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Paróquia São João Batista ANO IV - Nº XVIII. JULHO 2018 DOCUMENTO 105 DA CNBB Leigos e leigas (6) O número 80 do documento 105 traz uma série de desafios para a pessoa cristã e para as nossas comunidades eclesiais. Como viver os valores evangélicos no meio da sociedade? E aponta algumas dicas: a) É preciso viver a pluralidade, que respeita as diferenças e promove a convivência pacífica, superando a indiferença aos valores dos outros. b) A secularidade nos leva a reconhecer e valorizar as conquistas humanas e respeitar a liberdade religiosa; mas não podemos cair no secularismo que dispensa Deus e seus ensinamentos. c) Não podemos ignorar os benefícios da tecnologia, mas é necessário saber lidar com tudo e superar a dependência de aparelhos eletrônicos. d) Vale muito a pena usar as redes sociais para facilitar a comunicação e aumentar as relações humanas, mas não podemos nos isolar na comunicação virtual, perdendo a grande riqueza do contato pessoal. e) Faz parte da existência humana o consumo dos bens necessários à vida e à satisfação equilibrada dos desejos, mas é preciso muito cuidado com a busca desordenada de satisfação, que escraviza e aliena. f) O dinheiro é necessário para a justa aquisição de bens que garantam uma vida digna, mas é muito perigoso cair na idolatria do dinheiro, como se fosse um bem absoluto. As coisas mais importantes da vida não são ‘coisas’. O dinheiro não compra o essencial. g) Autonomia, liberdade, responsabilidade pessoal são conquistas fundamentais, mas nunca devem nos levar ao isolamento individualista, esquecendo a importância da vida em comum. h) A verdadeira tradição, os valores que aprendemos e herdamos, nossas instituições, tudo isso é uma grande riqueza. Mas não podem servir de desculpa para induzir pessoas e comunidades ao tradicionalismo que se nega a dialogar com o mundo, preferindo o fechamento em si. i) Uma das dimensões básicas da fé é a vivência comunitária. Mas isso não pode ser confundido com grupos que se isolam e perdem a riqueza de todo o conjunto. Pe. José Antonio de Oliveira Marcas que não se vão... O Jubileu de São João Batista é um marco na vida de nossa paróquia e de toda a Barão de Cocais. Deixa marcas que merecem ser guardadas na lembrança e no coração. É raro encontrar uma paróquia onde o povo tenha tanto orgulho do seu padroeiro e celebre com tanto entusiasmo a sua festa. Quem aqui sempre viveu talvez não se dê conta disso. Mas quem chega percebe logo algo diferente. O envolvimento das pessoas é impressionante. Alguém da coordenação paroquial contabilizou cerca de 500 voluntários(as) atuando diretamente nos dias da novena e da festa. Difícil acreditar, mas é isso mesmo. Gente que começou antes, trabalhou os dias todos da novena e continua depois para acertar tudo. Teve quem chegasse em casa alguns dias lá pelas três da madrugada. E a grande maioria sempre com aquele sorriso gostoso de quem faz com prazer. É a alegria de servir e de demonstrar sua fé em Deus, sua devoção, sua gratidão, seu compromisso com a Igreja e com a comunidade. Nas celebrações não era diferente. As pessoas chegavam com aquele sorriso, aquela alegria estampada no rosto, rezavam com fervor, cantavam com entusiasmo, faziam silêncio para escutar a voz de Deus. Uma pessoa exclamou: “Isso aqui é um pedacinho do céu”. O pessoal da liturgia caprichou. Acolhedores, grupos de animação do canto, proclamadores da Palavra, coroinhas, sacristães, pessoal da limpeza e da ornamentação, diácono, padres e bispos que celebraram conosco. Todos, enfim. A parte externa também foi marcante. As escolas e outros grupos prepararam com muito carinho as quadrilhas. Gente que se apresentou com seu talento musical, sem tanta preocupação com a remuneração. Gente de outras Igrejas ou credos estavam presentes, mostrando que o Jubileu é muito mais que um evento da Igreja Católica. É nossa tradição, nossa história, nossa cultura. Riqueza que precisa ser preservada. E é por isso que a Prefeitura faz parceria, empresas e comerciantes se somam, cocaienses que moram fora fazem questão de marcar presença e ainda fazem da ‘galinhada’ seu ponto de encontro. E vem corrida rústica, leilão, artesãos, todos juntando saberes e sabores, na grande mesa da irmandade. E com um detalhe: não houve sequer uma ocorrência policial. Tudo transcorreu na paz. Penso que estas marcas são muito nossas e devem ser valorizadas, cultivadas, sempre lembradas: a fé, a alegria, a gratuidade, a união, a humildade, o senso de pertença, o espírito coletivo. Que toda essa riqueza nos acompanhe ao longo do ano e em toda a nossa vida. Não há dúvida: essa é a melhor maneira de prestar homenagem ao nosso padroeiro e demonstrar nossa fé. Pe. José Antônio de Oliveira Para início de conversa... Para início de conversa...

Paróquia São João Batista - paroquiasjb.com.brparoquiasjb.com.br/wp-content/uploads/2018/06/JULHO_2018.pdf · O documento 43 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

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Paróquia São João BatistaANO IV - Nº XVIII. JULHO 2018

DOCUMENTO 105 DA CNBBLeigos e leigas (6)

O número 80 do documento 105 traz uma série de desafios para a pessoa cristã e para as nossas comunidades eclesiais. Como viver os valores evangélicos no meio da sociedade? E aponta algumas dicas:a) É preciso viver a pluralidade, que respeita as diferenças e promove a convivência pacífica, superando a indiferença aos valores dos outros.b) A secularidade nos leva a reconhecer e valorizar as conquistas humanas e respeitar a liberdade religiosa; mas não podemos cair no secularismo que dispensa Deus e seus ensinamentos.c) Não podemos ignorar os benefícios da tecnologia, mas é necessário saber lidar com tudo e superar a

dependência de aparelhos eletrônicos.d) Vale muito a pena usar as redes sociais para facilitar a comunicação e aumentar as relações humanas, mas não podemos nos isolar na comunicação virtual, perdendo a grande riqueza do contato pessoal.e) Faz parte da existência humana o consumo dos bens necessários à vida e à satisfação equilibrada dos desejos, mas é preciso muito cuidado com a busca desordenada de satisfação, que escraviza e aliena.f) O dinheiro é necessário para a justa aquisição de bens que garantam uma vida digna, mas é muito perigoso cair na idolatria do dinheiro, como se fosse um bem absoluto. As coisas mais importantes da vida não são ‘coisas’. O dinheiro não compra o essencial.g) Autonomia, liberdade, responsabilidade pessoal são conquistas fundamentais, mas nunca devem nos levar ao isolamento individualista, esquecendo a importância da vida em comum.h) A verdadeira tradição, os valores que aprendemos e herdamos, nossas instituições, tudo isso é uma grande riqueza. Mas não podem servir de desculpa para induzir pessoas e comunidades ao tradicionalismo que se nega a dialogar com o mundo, preferindo o fechamento em si.i) Uma das dimensões básicas da fé é a vivência comunitária. Mas isso não pode ser confundido com grupos que se isolam e perdem a riqueza de todo o conjunto.

Pe. José Antonio de Oliveira

Marcas que não se vão...

O Jubileu de São João Batista é um marco na vida de nossa paróquia e de toda a Barão de Cocais. Deixa marcas que merecem ser guardadas na lembrança e no coração.

É raro encontrar uma paróquia onde o povo tenha tanto orgulho do seu padroeiro e celebre com tanto entusiasmo a sua festa. Quem aqui sempre viveu talvez não se dê conta disso. Mas quem chega percebe logo algo diferente.

O envolvimento das pessoas é impressionante. Alguém da coordenação paroquial contabilizou cerca de 500 voluntários(as) atuando diretamente nos dias da novena e da festa. Difícil acreditar, mas é isso mesmo. Gente que começou antes, trabalhou os dias todos da novena e continua depois para acertar tudo. Teve quem chegasse em casa alguns dias lá pelas três da madrugada. E a grande maioria sempre com aquele sorriso gostoso de quem faz com prazer. É a alegria de servir e de demonstrar sua fé em Deus, sua devoção, sua gratidão, seu compromisso com a Igreja e com a comunidade.

Nas celebrações não era diferente. As pessoas chegavam com aquele sorriso, aquela alegria estampada no rosto, rezavam com fervor, cantavam com entusiasmo, faziam silêncio para escutar a voz de Deus. Uma pessoa exclamou: “Isso aqui é um pedacinho do céu”. O pessoal da liturgia caprichou. Acolhedores, grupos de animação do canto, proclamadores da Palavra, coroinhas, sacristães, pessoal da limpeza e da ornamentação, diácono, padres e bispos que celebraram conosco. Todos, enfim.

A parte externa também foi marcante. As escolas e outros grupos prepararam com muito carinho as quadrilhas. Gente que se apresentou com seu talento musical, sem tanta preocupação com a remuneração. Gente de outras Igrejas ou credos estavam presentes, mostrando que o Jubileu é muito mais que um evento da Igreja Católica. É nossa tradição, nossa história, nossa cultura. Riqueza que precisa ser preservada. E é por isso que a Prefeitura faz parceria, empresas e comerciantes se somam, cocaienses que moram fora fazem questão de marcar presença e ainda fazem da ‘galinhada’ seu ponto de encontro. E vem corrida rústica, leilão, artesãos, todos juntando saberes e sabores, na grande mesa da irmandade. E com um detalhe: não houve sequer uma ocorrência policial. Tudo transcorreu na paz.

Penso que estas marcas são muito nossas e devem ser valorizadas, cultivadas, sempre lembradas: a fé, a alegria, a gratuidade, a união, a humildade, o senso de pertença, o espírito coletivo. Que toda essa riqueza nos acompanhe ao longo do ano e em toda a nossa vida. Não há dúvida: essa é a melhor maneira de prestar homenagem ao nosso padroeiro e demonstrar nossa fé.

Pe. José Antônio de Oliveira

Para início de conversa...Para início de conversa...

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Expediente - O Precursor

Realização: Paróquia São João Batista Direção: Pe. José Antonio /Pe. Rodrigo Artur Produção: PASCOM Impressão: Gráfica e Editora Dom Viçoso Circulação / Tiragem: Mensal - 1.500 exemplares Distribuição gratuita

Endereço: Praça Monsenhor Gerardo Magela, nº 12 Centro - Barão de Cocais / MG

Espaço LitúrgicoA Igreja nos ensinaA Igreja nos ensina

Ultimamente, temos percebido, pelo menos em nossa Paróquia, que os jovens estão voltando para a Igreja. Mas o que fazer para eles continuarem?

Talvez, nem todos tenham saído – porque retorno implica saída. Alguns podem ter se esquecido do seu lugar. Outros, por sua vez, muito provavelmente nem sabiam de seu lugar na Igreja e, agora, querem assumi-lo. E isso é muito bom. Aliás, reformulando a pergunta, em última análise, toda a juventude deve ser chamada não a ‘voltar para’, mas, a sentir-se Igreja junto a nós (Lumen Gentium, 14). Daí a necessidade sempre urgente de, como Igreja, renovarmos constantemente nossa opção preferencial pelos jovens, conforme nos propõe a III Conferência do Episcopado Latino-Americano em Puebla (1979; cf. 1186-1187). Mas, de que modo? A Conferência Episcopal de Santo Domingo (1992; cf. 114) pede para que nossa opção pelos jovens, além de preferencial, seja “afetiva e efetiva”. Além disso, traça, em cinco aspectos, um plano de ação, segundo o qual a organização pastoral da Igreja deve procurar:

1. “acompanhar os [...] jovens em todo o processo de formação humana e crescimento da fé [...]”,2. dinamizar “uma espiritualidade do seguimento de Jesus que propicie o encontro entre a fé e a vida, que seja promotora da justiça, da solidariedade e que anime um projeto promissor e gerador de uma nova cultura de vida”,3. levar os jovens a assumir “novas formas celebrativas da fé, próprias da [sua] cultura [...], respeitando sempre os elementos essenciais da liturgia”,4. anunciar, “nos compromissos assumidos e na vida cotidiana, que o Deus da vida ama aos jovens e quer para eles um futuro diferente sem frustrações nem marginalizações, onde a vida plena seja fruto acessível a todos”,5. e, finalmente, abrir “aos [...] jovens espaços da participação na Igreja [...] [de tal modo a] integrar o crescimento da fé no processo de crescimento humano, tendo em conta os diversos elementos, como o esporte, a festa, a música [...]”.

Destes aspectos, chegamos a duas conclusões que, por sua vez, pedem duas tarefas:1. O alicerce da presença juvenil na Igreja é o encontro com Jesus Cristo, porque “no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Bento XVI. Deus Caritas est, 1). Cabe, assim, em primeiro lugar, à Igreja apresentar a fé aos jovens “como um encontro amoroso com Deus, que toma feições humanas na pessoa de Jesus Cristo” (Doc. 85 – CNBB, 3). 2. Mas, não há como a juventude conhecer Jesus Cristo desconectado de seu projeto. Os jovens precisam saber quem é Jesus, mas também que Ele veio ao mundo “para que todos tenham vida e vida em plenitude” (Jo 10,10); e, a partir daí, assumirem, junto Dele, este projeto também como seu. Eis a outra tarefa da Igreja: encorajar os jovens a assumirem o projeto de Jesus como “agentes de transformação da própria realidade” (Doc. 85 – CNBB, 7).

E aí, cumpriremos ou não estas tarefas? Vale a pena ouvir e enxergar Deus através dos jovens? A resposta depende de nós. As consequências também...

Pe. Rodrigo Artur

A liturgia necessita de todo um trabalho de iniciação catequética, justamente por causa de sua natureza sacramental. Pelo seu caráter ritual-sacramental e pela riqueza expressiva do conjunto de seus sinais. O rito litúrgico não é apenas portador de significado natural e espontâneo, mas servidor da memória do fato histórico salvífico. Sem o conhecimento do significado, os ritos ficariam esvaziados (cf. DNC 53 e 120).Nós só amamos aquilo que conhecemos! Assim, para bem celebrar precisamos conhecer/entender o significado de tudo aquilo que se realiza na liturgia.A liturgia é expressão da Igreja - cabeça e corpo místico de Cristo, o Christus totus (cf. CIC, 1136) - de modo visível por meio dos sacramentos. Nestes, Deus se dá ao homem e o homem é divinizado, por participação em Cristo.A liturgia é obra de Deus Trindade. Não é uma ação humana em si mesma. Mas do Pai, pelo Filho no Espírito Santo. Os sacramentos são os meios eficazes que o Senhor nos presenteou em sua Igreja para nos conceder a vida divina. O sacramento da eucaristia tem a centralidade dentre os demais sacramentos, pois é fonte e ápice da vida da Igreja. Vamos aos poucos nessa coluna, refletirmos sobre os ritos da Igreja. Iniciaremos sobre o Sacramento da Eucaristia. Hoje falaremos sobre os ritos inicias da Santa Missa, mais especialmente sobre a procissão de entrada.Os ritos iniciais têm o objetivo de preparar e introduzir a comunidade num clima de comunhão e escuta sagrada da Palavra de Deus; preparando a comunidade para entrar no clima de uma verdadeira ação litúrgica.O documento 43 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sobre a animação da vida litúrgica no Brasil lembra que “há possibilidade de uma grande variedade nesta procissão. O Missal Romano prevê, se oportuno, o uso de cruz processional acompanhada de velas acesas, turíbulo já aceso, livro dos evangelhos ou Lecionário. Outras circunstâncias poderão sugerir

novos elementos como Círio Pascal, água benta, bandeira do padroeiro numa festa de santo, ramos, cartazes com dizeres, participação de representantes da comunidade, adultos, jovens, crianças”. Mas que significado tem essa procissão?O sacerdote juntamente com os assistentes formam uma procissão para entrar na Igreja, dirigindo-se ao altar do sacrifício. Essa procissão tem um grande significado e nos remete às mais antigas tradições, onde o povo de Deus caminhava pelo deserto a caminho da terra prometida. O sentido desta procissão deve ser buscado no contexto mais amplo da caminhada que as pessoas fazem de suas casas até a igreja. Ela lembra que somos peregrinos neste mundo a caminho da casa de Pai. À frente vai a Cruz Processional. É o estandarte da Cristandade. Após a cruz, as velas; que ecoam a palavra do Senhor: “Vós sois a Luz do Mundo!” e anunciam a presença de Deus na história da humanidade. Após as velas, seguem os ministros, que caminham à frente do sacerdote. Estes representam os profetas que precederam a Nosso Senhor e o anunciaram. Atrás de todos, vem o sacerdote. O sacerdote paramentado é o Cristo. Jesus Cristo revestiu-se das vestes sacerdotais no santuário do seio materno de Maria, onde tomou nossa carne e com ela a vestimenta da nossa mortalidade. Saiu desse santuário noite sagrada do Natal e começou o Introito, entrando no mundo.Jesus dirige-se ao Cenáculo. Acompanhado dos seus discípulos, chega ao Cenáculo onde estava preparada a mesa do sacrifício e da comunhão. Os apóstolos saíram do Cenáculo com seu Mestre e se dirigiram ao Horto das Oliveiras para serem testemunhas da renovação e da consumação do grande sacrifício da Cruz.Da mesma forma, o sacerdote se dirige ao santuário, subindo ao altar, o povo de Deus se dirige a Igreja para serem testemunhas da renovação incruenta do Santo Sacrifício do Calvário.

A procissão de entrada

Irmãs e irmãos, paz e bem!!!

Diariamente o Senhor nos dá oportunidade de santificar o nosso trabalho, nosso lazer, o nosso estudo, nossas tarefas e afazeres. E como ser santo?Antes de tudo, devemos ter bem presente que a santidade não é algo que nos propomos sozinhos, que nós obtemos com as nossas qualidades e capacidades. A santidade é um dom, é a dádiva que o Senhor Jesus nos oferece, quando nos toma consigo e nos reveste de Si mesmo, tornando-nos como Ele é. Na Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo afirma que «Cristo amou a Igreja e se entregou por ela para a santificar» (Ef 5, 25-26). Eis que, verdadeiramente, a santidade é o rosto mais bonito da Igreja, o aspecto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor. Então, compreende-se que a santidade não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão (Papa Francisco, Audiência Geral, 19.11.2014).Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade só está reservada àqueles que têm a possibilidade de se desapegar dos afazeres normais, para se dedicar exclusivamente à oração. Como se ser santo fosse coisa de super-heróis. Mas fique sabendo que todos, sem distinção, são chamados a serem santos!Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos os lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. Podemos deixar marcas de Céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo: Fazer bem todas as coisas e amar. Somos chamados a tornar-nos santos precisamente vivendo com amor e oferecendo o testemunho cristão nas ocupações diárias. Então, ali no lugar onde moramos, estudamos, trabalhamos e/ou divertimos, podemos ser santos. E é bom lembrar o nosso testemunho de vida falará mais alto do que as nossas palavras.Portanto, ser santo não é difícil. Se contássemos apenas com as nossas próprias forças, a santidade seria algo impossível para nós, simples pecadores. Mas sempre contamos com a Graça e com a Misericórdia de Deus, que sai ao nosso encontro, nos santifica e nos ajuda a perseverar na santidade.

Catequese

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Pauta Jovem

JULHO/201801/07 Reunião da Irmandade do

Santíssimo Sacramento08h

01/07 Reunião da Catequese 08h01/07 Encontro da Renovação Carismática Católica

(Cantinho do Céu)08 às 18h

03/07 Reunião da Pastoral da Comunicação 18h3003/07 Reunião da Pastoral do Dízimo 16h04/07 Reunião da Pastoral da Criança 15h04/07 Reunião da Pastoral do Batismo 18h3006/07 Reunião do Apostolado da Oração 08h10/07 CAEP10/07 Reunião da Pastoral da Saúde 19h10/07 Reunião de Liturgia e Música 19h14/07 Reunião do CPP20/07 Dia da Amizade

(Missa no Santuário)19h30

21/07 Ordenação Presbiteral do Diácono Lucas Henrique(Igreja Matriz Sagrada Família,

Governador Valadares-MG)

10h

22/07 Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro(Leão XIII)

26/07 Missa no hospital 16h27/07 Celebração do Perdão 19h3029/07 Chá Jubilar da Pastoral do Dízimo

(Setor N. Sra. Perpetuo Socorro)16h

31/07 Incrição para preparação para o Batismo

Em um mundo onde todos estão conectados, fica fácil perceber que estamos sempre à procura de algo que nos complete e, por isso, tentamos preencher muitos vazios com um milhão de “amigos” virtuais, mas em nossa vida real a história muda e se torna difícil acertar nessas escolhas! Diante dessa

busca, precisamos ter onde nos apoiar e por isso, Deus sabendo das nossas necessidades, nos deu amigos: “Quem encontrou um amigo, descobriu um tesouro” (Eclo 6, 14).

Você já encontrou o seu tesouro? A amizade se torna verdadeira a partir do momento em que ela se baseia em Deus, e, seu verdadeiro objetivo é aproximar o outro do céu. Mas isso requer sacrifício de ambos os lados para que juntos façam essa experiência de amor, já que cada um possui suas particularidades.

Quer um exemplo claro? Na Liga da Justiça vemos super-heróis com características, poderes e fraquezas diferentes, mas que quando unem suas forças para cumprir a missão de salvar o mundo, se tornam o melhor time, mesmo que seu arqui-inimigo seja mais forte. Impressionamo-nos diante de todas as habilidades que os personagens possuem e deixamos passar despercebido que o mais importante é: A amizade que os impulsiona a ir além e atingir a meta.

Quem nunca quis ser forte, rápido, voar, ser invisível ou rico? Muitas vezes acreditamos que é necessário possuir poderes especiais para seguir Jesus. Super heróis são para nós uma realidade distante, e por isso a Igreja nos permite através da história conhecer exemplos vivos de amizades concretas. Santo Agostinho fala: “Disse muito bem quem definiu o amigo como metade da própria alma. Eu tinha de fato a sensação de que nossas duas almas fossem uma em dois corpos.” Santa Teresa D’Ávila e São João da Cruz, São Francisco e Santa Clara de Assis, Santa Perpétua e Felicidade, São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá entre muitos outros são para nós uma grande prova de que inspirados por Jesus e obedientes à sua palavra,

podemos através de uma amizade sincera transformar e santificar a nós mesmos e o mundo.Certo é que os amigos são parte essencial da nossa vida e temos que ter a dimensão de que eles nos engrandecem e são um canal da graça!

Ser amigo não é simplesmente ser um parça, um brother ou ser o BFF de alguém no status, ser amigo antes de tudo é missão!

Jovens Precursores

Onde está o seu tesouro?

Fruto da GenerosidadeCada mês trazemos a você uma síntese de tudo o que a paróquia consegue realizar com o dízimo e a oferta que vêm da sua generosidade. É bom que você saiba o quanto a sua participação é importante e faz a diferença.

Veja agora um pouco do que fizemos em maio com tudo o que a paróquia arrecadou:

Construção igr. de N. Sra. Perp. Socorro e outras obras: ..................R$ 23.441,29Salários e férias: ................................................................................................R$ 9.077,00Manutenção e limpeza: ..................................................................................R$ 4.245,83 Dimensão Social e promoção humana: ...................................................R$ 4.000,00Cursos, encontros e formações: ..................................................................R$ 3.848,98Encargos sociais: ............................................................................................... R$ 3.654,44Para o trabalho pastoral da Arquidiocese: ............................................ R$ 3.062,43Trabalho pastoral da Região Norte: ......................................................... R$ 3.062,43Para despesas do Seminário: ...................................................................... R$ 3.062,43Água/luz/telefone/internet: ...................................................................... R$ 2.957,57Transporte/veículos: ..................................................................................... R$ 2.783,62Culto (celebrações, Semana Santa, ambulas): ..................................... R$ 2.213,50

“Façam a experiência do dízimo, diz o Sen-hor, e vocês verão se não abro as compor-tas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos” (Malaquias 3,10).

Cada um(a) dê de acordo com o seu coração. E que não seja de qualquer jeito, resmungando, achando ruim, mas com alegria e gratidão. Quem semeia pouco, colhe pouco. Quem semeia muito colhe muito (cf. 2Cor 9,6-7).

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No final do mês de maio, em comemoração aos vinte e cinco anos de implantação do Dízimo em nossa Paróquia, aconteceu o primeiro Chá Jubilar da Pastoral do Dízimo, na Igreja Nossa Senhora do Rosário. Foi um momento para partilhar experiencias vividas, contar hitórias e testemunhar as bênçãos. O próximo chá acontece neste mês de julho na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Chá Jubilar da Pastoral do Dízimo

Solenidade de Corpus ChristiA comunidade paroquial esteve reunida no dia 31 de maio, quinta-feira, para a celebração de Corpus Christi. Logo pela manhã, centenas de pessoas, crianças, jovens, famílias inteiras, participaram da Santa Missa e logo após, saíram em procissão pelas ruas da cidade. A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento.

Jubileu De São João BatistaMilhares de pessoas participaram entre os dias 15 e 24 de junho do XII Jubileu em honra a São João Batista, padroeiro da nossa cidade. No dia em que a liturgia celebra a natividade do Precursor de Jesus Cristo, o calendário civil comemora o aniversário da cidade, este ano comemorou-se 314 anos da fundação do arraial de São João do Presídio do Morro Grande (antigamente a cidade levava o nome do nosso padroeiro).No primeiro dia da novena, ao meio-dia o repique de sinos anunciou que nossa comunidade está em festa. A noite, após a missa, o mastro de São João foi erguido em frente ao Santuário para indicar esse tempo festivo.Neste ano, a nossa novena refletiu o sobre a questão da superação da violência e construção de uma cultura de paz.No dia 24, data que celebramos a natividade de João Batista, a procissão com a imagem do padroeiro percorreu as ruas da cidade.Assim como o nascimento de João Batista devolveu a voz a Zacarias, que dê a todos que participaram do Jubileu voz para anunciar a Verdade e denunciar as injustiças.

Pré-DNJ 2018Algumas vezes tem-se a ideia de que os jovens são imaturos, irresponsáveis ou até descompromissados, mas esta, de fato, não é a definição de um jovem que experimentou do amor de Deus. “Nada melhor que um jovem, para evangelizar outro jovem”, diz o Papa Francisco, e é movida por esta verdade que os movimentos jovens da nossa Forania realizaram o Pré-DNJ 2018, no domingo (10/06).O encontro objetivou conduzir uma reflexão sobre o protagonismo juvenil, em nível pessoal, comunitário e social, para construção de uma cultura de paz. Buscou-se também despertar nos participantes a certeza que Deus sempre conta com a juventude, jovens são escolhidos para a missão. “Chamei-te pelo teu nome, tu és meu (Is 43, 1)”. O jovem tem como missão, não se amoldar às estruturas do mundo (Rm 12, 2), mas procurar discernimento para si e para os outros jovens; evangelizar outros jovens, e buscar transformar o mundo segundo o projeto de Deus.Cerca de 160 jovens participaram do encontro. A programação contou com momentos de caminhada, palestras, momentos de espiritualidade, louvor, oficinas.

Sagrado Coração de Jesus

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus faz parte da vida dos nossos paroquianos. Todos os anos, no mês de junho, as crianças prestam homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, com ato de desagravo e coroação.

Meus irmãos e minhas irmãs,

“Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; diversidade de ação, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos (1Cor 12, 4-6)”.

Todos os anos a nossa festa fica mais bonita e acolhedora graças a esse povo lindo que se organiza e se dedica com todo coração para que esse seja realmente um encontro com Deus e com os irmãos.

Todos vocês de alguma forma deram o melhor de si para que o XII Jubileu de São João Batista fosse verdadeiramente uma festa de irmãos.

Teve gente que fez doações; outras que ajudaram nas celebrações, nas preparações da alimentação; trabalharam nas barraquinhas; ajudaram na limpeza; colaboraram na segurança; que se apresentaram artisticamente; gente que rezou conosco e por nós... Cada um deu aquilo que pode e o deu de todo coração. O jubileu termina, mas a gratidão permanece! Deus lhes pague!