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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PEDRO VIRIATO
PARIGOT DE SOUZA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
P R O J E T O
POLÍTICO PEDAGÓGICO
JATAIZINHO - 2012
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 11
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
2 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA ....................................................................... 14
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ............................................ 14
2.2 MAPEAMENTO DA ESCOLA .................................................................. 15
2.3 HISTÓRICO DA ESCOLA ........................................................................ 12
2.4 ORGANOGRAMA .................................................................................... 15
DIREÇÃO ......................................................................................................... 15
2.5 PERFIL DA COMUNIDADE ..................................................................... 16
2.6 MODALIDADE DE ENSINO ..................................................................... 17
2.6.1 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES ............................................... 17
2.7 PORTE DA ESCOLA ............................................................................... 19
2.8 ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR ..... 19
2.9 TURNO DE FUNCIONAMENTO ............................................................... 20
3 OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................... 20
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................... 21
4 MARCO SITUACIONAL ................................................................................ 23
4.1 SOCIEDADE ............................................................................................ 23
4.2 ESCOLA .................................................................................................. 24
4.2.1 DESISTÊNCIA ...................................................................................... 28
4.2.2 APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO .......................................................... 29
4.3 ALUNO ................................................................................................... 30
4.4 PROFESSOR ........................................................................................... 31
4.5 FUNCIONÁRIO ........................................................................................ 32
3
4.6 DESCRIÇÃO DAS REALIDADES SOCIAIS EM QUE A ESCOLA ESTÁ
INSERIDA ...................................................................................................... 33
4.6.1 NOSSO PAÍS ........................................................................................ 33
4.6.2 NOSSO ESTADO .................................................................................. 35
4.6.3 PERFIL DO NOSSO MUNICÍPIO .......................................................... 37
4.7 A ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA
PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICA – PRÁTICA ............................ 39
4.8 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS .................................................................... 42
4.8.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ................................... 45
4.9 REGIME ESCOLAR – REGIME DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA ..... 47
4.9.1 ATO DE APROVAÇÃO ......................................................................... 47
4.10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR............................................................. 49
4.10.1 CURRÍCULOS E PROGRAMAS .......................................................... 49
4.10.2 VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR .................................. 49
4.10.2 .1 AVALIAÇÃO ................................................................................... 49
4.10.2.14 REGISTRO, ESCRITURAÇÃO E ARQUIVOS ESCOLARES .......... 61
4.10.2.15 DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E SANÇÕES DA
COMUNIDADE ESCOLAR ............................................................................. 61
4.10.2.16 DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS .................................. 62
4.10.2.17 INCLUSÃO DE ALUNOS ............................................................... 62
4.11 FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA ......................................................... 63
4.12 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR............................................................. 64
4.13 NORMAS DE CONVIVÊNCIA E TRATAMENTO DISPENSADO AOS PAIS
E ALUNOS .................................................................................................... 65
4.14 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS ........................................................ 67
4.14.1 SALA DE APOIO ................................................................................ 67
4.14.2 ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE APOIO .......................................... 68
4
4.14.3 OUTRAS FORMAS DE ATENDIMENTO ............................................. 69
4.14.4 INCLUSÃO ........................................................................................ 70
4.14.5 ESTÁGIO CURRICULAR NÃO OBRIGATÓRIO ................................. 71
4.15 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ................................................................ 71
4.16 RECURSOS ........................................................................................... 72
4.16.1 RECURSOS FINANCEIROS ............................................................... 72
4.16.2 RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS E TECNOLÓGICOS ................... 72
4.16.3 RECURSOS HUMANOS (2012) .......................................................... 75
4.16.3.1 EQUIPE ADMINISTRATIVA ............................................................. 75
4.16.3.2 EQUIPE PEDAGÓGICA ................................................................... 76
4.16.3.3 EQUIPE DE APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO .......................... 76
4.16.3.3.1 AGENTE EDUCACIONAL II .......................................................... 76
4.16.3.3.2 AGENTE EDUCACIONAL I ........................................................... 76
4.16.3.3.3 AGENTE DE LEITURA .................................................................. 77
4.16.3.4 CORPO DOCENTE .......................................................................... 77
5 MARCO CONCEITUAL ................................................................................. 79
5.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM ...................................................................... 79
5.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DE MUNDO ........................................ 80
5.3 CONCEPÇÃO DE ESPAÇO ..................................................................... 82
5.4 CONCEPÇÃO DE TEMPO ....................................................................... 83
5.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA ................................................................... 83
5.6 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ................................................................ 85
5.7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ............................................................... 86
5.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ............................................................... 87
5.9 CONCEPÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES ................................ 89
5.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ..................................................... 90
5.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ................................................................... 91
5
5.12 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ................................................................... 92
5.14 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ....................................... 93
5.15 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ............................................................. 94
5.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA .......................................................... 96
5.17 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA ................................................................... 97
5.18 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO FISCAL ................................................ 98
5.19 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO ............................................................. 100
5.20 CONCEPÇÃO DE TRABALHO ............................................................ 101
5.21 CONCEPÇÃO DE CULTURA-AFRO .................................................... 101
5.22 CONCEPÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL .......................................... 102
5.23 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO ....................................................... 103
5.24 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA ............................................................... 105
5.25 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO,
PERMANÊNCIA, CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES E
QUALIDADE DE ENSINO– APRENDIZAGEM ........................................... 106
5.25.1 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ..................................... 106
A) PARTICIPAÇÃO DOS PAIS: .................................................................. 107
B) CONSELHO ESCOLAR / APMF: ........................................................... 108
C) ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA: .......................................... 108
D) GRÊMIO ESTUDANTIL: ......................................................................... 108
E) CONSELHO DE CLASSE: ..................................................................... 108
5.25.2 ACESSO, PERMANÊNCIA E QUALIDADE DE ENSINO ................... 109
5.25.3 CAPACITAÇÃO CONTINUADA ........................................................ 109
5.25.4 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO ....................................................... 111
5.26 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA .................................................. 112
5.26.1 DINÂMICA DO CURRÍCULO; REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO
PEDAGÓGICO; CONFIGURAÇÃO DA MATRIZ TEÓRICA ......................... 112
6
5.26.2 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO
FUNDAMENTAL .......................................................................................... 114
5.26.2.1 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO CURSO
PROFISSIONALIZANTE - FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO
INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (INTEGRADO E
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS) ........................................................... 115
5.26.3 PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS........................................................... 118
5.26.4 TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO .................................. 118
5.26.5 A PRÁXIS COMO PRINCÍPIO CURRICULAR .................................. 119
5.27 TRABALHO COLETIVO ..................................................................... 120
5.27 .1 – PRÁTICA TRANSFORMADORA ................................................... 120
5.28 O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO-
PEDAGÓGICO ............................................................................................ 121
5.28.1 O QUE SE QUER PARA OS ALUNOS ............................................. 121
5.28.2 QUE ESCOLA QUEREMOS .............................................................. 121
5.28.3 SONHAR E CONSTRUIR JUNTOS ................................................... 122
INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES ........................................ 122
ENSINO FUNDAMENTAL – SEGUNDO SEGMENTO .................................... 122
ARTE.............................................................................................................. 125
6º ANO ........................................................................................................ 130
7º ANO ........................................................................................................ 136
8º ANO ........................................................................................................ 143
9º ANO ........................................................................................................ 150
CIÊNCIAS ...................................................................................................... 173
6º ANO ........................................................................................................ 185
7º ANO ........................................................................................................ 190
8º ANO ........................................................................................................ 192
9º ANO ........................................................................................................ 194
7
EDUCAÇÃO FÍSICA ....................................................................................... 205
MATEMÁTICA ................................................................................................ 218
6º ANO ........................................................................................................ 219
7º ANO ........................................................................................................ 220
8º ANO ........................................................................................................ 221
9º ANO ........................................................................................................ 223
ENSINO RELIGIOSO ...................................................................................... 227
6º ANO ........................................................................................................ 230
7º ANO ........................................................................................................ 231
GEOGRAFIA .................................................................................................. 237
6º ANO ........................................................................................................ 240
7º ANO ........................................................................................................ 241
8º ANO ........................................................................................................ 241
9º ANO ........................................................................................................ 242
HISTÓRIA ...................................................................................................... 246
6º ANO ........................................................................................................ 255
7º ANO ........................................................................................................ 257
8º ANO ........................................................................................................ 259
9º ANO ........................................................................................................ 261
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ............................................................. 268
LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................ 280
6º ANO ........................................................................................................ 283
7º ANO ........................................................................................................ 285
8º ANO ........................................................................................................ 287
9º ANO ....................................................................................................... 290
PROPOSTA PEDAGÓGICA ........................................................................... 297
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO ................................................................ 297
8
ARTES ........................................................................................................... 298
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 298
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 299
BIOLOGIA ...................................................................................................... 301
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 302
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 303
3ª SÉRIE ...................................................................................................... 305
EDUCAÇÃO FÍSICA ....................................................................................... 308
FÍSICA ............................................................................................................ 314
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 315
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 317
3ª SÉRIE ..................................................................................................... 318
GEOGRAFIA .................................................................................................. 322
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 324
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 325
3ª SÉRIE ...................................................................................................... 325
HISTÓRIA ...................................................................................................... 328
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 329
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 329
3ª SÉRIE ...................................................................................................... 330
LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................... 333
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 334
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 337
3ª SÉRIE ...................................................................................................... 339
MATEMÁTICA ................................................................................................ 344
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 345
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 346
9
3ª SÉRIE ...................................................................................................... 347
QUÍMICA ........................................................................................................ 349
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 350
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 350
FILOSOFIA .................................................................................................... 352
SOCIOLOGIA ................................................................................................. 355
L.E.M. – INGLÊS ............................................................................................ 360
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: ............................................. 360
1ª SÉRIE ...................................................................................................... 362
2ª SÉRIE ...................................................................................................... 362
3ª SÉRIE ...................................................................................................... 363
MATRIZES CURRICULARES ........................................................................ 365
NO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................ 365
NO ENSINO MÉDIO ....................................................................................... 365
ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES ...................................................... 367
PLANO DE AÇÃO .......................................................................................... 367
I – TÍTULO DO PROJETO: SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. . 367
I – TÍTULO DO PROJETO: “LIXO ÚTIL” ..................................................... 371
I – TÍTULO: FESTAS JUNINAS ................................................................... 373
PROJETO: HORA DA LEITURA .................................................................. 374
PROJETO: JOGOS ESCOLARES ............................................................... 376
PROJETO: DANÇA E GINCANA NA ESCOLA ............................................ 377
PROJETO: FEIRA DE CIÊNCIAS ................................................................ 379
SUB-PROJETO FEIRA DE CIÊNCIAS ......................................................... 381
TÍTULO DO PROJETO: EMPINAR PIPA ..................................................... 386
I – TÍTULO DO PROJETO: PERNADA ESPORTIVA ................................... 387
10
11
APRESENTAÇÃO
O presente projeto está fundamentado na LDB, Lei 9394/96 em seus
artigos12, 13 e 14 descritos a seguir:
Artigo 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e
as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica.
Artigo 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da
proposta pedagógica.
Artigo 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Também é sua função ministrar a Educação Básica e Educação Profissional,
com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte
e o saber;
III – gratuidade de ensino público;
IV – respeito à liberdade e apreço a tolerância; V – valorização dos
profissionais de ensino; VI – gestão democrática e colegiada da escola; VII –
garantia de uma educação básica unitária; VIII – garantia de padrão de qualidade;
IX – valorização da experiência extra-escolar; X – vinculação entre a
educação escolar, trabalho e as práticas sociais; XI – direito de ser respeitado por
seus educadores; XII – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolar e superiores; XIII – direito de organização e participação em
entidades estudantis; XIV – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua
residência.
12
O Projeto Político Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da
escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de
caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os
envolvidos com o processo educativo.
Ele será o alicerce para a concretização dessas ações, pois foi realizado em
conjunto com professores, funcionários, direção, vice-direção, equipe pedagógica,
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, priorizando a situação real do dia a dia do Colégio Estadual Prof. Pedro
Viriato Parigot de Souza – Ensino Fundamental e Médio.
Sua finalidade é dar rumo, direção ao Colégio, no sentido de garantir o
cumprimento de sua missão no ano letivo de 2012. Nele estão descritas, também,
suas funções, a forma de gestão, as metas a serem alcançadas no período referido,
além dos resultados obtidos em 2010 e 2011, especialmente quanto ao desempenho
dos alunos. Para tanto, são apresentados os métodos de gestão dos recursos
existentes e gestão pedagógica, o nível de formação da equipe de profissionais
atuantes no estabelecimento e os planos de formação continuada para docentes, a
proposta pedagógica curricular, por níveis e modalidades, e seus objetivos e os
projetos em desenvolvimento.
É um projeto pedagógico, definido pelo seu teor e objetivos, e apresenta,
também, caráter político, por estar implícito seu compromisso, definido pela
coletividade escolar, de atender a sociedade e de expressar a realidade da escola,
bem como os fundamentos teórico-conceituais que embasam todas as ações por ela
desenvolvidas. Portanto, a elaboração deste documento implica em um “pensar
sobre” aquilo que fazemos na escola tendo em vista sua função social.
Além de ser um documento orientador na gestão do Colégio, é uma fonte de
consulta periódica para o corpo docente e funcionários administrativos, pais e
responsáveis, público acadêmico e para a comunidade, na busca de informação
sobre a escola e o ensino público de modo geral.
13
1 INTRODUÇÃO
Este Projeto Político Pedagógico foi construído por meio de estudos,
pesquisas, diagnóstico da comunidade escolar e análise coletiva dos principais
problemas e dificuldades desta instituição escolar.
Para re-elaboração deste Projeto Político Pedagógico houve uma participação
ativa e organizada de professores, direção, funcionários, coordenação pedagógica,
pais, alunos e comunidade.
A organização do Projeto Político Pedagógico foi subdividida em itens: o
primeiro item apresenta a identificação do estabelecimento, com seus aspectos
históricos, caracterização da comunidade escolar, condições físicas, materiais e de
recursos humanos. O segundo item aborda a organização da entidade escolar,
apresentando as modalidades, turno de funcionamento e número de turmas, alunos,
professores, pedagogos, funcionários e salas de aula, bem como os ambientes
pedagógicos de que a escola dispõe.
Em seguida o item três apresenta o diagnóstico do estabelecimento de
ensino, destacando avanços da prática pedagógica e problemas relativos à gestão
escolar, aprendizagem, participação dos pais, formação continuada dos profissionais
da educação, índices e aproveitamento escolar e relação entre profissionais da
escola e discentes.
No item quatro, constam as concepções, teorias e filosofia que sustentam o
processo ensino/aprendizagem neste estabelecimento de ensino; bem como os
princípios didático-pedagógicos abordando os princípios de gestão democrática,
currículo, as tecnologias, o processo ensino aprendizagem e avaliação (concepção,
formas de registro, periodicidade, critérios, instrumentos e recuperação de
conteúdos). Este item contempla os objetivos da escola, as Diretrizes curriculares
que norteiam a ação desta escola, os critérios de organização do tempo e do espaço
escolar, a organização curricular, as intervenções pedagógicas, a inclusão
educacional, os programas e atividades integradoras do currículo, a proposta de
formação continuada e o acompanhamento e realização da hora atividade.
A seguir é apresentado o Plano de ações da escola com programas e ações
de curto, médio e longo prazo. As ações partem dos problemas levantados e
14
articulam as instâncias colegiadas, família, rede de apoio, PTD, formas de
acompanhamento e avaliação institucional do PPP.
Ao final é apresentada a Proposta Curricular e Projetos a serem executados
nesse período.
2 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino Fundamental e
Médio.
Código: 00216
Endereço: Avenida Nicola Pansardi 325 – Centro.
Telefone: (43) 3259 2165 Telefone – Fax: (43)3295 2165
CEP: 86.210-000
Município: Jataizinho – PR. Código do Município: 1280
Dependência Administrativa: Estadual
Código: 02
NRE: Cornélio Procópio Código: 08
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado do Paraná Ato de Autorização de
Funcionamento do Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza:
Resolução Dec. nº. 4261/77 – DOE 06/12/77
Ato de Reconhecimento do Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot
de Souza: Resolução Dec. nº3658/83 DOE 11/83
Ato de Renovação de Reconhecimento do Colégio Estadual Professor Pedro
Viriato Parigot de Souza:
Resolução – Ensino Fundamental – nº 6449/2012 - DOE 12/11/2012
Resolução – Ensino Médio - nº 1322/09 - DOE 26/06/2009
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar do Colégio Estadual
Professor Pedro Viriato Parigot de Souza: Resolução nº 047/94-28/02/94.
Atos Legais das Instâncias Colegiadas
APMF Ato nº 1836 Livro A. pg. 22 de 05/09/2011
15
Grêmio Estudantil - Ata de Posse do GEMAE 28/07/2011 – pg. 05
Conselho Escolar - Ata Eleição 19/03/2012- Biênio 2012 à 2014 Livro Ata pg. 91
Distância do Colégio do NRE: 40 km
Localização: Zona Urbana
Site do Colégio: http://www.jznpedrosouza.seed.pr.gov.br/
E-mail: [email protected]
2.2 MAPEAMENTO DA ESCOLA
16
12
2.3 HISTÓRICO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino
Fundamental e Médio foi construído pelo governo do Estado do Paraná na gestão do
Excelentíssimo Senhor Doutor Emílio Hoffman Gomes em convênio com o DEDE-
FUNDEPAR e pela prefeitura do nosso Município, tendo como Prefeito na época o
Exmo. Sr. Orlando Sales Striquer.
O nome do Colégio foi dado em homenagem ao ex-Governador, Professor
Pedro Viriato Parigot de Souza, que liberou e deixou disponível a verba para sua
execução. Pedro Viriato Parigot de Souza, foi governador do Paraná de 1971 a 1973
e faleceu no exercício do cargo, vítima de um câncer.
Os cursos de 2º Grau que o referido Colégio ofertou iniciaram suas atividades
em 07 de março de 1964, no prédio da Escola Estadual Joana H. M. Borba, onde
permaneceu até o ano de 1976. O primeiro a ser criado foi o curso Normal de Grau
Colegial “Dr. Vicente Machado”, pelo Decreto Nº 14189/64 e, ainda, o Colégio
Comercial de Jataizinho, criado pelo Decreto Nº 3547/66 e autorizado a funcionar
pela Portaria Nº 7019/66.
Em 1977 começou a funcionar a Escola Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza
– Ensino de 1º Grau, criada pelo Decreto Nº 4261/77, que reorganizou os
estabelecimentos e criou o Complexo Escolar Frei Timóteo no Município de
Jataizinho. A partir daí, os cursos de 2º Grau passaram a funcionar todos juntos na
nova escola.
Em 1979, com o Parecer Nº 034, foi aprovado o Projeto de implantação de
Ensino de 2º Grau, resultante da reorganização do Colégio Comercial Estadual de
Jataizinho e da Escola Normal Colegial “Dr. Vicente Machado” com habilitação plena
de Contabilidade e Magistério, bem como a habilitação Básica em Química.
O Curso Básico em Química foi implantado com o Parecer Nº 034/79,
autorizado a funcionar pela Resolução Nº 1258/81, reconhecido pela Resolução Nº
3658/83, e em 1985, começou a ser extinto por falta de alunos.
Com a resolução Nº 1258/81 foi autorizado a funcionar o Colégio Professor
Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da
reorganização da Escola Normal Colegial Estadual “Dr. Vicente Machado”, do
Colégio Comercial de Jataizinho e da reunião da Escola Professor Pedro Viriato
13
Parigot de Souza – Ensino de 1º Grau, começando assim a implantar a Lei Nº
5692/71. O Plano de Implantação da Lei Nº 5692/71 – Ensino de 1º Grau foi
aprovado com o Parecer Nº 052/77. O Ensino de 1º Grau desta escola não teve
existência legal antes da vigência desta Lei.
A Resolução Nº 3658/83, reconheceu o curso de 2º Grau – Regular na
habilitação plena de Contabilidade e Básica em Química.
A denominação da Escola foi oficializada pela Resolução Nº 628/83 que
passou a ser Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensinos de 1º
e 2º Graus.
A Resolução Nº 3594/85 prorrogou o período de autorização do curso de
Magistério. O reconhecimento da habilitação do Magistério foi feito pela Resolução
Nº 4112/86, que integrou o reconhecimento originalmente declarado pela Resolução
Nº 3658/83.
Foi autorizado o funcionamento de uma classe especial – Deficiente Mental
com a Resolução nº 2213/88, e uma Classe Especial – Deficiente Auditivo com a
Resolução nº 3726/88, que transformou a instituição em um Centro de Atendimento
Especializado.
O sistema de Avaliação vigente a partir de 1994 foi aprovado com Ato
Administrativo Nº 4194.
A Resolução Nº 168/94 autorizou a prorrogação das Classes Especiais de
Deficiente Mental e do Centro de Atendimento Especializado de Deficientes
Auditivos.
Em 1990 foi criado no colégio mais uma Classe Especial na área de
Deficiência Mental com a Resolução Nº 2981/90. Foi, também, autorizado o
funcionamento de um Centro de Atendimento Especializado na Área de Deficiência
Visual com a Resolução Nº 1025/90.
A Prorrogação por cinco anos a partir de 1993 das quatro primeiras séries do
Ensino de 1º Grau foi amparada pela Resolução Nº 327/93.
A Instrução Conjunta Nº 02/90 deliberou a duração do Curso de Magistério
para quatro anos, com carga horária de 4104 horas/aula, para o período diurno que
funcionava no Colégio.
14
Foi autorizado a partir do ano letivo de 1994 o funcionamento da 4ª Série da
Habilitação Técnico em Contabilidade, com a Resolução Nº 1543/94. O Colégio,
então, passou a expedir o Diploma de Técnico em Contabilidade no final da 4ª Série.
O Curso de Educação Geral foi implantado a partir da Resolução Nº 6103/93
para que tivesse início no ano letivo de 1994.
O projeto de implantação do CBA – 4 anos, Ciclo Básico como um
prolongamento do tempo de Alfabetização, foi autorizado a partir de 17 de abril de
1998, pelo Parecer Nº 132/98.
Foi cessada a autorização de funcionamento de forma gradativa, obedecendo
ao cronograma, dos cursos: Habilitação Auxiliar / Técnico em Contabilidade, sob
Resolução Nº 2278/97, Habilitação Magistério pela Resolução Nº 2044/97.
Ficou autorizado o funcionamento de uma Sala de Recursos, Área de
Deficiência Mental e Distúrbio de Aprendizagem, pela Resolução Nº 948/99.
Através do Ato Administrativo Nº 325/98, considerando a Lei Nº 9394/98,
Deliberação Nº 003/98 – CEE e Resolução Nº 3120/98 DG/SEED, mudou-se a
nomenclatura do estabelecimento, que passou a ser denominado Colégio Estadual
Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino Fundamental e Médio.
A Resolução Nº 274 de 01/02/02, tratou do processo de municipalização do
Ensino Fundamental, passando este Estabelecimento de Ensino, a partir de
02/07/01, a ofertar somente o Ensino Médio. Com isso a nomenclatura do
Estabelecimento mudou para Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza
– Ensino Médio.
Através da Resolução Nº 2311/05, foi reconhecido neste Estabelecimento o
Ensino Fundamental – segundo segmento, passando a ofertar mais este ensino,
voltando o colégio a ser denominado Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de
Souza – Ensino Fundamental e Médio.
15
2.4 ORGANOGRAMA
SECRETARIA
EQUIPE
PEDAGÓGICA
AUXILIAR
ADMINISTRATIVO
PROFESSORES
SERVIÇOS
GERAIS
ALUNOS
COMUNIDADE
DIREÇÃO
VICE-
DIREÇÃO
16
2.5 PERFIL DA COMUNIDADE
A comunidade em que o colégio está inserido é composta principalmente por
alunos pertencentes à classe média e baixa. O êxodo rural e desativação das
cerâmicas que eram uma das atividades que mais forneciam empregos para a
população do município são responsáveis pelos problemas sócio-econômicos
existentes atualmente na comunidade. Daí advém as necessidades e expectativas
junto à comunidade escolar, compondo-se de jovens que esperam adquirir um nível
de escolaridade melhor.
O corpo docente do Colégio apresenta professores legalmente habilitados
que através de cursos de atualização e /ou capacitação introduzem as novas
metodologias e tecnologias com constante aperfeiçoamento em relação à prática
pedagógica.
O Colégio busca a democratização do ensino, comprometendo-se
radicalmente na redução da evasão e repetência tanto do 6º ao 9º anos, como no
Ensino Médio, através da implementação de recursos propostos pela SEED: sala de
recursos e sala de apoio pedagógico, bem como a recuperação de estudos segundo
a Lei de LDB 9394/96 e Regimento Escolar.
Analisando as características já mencionadas, buscamos proporcionar ao
aluno um ambiente pedagógico e cultural rico, favorecendo a melhoria da qualidade
de vida e uma participação consciente na vida social. Portanto, para atender a esta
clientela heterogênea, necessitamos de uma proposta pedagógica que lhe possibilite
a compreensão dos conteúdos, pois muitos dos nossos alunos chegam à escola
com uma bagagem insuficiente de conhecimento, devido à falta de acesso aos
recursos materiais necessários e à carência de leitura e escrita.
Apesar destas dificuldades, os alunos vêm para o colégio atraídos pela
qualidade de ensino, pois acreditam que a função da escola é a da transmissão de
conhecimento; também consideram que a Educação Pública pode melhorar e isso
não depende só deles e dos professores, mas de todo o sistema educacional.
17
2.6 MODALIDADE DE ENSINO
2.6.1 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES
Este Estabelecimento de Ensino tem por finalidade atender ao disposto nas
Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Base da Educação
9394/96, e ministrar o Ensino Fundamental (6º ao 9º anos) e o Ensino Médio (1ª a 3ª
séries), observadas em cada caso, a legislação e as norma especificamente
aplicáveis.
A partir de 2012 houve a implantação simultânea do ensino fundamental com
duração de nove (09) anos (finais), passando a ter a seguinte nomenclatura:
5ª série 6° ano
6ª série 7° ano
7ª série 8° ano
8ª série 9° ano
Obs.: Matriz em anexo.
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental de 09 anos de forma
simultânea, este Estabelecimento escolar considera como Amparo Legal a LDB nº
9394/96, Resolução no 7/2010 – CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Nacionais para o
Ensino Fundamental de 09 (nove) anos; Deliberação no 03/2006 – CEE/CEB e o
Parecer nº 407/2011.
Tem como referência pedagógica as Diretrizes Curriculares Estadual do
Paraná (DCE) que consideram os conteúdos como meios para que os alunos
possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
A organização curricular para o curso de Ensino Fundamental tem
estruturação por disciplinas, distribuídas em séries anuais respeitando as
orientações previstas na Instrução no 008/2011 – SUED/SEED.
O Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza funciona com 1033
alunos, distribuídos em três (03) turnos. No matutino com onze (11) turmas
regulares e uma (01) turma de Sala de Apoio, no período da tarde também com
18
onze (11) turmas e no período da noite com sete (07) turmas regulares e duas (02)
de formação de Docente Descentralizado.
Curso Turno Série* Turmas Matrículas
ENSINO FUND.6/9 ANO-
SERIE
Manhã 9º 2 64
Tarde 6º 3 85
7º 4 107
8º 3 101
9º 1 32
ENSINO MÉDIO Manhã 1º 4 161
2º 3 120
3º 2 79
Noite 1º 3 137
2º 2 97
3º 2 75
SALA R.
MULTIFUNCIONAIS-
S.FI.EM
Manhã 0 1 3
FORMAÇÃO DE
DOCENTE
DESCENTRALIZADO
Noite 2º 1 21
3º 1 22
Total 32 1058
Fonte: INEP Data: 31/08/2012
Obs.: alunos da Formação de Docente Descentralizado não são computados como
alunos do Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, mas sim do
Colégio Estadual Cecília Meireles de Sertaneja – PR
19
• Programa Sala de Apoio com 4 turmas assim distribuídas:
2 turmas de português com 20 alunos
2 turmas de matemática com 20 alunos
TOTAL DE ALUNOS: Nos cursos, programas e modalidades: 1058 alunos.
2.7 PORTE DA ESCOLA
Atualmente, de acordo com a classificação da SEED o porte do Colégio Estad
ual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza é classificado no nível 04 (quatro).
2.8 ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR
PROFESSOR
Os critérios utilizados para a organização das turmas e distribuição de aulas
por professor, de acordo com suas respectivas áreas, são regulamentados por
Instrução própria, normatizadas pela SEED (Secretaria de Estado da Educação).
A Resolução Nº 6007/2006, em seu Art. 2º, especifica que “A distribuição de
aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica, far-se-
á com a observância das normas e diretrizes contidas na Lei, considerando-se a
jornada de trabalho dos professores a soma das horas aula e das horas – atividade”.
A organização das turmas dá-se a partir de dados levantados em conselho de
classe, do acompanhamento da equipe pedagógica, da observação cotidiana e da
observância da equidade do número de alunos.
20
2.9 TURNO DE FUNCIONAMENTO
O horário de funcionamento do Colégio é regido de acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases Nacional (LDBN) no 9394/96 conforme artigo 24: “A Educação
básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as
seguintes regras comuns:
I – A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um
mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado
aos exames finais, quando houver.
As disciplinas são organizadas em aulas de 50 minutos.
O colégio funciona em três turnos assim descritos:
Período Matutino 7:30 às 12:00 h. – Ensino Fundamental e Médio.
Intervalo das 10:00 às 10:15
Período Vespertino 13:00 às 17:25 h. – Ensino Fundamental e Médio.
Intervalo das 15:30 às 15:45
Período Noturno 19:00 às 23:10 h. – Ensino Médio e Formação de Docente
Descentralizado
Intervalo das 20:40 às 20:50
3 OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Sistematizar a organização do trabalho pedagógico, coordenando e
acompanhando a elaboração coletiva e a execução do Plano de Ação da Escola; da
Proposta Curricular, em consonância com a LDB 9394/96 a partir das políticas
educacionais da SEED/PR, possibilitando a reflexão, o respeito do que está sendo
efetivamente proposto e implementado no processo – ensino – aprendizagem,
tornando acessível aos envolvidos no processo, o acompanhar, o avaliar, o mediar,
o investir, o articular, o coordenar o trabalho pedagógico, na forma de Projeto
Político Pedagógico, como instrumento de validação das ações e/ou
redirecionamento dos mesmos.
21
“Se sonharmos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos
violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a
qualquer possibilidade dos fatos, defende a capacidade do ser humano em avaliar,
de compreender, e escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo”.
(Freire, P. 1997, p. 58-59)
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Propiciar aos educandos um ensino de qualidade onde a justiça curricular se
apresente na forma de conteúdos prioritários e com aprendizagem
significativa, porém prazerosa, diminuindo desta forma os índices da evasão e
repetência;
b) Formar sujeito consciente de sua ação histórica na construção de uma
sociedade mais justa e humana;
c) Buscar melhores condições de vida em seus aspectos sociais, políticos,
econômicos, culturais, entre outros;
d) Instrumentalizar o sujeito, via apropriação do conhecimento, na construção de
saberes que possibilitem compreender e analisar criticamente a realidade
social, no sentido de promover ações transformadoras.
e) Intensificar a participação de todos os segmentos colegiados nas atividades
realizadas pelo Colégio para que haja articulação e integração da
comunidade escolar.
f) Refletir sobre a prática docente, avaliando os resultados obtidos e
sistematizando conclusões a respeito de forma a aprimorar seus trabalhos;
g) Possibilitar uma formação pedagógica e social, de forma que o aluno possa
atuar como cidadão e como profissional consciente e responsável pautado
por princípios da ética democrática - dignidade, respeito mútuo, justiça,
participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade;
h) Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,
integrando as diversas associações existentes (APMF, Conselho Escolar,
dentre outras), buscando caminhos para resoluções de problemas;
22
i) Contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática, fraterna e
sustentável;
23
4 MARCO SITUACIONAL
Pelo fato da educação ser vinculada a uma visão de sociedade, em que se
estabelece a diversidade de gêneros, de cultura e de conhecimento, temos, no
coletivo, as seguintes visões sobre a nossa realidade.
4.1 SOCIEDADE
A sociedade atual não é organizada de forma justa, devido às próprias
condições econômicas a que são submetidas o ser humano, às nuances do mundo
do trabalho, às diversidades culturais, dentre outros aspectos.
Pelo fato da existência do modelo capitalista, no qual estamos inseridos, as
condições acabam gerando a má distribuição de renda e consequentemente, as
diferenças exorbitantes de classe.
Todos, enquanto agentes sociais teriam o papel de amenizar as situações
de injustiças as quais nos deparamos, mas nem sempre isso acontece. Poderíamos
chegar a uma sociedade onde se tivesse a oportunidade de cumprir os direitos e
deveres de cada cidadão. Para isso, deveriam ser mantidos os seguintes aspectos:
- O respeito ao ser humano;
- A ética profissional e moral;
- Os bons costumes;
- O direito de sonhar com um futuro melhor;
- O patriotismo;
- A credibilidade nas ações humanas, principalmente em relação à
classe política.
Porém, entendemos também que deveriam ser alterados, de acordo com a
nossa visão os seguintes aspectos:
1) O Código Penal;
2) A inversão de valores, onde o errado parece ser o certo, incutidos
pelos meios de comunicação;
24
3) A falta de seriedade das autoridades;
4) A injustiça e a corrupção;
5) A política assistencialista, que acabam deseducando a população.
Percebemos então que tal como está organizada, a sociedade exige novas
posturas do ser humano. Assim, as desigualdades sociais, as dificuldades de
acesso a bens necessários à sobrevivência humana, os conflitos, a intolerância, a
individualidade e a prevalência do ter sobre o ser, se constituem como uns dos
grandes agravantes da vida humana no mundo contemporâneo.
4.2 ESCOLA
A escola surgiu da necessidade de transmitir os conhecimentos acumulados
pela Humanidade, onde no decorrer do tempo, foi assumindo um papel mais amplo,
estendendo à educação de valores e até ao “assistencialismo”.
Os saberes repassados pela escola, muitas vezes, atendem às políticas
públicas, uma ideologia de governo e na atualidade, têm-se a concepção de que a
instituição escolar deve informar e formar o aluno, o que acaba interferindo na
qualidade de ensino, devido às suas múltiplas responsabilidades.
Diante da real situação, vemos que não existe escola para todos, pois não
consegue atender às diferenças, trabalhando somente com a igualdade. Assim,
desigualdade é ignorada, o que acaba gerando a exclusão.
Nas questões emergentes da sociedade, muitas vezes a escola responde ora
de forma alheia, se omitindo e às vezes, de forma alienada, não assumindo
posições, o que acaba dando vazão para a não solução dos problemas.
Para que melhor possa atender a formação dos alunos, a escola deve
assumir a função de formar o ser humano completo: afetivo, emocional, social e
cognitivo. Se for levado em conta somente o conhecimento pelo conhecimento, não
estará sendo dada a devida importância às necessidades contemporâneas.
Assim, entendemos que o grande desafio da escola hoje é o de acolher,
oferecer e proporcionar todo tipo de condição para que quem nela entre, sinta prazer
e possa nela permanecer.
25
As metas projetadas pelo IDEB 2011 no Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato
Parigot de Souza era de 3.1, no entanto, a meta atingida foi de 3.3, portanto mais do
que a meta esperada, mas, infelizmente bem menor que a de 2009 que foi de 4.1 e
a de 2007 que foi de 3.8.
Segue abaixo, os dados obtidos quanto à aprovação, aprovação pelo
Conselho de Classe e reprovação no Ensino Fundamental e Médio.
Instituição:
Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot
de Souza. Est. Prof. Pedro Viriato Parigot
de Souza - EFM NRE:
Cornélio
Procópio
Município: Jataizinho
RESULTADO FINAL/2011
ENSINO FUNDAMENTAL
TURMA/TURNO
NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS
ARTE CIÊNCIAS ED. FÍSICA ENS. RELIG GEOGRAFIA HISTÓRIA INGLÊS LING.PORT. MATEMÁTICA
7ª série C - VESP 7 7 3 4 7 9 4 8 8
8ª série A - VESP 3 3 3 0 6 10 10 8 10
8ª série B - MAT 11 9 9 0 10 10 9 9 10
8ª série C - MAT 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ENSINO MÉDIO
26
02468
1012141618
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NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS
5ª série A - VESP
5ª série B - VESP
5ª série C - VESP
6ª série A - VESP
6ª série B - VESP
6ª série C - VESP
7ª série A - VESP
7ª série B - VESP
TURMA/TURNO
NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS
ART BIOL ED. FÍS FILO FÍS GEOG HIST INGL L. PORT. MATEM QUÍM SOCIO
1ª série A - MAT 7 8 7 7 7 12 10 9 9 12 11 9
1ª série B - MAT 5 4 4 4 5 6 5 4 4 6 5 4
1ª série C - MAT 8 9 8 7 9 8 10 6 7 9 8 9
1ª série D - MAT 9 7 8 7 8 8 9 8 9 10 10 7
1ª série E - NOT 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
1ª série F - NOT 8 11 9 8 10 9 10 11 10 10 8 10
1ª série G - NOT 12 14 12 11 14 12 14 13 12 11 11 11
2ª série A - MAT 1 1 1 2 3 1 1 1 3 1 1 2
2ª série B - MAT 4 3 3 4 4 5 5 4 4 4 3 3
2ª série C - MAT 4 4 5 4 5 5 4 5 5 4 4 4
2ª série D - NOT 12 12 11 12 12 12 12 11 11 12 12 12
2ª série E - NOT 8 9 8 9 10 10 8 8 8 9 10 8
27
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO
Instituição: Col. Est. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza
Município: Jataizinho
RESULTADO FINAL/2011
ENSINO FUNDAMENTAL
TURMA TURNO N.O
MATRÍC TRANSF REC TRANSF EXP APROV REPROV DESIST APROV CONS
5ª A VESP 43 5 6 21 9 0 7
5ª B VESP 38 0 0 10 16 0 12
5ª C VESP 40 1 2 35 1 0 2
6ª A VESP 35 0 0 29 0 0 6
6ª B VESP 38 2 0 8 4 0 24
6ª C VESP 33 0 3 2 17 1 10
7ª A VESP 0 0 0 30 3 0 3
7ª B VESP 0 0 1 10 12 0 12
7ª C VESP 36 1 6 8 13 0 9
8ª A VESP 34 4 6 13 11 1 3
8ª B MAT 34 7 4 6 11 1 12
8ª C MAT 36 7 5 18 0 0 13
02468
10121416
AR
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BIO
LO
GIA
ED
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ÍSIC
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FÍS
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G.
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ÍMIC
A
SO
CIO
LO
GIA
NÚMERO DE ALUNOS REPROVADOS
1ª série A - MAT
1ª série B - MAT
1ª série C - MAT
1ª série D - MAT
1ª série E - NOT
1ª série F - NOT
1ª série G - NOT
2ª série A - MAT
2ª série B - MAT
2ª série C - MAT
2ª série D - NOT
2ª série E - NOT
28
TURMA TURNO N.O
MATRÍC TRANSF REC TRANSF EXP APROV REPROV DESIST APROV CONS
1ª A MAT 45 4 7 13 12 3 10
1ª B MAT 46 4 4 25 6 2 8
1ª C MAT 42 0 7 17 10 2 6
1ª D MAT 43 0 5 9 10 4 15
1ª E NOT 42 5 9 6 7 16 4
1ª F NOT 38 1 4 4 11 15 4
1ª G NOT 41 3 8 4 8 15 6
2ª A MAT 44 4 11 15 3 2 13
2ª B MAT 40 5 5 9 6 4 16
2ª C MAT 42 4 14 12 4 2 10
2ª D NOT 49 3 5 6 14 18 6
2ª E NOT 45 1 1 7 10 15 12
3ª A MAT 36 4 10 12 4 2 8
3ª B MAT 39 3 13 7 0 0 19
3ª C NOT 37 9 3 9 5 8 12
3ª D NOT 40 16 4 7 9 11 9
4.2.1 DESISTÊNCIA
Os dados estatísticos quanto a resultado de aproveitamento e frequência
escolar apontam para índices de desistência ainda bastante consideráveis e que
precisam ser revertidos; sendo que a maior incidência é no período noturno.
A justificativa dos alunos para a evasão do período noturno, foi apontada
como dificuldades de conciliar escola e trabalho, alegando cansaço físico ou
horários que não permitem estar na escola (trabalho noturno ou chegam em casa
muito tarde), a gravidez precoce, constituição de novas famílias, a desestrutura
familiar, bem como problemas sociais como um todo, têm sido apontados como
fatores para a desistência.
A defasagem idade-série também é um fator importante a ser considerado,
visto que muitos dos nossos alunos param de estudar e depois acabam retornando,
quando se propõem a correção, tais alunos não se manifestam favoráveis, fazendo
promessas de que não vão parar mais ou que estão aguardando para seguir nos
29
estudos no ensino supletivo. Infelizmente pouquíssimos continuam seus estudos,
acabam por interromper ainda no 1º semestre e no ano seguinte fazem sua
rematrícula, tornando isso um ciclo vicioso. Os que seguem com os estudos são
aqueles que conseguem alguma vaga no mercado de trabalho e sentem ou são
cobrados em relação aos estudos. Ainda nosso maior desafio é fazer com que nossa
comunidade (alunos e pais) valorizem o ensino, visando um futuro mais promissor e
a garantia de oportunidade no mercado de trabalho.
4.2.2 APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO
Percebe-se, ainda, um percentual significativo de alunos aprovados por
Conselho de Classe, o que revela dificuldades dos alunos em relação à
aprendizagem e também nos apresenta dados relevantes para se pensar questões
sobre o ensino, ou melhor a quantas anda o processo de ensino e de aprendizagem,
pois que a aprovação por Conselho de Classe funciona na maioria dos casos
apenas como um investimento a mais para que o aluno permaneça na escola e
necessariamente não supre as suas reais necessidades/defasagens educacionais.
Em relação aos índices de reprovação, as dificuldades são mais acentuadas
no Ensino Fundamental.
Os professores alegam que as maiores dificuldades situam-se em torno dos
conteúdos prévios necessários à continuidade dos estudos, o que implica na
necessidade da retomada contínua dos conteúdos e na busca de intervenções
pedagógicas eficazes, que superem as dificuldades encontradas e possibilite o
avanço em relação aos conteúdos pertinentes a série.
Estes dados revelam que, a garantia do sucesso escolar - acesso pleno ao
saber sistematizado - e consequente melhoria da média acima de 6,0 em todas as
disciplinas, (sem a necessidade do parecer do Conselho de Classe), ainda é um
desafio a ser vencido pelo coletivo escolar, visto que a aprovação por Conselho de
Classe é grande, principalmente no Ensino Fundamental, mostrando que
30
precisamos repensar como esta de fato e de direito as questões referentes ao
ensino e especialmente a aprendizagem.
4.3 ALUNO
As características gerais e reais de nossos alunos não coincidem com as que
são apontadas nos livros didáticos, pois estes abordam temas voltados para uma
realidade em que as famílias são bem estruturadas, com pais unidos e bem-
sucedidos, crianças bem educadas e uma sociedade que se diz justa.
A nossa realidade em relação ao aluno consiste nos seguintes aspectos:
a) Grande parte vem de famílias desestruturadas, em que os pais são
separados, convivendo apenas com avós, tios ou responsáveis;
b) Boa parte das famílias dos nossos alunos é constituída por pessoas com
pouca instrução, com uma renda muito baixa, tendo, portanto, dificuldades
financeiras, já que o município tem médio índice de desenvolvimento humano
(IDH) - 0.73;
c) A maioria dos alunos, principalmente adolescentes e jovens, possui poucos
projetos e perspectivas de vida;
d) A maioria não tem acesso ao saber universalizado, convivendo com
poucas estruturas de acesso ao conhecimento fora da escola;
e) A maior parte pertence à classe média baixa;
f) Não têm acesso ao lazer;
g)Têm problemas de saúdes, muitas vezes, ocasionadas pela alimentação
inadequada, falta de saneamento básico, higiene e comprometimento;
h) Não possuem acompanhamento familiar constante nas tarefas escolares.
Assim, entendemos que visto à nossa realidade, reafirma-se a necessidade
de uma postura de conhecer, acolher, entender e empreender ações para que a o
aluno real, o que temos, possa se tornar o aluno ideal, o qual queremos.
31
4.4 PROFESSOR
Não há dúvida de que, deve haver um trabalho constante no sentido da
construção da identidade do professor, pois este tem um papel relevante na prática
social.
Acreditamos que a maior parte dos professores está tendendo aos princípios
da legislação, pois possuem habilitação e formação para a atuação em sua área.
Muitos possuem pós-graduação, além da graduação, e se preocupam com a
atualização constante de seus conhecimentos, participando de encontros,
seminários, fóruns, cursos, grupos de estudos, entre outros..
Embora haja a necessidade e preocupação com a formação continuada,
percebemos que ainda há a fragmentação do trabalho pedagógico, pois muitos
restringem seu trabalho apenas em sua área de conhecimento.
Visto às mudanças e exigências constantes da sociedade, alguns dos
profissionais da educação enfrentam algumas dificuldades em sua prática, tais
como:
O professor não se sente preparado o suficiente para trabalhar com a
inclusão do aluno com necessidades especiais em salas do ensino regular; pois falta
suporte na estrutura física quanto às adaptações necessárias no espaço escolar e
materiais didático-pedagógico, bem como acesso a uma formação contínua e
direcionada aos professores que atuam com os alunos com necessidades especiais,
que se encontram inclusos na sala regular;
Alguns não dominam as teorias pedagógicas recentes, o que acaba
ocasionando uma prática tradicional;
• Sente dificuldades de trabalhar atendendo à diversidade, principalmente em
relação ao aluno com dificuldades de aprendizagem;
• Muitos não desenvolvem uma postura pedagógica interdisciplinar, o que
acaba fragmentando cada vez mais o conhecimento;
• Não dominam as tecnologias recentes, usando como apoio ao trabalho
escolar, dominando apenas o básico.
32
Portanto, visto à importância do trabalho do professor, entendemos que há de
se ter a preocupação de oferecer condições de trabalho e formação continuada que
deem conta de formar o aluno apto para a vida em sociedade.
4.5 FUNCIONÁRIO
Os funcionários têm grande relevância na participação do projeto educativo
idealizado pela escola. Assim, em nossa realidade, percebemos que ainda não se
efetivou uma participação sistemática e contínua desta categoria nos ideais
propostos pela nossa instituição, principalmente em relação ao trabalho pedagógico.
De acordo com as discussões sobre a nossa realidade, chegamos às
seguintes conclusões:
• A maioria dos professores da escola alega conhecer superficialmente o
trabalho do funcionário na escola;
• Boa parte acredita ser importante que todos os agentes educativos e nessa
proposta, inclusive o funcionário, estejam inseridos na proposta de trabalho
educativo da escola;
• Nas discussões, a própria categoria afirmou se sentir valorizada, pelo fato de
poder conhecer “mais de perto” o trabalho proposto e a ser realizado na escola.
Também se faz necessário contemplar que:
• Todos os trabalhos realizados na escola, desde os de limpeza, secretaria,
cozinha, biblioteca, passando pelo processo ensino-aprendizagem, são formas de
educar, portanto, somos todos educadores.
• Percebe que os funcionários estão construindo uma participação sistemática
e contínua nos ideais propostos pela nossa instituição.
• Os agentes educativos e funcionários estão inseridos na proposta de
trabalho educativo da escola.
• Necessita de uma maior colaboração e integração de professores, alunos,
direção, equipe pedagógica, pais, funcionários e comunidade no processo de
aquisição do saber.
33
• Percebeu a necessidade de capacitações mais frequentes para os
funcionários como estímulo para seu crescimento, tanto pessoalmente quanto
profissionalmente.
Assim, como educar e formar o aluno são um processo contínuo e de
responsabilidade coletiva, há a necessidade de reafirmar a ideia da participação de
todos: direção, corpo docente, equipe pedagógica, corpo discente, funcionários, pais
e comunidade em geral, para que essa formação possa atingir em boa parte, os
objetivos a que se propõe.
4.6 DESCRIÇÃO DAS REALIDADES SOCIAIS EM QUE A ESCOLA
ESTÁ INSERIDA
O conjunto das informações aqui apresentadas refletem as diferentes
realidades existentes e possibilita identificar as carências existentes no município, no
estado e consequentemente, no país, contribuindo, assim, para a democratização da
gestão pública, através da formulação e aprimoramento de políticas educacionais
diferenciadas para questões específicas de suas populações.
4.6.1 NOSSO PAÍS
O impacto da globalização sobre a economia, a política e a cultura assume,
paradoxalmente, feições particulares em cada sociedade onde se manifesta. Assim,
ao mesmo tempo em que reduz a importância das fronteiras, tradições culturais,
legislações e instituições nacionais, a globalização favorece o aparecimento de
novas identidades e de novos desenhos institucionais, singulares a cada sociedade:
homogeneização e fragmentação são, portanto, aspectos do mesmo processo.
A firmeza com que o País vem enfrentando sucessivas crises no mundo é o
principal indício de que vivemos uma nova realidade. Hoje, essas crises trazem
34
turbulências, mas não nos afastam do rumo do desenvolvimento e das conquistas
sociais permanentes.
Nenhuma previsão catastrófica se confirmou. A moeda permanece estável, a
economia mostra sinais inequívocos de crescimento e o volume extraordinário de
investimentos estrangeiros diretos confirma a crescente credibilidade do País no
exterior.
A realidade brasileira mudou e isso não aconteceu por acidente. As grandes
transformações em nossa economia são fruto de políticas consistentes, aplicadas
com seriedade e persistência. Os processos de privatização e de integração
comercial. A estabilidade de preços. O firme compromisso em relação à disciplina
fiscal. A desindexação da economia e o aumento da competitividade da produção
doméstica. Tudo isso vem sendo realizado sem concessões a interesses
momentâneos, num ambiente amplamente democrático. Estamos no caminho do
desenvolvimento sustentável.
Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na
última década, a desigualdade n Brasil chegou ao nível mínimo já registrado no país
e a renda da metade mais pobre da população aumentou em ritmo 5,5 vezes mais
rápido que a da minoria mais rica do país.
Ainda de acordo com pesquisas realizadas entre os anos 2000 e 2010, a
renda dos 50% mais pobres no Brasil cresceu 67,93%,enquanto a renda dos 10%
mais ricos teve incremento de 10,03%. Essas pesquisas demonstram também que
os efeitos por trás da redução da desigualdade são, em primeiro lugar, o aumento da
escolaridade, e em segundo, programas sociais de redistribuição de renda.
Indicadores recentes confirmam as expectativas de crescimento econômico. A
indústria cresce, os níveis de emprego começam a reagir. Dados do IBGE registram
que a produção da indústria de bens de capital cresceu 9,4% em 2005 A indústria
em geral, nesse período, cresceu 6,8% . São números animadores.
Em agosto/2000, nossas exportações alcançaram um recorde histórico - US$
5.519 milhões. No acumulado do ano, o valor também é recorde - US$ 36.675
milhões, 18,9% acima do mesmo período do ano passado. Outro recorde é o
montante da exportação de manufaturados, de US$ 21,3 bilhões entre janeiro e
agosto deste ano, 23,1% acima do desempenho de 1999.
35
Paralelo a todas as transformações sociais. Ainda persistem graves
problemas na realidade brasileira, entre as quais a desigualdade social. No tocante à
questão educacional, entre 1994 e 1999, o percentual de crianças fora da escola
caiu de 10,9% para 4,5% e o número de matrículas no ensino médio cresceu 59%. A
distribuição de livros didáticos, que atendia 5,5 milhões de alunos em 1995, passou
a atender, em 1999, a 33,5 milhões de estudantes.
Na Saúde, a mortalidade infantil vem caindo consistentemente, ano a ano,
reduzindo de 39.6, para 35,6 por mil nascidos vivos, em 1999, mas ainda acredita
que deveria haver maiores investimentos no país, principalmente na área social,
para ampliar o acesso da população à saúde, à educação, à segurança, à habitação
e ao saneamento.
Nosso país ainda tem pela frente o desafio de por em prática um projeto de
desenvolvimento sustentado, concebido com realismo, mas com a ambição de
transformar profundamente a realidade brasileira, reduzir a pobreza e melhorar a
qualidade vida do cidadão brasileiro. É um desafio que se coloca para todos nós,
inclusive educadores. Está nas nossas mãos, nas mãos de cada um, construir os
resultados.
4.6.2 NOSSO ESTADO
O Paraná tem um território de cerca de 200.000 km² e possui uma população
aproximada de 10.439.601 milhões de habitantes (de acordo com o censo de 2010).
A economia paranaense, de acordo com dados de 2007, apresenta um PIB (Produto
Interno Bruto) de R$ 161.582.000 (ranking da 5ª economia brasileira).
Em relação à expectativa de vida dos habitantes do estado do Paraná, a
estimativa é de 74 anos, aproximadamente, com mortalidade infantil de 17,9 dos
nascimentos e analfabetismo de 6,6 %.
A população do Paraná é composta bascamente por brancos, negros e
indígenas. No Brasil colonial, os colonizadores espanhóis foram os primeiros a
iniciar o povoamento no território paranaense. Os Portugueses e seus descendentes
são a maioria da população do estado. Existe também uma grande e diversificada
36
população de descendentes de imigrantes, tais como italianos, alemães, poloneses,
ucranianos, japoneses e árabes. Há também minorias de imigrantes neerlandeses,
coreanos, chineses, búlgaros, russos, franceses, austríacos, chilenos, noruegueses,
argentinos e muitos outros.
Segundo dados da pesquisa nacional por amostra de domicilio (PNAD), a
população paranaense está composta por branco (77,24%), pretos (2,84%, pardos
(18,25%), amarelos (0,92%) e indígenas (0,33%).
Entre as atividades econômicas desenvolvidas no Paraná destacam-se a
agricultura e a pecuária, além de um setor industrial em franca expansão. Os
principais
produtos agrícolas do estado são: a cana-de-açúcar,o milho, o café, a mandioca, o
trigo, o algodão e a laranja.
É entendimento corrente e elege como pressuposto basilar que o fator
vertebrador de toda a estrutura paranaense é o agronegócio, o qual mostra como
principal potencialidade de desenvolvimento e foco central de atenção para todas as
considerações que discorram sobre a realidade regional. No que diz respeito à
pecuária, o Paraná conta com grande rebanho de bovinos e está sempre entre os
principais criadores brasileiros de suínos, especialmente nos centros sul e leste do
estado. São ainda significativas no Paraná, a produção de casulos do bicho-da-
seda, ovinos, mel e cera de abelhas.
No rastro da tendência nacional, o Paraná se estrutura espacialmente
segundo uma diretriz de concentração urbano industrial. Polarizado em primeira
ordem por uma metrópole regional, onde predominam os setores secundário e
terciário, o espaço paranaense se distribui em microrregiões urbanas discretas.
Dentro da lógica da centralidade, observa que a base local, as médias e
pequenas cidades, têm sua vida construída sobre a atividade rural. Este caráter de
uma estrutura urbana fortemente alicerçada na agricultura pressupõe que, no
Paraná, o rural é maior que o agrícola, porquanto envolve o urbano.
Embora o censo aponte uma população residente urbana de 81 % contra uma
rural de 19 %, é inegável o reflexo da dinâmica rural sobre a estruturação das
cidades paranaenses. Isto ocorre não só quanto ao fator impulsionador da
economia, mas também quanto a seus reflexos negativos.
37
A desestabilização econômica da população do meio rural gera uma corrente
migratória, originária no campo, que por um processo escalar ganha as pequenas
cidades, as médias e finalmente a metrópole. Esse processo vem se acentuando,
produzindo um inchaço das cidades pelo afluxo migratório de um contingente
populacional sem recursos e sem qualificação para o trabalho urbano. Este
fenômeno produz as contradições que levam a um quadro de desagregação social.
No entanto, com o intuito de amenizar o êxodo rural, o governo tem lançado
programas de incentivo à agricultura familiar.
Os indicadores censitários apontam para as deficiências de saneamento
básico, habitação, emprego, segurança, educação e outras do espaço social em
praticamente todo o concerto urbano estadual.
Nessa perspectiva, a escola, enquanto instituição formadora deve construir
uma base curricular que possa formar pessoas críticas, conscientes e capazes de
empreender ações que possam viabilizar as transformações que se fazem
necessárias para uma nova realidade social.
4.6.3 PERFIL DO NOSSO MUNICÍPIO
De acordo com os dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – (Censo 2010), a população de nosso município gira em torno de 11.875
habitantes, sendo 93% na zona urbana e 7% na zona rural. Os dados educacionais
de nosso município são apresentados nas tabelas a seguir:
38
39
Obs.: A taxa de reprovação e de abandono são extremamente preocupantes.
De acordo com IBGE de 2009, 25% da população vivia em situação de
pobreza em função de ter uma renda per capita de até ½ salário mínimo,
provavelmente por haver somente 1.609 empregos no município conforme aquela
mesma referência.
4.7 A ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES
NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICA – PRÁTICA
Desde o início da efetivação da educação sistematizada no Brasil, discussões
têm sido feitas no intuito melhorar a sua qualidade. A Declaração de Jomtien de
Educação para Todos (1990), a qual o Brasil é signatário, é um marco internacional
e se constitui numa referência ao colocar a política educacional, a política social e o
desenvolvimento como elementos fundamentais na construção de uma sociedade
democrática e justa.
40
A educação é um direito social e não uma questão de mercado. A educação
enquanto organizadora e produtora da cultura se produz por meio de relações
mediadas pelo trabalho, entendendo trabalho como produção material e cultural de
existência humana. Para isso, a escola precisa investir em uma possibilite a
construção de conhecimentos potencializadores, de modelos de agricultura, de
novas matrizes tecnológicas, da produção econômica e de relações de trabalho e da
vida a partir de estratégias solidárias, que garantam a melhoria da qualidade de vida
dos que vivem no e do campo.
A educação deve pensar o desenvolvimento levando em conta os aspectos
da diversidade, da situação histórica particular de cada comunidade, os recursos
disponíveis,
as expectativas, os anseios e necessidades da comunidade. O currículo precisa ser
estruturado a partir de uma lógica de desenvolvimento que privilegie o ser humano
na sua integralidade, possibilitando a construção de sua cidadania e inclusão social,
colocando os sujeitos do campo de volta ao processo produtivo com justiça, bem-
estar social e econômico.
A educação para o desenvolvimento leva em conta a sustentabilidade
ambiental, agrícola, agrária, econômica, social, política, cultural, a equidade de
gênero, racial e étnica. Portanto, não são apenas os saberes construídos na sala de
aula, mas também aqueles construídos na produção, na família, na convivência
social, na cultura, no lazer e nos movimentos sociais. A sala de aula é um espaço
específico de sistematização, análise e de síntese das aprendizagens se construindo
assim, num local de encontro das diferenças, pois é nelas que produzem novas
formas de ver, estar e se relacionar com o mundo.
A educação, isoladamente, pode não resolver os problemas do campo e da
sociedade, mas é um dos caminhos para a promoção da inclusão social,
educacional e do desenvolvimento sustentável.
Dentro desta realidade e com a mudança de concepção sinalizada na Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional nº. 9.394/96, reflexo dos movimentos
internacionais pela inclusão social, aponta uma ressignificação da inclusão
educacional ampliando-se não apenas a sua abrangência - desde a Educação
41
Infantil até o Ensino Superior - bem como o público alvo a que se destina: alunos
com necessidades educacionais especiais.
As necessidades especiais dos educandos são definidas pelos problemas de
desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelos mesmos, em caráter
temporário ou permanente, bem como pelos recursos e apoios que a escola deverá
proporcionar objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem, e
compreendem:
-deficiência mental leve;
-distúrbios de aprendizagem;
-dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento;
-dificuldades de comunicação e sinalização;
-condutas típicas;
-superdotação / altas habilidades;
-obesidade, desnutrição;
-desestrutura familiar;
-baixo nível econômico.
A escola deve ser um espaço democrático, significativo e singular para
trabalhar com a diversidade humana, respeitando as limitações, percebendo as
potencialidades para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada
educando, a favor da inclusão de todos. A inclusão, antes de ser educacional é
social, portanto, é uma conquista de toda a sociedade.
Diante dessa realidade, pretendemos fazer com que todas as pessoas que
integram nossa comunidade escolar se mobilizem para a mudança da concepção de
educação especial tendo como pressuposto os direitos humanos.
Nesse contexto, nosso colégio já conta com uma parte do espaço físico
adequado a receber alunos portadores de necessidades especiais, mas, ainda
precisamos adequar alguns ambientes para melhorar a qualidade educacional.
Também sentimos necessidade de formação continuada aos professores, equipe
pedagógica e funcionários, salas de apoio pedagógico especializado, entre outros.
Em nosso colégio atendemos alunos limítrofes, condutas típicas como
transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e outros distúrbios de
42
aprendizagem e comportamentais. Porém, as adaptações curriculares e de
conteúdos, ainda não são suficientemente adequadas, mas estamos buscando
atender estas peculiaridades.
A escola está se organizando para atender a todos, sejam educandos com,
ou sem, necessidades educacionais especiais, visando um trabalho mais humano,
dentro da diversidade (respeitando os direitos das chamadas minorias sociais que se
encontram no espaço escolar e por muitas vezes, despercebidos em suas
inquietações, desejos e valorização; sejam eles: negros, diversidade sexual,
condição social e gêneros afins). Para isso, todos os profissionais que nela estão
inseridos, devem adequar às necessidades de seus alunos. A diversidade deve ser
respeitada, tendo em vista que todas as pessoas são diferentes e aprendem em
ritmos, formas e maneiras diferentes.
O primeiro passo para que a escola se torne inclusiva, é a mudança de
mentalidade de toda a equipe nela inserida, o segundo passo é a remoção das
barreiras arquitetônicas, e o último passo são as adaptações de objetivos,
conteúdos, métodos de ensino, avaliação e temporalidade, para que o educando
adquira, dentro de suas limitações, sucesso na aprendizagem e a turma toda se
beneficie dessa adversidade, criando um ambiente acolhedor, participativo e
solidário. As salas de aula jamais serão homogêneas, por isso cabe ao professor,
diversificar sua metodologia e práticas pedagógicas, para que todos tenham
oportunidade de adquirir e aprimorar seus conhecimentos, obtendo progressão nas
diversas áreas sejam elas: acadêmicas, culturais, sociais, afetivas, entre outras.
4.8 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS
Esta proposta está em plena consonância com a Constituição Brasileira,
atendendo a formação do aluno do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano e do Ensino
Médio, objetivando construir um cidadão com capacidade de pensar e interferir no
meio em que vive. É regida também pela Lei 9.394/96 de 20/12/1996, de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, bem como pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), dando-lhe integro cumprimento.
43
O Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino
Fundamental e Médio, objetiva formar o cidadão, privilegiando o ser sobre o ter.
Acreditamos que o homem para ser feliz deve ser crítico e consciente de seus
direitos e deveres, bem como capaz de expressar suas emoções, razões e
convicções. Para tanto, deve ter acesso ao conhecimento científico, para que esteja
apto a defender suas ideias, mas também desenvolver autonomia frente as
contradições da sociedade. Dessa forma, temos o intuito de formar cidadãos éticos,
solidários e com sensibilidade às diferenças, capazes de tomar decisões, elaborar
estratégias e agir no sentido da construção de um mundo melhor. É meta deste
Estabelecimento de Ensino, garantir o direito à Educação, o acesso a vaga e
permanência de cada aluno, conforme prevê a Legislação. Para isso, compete à
Escola eliminar obstáculos, ou tentar minimizá-Ios, principalmente àqueles
provenientes das condições de vida externas ou de práticas escolares internas que
possam levar à exclusão ou à evasão escolar.
Nesse contexto a escola que defendemos trata-se ao mesmo tempo de um
espaço de contradições e de enfrentamento dos problemas, tendo em vista a
transformação da realidade posta. A educação que acreditamos embasa-se na
alteridade, ou seja, na capacidade de apreender o outro na plenitude da sua
dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença; uma linha de viés crítico
ao modelo de sociedade capitalista excludente, que busca resgatar o indivíduo, de
maneira que ele possa lutar por direitos iguais para si e para o outro; enfim uma
concepção educacional sistematizada, que prioriza a compreensão dos códigos
culturais e históricos dos conhecimentos produzidos pela humanidade, associados à
construção de regras para uma boa convivência, como ferramentas imprescindíveis
na conquista da realização pessoal e social.
Com a Educação, alcança-se maior bem-estar e plenitude para os indivíduos
e para a sociedade, podendo ser agrupados assim os fins e os objetivos que lhe dão
sentido.
Almejamos uma sociedade plural, que busca a responsabilidade coletiva, da
preservação das individualidades, do respeito à diversidade e da necessidade da
natureza. Uma sociedade ética, solidária, capaz de resolver seus conflitos: uma
44
sociedade mais politizada, na perspectiva do respeito ao humano e ao natural, e
consequentemente uma sociedade mais justa, com menores diferenças sociais.
De acordo com o art. 32 da LDB o Ensino Fundamental, com duração mínima
de oito anos, é obrigatório e gratuito nesta escola pública e tem por objetivo, a
formação do ser humano, mediante:
I- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, dar artes e dos valores em que fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Art. 35 - O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração
mínima de três anos, terá como finalidade:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade as
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento;
III - o aprimoramento de educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico; e
IV - a compreensão dos fundamentos científicos - tecnológicos e dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina.
Nesse contexto, a avaliação coerente é aquela que se constitui como um dos
aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados de
aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos. Neste processo, ao
diagnosticar os resultados, recuperar os conteúdos essenciais e atribuir valor, utiliza
45
técnicas e instrumentos diversificados, que valorizam a atividade crítica, a
capacidade de síntese e a elaboração pessoal.
Define assim a qualidade da escola pública que almejamos: o projeto
político-pedagógico, enquanto elemento da gestão democrática; o princípio do
trabalho e da tecnologia entendida como construção histórico-social, integrado ao da
ciência e da cultura; e o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem,
priorizando a mediação em sala de aula (ao problematizar, mobilizar, inovar e junto
com os alunos sistematizar o conhecimento visando uma mudança significativa da
prática social a curto, médio e longo prazo).
Desta forma, o Colégio Estadual Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza –
Ensino Fundamental e Médio apresenta como finalidade “(...) tornar acessível o
domínio dos princípios que estão na base da emancipação da classe trabalhadora,
quais sejam - os princípios científicos, na totalidade de relações que os determinam,
(sejam de nível econômico, cultural, ético, político, ou de qualquer outra área) -
levando os alunos à consciência crítica e a mobilização a favor da transformação da
prática social, numa perspectiva humanizadora das relações”.
Identificada a necessidade de superar os indicadores do marco situacional
esboçamos assim nosso marco conceitual: um caminho para a realimentação do
PPP, que está em contínuo processo de construção. Este caminho aponta para
princípios filosóficos que se embasam na teoria histórico-crítica dos conteúdos, em
coerência com as orientações da SEED (diretrizes e conteúdos básicos). Neste
sentido temos buscado iniciar um processo de reflexão teórico-prático, a fim de
alcançar maior concretude à dinâmica educacional.
Esta proposta encontra-se também de acordo com as normas e emanadas da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, pela qual é regida, estando
explicitadas no Regimento Escolar do Estabelecimento.
4.8.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A escola deve ser uma instituição com finalidade de dar ao educando a
formação global, visando ao desenvolvimento harmonioso de sua personalidade,
46
adotando técnicas modernas de aprendizagem, integrando ao meio, objetivando seu
crescimento e dando oportunidade de se tornar um ser humano basicamente feliz.
Por isso, a nossa instituição buscará ministrar seu ensino com base nos
princípios estabelecidos no Título II, art. 2º e 3º da Lei 9.394/96 e Capítulo III, sessão
I, Art. 206, da Constituição Federal, República Federativa do Brasil, de 1988.
Essa filosofia de Educação é resultante de uma ação educativa a nível
nacional e contempla:
“A Educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade em ideais de solidariedade humana e tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”
E ainda:
“O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios”:
I – Igualdade e condições para o acesso e permanência na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV – Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
V – Coexistência de instituições privadas de ensino;
VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização do profissional da educação escola;
VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
IX – Garantia de padrão de qualidade;
X – Valorização da experiência extra escolar;
XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
A ideia chave do trabalho de nossa instituição respalda na relação pretendida
a estabelecer com os professores, alunos e os conteúdos de aprendizagem através
47
de atividades planejadas cuidadosamente. Essas deverão ser significativas, voltadas
para os alunos e os professores deverão ter um propósito ensinar e pensar e
preparar os alunos para um futuro de resolução de problemas, de tomada de
consciência, de decisões e de aprendizagem.
Apresentamos ainda alguns eixos fundamentais da proposta de nosso
trabalho pedagógico:
• Fazer com que os conteúdos deixem de ser um fim em si mesmo e passem a ser
meios para ampliar a formação dos alunos e sua interação com a realidade de
forma crítica e dinâmica;
• Desenvolver a criatividade;
• Possibilitar a resolução de problemas;
• Relacionar o conhecimento adquirido ao cotidiano dentro de um contexto e em sua
globalidade;
Concluímos que o ensino deve ser uma tarefa onde a reflexão deve ser a
razão da escolha da rota definida, corrigindo rumos a cada passo dado. Os
mecanismos didáticos e os recursos pedagógicos ajudam, porém, sozinhos, não são
o núcleo de um ensino autêntico.
4.9 REGIME ESCOLAR – REGIME DE FUNCIONAMENTO DA
ESCOLA
4.9.1 ATO DE APROVAÇÃO
Parecer n. 047/94 datado de 28/02/94.
O Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino
Fundamental e Médio, situado à Avenida Nicola Pansardi, 325, município de
Jataizinho, estado do Paraná, pertencente ao Núcleo Regional de Educação de
Cornélio Procópio, oferta aos seus alunos serviços educacionais com base nos
seguintes princípios:
48
ART 2º - Este Estabelecimento de Ensino tem por finalidade, atendendo aos
dispostos nas Constituição Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, ministrar o segundo segmento do Ensino Fundamental e Ensino
Médio observada a legislação e as normas especificamente aplicadas.
ART 3º - Este Estabelecimento de Ensino ofertará aos seus alunos serviços
educacionais com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência no Colégio, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação.
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber.
III – gratuidade do ensino.
IV – valorização dos profissionais do ensino.
V – gestão democrática e colegiada do colégio.
VI – garantia de uma educação básica unitária.
A gestão escolar, como decorrência do princípio constitucional da democracia
e colegialidade, terá como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.
A equipe pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação
ou implementação no Estabelecimento de Ensino, das diretrizes emanadas da
Mantenedora.
Ficando então a Supervisão de Ensino, à Orientação Educacional e a
Coordenação Pedagógica a competência de elaborar, subsidiar juntamente com a
Direção:
- O Plano Anual.
- Calendário Escolar.
- Distribuição de aulas.
- Organização das classes.
- Currículo pleno.
- Assessorar e avaliar programas.
- Elaborar Regulamento da Biblioteca Escolar.
- Acompanhar o processo de ensino.
49
- Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar e outros.
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que
os mesmos cumpram suas funções.
Os componentes dos Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de
manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento de
Ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela
subordinado.
Quanto a organização dos cursos, sua estrutura e funcionamento, o
Estabelecimento de Ensino manterá o Ensino Fundamental – 2º segmento com
duração de 4 anos, no período matutino e o Ensino Médio no período matutino e
noturno com duração de três anos e formação mista.
4.10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
4.10.1 CURRÍCULOS E PROGRAMAS
O Plano Curricular da Escola será elaborado no coletivo com vista à busca
dos conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares.
4.10.2 VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
4.10.2 .1 AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um processo contínuo, realizado de forma que dê
condições de diagnosticar o nível de aprendizado, as dificuldades dos alunos para
atingir os níveis esperados de conhecimento, a necessidade ou não de mudanças
metodológicas e a possibilidade ou não de promoção do aluno. Ou seja, deve ser
um processo que permita saber se o colégio está, na sua ação pedagógica, na
50
direção e ritmo corretos, no sentido de atingir seus objetivos, quanto ao grau de
qualidade da educação exercida e sua adequação aos interesses e necessidades
dos alunos. Assim sendo, o processo de avaliação deve ser visto como um estímulo
e uma orientação constante que conduza ao aprimoramento cada vez maior da ação
educativa do colégio, conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
Este processo inclui os seguintes aspectos ou fases:
avaliação diagnóstica inicial, que indica a realidade da qual se deve partir e que dê
subsídios para conhecer as necessidades dos alunos na disciplina em que está
sendo avaliado;
avaliação contínua, visando retomada de conteúdos, paralelamente à sequência
do programa;
seleção dos meios, metodologias, estratégias e atividades que permitam avançar
de maneira mais segura e rápida, de acordo com as necessidades das turmas;
a avaliação será estruturada como parte integrante do processo pedagógico e
educacional, não se limitando a ser apenas um instrumento de quantificação que se
aplica no final do processo, mas sim de construir um recurso para acompanhar o
desenvolvimento da aprendizagem.
Em síntese, a avaliação quanto aos conteúdos conceituais deve ser contínua
e permitir que se identifique o desempenho quanto ao domínio e utilização dos
conceitos, categorias, informações, dados, etc. Para tanto, o professor pode
utilizar diversos métodos, estratégias, instrumentos, de acordo com a
necessidade, situação, para avaliar e registrar o processo de ensino
aprendizagem, além dos habituais testes escritos e orais: realização de pesquisas,
debates, elaboração e interpretação de textos, observações, conversas, relatórios,
exercícios e auto-avaliação. È importante observar, ainda, que para uma avaliação
eficiente deve-se incluir, também, tarefas escolares contextualizadas com a
realidade do mundo e, especialmente, do cotidiano dos alunos.
Nessa perspectiva, a avaliação da realidade escolar, quanto ao processo
ensino-aprendizagem, deve ser feita de forma que ofereça subsídios para tomadas
de decisões quanto ao direcionamento das intervenções, sejam elas de
natureza pedagógica, administrava ou estrutural. Ou seja, todos os aspectos e
51
dimensões da escola e do processo ensino-aprendizagem são, num momento ou
noutro, objeto de avaliação. Para tanto, há que se ter sempre em mente as funções
da avaliação (Formativa e Somativa, Classificatória e Diagnóstica) e sua utilização
de maneira responsável e justa, para assegurar os princípios democráticos de
universalização, acesso, permanência e sucesso do educando e da escola.
Para melhor entendimento nesse sentido, recomenda-se aos professores
que se mantenham informados, consultando sempre o Regimento Escolar em
vigor, onde é apresentado um detalhamento do sistema de avaliação.
Quanto ao registro das avaliações, preconizam-se os seguintes critérios:
Independente periodicidade e métodos utilizados, os registros dos resultados
devem ser bimestrais, em fichas individuais próprias para tal, conforme previsto no
Regimento Escolar;
No Ensino Fundamental de /6º ano a /9º ano e no Ensino Médio, os resultados
devem ser registrados através de notas de 0 a 10.
Os pais ou responsáveis serão comunicados bimestralmente, através de
boletins de aproveitamento com notas, da situação escolar e providências
necessárias no processo ensino aprendizagem, uma vez que representam
componente importante na evolução da educação, desde que se envolvam
efetivamente no processo. Esse é um dos anéis ainda fracos nessa corrente,
especialmente na escola pública, razão porque deve merecer mais atenção e
esforço a sensibilização dos pais sobre a importância que podem exercer no
aprendizado de seus filhos e incorporá-los cada vez mais ao processo.
4.10.2.2 CRITÉRIOS DIFERENCIADOS DE AVALIAÇÃO PARA
ALUNOS INCLUSOS
No caso de alunos inclusos (egressos da Educação Especial) ou aqueles que
apresentam problemas de aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitam
de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de
aprendizagem na classe comum (alunos de salas de Recursos), hiperativos,
52
disléxicos, surdos, deficientes visuais, físicos (paralisia cerebral) e outros distúrbios
e dificuldades de aprendizagem, que frequentam o estabelecimento de ensino, tem-
se a esclarecer que os mesmos necessitam de avaliações com critérios
diferenciados, considerando suas especificidades.
Assim, os enunciados devem ser claros, reduzidos, precisos e de vocabulário
acessível, em suas proposições, bem como um tempo diferenciado e avaliações
orais quando necessário, para os casos de dislexia, hiperatividade entre outros.
4.10.2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS/ RECUPERAÇÃO
PARALELA
A Recuperação de Estudo de forma paralela será oferecida em
conformidade com o regimento escolar e de acordo com as regras
normatizadas pelas leis de instâncias educacionais superiores.
No Art. 73, da LDBEN, especifica-se que “a recuperação é um dos
aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o
aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos”. E ainda, no Art. 74, da mesma
lei, determina que “para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada
Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo”.
A recuperação de estudos, de acordo com a legislação vigente, será
planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino,
além de se adequar às dificuldades dos alunos.
Na recuperação de estudos, o professor deverá considerar a
aprendizagem do aluno no decorrer do processo e, para aferição do bimestre,
entre a nota da avaliação e a da recuperação, prevalecerá sempre a maior.
As formas assumidas para a efetivação da Recuperação Paralela poderá ser
através de pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, revisão de conteúdos
e avaliação ou formas próprias adotadas pela escola, obedecidas às normas
estabelecidas em lei.
53
Será planejada constituindo um conjunto.
O professor considerará a aprendizagem no decorrer do processo.
Será ofertado as oportunidades possíveis para que o mesmo resgate os
conteúdos não aprendidos.
4.10.2.4 CONSELHO DE CLASSE
Conselho de classe: instância formada pelo grupo de professores, direção e
equipe pedagógica, resultando de toda a ação proposta pela escola em torno do
trabalho com os conteúdos, metodologias e avaliação. Deve ter como prioridade a
discussão e a busca de soluções em torno das dificuldades dos professores e
alunos no processo de ensino e aprendizagem.
O regimento escolar deste estabelecimento de ensino destaca em seu artigo
Art. 37 que “O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe
do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-
aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada
caso”.
Ainda determina no Art. 41 que “O Conselho de Classe reunir-se-á
ordinariamente em cada bimestre, em datas previstas no calendário escolar e,
extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir”.
As atribuições do Conselho de Classe estão especificadas no Regimento
Escolar da Instituição de Ensino, bem como as formas de registros pertinentes a
essa ação pedagógica.
4.10.2.5 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
A Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
54
compatível com a idade, experiência e desenvolvimentos adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
_ por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
_ por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
_ independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar
o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige
as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
_ organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
_ proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
_ comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
_ arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
_ registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Reclassificação é o processo pela qual a escola avalia o grau de
desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com sua
experiência e desempenho, independente do que registre o seu Histórico Escolar.
Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior a
anteriormente cursada.
4.10.2.6 PROMOÇÃO
55
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. É vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-
Pedagógico.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento
do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o Estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A
recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação de
estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
56
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas
durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de
Classe. O resultado decorrente da recuperação preponderará sobre o decorrente do
período letivo, desde que o aluno tenha conseguido melhor aproveitamento.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclusão,
para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, conforme calculo
aritmético abaixo, serão considerados aprovados ao final do ano letivo:
M.A. = 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
_ frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
_ frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. Os resultados obtidos
pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema
informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.
57
4.10.2.7 DEPENDÊNCIA
A matrícula com dependência é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo
aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subsequente e concomitantemente às séries seguintes.
Será oferecido apenas aos alunos oriundos de outros estabelecimentos, que
aqui vierem transferidos. Aos alunos já matriculados no Estabelecimento, não será
oferecida esta possibilidade da Progressão Parcial, por decisão do Colegiado que
entende que os alunos não terão um melhor aproveitamento ficando em
dependência, pelo contrário, ocorrerá o acúmulo de conteúdos, o que se tornará um
obstáculo maior, não proporcionando estímulos para avançar.
4.10.2.8 TRANSFERÊNCIA
É a passagem do vínculo do aluno onde se encontra regularmente
matriculado para outro, e será de acordo com as exigências:
- O período adequado para concessão será aquele que ocorre entre o término de
um ano letivo e outro.
- O estabelecimento de origem tem o prazo de trinta dias improrrogáveis, a partir
da data do requerimento de transferência para a expedição da mesma.
- O recebimento da transferência será observada as normas contidas no
Estabelecimento.
4.10.2.9 MATRÍCULA INICIAL
- Matrícula é o ato formal que vincula o educando a este Estabelecimento de
Ensino:
- Requerida pelo aluno.
58
- Exigência de documentos.
4.10.2.10 MATRÍCULA RENOVADA
A renovação da matrícula far-se-á mediante manifestação expressa dos pais
e/ou responsáveis pelos alunos, na época prevista pelo Estabelecimento de Ensino
e obedecidas às normas determinadas pela legislação.
4.10.2.11 FREQUÊNCIA
Será obrigatória a frequência do primeiro ao último dia do ano letivo.
4.10.2.12 REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR
O encaminhamento dos processos de regularização da vida escolar é
responsabilidade do Estabelecimento que detiver matrícula do aluno mesmo nos
casos de transferência com irregularidade.
4.10.2.13 CALENDÁRIO ESCOLAR
Calendário escolar, horários letivos e não letivos.
O calendário escolar ordena o tempo, prevê os dias letivos e não letivos, as
férias, os períodos escolares em que o ano se divide os feriados cívicos e religiosos,
os períodos para reuniões técnico-pedagógicas, cursos e projetos, conselho de
classe e eventos a serem realizados pelo estabelecimento.
59
O Calendário Escolar deve estar embasado na LDBEN nº 9394/96, a qual
determina o mínimo de oitocentas (800) horas anuais, distribuídas por um mínimo de
duzentos (200) dias de efetivo trabalho escolar.
A todo ano letivo, quando da elaboração do Calendário Escolar, seguindo as
normas e leis estabelecidas para esse fim, o mesmo consta de arquivo na escola,
ficando disponível a consulta quando assim o exigir.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL PROF. PEDRO VIRIATO PARIGOT DE SOUZA
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias); replanejamento (01 dia);
reunião pedagógica (01 dias) – Delib. 02/02-CEE
60
Janeiro Fevereiro Março
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 2 3
1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 22
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24
22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31
29 30 31
01 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval
Abril Maio Junho
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2
8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23
29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
6 Paixão 01 Dia do Trabalho 07 Corpus Christi
10 Formação Continuada 28 a 31 Semana Cultual 01 Semana Cultual
21 Tiradentes
Julho Agosto Setembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 1
8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 19
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22
29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29
30
07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência
11 Formação Continuada
Outubro Novembro Dezembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 1
7 8 9 10 11 12 13 19 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 12
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22
28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 31
10 - Feriado Municipal 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
12 N. S. Aparecida 15 Proclamação da República 25 Natal
15 Dia do Professor 20 Dia Nacional da Consciência Negra
61
Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes
Janeiro 31 janeiro/férias 30
fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15
julho 18 dez/recesso 12
Replanejamento dezembro 12 outros recessos 3
Formação Continuada Total 68 Total 61
Início/Término
Planejamento
Férias 1° Semestre 100 dias Letivos.
Recesso 2° Semestre 101 dias Letivos.
Semana Pedagógica Total: 201 dia Letivos
Formação Continuada SEED e NRE
Semana Cultural Jataizinho, 28 de novembro de 2011.
Feriado Municipal
Conselho de Classe/ Reunião Pedagógica
4.10.2.14 REGISTRO, ESCRITURAÇÃO E ARQUIVOS ESCOLARES
A escrituração e o arquivamento de documentos escolares tem como
finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação.
Os atos escolares serão registrados em livros próprios.
A incineração consiste no ato de queima dos documentos que, após cinco
anos, não necessitem mais permanecer em arquivos.
Caberá ao Diretor e Secretário a responsabilidade por toda a escrituração e
expedição de documentos escolares, bem como a autenticação dos mesmos, pela
oposição de suas assinaturas
4.10.2.15 DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E SANÇÕES DA
COMUNIDADE ESCOLAR
62
A comunidade escolar é constituída pela Equipe de Direção, Pedagógica,
Administrativa, Pais ou Responsáveis e alunos regularmente matriculados no
Estabelecimento de Ensino.
Além das atribuições legais todos terão direitos, deveres e sanções de acordo
com a previsão na legislação e normas previstas por lei e pelo Estabelecimento de
Ensino.
4.10.2.16 DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Este Estabelecimento de Ensino não admitirá a figura de aluno ouvinte.
Prevê o uso de uniforme para o período diurno e vespertino, sendo obrigatório
camiseta branca e calça azul marinho com emblema do colégio e no período
noturno, somente a camiseta branca com emblema do colégio. Os casos omissos no
presente Regimento Escolar, quando assim forem considerados serão resolvidos
todo início do ano letivo.
O presente Regimento Escolar poderá ser modificado sempre que o
aperfeiçoamento do processo educativo do estabelecimento assim o exigir, sendo as
modificações procedidas pelos órgãos competentes da Secretaria da Educação.
4.10.2.17 INCLUSÃO DE ALUNOS
A oferta e atendimento educacional aos alunos com necessidades
educacionais especiais na escola vem sendo orientados de acordo com a legislação
vigente, com destaque aos documentos:
Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, No 9394/96 – Capítulo V –
Art. 58, 59 e 60.
Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica –
Parecer No 17/01 – CNE e Resolução CNE No 02/01.
Deliberação No 02/03 – CEE.
63
Diretrizes Curriculares da Educação Especial.
Os aspectos referentes às mudanças nas práticas educacionais dizem
respeito a todos os que trabalham na escola, entendidos como agentes educativos,
de modo a promover a igualdade de oportunidades e a valorização da diversidade
no processo educativo.
Para tanto, a escola tem adequado o espaço físico, com rampas de
acesso, corrimões, alargamentos das portas e suporte de apoio nos sanitários.
Quanto à implementação dos serviços e apoio especializados, ainda não
ocorreu neste Estabelecimento.
Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais,
alunos egressos da educação especial ou de sala de recursos de 1o ao 5o ano, e
ainda aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico
significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou Deficiência Intelectual (DI) e
Transtornos Funcionais Específicos (TFE) são atendidos em sala de ensino regular,
pois a escola não possui espaço físico para a implantação da Sala de Recursos.
Os professores traçam estratégias na participação e aprendizagem desses
alunos, tendo como prática a flexibilização e adequação curricular na adoção de
metodologias de ensino.
A escola atende alunos oriundos da zona rural, considerando o conhecimento
empírico que as pessoas desse meio possuem, e ao mesmo tempo ampliando seus
conhecimentos de modo teórico.
Ela deve levar em conta as diversidades implícitas em cada região, bem como
levar os alunos desse meio a valorizar, preservar suas raízes e discutir criticamente
as questões problemáticas locais para melhorá-las.
4.11 FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA
Ao construir o Projeto Pedagógico há que se situar a escola dentro de uma
linha filosófica que servirá de base teórica e orientará a prática escolar. Quando se
colocam como metas a transformação, a qualidade de ensino, o aluno com
64
consciência crítica, o desenvolvimento da cidadania, a oportunidade de reflexão das
ideologias, os avanços tecnológicos, a Pedagogia Histórico-crítica está
implicitamente sendo aplicada.
Sendo assim, a educação será uma “mediação” pela qual o aluno, com a
“intervenção” do professor e por sua própria “participação” ativa, passa a ter uma
visão sintética, organizada e unificada do saber, elaborando um processo de
aprendizagem onde alunos e professores serão ensinantes e aprendizes.
Os conteúdos não mudarão, mas o aluno aprenderá determinado
conteúdo e o reavaliará criticamente, de forma que o professor fará a conexão do
conhecimento prévio do aluno ao saber mais elaborado, criando uma ponte que faça
com que o aluno alcance tal saber.
Os métodos partirão da experiência do aluno, os elementos novos serão
trazidos pelo professor e aplicados criticamente à prática do aluno. Além disso, o
professor não buscará apenas satisfazer as necessidades e carências dos mesmos;
mas despertará outras necessidades e exigirá o esforço do aluno.
Desta forma, o ensino estará voltado para a interação conteúdos –
realidades sociais, visando avançar sempre em termos de articulação política,
tecnológica e pedagógica.
4.12 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Na organização curricular para os anos finais do Ensino
Fundamental consta:
I – Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de: Arte, Ciências,
Educação Física, Geografia, História, Matemática, Língua Portuguesa e de uma
parte diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna (Inglês);
II _ Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do
estabelecimento, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil;
III – História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
65
Enfrentamento à Violência, Música e Direito da Criança e do Adolescente (ECA),
como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo em todas as disciplinas;
IV – Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História:
V – Conteúdos de Geografia do Paraná na Disciplina de Geografia.
O Ensino Médio tem sua organização da seguinte forma:
I – Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte,
Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa,
Matemática, Química, Sociologia e de uma parte diversificada constituída por Língua
Estrangeira Moderna (Inglês);
II – História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
Enfrentamento a Violência, Música e Direito da Criança e do Adolescente (ECA),
como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo em todas as disciplinas;
III – Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História:
IV – Conteúdos de Geografia do Paraná na Disciplina de Geografia.
Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta
Pedagógica Curricular, conforme orientações da SEED.
4.13 NORMAS DE CONVIVÊNCIA E TRATAMENTO DISPENSADO
AOS PAIS E ALUNOS
Pautada pelos princípios democráticos da política de igualdade, busca-se
manter uma convivência pacifica e solidária, onde o tratamento é igual para todos,
combatendo todas as formas de preconceito, discriminação e exclusão. Entende-se
que a educação é direito de todos e que é função da escola zelar pelo cumprimento
do princípio de igualdade de acesso e permanência do aluno à escola publica,
conforme a legislação determina.
66
Todos os setores do Colégio (direção, equipe pedagógica, professores e
funcionários) entendem que o aluno é centro e o motivo do existir do
estabelecimento.
O propósito de trabalhar as diferenças de gênero, cor, religião, condições
especiais de aprendizagem, etnias, códigos culturais, são diretrizes que devem
nortear a pratica pedagógica, de modo que possa acontecer o respeito e o
acolhimento à diversidade. São valorizados também os anseios e expectativas dos
alunos, pais, professores e funcionários, de modo a respeitar o principiam da
identidade de cada um na comunidade local. Assim, atentos em oportunizar a
expressão de ideias e manifestações artísticas, trocas de experiências e opiniões,
acolhe-se a participação de todos os envolvidos na comunidade escolar.
Considerando-se a identidade do colégio, procura-se balizar esta proposta
para que atenda nossas peculiaridades: escola de periferia, com serias dificuldades
dos alunos em todos os sentidos (social, financeiros, de aprendizagem); atendendo
também as especificidades dos cursos ministrados, as séries finais do ensino
fundamental e ensino médio. Cada turno também tem as suas características e
necessidades, às quais procura-se atender da melhor forma possível, evidenciando
sua beleza e seu valor.
Quanto ao tratamento e as ações desenvolvidos para resolução de
problemas disciplinares ficam estabelecidas as seguintes condutas dos profissionais
da educação:
• Procurar sempre realizar as ações preventivas, junto aos alunos
primeiramente e depois comunicar à sua família, antes de usar das medidas
corretivas;
• Dialogar com os alunos particularmente e coletivamente, procurando
despertar o respeito mutuo, o espírito de solidariedade e colaboração, juntamente
com a participação dos envolvidos;
• Casualmente, utiliza-se da advertência verbal, orientando o aluno no
cumprimento do Regulamento Interno;
• Caso tal medida não surta o efeito esperado, registra-se em documento
próprio, solicitando a presença dos pais e ou responsáveis para que tomem ciência
dos fatos e busque a melhoria na convivência escolar;
67
• Quando as medidas de orientação descritas não surtirem efeito, ou no caso
de ocorrências mais graves, buscar-se o auxílio com os órgãos competentes como
Conselho Tutelar, Promotoria Publica, Patrulha Escolar e Delegacia de Policia,
dependendo do caso;
• Salientar a escala de valores que afetam as decisões, metas e condutas
priorizando a convivência harmoniosa e produtiva que deve acontecer entre os
envolvidos na escola.
Estas são, entre outras, as ações mais comuns da dinâmica da escola para
minimizar os problemas de relacionamento e de convivência escolar.
4.14 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
Muito debatido pelo coletivo de profissionais da educação são as
providências e procedimentos que são tomados para vencer as dificuldades
encontradas no processo ensino e aprendizagem para construir os saberes
científicos e culturais com os alunos. São levantadas alternativas de soluções, ou
seja, medidas de intervenção pedagógica que visam minimizar ou resolver situações
de dificuldades de aprendizagem. Dentre elas destacamos:
4.14.1 SALA DE APOIO
De acordo com a resolução no 208/04 SEED, com a necessidade de dar
continuidade ao processo de democratização, universalização do ensino e garantir o
acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos, o sistema de ensino
cria condições possíveis para que o direito à aprendizagem seja garantido ao aluno
matriculado na 5a série do ensino fundamental que apresente dificuldades na
aprendizagem.
Tendo como meio básico do desenvolvimento da capacidade de aprender, o
pleno domínio da leitura, escrita e do cálculo, cabe ao estabelecimento de ensino
68
prover meios para enfrentar as dificuldades de aprendizagem na leitura, escrita e
cálculo e avaliar de forma diagnóstica, contínua e cumulativa, os avanços e
necessidades diferenciadas de aprendizagem dos alunos.
Programar uma ação pedagógica para o enfrentamento dos problemas
relacionados ao ensino da Língua Portuguesa e Matemática, e as dificuldades de
aprendizagem, identificadas nos alunos matriculados na 5a série do Ensino
Fundamental no que se refere dos conteúdos de leitura, escrita e cálculo; entender o
tempo escolar dos alunos de 5a série com defasagem de aprendizagem nos
referidos conteúdos a cima são as metas da Sala de Apoio à Aprendizagem tendo
em vista o número de alunos em defasagem na 5a série.
Assim, de acordo com a Instrução 022/2009, os estabelecimentos de ensino
terão abertura automática de 01 (uma) Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua
Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a cada 03 (três) turmas de 5a série ofertadas.
Para esse cálculo, não serão consideradas as turmas do período noturno.
4.14.2 ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE APOIO
As Salas de Apoio à Aprendizagem deverão ser organizadas em grupos de
no máximo 15 (quinze) alunos; A carga horária disponível para cada uma das
disciplinas Língua Portuguesa e Matemática, será de 04 horas-aula semanais para
os alunos, acrescidas de 01 (uma) hora-aula atividade para o Professor, devendo
ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes,
sempre tendo em vista o benefício do aluno; São contempladas as disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática; Deverão funcionar em horário contrário ao qual o
aluno da 5a série está matriculado; O suprimento é preenchido por professores
habilitados nas disciplinas citadas e os professores deverão ter experiência de 1a a
4a séries; O encaminhamento do aluno para a sala de apoio, bem como a sua saída
é feita mediante descritiva realizada pelos professores de Língua Portuguesa e
Matemática, em consenso com os demais professores da turma, assessorados pela
equipe pedagógica da escola; O planejamento das atividades a serem
desenvolvidas são elaborados pelo professor responsável pela sala de apoio em
69
conjunto com os professores regentes das turmas de origem dos alunos e equipe
pedagógica; A avaliação é feita de forma diagnóstica, processual e descritiva,
fornecendo informações que possibilitem aos professores regentes, a tomada de
decisão pedagógica pela permanência ou não de, cada aluno na sala de apoio; A
equipe pedagógica acompanha o planejamento dos professores das salas de apoio,
bem como a frequência e desempenho dos alunos; O assessoramento às escolas é
efetivado pela equipe de Ensino do Núcleo Regional de Educação de acordo com as
diretrizes do Departamento de Ensino Fundamental.
4.14.3 OUTRAS FORMAS DE ATENDIMENTO
Também nas ações pedagógicas cotidianas são evidenciada intervenções
dos professores, visando desenvolver um currículo que contemple o
desenvolvimento intelectual e a autonomia do aluno, como a valorização de todas as
atividades escolares, quer seja em sala ou extraclasse. Exemplo destas
intervenções, é a orientação sobre o bom uso e a organização do caderno,
pontualidade na entrega de trabalhos, a disponibilidade de integrar-se em equipes e
colaborar, a participação como representantes do Colégio em eventos interescolares
ou intermunicipais. Alguns professores são adeptos também do recurso da
monitoria, estimulando os alunos mais aptos para auxiliar seus colegas que
apresentam dificuldades. Ressaltamos que nestas práticas mencionadas, sempre
são comunicados os pais ou responsáveis, para que participem em conjunto com a
Escola na dissolução das dificuldades de aprendizagem dos seus filhos, fazendo
assim uma parceria contando que nesta ajuda seja possível vencê-las com maior
garantia e eficiência. Aos alunos que por ventura ausentam-se da escola, esgotadas
todas as formas de informação a direção e equipe pedagógica utiliza-se da FICA –
Ficha de Comunicação do Aluno Ausente, que objetiva o combate a Evasão Escolar,
a qual geralmente, alunos em situação de risco, tal ficha é encaminhada para ao
Conselho Tutelar e depois tomadas as devidas providências de acordo com cada
caso.
70
4.14.4 INCLUSÃO
A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada
em que as escolas, enquanto comunidades educativas devem satisfazer as
necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características
pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência).
Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a
diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e
injustiça social. (SANCHEZ, 2005)
A todos os alunos que buscam a escola, são garantidos os direitos de
matrícula e permanência, já que dispomos de espaço físico e salas, sendo este o
primeiro propósito desta escola que é atender ao princípio democrático da inclusão
social, garantindo escola para todos. Aqui se inclui ainda o principio de que a
aceitação das diferenças individuais, à valorização da contribuição de cada pessoa,
à aprendizagem através da cooperação e à convivência dentro da diversidade
humana.
O papel da escola, de acordo com a legislação vigente Nacional, Estadual,
Documentos Internacionais e das Diretrizes Curriculares da Educação Especial para
a Construção de Currículos Inclusivos é o de favorecer que cada um, de forma livre
e autônoma, reconheça nos demais a mesma esfera de direito que exige para si.
Buscando o efetivo atendimento dos alunos com necessidades educativas
especiais, no ano de 2009 implantou-se a Sala de Recursos para alunos com Déficit
Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos; A escola já contava com um
professor de apoio permanente para atendimento a um aluno com Deficiência Física.
A equipe pedagógica e os professores cabem dar atendimento
individualizado aos alunos com necessidades educativas especiais, tanto no ensino
dos conteúdos quanto na avaliação, buscando diminuir suas dificuldades de
integração à turma e às atividades propostas.
71
4.14.5 ESTÁGIO CURRICULAR NÃO OBRIGATÓRIO
O Estágio Curricular não obrigatório encontra-se em anexo.
4.15 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Desde a aprovação da Lei no 10639/03 que obriga a inclusão no currículo da
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com objetivo de tratar da Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africana, que o colégio vem buscando desenvolver ações que combatam a
discriminação de origem racial, de superação das desigualdades sócio-econômicas
que atingem a população negra e comunidades indígenas. Estas ações buscam
caminhar em direção ao enfrentamento do racismo e demais formas de preconceitos
que se fazem presentes na sociedade e acabam sendo difundidos no espaço da
escola, que luta pela concretização da democracia e respeito à diversidade. Tornou-
se comum e natural, tratar a história do negro apenas na perspectiva da escravidão
e aceitar padrões culturais e estéticos que colocam a raça branca como
supostamente superior.
O colégio Pedro Viriato Parigot de Souza, a partir da composição de sua equipe
multidisciplinar no ano de 2010 e na elaboração de seu Plano de Ação, foca sua
ações que visam lançar um novo olhar para as questões étnico-raciais e que o
mundo não se resume em questões negras e brancas.
Composição da Equipe Multidisciplinar:
- ...– Pedagoga.
-...– Agente Educacional.
-... – Professora de Geografia.
-... – Professor de História.
-... – Professora de Ciências.
72
-... – Representante da Instância Colegiada.
4.16 RECURSOS
4.16.1 RECURSOS FINANCEIROS
Nossa escola é mantida pelo Governo do Estado do Paraná, recebendo
recursos da Fundepar, através do Fundo Rotativo, que tem por finalidade a
manutenção da escola, na efetivação de despesas relacionadas com as atividades
opcionais e compras de materiais de consumo, tais como gêneros alimentícios para
complementação da merenda escolar, materiais de expediente, materiais esportivos,
de limpeza, didático, material escolar, utensílios de copa e cozinha, na execução de
atividades extracurriculares, reparos no prédio e outros itens como: lâmpadas, livros,
enciclopédias, fitas de vídeo e DVDs, além de outros.
A instituição recebe o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), recurso
que visa a garantir uma educação de qualidade para todos, tendo como objetivo
principal contribuir na manutenção e melhoria da infraestrutura física e pedagógica
da instituição de ensino.
Além desses recursos, a instituição de ensino, através da APMF, lança mão
de recursos próprios, por intermédio de promoções festivas, para o complemento às
necessidades da escola, no que diz respeito às questões financeiras.
4.16.2 RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS E TECNOLÓGICOS
O colégio possui 11 salas de aula, com 40 carteiras cada uma, equipadas
com Tvs Pendrive;
As salas de aula não estão muito boas, mesmo com a reforma continua
chovendo dentro das salas, corredores e refeitório, porém elas estão sendo
73
utilizadas para atender aos educandos da melhor forma possível nos dias de chuva.
Os alunos portadores de necessidades especiais frequentam salas do ensino
regular.
A maioria das carteiras está em boas condições e são adequadas para
atender a todos. A iluminação e ventilação das salas não são perfeitas, pois sempre
há lâmpadas queimadas e faz muito calor dentro das salas de aula e os ventiladores
são insuficientes.
01 sala de Apoio à Aprendizagem para 6º anos;
01 sala de apoio `aprendizagem para o 9º anos;
Temos a necessidade de ofertar a sala de recursos, mas esta não pode ser
efetivada por falta de espaço adequado. Devido ao aumento da demanda do número
de alunos matriculados no curso de Formação de Docentes e do funcionamento da
Prática de Formação em contra turno, há a improvisação do Laboratório de Biologia
que serve como espaço para as aulas em contra turno e onde também funciona, às
vezes, a sala de apoio a aprendizagem dos alunos do 6º ano.
01 sala para Direção Geral e direção auxiliar com notebook;
01 sala para Equipe Pedagógica com 1 computador , um armário de aço e uma
estante;
01 sala para professores com dois ambientes, com computador, mesas, cadeiras,
geladeira, microondas, sofás, TV Pendrive e armários;
01 mecanografia com vários armários, computador e 02 impressoras;
01 sala para armazenamento de arquivo de documentos;
01 sala para Secretaria com 3 notebooks, 1computadores; 02 impressoras, 01
máquina de foto copiadora; 01 armário c/ servidor para rede e 01 ponto de internet
ADSL.
01 sala para armazenamento de arquivo de documentos;
01 sala de almoxarifado;
01 cantina comercial
01 Laboratório de Informática com 20 microcomputadores PRD e 10
computadores Proinfo e Internet em rede ADSL.
74
Apesar destes instrumentos enriquecedores do processo pedagógico
enfrentamos o despreparo dos profissionais docentes para lidar com essas
tecnologias.
A necessidade de uma formação abrangendo esse aspecto se faz urgente,
para que os recursos existentes possam realmente servir como aliados e
facilitadores do processo educativo.
01 Laboratório de Biologia, Química e Física;
O Laboratório de Biologia conta com o acervo de: 3 mesas de concreto com
banquetas, armários, centrifugador, compressor, estufa, equipamentos para banho-
maria, lupas, microscópios, material biológico conservado em vidros, (fetos,
embriões, animais peçonhentos), insetários, herbários, aquários, ternários, pias,
armários, centrífuga, esterilizador, vidrarias, produtos químicos, etc. Utilizados nas
aulas práticas.
Os laboratórios de informática e o de biologia possuem cronogramas para
atendimentos aos alunos, mas raramente são usados.
01 sala de armazenamento dos recursos audiovisuais com computador, mapas
variados; retro projetores; globos; Tv; vídeos cassetes; tocas CDS, 01
amplificador com potência 1800; 02 caixas de som grandes; microfones com fio; 02;
DVDs – TV escola; 01 Data Show c/ entrada p/ USB e 01 antena parabólica.
01 pátio descoberto usado como quadra de esportes com uma mesa de pingue
pongue velha onde é realizada a recreação dos alunos, mas que, infelizmente, não
possui estrutura suficiente para atendê-los. As aulas de Educação Física são
ministradas neste mesmo pátio de recreação do colégio, pois o mesmo não possui
quadra de esporte própria.
01 biblioteca com um acervo de livros de literatura, pesquisa, revistas, gibis,
mapas, mesas e cadeiras, 01 computador e 01 impressora e 01 banheiro para uso
exclusivo dos funcionários(as);
A Biblioteca está em boas condições, mas faltam recursos para a compra de
bibliografias atualizadas para enriquecimento da aprendizagem do aluno. Ela atende
com cronograma, não só os alunos matriculados no colégio, mas também a
comunidade municipal que a procurar.
01 cozinha com despensa;
75
01 refeitório pequeno, não comporta todos os alunos, alguns se alimentam em pé,
no pátio, e pouca ventilação adequada.
As medidas de higiene e limpeza atendem às necessidades da comunidade
escolar.
Enfim, ainda falta a implementação de políticas públicas para construir um
ambiente acolhedor e de qualidade ao processo educativo como um todo à nossa
escola.
01 Casa de alvenaria do zelador predial;
4.16.3 RECURSOS HUMANOS (2012)
Neste ano letivo, este estabelecimento de ensino conta com 65 funcionários
distribuídos nas várias funções que se exigem para o seu adequado funcionamento.
Os profissionais da educação estão distribuídos da seguinte forma: um
diretor, um diretor auxiliar, 5 pedagogas, 42 professores, 6 funcionários
administrativos, 12 funcionários de serviços gerais, conforme o quadro abaixo.
O Colégio Estadual prof. Pedro Viriato Parigot de Souza tem profissionais
qualificados, muitos com pós-graduação, que desempenham com eficiência sua
função. É importante ressaltar que há também a dificuldade em dispor a hora
atividade do professor em blocos de disciplina .
O colégio conta atualmente com o seguinte quadro de funcionários assim
distribuído:
4.16.3.1 EQUIPE ADMINISTRATIVA
Diretor: Reginaldo Lacerda de Matos
Diretor Auxiliar: Paulo Candido de Oliveira
Secretária: Janaína Sanches Ribeiro
76
4.16.3.2 EQUIPE PEDAGÓGICA
Dalva do Nascimento Reis
Edina Pucca Jardim
Maria Eunice Venâncio
Maria José Costellini
Cirlene Aparecida Mizael
4.16.3.3 EQUIPE DE APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
4.16.3.3.1 AGENTE EDUCACIONAL II
Arlete Venâncio de Souza
Erica Aparecida da Silva Oliveira
Helena Rafaeli de Marchi
Ivete Brandão de Oliveira Martielho
Luci Velozo Fedato
Rosa Oikawa
4.16.3.3.2 AGENTE EDUCACIONAL I
Ana Maria Pagnam de Menezes
Carmen Judith Pagnan Moreira
Ivanira Polizel
Jane Martins de Souza Tarosso
Julieta de Souza
Leonilda Aparecida Queiroz
Maria Aparecida da Silva Moraes
77
Oneide Aparecida Zamuner de Souza
Raul Cezar Sanches
Silvana Conduta
Suely Gomes dos Santos
4.16.3.3.3 AGENTE DE LEITURA
Cleusa Pereira de Lacerda
4.16.3.4 CORPO DOCENTE
Nome Disciplina
Adriana Corsino sociologia
Alberto Carlos de Camargo Geografia
Álvaro Alberto Pansardi geografia
Antonietta Gammarano Educação Física
Aparecida da Silva história
Camila Lopes Marçal de Souza Química
Cristiane Coelho Barbosa Matemática
Débora Lombardi dos Santos Educação Física
Deisimar Pavão Prado Português / inglês
Denise dos Anjos Geografia
Dilmara Furlan de Faria Português
Edilene Alves Morais Matemática
Edson Nogueira Rosa Matemática
Encarnação Cava Bernal Costelini Matemática / física
78
Iracema Cortez Ciências/química
Jorgina Lucimar dos Santos Português
Juçara Mendes Brito Matemática
Kelly Regina Queirós de Lima Artes
Kelly Rosane da Fonseca Geografia
Kleber de Marchi Matemática
Laize Cerqueira geografia
Leandro Assis dos Santos Filosofia
Luciana Aparecida de Andrade Inglês/português
Lucinéia Neves Pereira Português/inglês
Luiz Fernando Bernardino História/sociologia
Márcia Marques Matemática/ciências
Maria Aparecida Cantieri Educação Física
Maria Cristina Sanches Garcia Geografia
Maria do Carmo Bernal Martins história
Maria Geralda Muniz Corsino História
Maria José de Lima Português
Patrícia Fabiana Lemos Matemática
Paula Renata da Silva Oliveira inglês
Regina do Carmo Rodrigues Dourado Física
Rhuan Cezar Sanches Artes
Ricardo Alexandre Domingues dos Santos História
Sônia Salomão Matemática
Suzy Cristina Pelizer Português/Inglês
Tamires Helena de Lima Português/Inglês
79
Thiago Francisco César Biologia/ciências
Verônica Estela Silvestre Sociologia
Zeneide de Oliveira Lima Pereira Português/inglês
5 MARCO CONCEITUAL
Concepção de Homem, Sociedade e Mundo, Cultura, Cidadania, Educação,
Conhecimento, Escola, Ensino-aprendizagem, Avaliação, Tecnologia, Ciências,
Educação Fiscal, Inclusão, Trabalho, Cultura-Afro e Impacto Ambiental, Letramento,
Infância.
As concepções de homem, sociedade e mundo, cultura, cidadania, educação,
conhecimento, escola, ensino-aprendizagem, avaliação, tecnologia, ciências,
educação fiscal, inclusão, cultura afro e demais, norteiam os rumos que nossa
instituição quer seguir para um “projeto em educação”.
Essas visões em torno desses eixos acima apresentados constituem a
essência de nosso trabalho pedagógico e político. Num encadeamento natural e
abrangente, envolve a concepção que temos em relação ao “O QUE QUEREMOS”.
5.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,
ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é
intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não
80
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani
(1992):
“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em
lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,
transformá-la pelo trabalho”.
Considerando o homem em ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também
na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas
diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo
Santoro “... é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas
condições existenciais transcende e organiza, superando a condição de objeto,
caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui um ser histórico, faz-se necessário
compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,
antes de tudo, um ser de vontade, um ser que pronuncia sobre a realidade.
5.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DE MUNDO
Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e
a natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa,
“arredados ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa
sucessão de acontecimentos que tornaram obsoletos os conteúdos e as
práticas educativas” (Peres Gomes, 1998). E para que isso não aconteça é que
precisamos entender em que tipo de sociedade estamos inseridos.
Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma
série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas
experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas
as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas
sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e
é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo que:
81
“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,
transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do
grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e
que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”.
(Pinto, 1994). A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no
trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de
agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da
base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar ás aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente da sociedade. Que não se
trata aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constitui
historicamente.
Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado estes
quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade
heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o
tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc. – que foram exarcebadas com a aplicação
das políticas neoliberais. Uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma
ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e
fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em
termos laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalhos formais dos capitais
desenvolvidos. Essa crescente fragmentação do social que potencializarão as
políticas conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço
tecnológico e cientifico e seu impacto sobre o paradigma produtivo
contemporâneo.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto,
aquela na qual, os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe
uma possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em
todos os processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola,
no bairro, etc.).
Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia
participativa conclui que nossa convicção fundamenta-se no processo histórico
82
que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas relações entre
sociedade e o Estado uma democracia substantiva, participante, regida por
princípios éticos de liberdade e igualdade social, continua sendo um horizonte
histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.
5.3 CONCEPÇÃO DE ESPAÇO
Os conceitos relacionados ao espaço geográfico são: lugar, que é um
conceito ligado a um local que nos é familiar ou que faz parte de nossa vida, e
paisagem que é a porção do espaço que nossa visão alcança e é produto da
percepção.
A primeira definição de “espaço” foi feita pelo filósofo Aristóteles para o
qual este era inexistência do vazio e lugar como posição de um corpo entre
outros corpos. Aristóteles ignorava o homem como constituinte do espaço, contudo,
ele já considerava um aspecto importante da estrutura do espaço geográfico, a
localização. Mais tarde, outros filósofos inserem o homem como um
componente essencial para a compreensão do espaço, com ser que cria e modifica
espaços de acordo com suas culturas e objetivos ao longo do tempo. Por
último, seguiu-se a concepção filosófica de espaço proposta por Maurice
Merleau-Ponty: “O espaço não é o meio (real ou lógico) onde se dispõe as coisas,
mas o meio pelo qual a posição das coisas se torna possível.”. Todas estas são
concepções filosóficas do espaço.
Em 1970 surge uma nova concepção atrelada à geografia crítica, que tem
com base os pensamentos marxistas e para a qual o espaço é definido como
o locus da reprodução das relações sociais de produção. Nesta concepção espaço
e sociedade estão intimamente ligados. Mais tarde surge uma nova concepção
epistemológica para geografia que passa a encarar o espaço como fenômeno
materializado. Ou, nas palavras de ALVES (1999), o espaço “é produto das relações
entre homens e dos homens com a natureza, e ao mesmo tempo é fator que
interfere nas mesmas relações que o constituíram. O espaço é, então, a
materialização das relações existentes entre os homens na sociedade.”
83
5.4 CONCEPÇÃO DE TEMPO
O tempo é uma componente do sistema de medições usado para
sequenciar eventos, para comparar as durações dos eventos, os seus intervalos, e
para quantificar o movimento de objetos. O tempo tem sido um dos maiores
temas da religião, filosofia e ciência. Pode-se dizer que um acontecimento
ocorre depois de outro acontecimento. Além disso, pode-se medir o quanto um
acontecimento ocorre depois de outro. Esta resposta relativa ao quanto é a
quantidade de tempo entre estes dois acontecimentos. A separação dos dois
acontecimentos é um intervalo; a quantidade desse intervalo é a duração. O
tempo está, de fato, indissoluvelmente interligado ao espaço. Tempo-espaço é o
binômio concedido a cada criatura para o seu desenvolvimento. Contudo, o tempo
não se altera. Ele permanece parado. O que muda é a percepção que temos
dele, segundo nossa própria mobilidade.
Uma simples ação do homem serve para alterar a percepção do tempo,
mesmo que em escala reduzida. Cada pessoa processa o tempo de uma maneira
diferente. Temos um sentido do tempo diferente e nos situamos a respeito dos
eventos que marcam nossa vida ao longo do tempo de uma maneira
característica própria. Na concepção do tempo também existem diferenças
culturais.
5.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani,
“para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente,
os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação
da natureza, criando um mundo da cultura” (1992, p, 19).
Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo
o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra
literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a
84
arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais,
as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalho”.
(Sacristan,2001,p.105)
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultural. “Além disso, como sistema de significação, todo
conhecimento está estreitamento vinculado com relações de poder” (Tomas Tadeu,
1999).
É necessário considerar as colocações de Silva (1999), de que “tornou-
se lugar comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo
contemporâneo. É um fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade
conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de homogeneização cultural”.
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões
culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais
produzidas e vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais
aparecem de forma destacada as produções culturais em sua dimensão material e
não material.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de
cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais
diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas
populares de forma a produzir a cultura erudita, como afirma Saviani: “ a
mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber
espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita;
assume um papel político fundamental “.(Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e
erudita cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um
espaço motivador, aberto e democrático.
Existem diversas maneiras de se conceber a cultura, no entanto como
enfatiza Santos (1996) pode-se localizar duas concepções básicas como
norteadoras das preocupações. A primeira dessas concepções se preocupa com
todos os aspectos de uma realidade social, dessa forma, a cultura diz respeito a
85
tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação, ou grupos no
interior de uma sociedade.
Para estes, a cultura se refere às realidades sociais distintas. A segunda
concepção básica de cultura refere-se especificamente ao conhecimento, às ideias e
crenças, assim como as maneiras como eles existem na vida social. Nesse caso, a
cultura diz respeito a uma esfera, a um domínio, da vida social.
A partir dessa breve explanação, ressaltamos que não tomamos uma
definição de cultura como única, verdadeira e exata. Isto porque concebemos a
cultura como o desenvolvimento intelectual do ser humano, os costumes e valores
de uma sociedade, portanto históricos.
5.6 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade
de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania
está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando
numa de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI)
A cidadania é construída e conquistada a partir da capacidade de organização,
participação e intervenção social.
A escola deverá assim, oferecer oportunidades nas quais os alunos através do
enfoque de temas voltados à solidariedade, democracia, direitos humanos, ecologia
e ética, possam exercitar sua capacidade de organização, participação e intervenção
na vida social, construindo novas relações e consciências, atuando de forma efetiva
nos grupos sociais que constituem a sociedade em que está situado.
Cabe ao professor ativar na turma a luz da razão, para formar sujeitos
emancipados, traçando os primeiros passos para formar uma cidadania igualitária e
sem discriminações.
86
5.7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. “Educação é
fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo
tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela
própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992, p. 19).
Segundo Pinto (1994) a educação é um processo histórico de criação
do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para
benefício do homem.
É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo
constitutivo do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a
sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da
expectativa de transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio
de homem.
É libertadora porque segundo Boff (2000, p. 77) “se faz necessário
desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de
produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente
sustentado”.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano
para gestar uma democracia aberta.
São eles:
- “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados
para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão
globalizante da realidade que o possa orientar em sua vida.
87
- “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento cientifico,
político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para
garantir-lhe a satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;
- “A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana...”
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação
tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem e sua
formação para a cidadania participativa e construtiva.
Segundo Delors, 1996 “Os quatro pilares da educação, aprender a aprender,
aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, devem contribuir para
que os cidadãos possam conviver e posicionar-se diante das tensões ou
antagonismos presentes na sociedade, numa perspectiva de sua superação.”
5.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Segundo Samuel Rocha Barros (op. cit., p. 170-1), em sentido amplo o
currículo escolar abrange todas as experiências escolares. É a totalidade das
experiências de aprendizagem planejadas e patrocinadas pela escola (Jameson-
Hicks. Entendemos o currículo como um plano que preside as atividades
educativas escolares, define suas intenções e proporciona guias de ações
adequadas e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis por
sua execução. Para isso, o currículo proporciona informações concretas sobre
que ensinar, quando ensinar, como ensinar e que, como e quando avaliar"
(Psicologia e currículo, São Paulo, Ática, 1996, p. 43-5).
De forma ampla ou restrita, o currículo escolar abrange as atividades
desenvolvidas dentro da escola. E, segundo César Coll, "as atividades
educativas escolares correspondem à ideia de que existem certos aspectos do
crescimento pessoal, considerados importantes no âmbito da cultura do grupo, que
não poderão ser realizados satisfatoriamente ou que não ocorrerão de forma
alguma, a menos que seja fornecida uma ajuda específica, que sejam exercidas
88
atividades de ensino especialmente pensadas para esse fim. São atividades que
correspondem a uma finalidade e são executadas de acordo com um plano de
ação determinado, isto é, estão a serviço de um plano educacional. A função
do currículo, sua razão de ser, é a de explicitar as intenções e o plano de ação que
preside as atividades educativas escolares.
O currículo é um guia para os encarregados de seu desenvolvimento,
um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda para o
professor. Por esta função, não pode limitar-se a enunciar uma série de
intenções, princípios e orientações gerais que, por excessivamente distantes da
realidade das salas de aula, sejam de escassa ou nula ajuda para os
professores. O currículo deve levar em conta as condições reais do espaço onde
será aplicado, situando-se justamente entre as intenções, princípios e orientações
gerais e a prática pedagógica. O currículo não é algo pronto e acabado, mas
de algo a ser construído permanentemente no dia-a-dia da escola, com a
participação ativa de todos os interessados na atividade educacional,
particularmente daqueles que atuam diretamente no estabelecimento escolar,
como educadores e educandos, mas também dos membros da comunidade em que
se situa a escola.
O currículo é abrangente, não compreende apenas as disciplinas ou
os conteúdos do conhecimento, mas também sua organização e sequência
adequadas, bem como os métodos que permitem um melhor desenvolvimento
dos mesmos e o próprio processo de avaliação, incluindo questões como o que,
como e quando avaliar.
Para que o currículo cumpra suas funções, deve-se levar em conta as
reais condições nas quais vai se concretizar: as condições do professor, as
condições dos alunos, as condições do ambiente escolar, as condições da
comunidade, as características dos materiais didáticos disponíveis, etc.
O currículo não substitui o professor, mas é um instrumento a seu serviço.
Cabe ao professor orientar e dirigir o processo de ensino-aprendizagem, inclusive
modificando o próprio currículo de acordo com as aptidões, os interesses e as
características culturais dos educandos.
89
5.9 CONCEPÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES
Sabemos que atualmente a organização social, os valores, as relações
econômicas e políticas estão passando por profundas modificações e isso faz com
que a educação também passe por mudanças.
Dessa forma, não podemos exigir que a nossa educação continue sempre da
mesma maneira, ou seja, apresentando-se de forma neutra, mas ela deve
acompanhar as transformações dessa sociedade que sempre está em movimento.
Isso se dá ao fato de que a escola é uma instituição que trabalho com o
conhecimento e que por isso,deve estar sempre em constante processo de
discussão para poder interferir nas evoluções sociais.
Assim, as Diretrizes Curriculares das escolas devem estar em
permanente atualização para acompanhar os anseios da sociedade em relação á
educação,colocando o ensino em maior sintonia com as exigências da
sociedade da informação,da inclusão social, da cidadania participativa e
responsável e da economia globalizada. Além de proporcionar aos alunos uma
educação em que os conteúdos trabalhados possam ser definidos e aplicados
por eles.
Isso reflete na dinamicidade do conhecimento e na constante
reorganização dos saberes escolares, sendo que as permanentes atualizações e
discussões não devem ser impostas, mas elaboradas no coletivo da escola, no
intuito de se construir um conjunto de idéias que sirvam de base ao ensino
aprendizagem, até mesmo porque devido ao amplo e variado quadro de
profissionais há a necessidade de se ter diretrizes para condução do ato de
ensinar.
Dessa forma, torna-se mais possível a diminuição da distância entre
intenção e ação, sendo que prática experiência e reflexão, passam a caminhar
juntas para o êxito docente.
90
5.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações
entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas
relações sociais mediadas pelo trabalho.
Na sociedade capitalista, o homem não se apropria da produção
material de seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações,
porque o trabalhador não domina as formas de produção e sistematização do
conhecimento. Segundo Marx e Engels “a classe que tem à disposição os
modos de produção material controla concomitante os meios de produção
intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as ideias daqueles que
carecem desses meios ficam subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p.67).
Ainda neste sentido, Andery (1988, p.15) confirma que “nesse
processo do desenvolvimento humano multi determinado e que envolve inter-
relações e interferências recíprocas entre ideias e condições materiais, a base
econômica será o determinante fundamental”. Assim sendo, o conhecimento
humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético,
pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem
sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das
condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento, implicando
necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para
obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade.
Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a
socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.
Conforme Veiga (Veiga, 1995, p, 27).
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos
alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos,
e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
91
Para Boff (2000, p. 82), “conhecer implica, pois, fazer uma experiência
e a partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de
conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para compreensão da
realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a
realidade somente a conversão do conhecimento em ação”.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social
gerando mudança interna no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
Conforme Freire (2003, p. 59), “o conhecimento é sempre
conhecimento de alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre
dirigido para alguma coisa”. Portanto, há de ter clareza com relação ao
conhecimento escolar, pois como destaca Severino (1988, p.88), educar contra
ideologicamente é utilizar, com a devida competência e criatividade, as ferramentas
do conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem dispõe para dar sentido
às práticas mediadoras de sua existência real”.
O conhecimento é construído numa perspectiva histórico-cultural, ou seja,
estabelecendo a relação entre o homem e a sociedade na qual está inserido.
Desse modo, acreditamos que a democratização do acesso as informações,
ao conhecimento científico e tecnológico, bem como a participação política mais
consciente com respeito aos direitos humanos, devem ser ponto de partida de
nossas ações tanto na instituição escolar, como nos grupos dos quais fazemos
parte.
A apropriação do conhecimento sistematizado deve fazer com que o aluno
produza uma nova síntese de seus entendimentos de mundo e realidade.
5.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
Caracteriza-se como uma Instituição de origem governamental ou
privada, com espaço físico determinado, composta por uma hierarquia funcional,
onde a sociedade participa direta e indiretamente, onde o ensino-aprendizagem é
sua principal função. Assim, a escola atual deve estar voltada para atender a
92
diversidade na educação, visto que sua clientela é oriunda de uma sociedade
heterogênea.
A educação é um processo amplo, contínuo, permanente e que acontece em
todas as fases da vida e resulta de um amplo espectro de atividades humanas
institucionalizadas ou não. Desse modo, a família, a igreja, os meios de
comunicação podem ser considerados como educação informal, enquanto a escola
é uma instituição social que transmite uma parcela da experiência humana
acumulada ao longo do tempo e possui características peculiares tais como: a
sistematização do conhecimento, a intencionalidade, a organização curricular e a
estruturação de disciplinas ou componentes curriculares (GORINI, 2004).
A organização da escola apresenta, como uma de suas características, a
estruturação de disciplinas que possuem autonomia e histórias próprias e constituem
um conjunto de conhecimentos ordenados e específicos que buscam disseminar os
conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais de forma sistematizada.
A escola é entendida como o local onde acontece a Educação Formal, com
objetivo de preparar o educando para ser cidadão consciente e construtor do
pensamento crítico, capaz de interagir no meio em que vive, proporcionando o
acesso a informação de acordo com as necessidades e acompanhamento de
uma educação integrada e participativa.
5.12 CONCEPÇÃO DE GESTÃO
Conforme Lück (2000, p. 11), gestão escolar: [...] constitui uma
dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a
mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas
necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos
estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da
aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar
adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada
no conhecimento, bem como o desenvolvimento integral do educando.
93
O gestor escolar deve agir como líder, pensando no progresso de todos
que fazem parte de sua equipe. Ele deve ter consciência de que sua equipe
não se limita a alunos, professores e demais funcionários internos da
instituição. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por
toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos
possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos
alunos. Um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de trabalho de toda
sua equipe, fazendo com que esta se sinta capaz de transformar e realizar
com sucesso todos os programas desenvolvidos pela instituição de ensino.
O projeto pedagógico é um fator muito importante no desenvolvimento do
curso escolar, o papel do gestor da escola no desenvolvimento do projeto
pedagógico escolar deve influir de maneira determinante nos resultados
acadêmicos positivos da escola, por que consideramos que o trabalho de
controle do gestor da escola, é fator determinante no desenvolvimento das
atividades pedagógicas. O gestor escolar deve visualizar sempre em sua atuação,
de que o administrativo deve estar a serviço do pedagógico, isto é, deve
servir de suporte para a consecução dos objetivos educacionais da unidade
escolar.
O gestor deve ter autonomia para atuar proativamente, desafiando os
processos tradicionais de gestão em favor de um modelo normativo mais
interveniente e desafiador do statu quo; dando apoios efetivos e desafiadores
na construção de identidades organizacionais diferenciadas e isto só se
concretizará na prática se o gestor for atuante e conhecedor de sua função.
5.14 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Quando pronunciamos esta expressão, criamos a imagem de que estes
dois termos constituem uma unidade indissociável, dividida apenas por
questões gramaticais, mas na realidade vemos que não existe esta unidade
inseparável pois, pode haver ensino sem aprendizagem como também pode haver
aprendizagem sem ensino.
94
Por assumir a ideia de que ensinar equivale a aprender, a educação tem se
centrado tradicionalmente no ponto de vista do ensino, tirando a partir daí
conclusões sobre a aprendizagem. A pedagogia tem girado fundamentalmente em
torno dos métodos de ensino, e não de aprendizagem, crendo que os métodos de
ensino coincidem com os de aprendizagem, o que nem sempre acontece. Hoje,
percebemos que a atenção está mais fixada na aprendizagem do que
propriamente no ensino.
Em vista ao exposto, entendemos que uma escola de qualidade só
será efetivada no ambiente escolar se TODOS assumirem o compromisso de
lutar pelos anseios e sonhos idealizados pela educação. Um país que se diz
democrático tem que fornecer oportunidades de acesso e permanência do
aluno na escola e, sobretudo que, aqueles responsáveis diretamente pelo
processo educativo, possam ter condições de efetivar um trabalho significativo e
de qualidade, contribuindo para o melhoramento social e consequentemente para as
transformações sociais que se deseja.
5.15 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A ênfase à atribuição de notas (medida) na avaliação tem provocado alguns
desvios significativos, dentre os quais o de lhe dar um caráter meramente
quantitativo, desconsiderando seu aspecto educacional de orientação do aluno.
Conforme diz LUCKESI (1984), as notas são comumente usadas para
fundamentar necessidades de classificação de alunos, dentro de um dos
níveis de posições, onde a maior ênfase é dada à comparação de desempenhos e
não aos objetivos instrucionais que se desejam atingir. O aluno é classificado
como inferior, médio ou superior quanto ao seu desempenho e muitas vezes
fica preso a esse estigma, não conseguindo desvelar seu potencial. „Na LDB (Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) – Lei Nº 9394/96, em seu artigo 24,
Inciso V, Alínea a diz que: “a verificação do rendimento escolar deverá obedecer os
seguintes critérios: - avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
95
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Portanto, na
nossa concepção, a avaliação da aprendizagem é, sem dúvida, uma das áreas em
que as escolas, na sua maioria, dentre as quais a nossa, encontra uma de suas
maiores dificuldades. Na maior parte das vezes, essas dificuldades são
decorrentes de certa incompreensão da própria função da avaliação.
Avaliar, no nosso entendimento, consiste em emitir um juízo de valor a
respeito do nível de conhecimento, alcançadas pelo aluno, em comparação
com os objetivos e metas propostos para determinado curso, série, etapa,
período letivo ou unidade didática. Assim, a avaliação deve nortear o trabalho
escolar como um todo, devendo a mesma seguir os princípios de ser formativa,
utilizando para isso a observação diária e instrumentos variados, selecionados de
acordo com o conteúdo ou objetivo.
Entendemos também que o aluno precisa ser envolvido no processo de
avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento. Devemos
considerar as diferentes naturezas da avaliação (diagnóstica, somativa e
formativa, como já citado anteriormente), que se articulam com os objetivos
específicos e conteúdos nas escolas, respeitando as diferenças individuais e
escolares.
1. A avaliação deve ser um processo que aponte caminhos, valorizando
o conhecimento do aluno, pois devemos pensar na sua função, sobre o seu
papel social, porque para bem avaliar, o professor precisa ter noções de
como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno.
2. Sabemos que em nosso contexto escolar, nos defrontamos com uma
clientela bem diversificada, cabendo ao professor saber e querer lidar com essa
situação real. A avaliação só tem sentido se puder contribuir para o desenvolvimento
cognitivo dos alunos.
3. Contemplamos em nossa concepção sobre avaliação a visão de que o
aluno deve sentir a avaliação como um ato acolhedor, onde o mesmo possa
perceber suas conquistas e suas limitações e, junto ao professor, buscar os
meios para sanar essas dificuldades.
4. Ainda, no tocante à recuperação paralela, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei Nº 9394/96), especifica em seu Artigo 13, Inciso IV,
96
sobre a alunos de menor rendimento”. Entendemos aqui que o trabalho de
recuperação do aluno com dificuldades de aprendizagem não é simples, pois
deve envolver um trabalho pedagógico, buscando as condições que efetivem a
reabilitação como processo de reeducação e não como mera repetição de uma
avaliação.
5.16 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Sobre tecnologia, Noble, 1984, assinala que se criou uma redoma falaciosa
em torno do verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor “esta é
vista na sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem
de tudo como se tivesse vida própria, independente das intenções sociais,
poder e privilégio.
Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente,
provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é
parcialmente verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a
mudar podemos incorrer no erro de não questionar quais as relações que
permanecem inalteradas. De entre estas, as mais importantes são as
desigualdades econômicas e culturais que dominam a nossa sociedade”.
(Noble, 1984).
Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há de se
revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel
criador do homem. É preciso implementar no sistema Educacional, uma pedagogia
mediante a qual não apenas se reforme o ensinamento, mas que também se facilite
a aprendizagem.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e
serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais
vigentes.
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a
formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a
concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico,
97
determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os
conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o
aumento das desigualdades, ou para inserção social se vista como uma forma de
estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. “Urge,
pois continuar a lutar pela escolarização como um bem público contra a
domesticação política que tem inflamado o debate educativo contribuindo para
que a educação em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva
base para que os mais desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria
concepção de poder”. (Paraskeva, 2001).
Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação
tecnológica não será suficiente para o acesso de todos, da Escola Pública, sem que
haja uma vontade e ação política que possibilite investimento para que esses
recursos tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam ser
ferramenta que contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de
estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio histórico,
possibilitando articular ação, teoria e prática.
5.17 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA
A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de
forma sistematizada utilizando métodos. Para Andery (1980), “a ciência é uma das
formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história.
Portanto, a ciência também é determinada pelas
necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo
que nela interfere”. Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o
conhecimento, será a concepção da ciência.
No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir
ou transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido
98
de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e
sociais do processo histórico, não atingindo a totalidade da população.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos
saberes científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “
a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de cognição e
enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o
nível de pensamento dos estudantes, permite o conhecimento da realidade, o que
é indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo
em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e transformá-lo.
5.18 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO FISCAL
A sociedade passa, na atualidade, por grandes transformações. Dentre elas, o
desenvolvimento tecnológico, o acesso sistematizado ao conhecimento, a
aceleração econômica, a globalização, entre tantas outras.
Devido a todos esses fatores, exigiu-se da escola e consequentemente,
da educação, um novo papel e um outro olhar. O objetivo primordial em torno
do papel da escola passou então da informação à formação. Esta formação,
por sua vez, teve que abarcar uma função integral, geral e abrangente. E
nesse contexto, a formação para a cidadania se firmou como um dos aspectos
fundamentais. Assim, o pressupôs to básico educacional passa a ter como eixo
básico à vida cidadã, isto é, sujeitos formados de tal forma que pudessem ter
consciência de seus direitos e de suas obrigações na sociedade.
Nesse sentido, a educação fiscal aparece como o elo norteador do
trabalho pedagógico para uma formação plena. Assim, o enfoque da educação fiscal
passa a ser a cidadania, em que a escola possa garantir informações aos alunos
sobre o funcionamento da arrecadação orçamentária, a organização da gestão
pública e dos recursos e como a sociedade pode acompanhar o processo
tributário.
Porquanto, a visão para uma formação plena que se propõe, a qual nela
está inserida a educação fiscal, é a de que as iniciativas tomadas no
99
ambiente educativo em torno dessa temática possa conscientizar a comunidade
a partir da escola, fazendo com que o aluno possa ser o disseminador de
ideias, valores e princípios adquiridos, contribuindo assim para uma melhor
conscientização e ação em torno da educação fiscal.
Entendemos que a partir dessa formação, a escola estará cumprindo
seu papel social, que é o de contribuir para a formação integral do aluno, fazendo
também com que o mesmo possa desenvolver uma relação harmoniosa entre
cidadão e estado.
O pressuposto básico é de que possibilitando ao aluno o acesso contínuo ao
conhecimento em torno da educação fiscal, a escola estará permitindo ações
transformadoras, discussões e reconstruções do conhecimento para repassados,
num exercício pleno de democracia.
No pensamento de que nossa sociedade passa por períodos de
descrença e desrespeito para com o patrimônio público, é necessário vislumbrar
uma educação que dê conta de formar para o espírito crítico, encorajador de
tal forma que leve as ações transformadoras.
Nesse aspecto, entendemos que uma nação constituída por pessoas
que defendem e honram os seus direitos e deveres, tem melhores condições
de diminuir as injustiças sociais, dentre elas as causadas inclusive pela
corrupção e certamente exercendo um papel consciente como cidadão,
aumentar o nível de desenvolvimento social.
O trabalho dentro da escola, em torno da educação fiscal, tornou-se
fator primordial, pois permitirá informar os mecanismos de constituição do
estado, ao mesmo tempo em que torna o cidadão ciente da importância de sua
contribuição, fazendo com que o pagamento dos tributos seja entendido e visto
como um instrumento para o bem comum.
Com a informação, acreditamos que o aluno poderá se apropriar do poder de
questionar e verificar a utilização honesta e consciente de todos os tipos de
arrecadação gerados principalmente a partir do pagamento de impostos.
Portanto, a concepção pedagógica que permeia todo o trabalho em
torno da educação fiscal, volta-se para o princípio básico de desenvolver hábitos,
atitudes e valores, deixando de ter como eixo central o aumento da
100
arrecadação, passando a focalizar o interesse social de formação permanente
do cidadão. Assim, remontamos ao princípio defendido pelo educador Paulo
Freire de que: “se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a
transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará
e não se consolidará sem a educação”.
5.19 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação
de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma re-
estruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo
que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística,
democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como
objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana,
busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os
sujeitos alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de
forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.
Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças
significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana
dos professores e nas relações família/escola. Com força transformadora, a
educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a
qual se apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas
especiais, unidades pequenas e a integração das crianças com apoio
especializado. O ensino especial é desde sua origem um sistema separado de
educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na
crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser
supridas nas escolas regulares. Existe ensino especial em todo o mundo seja
em escolas de frequência diária, internatos ou pequenas unidades ligadas à
escola de ensino regular.
101
5.20 CONCEPÇÃO DE TRABALHO
O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,
condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional
que envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens
necessários à vida” (Andery, 1998, p, 13).
Nesta perspectiva é preciso entender o trabalho como ação intencional,
o homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na
produção de bens. Porém, é preciso compreender que o trabalho não
acontece de forma tranquila, estando sobrecarregado pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os
bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio.
Já nos bens não materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaça - se dialeticamente
e é nesta dimensão que esta posto a formação do homem. Ao consideramos o
trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de que o processo
educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve,
formas de organização necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de
estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir
novos conhecimentos, dando condições de entender o viver, propondo
modificações para a sociedade em que vive, permitindo “ ao cidadão produtor
chegar ao domínio intelectual do técnico e das formas de organização social
sendo portanto capaz de criar soluções originais para problemas novos que
exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p, 33
e 35).
5.21 CONCEPÇÃO DE CULTURA-AFRO
102
Combater o racismo, o preconceito e outras posturas xenofóbicas é
responsabilidade da sociedade como um todo e não deve ser compreendida
enquanto tarefa exclusiva da escola. Trabalhar pelo fim da desigualdade racial
e social, as quais permeiam todos os setores da sociedade, permitindo o
nascer de uma realidade social humanizada, compete a todos inclusive a escola.
Por ela passaram os equívocos sobre as civilizações africanas o silêncio a respeito
das produções e elaborações teóricas filosóficas e científicas, artísticas, políticas
realizadas pelo povo negro. A complexidade existente na formatação da identidade
negra no Brasil não pode desconsiderar o processo de desvalorização da
cultura de matriz africana, da imposição dos padrões estéticos europeus, da
ideologia do branqueamento ditando as normas de superioridade do branco sobre o
negro. A reversão desse processo está vinculada ao reconhecimento da
diversidade,a valorização das pessoas negras e sua visão de mundo, a crença
na importância de uma educação que não negue sua participação histórica para o
renascer de uma outra sociedade.
5.22 CONCEPÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
Tendo-se também em vista um trabalho pedagógico que dê conta de atender
às necessidades reais de nossos alunos, propomos uma metodologia a ser
trabalhada coletivamente a fim de atender as questões contemporâneas.
Assim, a inserção no Currículo de questões que envolvem o meio ambiente e,
em especial, a questão do Impacto Ambiental, tão presente nas discussões
atuais, se faz extremamente necessária.
Entendemos que no decorrer da História, a transformação da natureza pelas
atividades humanas aumentou paralelamente ao desenvolvimento crescente das
técnicas ou instrumentos de trabalho. A partir dos séculos XVIII e XIX,
ocorreu o aumento dos impactos ambientais em consequência do processo de
industrialização, que adquiriu uma dimensão a nível mundial.
Esse é um fato recente na história da humanidade, e para compreendê-lo é
preciso considerar três fatores principais:
103
• O desenvolvimento das técnicas;
• O crescimento populacional;
• O padrão de consumo da sociedade capitalista globalizada.
Esses fatores levaram o nosso planeta a uma devastação intensa,
provocando impactos ao meio ambiente em grandes proporções. Diante das
catástrofes que nos deparamos e iremos nos deparar, é necessário que a
escola e todos os meios de comunicação se organizem de uma forma
consciente para que haja alguma mudança imediata. Se não for contida a
mudança climática, esta realidade transformará milhões de pessoas em refugiados,
quando suas casas sucumbirem a secas ou inundações e, por conseguinte,
causará a maior migração da história da Humanidade.
O ponto de partida para que haja efetivas mudanças é promover dentro
do ambiente escolar espaço para a discussão desta problemática, no intuito de
propiciar para todo ser humano uma mudança de comportamento na relação
homem x natureza. É momento de prevermos então, no Projeto Político
Pedagógico desta instituição, a concepção sobre o impacto ambiental que deverá
ser abordado de forma interdisciplinar e contínua.
Para o entendimento das questões que envolvem o processo educativo como
um todo, é também necessário situar-se dentro de alguns conceitos básicos
relacionados á prática educativa. Assim, concepções como o de ESCOLA e
de PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM remonta a uma discussão que
contribui significativamente para o trabalho educativo.
5.23 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
É um equívoco acreditar que é a escola a única responsável por propiciar à
criança os dois “passaportes” de entrada no mundo da escrita. Muito antes de
chegar à instituição educativa a criança já convive tanto com a escrita quanto
com seu uso, porque, em seu contexto, a escrita está sempre presente: ora
muito presente, como nas camadas economicamente privilegiadas e nas
104
regiões urbanas, ora menos presente, como nas camadas populares e nas
regiões rurais, mas sempre presente; ora em gêneros e suportes mais próximos ora
menos próximos daqueles que a escola valoriza, mas sempre presente.
Assim, desde muito cedo a criança convive com práticas de
alfabetização e letramento, através de contato com rótulos de produtos
industrializados veiculados nos meios de comunicação e usados em seu dia a
dia o que, de certa forma, já está inserindo-a no mundo da escrita e ampliada
pelo sistema educacional.
A especificidade da alfabetização, deve ser entendida, de acordo com
Magda Soares, como processo de aquisição e apropriação do sistema da
escrita, alfabético e ortográfico; em segundo lugar, e como decorrência, a
importância de que a alfabetização se desenvolva num contexto de letramento –
entendido este, no que se refere à etapa inicial da aprendizagem da escrita,
como a participação em eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente
desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais
que envolvem a língua escrita, e de atitudes positivas em relação a essas
práticas; em terceiro lugar, o reconhecimento de que tanto a alfabetização quanto o
letramento têm diferentes dimensões, ou facetas, a natureza de cada uma delas
demanda uma metodologia diferente, de modo que a aprendizagem inicial da
língua escrita exige múltiplas metodologias, algumas caracterizadas por ensino
direto, explícito e sistemático – particularmente a alfabetização, em suas
diferentes facetas – outras caracterizadas por ensino incidental, indireto e
subordinado a possibilidades e motivações das crianças; em quarto lugar, a
necessidade de rever e reformular a formação dos professores das séries iniciais do
ensino fundamental, de modo a torná-los capazes de enfrentar o grave e
reiterado fracasso escolar na aprendizagem inicial da língua escrita nas
escolas brasileiras.
105
5.24 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Durante muito tempo a criança foi vista como um adulto em miniatura.
Não tinha portanto, vestimentas apropriadas, tratamento diferenciado, assumia
afazeres de adultos, muitas vezes não condizente com suas capacidades
físicas e intelectuais muito menos uma educação que levasse em consideração o
seu desenvolvimento nas diferentes fases da infância.
Foi somente com a Revolução Industrial que essa concepção começou
a ser repensada, ganha destaque neste momento o historiador francês Ariès. Em
seus estudos, Ariès analisa diferentes significados atribuído à infância, em
especial nos séculos XVII e XVIII. Segundo este autor, até o fim da Idade Média
não existia um sentimento de infância como etapa específica da vida humana,
portanto com características e necessidades próprias. Ariès afirma que é no fim da
Idade Média que se inicia um processo de mudança, pois a infância passa a ser
encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de atenção dos
adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento
e pela moral, exercidas especialmente por um processo educacional
impulsionado pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das
crianças, particularmente no período do capitalismo industrial, no século XIX.
Embora com ressalvas, sua pesquisa é considerada relevante pelo fato de
que contribuiu para a compreensão da infância como um conceito construído
historicamente.
Diante disso, na atualidade a criança é vista como um ser completo que
apresenta características próprias. Ela possui uma natureza singular, que a
caracteriza como um indivíduo que pensa o mundo de um jeito próprio e por meio
das relações que estabelece com outras pessoas, se esforça para compreender
o mundo em que vive e através de atividades lúdicas revela seus anseios e
desejos. Assim, aprende muitas coisas brincando, por exemplo: regras, limites,
cooperação, competição, valores, noções de topologia, de lateralidade, de
esquema corporal, expressão,canto, dança, aspectos culturais, movimentos
106
motores finos, manipulação de objetos, trabalhos em grupo, mediação de
conflitos, cuidados, enfim, muitos aprendizados dos elementos que a inserem
gradativamente no mundo adulto, vêm do brincar. Portanto, “brincar não é
uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma
significação social precisa que, como outras, necessitam de aprendizagem”
(BROUGÈRE, 2002, p. 20).
Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a
posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se
inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as
crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de socialização
e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer
estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos
acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola,
respeitando a singularidade da infância.
Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas
que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar-se
com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao
adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da autonomia e
autocuidados; o intenso desenvolvimento físico-motor; a ação simbólica sobre o
mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o brincar como forma
privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da identidade, por meio do
estabelecimento de laços sociais e afetivos (FARIA & SALLES, 2007).
5.25 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO,
PERMANÊNCIA, CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES
E QUALIDADE DE ENSINO– APRENDIZAGEM
5.25.1 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
107
O Artigo nº. 14 I e II (L.D.B.) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -
Lei 9394/96, define que “Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e participação da
comunidade escolar e conselhos escolares ou equivalentes”.
Sendo assim, esta instituição desenvolve uma gestão democrática centrada
nos valores e princípios democráticos pela natureza social da escola. O
trabalho por ela desenvolvido visa o cumprimento da função social e política da
educação escolar, que é a formação social do cidadão participativo, responsável,
crítico e criativo, através da produção e socialização do saber historicamente
acumulado pela humanidade e constitui um processo pedagógico dinâmico
onde há um envolvimento harmonioso entre o corpo docente, discente,
funcionários e comunidade em geral, baseada na conjunção de liberdade e co-
responsabilidade nas decisões a serem tomadas com relação da melhoria do
processo ensino aprendizagem, portanto, a gestão democrática é um princípio
consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógicas,
administrativas e financeiras e exige a compreensão em profundidade dos
problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação
entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática.
A participação popular melhora a qualidade das decisões tomadas na
área da educação e têm um papel fundamental na democratização da gestão.
Assim organizamos e articulamos as ações necessárias ao funcionamento da escola
desse ponto de vista.
a) Participação dos pais:
• Realização de reuniões coletivas para discussão de assuntos gerais do
interesse de todos e tomada de decisões;
• Reuniões por turmas para assuntos pedagógicos, junto aos professores,
equipe pedagógica, direção, alunos e pais, no início do ano letivo e quando se fizer
necessário;
108
• Atendimento individual para tratar de assuntos pedagógicos e disciplinares em
relação aos filhos;
• Convite à participação em programas desenvolvidos pela escola durante o ano
letivo.
b) Conselho Escolar / APMF:
• Reuniões extraordinárias para tratar de assuntos relacionados ao andamento
da escola, à tomada de decisões administrativas, conhecimento da realidade
pedagógica da escola, entre outros assuntos;
• Convite à participação em programas desenvolvidos na escola.
c) Alunos Representantes de turma:
• Escolha dos representantes no início do ano letivo, através do voto direto dos
alunos da sala;
• Representatividade junto à direção e equipe administrativa em assuntos de
interesse da turma;
• Conscientização do papel do representante de turma através de encontros
com a equipe pedagógica.
d) Grêmio Estudantil:
• Eleição direta dos representantes do Grêmio com a participação de todos os
alunos da escola;
• Participação em eventos realizados na escola;
• Participação em reuniões para tratar de assuntos de interesses da categoria;
• Elaboração de atividades ou programas específicos propostos pela instância;
• Participação no Conselho Escolar.
e) Conselho de Classe:
• Discussão das dificuldades e progressos dos alunos em torno do processo de
ensino-aprendizagem;
• Busca de soluções para problemas específicos das turmas.
109
5.25.2 ACESSO, PERMANÊNCIA E QUALIDADE DE ENSINO
Os principais princípios que devem nortear uma escola democrática se efetiva
pela Igualdade e qualidade de ensino. Assim, o princípio da Igualdade se
caracteriza pelas condições de acesso e permanência do aluno na escola
,garantida pela mediação da mesma.
No tocante à Qualidade, cabe aqui destacar que a escola não pode
ser privilégio de determinadas classes sociais, mas sim, o desafio é o de
propiciar uma qualidade de ensino para todos.
A escola de qualidade que queremos deve evitar, de todas as
maneiras possíveis à repetência e a evasão escolar. Tem que garantir metas
qualitativas do desempenho satisfatório de todos. “Qualidade para todos”. É
preciso garantir a permanência dos educandos que ingressarem nela, e esta
competência de qualidade para todos, depende dos meios, por isso a qualidade
implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar.
5.25.3 CAPACITAÇÃO CONTINUADA
De acordo com a LDB n° 9.394/96, Título VI , Artigo. 63. III, 67. II, ”Os
institutos superiores de Educação manterão programas de educação continuada
para os profissionais de educação dos diversos níveis”. E ainda: “Os sistemas de
ensino promoverão a valorização dos profissionais de educação, assegurando-
lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério
público, aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim”
Cabe ressaltar que a formação continuada é um direito de todos os
profissionais que atuam na instituição educacional, uma vez que não só ela
possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na
competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o
desenvolvimento profissional que atuam na instituição, articulado com as escolas
110
e seus projetos. A formação continuada deve estar centrada na escola e fazer
parte do Projeto Político Pedagógico. Assim, compete a escola:
a) proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de
seus profissionais;
b) elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos
órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na
avaliação do referido programa.
Assim, a formação continuada dos profissionais, da escola compromissada
com a construção do Projeto Político Pedagógico, não deve limitar-se aos
conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola como um todo e
suas relações com a sociedade. A rotina do funcionamento da Escola pode ser a
possibilidade de o professor aperfeiçoar, continuamente, sua competência
docente educativa, o mesmo podendo ocorrer com diretores, funcionários e
demais profissionais que atuam no sistema formal de ensino."
Pode-se dizer que o conceito de competência docente apresenta cinco
aspectos essenciais:
Domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado;
Clareza dos objetivos a serem atingidos;
Domínio competente dos meios de comunicação a serem utilizados para a
mediação eficaz entre o aluno e os conteúdos do ensino;
Visão articulada do funcionamento da Escola, como um todo;
Percepção nítida e crítica das complexas relações entre educação
escolar e sociedade."
A realidade educacional vista hoje, exige dos profissionais uma
constante atualização. Para isso, há a necessidade de se abrir espaços para
aspectos mais amplos, que seria uma política para a formação do educador em
serviço, traduzida em programas e ações diversificados, atendendo aos anseios dos
educadores escolares. A formação continuada realizadas pelos profissionais da
educação, desta instituição é ofertada pela instituição, ora pela SEED ou pelo
Núcleo de Educação.
111
5.25.4 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Conceber o trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer
subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e
contradições sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho.
Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as
relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação
do sujeito a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim
de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma
conceitual e operacional. Isto implica em ir além de uma formação técnica
que secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo
de produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta
dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador
atuar no mundo do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar
no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno
estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas sua
participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos
teóricos que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as
ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-
versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para
compreendê-las a partir das relações de trabalho. Desta forma o Colégio Estadual
José Sarmento Filho – E.F.N. , faz a inclusão do Estágio Não-Obrigatório de alunos
que cursam Ensino Médio, conforme prevê a Lei n°11788/08.
Art.1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de
112
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos.
1° O estágio faz parte do Projeto Pedagógico do Curso, além de
integrar o itinerário formativo do educando.
2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do
educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Art. 2° A inclusão de estágio de alunos que cursam ensino médio neste
estabelecimento de ensino será não obrigatório conforme determinação do PPP da
escola.
1º Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
2° As atividades de extensão de monitorias e de iniciação científica na
educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas
ao estágio em caso de previsão no projeto político do curso.
Art. 6º O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes
cedentes, organizado pelas instituições de ensino.
5.26 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA
Não se pode falar de currículo sem citar três pontos
fundamentais para a compreensão do mesmo:
5.26.1 DINÂMICA DO CURRÍCULO; REFLEXÃO SOBRE O
TRABALHO PEDAGÓGICO; CONFIGURAÇÃO DA MATRIZ TEÓRICA
A aprendizagem é um processo contínuo na vida do ser humano e apesar de
113
“processo”, podemos dizer que ensinar, uma das funções essenciais da
escola, é promover a “transposição didática” de conhecimentos, um processo que
torna os saberes “ensináveis, exercitáveis e passíveis de avaliação” e em que é
possível distinguir três fases de transformação na dinâmica do currículo: da cultura
extraescolar para o currículo formal; do currículo formal para o currículo real; do
currículo real para a aprendizagem efetiva. E para que isso se realize, a escola
precisa construir um currículo que:
. Concilie os conhecimentos científicos que presidem a produção moderna e
o exercício da cidadania plena, a formação ética e a autonomia intelectual, as
competências cognitivas e as sociais, o humanismo e a tecnologia;
. Considere as múltiplas interações entre os conteúdos das disciplinas,
abertura e a sensibilidade para identificar as relações entre escola, vida
pessoal e social, entre o aprendido e o observado, entre o aluno e o objeto do
conhecimento, entre a teoria, suas consequências e aplicações práticas como
pressupostos decisivos de sua organização;
. Reconheça a linguagem como elemento primordial para a constituição
dos conceitos, relações, condutas e valores, o conhecimento como construção
coletiva e a aprendizagem como mobilizadora de afetos, emoções e relações
humanas;
. Faça uma reflexão sobre o trabalho pedagógico e selecionar o que de fato
é relevante e consistente no conjunto extraordinário de conhecimentos hoje
disponível, o que impõe à escola o compromisso de propiciar ao professor o
desenvolvimento da capacidade de „mapear‟ os conhecimentos relevantes na
escala adequada às necessidades e possibilidades dos alunos.
Nesse contexto exige-se estratégias diversificadas, procedimentos e
atividades de “reinvenção” do conhecimento, um relacionamento das disciplinas
em programas de estudo, pesquisa e ação (interdisciplinaridade) e a
contextualização dos conteúdos; além de uma abertura e uma sensibilidade
capazes de reconhecer a relação entre o conhecimento e os contextos
contemporâneos da vida social e pessoal.
O currículo é por natureza uma rede de sentido capaz de estabelecer uma
relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento e de relacionar,
114
dialeticamente, o aprendido com o observado, a teoria com suas consequências e
aplicações práticas.
Devemos superar uma visão fragmentada do conhecimento e da
realidade e propiciar ao aluno um conjunto articulado de conhecimentos
significativos, a partir do que ele já sabe. Isso implica um planejamento coletivo
e um trabalho cooperativo dos professores, pois é exatamente isso o que
significa interdisciplinaridade, sem desconsiderar a complexidade necessária,
aquela possível considerando um currículo real em ação.
5.26.2 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO
ENSINO FUNDAMENTAL
O Ensino fundamental é a etapa inicial da educação básica no Brasil, com
a nova proposta de duração de nove anos, envolvendo crianças e adolescentes com
idade entre 06 e 14 anos. Este foi reformulado pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, em 1996, tomando o lugar do então chamado Ensino de Primeiro Grau..
A duração obrigatória do Ensino Fundamental foi ampliada de oito para
nove anos pelo Projeto de Lei nº 3.675/04, passando a abranger a Classe de
Alfabetização (fase anterior à 1ª série, com matrícula obrigatória aos seis anos) que,
até então, não fazia parte do ciclo obrigatório (a alfabetização na rede pública e
em parte da rede particular era realizada normalmente na 1ª série). Lei
posterior (11.114/05) ainda deu prazo até 2010 para que estados e municípios
se adaptem às novas regras.
O Ensino Fundamental é subdividido em dois níveis, a saber: dos seis aos
dez anos, classe de alfabetização, indo do primeiro ao quinto ano (caracterizado
pela alfabetização e solidificação dos conteúdos básicos); a segunda parte vai
do sexto ao nono ano, normalmente dos onze aos 14 anos do aluno, se ele
sempre tiver sido aprovado nas séries anteriores, ou seja, não ter repetido algum
ano (caracterizado pela diversificação e especificidade dos conteúdos).
115
Nessa fase de ensino, as crianças e adolescentes são estimulados à
aprender através de atividades lúdicas, jogos, leituras, imagens e sons,
principalmente no primeiro nível. Através dos vários processos pedagógicos,
busca-se conduzir a criança ao conhecimento do mundo pessoal, familiar e social.
No segundo nível, os pré-adolescentes costumam ter um professor por
disciplina, além de ter um maior horário de estudo, e também uma disciplina mais
abrangente, que servirá de base para que o aluno inicie o seu Ensino Médio.
As diretrizes norteadoras da educação fundamental estão contidas na
Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental.
O Ensino Fundamental deverá atingir sua universalização, sob
responsabilidade do Poder Público considerando a indissociabilidade entre
acesso, permanência e qualidade da educação escolar. O direito ao Ensino
Fundamental não se refere apenas à matrícula, mas ao ensino de qualidade, até sua
conclusão.
Para garantir melhor equilíbrio e desempenho dos seus alunos, faz-se
necessário ampliar o atendimento social com programas voltados à educação, à
alimentação escolar, ao livro didático a ao transporte escolar, reforçando o
Projeto Político Pedagógico da escola, como a própria expressão da organização
educativa da unidade escolar, surgem os conselhos escolares, que deverão orientar-
se pelo princípio democrático da participação da comunidade, os alunos, os pais, os
professores e demais trabalhadores da educação.
5.26.2.1 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO
CURSO PROFISSIONALIZANTE - FORMAÇÃO DE DOCENTES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL (INTEGRADO E APROVEITAMENTO DE ESTUDOS)
116
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) vem conferir
uma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que “O Ensino Médio é a
etapa final da educação básica” (Art.36) o que concorre para a construção da
sua identidade. O Ensino Médio passa a ter característica de terminalidade, o que
significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e
aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, aprimorar o
educando como pessoa humana; possibilitar o prosseguimento e estudos;
garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania; dotar o educando
dos instrumentos que o permitam “Continuar Aprendendo, tendo em vista o
desenvolvimento da compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos
processos produtivos”. (Art.35, incisos I a IV).
(...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como última
etapa da educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em
seus princípios e objetivos, desenvolva possibilidades formativas que
contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e economias dos sujeitos
que o constituem – adolescentes, jovens e adultos, reconhecendo-os não
como cidadão e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeito de
direitos no momento em que cursam o ensino médio. (Ramos apud CIAVATA,
2004, p.41). Portanto, para que o Ensino Médio defina sua nova identidade, é
necessário que identifique os sujeitos que o constituem e o meio social em que se
inserem, no sentido de estabelecer uma sintonia com as características sociais,
culturais e cognitivas desse “aluno sujeito”, através de um processo educativo
centrado no mesmo e que possibilite o desenvolvimento pleno de suas
potencialidades.
O Ensino Médio, portanto é a etapa final de uma educação de caráter geral,
afinada com a contemporaneidade, que situem o educando como sujeito
produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, e com o
desenvolvimento da pessoa, como “sujeito em situação" – cidadão.
O Ensino Médio se consolida em diferentes modalidades, ou seja, um
em caráter de Formação Geral e outros em caráter de Formação Geral e
Profissionalizante.
117
A Proposta Curricular do Ensino Profissionalizante ( Formação de Docentes)
a nível médio,visa nortear as práticas pedagógicas dos educadores na
perspectiva da construção de uma escola pública de qualidade para todos, e
é resultado de uma construção coletiva de educadores, visando o
aprofundamento de seus pressupostos teórico-metodológico e a suas
consolidações na prática pedagógica.
A proposta curricular fundamenta-se, explícita ou implicitamente, em alguns
eixos fundamentais. É impensável uma proposta curricular que se dê no
espontaneísmo, sem que haja um norte a partir do qual a mesma se fundamente.
Entendemos como eixos fundamentais uma concepção de homem e uma concepção
de aprendizagem.
Pela primeira, decide-se que homem se quer formar, para construir qual
modelo de sociedade. Consequentemente, escolhe-se o que ensinar; pela segunda
(que não está descolada da concepção de homem), escolhe-se a maneira de
compreender e provocar a relação do ser humano com o conhecimento.
A Proposta Curricular do Colégio, o ser humano é entendido como social e
histórico. No seu âmbito teórico, isto significa ser resultado de um processo
histórico, conduzido pelo próprio homem. Essa compreensão não consegue se dar
em raciocínios lineares. Somente com um esforço dialético é possível entender
que os seres humanos fazem a história, ao mesmo tempo que são determinados
por ela. Somente a compreensão da história como elaboração humana é capaz de
sustentar esse entendimento, sem cair em raciocínios lineares. Ilustrativo dessa
concepção é a afirmação de que os homens fazem sua própria história, mas
não a fazem como querem: não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e
sim sob aquelas com as quais se defrontam diretamente, legadas e transmitidas
pelo passado (MARX, 1978).
Em termos de conhecimento produzido no decorrer do tempo, esta
proposta curricular parte do pressuposto de que o mesmo é um patrimônio coletivo,
e por isso deve ser socializado, e garanti-lo a todos. Isto tem implicações com
políticas educacionais que devem zelar pela inclusão e não pela exclusão, tais
como campanhas de matrículas abrangentes, capacitação de professores,
programas de formação, e com posturas dos professores diante do ato
118
pedagógico, que zelem igualmente pela inclusão, tais como: zelar para que
todos aprendam, não apenas os que tenham maior facilidade para tal, mas, para
garantir que o conhecimento do qual o professor é portador seja efetivamente
oportunizado a todos os alunos. No que diz respeito a essa questão, a Proposta
Curricular da escola se concretiza pela concepção histórico-cultural, também
chamada sócio histórica ou sócio interacionista.
5.26.3 PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS
Com a reformulação da proposta curricular, entendemos que os
princípios que vão dar sustentação a função socializadora da escola, assim
como a formação daqueles que vão atuar nela, que são: trabalho como principio
educativo, a práxis como princípio curricular e, por último, o direito da criança ao
atendimento escolar.
As categorias que dão sustentação a esses princípios são: o trabalho, ciência
e a cultura. O trabalho que é princípio educativo fundamental a ser socializado
desde a infância, a ciência que é colocada para nós, que a escola é o mundo dos
saberes: saber da ciência, da cultura, da experiência, do saber agir, do saber sentir,
do saber olhar, do saber pensar...é o mundo do conhecimento.
5.26.4 TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO
O trabalho é o eixo do processo educativo, porque é através dele que
o homem modifica a natureza e também se modifica, numa perspectiva que
incorpora a própria história da formação humana.
Portanto, o trabalho deve ser o centro da formação humana em todo o Ensino
Médio, e não apenas naqueles que tem o pressuposto de formação
profissionalizante.
119
Em se tratando especificamente do curso de Formação de Docentes,
consideramos encaminha os jovens para a profissão de educador através de uma
proposta curricular solidificada nos fundamentos das diferentes ciências e artes,
especialmente nas ciências da educação. Dessa forma, se propõe a
composição curricular articulada aos saberes disciplinares e específicos do “saber
fazer” da profissão de educador. Isto significa dizer que o núcleo fundamental da
formação do professor, pressupõe por um lado o domínio dos conteúdos que
serão objetos do processo de aprendizagem e, por outro lado, o domínio das formas
através dos quais se realiza o processo.
5.26.5 A PRÁXIS COMO PRINCÍPIO CURRICULAR
Parte do princípio de que a formação do professor em si mesma já pode ser
considerada uma práxis, porque pressupõe uma atividade/ação social prática
de formação/interação. Se esta ação ocorrer de forma alienada, não atingirá a
dimensão política da formação humana que se pretende.
Cabe assim considerar que na organização do currículo, tudo isso se refletirá
posteriormente, se possibilitarmos, em todas as etapas didáticas da formação,
espaços e tempos em que o docente e alunos possam enfrentar todas as
dimensões do trabalho do professor como atividade humana condicionada pelo
modo de produção e também como modo de vida, pois ao lidar com a dimensão
mais política da socialização humana, essa ação tem o compromisso com o futuro.
Enfim, com a transformação social.
As atividades desenvolvidas na operacionalização do currículo, na forma de
aulas expositivas, oficinas, seminários, estágios realizados nas escolas de
Educação Infantil e Fundamental, e as vivências sociais como um todo,
deverão propiciar a compreensão da prática docente como uma ação
transformadora de uma realidade presente que pode ser configurada como
“práxis”.
120
5.27 TRABALHO COLETIVO
5.27 .1 – PRÁTICA TRANSFORMADORA
As propostas de trabalhos educativos, formulados na nossa escola, são
elaborados junto a toda a comunidade escolar (alunos, professores, equipe
pedagógica, direção e funcionários). Estes são realizados mediante um processo
contínuo de reflexão sobre a prática pedagógica, onde se discute, propõe, realiza,
acompanha, avalia e registra as ações que vão desenvolver para atingir os objetivos
coletivamente delineados.
Nesse processo, se produz o conhecimento, construindo e reconstruindo
o mesmo cotidianamente na sala de aula e fora dela, com base em estudos
teóricos e em outras áreas afins.
Ao se elaborar propostas de trabalhos educativos, entende que o professor e
a escola deve discutir e expor, de forma clara, valores coletivos, delimitando
prioridades, definindo resultados desejados e incorporando a autoavaliação ao seu
trabalho, em função dos conhecimentos da comunidade em que atua.
A elaboração de propostas de trabalhos educativos deve ser claramente
definidas, de forma a permitir investimentos que estejam de acordo com as
diferentes necessidades da comunidade, buscando cada vez mais, um equilíbrio
entre as condições de trabalho de cada escola.
No trabalho pedagógico por atividades diferenciadas, cabe ao professor e à
direção, coordenar a elaboração dos mesmos e buscar, nas demais
instituições da comunidade, (órgãos públicos, privados e empresas), a
possibilidade de realização de parcerias e convênios de cooperação.
121
5.28 O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA
POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão,
no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir pelo tipo de pessoa que deseja
formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Lhe cabe também a incumbência
de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das
mãos do cidadão que irá formar.
Assim, pretendemos lutar para a consignação de uma sociedade justa,
solidária, sem corrupção, sem preconceitos, pacífica, fraterna e mais humana,
onde o homem possa ser reconhecido pelo “ser” e não pelo “ter”. Queremos, na
coletividade de pensamento, uma sociedade onde todos tenham condições de uma
vida mais digna.
5.28.1 O Que Se Quer Para os Alunos
Um sujeito que seja consciente de seu papel como cidadão, crítico,
empreendedor, no sentido de estar constantemente em busca de novas
informações acerca do conhecimento e em relação ao mundo do trabalho, criativo,
consciente de seus direitos e obrigações, e, sobretudo, com conhecimento e
atitudes que possam contribuir para a transformação da realidade em que
vivemos.
5.28.2 Que Escola queremos
A escola que queremos é aquela em que os conhecimentos de
atualizam constantemente, priorizando a formação formal (conhecimentos),
aliada à formação humana (valores), salientando a visão de ofertar uma
122
educação que seja voltada à formação científica, mas que ao mesmo tempo,
resgate a “essência” do ser humano, nas suas múltiplas dimensões.
5.28.3 Sonhar e Construir Juntos
No tocante ao saber, enfatizamos a relação saber - pensar - agir. Almejando
ofertar um tipo de saber que realmente condigam com a realidade daquilo que é
básico para sua vida e prosseguir seus estudos. Que esses saberes
acumulados possam realmente ser aplicáveis em seu dia-a-dia.
Nossa escola assume a responsabilidade de oferecer condições ao
aluno para conhecer os saberes acumulados pela Humanidade, proporcionando
uma visão mais ampla com os conhecimentos da atualidade.
Assim, partilhar do pensamento de que as transformações sociais exigem um
novo tipo de escola e consequentemente, um novo tipo de educação e formação
para uma nova sociedade.
Esse aspecto se caracteriza como um dos princípios norteadores do
compromisso constante de todos os agentes educativos de nossa escola,
envolvidos no processo, criando a visão da necessidade de uma educação
que dê conta de formar pessoas capazes de ser sujeitos de suas vidas,
conscientes de suas opções, valores e projetos e atores sociais
comprometidos com um novo tipo de sociedade e de Humanidade.
INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES
ENSINO FUNDAMENTAL – SEGUNDO SEGMENTO
È a instituição escolar que no mundo moderno e contemporâneo apresenta-
se como a forma de acesso aos conhecimentos e é a escola pública, gratuita e
123
universal que se constitui como a alternativa que assegura o acesso á maioria da
população, do contato com a cultura formal e com o conhecimento científico.
A defesa desta escola é pela ação prioritária de trabalho com o
conhecimento para o exercício pleno da cidadania e que seja um dos instrumentos
que contribui para a transformação social. Uma escola em que, ao se trabalhar os
saberes, por meio do processo de ensino e aprendizagem, promovam quem
aprende e quem ensine e, nessa simbiose, seja produzida as bases de uma nova
sociedade que se contraponha ao modelo gerador de desigualdades e exclusão
social que impera nas políticas educacionais de inspiração neoliberal.
Neste sentido, as diretrizes não têm a função de circunscrever ou limitar as
práticas docentes, mas a de darem curso, através dessas mesmas práticas, ao
contínuo processo do ensino na escola publica almejada. Diretriz não é um dogma,
mas um lugar textual marcado pela provisoriedade de certas reflexões, pela
passagem em direção aos múltiplos fazeres que articulem conhecimentos, fazeres
capazes de atender às diferentes demandas das comunidades escolares.
A análise da escola passou a ser um dos norteadores do nosso processo de
reflexão sobre as diretrizes curriculares. Esta análise, segundo Antonio Viñao Frago,
e o registro do que ocorre na escola identifica os modos de pensar, conceber e atuar
que proporcionam estratégias e pautas para organizar a aula e a própria escola,
interatuar com os companheiros e com outros membros da comunidade educativa e
integrar-se na vida cotidiana dos centros educacionais.
As reflexões críticas sobre projetos e programas adotados ns instâncias
públicas apontam para a deturpação do papel da escola que, enquanto panacéia
dos problemas sociais, assume funções assistenciais e, com ênfase nas atividades
supletivas em detrimento da função de socialização do saber. Assim sendo, aquelas
funções é que passam a ocupar o lugar desta, descaracterizando, portanto, a
instituição escolar enquanto instância privilegiada de apropriação do saber
sistematizado.
Como orientações gerais para a discussão das diretrizes curriculares foram
estabelecidas, os elementos que norteiam as ações a serem desenvolvidas, a saber:
o compromisso com a diminuição das desigualdades sociais; a articulação das
propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural
124
da sociedade; a defesa da educação básica e da escola pública, gratuidade de
ensino; a compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos.
Como princípios da política pública adotados, amplamente divulgados, estão
o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos na escola; a valorização
do professor e de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão
democrática em todos os níveis de institucionais; e o atendimento ás diferenças e á
diversidade cultural.
Para o enfrentamento das discussões curriculares entendeu-se como
fundamental estabelecer uma seqüência de passos para a realização do processo,
orientando para que fossem contemplados: a visão de mundo, de homem e de
escola; a concepção de Educação, suas teorias e práticas; a contextualização da
Educação frente à conjuntura nacional, os estudos da realidade sócio–econômica e
cultural da região; o perfil do aluno e do professor paranaense, bem como da escola
e dos órgãos colegiados; as diretrizes curriculares nacionais; a legislação
educacional atualizada, os resultados de estudos de demandas escolares; as bases
do Projeto Político Pedagógico da Escola.
O esforço de conceituar currículo remete, necessariamente, á reflexão sobre
para que sirva a quem serve e que tipo de sujeito forma o currículo. Segundo
Sancristán, fica evidente na história educacional que a teorização sobre currículo
não se encontra adequadamente sistematizada e muitas vezes, aparece sob as
vestes da linguagem e dos conceitos técnicos como uma legitimação a posteriori
das práticas vigentes e também por que em outros casos, em menor número,
aparece como um discurso crítico que trata de esclarecer os pressupostos e o
significado de certas práticas.
Assim, a reformulação curricular da Educação Básica do Estado do Paraná
tem como base a retomada dos conteúdos disciplinares, numa perspectiva
diferenciada das tendências teóricas, fundamentada na idéia de conteúdos
estruturantes das disciplinas escolares. Entendem-se, por conteúdos estruturantes,
os saberes, conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que
identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo
e/ou de suas áreas.
125
Esta nova concepção de organização curricular incide obrigatoriamente nas
formas de ensinar e privilegia o tratamento disciplinar dos conteúdos, pretende
contribuir para a superação da tradicional forma de sistematizar e trabalhar
conteúdos escolares. Essa opção pedagógica e curricular implica em uma
redefinição dos processos de ensino em sua forma escolarizada, os quais devem
estar voltados para a aprendizagem dos conteúdos disciplinares, com estratégias de
ensino e projetos de intervenções pedagógicas que partam da realidade do aluno e
com ele sejam identificadas.
Como se observa, a LDB e o processo de seleção das disciplinas e os
conteúdos curriculares apontam para uma infinidade de saberes a serem
trabalhados nas escolas e, como já está identificado, a quantidade de demandas, de
informações, de conhecimentos para a organização do processo educativo é
imensa. Não se pretende formar especialista, mas dar acesso aos saberes e
conteúdos que permitam o domínio de diferentes linguagens e por intermédio
destas, garantir aos estudantes a leitura de mundo e diferentes formas de expressão
sobre a sociedade que vivemos.
Todos os envolvidos no processo educacional devem estar comprometidos
com essa proposta e esse desafio, visto que é resultado da discussão de todos os
profissionais da educação e indicam os rumos que neste momento se apresentam.
ARTE
1- Apresentação Geral da Disciplina:
Desde os primeiros tempos, o ser humano sentiu a necessidade
de deixar marcas de sua existência pessoal e coletiva. Seja nos
registros da pré-história ou em nossa sociedade contemporânea,
observa-se a busca incessante do homem em registrar suas
experiências e expressões. As diversas culturas existentes no planeta,
desenvolvidas a partir dos distintos modos de se interpretar a realidade
126
e transformá-la, segundo suas respectivas necessidades, sempre
produziram arte, mesmo através das formas mais simples.
Por isso, é preciso tomar consciência da importância fundamental
que as artes possuem na vida humana, pois elas sempre estiveram e
estarão presentes nas diferentes culturas de nossa espécie, e que,
conseqüentemente, este conhecimento dará subsídios de como a arte
deve ser trabalhada.
Considerando que o aluno deve ser capacitado a realizar e
analisar manifestações artísticas, compreendendo-as em sua
diversidade histórico-cultural, a seleção de conteúdos específicos de
artes visuais, dança música e teatro, foram descritos separadamente
para garantir presença e profundidade das formas artísticas nos projetos
educacionais.
As atividades propostas para a área de Educação Artística devem
ajudar os alunos a desenvolverem modos interessantes, imaginativos e
criadores de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus modos de
expressão e comunicação.
A diversidade de conhecimento gerado pela evolução da ciência
nos últimos tempos é muito grande. Nesta perspectiva, vários campos
do conhecimento têm produzido inúmeras informações, que muitas
vezes acabam por ficarem isoladas e reduzidas a si mesmas. Esses
avanços manifestam na educação, fazendo com que os métodos e
processos pedagógicos sejam repensados, principalmente em Artes.
O que se percebe é que o campo da História da Arte tenta
categorizar as mudanças ao longo do tempo e compreende melhor a
forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos
criativos dos seus praticantes.
127
Estudar a história da Arte não significa simplesmente estudar
períodos, fatos, estilos. Para compreender essa trajetória é necessário
refletir sobre os problemas e soluções artísticos e estéticos nela
envolvidos. Caracteriza-se, portanto pelas teorizações e práticas de
estudo e análise históricos críticos a respeito dos objetos e criações
artísticas produzidas pela humanidade ao logo dos tempos em diversos
lugares.
Para conhecer e comparar as tendências pedagógicas na
educação em artes torna-se necessário abordar como o ensino da arte
no Brasil vem se processando ao longo da história e como são
constituídas as práticas pedagógicas artísticas nos seus diversos
momentos.
Na educação, o ensino da Arte amplia o repertorio cultural do
aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado,
aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas
representações.
O objetivo será de redimensionar posicionamentos frente a
construção deste trabalho na escolarização em nossos dias. Sabemos
que as práticas educativas surgem de mobilizações sociais;
pedagógicas, filosóficas e no caso da Arte, artísticas e estéticas.
No Brasil, por exemplo, foram importantes os movimentos culturais
na correlação entre arte e estética, desde o século XIX. Estes
movimentos serviram de reflexões para a área de Educação Artística
que pretende desenvolver nos alunos diferentes maneiras de fazê-lo
“pensar” sobre a Arte exercitando os seus modos de “expressão” e
“comunicação”.
128
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de
aprendizagem, o desenvolvimento de uma práxis no ensino da Arte,
entendida nestas diretrizes como a articulação entre os aspectos
teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. Nesta
proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamentos, apreender e expandir suas potencialidades criativas. São
considerados alguns campos conceituais que contribuem para as
reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina:
O Conhecimento Estético, relacionado à apreensão do objeto artístico
em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade
e a percepção articulam-se numa organização que expressa esses
pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas
como, por exemplo: palavras na poesia; sons melódicos na musica;
expressões corporais na dança ou no teatro; cores; linhas e formas nas
artes visuais.
O Conhecimento Artístico está relacionado com o fazer e com o
processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a
formalização do objeto artístico até o contato com o publico. Durante
esse processo, as formas resultantes das sínteses emocionais e
cognitivas expressam saberes específicos a partir da experimentação
com materiais, com técnicas e com os elementos formais básicos
constitutivos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.
O Conhecimento Contextualizado envolve o contesto histórico
(político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui
para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos,
possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto.
129
Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção
do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se
concretiza na experiência estética por meio da percepção, da análise, da
criação/produção e contextualização histórica. Apesar de suas
especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e
articulados entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo.
A articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e
contextualizado, aliados à práxis no ensino de Arte, possibilita a
apreensão dos conteúdos específicos da disciplina e das possíveis
relações entre seus elementos constitutivos.
2- Objetivos Gerais:
- Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas,
nas linguagens da arte (música, artes visuais, dança, teatro, artes
audiovisuais) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes
processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem
material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas.
- Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens,
desenvolvendo tanto a fruição quanto à análise estética, conhecendo,
analisando, refletindo e compreendendo critérios culturalmente
construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico,
histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e
tecnológico, dentre outros.
3- Conteúdos por ano:
130
O professor de Artes deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna obrigatório
abordar conteúdos que envolvam a temática de historia e cultura afro-brasileira e
africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino Fundamental e
Médio e relacioná-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho pedagógico pode
ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que tragam
conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:
- População brasileira e miscigenação dos povos;
- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;
- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;
- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;
- Trabalho e renda dos afro-descendentes;
- Colonização da África pelos europeus;
- Configuração espacial do continente africano;
- Práticas de segregação racial, entre outros.
6º ano
ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:
Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo
professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a
interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos
artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e
o seu dia-a-dia.
ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:
Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma
sensorial.
131
a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço
visual.
- suporte: tamanho, espaço, materiais;
- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões
no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume
real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates
e simetria;
- texturas: tátil e gráfica;
-movimentos: ritmo e equilíbrio.
b) luz; radiação magnética que provoca uma sensação visual.
- sombra: intensidades;
- decomposição da luz branca: espectro solar;
- cor: pigmento;
- percepção da cor: tons e matizes.
Elementos básicos da linguagem da dança:
Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
Espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,
progressões.
Elementos básicos as linguagem da música:
Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que
chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem
ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas
propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser
abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:
a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:
132
- melodia: seqüência de sons organizados;
- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.
Elementos básicos da linguagem do teatro:
Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator
ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração
retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma
ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A
construção da personagem como um processo individual e/ou em
conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,
sendo esses:
a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das
possibilidades motoras e emotivas;
A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa
contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,
e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como
matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da
personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação
dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao
aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.
b) caracterização da personagem: apresenta-se como uma
materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e
acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da
cena.
Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação
dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza
133
visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de
recursos como:
a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,
ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios
pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da
cena;
Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos
cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar
organizado nas formas de:
Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo aluno/ator
para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No enredo residem,
metáforas, de relações humanas que serão dramatizadas por meio de
suas falas, gestos ou mímica;
PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:
Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas
as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação
dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,
improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações
percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as
esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a
tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais
são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos
elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,
compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas
produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de
134
cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)
artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).
Produções/manifestações artísticas das artes visuais:
- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,
propaganda visual);
- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções
arquitetônicas);
- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).
Produções/manifestações artísticas da dança:
- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e
relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,
iluminação e som);
- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem
planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de
movimento corporal dentro de um ritmo).
Produções/manifestações artísticas da musica:
- composições musicais: organização e articulação dos elementos –
melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental
(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);
- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de
voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;
- interpretações musicais: execução de uma composição musical de
acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento
musical.
135
Produções/manifestações artísticas do teatro:
- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma
encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:
indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos
ou objetos que representam personagens). Essas representações
teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da
linguagem teatral;
- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do
personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se
da fala ou não).
- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente
definidas para a representação teatral
ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:
Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.
Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e
cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias
correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto
do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução
desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas
a respeito do objeto de estudo e da realidade.
Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do
professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que
constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor
apreensão dos conteúdos em Arte.
136
- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em
que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,
econômicos, políticos e culturais.
- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do
artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.
- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das
semelhanças de características ligadas a temática.
- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características
que identificam a “marca” pessoal do artista.
- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização
da matéria prima da linguagem.
- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento
prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as
produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em
realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de
conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.
7º ano
ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:
Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo
professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a
interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos
artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e
o seu dia-a-dia.
137
ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:
Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma
sensorial.
a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço
visual.
- suporte: tamanho, espaço, materiais;
- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões
no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume
real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates
e simetria;
- texturas: tátil e gráfica;
-movimentos: ritmo e equilíbrio.
b) luz\; radiação magnética que provoca uma sensação visual.
- sombra: intensidades;
- decomposição da luz branca: espectro solar;
- cor: pigmento;
- percepção da cor: tons e matizes.
Elementos básicos da linguagem da dança:
Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
a) espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,
progressões,
b) ações: saltar, descolar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,
gesticular.
Elementos básicos as linguagem da música:
138
Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que
chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem
ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas
propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser
abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:
a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:
- melodia: seqüência de sons organizados;
- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.
b) distribuição dos sons de maneira simultânea:
- harmonia: encaminhamento de acordes.
Elementos básicos da linguagem do teatro:
Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator
ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração
retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma
ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A
construção da personagem como um processo individual e/ou em
conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,
sendo esses:
a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das
possibilidades motoras e emotivas;
b) expressão gestual: manifestação dos sentimentos e da intenção da
personagem através do gesto, que podem ser isolados ou simultâneos;
A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa
contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,
e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como
matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da
139
personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação
dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao
aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.
c)caracterização da personagem: apresenta-se como uma
materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e
acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da
cena.
Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação
dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza
visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de
recursos como:
a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,
ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios
pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da
cena;
b) iluminação: cria a atmosfera da cena, ambienta, conduz e compõe o
sentido da ação;
Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos
cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar
organizado nas formas de:
a) Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo
aluno/ator para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No
enredo residem, metáforas, de relações humanas que serão
dramatizadas por meio de suas falas, gestos ou mímica;
b) Roteiro: é a organização das ações em forma de cenas,
objetivando a dramatização;
140
PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:
Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas
as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação
dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,
improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações
percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as
esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a
tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais
são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos
elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,
compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas
produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de
cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)
artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).
Produções/manifestações artísticas das artes visuais:
- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,
propaganda visual);
- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções
arquitetônicas);
- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).
Produções/manifestações artísticas da dança:
- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e
relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,
iluminação e som);
141
- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem
planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de
movimento corporal dentro de um ritmo).
Produções/manifestações artísticas da musica:
- composições musicais: organização e articulação dos elementos –
melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental
(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);
- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de
voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;
- interpretações musicais: execução de uma composição musical de
acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento
musical.
Produções/manifestações artísticas do teatro:
- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma
encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:
indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos
ou objetos que representam personagens). Essas representações
teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da
linguagem teatral;
- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do
personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se
da fala ou não).
- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente
definidas para a representação teatral
142
ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:
Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.
Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e
cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias
correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto
do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução
desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas
a respeito do objeto de estudo e da realidade.
Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do
professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que
constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor
apreensão dos conteúdos em Arte.
- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em
que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,
econômicos, políticos e culturais.
- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do
artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.
- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das
semelhanças de características ligadas a temática.
- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características
que identificam a “marca” pessoal do artista.
- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização
da matéria prima da linguagem.
- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento
prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as
produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em
143
realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de
conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.
8º ano
ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:
Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo
professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a
interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos
artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e
o seu dia-a-dia.
ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:
Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma
sensorial.
a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço
visual.
- suporte: tamanho, espaço, materiais;
- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões
no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume
real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates
e simetria;
- texturas: tátil e gráfica;
-movimentos: ritmo e equilíbrio.
b) luz; radiação magnética que provoca uma sensação visual.
- sombra: intensidades;
144
- decomposição da luz branca: espectro solar;
- cor: pigmento;
- percepção da cor: tons e matizes.
Elementos básicos da linguagem da dança:
Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
a) espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,
progressões,
b) ações: saltar, descolar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,
gesticular;
c) dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência.
Elementos básicos as linguagem da música:
Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que
chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem
ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas
propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser
abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:
a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:
- melodia: seqüência de sons organizados;
- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.
b) distribuição dos sons de maneira simultânea:
- harmonia: encaminhamento de acordes.
c) qualidades do som:
- intensidade: dinâmica;
- duração: pulsação/ritmo;
- altura: grave/agudo;
145
- timbre: fonte sonora/instrumentação;
Elementos básicos da linguagem do teatro:
Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator
ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração
retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma
ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A
construção da personagem como um processo individual e/ou em
conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,
sendo esses:
a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das
possibilidades motoras e emotivas;
b) expressão gestual: manifestação dos sentimentos e da intenção da
personagem através do gesto, que podem ser isolados ou simultâneos;
c) expressão vocal: manifestação dos sentimentos e da intenção da
personagem através da voz que pode ser falada, cantada ou emitida por
outros sons vocais;
d) expressão facial: manifestação dos sentimentos e da intenção da
personagem através do semblante;
A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa
contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,
e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como
matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da
personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação
dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao
aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.
146
e)caracterização da personagem: apresenta-se como uma
materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e
acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da
cena.
Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação
dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza
visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de
recursos como:
a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,
ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios
pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da
cena;
b) iluminação: cria a atmosfera da cena, ambienta, conduz e compõe o
sentido da ação;
c) sonoplastia: elemento do teatro de natureza sonora, ou seja, conjunto
de acontecimentos responsáveis por criar a atmosfera sonora da cena.
Também ambientar, conduzir e compor o sentido da ação;
Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos
cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar
organizado nas formas de:
c) Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo
aluno/ator para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No
enredo residem, metáforas, de relações humanas que serão
dramatizadas por meio de suas falas, gestos ou mímica;
d) Roteiro: é a organização das ações em forma de cenas,
objetivando a dramatização;
147
e) Texto dramático: é uma obra da dramaturgia, criada para
encenação.
PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:
Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas
as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação
dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,
improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações
percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as
esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a
tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais
são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos
elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,
compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas
produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de
cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)
artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).
Produções/manifestações artísticas das artes visuais:
- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,
propaganda visual);
- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções
arquitetônicas);
- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).
Produções/manifestações artísticas da dança:
148
- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e
relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,
iluminação e som);
- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem
planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de
movimento corporal dentro de um ritmo).
Produções/manifestações artísticas da musica:
- composições musicais: organização e articulação dos elementos –
melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental
(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);
- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de
voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;
- interpretações musicais: execução de uma composição musical de
acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento
musical.
Produções/manifestações artísticas do teatro:
- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma
encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:
indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos
ou objetos que representam personagens). Essas representações
teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da
linguagem teatral;
- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do
personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se
da fala ou não).
149
- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente
definidas para a representação teatral
ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:
Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.
Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e
cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias
correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto
do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução
desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas
a respeito do objeto de estudo e da realidade.
Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do
professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que
constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor
apreensão dos conteúdos em Arte.
- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em
que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,
econômicos, políticos e culturais.
- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do
artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.
- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das
semelhanças de características ligadas a temática.
- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características
que identificam a “marca” pessoal do artista.
- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização
da matéria prima da linguagem.
150
- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento
prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as
produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em
realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de
conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.
9º ano
ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS:
Os conhecimentos dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo
professor como conteúdos de Arte, permitirão aos alunos a leitura e a
interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos
artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e
o seu dia-a-dia.
ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS:
Imagem: representação simbólica de uma idéia percebida deforma
sensorial.
a) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço
visual.
- suporte: tamanho, espaço, materiais;
- espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões
no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume
real), compreendendo ponto, linha, figura/fundo, semelhanças, contrates
e simetria;
- texturas: tátil e gráfica;
-movimentos: ritmo e equilíbrio.
151
b) luz\; radiação magnética que provoca uma sensação visual.
- sombra: intensidades;
- decomposição da luz branca: espectro solar;
- cor: pigmento;
- percepção da cor: tons e matizes.
Elementos básicos da linguagem da dança:
Movimentos: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
a) espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,
progressões,
b) ações: saltar, descolar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,
gesticular;
c) dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência;
d) relacionamentos: relações de proximidade, afastamento,
superposição.
Elementos básicos as linguagem da música:
Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que
chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem
ouvir. A variação dos sons modifica-se em relação às suas
propriedades. Esse elemento básico da linguagem musical pode ser
abordado nas aulas de arte correlacionado os seguintes conteúdos:
a) distribuição dos sons de maneira sucessiva:
- melodia: seqüência de sons organizados;
- ritmo: seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.
b) distribuição dos sons de maneira simultânea:
- harmonia: encaminhamento de acordes.
152
c) qualidades do som:
- intensidade: dinâmica;
- duração: pulsação/ritmo;
- altura: grave/agudo;
- timbre: fonte sonora/instrumentação;
d) estruturas musicais: organização e articulação dos elementos da
linguagem/ forma musical, incluindo o conceito de densidade.
Elementos básicos da linguagem do teatro:
Personagem: é o agente da ação. Ser fictício construído pelo aluno/ator
ou por quem escreve o texto ou roteiro. Seu processo de elaboração
retira da realidade humana, situações verossimilhantes, para recriar uma
ação/realidade simbólica, que vem a ser a própria dramatização. A
construção da personagem como um processo individual e/ou em
conjunto, pode se utilizar de recursos físicos inerentes ao aluno/ator,
sendo esses:
a) expressão corporal: manifestação da personagem a partir das
possibilidades motoras e emotivas;
b) expressão gestual: manifestação dos sentimentos e da intenção da
personagem através do gesto, que podem ser isolados ou simultâneos;
c) expressão vocal: manifestação dos sentimentos e da intenção da
personagem através da voz que pode ser falada, cantada ou emitida por
outros sons vocais;
d) expressão facial: manifestação dos sentimentos e da intenção da
personagem através do semblante;
A valorização dos recursos físicos na ação pedagógica significa
contemplar de forma consiste o processo de construção da personagem,
e assegurar a prática do teatro na escola. Pois o aluno/ator, visto como
153
matéria-prima viva do teatro, em sua unicidade traz a essência da
personagem, que se necessário, poderá complementar-se na ação
dramática com a caracterização, ou seja, recursos externos ao
aluno/ator que vem auxiliar nesse processo de construção.
e)caracterização da personagem: apresenta-se como uma
materialização de um ser criado. Composta pelo figurino, maquiagem e
acessórios, que no conjunto da dramatização, são elementos visuais da
cena.
Espaço Cênico: representa a área de atuação, onde acontece a ação
dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza
visual e sonora. O espaço cênico pode ser organizado através do uso de
recursos como:
a) cenografia: Aquilo que, no palco, figura o quadro ou moldura da ação,
ou seja, elementos do teatro de natureza visual que por meios
pictóricos, plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da
cena;
b) iluminação: cria a atmosfera da cena, ambienta, conduz e compõe o
sentido da ação;
c) sonoplastia: elemento do teatro de natureza sonora, ou seja, conjunto
de acontecimentos responsáveis por criar a atmosfera sonora da cena.
Também ambientar, conduzir e compor o sentido da ação;
Ação Cênica: compreende na seqüência de fatos e acontecimentos
cênicos, produzidos pelas ou para as personagens, podendo estar
organizado nas formas de:
f) Enredo: histórias já existente, conhecidas ou criadas pelo
aluno/ator para serem utilizadas no trabalho com o teatro. No
154
enredo residem, metáforas, de relações humanas que serão
dramatizadas por meio de suas falas, gestos ou mímica;
g) Roteiro: é a organização das ações em forma de cenas,
objetivando a dramatização;
h) Texto dramático: é uma obra da dramaturgia, criada para
encenação.
PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTISTICAS:
Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas
as linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação
dos elementos básicos das mesmas na forma de composição,
improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações
percebidas pelos sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as
esculturas, as danças da tradição, as danças clássicas ou modernas, a
tragédia, a comedia, as canções populares, as sinfonias e as demais
são compostas a partir da organização, intencional ou não, dos
elementos básicos, quer por artistas visuais, coreógrafos, dramaturgos,
compositores e na tradição histórica (manifestações populares). Nas
produções/manifestações artísticas é o que os elementos específicos de
cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do(s)
artista/autor(s) ou da interpretação do espectador/fruidor(s).
Produções/manifestações artísticas das artes visuais:
- imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia,
propaganda visual);
- imagens tridimensionais (escultura, instalações, construções
arquitetônicas);
155
- imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte).
Produções/manifestações artísticas da dança:
- Composições coreográficas (escolha e organização das seqüências e
relacionamentos dentro de um ritmo, acrescidos dos cenários, figurinos,
iluminação e som);
- improvisações coreográficas (movimentos organizados sem
planejamento prévio, exploração mais espontânea das possibilidades de
movimento corporal dentro de um ritmo).
Produções/manifestações artísticas da musica:
- composições musicais: organização e articulação dos elementos –
melodia, harmonia (acordes), ritmo, arranjo vocal e instrumental
(combinação de diversas melodias – vozes e/ou instrumentos musicais);
- improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de
voz e/ou instrumento musical em um trecho musical;
- interpretações musicais: execução de uma composição musical de
acordo com a concepção do intérprete por meio da voz e/ou instrumento
musical.
Produções/manifestações artísticas do teatro:
- representação teatral direta e indireta: caracteriza-se como uma
encenação direta, a ação teatral realizada por atores/personagens:
indireta quando esta acontece por meio de formas animadas (bonecos
ou objetos que representam personagens). Essas representações
teatrais em seu conjunto compreendem todos os elementos básicos da
linguagem teatral;
156
- improvisação cênica: construção de uma cena, partindo do
personagem, que tem sua resolução no decorrer da ação (utilizando-se
da fala ou não).
- dramatização: organizada de um tema ou situações previamente
definidas para a representação teatral
ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES:
Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos.
Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e
cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias
correntes artísticas e as relações identitárias (local/regional/global) tanto
do autor, como do aluno com a obra. Esse processo de desconstrução
desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras mais amplas
a respeito do objeto de estudo e da realidade.
Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática do
professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que
constrói uma possível relação entre elas e permite uma melhor
apreensão dos conteúdos em Arte.
- Contextualização histórica: situar o objeto de estudos na realidade em
que foi criado. Essa realidade é composta por fatores sociais,
econômicos, políticos e culturais.
- Autores/artistas: pesquisar características particulares da vida do
artista/ que influenciam seu modo de compor/criar.
- Gêneros: perceber a organização e classificação das obras a partir das
semelhanças de características ligadas a temática.
- Estilos: reconhecer à maneira peculiar de se expressar, características
que identificam a “marca” pessoal do artista.
157
- Técnicas: observar o conjunto de processos e maneiras de utilização
da matéria prima da linguagem.
- Relações identitárias local/regional/globais: partir do conhecimento
prévio do aluno, fazendo-o estabelecer relações com as
produções/manifestações que ocorrem em sua realidade e em
realidades distantes. Tais relações irão possibilitar a construção de
conhecimentos em arte e ampliar a sua visão de mundo.
4- Metodologia da Disciplina:
Na metodologia de artes, buscar-se-á formas originais e
interdisciplinares de expressão de idéias e opiniões com o grupo,
promovendo observações, experimentações, discussões e análises em
que se possa entrar em contato não só com a forma e as linguagens
técnicas, mas também com as idéias e reflexões propostas pelas
diferentes formas de arte.
O aluno em situações de aprendizagem, precisa ser convidado a
exercitar-se nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar
e refletir sobre elas.
Cabe ao professor criar atividades para estimular o percurso
criador de cada aluno em particular e do grupo, seguindo os níveis de
competência e as necessidades internas e externas de cada momento
singular desse processo.
Toda linguagem artística possui uma organização de signos que
propiciam comunicação e interação. Essa organização é estruturada
segundo princípios que cada cultura constrói, expressos numa
simbologia particular que é determinada histórica, política e socialmente.
Essa expressividade artística é concretizada quando, nas
158
manifestações/produções, se utiliza de sons, de formas visuais, de
movimentos corporais e de representações cênicas, que são percebidos
pelos sentidos humanos.
Nesta perspectiva, quando a arte abre-se ao vigor da linguagem
como fonte de potencialização de signos considera a construção das
subjetividades do sujeito enquanto autor/fruidor, pois quando se associa
o ensino de arte à linguagem é possível perceber e interpretar os
valores estéticos das sociedades, representados nos bens culturais
materiais e imateriais.
Neste sentido o ensino da Arte não dicotomiza a arte da ciência,
considera a colaboração entre esses saberes durante o processo de
ensino e de aprendizagem pela interação entre a razão e emoção,
objetividade e subjetividade. Sendo a escola, na maioria das vezes, o
primeiro espaço formal em que o aluno tem contato com o conhecimento
sistematizado em Arte, essa sistematização necessita contemplar a
apreensão dos conteúdos específicos da área.
Partindo da concepção adotada neste documento de Diretrizes, o
tratamento dos conteúdos deverá considerar:
- as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na
região, as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação
artística como produção cultural;
- as peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida
para a ampliação dos saberes em arte;
- as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão
dos processos de criação e execução nas linguagens artísticas;
- a experimentação como meio fundamental para a ressignificação
desse Componente Curricular, levando em conta que essa prática
159
favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio
dos sentidos.
Uma das ações que está em processo, na atualidade e que vem
se formando por sua abrangência cultural, refere-se a um
posicionamento teórico-metodológico, mais conhecido por Metodologia
Triangular, essa proposta em interferindo qualitativamente no processo
e melhoria do ensino da Arte, que tem por base um trabalho pedagógico
integrador de três facetas do conhecimento: “o fazer artístico”, a análise
de obras artística e a “história da Arte”. Este projeto propõe que os
alunos conheçam melhor a arte por meio de articulação de quatro
momentos educativos: “fazer artístico, s história da Arte, estética e a
crítica”.
A consciência histórica e a reflexão crítica sobre os conceitos,
idéias e as ações educativas de nossa época possibilitam nossa
contribuição efetiva na construção de práticas e teorias e educação
escolar em arte, que possa atender as implicações individuais e sociais
dos alunos, as suas necessidades e interesse e ao mesmo tempo
proporcionam o domínio dos conhecimentos básicos sobre a arte.
Verifica-se na atualidade uma grande presença de atividades
desenvolvidas por meio de projetos, sendo esta modalidade uma
orientação didática em arte. Esses projetos podem ser desenvolvidos de
forma interdisciplinar, ou mesmo referentes artes visuais, danças,
música, teatro, audiovisual.
Quando se trabalha com projetos estes tem um desenvolvimento
muito particular, pois envolve o trabalho com pesquisa de conteúdos e
se organiza em torno de uma produção determinada.
160
Os projetos buscam um elo na seleção dos conteúdos por série,
enquanto as relações entre os distintos conhecimentos são realizados
pelos alunos.
Dessa maneira, o professor pode criar condições de
aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das
linguagens artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são
constituídas de produções culturais, isto é, produtos de uma cultura em
um determinado contexto histórico. O professor poderá explicitar através
das manifestações/produções artísticas, elementos que identificam
determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente, a
estilização de seus pensamentos e ações. Esta materialização do
pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se como um
referencial (signos) que poderá ser interpretado pelos alunos por meio
do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas.
Linguagens Artísticas:
As quatro linguagens artísticas: Artes visuais, Dança, Música e
Teatro, têm um desenvolvimento histórico diferenciado e ingressam na
escola em momentos diferentes, mas possuem a mesma importância
como instrumentos educativos, quando se pretende ampliar as
possibilidades de apropriação do conteúdo em Arte durante p processo
de escolarização.
Nas Artes Visuais o professor explorará as visualidades em
formato bidimensional, tridimensional e virtual, podendo trabalhar as
características especificas contidas na estrutura, na cor, nas superfícies,
nas formas e na disposição desses elementos no espaço.
161
Em Dança, o principal elemento básico a ser estudado é o
movimento. A partir do seu desenvolvimento no tempo, no espaço o
professor poderá explorar as possibilidades de improvisação e
composição com os alunos. As aulas de Dança poderão também
abordar questões acerca das relações entre o movimento e os conceitos
a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente a
realidade da vida.
Na Linguagem Musical, a simples percepção e memorização dos
sons presentes no cotidiano não se caracterizam como conhecimento
musical. Há que se priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a
escuta consciente dos sons percebidos, bem como esses sons são
distribuídos numa estrutura musical. Essa escuta atenta propiciará o
reconhecimento da organização desses elementos nos repertórios
pessoais e culturais propostos durante as aulas.
A partir da Linguagem Cultural poderão ser explorados como
conteúdo, assim como na Dança, as possibilidades de improvisação e
composição no trabalho com as personagens, com o espaço da cena e
com o desenvolvimento de temáticas que partam tanto de textos
literários ou dramáticos clássicos, quanto de narrativas orais e
cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do teatro na escola
também estará se ocupando de tratar da montagem do espetáculo, a
reflexão sobre cada um dos seus elementos formadores pelo conjunto
de signos presentes nessa linguagem, como construídos de forma a
proporcionar ao aluno em seu processo de aprendizagem, o
conhecimento por meio do ato de dramatizar.
A linguagem artística das artes visuais:
162
As Artes visuais têm tradição no espaço escolar. Quando se
pensa em arte na escola, logo se imagina os alunos pintando,
recortando, modelando ou desenhando. Essa hegemonia da linguagem
visual em relação às outras linguagens se justifica, entre tantas razões,
pelas próprias concepções sobre educação voltadas aos padrões
elitistas da arte européia e pela grande quantidade de professores com
essa formação acadêmica. Entender as aulas de arte na escola com a
função de orientar os alunos na produção de obras de arte na escola
continua seguindo os preceitos do século XLX, quando esse modelo de
ensino caracteriza-se como um divisor de classes, na medida em que
essa linguagem era mais sofisticada e inacessível à maioria da
população.
Propõe-se ao professor a reflexão, revisão e reavaliação do
processo de ensino e de aprendizagem para que, alem da produção
pictórica de conhecimento universal ou artistas consagrados, esteja
considerando em suas práticas, formas e imagens em seus diferentes
aspectos, presentes na s sociedades contemporâneas. É necessário
também que os conteúdo relativos à artes visuais contemplem como
conteúdos escolares as informações visuais da mídia, as produções
plásticas hibridas ( criadas a partir de uma associação de linguagens),
os signos visuais dos espetáculos de dança, de teatro e das
manifestações folclóricas, uma vez que as mesmas resultam duma
quantidade imensurável de saberes acumulados e que fazem parte do
universo cultural dos alunos e da sociedade.
A escola como espaço de formalização de saberes, possibilitará o
acesso e o estudo das informações visuais, a fim de proporcionar ao
163
aluno o conhecimento, aliado à integração e à criticidade. Em síntese,
imprescindível que o professor contemple em seu planejamento:
As imagens bidimensionais (desenho, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual);
As imagens virtuais (cinema, televisão, computação, gráfica, vídeo-
arte);
As imagens tridimensionais (esculturas, instalações, produções
arquitetônicas).
A principio, os conteúdos selecionados pelo professor podem
estar relacionados com a realidade do aluno e com a realidade local.
Nessa seleção o professor poderá considerar os artistas, as produções
artísticas e os bens artístico-culturais da região, bem como outras
produções de caráter universal.
Outra questão importante a ser retomada por essas diretrizes diz
a respeito ao processo de releitura entendido com fazer, artístico, a
leitura da obra da arte e a informação histórica, segundo a Proposta
Triangular de Ana Mãe Barbosa. Essa metodologia é muito utilizada na
escola quando se trata da linguagem visual e até mesmo em outras
linguagens. A releitura de obras de arte que se propões nessa diretriz,
vai além da sua simples reprodução ou ainda do “arremedo” de seu
processo, caracterizado por sutis modificações ou pelo acréscimo de
cores formas, sem que se tenha estabelecido contextualização e
reflexões significativas.
Para tanto, uma obra de arte é entendida como um modo pelo
qual o artista percebe o mundo reflete a sua realidade, a sua cultura e a
sua época, dentre outros aspectos. O espaço de discussão pela
linguagem das artes visuais passa a ter um papel decisivo no processo
164
de intelectualização da percepção visual dos alunos para a
desconstrução/ampliação do olhar.
Outra possibilidade de trabalho, que se propõe nessas diretrizes,
é o estabelecimento de relações das artes visuais com as outras
linguagens artísticas. A máscara no teatro, o registro gráfico da musica
ou o figurino e maquiagem da dança, que ocorrerão a partir dos
conteúdos estruturantes da Disciplina. É possível também que nessa
proposta de interligação das linguagens, o professor possa utilizar-se de
temáticas que propõem relações da sensação visual com as sensações
táteis, entre outras. Essa prática, desenvolvida em sala, promove uma
forma de percepção mais completa e aprofundada no que se refere à
educação estética. O professor estará com isso, propiciando a
experiência estética pela combinação dos sentidos.
A linguagem artística da dança:
Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no
encaminhamento das aulas, a inter-relação dos elementos próprios da
linguagem da dança com os elementos culturais que a compõem. A
dança, enquanto linguagem tem conteúdos próprios, conforme apontou-
se nessas diretrizes, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que,
uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor
compreensão estética do mundo.
Os elementos básicos da linguagem da dança:
Movimento e não movimento
Corpo: articulações, superfícies, cabeça, tronco e membros;
Espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,
progressões;
165
Ações: Saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,
gesticular;
Dinâmicas/ritmo: peso, espaço, tempo, fluência;
Relacionamentos: relações de proximidade, afastamento,
superposição.
O objeto central da linguagem da dança o movimento. Esse
movimento apresenta-se das mais variadas formas, de acorda com os
textos e contextos no quais estiver contido. O estudo do “corpo que
dança e do corpo na dança” e a pratica das possibilidades do
movimento são objetos e fontes de conhecimento sistematizado e
transformador.
No desenvolvimento das aulas o professor tem como referencia
os conteúdos estruturantes e é importante analisar com os alunos: como
o corpo se movimenta no espaço; quais as relações há entre o
movimento e o tempo; se a dança se desenvolve com base numa
musica composta exclusiva para si. Quais os passos que se repetem
com mais freqüência na coreografia; perceber giros; saltos e quedas;
criar formas de registrar graficamente a formação inicial e os passos
sequencialmente; usar diferentes adereços; propor criações,
improvisações e execuções coreográficas individual e coletivamente;
identificar a que gênero pertence e em que época foi concebida.
O professor, ao selecionar os conteúdos de Dança que pretende
desenvolver com seus alunos, deverá fazer escolhas que sejam
significativas para eles. É preciso considerar, no processo de ensino e
aprendizagem, o contexto desses alunos, seus repertórios de dança
(seus conhecimentos e suas escolhas de ritmos e estilos). Articulando
esses elementos com saberes específicos da linguagem da dança, o
166
professor estará propondo o fazer-pensar dança, oferecendo ao aluno a
oportunidade de estabelecer essas relações e ressignificar esse
conhecimento.
A dança na escola será desenvolvida abordando as relações dos
elementos básicos dessa linguagem com os saberes referentes a ela e
presentes na cultura. Tais relações contribuirão para enriquecer a
compreensão de mundo dos alunos que terão acesso a conhecimentos
específicos sobre o movimento, suas inúmeras possibilidades e seus
significados construídos histórica, cultural e socialmente.
A linguagem artística da música:
O som é a matéria-prima da música. Porém a simples percepção
e memorização dos sons que nos rodeiam não se caracterizam como
conhecimento musical. A presença da música no contexto escolar
objetiva a educação dos sentidos. Partindo dos conteúdos estruturantes
que se desdobram em conteúdos escolares pretende-se desenvolver a
linguagem musical, pois se entende que o ensino da arte proporciona ao
aluno uma leitura sensível e reflexiva do mundo, uma vez que a música
esta presente no dia-a-dia das pessoas não só como entretenimento,
mas também como linguagem que revela o homem e seu meio.
Para isso, o professor, ao trabalhar os conhecimentos musicais,
irá considerar os saberes específicos dessa linguagem, priorizando
assim a escuta consciente, ou seja, aquela capaz de perceber a
distribuição dos sons de maneira sucessiva e simultânea. Além disso, os
conteúdos que decorrem da linguagem musical permitirão aos alunos a
identificação das propriedades do som: timbre, intensidade, altura e
duração; bem como, as variações das mesmas. A escuta atenta desses
167
elementos é de suma importância para que o aluno possa reconhecer a
estrutura musical presente em qualquer produção artística.
Sugere-se ao professor que em sua prática considere alguns
elementos que possibilitarão ao aluno a construção de conhecimentos
na Disciplina de Arte, por meio da linguagem musical e dos conteúdos,
entendidos aqui como um conjunto de conhecimentos ligados à
organização, articulação, registro e produção dos sons, de maneira a
criar ou identificar uma estrutura musical conhecendo-a auditivamente.
A percepção musical requer um trabalho constante do professor
para o desenvolvimento da atenção e da memória do aluno. A atenção,
para que se possam perceber auditivamente as estruturas musicais
como um todo, sua organização e os elementos que a compõem. Por
outro lado, percebe-se a obra musical com o passar do tempo, ou seja,
o seu reconhecimento se dá após o seu término. Nesse processo, a
memória atua de maneira atua de maneira a possibilitar o
estabelecimento de relações e associações entre os eventos sonoros
que estiveram presentes durante a execução de uma obra.
Os sons do cotidiano, quando não intencionalmente organizados,
não configuram musica. A organização dos sons no espaço e no
tempo é inerente à estruturação musical. Sendo assim, é fundamental
que o aluno perceba que existe uma organização sonora proposta
intencionalmente pelo compositor.
A representação gráfica dessa organização percebida pode
auxiliar a memória. Essa representação não precisa ser
necessariamente em partitura, porém ela é importante, pois se refere à
lembrança do que foi percebido auditivamente. No entanto, vale lembrar
que o registro dos sons não é música e sim um recurso auxiliar para a
168
memória, que pode ser feito utilizando-se de elementos visuais diversos
como gráficos, desenhos, esquemas e outras possibilidades elaboradas
pelos próprios alunos.
A interpretação dos sons memorizados, organizados e
registrados possibilita ao aluno expressar o seu entendimento e sua
leitura da obra de arte dentro da linguagem musical.
O professor juntamente com seus alunos, precisa reservar um
momento para reconhecimento e significação dos sons percebidos
assim como das estruturas musicais propostas. Dessa maneira, a
avaliação da aprendizagem será processual e contínua, cabendo ao
professor, quando do planejamento da aula, levar em consideração as
etapas sugeridas acima para que se viabilize a aprendizagem em
música.
O trabalho de música como linguagem passa por uma escuta
consciente, aquela capaz de perceber os sons sucessivos e simultâneos
e organizados e que são geradores das estruturas musicais presentes
no repertorio musical. O conhecimento musical a ser trabalhado em sala
de aula será proveniente de três grandes grupos:
Sons Sucessivos: ao ouvir uma pessoa cantar, pode-se testemunhar
como os sons podem ser organizados de maneira sucessiva e com
significado musical. No canto, alem das durações sonoras, verifica-se
também a variação de altura, ou seja, a alternância de sons graves e
agudos.
Em sons sucessivos, a variação de altura associada ás diferentes
durações sonoras sugere o conceito de melodia. O timbre é a qualidade
do som que vai possibilitar a identificação da fonte sonora que está
169
produzindo o som que ouve. No canto além do timbre, da altura e da
duração, podem-se identificar também variações de intensidade sonora.
Sons simultâneos: Os sons também podem ser produzidos
simultaneamente por uma ou mais fontes sonoras. No caso do violão,
que possui seis cordas, tem-se uma única fonte sonora que produz sons
simultâneos, o que ocorre quando se toca duas ou mais cordas ao
mesmo tempo. A orquestra possui vários instrumentos musicais que
produzem sons sucessivos, como por exemplo, oboé, o clarinete, a
flauta, o trompete e o trombone, porem, quando executados em
conjunto, tem-se sons simultâneos. Vários elementos podem ser
trabalhados em sala de aula a partir da idéia de sons simultâneos, entre
eles: harmonia, formações vocais (duos, trios, quartetos, coros),
formações instrumentais (conjunto de câmera, de choro, orquestras,
etc.) e formações mistas (bandas de rock, orquestra e coro, etc.).
Estruturas musicais: Os sons podem ser organizados e articulados
levando-se em conta a variação de suas propriedades. Esse é o
trabalho da composição musical. As estruturas musicais resultantes
revelam com o compositor deu forma á sua idéia musical. Quando se
trabalha com estruturas musicai utilizando-se de um repertorio
conhecido, principalmente aquele veiculado na mídia, é importante ter o
cuidado de não tecer juízo de valores, pois, na maioria das vezes, a
mídia é o único canal de acesso do aluno a um repertorio musical. Cabe
ao professor utilizar-se de repertórios diversificados e, se possível, de
gêneros, formações e estilos diferentes. Dessa maneira, ao aluno terá a
oportunidade de observar elementos musicais comuns em repertórios
diversos, comparando musicais que já são de seu cotidiano com outras
apresentadas pelo professor.
170
A linguagem artística do teatro
O teatro na escola é um recurso que auxilia o relacionamento do
homem com mundo. Assim surge a necessidade de integrar as partes
que compõem esse sujeito, desenvolver a intuição e razão através das
percepções, sensações, emoções, elaborações e racionalizações com o
objetivo de propiciar ao aluno uma melhor maneira de viver consigo e
com o contexto em que esse está inserido. A dramatização é inerente ao
homem, às encenações estão presentes desde os primórdios da
humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, nos
gêneros (tragédia, comedia e drama), nas correntes estéticas teatrais,
nos festejos populares, nos rituais do nosso cotidiano, na fantasia e nas
brincadeiras infantis, sendo as mesmas manifestações que pertencem
ao universo do conhecimento simbólico do ser humano.
Para que a presença do teatro na escola seja coerente à
concepção de Arte adotada nessas diretrizes, é preciso superar a idéia
dessa linguagem vista somente como atividade espontâneo-expressiva
ou de espetáculo comemorativo.
O trabalho com o teatro em sala de aula pode ser iniciado a partir
do enredo. Nele residem, em metáforas, as relações humanas que
serão dramatizadas por atores ou bonecos, por meio de suas falas,
gestuais ou mímicas. No enredo de uma obra da literatura universal, da
literatura brasileira ou literatura oral (contos, lendas, cantigas populares),
numa letra de música, num recorte de jornal, numa fotografia ou pintura,
encontram-se temáticas que expõem situações relevantes a respeito
das relações do ser humano consigo e com outro.
O teatro como linguagem artística na escola publica, gratuita e
para todos possui características diferenciadas ao permitir, em seu
171
processo de ensino e de aprendizagem, oportunidades que prezem pelo
direito do aluno ao conhecimento e que esses saberes sejam
proporcionados de maneira democrática e com qualidade, levando em
conta conteúdos específicos, metodologias, aprendizagem e avaliação.
5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:
Esta disciplina apresenta-se como componente curricular responsável por
viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em Arte, por meio das
diferentes linguagens artísticas. Dessa forma, o objetivo da Arte no Ensino
Fundamental é propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens
culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam utilizar-se
desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplie o seu modo de vê-
las.
De acordo com a LDBEN (nº 9394/96, art. 24, inciso V) e com a Deliberação
07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capitulo I, art. 8º), a avaliação em Arte
deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos
em arte e sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção
individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes.
Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos)
quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada permite
ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
Cada linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores,
historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser
entendidos e reorganizados para se construir novos significações sobre a realidade.
Numa avaliação significativa, é preciso também que o professor tenha
conhecimento da linguagem artística em questão, bem como da relação entre o
criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação para que abra portas e aponte
caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor
participa do processo e compartilha a produção do aluno. Daí a importância da
172
avaliação em si: ela permite que saia-se do lugar comum, dos gostos pessoais,
desvinculando-se de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela
produção de resultados, bem como de avaliações que valorizam tão somente o
espontaneísmo. Quando a avaliação esta centrada no conhecimento, gera critérios
que dialogam com os limites do gosto e das afinidades, uma vez que o
conhecimento permite objetivar o subjetivo.
A avaliação em Arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de
mediação da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada
um a partir da sua própria produção. Assim sendo considerará o desenvolvimento do
pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a
leitura da realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos
caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,
acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.
O professor observará como o aluno soluciona problematizações apresentadas e
como se relaciona com o colega nas discussões e consensos de grupo. O aluno
como sujeito desse processo também irá elaborar seus registros de forma
sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando
oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos
colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida no processo de
aprendizagem dos conteúdos das linguagens artísticas.
Assim sendo torna-se necessário ao professor da disciplina de Artes uma
formação adequada à realidade, visto que o mesmo é formador de opiniões. Além,
de conhecer o processo histórico do ensino da arte, o professor deve ter domínio da
prática com intuito de proporcionar à seus educandos conhecimentos das diversas
linguagens artísticas, bem como permitir reflexões sobre as práticas pedagógicas
em artes na atualidade.
O que se observa, no entanto é que trabalhar com a diversidade cultural e
social, o educando parte de suas próprias experiências e o seu produto
materializado é a visão que ele tem de mundo. Nesse processo, o aluno faz mais do
173
que uma produção artística, ele organiza seus valores, suas idéias, seus ideais,
seus sentimentos, sendo o mais importante a ser avaliado o processo e não o
produto final.
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se
estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,
inclusive aqueles referente a seleção dos instrumentos que ser~]ao utilizados no
processo de ensino e de aprendizagem.
6- Bibliografia:
AZEVEDO, F. de, A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:
Melhoramentos, editora da USP, 1971.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: EDUCAÇÃO ARTÍSTICA. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo; Àtica, 2003.
DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4 ed. Campinas,
SP:Papirus, 1995.
FSCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro : Zahar, 1979.
GÓMEZ, A. I. P. A cultura escolar na sociedade neoliberal. São Paulo: Artmed,
2001.
MARQUES, I. Dançando na escola. 2 ed. São Paulo. SP: Cortez, 2005
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes para o
Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.
Acervos da Biblioteca e MEC.
CIÊNCIAS
174
1- Apresentação Geral da Disciplina:
Durante muitos séculos, o ser humano se imaginou no centro do Universo,
com a natureza à sua disposição, e apropriou-se de seus processos, alterou seus
ciclos, redefiniu seus espaços, mas acabou deparando-se com uma crise ambiental
que coloca em risco a vida no planeta, inclusive a humana.
As mudanças estão acontecendo em todos os âmbitos da sociedade,
trazendo inúmeras inovações em diversos campos do saber. Acompanhá-las exige
uma nova postura da escola, na qual a prática pedagógica já não responde às novas
demandas da sociedade, evidenciando uma comunidade escolar insatisfeita. Neste
sentido, a escola frente às novas transformações, busca reestruturar sua prática
pedagógica para contribuir significativamente, no sentido de formar indivíduos
capazes de refletir criticamente diante das situações postas na contemporaneidade.
As Diretrizes Curriculares Estaduais Ciências propõe o desafio de
redimensionar as discussões e reflexões teórico – metodológicos sobre o ensino de
Ciências e para isso é necessário a fundamentação teórica que subsidie a prática
docente.
Portanto, é fundamental ver e entender a Ciência como elaboração humana
para compreensão do mundo.
Esperamos que o aluno tenha um conhecimento maior sobre a vida e sobre a
sua condição singular na natureza, para se posicionar acerca de questões polêmicas
como os desmatamentos, o acúmulo de poluentes e a manipulação gênica. Para
que possam perceber a vida humana, seu próprio corpo, como um todo dinâmico,
que interage com o meio, pois tanto a herança biológica quanto as condições
culturais, sociais e afetivas refletem-se no seu corpo.
Com o desenvolvimento da tecnologia é necessário que nosso aluno
desenvolva em si a vontade de adquirir os conhecimentos necessários para que
possa aprender a relacionar-se com o mundo em que está, como sendo seu lar,
compreendendo o ambiente natural e social.
O sistema político, a tecnologia e os valores fundamentam as sociedades.
Fortalecer os vínculos de família, de solidariedade humana e de tolerância recíproca
175
em que se assenta a vida social, leva a sociedade a uma melhor qualidade de vida,
procurando a prevenção e não apenas a cura dos males físicos, mentais e sociais.
2- Objetivos Gerais:
- A capacidade de compreensão do mundo e atuação como indivíduo e como
cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica;
- Valorização da natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,
como agente de transformações do mundo em que vive em relação essencial com
os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Identificar a composição, a organização e a fisiologia dos organismos vivos;
- Compreensão da ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana;
- Identificação das relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia
como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos
e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
- Entendimento da saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
-Formulação de questões, diagnósticos e proposições de soluções para problemas
reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Utilização de conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
- Valorização do trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
a construção coletiva do conhecimento;
- Estimulação do cuidado com o próprio corpo, com atenção para o desenvolvimento
da sexualidade e para os hábitos de alimentação, de convívio e de lazer;
- Valorização da vida em sua diversidade e a conservação dos ambientes;
- Caracterização dos movimentos visíveis, de corpos celestes no horizonte e seu
papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;
- Interpretação das situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando
informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias
alimentares;
176
- Valorização da disseminação de informações relevantes aos membros da sua
comunidade.
3- Conteúdos Estruturantes:
O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é constituído historicamente
por um conjunto de ciências que somam numa disciplina escolar para compreender
os fenômenos naturais nesta etapa da escolarização. Os conhecimentos físicos,
químicos e biológicos, dentre outros, são contemplados nessa disciplina com vistas
à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referencia
que compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino e de
aprendizagem.
De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina focando:
Os conhecimentos físicos – a partir dos conhecimentos científicos em relação aos
diversos fenômenos naturais e tecnológicos, abordando conteúdos como:
movimentos, sons, luz, eletricidade, magnetismo, calor e ondas, dentre outros;
Os conhecimentos químicos – contemplam as noções e conceitos científicos sobre
os materiais e as substâncias; sua constituição; suas propriedades e
transformações, necessárias para a compreensão do processo básicos da Química.
Os conhecimentos biológicos – Orientam progressivamente na interpretação e
compreensão dos processos biológicos, contribuindo no entendimento do ambiente
e da manutenção da vida.
Assim, as ciências de referência orientam a definição dos conteúdos
significativos na formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da
vida, do ambiente, do corpo humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da
energia, dentre outros, fornecendo subsídios para compreensão crítica e histórica
do mundo natural (conteúdo da ciência), do mundo construído (tecnologia) e da
pratica social (sociedade).
Foram elencados os conteúdos estruturantes entendidos aqui como
saberes fundamentais, que organizam teoricamente os campos de estudo da
disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e áreas afins.
Assim as diretrizes propõem conteúdos estruturantes: Corpo Humano e
Saúde, Ambiente, Matéria e Energia e, Tecnologia, os quais foram definidos
177
observando as relações existentes entre os campos de estudos, tradicionalmente
tratados ao longo do ensino de Ciências, e sua importância no processo de
escolarização atual.
Ao dividir os conteúdos estruturantes em conteúdos específicos, é importante
considerar a concepção de ciências adotadas nestas diretrizes, os conhecimentos
físicos, químicos e biológicos e os elementos do Movimento CTS, visando um
processo não fragmentado de ensino e aprendizagem.
3.1 - CORPO HUMANO E SAUDE
Conhecer e compreender as transformações e a integração entre os sistemas
que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação,
regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas á saúde e a sua
manutenção, caracterizando o campo de estudo desse conteúdo estruturante,
procurando ter como principio a prevenção. Devido esse conteúdo estruturante ser
bastante complexo, seus conteúdos específicos serão tratados através de
conhecimentos elaborados e sistematizados, essenciais para entender e explicar os
fenômenos naturais, os aspectos sociais, econômicos, políticos e éticos envolvidos.
No processo de ensino e de aprendizagem, o conteúdo estruturante Corpo Humano
e Saúde, permeará os conteúdos específicos, articulando esses saberes com a
pratica social dos sujeitos envolvidos. Os conteúdos deverão ser enriquecidos com
assuntos que promovam os conhecimentos científicos em detrimento do senso
comum, evidenciando as inter-relações entre o sujeito e o objeto de estudo da
disciplina.
O conteúdo alimentação ressaltar a necessidade e importância de uma
alimentação adequada, equilibrada e saudável para a sobrevivência dos seres
humanos, bem como a produção de alimentos livres de produtos químicos. Faz-se
necessário considerar as contradições existentes na sociedade atual em relação a
este conteúdo. A miséria, a fome, a desnutrição, a subnutrição e o desperdício se
contrapõem á produção e oferta de alimentos no Brasil e no mundo. E a reflexão
desses conteúdos possibilita uma compreensão dos principais problemas sócio-
ambientais que marcam a pratica social.
178
3.2 - AMBIENTE
O entendimento do funcionamento dos ambientes da natureza, de como a vida se
renova e se mantém transcorre pelo reconhecimento da importância da
biodiversidade e das ações humanas que interferem nela. É necessário discutir os
diferentes ambientes da Terra, sua diversidade, localização, caracterização,
transformações ao longo da historia e adaptação dos seres vivos e do homem aos
ambientes aquáticos, gelados, temperados, quentes e secos, quentes e úmidos,
cavernas e ao ambiente espacial. É fundamental abordar os fenômenos naturais
envolvidos nos desequilíbrios ecológicos, como por exemplo: efeito estufa, buracos
na camada de ozônio, chuva acida, desmatamentos, queimadas, aquecimento
global, degelo das calotas polares, poluições, desertificação, entre outros, tratando
das causas e conseqüências desses desequilíbrios para o ser humano, para os
seres vivos e para o ambiente. Este conteúdo estruturante é amplo, os conteúdos
específicos relacionados considerarão os aspectos sociais, políticos, econômicos e
éticos intrínsecos às problemáticas ambientais. É fundamental a analise das
relações de poder existentes na sociedade capitalista, cujos interesses estão
situados nos aspectos políticos e econômicos, relegando a segundo plano os
aspectos ambientais e sociais. As preocupações com o ambiente começaram a
surgir de forma isolada, e essas preocupações tornaram-se mais explicitas a partir
dos anos 70. A partir disso, a sociedade capitalista pressionada pelos movimentos
sociais e esgotamento dos recursos naturais, mobilizou nações com o objetivo de
propor metas e concretizar tratado restabelecendo o equilíbrio do planeta e o uso
sustentável dos recursos naturais. O surgimento dos movimentos sociais, a
globalização, as Conferências Mundiais, entre outros fatores, permitirão que as
problemáticas ambientais tomem dimensões mais expressivas, tornando-se foco de
preocupação mundial.
O estudo do ambiente é importante, pois fornece indicativos históricos para a
compreensão dos processos de degradação, preservação e recuperação de áreas
degradadas.
3.3 - MATERIA E ENERGIA
179
O estudo da matéria e da energia é imprescindível e indissociável no currículo
de Ciências, pois, trata de conhecimentos físicos, químicos e biológicos e permiti a
compreensão cientifica desses conceitos. No estudo da matéria e energia é
importante considerar as interações, as transformações, as propriedades, as
transferências, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em
determinadas situações, as relações com o ambiente. Assim, como os problemas
sociais e ambientais relacionados não só a geração de energia, sua distribuição,
consumo e desperdício, como também à produção e ao descarte dos resíduos
referentes ao seu uso.
A dificuldade de estudo desses conceitos científicos, é a fragmentação que
inviabiliza uma abordagem articulada e inter-relacionada com a pratica social do
sujeito. Se essa pratica for considerada, podem-se identificar os conhecimentos
físicos, químicos e biológicos em atividades do cotidiano dos alunos.
Os conhecimentos físicos relacionados à mecânica: estática, cinética e
dinâmica, pode ser abordada por meio dos conceitos científicos de trajetória,
movimentos, velocidade, aceleração e freqüência, estabelecendo relações com o
conteúdo estruturante ambiente, por exemplo, ao considerar os conteúdos
específicos que tratam dos movimentos da Terra. Nessa direção, o conteúdo
estruturante tecnologia e seu campo de estudos, podem fornecer subsídios para
essa discussão, a medida em traz tecnologias que o ser humano utilizou
historicamente, nos projetos espaciais e na observação do céu. Ao desmembrar este
conteúdo estruturante, não se deve fragmente o currículo, pois os conteúdos
estruturantes devem estar em articulação com os demais conteúdos. Possibilitando
a compreensão de que o ser humano para satisfazer suas condições básicas de
sobrevivência, precisa da interação entre a matéria e energia se dê de forma
equilibrada, determinando o equilíbrio do ecossistema na relação de
interdependências entre ele, os demais seres vivos e o ambiente.
3.4 - TECNOLOGIA
À medida que o homem estabelece as relações sociais, de produção da
ciência e tecnologia, com vistas ao atendimento das suas necessidades, passa a
perceber que a ciência e da tecnologia, com vistas ao atendimento de suas
180
necessidades, passa a perceber que a ciência e a tecnologia não são neutras.
Assim, o uso que se faz delas depende de interesses políticos, militares e
empresariais que se apoderam de seus resultados e os utilizam em beneficio de
uma elite, visando lucro, dominação e guerra. Pretende-se romper com a idéia de
que a ciência e a tecnologia são neutras, a - históricas ou visam o “bem comum”,
como muitas vezes são apresentadas na mídia, nos currículos ou livros didáticos.
As tecnologias da informação, a biotecnologia e a medicina, por exemplo,
também são influenciadas pelas relações de poder existentes na sociedade, e essas
esferas de poder, de acordo com seus interesses, privam parte significativa da
população do acesso aos produtos da ciência e tecnologia. Esse desenvolvimento
cientifico e tecnológico determina, contraditoriamente, problemas graves não só para
o meio ambiente, como para a sobrevivência da própria espécie. É importante refletir
que toda a população é exposta a esses efeitos, e não apenas a porção da
sociedade que determina o processo de produção do conhecimento cientifico -
tecnológico. É importante refletir o papel da tecnologia, no cotidiano das pessoas, e
quem tem acesso a ela e de que forma.
Neste conteúdo estruturante é fundamental que se discuta, analise e reflita
como as tecnologias contribuíram para as diferentes construções e/ou alterações
dos ambientes. O impacto dessas construções/modificações no ambiente, causados
pelo uso da tecnologia, são importantes para o currículo de Ciências, não só pelos
aspectos ambientais, como também sociais, econômicos, políticos e éticos.
Devem-se tratar também da biotecnologia, no que se refere à manipulação
gênica, clonagem, transgenia, células-tronco, reprodução in vitro, inseminação
artificial e melhoramento genético, entre outros assuntos, ressaltando as relações
entre estes, conteúdos estruturantes, os conteúdos específicos e suas implicações
na sociedade. Ao se apresentar os conteúdos estruturantes Corpo Humano e
Saúde, Ambiente, Matéria e Energia e Tecnologia, estas diretrizes tem por objetivos
retomar a função social da disciplina de Ciências, que promova a socialização dos
conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização dos procedimentos em
natureza social.
Para que os conteúdos específicos na escola sejam de fato relevantes, tendo
em vista um currículo de Ciências articulado, os conteúdos estruturantes e seus
181
desdobramentos precisam ser articulados numa perspectiva crítica e histórica, que
leve em conta a pratica social do sujeito, as implicações e limitações das relações
entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
Nesta abordagem pedagógica, considera-se que:
A historicidade da produção do conhecimento cientifico, possibilita a compreensão
desse processo nos diferentes tempos da história da humanidade, estabelecendo
relações e interações entre as exigências que culminaram na produção desses
conhecimentos e a contemporaneidade;
A intencionalidade, inerente ao processo de produção dos conhecimentos
científicos, que pode determinar as relações de poder e ser determinada por elas.
Conhecimentos científicos produzidos num determinado contexto, expressam muitas
vezes uma intencionalidade implícita ou explicita de interesse de grupos dominantes;
A provisoriedade dos conhecimentos científicos, tratada no processo de ensino e
de aprendizagem, resgata o caráter problematizador e a possibilidade da dúvida, no
currículo de Ciências, superando a compreensão desses conhecimentos como
verdadeiros prontos e acabados. È necessário conhecer as contradições dos
pesquisadores e a aplicabilidade das teorias cientificas, compreendendo o caráter
provisório e incerto da ciência. Considerando que alguns elementos são
legitimados ao longo da História. Esses conhecimentos são produzidos num
determinado contexto histórico, úteis e muitas vezes servem de base para novas
pesquisas cientificas, para a produção de novos conhecimentos. Conhecimentos
estes, questionados, debatidos, refutados. Com isso, surgem novas teorias e
conhecimentos científicos. E o processo de produção do conhecimento científico é
rígido, segue um método e, exige anos de pesquisa cientifica para sua validação.
Os conhecimentos científicos poderão ser produzidos pelos sujeitos do processo de
ensino-aprendizagem, no seu cotidiano, adequando-se às suas necessidades e
interesses. Através da aplicabilidade desses conhecimentos na pratica social,
pretende-se que os sujeitos analisem de forma critica o seu dia a dia, conhecendo o
poder exercido pela mídia, pelo consumo, pelos interesses econômicos e políticos
que determinam e são determinados pelas relações de poder.
A disciplina de Ciências poderá estabelecer relações e inter-relações, não só entre
os conteúdos estruturantes, mas também entre esses e o específicos e com as
182
várias a áreas do conhecimento, proporcionando um ambiente favorável e uma
abordagem articulada. Dessa forma, o aluno como sujeito histórico e parte integrante
de um meio (político, social, econômico, cultural, ambiental, ético, histórico e
religioso) estabelecendo relações e interfere direta ou indiretamente no seu contexto
social.
O currículo de Ciências trata de forma elementar, ou seja, considera as
primeiras noções de conhecimentos científicos que são essenciais, para um
entendimento da física, da química e da biologia dentre outros, com o objetivo de
propiciar conhecimentos para a compreensão dos fenômenos envolvidos nestas
ciências de referencias.
O tratamento dialógico dos conteúdos das ciências ditas naturais (física,
química e biologia) visa integrar o processo de ensino e de aprendizagem,
permitindo a compreensão de que os fenômenos naturais não ocorrem isoladamente
na natureza e no cotidiano. Essas relações são algumas das possibilidades de
interação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos entre os conteúdos
estruturantes e seus desdobramentos e entre a disciplina de Ciências e as outras
áreas do conhecimento, sem esquecer de discutir, analisar e refletir por meio dos
elementos do Movimento CTS a produção, distribuição, consumo e desperdício de
água; á saúde, ao saneamento básico e, a prevenção de doenças, entre outros.
Assim, é preciso pensar sobre quais os conteúdos abordar em cada série do Ensino
Fundamental, tendo em vista a importância de um domínio teórico consistente, da
formação de sujeitos que tenham visão de sua determinação social e da
necessidade de atuar em benefício de sua transformação.
Para que estas diretrizes sejam referenciais para a disciplina, na prática do
ensino e da aprendizagem, cabe aos professores a responsabilidade de estabelecer
uma estreita ligação dos conteúdos específicos, desta área do conhecimento, com
as reflexões históricas e filosóficas da produção da ciência como uma construção
humana, portanto provisória, falível e vinculada às relações de poder existentes na
sociedade. Além disso, a complexidade da sociedade atual evidencia a necessidade
da sistematização dos saberes historicamente acumulados, durante o processo de
produção do conhecimento.
183
O currículo de Ciências, nesta visão, propicia um processo de ensino
aprendizagem crítico, por meio de relações estabelecidas entre os conteúdos deste
currículo e os conhecimentos físicos, químicos e biológicos e, destes com os
elementos do Movimento CTS.
3.5 - CONTEUDOS:
O tratamento dos conteúdos estruturantes e de seus desdobramentos – os
conteúdos específicos – numa abordagem crítica e histórica, pressupõe a utilização
de conhecimentos físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos
naturais. Para que isso se efetive, alguns conceitos científicos são fundamentais e
precisam ser estudados e constantemente retomados, para que os alunos
compreendam que o objeto de estudo da disciplina, permeia a sua prática social.
Conceitos fundamentais: matéria, partícula, átomo, molécula, corpo/objeto, massa
e peso dos corpos, elemento químico, fenômeno físico, químico e biológico;
Propriedades gerais da matéria: Massa, Inércia, Impenetrabilidade,
Compressibilidade, Elasticidade, Divisibilidade, Indestrutibilidade.
Propriedades especificas da Matéria: organolépticas, físicas e químicas.
- Organolépticas: cor, odor, sabor, textura, brilho e estado físico ou de agregação
da matéria.
- Físicas: pontos de fusão, de ebulição, de solidificação e liquefação da matéria; a
condutibilidade; o magnetismo, a solubilidade; a dureza; a maleabilidade; a
ductibilidade, a densidade; o calor especifico.
- Químicas: combustão e hidrólise.
A partir do estudo desses conceitos fundamentais, o planejamento das ações
pedagógicas precisa considerar a relação entre os conteúdos estruturantes e
específicos e, a ciência, a tecnologia e a sociedade. Ao se analisar o conteúdo
“Água no ecossistema”, desdobrado do conteúdo estruturante Ambiente, o
professor poderá desenvolver uma discussão e conseqüente análise sobre a
abundância da água e sua utilidade; do conteúdo estruturante Matéria e Energia,
poderá abordar a importância da água nas reações que envolvem transformação e
interação entre matéria e energia; do conteúdo estruturante Corpo Humano e
184
Saúde, é importante considerar a quantidade e a necessidade da água para o ser
humano, bem como a qualidade da água para a manutenção da saúde; do conteúdo
estruturante Tecnologia, é essencial discutir e analisar os recursos cientifico -
tecnológicos envolvidos nos processos de tratamento e recuperação da água,
recursos natural essencial aos seres vivos. Como se pode perceber, os conteúdos
específicos são desdobrados e estabelecem relações com os conteúdos
estruturantes de alguma forma. Destaca - se que as possibilidades de relação são
inúmeras e devem ser estabelecidas considerando-se as orientações destas
diretrizes, a experiência profissional, a caminhada pedagógica do professor e a
discussão com seus pares.
Nesta perspectiva, as relações com a ciência, a tecnologia e a sociedade
podem ser estudadas por meio de elementos do Movimento CTS. Para todos os
conteúdos específicos elencados na proposta, a relação com o movimento é
importante, pois por meio desta inter-relação, também, que os alunos poderão
compreender a concepção de ciência, de tecnologia e de sociedade adotadas, a
intencionalidade da produção cientifica, provisoriedade da ciência, a sua
aplicabilidade no cotidiano, a historicidade dos conhecimentos científicos e a inter-
relação destes com outros saberes historicamente produzidos. Outro elemento
importante que os alunos passam a entender, por meio deste estudo, é o conflito de
interesses legitimado pelas relações de poder, diretamente envolvidas na sociedade.
Diante do exposto, no conteúdo “Água no ecossistema”, por exemplo, para
elaborar o planejamento de suas aulas, o professor pode estabelecer uma
abordagem crítica e histórica dos conteúdos específicos, contemplando os aspectos
políticos, sócias, econômicos e éticos, considerando as relações com a ciência, a
tecnologia e a sociedade, em questões como a influência do ciclo da água sobre as
pessoas, os animais e a agricultura (Sociais); quem explora o fornecimento de água
na sua cidade (Políticos); com se dá o desperdício de água e energia na sociedade
contemporânea (Econômicos); quais as políticas públicas que favorecem o descaso
com o meio ambiente e os seres vivos (Éticos); desde quando existe água
encanada em sua cidade (Históricos).
Através dos conteúdos específicos da disciplina, possibilita-se uma analise
mais ampla do contexto, estendendo a discussão para além do conteúdo especifico,
185
alcançando diferentes instâncias da sociedade, embora não explicitadas, influenciam
diretamente na pratica social do sujeito. Essa discussão, análise e reflexão são de
fundamental importância, no âmbito escolar, para que os alunos assumam uma
postura critica e transformadora de suas concepções e conceitos sobre a realidade.
O professor de Ciências deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna
obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio e relacioná-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho
pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que
tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:
- População brasileira e miscigenação dos povos;
- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;
- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;
- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;
- Trabalho e renda dos afro-descendentes;
- Colonização da África pelos europeus;
- Configuração espacial do continente africano;
- Práticas de segregação racial, entre outros.
3.6 - Conteúdos por ano:
6º ano
Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente; Água no ecossistema; Ar no
Ecossistema e Solo no Ecossistema.
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
186
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
População: taxas,
densidade demográfica
e fatores que
influenciam;
Comunidade:
transferência de
matéria e energia
(ciclos biogeoquímicos,
teias e cadeias
alimentares);
Fotossíntese:
importância do
processo de produção
e armazenamento de
energia química
(glicose);
Seres vivos – seres
vivos; Seres vivos –
meio ambiente;
Biosfera – Ecossistema
– Comunidade –
População – Individuo;
habitat e nicho
ecológico; divisões da
biosfera: ciclo terrestre,
marinho e de água
doce; teias e cadeias
alimentares: produtores
e consumidores e
decompositores;
alimentação e saúde:
tipos e funções dos
alimentos, nutrientes;
- Preservação da
biodiversidade da
Amazônia.
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente - Matéria e Energia – Tecnologia
Água no ecossistema
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Estados físicos da
água: Forças de
atração e repulsão
entre as partículas da
água, mudanças de
estado físico da água;
ciclo da água; Pressão
e temperatura;
Densidade pressão
exercida pelos líquidos;
Empuxo; Água como
recurso energético;
Composição da água;
Potencial de Hidrogênio
(PH); Salinidade; Água
como solvente
universal; Pureza;
Soluções e misturas
heterogêneas; Ciclo da
água; disponibilidade
da água
na natureza; Água e o
Seres vivos; Habitat
aquático;
Contaminação da água;
doenças – preservação
e tratamento; equilíbrio
ecológico;
- Aquecimento global
(degelo)
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente –Matéria e Energia – Tecnologia
Ar no ecossistema
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Existência do Ar;
Ausência do Ar: vácuo;
aplicação do vácuo;
Atmosfera: camadas;
Propriedades;
compressibilidade,
expansão, exercer
pressão, Movimentos
do ar: formação dos
ventos, tipos de vento,
brisa terrestre e
marítima, Velocidade e
direção dos ventos;
Resistência do ar;
Pressão atmosférica ;
Aparelhos que medem
a pressão do ar;
Pressão atmosférica e
umidade; Meteorologia
e previsão do tempo;
Eletricidade
atmosférica, Ar como
recurso energético;
Tecnologia
aeroespacial e
aeronáutica; Força de
atrito; Aerodinâmica;
Deslocamento de
veículos automotores;
Velocidade; Segurança
no trânsito: prevenção
de acidentes;
Composição do ar:
Oxigênio e Gás
Carbônico –
fotossíntese, respiração
e combustão; Ciclos
biogeoquímicos; Outros
elementos presentes
no ar; Gases nobres:
suas propriedades e
aplicações; O ar e os
seres vivos; pressão
atmosférica e a
audição; contaminação
do ar: doenças
causadas por bactérias
e vírus – Prevenção e
tratamento; Poluição do
ar: agentes
causadores; Causas e
conseqüências: efeitos
nocivos resultantes do
contato com esses
agentes; Medidas para
diminuir a poluição do
ar;
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Solo no Ecossistema
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Tecnologia utilizada
para preparar o solo
para o cultivo;
Composição do solo;
Tipos de Solo: arenoso,
argiloso, calcário e
húmus; Agentes de
transformação do solo:
água, ar seres vivos;
Utilidades do solo;
Adubação: orgânica e
inorgânica
(compostagem e
fertilizantes); correção
do PH dos solos;
Processos que
contribuem para o
empobrecimento do
solo: queimadas,
desmatamento e
poluição, dentre outros;
combate à erosão:
tipos de erosão; Mata
ciliar; Contaminação do
solo: doenças –
prevenção e
tratamento; condições
para manter a
fertilidade do solo;
curvas de nível, faixas
de retenção,
terraceamento, rotação
de culturas, culturas
associadas;
preservação da
Amazônia; Coleta
seletiva de lixo;
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Poluição e contaminação da água, do ar do solo
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Equilíbrio e
conservação da
natureza: fauna, flora,
ar, água e solo;
agentes causadores da
contaminação e
poluição da água, do ar
e do solo; agentes
causadores e
transmissores de
doenças; prevenção e
tratamento de doenças
relacionadas à poluição
e contaminação do ar,
da água e do solo;
Saneamento básico:
estações de tratamento
de água (ETA), de
esgoto (ETE) e do lixo
(aterros sanitários,
reaproveitamento e
reciclagem do lixo);
Doenças relacionadas
à falta de saneamento
básico e prevenção:
Biodigestor;
Fenômenos:
superaquecimento do
planeta, efeito estufa,
buraco na camada de
ozônio e seus efeitos
nocivos aos seres vivos
e ao ambiente;
Devastação da
Amazônia.
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e energia – Tecnologia
Astronomia e Astronáutica
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
l: fonte de luz e calor;
Radiação; Instrumentos
construídos para
estudar os astros:
astrolábio, lunetas; Sol:
composição química,
Sistema Solar:
Composição da Terra;
Planeta Terra: Biosfera:
Sol: Produção de
vitamina D;
Movimentos da Terra e
suas conseqüências –
ritmos; telescópios,
satélites, foguetes,
estações espaciais,
radiotelescópio:
Planeta Terra:
movimento de rotação
(dias e noites) e
movimentos de
translação (estações do
ano): inclinação do eixo
da Terra em relação ao
plano de órbita; força
gravitacional; medidas
de tempo –
instrumentos
construídos pelo ser
humano para marcar os
dias no tempo e no
espaço: relógio de sol,
ampulhetas, relógios
analógicos, digitais e
calendários;
Desenvolvimento da
Astronáutica e suas
aplicações;
Telecomunicações:
satélites, internet,
ondas, fibra óptica,
dentre outras;
Exploração
aerofotogramétrica
(monitoramento de
imagens por satélites);
Utilização de satélites
na meteorologia;
Investigação do espaço
sideral por meio de
foguetes, sondas
espaciais, ônibus
espacial e estação
espacial; Estrelas:
Sistema solar: posição
da Terra e dos demais
planetas; biológicos; A
lua como satélite
natural da Terra:
influências sobre a
biosfera, marés;
Diagnostico tratamento
e prevenção dos efeitos
das radiações do sol
sob o corpo humano:
queimaduras, insolação
e câncer de pele; O ser
humano no espaço:
astronautas; Relação
de adaptação do
homem a viagens
espaciais; Sol: fonte de
luz e energia; Estrutura
da Terra – atmosfera,
litosfera e hidrosfera;
Biodiversidade – Características básicas dos seres; Níveis de organização dos
seres vivos – organização celular; Biodiversidade – Classificação e
adaptações morfofisiológicas.
7º ano
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Níveis de organização dos Seres Vivos – Organização Celular
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Unidades de medida;
equipamentos para a
observação e descrição
de células;
microscópios e lupas;
Unidades de medida;
Conceitos básicos:
Colóides, Osmose,
difusão, substância
orgânicas e
inorgânicas; Aspectos
morfo-fisiológicos
básicos das células;
Células animais e
vegetais (membrana,
parede celular,
citoplasma e núcleo) ;
Divisão Celular: mitose
(células somáticas) –
câncer; divisão celular:
meiose
(gametogênese) –
anomalias
cromossômicas;
Aspectos morfo-
fisiológicos básicos dos
tecidos animais e
vegetais; Conceitos
básicos: biosfera –
ecossistema –
comunidade –
população – individuo –
sistemas – órgãos –
tecidos – células –
organelas
Características básicas
que diferenciam os
seres vivos dos não-
vivos ; Relações de
interdependência;
seres vivos – seres
vivos; seres vivos –
meio ambiente;
adaptações e controle
de temperatura
corporal nos
organismos; interações
da pele com o meio:
proteção do organismo,
regulação de água e
temperatura
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Biodiversidade – Classificação e adaptações morfo – fisiológicas
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Capiliridade;
Fototropismo;
Geotropismo;
Movimento e
locomoção: referencial,
impulso, velocidade,
aceleração; Osmose;
absorção;
Fotossíntese;
Respiração;
Transpiração; Gutação;
Fermentação;
Decomposição;
Hibridação; Modos de
agrupar os seres vivos;
Critérios de
Classificação: Cinco
reinos dos seres vivos;
Biosfera: adaptações
dos seres vivos
(animais e vegetais)
nos ambientes
terrestres e aquáticos;
Biotecnologia da
Utilização industrial de
microrganismos e
vegetais: Indústria
farmacêutica, química e
a alimentícia
(organismos
geneticamente
modificados) dentre
outras: Vegetais:
reprodução e
hereditariedade –
polinização,
fecundação, formação
do fruto e da semente,
disseminação; Animais:
Digestão (alimentação),
respiração, circulação,
excreção, locomoção,
coordenação, relação
com o ambiente,
reprodução e
hereditariedade; fauna
e flora do Paraná;
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo.
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Diagnósticos: exames
clínicos por imagens;
Tratamento:
radioterapia;
intoxicações por
agentes físicos:
elementos radioativos,
pilhas, baterias, dentre
outros; Imunização
artificial: soros, vacinas,
medicamentos;
Diagnósticos; Exames
clínicos; Tratamento:
quimioterapia;
intoxicações por
agentes químicos:
agrotóxicos, inseticidas
e metais pesados,
dentre outros; Doenças
causadas por animais:
parasitoses, zoonoses
e verminoses; Doenças
causadas por
microorganismos:
parasitoses, infecções
bacterianas, viroses,
protozooses e micoses;
intoxicações causadas
por plantas tóxicas;
diagnósticos: exames
clínicos; Prevenção e
tratamento: alopatia,
homeopatia, fitoterapia,
dentre outros; Efeitos
das intoxicações
causadas por agentes
físicos e químicos no
organismo; Sistema
imunológico:
imunidade, barreira
mecânica, glóbulos
brancos (fagocitose),
anticorpos;
8º ano
Doenças, infecções, intoxicações e defesas dos organismos; Corpo Humano
como um todo integrado.
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Corpo humano como um todo integrado
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Ação mecânica da digestão: mastigação, deglutição, movimentos peristálticos;
Transporte de nutrientes; Pressão arterial; Inspiração e Expiração; Tecnologia de
reprodução in vitro, inseminação artificial: Tecnologias associadas ao diagnostico e
tratamento das DSTs – AIDS; Tecnologias envolvidas na manipulação genética:
clonagem e células troncos; Tecnologias associadas ao aconselhamento genético
como forma de prevenção à má formação gênica; Tecnologia envolvida na doação
de sangue e de órgão; A luz e a visão; Propagação retilínea da e a formação de
sombras: Reflexão da luz e as cores dos objetos: Olho humano como instrumento
óptico; Modelo físico do processo de visão; Espelhos, lentes e refração; Poluição
visual; Fibras ópticas; Propagação do som no ar; Velocidade do som; o som e a
audição; A qualidade do som; Reflexos sonoros: eco, poluição sonora; Prótese que
substituem parte e funções de alguns órgão do corpo; Aparelhos e instrumentos que
o homem constrói para corrigir algumas deficiências físicas; Objetos e aparelhos
fabricados para corrigir deficiências dos órgãos dos sentidos; Tecnologias utilizadas
para diagnosticar problemas relacionados aos sistemas sensorial, nervoso,
endócrino, locomotor (esquelético e muscular) genital digestório, respiratório,
cardiovascular e urinário; Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso
central: radiação, Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares; Alimento
Diet e Light: Ação química da digestão: transformação dos alimentos;
Aproveitamento dos nutrientes; Reações químicas; Transformação energética,
Eliminação de resíduos, Hemodiálise; sabores, odores e texturas; Ácidos e bases:
identificação, nomenclatura e aplicações; PH de diversos produtos e substâncias;
óxidos e sais; Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e ácido
sulfúrico dentre outras; substâncias tóxicas de uso agrícola: agrotóxicos, fertilizantes
e inseticidas dentre outras; substâncias tóxicas de uso domestico: detergentes,
sabões, ceras, solventes, lustra- móveis, tintas e colas, dentre outras; Composição
química do álcool; Teor alcoólico das bebidas; Reações que ocorrem no sistema
nervoso e no organismo com a liberação de neurormônios, como por exemplo a
adrenalina; Sistema digestório (digestão); Disfunções do sistema digestório:
prevenção; Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia e da bulimia, dentre
outros; dentre outros; Sistema cardiovascular; Disfunções do sistema cardiovascular:
prevenção; Aspectos preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), do enfarte,
da hipertensão e da arteriosclerose, dentre outros; Sistema Respiratório; Disfunções
do sistema respiratório: prevenção; Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da
asma e da bronquite, dentre outros; Sistema urinário, Disfunções do Sistema
urinário: prevenção; Aspectos preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinaria,
dentre outros; Sistema Genital Feminino; Disfunções do Sistema Genital Feminino:
prevenção; Sistema Genital Masculino: prevenção; Métodos anticoncepcionais –
tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e conseqüências do uso;
Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial; Tecnologias associadas ao
diagnostico e tratamento das DSTs – AIDS; manipulação genética: clonagem e
células tronco; aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação
gênica; Doação de sangue e órgão; Reprodução – hereditariedade; Causas e
conseqüências da gravidez precoce – prevenção; Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs) – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Metais Pesados,
drogas, acidentes com armas de fogo, acidentes de transito, automedicação, dentre
outras; Correção de lesões ósseas e musculares: traumatismos, fraturas e lesões;
(AIDS): prevenção; Defesa do organismo; Sistema Sensorial; visão, audição,
gustação, olfação e tato; Portadores de Necessidades Especiais: Deficiência
congênita e adquirida (causas, conseqüências e prevenção); Sistema Nervoso:
central, periférico e autônomo. Disfunções do sistema nervoso: prevenção; Efeitos
das Drogas (licitas e ilícitas) no sistema nervoso; Prevenção ao uso de drogas;
Sistema Endócrino; Prevenção; Sistema Esquelético; Disfunções do Sistema
Esquelético: prevenção: Sistema muscular; Disfunções do Sistema Muscular:
prevenção;
Aproveitamento dos conhecimentos populares, remédios utilizados na várias
culturas (indígenas caboclos e afro-descendente). Preservação da Biodiversidade da
Amazônia
9º ano
Poluição e contaminação do ar, da água e do solo; Transformação da matéria em
energia; Astronomia e Astronáutica; Segurança no transito.
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Biodiversidade – Características básicas dos seres
Conhecimentos Físicos Conhecimento Químicos Conhecimentos
Biológicos
Temperatura; calor;
diferenças entre os
conceitos de calor e
temperatura; equilíbrio
térmico; transferência de
calor; transmissão de
calor; isolamento térmico;
movimento e locomoção.
Metabolismo –
Transformação da
matéria e da energia,
fotossíntese; respiração;
fermentação;
decomposição;
combustão.
Poluição térmica;
Poluição sonora; medidas
contra a poluição – fontes
alternativas de energia:
energia eólica,
hidrelétrica, solar entre
outras; Fenômeno:
superaquecimento do
planeta, efeito estufa,
buraco na camada de
ozônio (alterações de
temperatura e mudanças
de estado físico da
matéria) Gases Tóxicos,
resíduos industriais,
metais pesados, chuva
acida, elementos
radioativos, dentre outros;
Causa e conseqüências
da poluição e
contaminação da água,
do ar e do solo: efeitos
nocivos nos seres vivos e
no ambiente; Prevenção e
tratamento dos efeitos
nocivos resultantes do
contato com agentes
químicos; prevenção e
recuperação de áreas
degradas por agentes
químicos; substancias
puras, misturas
homogêneas e
heterogêneas; Densidade
das substâncias;
Separação de misturas;
Fase química do
tratamento da água;
Fenômenos:
superaquecimento do
planeta, efeito estufa,
buraco na camada de
ozônio e poluentes
responsáveis;
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente - Matéria e Energia – Tecnologia
Transformações da matéria e da energia
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Energia: condutores –
tipos, fontes,
aplicações
transformações,
segurança e
prevenção;
Eletricidade:
condutores – fontes,
aplicações,
transformações,
segurança e
prevenção;
magnetismo: imãs;
bússola; Fotossíntese,
Fermentação;
Respiração;
Decomposição;
Combustão; Cadeia
Alimentar; Teia
alimentar, Relações de
interdependência:
Seres vivos – seres
vivos, Seres vivos –
ambiente; Energia na
Célula: produção,
transferência, fontes,
armazenamento,
utilização; Nutrientes:
tipos e funções;
Preservação da
biodiversidade da
Amazônia.
Conteúdos Estruturantes
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
Segurança no Trânsito
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos Biológicos
Movimento, deslocamento, trajetória e referencial; Velocidade, velocidade média e
aceleração; Distância; Tempo; Inércia; Resistência do Ar; Força de atrito,
Aerodinâmica, Equipamentos de segurança nos meios de transporte; A relação entre
força, massa e aceleração; Máquinas simples; Teor alcoólico das bebidas e suas
conseqüências no transito; Acidentes de transito relacionados ao uso de drogas
(álcool) – causas e conseqüências; Tempo de reação e reflexo comparado entre um
organismo que não ingeriu drogas (álcool) e um embriagado; Efeitos do álcool e
outras drogas no organismo; Prevenção de acidente.
4- Metodologia da Disciplina:
A divisão, que muitas vezes se faz, entre o conhecimento científico e o
desenvolvimento de tecnologia é impreciso, e dificulta a compreensão do todo, não
possibilitando ao aluno participação social e desenvolvimento mental. É necessária a
contextualização e interdisciplinaridade de conteúdos para que o aluno perceba e
identifique as informações e os conhecimentos em sua vida,
Assim podendo agir de maneira crítica como um ser social. Pois os problemas
nunca são resolvidos utilizando-se apenas um ponto de vista, e sim com a
colaboração de vários conhecimentos.
Propõe-se uma metodologia dialética de ação em sala de aula, onde o
professor é mediador e articulador do processo ensino e aprendizagem.
O encaminhamento metodológico deve orientar-se por uma abordagem
crítica, que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os
conteúdos historicamente constituídos. Essa abordagem metodológica propõe
conteúdos estruturantes e específicos de 6º à 9º ano..
É importante que o professor de ciências estabeleça as relações entre os
diversos conteúdos específicos, superando o engessamento desses, no âmbito
escolar. Esse engessamento se refere ao tratamento dos conteúdos, numa
abordagem “tradicional”, apresentada em muitos livros didáticos, que trata os
conteúdos “Água, Ar e Solo” na 6º ano, “Seres Vivos” na 7º ano, “Corpo Humano” na
8º ano e “Quimica e Física” na 9ºano, sem estabelecer relações, sem contextualizar
os conteúdos de uma mesma serie e desta com as outra series do Ensino
Fundamental. Desta forma, é imprescindível que o professor reconheça que existem
conhecimentos físicos, químicos e biológicos basilares, para o processo de ensino e
de aprendizagem, que precisam ser abordados tanto na 6º quanto na 7º, na 8º e na
9ºano.
Explicita-se como exemplo, para uma turma de 6ºano, o conteúdo especifico
“Água no ecossistema”, que será estudado a partir da sua articulação com os
estruturantes desenvolvido por meio de conhecimentos físicos, químicos e biológicos
desse conteúdo especifico. Pretende-se com isso, apresentar uma possibilidade de
encaminhamento metodológico, no qual o desenvolvimento dos conhecimentos
científicos e as inter-relações estejam próximos da prática social do aluno.
Esse encaminhamento objetiva a reflexão, a analise e a compreensão de
aspectos importantes da água para si próprios, para os demais seres vivos e para o
ambiente. Dentre os conhecimentos científicos tratados nesse conteúdo, o ciclo da
água, por ser um mecanismo natural e complexo, desencadeia o processo de ensino
aprendizagem. O conteúdo ciclo da água permite a compreensão, não só da sua
importância para os seres vivos, mas também para o equilíbrio ecológico. Os
aspectos relativos à contaminação e poluição da água também deverão ser
abordados, destacando suas causas e conseqüências para os desequilíbrios
ecológicos e para a saúde. Faz-se necessário abordar a composição quimica da
água e suas propriedades dando ênfase a sua qualidade.
A disponibilidade da água na natureza, seu tratamento, distribuição, consumo
e desperdício orientam uma abordagem crítica e histórica, propiciando o
entendimento de que os problemas relacionados com a degradação das nascentes,
poluição e contaminação da água, ao longo da história da humanidade, interferem
diretamente na vida do ser humano, dos seres vivos e do próprio ambiente. As
considerações sobre o conteúdo “Água no ecossistema” e seus desdobramento não
se esgotam por aqui. È importante estabelecer as relações desse conteúdo com a
ciência, a tecnologia e a sociedade e considerar, no tratamento desses
desdobramentos, que o progresso industrial e tecnologia e a sociedade e considerar,
que o progresso industrial e tecnológico traz conseqüências para a sociedade,
podendo gerar graves problemas para os seres vivos e para o ambiente.
Os elementos do Movimento CTS, o professor interage com seus alunos, à
medida que reflete, por exemplo, sobre: as tecnologias utilizadas para o
reaproveitamento da água, principalmente em alguns países desenvolvidos; o
motivo pelos quais eles investem cada vez mais em pesquisas cientifica e
tecnológicas com o objetivo de diminuir a exploração de recursos naturais não-
renováveis, e desta forma recuperar o meio ambiente; as razões pelas quais esses
países têm tanto interesse nos recursos naturais dos países em desenvolvimento,
por que se paga tanto pela água no Brasil em comparação com outros países.
Os conteúdos específicos, a partir dos estruturantes, devem ser explorados
os aspectos relacionados à historicidade da produção do conhecimento em questão,
pois através do histórico é possível conhecer em que contexto esse conhecimento
foi elaborado. Também se faz necessário saber quais interesses que permeiam a
intencionalidade da produção cientifica, o que determinou historicamente a
construção deste conhecimento científico. Cabe destacar que o conhecimento
científico que se possui sobre determinado objeto de estudo é passível de mudanças
ao longo da história, pois a ciência é dinâmica e a todo o momento ocorrem novas
pesquisas, que geram novas teorias e tecnologias, que gradualmente podem ser
substituídas por outras que melhor atendam a demanda da atualidade.
Assim os conteúdos específicos podem estabelecer diálogos entre em si, com
os conteúdos estruturantes, com outras disciplinas, com as ciências de referencia,
com os elementos do Movimento CTS. Essas inter-relações ampliam a
compreensão dos fenômenos naturais, objetos de estudo dessa disciplina. Os
tratamentos dos conteúdos específicos podem estabelecer uma metodologia que
problematiza a prática social do sujeito. Deve-se dar preferência aos problemas
locais que possam ser ampliados para problemas mais abrangentes, por exemplo, a
relação entre consumo, custo e desperdício da água e de uso doméstico. Par a
abordagem desse problema, o professor propõe que os alunos pesquisem o quanto
suas famílias consumem de água diariamente. A investigação se dará, durante um
dia, num final de semana, sendo observadas todas as atividades que consomem
água direta ou indiretamente. A partir da dessa atividade, o aluno produzirá um
relatório, com os dados coletados e o apresentará em sal de aula. Com a orientação
do professor será feita a análise dos dados obtidos e estabelecerá as relações entre
o consumo e o custo, enfatizando o desperdício de água em cada uma das
atividades.
Numa perspectiva crítica, o professor provoca a discussão, análise e reflexão
sobre diferentes formas de economizar água, contrapondo os dados obtidos com a
leitura da fatura (talão) de água da residência do aluno. Os conteúdos específicos
que fornecerão subsídios teóricos e práticos para essa análise são: a investigação
sobre o consumo de água; a disponibilidade de água na natureza – o ciclo da água;
os usos da água: domestico; saneamento básico (captação, tratamento e
abastecimento de água); a distribuição de água doce no Paraná, no Brasil e no
mundo; algumas ações importantes para a economia de água e a redução da sua
poluição e contaminação.
É indispensável que se estabeleça a articulação entre os conhecimentos
físicos: mudanças de estado físico da água, água como recurso energético, os
conhecimentos químicos: composição da água, fase quimica do tratamento da água
e poluição da água e os conhecimentos biológicos: equilíbrio ecológico e
contaminação da água. Esses exemplos possíveis de relações entre conhecimentos
físicos, químicos e biológicos. Essas relações não se esgotam, podendo agregar
outras para este mesmo conteúdo.
Assim a questão extraída da pratica social foi analisada pelos alunos, por
meio dos conhecimentos teóricos e práticos e das inter-relações estabelecidas pelo
professor. Segue-se então a elaboração e síntese do pensamento dos alunos
considerando a abordagem articulada, expressando o novo grau de conhecimento a
respeito do assunto. E assim, tanto o professor quanto os alunos, assumem uma
postura diferente frente ao problema inicial, pois os conhecimentos científicos
tratados desta forma propiciam a eles modificações intelectuais e qualitativas,
referentes às concepções previas sobre o conteúdo especifico estudado,
determinando um novo posicionamento perante a prática social inicial.
Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, por meio das atividades
e aulas práticas, desde que haja coerência entre a teoria e a prática, e o conteúdo e
a forma.
Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em
laboratório foram super valorizadas como o recurso que tornava concreto o
tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a repetir
procedimentos roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo conteúdo, seu
uma maior análise sobre os vários fenômenos e fatores intrínsecos envolvidos. O
laboratório não é o único panorama para o desenvolvimento dessa ação
pedagógica, pois, o processo de ensino aprendizagem de Ciências não deve se
limitar a uma única metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico.
As atividades práticas têm seu conceito ampliado quando os alunos se
envolvem diretamente, como, por exemplo, na utilização do computador; leitura,
análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, gravuras, tabelas e esquemas;
resolução de problemas; elaboração de modelos; estudo de caso, abordando
problemas reais da sociedade; pesquisas bibliográficas, entrevistas, dentre outras.
O encaminhamento metodológico do ensino de ciências não pode ficar restrito
a um único método. Neste sentido, algumas possibilidades de encaminhamento são:
a observação; o trabalho de campo; jogos de simulação e desempenho de papéis;
visitas a indústrias; fazendas, museus; projetos individuais e em grupos; redação de
cartas para autoridades; palestrantes convidados; fóruns, debates, seminários,
conversação dirigida, projetos individuais e/ou coletivos, dentre outras. Outras
atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as que envolvem
música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações, história
e quadrinho, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os
mais variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD‟s, CD‟s, CD-ROM‟s
educativos e softwares livres, dentre outros.
É importante que os conteúdos específicos a serem tratados, e as relações
estabelecidas a partir destes, não sejam simplificados ou tratados de forma
reducionista. Neste sentido, o tratamento dos conteúdos deve considerar as
relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o
mundo natural (Ciência), o mundo construído pelo ser humano (Tecnologia) e seu
cotidiano (sociedade). É necessário destacar a importância dos registros feitos
pelos alunos no decorrer das atividades desenvolvidas nas aulas, pois, através
destes o professor poderá analisar a prática e realizar intervenções pedagógicas
coerentes no processo educativo.
Neste ponto de vista, o Projeto Educação Com Ciência se constitui numa
atividade pedagógica complementar e interativa, na qual os sujeitos do processo de
ensino aprendizagem – alunos e professores – podem expor publicamente suas
produções planejadas e realizadas no cotidiano escolar. Esse projeto consiste em
exposições, oficinas, discussões e pesquisas. As diversas etapas do projeto em todo
o Estado podem contribuir, por meio dos projetos cientifico - pedagógicos para que
os alunos compreendam os diferentes fenômenos estudados na disciplina de
Ciências e suas relações com ciências, à tecnologia e a sociedade. Da mesma
forma, a disciplina poderá contribuir por meio do tratamento articulado dos
conteúdos específicos e suas relações com os elementos do Movimento CTS, para
que os alunos estudem, compreendam e expliquem os fenômenos naturais
envolvidos nesta área do conhecimento e, com isso, elaborem projetos científico-
pedagógicos, para apresentação no Projeto Educação Com Ciência. Portanto cabe
ressaltar a importância dessas atividades para o processo de ensino e de
aprendizagem, tendo em vista a socialização dos saberes sistematizados nas
escolas publicas do Estado do Paraná.
O Portal Educacional Dia-a-dia Educação, pode colaborar com o professor
desde o seu planejamento até a realização das suas ações pedagógicas, por meio
dos “Ambientes Pedagógicos Colaborativos”/”Objetos de aprendizagem
Colaborativa” (APC‟s/OAC‟s), infográficos, textos e das informações, socialização de
experiências entre professores do estado do Paraná. Nesse sentido, traz
informações pertinentes para o trabalho com conteúdo especifico “Aqüífero
Guarany” que pode ser utilizado para pesquisas e discussões sobre a principal
reserva natural subterrânea de água doce da América do Sul. Colabora também com
o site Fórum das Águas, que promove debates sobre recursos hídricos. Esse portal
educacional é uma ferramenta importante para a socialização do saber, pois
implantou um modelo de aprendizagem colaborativa on-line que destaca os saberes
acumulados na rede publica de ensino do Estado do Paraná.
A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências
poderá resgatar na escola, a sua principal função o estudo dos fenômenos naturais
por meio do tratamento dos conteúdos específicos, de forma critica e histórica.
Assim, o professor de Ciências assume uma postura de perito em sua disciplina e
não generalista em varias disciplinas, temáticas ou projetos, priorizando os saberes
historicamente constituídos, aos quais os alunos têm direito.
5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:
A avaliação se dará ao logo do processo de ensino e de aprendizagem, por
meio de uma interação diária com os alunos. É necessário que o processo avaliativo
se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos pelo
professor. Que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos
possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto
entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e
de aprendizagem.
Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo,
a para que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao
propósito principal do processo de ensino aprendizagem, a aquisição dos conteúdos
específicos e a ampliação de seu referencial de analise critica da realidade, por meio
da abordagem articulada.
Não serão estabelecidos critérios avaliativos específicos, pois isto depende
de uma série de fatores, dentre os quais se podem destacar a série que será
avaliada, o nível cognitivos dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos
conteúdos específicos por parte dos alunos e, o planejamento pedagógico. Nesse
contexto o professor para estabelecer critérios avaliativos, precisa considerar o seu
planejamento, sua prática pedagógica, as suas intenções ao tratar conteúdos
específicos por meio da abordagem articuladas dessas diretrizes.
Diante do exposto e no sentido de especificar alguns critérios avaliativos,
retornando-se ao conteúdo especifico “Água no ecossistema”, para 5ª série, por
exemplo, pode-se considerar como um critério avaliativo o quanto o aluno, e/ou a
turma, compreende a necessária relação entre os conhecimentos físicos, químicos e
biológicos para a explicação dos fenômenos naturais envolvidos neste conteúdo
especifico.
Outro aspecto avaliativo que pode ser estabelecido é quanto o aluno, e/ou a
turma, consegue relacionar os aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e
históricos envolvidos nos processos de distribuição e tratamento da água, com a
relação ciência, tecnologia e sociedade. Para tanto, o professor pode considerar
questões como as relações de poder; a influência do ciclo da água sobre os seres
humanos, animais e agricultura; os graves problemas, que afetam diretamente as
pessoas, os demais seres vivos e o ambiente, decorrentes do progresso industrial e
do desenvolvimento populacional; riscos recorrentes dos desequilíbrios ecológicos; a
empresa que explora o fornecimento de águas nas cidades; se essa empresa é
publica ou privada; se ela recomenda que se faça economia de água, como e por
que; políticas públicas que favorecem as praticas antiéticas e o descaso com o meio
ambiente e com seres vivos; interesses econômicos envolvidos; desperdício de água
e energia na sociedade contemporânea; alto custo e difícil acesso às tecnologias
capazes de minimizar os efeitos nocivos das produções cientifico - tecnológicas ao
meio ambiente; a origem da água no planeta; desde quando o homem começou a
produzir gelo artificialmente; uma analise comparativa entre a sociedade antes e
depois da distribuição de água encanada; dentre outras questões. Por meio deste
critério é possível avaliar também em que medida o aluno, e/ou a turma,
compreende o quanto os conhecimentos científicos abordados nesse conteúdo
(Água no ecossistema) se aplicam á sua pratica social, o quanto eles se relacionam
com outros conteúdos e ate mesmo com conhecimentos de outras disciplinas.
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem
expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam, produzem,
discutem, relacionam, refletem,analisam, justificam, se posicionam e argumentam,
defendendo o próprio ponto de vista.
Pode-se perceber que a avaliação, nestas diretrizes, se dará ao longo do
processo de ensino e de aprendizagem; não pode estar centralizada em uma única
atividade ou método avaliativo e, precisam considerar os alunos como sujeitos
históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem. Com isso, o professor
pode interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação, considerando as
concepções de ciências, tecnologia, sociedade, educação, aluno, processo de
ensino e de aprendizagem, escola e do currículo de Ciências, adotadas nestas
diretrizes e, reestruturar o processo educativo.
Essa reestruturação se dará com base em uma auto avaliação, que orientará a
continuidade da prática pedagógica ou seu redimensionamento, realizando
intervenções coerentes com os objetivos previamente propostos para o ensino da
disciplina.
6- Bibliografia:
VALLE, Cecília. Ciências. Ed. Positivo. 2004
PEREIRA, SANTANA E WALDHELM. Ciências. Editora do Brasil. 2000.
BARROS, Carlos. Ciências. Ed. Àtica 44ª Edição
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: CIENCIAS. Brasília: MEC/SEF,
1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências
para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.
EDUCAÇÃO FÍSICA
1- Apresentação Geral da Disciplina:
Para situar historicamente a disciplina de Educação Física, optou-se por
retratar os fatos à partir do século XIX, devido as transformações sociais pelas quais
o Brasil passava, o fim da exploração escrava e a políticas de incentivo à imigração,
o crescimento das cidades exigindo novas medidas na tentativa de aplicar os
conceitos de moralidade, de instaurar a ordem social, adequando o modo de viver
dos novos cidadãos das cidades à configuração da sociedade.
Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, emitiu
um parecer afirmando a importância da ginástica para a formação do cidadão,
equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. A partir de
então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos
escolares.
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram influenciadas
pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os
exercícios sistematizados pela instituição militar foram reelaborados pelo
conhecimento medico numa perspectiva pedagógica. Foram importadas da Europa,
práticas conformativas, como o modelo de saúde e os sistemas ginásticos, para
atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por
meio de exercícios físicos. Por não existir um plano nacional de Educação Física,
optou-se o Modelo Francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e
obrigatório a partir de 1931.
A Educação Física se firmou no contexto escolar, a partir da constituição de
1937, sendo utilizada com o objetivo de doutrinação e contenção dos ímpetos da
classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Ainda na década
de 30, o esporte torna-se popular confundindo-se com a Educação Física. Houve
incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover políticas nacionalistas
pensadas para o país.
Com a promulgação da Reforma Capanema, institui-se no ensino secundário,
um primeiro ciclo denominado ginasial, com duração de quatro anos, e um segundo
ciclo de três anos, com duas opções, o clássico e o cientifico. Essa reforma
aumentou obrigatoriedade a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos,
com o objetivo de formar mão de obra fisicamente adestrada e capacitada para o
mercado de trabalho. A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior
ênfase no Brasil, devido a acordos feitos pelo MEC e o Departamento Federal de
Educação Americana.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a
promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo decreto 69450/71, a
disciplina passou a ter legislação especifica. A disciplina estava ligada a aptidão
física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da
classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o pais uma potencia
olímpica. Na área pedagógica, a educação psicomotora surgiu com a finalidade de
valorizar a formação integral da criança. Perspectiva, centrada na educação “pelo
movimento”, fez com que o papel da Educação Física ficasse subordinado a outras
disciplinas escolares, o movimento era apenas um meio para ensinar matemática,
português, dentre as outras disciplinas, contribuído assim, para a negação de
conteúdos ate então tidos como próprios da disciplina.
Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma comunidade
cientifica na Educação Física, mas também na delimitação de tendências ou
correntes, suscitando os primeiros debates voltados à criticidade. Visando a
construção de um movimento renovador na disciplina, a comunidade instituiu seus
trabalhos, discursos e publicações sob a denominação de “progressista”. Dentre as
correntes ou tendências progressistas destacam-se as abordagens:
- Desenvolvimentista: defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim
da Educação Física. Constitui-se no ensino de habilidades motoras de acordo com
uma seqüência de desenvolvimento. Sua base teórica é, essencialmente, a
psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.
-Construtivista: no âmbito da Educação Física, a psicomotricidade influenciou a
perspectiva construtivista-interacionista com vistas à formação integral, incluindo as
dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Esta abordagem, embora
preocupada com a cultura infantil, fundamenta-se também na psicologia do
desenvolvimento.
As duas abordagens acima citadas, não se vinculam a uma teoria critica da
educação, com intuito de fazer criticas ao papel da educação na sociedade
capitalista, uma categoria central. As duas propostas seguinte se vinculam à
discussões da pedagogia critica brasileira, incorporando discussões nas ciências
humanas:
- Critico Superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico - critica
desenvolvida por Dermeval Saviani. Tem como objeto o da área de conhecimento de
Educação Física a Cultura Corporal, concretizando-se nos seus diferentes
conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O
conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado de forma
sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado de forma historicizada e
espiralada, considerando o grau de complexidade.
- Critico Emancipatória: parte de uma concepção de movimento denominada de
dialógica. O movimentar-se humano é entendido como uma forma de comunicação
com o mundo. A critica se dá através de uma ressignificação do movimento, sem
considerar questões socioeconômicas.
No inicio da década de 90, um movimento significativo para o Estado do
Paraná foi a elaboração do Currículo Básico. Seu processo de elaboração deu-se
num contexto nacional de redemocratização do país e resultou de um trabalho
coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação pública do Paraná. Assim
o currículo da Educação Física está embasado na pedagogia histórico - critica da
Educação. Tendência esta, denominada, por alguns teóricos, como Educação Física
progressista, revolucionaria e critica com os fundamentos teóricos pautados no
materialismo histórico-dialético. O documento propôs, assim, um modelo de
superação das contradições e injustiças sociais. O Currículo Básico se caracterizou
por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar à
formação humana do aluno em todas as suas dimensões, mas apresentava uma
rígida listagem de conteúdos que limitava o trabalho do professor, atenuando seus
pressupostos teórico-metodológico. A contradição interna do documento, a
insuficiente oferta de formação continuada necessária à implantação da proposta, as
mudanças de políticas públicas de educação assumidas pelas novas gestões
governamentais no Estado, enfraqueceram a força político pedagógica do Currículo
Básico. Nesta situação a prática de Educação Física na escola incidia com ênfase
nas dimensões tradicionais, ou seja, com enfoque biológico, mecânico ou na
dimensão psicológica. Neste período foi elaborada uma nova proposta
fundamentada na concepção histórico - critica de educação, pretendendo-se o
resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Esta
proposta destacou a dimensão social da Educação Física, consolidando um novo
entendimento em relação ao movimento humano como expressão da identidade
cultural, como prática social e como forma do homem se relacionar com o mundo,
assinalando a produção histórica e cultural dos povos.
Os avanços teóricos da Educação Física, forma estagnada na década de 90
com a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN‟S)
para a disciplina de Educação Física.
Com uma política de caráter neoliberal, o documento elaborado para o Ensino
Fundamental pelo Ministério da Educação e Desporto ao invés de ser um referencial
curricular tornou-se um currículo mínimo, superando a idéia de parâmetros para
propor objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas transversais. Assim pode-
se dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física dos Ensinos
Fundamental e Médio, apresentam uma proposta confusa e acrítica com uma
redação aparentemente progressista.
Analisando o contexto histórico mencionado até o momento, a Educação
Física transitou em diversas teorias desde as mais reacionárias até as mais critica,
torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem estas diretrizes,
buscando alcançar uma visão hegemônica que aplicou e aplicando à Educação
Física a função de treinar o corpo, sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.
A Educação Física, é a área do conhecimento que introduz e integra os
alunos na cultura corporal do movimento, com finalidade de lazer, de expressão de
sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde.
Para tanto, rompe com o tratamento tradicional dos conteúdos que favorece
os alunos que já tem aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o
princípio da inclusão, apontando para uma perspectiva metodológica de ensino e
aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da
participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse
sentido, procura garantir para todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes,
danças, lutas e ginástica em beneficio do exercício crítico da cidadania.
A partir disso, é preciso reconhecer uma segunda dimensão, esta se refere a
um esforço de uma parte significativa dos professores de Educação Física de
enriquecer o escopo da sua intervenção do centro de interesse dessa disciplina, que
se desloca de uma perspectiva naturalizada, baseada no movimento, para uma
dimensão cultural, baseada na corporalidade. Portanto, de uma tradição fortemente
marcada pelas Ciências Naturais a Educação Física tem avançado par a
preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento do
corpo em toda a sua complexidade.
Pensar, pois, qualquer mudança no plano curricular, implica a necessidade
de olharmos detidamente para a experiência docente, manifestada de formas
diversas em lugares diversos.
Um dos desafios do gestor é procurar articular satisfatoriamente a
pluralidade de experiências de ensino oriundas do dia-a-dia do professor, condição
básica do sucesso de qualquer proposta de reforma curricular. Nessa direção é
preciso reconhecer, então, as necessidades de diferentes contextos comunitários
que, uma vez articulados ao contexto societário mais amplo, vêem atualizarem-se
diferentes formas históricas de dominação.
As aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais
disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório
para a dureza das aulas da sala. A educação Física é parte do projeto geral de
escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico da
escola. Se a atuação do professor é na quadra e em outros lugares do ambiente
escolar, seu compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali
instituído, sempre em favor da formação humana.
Nesse sentido, a escola precisa estar atenta à atualização das demandas
sócio-culturais, uma vez que entre as suas finalidades maiores inscreve-se, além da
produção e transmissão do conhecimento, justamente a crítica das formas de
organização da cultura.
Assim, ao contemplar pela via da escolarização as marcas das
manifestações corporais no processo de formação humana, tanto quanto aquelas
múltiplas manifestações, a Educação Física escolar tem-se inserido no plano de
uma reflexão sobre diferentes problemáticas sociais, algumas de há muito objeto de
preocupação dos educadores, outras que surgem conforme se transforma a própria
organização social. Entre esses elementos ganham destaque: a violência, os
preconceitos étnicos, de cor, de sexo, de classe, entre outros, as formas corporais
de exclusão social, as potencialidades e os limites das práticas corporais como
possibilidade de formação.
A ênfase sobre uma estética corporal que se orienta por padrões
estereotipados, resultados de uma exacerbação atual do corpo como „lugar‟ da
felicidade, os exercícios da dominação manifestam: na prostituição infantil, no tráfico
e no consumo de drogas, no trabalho infantil, na negação do acesso aos bens
culturais, etc. Todos esses elementos, de forma direta ou indireta, inscrevem-se na
corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das
manifestações corporais historicamente produzidas, as quais pretendem possibilitar
a comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os
outros, com o seu meio social e natural.
Essas manifestações baseiam-se no diálogo entre diferentes indivíduos, em
um contexto social organizado em torno das relações de poder, linguagem e
trabalho.
Nessa direção, o objetivo último das práticas corporais escolares em geral, e
da Educação Física em particular, deve ser a humanização das relações sociais.
Portanto, a noção de corporalidade permite ampliar as possibilidades de intervenção
educacional do professor de Educação Física, superando a dimensão meramente
motriz da sua aula sem, no entanto, negar o movimento como possibilidade de
manifestação humana. Atentos ao que foi anteriormente caracterizado como
experiência dos professores, seus interesses, suas expectativas e suas
necessidades, articulados com as finalidades que regem o ensino escolar e aos
resultados esperados do processo de escolarização, propomos uma concepção que
procure contemplar a totalidade das manifestações corporais humanas e a sua
potencialidade formativa.
2- Objetivos Gerais:
- A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para além das
abordagens centradas na motricidade;
- O desenvolvimento dos conteúdos elencados no currículo de maneira que
sejam relevantes e estejam de acordo dom a capacidade cognoscitiva do aluno;
- As práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do
sujeito omnilateral;
- A superação do caráter da Educação Física como mera atividade, de
“prática pela prática”;
- A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o
processo de formação humana do aluno;
- Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido;
- Despertar o respeito por aqueles que de alguma forma não conseguem
realizar o que lhe foi proposto, que os alunos tenham condições de entender e
respeitar o diferente como também de posicionarem-se frente ao mundo.
- Proporcionar momentos de reflexão com elementos que levem o sujeito a
questionar formas já “naturalizadas” de preconceito sobre domesticação e violência
em relação ao corpo.
3- Conteúdos por ano:
Manifestações Esportivas:
- Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
- O esporte como fenômeno de massa;
- Princípios básicos dos esportes;
- Táticas e regras;
- O sentido da competição esportiva;
- Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
- Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos,
passes, fintas,
- Práticas esportivas: esporte com e sem materiais e equipamentos.
- Xadrez: fundamentos/técnicas e táticas.
Manifestações ginásticas:
- Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
- Diferentes tipos de ginástica;
- Práticas ginásticas;
- Cultura de rua, cultura do circo: malabares, acrobacia.
Brincadeiras, brinquedos e jogos:
- A construção coletiva de jogos e brincadeiras: por que brincamos?
- Oficina de construção de brinquedos;
- Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;
- Diferentes manifestações e tipos de jogos;
- Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
- Diferença entre jogos e esporte.
Manifestações estético-corporais na Dança e no Teatro:
- A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
- Diferentes tipos de dança: por que dançamos?
- Danças tradicionais e folclóricas;
- Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas; mímica, imitação e
representação;
- Expressão corporal com e sem materiais.
O professor de Educação Física deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna
obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho
pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que
tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:
População brasileira e miscigenação dos povos;
Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;
Contribuições do negro na construção da nação brasileira;
Migrações do povo africano no tempo e no espaço;
Trabalho e renda dos afro-descendentes;
Colonização da África pelos europeus;
Configuração espacial do continente africano;
Práticas de segregação racial, entre outros.
4- Metodologia da Disciplina:
Ao propor o encaminhamento metodológico pretende-se demonstrar como o
alargamento da compreensão das práticas corporais pode representar uma
reorientação nas formas de conceber o papel da Educação Física na formação do
aluno. Isso significa identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a
corporalidade que surgem no cotidiano de cada cultura na sua especificidade.
Assim, a corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no
Ensino Fundamental, pretende, por meio das práticas corporais, seja do esporte, da
dança, da ginástica, dos jogos, das brincadeiras e brinquedos, ir além da dimensão
motriz levando em conta a multiplicidade de experiências manifestas pelo corpo os
quais permeiam estas práticas, ou seja, manifestam-se expressões de alegria, raiva,
dor, violência, preconceito, sexualidade dentre outras que tem sentido amplo no
corpo e são historicamente produzidos. O professor de Educação Física precisa se
entender como um intelectual responsável pela organização e sistematização
dessas práticas corporais que possibilitam a comunicação e o diálogo com as
diferentes culturas.
Nesta direção, se reconhece uma das dimensões fundamentais do trabalho
atual dos professores qual seja o senso de investigação, de pesquisa. Assim, as
aulas de Educação Física tornam-se um conjunto de objetos de investigação que
não se esgotam nem nos conteúdos, nem nas metodologias. No entanto, a
dimensão investigativa do professor em sua prática pedagógica, pode, ao
problematizar a sua atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se
devam pensar com mais rigor. Isso é importante porque não se pode intervir numa
realidade sem conhecê-la e, muitas vezes, pensar estar familiarizado com a prática,
mas ao se observar com mais cuidado, ela oferece cotidianamente uma série de
desafios.
É imprescindível estimular, na escola, o diálogo com outras áreas de
conhecimento que possam colaborar para o entendimento das manifestações
corporais, tendo no horizonte a problemáticas culturais que se evidenciam em torno
da corporalidade atual. Podem-se investigar os conceitos de corpo, veiculados em
outras disciplinas como, por exemplo: as imagens do corpo ensinado em Ensino
Religioso, pois a religião muitas vezes, impede os alunos para compreender como
constroem determinadas formas de identidade corporal.
A Educação Física pode articular o trabalho com todos os envolvidos no
processo de escolarização com o intuito de repensar e reestruturar rituais, regras,
valores, tempos e espaços que compõem o trabalho pedagógico e abrangem a
educação do corpo na escola.
O professor necessita refletir a cultura que interfere sobre nossa
corporalidade com vistas a não somente reproduzi-la. Do mesmo modo, precisa se
colocar no papel de articulador do conhecimento e não se posicionar como detentor
de uma verdade dada e acabada. Isso poderá ocorrer na medida em que o professor
contemple, em seu trabalho, saberes que oportunizem uma maior reflexão dos
alunos sobre o corpo, reconhecendo e atribuindo a ele sentidos éticos e estéticos,
inspirando experiências que possam ser de fato consideradas como formativas, não
as restringindo à prática de movimentos empobrecidos do ponto de vista dos seus
significados.
È fundamental que o professor esteja atento às peculiaridades que envolvem
a corporalidade no mundo contemporâneo, tomando como referência aquilo que se
apresenta como o que há de mais relevante em termos de produção cultural, de
acordo com a concepção defendida nestas diretrizes. O professor não pode resumir
a educação do corpo à prática de atividades físicas descontextualizadas, mas
entendê-las como uma dimensão complexa e abrangente. Isso poderá viabilizar-se,
na medida em que os alunos explorem sua corporalidade por meio de atividades e
experiências orientadas pelo professor que, por sua vez, terá como premissa a
elaboração de um planejamento que considere as diversas manifestações corporais
presentes no meio escolar, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,
oportunizando a todos experiências de fato significativas para a sua formação.
Para a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física:
como as manifestações esportivas, manifestações ginásticas, jogos, brincadeiras e
brinquedos, manifestações estéticas na dança e no teatro que compõe a
especificidade da disciplina, sugere-se a organização das aulas em três momentos
distintos.
O primeiro momento: O conteúdo da aula é apresentado aos alunos e
problematizado, buscando as melhores formas de organização para execução das
atividades a serem desenvolvidas. Conversa-se com os alunos sobre as formas de
execução das práticas corporais a fim de descobrir as possibilidades e os limites de
cada um no desenvolvimento da atividade proposta.
O segundo momento: è a fase do desenvolvimento das atividades e refere-se
à apreensão do conhecimento. Neste momento, o professor observa as atividades
realizadas pelos alunos, bem como, as diferentes manifestações advindas da prática
corporal. È notável o número de situações que podem emergir durante o movimento
corporal, sejam estimuladas pelo professor ou então geradas pelos próprios alunos.
Dentre eles podemos destacar: a importância do contato corporal, o respeito mútuo
ou do respeito com aqueles que de alguma forma não conseguem realizar o que foi
proposto pelo grupo, como o manuseio da bola entre muitas outras situações. O
professor poderá fazer registros para uma posterior orientação e/ou interromper para
uma intervenção pedagógica quando se observam reações desfavoráveis dos
alunos, ou ainda quando ocorre uma recusa na participação durante a aula. Esses
momentos podem ser significativos para a formação humana dos alunos.
O terceiro momento: reflexão sobre a prática. Enquanto momento de dialogo,
levar cada aluno a pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante a aula, ou
seja, levantar todos os aspectos positivos e negativos junto a eles. Essa
singularidade oportuniza ao professor um conhecimento maior sobre os aluno que,
ao interagirem entre si conhecem outras culturas.
Partindo do exposto, pode-se concluir que uma aula de Educação Física
compõem-se de : proposição do que vai ser executado, execução do que foi
proposto e reflexão sobre o que foi executado.
5- Critérios de Avaliação Especifico da Disciplina:
A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os
professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas
formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar,
contudo apesar da vasta literatura existente, a avaliação da aprendizagem em
Educação Física denota claramente os aspectos quantitativos de mensuração do
rendimento do aluno, através de gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades
físicas, visando principalmente a seleção e a classificação. Muitas vezes, o único
critério para a aprovação e reprovação é o de assiduidade dos alunos nas aulas.
Neste sentido Luckesi (l995) tem chamado a atenção para o fato de que a
escola está praticando a verificação e não a avaliação, principalmente pelo fato de
que a aferição da aprendizagem escolar seta sendo utilizada, na maioria das vezes,
para classificar os alunos em aprovados e reprovados. E conclui que, mesmo que
haja ocasiões em que se dêem oportunidades para os alunos se recuperarem, a
preocupação recai unicamente em rever os conteúdos programáticos para recuperar
a nota.
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física nestas
Diretrizes, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção defendida
e a práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. Nesta
perspectiva, avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um
elemento externo a este processo.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a
avaliação deve estar vinculada ao Projeto Pedagógico da Escola, com critérios
estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino
aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os progressos do aluno
durante o ano letivo, levando-se em consideração o que preconiza a LDB 9394/96
pela chamada avaliação formativa em comparação à avaliação tradicional, qual seja,
somativa ou classificatória, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e
com a luta por uma sociedade justa e mais humana.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão
revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de
ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos
que visem a superação das dificuldades constatadas.
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações
corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e
das lutas, possibilitando assim que os aluno reflitam e se posicionem criticamente
com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
6- Bibliografia:
BORSARI, J.R. ET AL. Educação Física da pré-escola a universidade. São Paulo.
Editora Pedagógica e Universitária Ltda. 1995.
APOSTILAS EDUCAÇÃO FÍSICA PARA 5ª e 6ª SÉRIES. Colégio Universitário,
2005. Londrina-Pr.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: EDUCAÇÃO FISICA. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação
Física para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.
MATEMÁTICA
JUSTIFICATICA DA DISCIPLINA
De acordo com as diretrizes curriculares, que discute a História da
matemática como campo de estudo que contempla as várias dimensões da
matemática, por meio dessa história, encontra-se a oportunidade de compreender a
ciência matemática desde suas origens e como tem se configurado no currículo
brasileiro.
Os objetivos básicos da educação matemática visam desenvolve-la enquanto
campo de investigação e de produção de conhecimento, natureza científica, e a
melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática.
Fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversas, visando à formação integral do
ser humano e, particularmente do cidadão.
OBJETIVO GERAL
Nessa perspectiva espera-se que o aluno seja capaz de:
Quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira
que sejam incorporadas às experiências do seu dia a dia; ler os números, compara-
los e ordena-los para compreensão do significado da notação numérica; combinar,
comparar, associar, relacionar fisicamente ou conceitualmente; identificar
problemas, fórmulas, hipóteses e prever resultados; desenvolver o raciocínio lógico
e matemático; aplicar o reconhecimento e métodos matemáticos em situações reais
do seu cotidiano.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Para o ensino fundamental os conteúdos
estruturantes são:
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
GRANDEZAS E MEDIDAS
GEOMETRIAS
FUNÇÕES
TRATAMENTO DA INFORMAÇÂO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
6º ano
Sistema numérico decimal:
Classe e ordem;
Números cardinais e ordinais;
Sequência numérica;
Valor relativo e absoluto;
Antecessor e Sucessor;
Leitura e escrita de numerais.
Geometria:
Noções de Geometria: ponto, reta e plano;
Formas geométricas;
Polígonos;
Perímetro e Área de figuras planas;
Medidas de Volume e Capacidade.
Frações e números decimais
Medidas
7º ano
O conjunto dos números inteiros:
Números positivos e negativos;
A representação geométrica;
Subconjunto de Z;
Adição de números inteiros;
Subtração de números inteiros;
Multiplicação de números inteiros;
Divisão exata de números inteiros;
Potenciação, raiz quadrada e expressões numéricas;
Propriedades da potenciação;
Números racionais positivos e negativos;
Mudando a forma de um número racional;
Adição e subtração de números racionais;
Multiplicação de números racionais;
Potenciação de números racionais;
Raiz quadrada.
Equações:
Aplicações das Equações;
Problemas com equações;
Sistema de Equações;
Problemas com sistemas de equações;
Inequações.
Proporcionalidade:
Razão e Proporção;
Regra de três simples;
Regra de três composta.
Juros:
Capital;
Juros;
Montante.
Geometria:
Medida de um ângulo;
Operações com medidas de ângulos;
Sistema de medidas;
Medidas de tempo;
Problemas de medida
8º ano
Conjuntos numéricos:
Conjunto dos números naturais;
Conjunto dos números inteiros;
Conjunto dos números racionais e sua representação decimal;
Raiz quadrada aproximada e exata dos números racionais;
Conjunto dos números reais.
Introdução ao cálculo algébrico:
O uso das letras para representar números;
Expressões algébricas ou literais;
Termo algébrico e polinômios;
Produtos notáveis
Fatoração de polinômios;
Fração algébrica
Expressões algébricas fracionárias;
Simplificação de fração algébrica;
Adição e subtração de fração algébrica;
Multiplicação e divisão de frações algébricas;
METODOLOGIA
Equações e Sistemas de equações
Equação do 1° grau com uma incógnita;
Equações fracionárias de 1° grau com uma incógnita;
Equação literal de 1° grau na incógnita x;
Equação do 1° grau com duas incógnitas;
Sistema de equações do 1° grau com duas incógnitas;
Geometria:
Ângulos;
Polígonos;
Triângulos e seus elementos;
Quadriláteros e seus elementos;
Circunferências e círculos;
9º ano
Potências e Radicais:
Propriedades das potências;
Potência com expoente positivo;
Raiz enésima;
Simplificação de radicais;
Introdução de um fator no radicando;
Multiplicação e Divisão de expressões com mesmo índice;
Multiplicação e Divisão de expressões com índices diferentes;
Racionalização de denominadores de uma expressão fracionária.
Equação de 2° grau:
Equação do 2° grau incompletas e completas;
Resolução de equação do 2° grau incompleta;
Resolução de equação do 2° grau completa, usando a fórmula de Bhaskara;
Raízes e coeficientes da equação do 2 grau;
Equações biquadradas;
Equações irracionais;
Sistema de equações do 2° grau.
Noções de relação e função:
Produto Cartesiano;
Conceito de relação;
Conceito de função;
Domínio, contra domínio e imagem de uma função;
Gráficos de uma função.
Função Polinomial de 1° grau:
Função Linear;
Função Afim;
Gráfico da função do 1° grau;
Zeros da função de 1° grau;
Estudo do sinal da função do 1°grau;
Função Polinomial de 2° grau ou Quadrática:
Gráfico da função Quadrática;
Raízes ou zeros da função Quadrática;
Estudo do sinal da função Quadrática;
Ponto de mínimo e ponto de máximo;
Forma fatorada do trinômio.
Segmentos Proporcionais:
Razão de Segmentos;
Feixe de retas paralelas;
Teorema de Tales.
Semelhança:
Figuras e Polígonos semelhantes;
Triângulos Semelhantes;
Homotetia;
Teorema fundamental da semelhança de triângulos;
O triangulo retângulo;
Relações métricas e teorema de Pitágoras.
Trigonometria:
Relações trigonométricas no triangulo retângulo;
Seno, Cosseno e Tangente;
Relações trigonométricas num triangulo qualquer.
Circunferência e Círculo:
Corda, Secante e Tangente;
Construção de polígonos inscritos em circunferência de raio dado;
Apótema e lado de polígonos inscritos
Figuras Planas e Espaciais:
Perímetro e Área de figuras planas;
Área de regiões circulares;
Poliedros regulares e suas relações métricas;
Estudo dos poliedros de Platão, nomenclatura e teorema de Euler
Os conteúdos serão desenvolvidos a partir de problemas práticos do dia-a-
dia do aluno e, ou a partir da situação concreta que levou ao desenvolvimento
desses conhecimentos, recorrendo à História da Matemática e personagens de
destaque da mesma, a fim de motivar o aluno a situá-lo temporalmente. Leitura e
interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos,
através de: resolução de problemas, modelagem, uso da tecnologia, calculadora,
jogos, brincadeiras, resolução de exercícios, atividades e situações-problema
envolvendo o conteúdo estudado; pesquisa em jornais, livros, revistas e folhetos de
propaganda,
Serão estimulados o questionamento e a discussão de modelos e teorias que
os alunos trazem do seu cotidiano, mesmo que sem base científica, dando lhe
condições para uma visão mais crítica da realidade e capacitando-o a ser um agente
transformador no meio em que vive.etc.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e
aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como
integrantes de um mesmo sistema. Considera-se no contexto das práticas de
avaliação encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão
de noções e subjetividade, buscando diversos métodos avaliativos, formas escritas,
orais e de demonstração incluindo o uso de calculadoras, etc.
As práticas avaliativas pressupõem discussões dos processos de ensino e da
aprendizagem caracterizadas pela reflexão sobre a formação do aluno enquanto
cidadão atuante.
O professor é responsável pelo processo de ensino de aprendizagem e
precisa considerar nos registros escritos e nas manifestações orais de seus alunos
os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo de aprendizagem.
A avaliação será diagnóstica e contínua, realizada cooperativamente a fim de
determinar objetivos alcançados ou não.
RECURSOS
Exposição dos conteúdos pelo professor;
Estudos em grupos;
Exercícios individuais ou em grupos;
Construção e análise de gráficos;
Discussão em sala;
Recursos áudio visuais (Sala de informática,TV PENDRIVE, vídeo, retro-projetor...).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Diretrizes Curriculares do Paraná;
- Educação Matemática, uma introdução, EDUC;
- Pesquisa em educação matemática, concepções & perspectivas, Maria
V. Bicudo;
- Matemática para todos, 8º série, Imenes & Lellis, Ed. Scipione;
- A conquista da matemática, 8º série, Giovanni & Castrucci, Ed. FTD
ENSINO RELIGIOSO
1- Apresentação Geral da Disciplina:
O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do catolicismo que
expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento
da Republica, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a
ser laico. Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos currículos
escolares, isso se deve ao poder da Igreja Católica junto ao Estado.
O processo de ensino e de aprendizagem defendido neste documento, visa à
construção/produção do conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza pela
promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do
confronto de idéias, de informações discordantes e, também, da exposição
competente de conteúdos formalizados.
Se opõe a um modelo educacional que centra o ensino na transmissão dos
conteúdos pelo professor, o que esvazia as possibilidades de participação dos
alunos e não respeita a diversidade religiosa.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária
reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante
das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da
diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países de forma
mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a
sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo planeta e
das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.
Este é o contexto em que se encontra a escola e nela o currículo da disciplina
do Ensino Religioso, historicamente marcado como um espaço de transposição do
que se realizava na catequese e que permita a introdução sistemática e orgânica do
complexo doutrinal cristão.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos
que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas
paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e
econômicas de que são impregnadas.
Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de
disciplina escolar, ainda persistem dúvidas quanto aos conteúdos a serem tratados
na escola, portanto, é importante destacar que para a sociedade as religiões são
confissões de fé e de crença.
No ambiente escolar, as religiões as interessam como objeto de
conhecimento a ser trado nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das
manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças
culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão da diversidade religiosa
como expressão da cultura, construída historicamente, e que, portanto, são
marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.
A partir dessas considerações, as Diretrizes Curriculares para o Ensino
Religioso têm como objetivo orientar também a abordagem e a seleção dos
conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como
conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o
universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes
sociedades.
A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de
conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências
das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e as suas
manifestações são significativas para todos os alunos durante o processo de
escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces
da cultura e da constituição da vida em sociedade.
O professor de Ensino Religioso deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna
obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho
pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que
tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:
- População brasileira e miscigenação dos povos;
- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;
- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;
- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;
- Trabalho e renda dos afro-descendentes;
- Colonização da África pelos europeus;
- Configuração espacial do continente africano;
- Práticas de segregação racial, entre outros.
2- Objetivos Gerais:
- Vivenciar a alteridade desfazendo e superando preconceitos, construindo relações
justas e humanas.
- Entender o fenômeno religioso como fenômeno cultural e localizar-se nele.
- Reconhecer na evolução da estrutura religiosa o processo de construção da idéia
do transcendental no decorrer dos tempos e a influência que os diversos espaços
geográficos exercem nessa concepção.
- Comparar a influência das estruturas religiosas na organização das sociedades em
diferentes tempos, impondo valores, crenças, ideologias, visões de mundo e de
governo.
- Conhecer os contextos históricos, sociais e culturais que determinaram as
verdades religiosas presentes na redação dos textos sagrados e que orientam a vida
dos adeptos.
- Compreender as diversas formas de interpretação dos textos sagrados e sua
influência na vida dos adeptos ou fiéis.
- Conhecer os limites éticos propostos pelas Tradições Religiosas, percebendo que
entre elas há princípios comuns que ordenam a vida pessoal e social dos seguidores
para o convívio fraterno.
3- Conteúdos por ano:
6º ano
O Ensino religioso na Escola Pública
- Orientações legais
- Objetivos
- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como
disciplina Escolar.
I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito
à liberdade religiosa,
- Direito a professor fé e liberdade de opinião e expressão,
- Direito à liberdade de reunião e associação pacificas
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
II - LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado
nestes locais.
- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.
III - TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes
culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas-Hinduismo, Escrituras Bahá‟is, Tradições Orais Africanas,
Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão-Islamismo, etc.
IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas
principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos
sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de
relações com o sagrado.
- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.
- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta
Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao
Tse), etc.
7º ano
Paisagem Religiosa – Símbolo – Texto Sagrado
I – UNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
- Nos Ritos,
- Nos Mitos,
- No cotidiano.
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc.
II – RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por
um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um
acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e á preservação
da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também
podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
- Ritos de passagem,
- Mortuários,
- propiciatórios,
- Outros.
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaingang – Ritual fúnebre). Via
Sacra, Festejo indígena de colheita, Etc.
III – FESTAS RELIGIOSAS
São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos
diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
- Peregrinação, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup
(indígena),
Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo) Etc.
IV – VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas,
- Reencarnação
- Ressurreição – ação de voltar à vida
- Além morte
- Ancestralidade – vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se
tornam presentes
- Outras interpretações.
4- Metodologia da Disciplina:
Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso,
não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem
utilizados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que
subsidiarão este trabalho. Logo as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo
professor da disciplina poderão fomentar o respeito às diversas manifestações
religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos.
O conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para a
superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa;
de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão
do sagrado.
Os conteúdos devem contemplar as diversas manifestações do sagrado,
entendidos como integrantes do patrimônio cultural e poderão ser enriquecidos pelo
professor, desde que contribuam para a construção, a reflexão e a socialização do
conhecimento religioso, proporcionando assim, conhecimentos que favoreçam a
formação integral dos educando, o respeito e o convívio com o diferente.
Para corresponder a esse propósito, a linguagem a ser utilizada de Ensino
Religioso é a pedagógica e não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado,
adequada ao universo escolar.
Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo de
pesquisa a ser realizado pelo professor na identificação de referencias teóricos que
subsidiem o planejamento de suas aulas, recomenda-se que a seleção priorize as
produções de pesquisadores daquela manifestação que se pretende tratar. Este
procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa comprometidas
com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.
Este cuidado é importante, uma vez que as produções de cunho confessional
visam à legitimação de uma manifestação religiosa e, em muitos casos, á
desqualificação de outras manifestações utilizadas como estratégias de valorização
da doutrina e de manutenção e ou de atrair novos adeptos.
5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:
Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso,
faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez
que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das
disciplinas no que se refere a atribuição de notas ou conceitos. Ou seja, o Ensino
Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro
de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo da matricula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos
elementos integrantes do processo educativo na disciplina de Ensino Religioso.
Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,
tendo como parâmetro os conteúdos tratados e seus objetivos.
Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos
que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou se têm se
apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer
que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os
conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do
sagrado pelos alunos.
A apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado
pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar,
por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os
colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; aceita as diferenças
e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da
identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do sagrado.
É importante lembrar que a disciplina de Ensino Religioso está num processo
recente de implementação nas escolas e que, o ato de avaliar é um dos fatores que
poderá contribuir para a sua legitimação como um dos componentes curriculares.
Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de
retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos
conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a
diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como
possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares,
os quais também abordam aspectos relativos à cultura.
6- Bibliografia:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino
Religioso para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-
2006.
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1997.
COSGROVE, Denis. A Geografia esta em toda parte: cultura e simbolismo nas
paisagens humanas. In: paisagem, tempo e cultura. Organizado por Corrêa, Roberto
lobato, Rosendahl, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998. p 92-123.
COSTELLA, Domenico. O Fundamento Espistemológico do Ensino Religioso. In:
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SCHLOGL, Emerli. Expansão Criativa: Por uma Pedagogia da Autodescoberta.
Petrópolis, Vozes, 2000.
GEOGRAFIA
1- Apresentação Geral da Disciplina:
Entendendo o espaço de vida dos homens com um produto histórico, construído
pela sociedade, cresce a importância do ensino de Geografia, na medida em que
propicia ao educando, futuro cidadão, o conhecimento crítico da realidade espacial e
com isso, sua participação consciente e responsável no processo social de produção
do espaço geográfico. Nesses termos, o ensino da Geografia contribui diretamente
para que os alunos venham a ser agentes ativos da construção do espaço.
Concebendo a aprendizagem como um processo pessoal e intransferível, cada
educando constrói o seu conhecimento, a partir de situações didáticas propostas
pelo Professor, o responsável pelo ensino. Assim, conforme a afirmação de Paulo
Freire de que “aprender é (re) construir pela descoberta”, o aluno vai
progressivamente construindo o espaço geográfico no plano de sua cognição, isto é,
na esfera de seu conhecimento.
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias
de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.
Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza,
a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes
marítimas, bem como as variações climáticas e a alternativa entre período seco e
período chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses
conhecimentos permitam às sociedades se relacionam com a natureza e modificá-la
em beneficio próprio.
Na histórica tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos
básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes
correntes de pensamentos especializarem-se em seus estudos, percorre caminhos e
métodos de pesquisas distintos e, com isso, evidenciaram e, em alguns momentos
aprofundaram a dicotomia entre Geografia Física e Geografia Humana.
Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários, assim como,
em algumas práticas escolares. Diante disso, esta diretriz tem como proposta
aprofundar a discussão com os professores da rede estadual de ensino no sentido
de buscar a superação da dicotomia Geografia Física e Humana, que faz parte do
constructo histórico do pensamento geográfico, com o qual os professores de
Geografia convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo.
Assim, a especialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação das
localizações relacionais dos eventos (objeto e ações) em estudo, são próprios do
olhar geográfico sobre a realidade. Neste sentido, algumas perguntas orientam o
pensamento geográfico: Onde? Quando? Por quem? Por que aqui e não em outro
lugar? Como é este lugar? Por que as coisas estão dispostas desta maneira? Qual o
significado deste ordenamento espacial? Quais as conseqüências deste
ordenamento espacial?
Para responder aos questionamentos acima, de acordo com a concepção de Espaço
Geográfico adotado nessas diretrizes, torna-se necessário compreender as escolhas
das localizações e as relações políticas, sociais, culturais e econômicas que as
orientam. Para isso é preciso um referencial teórico (conceitos geográficos) que
sustente esta reflexão.
Cabe salientar que nem todos os conceitos considerados nestas diretrizes como
básicos para o ensino de Geografia foram desenvolvidos ao mesmo tempo e por
todas as linhas teóricas dessa ciência.
Considerando que nestas diretrizes pretende-se a formação de um cidadão
consciente das relações sociais e espaciais de seu tempo, assume-se o quadro
conceitual das teorias criticas da Geografia. Desconsiderando as linhas de
pensamento que negam, em suas construções conceituais, os conflitos e as
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, os conflitos e a contradições
sociais e econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço geográfico, pois
estas são consideradas a - críticas.
Esse contexto exige que o Professor empreenda uma educação que contemple a
heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual
em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e
capitais é uma realidade.
Dessa maneira, configura-se o objetivo maior do ensino da geografia, que conjuga o
plano de ação do educando: “conhecer o espaço geográfico para melhor agir no
processo de sua construção”.
Torna-se importante que os alunos possam perceber-se como atores na construção
de paisagens e lugares, resultado de múltiplas interações entre o trabalho social e a
natureza, e que estão plenos de significados simbólicos decorrentes da afetividade
nascida com eles.
Vale destacar que uma das grandes contribuições dadas pelas novas correntes
fenomenológicas da Geografia foi a de buscar explicar e compreender o espaço
geográfico não somente como produto de forças econômicas ou de formas de
adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos fatores culturais.
Com essa proposta, os alunos estarão aprendendo uma Geografia que valoriza suas
experiências e a dos outros, e ao mesmo tempo estarão aprendendo a valorizar não
apenas o seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na procura do mundo.
O professor de Geografia deve estar atento à Lei 10. 639/03, que torna
obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho
pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que
tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:
- População brasileira e miscigenação dos povos;
- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;
- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;
- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;
- Trabalho e renda dos afro-descendentes;
- Colonização da África pelos europeus;
- Configuração espacial do continente africano;
- Práticas de segregação racial, entre outros.
2- Objetivos Gerais:
Recuperar questões relativas e o papel da natureza e a relação com o indivíduo dos
grupos sociais de forma geral, na construção do espaço;
Utilizar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações
planetárias (litosfera e biosfera), origem e evolução, crescimento de diferentes
populações;
Reconhecer fatores sócio-econômicos e ambientais que interferem nos padrões de
saúde e desenvolvimento das populações humanas por meio da interpretação ou
análise de gráficos e tabelas dos indicadores;
Compreender que as melhorias nas condições a direitos políticos, os avanços
tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistados não usufruídos
por todos os seres humanos e, dentre as suas possibilidades, empenhar-se em
democratizá-las;
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade reconhecendo-os
como direitos dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia;
Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a especialidade
dos fenômenos geográficos;
Compreender a especialidade e temporalidade de fenômenos geográficos
estudando em suas dinâmicas e interações.
3- Conteúdos por ano:
6º ano
Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos
A Dimensão Econômica da Produção
do/no Espaço
- Os setores da economia
- Sistemas de circulação de
mercadorias, pessoas, capitais e
informações.
- Sistemas de produção industrial
- Agroindústria
- Globalização
- Acordos e blocos econômicos
- Economia e desigualdade social
- Dependência tecnológica
- Entre outros.
7º ano
Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos
Geopolítica
- Blocos econômicos
- Formação dos Estados Nacionais
- Globalização
- Desigualdade dos Países: Norte x Sul
- Recursos energéticos
- Guerra Fria
- Conflitos Mundiais
- Políticas ambientais
- Órgãos Internacionais
- Neoliberalismo
- Biopirataria
- Meio ambiente e Desenvolvimento
- Estado, Nação e Território.
- Movimentos Sociais
- Terrorismo
- Narcotráfico
- Entre outros.
8º ano
Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos
- As eras geológicas
- Os movimentos das Terras no
universo e suas influências ( Rotação e
Translação )
- As Rochas e Minerais
A Dimensão Socioambiental
- O ambiente urbano e rural
- Movimentos socioambientais
- Classificação, fenômenos
atmosféricos e mudanças climáticas.
- Rios e bacias hidrográficas
- Sistemas de energia
- Circulação e poluição atmosférica
- Desmatamento
- Chuva ácida
- Buraco na Camada de Ozônio
- Efeito Estufa ( Aquecimento Global )
- Ocupação de áreas irregulares
- Desigualdade social e problemas
ambientais
- Entre outros
9º ano
Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos
A Dinâmica Cultural Demográfica
- O êxodo rural
- Urbanização e favelização
- Fatores e tipos de migração e
imigração e suas influências no
Espaço Geográfico
- Historias das migrações mundiais
- Estrutura etária
- Formações e conflitos étnico-
religiosos e raciais
- Consumo e consumismo
- Movimentos sociais
- Meios de comunicação
- Estudo dos Gêneros (masculino,
feminino, entre outros ).
- A identidade nacional e processo de
globalização
-Entre outros.
Conteúdo Estruturante Conteúdos Específicos
Geografia do Paraná
- Ocupação
- Características naturais e humanas e
suas inter-relações
- Dinâmica sócio-ambiental
- Atividades econômicas
- Potencialidades.
4- Metodologias da Disciplina:
Considerando o objeto de estudo da Geografia (Espaço Geográfico), os
principais conceitos geográficos, os Conteúdos Estruturantes, bem como, seus
conteúdos específicos, cabe apontar como os mesmos devem ser abordados no
ambiente escolar. Frisa-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma
forma critica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma
coerência dos fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia como
ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais,
ou seja, do local ao global e vice-versa.
Os conteúdos estruturantes estão inter-relacionados, garantindo uma
totalidade de abordagens dos conhecimentos específicos que estão dispostos em
diferentes materiais didáticos e não podem ser vistos isoladamente, permitindo
assim, que o professor possa utilizar os materiais didáticos sem adotar uma
linearidade de conteúdos ou alimentando a dicotomia sociedade natureza (Geografia
Física/Humana).
A Geografia crítica escolar, por sua vez, vê o aluno como um ser humano que
possui diferentes potencialidades a serem desenvolvidas, de acordo com a sua
realidade (etária, psicogenética, social e espacial).
Ser cidadão pleno supõe um conhecimento do meio em que se vive, e o
estudo do espaço geográfico não deve ter uma finalidade meramente acadêmica ou
escolar. Deve isto sim, encontrar utilidade na vida prática, na reflexão sobre o
mundo, para nele se viver melhor, promovendo, inclusive, sua transformação.
Outro importante pressuposto teórico-metodológico é elaborar uma Geografia
escolar apropriada para o momento atual e suas indagações (globalização, nova
problemática ambiental, maior valorização do conhecimento e da força de trabalho
qualificada com a correlata desvalorização das matérias-primas e da força de
trabalho barata, redefinições do papel da escola e conseqüentemente, do ensino de
Geografia, etc.)
É importante a percepção do papel social da escola e do ensino da Geografia
diante da realidade mutável do espaço mundial e também do espaço brasileiro. Das
perspectivas para o Século XXI, pois, praticamente já se iniciou o futuro do aluno
como cidadão num mundo globalizado, onde o fundamental não é mais saber ter
preparo técnico (como a época do fordismo) ou ser mais um militante acrítico que
somente repete dogmas (como a outra vertente da bipolaridade, a “esquerda”
tradicional). O essencial hoje é aprender a aprender, aprender a pensar por conta
própria e, agir.
Para que tudo isso ocorra o ensino da Geografia deve partir da observação e
a caracterização dos elementos presentes na paisagem. Este é o ponto de partida
para uma compreensão mais ampla das relações entre sociedade e natureza.
Observar, descrever, representar cartograficamente ou por imagens, os
espaços, são procedimentos que poderão ser utilizados mesmo que o aluno o faça
com pouca autonomia, requisitando a orientação do Professor. Com o decorrer do
tempo irá adquirindo a autonomia necessária para aprofundar seus conhecimentos,
elaborar questões, confrontar suas opiniões, ouvir os outros e se posicionar diante
do grupo sobre suas experiências.
O trabalho com a construção da linguagem gráfica pode ser realizado
considerando-se os referenciais que os alunos já utilizam para se localizar e orientar
no espaço.
É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, Atlas, globos terrestres,
atualizados e em situações em que os alunos possam interagir com estes recursos.
O estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação dos lugares
próximos e distantes são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os
alunos poderão construir e reconstruir as percepções da imagem local e global.
A Geografia, ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as
múltiplas relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.
5- Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina:
A avaliação deve ser estruturada como parte, integrante do processo
pedagógico e educacional. É um instrumento permanente e abrangente, torna-se
necessária esse processo antes mesmo da introdução de novos conteúdos. Ao
avaliar o nível e a amplitude de conhecimentos que os alunos possuem sobre
determinado tema – seus conhecimentos prévios – é possível adaptar a prática
didática aquilo que for mais adequado ao grupo.
A avaliação deve ser levar em conta o grau de desenvolvimento e
conhecimento necessário a continuidade dos estudos. Ela deve ser adequada aos
instrumentos da disciplina, como a leitura, análise e interpretação de mapas,
gráficos, tabelas e outras imagens, compreensão de textos e desenvolvimento de
um método de interpretação da realidade.
A partir da compreensão de sua realidade, desenvolver uma postura solidária,
participativa e crítica.
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que
saibam como serão avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser um
processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na
relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo – Professor e aluno.
6- Bibliografia:
BRANCO, Anselmo Lázaro; LUCCI, Elian Alabi. Geografia: O homem e o Espaço.
Editora Saraiva.
MOREIRA, Igor. Geografia Nova. Editora Ática.
JORNAIS:
- Folha de Londrina
- Jornal de Londrina
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: GEOGRAFIA. Brasília: MEC/SEF,
1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia
para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.
HISTÓRIA
1- Apresentação Geral da Disciplina:
Ao propor um breve histórico da disciplina, este texto, tem como objetivos
suscitar reflexões a respeito dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais,
bem como das relações entre o ensino da disciplina com a produção do
conhecimento histórico na configuração do currículo de Historia, sem a pretensão de
esgotar o tema.
A Historia como disciplina escolar passou a ser obrigatória, a partir da criação
do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a Historia como disciplina acadêmica. Os
professores deste colégio construíram os programas escolares, os manuais
didáticos e as orientações dos conteúdos a serem ensinados. Essas produções
foram elaboradas sob influencia da Escola Metódica e do Positivismo,
caracterizadas, pela História política, guiada pela linearidade dos fatos, pelo uso
restrito dos documentos oficiais escritos como fonte e verdade histórica e pela
valorização dos heróis. Propunha uma nacionalidade expressa na síntese das raças
branca, índia e negra, predominando a ideologia do branqueamento.
O modelo de ensino de Historia foi mantido no inicio da Republica (1889) e o
Colégio D. Pedro II continuava a ter o papel de referencia para a organização
educacional brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do Colégio,
propondo que a Historia do Brasil passasse a compor a cadeira de Historia
Universal. Assim, o ensino da Historia ficou relegado a um espaço restrito do
currículo.
O retorno da Historia do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no
governo de Getulio Vargas, vinculado ao projeto político nacionalista do Estado
Novo. O acesso a essa etapa da escolaridade era restrito à elite que se preparava
para conduzir o povo, contribuindo para a legitimidade do projeto nacionalista, e se
ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.
O ensino da Historia foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos
Estudos Sociais na escola desde o início dos anos 1930. As experiências norte-
americanas na organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte
dos debates educacionais por meio da Escola Nova.
O ensino de Historia, após a implantação do regime militar (1964), manteve
seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado
apenas do ponto de vista factual. O Estado figurava o principal sujeito histórico,
responsável pelos grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos
governantes e das elites condutoras do país.
A partir da Lei nº 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e
o Segundo Grau profissionalizante. Na configuração curricular definida pelo regime
militar, as disciplinas da área de ciências humanas perderam espaço nos currículos.
O Estado objetivava exercer um maior controle ideológico, ao tentar retirar o
instrumental intelectual politizador do professor de História, assim como, ao centrar a
formação numa pratica pedagógica pautada na transmissão do transmissão de
conteúdos escolares selecionados e sedimentada pelos livros e manuais didáticos.
O ensino de Historia tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus
deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a adaptação á
realidade.
O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no inicio dos anos
1980, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, principalmente pela
Associação Nacional dos Professores Universitários de Historia (ANPUH).
No Paraná, houve também uma tentativa de aproximação da produção
acadêmica de Historia com o ensino desta disciplina no Primeiro Grau,
fundamentada na pedagogia histórico - critica, por meio do Currículo Básico para a
Escola Publica de Estado do Paraná (1990). A opção teórica do Currículo Básico,
coerente com o contexto de redemocratização política do Brasil, valorizava as ações
dos sujeitos em relação às estruturas em mudança que demarcam o processo
histórico das sociedades, incluindo entre os conteúdos da 5ª serie o estudo da
produção do conhecimento histórico, das fontes e das temporalidades.
O documento Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná (1990)
apresentava uma proposta curricular de Historia que apontava para a organização
dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e
a inserção do Brasil nesse quadro, de forma integrada, por meio da retomada da
historiografia social ligada ao materialismo histórico dialético.
Para o Primeiro Grau, o conteúdo dói dividido em dois blocos distintos:
Historia do Brasil e Historia Geral. A Historia do Paraná e da América latina
apareciam apenas como estudo de caso, descolados dos grandes blocos de
conteúdos, eram apresentados com pouca relevância nos contextos estudados.
Essa forma de organização curricular demonstrava a dificuldade em romper com
uma visão eurocêntrica da história.
Os documento curriculares para o Primeiro e Segundo Graus não superaram
a Historia linear e cronológica como haviam proposto, uma vez que enfatizaram
exageradamente os fatos e acontecimento políticos e econômicos da Historia.
No contexto das reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da
Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio. O Estado do Paraná incorporou, no
final dos anos 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais como referencia para a
organização curricular de toda a rede pública estadual. A implementação dos PCNs
se deu de forma autoritária, apesar de ser garantida na LDBEN/96 a autonomia das
escolas para a elaboração de suas propostas curriculares.
Apesar dos PCNs proporem uma valorização do ensino humanístico, a
preocupação maior era a de preparar o individuo para o mercado de trabalho, cada
vez mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio. A organização
dos PCNs com base em conteúdos atitudinais, procedimentais e cognitivos,
privilegiou, no Ensino Fundamental, uma abordagem psicológica e sociológica dos
conteúdos, minimizando a abordagem do objeto de estudos da disciplina de Historia
e o desenvolvimento do pensamento critico. A sua inserção no âmbito escolar foi
favorecida pela adoção dos livros didáticos do PNLD, que buscavam adequar-se às
orientações dos PCNs.
No Ensino Médio, a articulação entre os conteúdos proposto e as
competências apresentados nos PCNs, remetiam a uma abordagem funcionalista,
pragmática e presentista dos conteúdos de História.
Nesta situação, destaca-se a aprovação da Lei nº 13.381/01 que torna
obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, os
conteúdos de Historia do Paraná; além da Lei 10.639/03, que altera a Lei nº
9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática Historia e Cultura
Afro-Brasileira, seguida das “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e
Africana”, que tornam obrigatórias a inserção dos conteúdos de historia e cultura
afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
A análise histórica da disciplina, bem como as novas demandas sociais para o
ensino de Historia se apresentam como indicativos para a elaboração de Diretrizes
Curriculares, na medida em que possibilitam reflexões a respeito dos contextos
históricos em que os saberes foram produzidos e repercutiam na organização do
currículo da disciplina.
A História é expressão de um conhecimento vital, cotidiano e inerente a
todos, pelo quais as pessoas se orientam no tempo, desde a mais simples das
atitudes às mais complexas, pautando-se por uma reflexão sobre si mesma, seus
grupos e outras sociedades. A História como ciência é uma das formas de
expressão dessa atividade, com métodos, fontes e finalidades próprias, mas não é a
única. Outras instâncias sociais também produzem conhecimento histórico, mas
ambos não se confundem. O conhecimento histórico escolar é feito da síntese dos
saberes científicos com os saberes cotidianos, oriundos da experiência pessoa,
familiar, religiosa, da participação em entidades da sociedade civil, entre outros.
Sua função não é simplificar o conhecimento histórico científico, mas subsidiar com
seus saberes a elaboração de conhecimentos sobre a História, resultando num
saber distinto do saber científico. Nesta perspectiva, o ensino de História não se
restringe às grandes análises gerais, mas necessita efetivamente construir, como
conteúdo, o conjunto de elementos históricos que interferem na vida cotidiana do
indivíduo e de sua comunidade, de modo a possibilitar condições para que o aluno
domine conceitos fundamentais para a análise da realidade social, tanto na
perspectiva geral quanto na particular.
A contribuição mais significativa do ensino de História ao “educando é a edificação
da capacidade de pensar historicamente, e isto, contribui para a construção do
conhecimento e respeito ao outro”, com o qual se convive pessoalmente (outras
etnias, religiões, opções sexuais, opções políticas, outras condições sociais) e com o
qual se convive enquanto coletividade (outras regiões, culturas e nações).
A Historia tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e
às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos
deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações
humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-
históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de
representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e
politicamente.
A produção do conhecimento cientifico, realizada pelo historiador possui um método
especifico, baseado na explicação e interpretação do passado. A finalidade da
Historia é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a forma
da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do
pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste
conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo teórico, mas que
existem várias explicações e/ou interpretações para um determinado fato.
A partir da apropriação do conceito de consciência histórica nestas diretrizes, busca-
se analisar as implicações das opções teórico-metodológicas para o ensino da
Historia na formação dos sujeitos. Isso pode ser percebido nas diferentes
abordagens curriculares que historicamente marcam o ensino desta disciplina, além
de apontar indicativos para o ensino de historia e do tipo de consciência histórica
que se pretende.
Ao tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de
investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar
diferentes sujeitos históricos e suas relações, abre-se inúmeras possibilidades de
reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam
mais abrangentes. Essa concepção de História, apropriada no tratamento dos
conteúdos escolares, permite a constituição da consciência histórico genética na
medida em que articula a compreensão do processo histórico relativo às
permanências e ás transformações temporais dos modelos culturais, bem como
favorecem a compreensão da vida social em toda a sua complexidade.
Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como Nova
Historia Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos das diretrizes
curriculares de Historia, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação
Básica, a formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançado,
a abordagem dos conteúdos nesta perspectiva possibilita que o professor explore os
novos métodos de produção do conhecimento histórico e amplie possibilidades: de
recortes temporais, do conceito de documento, de sujeitos e de suas experiências,
de problematização em relação ao passado.
A partir dessas considerações, pode-se afirmar que a definição dos conteúdos
estruturantes, entendidos como fundamentais na organização curricular não é
neutra, mas carregada de significados, que se materializam a partir das correntes
historiográficas privilegiadas, na delimitação e seleção dos conteúdos e ainda, mas
finalidades do ensino de Historia.
Cultura Afro-Brasileira, Educação das Relações Étnico-Raciais.
Pede-se um comprometimento solidário dos vários elos do sistema de ensino
brasileiro, tendo-se como ponto de partida a Lei nº 10.639/03, junto com outras
diretrizes e resoluções, que têm o papel articulador e coordenador da organização
nacional.
Para isso, os estudos devem iniciar com o destaque da importância do negro
na construção da sociedade brasileira, resgatando a auto-estima abalada pela
cultura escravocrata, através de debates em sala, discutindo com os alunos a
diversidade racial brasileira, levando-os a entender o processo escravista e a atual
situação do negro. Também palestras sobre o tema com a presença de profissionais
negros (palestrantes e profissionais liberais), ressaltando a auto-estima, a garantia
dos direitos iguais e a diversidade racial existente na escola.
Estado do Paraná
A lei 13.381/01 torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Estadual
Pública de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino
Fundamental e Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
A disciplina Historia do Paraná deverá permanecer como parte
diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos
em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.
A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverá oferecer abordagens e
atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania
paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do
Estado.
A Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos nos
conteúdos da disciplina História do Paraná. As instituições escolares e a
comunidade poderão convergir para a eficácia da aprendizagem da História do
Paraná, através de um processo de cooperação permanente.
2- Objetivos Gerais:
- Identificar os elementos que compõe a diversidade artística e cultural, manifestos
no tempo e no espaço e que caracterizam a condição humana como fenômeno
diverso e complexo;
- Comparar diferentes processos de formação socioeconômica, identificando seu
contexto histórico;
- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na
região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e
espaços;
- Situar acontecimentos históricos e localizando-os no tempo e no espaço;
- Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar;
- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias
coletivas;
- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e
espaços em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidade e
descontinuidade, conflitos e contradições sociais;
- Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,
conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que
possibilitem modos de atuação;
- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a
observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,
iconográficos, sonoros e materiais;
- Valorizar o patrimônio sócio cultural e respeitar a diversidade social;
- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como
condição de efetivo fortalecimento da democracia, enfatizando-se o respeito às
diferenças.
- Analisar as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômicas,
social, política e cultural.
3- Conteúdos por ano:
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Estruturantes são saberes, conhecimentos construídos
historicamente e considerados fundamentais para a compreensão do objeto e
organização dos campos de estudos de uma disciplina escolar. Deles derivam os
conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino-
aprendizagem no cotidiano da escola.
Barros afirma, “uma dimensão implica em um tipo de enfoque (...) ou em algo
que se pretende ver em primeiro plano na observação de uma sociedade
historicamente localizada” (2004,p.20). Assim, as dimensões da vida humana que
podem constituir enfoques historiográficos e das quais este documento entende
como significativos para o conhecimento da Historia, no Ensino Fundamental, são: a
dimensão política, a dimensão econômico-social e a dimensão cultural.
Em síntese, os conteúdos estruturantes aqui apresentados (político,
econômico-social e cultural), em suas respectivas dimensões, articulações ou inter-
relações, estão em consonância com os fundamentos teórico-metodológico da
disciplina, propostos nesta Diretriz Curricular.
Dimensão Política
O interesse pela dimensão do político na Historia confunde-se com a própria
historia da ciência de referencia. Na Antigüidade greco-romana já era visível tal
preocupação. Na chamada Idade Media, a dimensão do político também se faz
presente no estudo da Historia, desta feita, apropriada principalmente pela Igreja
Católica. Política e Poder se confundem.
Na historiografia humanista e renascentista, estudos do passado são feitos
sem muito apego as fontes, a serviço de famílias e/ou indivíduos poderosos. A
historiografia do século XIX, por sua vez, consolida essa realidade tendo no estado
sua expressão política.
A promoção do Estado-nação à condição de objeto da produção histórica,
significa o triunfo da historia política, onde o poder é o poder do Estado, onde os
acontecimentos são sempre os acontecimentos políticos, dignos de atenção dos
historiadores. Configuram-se aqui, algumas exceções como Marx [1818-1880],
Engels [1820-1895], Burckhardt [1818-1897] e Huizinga [1872-1945], os dois últimos
precursores de uma historia cultural.
Neste momento a Historia é incorporada como disciplina escolar trazendo
para a sala a tradição de historiografia metódica, também denominada positivista,
baseada na leitura de documentos oficiais/escritos, no estudo da pátria, dos heróis,
na linearidade e na seqüencialidade dos fatos, na compreensão das causas e
conseqüências.
Este conteúdo estruturante, dentro da concepção apresentada nestas
Diretrizes Curriculares, visa a partir de conceitos como praticas representações,
hegemonia, entre outros, proporem uma nova forma de trabalhar com a dimensão
política, rompendo com o ensino tradicional da Historia, ate então centrado nos
grandes homens, nas batalhas, tratados, datas, etc. Para que isto ocorra, ressalta-se
a importância de inserir o sujeito comum na Historia a partir do estudo de espaços e
de relações sociais, pautadas pelas relações de poder.
Dimensão Cultural
Ao se propor a cultura como uma das dimensões para o estudo da Historia,
entende-se essa dimensão como aquela que permite conhecer os conjuntos de
significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo.
O conceito de cultura hoje é um conceito polissêmico, tal a quantidade de
contribuições e reinterpretações permitidas pelas relações com as ciências sociais
ao longo dos séculos XIX e XX, e que vieram ampliar e permitir novas leituras a um
campo que se preocupava exclusivamente com alta cultura, a cultura das elites, esta
intimamente ligada à dimensão política.
No Brasil, os estudos pioneiros com temas clássicos da historiografia, como
as relações de classe, como o trabalho com novas fontes, metodologias e temáticas,
se iniciaram com Casa Grande e Senzala (1933), Gilberto Freyre [1900-1987] e
Raízes do Brasil (1936), de Sergio Buarque de Holanda [1921-1982]. Ambos
considerados precursores de uma Historia cultural, tanto do ponto de vista teórico
como metodológico.
A dimensão cultural é múltipla e complexa, articulada às outras dimensões
amplia possibilidades de explicação do passado e a construção de novas
interpretações históricas na escola, em consenso com os pressupostos já apontados
na fundamentação teórico-metodologica.
6º ano
Das Origens do Homem ao século XVI – Diferentes Trajetórias, Diferentes Culturas
Dimensões
Política Econômico-Social Cultural
Conhecimentos Específicos Conhecimentos Complementares
Produção do conhecimento histórico
- O historiador e a produção do
conhecimento histórico,
- Tempo, temporalidade,
- Fontes, documentos,
- Patrimônio material e imaterial,
- Pesquisa.
Articulação da Historia com outras
áreas do conhecimento
- Arqueologia, antropologia,
paleontologia, geografia, geologia,
sociologia, etnologia e outras.
A Humanidade e a História
- De onde viemos, quem somos, como
sabemos?
Arqueologia no Brasil
- Lagoa Santa: Luzia (MG)
- Serra da Capivara (PI)
- Sambaquis (PR)
Surgimento, desenvolvimento da
humanidade e grandes migrações.
- Teorias do surgimento do homem na
América,
- Mitos e lendas da origem do homem,
- Desconstrução do conceito de Pré-
história,
- Povos ágrafos, memória e história
oral .
Povos Indígenas no Brasil e no
Paraná
- Ameríndios do território brasileiro,
- Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.
As primeiras civilizações na América
- Olmecas, Mochicas, Tiwanacus,
Maias, Incas e Astecas,
- Ameríndios da América do Norte
As primeiras civilizações na África,
Europa e Ásia
- Egito, Núbia, Gana e Mali
A chegada dos europeus na América
- (des) encontros entre culturas
resistência e dominação
- escravização,
- catequização
- Hebreus, gregos e romanos.
Península Ibérica nos séculos XIV e
XV: cultura, sociedade e política.
- reconquista do território
- religiões: judaísmo, cristianismo e
islamismo,
- comércio (África, Ásia, América e
Europa)
Formação da sociedade brasileira e
Americana
- América portuguesa,
- América espanhola,
- América franco-inglesa
- Organização político-administrativa
(capitanias hereditárias, sesmarias)
- Manifestações culturais (sagrada e
profana)
- Organização social (família patriarcal
e escravismo)
- Escravização de indígenas e
africanos
- Economia (pau-brasil, cana-de-
açúcar e minérios)
Os reinos e sociedades africanas e os
contatos com a Europa
- Songai, Benin, Ifé, Congo,
Monomotapa
(ZimbabWe) e outros.
- Comércio
- Organização político-administrativa
- Manifestações Culturais
- Organização Social
- Uso de tecnologias: engenho de
açúcar, a batea, construção civil...
Diáspora Africana
7º ano
Das contestações a ordem colonial ao processo de Independência do Brasil –
Século XVII ao XIX
Dimensões
Política Econômico-Social Cultural
Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares
Expansão e consolidação do território
- Missões
- Bandeiras
- Invasões Estrangeiras
Consolidação dos estados nacionais
europeus e Reforma Pombalina
- Reforma e contra-reforma
Colonização do território “paranaense”
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização político-administrativa
Movimentos de Contestação
- Quilombos (BR e PR)
- Irmandades: manifestações
religiosas sincretismo
- Revoltas Nativistas e Nacionalistas:
- Inconfidência mineira
- Conjuração baiana
- Revolta da cachaça
- Revolta do maneta
- Guerra dos mascates
Independência das treze colônias
inglesas da América do Norte
Diáspora Africana
Revolução Francesa
- Comuna de Paris
Chegada da família real ao Brasil
- De colônia à Reino Unido
- Missões artístico - cientificas
- Biblioteca nacional
- Banco do Brasil
- Urbanização na Capital
- Imprensa régia
Invasão napoleônica na Península
Ibérica
O processo de independência do
Brasil
- Governo de D. Pedro I
- Constituição outorgada de 1824
O processo de independência das
Américas
- Haiti
- Colônias espanholas
- Unidade territorial
- Manutenção da estrutura social
- Confederação do Equador
- Província Cisplatina
- Haitianismo
- Revoltas regenciais:
Malês, Sabinada, Balaiada,
Cabanagem, Farroupilha.
8º ano
Pensando a nacionalidade: Do século XIX ao XX – A construção do ideário de nação
no Brasil
Dimensões
Política Econômico-Social Cultural
Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares
A construção da nação
- Governo de D. Pedro II
- Criação do IHGB
- Lei de Terras, Lei Euzébio de
Queiroz
-1850
- Início da imigração européia
- Definição do território
Movimento abolicionista e
emancipacionista.
Revolução Industrial e relações de
trabalho (XIX e XX)
- Luddismo
- Socialismo
- Anarquismo
Relacionar: Taylorismo, Fordismo,
Toyotismo
Emancipação política do Paraná
(1853)
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização político-administrativa
- Migrações: internas (escravizados,
libertos e homens livres pobres) e
externas
(europeus)
- Os povos indígenas e a política de
terras
A Guerra do Paraguai e/ou Guerra da Tríplice Aliança
O processo de abolição da escravidão
- Legislação
- Resistência e negociação
- Discursos:
- Abolição
- Imigração – Senador Vergueiro
Branqueamento e miscigenação
(Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,
Euclides da Cunha, Silvio Romero,
no
Brasil, Sarmiento na Argentina).
Colonização da África e da Ásia
Os primeiros anos da República
- Idéias positivistas
- Imigração Asiática
- Oligarquia, coronelismo e
clientelismo
- Movimentos de contestação: no
campo e na cidade
- Movimentos messiânicos
- Revolta da vacina e urbanização do
Rio de Janeiro
Questão Agrária na América Latina
- Revolução Mexicana
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa
- Movimento operário: anarquismo e
comunismo
- Paraná
- Guerra do contestado
- Greve de 1917 – Curitiba
- Paranismo: movimento
regionalista – Romário Martins, Zaco
Paraná, Langue de Morretes, João
Turim.
9º ano
Repensando a nacionalidade brasileira: Do século XX ao XXI – Elementos
Constitutivos da Contemporaneidade
Dimensões
Política Econômico-Social Cultural
Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares
A Semana de 22 e o repensar da
nacionalidade
- Economia
- Organização Social
- Organização político-administrativa
- Manifestações Culturais
- Coluna Prestes.
Crise de 29
A “Revolução” de 30 e o período
Vargas (1930 a 1945)
- Leis trabalhistas
- Voto feminino
- Ordem e disciplina no trabalho
- Mídia e divulgação do regime
Ascensão dos regimes totalitários na
Europa
Movimentos populares na América
Latina
- Criação do SPHAN, IBGE
- Futebol e carnaval
- Contestação à ordem
- Integralismo
Participação do Brasil na II Guerra
Mundial
Segunda Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América
Latina
- Cárdenas – México
- Perón – Argentina
- Vargas, JK, Jânio Quadros e João
Goulart - Brasil
Independência das colônias afro-
asiáticas
Guerra Fria
Construção do Paraná Moderno
- Governos de Manoel Ribas, Moyses
Lupion, Bento Munhoz da Rocha
Netto e Ney Braga
- Frentes de colonização do Estado,
criação da estrutura administrativa:
- Copel, Banestado, Sanepar,
Codepar...
- Movimentos culturais
- Movimentos sociais no campo e na
cidade
- Ex: Revolta dos colonos década
de 50 – sudoeste
- Os Xetás.
Guerra Fria
O Regime no Paraná e no Brasil
- Repressão e censura, uso ideológico
dos meios de comunicação
- O uso ideológico do futebol na
década de 70
- o tricampeonato mundial,
Guerra Fria e os Regimes Militares na
América Latina
- Política de boa vizinhança
- Revolução Cubana
- 11 de setembro no Chile e a
deposição de Salvador Alende
- a criação da liga nacional
(campeonato brasileiro)
- Cinema Novo
- Teatro
- Itaipu, Sete Quedas e as questão da
terra
- Censura aos meios de comunicação
- o uso do ideário do futebol na década
de 70
- A copa da Argentina - 1978
Movimentos de contestação no Brasil
- Resistência armada
- Tropicalismo
- Jovem Guarda
- Novo sindicalismo
- Movimento Estudantil
Movimentos de contestação no mundo
- Maio de 68 na França
- Movimento Negro
- Movimento Hippie
- Movimento Homossexual
- Movimento Feminista
- Movimento Punk
- Movimento Ambiental
Paraná no contexto atual
Redemocratização
- Constituição de 1988
- Movimentos populares rurais e
urbanos: MST (Movimento dos sem
terra), MNLM (Movimento Nacional de
Luta pela Moradia), CUT (Central
Única dos Trabalhadores), Marcha
Zumbi dos Palmares, etc.
- Mercosul
- Alca
Fim da bipolarização mundial
- Desintegração do bloco socialista
- Neoliberalismo
- Globalização
- 11 de setembro nos EUA
África e América Latina no contexto
atual
O Brasil no contexto atual
- A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão
4- Metodologia da Disciplina:
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da
consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com
seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou
seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto
de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas
praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram ás mesmas de
forma consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota um método de
pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar, por meio dos
documentos e das perguntas que faz aos mesmos, respostas as suas indagações. A
partir desse trabalho o historiador produz uma narrativa histórica, que tem como
desafio contemplar a diversidade das experiências políticas, econômico-sociais e
culturais.
Ao planejar as suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do
conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,
considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste
modo exigirá que seja constantemente retomado. Neste sentido, algumas questões
poderão ser feitas pelo professor e seus alunos: Como o historiador chegou a essa
interpretação? Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?
Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões contemplou em sua
análise? O político, o econômico-social, o cultural? Onde podem ser identificados?
Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?
O estudo da História do ponto de vista historiográfico e pedagógico é
fundamental na formação do estudante como cidadão, para que assuma atitude
participativa e crítica na sociedade na qual está inserido.
Reconhecer que o saber escolar é construído na interlocução. Cada situação requer
a escolha de didáticas específicas para que o processo seja construído
coletivamente.
O professor deve estar continuamente aprendendo, procurar novos caminhos
e novas alternativas para criar e recriar novas possibilidades na realidade escolar.
Nunca esquecer que a História é um conhecimento construído e em constante
construção, e que, sua contribuição mais significativa ao educando, é a edificação
da capacidade de pensar historicamente ( “aprender a conhecer; aprender a fazer;
aprender a conviver e aprender a ser “).
O que se pretende, é que o ensino da História contribua para a
construção da consciência histórica.
Ë necessário ainda:
Nas diferentes situações de ensino, valorizar os seus conhecimentos, questionando
e debatendo as relações existentes entre conhecimento e prática, ciência e
cotidiano, etc.
Estimular a troca de informações, estudos das relações, reflexões que destaquem
diferenças e semelhanças e as transformações;
Realizar atividades com diferentes fontes de pesquisa, livros, jornais, revistas,
filmes, fotografias, etc., confrontando dados, abordagens e objetos.
A proposta curricular delineada neste documento de diretrizes, propõe-se a
estabelecer articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas,
resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender que esse é um
caminho possível para o ensino de História, uma vez que possibilita aos alunos
compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão ás mesmas. Por
exemplo, a macro-história são abordagens que podem ser combinadas: uma História
das experiências ligadas ao sofrimento e à miséria, sempre injustos, de uma
localidade, de uma família, de um indivíduo mostra pontos de vista e ações de um
determinado passado que permitem uma reavaliação dialética das explicações
macro-históricas, as quais analisam, propõem ações que visam à superação das
condições de vida dos sujeitos do presente, apontando para expectativas futuras.
5- Critérios da Avaliação Específicos da Disciplina:
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas diretrizes
objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida
e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino aprendizagem. Nesta
perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um
elemento externo a este processo.
De acordo com este entendimento, refutam-se as práticas avaliativas que
priorizam o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função da
aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as
concepções pedagógicas definidas no Projeto Político Pedagógico da escola, e que
acabam por materializar, por meio da avaliação, um modelo excludente de
escolarização e de sociedade que a escola pública tem o compromisso de superar,
com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade
mais justa e mais humana.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão
revisitar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo de
ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades constatadas.
Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica, sejam
melhores implementadas na continuidade do processo de ensino aprendizagem, faz-
se necessário que sejam realizadas a partir do dialogo entre alunos e professores,
envolvendo questões relativas á critérios adotados, a função da avaliação, a
necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma
individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,
processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem
ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelo aluno.
Ao se propor uma maior participação dos alunos no processo avaliativo, não
se pretende esvaziar o papel do professor, mais ampliar o significado das práticas
avaliativas para todos os envolvidos. No entanto, é necessário destacar que cabe ao
professor planejar situações diferenciadas de avaliação.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram
tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da
consciência histórica, apresenta-se a seguir alguns apontamentos a serem
observados pelo professor que permitam analisar se:
- Os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;
- O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes
dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino;
- Os alunos empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos
históricos,
- Compreendem a História com prática social, da qual participam como sujeitos do
seu tempo;
- Analisarem as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-
social, política e cultural;
- Compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no método, da
problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador
produza a narrativa histórica;
- Explicita o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômico, a
partir do conhecimento dos processos históricos que constituíram;
- Compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar refutar ou
complementar a produção historiográfica já existente.
Estes apontamentos não esgotam todos os aspectos a serem analisados pelo
professor de História no processo de ensino aprendizagem, são indicativo que
poderão ser enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas e a
elaboração dos instrumentos avaliativos em consonância com estas diretrizes.
6- Bibliografia:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: HISTÓRIA. Brasília: MEC/SEF,
1998.
CAMPOS, Flávio de. O Jogo da História. São Paulo : Moderna, 2002. Outros
autores: Lídia Aguilar, Regina Claro, Renan Garcia Miranda. Conteúdo: 5ª série:
Planeta Futebol, 6ª série: De corpo na América e alma na África, 7ª série: Planta
Terra, 8ª série: Política, diversão e arte.
LEI nº 10.639/03. Cultura Afro-Brasileira, Educação das Relações Étnico-Raciais.
LEI nº 13.381/01. Historia do Paraná.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História
para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-2006.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
1- Apresentação Geral da Disciplina:
O panorama do ensino de Línguas Estrangeiras (LE) no Brasil e a estrutura
do currículo escolar sofrem constantes influências da organização social no decorrer
da história. A relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do currículo e a
sociedade que residem as causas da ascensão e declínio do prestigio das línguas
estrangeiras nas escolas.
Desde o inicio da colonização do território que hoje corresponde ao litoral
brasileiro pelos portugueses, houve a preocupação do Estado português em
promover a educação, com o objetivo de facilitar o processo de dominação e de
promover a expansão do catolicismo. Assim, coube aos jesuítas a responsabilidade
de evangelizar e de ensinar latim aos povos que habitavam o território, como
exemplo de língua culta. Durante a União Ibérica (1581-1640), os jesuítas foram
considerados pelos espanhóis os principais incentivadores da resistência dos
nativos aldeados nas reduções jesuíticas à demarcação dos limites do Tratado de
Madri (1750), nas Guerras Guaraníticas. Esse é um dos fatores que contribuiu para
a expulsão dos padres jesuítas dos territórios portugueses na América.
O ensino das línguas modernas só começou a ser valorizado depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, 1808. No ano de 1809, com a
assinatura do decreto de 22 de junho, pelo príncipe regente D. João VI, cria-se as
cadeiras de inglês e francês com o objetivo de melhorar a instrução publica e
atender às demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. Em 1837,
funda-se o Colégio Pedro II, cujo currículo inspira-se nos moldes franceses, e em
seu programa constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão.
Desde o final do século XIX, e a partir do inicio do século XX, devido a um
conjunto de fatores que marcam a historia da Europa como o aumento populacional,
a falta de emprego e de terras agricultáveis, períodos de guerras e pós-guerra e
perseguições étnicas, muitos europeus passaram acreditar na melhoria da
qualidade de vida no Brasil. Assim, por toda extensão territorial do Brasil foram
criadas as colônias de imigrantes. Numa tentativa de preservar suas culturas, muitos
colonos organizaram-se para construir e manter escolas para os seus filhos, uma
vez que a escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus paises de
origem e o Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar a todas as crianças.
O ensino da língua portuguesa, quando ministrado, era tido como língua estrangeira
nessas escolas.
Segundo Nagle, a partir de 1910, o nacionalismo, entendido como “um
fenômeno de exaltação do homem e das coisas brasileiras e como esforço que se
expressa na tentativa de construir instituições que reflitam as condições peculiares
do povo”(2001, p.299), passava a ter uma ampla abrangência envolvendo pessoas e
instituições de natureza e posições ideológicas diversas.
Com propósitos nacionalistas, em 1917, o governo federal decide fechar as
escolas estrangeiras ou de imigrantes, na busca de “impedir a desnacionalização da
escola e da infância” (id. 301).
Em 1920, São Paulo promove sua reforma educacional, onde se permitia a
oferta de ensino primário em escolas particulares, seguindo as orientações de
caráter nacionalista, dentre as quais destaca-se o respeito aos feriados nacionais; o
ensino da língua portuguesa, ministrado por professores brasileiros natos; sendo
que o ensino de língua estrangeira era proibido para crianças menores de dez anos,
que ainda não dominassem corretamente o português.
Em 1930, Getulio Vargas, assume o governo brasileiro e cria o Ministério da
Educação e Cultura e as secretarias de educação no estados. Em 1931, acontece a
reforma Francisco Campos, que estabelece o Método Direto, um método de ensino
de língua estrangeira oficialmente estabelecido. Método desenvolvido na Europa, no
final do século XIX e inicio do século XIX e XX, em contraposição ao Tradicional,
respondendo aos novos anseios sociais.
Para o fortalecimento da identidade nacional, o Ministério da Educação e
Cultura privilegiou nos currículos oficiais os conteúdos que favoreciam a valorização
da Historia do Brasil e de seus heróis e, contribuam para apropriação da língua
portuguesa por todos os brasileiros.
A homogeneidade social brasileira que se pretendia era dificultada pela
atuação das minorias étnicas, lingüísticas e culturais que se propagavam no país
desde o inicio do século. A solidificação dos ideais nacionalista aparece com muita
evidência na Reforma Capanema, em 1942, ao atribuir ao ensino secundário um
caráter patriótico por excelência. Nessa conjuntura, o alto conceito das línguas
estrangeiras foi mantido no ginásio. O francês se apresentava ainda com uma ligeira
vantagem ao inglês, o espanhol foi introduzido como matéria obrigatória como
alternativa ao ensino do alemão e o latim permaneceu como língua clássica.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do
Brasil em relação aos Estados Unidos, ainda que eminente após o final da Guerra
Fria, mas que já acompanhava o Brasil desde a Independência, intensificou-se, e
assim, a necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Nos anos 50, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente
interesse pela aprendizagem de línguas, surgem mudanças significativas quanto as
abordagens e aos métodos de ensino.
A partir da década de 60, fase em que o método áudio-oral esta em
expansão, os estudos científicos se fortalecem e, com isso, começa a minar a
concepção de língua das abordagens estruturalistas.
Chomsky, em 1965, ao retomar a discussão entre a língua e fala, propõe a
teoria inatista de aquisição de linguagem, a qual postula que o ser humano já nasce
com determinadas capacidades que serão desenvolvidas com o tempo. Chomsky
criou também os conceitos de competência (aquilo que sabemos) e desempenho (o
que fazemos com o conhecimento adquirido).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 4024/61, criou os Conselhos
Estaduais. Cabia a eles a inclusão ou não da língua estrangeira nos currículos. Essa
mesma lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino de LE no colegial e
instituiu o ensino profissionalizante, compulsório, em substituição aos cursos:
clássico e cientifico. Identificou-se ainda, a valorização da língua inglesa, devido as
demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período.
Após a tomada do governo brasileiro pelos militares, a LDB/61 foi reformada
em 1971 através da lei nº 5692/71. A finalidade do ensino passou a ser a educação
profissional. Em conseqüência dessa ênfase, a legislação desobrigava a inclusão de
línguas estrangeiras no currículo de 1º e 2º graus, assim denominado em
substituição ao antigo curso secundário: ginásio e colegial, sob a égide de um falso
nacionalismo que alegava que a escola não deveria ser a porta de entrada de
mecanismos de impregnação cultural estrangeira. Em 1976, o ensino de língua
estrangeira volta a ser valorizado, quando a disciplina volta a ser obrigatória, apenas
no 2º grau. De acordo com parecer 581/76 do Conselho Federal, a língua
estrangeira seria ensinada por acréscimo, conforme as condições de cada
estabelecimento, assim muitas escolas reduziram seu ensino para apenas uma hora
semanal, no 2º grau e às vezes uma vez por ano.
Uma das formas de se manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas
publicas após o aparecer 581/76, bem como uma tentativa de rompimento com a
hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro de
Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a
oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos em contraturno.
Em 1980, a redemocratização do país era o panorama propicio para que os
professores, organizados em associações liderassem um amplo movimento pelo
retorno da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas publicas. Assim a
Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centros de Língua
Estrangeiras Modernas (CELEMs) no Paraná, em 15 de agosto de 1986.
Em 1996, com o desdobramento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional Lei n° 9394/96 determinou que a oferta obrigatória de pelo menos uma
língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a partir da quinta serie, sendo
que a escolha do idioma foi escolha do idioma foi atribuída a comunidade escolar,
dentro das possibilidades da instituição.
Em 2005, como resultado de um processo que se arrastou por anos e
atendendo a interesses políticos e econômicos, com o objetivo do Brasil se destacar
no MERCOSUL e o incremento das relações comerciais do Brasil com países de
língua espanhola, foi criada a Lei 11.161, de 5 de agosto de 2005, que decreta
obrigatória a oferta de língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. A
oferta é obrigatória para a escola, mas de matricula facultativa para o aluno, sendo
que os estabelecimentos de ensino têm cinco anos, a partir da data de sua
publicação, para implementá-la.
Ao se historicizar o ensino de língua estrangeira, pretendeu-se, sucintamente,
problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a
desnaturalizar os aspectos que tem marcado o seu ensino, sejam eles políticos,
econômicos, sociais, culturais e educacionais.
O estudo das Línguas Estrangeiras Modernas deve levar á reflexão sobre estatutos
de indivíduos frente a outros, competências que transcende o domínio das
habilidades lingüísticas. Ao explicitarem aspectos relativos ao ensino da LE no que
se refere às suas práticas e aos objetivos que atribuem à disciplina, identificou-se
que a Abordagem Comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula.
A Abordagem Comunicativa ao incorporar em seu modelo, o uso da gramática,
exigida para a interpretação, expressão e negociação de sentidos no contexto
imediato da situação de fala, colocando-se a serviço dos objetivos de comunicação,
apresenta aspectos considerados positivos. Analises recente mencionam que o
ensino comunicativo desenvolveu-se em três fases ao longo das últimas décadas,
representando assim avanços em seus pressupostos e proposições. Segundo
Mascia,” uma primeira é associada ao nocional-funcional e é calcada em práticas
audiolinguais; a segunda marcada pelos atos de fala com a incorporação de
tendências sociolingüísticas e a terceira corresponde a uma vertente mais crítica, em
que se pretendeu promover as interações culturais”.
A partir das reflexões em torno da Abordagem Comunicativa e das implicações
desta no ensino de LE, serão apresentados a seguir os fundamentos teórico -
metodológicos que referenciam estas Diretrizes. Inicialmente, destacam-se alguns
princípios educacionais fundamentais os quais orientaram esta escolha:
- o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a
garantia de eqüidade no tratamento da disciplina de LE em relação as demais
obrigatórias do currículo;
- o resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no
currículo da Educação Básica;
- o respeito à diversidade (cultural, identitária, lingüística), pautado no ensino de
línguas que não prioriza a manutenção da hegemonia cultural.
Partindo desses princípios, identificou-se na pedagogia crítica o referencial
teórico que sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por entender que
esta é tônica de uma abordagem que valoriza a escola como espaço social,
responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e de atuação crítica e democrática
para a transformação da realidade.
Compreender de que é pela língua que se organizam e se comunicam,
saberes dos quais os indivíduos devem se apropriar no âmbito social e cultural para
gerar significados e integrar-se no mundo de forma crítica e segundo escolhas
pessoais no campo das possibilidades da cultura.
No mundo atual a Língua Estrangeira Moderna assume a função de veículo
de informação e meio de acesso ao conhecimento, às diferentes formas de pensar,
de criar, de sentir, de agir e de conhecer a realidade, fornecendo suporte formativo
ao aluno, para que possa participar e compreender as relações comunicativas
estabelecidas entre a sociedade e as culturas do mundo moderno. Assim o domínio
básico de pelo menos uma língua estrangeira moderna é hoje, um requisito
essencial para inserção e manutenção do jovem e adulto no mercado de trabalho,
garantia de acesso à informação, etc.
Assim, o ensino da língua deve considerar o interesse e necessidades de
quem está aprendendo uma língua estrangeira, vinculando o contexto à realidade do
aluno. Ou seja, ao se trabalhar um tema, deve-se partir do universo real do aluno,
levando em consideração a sua experiência, a vida pessoal e atividades cotidianas
contextualizadas.
O professor de Língua Estrangeira deve estar atento à Lei 10. 639/03, que
torna obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de Historia e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, que podem ser vistas nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio e relaciona-las qualquer conteúdo estruturante. O trabalho
pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que
tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos, tais como:
- População brasileira e miscigenação dos povos;
- Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e no mundo;
- Contribuições do negro na construção da nação brasileira;
- Migrações do povo africano no tempo e no espaço;
- Trabalho e renda dos afro-descendentes;
- Colonização da África pelos europeus;
- Configuração espacial do continente africano;
- Práticas de segregação racial, entre outros.
2- Objetivos Gerais:
- Objetiva-se que os alunos possam analisar as questões da nova ordem global,
suas implicações e, acima de tudo, desenvolvam uma consciência crítica a respeito
do papel das línguas na sociedade.
- Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as
possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas
maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações as
relações que podem ser estabelecidas entre a LE e: a inclusão social; o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades
transformadoras.
- Possibilitar aos alunos utilizarem uma língua estrangeira em situações de
comunicação (produção e compreensão de textos verbais e não-verbais) é também
inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados a suas comunidades
locais, mas capazes de se relacionar com participantes ativos, não limitados a suas
comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e
outros conhecimentos.
- Proporcionar a todos os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem
este tipo de inclusão social, ou seja, fazer uso da língua que estão aprendendo em
situações significativas, isto é, reconhecidamente relevante e não como mera prática
de formas lingüísticas descontextualizadas.
- Proporcionar a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na
interação humana.
- Refletir sobre a língua como um artefato cultural, como um produto que se constrói
e é construído por determinada(s) comunidade(s) que reagem a determinados
acontecimentos com base em historias e contextos específicos.
- Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída lingüisticamente em
diferentes línguas, culturas e modos de pensar, compreendendo que os significados
são social e historicamente construídos e passiveis de transformação.
- Atuar sobre os sentidos possíveis e reconstruir sua identidade como agente social,
partilhando das responsabilidades sobre os processos de construção de
conhecimentos e em condições de participar ativamente de uma possível
transformação do mundo em que vive.
3- Conteúdos por ano:
- Greetings
- Verbo TO BE
- Personal pronouns
- This / that
- Family
- Animals
- these/those
- Numbers 1 to 20 and ages
- Nationalities
- school objects
- What, Where, how many, how much
- a ,an, the
- present continuous
- time
- Who – this/that
- Question – tag
- Cardinal Numbers
- Food
- These / those
- Plural of nouns
-Personal things, Where, Prepositions
- There to be
- How many / How much
- Simples Present – Do – Does
- What are they like? (adjectives)
- Ordinal numbers
- Possessive adjectives
- Actions / hours
- Present continuous
- Sports/ clothes/ health problems/
Occupatios
- Imperative
- When, What, Who, Where
- Oralidade:
- apresentar-se
- solicitar ou dar informações
- entrevistar
- expressar opiniões, vontades e
sentimentos.
- dar ordens
- Escrita
- identificar o tipo textual
- reconhecer as partes de um texto
- reconhecer as informações
essenciais de um texto
- elaborar perguntas e respostas
- resolver exercícios estruturais da
língua
-produzir textos
- Leitura
- textos descritivos
- textos informativos
- notícia de revistas, jornais.
- textos poéticos
- textos de instruções
- entrevistas
-música
4-Metodologia da Disciplina:
A abordagem de ensino por
Letramento Critico, o qual implica em
engajar os alunos sujeitos em
atividades críticas e
problematizadoras, que se
concretizam por meio da língua como
pratica social, o trabalho com a língua
estrangeira em sala de aula precisa
partir do entendimento do papel das
línguas nas sociedades como mais do
que meros instrumentos de acesso à
informação: as línguas estrangeiras
são também possibilidades de
conhecer, expressar e transformar
modos de entender o mundo e de
construir significados.
É importante trabalhar a partir
de temas referentes a questões sociais
emergentes, tarefa que se encaixa
perfeitamente nas atribuições da
língua estrangeira, disciplina favorece
à utilização de textos abordando
assuntos relevantes presentes na
mídia nacional e internacional ou no
mundo editorial.
Trata-se de abordar o uso da
língua estrangeira como espaço de
construção de significados
dependentes da situação de uso, dos
propósitos dos interlocutores e dos
recursos lingüísticos de que dispõem.
Isto significa pensar que o
falante/professor tem papel ativo na
construção do significado da interação,
assim como seu interlocutor.
É importante utilizar recursos
visuais para auxiliar o trabalho
pedagógico em sala de aula. Tais
materiais podem auxiliar na
preparação da leitura, na medida em
que auxiliam os alunos no processo de
inferência sobre o tema e sentidos do
textos. O conhecimento lingüístico,
ainda que condição necessária, não é
suficiente para chegar á compreensão,
considerando que o leitor precisa
executar um processo ativo de
construção de sentidos, relacionando a
nova informação ao conhecimento
adquirido ao longo da vida.
Uma proposta interessante no
auxilio da conscientização da
linguagem é apresentar um texto com
cognatos e termos transparentes e
outro no qual, os conhecimentos de
língua materna não favoreçam a sua
compreensão imediata. A pesquisa de
palavras no dicionário pode auxiliar
essa conscientização, na medida em
que os alunos percebam os possíveis
sentidos apresentados para tais
palavras, mas que ainda assim, são
limitados, podendo ser produzidos
outros adequados a determinados
contextos, e, principalmente, que os
sentidos não são únicos e dados
unilateralmente, mas construídos na
interação verbal.
5- Critérios de Avaliação Específicos
da Disciplina:
Ao propor reflexões sobre as
práticas avaliativas, objetiva-se
favorecer a coerência entre tais
aspectos (avaliação, concepção de
língua e objetivos de ensino) e o
processo de ensino e de
aprendizagem. A avaliação será um
instrumento facilitador na busca de
orientações e intervenções
pedagógicas, não se atendo apenas
ao conteúdo desenvolvido, mas
aqueles vivenciados ao longo do
processo de forma que os objetivos
propostos sejam alcançados.
Baseando-se no envolvimento
dos sujeitos alunos na construção do
significado nas práticas discursivas, a
avaliação se dará a partir da
participação ativa dos alunos
(interação verbal) e na elaboração e
execução de trabalhos orais e escritos.
Caberá ao professor observar a
participação ativa dos alunos,
considerando que o engajamento
discursivo na sala de aula se realiza
por meio da interação verbal, a partir
dos textos, e de diferentes formas:
entre os alunos na turma; na interação
dos alunos com o material didático;
nas conversas em língua materna e na
língua estrangeira estudada, e no
próprio uso da língua, que funciona
como um recurso cognitivo ao
promover o desenvolvimento dos
pensamentos e idéias (Vygostky,
1989). Ser ativo, neste caso, significa
produzir sentidos no processo de
compreensão dos textos, tais como:
inferir, servindo-se dos conhecimentos
prévios; levantar hipóteses a respeito
da organização textual etc, verificando
a construção dos significados na
interação com textos e nas produções
textuais dos alunos, tendo em vista
que vários significados na interação
com textos e nas produções textuais
dos alunos, tendo em vista que vários
significados são possíveis e válidos,
desde que apropriadamente
justificados.
O aluno envolvido no processo
de avaliação, uma vez que também é
construtor do conhecimento, precisa
ter seu esforço reconhecido por meio
de ações tais como: o fornecimento de
um retorno sobre o seu desempenho e
o entendimento do “erro” como parte
integrante da aprendizagem. Assim,
tanto o professor quanto os alunos
poderão acompanhar o percurso
desenvolvido até então e identificar
dificuldades, bem como planejar e
propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades
constatadas. A explicitação dos
propósitos da avaliação e do uso de
seus resultados pode favorecer
atitudes menos resistentes ao
aprendizado de LE e permitir que toda
a comunidade, não apenas a escolar,
reconheça o valor desse
conhecimento.
6- Bibliografia:
AMOS, Eduardo. SUPER ACE,
1,2,3,4. Teacher‟s book / Eduardo
Amos, Elizabeth Prescher; [Ilustrações
Ivan Coutinho]. São Paulo: Longman,
2005.
AMOS, Eduardo. NEW OUR WAY,
1,2,3,4. Teacher‟s book / Eduardo
Amos, Ernesto Pasqualin, Elizabeth
Prescher,. 4ª ed São Paulo: Moderna,
2002.
EASY GAMES IN ENGLISH. Europan
Language Institute. Ed Eli.
LLANAS, A; KNIVETON, J. Kids Club.
Ed Mac millan.
BRASIL. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: terceiro e quarto ciclos do
ensino fundamental: introdução aos
parâmetros curriculares nacionais.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: terceiro e quarto ciclos do
ensino fundamental: LINGUA
ESTRANGEIRA. Brasília: MEC/SEF,
1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da
Educação. Currículo Básico para a
escola pública do Estado do Paraná.
Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da
Educação. Diretrizes Curriculares de
Língua Estrangeira para o Ensino
Fundamental – Versão Preliminar.
Curitiba: SEED, Julho-2006.
LÍNGUA PORTUGUESA
1- Apresentação Geral da disciplina
Vive-se uma nova realidade
social, conseqüência da
industrialização, do urbanismo
crescente, da utilização da escrita, da
expressão, dos meios de comunicação
e avanços tecnológicos.
Isso faz com que o homem
procure adquirir um vasto
conhecimento em todas suas
faculdades e expressões, na
promoção do pensar e do agir, na
perspectiva de concretizá-los na
realidade em que vive.
O ensino de Língua
Portuguesa, numa visão
contemporânea, precisa estar
comprometido, tanto na oralidade
quanto na escrita, com o processo da
enunciação e do discurso, e sua
prática deve estar relacionada a
situações reais de comunicação,
focalizando a necessidade de dar ao
aluno condições de ampliar o domínio
da língua e da linguagem ,
aprendizagem fundamental para o
exercício da cidadania, visto que as
práticas de linguagem são uma
totalidade e que o sujeito expande sua
capacidade de uso da linguagem e de
reflexão sobre ela em situações
significativas de interlocução.
Nas propostas curriculares
atuais, visa-se criar situações nas
quais o aluno possa aprendê-la, não
somente por palavras, mas saber
combiná-la em expressões complexas
e aprender pragmaticamente,
concretizando-a em seu mundo.
Por isso interagir pela
linguagem significa realizar uma
atividade discursiva na interlocução
não aleatória – mesmo inconsciente –
mas decorrente das condições em que
o discurso é realizado.
Sabe-se que o aluno já dispõe
de competência discursiva e lingüística
para comunicar-se em interações
próprias das relações sociais de seu
dia-a-dia inclusive as que estabelecem
em sua vida escolar.
Isso significa permitir-lhe a escolha da
forma da fala a utilizar, considerando
as características e condições do
contexto de produção, isto é, saber
adequar os recursos expressivos, a
variedade da língua e o estilo a
diferentes situações comunicativas:
saber coordenar satisfatoriamente o
que fala e escreve e como fazê-lo,
dado o contexto e os interlocutores a
quem o texto se dirige.
Sendo assim, faz-se necessária
à reflexão sobre a linguagem
verbal e a não-verbal entre todos
(educadores, alunos e
comunidade) como critério
básico para a realização da
cidadania, pois ela com todos
seus sistemas, é cultura e
comunicação.
O professor de Língua
Portuguesa deve estar atento à
Lei 10. 639/03, que torna
obrigatório abordar conteúdos
que envolvam a temática de
Historia e Cultura Afro-Brasileira
e Africana, que podem ser vistas
nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio e
relaciona-las qualquer conteúdo
estruturante. O trabalho
pedagógico pode ser feito por
meio de mapas, maquetes,
textos, imagens, fotos que
tragam conhecimentos sobre
conteúdos específicos, tais
como:
- População brasileira e
miscigenação dos povos;
- Distribuição espacial da
população afro-descendente no
Brasil e no mundo;
- Contribuições do negro na
construção da nação brasileira;
- Migrações do povo africano no
tempo e no espaço;
- Trabalho e renda dos afro-
descendentes;
- Colonização da África pelos
europeus;
- Configuração espacial do
continente africano;
- Práticas de segregação racial,
entre outros;
- Contribuição africana para a
construção da linguagem
brasileira;
- Religião, alimentação, música,
literatura e outras influências
culturais;
- Obras literárias relacionadas á
cultura afro;
- Outras formas de expressão
cultural.
2- Objetivo Geral da Disciplina:
No processo ensino e
aprendizagem dos diferentes ciclos do
ensino Fundamental, espera-se que o
aluno amplie o domínio ativo do
discurso nas diferentes situações
comunicativas, sobretudo nas
instâncias públicas de uso da
linguagem, de modo a possibilitar sua
inserção efetiva no mundo da escrita,
ampliando suas possibilidades de
participação social no exercício da
cidadania. Para isso, a escola deverá
organizar um conjunto de atividade
que progressivamente possibilite ao
aluno as seguintes competências e
habilidades:
- Utilizar a linguagem na escuta e
produção de textos orais, na leitura e
produção de textos escritos de modo a
atender as múltiplas demandas
sociais, respondendo aos diferentes
propósitos comunicativos e
expressivos, e considerando as
diferentes condições de produção do
discurso;
- Reconhecer a importância das
diferentes linguagens: verbal, não
verbal, musical, gráfica, plástica, como
meio de produzir, expressar,
comunicar suas idéias, interpretar e
usufruir das produções culturais,
atendendo a diferentes intenções e
situações de comunicação;
- Utilizar a linguagem para estruturar
as experiências e explicar a realidade,
operando sobre as representações
construídas em várias do
conhecimento;
- Saber como proceder para ter
acesso, compreender e fazer uso de
informações contidas no texto,
reconstruindo o modo pelo qual se
organizam em sistemas coerentes;
- Ser capaz de operar sobre o
conteúdo representativo dos textos,
identificando aspectos relevantes,
organizando notas, elaborando
roteiros, resumos, índices, esquemas
e outros;
- Aumentar e aprofundar seus
esquemas cognitivos pela ampliação
do léxico e de suas respectivas redes
semânticas;
- Analisar criticamente os diferentes
discursos, inclusive o próprio,
desenvolvendo a capacidade de
avaliação dos textos;
- Conhecer e valorizar as diferentes
variedades do português, procurando
combater o preconceito lingüístico;
- Reconhecer a valorizar a linguagem
de seu grupo social como instrumento
adequado e eficiente na comunicação
cotidiana, na elaboração artística e
mesmo nas interações com pessoas
de outros grupos sociais que se
expressem por meio de outras
variedades;
- Usar os conhecimentos adquiridos
por meio da prática de análise
lingüística para expandir sua
capacidade de monitoração das
possibilidades de uso da linguagem,
ampliando a capacidade de análise
crítica.
3- Conteúdo por série:
6º ano
3- Conteúdos por/série:
Linguagem Oral
Literários:
- Cordel;
- Causos e similares;
- texto dramático;
- canção.
Imprensa:
- Entrevista;
- Debates;
- Depoimentos.
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminários;
- Palestras;
- Debates;
Publicidade:
- Propaganda;
- Denotação;
- Conotação.
Linguagem Escrita:
Literária:
- Conto;
- Novela;
- Romance;
- Crônica;
- Poema;
- Texto Dramático.
Imprensa:
- Noticia;
-Editorial;
- Artigo;
- Reportagem;
- Carta ao leitor;
- Charge;
- Tira.
Divulgação Cientifica:
- Verbete;
- Enciclopédico;
- Nota / Artigo;
- Relatório de experiências;
- Didáticos ( textos, enunciados de
questões)
- Artigo.
Publicidade:
- Propaganda.
Denotação
- Conotação;
- Crônica;
- Poema;
- Texto dramático;
Pratica de produção de textos orais
e escritos
Linguagem Oral
Literários:
- Canção;
- Texto dramático;
Imprensa:
- Noticia;
- Entrevista;
- Debate;
- Depoimento;
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminário;
- Debate.
Linguagem Literária
- Crônica;
- Conto e poema;
Imprensa:
- Noticia;
- Artigo;
- Carta ao leitor;
- Entrevista.
Divulgação Cientifica:
- Relatório de Experiências;
- Esquema e resumo de artigo ou
verbetes de enciclopédia.
Prática de Análise Lingüística
Domínio da norma padrão;
Pontuação;
Acentuação;
Ortografia;
Narração com diálogo;
Descrição;
Poemas Pós-modernos;
Contos: Trevisan, Lygia Fagundes
Teles;
Relatório de pesquisas;
Linguagem oral;
Relatório por meio de entrevista;
Análise Morfológica
O conceito de conteúdo
estruturante lança um novo aspecto
sobre os conteúdos, pois são
constituídos dentro da mobilidade
histórica. Essa característica
contextual garante a sua não fixidez,
inviabilizando a arbitrariedade de seus
recortes. Possibilita também o diálogo
com conceitos diversos que, somados,
conseguem abranger toda a
complexidade que envolve o processo
de uso da língua, não contemplada
dentro de uma perspectiva
exclusivamente gramatical.
Assumindo-se a
concepção de língua como prática que
se efetiva nas diferentes instâncias
sociais, acorda-se que o objeto de
estudos da disciplina é a Língua e o
Conteúdo Estruturante de Língua
Portuguesa e Literatura é o discurso
concebido como prática social,
desdobrado em três práticas, leitura,
escrita e oralidade.
È no contexto das práticas
discursivas que se farão presentes os
conceitos oriundos da Lingüística,
Sociolingüística, Semiótica,
Pragmática, Estudos Literários,
Análise do Discurso, Gramáticas
normativas, descritiva, de usos, entre
outros, de modo a contribuir com o
aprimoramento da competência
lingüística dos estudantes.
7º ano
3- Conteúdos por/série:
Linguagem Oral
Literários:
- Cordel;
- Causos e similares;
- texto dramático;
- canção.
Imprensa:
- Entrevista;
- Debates;
- Depoimentos.
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminários;
- Palestras;
- Debates;
Publicidade:
- Propaganda;
- Denotação;
- Conotação.
Linguagem Escrita:
Literária:
- Conto;
- Novela;
- Romance;
- Crônica;
- Poema;
- Texto Dramático.
Imprensa:
- Noticia;
-Editorial;
- Artigo;
- Reportagem;
- Carta ao leitor;
- Charge;
- Tira.
Divulgação Cientifica:
- Verbete;
- Enciclopédico;
- Nota / Artigo;
- Relatório de experiências;
- Didáticos ( textos, enunciados de
questões)
- Artigo.
Publicidade:
- Propaganda.
Denotação
- Conotação;
- Crônica;
- Poema;
- Texto dramático;
Pratica de produção de textos orais e
escritos
Linguagem Oral
Literários:
- Canção;
- Texto dramático;
Imprensa:
- Noticia;
- Entrevista;
- Debate;
- Depoimento;
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminário;
- Debate.
Linguagem Literária
- Crônica;
- Conto e poema;
Imprensa:
- Noticia;
- Artigo;
- Carta ao leitor;
- Entrevista.
Divulgação Cientifica:
- Relatório de Experiências;
- Esquema e resumo de artigo ou
verbetes de enciclopédia.
Prática de Análise Lingüística
Domínio da norma padrão;
Advérbios;
Tempo Verbal: Presente do Indicativo,
Pretérito perfeito, futuro do presente e
imperativo;
Pontuação;
Acentuação;
Sinônimos / Antônimos;
Ortografia;
Provérbios;
Narração;
Fábulas;
Narração com diálogo;
Descrição;
Poemas Pós-modernos;
Contos: Trevisan, Lygia Fagundes
Teles;
Relatório de pesquisas;
Linguagem oral;
Relatório por meio de entrevista
Análise Morfológica
O conceito de conteúdo
estruturante lança um novo aspecto
sobre os conteúdos, pois são
constituídos dentro da mobilidade
histórica. Essa característica
contextual garante a sua não fixidez,
inviabilizando a arbitrariedade de seus
recortes. Possibilita também o diálogo
com conceitos diversos que, somados,
conseguem abranger toda a
complexidade que envolve o processo
de uso da língua, não contemplada
dentro de uma perspectiva
exclusivamente gramatical.
Assumindo-se a
concepção de língua como prática que
se efetiva nas diferentes instâncias
sociais, acorda-se que o objeto de
estudos da disciplina é a Língua e o
Conteúdo Estruturante de Língua
Portuguesa e Literatura é o discurso
concebido como prática social,
desdobrado em três práticas, leitura,
escrita e oralidade.
È no contexto das práticas
discursivas que se farão presentes os
os conceitos oriundos da Lingüística,
Sociolingüística, Semiótica,
Pragmática, Estudos Literários,
Análise do Discurso, Gramáticas
normativas, descritiva, de usos, entre
outros, de modo a contribuir com o
aprimoramento da competência
lingüística dos estudantes.
8º ano
3- Conteúdos por/série:
Linguagem Oral
Literários:
- Cordel;
- Causos e similares;
- texto dramático;
- canção.
Imprensa:
- Entrevista;
- Debates;
- Depoimentos.
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminários;
- Palestras;
- Debates;
Publicidade:
- Propaganda;
- Denotação;
- Conotação.
Linguagem Escrita:
Literária:
- Conto;
- Novela;
- Romance;
- Crônica;
- Poema;
- Texto Dramático.
Imprensa:
- Noticia;
-Editorial;
- Artigo;
- Reportagem;
- Carta ao leitor;
- Charge;
- Tira.
Divulgação Cientifica:
- Verbete;
- Enciclopédico;
- Nota / Artigo;
- Relatório de experiências;
- Didáticos ( textos, enunciados de
questões)
- Artigo.
Publicidade:
- Propaganda.
Denotação
- Conotação;
- Crônica;
- Poema;
- Texto dramático;
Pratica de produção de textos orais e
escritos
Linguagem Oral
Literários:
- Canção;
- Texto dramático;
Imprensa:
- Noticia;
- Entrevista;
- Debate;
- Depoimento;
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminário;
- Debate.
Linguagem Literária
- Crônica;
- Conto e poema;
Imprensa:
- Noticia;
- Artigo;
- Carta ao leitor;
- Entrevista.
Divulgação Cientifica:
- Relatório de Experiências;
- Esquema e resumo de artigo ou
verbetes de enciclopédia.
Prática de Análise Lingüística
Domínio da norma padrão;
Advérbios;
Tempo Verbal: Presente do Indicativo,
Pretérito perfeito, futuro do presente e
imperativo;
Verbos: ser, ter, estar, ficar, pôr e dar;
Pontuação;
Acentuação;
Sinônimos / Antônimos;
Ortografia;
Regência Verbal: Assistir, namorar,
preferir, obedecer, ir, chegar,
simpatizar, etc.;
Provérbios;
Narração;
Fábulas;
Narração com diálogo;
Cartas pessoais e familiares;
Narração e Dissertação;
Poemas Pós-modernos;
Contos: Trevisan, Lygia Fagundes
Teles;
Relatório de pesquisas;
Linguagem oral;
Relatório por meio de entrevista;
Análise Morfológica
Regência Nominal.
O conceito de conteúdo estruturante lança um novo aspecto sobre os
conteúdos, pois são constituídos dentro da mobilidade histórica. Essa característica
contextual garante a sua não fixidez, inviabilizando a arbitrariedade de seus
recortes. Possibilita também o diálogo com conceitos diversos que, somados,
conseguem abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua,
não contemplada dentro de uma perspectiva exclusivamente gramatical.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudos da disciplina é a
Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso
concebido como prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e
oralidade.
È no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os os conceitos
oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos Literários,
Análise do Discurso, Gramáticas normativas, descritiva, de usos, entre outros, de
modo a contribuir com o aprimoramento da competência lingüística dos estudantes.
9º ano
3- Conteúdos por/série:
Linguagem Oral
Literários:
- Cordel;
- Causos e similares;
- texto dramático;
- canção.
Imprensa:
- Entrevista;
- Debates;
- Depoimentos.
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminários;
- Palestras;
- Debates;
Publicidade:
- Propaganda;
- Denotação;
- Conotação.
Linguagem Escrita:
Literária:
- Conto;
- Novela;
- Romance;
- Crônica;
- Poema;
- Texto Dramático.
Imprensa:
- Noticia;
-Editorial;
- Artigo;
- Reportagem;
- Carta ao leitor;
- Charge;
- Tira.
Divulgação Cientifica:
- Verbete;
- Enciclopédico;
- Nota / Artigo;
- Relatório de experiências;
- Didáticos ( textos, enunciados de questões)
- Artigo.
Publicidade:
- Propaganda.
Denotação
- Conotação;
- Crônica;
- Poema;
- Texto dramático;
Pratica de produção de textos orais e escritos
Linguagem Oral
Literários:
- Canção;
- Texto dramático;
Imprensa:
- Noticia;
- Entrevista;
- Debate;
- Depoimento;
Divulgação Cientifica:
- Exposição;
- Seminário;
- Debate.
Linguagem Literária
- Crônica;
- Conto e poema;
Imprensa:
- Noticia;
- Artigo;
- Carta ao leitor;
- Entrevista.
Divulgação Cientifica:
- Relatório de Experiências;
- Esquema e resumo de artigo ou verbetes de enciclopédia.
Prática de Análise Lingüística
Domínio da norma padrão;
Concordância verbal;
Concordância Nominal;
Verbos: ser, ter, estar, ficar, pôr e dar;
Pontuação;
Acentuação;
Sinônimos / Antônimos;
Ortografia;
Regência Verbal: Assistir, namorar, preferir, obedecer, ir, chegar, simpatizar, etc.;
Telegrama;
Cartas pessoais e familiares;
Narração e Dissertação;
Poemas Pós-modernos;Contos: Trevisan, Lygia Fagundes Teles;
Relatório de pesquisas;
Linguagem oral;
Relatório por meio de entrevista;
A estrutura do texto dissertativo;
Análise Morfológica
Regência Nominal
O conceito de conteúdo estruturante lança um novo aspecto sobre os
conteúdos, pois são constituídos dentro da mobilidade histórica. Essa característica
contextual garante a sua não fixidez, inviabilizando a arbitrariedade de seus
recortes. Possibilita também o diálogo com conceitos diversos que, somados,
conseguem abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua,
não contemplada dentro de uma perspectiva exclusivamente gramatical.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudos da disciplina é a
Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso
concebido como prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e
oralidade.
É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os conceitos
oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos Literários,
Análise do Discurso, Gramáticas normativas, descritiva, de usos, entre outros, de
modo a contribuir com o aprimoramento da competência lingüística dos estudantes.
4- Metodologia
A língua portuguesa, em diversas propostas curriculares, tende a criar
situações nas quais o aluno possa vivenciar e incorporar um processo educativo que
venha contribuir para o seu crescimento intelectual e social, fazendo-o capaz de
assumir uma atitude de consciência da realidade experimentada, possibilitando-lhe a
apropriação de uma efetiva construção do conhecimento que lhe servirá de
instrumento para a vida.
Isso ocorre quando escola e professor consideram esse aluno como sujeito
ativo da aprendizagem e do conhecimento.
O ensino e a assimilação da língua portuguesa devem ser centrados nas
relações aluno-professor em que o conhecimento e internalizado deixa de ser
informativo e passa ser formativo.
O encaminhamento da língua portuguesa terá como unidade básica de ensino
o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que o mesmo
coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para garantir a
apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. Será necessário que o
professor reintroduza-o nas práticas de escuta, leitura e produção, permitindo que o
trabalho com a literatura permita a passagem gradual da leitura não comum para
uma leitura mais extensiva.
Além da escuta, leitura e produção de texto, é necessária a realização de
atividades que envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua e suas
propriedades, como trabalho de observação, descrição, por meio do qual se constrói
explicações para os fenômenos lingüísticos característicos das práticas discursivas.
Serão empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de textos,
que se distinguem do falar cotidiano, articulando elementos lingüísticos a outros de
natureza não verbal e, quando necessário registro e documentação escrita.
Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das
características do gênero e do autor, fazendo uma seleção de procedimentos de
leitura em função dos diferentes objetivos. Serão estabelecidas relações necessárias
entre o texto e outros textos e recursos de natureza suplementar para a
compreensão e interpretação do texto.
Estabelecer-se-á a progressão temática em função das marcas de
segmentação textual, tais como: mudanças de capítulo ou de parágrafo, títulos e
subtítulos, para texto em prosa, colocação em estrofes e versos, para textos em
versos.
Far-se-á levantamento e análise de indicadores lingüísticos e extralingüísticos
presentes no texto para identificar as várias vozes do discurso e o ponto de vista que
determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de confrontá-lo com
outros textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar criticamente
diante dele.
Sabendo-se que esse conhecimento se constitui a partir do saber existente
no aluno, somado ao que o professor detém, ocorrerá a real construção do
conhecimento, através do diálogo, da interação, viabilizando, assim, a verdadeira
troca de experiências e, conseqüentemente, a aprendizagem.
A proposta do leitor crítico é uma das ferramentas imprescindível para tornar
o aluno um leitor proficiente em leitura e escrita. Portanto é necessário clareza do
professor na execução da proposta para possibilitar o tempo destinado a leitura
atividades que destinam a reflexão, a compreensão do texto lido e o seu
posicionamento diante do tema trabalhado.
A ação literária é efetivada através da leitura, discussão em grupo, produção
de textos, dramatização, reprodução através da oralidade e da escrita. O tempo
deve ser construído de forma que favoreça o processo de ensino e de aprendizagem
do aluno.
Dessa forma, aluno e professor vivenciarão as práticas da linguagem que
deve envolver o seu todo – leitura, produção de texto, análise lingüística – não
fragmentando a transmissão e conhecimento da língua, mas contextualizando-a no
seu universo. O aluno fará a construção de seu próprio saber, a aquisição da língua
escrita, que ocorrerá num contexto de interação e interlocução para o mesmo possa
perceber a capacidade que tem de ler e de escrever e vivenciar o todo que
internalizou na sociedade em que está inserido. Para essa prática constante de
leitura, contamos com acervo de ótima qualidade, os quais foram enviados pela
Secretária de Estado e MEC.
5- Critérios da Avaliação
A avaliação é um processo contínuo, diagnóstico e formativo que visa
priorizar a qualidade e o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Avaliar por meio de provas, observação diária e instrumentos variados,
selecionados de acordo com cada conteúdo e / ou objeto.
Todavia, a avaliação por ser contínua, diagnóstica e formativa, aponta as
dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o
tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos) e ajuda-os a refletir, faz
com que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e
participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e de
aprendizagem.
A avaliação precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno
está trilhando para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a
leitura e a escrita.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos
diálogos, relatos e discussão, a clareza que ele mostrar ao expor suas idéias, a
fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao
defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,
discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que
eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu
posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a
partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do
processo de produção, nunca como um produto final. O aluno precisa estar em
contextos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação que
tomam como base as condições de produção tenham alguma validade.
É no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados
nas produções dos alunos que precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e
contextualizada, que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior
do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem utilizá-los em outras operações
lingüísticas (de reestrutura do texto, inclusive).
Tal prática requer um professor que, em primeiro lugar, compreenda as
concepções de linguagem que assumem a língua enquanto interação, enquanto
discurso; um professor que tenha os necessários conhecimentos sobre o sistema de
escrita, para orientar com segurança os alunos no processo de aprendizagem desse
sistema; um professor que respeite as diferenças e promova uma ação pedagógica
de qualidade para todos os alunos, desmistificando padrões preestabelecidos e
conceitos tradicionalmente aceitos.
6- Bibliografia:
TEIXEIRA, Patrícia Moreli. Ateliê da Palavra. São Paulo: Quinteto Editorial, 1998.
LAJOLO, Marisa. Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. São Paulo : Ática,
1993.
SARMENTO, Leila Lauar. Português: Leitura, produção e gramática. São Paulo :
Moderna, 2002.
CEREJA, William Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar . 2ª edição. São Paulo :
Atual, 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: LÍNGUA PORTUGUESA. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar. Curitiba: SEED, Julho-
2006.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
ARTES
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A proposta do Ensino de Artes relaciona o fazer artístico, a
apreciação e os conhecimentos históricos, estéticos e contextuais em Arte,
realizando produções artísticas coletivas e / ou individuais nas várias linguagens da
arte (dança,música,teatro,artes plásticas.)
Por isso,é fundamental que na Disciplina de Arte os alunos possam
dar continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos sobre a arte aprendidos
em níveis anteriores e em sua vida cotidiana . A arte pode colaborar no
desenvolvimento de projetos educacionais interligados de modo significativo
articulando-se conhecimentos culturais aprendidos pelos alunos nas diversas áreas
do conhecimento.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA-
Perceber o estudo da arte como campo de conhecimento, fazer a
aproximação do aluno com o universo artístico, familiarizá-lo com as varadas
linguagens artísticas.
CONTEÚDOS POR SÉRIE:
1ª série
ARTES PLÁSTICAS:
História da Arte no Mundo.
Arte Pré-histórica
Artes Egípcias
Renascimento
Barroco
Realismo (Impressionismo/ Expressionismo)
Cubismo
Abstracionismo
Pop-Art
História da Arte no Brasil:
Semana da Arte Moderna
Vida e obra Tarsila do Amaral
Linha do Tempo
Releitura
Leitura de imagens.
TEATRO
Histórico do Teatro
Gêneros
Expressão
Espaço Cênico
MÚSICA
Origem da música
Elementos Musicais
Gêneros Musicai
DANÇA
Movimento Corporal
Origem da Dança
2ª série
ARTES PLÁSTICAS/ VISUAIS
História da Arte no Mundo
Arte Neoclássica
Arte Romântica
Arte Gótica
Arte Fauvista
Concretismo
Arte Nouveau
Leitura de Imagens
História da arte no Brasil
Arte Moderna (CAM)
Desenho Geométrico
Ângulos (construção, adição e subtração
TEATRO:
Sonoplastia/ Caracterização.
Pantomima ( expressões Gestuais)
Criação de personagens / Roteiros.
MÚSICA:
Música Tonal e Moda
Gêneros Musicais
Improvisação
Sonoplastia
DANÇA:
Sonoplastia
Coreografia
Gêneros
METODOLOGIA
Aulas técnicas e expositivas, aulas práticas, com auxílio de quadro
negro, com trabalhos práticos, demonstrações, seminários.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO;
Através da criação e do trabalho criador, com trabalhos em equipe
e individuais, interativa e através de avaliação semestral, apresentação de
seminários.
BIBLIOGRAFIA
ARTE DE FAZER ARTE - APOSTILA
DIRETRIZES CURRICULARES DA SEED
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.
Vivemos num mundo em contínua transformação, tanto na área
tecnológica como também na área social, e cada vez mais a sociedade terá que
opinar e decidir sobre problemas étnicos, tais como : organismo geneticamente
modificado, bebê de proveta, mãe de aluguel, etc.Visando essas transformações
que ocorrem no mundo envolvendo a sociedade , a Biologia tem por finalidade levar
informações estimulando-os a questionarem e proporem soluções.
Em síntese, o que a Biologia procura dentro da sala de aula é fazer com
que os educandos “aprendam a apreender”, isto é saibam procurar as respostas
que precisam para se tornarem cidadãos conscientes e cumpridores de suas
obrigações.
Os conteúdos serão fundamentados no método experimental sem a
preocupação de resultados perfeitos visando com isto a preservação da fauna
nativa, a biodiversidade e ao próprio ser humano, evitando-se os perigos dos
experimentos sofisticados em seres vivos de maneira geral.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA :- Criar situações para que o aluno se
interesse pelo estudo da Biologia, para que passa a conhecer melhor a si próprio e o
meio ambiente que o cerca, compreendendo e valorizando os mecanismos que
regulam as atividades que neles ocorrem valorizando o indivíduo como um todo na
sociedade.
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes deverão ficar assim definidos:
1ª série
Biologia: conceito e seus objetivos;
A Biodiversidade:
- Biosfera, vida e organização biológica no planeta Terra.
Vida Matéria e energia.
Bioquímica celular e origem da vida.
- Componentes inorgânicos da célula: água e sais minerais.
- Componentes orgânicos da célula: carboidratos;lipídios;proteínas- aminoácidos
naturais e essenciais; ligação entre os aminoácidos;estrutura; funções; enzimas e
anticorpos.
Vitaminas: lipossolúveis e hidrossolúveis.
Os ácidos nucléicos e a síntese de proteínas:
- Classificação e constituição;
- Os genes e a síntese de proteínas:
- Os tipos de RNA;
Formação de cadeia polipeptídica;
As mutações e código genético
7- A origem da vida
- Geração espontânea ou abiogênese
Biogênese X abiogênese: primeiras formas de vida.
8- Citologia.
A célula: teoria e padrões celulares.
Parede celular e membrana plasmática;
Núcleo celular: características gerais do núcleo celular;
Cromossomos;
Divisão celular: interfase, mitose e meiose.
9- Biotecnologia do DNA: a engenharia genética.
Seres transgênicos: terapia gênica e projeto genoma.
10- Fotossíntese: conceito; importância biológica; etapas e quimiossíntese.
11-Respiração celular: conceito; importância biológica: transferência e
transformações de energia química.
12- Histologia animal: tipos de tecidos.
13- Histologia vegetal tipos de tecidos
2ª série
A Biodiversidade e o sistema de classificação dos seres vivos.
Biosfera, porção da Terra onde a vida se desenvolve; classificação e apresentação
dos reinos
Vírus:
- Características gerais dos vírus; reprodução; sua importância e principais
viroses humanas.
3- Reino Monera
- Estrutura celular do reino monera; Bactérias.
-Nutrição bacteriana: sua importância; Tipos morfológicos; reprodução e
doenças provocadas por bactérias
-Cianobactérias: importância e reprodução.
Reino Protista:
-Protozoário (filo Protozoa)
-Classificação, principais causadores de doenças e reproduções.
Algas protistas: classificação.
Reino Fungi:
Características gerais dos fungos; classificação; associações mutualísticas e
importância dos fungos.
Reino Plantae ( I ) aspectos gerais:
- Componentes e características básicas do reino; alguns critérios de classificação
das plantas; ciclos reprodutivos das plantas.
Reino Plantae (II) Aalgas pluricelulares, biófitas e peridófitas:
- Importância das algas; algas e desiquilíbrios ambientais; ciclos de vida e
reprodução de briófitas e pteridófitas.
8- Reino Plantae (III) Gimnospermas e angiospermas.
- Gimnospermas: sementes nuas.
- Angiospermas: sementes com frutos.
Importância, órgãos de reprodução, classificação dos frutos.
9-Reino animália (I): Aspectos Gerais. Filos do Reino animália.
10- Reino Animália (II): Poríferos, celenterados, platelmitos e nemaltermintos.
Estrutura, organização do corpo, características gerais de cada filo, classificação.
11- Reino animália (III): Anelídeos, Artrópodes. Moluscos e equinodermos.
Características gerais década filo, classificação.
12- Reino animália: (IV): Cordados.
Características gerais, divisões, linha evolutiva, classes, superclasses e ordens.
13- Fisiologia vegetal.
Equilíbrio híbrido nos vegetais.
Absorção de água e sais minerais.
Transporte de seivas, transpiração nos vegetais e adaptações para vida terrestre
e climas.
14- Fotossíntese, hormônios, movimentos foto periodismo.
Fatores que interferem na fotossíntese; disponibilidade de gás
carbônico,temperatura luminosidade; hormônios vegetais, movimentos vegetais e
classificação quanto a floração e fotoperíodo.
15- Fisiologia animal.
A Digestão: tipos de digestão; aspectos gerais da digestão; digestão humana.
A respiração; tipos de respiração animal, evolução dos órgãos respiratórios, nos
animais; a respiração humana.
A circulação: tipos de circulação e circulação humana; constituição e funções do
sistema linfático.
A excreção: excreta nitrogenada; classificação dos animais em relação ao excreta
nitrogenados; ciclo da ornitina; excreção de alguns grupos de seres vivos e
excreção humana
A coordenação nervosa:
Sistema nervoso dos invertebrados e dos vertebrados.
Órgãos dos sentidos:
A regulação hormonal: glândulas endócrinas e a produção de hormônios.
Glândulas endócrinas humanas e seus hormônios.
3ª série
Reprodução e desenvolvimento.
A Reprodução exercida ou agâmica;
A Reprodução sexuada ou gâmica;
Casos especiais de reprodução;
Reprodução humana;
Sistema genital masculino e feminino;
Gametogênese;
Fecundação;
Regulação hormonal;
Embriologia;
Tipos de óvulos;
Segmentação ou clivagem;
Gastulação;
Organogênese e anexos embrionários.
Genética: Conceitos básicos de genética e a primeira Lei de Mendel;
Engenharia Genética: manipulação do DNA;
Conceito de Gene;
O trabalho de Mendel;
Convenções da genética;
Ausência de dominância;
Noções de probabilidade.
Segunda a Lei de Mendel - Exemplo clássico de diibridismo e interpretação de
resultados.;
Polialelia: alelos múltiplos;
Coloração da pelagem em coelhos;
O sistema ABO;
O fator Rhesus (RH);
Grupos sangüíneos do sistema MN
7- A herança do sexo:
Cromossomos sexuais;
Herança ligada ao sexo;
Herança restrita ao sexo;
Herança influenciada pelo sexo;
Alguns casos de alterações cromossomiais.
8-Interação genética: epistasia; herança quantitativa e pleiotropia.
9- Linkage e mapeamento genético:
Linkage total ou completo:
Linkage parcial ou imcompleto;
Teoria cromossômica da herança;
Método para descobrir a ocorrência de linkage;
Mapeamento genético.
Evolução:-
O mecanismo evolutivo: conceito e mecanismo evolutivo de Lamak e Darwin.
11-Evidências de evolução: homologia; analogia; órgãos vestigiais; semelhanças
embrionárias; os fósseis; o ser humano e seus parentes mais próximos.
Genética das populações:
População em equilíbrio e revolução;
13-Ecologia: introdução:conceito;componentes de um ecossistema.
14-Cadeias alimentares: o fluxo de energia e de matéria no ecossistema.
15-Ciclos biogeoquímicos: ciclo do carbono; do nitrogênio, oxigênio; da água.
16-Populações naturais:
Aspectos de uma população;
Fatores limitantes do crescimento populacional;
Habitat e nicho ecológico.
17- Relações Ecológicas:
Classificação:
Tipos de relações ecológicas.
METODOLOGIA:
Desenvolver e utilizar metodologias adequadas tais como: aulas
práticas no laboratório, pesquisas bibliográficas e de campo, visitas, palestras,
seminários, grupos de estudos aulas expositivas, projetos. Desta forma toda
abordagem deve partir dos elementos vivenciais do educando e que o mesmo seja
sujeito ativo do seu processo de aprendizagem e que desenvolva a criatividade.
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
Provas subjetivas e em grupo
Trabalhos individuais e em grupo
Avaliação contínua no dia a dia
Relatórios de atividades práticas
Observações Contínuas
Participação durante as aulas
Usar meios de comunicação tais como vídeos laboratórios: computadores .
BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares Estaduais
Paulino, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo. Editora Ática, 2000. Volume Único.
Lopes, Sônia Godoy Carvalho, Bio. S. Paulo. Editora Saraiva, 5ª edição, 1996
Volume Único.
Amibis, José Mariano & Martho, Gilberto Rodrigues, Fundamentos da Biologia
Moderna, 1ª edição, 1990, volume Único.
Revista Globo Ciência.
Super Interessante.
Folha de Londrina, Jornal de Londrina.
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A Educação Física, é a área do conhecimento que introduz e integra os
alunos na cultura corporal do movimento, com finalidade de lazer, de expressão de
sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria na família.
Para tanto rompe com o tratamento tradicional dos conteúdos que
favorece os alunos que já tem aptidões,adotando como eixo estrutural da ação
pedagógica o princípio da inclusão,apontando para uma perspectiva metodológica
de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da
cooperação,da participação social e da Afirmação de valores e princípios
democráticos.Nesse sentido, procura garantir para todos a possibilidade de usufruir
de jogos,esportes,danças,lutas e ginástica em benefício do exercício crítico da
cidadania.
A partir disso, é preciso reconhecer uma segunda dimensão, esta se
refere a um esforço de uma parte significativa dos professores de Educação Física
de enriquecer o escopo da sua intervenção do centro de interesse dessa disciplina,
que se desloca de uma perspectiva naturalizada,baseada no movimento ,para uma
dimensão cultural, baseada na corporalidade. Portanto, de uma tradição fortemente
marcada pelas Ciências Naturais a Educação Física tem avançado para
preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o atendimento do
corpo em toda a sua complexidade.
As aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais
disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório
para a dureza das salas de aula. A Educação Física é parte do projeto geral de
escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico da
escola. Se a atuação do professor é na quadra e em outros lugares do ambiente
escolar , seu compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali
instituído, sempre em favor da formação humana.
O objetivo das práticas corporais escolares em geral, e da Educação
Física em particular deve ser a dimensão meramente motriz da sua aula sem,
no entanto, negar o movimento como possibilidade de manifestação humana.
Atentos ao que foi anteriormente caracterizado como experiência dos
professores, seus interesses, suas expectativas e suas necessidades ,
articulados com as finalidades que regem o ensino escolar e aos resultados
esperados do processo de escolarização,propormos uma concepção que procure
contemplar a totalidade das manifestações corporais humanas e a sua
potencialidade formativa.
OBJETIVOS:
A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para além das
abordagens centrais na motricidade;
O desenvolvimento dos conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam
relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;
As práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito
unilateral;
A superação do caráter da Educação Física como mera atividade , de “prática pela
prática”;
A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o
processo de formação humana do aluno;
Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;
Despertar o respeito por aqueles que de alguma forma não conseguem realizar o
que lhe foi proposto, que os alunos tenham condições d entender e respeitar o
diferente como também de posicionar-se frente ao mundo;
Proporcionar momentos de reflexão com elementos que levem o sujeito a questionar
formas já “naturalizadas” de preconceito sobre domesticação e violência em relação
ao corpo
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Manifestações Esportivas:
Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
O esporte como fenômeno de massa;
Princípios básicos dos esportes; Táticas e regras;
O sentido da competição esportiva;
Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
Elementos básicos constituídos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes,
fintas,
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos
Manifestações ginásticas;
Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
Diferentes tipos de ginásticas;
Práticas de ginásticas;
Cultura de rua ;cultura de circo; malabares; acróbatas;
Brincadeiras, brinquedos e jogos.
A construção coletiva de jogos e brincadeiras ;
Oficina de construção de brinquedos;
Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados;
Diferentes manifestações e tipos de jogos;
Diferença entre jogos e esporte.
Atividade Física e saúde;
Funcionamento do Corpo humano.
Manifestações estético-corporais na Dança, no Teatro e na Música.
A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais;,
Diferentes tipos de dança: por que dançamos;
Danças tradicionais e folclóricas;
Desenvolvimento de formas corporais rítmica,imitação;e representação;
Expressão corporal com e sem materiais.
METODOLOGIAS
Ao propor o encaminhamento metodológico pretende-se demonstrar
como o alargamento da compreensão das práticas corporais pode apresentar uma
reorientação nas formas de conceber o papel da Educação Física na formação do
aluno. Isso significa identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a
corporalidade que surgem no cotidiano de cada cultura na sua especificidade
É fundamenta que o professor esteja atento às peculiaridades que envolvem
a corporalidade no mundo contemporâneo,tomando como referência aquilo que
se apresenta como o que há demais relevante em termos de produção cultural, de
acordo co a concepção defendida pelas diretrizes. O professor não pode resumir a
educação do corpo à prática de atividades físicas descontextualizadas, mas atende-
las como uma dimensão complexa e abrangente. Isso poderá viabilizar –se , na
medida em que os alunos explorem sua corporalidade pó meio de atividades e
experiências orientadas pelo professor que,por sua vez, terá como premissa a
elaboração de um planejamento que considere as diversas manifestações corporais
presentes no meio escolar, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,
oportunizando a todos experiências de fato significativas para a sua formação
Para a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física
, sugere-se a organização das aulas em três momentos distintos:
O primeiro momento: O conteúdo da aula é apresentado aos alunos e
problematizado, buscando As melhores formas de organização para execução
das atividades a serem desenvolvidas.
O segundo momento: é a fase do desenvolvimento das atividades e refere-
se à apreensão do conhecimento. Neste momento, o professor observa as
atividades realizadas pelos alunos, bem como, as diferentes manifestações
advindas da prática corporal.
O terceiro momento: reflexão sobre a prática. Enquanto momento de
diálogo, levar cada aluno a pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante
a aula, ou seja, levantar todos os aspectos positivos e negativos junto a eles.
Essa singularidade oportuniza ao professores um conhecimento maior sobre os
alunos que, ao interagirem entre si conhecem outras culturas.
Partindo do exposto, pode-se concluir que uma aula de Educação Física
compõe-se de :proposição do que vai ser executado, execução do que foi proposto
e reflexão sobre o que foi executado.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os
professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas
formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar,
contudo apesar da vasta literatura existente , a avaliação da aprendizagem em
Educação Física denota claramente os aspectos quantitativos de mensuração do
rendimento do aluno, através de gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades
físicas, visando principalmente a seleção e a classificação . Muitas vezes, o único
critério para aprovação e reprovação é o de assiduidade dos alunos nas aulas.
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física,nestas
Diretrizes favorecer a buscada coerência entre a concepção definida e as práticas
avaliativas que integram o processo de ensino aprendizagem. Nesta perspectiva,a
avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de
modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento
externo a este processo.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a
avaliação deve estar vinculada ao Projeto Pedagógico da Escola, com critérios
estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino
aprendizagem , sendo contínua, identificando, dessa forma ,os progressos do
aluno durante o ano letivo, levando-se em consideração o que preconiza a LDB
9394/96 pela chamada avaliação formativa m comparação à avaliação tradicional,
qual seja, somativa ou classificatória,com vistas à diminuição das desigualdades
sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.
A partir da Avaliação Diagnóstica, tanto o professor quando os alunos
poderão revestir o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no
processo de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.
BIBLIOGRAFIA:
DIRETRIZES CURRICULARES- SEED:
REGRAS OFICIAIS; Voleibol, Atletismo, Futsal, Hande bol,Basquete Bal-
Ed.Sprinter.
O QUE É EDUC. FÍSIC Vitor Marinho de Oliveira;
O BRASILEIRO E SEU CORPO: João Paulo S. Medina.
EDUCAÇÃO FÍSICA E APRENDIZAGEM SOCIAL: Valter Bracht..
FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Física deve dar condições aos alunos de um melhor
entendimento dos fenômenos da natureza d atender a relação ciência- tecnologia,
através da compreensão das teorias embutidas nos produtos da tecnologia e, ao
mesmo tempo, introduzir o aluno no processo de elaboração dessa ciência, para que
esta não se apresente de uma forma acabada, como verdade absoluta, à margem
dos conflitos e contradições próprias das sociedades humanas.
O ensino dessa disciplina destina-se principalmente àqueles que não serão
físicos e terão na escola uma das poucas oportunidades de acesso formal a esse
conhecimento. Assim, o que a física deve buscar no Ensino Médio é assegurar que
a competência investigativa resgate o espírito questionador, o desejo de conhecer
o mundo em que se habita.
O Ensino de física deve estar voltado para os fenômenos físicos.
Enfatizando-os qualitativamente, com redução da ênfase na formulação matemática
sem, no entanto, perda da consistência teórica, visto que é importante a
compreensão da evolução dos sistemas físicos bem como das aplicações
decorrentes dessa compreensão e suas influências na sociedade contemporânea.
Além disso, o ensino de Física deve estar voltado para os temas da Física moderna,
corroborando para a apresentação da Física como ciência em processo de
construção.
OBJETIVOS:
Observar os fenômenos da natureza com espírito crítico questionar, refletir
E entender o mundo que rodeia;
Compreender as leis e teorias científicas, que o levem ao conhecimento da Física
como ciência;
Entender a relação ciência-tecnologia, habilitando-o a julgar o valor da ciência e da
técnica na solução de problemas de seu meio.
Aplicar os princípios fundamentais da Física na solução de problemas inerentes
ao seu cotidiano.
Se interessar pelos estudos mais avançados nas áreas profissionais legadas à
Física, dando-lhe condições de prosseguir seus estudos nessas áreas.
CONTEÚDOS DE FÍSICA:
1ª SÉRIE
INTRODUÇÃO:
Evolução da Física;
Finalidade da Física;
Ramos da Física;
Grandezas Físicas;
Sistema Internacional de Unidades;
Notação científica;
Divisão da mecânica;
CINEMÁTICA ESCOLAR.
Ponto Material e Corpo Extenso;
Repouso, Movimento e Referencial.
Trajetória;
Posição, deslocamento e caminho percorrido.
Velocidade Média;
Movimento Uniforme;
Gráficos do Movimento Uniforme;
Aceleração Média;
Tipos de movimento;
Movimento Uniformemente variado;
Equação de Torricelli;
Gráficos do Movimento Uniformemente Variado;
Quedas dos Corpos.
CINEMÁTICA VETORIAL
Vetor;
Componentes retangulares de um vetor;
Vetor posição e vetor deslocamento;
Velocidade vetorial média;
Composição de movimentos;
Lançamento Oblíquo;
Lançamento Horizontal.
DINÂMICA
Força;
Força resultante;Equilíbrio;
1ª Lei de Newton;
Massa de um corpo;
2ª Lei de Newton;
Peso de um Corpo;
Medida de uma força;
Deformação Elástica;
O quilograma - Força;
3ª Lei de Newton;
Força de atrito;
Influência da resistência do ar;
FORÇA DOSMOVIMENTOS CIRCULARES:
Força centrípeta;
Aceleração centrípeta;
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL.
Introdução à Gravitação Universal;
Leis de Kepler;
Aceleração da Gravidade;
Satélite estacionário.
ENERGIA:
Trabalho de uma Força;
Trabalho da Força Peso;
Potência;
Rendimento;
Energia;
Energia Cinética;
Energia Potencial;
Princípio da conservação da Energia Mecânica;
Conservação da quantidade de movimento;
Teorema do Impulso;
Matéria e Universo;
Interações Fundamentais;
Cosmologia Física;
2ª SÉRIE
TEMPERATURA E DILATAÇÃO TÉRMICA:
Temperatura - Conceito e Escalas Termométricas;
Termômetro;
Dilatação;
CALOR E TEMPERATURA:
Calor como Força de energia;
Capacidade Térmica;
Calor específico;
Mudanças de fase;
Propagação de calor;
ESTUDO DE GASES:
Transformações Gasosas;
Leis dos gases;
Equação de estado de um gás ideal;
Teoria Cinética dos Gases;
1ª LEI DA TERMODINÂMICA:
Trabalho e energia interna;
Experiência de Joule;
1ª Lei da Termodinâmica e suas aplicações.
2ª LEI DA TERMODINÂMICA:
Conceito de entropia;
2º Princípio da Termodinâmica;
Ciclo de Canort;
Aplicação do 2º Princípio da Termodinâmica ao funcionamento da máquina térmica.
3ª SÉRIE
ÒPTICA:
Óptica Geometria;
Reflexões da Luz;
Espelhos Planos;
Leis da Reflexão;
Espelhos Esféricos.
REFRAÇÃO DALUZ:
Fenômenos devidos à refração;
Índice de Refração;
Dispersão da Luz;
Lentes esféricas;
A Luz e o olho humano
INSTRUMENTOS ÓPTICOS.
O olho e a câmera fotográfica;
O microscópio.
ÓPTICA FÌSICA
MOVIMENTO ONDULATÓRIO;
Características gerais de um movimento ondulatório;
Reflexão, refração, difração e interferências de ondas mecânicas.
Ondas Luminosas;
Difração e interferência.
ELETROMAGNETISMO:
Eletricidade;
Fenômenos Elétricos:
Eletrização – Condutores e isolantes;
Conceito de carga elétrica;
Corrente elétrica;
Campo elétrico, força elétrica, diferença de potencial e energia potencial elétrica;
CIRCUITOS ELÈTRICOS:
Corrente Elétrica, tensão elétrica e resistência elétrica;
Lei de Ohm;
Potência consumida em um circuito.
Resolução de circuitos.
ELETROMAGNETISMO:
FENÔMENOS MAGNÈTICOS:
Interpretação entre imãs;
Campo magnético de um imã.
FENÔMENOS ELETROMAGNÉTICOS
APLICAÇÕES:
O galvanômetro;
Gerador elementar;
Transmissão e distribuição da energia elétrica .O transformador.
METODOLOGIA UTILIZADA NO ENSINO DE FÌSICA:
Para conduzir um ensino de forma compatível com uma promoção dos
objetivos gerais e específicos, é importante tomar como ponto de partida situações
mais próximas da realidade do aluno. A contextualização dos conteúdos pode vir da
escolha de fenômenos, objetos e coisas do universo vivencial. Problemas do mundo
real tendem a propiciar, freqüentemente, soluções mais criativas e são
presumivelmente mais significativos e motivadores que problemas artificiais. É
interessante, para os alunos, poderem trazer o mundo abstrato da Física para o
mundo construído diariamente em suas experiências. Parece, entretanto, pouco
razoável esperar algum interesse em compreender os conceitos físicos no universo
particular, da maneira usualmente apresentado nos livros, que é pouco significativo
para os alunos. Buscar respostas às perguntas e curiosidades dos alunos, contribui
para o aprendizado em diversos aspectos. Ao trazer fenômenos do cotidiano dos
alunos, o professor pode suscitar suas concepções de mundo sobre o assunto.
Essas concepções, em geral construídas fora do espaço escolar, constituem
verdadeiros obstáculos à instrução científica.
É importante lembrar que, ao mesmo tempo em que a ciência se opõe ao mito
como explicação das coisas de ordem prática, na modernidade ela passou a
desfrutar de uma crença quase divina, incluindo-se a tecnologia. Isso pode levar a
uma sociedade tecnocrática na qual são os parâmetros técnicos e científicos que
definem as tomadas de decisões em prejuízos dos parâmetros humanos e
sociais Para se repensar esse cenário podem contribuir a introdução da História e
a Filosofia da ciência, juntamente com o enfoque metodológico e a alfabetização
científica e tecnológica.
Esse enfoque possibilita a discussão da relação entre os pólos e relevância
de aspectos tecnocientíficos sociais significativos. Envolve ainda reflexões no campo
econômico e sua articulação com o desenvolvimento tecnológico e científico. É uma
perspectiva baseada em argumentos para a promoção da alfabetização científica
entre a população em geral. Nesse enfoque existem várias estratégias de ensino
possíveis, como palestras, pesquisa de campo, etc.
Outra possibilidade metodológica seria a aprendizagem centrada em eventos,
que utiliza fatos de ampla veiculação na mídia e de importância sócio-econômica,
explorando–os a partir da ciência e da tecnologia.
AVALIAÇÃO:
A avaliação sedará ao longo do processo de ensino aprendizagem por
meio de uma interação diária com os alunos. É necessário que o processo avaliativo
se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos pelo
professor. Que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos
possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto
entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações estabelecidas
por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo der ensino e de
aprendizagem .
Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das
ações pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo
avaliativo, a fim de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente
ligados ao propósito principal do processo de ensino e de aprendizagem, a aquisição
dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de análise crítica da
realidade, por meio da abordagem articulada.
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem
expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam,
produzem,discutem,relacionam, refletem, analisam,justificam, se posicionam e
argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.
Pode-se perceber que a avaliação, nestas diretrizes, se dará ao longo do
processo de ensino e de aprendizagem; não pode estar centralizada em uma única
atividade ou método avaliativo e, precisam considerar os alunos como sujeitos
históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA:
As Diretrizes Curriculares Estaduais
Oliveira, Geraldo Fulgêncio de, 1992. Física: Uma proposta de Ensino. V. Único.
Ed.Moderna.
Bonjorno, Regina Azenha-Física Fundamental: 2º Grau. Ed. FTD.
Bonjorno, Regina Azenha. Física Completa V. único. Ed FTD
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Entendendo o espaço de vida dos homens com um produto histórico
construído pela sociedade, cresce a importância do ensino de Geografia no Ensino
Médio, na medida em que propicia ao educando, futuro cidadão, o conhecimento
crítico da realidade espacial e com isso, sua participação consciente e responsável
no processo social de produção do espaço geográfico, e mostrar que a partir do
momento em que o homem começou a modificar a natureza, plantando, colhendo,
criando, animais erguendo construções o planeta deixou de ser apenas uma
paisagem natural para se transformar em espaço geográfico: um espaço
humanizado, construído por meios do trabalho, à medida que mudam os
instrumentos de trabalho, a sociedade também vai se modificando, surgem novas
formas de pensar de morar, de relacionar-se, desenham-se espaços geográficos
típicos de cada sociedade e de cada época, por isso , ao olhar uma paisagem,
não podemos deixar de refletir sobre o modo como vive a sociedade que a
construiu, e assim discutir as novas formas de organização social que surgem com o
avanço tecnológico procurando observar a contextualização dos conteúdos
,estabeleça relações com outras disciplinas e com sua realidade de vivência ,
afinal , o essencial é preparar o aluno para a vida em sociedade, nesta época de
revolução técnico-científica e de globalização.
O ensino de Geografia deve preparar o aluno para: localizar, compreender e
atuar no mundo complexo, problematizar a realidade, formular proposições,
reconhecer as dinâmicas existentes no espaço geográfico, pensar e atuar
criticamente em sua realidade tendo em vista a sua transformação.
Dessa maneira, configura-se o objetivo maior do ensino de geografia, que
conjuga o plano de ação do educando:”conhecer o espaço geográfico para melhor
agir no processo de sua construção”.
Vale destacar que uma das grandes contribuições dadas pelas novas
correntes fenomenológicas da geografia foi a de buscar explicar e compreender o
espaço geográfico não somente como produto de forças econômicas ou de formas
de adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos fatores culturais.
Com essa proposta os alunos estarão aprendendo uma geografia que valoriza
suas experiências e a dos outros, e ao mesmo transcendendo a dimensão local na
procura do mundo.
A partir dessas premissas, o professor deverá proporcionar práticas e reflexões
que levem o aluno à compreensão da realidade.
OBJETIVOS:
Perceber e localizar o espaço e transmitir entre as diferentes escalas, relevos e
estruturas espaciais.
Compreender e interpretar os fenômenos considerando as dimensões local,
regional, nacional e mundial;
Dominar as linguagens gráfica, corporal e iconográfica;
Reconhecer as referências e os conjuntos espaciais, ter uma compreensão do
mundo articulado ao lugar de vivência do aluno e ao seu cotidiano.
Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio-diversidade
reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de
fortalecimento da democracia;
CONTEÚDOS:
1ª SÉRIE
Geografia: conceito / ciência geográfica.
Coordenadas geográficas: Projeções cartográficas.
Escalas: Projeções cartográficas.
Mapas temáticos.
Estatísticas em gráficos.
O homem e o meio ambiente.
Poluição ambiental.
Poluição das águas oceânicas e fluviais.
Produção e organização do espaço mundial.
Regionalização local planetário.
Divisão do trabalho.
Teoria das placas tectônicas.
Estrutura geológica do Brasil.
Blocos econômicos.
Desigualdades sociais.
Migrações – movimentos pendulares.
Atividades econômicas.
Agropecuária.
Extrativismo mineral
Fontes de energia.
Meios de transporte e comunicação
Comércio – origem e evolução de mercadorias.
Sistema monetário – evolução.
2ª SÉRIE
Urbanização: conceito e evolução;
Urbanização dos Países subdesenvolvidos, médios e desenvolvidos;
População relativa e população absoluta;
Aglomeração Urbana;
Indicadores Sociais econômicos e demográficos;
As teorias demográficas;
Padrões de ocupação do espaço brasileiro;
Etnia;
Estrutura da população P.E.A e P.E.J.I;
Movimentos imigratórios - emigrações;
Violência Urbana;
Estrutura fundiária brasileira;
A formação do solo brasileiro;
Bacias hidrográficas no Brasil.
Brasil na economia mundial
Clima e asa correntes marinhas;
Brasil e mundo;
Efeito Estufa, Camada de Ozônio;
Distribuição da vegetação no Mundo e os domínios vegetais do Brasil.
3ª SÉRIE
Geografia: conceito/ ciência geográfica;
Geopolítica e geo-economia;
Territorialidade;
Geopolítica;
Modo de Produção Socialista;
Modo de produção Capitalista.
Blocos Econômicos;
Geografia Regional e do mundo;
Geografia do Paraná;
Ocupação;
Características naturais, humanas e suas inter-relações;
Dinâmica Sócio Ambiental;
Fontes Econômicas e Potencialidades.
METODOLOGIA:
Considerando o objetivo de estudo da Geografia (Espaço Geográfico),
os principais conceitos geográficos, os Conteúdos apresentados,cabe apontar como os
mesmos devem ser abordados no ambiente escolar.Frisa-se que os conteúdos
Específicos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica ,interligando
teoria,prática e realidade,mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos
propostos,utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim
transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja do local ao global e vice-versa.
Ser cidadão pleno supõe um conhecimento do meio em que vive, e o estudo do
espaço geográfico não deve ter uma finalidade meramente acadêmica ou escolar. Deve
isto sim, encontrar utilidade na vida prática, na reflexão sobre o mundo,para nele se viver
melhor,promovendo,inclusive, sua transformação.
Outro pressuposto teórico-metodológico é elaborar um geografia escolar apropriada
para momento atual e suas indagações (globalização, nova problemática ambiental, maior
valorização do conhecimento e da força de trabalho qualificada com a correlata
desvalorização das matérias-primas e da força de trabalho barata, redefinições do papel
da escola e, conseqüentemente, do ensino de geografia.
O ensino de Geografia deve partir da observação e da caracterização dos
elementos presentes na paisagem. Este é o ponto de partida para uma compreensão
mais ampla das relações entre sociedade e natureza.
Observar, descrever, representar cartograficamente ou por imagens, os espaços,
são procedimentos que poderão ser utilizados s mesmo que o aluno o faça com pouca
autonomia, requisitando a orientação do professor. Com o decorrer do tempo irá
adquirindo a autonomia necessária para aprofundar seus conhecimentos, elaborar
questões, confrontar suas opiniões, ouvir os outros e se posicionar diante do grupo sobre
suas experiências.
O trabalho com a construção da linguagem gráfica pode ser realizado
considerando-se os referenciais que os alunos já utilizam para se localizar e orientar no
espaço.
É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, Atlas, Globos terrestres,
atualizados e em situações em que os alunos possam interagir com esses recursos.
A geografia, ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as
múltiplas relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.
AVALIAÇÃO:
A avaliação deve ser estruturada como parte integrante do processo
pedagógico e educacional. É um instrumento permanente e abrangente, torna-se
necessário esse processo antes mesmo da introdução de novos conteúdos. Ao
avaliar o nível e a amplitude de conhecimentos que os alunos possuem sobre
determinado tema - seus conhecimentos prévios - é possível adaptar a prática
didática aquilo que for mais adequado ao grupo.
A avaliação deve ser estruturada levando-se em conta o grau de
desenvolvimento e conhecimento necessário a continuidade dos estudos. Ela deve
ser adequada aos instrumentos da disciplina,como a leitura, análise e interpretação
de mapas, gráficos tabelas e outras imagens, compreensão de textos e
desenvolvimento de um método de interpretação da realidade .
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que
saibam como serão avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser um
processo contínuo de construção e reconstrução do conhecimento assentado na
relação dialógica que acontece entre professor e aluno.
BIBLIOGRAFIA:
ANTUNES, Celso: Geografia e participação. Ed. Saraiva.
PIFFER, Osvaldo: Geografia no Ensino Médio. Ed.IBEP
MOREIRA, Igor: O Espaço Geográfico. Ed. Ática.
OLIVA, Jaime; GIANSNTI, Roberto: Temas da Geografia do Brasil.
WILLIAM, José Vicentini - Série Brasil; Ed. Ática.
Diretrizes Curriculares - SEED
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Os historiadores estão atentos às diferentes possibilidades e alternativas que se
apresentam nas sociedades, tanto nas de hoje quanto nas do passado, as quais
emergiram da ação consciente ou inconsciente dos homens.
A aprendizagem de metodologias apropriadas para a construção do
conhecimento histórico, seja no âmbito de pesquisa científica seja no do saber histórico
escolar,torna-se um mecanismo essencial para que o aluno possa apropriar-se de um
olhar consciente no que tange à sociedade e a si mesmo.
A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando, é a
edificação da capacidade de pensar historicamente e isto contribui para a construção do
conhecimento e respeito ao outro, com o qual se convive pessoalmente e com o qual
convive-se enquanto coletividade.
Em princípio, destaca-se que as diretrizes curriculares que agora se
apresentam, recusam uma concepção de \História como verdade pronta e definitiva. A
produção do conhecimento histórico é ter como base a explicação e interpretação de fatos
do passado. O ensino da História contribui para a formação de uma consciência histórica
crítica dos alunos.
OBJETIVOS:
Levar os alunos a considerarem como importante a apropriação crítica do
conhecimento produzido pelos historiadores, que está contido nas narrativas
de autores que se utilizam de métodos diferenciados e podem até mesmo
apresentar versões e interpretações díspares sobre os mesmos
acontecimentos.
Compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, e desvendamento das
relações que se estabelece entre grupos humanos em diferentes tempos e
espaços.
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
1ª SÉRIE
Conceito de história.
Concepção de história.
Mesopotâmia.
Egito
Hebreu, Fenícios e Persas.
Grécia
Roma
Idade Média
Sistema Feudal
A igreja Medieval
Fim da idade média / Transição do Feudalismo para o sistema capitalista.
Estado Moderno
Renascimento artístico e científico.
Riquezas da África e sua influência na Cultura brasileira.
Questão Indígena
2ª SÉRIE
Etapas de Capitalismo;
Brasil: miscigenação de raças (índios, negros e brancos).
Revoluções industriais (sistema Fabril, industrialização e urbanização).
Formação de classe operária e o mundo do trabalho. (Divisão Internacional do
trabalho.)
A hegemonia burguesa.;
As contradições da burguesia;
Socialismo;
O sindicato e a organização operária internacional;
Anarquismo; sindicalismo na América;
O Humanismo e o Iluminismo;
O Liberalismo econômico;
A concepção do trabalho útil;
A revolução dos estados Liberais;
A Independência dos Estados Unidos.
3ª SÉRIE
Primeira Guerra Mundial e a participação do Brasil;
Revolução Russa;
Crise de 29 no mundo e o Brasil;
Regime totalitarismo, nazismo, fascismo e stalinismo;
Brasil república velha:
Segunda Guerra Mundial e a polarização;
Descolonização e a Guerra Fria;
Decomposição e condições do capitalismo;
Desenvolvimento e subdesenvolvimento, novas estratégias de dominação;
Industrialização brasileira;
Populismo na América Latina;
Ditaduras Militares;
Movimentos sociais no campo e nas cidades, lutas sociais nos países
desenvolvidos, crise do socialismo autoritário;
Brasil ditadura militar;
Brasil Contemporâneo;
História do Paraná;
Questões indígenas;
Movimento migratório e Imigratório;
Escravidão ( cultura Afro- brasileira );
Formação das Fronteiras;
Tropeirismo;
Economia cafeeira;
Industrialização; atualidade.
METODOLOGIA:
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a
construção da consciência histórica é imprescindível que o professor retome com
seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou
seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como
objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações
humanas praticadas no tempo.
Ao planejar assuas aulas caberá ao professor problematizar,a
partir do conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,
considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste
modo exigirá que seja constantemente retomado.Neste sentido algumas questões
poderão ser feitas pelo professor e seus alunos.
O estudo de História do ponto de vista historiográfico e
pedagógico é fundamental na formação do estudante como cidadão para que
assuma atitude participativa e crítica na sociedade na qual está inserido.
Reconhecer que o saber escolar é construído na interlocução. Cada
situação requer a escolha de didáticas específicas para que o processo seja
construído coletivamente.
O professor deve estar continuamente aprendendo, procurar novos
caminhos e novas alternativas para criar e recriar novas possibilidades na realidade
escolar.
Nunca esquecer que a história é um conhecimento construído e
em constante construção,e que, sua contribuição mais significativa ao educando,é a
edificação da capacidade de pensar historicamente.
O que se pretende, é que o ensino de História contribua para a
construção da consciência histórica.
AVALIAÇÃO:
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas
diretrizes objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História
defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino
aprendizagem.Nesta perspectivas, a avaliação deve estar colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constadas.
Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica,
sejam melhores implementadas na continuidade do processo de ensino
aprendizagem,faz-se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre
alunos e professores , envolvendo questões relativas à critérios adotados , a função
da avaliação, a necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado,
seja de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão
ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo
contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que
podem ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelo
aluno.
Ao se propor uma maior participação dos alunos no processo
avaliativo, não se pretende esvaziar o papel do professor , mais ampliar o
significado das práticas avaliativas para todos os envolvidos. No entanto, é
necessário destacar que cabe ao professor planejar situações diferenciadas de
avaliação..
BIBLOGRAFIA;
COTRIM, Gilberto: História Global, Brasil e Geral, 1ª edição- São
Paulo: Saraiva- 1997.
FERREIRA, José Roberto Martins, História 6ª edição :
Reform.São Paulo, 1997.
RODRIGUES, José Éster; História em Documento, Imagem Texto
2ª edição São Paulo-2002
TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viva e Descobrir... História e
Geografia Paraná.
Diretrizes Curriculares do Estado.
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃOGERAL DADISCIPLINA:
O ensino de língua portuguesa é o alicerce e o meio necessário
para aquisição e construção do conhecimento nas outras áreas de ensino. Tem o
papel de formar o leitor e auxilia-lo no aprimoramento de sua expressão oral e
escrita. Acrescente-se a isso que o fato de língua ser o meio e o suporte de outros
conhecimentos vinculado e criando situações que aproximem o uso da escrita às
condições reais de sua utilização no contexto social ,para que a interação verbal-
atividade proposta que visa à formação dos alunos ou melhor do ser humano, seja
coerente.
OBJETIVO;
Criar condições para que o aluno desenvolva sua capacidade comunicativa,
discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado ao contexto, as
diferentes situações e práticas sociais.
Poder conceber o Ensino da Língua para que os indivíduos possam
interagir, alcançando seus objetivos e atendendo as suas necessidades, quando
dominarem as normas cultas e souberem articular os conteúdos como estratégias
auxiliares da linguagem, dando espaço para a verbalização na representação social
e cultural.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
Educação Das Relações Étnico-Raciais e História da Cultura Afro-Brasileira e
Africana
°Desenvolver ao longo das séries, contemplando no Planejamento:
• Comparação entre países que falam a língua portuguesa: diferenças
do português falado e escrito lá com o falado e escrito no Brasil.
• Discussão e construção de temas sobre o racismo, a presença do
negro na mídia, nas profissões, no mercado de trabalho, nas escolas.
• Leitura de obra de arte de artistas variados, essencialmente de Di
Cavalcante, Lazar Segall e Cândido Portinari que retratam a figura do negro.
1ª SÉRIE
PRÁTICA DA ORALIDADE
• Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade,
etc.
• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou
pessoas do seu convívio;
• Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo
a constatar suas similaridades e diferenças;
• Declamação de poemas;
• Transmissão de informações;
• Exposição de ideias;
• Troca de opiniões;
• Defesa de ponto de vista (argumentação);
PRÁTICA DA LEITURA
• Leitura de diversos textos produzidos em diferentes práticas sociais;
• Compreensão de textos a partir do estabelecimento de
relações entre diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros
diretamente implicados por ele.
PRÁTICA DA ESCRITA
• Prática da escrita em suas diferentes modalidades genéricas.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
• Reflexão sobre o uso da língua
• Operadores argumentativos;
• Aspectos de coerência e coesão;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Formalidade e informalidade;
• Referenciação;
• Concordância e regência;
• Relações semânticas;
• Substituição através de pronomes e as conexões através de
conjunções.
• Semântica: denotação, conotação, polissemia, homônimos,
parônimos, ambiguidade;
• Estrutura e formação da palavra;
• Sintaxe: estruturas sintáticas: palavra, sintagma, frase, oração período;
• Pontuação;
• Acentuação gráfica.
LITERATURA
• Textos literários da literatura brasileira, portuguesa e africana, de todas
as épocas, estilos diferentes, autores variados, selecionados pelo professor e
alunos.
GÊNEROS TEXTUAIS
Primeira Série
Exposição oral
Músicas
Provérbios
Quadrinhas
Contos
Fábulas
Fábulas contemporâneas
Histórias em quadrinhos
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Textos dramáticos
Cartazes
Seminário
Pesquisas
Cartum
Charge
Crônicas jornalísticas
Entrevistas
Tiras
Reportagem
debate
depoimentos
regimentos
blog
Anúncio
2ª SÉRIE
PRÁTICA DA ORALIDADE
• Leitura e produção de textos orais previstos para a série,
considerando as suas especificidades;
• Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade,
etc.
• Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo
a constatar suas similaridades e diferenças;
• Transmissão de informações;
• Exposição de ideias;
• Troca de opiniões;
• Defesa de ponto de vista (argumentação);
PRÁTICA DA LEITURA
• Leitura de diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais:
• Compreensão de textos a partir do estabelecimento de
relações entre diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros
diretamente implicados por ele.
PRÁTICA DA ESCRITA
• Prática da escrita em suas diferentes modalidades genéricas.
ANÁLISE LINGÜÍSTICA
• Reflexão sobre o uso da língua
• Aspectos de coerência e coesão;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Referenciação;
• Relações semânticas;
• Substituição através de pronomes e as conexões através de
conjunções.
• Classes de Palavras – emprego e função;
• Pontuação;
• Acentuação gráfica.
LITERATURA
• Textos literários da literatura brasileira, portuguesa e africana, de todas
as épocas, estilos diferentes, autores variados, selecionados pelo professor e
alunos.
GÊNEROS TEXTUAIS
SEGUNDA SÉRIE
Exposição oral
Músicas
Provérbios
Quadrinhas
Contos
Fábulas
Fábulas contemporâneas
Histórias em quadrinhos
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Textos dramáticos
Cartazes
Seminário
Pesquisas
Cartum
Charge
Crônicas jornalísticas
Entrevistas
Tiras
Reportagem
debate
depoiementos
regimentos
blog
artigo de opinião
carta ao leitor
3ª SÉRIE
PRÁTICA DA ORALIDADE
• Leitura e produção de textos orais previstos para a série,
considerando as suas especificidades;
• Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, etc.
• Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo
a constatar suas similaridades e diferenças;
• Declamação de poemas;
• Transmissão de informações,
• Exposição de ideias,
• Troca de opiniões;
• Defesa de ponto de vista (argumentação);
PRÁTICA DA LEITURA
• Leitura de diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais;
• Compreensão de textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos
segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele.
PRÁTICA DA ESCRITA
• Prática da escrita em suas diferentes modalidades genéricas.
ANÁLISE LINGÜÍSTICA
• Reflexão sobre o uso da língua
• Operadores argumentativos;
• Aspectos de coerência e coesão;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Formalidade e informalidade;
• Referenciação;
• Concordância e regência;
• Relações semânticas;
• Substituição através de pronomes e as conexões através de conjunções;
• Sintaxe: subordinação e coordenação;
• Concordância verbal;
• Regência verbal
• Crase;
• Pontuação;
• Acentuação gráfica.
LITERATURA
• Textos literários da literatura brasileira, portuguesa e africana, de todas as épocas,
estilos diferentes, autores variados, selecionados pelo professor e alunos.
GÊNEROS TEXTUAIS
Terceira série
Exposição oral
Músicas
Provérbios
Quadrinhas
Contos
Fábulas
Fábulas contemporâneas
Histórias em quadrinhos
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Textos dramáticos
Cartazes
Seminário
Pesquisas
Cartum
Charge
Crônicas jornalísticas
Entrevistas
Tiras
Reportagem
debate
depoimentos
regimentos
blog
Carta ao leitor
Carta do leitor
Artigo de opinião
Texto argumentativo
Carta de emprego
Carta de reclamação
Vídeo clip
Morfologia: conceito / classificação.
As variáveis: substantivo, advérbio, adjetivo, artigo, verbo, pronomes.
As invariáveis: preposição, conjunção, interjeição, numeral / classificação / flexões:
gênero, número, grau.
Gêneros textuais: Descrição, gramática, técnica, processo. / Narração: tempo, linha,
espaço, personagem, conflixo, solução. / Narratividade: narrador, acontecimentos. /
Propaganda: abertura a sensibilidade / Persuação / Resenha / Crônica / Monólogo /
Resumo / Editorial / Cartas: processo, técnica, gramática, gênero.
Literatura: Romantismo (conceito, representantes, obras, divisão) / Romantismo no
Brasil (suas fases, objetivos, características) / Romantismo no Portugal (fases,
economia, política, seus objetivos, característica) / Realismo / Parnasianismo /
Naturalismo (conceito, características, representantes, obras) / Simbolismo.
METODOLOGIA:
A língua portuguesa, em diversas propostas curriculares, tende a
criar situações nas quais o aluno possa vivenciar e incorporar um processo
educativo que venha contribuir para o seu crescimento intelectual e social, fazendo-
o capaz de assumir uma atitude de consciência da realidade experimentada
,possibilitando-lhe a apropriação de uma efetiva construção do conhecimento que
lhe servirá de instrumento para a vida.
Isso ocorre quando escola e professor consideram esse aluno
como sujeito ativo da aprendizagem e do conhecimento.
O ensino e a assimilação da língua portuguesa devem ser
centrados nas relações aluno-professor em que conhecimento e internalizado deixa
de ser informativo e passa ser formativo.
O encaminhamento da língua portuguesa terá como unidade
básica de ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta
que o mesmo coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para
garantir a apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. será necessário
que o professor reintroduza-o nas práticas de escuta, leitura e produção,permitindo
que o trabalho com a literatura permita a passagem gradual da leitura não comum
para uma leitura mais extensiva.
Além da escuta, leitura e produção de texto, é necessária a
realização de atividades que envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua
e suas propriedades, como trabalho de observação, descrição,por meio do qual se
constrói explicações para os fenômenos lingüísticos característicos das práticas
discursivas.
Será empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de
textos, que se distinguem do falar cotidiano, articulando elementos lingüísticos a
outros de natureza não verbal e, quando necessário registro e documentação
escrita.
Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das
características do gênero e do autor, fazendo uma relação de procedimentos de
leitura em função dos diferentes objetivos.Serão estabelecidas relações
necessárias entre o texto e outros textos de recursos de natureza suplementar
para a compreensão e interpretação do texto.
Far-se-á levantamento e análise de indicadores lingüísticos e
extralingüísticos presentes no texto par identificar as várias vozes do discurso e o
ponto de vista que determina o tratamento dado ao conteúdo,coma finalidade de
confrontá-lo com outros textos, com outras opiniões e para que possa posicionar
criticamente diante dele.
Sabendo-se que esse conhecimento se constitui a partir do saber
existente no aluno, somando ao que o professor detém. Ocorrerá a real construção
do conhecimento,através do diálogo, da interação, viabilizando, assim , a
verdadeira troca de experiências e, conseqüentemente, a aprendizagem
Dessa forma, aluno e professor vivenciarão as práticas da linguagem
que devem envolver o seu todo–leitura , produção de texto, análise lingüística-
não fragmentando a transmissão e conhecimento da língua contextualizando-a no
seu universo
AVALIAÇÃO:
A avaliação é contínua e permanente através da participação,
atuação em grupo e individual.
BIBLIOGRAFIA;
Diretrizes Curriculares do Estado da Educação.
ABAURRE, Maria Luiza-L; lit. Ed. Moderna.
AMARAL- Emília Ferreira- Novas Palavras - FTD
CAMPACDELLI - Samira Yousseff e Souza Lit e Produção de Texto e
Gramática- Ed. Saraiva.
NICOLA, José de Infante- Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa – Ed.
Scipione.
TERRA, Ernani e Nicola- Gramática de hoje. São Paulo.
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A matemática como parte do conjunto de conhecimentos científicos
é um bem cultural construído nas relações do homem como mundo em que vive e
no interior das relações sociais. Nessa proposta aprender matemática é muito mais
que manejar fórmulas , saber fazer contas ou marcar X na resposta correta:é
interpretar, criar significados ,construir seus próprios instrumentos para resolver
problemas desenvolvendo o raciocínio lógico,a capacidade de conceber, projetar e
transcender o imediatamente sensível como uma condição necessária para
participarem e interferirem na sociedade em que vivem.
A matemática integrando a área das ciências da natureza e
tecnologia do ensino médio, tem caráter instrumental mais amplo, além de sua
dimensão própria de investigação. Certamente ela se situa como linguagem,
instrumento, portando de expressão e raciocínio, se estabelecendo também como
espaço de elaboração e compreensão de idéias que se desenvolvem em estreita
relação como todo social e cultural, portanto, ela possui também uma dimensão
histórica alinhada ao conjunto de competências e habilidades priorizadas em
todas as outras disciplinas.Mostra-se portanto, relevante, abrindo possibilidades de
participação e inserção social de modo que a aprendizagem escolar faça sentido.
É fundamental que se relacione a matemática à outras
ciências. Deve-se lembrar que o ensino de matemática não deve ser um fim
,mas um meio pelo qual o aluno é levado a adquirir um estágio de compreensão,
consciência e raciocínio.
OBJETIVOS:
Desenvolver no aluno uma concepção de matemática que permita a
todos o acesso ao conhecimento matemáticos presentes e qualquer condição da
realidade.
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA;
1ª SÉRIE
1- Conjuntos Numéricos;
Representação de conjuntos;
Operações com conjuntos;
Intervalos.
2- Funções:
Definições de Funções;
Gráficos de uma Função;
Tipos de Função.
3- Função do 2º Grau;
Definição;
Substituição de valores;
Construção de gráficos;
Sistema de inequação do 2º Grau.
4- Função Modular:
Definição de módulo;
Equação e inequação modular;
5- Função exponencial:
Definição exponencial;
Equações exponenciais;
6- Função Logarítmica:
Definição de Logaritmo;
Equações Logarítmicas ;
Gráfico da função logarítmica;
7- Sucessão e Seqüência:
Definição de seqüência;
Progressão aritmética (PA);
Progressão geométrica (PG);
Envolvimento da progressão aritmética em problemas práticos;
Representação de PA e PG;
Uso de fórmulas para cálculo de PA e PG.
2ª SÉRIE
1- Matrizes e Determinantes:
Definição de matrizes e determinantes;
Tipos de matrizes;
Operações com Matrizes e determinantes.
2- Sistema Lineares:
Equação Linear;
Classificação de Sistema Linear;
Regra de Cramer.
3- Análise combinatória:
Definição d fatorial;
Arranjos, combinações e permutações.
4- Teoria da Probabilidade:
Definição de probabilidade;
Probabilidade de um evento.
5- Trigonometria:
Trigonometria no triângulo retângulo;
Seno cós-seno e tangente.
6- Estudo da circunferência:
Arco de Ângulos da circunferência;
Comprimento da circunferência;
Funções circulares.
7- Relações Trigonométricas:
Tipos de relações trigonométricas;
Transformações Trigonométricas;
Equação e Inequação trigonométricas;
Resolução de triângulo qualquer.
3ª SÉRIE
1- Semelhança de Figuras Planas:
Teorema de Tales;
Semelhanças entre triângulo;
Relações métricas no triângulo retângulo.
2- Polígonos Regulares
Definição de Polígonos;
Polígonos inscritos na circunferência;
Comprimento da circunferência.
3- Geometria Plana:
Área de figuras Planas.
4- Geometria Espacial:
Noções sobre poliedros;
Cálculo do volume de figuras espaciais;
5- Geometria analítica:
Sistema Cartesiano: ortogonal.
Distância entre dois pontos.
Cálculo do ponto médio.
6- Estudo da Reta e da Circunferência no plano.
Condições de alinhamento;
Inclinação da reta no plano;
Posição da circunferência no plano cartesiano.
7-Desenvolvimento de Conceitos da Álgebra:
Conjunto dos números complexos;
Operações com n} complexos;
Polinômios;
Equações polinomiais e algébricas.
METODOLOGIA:
O vínculo da matemática com as situações do cotidiano possibilitará aos
alunos levantarem hipóteses e arriscarem-se na busca de resultados.
Assim é fundamental fazer com que os alunos ampliem os significados
que possuem a cerca dos números e das operações, busquem relações existentes
entre eles, aprimorem a capacidade da análise e de tomada de decisões que
começam a se manifestar. Também irá explorar o potencial crescente de abstração,
fazendo com que os alunos descubram regularidades e propriedades numéricas e
métricas. Com isso criará condições para que os alunos percebam que as atividades
matemáticas estimulam o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o
desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.
Assim, a organização do trabalho será encaminhada de modo que os
alunos desenvolvam a própria capacidade para construir conhecimentos
matemáticos e interagir de forma cooperativa com seus pares, na busca de
soluções para resolução de problemas,respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será contínua, considerando o raciocino lógico do aluno e
seu crescimento cultural. A avaliação deve ser orientada para o professor na
condução de sua prática docente.
A educação matemática adotada nestas diretrizes tem o papel de
mediação no processo de ensino aprendizagem,e a avaliação deve ser vista como
integrante de um mesmo sistema.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares da educação estadual.
GIOVANNI, José Ruy- Matemática Fundamental –2º Grau. V.Único. Ed. FTD.
FERNANDES, Vicente Paz, matemática para 2º grau. Ed. Scipione.
LONGEN, Adilson, Matemática Ensino Médio. Ed. Positivo
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Química como ciência das substâncias constituintes do universo
físico,que estuda suas propriedades, suas estruturas e reações que transformam em
outras substâncias, seus conteúdos devidamente desenvolvidos, resultarão em
estudos cativantes para os alunos. Permitindo desenvolver conteúdos e discutir a
química na sociedade em que vivemos, sendo realizador de ações onde as
aquisições educativas tornarão parte integrante da vida para construir, reconstruir e
enriquecer a vida do aluno e sociedade.
OBJETIVOS:
- Desenvolver, expor, reconhecer, julgar, dominar.
- Direcionar o aluno a ter uma visão mais abrangente da química, relacionando as
aplicações cotidianas dessa ciência aos conteúdos teóricos, afim de evitar que seja
vista apenas como um conjunto de fórmulas, cálculos matemáticos ou de conceitos
abstratos, fazendo que o mesmo perceba que a ciência está em constante
evolução e que o conhecimento é construído gradativamente.
CONTEÚDOS PROPOSTOS:
1ª SÉRIE
1. – Aplicação da Química no cotidiano;
2. - Constituição da Matéria:
Molécula;
Substâncias simples e compostas.
Misturas: homogenias e Heterogêneas;
Alotropias;
Propriedades da matéria.
3- Estudos dos Átomos;
4- Características e propriedades dos elementos químicos.;
5- Classificação periódica;
6- Ligações químicas;
7- Forças Intermoleculares;
8- Radioatividade.
2ª SÉRIE
1- Funções Inorgânicas;
2- Reações Químicas;
3- Grandezas Químicas;
4- Haletos Orgânicos e cotidiano;
5- Isomeria;
6- Reações Nucleares.
3ª SÉRIE:
1- Química Orgânicas;
2- Funções Orgânicas (Hidrocarbonetos);
3- Funções Orgânicas (Oxigenados);
METODOLOGIA :
Leitura e debates dos textos referentes ao assunto á ser trabalhado;
Identificar substâncias, através de investigações;
Recursos audio-visuais;
Exposição de fórmulas;
Aulas práticas no laboratório.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será feita através da participação dos alunos nas aulas, na
resolução de exercícios propostos; debates; experimentos práticos em grupo e
individual; relatórios de experimentos no laboratório; Testes objetivos e subjetivos.
BIBLIOGRAFIA:
DIRETRIZES CURRICULARES – SEED.
Nehmi, Victor- Química- vol. Único Ed. Ática
Sardella & Mateus - Curso de Química. Vol 3. Ed. Ática.
FILOSOFIA
A Filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem um
tratamento disciplinar tem seu lugar na formação do jovem estudante do Ensino
Médio.
A disciplina de Filosofia contribui, em especial, para a ressignificação da
experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e problematizar seus valores,
formando-o para uma leitura e olhar mais críticos sobre a realidade.
Essa disciplina justifica-se, também, pela sua inegável capacidade de dialogar com
outras disciplinas e contribuir para reafirmá-las enquanto momento de um processo
de formação orgânico, cumulativo, criativo e crítico que chamamos educação.
OBJETIVO GERAL:-
A Filosofia não é apenas propiciar ao aluno um mero
enriquecimento intelectual. Ela é parte de uma proposta de ensino que pretende
desenvolver no aluno a capacidade para responder, lançando mão dos
conhecimentos adquiridos, as questões advindas das mais variadas situações.
CONTEÚDO DE FILOSOFIA
1ª série 1- Mito e Filosofia
- Saber mítico
- Saber filosófico
- Relação entre mito
e filosofia
- Atualização do mito
- O que é filosofia
- Possibilidade de
2- Teoria do
Conhecimento
conhecimento
- Formas de
conhecimento
- Problema da
verdade
- A questão do
método
- Conhecimento e
lógica
2ª série 3- Ética
-4- Filosofia Política
- Ética e Moral
- Pluralidade da ética
- Ética e violência
- Razão, desejo e
vontade
- Liberdade:
Autonomia do sujeito
e a necessidade das
normas
- Relação entre
comunidade e Poder
- Liberdade,
Igualdade Política
- Política e ideologias
- Esfera pública e
privada
- Cidadania formal
e/ou participativa.
3ª série -5- Filosofia da
Ciência
-6- Estética
- Concepção da
Ciência
- As questões do
método científico
- Contribuição e
limites da ciências
- Ciências e
ideologias
- Ciência e ética
- Natureza da arte
- Filosofia e arte
- Pensar a Beleza
- Categorias estéticas
- Estética e Sociedade
A origem da filosofia.
O nascimento da filosofia.
Significado etimológico
Grandes filósofos.
A filosofia na escola, na vida, no mundo.
O pensar, o sentir,o comunicar na filosofia;
O agir e o fazer; o que revelam sobre o ser humano;
Ética: papel da filosofia no desenvolvimento das exigências humanas;
Filosofia através da música.
METODOLOGIA:
Aulas expositivas; Pesquisas; vídeos; Músicas; Desenhos;
Dinâmica de grupo; Leitura e compreensão de textos diversos; Contextualização dos
temas com exemplos concretos extraídos do cotidiano.
AVALIAÇÃO:
A avaliação é a verificação se houve ensino aprendizagem, durante
as aulas e final das atividades propostas no decorrer do ano letivo, usando
atividades avaliativas como:
Trabalhos em grupo;
Testes objetivos e subjetivos;
Pesquisas;
Atividades escritas;
Participação nas aulas;
Participação nas atividades propostas durante as aulas e de tarefas para
casa.
BIBLIOGRAFIA;
Diretrizes Curriculares - SEED.
Jornais, revistas (Veja, Super Interessante, Rainha.)
SOCIOLOGIA
A Sociologia é uma disciplina necessária para o exercício da cidadania
e objetiva o aprimoramento do educando como pessoa humana, a formação ética,
autonomia intelectual e pensamento crítico, numa perspectiva do pleno exercício da
cidadania. A obrigatoriedade dessa disciplina no currículo do ensino médio
justifica-se também pela sua inegável capacidade de dialogar com outras disciplinas
e contribuir para reafirmá-las enquanto momento daquele processo de formação
orgânico, cumulativo o, criativo que verdadeiramente chamamos educação.
A disciplina de Sociologia se ocupa com o estudo científico da vida em
grupos dos seres humanos. Os seres humanos se ocupam uma boa parte de suas
vidas em grupos. Integram como membros de uma família, moradores de
vizinhanças ou cidades, como membros de um grupo social, como cidadãos de uma
nação.
O estudo de Sociologia é importante porque através dela podemos
observar, com atualidade, o contexto social e examinar nosso lugar na sociedade.
A sociologia se diferenciou dos métodos mais antigos de investigações
porque, usava e ainda usa método científico afim de chegar às suas conclusões.
A sociologia ajuda-nos a entender melhor, mostrando uma nova visão
de nossa famílias, amigos, escolas e experiências profissionais. Os estudantes
poderão entender-se melhor se antes compreenderem a natureza das forças sociais
que influenciam suas vidas.
OBJETIVO DA DISCIPLINA:
Compreender melhor a dinâmica da sociedade em que vive, percebendo-se
como elemento ativo, como capacidade de viabilizar um modelo de sociedade
mais justo e solidário,
Construir a identidade social e política, conhecer seus direitos e deveres bem
como o do poder público.
Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais;
Produzir uma visão crítica da sociedade;
Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade
social em paradigmas teóricos e do senso comum.
CONTEÚDOS:
1º
A
N
O
- O surgimento da
Sociologia e as
teorias sociológicas;
- O Processo de
Socialização e as
Instituições Sociais;
- Formação e
consolidação d
sociedade capitalista
e o
desenvolvimento do
pensamento social;
- Teorias sociológicas
clássic
Comte, Durkheim,
Karl Mar
Max Weber;
- O desenvolvimento
da
Sociologia no Brasil;
- Instituições Sociais.
- Introdução ao
estudo de
Sociologia;
- O surgimento da
Sociologia;
- As teorias
sociológicas na
compreensão do
presente;
- A Sociologia Clássica
(Auguste
Comte, Émile
Durkheim);
- A Sociologia Crítica
(Max Weber,
Karl Marx);
- A produção
sociológica brasileira;
- Fases da sua
implantação;
- A Instituição
Escolar;
- A Instituição
Religiosa;
- A Instituição
Familiar.
2º
A
N
O
- Cultura e Indústria
Cultural;
- Trabalho,
Produção e Classes
- Desenvolvimento
antropológico do
conceito de
cultura e sua
- Culturas: por que
estudá-las?
- Diversidade Cultural
Brasileira;
Sociais. contribuição na
análise das diferentes
sociedades;
- Diversidade
Cultural;
- Identidade;
- Indústria cultural e
meios de
comunicação em
massa;
- Sociedade de
consumo;
- Culturas afro-
brasileiras e
Indígenas.
- O conceito de
trabalho e o
trabalho nas
diferentes
sociedades;
- Desigualdades
sociais;
- Relações de
trabalho;
- Globalização e
Neoliberalismo.
- Cultura, etnia e
raça;
- Etnocentrismo;
- Cultura: criação ou
apropriação?
- Cultura popular e
Folclore;
- Indústria Cultural:
dominação e
controle social;
- O processo de
trabalho e a
desigualdade social;
- Globalização;
- A organização do
trabalho;
- Os movimentos
Anti-
Globalização.
3º
A
N
O
- Poder, Política
Ideologia;
- Direitos,
Cidadania e
Movimentos
Sociais;
- Conceitos de
Ideologia;
- Conceitos de
dominação e
legitimidade;
- Conceito de
cidadania;
- Formação e
- Ideologia;
- A ideologia e a
dominação
capitalista;
- A ideologia e a
normatização do
cotidiano;
- A dominação
desenvolvimento
do Estado Moderno;
- Estado no Brasil;
- Movimentos
Sociais;
- Movimentos Sociais
no Brasil.
ideológica e o
interesse do
indivíduo;
Cidadania;
- Formação do Estado
Moderno;
- Movimentos sociais;
- Classes sociais;
- Movimentos
agrários no Brasil;
- Primeiros
movimentos de luta
pela
terra: As Ligas
Camponesas;
- A reorganização dos
trabalhadores
rurais: A retomada
da luta pelo
MST;
- Movimento
Estudantil.
O estudo da sociedade humana;
Conceitos básicos para a compreensão da vida social
Agrupamentos sociais
Fundamentos econômicos da sociedade
A cultura
Instituições sociais
Mudança social
Educação e escola.
METODOLOGIA:
Aulas expositivas, com apresentação dos assuntos em estudos;
Pesquisas: na biblioteca, de campo e na Internet;
Leitura, compreensão e análise de textos diversos;
Contextualização dos temas com exemplos concretos extraídos do
cotidiano;
Seminários;
Excursões, visitas a museus, parques ecológico em Universidades;
Cinema, Vídeo, DVD, Tv.
AVALIAÇÃO:
A avaliação levará em conta todo o esforço do aluno; toda
participação nas atividades propostas pelo professor no dia a dia da sala de aula .
BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares - SEED;
Revistas, jornais e livros de Sociologia de diversos autores.
L.E.M. – INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O ensino do LEM esteve há muito tempo nas escolas
brasileiras relacionada a razões sociais, econômicas e políticas. Passou por várias
abordagem e modelos o ensino e a cada governo tomou uma forma diferente.
Sofreu grandes modificações durante as décadas de 50/60/70 e 80, mas foi no início
dos anos 90 com a publicação da LDB, que a Língua Estrangeira Moderna toma seu
espaço definitivo encontrando na lei registro de obrigatoriedade do ensino da língua.
A visão de mundo de cada povo altera-se em função de
vários fatores e, conseqüentemente, a língua também sofre alterações para poder
expressar as novas formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental
importância conceber-se o ensino de um idioma estrangeiro objetivando a
comunicação real, pois, dessa os diferentes elementos que a compõem estarão
presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem, ao mesmo tempo em
que os estereótipos e os preconceitos deixarão de ter lugar e, portanto, de figurar
nas aulas.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
O ensino de LEM de estar voltado para articular os saberes em língua estrangeira
com outros saberes do currículo, de modo a mobilizar o conhecimento do aluno para
enfrentamento de situações desafios da vida social, dentro e fora da escola.
Deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e se centrar na educação,
para que reflita e transforme a realidade, percebendo que a mesma não é estática e
nem definitiva, mas é inacabada, está em constante transformação.
CONTEÚDOS :
Os conteúdos a serem desdobrados serão estabelecidos com referência
aos textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos lingüístico-discursivos:
unidades lingüísticas que se configuram como as unidades de linguagem que
compõem o texto, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado;
temáticas, as quais referem-se ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero
e composicionais, compreendidos como a estrutura específica dos textos
pertencentes a um gênero. Põe-se analisar os elementos lingüístico-discursivo
neles presentes,mas de forma que não seja levado em conta apenas objetivos de
natureza lingüística,mas principalmente fins educativos, na medida que apresentem
possibilidade de tratamento em sala de aula de assuntos polêmicos, adequados à
faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos.É importante que os textos
abordem os diversos tipo textuais e que apresentem diferentes graus de
complexidade da estrutura lingüística
1ª SÉRIE
Verbo to Be (presente e passado).
Verbo to Have ( presente e passado).
Artigo Indefinido.
Pronomes demonstrativos.
There to be ( presente e passado).
Modo Imperativo.
Simple Present.
Present Contínuous.
Past continuous.
SimpleFuturo.
Simple Past(verbos regulares e irregulares).
Sufixo (ness/Iy/able/ing/ous/th.)
Textos variados.
Músicas.
2ª SÉRIE
Simples Past: Regular verbs; Irregular verbs
Pronome sujeito e pronome objeto.
Comparativos de: Igualdade,Inferioridade;Superioridade;Superlativo.
Caso Genitivo ( “S”).
Pronome possessivo e adjetivo.
Pronomes reflexivos;
Modal verbs –Can/may/Must/ should.
Textos variados;
Músicas.
3ª SÉRIE
Past Tense- Verbo To Be;
Past Tense- Thereto be;
Simple Past- Regular and Irregular verbs.
Past Continuous;
Modal verbs – Can/May/Must.
Prepositions of Place- in/on/at.
What- questions (Who/what/when/why/where(
Textos variados ( cartuns, poemas, reportagens, manchete de jornais, matérias de
revistas, textos científicos.)
Músicas
METODOLOGIA:
Trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais
emergentes, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua
estrangeira, disciplina favorece à utilização de textos abordando assuntos
relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial.. Trata-
se, portanto, de elaborar o uso da língua estrangeira como espaço de construção
de significados dependentes da situação de uso, dos propósitos dos interlocutores e
dos recursos lingüísticos de que dispõem. Isto significa, dentre outras coisas, pensar
que o falante/escritor tem papel ativo na construção do significado da interação,
assim como seu interlocutor.
Nesse sentido, as reflexões discursivas e ideológicas dependem
de uma interação primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da
leitura em detrimento às demais no trabalho em sala de aula,visto que a interação
com o texto, pode haver uma complexa mistura da linguagem escrita, visual e oral
como na seguinte situação: o professor lê o texto em voz alta,apontando ora
imagens ou ilustrações,ora para palavras escritas na página,não apenas narrando
ou contando uma história ,mas realizando perguntas aos alunos.Assim, na aula de
língua estrangeira será possível fazer discussões orais sobre sua compreensão,
bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido,
integrando todas as práticas discursivas neste processo.
Daí a importância da utilização de recursos visuais para auxiliar o
trabalho pedagógico em sala de aula.Tais materiais podem auxiliar na preparação
da leitura, na medida que auxiliam os alunos no processo de inferência sobre o
tema e sentidos do texto. A leitura é um processo de negociação de sentidos, de
contestação de significações possíveis, como um debate, leituras consensuais
dependem do uso de estratégias acordadas entre as partes. Assim, o papel da
gramática relaciona-se ao entendimento, quando necessário,dos procedimentos
para construção de significados utilizados na língua estrangeira: o trabalho com a
gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida em que permite o
entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas.
Uma proposta interessante no auxílio da conscientização da
linguagem é apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e outro no
qual os conhecimentos da língua materna não favoreçam a sua compreensão
imediata. A pesquisa de palavras no dicionário também pode auxiliar essa
conscientização, na medida que os alunos percebam os possíveis sentidos
apresentados para tais palavras,mas que ainda assim, são limitados,podendo ser
produzidos outros adequados a determinados contextos, e, principalmente, que os
sentidos não são únicos e dados unilateralmente, mas construídos na interação
verbal
AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem de LE está intrinsecamente atrelada à
concepção de língua e os objetivos para o ensino de LE defendidos nas Diretrizes.
Segundo Luckesi, A Avaliação da aprendizagem necessita,para
cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de
que a avaliação deixe de ser utilizada como recurso de autoridade, que decide
sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.
A avaliação da aprendizagem , precisa superar a concepção de
mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que ela se
configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das
dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no
processo de ensino e aprendizagem.
É importante considerar na prática pedagógica, avaliações de
outras naturezas: diagnóstica e formativa, desde que essas se articulam como os
objetivos específicos e conteúdos definidos nas escolas a partir das concepções e
encaminhamentos metodológicos apresentados.
BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares;
Apostilas de várias fontes;
Jelin, Israel- English , Englih School;
MATRIZES CURRICULARES
NO ENSINO FUNDAMENTAL
No segundo segmento, as Matrizes Curriculares deverão contemplar na Base
Nacional Comum os seguintes componentes: Ciências, Educação Artística,
Educação Física, ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e
Matemática.
As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga horária mínima de 2
horas-aula e máxima de 4 horas-aula semanais, com exceção do Ensino Religioso.
NO ENSINO MÉDIO
As Matrizes Curriculares do Ensino Médio deverão contemplar “ao menos”
75% da carga horária, na Base Nacional Comum e “até” 25% da carga horária na
Parte Diversificada.
A Matriz Curricular deverá contar com 25 horas-aula semanais, em todos os
turnos de atuação.
A distribuição do número de aulas para cada disciplina na Matriz Curricular
deverá obedecer o princípio da eqüidade, uma vez que não há fundamento legal ou
científico que sustente o privilégio de uma disciplina sobre a outra, o que se
depreende da leitura das orientações curriculares.
As especificações sociais, culturais, econômicas no âmbito regional e no
âmbito local, deverão ser observados no interior de todas as disciplinas da Matriz
Curricular, na Base Nacional Comum e da Parte Diversificada.
As especificações sociais regionais, segundo as orientações curriculares do
Ensino Médio, são conteúdos curriculares – não disciplinas.
A divisão da Matriz Curricular em Base Nacional Comum e Parte
Diversificada, atende a uma exigência legal e não exime nenhuma das disciplinas da
Matriz de contemplar os conteúdos referente ao Artigo 26 da lei n. 9394/96.
A Base Nacional Comum deverá ser composta pelos seguintes componentes
curriculares: Química, Física, Biologia, Arte, Educação Física, Geografia, História,
Língua Portuguesa e Matemática.
As disciplinas da Base Nacional Comum definidas para cada série terão carga
horária mínima de 2 horas-aula e máxima de 4 horas-aula semanais.
As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga horária mínima de 4
horas-aula, na somatória de aulas dos três anos do Ensino Médio.
A Parte Diversificada da Matriz Curricular poderá ser composta pelas
disciplinas de Filosofia, Sociologia e Língua Estrangeira Moderna. A Língua
Estrangeira Moderna permanecerá como componente curricular obrigatório na Parte
Diversificada.
As disciplinas da Parte Diversificada definidas para cada série terão carga
horária mínima de 2 horas-aula e máxima de 4 horas-aula semanais.
ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES
O Colégio Estadual Professor Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino
Fundamental e Médio - participa dos eventos realizados pelo governo de Estado
bem como: Fera, Jogos Escolares, Jogos da Juventude, Maratona de Matemática,
ENEM e outros.
Este Colégio tem atividades próprias como: Gincana Cultural e recreativa,
Semana do Folclore brasileiro, Carnaval, Festival de Música brasileira, Festival de
Música Inglesa, Festival de danças, Jogos Intersérie , Palestras com o pessoal da
Saúde,sobre vários assuntos de prevenção como: Drogas, Dengue, Doenças
Sexualmente Transmissíveis, Festa Junina, ressaltando as três datas ; Santo
Antônio, São João e São Pedro. Participa de desfiles cívicos e comemorativos.
PLANO DE AÇÃO
Projetos Interdisciplinares:
1 - Segurança alimentar e nutricional.
Sub-projetos: - Prevenção ao tabagismo e alcoolismo;
- Pernada Esportiva;
- Campeonato de Pipa
2 - Feira de Ciências:
Projetos por área:
1 - Leitura
2 - Jogos Escolares
3 - Festival de Dança e gincana escolar
4 - Festa Junina
6 - Lixo Reciclado
Obs.: Os projetos estão escritos na íntegra em anexo.
Projeto: Segurança Alimentar e Nutricional.
II – Justificativa:
A nutrição tem uma influência significativa na saúde. Ela afeta praticamente todas
as funções do corpo. Os nutrientes dos alimentos são necessários para cada
batimento cardíaco, sensação nervosa e contração muscular. Uma boa nutrição não
só evita doenças causadas por deficiência, como aumenta a resistência a doenças
infecciosas e desempenha um papel importante na prevenção de doenças crônicas.
A boa nutrição é uma forma de medicina preventiva.
Estudos indicam que parte da população se alimenta de forma inadequada,
devido à falta de alimentos, inadequação nos alimentos consumidos, excesso
de alimentos ou por consumo alimentar sem a diversidade de produtos
necessários.
Considerando a necessidade da Segurança Alimentar e Nutricional que é a
“realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de
qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras
necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de
saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, econômica e
socialmente sustentáveis” (II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional – SAN – 2004) torna-se fundamental a conscientização da comunidade
escolar sobre a prática de uma alimentação correta.
III – Objetivo Geral:
Conscientizar os membros da comunidade escolar sobre a importância da
segurança alimentar e nutricional para a obtenção de uma boa qualidade de vida.
IV – Objetivos Específicos:
- Reconhecer a importância de uma alimentação saudável para o bom
desenvolvimento e longevidade humana;
- Identificar os alimentos que possuem os nutrientes necessários para o bom
funcionamento do corpo humano;
- Diagnosticar os alimentos e vícios que causam malefícios à saúde;
- Reconhecer a importância dos exercícios físicos para o bom funcionamento do
corpo, para a prevenção de doenças e conseqüente conquista de melhor qualidade
de vida.
- Estimular a prática freqüente de exercícios físicos;
- Investigar a origem, o processo de produção, transporte e manutenção dos
alimentos ingeridos;
- Refletir criticamente sobre a influência dos meios de comunicação nos hábitos
alimentares da população.
IV – Atividades:
Língua Portuguesa:
- Coletar nos comércios, escolas e comunidade estudantil o maior número de
revistas, jornais, reportagens, etc. que tenham temas que tratem de saúde, tais
como: Vida e Saúde, Corpo, Boa Forma, etc.,
- Seleção de reportagens sobre os efeitos do tabagismo, alcoolismo, má
alimentação, sedentarismo, obesidade, etc.
Matemática e Ciências:
- Estudar as tabelas nutricionais dos rótulos e reportagens selecionadas;
- Pesquisa bibliográfica sobre o uso, efeitos e consequências do uso do cigarro e
álcool no organismo.
- Pesquisa de campo, levantamento de dados sobre o uso de álcool e cigarro na
nossa comunidade;
- Confecção de tabelas e gráficos;
- Apresentação de slides: comprometimento do cigarro e álcool, comparando-os
com órgãos normais (sadios).
- Buscar a compreensão química e origem dos componentes do cigarro e álcool;
- Energia dos alimentos através do experimento.
História:
- Resgate da história dos alimentos (país, continente de origem);
- Estudar sobre doenças e bactérias que foram adquiridas através de alimentos;
- Diversidades de alimentos e de país para país e de continente para continente.
Artes
- Montagem de livro de culinária;
- Dicas de saúde.
Educação Física:
- Entrevistas com nutricionistas e montagem de painéis, criação de um desafio
alimentar (peso inicial e final com 10 alunos) seguindo uma tabela alimentar,
elaborada por uma nutricionista;
- As conseqüências do álcool e cigarro no organismo – pesquisas.
Filosofia e Sociologia
- Os valores de uma vida saudável, boa alimentação, sem álcool e cigarro levando o
indivíduo a ter uma vida: calma, alegre, com uma auto-estima, amor
relacionamentos, etc.
Ensino Religioso:
- Leitura, troca de idéias, valores, amor a vida, etc.
Língua Inglesa e Espanhola
- Listagem de alimentos com recortes de revistas, jornais;
- Recortes de figuras que retratam a vida saudável (boa alimentação, sem álcool,
cigarro).
- Pesquisa mantendo todos os grupos informados.
Geografia:
- Origem, local dos produtos consumidos. Influência da mídia sobre nossa
alimentação.
V – Metodologia:
- Leitura e interpretação dos vários textos envolvidos;
- Estudo das tabelas, confecção de gráficos com e sem uso do computador.
- Pesquisas, entrevistas e utilização de sites de busca;
- Criação e montagem de painéis.
- Montagem de experimentos;
- Palestras e entrevistas com profissionais liberais.
VI – Recursos
- Uso de diversos tipos de textos extraídos das mais diversas fontes: jornais,
revistas, panfletos, manuais, tabelas de nutrição, vídeo, entrevistas, palestras
(ARA, vigilantes do peso e nutricionistas).
- Balança, adipômetro, uso de laboratório, internet.
- Lápis de cor, cola, tesoura, papel bobina, retro projetor, rádio, CD, fitas de vídeo,
televisão.
VII – Cronograma
O projeto deverá ser desenvolvido durante todo o ano letivo de 2012.
VIII – Envolvidos
Toda a comunidade escolar (professores, zeladores, estudantes, equipe
pedagógica, pais, APMF, Conselho Escolar) e profissionais liberais que
poderão enriquecer o projeto, tais como: nutricionistas, médicos, enfermeiros,
profissionais do ARA - alcóolicos anônimos – (poderão dar depoimentos).
IX – Avaliação
Os alunos serão avaliados através do desempenho, interesse, participação e
mudança de atitudes em relação aos temas trabalhados.
Projeto: “Lixo útil”
Disciplinas: Ciências, Matemática, Química, Biologia
II – Justificativa:
O homem está na era do descartável e a demanda elevada de consumo acarreta
um acúmulo alarmante de lixo no planeta. A sociedade é responsável pelos danos
causados ao ecossistema, já que o homem transforma o meio ambiente, de acordo
com suas necessidades. O lixo é hoje uma das mais sérias ameaças à vida do
planeta, por sua quantidade e falta de lugar adequado para armazenamento.
Considerando que a reciclagem é um método alternativo de tratamento do lixo,
transformando-o em matéria-prima para outros produtos é necessário que a escola
conscientize seus alunos e desenvolva ações para contribuir comeste processo.
III – Objetivos Gerais:
Conscientizar os membros da comunidade escolar sobre a importância da adequada
separação do lixo, é possível criar alternativas em prol da preservação ambiental.
IV – Objetivos Específicos:
- Separar adequadamente o lixo orgânico, papel, alumínio, plástico e vidro
produzidos na escola e nos lares da comunidade escolar;
- Vender o lixo reciclado para reverter em benefício da comunidade escolar;
- Criar alternativas de reaproveitamento do lixo útil;
- Manter o ambiente escolar limpo e organizado.
V – Atividades:
- Pesquisas na comunidade levantando informações a respeito da coleta de lixo;
- Coleta seletiva de lixo na escola e na comunidade;
- Palestras;
- Leituras informativas sobre a reciclagem de lixo e o meio ambiente;
- Confecção de materiais reciclados.
VI – Metodologia:
O trabalho educativo “lixo útil” será inserido na proposta pedagógica visando
desenvolver atitudes e comportamentos que contribuam para o processo de
separação de lixo através de palestras educativas, pesquisas sobre o tema, leituras
e interpretação de vários textos, confecção de materiais reciclados e realização da
coleta seletiva.
VII – Recursos:
- Palestrantes
- Professores
- Cartazes
- Textos, Revistas, Cdrom, Sites
- Garrafas plásticas, Cd, Papéis
- Latões para depósito.
VIII – Cronograma
Fevereiro à Dezembro
IX – Envolvidas:
Alunos, Professores e demais membros da comunidade escolar.
X – Avaliação:
A avaliação acontecerá durante todo o período de desenvolvimento do projeto, os
resultados serão reavaliados e novas ações serão reorientadas se houver
necessidade, tendo como ponto de partida os resultados apresentados.
Projeto: Festas Juninas
Disciplinas: Educação Física, Arte
II – Justificativa:
As tradicionais festas juninas comemoradas no Brasil afora, muitas vezes, são
mostradas ridicularizando os costumes do povo.
Os diferentes modos de viver característicos das regiões devem ser valorizados e
preservados.
É necessário que sejam planejadas atividades que facilitem a compreensão do
aluno a respeito dos hábitos alimentares, dos modos de vestir, de falar, de dançar,
de organizar o dia-a-dia na região onde mora, comparado a rotina das pessoas de
outros lugares.
III – Objetivos Gerais:
Conhecer as características das festas juninas admirando e respeitando o trabalho
do homem do campo, despertando o gosto pelas festas juninas como folclore
brasileiro, ressaltando seus aspectos, popular, social e religioso.
IV – Objetivos Específicos:
- Desenvolver a socialização do adolescente, ultrapassando as barreiras do
relacionamento interpessoal.
- Desenvolver o ritmo e as habilidades motoras;
- Compreender e refletir a respeito das informações estudadas.
V – Atividades :
- Leitura de textos
- Histórias, dramatizações, mostrar como o homem do campo ajuda o homem da
cidade;
- Desenho e colagens livre sobre o tema;
- Confecções de bandeirinhas e balões;
- Canções juninas e quadrilhas;
- Comentar sobre o perigo que podem causar ao soltar balões
- Organização de uma festa junina.
VI – Metodologia:
Serão realizadas pesquisas sobre as festas juninas caracterizando o modo de vida
do povo através de histórias, dramatizações. Serão realizados desenhos, ensaios de
músicas e danças para posterior apresentação na festa junina que acontecerá no
colégio mostrando os costumes e tradições da cultura.
VII – Recursos:
Humanos: Professores, alunos.
Materiais: Livros, fitas de vídeo, Cd, rádio, papéis coloridos, barbante.
VIII – Cronograma: Junho
IX – Parceiros envolvidos:
Professores, alunos e demais membros da comunidade escolar.
X – Avaliação:
Serão avaliadas as ações concretas, solidárias e participativas, enfim o
envolvimento e participação com todas as atividades realizadas.
Projeto: Hora da Leitura
Disciplina: Língua Portuguesa
Justificativa
Tendo em vista a dificuldade de hábito pela leitura e a importância da mesma para a
clientela escolar, na aprendizagem, compreensão dos fatos (leitura de mundo) os
professores de Língua Portuguesa desenvolverão um projeto que pretende atingir
todas as séries do ensino fundamental e médio, bem como professores, direção,
equipe pedagógica e funcionários.
Objetivo Geral
A partir da atividade de leitura, oportunizar a compreensão dos diversos níveis de
leituras possíveis dentro e fora do espaço escolar.
Objetivos Específicos
1.Proporcionar momentos de leitura dentro do espaço escolar;
2.Selecionar e indicar os diversos tipos de leituras;
3.Despertar no aluno o prazer de ler;
4.Sanar as dificuldades da leitura;
5.Garantir dentro do horário escolar a hora da leitura, respeitando a um cronograma
determinado.
Atividade:
Leitura
Metodologia
Toda a comunidade escolar, alunos, professores, funcionários, orientador,
diretor, darão uma pausa em seu serviço para participar da hora de leitura.
Recursos:
Jornais, revistas, gibis, livros, contos, crônicas, narrativas curtas e longas, história
em quadrinhos, contos poéticos, etc. Utilizando os recursos disponíveis do Colégio.
Cronograma:
O projeto será desenvolvido durante todo ano letivo, uma hora aula por semana,
alternando os dias.
Parceiros:
Comunidade Escolar
Avaliação:
Avaliar levando em conta o interesse de participação do aluno diante da atividade
proposta, observando a rapidez e aprendizagem durante a realização do
projeto, privilegiando os aspectos qualitativos, levando em consideração os avanços
obtidos:
- Pontos positivos e retomando os pontos negativos com mudança de estratégia.
Obs.: Ao término do projeto, os professores se reunirão para avaliar os resultados
obtidos para possível melhora.
Projeto: Jogos Escolares
Disciplina: Educação Física
Justificativa:
Diante da necessidade de resgatar o indivíduo como um todo e fortalecer os
elos de amizade e respeito entre a comunidade escolar e a sociedade em que este
projeto deve ser promovido nas escolas.
Objetivo Geral:
Estimular a busca pela informação e prática da atividade física.
Objetivo específico:
Integração da disciplina com o desenvolvimento e a manutenção das qualidades
físicas.
Atividades:
- Atletismo
- Xadrez
- Tênis de mesa
- Voleibol
- Basquete
- Futsal
- Futebol de campo
- Suíço
- Handebol
Metodologia:
- Entendimentos de tabelas;
- Separação por categorias;
- Regras
- Respeito as habilidades individuais.
Recursos:
Bolas, redes, local apropriado, equipamentos extras, arbitragem.
Cronograma:
Setembro de 2012
Envolvidos:
Comunidade Escolar
Avaliação:
Acontece durante toda execução do projeto.
Projeto: Dança e gincana na Escola
Disciplinas: Educação Física e Arte
Justificativa:
A dança tem o poder de alcançar a alma humana, sua universalidade e capacidade
de sensibilização é o que justifica este projeto, que é interdisciplinar e visa
abordar todos os aspectos da dança, mergulhando em sua história e passando por
todos os meios capazes de produzi-la, inclusive o mais profundo, perfeito e
emocionante de todos: o ritmo.
Objetivo Geral:
Destacar a influência da dança nas produções artísticas, trabalhando o corpo e a
mente como um todo.
Objetivo Específico:
Através da dança levar o indivíduo a refletir sobre os valores culturais relacionados
ao passado e presente, despertando o senso crítico.
Atividades:
Danças com o tema (paz e meio ambiente)
Metodologia
- Mostrar a influência dos estilos de danças, impostas pelo meio em que vivemos.
- Explorar letras musicais, ritmos e coreografias.
- Conhecer o ritmo próprio de cada indivíduo – construção de coreografias.
Recursos:
- Vídeos;
- Letras musicais;
- CDs;
- DVDs;
- Rádios;
- Auxílio da comunidade;
- Figurino.
Cronograma:
Projeto a ser desenvolvido no 2º bimestre de 2012.
Parceiros envolvidos:
Toda comunidade escolar.
Avaliação:
Acontece durante toda execução do projeto.
Projeto: Feira de Ciências
Disciplinas: Ciências, Matemática
Tema: Uso e Preservação das Drogas (Álcool e Tabaco)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Divulgar o projeto a comunidade local e escolar;
• Conscientizar sobre as doenças geradas pelo Tabaco, seus componentes
químicos e o tempo necessário para danificar o organismo e desintoxicá-los;
• Conscientizar sobre os malefícios do álcool e principalmente em relação a
acidentes de trânsito;
• Desenvolver um trabalho que viabilize a criatividade em busca de melhores
soluções a esses problemas;
• Diagnosticar dados sobre a realidade local;
• Averiguar, quais as causas que levam ao consumo destas drogas.
ATIVIDADES
As disciplinas desenvolverão suas atividades á seguir:
Matemática :
- Pesquisa de campo, levantamento de dados sobre o uso das drogas (álcool e
tabaco) em nossa comunidade;
- Confecções de gráficos e tabelas;
Ciência e Biologia:
- Pesquisa Bibliográfica sobre o uso, efeitos e consequências do uso do cigarro e
álcool no organismo;
- Apresentação de slides mostrando o comprometimento dos órgãos pelo uso do
cigarro e do álcool comparando-os com os órgãos normais;
- Prevenção ao tabagismo e alcoolismo.
Química:
- Buscar compreensão química e origem dos componentes do cigarro e do
álcool.
METODOLOGIA
Técnicas de Coleta de Dados
Para a coleta de dados será utilizado o seguinte recurso: Pesquisa bibliográfica:
Nesta fase estaremos nos fundamentando teoricamente, com a realização da
leitura de diversas publicações, em busca de conhecimentos para aplicarmos a
prática.
Para Lakatos e Marconi (2003, p. 158) “A pesquisa bibliográfica é um apanhado
geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por
serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados ao tema.”
Contatos diretos: Estaremos realizando uma pesquisa de campo onde aplicaremos
um formulário a pessoas da comunidade local, onde estaremos verificando quais as
informações que os mesmos já possuem em relação ao assunto abordado.
O formulário será aplicado a uma amostragem representada por (nº de pessoas),
compreendendo adolescentes, jovens e adultos.
Formulário segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 212) ”É um dos instrumentos
essenciais para a investigação social, cujo sistema de coleta de dados consiste em
obter informações diretamente do entrevistado”. Oliveira, et.al. (2003, p. 75) nos diz
que “o formulário é outra técnica de pesquisa utilizada nas pesquisas cientificas. A
diferença entre formulário e questionário é que o primeiro é preenchido pelo
entrevistador no momento da entrevista.”
Organização dos Dados
Os dados coletados serão organizados, em tabelas e representados em gráficos, em
painéis, cartazes. Segundo Oliveira (2003, p.76) “Tabulação é a disposição dos
dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na organização.
CRONOGRAMA
O tempo á ser realizado será no 2º e 3º Bimestres.
ENVOLVIDOS
Alunos e professores e a comunidade escolar .
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada através da participações dos alunos,
envolvimento, empenho, criatividade, socialização e análise final.
REFERÊNCIAS
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia
Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
OLIVEIRA, A . B. S. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Contabilidade. São Paulo:
Saraiva, 2003.
Sub-Projeto Feira de Ciências
Disciplina: Educação Física
INTRODUÇÃO
A obesidade pode ser definida, de acordo com padrões variados . Dados colhidos no
século passado, por companhias de seguro levou a se definir percentuais ideais
para uma determinada idade e altura. A composição corporal envolve a gordura e a
massa corporal magra, a qual é composta de todos os componentes do nosso corpo
exceto a gordura. O conhecimento da composição corporal é importante não só para
a E.F. , mas também para outras profissões da área de saúde, já que existem
inúmeras doenças que são intimamente relacionadas com a obesidade (percentual
de gordura elevado). Sloan, 1970, afirma que comparações de peso entre
indivíduos possuindo a mesma estatura, idade e sexo são um índice falho de
obesidade, mas a um maior desenvolvimento de ossos e músculos. Brozek, 1951,
observou a correlação entre a densidade corporal e a espessura das dobras
cutâneas e desenvolveu uma equação através da qual se torna possível estimar a
gordura percentual a partir do conhecimento da espessura das dobras cutâneas, já
que a densidade do corpo depende da composição corporal.
Para se conseguir esta medida utilizaremos um aparelho chamado plicômetro ou
compasso de dobras cutâneas, para verificar o percentual de massa magra e massa
gorda dos avaliados, estimando assim, o peso ideal e a atividade física mais
indicada.
JUSTIFICATIVA
Atualmente, há uma grande procura pela prática de atividades físicas. Porém, a falta
de orientação especializada e adequada aos objetivos e limitações de cada pessoa
acaba por conduzi-las à prática de exercícios sem nenhum tipo de avaliação, pondo
em risco a sua saúde. Isso faz da avaliação física um componente indispensável
para a elaboração de um correto e eficiente programa de exercícios.
Para uma boa avaliação física temos de analisar muitas variáveis: antropométricas;
composição corporal; análise postural; avaliações metabólicas e
neuromusculares; avaliações nutricionais, psicológica e social.
Estas duas últimas são essenciais para o pleno sucesso, porque nos dão acesso
OBJETIVO
*Avaliar o estado inicial do aluno;
*Mensurar a quantidade de massa magra e gorda;
* Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de superá-las;
* Auxiliar o aluno na escolha de uma atividade física que, além de motivá-lo possa
desenvolver suas aptidões;
* Impedir que a atividade física seja um fator de agressão;
* Acompanhar o progresso do aluno;
* Selecionar alunos de melhor nível para integrar equipes do colégio;
* Estabelecer e reciclar o programa de treinamento;
* Desenvolver pesquisa em Educação Física;
* Verificar o percentual de gordura da comunidade escolar;
* Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos alunos.
METODOLOGIA
Para quem deseja eliminar, ganhar peso ou mesmo conhecer seu corpo, seja qual
for o objetivo, fazer uma avaliação da composição corporal é fundamental.
O IMC – Índice de Massa Corporal (relação entre peso e altura) não é suficiente
para verificar a composição corporal de uma pessoa, são necessários outros
métodos para se estipular um peso adequado a ser alcançado.Atletas ou pessoas
que possuem muita massa muscular podem ser classificados erroneamente como
obesos, já que seu peso é maior do que o recomendado para altura, porém é
proveniente de massa muscular e não de gordura corporal.
Utilizaremos para a mensuração das dobras cutâneas o adipômetro. Os locais
comumente mensurados são dobras cutâneas bicipital, tricipital, subescapular,
abdominal, suprailíaca e coxa. Os valores correspondentes às dobras cutâneas são
colocados em fórmulas e comparados com os valores de normalidade, verificando-
se assim se quantidade de gordura corporal e massa muscular do avaliado está
adequada.
Com todos os dados é bem mais fácil chegar a uma conclusão quanto a um objetivo
de peso saudável e adequado.
COMO USAR O COMPASSO
O compasso é um aparelho utilizado para medir a distância entre dois pontos. O
processo para medir a espessura das pregas cutâneas consiste em pinçar
firmemente com o polegar e o indicador formando uma prega cutânea. A espessura
da dupla camada de pele e tecidos subcutâneos é lida a seguir no mostrador do
compasso e registrada em milímetros. Deve-se ter cuidado de não incluir tecido
muscular, se houver dúvida, pedir ao avaliado que faça uma contração da
musculatura do local. Todas as medidas devem, de preferência, ser feitas de um só
lado do corpo, o lado direito, com o indivíduo de pé e com vestimenta apropriada
para facilitar as medidas. É recomendado que sejam feitas 3 tentativas para cada
dobra e seja levado em conta o valor médio das mesmas e que se espere um tempo
de pelo menos 2 segundos para que o compasso possa pressionar a dobra
corretamente (GARCIA e col.,1989).
ROTEIRO DAS DOBRAS CUTÂNEAS MAIS UTILIZADAS
PEITO (PT) :
Homens : toma-se uma dobra diagonal na metade da distância entre a parte superior
do peitoral e o mamilo;
Mulheres: Toma-se uma dobra diagonal a um terço da distância da linha axilar
anterior e a mama ;
SUB-AXILAR (SA) : Toma-se uma dobra vertical na linha axilar média ao nível do
apêndice xifóide no esterno ;
TRÍCEPS (TR) : Toma-se uma dobra vertical na linha média da parte superior do
braço, a meio caminho entre o ombro e o cotovelo ;
BÍCEPS (BI): Toma-se uma dobra vertical na linha média da parte superior do braço
a meio caminho entre o ombro e a fossa cubital , sobre o bíceps braquial, ao nível do
mamilo;
SUBESCAPULAR (SB):Toma-se uma dobra oblíqua média imediatamente abaixo da
extremidade inferior da escápula;
ABDOMINAL (AB): Toma-se uma dobra vertical medida a uma distância lateral de
aproximadamente 2 cm do umbigo;
SUPRAILÍACA (SI): Toma-se uma dobra ligeiramente oblíqua medida
imediatamente acima do osso do quadril, coincidente com uma linha imaginária
descida da linha axilar anterior;
COXA (CX) : Toma-se uma dobra vertical na região anterior da coxa na metade da
distância entre o quadril e as articulações do joelho;
PERNA (PR): Toma-se uma dobra vertical no lado medial da perna no local de maior
circunferência ( meio do gastrocnêmio, ou panturrilha).Para facilitar deve-se pedir
que o testado apoie seu pé em um banco voltado para o > 31,01%examinador;
TABELAS DE CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE OBESIDADE
ente
Baixa
Baixa Ate Alta Alta Ente Alta Mulheres até 12% 12,01% -15% 15,01% -25% 25% a
30% 30,01% a 36% > 36,01% Homens até 6,0% 6,01%- 10% 10,01%- 20% 20,01%
a 25% 5,01% a 31% > 31,01%
Com o resultado das dobras cutâneas, o indivíduo pode ser classificado de acordo
com a tabela abaixo desenvolvida nos padrões médios da população norte-
americana. (Indivíduos acima de 18 anos- Mcardle, 1992)
limite Normal Moderadamente Obeso Excessivamente Obeso Gordura ideal Gordura
Essência Homens 15%-20% 20%-25% 25%-30% 10%-14%3% Mulheres 25%-30%
30%-35% 35%-40% 14%-18%12%
(Crianças e Adolescentes de 7 - 17 anos - Deurenberg, PP. Pieters, J.J. L. e
Hautuast, J.G.L., 1990)
Esses valores de pregas cutâneas em combinação com equações
matemáticas são destinadas a predizer a densidade corporal ou o percentual de
gordura . As equações são específicas para determinada população.
CÁLCULOS PARA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
Peso Gordo ou Gordura Absoluta= (%gordura/100) x Peso do corpo (kg)
Massa Magra= Peso do corpo (kg) - Peso gordo (kg)
%Massa Magra= 100 - %Gordura
Peso Ideal=massa magra / 0,85 (homens) e massa magra / 0,75 (mulheres)
Peso em Excesso=peso corporal - peso Ideal
Perda Desejável = Peso do corpo atual - Peso desejável
RECURSOS HUMANOS
• Um avaliador e um auxiliar;
• Comunidade escolar.
RECURSOS MATERIAIS
• Adipômetro;
• Uma sala para realização das avaliações;
• Um computador para o cálculo dos dados;
• Uma impressora e papel sulfite.
AVALIAÇÃO
"O conceito de padrões de referência não significa que homens e mulheres devam
esforçar-se para alcançar a composição corporal dos modelos de referência, nem
que homem e mulher de referência sejam de fato "médias".
Os modelos são úteis como estrutura de referência para comparação
estatística e interpretação dos dados (McCARDLE e col.,1985) . "
Com esse estudo teremos condições de interferir com eficiência na melhora da
qualidade de vida da comunidade escolar e conseqüentemente estimular a
criticidade frente a hábitos que levam ao sedentarismo.
Projeto: Empinar Pipa
Disciplina: Ed. Física
II – Justificativa
Com a evolução do mundo moderno as brincadeiras entre crianças e adolescentes
mudaram. Sentimos a necessidade de resgatar os valores das brincadeiras antigas.
III – Objetivo Geral
Possibilitar o envolvimento dos adolescentes nas brincadeiras antigas, através da
confecção da pipa e na execução da brincadeira
IV – Objetivo Específico
Resgatar os brinquedos antigos e sua cultura passado e presente e futuro
despertando o prazer.
V – Atividades
− Empinar pipa ou levantar pipa;
− Confeccionar as pipas com estudo de sua origem, formas e cores
VI – Metodologia
Mostrar os coloridos na Educação Artística – formas geométricas
Matemática. Origem em Português.
VII – Recursos:
- Papéis manteiga
- Jornais
- Sacolas plásticas
- Cola
- Linha
- Vareta de bambu
- Auxílio dos pais
- Auxílio Professores
VIII – Cronograma
Projeto a ser desenvolvido no mês de outubro de 2012.
IX – Parceiros envolvidos
Professores de Educação Física, toda comunidade escolar e comunidade.
X – Avaliação
Durante a confecção e execução do mesmo.
Projeto: Pernada Esportiva
Disciplina: Ed. Física
II – Justificativa
A influência de uma vida saudável hoje repercute na cabeça de todas as pessoas, o
adolescente está cada vez mais preocupado com o seu corpo e sua saúde, por isso
sentimos a necessidade de realizarmos a pernada esportiva.
III – Objetivo Geral
Proporcionar atividades esportivas valorizando a saúde e o bem estar envolvendo
pais, professores, alunos e comunidade.
IV – Objetivo Específico
Através do desenvolvimento do projeto, levar o indivíduo a refletir e resgatar os
valores despertando o entrosamento e a participação na escola.
V – Atividades
Caminhada
Exercícios Físicos
Corrida
VI – Metodologia
Mostrar a importância do exercício físicos (corrida)
Explanação de textos conhecer a capacidade de cada indivíduo.
VII – Recursos:
- Alunos
- Professores
- Pais
- Pessoas da comunidade
- Som
- Policiais
VIII – Cronograma
1º bimestre 2012
IX – Parceiros envolvidos
Toda comunidade escolar, pais, comunidade, alunos, grêmio estudantil.
X – Avaliação
Ver a extensão do envolvimento de todos os participantes conseguindo atingir
os objetivos.