estar associados de algum modo?

H: Não sei. Às vezes, são tão esquisitos que me dão medo. Agora eu estou

assustada, pois alguns dos pássaros não parecem normais, estão ferozes,

têm olhos cruéis, mas não pretendem me machucar. Estão ferozes, mas eu

não posso ajudar dizendo como parecem seus olhos.

J: Helen, eu gostaria que você retroagisse agora até o momento em que

Raechel, de início, chegou com a nave, quando o coronel a resgatou. Diga-

me o nome do projeto no qual ela viria a tomar parte aqui na Terra, o

mesmo projeto em que o coronel estava trabalhando.

H: Era chamado “Projeto Humanização”.

J: Projeto Humanização?

H: Eram parecidos com humanos, mas eu não sei quanta emoção eles

podiam desenvolver. Apesar do poder de influência nos híbridos, essa

experiência frustrou-se em qualquer um dos seres extraterrestres

submetidos a ela.

J: Essa experiência não obteve êxito com os ETs?

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H: Sim. Eles tentaram, mas os resultados foram frustrantes.

J: Isso foi o que o coronel falou a Marisa?

H: Sim.

J: A que lugar seguro eles levaram Raechel?

H: Qual lugar seguro?

J: Depois que Raechel foi levada para a base, depois que tomaram conta

dela e a ensinaram, como era mantida em segurança quando eles partiam

para ir à cidade?

H: Ela era mantida em segurança na base. Eles prepararam um lugar para

que ela morasse, mas havia sempre alguém que a vigiava.

J: Quem tomava conta dela na base?

H: Havia duas enfermeiras.

J: Quais eram seus nomes?

H: Eu não sei, mas uma delas estava sempre ao lado de Raechel.

J: Marisa alguma vez falou a você os nomes das enfermeiras?

H: Não creio que ela soubesse, talvez tivesse conhecimento.

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J: Raechel alguma vez falou a você sobre as enfermeiras?

H: Ela não as chamava de enfermeiras.

J: Como ela as chamava?

H: Ela as chamava de mulheres. Elas tinham nomes, mas eu os

desconheço.

J: Quem começou a ensinar Raechel?

H: Uma senhora do Projeto.

J: O Projeto Humanização?

H: Hum... Hum...

J: O que foi que ela lecionou a Raechel?

H: Ensinou-a como falar, como traduzir seus pensamentos em palavras,

afinal ela deveria aprender em razão do Projeto Humanização.

J: Havia mais algum ser híbrido que podia falar na base? Essa experiência

tinha sido levada a cabo antes?

H: Sim. Havia um outro ser híbrido abrigado na base subterrânea. Estava

trabalhando em alguma outra coisa, mas ajudou Raechel, já que eram

realmente semelhantes e próximos. Preparou alguma coisa para que ela

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comesse e bebesse. Sabia como fazê-lo, afinal, quando os militares

abrigavam os ETs, não puderam mantê-los vivos, pois não os alimentavam

corretamente. Então, ele preparava a sua própria alimentação, era a mesma

para Raechel. Ele também pôde ajudá-la a aprender a falar.

J: Você saberia dizer se Raechel alguma vez encontrou esse ser híbrido

novamente após deixar a base?

H: Eu não sei. Acho que não o encontrou, mas não estou certa disso.

J: Helen, eu quero que você retroaja até uma época, de forma breve, diga-

me a respeito de qualquer coisa que você tomou conhecimento com

respeito ao treinamento do coronel no Texas e para que lugar no Texas ele

se dirigiu.

H: Oh… Foi no lugar em que todos os militares encaminham-se para

Lakeland,na base da Força Aérea Lakeland. Acho que é essa. Está

localizada perto da cidade de San Antonio… Não... Wichita Falls, Texas,

talvez… Não sei… Essa base está situada em uma ou outra… Eu nunca

estive lá.

J: Você alguma vez, visitou a área adjacente à base Four Corners?

H: Acho que sim.

J: Quando foi?

H: Não sei.

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J: Essa visita ocorreu antes ou depois de você ter conhecido Raechel?

H: Eu nunca tomei ciência disso antes. Então... Isso deveria… Eu não me

lembro. Eu não sei como eu visitei essa base.

J: Você esteve alguma vez na base Four Corners?

H: (longa pausa)… Eu devo ter estado lá, já que me recordo dela, mas não

sei como cheguei até lá ou por que visitei aquela instalação. Na verdade,

não estou certa de que estive lá realmente e se eu não a visitei, não poderia

dizer com que se parecia a base.

J: Deixe sua mente profunda tomar o comando por um instante. Deixe sua

mente profunda lembrar-se de como você soube como era a base. Deixe sua

mente profunda claramente enxergar toda a informação margeando seu

conhecimento sobre a base. Então, deixe a sua mente profunda responder,

gesticulando seus dedos sobre o que aconteceu na base a fim de deixá-la

saber detalhes adicionais a respeito da instalação subterrânea. Helen, você

alguma vez realmente visitou a base em Four Corners?

H: Sim.

J: Quando Helen visitou a base em Four Corners, essa visita ocorreu depois que Raechel e o coronel deixaram a base?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen foi para a base junto com o coronel e Raechel?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Essa visita ocorreu durante a época em que Raechel e Marisa viveram juntas no apartamento?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen visitou a base somente uma vez?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Enquanto Helen estava na base Four Corners, foi conduzida ao subterrâneo e à superfície da base?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Naquele momento disseram a Helen alguma coisa, se poderia ou não falar sobre isso novamente?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Está tudo bem para Helen nos dizer agora, o que foi dito a ela sobre o que não falar?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Houve algum tipo de ameaça?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de Helen?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de alguém mais?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de Marisa?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida do coronel?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de Raechel?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Nós conhecemos a outra pessoa ou as pessoas que foram ameaçadas de morte?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen, você pode nos falar quem são essas pessoas?

H: Sim.

J: Helen, quem eram as outras pessoas que foram ameaçadas de morte, caso você mencionasse a respeito da sua visita à base?

H: Meus garotos… eu não posso falar sobre isso. (Sussurrando).

J: Helen, eu quero você rume novamente para sua mente profunda, a fim de que responda algumas perguntas. Deixe sua mente profunda gesticular com seus dedos. Você tem sido contatada, de algum modo, pelo coronel, desde que o coronel e Raechel desapareceram e saíram do apartamento?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você recebeu alguma informação, de qualquer outra fonte, falando sobre o paradeiro dos dois?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Ao receber as visitas dos pássaros pedindo-lhe para olhar dentro dos olhos deles e ir visitar esse outro lugar, você alguma vez passou informações específicas sobre esse outro lugar?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Mente profunda, Helen nos tem repetido, ciclicamente, o termo “janela”. Ela avistou o cara trajado de preto, no carro que entregava a comida de Raechel pela janela. Ela o achou, novamente, parecido com George Raft, ao mesmo tempo em que viu o símbolo rotulado nas caixas de comida e na placa do carro preto, de cabeça para baixo, por uma janela. Também avistou os dois caras estranhos, com manchas nos rostos, quando olhou através da janela do apartamento. Existe alguma relevância especial para Helen comentar o termo “janela” quando fala sobre isso?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen, você está à vontade para saber, neste instante, o significado do termo “janela”?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Helen, você sabe o significado do termo “janela”, mas não é oportuno falar sobre o assunto agora?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen se permitirá falar a respeito desse assunto ou estar ciente do que significa o termo “janela”, dentro dos próximos poucos meses?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Ela será capaz de permitir que essa informação venha à tona, naturalmente, na sua consciência?

H: (Gesticulando com os dedos). A resposta não será dita nesse instante (June).

J: Alguém mais seria capaz de auxiliar Helen a desvendar o significado da palavra “janela”?H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen está soerguendo seu dedo médio. Mente profunda, você está tentando nos dizer que existe algum evento em que está sendo ajudada a descobrir o significado do termo “janela”?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Quero assegurar à mente profunda e à Helen que essa informação não será obtida ou tomada à força, até que Helen esteja pronta para permitir o acesso a essa informação, até que ela se sinta segura. É importante que Helen e a mente profunda tomem ciência de que essa informação não será retirada à força, antes do tempo devido…, então, eu gostaria de indagar uma pergunta final a respeito das janelas, se estiver tudo bem…Bom, as janelas são um meio de alertar Helen de algum modo para o fato de que o contato extraterrestre prossegue?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Eu gostaria de indagar a mente profunda: Helen foi contatada ou tomou parte de algum modo nas experiências extraterrestres, antes dos seus cinco anos de idade?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Antes dos seus dez anos de idade?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Antes dos seus treze anos de idade?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Antes dos seus doze anos de idade?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Helen foi contatada pela primeira vez entre seus doze e trezes anos de idade?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Esse contato extraterrestre ocorreu nesse lugar secreto, que ela costumava visitar?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Seria oportuno, Helen nos revelar agora detalhes adicionais a respeito desse primeiro contato extraterrestre?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Os extraterrestres estavam em contato após Marisa adoecer do diabetes e você conhecer Raechel?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada mais de cinco vezes pelos seres extraterrestres, entre a época da concepção de Marisa e a época em que ela adoeceu do diabetes?

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H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada mais do que três vezes pelos extraterrestres?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada duas vezes ou menos pelos extraterrestres?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada duas vezes pelos extraterrestres?

H: Indecisa para responder. (Gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada por seres extraterrestres em alguma outra época, além da época da concepção de Marisa? Entre a época da gravidez e quando Marisa adoeceu do diabetes?

H: Indecisa para responder. (Gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ligação entre esse contato extraterrestre e a doença de Marisa?

H: Não posso responder isto agora. (Gesticulando com os dedos)

J: Marisa foi de algum modo alterada geneticamente pelo óvulo ou sêmen, que veio a gerá-la de alguma forma e essa intervenção alterou sua forma original?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Você pode deslocar-se agora para essa época, quando foi informada ou mostrada a respeito dessa alteração genética?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Eu vou contar de um a três…

03/29/98: Quarta Regressão com a Dr.a June Steiner e Helen.

June (J): O primeiro nome do coronel é George?

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Helen (H): Não sei. (Gesticulando com os dedos).

J: O primeiro nome do coronel é Rich ou Richard?

H: Não sei ou isto não é certo dizer. (Gesticulando com os dedos).

J: Existe um bom motivo para sondar esse nome agora, já que Helen não é capaz de lembrar o primeiro nome do coronel?

H: Não sei ou isto não é certo saber. (Gesticulando com os dedos).

J: A resposta é “eu não sei”?

H: (Resposta duvidosa).

J: Helen, deixe a mente profunda realizar todo o trabalho. Deixe que ela responda cada pergunta. Quero que retroaja até o momento em que o coronel conduziu você até a base. Preciso que observe, completamente, a viagem toda: quem era a pessoa, como eles chegaram à base, o veículo que pegaram e quem mais se juntou a eles. Deixe a mente profunda recordar claramente tudo sobre essa viagem. Quando eu pedir em alguns minutos para me dizer o que sabe sobre a viagem, tudo se apresentará facilmente e com clareza. Mente profunda, quando foi a última vez que Helen manteve contato com a luz azul? Isso sucedeu no decorrer dos últimos seis meses?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen tem mencionado diversas vezes, ter observado percevejos esverdeados. Existe alguma ligação entre os percevejos esverdeados e os contatos de Helen com os ETs ou seres híbridos?

H: Não sei dizer ou não posso responder isto agora. (Gesticulando com os dedos).

J: Isto é o que Helen não sabe?

H: (Helen está insegura em responder).

J: Obrigado por responder às minhas perguntas. Bem, no momento em que você estava nessa base subterrânea, você conheceu as duas mulheres que ajudavam a tomar conta de Raechel?

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H: Eu conheci apenas uma mulher.

J: Qual era o nome dela?

H: Eu não fui apresentada a ela. Quero dizer… eu a vi, mas não fui apresentada.

J: Então, você realmente não a conheceu.

H: Eu não a conheci. Não fui apresentada a ela, mas eu a presenciei.

J: Como você soube, que ela era uma das pessoas que lecionava Raechel ou tomava conta dela?

H: O homem que me acompanhou, me falou.

J: Você conheceu o outro ser híbrido?

H: Sim.

J: Você foi apresentada a ele?

H: Não pelo seu verdadeiro nome. Justamente… ele era responsável por… para ajudar a criar Raechel… parcialmente responsável. Mas, eles não me disseram seus nomes. Era como se ninguém quisesse que eu tomasse conhecimento de suas identidades.

J: Quando você o encarou, que aparência tinha?

H: Ele era um ser pequeno, de compleição frágil, não muito alto… parecia como Raechel. Sua pele era... como a dela, com aparência muito lisa e, de certo modo, esverdeada ou verde-amarelada, mas um tiquinho mais clara do que a pele de Raechel. Seus olhos eram tais quais os dela, mas eram azuis, de um bonito tom azul.

J: Você alguma vez olhou dentro dos olhos dele?

H: Sim.

J: O que aconteceu ou o que você enxergou, no momento em que olhou dentro dos olhos dele?

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H: Seu olhar era amistoso e percebi que ele estava me agradecendo por ser uma amiga. Contudo, ele podia falar, mas sua voz era estridente, realmente um pouco aguda... porém ele não falou tão... não com suas palavras e sim com os olhos. Percebi que não gostava de conversar, já que as palavras não eram entendidas, não soavam direito.

J: Então, você também soube como conversar sem as palavras.

H: Sim.

J: Onde você aprendeu a conversar telepaticamente?

H: Eu podia conversar telepaticamente por muito tempo.

J: Quando foi a primeira vez, que você soube que poderia conversar mentalmente?

H: (uma longa pausa)… quando, eu inicialmente… quando era uma garotinha… eles queriam que eu… me perguntaram se eu gostaria de ter um bebê… inicialmente, eu disse… falei… mas, na outra mão, descobri que não tinha que… justamente pensando, esse diálogo era mais fácil.

J: Você continuou se comunicando com eles durante os anos?

H: Às vezes... O diálogo mental era mais simples desse jeito… era mais rápido. Você pensa, eles compreendem no ato. Isto é simples.

J: Houve mais alguma pessoa, além do coronel e os seres extraterrestres, que a contatou durante os anos, com quem você pôde conversar mentalmente ou compreender dessa forma?

H: Oh… podia me comunicar mentalmente com os seres extraterrestres que assomavam naquela época. Eu fiquei com medo, mas acho que posso me comunicar mentalmente agora. Não tentei me comunicar telepaticamente antes mas, acho que posso conversar mentalmente com os pássaros agora... E, também, podia conversar telepaticamente com Raechel.

J: Você alguma vez conversou telepaticamente com a médica?

H: Não, mas ela… ela conversou telepaticamente comigo. Conversou verbalmente e telepaticamente. Ela dialogou e falou comigo, simultaneamente com os olhos.

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J: Você a compreendeu?

H: Não a compreendi falando… era muito alto… mas, eu podia desligar a minha mente… então, eu não tinha que captar o que ela expressava com os olhos.

J: Você alguma vez se comunicou com Marisa dessa forma?

H: Não diretamente.

J: O que você quer dizer?

H: Nós podíamos realizar essa comunicação de longa distância. Onde ela estivesse, podia pensar em alguma coisa que eu captava seus pensamentos; podia efetuar essa comunicação mental com ela, quase sempre… nós não tentamos… nós realizávamos esse tipo de comunicação… No começo ela ficou realmente surpresa, mas, se acostumou com isso… então, após um tempo, nós dificilmente tínhamos de telefonar uma para a outra. Quando nos telefonávamos… já havíamos conversado sobre o assunto pelo telefone. A partir daí, passamos a conversar primeiro com nossas mentes. Às vezes, quando ela tinha alguma dúvida, me ligava… eu dizia “já sei disso”, você já me falou pelo telefone… então, com o tempo, ela foi se acostumando com essa conversa mental.

J: Helen, agora eu quero que você retroaja novamente para a base, quando você estava ao lado do homem que ajudou Raechel a falar. Diga-me, há mais alguma coisa que aconteceu com esse homem ou na base, que você ainda não nos falou?

H: Eu não acho que exista algo mais.

J: Você alguma vez conversou com alguém sobre essa viagem até a base?

H: Não… não. Porque não era para eu falar.

J: Quem lhe disse isso?

H: O homem que me acompanhou no carro.

J: Ele disse mais alguma coisa, além de você não falar para ninguém a respeito dessa viagem?

H: Não… ele falou que eu nunca deveria dizer… eu não sei… (longa

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pausa)… pareceu como se esse cara fosse o coronel, mas… não pude ver seu rosto claramente… nisso, ele me advertiu várias vezes: “Você não pode falar com ninguém…”, sua voz não soava como a voz do coronel. Eu entendi o que ele quis dizer com a advertência e também o que significava.

J: Ele alguma vez falou, o que ele quis dizer?

H: Ele falou que haverá… ninguém nunca encontrará um rastro seu ou de sua família, se você alguma vez comentar uma palavra… eu disse: está bem, eu nunca falarei… mas, não me importo agora...

J: Porque você parece diferente agora?

H: O que eles estão fazendo é errado… o que fizeram comigo foi errado… eles nunca me perguntaram, justamente fizeram isto: bagunçaram a minha vida… a vida da minha filha… eu não posso perdoá-los por isso.

J: Helen, deixe a viagem para trás agora. Mais lembranças advirão se houver mais recordações nos próximos dias, semanas e meses. Eu gostaria que você me dissesse, se tem algum motivo para sentir-se desconfortável perto de percevejos, sobretudo, os esverdeados.

H: Não… porque eles nunca me feriram.

J: O que você quer dizer com: “eles nunca me feriram?”

H: (longa pausa)… bem, às vezes, eles parecem assustadores, mas… nunca fizeram qualquer coisa.…

J: Que tipo de percevejos você está mencionando?

H: Alguns percevejos com escamas.

J: Onde você os avistou?

H: Bem, não acho que eles eram percevejos reais… se pareciam com pessoas… mas, não eram... Não eram esverdeados, tampouco.

J: Você alguma vez, presenciou percevejos verdes que a atemorizaram?

H: Não.

J: Você alguma vez presenciou qualquer coisa, parecida com um percevejo

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verde, que a assustou?

H: Não esverdeado.

J: Que tipo de percevejos você presenciou que a deixou apavorada?

H: Percevejos grandes, compridos e acastanhados, com escamas... Eles parecem… eles não se parecem com percevejos… eu não sei mais o que parecem… eles parecem ser pessoas, mas não são…

(parte apagada na fita)

H: …de qualquer jeito… eles não pareciam… ninguém percebeu que eles eram tão esquisitos...

J: Deixe aquelas duas entidades de aparência esquisita e diferente saírem de sua consciência, diga-me se você alguma vez esteve em contato com quaisquer outras formas de vida, além de humanóides ou híbridos como Raechel, e o homem que a ajudou a falar.

H: Não… isso foi o bastante... O suficiente.

J: Então, na contagem um, tome um outro fôlego profundo; dois, começando a mover a energia sobre seu corpo; três, movendo suas mãos e pés, ficando mais e mais desperta; quatro, sentindo-se muito cheia de energia; cinco, abrindo seus olhos, percebendo-se acordada, revigorada e muito bem.

“Empreendendo pesquisa ampla e não descobrindo qualquer coisa, é uma resposta também”.—antigo oficial da inteligência.

Eventos Irrompem — Olhos e Janelas

Durante as sessões de regressão, Helen deveria responder as perguntas. Subitamente, pulou um evento ou falou alguma coisa que não fez sentido lógico dentro do contexto, que estava sendo aludido. Em uma prévia regressão, Helen recusou-se a falar no momento em que foi solicitada a

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encaminhar-se para o lugar com janelas, onde ela foi com Raechel. A Dr.a Steiner não prosseguiu com essa linha de questionamento e passou para um outro assunto. Nas regressões intervenientes, ela conduz Helen de volta para o lugar com janelas.

17-07-99 - Sondando o assustador evento desencadeador do “balcão”.

J: Em nossa última sessão de hipnose, nós conversamos muito sobre Raechel com respeito às janelas que você observou, quando olhou fundo dentro dos olhos dela, e como você foi impelida e permitida a ir para esse lugar; pois foi nesse lugar que você soube o que estava sendo dito; pôde comunicar-se com Raechel claramente, e descreveu as janelas de uma forma nova, mais clara e definida do que havia dito anteriormente. Quando você esclareceu a respeito daquelas janelas falou sobre o balcão e um cadeira em cada janela. Então, eu quero que você permaneça na parte interna desse lugar, um quarto elíptico. Olhe ao seu redor e mantenha-se totalmente presente nesse lugar. Preciso que você olhe para o balcão. Agora, dirija-se ao balcão de uma das janelas; quero que você alcance e toque o balcão, e se deixe sentir e reagir ao contato, completamente. Diga-me do que você está ciente.

H: Hum, o balcão quer que eu o apalpe… mas, como pode um balcão…

J: Helen, toque justamente o balcão!

H: Eu apalpo. Estou apalpando o balcão… oh, eu… isto é rijo… parece como um pedaço de prancha… como se esse material fosse fabricado de madeira ou plástico, mas é suave… não realmente suave. Oh, esse material parece como a pele de Raechel… porém é quente, não… realmente quente, mas apenas no lugar em que a pele da garota era fria.

J: O que mais acontece, quando você apalpa o balcão quente?

H: O balcão não quer desgrudar a minha mão… não existe qualquer coisa… o balcão não é adesivo... Oh... Esse balcão não quer deixar descolar…

J: Deixe sua mão, justamente, pousada no balcão.

H: Não quero a minha mão pousada no balcão.

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J: Tudo bem. Deixe sua mão, exatamente, pousada no balcão. Você vivenciou esse contato no passado e transcorreu tudo bem; logo, deixe sua mão pousada no balcão e diga-me o que acontece.

H: Oh, eu não sei…

J: Tudo bem. Siga com esse balcão.

H: O balcão quer que eu mova a minha mão mais distante e… estou com medo… Oh! Estou com medo do balcão. O balcão não deixará desgrudar…

J: O que está acontecendo com a sua mão? Está grudada?

H: O balcão é realmente quente e vibra totalmente… Oh, eu não sei… estou com medo de pôr a mão no balcão.

J: Helen, mas a mão está no balcão.

H: Eu sei.

J: O que está acontecendo?

H: Oh… Oh…

J: Você ficará bem. Rume para dentro do contato.

H: Oh...Oh... Inesperadamente... o balcão pára de puxar, mas eu ainda estou colada, grudada com força no balcão… eu não ouso pôr a minha outra mão no banco, porque tenho medo que fique colada, também. Assim, eu nunca irei embora... Não sei o que o balcão quer.

J: Pergunte ao balcão, o que ele deseja.

H: O balcão quer que eu permaneça… não ali na mesa. Ele deseja que eu permaneça dentro desse quarto, mas, não existe realmente um quarto. Há muitos corredores que vão de um lugar a outro e ao redor.

J: Helen, eu quero que você pare exatamente neste ponto. Eu contarei de um até três. Preciso saber se durante esse tempo em que sua mão permaneceu grudada no balcão, você percebeu claramente o lugar onde estava ou foi levada para qualquer outro lugar, e se você será capaz de ir a esse lugar na contagem três. Um, dois, três.

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H: Hum…

J: Helen, do que você está ciente? Onde você está situada?

H: Não estou mais naquele lugar.

J: Onde você está?

H: Não sei.

J: Justamente, observe ao seu redor.

H: Estou dentro de um quarto desconhecido. Este quarto não é branco… onde os balcões e os bancos estavam era um quarto branco… Isto é como… oh… a cor é esquisita… parece azul-cinza… realmente, uma aparência lúgubre… meio anuviado...

J: Existe alguém mais nesse quarto?

H: Oh, sim… bem, este quarto é onde Raechel se dirigiu… Ela está lá… oh, ela diz, venha até aqui… O que existe nesta parede?… Isto é um… um quarto grande… parece como tanques…

J: Helen, diga-me mais.

H: Eles parecem como aquários… não há peixe no interior.…

J: O que há no interior dos tanques?

H: Pequenos bebês… eles são tão pequenos... mas, podem enxergar… justamente… boiando ao redor…

J: Helen, quem está lhe mostrando o quarto?

H: Raechel.

J: O que ela está lhe dizendo sobre esse quarto?

H: Ela diz: “Isto é… de onde eu vim…” Eu digo: “Não quero olhar para isso. Não quero acreditar que isso… isso é… perturbador e bizarro”. Ela continua: “Não me importo se você não quer olhar para isto. Você... tem... olhar. Este é o momento que você tomou ciência. Você não tem que

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lembrar disto..., mas tem de observar isto agora”. Os bebês não eram… não eram rosados ou brancos, todos tinham uma cor esverdeada horrível.

J: Helen, aconteceu mais alguma coisa no interior desse quarto, enquanto você estava presente?

H: Não. Eu me senti enjoada. Eu pedi a Raechel que me retirasse daquele recinto; me levasse de volta. Não podia lidar com aquilo. Eu disse que precisava meditar a respeito.

J: Helen, porque eles queriam que você permanecesse nesse lugar?

H: Não sei, mas eu não quis ficar lá… É justamente… oh… eu não quero olhar para essas coisas. Eles nem mesmo parecem reais, mas são o que aparentam e estão vivos.

J: Helen, alguém está tomando conta dos bebês?

H: Não. Eles querem que eu tome conta deles, mas eu não posso assumir essa responsabilidade.

J: O que eles querem que você faça?

H: Eu não sei, eles não me dizem. Raechel não me diz. Eu falei: “Não posso permanecer neste lugar, nem posso olhar para essas coisas. Lamento que seja este o lugar do qual você veio, mas não há nada que eu possa ajudar. Não posso tomar conta deles. Tenho de voltar. Marisa precisa do meu auxílio. Preciso tomar conta dela. Não preciso tomar conta dessas coisas”. Nesse instante, Raechel não gostou, quando eu os chamei de coisas e alegou: “Eles não são coisas. São seres como… você”. Eu disse: “Raechel, não importa. Não posso tomar conta destas coisas; não posso ficar neste lugar...”

J: Helen, então, o que aconteceu?

H: Ela permaneceu me encarando. Eu disse: “Raechel, eu quero que você me leve de volta, agora mesmo. Não quero ficar neste lugar. Não é certo me trazer até aqui e me mostrar essas… seja lá o que forem”.

J: Helen, o que são aqueles seres no interior dos aquários?

H: Eles são como pequenos bebês, mas nadam ao redor e até mesmo a coisa em que eles estão imersos é esverdeada. Todavia, eu ainda pude ver

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que a pele deles era esverdeada, suas mãos tinham quatro dedos como ela tinha… seus dedos são todos do mesmo tamanho. Eu contemplo isso e não quero ficar nesse lugar. Ela diz: “Bem, não tem importância. Eu levarei você de volta… Talvez possamos encontrar algo mais para você fazer”. “Mas Raechel, não estou procurando um trabalho”. Ela: “Não importa o que você queira” Eu: “Não quero discutir. Não tomarei conta deles e quero voltar ao apartamento agora mesmo”. Então, fiquei encarando-a e não retornamos mais ao lugar dos balcões e cadeiras… Nós... Estou novamente na cozinha.

J: Continue no contato, Helen, mantenha-se totalmente no contato e diga-me o que você fez. Fale-me o que está acontecendo agora.

H: Estou na cozinha, onde eu estava no início com… minha mão ainda pousada na mesa atrás de mim… e… ela continua me encarando, mas ela não está… ela estava… entre o fogão e a geladeira. Agora, ela está mais rente a mim e próxima das jarras d’água. Ela não está me tocando, está justamente me encarando. Eu estou me sentindo mal… passando mal… eu nunca presenciei nada assim antes. Havia muitos bebês no interior dos tanques, uns eram grandes, outros pequenos, alguns pequeninos… justamente nadando ao redor dos aquários.

O Projeto Humanização

No momento em que Helen se recusou a tomar conta dos bebês nos tanques, Raechel disse que eles encontrariam alguma outra coisa para ela fazer. A Investigação adicional do Projeto Humanização revelou a função de Helen nisto.

17-07-99 - Regressão Hipnótica

June (J): Quero que você retroaja àquele momento em que Raechel comentou que os extraterrestres talvez encontrassem alguma outra coisa para você realizar, já que você não quer tomar conta de seja lá o que estiver no interior daqueles tanques. Eu contarei de um até três, na contagem três quero saber se eles encontraram alguma outra coisa para você fazer. Um, dois, três.

Helen (H): Acho que não… exceto que eu posso... Podia comunicar-me com o coronel através dos meus olhos… eu realizava essa comunicação

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com Marisa e com os garotos. Afinal, que diferença isso faz?

J: Helen, eu quero que você segure um momento e se mantenha totalmente em contato, a fim de saber porque você tem aquelas habilidades. Deixe-se contemplar, sentir e saber o que você irá realizar com aquelas habilidades, e por quê.

H: Não sei… apenas, que eu posso fazer tais coisas. Mas, qual é o propósito?

J: Helen, quero conduzi-la para um outro lugar. Preciso que você se imagine entrando num elevador ou descendo profundo ao centro da Terra. À medida que desce fundo ao centro da Terra, você está entrando em um novo grau de transe. Nesse grau de transe, você está indo para um dos compartimentos dentro de si, onde você sabe que é completamente seguro de dano. Um lugar, que você conhece a resposta para essa questão, já que tem estado em contato com toda essa experiência de contato, nesse lugar onde é seguro, e talvez não deixe o restante de você saber o que a manterá segura. Assim, eu quero que você continue descendo ao centro da Terra; contarei de um até dez e na contagem dez você descerá ao centro da Terra, e ao centro de seu próprio ser, para um lugar dentro de si onde tem sido permitido saber as respostas, uma vez que a sua mente profunda disse que estava tudo bem para irmos hoje a esse lugar, a fim de permitir que novas informações de contato venham à luz. Um, dois, três.

H: Eles não… não querem abrir mão, mas isto não é muito trabalho, pelo menos de uma parte.

J: Helen, qual é a parte?

H: Eu teria feito esse trabalho, de qualquer forma. Justamente, falar sobre Raechel… e sobre Marisa. Essa era a minha parte… é a minha parte, não sei porque esse trabalho é um negócio importante. Quero dizer, como se eu fosse dotada de uma posição importante.

J: Porque eles querem que você fale sobre Raechel e Marisa?

H: Eles dizem que as pessoas acreditarão em mim. Não sei porque isso seria mais do que qualquer outra pessoa.

J: Eles querem que essa informação comece a vir a público?

H: Sim, talvez eles me conheçam melhor do que eu imagino, já que sabem

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que uma vez que comece a falar disto em público, eu não pararei.

J: Helen, quem são eles?

H: Ninguém que eu já tenha visto ou conversado, também não acho que eram as entidades que estavam desenvolvendo aquelas coisas dentro dos tanques.

J: Helen, como eles se comunicavam com você?

H: Justamente com pensamentos.

J: Helen, eles são desse planeta ou advém de algum outro lugar?

H: São de ambos os lugares… Esse projeto está sendo levado a cabo na Terra.

J: O que está sendo levado a cabo na Terra?

H: Realizar o crescimento daquelas coisas, mas ninguém sabe disso. A ninguém é permitido saber sobre esse projeto, a não ser algumas pessoas. Esse projeto é tão terrível, que ninguém realmente deseja tomar ciência disso.

J: Helen, o que é tão terrível saber sobre esse projeto? É o modo real no qual os bebês são desenvolvidos ou este é o produto final? O que você diz que é terrível?

H: Eu acho que é o modo como são desenvolvidos. O resultado final, não é pior do que as crianças que criamos. Às vezes, é melhor.

J: O que acontece com estas crianças após nascerem?

H: Eles são adotados. Algumas pessoas sabem o que estão recebendo, outras não; isso é o que causa preocupação. Eles tentam levá-los para casa e criá-los, mas não se adaptam. Às vezes, desaparecem.

J: O que você quer dizer com, eles desaparecem?

H: São levados de volta. Saem pra brincar ou vão a algum lugar, talvez com uma família e subitamente a criança desaparece… a criança nunca retorna.

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J: Helen, qual é o propósito desse projeto todo? O projeto que o coronel trabalhou, trazendo híbridos; o desenvolvimento de bebês, adotando-os. Qual é o propósito?

H: Não sei o propósito todo. Tudo o que sei é um bocadinho a respeito desse projeto.

J: O que você sabe sobre esse projeto?

H: Esse projeto é um experimento colossal, a fim de ver se os híbridos poderiam se adaptar… para substituir.

J: Helen, para substituir o quê?

H: As pessoas reais.

J: Porque eles desejariam substituir as pessoas reais?

H: Não sei o motivo. Não me disseram isso… eu não sei a respeito. Qual é o propósito da coisa toda, então?

J: O coronel nunca lhe falou qual era o propósito?

H: Não realmente.

J: O que ele falou?

H: Disse que ela era parte do projeto… para averiguar o que eles podiam obter como resultado. A fim de verificar, até que ponto as emoções extraterrestres podiam ser otimizadas. Entretanto, o coronel não disse porque eles queriam efetuar essa experiência, mas ele era parte desse projeto.

J: Helen, é possível que… as formas distintas de contatos, as quais você foi contatada através dos caras no furgão, por meio de pássaros, música e odores —estão de algum modo associadas?

H: Sim, creio que estão.

J: De que modo?

H: A fim de me deixarem tomar consciência de que nunca estarei isenta de comunicar-me com eles; que nunca serei livre ou quando eu achar que

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talvez esteja livre, que o contato aconteça novamente, portanto, eu agora não tento combatê-lo. Não estou certa de qual é o propósito, mas eles não estão me ameaçando mais, pelo menos não tenho medo. Realmente, não estou nem mesmo surpresa.

J: Adentre naquele espaço, naquele lugar seguro e reservado, onde nada é mascarado ou ocultado. Helen, qual é o nome do Projeto?

H: Projeto Humanização.

J: Qual é o codinome?

H: Não sei o codinome. Eles nunca me disseram, mas existe um.

18-07-99 - Regressão

J: Existe mais alguma coisa, que precisamos saber a respeito das crianças híbridas? Existe algo importante, a fim de que tomemos ciência a respeito desse projeto, cientificamente ou filosoficamente, que você esteja ciente?

H: Hum… as crianças híbridas não têm alma, muitos daqueles seres são desalmados. Eles estão criando sérios problemas.

J: Bem, você diz que muitos daqueles seres híbridos não têm alma. Por acaso, algum deles tem?

H: De certa forma, existe muita alteração genética, contudo eu não sei o que isso tem que ver com a alma, porém, tudo indica que esse fator tem a ver. Realmente, as crianças híbridas são desalmadas. Esses seres almejam matar pessoas, mas realmente não intentam fazê-lo.

J: Helen, quem almeja matar pessoas?

H: As crianças extraterrestres. Elas parecem não ter bons pensamentos.

J: Essa era a verdade de Raechel e Marisa?

H: Não.

J: Por que eram diferentes?

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H: Não sei. Creio que possuíam a combinação genética certa, muitos deles são assim. Contudo, existem muitos que ficam perversos. Normalmente planejam se matar. Primeiro matam pessoas e depois se exterminam. Não creio que essa experiência seja uma boa coisa.

J: Helen, qual é o motivo dessa experiência genética estar sendo engendrada?

H: Não sei. Apenas posso informar que tudo isso é justamente uma experiência. Realmente, existe uma razão para cada experimento. Você tem um propósito, mas eu o desconheço.

Nas páginas seguintes, são reveladas informações sobre o coronel, Helen e a viagem que fizeram à base subterrânea intitulada “Four Corners.”

07-11-97 - Entrevista com Helen

“Penso que você merece saber a verdade a respeito de Raechel. Já que ela é muito diferente de você, embora tenham se tornado amicíssimas… você quer saber porque ela não age como seus amigos; não agimos como você. Ela é extraterrestre. A resgatei em uma queda de nave perto de Four Corners. Por algum motivo, algo especial nessa extraterrestre cativou minha atenção, já que ela era distinta dos demais extraterrestres que tinham chegado à base. Ela era uma extraterrestre que me ajudou; ele soube como manter a vida de Raechel. Por algum motivo, ele quis tomar conta dela. Eu soube que o Projeto Humanização nunca havia tido um extraterrestre jovem, não me advém o termo certo, um ser jovem…. Então, eu achei que ela talvez fosse uma boa candidata para trabalhar nesse projeto. Foi quando contatei a ATIC e contei tudo o que tinha acontecido. Concederam-me a permissão, porém disseram que teria de adotá-la, cuidar dela como uma humana. Mas, como eu não sabia como lidar com isso, pelo fato de não ser casado, nunca interagi sobremaneira com crianças: “Tive a ajuda de todos os outros colegas da base”. Estas não são as palavras certas, mas foi o que ele falou para ela.”

09-07-98 - Entrevista com Helen

June (J): O coronel se emocionou, no momento em que conversou com você?

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Helen (H): Não.

H: Foi aquela viagem que me perturbou. Parecia ser o coronel, mas não aparentava ser. Era como se fosse o verdadeiro coronel, na viagem, mas suas feições não pareciam as mesmas do coronel, com quem havia conversado no apartamento....

J: Como você entrou no carro com ele?

H: Não sei.

10-03-98 - Regressão

H: As emoções do Coronel, não eram do modo como deveriam ter sido.

J: Como pareciam?

H: Insensível… ele pareceu ser afável, como uma pessoa normal… mas, ao me observar, antes de eu tomar conhecimento de todas essas informações, seus olhos eram realmente insensíveis, rígidos, penetrantes.

J: Quando você está olhando para os olhos do coronel, observando quão rígidos, insensíveis e penetrantes são, qual é a cor desses olhos?

H: Azul. No início achei que os olhos eram pretos, mas, agora, eu sei que me enganei. Isso é o que eu presumi ter observado. Ele disse, que havia trabalhado no Projeto Humanização junto com outros e tinha aprendido a comunicar-se com eles. Quando ele me falou isso, não compreendi que estavam sendo passadas informações através dos olhos. Achei que isso tinha sido feito por meio de um computador ou alguma outra coisa. Ele não me disse que tal comunicação era feita com os olhos, mas era dessa forma que se comunicava comigo. Como eu poderia não ter… Por que eu não soube? Bem, de qualquer jeito, eu não tomei ciência disso. Mas, agora, estou certa de que ele aprendeu isso com os outros caras no projeto e com os adultos na base subterrânea.

J: E como você soube que esteve na base?

H: Por que o coronel falou.

J: Houve alguma coisa na base, que a deixou saber que essa base era

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diferente de qualquer outro lugar?

H: Essa base era subterrânea.

J: Havia uma cerca ao redor da base?

H: Sim.

J: Como você passou pela cerca?

H: Eles abriram o portão.

J: Quem abriu o portão?

H: O guarda abriu.

J: Por que ele abriu o portão para você?

H: Porque ele conhecia o coronel.

J: Como o guarda se dirigiu ao coronel?

H: Senhor.

J: O coronel teve de mostrar alguma identificação?

H: Não. Ele deveria ter apresentado. Mas, não o fez.

J: Ele falou alguma coisa?

H: Não, nenhum deles comentou qualquer coisa. Eles apenas entreolharam-se. Então, o guarda falou: por favor, siga em frente, senhor.

J: Em algum momento, enquanto de visita à base, foi passada alguma informação, para você, através dos olhos do coronel?

H: Sim.

J: Em que momento isso aconteceu?

H: Quando eu, inicialmente, cheguei à base.

J: Diga-me, exatamente, o que aconteceu na base.

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H: Ele explicou, que esse era o lugar onde tudo começou e aconteceu.

J: Onde tudo começou?

H: No lugar em que ele tinha acolhido Raechel, onde e como eles tinham vivido. E como ela tinha sido educada. Então, ele me levou para conhecer alguns lugares na base, também. Mas, esse diálogo era realizado mais através dos olhos.

J: Ele a levou através da base com os olhos, em vez de conduzi-la realmente através da base?

H: Não, na realidade ele me levou fisicamente. Estive de fato nessa instalação, mas não conheci todos aqueles lugares na base; ele os descreveu através dos olhos, com seus olhos.

J: Que lugar você conheceu, quando ele lhe mostrou?

H: Não sei. O primeiro lugar onde entramos foi no subterrâneo, cuja entrada era conduzida através de uma porta de um antigo celeiro. Não sei porque ele me levou a esse lugar, mal cheguei a conhecê-lo direito. Então, me levou para conhecer o porão subterrâneo; havia muitos quartos, onde as pessoas albergavam-se como em barracas, mas todos estavam separados por pequenos quartos. Nesse momento, ele me conduziu até um quarto para descansar. Eu estava exausta da viagem, sentei na cama…, ali recebi muita informação sobre o laboratório. Na realidade não entrei no laboratório fisicamente, mas soube como era porque ele projetou sua descrição na minha mente, onde pude observá-lo.

J: Porque ele quis fazer isso?

H: Não sei.

J: Agora, deixe-se lembrar dos olhos do coronel. Deixe-se recordar, olhe profundamente e intensamente para dentro dos olhos dele. Lembre-se, que você está começando a receber informação; recorde-se de qualquer coisa que ele falou sobre transmitir-lhe essa informação e porquê. Qual era o propósito?

H: Porque eu era a mãe de Raechel. Mas, isso não foi o que ele disse.

J: O que ele falou?

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H: Originadora.

J: Qual foi a palavra?

H: Originadora.

J: Originadora.

H: Eu nunca escutei esse termo usado dessa forma antes. Então, eu perguntei ao coronel novamente: O que você está falando a respeito? Ele disse: Isso é onde ela originou, com você. Você precisa ver o que aconteceu, depois que a acolhi. Eu não gosto de ser nomeada como uma originadora… mas, acho que isso é o que eu era.

J: Que idade tinha Raechel, quando o coronel a encontrou?

H: Treze ou catorze anos de idade. Ele não tinha certeza.

J: Porque Raechel foi entregue aos cuidados do coronel?

H: Porque eles coletaram alguma coisa dele e acrescentaram dentro do corpo dela. Mas, ele não disse o que era.

J: Então, o coronel estava relacionado de algum modo...

H: Sim.

J: O coronel era o pai de Raechel?

H: De certa forma… isso foi após eles tomarem Raechel de mim. Ele não deu detalhes a respeito e eu não o questionei. Recusei-me a acreditar nessa história. Porém, essa história era verdadeira, só que ele não era exclusivamente o pai dela.

J: O que você quer dizer?

H: Porque havia coisas que eles retiraram dos outros que acrescentaram nela...

J: De que outros?

H: De alguns outros que estiveram no lugar em que ela esteve, após a

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removerem do meu corpo, antes que ela chegasse à base. Eu não sei o lugar onde isso aconteceu, quando eles coletaram alguma coisa dele.

J: Isso era diferente do modo que a maioria dos híbridos eram criados, ou isso é típico?

H: Não creio que isso era típico. Acho que isto era um novo experimento.

J: Qual foi o propósito do experimento?

H: Observar quão bem ela poderia adaptar-se aos seres humanos. Como um ser extraterrestre como esse poderia adequar-se aos humanos, quais seriam as reações desses extraterrestres, o que eles sentiriam. Eles seriam aceitos? Contudo, eles bagunçaram com ela, porque era boa demais em todas as considerações, exceto pela cor da sua pele e dos seus olhos. Outrossim, eles fizeram um bom trabalho.

J: Qual era o propósito de criar um ser híbrido que pudesse adaptar-se ao progresso humano?

H: Ele não me deu uma razão para isso, exceto que essa experiência era alguma coisa que o governo almejava fazer. Ele falou que essa experiência era necessária, que nunca pararia.

J: O que você quer dizer?

H: Não sei quantos governos estariam envolvidos nesse projeto, mas eu acho que abrangia além do nosso governo. O projeto atingia outras civilizações, outros planetas; mas não sei qual era o propósito… qual seria o objetivo.

J: Helen, eu contarei de um até três, quero que você rume diretamente para os olhos do coronel e pergunte qual era o propósito desse projeto… ter híbridos vivendo juntos com humanos. Um, dois, três.

H: Ele falou que os híbridos não eram fortes. Requeriam um programa de procriação. Isto tudo era um programa de procriação. Exatamente, como criar gado; você seleciona os melhores, os miscigena, até obter o resultado almejado. Eles queriam realmente engendrar seres híbridos que fossem fisicamente fortes, com bom sistema imunológico, que pudessem obter a partir dos humanos. Desejavam criar seres híbridos com alguma emoção, não seres destruidores. Queriam otimizar a inteligência que os híbridos tinham, entretanto tiveram problemas para combinar tudo corretamente.

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Raechel era o ser híbrido mais próximo que eles obtiveram.

J: Por que o governo dos Estados Unidos tomou parte nesse projeto?

H: Ele não comentou. Ele soube… mas, ele não me falou a respeito disso.

J: Quanto tempo, você permaneceu na base “Four Courners”?

H: Um curto prazo de tempo, talvez, vinte e quatro horas ou menos. Mas, eu pareci ter perdido o rastro do tempo.

Helen, sua Mãe, e sua Tia

10-03-98 - Regressão

June (J): Eu gostaria de lhe perguntar sobre sua mãe. Diga-me, do que você está ciente.

Helen (H): Ela realmente me rejeitou.

J: Como você sabe disso?

H: Ela me falou.

J: O que ela lhe falou?

H: Que realmente sempre me rejeitou. Que nunca fui sua filha.

J: O que ela quis dizer com, você nunca foi sua filha?

H: Isso ninguém me dirá. Ela não me contaria isso.

J: Alguma vez, outras pessoas lhe disseram que você não era a filha dela?

H: Não, mas é bizarro.

J: Helen, eu quero que você rume agora para o interior de sua mente profunda. Preciso que sua mente profunda me responda algumas perguntas, sobre seu parto…, sobre sua concepção. Rume tão profundo quanto puder, a fim de estar em contato com essa informação. Helen, quando você foi

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gerada, quem era a pessoa que você descobriu que era sua mãe? Agora, eu perguntarei aos seus dedos. A mulher, que era supostamente sua mãe, era sua mãe real?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Sua tia era sua mãe verdadeira?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Sua mãe real foi quem abriu mão da sua adoção?

H: (não sei – gesticulando com os dedos)

J: Quero que sua mente profunda fique “a saber” bem claramente da primeira vez em que você estava ciente da mãe, que você supôs ser a sua mãe real. Esse evento aconteceu antes da sua idade de um ano?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Esse fato ocorreu, quando você tinha menos de dois anos de idade?

H: (sim – gesticulando com os dedos)

J: Sim. Sua concepção foi normal?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Quero que você esteja bem clara, contemplando a sua concepção, para que tome ciência do que foi anormal na sua concepção. Está tudo bem com Helen, nesse instante, para conversar sobre sua concepção?

H: (sim – gesticulando com os dedos)

J: Sim. Então, Helen, diga-me, do que você está ciente a respeito disto.

H: Esta concepção foi… oh… é tão complicado… tão confuso… Oh, deus… eles tomaram um óvulo da minha tia… realizaram alguma coisa com esse óvulo… Então, esse óvulo foi inserido no ventre da minha mãe… Ela me carrega.

J: O que foi efetuado com o óvulo e quem realizou essa inseminação?

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H: Eu não posso ver, mas eu sou toda misturada… A minha tia não pode dar à luz a uma criança… Ela não tem útero; é estéril. Isso é porque eles querem fazer uso da minha tia… eles fizeram o que podiam… então, eles tomaram o óvulo.

J: Quem são eles?

H: Não sei… mas, eles coletaram o que puderam da minha tia, não sabiam que ela não podia ter filhos; que era estéril. Então, eu acho que sou parte deles, mais ou menos. Não é de se estranhar, que a minha mãe não tenha comentado a respeito disso.

J: Helen, eu agora contarei de um até três, na contagem três quero que você me diga quem “eram” aqueles seres que tomaram o óvulo da sua tia e o inseminaram na sua mãe. Um, dois, três.

H: Acho que são os seres que costumavam aparecer no meio das luzes verdes e azuis, que eu observava quando era criança, assim como a minha tia.

J: Diga-me a respeito das luzes azuis e verdes.

H: Eram parecidas com as luzes que eu presenciei no momento em que eu fui para aquele lugar com Raechel. Eles pareciam desse jeito. Minha tia, também descreveu essas luzes dessa forma; ela também avistou naves como todos na sua família, como todos seus irmãos e irmãs. Acho que os seres que chegavam naquelas naves eram os responsáveis pelo que fizeram com minha tia, comigo e com a minha mãe.

As Gestações de Helen

03-10-98 - Regressão

J: Helen, diga-me sobre a mesa da cozinha. Quero que você sinta o frescor da mesa, e sua mão nela. Diga-me se lembra de mais alguma coisa sobre a mesa. Você alguma vez sentiu a mesma textura, matéria, frescor e frio?

H: A mesma baixa temperatura, como no interior de uma sala de operação ou sala de exame.

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J: Quero que você se imagine no interior de uma sala de operação ou numa sala de exame, com esse tipo de temperatura baixa e me diga o que vem à sua mente.

H: Muita dor terrível...

J: Onde você sente a dor?

H: (mostrando)

J: Na sua área pélvica?

H: Hum…

J: O que está acontecendo?

H: Não sei exatamente, mas eles estão efetuando alguma coisa.

J: Quem são eles?

H: Dá a impressão de ser um médico… submetendo-me a um exame, mas… isso é mais que um exame…

J: Diga-me, o que você quer dizer com isso.

H: Sinto como se eles estivessem inserindo alguma coisa em mim.

J: Como é esse exame?

H: Esse exame machuca, machuca terrivelmente. Acho que eles estão inserindo… eu não sei.

J: O que lhe dizem, quando estão realizando esse exame?

H: Dizem: fique quieta que este exame acabará logo.

J: Eles lhe dizem, por que estão fazendo esse exame?

H: Eles dizem que eu me sentirei melhor e eu afirmo: sinto-me bem quando venho aqui, porém sinto-me terrível agora. Não importa, dizem: você ficará bem; tem que se submeter a esse exame. Ninguém tomará conhecimento desse exame depois, quando estiver tudo terminado.

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J: O que eles não saberão?

H: O que estão fazendo. Não sei o que tudo isso significa, mas alguma coisa eles inserem no meu colo do útero, porque dói quando é aberto. Contudo, continuam afirmando que está tudo bem, que essa intervenção não causará nenhum dano. Ninguém perceberá a diferença.

J: Ninguém, a não ser…?

H: Eu.

J: Você. O que você saberá sobre a diferença?

H: Que Marisa não é totalmente humana.

J: Como você se sente sabendo disso?

H: Não muito bem… não muito bem.

J: Eles dizem de que forma você será capaz de lidar com isso?

H: Não. Na verdade, dizem que primeiramente ela seria muito semelhante a qualquer outra criança. Disseram também: essa é a sua primeira criança, você não saberá a diferença, nem mais nem menos. Creio que, de certa forma, eles estavam certos…

J: O que eram aquelas coisas, que você estava ciente?

H: Ela era pequenina, mas isso não é incomum para um bebê. Ela não se alimentava muito bem, mas sua pele me parecia estranha.

J: Como essa pele parecia?

H: A pele dela era sempre fria, mas ela era saudável. A pele parecia um pouco esponjosa, não muito. Eu não quis admitir que essa pele fosse diferente e também não quis recordar o que me disseram.

J: Então, o que você fez com essa recordação?

H: Eu a pus de lado.

J: Quando você olhou, profundamente, para os olhos de Marisa, o que você viu?

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H: Não percebi nada. Somente amor, como uma criança normal.

A Origem de Raechel

Helen lembra, conscientemente, de terem passado informação que Raechel não era da Terra, que ela não tinha uma mãe e um pai real. Pesquisas adicionais vieram a revelar, uma interessante e assustadora reviravolta dos acontecimentos.

03-10-98 - Regressão. Quando Helen, inicialmente, conheceu Raechel.

J: Você alguma vez foi informada por Raechel ou pelo coronel, ou alguém mais, por que Raechel foi tomada de você e reapresentada a você, quando ela morava com Marisa?

H: Sim.

J: Diga-me a respeito disso.

H: Naquele dia na cozinha, no momento em que eu estava conversando com Raechel, ela falou: “Eu… nunca… tive… uma… mãe… Eu… não… sei… o…que… seria…uma... mãe… mas,… Marisa… fala… sobre… você… o… tempo… todo”. Bem, ela falou que desejava que eu fosse sua mãe, então, eu disse: “Realmente não posso ser sua mãe, mas, o que aconteceu com a sua?” Ela respondeu: “Eu… nunca… tive… uma....mãe. De… onde… eu… venho… nós...não....temos… mãe. Contudo,... eu… quero… ser… como… Marisa… e… ter… uma… mãe. Acho… que… você… seria...uma… boa…mãe”. Então, eu falei: “Raechel, não sou sua mãe.” Ela..: “Bem, talvez você não se lembre…” “Um dia você se lembrará”. Eu retruquei dizendo: “Não quero tocar mais nesse assunto”. Ela, então, falou: “Bem, deixe-me mostrar-lhe o lugar onde moro”. Naquele instante, fui transportada para o lugar com janela. Bem, isso tudo é ridículo. Porém, não quis conversar a respeito desse assunto com ela, já que eu achava que não era a sua mãe. Mesmo assim, sabia que era.

Helen depois revela informações adicionais sobre os prévios anos de Raechel.

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J: Eles lhe disseram de que forma mantinham a vida de Raechel?

H: Ela foi desenvolvida dentro de um tonel, como um aquário.

J: Você quer dizer, com líquido?

H: Sim, com líquido. Mas, eu não sei qual o tipo.

J: Como você sabe disso?

H: É a informação adicional, da qual tomei ciência. Eu não sei quem me passou essa informação. Acho que foi ela.

J: Quando isso aconteceu?

H: Deveria ter acontecido naquele dia em que eu fui andando por detrás das janelas.

Em uma outra parte, da mesma seção de hipnose, informações adicionais são reveladas sobre a juventude de Raechel.

H: A ATIC determinou, insistiu, que o coronel Harry adotasse Raechel e a criasse como uma humana. Ele não tinha idéia do que fazer com uma criança, porque nunca conviveu com crianças. Ele não sabia se poderia criá-la. Então, deu um sorriso, sem zombar, porque ele não era um zombador, mas sorriu. Com esse ar de sorriso observou, fixou seus olhos na minha pessoa e toda essa informação que teria levado, ao menos, duas horas para ser dita, subitamente veio à minha mente.

07-11-97 - Entrevista com Helen, comentando a respeito de uma ligação telefônica, dialogando com Marisa.

Helen estava preocupada com a segurança de Marisa. Ela telefonou para Jim, um amigo que trabalhava na segurança da Base da Força Aérea Highland, a fim de pedir-lhe para verificar o paradeiro do Coronel Nadien. Helen pegou um pedaço de papel, anotou o nome de Jim e o número do telefone. Enquanto conversava com Jim pelo telefone, também fez algumas anotações. Por puro acaso, no final da conversa, ela guardou o bilhete, ao invés de jogá-lo no lixo. Vinte anos depois, ela encontrou esse bilhete, por

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acaso, escondido dentro de alguns outros papéis. Esse bilhete forneceu pistas valiosas aos pesquisadores, incluindo o número do telefone da base que ainda estava em uso. A seguinte é uma transcrição, relembrada por Helen, quando Jim lhe retorna uma ligação com a informação que descobriu.

Jim (J): Espero que você esteja sentada para escutar isso. O coronel e a filha vieram para Four Corners. Ele estava envolvido em um dos projetos negros mais classificado que o do Livro Azul. Estava trabalhando nesse projeto por um longo tempo e era o comandante do destacamento militar. Suas suspeitas sobre sua filha são verdadeiras, mas, eu não posso informá-la com certeza - você sabe o que eu quero dizer - a coisa toda é muito excêntrica, a tal unidade que ele oficiava, a ATIC, Centro de Informação Técnica Aeroespacial. Já os homens que você citou, parecem ser como os Homens de Preto, alguma coisa concatenada com a Nação do Terceiro Olho,… eu não sei. Mas, mesmo se soubesse, também não poderia falar a respeito.

H: Você está certa sobre a ATIC? Eu nunca escutei sobre isso; estou tentando encontrar essa sigla na minha lista de acrônimos, mas essa nomenclatura não está listada.

J: Sim, eu estou certa que essa sigla está incluída nessa lista, como estou certa, também, que você não encontrará essa nomenclatura listada em nenhum lugar, porque esse lugar não é suposto existir, mas acredite em mim, esse lugar existe. Acredite, também, que essa garota que estava vivendo como sua filha possivelmente seja alguma coisa que o coronel resgatou de uma daquelas espaçonaves, que foram levadas para Four Corners. E de qualquer outra coisa, também. Mas se você disser uma palavra sobre esta conversa, com qualquer pessoa, negarei a coisa toda. Eu não tenho escolha.

Luzes Azuis

As Luzes azuis parecem ter acompanhado Helen por toda sua jornada de vida. Somente após cíclicos questionamentos, Helen, começa a compreender e a revelar a importância de suas visitas extraterrestres.

03-10-98 - Regressão

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June (J): Que aconteceu, quando você tocou a luz azul, quando era criança?

Helen (H): Disseram-me… você não faz parte da família. Não pertence ao lugar que você supõe pertencer. Eu afirmei: não importa, eles tomam conta de mim. Eles falaram: mas, não a amam. Eu disse: sei disso.

04-10-98 - Regressão

H: A primeira vez, que eu avistei a luz azul, os extraterrestres me perguntaram se eu queria ter um bebê; eu falei, não, não quero ter um bebê. Sou muito jovem. Então, eles me disseram: “nós poderíamos esperar”. Achei que isto fosse o final da história, mas era justamente o início.

J: Helen, eu quero que você, por um instante, se concentre na sua tia, que era sua mãe real. Quero que você entre em contato com seus olhos, que pergunte ou obtenha informação de sua tia, se ela havia ou não realizado algum acordo com relação à vida dela com outros seres extraterrestres. Diga-me, você está ciente disso?

H: Sim…

J: Helen, que informação é essa, da qual você está ciente?

H: Ela fez um acordo, do tipo…

J: Que tipo de acordo?

H: Para continuar adiante.

J: O que isso significa?

H: Porque a mãe da minha tia também havia firmado um acordo com os extraterrestres. Ela, a minha tia era parte desse… ela firmou esse acordo.

J: De que você está ciente?

H: Ela sabe que não tinha escolha. Ela podia ter refutado o acordo, mas não tinha escolha.

J: O que você quer dizer com: “ela podia ter refutado o acordo, mas não tinha escolha?”

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H: Ela podia ter dito não, mas estava com medo. Então, ela justamente firmou o acordo.

J: E você firmou um acordo?

H: Sim, porque eu era parte do acordo de minha tia, mas ela não podia conceber qualquer outra criança.

J: Você está dizendo, Helen, que o acordo de sua tia envolveu sua pessoa, mas não em níveis de consciência espiritual, física ou mental; então, você firmou um acordo para estar tomando parte nisto?

H: Isso é o que estou dizendo. Acho que não esclareci o acordo muito bem, quando os extraterrestres me perguntaram se eu queria ter um bebê. Eu disse que era muito jovem. Não posso ter um bebê. Eu deveria ter dito, não, não quero ter um bebê, talvez, eles tivessem compreendido. Como não falei isso dessa forma, então eu acho que concordei.

J: Helen, quem foi que lhe perguntou, se você queria ter um bebê?

H: Não era alguma coisa que eu pudesse enxergar, aquilo não era uma forma, era como uma presença que eu podia sentir.

J: Quero que você esteja nesse contato agora, sentindo essa presença. Preciso que você olhe para a luz azul, que veja e sinta essa presença, quero que você esteja ciente de quem ou o que é isso, que está se comunicando com você.

H: Oh, minha cabeça dói, a luz… a luz é… eu não posso enxergar ninguém, não há forma… esse objeto é justamente essa luz.

J: Adentre na luz...

H: Não sinto… nem ouço qualquer coisa. Eu sei exatamente o que está saindo dessa luz, mas não ouço essa coisa.

J: Helen, não é necessário que você ouça isso. Como você sabe disso?

H: Isto é posto dentro da minha mente!

J: À medida que você for tomando conhecimento disso, quero que questione… “o que é isto ou quem é que está me passando esta informação por meio da luz?” “O que é esta luz e quem está me passando esta

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informação?”

H: Hum…

J: Sinta-se na sua presença.

H: Eles querem que eu me sinta quente e confortável, e aceite o que eles sugerem e querem. Mas, eu não posso enxergá-los e eles não dizem quem são.

J: Quero que você pergunte. Preciso que se concentre, faça contato e pergunte a eles, quem são… Helen, você pode fazer isso.

H: Eles não querem me dizer de onde vêm, mas não são da Terra.

J: Helen, eles tem um nome?

H: Eles não me dizem o nome. Dizem, que eu ainda não compreenderia.

J: A luz ou a energia destes seres a apalpou de algum modo?

H: Sim. A luz azul me apalpou.

J: Onde essa luz azul a apalpou?

H: Na minha mão.

J: O que você sentiu quando essa luz a tocou?

H: Algo latejante e quente, mas essa luz não me feriu.

J: Helen, eu quero que você sinta essa luz azul agora. Quero que experimente a luz apalpando sua mão. Você está nesse contato, revivendo-o no momento que aconteceu. Quero que você esteja ciente do que está acontecendo, ao toque da luz. Preciso que esteja ciente do ambiente ao seu redor e me diga onde você está. O que você enxerga ao seu redor, além da luz?

H: Eu estava nesse lugar especial, aonde sempre ia quando queria estar solitária.

J: Que lugar era esse?

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H: Não muito distante da minha casa, na floresta.

J: Nessa época particular, quando você foi apalpada pela luz e indagada se você queria dar à luz a um bebê, você tinha que idade?

H: Acho que uns onze ou doze anos de idade… onze anos de idade.

J: Quantas vezes você observou essa luz brilhante, nesse lugar?

H: Não sei... cinco ou seis vezes, talvez sete.

J: Quero que você retroaja e se deixe ir para a memória mais recente que você tem da luz azul. Quando você estiver fazendo isso, quero que se sinta mais jovem..., sinta seu corpo para que eu possa saber quão grande você é, quão velha você é… me fale sobre esse grande contato inicial.

H: Eu tinha oito anos de idade. Essa foi a primeira vez, que eu enxerguei a luz azul. A outra vez, quando eles me perguntaram sobre o bebê, eu era mais velha.

J: O que aconteceu na primeira vez, que você avistou a luz? Essa luz lhe tocou?

H: Não, essa luz não se aproximou de mim sobremaneira. Eu pude enxergá-la a curta distância. A luz assentou no solo, mas não se elevou. Essa luz estava um pouco soerguida do chão, justamente acima do solo. Não era muito grande. Olhei para a luz, mas não me amedrontei. Eu deveria ter me atemorizado, já que nunca havia enxergado essa luz.

J: Diga-me, quando foi a última vez que você avistou a luz azul? H: Não posso lembrar. Acho que eu não contemplei essa luz antes. Eu continuo enxergando essa luz…

J: O que você quer dizer, é que continua enxergando essa luz?

H: Esta luz não pode ser a mesma. Tem a mesma cor, parece a mesma e a sensação é a mesma.

J: Onde você está avistando essa luz?

H: Bem, antes de eu dar à luz a Carl, disseram-me que havia morrido, que

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me trouxeram de volta. No momento em que estava desencarnando, eu enxerguei a luz e esse objeto me pareceu o mesmo… quente, bonito. Essa luz quis me impelir, mas eu não deveria ir.

J: O que você quer dizer: você morreu e eles a trouxeram de volta?

H: Eu sofri um ataque de eclampsia, estava realmente muito mal e não me importava se ficaria viva ou morreria. Eu havia sofrido tanto e estava tão mal no hospital, que eles estavam fazendo tudo o que podiam para me manter viva, mas acho que cansei de lutar. Eu desisti por um minuto. Eu deveria ter dado à luz àquele bebê mais cedo, simplesmente não parecia tê-lo. Eu tive esse problema e finalmente desisti. Teria sido tão fácil simplesmente ir, ir com a luz, no entanto ainda não estava pronta.

J: Você contou para alguém esse contato?

H: Oh, sim. Eu contei ao medico, ele falou que não comentasse sobre isso com ninguém, porque achariam que sou maluca. Contei esse incidente para a minha mãe, ela falou a mesma coisa. Meu marido não deu muita importância, mas achou que eu estava maluca, também. Finalmente, não falei desse contato para ninguém mais, porque todos eles julgariam que eu enlouqueci. Mas, eu não estava maluca. O contato aconteceu e essa era a mesma luz.

J: O que você acha que a luz realizou naquele momento? Porque essa luz surgiu?

H: Porque eu precisei de alguma ajuda.

J: Essa luz a ajudou?

H: Essa luz me passou força, a fim de ultrapassar o que eu tinha de fazer. Eu nem sabia o que era esse objeto luminoso.

J: Quão breve após esse contato o bebê nasceu?

H: Acho que em dois ou três dias. Eu convalesci e os médicos me deram alta do hospital. Então, fui para casa.

J: Helen, o que você acha agora a respeito desse contato?

H: Que isso é uma coisa complicadíssima.

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18-07-99 - Regressão

J: Quando você observa a luz surgindo, ocorre alguma coisa diferente? Acontece algo importante, após você ter visto luz azul?

H: Sim, sempre. Mas, esse contato nem sempre ter a ver com o projeto, como o período em que eu enxerguei essa luz, antes de conhecer você. Bem, você está envolvida no projeto agora; não no projeto em si, mas está envolvida no meu projeto.

J: O qual também é parte do…

H: Este projeto também é parte do outro… isto foi como um sinal para que eu não ficasse com medo ou apreensiva.

J: Além de ser importante você tomar conhecimento sobre o projeto, a luz azul também é uma fonte de conforto e confiança para você?

H: Oh, sim… sempre.

J: Então, essa luz é um dom que lhe permite saber, que você está orientada e bem auxiliada. Helen, eu quero que você estire sua mão e toque a luz azul. Deixe-a ficar ali. Estenda sua mão e toque a luz, já que eu quero que você retroaja no tempo, não para frente, mas de volta no tempo. Então, deixe-se estirar a mão e tocar a luz azul. Deixe-me saber, quando você está apalpando a luz.

H: Hum…

J: Bom. Deixe-se envolver completamente por essa luz azul. Sinta seu corpo inteiro, envolvido nessa luz. Sinta a sensação admirável de bem estar, de maravilhosa cura, que acontece em cada célula do seu corpo, sua mente e seu espírito. Agora, Helen, eu quero que você fique totalmente engajada nessa escolha, plenamente ciente do que está acontecendo e me diga… o que você está fazendo e sentindo…

H: Estou no interior da luz, a luz está toda ao redor, ela está na frente… a luz está toda ao meu redor, mas a minha luz é diferente. Estou… estou ciente de que… eu tenho uma chance…

J: Que chance é essa?

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H: Será um momento difícil. Eu posso ser parte da consciência. Mas não estou certa, do significado disso.

J: Helen, permita-se partir para o interior desse lugar, para que tome ciência do que isso significa. Profundo... Profundo... Retorne para a grande fonte do ser, que você tem levado consigo desde o início, desde o primeiro contato, deixe-se tomar consciência disso totalmente… o que é essa consciência, e qual é a sua chance de ser uma parte disto.

H: Eles dizem que eu poderia ser uma instrutora, não sei o que isso significa. Porém, não sou uma professora. Achei que isso significasse o que era um professor. Mas, eu não sou pressionada…

J: Helen, rume para seu lugar particular de compromisso e consciência. O que é que você escolhe realizar?

H: Escolho ser uma instrutora. Eu faço esse trabalho de um modo diferente.

J: Helen, qual é esse modo?

H: Eu escolho ser parte desse projeto.

J: Helen, por qual motivo você escolhe tomar parte nesse projeto?

H: Porque… pessoas precisam saber.

J: O que as pessoas precisam saber?

H: Que a humanidade não é a única civilização ou universo. Que existem outras formas de realizar as coisas, para ser…

J: Helen, o que é essa coisa que estão lhe passando, a fim de ajudá-la a executar esse compromisso, que você pactuou?

H: Força, eu recebo força. Sei que esse trabalho é realmente difícil, às vezes, até para fazer algumas escolhas rudes, mas eu tenho a força para fazê-lo agora… com a luz agora.

J: Helen, quando você foi inicialmente entregue à luz azul?

H: Lembro-me da primeira vez que ocorreu esse contato, eu tinha nove ou dez anos de idade. Recordo antes… quando eu prestei compromisso.

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Quando eu era mais velha, o contato ocorreu aos nove ou dez anos de idade, mas eu não prestei compromisso. Porque esse compromisso já estava firmado.

J: Helen, que significa esse pacto?

H: Que eu prestei compromisso antes de nascer, isto é, eu mesma tinha de prestá-lo, ninguém mais poderia fazê-lo por mim.

J: Helen, eu quero que você pergunte para a luz azul, questione essa luz, quando ela inicialmente adentrou na sua vida, sem se importar em saber quando ocorreu esse contato.

H: Esse contato ocorreu quando os seres extraterrestres tomaram o óvulo da minha mãe verdadeira… fizeram alguma coisa… essa intervenção me marcou… eles fizeram alguma coisa comigo. Eu fui gerada no útero da pessoa que eu achei ser a minha mãe. Mas isso não me atormentou por muito tempo, porque a luz brilhante estava naquele lugar… mas essa luz assomou à minha… Oh… estou tão confusa…

J: Continue concentrada na luz, essa luz a deixará tomar conhecimento. Torne-se una com a luz.

H: Minha tia era a minha mãe real. Acho que, de algum modo, a luz… a luz permaneceu comigo… quando eu rumei para o interior da… eles estão me carregando, mas, agora, não lembro da luz até estar mais amadurecida… talvez, não precisasse lembrar desse contato… até então.

SÍMBOLOS

A insígnia triangular, com três linhas horizontais, verificada nos vasilhames de comida, jarras d’água e nas placas dos carros era um logotipo real que urgia uma investigação complementar. Pesquisando dezesseis fontes literárias, sobre símbolos, abrangendo desde dicionários de símbolos, hieróglifos, astrologia, misticismo, mitologia e até simbolismo Chinês, um pesquisador nada encontrou de definitivo. Um livro sobre placas de carros na Califórnia nada proveu. Uma pesquisa na internet no site www.symbols.com nos deu alguma esperança, mas isso não foi uma comparação exata. Contatando uma pessoa que constrói sites na internet, tal como esse site com busca, Carl Liungman, o autor de “O Dicionário de Símbolos” nos respondeu e passou algumas dicas sobre como proceder. “Meu conselho é que vocês estudem o triângulo e os ideogramas com

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linhas estilizadas nas suas subestruturas e vejam quais pistas eles talvez lhes forneçam”.

Os símbolos e os ideogramas foram descobertos nesse site, combinados para formar o logotipo que Helen desenhou. O significado resultante dessa combinação foi de certa forma revelador.

Um triângulo pode simbolizar poder, perigo, Deus, a Trindade Sagrada e o fogo. Símbolos podem ter significados opostos, nesse caso, segurança e sucesso.

Um triângulo com uma linha rotulada é o sinal mais comum para o elemento ar.

Um triângulo com duas linhas impressas é o sinal alquimista para mistura.

O ideograma significa similaridade em uma dimensão. Mas,

significa identidade, uma similaridade tão forte, que não há diferença real.

É perfeitamente lógico que o tem sido usado na meteorologia, a fim de indicar névoa, por exemplo; uma condição atmosférica, onde tudo é idêntico.

A combinação destes símbolos apresenta um símbolo que poderia ter o mesmo significado, dando a entender uma organização muito perigosa, tendo poderes divinos com aqueles poderes, sendo uma parte identificada tão fortemente, que não existe diferença.

Poderia o símbolo contemplado na caixa de comida e vasilhames d’água de Raechel, e nas placas do carro preto, simbolizar essa definição? Poderia ser esse, o propósito do Projeto Humanização? Comparando-o com um projeto lidando com a manipulação genética da raça humana, talvez seja considerado como tendo poderes Divinos. Seus intuitos finais parecem ser a miscigenação de duas raças, engendrando uma nova raça que é idêntica, sem distinções aparentes. O símbolo invertido presume-se verdadeiro também e poderia simbolizar “segurança” para a raça extraterrestre, “sucesso” para o projeto.

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Amigo de Marisa e seu antigo companheiro de quarto

“Eu conversei com Marisa a respeito de Raechel, no primeiro mês, após ela deixar definitivamente o apartamento. Ambos tivemos uma pequena “conversa de garotos”; lembro-me de estar sentado nos degraus da escada da parte de fora do apartamento, nervoso e dando gargalhadas sobre esse caso estranho. Estávamos assustados, mas tratamos esse assunto como sobrenatural.”

09-01-98 - Entrevista com o irmão de Marisa chamado Carl

Jean (J): Marisa recuperou um pouco de sua visão?

Carl (C): Ela recuperou sua visão toda novamente. Teve uma hemorragia na parte de trás dos olhos, que a deixou cega, mas antes de morrer, ela pôde enxergar.

J: Você tem alguma idéia de quando a visão de Marisa começou a voltar, no período dos idos de 1972?

C: A visão dela melhorou após esse ano. Foi uma surpresa para mim. Nesse dia, eu estava no trabalho, nessa época ela ainda era cega, então, a próxima coisa que eu tomei conhecimento foi de que ela estava enxergando novamente.

J: E... inesperadamente, ela não estava mais completamente cega?

C: Eu nunca imaginei que ela recuperasse sua visão completamente dessa forma. Sua visão melhorou desse jeito, não melhorou?

*Marisa morreu em 7 de Dezembro de 1990, vítima de arritmia cardíaca.

Contato com Marisa, Raechel e o Coronel

Foi discutido contatar Marisa, Raechel e o coronel, diretamente através de hipnose. Foi decidido, que não se perderia nada, possivelmente algumas interessantes novas idéias ou pistas a serem conhecidas. Tentando estabelecer contato fisicamente pareceu um pouco extremo. Contudo, June, com a permissão de Helen, concordou em ver se poderia obter informações adicionais.

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Nenhum de nós três tentou entrar em contato com Marisa, Raechel ou o coronel, que se expressariam por meio da voz de Helen. Mas, eles concordaram em se comunicar através de respostas ideomotoras, usando o movimento dos dedos de Helen. De forma frustrante, isso limitou as perguntas para sim, não e eu não sei.

Marisa

Marisa tem tentado contatar sua mãe através de vários incidentes incomuns, que aconteceram com Helen.

Marisa confirmou a informação de que ela era uma híbrida; deu-se conta disso quando era criança. No começo, ela não se deu conta de que Raechel era uma híbrida, mas, dentro de pouco tempo ela veio a compreender que elas estavam ligadas geneticamente.

Ela ainda está em contato com Raechel, que morreu brevemente após deixar a universidade, mas não por causas naturais. Ela foi assassinada por membros militares ou governamentais. O coronel, que ainda está vivo, soube que isso aconteceria e concordou que essa ação precisava ser levada a cabo. Mas, ele não participou diretamente da execução do assassinato de Raechel.

Marisa ressaltou, que poderia se comunicar através dos olhos. Os pássaros incomuns visitando Helen estão tentando comunicar-se com ela através dos olhos. Ela disse, que Helen tem mais informações na sua mente subconsciente, mas ainda não é capaz de se lembrar dos contatos.

Marisa nos garantiu, que ela tinha morrido de causas naturais.

Ela salientou, que tem sido advertida para não passar informações adicionais sobre o coronel. Ela acredita, que ela e outros, incluindo Helen, estariam em perigo se revelassem essa informação. Marisa entrará em contato com sua mãe quando achar seguro falar mais sobre o coronel. Ela quis que continuássemos a investigar o caso; julga que os resultados de nossa investigação serão de uso positivo para o mundo.

Marisa ressalta que tem mais informações sobre o projeto Humanização, mas não pode falar agora.

Raechel

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Raechel confirmou que tinha sido removida do corpo de Helen, nutrida como um embrião no interior de grandes tanques. O coronel era seu pai, mas ele não se deu conta disso inicialmente.

Ele decidiu tomar conta de Raechel, porque ela contou que ele era seu pai através dos olhos.

O coronel transmitiu muitas informações sobre a base Fours Courners para Helen através dos olhos.

Raechel falou que o coronel ainda está vivo e que esteve envolvido no seu assassinato, mas não foi o responsável pela sua morte. Ela tinha sido morta aproximadamente dois anos após deixar o apartamento, já que foi considerada uma ameaça ao projeto.

Raechel confirma, que tem tentado se comunicar com Helen através das águias. Que no momento em que Helen se recusou a tomar conta dos bebês nos canastréis, lhe foi passada a missão de tornar público as informações sobre o projeto Humanização. O coronel ainda participa desse projeto e continua trabalhando na instalação subterrânea. Atualmente, não é seguro para Helen tomar ciência de informações adicionais sobre o projeto Humanização.

Outros membros da família de Helen estão envolvidos no projeto. Contudo, o namoro entre Raechel e Carl não envolveu nenhum ato sexual. A inabilidade de Carl para lembrar-se da maior parte do namoro se deve ao fato dele ter sido conduzido para algum lugar ou passado alguma informação, que se tornou importante para ele esquecer do encontro à noite.

Raechel era criada como uma híbrida na Terra, foi incubada em uma espaçonave. A nave deixou a Terra, retornou e ela deparou-se com o coronel. No entanto, Helen e o Coronel são completamente humanos.

Agora, nós investigaremos as circunstâncias da morte de Raechel através de uma regressão hipnótica com Helen.

17-07-99 - Regressão Durante a regressão, toma-se conhecimento de que Raechel não está mais viva. Que morreu em um suposto acidente.

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J: O que você quer dizer em um suposto acidente?

H: Ela caiu em algum lugar... Caiu nas escadas do apartamento. Ela não caiu, foi empurrada. Não morreu na hora, estava morta quando a encontraram.

J: Por que ela foi morta?

H: Não me informaram isso... Exceto que ela lamentou muito.

J: Ela lamentou muito? O que você quer dizer?

H: Ela lamentou muito ter se preocupado comigo e com Marisa. Permitiram-lhe ir somente até aqui. Ela passou do ponto. Esse não era o momento disso acontecer.

J: O que eles temiam que acontecesse e porque ela lamentou muito?

H: Eles não me informam o motivo.

O Coronel

O coronel não quer que seu verdadeiro nome seja revelado nesse momento. Acha que seria um perigo para Helen obter essa informação. Ele ainda está monitorando Helen através de outros membros do projeto. Está ciente do contato de Raechel e Marisa com Helen, e ainda está em contato com Raechel. Embora ainda não esteja trabalhando diretamente com os militares; o projeto Humanização ainda prossegue.

Ele tinha sido ensinado a comunicar-se através dos olhos, pelos militares que foram lecionados pelos híbridos e os ETs. Atualmente, pessoas ainda estão aprendendo esse dom.

O coronel, não mais acredita que o projeto Humanização é para o bem da humanidade, mas realmente um perigo. Ele acha, que se as informações sobre o Projeto Humanização vierem a público, alguma coisa poderia ser providenciada a fim de interromper o projeto. Ele ressaltou, que o projeto está sendo usado de uma certa forma, que está tirando a superioridade da espécie humana. Outros na arena militar, que são contra o projeto, estão começando a falar. O coronel não acha que o acordo entre os extraterrestres e o governo esteja sendo honrado, que ambos os lados não estão honrando

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o acordo.

Ele falou, que informações adicionais sobre o Projeto Humanização viriam à luz, após o livro ser escrito.

Nada de concreto foi descoberto por meio das sessões de hipnose, que pudessem ser pesquisadas além destas regressões. No entanto, o contato com esses seres ou espíritos era interessante, mas não havia modo de verificar se o contato era realmente realizado. Isso está incluído aqui, como um esclarecimento. Então, espere e verá.

Epílogo

Após cinco anos de intensiva pesquisa, visitas à universidade, à biblioteca do Estado, cidades natais, bases militares, incontáveis entrevistas, regressões, pesquisando muitos livros e pesquisas na internet, todas as direções tomadas na pesquisa foram exaustivas. Apesar do testemunho das testemunhas atestando a existência de Raechel e o coronel, teoricamente, eles não existiram.

Em total frustração, uma companhia de investigação particular veio a ser contratada. O anúncio dessa firma dizia: “Não importa quem você esteja procurando, nós podemos ajudá-lo a encontrá-los. Nosso extensivo banco de dados de informação nos permite localizar pessoas perdidas. Diferente de outros serviços que, simplesmente, fornecem uma lista de nomes, nós realmente localizamos a pessoa que você está procurando”. Melhor ainda, eles ofereciam uma garantia “Não encontramos - Não pague”.

Poucos dias depois, a companhia de investigação nos telefonou comunicando: “Lamentamos, mas você deve ter passado um nome incorreto ou, talvez, você escreveu esse nome de forma incorreta”.

Assegurando-lhes que o nome tinha sido escrito corretamente, eles responderam: “Você está certa? Bem, você talvez esteja equivocada ou esse nome é fictício. Não podemos encontrar ninguém com esse nome. Não nos Estados Unidos”.

“Nós não pudemos encontrar ninguém com esse nome, tampouco”.

“Esse nome não é similar. Veja, nós temos uma extensiva base de dados e fontes de recursos. Isso é o que temos disponível, nós encontramos pessoas. Nunca na história de nossa companhia, nós terminamos uma pesquisa sem

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descobrir absolutamente nada.

Nisso, eles desligaram o telefone.

Lembramos, o que o prévio oficial de inteligência nos disse: “Realizando pesquisa extensiva e nada descobrindo é uma resposta, também. Nunca esqueça que, ‘não’ é uma resposta, também”.

A nossa investigação paralisou e decidimos continuar com o que tínhamos descoberto, embora um pouco circunstancial em partes, factual em outros, mas nós achamos que tínhamos constituído um caso convincente para a validade da história de Helen.

Então, um dia, enquanto concluíamos a investigação, nós recebemos uma carta de um departamento secreto da universidade em que as jovens estudaram. A carta informava: “Esta é uma verificação oficial que Raechel Nadien foi uma aluna de nossa universidade no semestre primaveril. Ela foi autorizada a ausentar-se das aulas, naquela época”. O ano de presença também estava registrado, estampado em relevo no papel de carta da universidade. Uma prova real, finalmente.

Então, vários meses depois, nós entramos em contato com o departamento que nos remeteu a nota, a fim de obter informações adicionais. A mulher que havia assinado a carta foi transferida da universidade. E, até o ponto em que a universidade estava preocupada, Raechel nunca freqüentou a universidade.

Nos idos da década de 1970, quando Marisa e Raechel eram companheiras de quarto, clonagem, fertilização artificial, manipulação de DNA, e combinação de genes eram assuntos de conjectura irreal e ficção científica. Nos dias atuais, eles são realidade de vida, e nós lutamos com assuntos de ética e moral com respeito a esses avanços científicos.

Há trinta anos atrás, instalações militares subterrâneas secretas eram histórias de fantasias de crendices exageradas. Nos dias atuais, fotografias de satélites da Área 51 são comercializadas na internet. A revelação e a subseqüente admissão do envolvimento governamental no caso Tuskegee, e em outros experimentos sub-reptícios confirma a tese da não solicitada, não almejada e não conhecida intervenção militar subversiva na vida dos humanos, atualmente.

Dizem que os olhos são as janelas da alma. Os olhos de Raechel não são somente as janelas da alma da humanidade, mas da alma universal.

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Page 183: OS OLHOS DE RAECHEL: O ESTRANHO MAS ......juntos conosco. Apenas podemos imaginar se nos acostumaremos a olhar nos olhos deles, algum dia”.--Sean Casteel, Revista UFO Abril-Maio

A história de Helen talvez seja a resposta, por que não contemplamos uma espaçonave aterrissando em algum gramado de um líder mundial. Já assumimos nosso lugar no cosmos e estamos de pé, lado a lado, olhando para o céu irmanados. Raechel não é somente a irmã de Marisa, ela é a nossa irmã, também. Nós somos eles, eles somos nós.

FIM

J.A

“We are not alone”“We are not alone in the universe”

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