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História do Cristianismo Dos Apóstolos do Senhor Jesus até o século XX Ricardo Gondim [email protected]

Patristica

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apresentação sobre os pais da fé

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Histria do CristianismoDos Apstolos do Senhor Jesus at o sculo XXRicardo Gondim

[email protected] o nome dado filosofiacristdos primeiros sete sculos, elaborada pelosPadres da Igreja, os primeiros tericos - da "Patrstica" - e consiste na elaborao doutrinal das verdades de f do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos "pagos" e contra asheresias.

Foram os pais da Igreja responsveis por confirmar e defender a f, a liturgia, a disciplina, criar os costumes e decidir os rumos da Igreja, ao longo dos sete primeiros sculos do Cristianismo. a Patrstica, basicamente, afilosofiaresponsvel pela elucidao progressiva dos dogmas cristos e pelo que se chama hoje deTradio Catlica.

2Apatrsticacaracteriza-se pela indistino entre religio e filosofia. Para os padres da Igreja, a religio crist aexpressontegra e definitiva daverdadeque afilosofia gregaatingira imperfeita e parcialmente.

Comefeito, a Razo (logos) que se fezcarneem Cristo e se revelou plenamente aos homens na suapalavra a mesma que inspirara os filsofos pagos, que procuraram traduzi-la em suas especulaes.3Apatrsticacostumaserdividida em trs perodos. O primeiro, que vai mais ou menos at o sc. III, dedicado defesa do Cristianismo contra seus adversrios pagos e gnsticos (Justino, Taciano, Atengoras, Tefilo, Irineu,Tertuliano, Mincio Flix, Cipriano, Lactncio). O segundo perodo, que vai do sc. III at aproximadamente a metade do sc. IV, caracterizado pela formulao doutrinal das crenas crists; o perodo dos primeiros grandes sistemas defilosofiacrist (Clemente deAlexandria, Orgenes, Baslio, Gregrio Nazianzeno, Gregrio de Nissa, S.Agostinho). O terceiro perodo, que vai da metade do sc. V at ofimdo sc. VIII, caracterizado pela reelaborao e pela sistematizao das doutrinas j formuladas, bem como pelaausnciade formulaes originais (Nemsio, Pseudo-Dionsio, Mximo Confessor, Joo Damasceno, Marciano, Capella,Bocio, Isidoro de Sevilha, Beda, o Venervel). 4Justino (em latim: Flavius Iustinus ou Iustinus Martir), tambm conhecido como Justino Mrtir ou Justino de Nablus (100 - 165 d.C.) foi um telogo do sculo II. Seu lugar de nascimento foi Flvia Nepolis (atual Nablus), na Sria Palestina ou Samaria. Justino foi introduzido na f diretamente por um velho homem que o envolveu numa discusso sobre problemas filosficos e ento lhe falou sobre Jesus. Ele falou a Justino sobre os profetas que vieram antes dos filsofos, ele disse, e que falou "como confivel testemunha da verdade". O ponto central da apologtica de Justino consiste em demonstrar que Jesus Cristo o Logos do qual todos os filsofos falaram, e, portanto, a medida que participam do Logos chegando a expressar uma verdade parcial - vendo a verdade de modo obscuro - graas semente do Logos que neles foi depositada podem dizer-se cristos. Mas uma coisa possuir uma semente e outra o prprio Logos:Aprendemos que Cristo o primognito de Deus e que o Logos, do qual participa todo o gnero humano (Justino - Apol. Prima, 46).Consequentemente, aqueles que viveram antes de Cristo, mas no segundo o Logos, foram maus, inimigos de Cristo (...) ao contrrio aqueles que viveram e vivem conforme o Logos so cristos, e no esto sujeitos a medos e perturbaes (Justino I Apologia).Toda pessoa, criada como ser racional, participa do Logos, que leva desde a gestao e pode, portanto perceber a luz da verdade.Quintus Septimius Florens Tertullianus, conhecido como Tertuliano (ca. 160 - ca. 220 dC)[1] foi um prolfico autor das primeiras fases do Cristianismo, nascido em Cartago na provncia romana da frica[2]. Ele foi um primeiro autor cristo a produzir uma obra literria (corpus) em latim. Ele tambm foi um notvel apologista cristo e um polemista contra a heresia.Embora conservador, ele organizou e avanou a nova teologia da Igreja antiga. Ele talvez mais famoso por ser o autor mais antigo cuja obra sobreviveu a utilizar o termo "Trindade" (em latim: Trinitas)[a] e por nos dar a mais antiga exposio formal ainda existente sobre a teologia trinitria[1][3]. um dos Padres latinos.Algumas das idias de Tertuliano no eram aceitveis para os ortodoxos e, no fim de sua vida, ele se tornou um montanista

5Orgenes , cognominado Orgenes de Alexandria ou Orgenes de Cesaria ou ainda Orgenes o Cristo (Alexandria, Egipto, c. 185 Cesareia, ou, mais provavelmente, Tiro, 253[1]), foi um telogo, filsofo neoplatnico patrstico e um dos Padres gregos. O maior erudito da Igreja antiga - segundo J. Quasten - nasceu de uma famlia crist egpcia e teve como mestre Clemente de Alexandria.Assumiu, em 203, a direo da escola catequtica de Alexandria - fundada por um estico chamado Panteno, que se havia convertido mensagem de Cristo - atraindo muitos jovens estudantes pelo seu carisma, conhecimento e virtudes pessoais.Depois de ter tambm frequentado, desde 205, a escola de Amnio Sacas, fundador do neo-platonismo e mestre de Plotino, apercebeu-se da necessidade do conhecimento apurado dos grandes filsofos.No decurso de uma viagem Grcia, no ano de 230, foi ordenado sacerdote na Palestina pelos bispos Alexandre de Jerusalm e Teoctisto de Cesaria.Em 231, Orgenes foi forado a abandonar Alexandria devido animosidade que o bispo Demtrio lhe devotava pelo fato de se ter castrado e convocou o Conclio de Alexandria (231) com esta finalidade. Tambm, contribui para esse facto o de Orgenes ter levado ao extremo a apropriao da filosofia platnica, tendo sido considerado hertico.Orgenes, ento, passou a morar num lugar onde Jesus havia muitas vezes estado: Cesareia, na Palestina, onde prosseguiu suas actividades com grande sucesso, abrindo a chamada Escola de Cesaria. Na sequncia da onda de perseguio aos cristos, ordenada por Dcio, Orgenes foi preso e torturado, o que lhe causou a morte, por volta de 253.Os seus ensinos foram condenados ainda pelo Conclio de Alexandria de 400 d.C. e pelo Segundo Conclio de Constantinopla, em 533, o que demonstra terem perdurado at ao sculo VI.

6Orgenes escreveu - diz-nos So Jernimo em De Viris Illustribus[1] - nada menos que 600 obras, entre as quais as mais conhecidas so: De Princippis; Contra Celso e a Hxapla. Entre os seus numerosos comentrios bblicos devem ser realados: Comentrio ao Evangelho de Mateus e Comentrio ao Evangelho de Joo. Hxapla um termo usado para designar uma bblia editada em seis verses. Aplica-se, mais especificamente, a edio do Velho Testamento por Orgenes, onde h seis colunas:

1- Hebraica;2 - do hebraico transliterado[1] em grego;3 - verso de quila de Sinope;4 - verso de Smaco, o ebionita;5 - Septuaginta;6 - verso de Teodcio de feso;

O trabalho original atualmente est perdido, mas h fragmentos que foram publicados em diversas edies, como a de Frederick Field em 1875.Os fragmentos esto sendo novamente editados (com novo material descoberto desde a edio Field) por um grupo internacional de pesquisadores da Septuaginta. O trabalho conhecido como The Hexapla Project[2] e patrocinado pela The International Organization for Septuagint and Cognate Studies [3] e dirigido por Peter J. Gentry (Seminrio Teolgico Batista do Sul - EUA)[4], Alison G. Salvesen (da universidade de Oxford e Bas ter Haar Romeny ( da universidade de Leiden).

7Aurlio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona,[1] conhecido como Santo Agostinho[2] (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, telogo, filsofo e um Padre latino e Doutor da Igreja Catlica.

Agostinho uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniquesmo e pelo neoplatonismo de Plotino, mas depois de tornar-se cristo (387), ele desenvolveu a sua prpria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de mtodos e perspectivas diferentes. Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Imprio Romano do Ocidente comeou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (em um livro de mesmo nome), distinta da cidade material do homem. Seu pensamento influenciou profundamente a viso do homem medieval. A Igreja se identificou com o conceito de "Cidade de Deus" de Agostinho, e tambm a comunidade que era devota de Deus.

Na Igreja Catlica, e na Igreja Anglicana, considerado um santo, e um importante Doutor da Igreja, e o patrono da ordem religiosa agostinha. Muitos protestantes, especialmente calvinistas, o consideram como um dos pais telogos da Reforma Protestante ensinando a salvao e a graa divina.

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O suprfluo dos ricos propriedade dos pobres.Ningum faz bem o que faz contra a vontade, mesmo que seja bom o que faz.Dois homens olharam atravs das grades da priso;um viu a lama, o outro as estrelas.A angstia de ter perdido, no supera a alegria de ter um dia possudo... conhece-se melhor a Deus na ignorncia.Com o corao se pede. Com o corao se procura. Com o corao se bate e com o corao que a porta se abre.Ter f assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.O orgulho a fonte de todas as fraquezas, por que a fonte de todos os vcios.9O Concilio de Nicia

O Concilio de NiciaO Primeiro Conclio de Niceia foi um conclio de bispos cristos reunidos na cidade de Niceia da Bitnia (atual znik, Turquia), pelo imperador romano Constantino I em 325 O conclio foi a primeira tentativa de obter um consenso da igreja atravs de uma assembleia representando toda a cristandade.O seu principal feito foi o estabelecimento da questo cristolgica entre Jesus e Deus, o Pai; a construo da primeira parte do Credo Niceno; a fixao da data da Pscoa; e a promulgao da lei cannica.Os pontos discutidos no snodo eram:

A questo ariana (A Controvrsia ariana um termo que agrupa um conjunto de controvrsias relacionadas ao Arianismo que dividiram a Igreja crist desde um pouco antes do Conclio de Niceia at depois do Primeiro Conclio de Constantinopla em 381 dC. A mais importante destas controvrsias tem a ver com a relao entre Deus Pai e Deus Filho. "Se o Pai gerou o Filho, ele que foi criado teve um incio na sua existncia. Da evidente que houve um tempo em que o Filho no existia. Segue necessariamente que sua substncia veio do nada.A celebrao da Pscoa (pscoa judaica e pscoa crist) O cisma de Melcio de Licpolis (a primazia da igreja perante as perseguies, quem era o bispo original)O batismo de herticos (discutiram a necessidade de necessidade de re-batizar todos os que tinham sido batizados por um hertico)O estatuto dos prisioneiros na perseguio de Licnio.(cunhado de Constantino removido do trono)10Ano 405 Jernimo completa a - Vulgata a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edio, traduo ou leitura de divulgao popular" - a verso mais difundida (ou mais aceita como autntica) de um texto.No sentido corrente, Vulgata a traduo para o latim da Bblia, escrita entre fins do sculo IV incio do sculo V, por So Jernimo, a pedido do Papa Dmaso I, que foi usada pela Igreja Catlica e ainda muito respeitada.Nos seus primeiros sculos, a Igreja serviu-se sobretudo da lngua grega. Foi nesta lngua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de So Paulo, bem como muitos escritos cristos de sculos seguintes.No sculo IV, a situao j havia mudado, e ento que o importante biblista So Jernimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e rev a Vetus Latina.A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fcil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por sculos a nica, verso da Bblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e no da traduo grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, So Jernimo selecionou e revisou textos. Ele inicialmente no considerou cannicos os sete livros, chamados por catlicos e ortodoxos de deuterocannicos. Porm, seus trabalhos posteriores mostram sua mudana de conceito, pelo menos a respeito dos livros de Judite, Sabedoria de Salomo e o Eclesistico (ou Sabedoria de Sirac), conforme atestamos em suas ltimas cartas a Rufino. Chama-se, pois, Vulgata a esta verso latina da Bblia que foi usada pela Igreja Catlica Romana durante muitos sculos, e ainda hoje fonte para diversas tradues.O nome vem da expresso vulgata versio, isto "verso de divulgao para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na distino consciente ao latim elegante de Ccero, do qual Jernimo era um mestre.11Conclio de CalcedniaO Conclio de Calcednia foi um conclio ecumnico que se realizou de 8 de Outubro a 1 de Novembro de 451 em Chalkedon, uma cidade da Bitnia, na sia Menor. Foi o quarto dos primeiros sete Conclios da histria do cristianismo, onde foi repudiada a doutrina de Eutiques relativa ao monofisismo e declarada a dualidade humana e divina de Jesus, a segunda pessoa da Santssima Trindade.Presidido por Pascnio, as principais decises deste Conclio foram:Condenao da simonia, ( a venda de "favores divinos", benes, cargos eclesisticos, promessa de prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, etc. em troca de dinheiro) de casamentos mistos ( de catlicos e de outras religies) e ordenaes absolutas (realizada sem que o novo clrigo tivesse determinada funo pastoral).Deposio e Condenao de utiques de Constantinopla (criador do monofisismo - Monofisismo (em grego monos - "um, nico" - e physis - "natureza") a posio cristolgica de que Cristo tinha apenas uma natureza, e Discoro I (444-451) de Alexandria. Aprovao do Tomo ad Flavianus de Leo.Afirmao da existncia de duas naturezas na nica Pessoa de Cristo: Diofisismo, contra o monofisismo:12800Carlos Magno coroado imperador

Nascido em 742, Carlos Magno tornou-se, aps a morte de seu pai e de seu irmo, o nico rei de um territrio do qual faziam parte Frana e um pedao da Alemanha. Com objetivo de fazer com que os povos brbaros se convertessem ao Catolicismo, ele incentivou vrias guerras de conquista. Conquistou grande parte da Europa e recuperou o Imprio Romano do Ocidente. Em 800, foi nomeado imperador do Sacro Imprio Romano Germnico pelo Papa Leo III. Aps ser coroado imperador do Sacro Imprio Romano Germnico, passou a ter tanta autoridade quanto o papa. Desta forma, conseguiu consolidar o imprio franco, do qual fazia parte a Frana, alm de grande faixa da Catalunha, Navarra e Arago (atual Espanha), os Pases Baixos, a Alemanha e a Itlia Central e Setentrional.Apesar de ter somente o conhecimento da leitura e no o da escrita, incentivou s artes e s cincias, investiu na reforma da grafia das letras, fundou escolas e incentivou o ensino. Este grande imperador morreu no ano 814, deixando seu grandioso imprio para seu filho Lus; contudo, este, ao contrrio do pai, no foi capaz de continu-lo.131054O cisma entre Oriente e Ocidente

As igrejas do Oriente e do Ocidente separaram-se no transcorrer de vrios anos. O que um dia fora uma nica igreja, paulatinamente se dividiu em duas identidades distintas.Diferenas quanto a detalhes insignificantes ampliaram o conflito. O Oriente usava o grego, ao passo que o Ocidente utilizava o latim, graas Vulgata e aos telogos ocidentais que escreveram nessa lngua. As formas de culto eram diferentes: o po usado na comunho, assim como a data para a Quaresma e a maneira pela qual a missa deveria ser celebrada eram tambm distintas. No Oriente, o clero podia se casar e usava barba. Os sacerdotes ocidentais no podiam se casar e apresentavam o rosto completamente barbeado.As teologas eram diferentes. O Oriente se sentia desconfortvel com a doutrina ocidental do purgatrio. O Ocidente usava a palavra latina filoque "e do Filho" no Credo niceno, depois de que a clusula sobre o Esprito Santo estabeleceu que o Esprito "procede do Pai". Para o Oriente, essa adio era heresia 141095O papa Urbano II lana a primeira Cruzada

A Primeira Cruzada foi proclamada em 1095 pelo papa Urbano II com o objetivo duplo de auxiliar os cristos ortodoxos do leste e libertar Jerusalm e a Terra Santa do jugo muulmano. Na verdade, no foi um nico movimento, mas um conjunto de aces blicas de inspirao religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres e a Cruzada de 1101.Comeou com um apelo do Imperador Bizantino Aleixo I Comneno ao papa para o envio de mercenrios para combater os turcos seljcidas na Anatlia. Mas a resposta do cristianismo ocidental rapidamente se tornou em uma verdadeira migrao de reconquista territorial no Levante. Nobreza e povo de vrias naes da Europa Ocidental fizeram a peregrinao armada at Terra Santa, por terra e por mar, e retomaram a cidade de Jerusalm em Julho de 1099, criando o Reino Latino de Jerusalm e outros estados cruzados.A Primeira Cruzada representou um marco na mentalidade e nas relaes de cristos ocidentais, cristos orientais e muulmanos. Apesar das suas conquistas terem eventualmente sido completamente perdidas, tambm foi o incio da expanso do ocidente que, juntamente com a Reconquista da Pennsula Ibrica, resultaria na aventura dos descobrimentos[1] e no imperialismo ocidental.15