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s o Pedro o vozeiro comarcal de NÓS-Unidade Popular da comarca de Compostela Ano XIV • nº 49 •Fevereiro 2013 Dez meses após a demissom de Gerardo Conde Roa como Presidente da Cámara de Compostela por delito fiscal, o seu substituto deve adotar idêntico caminho. Ángel Currás nom tem mais alternativa que demitir. Nom só é umha obriga ética e política, é umha exigência da imensa maioria da vizinhança compostelana. A imputaçom de Angel Currás na operaçom Pokémon, assim como do seu chefe de gabinete, Francisco Castro Allegue, nom só constata a solvência da investigaçom em curso contra a também concelheira Rebeca Domínguez e dous funcionários municipais, é umha evidência da mais que provável implicaçom do conjunto do grupo municipal do PP de Compostela nas tramas de corrupçom por adju- dicaçons públicas. Quando num cesto há várias maçás podres é complicado evitar que o resto também apodreçam. A única forma de evitá-lo e retirá-las o antes possível. Neste caso é difícil de compreender e justificar que o conjunto do grupo mu- nicipal do PP, os seus 13 concelheiros e concelheiras, nom tenham estado ao tanto destas irregularidades, primeiro das de Conde Roa, e agora das de Angel Currás, Rebeca Domínguez e Albino Vázquez Aldrei. De facto nom será descartável, e mesmo mui provável que quando estejas lendo este Pedroso mais concelheir@s do PP Continua na página 2 www.nosgaliza.org O Pedroso entrevista Eva Cortinhas Responsável do Grupo de base de BRIGA de Compostela Análise Para o PP o povo sobra nas ruas Derrogaçom da Ordenança Municipal de Usos da Via Pública Demissom de Currás e dissoluçom da Corporaçom Municipal As maçás podres do cesto som mais de três!!

Pedroso nº 49

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Saiu do prelo o vozeiro da Assembleia Comarcal de NÓS-UP de Compostela. A capa do jornal solicita a demissom de Angel Currás, atual alcaide da capital da Galiza imputado na operaçom Pokémon, assim como a dissoluçom da Corporaçom Municipal. A editorial, que reproduzimos integramente, analisa a profunda crise política e institucional que padece a capital da Galiza desde que o PP ganhou por um punhado de votos as últimas eleiçons municipais.

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Dez meses após a demissom de Gerardo Conde Roa como Presidente da Cámara de Compostela por delito fiscal, o seu substituto deve adotar idêntico caminho. Ángel Currás nom tem mais alternativa que demitir. Nom só é umha obriga ética e política, é umha exigência da imensa maioria da vizinhança compostelana.

A imputaçom de Angel Currás na operaçom Pokémon, assim como do seu chefe de gabinete, Francisco Castro Allegue, nom só constata a solvência da investigaçom em curso contra a também concelheira Rebeca Domínguez e dous funcionários municipais, é umha evidência da mais que provável implicaçom do conjunto do grupo municipal

do PP de Compostela nas tramas de corrupçom por adju-dicaçons públicas.

Quando num cesto há várias maçás podres é complicado evitar que o resto também apodreçam. A única forma de evitá-lo e retirá-las o antes possível. Neste caso é difícil de compreender e justificar que o conjunto do grupo mu-nicipal do PP, os seus 13 concelheiros e concelheiras, nom tenham estado ao tanto destas irregularidades, primeiro das de Conde Roa, e agora das de Angel Currás, Rebeca Domínguez e Albino Vázquez Aldrei.De facto nom será descartável, e mesmo mui provável que quando estejas lendo este Pedroso mais concelheir@s do PP

Continua na página 2

www.nosgaliza.org

O Pedroso entrevista

Eva Cortinhas

Responsável do Grupo de base de BRIGA de Compostela

Análise

Para o PP o povo sobra nas ruas

Derrogaçom da Ordenança Municipal de Usos da Via Pública

Demissom de Currás e dissoluçom da Corporaçom Municipal

As maçás podres do cesto som mais de três!!

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estejam imputados no caso Poké-mon ou em outras investigaçons penais.

O conjunto do governo municipal de Compostela está direta e indi-retamente implicado em irregula-ridades na concessom de serviços, manipulaçom documental, prevari-caçom, fraudes e outras ilegalida-des. É em toda regra um governo corrupto, um governo bandido.

As vizinhas e vizinhos da capital da Galiza temos a má sorte de levar-mos quase dous anos assistindo a um espetáculo lamentável em Rajói. Primeiro aos shows patéticos e ver-gonhosos, às políticas fascistoides de um extravagante e depreciável personagem que sofria de inconti-nência verbal e visceral desprezo polo povo humilde e honrado da ci-dade e das paróquias rurais.

Posteriormente à queda e cessa-mento/demissom de Conde Roa todo segue igual. Todo mudou para nom mudar nada, afirmávamos no anterior Pedroso. A realidade cons-tatou os prognósticos que realizou NÓS-Unidade Popular a inícios do passado verao. O “caladinho” e tam discreto Ángel Currás nom só foi a pessoa escolhida por Conde Roa para que ocupasse a alcaldia frente as ambiçons de Paula Prado, mas mantém, como nom podia ser de outro jeito, idênticas receitas polí-ticas privatizadoras, repressoras e espanholistas, e as mesmas formas de governar, desviando fundos pú-blicos, manipulando documentos, mentindo descaradamente ao povo de Compostela, incapaz de solucio-nar os problemas do desemprego, tránsito, vivenda, etc.

Acumulaçom de acusaçonsAgora o Julgado de Instruçom nú-mero 1 de Compostela acaba de imputar por prevaricaçom e acosso moral a Currás, a Conde Roa, a Al-bino Vázquez Aldrei -atual conce-lheiro de “Mobilidade, Segurança Cidadá, Tránsito, Grua e ORA”, assim como a María del Mar Hi-nojosa -a tenente da Guardia Civil que Conde Roa designou “Chefa de segurança” nos seus 9 meses como alcaide.

Os factos da denúncia tenhem ori-gem na detençom dias antes das eleiçons municipais de maio de 2011 de Angel Espadas, o assessor e “homem de confiança” de Conde Roa no Concelho, quando foi sur-preendido bêbedo, dormindo no in-terior, sobre o volante do seu carro, ligado e parado no meio da rua. O mesmo individuo que ia de número 3 nas listas eleitorais do PP, o mes-mo que acompanhava a Conde Roa nas suas incursons provocadoras contra o botelhom, o mesmo que se convertera num látego contra o consumo pola juventude de álcool na rua, foi detido às 6.35 de um sá-bado de março de 2011 triplicando a taxa de álcool permitida.

Após ter previamente renunciado ir na lista do PP e ser condenado polos julgados, Conde Roa nom demorou em reabilitar Espadas e nomeá-lo chefe de gabinete.

Posteriormente a estes lamentá-veis sucessos, José Antonio Carril, o agente da policía municipal, que substituía ao chefe desse corpo na noite da detençom de Espadas, foi degradado e padeceu por parte de Conde Roa e Angel Currás pres-sons, ameaças, insultos e persegui-

çons para retirar a denúncia. Por este motivo ambos “peixes” terám que comparecer novamente no jul-gado.

Caos, divisom, crise e desgovernoA situaçom atual do governo muni-cipal do PP semelha mais um bipar-tido enfrentado entre dous bandos que um governo sólido que goza de umha cómoda maioria absoluta. Por um lado Currás e os seus concelhei-ros acólitos, e por outro a fraçom encabeçada por Paula Prado.A situaçom de divisom que se ar-rasta desde a investidura de Currás rebentou, emergindo ao exterior, polo pánico que a Operaçom Poké-mon provoca no governo do PP. Falsificaçom de documentos, de-núncias de espionagem telefónico e de correios eletrónicos entre a o grupo municipal do PP, convertem o Concelho num autêntico caos.

Nom existe mais alternativa que a imediata demissom de Ángel Currás e dos outros 12 concelheiros e conce-lheiras, e a dissoluçom da corporaçom municipal para sair desta profunda crise e desgoverno que tem paralisada a cidade e o conjunto do município.

Nom é de estranhar que Currás, ao igual que os ex-presidentes da Cá-mara de Boqueixom e de Ourense, do PP e PSOE respetivamente, esteja implicado nesta trama, pois o grau de putrefaçom do sistema político é tam elevado que salpica a prática totalida-de da cleptocrática casta política que padecemos.

Ainda que este tipo de cousas deixou de gerar surpresa, o povo trabalhador nom pode deixar-se arrastar polo de-sencanto e a resignaçom.

Sabemos que a corrupçom é ineren-te à casta política que padecemos, mas nom por isso devemos permitir seguir sendo governados por indi-víduos da altura moral de Gerardo Conde Roa ou de Ángel Currás. Nom podemos seguir aturando que o palácio de Rajói seja umha autên-tica cova de “Ali-Babá e os quaren-ta ladrons”.

Os mesmos que nos exigem aper-tar-nos o cinto, paciência e compre-ensom à hora de assumir a dureza da crise capitalista, dedicam-se a enriquecer-se mediante o roubo ins-titucional e a corrupçom.

O povo trabalhador de Compostela e as suas organizaçons populares, por higiene e dignidade devem im-plementar as iniciativas oportunas para evitar que a capital da Gali-za siga governada por corruptos e delinquentes. NÓS-UP tem plena disponibilidade a participar neste objetivo.

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A crise institucional que padece Compostela desde que o PP logrou a presidência da Cámara Municipal pola mínima margem de um punhado de votos semelha nom ter fundo. Perante esta gravíssima situaçom resulta incom-preensível a atitude da oposiçom institucional.

PSOE e BNG seguem instalados no timoratismo. Falta decisom e vontade política para forçar a queda -por outro lado inevitável-, de Currás e da banda de delinqüentes que hoje ocupam Rajói.

Até agora as iniciativas que partírom do campo popular nom atingírom a dimensom que a situaçom demanda.

Destacamos e avaliamos como mui positiva a uni-dade de açom atingida pola prática totalidade das or-ganizaçons políticas da esquerda de Compostela sem representaçom na corporaçom com parte dos movi-

mentos sociais, mas cumpre alargar o acordo, ocupar as ruas, divulgar a sua existência e obviamente umha maior implicaçom para somar às mobilizaçons a maio-ria social do povo trabalhador de Compostela.

Currás e companhia som um cadáver político. Se ainda agüentam no posto é porque Feijó

nom tem ainda decidido o recámbio ajeit-ado nessa gaiola de grilos que é o grupo municipal do PP compostelano, queb-rado por confrontos, intrigas, ambiçons e ódios pessoais. As denúncias de espio-nagem que se fam entre eles é a expres-

som mais clara da sua desfeita e perda de credibilidade.

O “ascenso” de Paula Prado na hierarquia regional do PP deve ser interpretado como parte da soluçom que o povo compostelano nom podemos avalizar. À margem da impossibilidade legal de convocar eleiçons antecipadas pola negativa

do PP, é necessário nom só insistir na demissom de Ángel Currás, há que solicitar a dissoluçom da corporaçom municipal. Que medos tem a oposiçom institucional, PSOE e BNG, para nom reclamar com a boca grande e sem ambigüidades a saída imediata desta banda de ladrons e corruptos?

A cidade nom se pode permitir seguir ingovernada, as-sistir à peregrinaçom polos julgados de alcaides, con-celheiras, assessores, responsáveis de “segurança”, altos funcionários.Compostela nom pode estar dia sim e dia também ocupando as capas dos meios de comunicaçom porque a equipa de governo está imputada em escándalos de corrupçom, de tráfico de influências, fraudes a Fazenda, delitos urbanísticos, manipulaçom de documentos pú-blicos, borracheiras e indecorosos comportamentos de cargos institucionais, etc etc.

Nom podemos seguir permitindo esta situaçom. Enquanto se incrementa o desemprego, os bancos roubam a casa a vizinhos e vizinhas, a juventude emigra, fecham negó-cios, aumenta a repressom com a implicaçom direta da Polícia Municipal, quem deve dar soluçons aos problemas dedica-se a engordar o seu património a custa de todas e todos nós.

Chegou o momento de botá-los, mas também de exigir re-sponsabilidades penais e estabelecer mecanismos de controlo popular sobre um sistema político por essência corrupto e in-justo.O novo governo que mais tarde ou mais cedo ocupe Rajói tem umha pri-oridade: realizar umha auditoria sobre os governos municipais de Bugalho, Conde Roa e Currás. A impunidade deve ser desterrada definitivamente.

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Há seis anos a Gentalha do Pichel iniciava a re-cuperaçom da festa tradicional galega do Solstí-cio de Inverno: o Apalpador. A piques de desa-parecer, o Apalpador é possivelmente a tradiçom galega mais antiga. Com limitados recursos mas com autêntica ilussom militante pugemo-nos a trabalhar, investigar, editar textos e livros, e re-alizamos o passa-ruas com o velho carvoeiro, para socializar a sua figura e reconciliá-la no-vamente com todo o povo galego, que séculos atrás partilhava esta tradiçom pré-cristiá.

Mesmo nos deslocámos até o Courel para seguir os passos do nosso carvoeiro e conhecê-lo de

primeira mao. O Apalpador continuava vivo na memória dos mais velhos, mas nom só do Courel. A sona do Apalpador também camin-hava pola comarca do Návia-Eu, no Berço e no vale de Íbias ao tempo que punham de mani-festo a superaçom da fronteira autonómica. Em Samos, Sárria, o Íncio, Trives,… recolhemos dezenas de gravaçons que documentam e rati-ficam a existência do Apalpador, e que fôrom compiladas num documentário que a Gentalha apresentou no Natal, e servirá para dar nos den-tes a todos os inimigos do galego e do Apalpa-dor, que como Xosé Luis Mendez Ferrín (presi-dente da RAG) afirmárom que o Apalpador era um “invento”. Perante a desídia das instituiçons culturais e universitárias do País, foi o movi-mento galego, capitaneado polos centros soci-ais, quem tomou a iniciativa, fruto da qual se recuperou a tradiçom do Apalpador.

O Apalpador é umha tradiçom viva, mas nos seus últimos latejos. Esta circunstáncia mo-tivou que existam multidom de enriquecedoras versons do Apalpador, do dia da sua chegada e mesmo da sua denominaçom. Devido à pres-som do cristianismo e à expansom de figuras natalícias alheias -como o Pai Natal e os Reis Magos-, o Apalpador aparece registado em da-tas diversas. Isto pode-se explicar polo desejo da religiom católica de erradicar esta tradiçom. Ao nom lograr o objetivo pola popularidade da

tradiçom do Apalpador -que explica que por isso chegasse viva ao século XXI- a celebra-çom pudo passar a se festejar numha data alter-nativa à original. Outra possibilidade derivaria da confussom do fim do ciclo anual (solstício de Inverno, 24-dezembro) com o fim do ano do calendário atual (31-dezembro).

Seja como for, originalmente só existe umha data única em que vem o Apalpador: a noite do 24 de dezembro, o dia do Solstício de Inverno. Porque o Apalpador, ao igual que outros Pai Natal euro-peus (Olentzero, Esteru, Jouluppuki,...), é a per-sonificaçom do tempo que remata, simbolizado na sua vestimenta desgastada, a imagem do ano velho. O Apalpador é o símbolo do tempo cí-clico, do passo do outono cara o inverno. No referente ao seu nome também documentamos várias possibilidades: Apalpador, Apalpabarri-gas, Apalpadoiro, Pandigueiro, Apalpadores…. Antropólogos e especialistas afirmam com ro-tundidade que os diversos qualificativos alu-dem ao mesmo Pai Inverno. Mas ainda que te-mos esta riqueza denominativa nom existe um Apalpador por paróquia ou província; só há um único Pai Natal, documentado em mais de 80% dos registos: o Apalpador.

o p i n i o mNa noite do 24 de dezembro chegou o Apalpador!

Anjo Rua Nova

Anjo Rua Nova é historiador e forma parte da Comissom de História da Gentalha do Pichel

Page 4: Pedroso nº 49

Quais som os principais proble-mas e demandas da juventude compostelana?Ao igual que no resto do país, po-demos afirmar que o principal pro-blema que afronta hoje a juventude compostelana representa-o as ele-vadas cifras de desemprego juvenil. Numha cidade em que mês a mês as cifras oficiais demonstram-nos como se destroem de jeito impará-vel postos de trabalho, a quantidade

de jovens que fôrom enviadas para o desemprego, somada à daquelas que ainda procuram o seu primeiro posto laboral, fam deste um proble-ma de terríveis consequências para a juventude da cidade. Frente a esta difícil situaçom, a Cámara Municipal que padecemos continua na via da auto-complacên-cia atuando entusiasticamente como agência de colocaçom de jovens em grandes empresas multinacionais com presença na cidade ou acolhen-do e promovendo as chamadas “fei-ras do emprego”. Eufemisticamente vendidas como campanhas de pro-moçom do mercado laboral, na re-alidade trata-se de eventos nos que engravatados funcionários e empre-sários europeus tenhem a oportuni-dade de dirigir-se a umha juventude desesperada por introduzir-se no mercado laboral, sendo animada a vender a sua força de trabalho em países do centro capitalista sob con-diçons amplamente vantajosas para o patrom. Eis as políticas de promo-çom do emprego do governo muni-cipal: fomentar que a juventude da

cidade emigre como mao de obra barata noutros países, aprofundando assim o grave problema de emigra-çom juvenil que devasta a Galiza, e colaborar com as grandes multi-nacionais ajudando-lhes a procurar juventude da cidade pronta para ser explorada no posto de trabalho.

A auto-organizaçom juvenil é bai-xa, mas a sua presença nas mobili-zaçons populares vai em aumento

A baixa auto-organizaçom, conse-quência da despolitizaçom e aliena-çom à que o sistema capitalista tem condenado à juventude, começa a ser vencida por um evidente aumen-to do descontentamento e do nível de consciência, derivado à sua vez da crescente precarizaçom das con-diçons de vida da juventude traba-lhadora. Impossibilitadas de aceder a um posto de trabalho, padecendo umhas

condiçons laborais cada vez piores, sem podermo-nos emancipar do do-micílio familiar, sofrendo a miséria material..., nom é de estranhar que a juventude nom só aumente a sua presença nas mobilizaçons popula-

res, mas também que comece a de-senvolver um incipiente papel prota-gonista no seio das mesmas.

Governo municipal do PP, como antes do PSOE-BNG, carecem de preocupaçom pola juventude, centrando-se na criminalizaçom do botelhomO governo municipal mostra nula preocupaçom polas principais pro-blemáticas da juventude. Bem lon-

ge disso continua com a sua teima criminalizadora das atividades tipi-camente atribuídas às e aos jovens como é o caso do “botelhom”. Des-proporcionadas multas de até 750€ para maiores de 18 anos e de entre 600 e 3.000€ para menores dessa idade, suponhem cada noite quan-tiosas recadaçons para o Concelho. Resulta irónico que numha cidade com umha taxa de desemprego ju-venil disparada e com um crescente número de famílias que vivem sob o umbral da pobreza, a Cámara Mu-nicipal opte pola via da repressom económica do “botelhom”. É mais, mofando-se da difícil situaçom eco-nómica que se padece em muitos lares, distribui maciçamente propa-ganda repressiva dirigida à juventu-de com mensagens que “informam” das multas que receberám por beber na rua. Umha manobra que evidencia a natureza fascistoide da Cámara de Compostela, optando pola via crimi-nalizadora, de repressom e sufoca-mento económico da juventude e as suas famílias, no canto de medidas educativas dirigidas a fomentar um

consumo responsável ou a oferecer alternativas válidas de ócio juvenil. Quais som as alternativas da ju-ventude da esquerda independen-tista frente o desemprego e falta de oportunidades?A atual situaçom de miséria que pa-dece a juventude nom é casual, nem produto dumha má gestom dum governinho de turno, nem muito menos é pontual, como nos querem

fazer acreditar, mas é derivada dum sistema depredador que se alimen-ta da exploraçom da maioria social para benefício duns poucos. Um sis-tema que agora nom reporta tantos benefícios para essa minoria domi-nante conduzindo a um aumento da exploraçom cujas vítimas principais somos a juventude e as mulheres. Assim, se o problema está no siste-ma, a alternativa é clara: derrubar o capitalismo como única forma possí-vel de rematar com esta situaçom de miséria e injustiça que padecemos.

Qual é hoje a funçom dumha or-ganizaçom revolucionária juvenil como BRIGA?A nossa tarefa principal é continuar oferecendo o necessário espaço para auto-organizaçom da juventude e, desde parámetros estritamente juve-nis, trabalhar juntas no combate sem trégua contra o Capital como siste-ma opressor da classe trabalhadora, derrubando com ele o Patriarcado como o seu fiel aliado e a Espanha como projeto nacional ao seu exclu-sivo serviço.

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4 O Pedroso entrevista

Eva Cortinhas FerreiraResponsável do Grupo de base de BRIGA de Compostela

“As políticas de emprego do governo

municipal som fomentar que

a juventude da cidade emigre como mao de obra barata a

outros países”

“A juventude nom só aumenta a sua presença

nas mobilizaçons populares, desenvolve um incipiente papel

protagonista no seio das mesmas”

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Finalmente 25 de outubro de 2012 o pleno do Concelho aprovou a re-daçom definitiva da “Ordenança re-guladora de atividades, instalaçons e ocupaçons da via pública”, poste-riormente publicada no BOP da Co-runha de 8 de novembro.Esta ordenança municipal volta ser umha normativa claramente restriti-va e repressiva, pola que o Concelho pretende regular e também cobrar pola prática totalidade do que qual-quer pessoa ou entidade faga nos espaços públicos municipais, seja umha atividade comercial ou qual-quer outra de tipo cultural ou mesmo reivindicativo.

O projeto apresentado o passado mês de maio apenas sofreu modificaçons mediante duas emendas de caráter formal e umha terceira que habilita ao alcaide para dirimir em tramita-çons fora de prazo, outorgando-lhe umha discrecionalidade quase plena para decidir que atividades se autori-zam ou nom.

Fôrom muitas as vozes que nestes meses tenhem denunciado esta or-denança polo seu caráter reacionário e antidemocrático, que está na linha dumha tendência legislativa presente na prática maioria da administraçons políticas de todo o território do Es-tado pola que se lhe querem pôr im-pedimentos à organizaçom popular e aos protestos sociais.

O problema que temos detetado é que quando se estám a denunciar es-tas normativas, incluída a ordenança compostelana, há um interesse por parte dalguns elementos e entidades ligadas a organizaçons da “esquerda-sistémica” de apresentar estes cortes nas liberdades como umha novidade atribuível em exclusiva ao PP. Esta intençom é especialmente chamativa no caso de Compostela, cidade no que o uso discrecional de normativas municipais restritivas para censurar ou dificultar atividades públicas de entidades politicamente incómodas, especialmente as ligadas à esquerda independentista, nom resulta para nada novidosa já que era algo comum durante o tempo dos governos bipar-tidos, alicerçada na altura na também

restritiva Normativa de Proteçom do Meio Ambiente Urbano.

NÓS-Unidade Popular leva mais dumha década denunciando e com-batendo a restriçom das liberdades básicas de expressom na cidade, as-sim como a implantaçom de video-cámaras nas ruas, como um mecanis-mo básicamente dirigido ao controlo

da populaçom. Durante este período, entre umha enorme “solidom”, foi a esquerda independentista e diversos coletivos sociais quem confrontárom as políticas do ex-alcaide José San-chez Bugalho. Dezenas de milhares de euros em multas, arrestos domi-ciliários, permanentes juízos, vexa-mes, golpes, acosso e perseguiçom permanente da polícia municipal, nom lográrom impedir o legítimo exercício da liberdade de expressom nas ruas e muros de Compostela. Os custos fôrom elevados, mas a firme-za mantida valeu a pena.

Incremento da oposiçom à censura municipalO incremento do espectro de organi-zaçons e entidades às que se lhe apli-cárom medidas censoras caraterizou a breve etapa do nefasto período de Conde Roa ao mando de Rajói. Já nom só foi a esquerda indepen-dentista e anticapitalista, senom todo o que cheirasse levemente a pro-gressista o que sofria de proibiçons, imposiçom de medidas cautelares abusivas ou multas arbitrárias. O que

conseguiu o governo do PP em Com-postela é dar umha dimensom mais plural ao espectro social que recebe esta forma concreta de repressom.O seu sucessor, Angel Currás, man-tém inalterável a folha de rota repres-sora, embora de forma mais discreta e silenciosa que a praticada polo de-missionário ex-alcaide, imputado por fraudes e diversas irregularidades.

Porém esta “democratizaçom” da re-pressom municipal pode ser um pon-to de arranque para alargar a massa crítica e enxergar umha nova etapa de luita social que tenha com alvo recuperar a rua como espaço de livre expressom popular.

A atitude deste governo municipal, ao igual que os presididos por Buga-lho, consiste em empregar a discre-cionalidade que lhe permite a norma para premiar às entidades afins e submissas e castigar às que nom som “da corda”. NÓS-UP demanda a derrogaçom desta normativa e simultaneamente o estabelecimento dumhas pautas mínimas que garantam o livre uso do espaço público, diferenciando ni-tidamente as exigências para as ini-ciativas de caráter social, que devem ficar isentas do pago de fianças, das iniciativas de caráter empresarial. As organizaçons sociais, sindicais e populares, o tecido associativo deve participar ativamente na sua elabo-raçom. Deve ser estabelecido um barema de equanimidade na conce-

som de infraestruturas municipais, para evitar os favoritismos aos quais a administraçom municipal nos tem acostumado à hora de ceder recursos públicos a algumhas entidades ao tempo que as nega a outras.

A lógica que deveria presidir qual-quer ordenamento legal dos usos do espaço público é a de entender que

este está para o livre uso de todo o povo, sendo a obriga do Concelho garantir o seu livre aceso, e nom como até o momento, no que as ad-ministraçons atuam como se o espa-ço público fosse da sua propriedade e concedem o uso como se dum pri-vilégio se tratasse, quando suposta-mente estamos a falar do exercício de direitos.

Aguardemos que desta traumática experiência, mais traumática para as entidades que a sofrem como algo novo que para as que já a levamos sofrendo anos, agrome umha nova consciência democrática entre o te-cido social da nossa cidade e que permita derrogar todas as normati-vas que em Compostela bloqueiam a liberdade de expressom e manifes-taçom.

Até entom seguiremos vendo-nos nas ruas, na luita quotidiana por construir espaços de liberdade, fa-zendo frente à repressom deste go-verno municipal.

Para o PP o povo sobra nas ruasDerrogaçom da Ordenança Municipal

de Usos da Via Pública

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Um curioso efeito secundário que está ter a crise económica na política local compostelana é o de pôr freio às pulsons hiperdesenvolvementistas dos governos municipais, ao tempo de magnificar a dimensom megalómana de quem senta, e também de quem sentou, nas cadeiras do governo munici-pal em Rajói durante os passados anos. O corte em mais de 400 milhons do investimento destinado à Comunidade Autónoma Galega nos Orçamentos Gerais do Estado para 2013, tem-se traduzido na nossa cidade num brusco freio aos projetos estrelas de construçom de infraestrutu-ras, em especial os ligados à conexom ferroviária da alta velocidade, mas também nos referentes às vias e autoestradas de aceso à cidade ou a outras instalaçons como a depuradora da Silvouta.O congelamento no investimento público, que coincide com a reduçom do investimento privado na construçom, está a coincidir com a posta de re-levo dos graves défices em previsom de inversons e na planificaçom de crescimento da cidade. Esta situaçom é facilmente percetível com umha sim-ples vista de olhos ao caos provocado pola aber-tura do novo centro comercial nas Cancelas ou à desoladora imagem que apresenta o recentemente inaugurado polígono industrial da Sionlha.No primeiro destes casos a situaçom gerada pola posta em funcionamento dessa grande superfície comercial puxo acima da mesa a ineficiência das autoridades públicas para nem tam sequer apre-sentar umha ordenaçom correta dos fluxos de tránsito. Ao impacto dumha instalaçom comercial que supom um duro golpe à estrutura comercial local, o Concelho nom soubo prever como afeta-riam à circulaçom viária os fluxos gerados polo funcionamento deste polo comercial desvelando a ineficácia das atuaçons que se levaram na via,

consistentes na construçom dum falso túnel e du-mha rotunda nas imediaçons do prédio. Umhas atuaçons polémicas na sua execuçom e que a to-das luzes resultárom ineficazes.No caso do polígono da Sionlha, que habilitou umha grande superfície de terreno industrial, o problema é exatamente o contrário. Desta volta a megalomania municipal levou a planificar umha gigantesca operaçom de dotaçom de solo indus-trial que tem todas as traças de se converter num espaço baleiro durante os próximos anos. Nestes dous exemplos sintetiza-se o mais escan-daloso do que tem sido a planificaçom de infraes-truturas em Compostela durante a última década e que atinge umha dimensom maior por mor dos efeitos da crise económica. O Concelho deve fazer umha planificaçom mais ajeitada das prioridades de investimento infraes-trutural, ajustando a dimensom e priorizando os projetos, no sentido de abordar as necessidades mais urgentes e as apostas a meio e longo prazo que suponham um reforço das necessidades den-tro dum esquema económico mais focado no local e o sustentável.Desgraçadamente somos conscientes de que esta linha de racionalizaçom dos investimentos nom está na cabeça dos hierarcas de Rajói. Muito polo

contrário, os cortes orçamentares vam-se traduzir na priorizaçom dos investimentos nos projetos de tipo megalómano. Porém a quantia das partidas destinadas a investimentos de dimensom mais lo-cal como a nova depuradora de residuais, o aceso ao Polígono do Tambre ou as melhoras na rede viária primária, como no tramo comarcal da N-550 entre Oroso e Padrom, ficam com orçamentos tam minguados que suponhem a sua paralisaçom prática.Deste jeito, e à vista das açons previstas, o go-verno municipal de Compostela nom parece ter aprendido nada durante os anos que levamos de crise económica e continuam instalados nuns es-quemas de pensamento económico próprios dos anos dourados da bolha imobiliária.Todo indica que a queda do ritmo nas iniciativas do Concelho tendentes a insistir em açons ligadas à “economia do tijolo” e à turistificaçom nom res-postam a umha reflexom sobre os erros cometidos e a ineficácia suicida destas linhas económicas, senom a simples insolvência das arcas munici-pais, umha situaçom na que o mais seguro é que se continue durante muito tempo dada a incapa-cidade destes “gestores” para reconhecer qual é o problema real.

16 de janeiro Laura Bugalho tivo que apresentar-se nos julgados das Fontinhas para ser julgada sob acu-saçom de “falsidade documental continuada”. A sindicalista enfrenta-se a penas de entre três e seis anos de prisom.A montagem policial produziu-se após Laura Bugalho denunciar umha máfia que proporcionava imigrantes como mao de obra barata a empresas galegas. A esta rede delitiva estariam ligadas várias empresas do setor do metal de Compostela, membros de CCOO e CITE, da polícia espanho-la, funcionários da segurança social e de estrangeiria.Com este julgamento pretende-se punir o trabalho da companheira Laura na defesa intransigente dos coletivos de pessoas imigrantes.

Militantes e simpatizantes da Unidade Popular, junto a outros coletivos sociais, participamos na concentraçom que 23 de outubro apoiava as pessoas processadas por participarem na jornada de luita pola língua com que a esquerda independentistas, centros sociais reintegracio-nistas e outras entidades contestamos nas ruas de Com-postela à provocaçom da extrema-direita espanhola em 8 de fevereiro de 2009.Defeitos formais de caráter jurídico obrigárom a que a defesa solicitasse a suspensom do julgamento, devido a

erros na elaboraçom do escrito da acusaçom, que pedia penas diferentes por acusaçons similares a alguns dos processados. NÓS-UP manterá a sua incondicional solidariedade com todos e todas as represaliadas por defenderem a língua, principal património coletivo do nosso povo.Apelamos a estender essa solidariedade entre novos seto-res do nosso povo como melhor maneira de manter aceso o facho da luita lingüística por umha Galiza em galego.

Política municipal segue instalada na megalomania desenvolventista

NÓS-UP reiterou solidariedade ativa às pessoas processadas polo sua defesa da nossa língua

NÓS-UP solidariza-se com Laura Bugalho

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Na últimas semanas tivérom lugar polo menos dous episódios de gra-ves violaçons dos direitos humanos por parte de efetivos da polícia mu-nicipal compostelana.Na madrugada da quinta-feira 10 de janeiro, na rua Virgem da Cerca, a altura do colégio da Ensinança, du-rante umha identificaçom policial carregada de maus tratos, coaçons e ameaças, o músico Roi Vázquez Cabanas foi agredido fisicamente por agentes municipais, que lhe pro-vocárom a rutura de quatro falanges

em dous dedos da mao direita, com umha perda de mobilidade perma-nente de 30%, tal e como se recolhe no informe médico.Como conseqüência deste intolerá-vel comportamento por parte dos agentes da “ordem”, o multiins-trumentista e luthier compostelano nom poderá tocar durante polo me-nos quatro meses, impossibilitando assim exercer a sua profissom, como acompanhante de artistas consagra-dos da música tradicional galega.À margem de que tinha sido confun-

dido com outra pessoa, nom existe a mais mínima justificaçom para que as forças policiais fraturem ossos a vizinhos durante operativos à mar-gem da lei, que só procuram ame-drontar a populaçom.

A Assembleia Comarcal de NÓS-UP de Compostela condena sem aditivos nem atenuantes a selvagem agressom padecida por Roi Váz-quez Cabanas.Nesta espiral repressiva, também temos conhecimento de polo menos

um operativo similar, embora com conseqüências menos traumáticas. Neste caso, contra umha vizinha que de forma injustificada foi retida por umha patrulha da polícia muni-cipal, quando se dirigia de noite à sua casa. Os agentes nom só soli-citárom que abrisse e esvaziasse a sua mala, como também violárom o seu direito à intimidade, forçando-a a desbloquear o telemóvel, para acederem às chamadas particulares, entre ameaças e coaçons.

É necessário que Ángel Currás, como alcaide, e Albino Vázquez Aldrei, como concelheiro de “Mobilidade, Segurança Cidadá, Tránsito, Grua e ORA”, dem explicaçons ao povo de Compostela de se existe umha diretiva interna em que se baseiam estas práticas ilegais da Po-lícia Municipal, ou bem som açons “isoladas” de agentes “incontrolados”. Num caso ou nou-tro, nom se ajusta a qualquer das funçons que este corpo tem encomendado.NÓS-UP nom só exige umha investigaçom a fundo destes sucessos, solicita a demissom do chefe da Polícia Municipal de Compostela e que se apurem responsabilidades com a iden-tificaçom e abertura de expediente para expul-

som deste corpo dos agentes que tenham parti-cipado nessas agressons.O Concelho de Compostela deve participar como parte ativa na denúncia judicial contra es-tes agentes, para nom dar o seu aval a compor-tamentos que devem ser erradicados de raiz.NÓS-UP manifesta o seu apoio e solidariedade com Roi Vázquez Cabanas, e com todas aque-las vizinhas e vizinhos que se vejam submeti-dos a tratamentos vexatórios por parte da polí-cia municipal ou doutros corpos policiais.Apelamos à sua denúncia imediata nos julga-dos, assim como publicamente como mecanis-mo para evitar que a impunidade policial se imponha na capital da Galiza.

A imposiçom de um novo sis-tema de ORA nas ruas do casco histórico só contribui a complicar a vida da vizinhança que trabalha nesta parte da cidade, dificultan-do estacionar nas proximidades do seu centro de trabalho. Des-de novembro fôrom reduzidos os tempos de estacionamento a umha hora com a obrigatorieda-de de retirar o automóvel para evitar sançons.Também é imprescindível for-necer a matrícula nos novos parquímetros. Com esta medida o Concelho continua endure-cendo o controlo social sobre a populaçom, no que supom umha flagrante vulneraçom da lei de dados.O governo municipal do PP con-tinua favorecendo os interesses da companhia privada Setex Aparki, quem gire este serviço convertendo-o numha autêntica mina de ouro.

Avaliamos mui positivamente a enor-me participaçom na greve geral de 14 de novembro.NÓS-UP transmite ao povo trabalha-dor compostelano a satisfaçom e or-gulho pola demonstraçom de firmeza e determinaçom à hora de confrontar as políticas neoliberais impostas à Ga-

liza por Espanha e a Uniom Europeia, com a colaboraçom do governinho de Feijó.Frente às mentiras e manipulaçom tendentes a reduzir o impacto da jor-nada de greve nos centros de trabalho e ensino, realizada polo patronato e os seus meios de (des)informaçom, a

paralisaçom foi praticamente abso-luta na grande indústria, no trans-porte, nas universidades e centros de ensino primário e secundário, e também atingiu umha elevada ade-som no setor serviços e comércio da cidade.

Graves agressons físicas da polícia municipal contra vizinhança de Compostela

NÓS-UP exige responsabilidades políticas e penais

NÓS-UP denuncia endurecimento

da ORA

NÓS-UP apoiou ativamente a greve geral de 14 de novembro

Grande manifestaçomA gigantescas mobilizaçons que per-corrérom as ruas de Compostela cons-tatam a enorme adesom a esta jornada de luita. Porém consideramos que se-gue a ser insuficiente para pôr freio à

ofensiva burguesa implementada po-los governos do PSOE-PP.A participaçom na greve nom foi su-perior pola coerçom e intimidaçom do patronato sobre milhares de traba-

lhadoras e trabalhadoras da pequena empresa, do comércio e setor serviços que estám obrigados contra a sua von-tade a assistir o seu posto de trabalho sob a ameaça de despedimento.A greve também nom conseguiu um impacto ainda maior pola intimida-çom e repressom policial. Tanto a polícia espanhola como a Polícia Lo-cal dificultárom, quando nom impos-sibilitárom, o exercício dos piquetes de trabalhadoras, trabalhadoras e jo-vens que durante horas contribuírom a estender e garantir o sucesso da jornada de luita.

Page 8: Pedroso nº 49

soPedro ovozeiro comarcal de NÓS-Unidade Popular da comarca de Compostela www.nosgaliza.org

Conselho de Redaçom: Direçom Comarcal de NÓS-UP de CompostelaImprime: Tameiga • Edita: NÓS-Unidade Popular da Comarca de Compostela. Costa do Vedor 47, rés-do-chao, 15.703 Compostela · Galiza

Tel. 695596484 • e-mail: [email protected] • Correçom lingüística: galizaemgalego

Publicaçom de NÓS-UP da Comarca de Compostela • Distribuiçom gratuita.Permite-se a reproduçom total ou parcial dos artigos e informaçons sempre que se citar a fonte.

O Pedroso nom partilha necessariamente a opiniom dos artigos assinados.

O Pedroso nº 49 · Fevereiro 2013 • Tiragem: 5.000 exemplares • Depósito Legal: C-1002-01 • Encerramento da ediçom: 25 de janeiro de 2013

Está disponível na loja da nossa web a agenda da es-

querda independentista do ano 2013, editada por déci-mo ano consecutivo por NÓS-UP. Nesta ocasiom, sob a legenda “Revolucionárias, Revolucionários”, a temática da agenda é umha modesta contribuiçom para manter viva a memória de aquelas mulheres e homens que, de forma consciente, ou mesmo inconsciente, incidirírom positivamente na transformaçom da realidade em que vivêrom.

Sabemos que nom estám todas as mulheres, nem todos os homens que destacárom por con-sagrar a sua inteligência e talento a combate-rem toda forma de opressom e dominaçom. O espaço da agenda nom o permitiria.Nom foi fácil fazer a seleçom. Mas nom foi fruto do acaso, nem realizada arbitrariamen-te. Recolhemos 53 vozes, de diversas partes do mundo, da história mais contemporánea, que som referentes daqueles valores e con-dutas que devem guiar os passos da militán-cia revolucionária galega no nosso contri-buto para a emancipaçom humana.Nom foi umha decisom imparcial escolher estes nomes e nom outros. O enquadra-

mento ideológico da Unidade Popular nom podia ficar à margem dos critérios empregados.Elas, eles, som fonte de inspiraçom, exemplos a seguir. Sem elas, sem eles, o mundo de hoje seria bastante pior do que é.Honrar a sua memória nom como santoral laico, mas como emblemas da subversom e da revoluçom, é a prin-cipal razom para que NÓS-Unidade Popular decidisse dedicar esta agenda a todas elas, a todos eles.

Elaborado ao longo dos últimos meses por NÓS-UP em colaboraçom com BRIGA e AGIR, assim como por militantes e simpa-tizantes especializados em áreas setoriais, o PTRP som centos de medidas concretas para um governo obreiro e popular, patrió-tico e feminista.

Tal e como se recolhe na apresentaçom do PTRP este documento, que pretende ser o roteiro da esquerda independentista e socia-lista galega em relaçom às reivindicaçons e luitas do nosso povo e da nossa classe, é umha proposta incompleta, que se irá des-envolvendo, alargando e aperfeiçoando com base nas sugestons, análises e contributos da militáncia obreira, dos movimentos sociais, do associativismo, das ordens profissionais, das organizaçons sindicais e gremiais, das entidades desportivas, culturais, juvenis, de mulheres, ecologistas e ambientalistas, dos mais variados agentes sociais conscientes que a libertaçom do País e emancipaçom do povo trabalhador galego só será possível por meio da independência e o socialismo.

Som propostas para hoje, para ocupar es-paços de contrapoder, para guiar a nossa in-tervençons nas luitas populares, para dotar de gps à necessária organizaçom da rebe-liom popular.

NÓS-UP reivindica Independência

para a Galiza no Dia da

Constituiçom espanhola

Na manhá de 6 de dezembro, coincidindo com o aniversá-rio da Constituiçom monár-quica espanhola, realizamos umha açom simbólica para reivindicar a independência para a nossa Pátria.Enquanto as “forças vivas” espanholas realizavam os tradicionais atos institu-cionais em homenagem à Constituiçom de 1978, a Unidade Popular realizou açons reivindicativas con-sistentes no desdobramento de faixas de grandes dimen-sons em pontos significati-vos e emblemáticos do País. Em Compostela foi a Praça de Abastos o local escolhi-do, onde se despregou umha grande faixa com a legenda “Independência”.Com estas açons, a esquerda independentista que denun-ciar, mais umha vez, a falta de qualquer legitimidade da Constituiçom franquista de 1978, “Carta Magna” que impom graves restriçons de direitos sociais e econó-micos fundamentais, com destaque para os direitos na-cionais que como povo nos assistem.