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Cobertura Especial Church Tech Expo e Panorama Show Ano 4 - Edição 52 - Junho/2015 52 9 772236 033008 ISSN 2236-0336

Panorama Audiovisual Ed. 52 - Junho de 2015

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A revista Panorama Audiovisual e o site - www.panoramaaudiovisual.com.br - são dedicados aos técnicos, engenheiros, gerentes e diretores de televisão, cinema, publicidade e novas mídias. Produção, jornalismo, áudio profissional, computação gráfica, infraestruturas, distribuição, transmissão, interatividade, estereoscopia, cinema e televisão digital estão sempre em suas reportagens, estudos de caso, entrevistas, análises e cobertura de eventos.

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Cobertura Especial

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P 4 Editorial>>

Church Tech Expo e Panorama Show: Espaço inédito para tecnologia, negócios e conhecimentoConfi ança e otimismo marcaram o lançamento dos eventos Church Tech Expo e Pan-orama Show no fi nal de maio. Realizados pela VP Group e promovidos pela Panorama Audiovisual, ambos estão ligados à nossa missão de analisar e questionar tecnolo-gias, gerar negócios e promover relacionamentos duradouros.A Church Tech Expo e a Panorama Show foram recebidas com entusiasmo pelo mercado, atraindo mais de sete mil visitantes em três dias de feira e congresso. O mesmo entusiasmo pode ser confi rmado entre os mais de 90 expositores e patroci-nadores, que representavam mais de 200 companhias. 60% deles confi rmaram pre-sença na edição do próximo ano com espaços ainda maiores. Esta adesão se deve aos mais de R$ 30 milhões negociados, um volume excelente para o setor, especial-mente quando consideramos o atual momento econômico e político do país.Nascidos de uma profunda análise sobre as necessidades e expectativas do público que participa dos eventos setoriais da VP Group, estes eventos simultâneos demon-straram ser o ambiente ideal para trocas de experiências com especialistas em cada nicho do mercado audiovisual. Temas como acústica, mixagem, captação, iluminação, automação, sonorização, projeção e streaming, bem como projetos de segurança eletrônica, estiveram entre os destaques nos três dias do encontro.Após o lançamento do Congresso Panorama Audiovisual em 2014, a grande novidade em 2015 foi o espaço de exposição para tecnologia e negócios e a Church Tech Expo, um evento inédito e dedicado ao segmento religioso. Templos, igrejas e espaços ecumênicos são ambientes para refl exão, celebração e elevação do pensamento. Ao selecionar e utilizar corretamente equipamentos de áudio, vídeo e iluminação, é pos-sível valorizar estes sentimentos e emoções. Da mesma forma, através da televisão e da internet são criadas novas pontes de comunicação com os fi éis.A Church Tech Expo apresentou aos líderes religiosos e suas equipes de apoio um leque de soluções tecnológicas para melhorar a qualidade e ampliar o alcance da mensagem. Representantes das mais variadas denominações e de todas as regiões do país lotaram as salas de congresso e os corredores do evento em busca de apri-moramento profi ssional e novas tecnologias para suas instalações.O segmento da produção audiovisual por sua vez vive um momento especial, com equipamentos cada vez mais acessíveis e inúmeros canais na Web e na TV por assina-tura. Assim, milhares de profi ssionais dispõem de recursos inacessíveis há pouco mais de dez anos para dar vazão à sua criatividade e criar conteúdos relevantes para múltiplas plataformas. É neste cenário de crescimento que surgiu a Panorama Show, uma nova referência para todos os envolvidos na produção e distribuição de conteúdos.A Church Tech Expo e a Panorama Show contaram com um congresso integrado, com 66 conferências, painéis e workshops. Cerca de 1000 congressistas tiveram contato 80 palestrantes em mais de 100 de programação. Um recorde para eventos do setor.Nesta e nas próximas duas edições, você saberá em detalhes o que aconteceu nos corredores e nas salas de congresso entre 27 e 29 de maio.

DiretoriaPresidência e CEO

Victor Hugo [email protected]

RedaçãoEditor e Jornalista Responsável

Fernando Gaio (MTb: 32.960)[email protected]

Editor AssistenteFávio Bonanome

flá[email protected]

RepórterCarolina Spillari

[email protected]

Editor InternacionalAntonio Castillo

[email protected]

ColaboradoresEduardo Boni

Arte

Giovana [email protected]

Flávio [email protected]

Roger [email protected]

Web DesignBruno Macedo

[email protected] Moulin

[email protected]

MarketingAssistente

Michelle [email protected]

Sistemas

Wander [email protected]

Comercial Diretor ComercialChristian Visval

[email protected]

Gerentes de ContasAlexandre Oliveira

[email protected] Marques

[email protected]

FinanceiroRodrigo Golçalves de Oliveira

[email protected]

Panorama Audiovisual Onlinewww.panoramaaudiovisual.com.br

Tiragem: 16.000 exemplaresImpressão: duograf

Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial06454-010 - Barueri – SP – Brasil

+55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br

Ano 4 � N° 51 � Maio de 2015

PanoramaAV PanoramaAVBR

Fernando Gaio (MTb: 32.960)Editor

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P 6 Sumário>>

1010 Os Dez MandamentosEfeitos visuais incluem criação de personagens e efeitos multiplicadores em cenas.

2222 Estado da arte em tecnologia audiovisual

Church Tech Expo e Panorama Show reúnem mais de 7 mil profi ssionais de todo o país em busca de novas tecnologias, atualização profi ssional e negócios. Veja nesta edição a primeira parte da cobertura.

0808 Youcast apresenta soluções para streaming para o mercado de igrejasDentre os principais focos estão os segmentos de ensino a distância, corporativo de treinamento e eventos fi guram entre os principais interessados em praticar uma WebTV ou construir um canal ao vivo por Live Streaming.

1414 Tecnologia e convergência com cinema libertam a TVModelo das novelas parece estar se esgotando; TV aproveita a linguagem do cinema . Ele quer algo mais estimulante, de ação. Os produtos que tenho visto têm se utilizado cada vez mais da linguagem de cinema.

4242 O custo da preservação de mídiaDebate sobre gerenciamento de mídia discute os desafi os e oportunidades geradas pela preservação de conteúdo.

5050 Impactos da convergência digital na cinematografiaPainel avalia a digitalização de toda a cadeia de produção audiovisual - da captação à exibição – e as profundas modifi cações impostas ao processo de criação no cinema.

6464 As novas fronteiras da produção e distribuição de mídia A sessão dedicada à TV Everywhere e Cloud debateu as tecnologias

disponíveis para produzir conteúdos de maneira colaborativa, utilizar a computação na nuvem; além de armazenar e a distribuir mídia para múltiplas plataformas de visualização.

A Blackmagic URSA é a primeira câmera cinematográfi ca digital concebida

para revolucionar o fl uxo de trabalho no estúdio. Projetada para lidar

tanto com a ergonomia de grandes equipes de fi lmagem quanto com

o uso individual, a URSA inclui um enorme monitor dobrável de 10

polegadas, sensor de imagem Super 35 (4K), obturador global, tecnologia

12G-SDI e duas unidades de gravação em formato RAW e ProRes.

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A URSA é uma verdadeira câmera digital profi ssional

com um sensor de 4K, obturador global e um

incrível alcance dinâmico de 12 stops. Este alcance

é superior ao das câmeras de vídeo comuns ou até mesmo ao das

câmeras profi ssionais, e permite obter imagens sensivelmente

melhores com qualidade digital. O tamanho do sensor Super 35 torna

possível a fi lmagem criativa com pouca profundidade de campo, e

os formatos RAW e ProRes oferecem uma qualidade incrível.

Duas unidades de gravação

A URSA possui dois slots para cartões de memória que

permitem gravar continuamente sem a necessidade de fazer

uma pausa para mudar o dispositivo de armazenamento.

Isso é muito importante quando você está fi lmando um evento histórico,

uma entrevista importante ou se simplesmente for impossível parar de

gravar. Basta colocar outro cartão CFast no segundo slot e a gravação

continuará automaticamente nesse cartão quando o primeiro estiver

cheio, permitindo deste modo mudar o cartão sem parar a fi lmagem.

Blackmagic URSA, a primeira câmera cinematográfi ca digital modular com resolução 4K!

Sensor modular

A câmera tem um módulo que pode ser removido

facilmente afrouxando quatro parafusos simples.

O módulo inclui o sensor, a montagem e conexões para

controlar a lente, e pode ser atualizado no futuro com o desenvolvimento

de novos tipos de sensores. Isto signifi ca que o preço de sua próxima

câmera será apenas uma fração do custo de uma câmera nova! Você

pode escolher montagens profi ssionais tipo PL, EF e muitas outras!

Monitoramento durante a fi lmagem

Diga adeus aos enormes monitores no estúdio!

A câmera tem uma tela dobrável de 10 polegadas

com o maior visor disponível no mercado. A tela

é muito brilhante e oferece um amplo ângulo de visão. A câmera também

inclui duas telas adicionais de 5 polegadas nas laterais que indicam o

formato do vídeo, a taxa de quadros e o ângulo do obturador, e permitem

ao usuário verifi car vários parâmetros da imagem, o áudio e a focalização.

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P 8 Notícias>>

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Youcast apresenta soluções para streaming para o mercado religioso

Haivision impulsiona streaming

Fundada em 2012, a integradora de serviços de vídeo sobre IP Youcast, nasceu para atender a demanda de soluções integradas sobretudo para implantação de streaming em alta qualidade

com equipamentos de ponta multiplataformas. Com isto em mente, a empresa se tornou uma das únicas fornecedoras nacionais com uma solução ponta a ponta, totalmente integrada com serviços VOD, TV Everywhere, Catch-Up, TV e segurança DRM. “A youcast oferece a integração desta solução com equipamentos considerando o head end até o receptor de TV digital conectados aos serviços OTT ou IPTV. Somos, portanto, uma integradora fi m a fi m de soluções que abrangem dados e vídeo para as empresas”, afi rma Filipe Santos, sócio da empresa.Para atingir estes objetivos, a Youcast trabalha com representações do mercado de vídeo e dados. “Trabalhamos com IRD, encoders, transmoduladores, conversores (ASI, IP, etc...), Set Top Box, além de

uma série de equipamentos para transmissão e recepção de serviços de dados e voz”, explica Santos.Dentre os principais clientes potenciais da empresa, os segmentos de ensino a distância, corporativo de treinamento e eventos fi guram entre os principais interessados em praticar uma WebTV ou construir um canal ao vivo por Live Streaming. “Nós podemos atuar tanto em infraestrutura em nuvem ou própria para distribuição e arquivamento”, explica o sócio.Outro segmento que tem se destacado com bastante força para a Youcast é o de igrejas. Tanto é que a empresa esteve presente na Church Tech Expo apresentando todo seu portfólio. “Durante o evento apresentamos “a plataforma UCAST para transmissão de conteúdos via internet com uma interface que permite aos operadores de redes religiosas monetizar conteúdos, além de vender produtos e coletar doações”, conclui Santos. PA

A Haivion, empresa de soluções de vídeo por IP, tem cada vez mais abraçado o segmento religioso como um de seus principais clientes. Com uma solução de streaming

capaz de prover qualidade de vídeo em tempo real por bandas extremamente limitadas, a empresa parece estar com o produto certo para o momento certo. Para explicar melhor as soluções da marca, a Panorama Audiovisual conversou com Chance Mason, Vice-Presidente Executivo da empresa.

Panorama Audiovisual: A Haivision é conhecida pela sua tecnologia de streaming. O que nós podemos esperar em termos de novas tec-nologias e aplicações para este tipo de solução?Chance Mason: A Havision lançou recentemente o Havision Me-dia Gateway, dando à templos e igrejas a capacidade de unir con-gregações distantes geografi camente, permitindo uma partilha de experiências ao vivo de forma dinâmica. O Haivision Media Gateway pode replicar streams (um ou muitos) usando o protocolo Haivi-sion SRT para um transporte de vídeo ao seguro e resiliente por re-des imprevisíveis. Estes streams podem ser distribuídas por redes públicas ou privadas, permitindo que templos em diferentes regiões geográfi cas partilhem seus sermões e performances musicais até congregações remotas usando vídeo de alta qualidade.

PAV: Qual é a principal tecnologia hoje da Havision?Mason: A Haivision provê hoje a mais completa solução de vídeo dedi-cada ao segmento religioso. Com simplicidade, confi abilidade e com-prometimento, as soluções da Haivision podem ajudar um ministério a alcançar uma comunidade on-line mais ampla com qualidade de vídeo em HD para uma experiência de adoração compartilhada.

PAV: Como a Haivision enxerga o segmento religioso na América La-tina?Mason: A América Latina tem potencial para ser um dos maiores do mundo. Na Haivision, uma das principais tendências que temos visto é a necessidade de ser capaz de acessar conteúdo em qual-quer momento por dispositivos móveis. Além disso, desafi os de in-fraestrutura e limitação de banda são um desafi o para organizações religiosas. A Havision vê isso como uma tremenda oportunidade de trazer sua tecnologia de gerenciamento de mídia e streaming para a região e ajudar casas de adoração a transpor estes desafi os de mo-bilidade e rede. Uma de nossas tecnologias mais novas ajuda igre-jas a crescer nesta infraestrutura. Chamado de SRT, esta tecnologia proprietária faz com que streaming funcione de forma otimizada em regiões como a América Latina. PA

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Record investe em efeitos visuais deOs Dez MandamentosEfeitos visuais incluem criação de personagens e efeitos multiplicadores em cenas

Red Dragon capta cenas do Êxodo do Egito retratadas em Os Dez Mandamentos. Foto: Michel Angelo

Primeira novela brasileira baseada numa história bíblica, Os Dez Mandamentos conta com efeitos especiais para levar ao público cenas como a fuga do Egito através do Mar Vermelho

e o encontro com Deus no Monte Sinai. A superprodução da Rede Record reconta uma das mais famosas passagens da Bíblia: a saga de Moisés.A novela cobre mais de cem anos de história e terá 150 capítulos divididos em quatro fases, com dezenas de personagens. Seu roteiro é uma livre adaptação dos livros Êxodo, Levítico, Números e Deute-ronômio. Sua trama começa na cidade de Pi-Ramsés, no Egito, em cerca de 1300 a.C. O Faraó Seti decreta a morte de todos os bebês israelitas do sexo masculino. Muitos bebês são jogados no rio Nilo. Um deles é salvo por sua família, que o coloca num cesto, confiando que Deus o levará para um lugar seguro. Após descer o Nilo, o cesto vai parar nas mãos da princesa Henutmire, que a salva do decreto de seu pai, o Faraó Seti. O bebê é Moisés, que ao crescer e descobrir suas origens tem um papel decisivo para a libertação do povo no Egito.Para falar um pouco dos efeitos visuais da produção, Jorge Soares Gomes, coordenador de Pós-Produção na área de Efeitos Visuais e Samuel Fabre, assessor da diretoria do Departamento de Operações, do REC 9, núcleo de teledramaturgia, responsável pelos Dez Manda-mentos, concederam uma entrevista à Panorama Audiovisual. Con-fira a seguir.

>>P 10 Entrevista

Panorama Audiovisual - Como é o trabalho no departamento de efei-tos visuais?Jorge Soares Gomes - O departamento de efeitos visuais é subdividi-do em dois subdepartamentos: de 2D e composição e 3D. O trabalho chega através da edição e outras fontes como reuniões. Ele pode vir do próprio departamento de efeitos visuais para a edição, e ao contrário também.O trabalho de efeitos visuais tem várias etapas. Ele começa desde a criação, decupagem do roteiro, passando pela gravação, edição ou não, 3D ou não e composição. Um efeito pode ter a interferência do 3D ou não. Pode ser só um efeito de apagar, mudar a característica de figuri-no, de elemento estranho à cena. Pode ser simples ou mais complexo, quando envolve 3D que seria um complemento de cenário.

PAV: Que softwares são mais comuns para vocês?Jorge - 3D Max, Flame, Maya e V-Ray. Chroma key é muito usado pelas novelas. Os Dez Mandamentos é uma das novelas que mais usa chroma key. O Flame faz o recorte do chroma. O fundo verde é o mais usado.

PAV: Como surgiu a necessidade de fazer o núcleo de efeitos visuais?Jorge - Desde o início, dos primeiros produtos. Havia uma novela chamada Mutantes com uma quantidade absurda de efeitos e que

por Carolina Spillari

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A Blackmagic URSA é a primeira câmera cinematográfi ca digital concebida

para revolucionar o fl uxo de trabalho no estúdio. Projetada para lidar

tanto com a ergonomia de grandes equipes de fi lmagem quanto com

o uso individual, a URSA inclui um enorme monitor dobrável de 10

polegadas, sensor de imagem Super 35 (4K), obturador global, tecnologia

12G-SDI e duas unidades de gravação em formato RAW e ProRes.

Sensor Super 35

A URSA é uma verdadeira câmera digital profi ssional

com um sensor de 4K, obturador global e um

incrível alcance dinâmico de 12 stops. Este alcance

é superior ao das câmeras de vídeo comuns ou até mesmo ao das

câmeras profi ssionais, e permite obter imagens sensivelmente

melhores com qualidade digital. O tamanho do sensor Super 35 torna

possível a fi lmagem criativa com pouca profundidade de campo, e

os formatos RAW e ProRes oferecem uma qualidade incrível.

Duas unidades de gravação

A URSA possui dois slots para cartões de memória que

permitem gravar continuamente sem a necessidade de fazer

uma pausa para mudar o dispositivo de armazenamento.

Isso é muito importante quando você está fi lmando um evento histórico,

uma entrevista importante ou se simplesmente for impossível parar de

gravar. Basta colocar outro cartão CFast no segundo slot e a gravação

continuará automaticamente nesse cartão quando o primeiro estiver

cheio, permitindo deste modo mudar o cartão sem parar a fi lmagem.

Blackmagic URSA, a primeira câmera cinematográfi ca digital modular com resolução 4K!

Sensor modular

A câmera tem um módulo que pode ser removido

facilmente afrouxando quatro parafusos simples.

O módulo inclui o sensor, a montagem e conexões para

controlar a lente, e pode ser atualizado no futuro com o desenvolvimento

de novos tipos de sensores. Isto signifi ca que o preço de sua próxima

câmera será apenas uma fração do custo de uma câmera nova! Você

pode escolher montagens profi ssionais tipo PL, EF e muitas outras!

Monitoramento durante a fi lmagem

Diga adeus aos enormes monitores no estúdio!

A câmera tem uma tela dobrável de 10 polegadas

com o maior visor disponível no mercado. A tela

é muito brilhante e oferece um amplo ângulo de visão. A câmera também

inclui duas telas adicionais de 5 polegadas nas laterais que indicam o

formato do vídeo, a taxa de quadros e o ângulo do obturador, e permitem

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precisavam ser construídos. Às vezes um lobisomem precisava ser construído e modela-do, com pouco tempo para fazer. Foi criado um núcleo na época, grande para a TV. As TVs, apesar de terem uma boa infraestrutura de efeitos visuais, nem todas fazem tantos efeitos visuais quanto a Record. A emissora tem menos produtos que a Rede Globo, por exemplo, mas faz muito mais efeitos.

PAV: Os efeitos visuais são fundamentais nas produções?Jorge - Depende do produto. No caso de Os Dez Mandamentos são fundamentais. Depen-dendo do capítulo e situações, pode ser 20% daquele capítulo.

PAV: Então, o trabalho de vocês é insano. Há margem de tempo para trabalhar? Jorge - É insano. Às vezes, em determinado período do ano, fica um pouco mais tranquilo em alguma temporada. É complicado porque no dia a dia a própria gravação demanda probleminhas. Até uma sombra de microfone vazando vem para o departamento de efei-tos visuais para apagar. Samuel - Fazemos o conceito e a produção. Criamos cidades cenográficas e em 3D. Maya e 3D Max criam toda uma cidade em 3D.

PAV: Como vocês fazem isso?Jorge - Isso parte mesmo do 3D feito com Maya e outros programas para a construção desses cenários virtuais. Passa por várias etapas. Às vezes trabalhamos sobre uma base, às vezes fazemos o complemento. Às vezes pegamos só a fachada desse cenário. Pode-mos trabalhar com câmeras virtuais para fazer alguns movimentos e esse ambiente é multiplicado. Na construção de uma cidade virtual, economiza-se recursos. Se olharmos o tamanho da cidade de Os Dez Mandamentos e uma cena do stock shot pronto, você irá dizer não é o mesmo lugar.Samuel - Além da construção da cidade cenográfica tem a animação. Alguns personagens são animados virtualmente. As pessoas caminhando dentro da cidade são virtuais. Primei-ro, o boneco em 3D é feito e depois a animação dele. Jorge - Essa animação é chamada de crowd. Fazemos muito.

PAV: Com ela, vocês dispensam os figurantes?Jorge - Exatamente. Às vezes não temos como colocar figurantes ali ou trata-se de uma questão de custos - no caso de serem cinco mil figurantes em uma situação. Samuel - Na saída do povo hebreu do Egito, são milhares de pessoas que vão para o de-serto antes de passar pelo Mar Vermelho. A cena deverá ser exibida em outubro. A maioria dos eventos é feita com computação gráfica. A cena foi gravada com ajuda do pessoal de Los Angeles.Jorge - Serão dois eventos: o Mar Vermelho e o Êxodo. São eventos muito grandes que

Roteiro de Os Dez Mandamentos é uma livre adaptação dos livros Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

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P 12 Entrevista>>

demandam muitos equipamentos e horas de render. Um render desse pode levar um dia inteiro ou uma madrugada inteira por-que o arquivo é muito pesado. Não temos essa infraestrutura toda para fazer. Estamos contratando uma produtora especializa-da em efeitos visuais - a Star Gate de Los Angeles. Ela já fez vá-rios filmes de Hollywood, tem todo o know-how e vai nos ajudar nisso. Dos sete eventos de Os Dez Mandamentos, eles vão nos

ajudar em dois. Nós vamos fazer o resto não tão menos comple-xos. Tudo isso tem uma demanda grande de 3D, que será funda-mental.Samuel - Sem o 3D não teríamos condições de finalizar o produ-to.Jorge - A parte de composição que é um outro setor dentro da computação gráfica, dá o apoio a esse trabalho. Por exemplo: o material é recebido do 3D. Às vezes ele vem um pouco cru e pre-cisa de um acabamento, a grosso modo.

PAV: Na parte de captação, estão gravando em 4K ou 2K? E quan-to aos equipamentos?Samuel - Estamos gravando com uma F-55 da Sony. Alguns even-tos estamos fazendo em 4K. Quando usamos drone, gravamos com a Blackmagic. Para captar as imagens em geral, usamos a F-55. Alugamos um parque de oito a nove câmeras. Estamos gra-vando o produto como novela, mas em 24 quadros por segundo como se fosse cinema, com textura de cinema. A televisão grava em 30 quadros. Nós estamos gravando em 24 quadros. É uma textura de cinema na TV.PAV: É uma tendência para a TV, certo?Samuel - E tem uma cara de cinema. Jorge - É um tratamento um pouco mais demorado na pós-pro-dução. A Record resolveu investir nesse tipo de equipamento e produção para dar um visual mais bacana. Até porque o próprio produto pede.

PAV: Depois vocês podem exportar a série...Jorge - Quanto mais qualidade, mais tempo ela vai durar e mais países estarão interessados.

Chuva de Meteoro e Granizo: um dos efeitos que farão parte de três eventos de Os Dez Mandamentos.

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Entrevista P 13<<

Gravação de Os Dez Mandamentos acontece em um dos estúdios do REC 9, núcleo da Record.

Jorge Soares Gomes, coordenador de Pós-Produção na área de Efeitos Visuais: Mar Vermelho e o Êxodo: eventos grandes que demandam muitos equipamentos e horas de render.

Samuel Fabre, assessor da diretoria do Departamento de Operações, do REC 9: Cena da saída do povo hebreu do Egito

deverá ser exibida em outubro.

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Samuel - Rei Davi é uma série da Record que foi exportada para os Estados Unidos, e veiculada lá foi um sucesso de audiência. Os Dez Mandamentos é a primeira novela bíblica feita no Brasil: 150 capítulos. Jorge - Contando ninguém acredita porque são gravações de su-per produção. Cada capítulo tem cara de filme ou de série que normalmente demora-se muito mais. Às vezes demoramos um dia para finalizar um capítulo. Em qualquer lugar do mundo de-mora muito mais. Fazemos dramaturgia com cara de cinema em tempo recorde. O Sam, um dos sócios da Star Gate fica encantan-do com a forma como trabalhamos. Em qualquer outra situação demoraria-se muito mais tempo para finalizar um capítulo de uma novela.

PAV: Qual o segredo para trabalhar desse modo?Jorge - A prática e a experiência de termos passado por tantos produtos. Mutantes (2007) foi uma produção complexa e feita em pouco tempo. A audiência era absurda. Era uma novela com

público fiel de jovens e adolescentes. Daí para cá cada produto que vem é um desafio. A próxima será melhor ainda. PAV: Qual será a próxima?Samuel - Josué a Caminho da Terra Prometida, com o mesmo formato bíblico de Os Dez Mandamentos. Não será a próxima novela da Record depois de Os Dez Mandamentos. Josué a Caminho da Terra Prometida está prevista para ser a segunda novela bíblica da emissora.

PAV: Em termos de produção e equipamentos, como a Record vem tra-balhando?Samuel - A Record investe muito em tecnologia. Por coincidência, es-tamos locando a F-55, mas isso não é uma coisa habitual. Temos nosso parque de câmeras, de refletores e os estúdios de 1000 m2 são prepara-dos com uma infraestrutura para fazer a gravação. A Record sempre investiu em equipamentos de captação e pós-produção. Usamos o Avid e Pro Tools na parte de sonorização. A Record está sempre na frente e não fica atrás de nenhuma produtora de conteúdo no mundo. PA

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Tecnologia e convergênciacom cinema libertam a TV

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Modelo das novelas parece estar se esgotando; TV aproveita a linguagem do cinema . Ele quer algo mais estimulante, de ação. Os produtos que tenho visto têm se utilizado cada vez mais da linguagem de cinema

A Semana ABC acontece todos os anos em São Paulo, no mês de maio

por Carolina Spillari | Fotos Ricardo Alcará

A Semana ABC 2015 trouxe diretores conhecidos como Fer-nando Meirelles, de “Felizes Para Sempre” e “Os Experien-tes”, ambas exibidas pela TV Globo, e Carlos Abbate, que

trabalhou em premiados filmes como o “O Filho da Noiva”, “Clube da Lua” (ambos de Juan José Campanella) e “Kamchatka” (de Mar-celo Piñeyro).Mauro Mendonça Filho, diretor da TV Globo, roteirista em “Dupla Identidade”, falou dos desafios em séries de TV e sobre a tendência do gênero suspense. Dentro da área de Fotografia, Jorge Bodanzky, do premiado filme “Iracema, uma transa amazônica”, conversou sobre A Direção de Fotografia no Cinema Documentário. Censurado durante seis anos no Brasil, o diretor já realizou documentários e filmes com Hector Babenco, Antunes Filho, Maurice Capovilla, José Agripino de Paula e Reinhard Kahn.Outra mesa da Semana ABC 2015, tratou de O Som nas Séries de TV com Rodrigo Meirelles, supervisor executivo de áudio da TV Globo, os mixadores José Luiz Sasso e Armando Torres Jr. e o supervisor de som Luiz Adelmo. No último dia, a semana ABC trouxe reflexão sobre o ensino audiovisual fora do eixo Rio-São Paulo. Painéis sobre tecnologia trouxeram aspectos técnicos de equipamentos da Canon e Sony.Nem sempre a Semana ABC aconteceu em São Paulo. A primeira Semana ABC foi no Rio de Janeiro e durante algumas edições foi realizada alternadamente entre Rio e São Paulo. Nos últimos anos não se repetiu no Rio e tem sido feita em São Paulo. Guy Gonçalves, vice-presidente da ABC, conta que no Rio, já a Semana ABC já aconteceu na Cinemateca do MAM, no Jockey Club, na PUC e no

Instituto dos Arquitetos. No Rio não se cristalizou uma parceira como a da Cinemateca em São Paulo. Confira a seguir uma conversa com Guy Gonçalves sobre a Semana ABC, seu propósito e evolução ao longo do tempo.

Panorama Audiovisual: Como começou a Semana ABC?Guy Gonçalves: A ABC foi fundada, a princípio, por diretores de Foto-grafia. Desde o início com Affonso Beato, na primeira diretoria, pen-sávamos que tínhamos que abrir. Não é uma associação fechada, pelo contrário. Nossa questão maior era discutir tecnologia, cinema e linguagem da cinematografia. Os diretores de cinematografia ten-taram várias vezes, ao longo das últimas décadas, se associarem em uma entidade e ao redor de uma ideia de discutir cinematografia no Brasil. Sou sócio fundador da ABC. Nos anos 1980, fundamos uma associação que foi fruto do CTAV. O Affonso Beato era presidente da Embrafilme e fundamos uma associação brasileira de tecnologia de cinema. Depois, até pela possibilidade da internet, conseguimos fazer algo de âmbito nacional e abrangente. Abraçamos e fizemos chegar até nós os técnicos de som, os diretores de arte, os editores e os montadores. Os únicos que são parte ativa são os diretores, que possuem uma associação específica. Sempre estivemos voltados à linguagem, cinematografia e todas as questões que envolvem dire-tamente tecnologia e linguagem.

PAV: Como a Semana ABC foi aprimorada ao longo do tempo?Gonçalves: Há uns cinco anos, cada edição da Semana ABC faz mais

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P 16 Reportagem>>

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sucesso. Do ponto de vista da integração com os estudantes, conta cada vez mais com participação efetiva dos outros técnicos que não os diretores de fotografi a. Os diretores de fotografi a sempre foram os impulsionadores, criadores que fundaram a ABC. Temos mais participação dos diretores de arte e técnicos de som. Nesta edição, uma das mesas foi sobre som. Já trouxemos diretores de cinema e diretores de TV para discutir linguagem, essa convergência, que passou a existir cada vez mais, entre a produção de cinema e TV. A produção de TV passou a ser mais artesanal por conta das séries, da digitalização e produção digital. Hoje trabalhamos praticamente com as mesmas câmeras. Há 10 anos fazíamos cinema analógico, e a TV, câmeras de vídeo broadcast.

PAV: Como se dá essa relação entre cinema e TV antes e agora?Gonçalves: A TV está mais próxima do cinema. Quase todos os grandes canais que produzem dramaturgia estão mais permeáveis trazendo mais as pessoas do cinema para as produções da TV.

PAV: O que a produção de séries tem a agregar à TV?Gonçalves: Havia uma distância entre o modelo de produção da TV comparado com o modelo que existia dentro do cinema. A TV era como se fosse uma fábrica de entretenimento e o cinema era mais arte-sanal. Existia a produção dos fi lmes de arte, onde pelo modelo de patrocínio não havia o comprometimento direto com a resposta do público. Precisa haver um equilíbrio entre as duas coisas. Não se pode fazer um fi lme que não importa se teve 100 mil espectadores ou não. Ao mesmo tempo, a produção cultural não pode ser pautada exclusivamente pelo resultado. É preciso haver uma produção que explore linguagem e tenha coragem de arriscar. Quando comecei a fazer cinema, a TV tinha um monte de nãos. Cenas escuras, por ex-emplo, não se podia fazer.

PAV: Era uma questão técnica ou de limitação?Gonçalves: É um pouco das duas coisas e está relacionada com a res-posta do público. O público, mesmo o de televisão, mais abrangente, está começando a dar sinais que esse modelo de novelas está se es-gotando. Ele quer algo mais estimulante, de ação. Os produtos que tenho visto têm se utilizado cada vez mais da linguagem de cinema.

PAV: Isso inclui plano aberto, contraste...Gonçalves: Plano aberto, contraste e muitas cenas não têm foco. Pode-se explorar um pouco mais a questão impressionista e expres-sionista. A dramaturgia se libertou de um monte de coisas. E isso

está relacionado a essa convergência da linguagem de cinema e TV. Os equipamentos hoje em dia são mais ou menos os mesmos.

PAV: Um das diferenças está no uso da lente? Gonçalves: Na televisão aberta, totalmente direcionada ao entre-tenimento, monitorada a cada momento, tudo pode ser mudado o tempo todo. Isso é diferente no cinema, mas que se aproximou e se aproxima cada vez mais, isso sim.

PAV: E sobre a parceria entre a ABC e Cinemateca?Gonçalves: A parceria com a ABC vem se estendendo. Não só a ABC alimenta a Cinemateca, trazendo público, especialmente os estudantes, como é um espaço que deve ser visto e conhecido. Embora a Semana seja de três dias é importante lembrar que uma vez por mês temos a Sessão ABC realizada aqui na Cinemateca. Todo mês é convidado um fi lme de um diretor de Fotografi a e depois tem uma mesa sempre com presença de diretor de Fotografi a ou diretor de Arte. Esse diálogo com os estudantes é permanente com as sessões ABC. Guy Gonçalves, vice-presidente da ABC

Sony mostra as vantagens do 4KA Sony abordou na Semana ABC as vantagens da tecnologia 4K nas produções de publicidade e cinema. Para a Sony, ir além do 4K se traduz em qualidade e é a garantia que os fi lmes produzidos hoje serão vistos no futuro. Para tornar viável o 4K em casa, Ilson Brancaleoni, engenheiro da Sony Brasil, destaca que estão sendo elaboradas normas para produção, distribuição e visualização. Entre os benefícios do 4K estão alta resolução, realismo maior, espaço de cor maior, maior impacto visual e sensorial com saturação de cores.Entre as câmeras da Sony, a PXW FS7 foi destacada pela ergonomia, sensor Super 35 mm 4K e padrão e-mount. A versão 2.0 grava em multiformatos em padrão XAVC e MPEG. Já os sistemas de câmera F5/F55 são usados em novelas da TV Globo e gravaram em HD, 2K e 4K. A atualização de hardware da F5 e F55 possibilita o uso das câmeras como ENG ou camcorder de ombro em documentários, por exemplo. Um dos cases apresentados na mesa relacionado ao uso da tecnologia 4K foi o de Victor Lemos, da Trator Filmes. O documentário ofi cial da Copa do Mundo da FIFA no Brasil, que somou 32 dias de fi lmagem com oito equipes pelo Brasil. Os modelos da Sony caíram no gosto de Alex Miranda, da Trator Filmes. “O gosto de misturar linguagens e câmeras vem do mercado publicitário”, explica. Em comerciais de TV e documentários ele já usa o padrão 4K. Miranda comenta que a FS7 se tornou um verdadeiro xodó no mundo. “Ela é uma das câmeras mais locadas hoje e a câmera do momento em custo benefício, se encaixa no corpo, é leve e compacta”, elogia.

A versatilidade da Sony FS7 foi destacada pela equipe da Trator Filmes

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P 18 Reportagem>>

A mesa  A Pós-Produção em Evolução: Criando Soluções para as Produções Brasileiras  abriu a Semana ABC 2015. Em pauta, entraram no debate os diversos aspectos da pós-produção no Brasil. Paulo Barcellos, supervisor de Pós-Produção na O2, relatou que os gastos de produção dependem do projeto. “Em muitos projetos acabamos usando diversas câmeras”, conta. As mais usadas são a C300, F55 e RED. “Apostamos muito nas Blackmagic.” Para ele, a Alexa é o feijão com arroz, ou seja não precisa de muita programação ou calibração.Barcellos conta que a 02 procura  economizar na câmera para investir em novas aéreas como drones ou grua. No momento fazem um estudo com a Ursa, câmera que possui condições de atender 50% dos projetos. Contudo, a lente faz uma diferença brutal. Hoje em dia, o mercado oferece uma variedade de câmeras, o que permite substituí-las em alguns projetos, e isso pode fazer diferenças em muitos casos.José Augusto De Blasiis, supervisor de Pós-Produção na Cinemática e professor universitário, destacou aspectos da pós-produção em evolução.Um dos pontos que ele considera é a variedade na temperatura de cor junto ao line designer, profissional responsável pela representação das cores na imagem. O professor observa que em programas de TV há miscigenação de fotografia e luzes de show. Assim, tanto na TV como em shows ao vivo e outras transmissões é preciso perceber que a câmera não

enxerga como o olho humano, que tudo vê. Blassis participou da produção da ópera “Otello” da Cinelive transmitida ao vivo do Theatro Municipal para cinemas. Na ocasião, ele posicionou as câmeras sobre uma planta CAD para o projeto 3D de iluminação.

Mesa “A Pós-Produção em Evolução: Criando Soluções para as Produções Brasileiras”

Pós-produção nos detalhes

As séries ‘Felizes para sempre?’ e ‘Dupla Identidade’ estiveram em evidência no painel  Séries de TV: Novo Espaço Criativo? No Brasil, o formato série é recente. Influenciado pelos canais estrangeiros pede mais qualidade e a saída do padrão de gravação estabelecido pelas novelas. Isso se reflete em todas as áreas da produção, que acaba se sofisticando. Em ‘Felizes para sempre?’ Fernando Meirelles, diretor, destaca as 10 regras estabelecidas pela equipe para que a série tivesse uma “cara”. Em linhas gerais, as regras pediram: lente abaixo do queixo,   enquadramentos com teto alto, aberturas em PB slow, textos na tela para substituir diálogos, plano geral com personagens pequenos,   drones como terceira câmera, diálogos em off,   clipes finais com câmera em movimento, sem plano e contra plano (como nas novelas). A série se passa em duas cidades. Os visuais externos são de Brasília, cidade que teve planos pouco explorados, segundo Meirelles. Já os internos, em São Paulo. Um dos gargalos apontados por  Rodrigo Monte, diretor de Fotografia, nesse tipo de produção é o pouco tempo destinado a encontrar os locais de locação. Alguns acabam sendo escolhidos poucos dias antes. Marcos Carvalheiro, diretor de Arte, disse que criar cada personagem  e cada atmosfera ajudam a construir uma narrativa visual, gerenciando equipe cada vez maior. Outro ponto que cabe ser aperfeiçoado diz respeito a pós-produção sonora.  Miriam Biderman, editora de Som, observa que fazer som para filme e TV é praticamente a mesma coisa. Há uma certa liberdade, com o aval do diretor, mas o tempo é escasso.  Também há normas para cumprir. Todas as séries exportadas precisam da banda

internacional. Assim, o mesmo som feito no Brasil sai  limpo para todos. “Os roteiristas tem que abrir espaço para o som, que muitas vezes precisam de dublagem em cenas barulhentas e difíceis de se entender”, enfatiza. 

 Dupla IdentidadeCom Glória Perez, Mauro Mendonça Filho, diretor, deu vida a ‘Dupla Identidade’, série que trata da psicose e se passa no Rio de Janeiro. Mendonça reflete que o seriado é um híbrido entre cinema e TV. Uma série dá certo, para ele, quando a escolha do tema é inovadora ou se trata de um autor conhecido sobre um tema recorrente. “Com tradição no drama e comédia, o seriado abre novas possibilidades no Brasil. O exercício de inteligência para o espectador é algo diferente, e isso vem do cinema.” Na visão do diretor, agora é que a Globo está começando a olhar para a cinematografia. “Essa encomenda veio muito para mim em Dupla Identidade”, diz. A série partiu do padrão 4K, com textura e identidade. O olhar teve a captação das câmeras Alexa e F55, e o processo foi agilizado sem o uso de cabos.  Da Globo, o roteirista Mauro Wilson, afirma que vive um momento em que a criação está indo para a mão da criação.   “Sabemos trabalhar com orçamento. Às vezes um episódio pode durar um mês para ser escrito.” Wilson acrescenta gosta mais de trabalhar em   seriados menores de 12 episódios, o que pode originar temporadas se a série tiver sucesso de audiência. Para ele, a ‘Grande Família’, com 496 episódios é um caso à parte.

Séries sofisticam produções brasileiras

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P 20 Reportagem>>

A Direção de Fotografi a no Cinema Documentário provocou  os cinematografi stas e diretores de cinema a falarem do que consideram essencial ao fazer documentários. Independente do modelo de câmera, a ergonomia do equipamento faz diferença quando os planos são feitos com as mãos em documentários. Para o Jacques Cheuiche, diretor de Fotografi a, o olho do diretor acaba sendo o do cinematografi sta que deve estar muito afi nado com ele para mostrar o que o diretor pretende. Cheuiche conta que as “câmeras de 16 mm encaixavam na gente”. Ele teve um modelo (Tom) com o qual fi lmou 20 anos. Para ele, hoje em dia, os equipamentos viraram uma prateleira de coisas, que não encaixam mais. Um dos fi lmes recentes feitos nessa toada de “equipamentos que se encaixam”  é o documentário  20 centavos de  Tiago Tambelli. “O Brasil não tem documentaristas que acompanham movimentos sociais”, diz referindo-se ao cubano Santiago Alvarez, que acompanhou movimentos sociais ao redor do mundo.  Para Tambelli o documentário perdeu em ergonomia.  “Não se pensa na indústria cinematográfi ca e em câmera de ombro. A ergonomia é um fator fundamental”, exclama aos fabricantes. Por sua vez, Jorge Bodanzky, diretor de Fotografi a e diretor, afi rmou que a liberdade de utilização de câmera e utilização sempre o fascinou.  Tudo era proibido. Ele precisava fazer rápido quando começou na época da ditadura. Assim fez com “Iracema”, durante a  construção da Transamazônica. Com uma equipe mínima e uma câmera mínima, Bodanzky busca diminuir a distância ao mínimo entre ele e o objeto.O documentário não deve ser uma tese. Esse foi o destaque de Paulo Sacramento, diretor, produtor e montador, que participou de “Prisioneiro da Grade de Ferro”. Para ele é preciso haver um risco calculado no documentário. “A fotografi a é uma técnica, quase uma ciência com uma racionalização que outras áreas não conseguem.”Sacramento busca um

convívio, uma interação entre direção e fotógrafo - como se fosse em uma banda - para entender e tentar prever como a equipe trabalha quando é preciso lidar com o imprevisível.  Em Prisioneiro (...) a equipe só pode começar a fi lmar para valer depois de 2 a  3 meses de interação entre as equipes e presos. A contribuição de Marcelo Machado, diretor, foi elogiar os defeitos que podem ser usados como linguagem. Foi o que ele fez em Tropicália, seu último trabalho. Ele usou restauração de matrizes e defeitos dos arquivos armazenados em diferentes mídias como linguagem. “O fi lme ganhou retrato de época com os defeitos. A atitude fotográfi ca esteve no centro do fi lme”, afi rmou.  Em Eletroagentes, a equipe usou rastros de luz (problemas de luz) quando carros passavam pela estrada para contar o desaparecimento das sete quedas de Itaipu.

Direção de fotografia no cinema documentário em debate

Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão

Na segunda tarde da Semana ABC, Brent Ramsey, diretor de Fotografia e assessor técnico da Canon dos EUA no desenvolvimento de produtos e treinamento de profissionais, apresentou as câmeras da companhia para cinema profissional. De acordo com Ramsey, a Canon vem sendo cada vez mais utilizada nas produções apresentadas no Festival Sundance. De 2013 para 2014, o percentual de produções que utilizaram a marca saltou de 12,5% para 21%. E de 2014 para 2015, o percentual foi de 20% para 28%. Para ele, a sua qualidade está calcada na fabricação de seus próprios sensores, processadores e codecs.Um dos novos modelos apresentados é a XC-10, caracterizada por ser compacta. Seu controle pode ser feito na ponta dos dedos na tela, suas lentes são integradas, além de contar com detecção de face, ela possui a função dual pixel AF.Outra máquina é a EOS C100: ergonômica, possui conexão fácil com Wi-Fi. Seus botões permitem sua operação no escuro. Sua resolução é de 8MP, com sensor 4K. Nos EUA, a CBS tem 30 dessas câmeras. Por seu turno, a C300 possui um novo codec de gravação XF-AVC,

conta com wide dynamic range, HDR e grava em 4K. Seu sensor tem 8,85 megapixels, processador Dual Digic DV5 e tecnologia para redução de ruído.

A nova XC-10 foi um dos modelosapresentados pela Canon

Canon C300 MKII e XC-10

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Estado da arte em tecnologia audiovisualChurch Tech Expo e Panorama Show reúnem mais de 7 mil profissionais de todo o país em busca de novas tecnologias, atualização profissional e negócios. Veja nesta edição a primeira parte da cobertura.

Entre 27 e 29 de maio de 2015, os eventos Church Tech Expo e Panorama Show entraram no calendário dos profissionais de audiovisual, fabricantes de equipamentos, membros de

igrejas e ministérios e aficionados por tecnologia como um novo ponto de encontro para trocar conhecimentos e realizar negócios. Durante os três dias, sete mil visitantes conheceram as propostas de 187 fabricantes nacionais e estrangeiros, distribuídos por 90 estandes no São Paulo Expo, zona sul da capital paulista. As 66 sessões de debates, workshops e painéis, reuniram mais de mil congressistas em 100 horas de programação. Templos, igrejas e espaços ecumênicos são ambientes para reflexão, celebração e elevação do pensamento. Ao selecionar e utilizar

corretamente equipamentos de áudio, vídeo e iluminação, é possível valorizar estes sentimentos e emoções. Da mesma forma, por meio da internet e da televisão são criadas novas pontes de comunicação com os fiéis. Assim, o evento apresentou aos líderes religiosos e equipes de apoio um leque de recursos tecnológicos para melhorar a qualidade e ampliar o alcance da mensagem que desejam transmitir.As sessões do congresso contaram com espaço para debates sobre acústica, dimensionamento dos sistemas de amplificação, escolha de microfones e câmeras, mixagem de som, softwares de edição, gravações em HD e 4K, drones, automação e integração de telas e projetores, cenários virtuais, seleção de câmeras e transmissão de áudio e vídeo por redes tradicionais e IP. PA

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Na primeira edição da Church Tech Expo, feira com o melhor das tecnologias de áudio, vídeo e segurança eletrônica para templos, igrejas, locais de pregação e adoração, a Panasonic

mostrou demonstrou opções de áudio e vídeo de alta performance. A companhia diversifica suas atividades e amplia sua atuação do broadcast para o mercado B2B. Em um estande de 104 m², a empresa exibiu a gama de completa de produtos ao setor, incluindo câmeras de broadcast, projetores e equipamentos de vídeo conferência. Durante o evento, Sérgio Constantino, gerente da área de Broadcast da Panasonic, diz que é a primeira oportunidade que a Panasonic tem de trazer outras áreas que não sejam somente a parte de vídeo. “A ideia é mostrar para o mercado que a Panasonic tem esse tipo de opção e que pode fornecer uma solução completa para o cliente.”Com segurança integrada, videoconferencia, projeção e câmeras de um mesmo fabricante, o cliente dispõe de uma solução completa em termos de recepção e transmissão de sinais. Com isso, a Panasonic vai além da parte de consumer, e entra na parte profissional com uma força não só em broadcast, mas em segurança, videoconferencia e projeção.“Queremos inovar neste segmento, mostrando a expertise da companhia no setor de áudio e vídeo. Ampliar as vendas em B2B é um dos focos globais da Panasonic, por isso participar deste evento será de grande

importância para os nossos negócios”, afirma Sergio Constantino.

Foco em B2BA Panasonic propõe uma solução de sistemas integral, que vai além do broadcast, passando por projetores, PBS (telecomunicações) e comunicações a distância (CFTV). Para broadcast, há uma solução de sistema de codec de estúdio - sistema de câmera, câmera de estúdio, switcher e câmera com controle remoto. De acordo com Hideya Amano, gerente de Vendas sênior da Panasonic, a companhia está mudando a direção do negócio do consumidor para B2B. “Queremos contribuir para o usuário B2B”, destaca.Para um novo mercado como o de igrejas, a Panasonic dispõe de soluções que vão além do consumer. “Para nós foi uma oportunidade de mostrar essa linha de produtos para um novo público”, destaca Constantino. Hoje sabemos que a igreja é mais do que um templo. Os espaços religiosos ganham cada vez mais tecnologia e agora transmitem imagens dos cultos para os fiéis. Hoje uma igreja tem um fluxo semelhante ao de uma TV. Algumas igrejas possuem uma infraestrutura maior, com mais equipamentos do que uma emissora de TV. Na Record, 10 horas de programação são geradas pela igreja. Eles têm um fluxo contínuo de produção de

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Panasonic mostra novidades em áudio e vídeo Panasonic amplia atuação e mostra a diversificação de suas atividades

Panasonic diversifica suas atividades e amplia sua atuação do broadcast para o mercado B2B

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12 horas. “Não estamos mais falando de uma igreja, e sim de uma central de produção. Eles não podem parar e têm um público até na TV a cabo”, exemplifica o executivo. Entre os canais fechados, a Canção Nova é outra emissora religiosa com fluxo semelhante ao da Record, mas com o alcance dos que assinam a TV a cabo.Potenciais clientes que usam grandes infraestruturas compõem um grande mercado potencial. Como eles há muitos outros espalhados no Brasil. “A Church Tech Expo traz uma grande expectativa para nós porque estamos conseguindo trazer todos para um ponto de convergência e falar com todos os públicos ao mesmo tempo”, elogia o gerente da Panasonic no Brasil.No mercado, o broadcast tradicional abre espaço para outras tecnologias como o streaming, transmissão pela internet, o que amplia a possibilidade de programas e de público. Hoje o leque de tecnologias que se pode trazer para esse mercado é muito grande. Não se depende mais de um tipo de transmissão via satélite ou TV aberta. Esse tipo de divulgação pode ser feito via internet.

Novas tecnologiasUm dos destaques foi a câmera sobre trilhos VisionTrack. Nesse sistema, a câmera recebe energia através do trilho, o que dispensa fios e através de conectividade wireless o usuário pode controlar a câmera, permitindo facilidade da instalação e operação do sistema. O grande diferencial dele é não utilizar nenhum tipo de cabo para fazer a movimentação de sistemas. Deste modo, vídeo e dados são transmitidos por ondas microondas. Pode ser colocado no teto ou no chão, ele independe do tipo de instalação. Trabalha na horizontal e pode fazer curvas. Outros lançamentos são as câmeras fixas, que podem transmitir sinal para diversos pontos (projeções em locais distintos). Com a AW-HE130, a captação pode ser transmitida ao vivo via streaming diretamente do equipamento, o que reduz custos, pois dispensa uso de um encoder. Também há economia na instalação e no número de cabos, pois a AW-HE130 recebe energia e dados através de um único cabo LAN. Com três novos sensores MOS de ½ polegada, a qualidade de imagem é mais precisa e rica em cores do que câmeras com apenas um sensor, mesmo em ambientes escuros. Conta ainda com estabilizador óptico de imagem para vídeos suaves e sem trepidação.Destaque fica também com a AW-HE40, que tem como benefício a aproximação de objetos em até 40 vezes, sem perder a qualidade de imagem. Assim como a AW-HE130, a AW-HE40 também recebe energia e dados através de um cabo LAN e possui qualidade de imagem mais precisa, devido ao seu sensor MOS de ½ polegada. Já a câmera de estúdio AK-HC3800 pesa apenas 3kg, o que facilita o seu transporte, e traz altas especificações que garantem imagens com qualidade, sem borrões, ruídos e com riqueza de cores em um produto de custo acessível. A câmera compacta HC-X1000, com resolução 4K Ultra High Definition, é ideal para filmagem de documentários e eventos de alta qualidade. Flexível no que se refere aos formatos de gravação, a câmera permite ao usuário gravar com frame rate de 24p, 30p ou 60p e gravar no formato Full HD em múltiplos codecs, o que facilita a importação nos softwares de edição. Conta também, com três anéis manuais e dois canais de áudio com terminais de entrada XLR, que garantem a entrada de microfones profissionais. Além da lente LEICA Dicomar, considerada de alto rendimento por possibilitar a produção de imagens nítidas, há um novo sensor BSI, que oferece maior velocidade de leitura e controle de grandes volumes de informação a 60fps/50fps (frames por segundo). E a tecnologia Crystal Engine Pro 4K, que processa o elevado volume de dados filmando com rapidez e precisão, mesmo com imagens em movimento e com pouca luz.

Panasonic vai além da parte de consumer, e entra na parte profissional com uma força não só em broadcast, mas em

segurança, videoconferencia e projeção

VisionTrack : câmera recebe energia através do trilho. Sistema dispensa fios e usufrui da conectividade wireless

Hoje uma igreja tem um fluxo semelhante ao de uma TV. Algumas igrejas possuem uma

infraestrutura maior, com mais equipamentos do que uma emissora de TV

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Jornalismo e produçãoA participação da Panasonic no primeiro dia do Congresso Panorama Audiovisual, durante a Church Tech Expo, detalhou a evolução tecnológica promovida pela empresa nas últimas décadas. Foram destacadas as soluções de captação, o avanço no processo de gravação trazido pelo formato P2 e a parceria de mais de 20 anos com a OBS, entidade que promove os Jogos Olímpicos. Patrocinadora dos Jogos Olímpicos desde a década de 1980, a Panasonic também fornece equipamentos de projeção para a Olímpiada de 2016, além de outras soluções de áudio, vídeo e segurançaSérgio Constantino, gerente Comercial da empresa, relembrou que a Panasonic já deu suporte à operação de 11 transmissões olímpicas e trabalha continuamente com os detentores dos direitos de transmissão nestes eventos. Também ressaltou as mais de 350 mil unidades vendidas dos equipamentos compatíveis com a tecnologia P2, largamente adotada nos segmentos de jornalismo e produção. Na linha de câmeras, um destaque foi a câmera AG-DVX200, lançada a pouco mais de um mês, e que pode captar HD e 4K a 60P. Outro modelo apresentado é a AJ-PX380, uma camcorder de ombro capaz

de se conectar a múltiplas redes de dados, para transmissão ainda durante a gravação ou logo após ela ser fi nalizada.

Projetores a laserUm dos projetores da Panasonic é o Space Player (PT-JW130), voltado para instalações corporativas, museus, restaurantes ou aplicações que precisem de um desenvolvimento que não seja convencional. Exclusivo da Panasonic, o equipamento projeta vídeos e imagens sobre, ou ao redor, de um objeto. O equipamento não ocupa muito espaço nos ambientes e permite iluminar ou projetar.Voltada para varejistas, lojas, restaurantes ou museus a solução pode ser adaptada para uma iluminação especial no ambiente, em vitrines ou projeções de menu, por exemplo. O equipamento pode projetar informações em uma mesa em um jantar patrocinado, por exemplo.Compacto, leve, pequeno e fácil de instalar e desinstalar, o projetor pode ser movido de lugar sem difi culdades. Sua funcionalidade pode ser visualizada em um restaurante da companhia no Centro da Panasonic em Osaka. Outros produtos em demonstração incluíram vídeo conferência para até 10 pontos, câmera de segurança com resolução 4K, projetores profi ssionais e PABX. PA

AW-HE130, a captação pode ser transmitida ao vivo via streaming diretamente do equipamento, o que reduz custos, pois

dispensa uso de um encoder

AG-DVX200, lançada a pouco mais de um mês, pode captar HD e 4K a 60P

Space Player (PT-JW130): voltado para instalações corporativas, museus, restaurantes ou aplicações que precisem de um desenvolvimento que não seja convencional

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Uma feira focada, com público decisor. Um marco do DOOH na América Latina.

27 e 28 de agosto de 2015august, 27th and 28th, 2015

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Eventos ao Vivo: captação de imagens, reprodução do sinal e transmissão de eventos pela internet no

site que o cliente desejar

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Com equipamentos próprios, a igreja tem a necessidade de renovar esse parque tecnológico para suas transmissões pela TV ou web. A Eventos ao Vivo mira esse mercado oferecendo um serviço

completo. Com ele, o cliente não precisa adquirir câmera, equipe, streaming, pôr o culto na internet, e pode aproveitar a infraestrutura com um número de câmeras variado, replay, GC, repórter e comentarista.Fora do Brasil, Eventos ao Vivo já atendeu toda a América Latina e Rússia. Suas transmissões são geralmente esportivas, incluindo futebol e basquete. Os equipamentos da Eventos ao Vivo incluem câmeras Sony, JVC e Panasonic, mesa de corte e switcher Blackmagic.Globo Esporte e SporTV contaram com imagens captadas pela Eventos ao Vivo, com equipamento da LiveU, de um jogo do Campeonato Carioca Sub-20 no Maracanã, além da decisão da Taça Guanabara do campeonato Sub-20 (Flamengo x Botafogo). Nessas ocasiões, a Eventos ao Vivo usa tecnologia da Teradeck e LiveU. Os dois equipamentos possibilitam fazer a transmissão a partir de chips. O equipamento da LiveU soma 13 chips de 4G, e em consequência suas velocidades e banda. Para Bruno Beloch e Marcelo Beloch, sócios da Eventos ao Vivo, a rede 4G pode atender melhor às necessidades de transmissão do que uma internet convencional, considerada mais instável. No Brasil, a contratação de internet é um verdadeiro desafi o. Sem garantia de entrega, já aconteceu de uma internet de 10 megabites ser contratada e no momento do evento só

ter 1 megabite, com picos e oscilações. Eventos ao Vivo é uma empresa de transmissão de eventos pela internet. Fazem a captação de imagens, reprodução do sinal e transmite pela internet no site do cliente, Facebook, YouTube ou onde for desejado. Para os sócios da Eventos ao Vivo, a Church Tech Expo e a Panorama Show surpreenderam positivamente. Para eles, o evento só tende a crescer. http://eventosaovivo.com/ PA

Serviço de transmissão completo Eventos ao Vivo cuida de todo o fluxo detrabalho para TV

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Câmera 2 costuma trabalhar para emissoras de TV em 99% das ocasiões, mas também grava DVDs e transmite eventos de todos os tipos e também religiosos

O que diferencia as unidades móveis da Câmera 2 é a quantidade de câmeras que pode ser de uma, duas, cinco ou oito

Câmera 2: Unidades móveis completas

No começo, a Câmera 2 era uma locadora de equipamentos. Ela abriu um braço diferenciado no campo de transmissão montando um carro SNG para fazer transmissão via satélite.

Depois evoluíram para a produção do sinal do carro além da transmissão. Jorge Delgado Saluh, administrador da Câmera 2, conta que nesse ponto surgiu a filosofia da unidade móvel junto com a unidade de transmissão. A Câmera 2 fez as duas coisas em um único carro, o que é o diferencial da Câmera 2 no mercado. “Introduzimos esse serviço no mercado de unidade móvel e uplink juntos em um mesmo carro”, conta Saluh. Ao todo, a Câmera 2 possui quatro unidades móveis, e continua com locações.Essa unidade virou até mais importante que a primeira atividade da empresa - aluguel de equipamentos usados por pessoal de TV e cinema. Esse outro lado acabou tendo uma demanda diminuída uma vez que o custo das câmeras baixou e a locação acabou sendo menos procurada. “Alguns produtores julgaram ser interessante não alugar, uma vez que uma câmera, por exemplo a US$ 2 mil, dispensou o aluguel”, diz Saluh. Coincidência ou não, nessa época, a Câmera 2 já estava “navegando” em outro mercado.O jeito “móvel” de transmitir notícias já vem sendo utilizado e pode retrair o mercado de unidades móveis. Contudo, a tecnologia para transmissão com mobilidade, infraestrutura e baixo custo na hora de transmitir notíciais a um baixo custo ainda é incipiente. “Essas soluções de baixo custo ainda são falhas porque o Brasil tem uma internet ruim. As empresas top de broadcast só estão partindo para essa solução porque é uma questão de custo porque ainda é uma tecnologia muito incipiente num País com uma internet não muito legal e muitas questões ainda não resolvidas. Fazer uma entrada ao vivo de um carro ou de um mochilink não é a mesma coisa. Enquanto o delay do mochilink chega a 20 segundos, o

do carro é de 2 segundos. Não dá para comparar um mochilink de US$ 300 com uma unidade móvel de US$ 1 milhão”, explica Saluh. Na unidade móvel, encontra-se confiabilidade, robustez e sinal descomprimido. Onde há uma tranmissão, há uma unidade móvel. A Câmera 2 costuma trabalhar para emissoras de TV em 99% das ocasiões, mas também grava DVDs e transmite eventos de todos os tipos e também religiosos, como um recente do Estádio São Januário. Há pouco, a Câmera 2 uma limpeza de sinal da Band para a ESPN no Allianz Parque (Arena Palestra). Assim, o locutor e o repórter de uma emissora “eram limpos” para o sinal pudesse ser aproveitado pelo outro canal. Outra participação da Câmera 2 foi no programa Encontro com Fátima Bernardes com uma câmera na rua. O que diferencia as unidades móveis da Câmera 2 é a quantidade de câmeras que pode ser de uma, duas, cinco ou oito. Quando se acrescenta câmeras, além dela há todo o seu entorno e equipamentos de suporte. Quando o evento exige grandes distâncias de cabo, a equipe da Câmera 2 acaba aumentando como em jogos de futebol, o último no Allianz. Cada câmera trabalhou com três assistentes.A iluminação dos eventos também é atendida pela Câmera 2 com os equipamentos de seu setor de iluminação. Cada emissora tem seus próprios padrões de iluminação e temos que estar preparados. “Temos materiais complementares para cada unidade móvel e para cada tipo de contratação”, destaca Saluh.

SucessoA Câmera 2 trabalha com Sony, Immagine, ClearCom, Fuji, Canon, Satler, Shure, Senheizer, For A, AVP, Canari, Belden, EVS, Cumens (energia), Yamaha e TV Logic. Sobre a Church Tech Expo, Saluh a considera uma feira de broadcast. “Já é um sucesso no primeiro ano pelos expositores e público”, elogia. PA

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Efeito multiplicador Cabos com multipares de fibra óptica estão entre os produtos mais populares da Nemal

O lançamento levado pela Nemal para a Church Tech Expo e Panorama Show foi uma linha completa de multipares de fibra óptica, muito utilizada nas mesas de áudio digital. Esses

multipares abrigam dentro de uma mesma conexão de dois a quatro pares de fibra. As mesas de som dos maiores fabricantes permitem uma multiplexação de sinal, na qual a única fibra pode levar 36 canais ou 90 canais. Na fábrica brasileira, a Nemal produz os coaxiais e os multipares de áudio, com fibras são importadas ou nacionais. Carlos Heckmann, diretor de Vendas da Nemal do Brasil, considerou a Church Tech Expo um evento muito positivo, com um número expressivo de pessoas. “É um público diferente, que muitas vezes, está a procura de uma solução que ainda não havia encontrado. Como podemos customizar cabeamento e desenvolver a solução, eles gostaram dessa capacidade em oferecer uma solução em interconectividade desde o cabo, o conector até o processamento de sinal.” A Nemal pode fornecer somente o material, fazer a instalação, ou mesmo a engenharia para o projeto, com interligação para a câmera e equipamento desejados.A Nemal fabrica cabos para levar sinais eletrônicos para áudio e vídeo. Dispõe também de fibra óptica,e fornece infraestrutura de templos ou estúdios para sonorização. Entre os cabos disponíveis estão multipares de áudio, cabos de microfone, de linha para instalação fixa atrás dos racks, cabos de vídeo para transmissão de imagem, cabos para câmeras - cabos coaxiais, de 26 pinos, de fibra óptica para as câmeras SMPTE.

Longas distânciasMesmo sendo fabricante de cabos, a Nemal dispõe de produtos que funcionam via wifi ou fazem o tráfego de sinal HD em uma distância de 25 metros a 50 metros. A partir dessa distância,Heckmann esclarece que o cabo é o meio mais apropriado para transmissões. “Grandes distâncias pedem cabo pela robustez da solução e pela segurança da conexão. Em uma cidade como São Paulo, com um adensamento de frequências muito grande não é viável depender somente do WiFi”, diz Heckmann.Entre os cabos da Nemal, a linha mais popular é a de fibra óptica e de cabos de vídeo. Os cabos de vídeo permitem embedar o sinal de áudio no mesmo coaxial que o vídeo. Vídeo e áudio podem ser transmitidos juntos em uma infraestrutura única ou o coaxial pode ser usado para transportar o sinal de áudio. A fibra pode transmitir áudio, vídeo e dados, não tem interferência eletromagnética, não sofre perdas e as distâncias que podem ser percorridas são 10 vezes maiores que um cabo convencional. Dependendo da aplicação e do transmissor, ele pode chegar a 1 km de distância. Alguns coaxiais já chegam no limite em 300 metros.No segmento de igrejas, são usados os multipares de áudio ou multissom, uma vez que os sistemas de áudio predominantes são analógicos. Também são usados os cabos de vídeo e os cabos de câmera. As câmeras são posicionadas dentro dos maiores templos do Brasil com triaxiais e cabos de 26 pinos nas igrejas menores. “Algumas igrejas já têm câmeras SMPTE, de fibra óptica, que não deixam nada a desejar em muitas emissoras. Há igrejas que possuem mais câmeras do que emissoras”, destaca o diretor da Nemal. PA

Nemal: linha mais popular é a de fibra óptica e de cabos de vídeo

Nemal sugere usar cabos em distâncias maiores do que 50 metros para manter a qualidade do sinal

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AS UNIDADES MÓVEIS DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO QUE CONQUISTARAM O MERCADO.

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A Câmera 2 ao longo dos últimos anos realizou mais de 2000 eventos com suas unidades híbridas (SNG com câmeras) para as mais conceituadas emissoras de televisão do Brasil.

Com uma equipe técnica especializada e experiente, estamos presentes nos mais importantes eventos esportivos, musicais, jornalísticos e de entretenimento.

Nossas unidades de transmissão são configuradas para atender com 01, 02, 03 ou até 10 câmeras.

Estamos preparados para realização de eventos com qualquer grau de complexidade.

Equipamentos de última geração e uma equipe altamente qualificada tem sidoo nosso diferencial.

Entre em contato conosco.

www.camera2.tv(21) 2147-6779

atendimento:

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Broadmedia foca em streaming e link ao vivoDistribuidora da Teradek facilita transmissão em streaming ao vivo de qualquer lugar

No Brasil, a principal linha de produtos da Broadmedia são os transmissores da Teradek, marca da qual são distribuidores e integradores no País. Soluções de streaming e link ao vivo

ficam por conta do Teradek Bond. O foco da Teradek é transmitir em streaming ao vivo de qualquer lugar usando conexões 3G, 4G, wireless ou ethernet. Seu produto é um encoder, o sinal de vídeo passa por ele e depois é enviado para o Livestream ou outros sites de streaming.O sinal (HD, SD, HDMI, SDI) é processado e comprimido e assim pode ser enviado para ser transmitido para sites como Livestream, Ustream, YouTube Live. Em outro ponto, pode haver como opção, um decoder online remoto para receber esse sinal que está chegando. Deste modo, a Teradek não é um concorrente da Livestream, e sim uma parceira.Um dos pontos um equipamento pode estar ligado a uma câmera, com seis modens 4G conectados, e em outro ponto, que pode ser uma estação de TV, pode haver um decoder. Um jornalista pode entrar de qualquer lugar do mundo a partir de uma conexão 4G. Outra aplicação da tecnologia poderia se dar em igrejas que desejam transmitir culto ao vivo ou algum evento externo, com envio de imagens pela web. “Todas as outras soluções são grandes e consomem muita energia, ao contrário da Teradek”, compara Iuri Jainan, gerente de Engenharia da Broadmedia. Todo o processamento é feito pelo hardware em um chip e não há um computador, como a maioria dos equipamentos. O hardware é dedicado a fazer essa conversão.Deste modo, o sinal da câmera é enviado ao chip, que o transmite para um servidor na nuvem ou no próprio local onde será recebido o sinal. Daí em diante o sinal pode ser transmitido pela web ou pode ser decodificado pela Teradek para estar disponível na outra ponta remota.Jainan conta que a solução é tão popular que toda a rede do SBT utiliza o Teradek Bond para fazer link de jornalismo usando 4G, assim como afiliadas da Rede Globo, Rede Record, Rede TV, além da Rede TV e SBT de São Paulo. No final da Copa do Mundo foi feito um link

ao vivo com repórter de Berlim para o SBT São Paulo. Durante a Copa América do Chile,o Teradek Bond será o equipamento utilizado na pelo Esporte Internativo. Outras transmissões da Polônia e Alemanha pelo Esporte Interativo contaram com o Teradek Bond, recentemente.Uma das principais vantagens do Bond é o padrão de compressão profissional, o MPEG 4, utilizado nos melhores encoders do mundo, com padrão de compressão H264. Uma solução com esse padrão de processamento permite a integração com equipamentos de outros fabricantes que trabalhem com o mesmo padrão de streaming. A fábrica já trabalha em um novo hardware com o H265, um novo padrão de encoder para transmitir vídeo com maior qualidade em uma banda menor. O Teradek Boat elimina o uso de cabo da câmera a partir das saídas SDI e HDMI, com transmissão e recepção wireless de sinal HD. Ela vira uma câmera móvel em uma distância de até 600 metros sem delay. O equipamento não tem compressão e trabalha com modulação digital (COFDM). O Teradek Boat está disponível nas versões: 300, 600 e 2000. A diferença dentre eles é o alcance que varia entre 90 metros, 200 metros e 600 metros, respectivamente.Jainan explica que em um show, se o corte da câmera for feito de uma outra solução de câmera com compressão, por mais que seja pequena, a diferença do áudio será percebida assim como a boca do cantor que está gesticulando. “Fica como se fosse um erro na transmissão. Com o Boat isso não acontece. O áudio estará sempre alinhando com o vídeo.” Outra aplicação do equipamento é monitoração remota por produtoras de vídeo e cinema.O público da Church Tech Expo e Panorama Show superou as expectativas de Jainan em termos de volume de pessoas e diversidade de atuação. “Esperava que o público fosse mais de igrejas e produtoras, mas estou vendo muita gente de televisão também. Nós temos solução para todos os públicos.” PA

Presença na Church Tech Expo: Broadmedia tem como principal linha de produtos os transmissores da Teradek

Teradek Boat: na linha de frente dos equipamentos para apresentações e shows

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As novas fronteiras da produção edistribuição de mídiaAlém de fornecer áudio e vídeo, firma faz integraçãocom diversos fabricantes

A melhor solução para a necessidade do cliente. Essa é a missão da BSS|COM, uma integradora sediada em Barueri (SP), focada no mercado corporativo e aberta a fornecer tecnologia para igrejas.

A BSS atua desde o desenho do projeto, vende os ativos necessários, executa e faz o suporte de manutenção da pós-venda dentro de três nichos: audiovisual profissional, tecnologia da informação e serviços especializados.Cristian Miranda, diretor da BSS|COM avalia que sua expectativa é boa em relação a Church Tech Expo e Panorama Show. “O público é adequado para a proposta da feira. Vejo clientes em potencial e gente interessada no negócio. Não é só um público que veio conhecer tecnologia. É um público que veio buscar solução para implementar”, garante. Ele destaca a diversidade no segmento religioso. “Não é um País polarizado, e sim com um sincretismo religioso. Igreja Adventista, Renascer, Assembleia de Deus, Mórmon, católicos: pude conversar com todos”, diz. A BSS|COM atende necessidades específicas de tecnologia. Além de fornecer áudio e vídeo, faz integração com diversos fabricantes. Bose é o principal parceiro da linha de áudio-pró com caixas de som e amplificadores; seguida da Shure, um dos principais desenvolvedores

mundiais de microfones; da Cassio, por seus projetores; como também LG, Samsung, voltadas ao middle user e até mesmo Christie, com soluções mais sofisticadas.Miranda conta que o foco da empresa sempre foi o mercado corporativo. A participação na Church Tech Expo foi a primeira ação no mercado religioso. Um dos cases de destaque da BSS foi a Eletropaulo em São Paulo, que contou com o projeto de áudio e vídeo do auditório e sala de reuniões, além de implementação e suporte. PA

BSS|COM fornece áudio e vídeo e faz integração com diversos fabricantes

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Duplic mostralançamentos da DatavideoRevenda oficial da Datavideo elabora projetos, dá orientação e treinamento

Duplic Áudio & Vídeo é a revenda oficial da Datavideo para Campinas e Região, além de vender e locar equipamentos. Após a divulgação no NAB Show, a Duplic trabalha com

lançamentos da Datavideo, sendo os principais: o SE700 da, SE1200 e a câmera robótica PTZ120. O SE1200 recebe o sinal de seis câmeras, quatro SDI e dois HDMI, e opera com um teclado virtual, podendo um tablet fazer o corte. Não trabalha em PC. O processamento acontece na unidade física dele. Pode-se operar à distância. O equipamento pode estar em uma cidade e o diretor de corte em outra. Equipamento de entrada e de baixo custo. Já o SE700 é um switcher tradicional, em Full HD, que recebe o sinal de quatro câmeras e de baixo custo.Por sua vez, a câmera robótica PTZ120 é uma Full HD fixa que pode ser operada à distância por um joystick.

Church Tech ExpoMauro Roberto Pereira, diretor da da Duplic Video de Campinas, conta que é a primeira vez que participam de uma feira junto com a Datavideo. “O resultado foi muito bom. Os clientes estavam focados no que precisavam e procurando a solução que a Datavideo oferece para as igrejas.” Para Pereira, a época é de mudança. “Algumas instituições têm os sistemas antigos e outras não têm nada ainda. Eles querem transmissão para internet e a Datavideo tem essas soluções básicas e até mais complexas.”

O diretor da igrejas Duplic Video de Campinas diz que as instituições que continuam no sistema analógico estão trocando equipamentos e câmeras e mudando para o HD digital. “Esse é parte do público. A outra parte não tinha nada e está começando a entrar na transmissão e quer estar na internet. A Datavideo tem essas soluções bem práticas.”Focados no interior de Campinas, agora a Duplic amplia seu espaço de atuação. Um dos seus trabalhos foi o de locação de equipamentos para a Festa do Peão de Americanas, assim como eventos corporativos da Electrum. Parceiros das produtoras, a Duplic entra com equipamentos e profissionais free lancers, quando solicitada.Sua atuação se dá em convenções de igrejas como a Quadrangular, Adventista e Assembleia de Deus. “Temos um histórico de atender o público de igreja. Mandamos equipamento e técnico que deixa toda a instalação pronta”, conta Pereira. Para o diretor da Duplic, a internet é o maior desafio na hora de fazer uma transmissão para igreja. A empresa foca em vídeo. Cuidados no conexão de cabos e conversões. A Duplic trabalha com vendas e locações dos equipamentos. O cliente solicita o projeto, e recebe orientação e treinamento. Existe a divisão de locação de equipamentos - para igrejas, corporativo, escolas, universidades -, onde entram as soluções da Datavideo: mesa de corte, gravação, streaming para internet e câmeras. A Duplic tem todas essas soluções. Já os equipamentos da Sony e Panasonic são vendidos e locados. PA

Duplic vende e loca equipamentos. O cliente solicita o projeto, recebe orientação e treinamento

Atuação da Duplic se dá em eventos e como prestação de serviços para produtoras, empresas e igrejas

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Um dos lançamentos da Energia é uma bateria com o mesmo peso e volume, só 15% mais potente e pelo mesmo preço. Para chegar a esse resultado, as células internas ganharam

mais qualidade. Deste modo, a BPL 130 passará a se chamar 150 e a 190 vai se chamar 230 porque aumentou em 15% a potência. Além das baterias, a Energia dispõe de uma linha de equipamentos de iluminação - COB, painéis e fresnéis (luminárias com lentes que ajudam a concentrar e ajustar o foco da luz). Antes de lançar novos modelos de equipamentos para 2016, a Energia busca sedimentar alguns fundamentos na hora de iluminar como o Chip on board (COB). A tecnologia utiliza um chip para substituir dois painéis de LED. “Conseguimos concentrar em um área pequena uma intensidade de luz equivalente a dois painéis. Esse é um salto no formato de iluminar. O COB é certamente um formato de luminárias que irá predominar”, antecipa Ricardo Kauffmann. O outro salto de qualidade se deu na qualidade do LED que acrescentou mais cores à luz gerada, aumentando a fidelidade. “Saímos de um nível de 70% a 80% para acima de 95% de fidelidade da luz. Isso significa que a luz que emitimos tem de até 98% de fidelidade de todas as cores. Independente do que está na cena a nossa iluminação vai reproduzir uma imagem fiel”, explica Ricardo Kauffmann. Sem uma alta fidelidade as cores ficam menos intensas ou desbotadas. Sem uma iluminação adequada, a câmera pode ser a melhor, mas a reprodução das cores ficaráprejudicada.

Baterias ganham mais potênciapelo mesmo preçoEnergia aumenta em 15% a potência das baterias BPL

O LED e a lâmpadaJá que o LED é mais caro que a lâmpada, o desafio da Energia foi fazer uma luminária de LED mais barata que uma luminária de lâmpada. “O projeto de luminária da Energia é cuidadoso e procura economizar aonde pode e gastando os recursos aonde deve”, pontua Kauffmann. O material empregado nas luminárias é o alumínio praticamente indestrutível, que acompanha a ideia de durabilidade do LED. “É muito importante desenvolver equipamentos, e mais importante ainda que esses equipamentos sejam usados por um número considerável de pessoas”, destaca.O único limitador do LED está na intensidade, aonde a lâmpada ainda consegue se destacar. “É fácil fazer uma lâmpada forte, mas difícil fazer um LED forte. O desenvolvimento tecnológico vai acabar nivelando essas dificuldades. Em pouco tempo teremos LEDs tão intensos quanto as lâmpadas”, observa Kauffmann. A Energia possui fábricas contratadas na China, que são visitadas pelos membros de seu escritório naquele país para controle de qualidade das luminárias.

Church Tech Expo Na avalição de Ricardo Kauffmann, a Church Tech Expo superou todas as expectativas. “O público compareceu em massa e estava muito interessado em conhecer o produto. A palestra ajudou muito porque atingiu um grande número de pessoas. Elas já vinham procurar o estande com um direcionamento de acordo com suas necessidades.” PA

Energia: iluminação é fundamental para a definição das cores da imagem

Seleção de materiais ajudou Energia a fazer uma luminária de LED mais barata que uma luminária de lâmpada

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O custo da preservação de mídiaDebate sobre gerenciamento de mídia discute os desafios e oportunidades geradas pelapreservação de conteúdo.

Na programação de palestras da, o tema MAM (Media Asset Management) foi apresentado na forma de debate entre players de mercado e usuários da tecnologia de

armazenamento de mídia com a finalidade de preservação do acervo.Participaram deste painel Giulio Breviglieri (Gerente de Operações e Manutenção da EPTV), João Paulo Quérette (CEO da Alfred), Igor Tonini (Engenheiro de Soluções de Pré Vendas da Quantum), Waylton Batista (CEO da Next TV) e Gilvani Moletta (Diretor Técnico da TV Cultura de São Paulo).Giulio Breviglieri, da EPTV, emissora que retransmite a programação da Rede Globo na região de Campinas e outros, destacou que a produção local é composta por dois telejornais no fim de semana, além das edições diárias de programas jornalísticos da Rede Globo em três horários.Ele falou sobre os desafios ligados à tecnologia que estão cada vez maiores, graças aos novos tipos de transmissão que surgem no mercado, como TV por assinatura, vídeo on demand, streaming

por Eduardo Boni

e OTT. Esses novos meios apontam qual será o caminho do audiovisual. Conforme lembrou Breviglieri, a internet, que antes era considerada uma ameaça à TV, hoje é vista como um novo meio de distribuição.“As duas tecnologias convivem, pois uma das novas tendências é assistir a programação de internet na tela grande dos televisores. Nesse cenário, a produção de conteúdo se torna um grande desafio para as emissoras. A maior preocupação hoje em dia é produzir e administrar o conteúdo, que deve ser pensado de forma a atrair a atenção do telespectador e para ser distribuído e exibido em múltiplas telas”.

Novo ambiente de TV e o resgate históricoO executivo lembrou que a infraestrutura IP e as tecnologias cada vez mais conectadas permitiram que o celular se tornasse um gerador de conteúdo potencial. TV. Como resultado, temos o aumento no número de produtores e distribuidores de

“Temos um acervo muito rico e, no passado, passamos por algumas tentativas de digitalização, mas em mídias não tão amigáveis. O grande desafio é conseguir um sistema de digitalização que se perpetue e que não torne a emissora refém de formatos de mídia”, detalhou Gilvani Moletta, Diretor Técnico da TV Cultura de São Paulo

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conteúdo. Por isso, os equipamentos de produção precisam oferecerdiversas possibilidades dentro dos estúdios de TV.“O MAM é uma ferramenta essencial nos dias de hoje. Ele nos permite agregar todo esse conteúdo e administrá-lo de forma mais eficiente. Como ele é possível colocar as imagens dentro do fluxo de produção, desde a sua a chegada até a exibição, além, claro, de organizar um acervo de fácil acesso para consultas futuras”.Em outro ponto da palestra, Breviglieri falou sobre o acervo histórico das emissoras e usou como exemplo canais que têm programação exclusiva de programação antiga, como o Canal Viva, no Brasil.“A história da televisão é contada e guardada nos acervos das emissoras. Ainda não temos um modelo amadurecido sobre o que se fazer com o acervo, mas o Canal Viva mostra a importância da preservação de acervo. É um canal que trabalha exclusivamente

com a manutenção do acervo de programas de grande sucesso. Se esse acervo não tivesse sido preservado e não tivesse acesso fácil, seria muito difícil, senão impossível, criar uma grade de programação como é proposta por esse canal”.Ele também citou a experiência norte-americana do canal ESPN Classic, que exibe jogos antigos. “A programação é composta basicamente por jogos antigos da Liga de Basquete dos Estados Unidos e partidas de futebol de Copas do Mundo realizadas há muitos anos. É um exemplo de canal baseado inteiramente em acervo histórico que foi preservado”.Além da preservação do conteúdo, o trabalho de arquivamento e gerenciamento do acervo está longe de representar apenas um gasto extra.“Os cases do Canal Viva e do ESPN Classic são exemplos da importância do gerenciamento correto do acervo e da forma a ter acesso rápido a ele. Além disso, mostram nitidamente como o acervo de programação antiga pode gerar receita para as empresas de televisão”.No entanto, o executivo, neste novo cenário é importante contar com uma equipe técnica preparada para s novas tecnologias.“Em geral, são pessoas que vieram de um modelo antigo de emissora, com vídeo em banda base e estruturas fechadas para um mundo conectado. A nova geração está preparada para esse mercado e tem desenvoltura para trabalhar com essas novas tecnologias”, finalizou.

Desafios de produção no futuroJoao Paulo Quérette , CEO e diretor da Alfred, aproveitou o tema da palestra para falar sobre os desafios da produção digital. Quérette falou sobre um estudo feito em 2010 pela IDC, empresa de inteligência de mercado e consultoria nas indústrias de tecnologia da informação. O estudo aponta que já existem1.8 trilhões de gigabytes de informação. Ainda, segundo o estudo, o número de arquivos vai crescer 75 vezes nos próximos dez anos e o número de profissionais para gerenciar essa quantidade de arquivos deve aumentar em 50%.A enorme quantidade de geração de dados está ligada diretamente ao surgimento das novas tecnologias e, como ponto inicial dessa transformação citou o surgimento da câmera Tapeless.“O surgimento da câmera Tapeless mudou a vida dos produtores de conteúdo audiovisual em muitos sentidos. No aspecto da captação funcionou muito bem, porque eliminou a mecânica da câmera convencional. Mas, no caso do arquivamento do material foi criado um problema, uma vez que os cartões e as mídias óticas não funcionam como meios de arquivamento porque tem um custo alto por gigabyte. Ainda é preciso encontrar um meio ideal para guardar essa quantidade enorme de material”, destacou.O diretor da Alfred falou ainda sobre o aumento natural dos bytes na geração dos vídeos que as novas tecnologias, como 4K e 8K trazem para o mercado e como isso impacta no armazenamento e gerenciamento de arquivos.“As novas tecnologias multiplicam o número de pixels por quadro e também o número de quadros por segundo. No caso das câmeras slow motion chegamos a mil quadros por segundo. Para se ter uma ideia, apenas uma hora de vídeo sem compressão ocupa 9 terabyte sem uma câmera 8K, o que torna enorme o desafio de se arquivar esse material”, exemplificou.

Os formatos de mídia e o acessoQuérette falou também sobre as diferenças entre arquivamento e armazenamento. “O storage em disco é de curto prazo, de dois anos no máximo. Depois de certo tempo, esse conteúdo deve migrar para um meio com maior durabilidade, que possa ficar desligado e ser acionado através de robótica”.Na lista das melhores mídias para arquivamento de longo prazo

“A história da televisão é contada e guardada nos acervos das emissoras. Ainda não temos um modelo amadurecido sobre o que se fazer com o acervo, mas o Canal Viva mostra a importância da preservação de acervo”, definiu Giulio Breviglieri, Gerente de Operações e Manutenção da EPTV

“O storage em disco é de curto prazo, de dois anos no máximo. Depois de certo tempo, esse conteúdo deve migrar

para um meio com maior durabilidade, que possa ficar desligado e ser acionado através de robótica”, defende João

Paulo Quérette, CEO da Alfred

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estão o disco rígido (RDX), a mídia ótica (ODA) e a fita LTO. No entanto, segundo lembrou o CEO da Alfred, para cada mídia é preciso considerar aspectos como capacidade por mídia, custo por terabyte e a longevidade. “Também é preciso considerar o futuro de cada mídia. A longevidade de cada formato deve ser considerada com base em aspectos como densidade de área, já que é importante saber se o crescimento da densidade de área está acompanhando outras mídias. Em termos de volume, as densidades são muito parecidas”.O padrão de densidade das mídias, segundo Quérette, será determinante para o processo de gravação e arquivamento no futuro. E a indústria já está se movimentando nesse sentido. “Em relação à mídia ótica, a Panasonic e a Sony uniram forças para criar o sucessor da tecnologia Blu-Ray. Essa um disco ótico chamado Archival Disc, tem 300 gigabytes e deve começar a ser comercializado ainda este ano. Isso mostra que a tecnologia ótica continuará com força no mercado”, afirmou.Essa evolução atinge também o mercado das fitas. Uma das novas tecnologias é a Ferrita de Bário, componente químico que foi usado pela Fujitsu para cobertura de fitas.“Essa tecnologiapermite um crescimento grande de densidade. Com esse novo material, a Sony conseguiu colocar 74 vezes mais informação em uma fita do que era possível anteriormente. Uma fita LTO trabalhada com Ferrita de Bário conseguiu armazenar 185 terabytes”, ressaltou.Ainda sobre o tema das mídias, o engenheiro falou sobre o histórico de algumas dos mais famosos formatos do mercado e lembrou que todos, sem exceção, se tornaram obsoletos e deixaram de existir.“Qualquer mídia física, devido aos avanços tecnológicos, se tornará obsoleta. Por isso, no momento de criar um sistema de MAM, é preciso projetar muito bem a forma como será feita a migração de conteúdos. O fato dos conteúdos serem digitais facilita muito esse trabalho, inclusive para fazer múltiplos

backups que vão garantir que esse conteúdo esteja acessível o tempo todo”.

O Custo NuvemQuérette também falou sobre o uso do Cloud para armazenamento, lembrando que há muitas diferenças entre esse sistema e a mídia física e que é preciso estudar os dois cenários.Ele ressaltou que a nuvem depende sempre de um meio físico – um datacenter – para armazenar as informações. Nesse sentido, segundo Quérette, o custo de ter os produtos na nuvem, em médio prazo, é muito maior do que tê-los armazenados em uma mídia de LTO.Segundo ele, outros fatores que limitam o uso dessa tecnologia são as restrições de banda e velocidade, além da percepção de falta de segurança. “Eu tenho certeza que o futuro será a terceirização, ou seja, a nuvem. Mas, neste momento, esta não é a melhor solução para empresas que produzem muito conteúdo.No campo do arquivamento, os broadcasters e os produtores audiovisuais ainda vão escolher o seu sistema, seu meio de arquivamento e definirão suas politicas de backup e migração”.

Desempenho ao menor custoIgor Tonini, engenheiro de soluções de pré-vendas da Quantum e AD Digital, falou sobre o custo de se montar um sistema de MAM e como as soluções tecnológicas podem diminuir esse impacto financeiro para as emissora. Lembrando que o setor de broadcasting está em tempo de mudanças, Tonini destacou que é preciso armazenar, proteger e preservar utilizando diversos equipamentos.“No conceito de End to end workflow, o armazenamento tem de ser superior ao storage e a mídia. Ele deve abranger todo fluxo de trabalho de uma ponta a outra, desde o nascimento da mídia até o ingest da imagem, passando pelo processamento, adição de efeitos gráficos, distribuição de conteúdo e armazenamento. É preciso lembrar que, assim como o meio de armazenamento muda, o meio de distribuição de conteúdo também se modifica”, concluiu o palestrante.

Arquivando para ganhar Conforme destacou Tonini, o processo de arquivamento vai muito além de manter prateleiras lotadas de material antigo. Tornar esse processo automático economiza tempo e dinheiro.“Quanto mais rápido conseguimos proteger, arquivar e acessar um conteúdo de interesse, maior o sucesso do sistema de gerenciamento. Temos um conceito interno fortemente ligado ao desenvolvimento de patentes e tecnologias para o futuro”.Assim como outros palestrantes, ele também falou sobre os meios de armazenamento, que vão desde disco primário e secundário, mecanismos de arquivamento e cloud.“São diferentes meios de armazenamento que são acessados através de mudanças no fluxo de trabalho. É importante que o usuário decida qual será o melhor meio de armazenamento para a sua mídia, considerando a flexibilidade no workflow para conseguir acompanhar as mudanças de tecnologia que vão acontecer no mercado”, pontuou.Para Tonini, um bom projeto de MAM é aquele que consegue gerenciar todo o material armazenado, com uma ferramenta de busca e acesso ao catálogo eficiente em um ambiente de onde existem petabytes de dados.“A integração de todos esses sistemas de forma correta é que garante um projeto de MAM eficiente e feito para durar. Gerenciar todo esse conteúdo requer total integração dos meios envolvidos. Investimos muito nesse quesito oferecendo

“Um bom projeto de MAM é aquele que consegue gerenciar todo o material armazenado, com uma

ferramenta de busca e acesso ao catálogo eficiente em um ambiente de onde existem petabytes de dados”, explicou Igor Tonini, Engenheiro de Soluções de Pré

Vendas da Quantum e AD Digital

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integração nativa com cada um dos nossos partners, abrangendo desde o segmento de vídeo até o de backup”, ressaltou Tonini.O executivo falou também o conceito de Archiving, ressaltando a importância de arquivar dados para uso futuro. “Archiving é uma informação que pode ser acessada a qualquer momento, por isso esse acervo deve estar disponível para quando for necessário. O arquivamento reduz custos de armazenamento primário e protege o conteúdo dentro de uma mídia confiável”.Ele falou também sobre as vantagens de se manter o arquivo digitalizado dentro das emissoras. “O objetivo principal é tornar rentável os arquivos que as emissoras têm armazenados em seus sistemas. Para isso, existem diversas ferramentas que garantem não só o armazenamento, mas também a proteção desse conteúdo sem a necessidade de backups diários”.Tonini falou sobre a cultura de ObjectStorage, que tem apenas cinco anos e que se tornou base para aquilo que a maioria dos provedores de cloud disponibiliza. “Há dez anos tivemos uma grande procura pelo cloud e essa tendência está se transformando. No mundo de broadcasting, que trabalha com vídeo e som, é preciso ter acesso rápido ao conteúdo. Nesse cenário, o conceito de clouds híbridas vem ganhando espaço. Um estudo mostrou que a aceitação deste tipo de produto tem previsão de crescimento de até 19%. Todo update tecnologia surge de uma necessidade e hoje essa necessidade é de armazenamento”, finalizou.

Centralizado e distribuído O executivo da NEXT TV Waylton Batista explorou o conceito de MAM desenvolvido pela sua empresa, que tem um modelo centralizado e distribuidor. Ele explicou que o sistema capta as mídias e as centraliza nos storages, distribuindo esse conteúdo. “Esse sistema foi implantado há algum tempo TV Sergipe de Aracaju e, atualmente, estamos sendo instalado no SBT de Brasília”, contou. No sistema desenvolvido pela NEXT TV um aplicativo multiplataforma que funciona em Windows, Mac, Linux e via web. “Esse sistema permite que o jornalista faça o ingest de qualquer

uma das mídias, seja cartão de memória comum, pen drive ou SD, através da sua própria máquina. A conversão é feita automaticamente para um padrão definidoe, na edição, o jornalista pode indicar as alterações que devem ser feitas antes da exibição da matéria”.De acordo com Batista, a necessidade de se fazer o um sistema de MAM surgiu da demanda de clientes. O software cobre a emissora de uma ponta à outra e está totalmente integrado, inclusive com suporte para legenda e dublagem de material. “Todo o material do MAM é visualizado dentro do playout e pode ser exibido mediante aprovação. A legenda é um recurso interessante para grandes igrejas, que têm filiais em diversos países. O sistema permite que o vídeo originalmente gravado no Brasil seja exibido para outros países, seja da América Latina ou Estados Unidos”, exemplificou.

Controle de gestão Em sua palestra, Gilvani Moletta, diretor técnico da TV Cultura de São Paulo, destacou que o legado da emissora é o seu grande diferencial em relação aos concorrentes. Diferente de outras emissoras comerciais, a TV Cultura vive muito mais do acervo do passado do que de novos arquivos. Por isso mesmo, conta com longo histórico de iniciativas para preservar o conteúdo através da digitalização.“Temos um acervo muito rico e, no passado, passamos por algumas tentativas de digitalização, mas em mídias não tão amigáveis. O grande desafio é conseguir um sistema de digitalização que se perpetue e que não torne a emissora refém de formatos de mídia. Na televisão, diferente de TI, a expectativa de duração dos investimentos é, em média, de dez anos ou mais”.Moletta contou que iniciou os estudos de MAM na TV Cultura no ano 1999 e que tinha uma ideia muito diferente a respeito do funcionamento desse sistema.“Achávamos que um software resolveria todos os nossos problemas. O sistema MAM que tínhamos prometia redução de custo e melhoria na produção, com inteligência artificial e fácil operação. Mas infelizmente não aconteceu exatamente dessa

Waylton Batista, CEO da Next TV, detalhou o sistema de MAM implantado na TV Sergipe de Aracaju e o que está sendo instalado no SBT de Brasília

Gilvani Moletta, diretor técnico da TV Cultura: “Os recursos tecnológicos têm como objetivo aumentar a segurança e diminuir os custos dentro da emissora”

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O executivo lembrou que o MAM dentro da EPTV facilitou muito o trabalho de pesquisa para a equipe jornalismo. Ele lembrou que o sistema de gerenciamento do arquivo anterior tinha sido desenvolvido nos anos 2000 em Access e depois migrado para um banco de dados SQL. “Temos perto de 18 mil horas de conteúdo em HD, SD, fi tas Beta, DVC-Pro e discos XD Cam. Eram mais de 9.500 fi tas Beta e 700 mil fotos. Esse acervo precisava ser melhorado, pois o pessoal tinha difi culdade de encontrar o material solicitado”, lembrou.O projeto de digitalização começou em 2011, com a definição de algumas premissas, considerando toda a base de dados que tínhamos e o sistema precisava atender a todas as frentes do negócio, de acordo com os formatos solicitados por cada programa da emissora.Outra tarefa era disponibilizar uma ferramenta de pesquisa para que os profi ssionais assistissem o conteúdo em baixa resolução e escolher o material. Também buscamos por uma ferramenta de digitalização automática que editasse os trechos das fi tas, já que cada corte é um registro na base de dados. Também era preciso de uma ferramenta de conversão de formato. “Hoje em dia, o jornalista tem acesso ao conteúdo, escolhe as imagens que deseja e faz o pedido. O sistema de MAM gerencia todo o fl uxo e disponibiliza para a Central de Jornalismo. Com o novo sistema não acessamos mais a fi tas. Trabalhos essencialmente com a transferência de arquivo e a conversão de formatos, de acordo com a solicitação do usuário. É ele que faz todas essas tarefas de gerenciamento”.

Estrutura hojeO executivo lembrou que, atualmente, a emissora conta com uma sala com robótica de fi tas LTO e um ambiente de virtualização. “Todos os servidores do sistema – tanto de base de dados e

conversão de arquivos como o de interface web para pesquisa – são máquinas virtuais. Dessa forma reduzimos muito a infraestrutura e entregamos serviços com qualidade. O armazenamento é feito em storages que guardam os últimos dois anos de conteúdo, depois disso fazemos o back-up em fi tas. Esse período de dois anos é mais do que sufi ciente, uma vez que o jornalismo usa material de, no máximo seis meses”.São duas estações de ingest que fazem a digitalização das fi tas e fi zemos ações de customização para defi nir os fl uxos de trabalho, identifi cando que tipo de soluções e ferramentas os usuários precisavam.“É importante conhecer bem as necessidades desses parceiros internos para que eles se sintam inseridos no projeto e para que a tecnologia implantada seja utilizada por esses canais de forma satisfatória”.

BenefíciosPara ele, os benefícios do MAM facilitou o acesso ao acervo da emissora.“Utilizar um sistema como esse trouxe muito mais fl exibilidade para o acervo. O uso do conteúdo armazenado se tornou mais intenso graças ás facilidades de pesquisa e acesso dessa ferramenta. Com o uso do MAM foi possível reutilizar um conteúdo evitando o desperdício de recursos”. Ele falou sobre a transformação no nível técnico dos funcionários, outro ponto positivo nessa mudança. “Um arquivista, que antes tinha um trabalho bastante restrito, teve de aprender mais sobre as novas tecnologias e o funcionamento da transferência de arquivos e catalogação”.Foi um processo de grande valia que chega a segunda implantação na emissora em Ribeirão Preto. “Para o futuro planejamos fazer o mesmo processo nas emissoras de São Carlos e Varginha nos próximos anos. Isso refl ete o sucesso do projeto”.

MAM da EPTV

Até 4 receptores DVB-S / S2 / C / DVB-T / T2 / ISDB-TAté 96 PIDs decryptados com 4 módulos C.I.CAS Entrada IP / Multicast IP Saída StreamingMultiplexer Interno de 9 entradas (IP, RF, ASI) a 5 saídas (ASI, IP).

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forma, sobretudo no que diz respeito à facilidade de operação e redução de custos”.Dona de um acervo de milhares de fitas, no mais diversos formatos, a TV Cultura de São Paulo está em constante processo de digitalização dos arquivos. “A quantidade de arquivos e fitas é enorme e conhecemos apenas 30% do conteúdo que existe dentro deles. Entre eles estão todos os gols da década de 60 e 70, mas muita coisa simplesmente não tem identificação”, destacou.De acordo com Moletta, o processo de digitalização está em andamento, e cerca de 90% do acervo de Quadruplex foi realizado, mas ela foi trabalhada para um tipo de mídia que dificulta demais a restauração do acervo. “Quando precisamos de um material nesse formato, o tempo de restauração é de 40 horas. Todo esse acesso é muito difícil se não existe um gerenciamento sobre o tipo de material. A gerência de um acervo digital é ainda mais complexo. Aprendemos que, nesse caso, a organização vale tanto quanto a tecnologia”.

Com um histórico de digitalização que atravessa os anos e que parece uma história sem fim, a TV Cultura investe 35% de seus recursos anuais nesse processo.“Desse valor, boa parte é gasta para suprir a defasagem tecnológica e outra quantia menor aplicada em inovação. Pretendemos chegar em 2018 invertendo esse quadro e destinando 60% da verba para inovação dos sistemas”.Sobre o processo de digitalização, Moletta lembrou que o objetivo é ter uma plataforma que permita agregar as novas soluções sem ter de mexer em todo o fluxo de trabalho. “O maior desafio, nesse caso, é convencer as equipes a se adaptarem a um fluxo de trabalho que, dali a alguns anos será totalmente modificada novamente. A tecnologia que temos hoje na TV Cultura exige muitamão de obra e isso é um problema. Quanto mais automação conseguirmos dentro desse processo de gerenciamento, menor será o impacto dos custos na folha de pagamento. Para nós, o recurso tecnológico tem como função aumentar a segurança e diminuir custos”, finalizou. PA

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Impactos da convergência digital na cinematografiaPainel avalia a digitalização de toda a cadeia de produção audiovisual - da captação à exibição – e as profundas modificações impostas ao processo de criação no cinema.

“Existem algumas tendências -ou modismos atualmente, uma delas é a correção da imagem no set de filmagem. Muita gente gosta e vem utilizando, mas eu não

embarco nessa”, confessa Carlos Ebert, “os meios nunca podem sobrepor a narrativa”

O professor José Augusto de Blasiis e o Diretor de Fotografia Carlos Ebert conversaram com os congressistas sobre os impactos da convergência digital na cinematografia,

além de outros assuntos. Ebert, que também é professor, iniciou a palestra lembrando um princípio lógico atribuído ao filósofo e frade franciscano Guilherme de Ockham, que no século 14 apresentou a ideia que hoje conhecemos como a Navalha de Ockham: “entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem” (as coisas não devem ser multiplicadas além da necessidade). Ou seja, temos que optar pela simplicidade, pelo menor número de operações possíveis para chegar a um determinado resultado. Ou como dizem os americanos, KISS (keep it simple stupid - mantenha a simplicidade, idiota)”.Esse conceito não é exatamente uma regra, mas um princípio filosófico. Aplicar a Navalha de Ockhamna cinematografia digital é não cair em tentação, seja em custo, em tempo, ou naquilo que pode parecer, de imediato, uma facilidade para se atingir um conceito estético, quando na verdade está muito mais centrado

apenas na técnica em si. A técnica como fim, e não como meio. Estatisticamente, quanto mais instâncias você envolve no seu trabalho, maior a probabilidade de erro. “Existem algumas tendências (ou modismos) atualmente que eu não concordo, uma delas é a correção da imagem no set de filmagem. Muita gente gosta e vem utilizando, mas eu não embarco nessa”, confessa Ebert, “os meios nunca podem sobrepor a narrativa”.Blasiis, que além de professor também é fotógrafo, concorda com o ponto de vista de Ebert. Para ele, “não se deve fazer correção de cor no set, isso é coisa para depois, para a pós-produção. Set de filmagem é lugar para estar concentrado, com tudo já planejado”. A produção audiovisual no Brasil nunca foi tão grande, lembra Blasiis, “mas enquanto a técnica e a estética claramente evoluíram, os roteiros decaíram de qualidade”. “Ao contrário do Cinema Novo, quando o lema era uma ideia na cabeça e uma câmera na mão, hoje parece que existem muitas câmeras na mão e nenhuma ideia na cabeça”, brinca José Augusto de Blasiis. PA

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Amauri Ramos, gerente de Marketing e Vendas da RTS e Telex na América Latina, falou sobre intercomunicação em ambientes broadcast e comunicação crítica, integrada e eficiente em seu

estado da arte. Explicou os diferentes sistemas de Intercom, como o party line, onde todos podem falar e ser ouvido; e o sistema de matriz de comunicação, que é ponto a ponto, cada pessoa daquela rede pode se comunicar diretamente com a outra sem que os outros escutem e interfiram. Segundo Ramos, hoje também há a integração com painéis virtuais Vlink, que permitem a conexão externa através de gadgets com sistema operacional Android ou IOS, seja um iPad, iPhone, smartphones, tablets e até notebook. Os métodos de conexão para intercomunicadores evoluíram do analógico (painéis até a matriz), ao digital. Como exemplos citados estão o RVON (IP), que utiliza a infraestrutura já existente de rede no local, ligando a matriz na rede e se conectando com qualquer painel; o OMNEO (IP), com duas camadas, uma de controle e outra de transporte de áudio. Ao juntar

João Pedro Machado Homem e Iatyr Cesquim destacaram o programa Clear-Com GRG (Global Rental Group), destinado a locação de equipamentos para eventos de curta duração

“Todos os painéis da empresa, mesmo os de 20 anos atrás funcionam com as

novas matrizes lançadas – a série KP de painéis digitais – afinal, valorizamos a retrocompatibilidade”, conta Amauri

Ramos, gerente de Marketing e Vendas da RTS e Telex

as duas em um único cabo de rede UTP ou fibra ótica, dá a possibilidade de alcançar até 64 portas de comunicação IP.De acordo com Amauri, todos os painéis da empresa, “mesmo os de 20 anos atrás funcionam nas novas matrizes lançadas – a série KP de painéis digitais – afinal, valorizamos a retrocompatibilidade”.João Pedro Machado Homem, da Savana Comunicações/ Clear-Com, e Iatyr Cesquim, da Systec Telecom/ Clear-Com, dividiram o palco para falar, entre outras coisas, sobre o programa Clear-Com GRG (Global Rental Group). Devido a grande procura de sistemas de comunicação para locação em eventos temporários de pequeno, médio e grande porte, a Clear-Com reuniu prestadores de serviços para locação de equipamentos para intercomunicação, além de serviço técnico especializado.A dupla também destacou a robustez dos beltpacks de um e dois canais (modelos RS701 e RS702), sistema de comunicação partyline que aguenta o peso de um carro utilitário passando por cima. PA

Sistemas com desempenho BroadcastA evolução dos métodos de conexão pelo Intercom, do analógico ao digital, sistemas party line e matrizes de comunicação estiveram em destaque em sessão exclusiva.

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Gerenciamento, entrega e análise de conteúdo

Rafael Castillo, da SeaChange International, focou sua palestra no conceito OTT e na solução Rave, plataforma global de streaming da companhia. A SeaChange é um

provedor de gerenciamento, entrega e análise de conteúdo de vídeo premium, atuando há mais de 20 anos no mercado de TVs por assinatura e plataformas OTT.O conceito Over the Top (OTT) denomina o conteúdo de vídeo entregue através de meios alternativos (como Internet) diretamente para os dispositivos dos usuários. Isso permite o acesso em qualquer lugar e a qualquer tempo ao seu programa favorito. Três vezes vencedora do prêmio Emmy por inovações na indústria, a SeaChange é pioneira no desenvolvimento, entrega e comercialização em tecnologias que levaram a popularização do video on demand.As maneiras de se assistir TV têm multiplicado, criando mais opções para os consumidores e os meios de comunicação. Já para este ano de 2015 espera-se superar o número de assinantes de serviços via web, ultrapassando pela primeira vez os de TV por assinatura. Hoje, 49% do vídeo consumido na TV é não linear (na faixa etária de 18-24 anos esse número é ainda maior, 60%). O volume de conteúdo assistido no Netfl ix, por exemplo, aumentou 350% nos últimos 2

anos, somando 7 bilhões de horas transmitidas.A plataforma de streaming Rave, da SeaChange, oferece a solução para isso. Ela simplifica desafios técnicos complexos e aumenta a velocidade de transmissão e entrega, hospedando o serviço de ponta-a-ponta na nuvem. Uma plataforma flexível, escalável e robusta, onde os usuários podem configurar de acordo com o seu mercado ou a tendência da vez. Ao gerenciar, entregar, monetizar e permitir métricas diárias sobre o conteúdo oferecido (de onde acessa, qual aparelho, quanto tempo permanece), Rave possibilita maximizar a receita do cliente final e expandir as oportunidades de negócios.A interatividade do espectador é completa, permitindo recomendações, classifi cações, preferências e integração com redes sociais, o que proporciona uma experiência personalizada. E isso é fundamental, visto que a proliferação de conteúdo através das mídias sociais tem causado uma mudança na forma como as notícias são repassadas e consumidas. “A mídia social é agora uma parte crítica do processo de captação de notícias, complementando os métodos tradicionais de reportagem”, destaca Rafael Castillo. “A palavra da vez é SOLOMO: social, local e móvel. Isso, além de agilizar o processo, aproxima os espectadores”. PA

“A palavra da vez é SOLOMO: social, local e móvel. Isso, além de agilizar o processo, aproxima os espectadores”, destaciou Rafael Castillo

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A Rede Século 21 não se limita apenas à emissora de TV, mas a um conglomerado multimídia, estando presente em um portal na Web e nas variadas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Pinterest, além da App Store da Apple e Google Play Store

Horácio Baez destacou a escolha das câmeras Ikegami e Panasonic e a opção por microfones Sennheiser, por conta

da boa relação custo benefício

Rede Século 21: Conceito e infraestrutura Os diretores José Maria Albiero, Horácio Caballero e Marcos Bragato apresentaram em detalhes os conceitos e a infraestrutura da Rede Século 21, detalhando a programação e as tecnologias utilizadas pela emissora.

Localizada na região de Valinhos e Campinas, interior do estado de São Paulo, há 15 anos a Rede Século 21 transmite programação católica, sendo uma das maiores emissoras de televisão religiosas

do País. Desde o início de 2013 ela emite o seu sinal em HDTV, com um número significativo de retransmissoras. O diretor de operações Horácio Caballero elencou toda a composição técnica da emissora, das estações de edição à central técnica, incluindo os quatro estúdios, um deles com um auditório para 2500 pessoas sentadas. Nesse estúdio é gravada a premiação “Troféu Louvemos o Senhor”, o maior prêmio nacional da música católica, que está no seu sétimo ano e é transmitido para todo o Brasil.Horácio destacou a escolha das câmeras Ikegami e Panasonic e a opção por microfones Sennheiser, ambos pelo custo benefício, manutenção, e por atender às necessidades da emissora. A iluminação é mista, com luzes quentes e frias.No estúdio 03, o diferencial são as câmeras robotizadas, operadas remotamente, o que diminui a quantidade de pessoas no ambiente, mas mantém a qualidade da imagem no HD. Ele é usado para programas gravados e para a modalidade de Ensino à Distância (EAD), produzindo uma média de 24 horas de programação semanal.Na sequência, Marcos Bragato, diretor de pós-produção, falou sobre o workflow da Rede Século 21 e a opção por soluções compatíveis com equipamento e software da Apple. Já o diretor geral da Fundação Século 21, José Maria Albiero, comentou sobre a diversidade e alcance da programação da Rede, que não se limita apenas à emissora de TV, mas a

um conglomerado multimídia, estando presente em um portal na Web, nas mais variadas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Pinterest), além da App Store da Apple e Google Play Store.

Histórico Há cerca de cinco anos, a emissora optou por iniciar os investimentos no parque tecnológico de Alta Definição e escolheu a AD Digital para realizar o projeto, que começou pela parte de captação, por meio da integração de todos os estúdios e salas de controle com equipamentos de ponta e toda gravação passou a ser armazenada em HD. Entre as soluções integradas estão Matriz de Vídeo Concerto expansível para 128 canais, interligada ao controle mestre Maestro com pacote de Branding para grafismo, ambos do fabricante Grass Valley e com total redundância. Através de sistemas Multiviewer é possível monitorar os canais de exibição redundantes para Produção e Comercialização fornecidas pela B4M, além dos 6 canais de Ingest, Playout e Produção, gerenciados pelo Media Asset Management da mesma Bulding 4 Media.Com 96TB na área de armazenamento central, a emissora possui 7 estações de Edição em Final Cut Pro, interligadas em uma topologia SAN trabalhando 24 horas por dia, e ainda 7 Workstations de Grafismo e 2 para sonorização. Para movimentação de dados ao sistema nearline de arquivamento, optou-se pela tecnologia Quantum com uma robótica de até 80 Slots com Drivers LTO-5, gerenciada pelo HSM da Atempo, tendo total transparência com todo o sistema projetado pela AD Digital, juntamente com a equipe técnica da Século 21. PA

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Publicidade, cinema e TV ganhamnovos recursosA sessão dedicada aos Efeitos Visuais contou com a presença de Luis Bechtold, da Adobe, Ricardo Diaz Savoldelli, da Dot Motion Studio, Rodrigo Assaf, da Autodesk, e Vlad Lisboa, da Assimilate.

A sessão sobre o uso de animação 3D e efeitos na publicidade, cinema e TV contou com a presença de Luis Bechtold, da Adobe, Ricardo Diaz Savoldelli, da Dot Motion

Studio, Rodrigo Assaf, da Autodesk, e Vlad Lisboa, da Assimilate

Além das novas versões apresentadas dos softwares After Effects, Scratch, Autodesk 3DS Max e Maya, a sessão contou com a presença de um ator devidamente paramentado para

demonstrar a captura de movimentos ao vivo.Luis Bechtold contou que a versão 2015 do Adobe After Effects contará com uma interface remodelada e uma performance melhorada. Um dos principais destaques é o conceito de biblioteca de projetos, uma novidade no pacote Adobe. Com isso, diferentes máquinas e departamentos podem trabalhar juntos no mesmo projeto sem perder arquivos. Assim como já era possível no Premiere, agora tem também o conceito de non stop para trabalhar no After. Bechtold também destacou algumas ferramentas de key cleaner para trabalhar no Chroma key, ajudando na suavização do serrilhado no recorte em cabelos e extremidades, por exemplo. E duas novas formas de fazer tracking, uma específica para rostos, e outra mais avançada, que pega em detalhes.Vlad Lisboa, da Assimilate, fez uma demonstração do sistema Scratch, software de finalização e correção de cor, que trabalha

nativamente os mais diferentes formatos de arquivo, sem perder tempo na importação e conversão. Ao criar um link entre as imagens armazenadas e o software, dá pra fazer a correção de cor em tempo real, mesmo em 4K, além de alguns efeitos rápidos como tirar um objeto de cena, trocar o céu etc.

AutodeskRodrigo Assaf por sua vez explicou que para a versão 2016, a Autodesk traz um único 3DS Max. A grande novidade é o render na nuvem A360. Usando Cloud Credits (uma espécie de moeda cobrada pela Autodesk), o usuário poderá usar a solução e, dependendo da baixa resolução, acaba saindo de graça. Com a solução não é preciso mais usar sua máquina para renderizar os dados, uma vez que tudo é feito na nuvem. Mas por enquanto só é possível em still, em vídeo ainda não é permitido.Outras novidades significativas para a versão 2016 do 3DS Max são a câmera fisicamente correta, com sensor, ISO, abertura, velocidade do obturador, lente, bokeh; e o Max Creation Graph, um módulo aberto

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dentro do Max que cria ferramentas e que podem ser compartilhadas com a comunidade. Já no Autodesk Maya 2016, o Bifrost agora tem espuma (foam) e fumaça; os ícones foram remodelados em 2D; o Xgen conta com um algoritmo poderoso para criar pelos e cabelos no corpo de humanos e personagens; Scultping tools agora é similar ao Mudbox; Performance Profiler Tool – ferramentaque mede desempenho pra ver onde está o gargalo no seu hardware, você consegue descobrir o que está deixando sua cena pesada.

Motion CaptureA Dot Motion Studio, representada por Ricardo Diaz Savoldelli,

Os congressistas puderam observar em detalhes como funciona o processo de captura de movimentos durante o Congresso

apresentou a Captura de Movimento (MoCap – Motion Capture), que é a gravação de movimentos de seres humanos, animais e/ou objetos inanimados e a utilização destas informações para estudar o movimento ou animar modelos 2D ou 3D no computador. Há os sistemas magnéticos, mecânicos e, os mais usados atualmente, ópticos. Neste último, câmeras equipadas com LEDs e filtros são capazes de reconhecer marcadores reflexivos que estão fixados ao ator ou objeto. Os marcadores baseado em um modelo computacional formam o esqueleto necessário para ser utilizado nos softwares de animação.Tempo, precisão e realismo são os grandes diferenciais do MoCap, além da relação custo-benefício. PA

A versão 2016 do 3DS Max traz uma câmera ‘fisicamente correta’, com sensor, ISO, abertura, velocidade do obturador, lente, bokeh; e o Max Creation Graph, um módulo aberto dentro do Max que cria ferramentas para compartilhar com a comunidade

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Novas tecnologias para iluminaçãoem estúdios de TVO primeiro dia dos congressos Panorama Show e Church Tech Expo contou com a palestra “Novas tecnologias para iluminação em estúdios de TV”, que teve a presença de Mário Jannini, Diretor Técnico da Arri, e Ricardo Kauffmann, Diretor da Energia.

Mário Jannini deu início à sua participação falando um pouco sobre a Arri, uma empresa alemã quase centenária, que abriu sua primeira subsidiária na América Latina, mais

especificamente no Brasil. Os equipamentos são fabricados em sua totalidade na Alemanha, mas a presença física no Brasil vai facilitar o pré e pós-venda em todo o continente. Como, por exemplo, o mais novo lançamento da empresa na área de iluminação, o SkyPanel, apresentado este ano na NAB (com entrega prevista para outubro). O SkyPanel é um soft light que virá em quatro modelos. Todos são full color, totalmente dimerizáveis de 0 a 100%, podendo trabalhar tanto na fonte quanto na bateria. Feitos em carcaça de alumínio com termoplásticos reforçados em fibra de vidro, eles pesam 12kg, têm painéis difusores, correção de minusgreen (não precisa de gelatina), entradas DMX, Lan e USB. Seu IRC é maior que 95. O modelo S60-C, por exemplo, varia de 2.800º a 10.000º Kelvins, um dos maiores do mercado em sua categoria. Jannini revelou que a Arri aposta forte nos Leds: “não é só olhar o refletor, mas o que ele faz. Led você acha em qualquer lugar, o segredo está na qualidade desse Led e na calibração. O SkyPanel tem um feixe de luz perfeito, sombra soft e tom de degradê de cinza incrível. É o que mais se assemelha ao que o olho humano enxerga”.Ricardo Kauffmann, diretor da Energia, uma empresa brasileira que é uma das pioneiras no mundo no uso de luminárias Led e baterias de Íon de Lítio, falou um pouco sobre os critérios que deve se observar quando for comprar uma luminária. Em 2014, as inovações na área permitiram a compensação da região do vermelho e do ciano com fósforo de alta qualidade, o que gera

uma luz com mais qualidade, full spectrum, acima de 95% de CRI (Color Rendering Index, medida de precisão de como uma fonte de luz ilumina um objeto, baseada na percepção do olho humano sobre um conjunto de cores definidos pelo chat Macbeth). “Devemos levar em conta não só a qualidade, mas a medida e a geometria da luz. A alta fidelidade, temperatura de cor e o ângulo de iluminamento são tão importantes quanto os outros fatores”, alerta Kauffmann. O CEO da Energia lembrou que ainda se compara luz por consumo elétrico, mas isso é um costume que deve ser mudado, “são medidas diferentes, unidades diferentes. O correto é usarmos o Lux e não o Kilowatt”.Atualmente, mostrou Ricardo Kauffmann com gráficos, temos Leds de alta fidelidade com CRI de 98%, o que gera uma luz quase perfeita, com todas as cores do espectro representadas na imagem. Entretanto, a medida CRI é baseada no olho humano, muito antiga e imprecisa. Hoje essa medição deve ser feita em TLCI (Television Lighting Consistency Index), uma recomendação da EBU (European Broadcasting Union) que estabeleceu um novo processo de avaliação, destinado à televisão, cinema e fotografia, que utilizam os mesmos censores. O TLCI é consequência de um software desenvolvido pela EBU com a finalidade de comparar uma luz de referência criada pelo software com a sua luminária em questão.Ao final do evento, o mediador José Augusto de Blasiis destacou que “houve um bom balanceamento entre teoria e o processo de venda e apresentação de um produto. Tanto o Kauffmann quanto Jannini foram didáticos e nos mostraram como procurar o equipamento certo, evitando as pegadinhas na hora da compra”. PA

Ricardo Kauffmann definiu diversos conceitos relativos à iluminação, como CRI - Color Render Index – que mede com precisão como uma fonte de luz ilumina um objeto, ou o TLCI, uma recomendação da EBU para os processos de avaliação da qualidade da imagem

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A TV em qualquer lugar e a qualquer hora, no dispositivo que o usuário quiser. Este tema reuiu Gustavo Serafim, CTO da youcast!; Abel Honigsblum, da Haivision e Akamai; Luis

Bechtold, da Adobe; Fredy Litowsky, da Harmonic; e Lars Janér, da Kaltura / AD Digital, que conversaram sobre as diversas etapas do processo, formas de comercialização e, principalmente, a experiência multiscreen. Uma das certezas é que a TV Everywhere só é possível graças ao Cloud Computing, a computação na nuvem. Dividida em três níveis (software, plataforma e infraestrutura), a nuvem traz segurança, agilidade, escalabilidade, flexibilidade, alta performance, e, o melhor, permite pagar apenas o que usar. Se aumenta o acesso (tráfego), aumenta o custo. Hoje o acesso ao serviço é imediato, eficaz, barato e sem limites de distância.A forma como consumimos vídeo atualmente tem mudado o hábito dos espectadores e, por consequência, da indústria. Não importa mais o meio, mas sim o conteúdo. Assistir quando e onde quiser. E com isso há uma preocupação em criar a melhor experiência ao usuário de

As novas fronteiras da produção edistribuição de mídiaA sessão dedicada à TV Everywhere e Cloud debateu as tecnologias disponíveis para produzir conteúdos de maneira colaborativa, utilizar a computação na nuvem; armazenar e a distribuir mídia para múltiplas plataformas de visualização (smartphones, tablets etc); gestão e segurança de dados compartilhados na nuvem; e sistemas de pesquisa baseados em metadados.

acordo com seu dispositivo, personalizando e customizando a interação em cada plataforma diferente. Esse é o conceito do Multiscreen.A youcast! é uma empresa nova no mercado, há 3 anos desenvolvendo transmissão de vídeos online, ao vivo e on demand. Seu CTO, Gustavo Serafim, lembra que apesar disso, “a TV ainda não vai morrer, existe uma perspectiva de mudança gradativa do espectador de TV para internet”. A grande vantagem para quem gera conteúdo online é o custo mais baixo e a possibilidade de mensurar relatórios e estatísticas, tanto ao vivo quanto on demand, descobrindo quantos usuários estão assistindo naquele momento, de onde acessam, quanto tempo permaneceram assistindo etc.Já a Haivision, representada pelo diretor de vendas na América Latina, Abel Honigsblum, também atua na área de cloud computing, além de hardware. Seus produtos são híbridos, vão do streaming, à gravação, gerenciamento, até a entrega. Líder mundial em hardware e entrega de conteúdo na nuvem para igrejas, a Haivision só trabalha com soluções Akamai, devido ao clean content, tráfego seguro sem conteúdo

“A tendência para os próximos anos é que os fabricantes lancem produtos apenas na plataforma IP”, define Fredy Litowsky

“A grande vantagem para quem gera conteúdo online é o custo mais baixo e a possibilidade de mensurar relatórios e estatísticas, tanto ao vivo quanto on

demand”, explicou Gustavo Serafim

Abel Honigsblum lembra que um dos diferenciais da Haivision está na tecnologia SRT (Secure Reliable Transport), que evita buffering na transmissão de vídeo e facilita o envio de forma segura e confiável

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pornográfico. Um dos diferenciais da empresa está na tecnologia SRT (Secure Reliable Transport), desenvolvida pela Haivision para evitar problemas de buffering na transmissão de vídeo e facilitar o envio de forma segura e confiável, evitando um problema que existe no mundo inteiro: internet lenta.Lars Janér, country manager da Kaltura, lembrou que a plataforma de vídeo online da companhia é 100% na nuvem. “Você sobe o vídeo original para sua conta na Kaltura, processa o material e diferentes versões são criadas (TV, celular e PC, por exemplo)”. São muitas vantagens nessas soluções, que permitem que o usuário encontre o conteúdo desejado com agilidade e facilidade através da busca de metadados (palavras-chaves); ferramentas de edição e criação, onde o cliente pode, por exemplo, incluir capítulos, apresentações em PowerPoint e outros tipos de mídia. Sem esquecer dos mecanismos de relatórios, feedback e engajamento, onde é possível criar interatividade no player com quiz, pesquisas, enquetes, solicitação de informações, pagamentos etc.O diretor de vendas da Harmonic, Fredy Litowsky, explicou que a missão da companhia é auxiliar os clientes na produção, entrega e monetização de experiências em vídeo, com agilidade nos negócios e eficiência operacional, focando no total-cost-of-ownership - custo total de operação, permitindo upgrades e melhorias, evitando a obsolescência. Fredy também concorda que o momento é de ver o que quiser, onde quiser e da forma que bem entender. “Em breve, a tendência é dos fabricantes lançarem novos produtos apenas na plataforma IP”.

AdobeLuis Bechtold, gerente estratégico Video Pro Adobe, falou sobre

edição e produção colaborativa com Adobe Anywhere e Adobe Creative Cloud. Colaborar sem barreira é o objetivo do Anywhere, uma plataforma de fluxo participativo que usa mídia centralizada em redes padrão, permitindo editores trabalharem juntos no mesmo projeto em múltiplos aplicativos criativos e diversos dispositivos, utilizando a nuvem para otimizar o seu workflow. PA

A plataforma da Kaltura permite ao usuário encontrar o conteúdo desejado com agilidade e facilidade através da busca de metadados (palavras-chaves), além de oferecer ferramentas de edição e criação, conta Lars Janér

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AgendaAcompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.

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10 a 15 de SetembroIBC 2015Considerado uma versão europeia da NAB Show, o IBC reúne em Amsterdam os líderes da indústria de radiodifusão, broadband e produção audiovisual. Mais de 1000 estandes apresentam um pano-rama completo do mercado com tecnologias, produtos e serviços. www.ibc.org 19 a 25 de OutubroLDI 2015Em sua 28ª edição, a Live Design International (LDI) é uma feira dedicada aos profi ssionais de design de todo o globo. A LDI cobre os mercados de teatro, concertos, clubes, parques temáticos, casas de culto e uma ampla gama de eventos internacionais ao vivo e broadcast. 28 a 30 de OutubroCaper 2015 A 24ª edição da Exposição Internacional para a Indústria Audiovisual (CAPER) será realizada entre os dias 28 e 30 de Outubro, no Centro Costa Salguero, em Buenos Aires, Argentina. O evento é promovido pela Cámara Argentina de Proveedores y Fabricantes de Equipos de Radiodifusión e atrai principalmente visitantes argentinos, mas também da América Latina. www.caper.org.ar 18 a 20 NovembroInter BEE O Inter BEE - International Broadcasting Equipment Exhibition é re-alizado em Chiba, Japão, desde 1965. É promovido pela Japan Elec-tronics Show Association e apresenta soluções para os mercados de Multimídia, Eletrônica de Consumo e Broadcast. www.inter-bee.com/en 24 a 26 de Maio de 2016Bit! International Audio-Visual Technology Trade ShowEsta será a 17ª edição do evento que reúne o mercado audiovisual espanhol e a sua indústria de broadcast. O evento é realizado pela IFEMA e parceria com a revista Panorama Audiovisual. www.ifema.es/broadcast_06

31 de Maio a 02 de Junho de 2016

Church Tech ExpoA Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, pa-lestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e trans-missão. Em 2015, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para am-pliar o alcance de sua mensagem.O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, mem-bros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2015 teve 100 de programação e re-cebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Inte-grando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e confi guração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; Infraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Automação de Processos e Eventos; Desafi os da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br 31 de Maio a 02 de Junho de 2016 PANORAMA SHOW O mais importante latino-americano dedicado às tecnologias de Produ-ção Audiovisual e Broadcast será realizado no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes), em São Paulo. Serão três dias de ex-posição e congresso dedicados ao aperfeiçoamento profi ssional, debate sobre tecnologias e promoção de negócios. Os temas-chave do congres-so são soluções para produção e distribuição de áudio e vídeo em TV, cinema, novas mídias, publicidade, animação e games. Em 2015 o evento reuniu 7000 visitantes, incluindo mais de 1000 con-gressistas, que participaram de 65 sessões de debate e workshops. www.panoramaaudiovisualshow.com.br

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K2 Dyno ReplayDensité Modular

Karrera/KayenneProduction Switchers

EDIUS NLE

NVISION Routing

B4 lens mountLDX Camera

K2 Summit Servers

Telecast FiberCopperhead

Kaleido MonitoringGV Convergent

Você está em uma corrida difícil. Novas tecnologias. Novos concorrentes. Novos desafios.

Para manter a sua liderança, você tem que integrar perfeitamente o IP em ambientes exigentes de produção ao vivo.

A nossa solução Glass-to-Glass IP permite o uso de gateways para criar facilmente fluxos de trabalho híbridos SDI/IP e sistemas de controle SDN-enabled para aproveitar roteadores COTS e switches. Além disso, estamos integrando suporte para IP em todas as nossas principais categorias de produtos.

O IP é o seu caminho para chegar e permanecer à frente, com maior flexibilidade, escalabilidade e agilidade nos seus negócios.

A corrida já começou. Nós podemos ajudá-lo a ficar à frente.

Mark HiltonVice-Presidente, Broadcast Infrastructure

O novo controle GV Convergent SDN-enabled simplifica o controle de fluxos de trabalho híbridos SDI/IP

Copyright © 2015 Grass Valley USA, LLC. Todos os direitos reservados. Belden é uma marca registrada da Belden Inc. ou de suas empresas afiliadas nos Estados Unidos e em outras jurisdições. Grass Valley, Densité, EDIUS, K2 Dyno, K2 Summit, Kaleido, Karrera, Kayenne, LDX, NVISION e Telecast são marcas comerciais ou marcas registradas da Grass Valley.

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14X vs 23X

Com o zoom de 23X da JVC, suas cenas vão chamar toda a atenção.Nossa nova GY-HM600 é a sua entrada para performances surpreendentes. Com a nova GY-HM600, a JVC apresenta a próxima geração de câmeras portáteis ProHD. Leve e fácil de usar, ela é equipada com uma lente zoom recém-desenvolvida chamada Fujinon 23X Wide Angle (29 mm-667 m) e entrega imagens notáveis. A GY-HM600 oferece recursos intuitivos que a tornam ideal para filmas notícias, esportes e produção independente. Você também pode contar com um desempenho excelente em ambientes com pouca luz com excelente sensibilidade (F11 @ 2000 lux). Aqui estão alguns outros grandes recursos:

• Três sensores CMOS 1/3-polegadas 12-bit (1920 x 1080 x 3)• Produz arquivos HD ou SD prontos para editar em vários formatos de arquivo: .MOV (Final Cut Pro), .MP4 (XDCAM EX), AVCHD• Cartão de memória de gravação SDXC/SDHC (2 slots para gravação simultânea ou retransmissão)

Para mais informações sobre a GY-HM600 Series, converse com os profissionais da JVC. Visite pro.jvc.com

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©2012 JVC. Todas as marcas registradas e nomes comerciais são de propriedade de seus respectivos proprietários. Câmera mostrada tem microfone shotgun opcional.

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