9
Brasília, 30 de abril de 2015 Universidade de Brasília Virgínia Andrade Comenale Gomes – 13/0018538 Biocombustíveis – Prof. Cristina PEQUI O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) É originário do Brasil e ocorre predominantemente no Cerrado brasileiro, segundo Collevati et al. 2003, o maior produtor é o estado do Ceará, e Segundo Ribeiro (2000), grandes plantações também são encontradas nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí e Tocantins. Figura 1 - Distribuição geográfica do Bioma Cerrado e do cultivo do Pequi no Brasil. Fonte: IBGE/SIDRA (2008). O pequizeiro é uma planta perene oleaginosa com 8 a 12 metros de altura, frutos deiscentes, de clima preferencialmente quente, pouco exigente em fertilidade e de solos arenosos

PEQUI E ÓLEO DE COCO PARA BIOCOMBUSTÍVEIS

  • Upload
    joilma

  • View
    41

  • Download
    7

Embed Size (px)

DESCRIPTION

PEQUI E ÓLEO DE COCO PARA BIOCOMBUSTÍVEIS

Citation preview

Braslia, 30 de abril de 2015Universidade de BrasliaVirgnia Andrade Comenale Gomes 13/0018538Biocombustveis Prof. Cristina

PEQUI

O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) originrio do Brasil e ocorre predominantemente no Cerrado brasileiro, segundo Collevati et al. 2003, o maior produtor o estado do Cear, e Segundo Ribeiro (2000), grandes plantaes tambm so encontradas nos Estados de Gois, Mato Grosso, Minas Gerais, Par, Piau e Tocantins.

Figura 1 - Distribuio geogrfica do Bioma Cerrado e do cultivo do Pequi no Brasil. Fonte:IBGE/SIDRA (2008).O pequizeiro uma planta perene oleaginosa com 8 a 12 metros de altura, frutos deiscentes, de clima preferencialmente quente, pouco exigente em fertilidade e de solos arenososA reproduo ocorre por sementes com dormncia longa e de quebra difcil, por isso para se produzir mudas em viveiros preciso realizar tratamentos especiais.Produz poucos frutos, de acordo com o tamanho da copa.

Figura 2 - Caryocar brasiliense Camb. (a) Flores; (b) Botes; (c) Cacho; (d) Fruto. FonteCorra e Corra (2014).

O teor de leo mdio encontrado nos frutos gira em torno de 45%, com alta produtividade, de at 3,7 t/h e 1,1 t/h de leo.

Tabela 1 - Contedo lipdico em algumas oleaginosas cultivadas no Brasil

Oleaginosa = Contedo (%)

Pequi = 45%* (Mariano et al. 2009)

Babau = 66% (Silva, 2011a)

Canola = 40% (Batool et al. 2013)

Crambe = 30-45% (Toebe et al. 2010)

Palmiste = 55% (MAPA, 2011)

Nabo Forrageiro = 35% (Pereira, 2012)

Girassol = 35-52% (Thomaz et al. 2012)

Pinho Manso = 35-40% (Sunil, 2008)

Tremoo = 6-12% (Kurlovich, 2002)

Soja = 18-21% (Liang et al. 2010)

Amendoim = 44-56% (Campos-Mondragon, 2009)

*polpa.

A extrao do leo de Pequi feita por prensagem em extrusora seguido de extrao com solventes em sistema Soxhlet. O leo de pequi possui grande presena de carotenoides, que do ao leo de pequi uma colorao amarelo alaranjada e uma alta capacidade de no se estragar (fato muito importante na produo de biodiesel).O caroo geralmente jogado fora, a pesar do seu alto teor de leo, que seria possvel tambm produzir biodiesel.

Tabela 2. Caractersticas de culturas oleaginosas quanto ao teor de leo e meses de colheita por ano. Espcie Teor de leo (%) Meses de Colheita/Ano

Dend/Palma 22 12

Coco 55 a 60 12

Babau 66 12

Pequi 42,2 a 61,69 4

Girassol 38 a 48 3

Colza/Canola 40 a 40 3

Mamona 45 a 50 3

Amendoim 40 a 43 3

Soja 18 3

Algodo 15 3

A transformao do leo do pequi em biodiesel feita pela mistura com metanol e solventes bsicos, e apresenta at 98% de converso para um biodiesel de alta qualidade segundo a ANP.Pode-se assim dizer que o pequi uma matria-prima vivel para produo de biodiesel.O Biodiesel de pequi apresenta tima estabilidade trmica, e pode ser misturado sem nenhum problema a outros biodieseis e ao diesel.A produo em grande escala ainda no ocorre devido falta de tcnicas de manejo da produo e rusticidade, e assim a cultura ocorre em sua quase totalidade pela agricultura familiarOutro fator limitante da utilizao do leo de pequi na produo de biodiesel o pequeno perodo produtivo durante o ano, apenas 4 meses.

LEO DE COCOCocos nucifera L. No deve ser confundido com leo de coco de babau.Uso comum: alimentao em diversas formas naturais e industriais (leite do coco, coco ralado, doces, etc.), gua de coco, leo para diversos fins devido ao cido lurico (emagrecimento, cosmticos, sabonetes) e artesanato. A Produo de biodiesel compete com os usos comuns.

Famlia das palmeiras, at 30m de altura, perene. Origem a sia ou Amrica do Sul (em discusso fsseis nos dois lugares).Fruto seco simples com castanha fibrosa que descola facilmente da casca (drupa) indeiscente.Colheita difcil (vara ou macacos treinados mquinas que sacudam podem danificar a raiz).Opo para o pequeno produtor, pois aceita solos com baixa fertilidade e arenosos, porm no tolera seca. Muito adaptado presena de sal no solo (comum do litoral).

A produo do leo utiliza a copra = albmen (castanha) desidratado a 6%, desta forma utiliza-se o coco seco.Contedo de leo na copra = 60% (100 frutos/planta/ano, 2500 kg de copra/ha e 1500 kg de leo/h.Prensagem em prensa helicoidal para extrao do leo.Espcie Teor de leo (%) Meses de Colheita/Ano

Dend/Palma 22 12

Coco 55 a 60 12

Babau 66 12

Pequi 42,2 a 61,69 4

Girassol 38 a 48 3

Colza/Canola 40 a 40 3

Mamona 45 a 50 3

Amendoim 40 a 43 3

Soja 18 3

Algodo 15 3

Uso de catalisador cido seguido mistura com solvente bsico para produzir o biodiesel, ainda de produo praticamente irrisria.Biodiesel cido e viscoso, qualidade boa, porm um pouco cido acima do recomendado e ponto de fulgor um pouco baixo.