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1 PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA DO MUNICÍPIO ANDRADAS DESENVOLVIMENTO TÉCNICO: TEKTRANS DO BRASIL LTDA PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA Ano 2015 TEKTRANS DO BRASIL LTDA. CNPJ:17.835.605/0001-03 TODOS DIREITOS RESERVADOS A PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA DO MUNICÍPIO … · plano municipal de seguranÇa urbana do municÍpio andradas desenvolvimento tÉcnico: tektrans do brasil ltda prefeitura

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1

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA DO MUNICÍPIO

ANDRADAS

DESENVOLVIMENTO TÉCNICO:

TEKTRANS DO BRASIL LTDA

PREFEITURA MUNICIPAL DE

ANDRADAS

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA

Ano 2015

TEKTRANS DO BRASIL LTDA. CNPJ:17.835.605/0001-03

TODOS DIREITOS RESERVADOS A PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS

2

PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS - MG

Prefeito Municipal

RODRIGO APARECIDO LOPEZ

APÓIO

COMANDO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

APÓIO

DELEGACIA DE POLÍCIA CIVIL DO MUNICIPIO DE

ANDRADAS – ESTADO DE MINAS GERAIS

TEKTRANS DO BRASIL LTDA

Grupo de Estudos e Pesquisas

Coordenador do Projeto

Dr. Marcelo Luís Purcelo

Dr. Ricardo Chinaglia

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DIAGNÓSTICO E

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA

URBANA DO

MUNICÍPIO DE ANDRADAS-MG

Coordenação

Marcelo Luís Purcelo e Ricardo Chinaglia

Janeiro de 2015

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 6

1.1 Diagnóstico e Plano Municipal de Segurança Urbana ................................................................... 6

1.2 Princípios e Diretrizes Gerais ......................................................................................................... 8 1.3 História e Evolução do Municipio de Andradas ........................................................................... 10

CAPÍTULO I...................................................................................................................................... 16

2 POPULAÇÃO E TERRITÓRIO ............................................................................................................ 16 2.1 Distribuição e crescimento populacional ..................................................................................... 16 2.2 Densidade Demográfica ............................................................................................................... 18 2.3 Composição Demográfica ............................................................................................................ 19 3 CONDIÇÃO DE VIDA ...................................................................................................................... 20 3.1 Perfil Sócio Econômico ................................................................................................................ 20 3.2 Pib Per Capita ............................................................................................................................... 21 3.3 Índice de Desenvolvimento Humano IDH .................................................................................... 22 3.4 Coeficiente de GINI ...................................................................................................................... 23 3.5 Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) ..................................................................... 25 3.6 Índice de Pobreza ........................................................................................................................ 26 4 EDUCAÇÃO ................................................................................................................................... 27 4.1 Desempenho da Educação ........................................................................................................... 27 4.2 Ensino Fundamental .................................................................................................................... 28 4.3 Ensino Médio ............................................................................................................................... 28 4.4 Creches ......................................................................................................................................... 31 5 SEGURANÇA PÚBLICA ................................................................................................................... 32 5.1 Estatisticas de Criminalidade ....................................................................................................... 32 5.2 Alto Crescimento da Violência na Região do Sul de Minas Gerais .............................................. 32 5.3 Crimes Contra Pessoa .................................................................................................................. 35 5.4 Crimes Contra o Patrimonio ......................................................................................................... 36 5.5 Uso de Entorpecentes .................................................................................................................. 36 5.6 Tráfico de Drogas ......................................................................................................................... 37 5.7 Furto de Veículos ......................................................................................................................... 38 5.8 Furto de Residências .................................................................................................................... 40 5.9 Índice dos Principais Crimes Ocorridos em Andradas ................................................................. 40 5.9.1 Roubo ........................................................................................................................................ 41 5.9.2 Furto de Veículos ...................................................................................................................... 41 5.9.3 Tráfico de Entorpecentes .......................................................................................................... 42 5.9.4 Homicídio .................................................................................................................................. 43 5.9.5 Lesão Corporal .......................................................................................................................... 44 6 VIOLÊNCIA CONTRA MULHER....................................................................................................... 45 6.1 Da Violência Contra Mulher ......................................................................................................... 45 6.2 Formas de Violência Contra Mulher ............................................................................................ 45 7 VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ....................................................................... 57 7.1 Da Violência que aflige crianças e adolescentes .......................................................................... 57 7.2 Da Constituição Federal em relação ao direitos da crianças e adolescente ............................... 59 7.3 História da Violência contra crianças e adolescentes .................................................................. 60

5

7.4 Dos Maus-Tratos .......................................................................................................................... 66 8 PESQUISA POPULACIONAL ........................................................................................................... 68 8.1 Da Aceitação da Segurança Pública em Andradas ....................................................................... 68 8.2 Da Responsabilidade da Administração Pública .......................................................................... 68

CAPITULO II ........................................................................................................................................ 79 9 PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA ............................................................................. 79 9.1 Apresentação ............................................................................................................................... 79 9.2 Segurança Pública como Politíca Social ....................................................................................... 80 9.3 Deveres elencados no Plano Municipal de Segurança Urbana ................................................... 81 9.4 Papel do Municipio na Gestão da Seurança Pública .................................................................... 81 9.5 Das Ações feitas pelo Município .................................................................................................. 83 10 FORMALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA ............................................ 84 10.1 Dos Compromissos estabelecidos pelo Plano Municipal de Segurança Urbana ....................... 84 Compromisso 1 Consolidar o Plano Municipal de Segurança ........................................................... 88 Compromisso 2 Criar a Guarda Civil Municipal ................................................................................. 89 Compromisso 3 Manter, Reforçar e Ampliar a Captação de Recursos .............................................. 92 Compromisso 4 Implantação do sistema de videomonitoramento .................................................. 94 Compromisso 5 Conselhos Comunitários .......................................................................................... 96 Compromisso 6 Oficinas de Prevenção ............................................................................................. 98 Compromisso 7 Municipalização do Trânsito .................................................................................... 99 Compromisso 8 Integração das Secretarias Municipais .................................................................. 101 Compromisso 9 Incorporação da Guarda Municipal na Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão ....................................................................................................................................... 104 Compromisso 10 Estruturar e Fortalecer o Gabinete de Gestão Integrada .................................... 106 Compromisso 11 Conferências Municipais ...................................................................................... 107 Compromisso 12 Reestruturar a Coordenadoria de Defesa Civil .................................................... 108 Compromisso 13 Combate ao tráfico de Drogas ............................................................................. 109 Compromisso 14 Promover a Cultura da Paz .................................................................................. 111 Compromisso 15 Formalização da Etapas de aplicação do Plano Municipal de Segurança Urbana113 Compromisso 16 Aprimorar a Gestão e Manutenção dos Espaços Públicos .................................. 115 Compromisso 17 Programa Escola Aberta ...................................................................................... 116 Compromisso 18 Violência Doméstica ............................................................................................ 118 Compromisso 19 Campanha de redução de crimes contra a vida .................................................. 120 Compromisso 20 Patrulhamento Estratégicos ................................................................................ 122 Compromisso 21 Relacionamento entre as forças de segurança .................................................... 124 Compromisso 22 Fiscalização de Posturas ...................................................................................... 127 Compromisso 23 Base Comunitária ................................................................................................. 129

CAPITULO III ................................................................................................................................. 130

11 DAS ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA .................. 130 11.1 Formalização das Etapas do Plano Municipal de Segurança Urbana ...................................... 130 11.2 Nomeação dos Gestores de Segurança ..................................................................................... 130

11.3 Diretrizes de contratação dos Guardas Municipais .................................................................. 131

11.4 Contratação de Empresa Especializada .................................................................................... 131

11.5 Treinamento do Contingente da Guarda Municipal ................................................................. 132

11.6 Documentação da Guarda Municipal ....................................................................................... 132

11.7 Do Estágio ............................................................................................................................... 133

6

11.8 Dos Patrulhamentos ................................................................................................................. 133

11.9 Sistema de Inteligência ............................................................................................................ 133

11.10 Mapeamento de Áreas ............................................................................................................ 134

11.11 Captação de Recurso .............................................................................................................. 134

11.12 Implantação Sistema de Videomonitoramento ....................................................................... 134

11.13 Criação e Estrturação dos Conselhos Municipais .................................................................. 135

11.14 Criação das Oficinas de Prevenção ........................................................................................ 135

11.15 Municipalização do Trânsito .................................................................................................. 136

11.16 Estruturação do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) ..................................... 136

11.17 Promoção de Conferências Municipais .................................................................................. 137

11.18 Ações de Combate ao Tráfico de Entorpecentes .................................................................... 137

11.19 Cultura da Paz ........................................................................................................................ 137

11.20 Melhoramento, manutenção das Praças e Jardins .................................................................. 138

11.21 Programa Escola Aberta ......................................................................................................... 138

11.22 Atenção a Violência Domestica .............................................................................................. 138

11.23 Campanhas Educativas ........................................................................................................... 139

11.24 Melhora do relacionamento da comunidade com os agentes de segurança ........................... 139

11.25 Integração do Departamento de Fiscalização a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do

Cidadão ............................................................................................................................................ 139

11.26 Implantação do Sistema de Base Comunitárias ..................................................................... 140

11.27 Ações da Coordenadoria de Trânsito ...................................................................................... 140

11.28 Estudo e Implantação da Zona Azul ....................................................................................... 140

11.29 Readequação da Defesa Civil ................................................................................................. 141

11.30 Diminuição dos Indices de crimesade ocorridos no municipios de Andradas ....................... 142

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 144

ANEXOS ......................................................................................................................................... 147

Reportagens de Crimes Ocorridos em Andradas ............................................................................. 000

Modelo de Lei de Criação da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão ................ 000

Modelo de Lei de Criação da Guarda Municipal de Andradas ........................................................ 000

Modelo de Lei de Criação da Corregedoria da Guarda Municipal .................................................. 000

Modelo de Lei de Criação da Ouvidoria da Guarda Municipal ....................................................... 000

Modelo de Lei de Criação do Estatuto da Guarda Municipal de Andradas ..................................... 000

7

1 INTRODUÇÃO

1.1- Do Plano Municipal de Segurança Urbana

Nos últimos anos, o Brasil e, em larga medida, a América Latina tem

vivenciado um crescente envolvimento do poder local, por meio das prefeituras

municipais e da sociedade civil organizada, no desenvolvimento e execução de

políticas públicas de segurança e de prevenção à violência e à criminalidade. Ao

lado do também crescente engajamento da União nos esforços para a superação

do crime e da violência nas cidades brasileiras, este constitui sem dúvida um dos

movimentos mais significativos e animadores na conturbada história recente deste

setor no país.

As fontes de inspiração para tal processo podem ser resumidamente

identificadas em pelo menos três pilares decisivos. O primeiro é evidente: a

acentuada elevação das taxas de criminalidade, o agravamento do medo e a

generalização da sensação coletiva de insegurança em quase todo o país

levaram a uma pressão política e social cada vez maior para que os prefeitos

reinterpretassem o seu mandato constitucional em face do tema e, com isso,

tratassem de somar-se à busca de soluções para o problema. Como já é um lugar

comum afirmar, as pessoas vivem nas cidades. É, pois, no cenário urbano que

cada um de nós experimenta concretamente as dificuldades do dia a dia.

Também é comum reconhecer que o prefeito, dentre os atores que compõem os

níveis do poder executivo, é quem se encontra mais próximo do cotidiano dos

cidadãos e, por sua vez, da palpitação dos grandes problemas sociais e responde

pela tarefa de oferecer respostas a eles.

O segundo, embora menos explícito, está longe de ser menos

importante. A ampliação da reflexão consolidada sobre os desafios gerados pela

complexidade dos fenômenos da violência e do crime, de um lado, e as

evidências de insuficiência e esgotamento das políticas calcadas tão somente na

atuação repressiva dos órgãos policiais e de justiça criminal para fazer frente a

eles, de outro, possibilitou a emergência de uma visão ampliada, sistêmica e

contemporânea de segurança pública que, diante das evidências, reconhece

8

que a preservação democrática da ordem pública pressupõe a incorporação de

outros atores governamentais além das polícias, assim como necessita garantir a

participação cooperativa da sociedade e das agências públicas e civis que

prestam serviços essenciais à população. Isto se traduz em uma perspectiva

pragmática, realista e, por isso, integradora pautada por ações

intergovernamentais e multisetoriais. Sua ênfase desloca-se para desenvolvimento

de estratégias preventivas, articuladas e pró-ativas capazes de ultrapassar a

dimensão dramática e emergencial dos problemas de insegurança pública. Tal

perspectiva identifica-se com uma noção de ordem urbana em sentido pleno, isto

é, como algo intimamente associado às condições para a obediência às leis e a

sociabilidade não-violenta. Ora, se é essa a visão, torna-se gritante a vocação dos

municípios para jogarem um papel central também neste setor da gestão pública.

Finalmente, há todo o processo de descentralização e municipalização da

administração das políticas públicas essenciais aceleradas no país a partir de 1988.

Se for necessário observar eventuais novos desafios que tal processo gerou (a

necessidade de regionalização de determinadas políticas e tarefas, por exemplo),

é inegável a ampliação do grau de sucesso, racionalidade e eficiência que o

mesmo imprimiu em diversos campos da administração pública no país. É,

portanto, natural, que este levante questões e idéias e inspire novos caminhos e

possibilidades também no âmbito da segurança pública.

Não por outra razão, o tema da segurança municipal encontra-se

contemplado com destaque no Plano Nacional de Segurança Pública do

Governo Federal. A Secretaria Nacional de Segurança Pública vem ampliando

seus esforços e investimentos em relação a este. Ocorre, porém, que, embora

visíveis os avanços, a consolidação de uma agenda prática de segurança

municipal para o país, sustentada por conceitos e modelos comuns mínimos,

enraizada nas estruturas institucionais das prefeituras e nas mentes de seus

gestores, harmonizada com Estados e União em termos de cooperação e divisão

de competências, e abrigada pelos marcos constitucionais e legais claros e bem

definidos, é ainda uma tarefa por ser feita. O número de prefeituras que contam

com secretarias ou órgãos gestores específicos para a questão é ainda muito

modesto.

9

Temos a identidade e o mandato das guardas municipais que evidencia

graus de incerteza jurídica muito além do aceitável, porém se dirimindo com

fortalecimentos de legislações infraconstitucionais que abrange os limites dessas

corporações.

Por estas razões, e por sugestão das próprias associações nacionais de

prefeitos e municípios, e ainda, com a participação do Conselho Nacional das

Guardas Municipais, e, com a tarefa de enfrentar as questões acima e de avançar

na direção da criação das pautas e consensos mínimos necessários para a

afirmação de uma agenda de segurança municipal para o Brasil, assentada sobre

a sintonia entre o Governo Federal, os Estados e os Municípios que após meses de

trabalho, partindo das proposições dos representantes das organizações

mencionadas, da inspiração trazida por boas experiências já em curso no país que

surgiu o Estatuto Geral das Guardas Municipais, trazendo o município instrumentos

com papel fundamental na segurança pública.

1.2 - Princípios e diretrizes gerais.

Os municípios têm um papel central para o aperfeiçoamento da

segurança pública. Por isso, sua plena inserção no Sistema Único de Segurança

Pública é fundamental e será decisiva para o sucesso do mesmo em promover

avanços na redução da criminalidade e da insegurança no país. Neste contexto,

identifica-se que vocação essencial dos municípios neste campo é o

desenvolvimento de estratégias preventivas que combinem, sob o paradigma da

segurança urbana e a partir de diagnósticos locais consistentes, a atuação de

guardas municipais segundo o modelo do policiamento comunitário e da

resolução de problemas, a adoção de ações sociais e urbanas preventivas

focadas nas áreas, grupos e dinâmicas de maior incidência da violência e

criminalidade e a preservação da ordem urbana e fiscalização de posturas

municipais.

Tal atuação deve se materializar por meio da formulação e implantação

de Planos Municipais e Metropolitanos de Segurança Urbana e Prevenção à

Violência Criminal, os quais precisam contemplar o envolvimento articulado dos

10

diversos setores da administração municipal e da sociedade civil e comunidades

locais em torno de uma política comum para estes campos.

Isto posto, é natural que, contempladas as especificidades e a

autonomia de cada município, os mesmos organizem-se a partir de quatro

vertentes básicas de atuação;

• Criação, estruturação ou fortalecimento da unidade gestora da política municipal de

segurança urbana e prevenção à violência e criminalidade;

• Constituição ou aperfeiçoamento da guarda municipal;

• Normatização e fiscalização de posturas municipais;

• Desenvolvimento de políticas sociais e urbanas preventivas integradas;

Finalmente, o plano deve apontar problemas prioritários para superação,

combinando fenômenos gerais de violência e criminalidade com questões de

interesse e competência particular para a esfera municipal.

A título exemplificativo:

• Redução de homicídios dolosos e da violência letal em geral;

• Prevenção e atendimento a vítimas de crimes de intolerância e de violência contra

grupos vulneráveis (particularmente, violência doméstica e de gênero, racismo, homofobia e

exploração sexual infanto-juvenil);

• Prevenção do aliciamento de adolescentes e jovens e da afirmação de domínio

territorial pelo tráfico de armas e drogas;

• Prevenção ao uso de drogas;

• Preservação da ordem pública e atendimento comunitário nos centros comerciais e

de serviços das cidades e em outras áreas de grande circulação de pessoas;

• Mediação de crises e conflitos urbanos (ambulantes e comércio informal, ocupações

de terrenos e imóveis particulares, eventos e manifestações em praças e espaços públicos);

• Prevenção e controle da violência nas escolas, praças e parques públicos;

• Segurança turística, ambiental e de sítios históricos;

A concepção e execução de tais planos deve se dar em sintonia e

cooperação com as demais instâncias federativas, sobretudo com os órgãos

policiais e de justiça criminal, dentro do espírito e prática de integração sistêmica

proporcionados pela inclusão do município no SUSP.

11

1.3 – História e Evolução do Município de Andradas.

Andradas é um município do Estado de Minas Gerais, situada

na microrregião de Poços de Caldas. Sua população estimada em 2013 é

de 39 416 habitantes. A área é de 468,7 km² e a densidade demográfica, 75,36

hab/km². A cidade também é formada por dois distritos Gramínea e Campestrinho.

O povoamento que gerou a cidade de Andradas começou a acontecer

no início do século XIX,

período de decadência da

extração do ouro na região

central do Estado e

emergência da pecuária

bovina e agricultura em

outras regiões do Estado,

embora desde 1792 "campos"

da região já tivessem sido

citados em inventários

registrados por memorialistas como símbolos do início da ocupação local. A partir

da década de 30 do mesmo século, começam a ser registradas as hipotecas e

escrituras de compra e

venda de terras do

emergente núcleo

populacional.

Documentações do século

XIX mostram que a

ocupação se deu

especialmente a partir da

segunda quinzena do mesmo

século, mas o crescimento

populacional se concentrou, desde então, em sua maior parte, no final do século

XIX e começo do século XX, em função da chegada de imigrantes estrangeiros,

12

vindos das fazendas de café, sobretudo de São João da Boa Vista, uma das

cidades vizinhas.

Os imigrantes italianos foram os mais numerosos, mas também vieram

espanhóis, gregos, libaneses, alemães, suecos e portugueses, conforme destaca o

livro Os Estrangeiros na Construção de Andradas, de Nilza Alves de Pontes

Marques. Até 1888, a localidade era um distrito chamado São Sebastião do

Jaguari e esteve ligada à cidade de Caldas. Desmembrou-se com o topônimo

Caracol, nome de uma serra que emoldura a cidade.

Em 1928, o topônimo Caracol foi alterado para Andradas, em

homenagem ao ex-presidente do Estado, Antônio

Carlos Ribeiro de Andrada, natural de Barbacena,

uma estratégia para bajular o político e trazê-lo à

cidade e satisfazer ao interesse do presidente da

Câmara da época, Orestes Gomes de Carvalho, cujo

efeito não teve o propósito estabelecido. A mudança

foi, portanto, arbitrária e, ainda hoje, há quem chame

a cidade de Caracol. Um grupo queria a volta do

nome São Sebastião do Jaguari, fato destacado

como um plebiscito estampado em 1932 pelo jornal O

Popular.

Em 1874, os moradores de São Sebastião do Jaguari endereçaram uma

carta à Câmara de Mogi Mirim com o pedido para uma transferência da freguesia

para a Província de São Paulo. Os motivos foram econômicos e infra-estruturais,

mas a vila de Caldas, que havia perdido parte de seu território, viu-se ameaçada

com uma possível queda na arrecadação de impostos e, em resposta, pediu a sua

permanência para a Província de Minas Gerais.

Os impasses territoriais para a demarcação de fronteira exigiram um

estudo detalhado, na década de 90 do século XIX, para a produção cartográfica

da região, mas a fixação definitiva da fronteira regional seria realizada somente

em 1937.

13

A cidade, na última década de 50, juntamente com outras cidades

mineiras, tentou novamente

se ligar, jurisdicionalmente, a

São Paulo, haja vista que a

cidade, historicamente,

costumava ficar esquecida

pelo governo estadual.

Em 1932 em meios à

revolução constitucionalista,

Andradas recebeu tropas

para atacar o estado

paulista. Na ocasião, foram cavadas trincheiras na divisa com São João da Boa

Vista antevendo um ataque, que nunca aconteceu. Porém com o fim da

Resolução Constitucionalista de 1932 a cidade começou desenvolver na área

agrícola, onde também se destacou com, o cultivo de café, que continua, há

décadas, sendo o produto agrícola que mais retorna em recursos financeiros para

produtores e para a cidade. Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal,

do IBGE (2006), divulgado em outubro de 2007, Andradas é o 19º maior produtor

de café beneficiado do Estado (em quantidade) e está em os 35 maiores

produtores nacionais (em rentabilidade, segundo a mesma pesquisa).

Assim não foi somente o café que vigorou na cidade, Andradas é de

longa data, considerada a cidade das vinícolas. Herança dos imigrantes,

principalmente italianos, que chegaram ao pequeno vilarejo e viram nas lavouras

a chance de começar uma nova vida. Levas de descendentes italianos vieram

pra cá para trabalhar nas plantações de uva, egressos pela chance de trabalho

surgida com a abolição da escravatura. A cidade chegou a ter 40 adegas há

trinta anos. Atualmente, apenas oito sobreviveram às adversidades do tempo. No

inicio existiam mais de 50 famílias ligadas à produção de vinho em Andradas,

poucas resistiram.

14

Existem várias versões quanto ao início do plantio da videira no município

de Andradas, mas acredita-se ter sido o Coronel José Francisco de Oliveira, o

responsável pelo surgimento da uva, no final do século XIX.

Com a chegada dos colonos italianos, incrementou-se o plantio da

videira e algumas adegas

foram surgindo. Algumas

famílias italianas aqui se

estabeleceram por volta

de 1905 a 1910 – e deram

atenção especial às

videiras, pois estavam

familiarizados com elas,

tendo sido esta e a

lavoura de café as

atrações que os

trouxeram.

Os parreirais plantados inicialmente tomaram novo impulso com a chegada destes

imigrantes, que arregaçando as mangas, dedicaram-se à cultura da uva e do

vinho.

Foi então que surgiram as pequenas adegas, que inicialmente fabricavam o vinho

para o próprio consumo. Algumas mais afoitas colocaram seus produtos no

mercado e obtiveram uma boa aceitação. Passaram então a fazer uso do vinho

como meio de vida, assim surgiram os vinicultores, firmando a produção vinícola

neste município.

A história da uva e do vinho em Andradas mistura-se, portanto, com a

história do desenvolvimento do município e do seu povo, que tem a garra e a

perseverança como principais qualidades, tornando Andradas conhecida em

todo território nacional como a Terra do Vinho.

Com um clima apropriado veio para Andradas no meio dos anos 90 O

plantio de flores que se tornou um dos maiores expoentes da economia local (o

15

maior produtor de Minas Gerais) pela vinda de produtores da cidade

de Holambra/SP, haja vista que o clima ameno favorece o desenvolvimento de

botões e hastes. Em 2010, o município, com 95 hectares de área plantada, atingiu

o posto de maior produtor de rosas em estufa do Brasil.

Andradas se destaca ainda pela produção de bananas, com bom nível

de desenvolvimento (alta rentabilidade). Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal

(uma pesquisa do IBGE, em 2006), Andradas é o 18º maior produtor de bananas do

Estado (em valor produzido).

Quanto ao turismo, esse tem sido uma nova fonte de recursos para o

município que concentra suas festividades principalmente a do Vinho no mês de

Junho de cada ano. Esse acontecimento vem sendo atração desde 1954, porém

hoje ainda o município pelos seus terrenos acidentados e altas montanhas vem

sendo atração nos campeonatos de vôo livre, principalmente pelo morro do Pico

do Gavião.

Nas ultimas administrações municipais, o turismo tem sido questionado,

pois muitos dos gestores tentam torná-lo uma atividade importante e geradora de

renda, especialmente

pelas belezas naturais de

Andradas e região.

A cidade faz parte da

rota conhecida como

caminho da fé, que

começa na vizinha

cidade de Águas da

Prata passando por

Andradas até a cidade

de Aparecida. A cidade

também está incluída no roteiro Caminhos Gerais e Rota das Capelas. Ou seja, o

foco tem sido o ecoturismo, sendo a Pedra do Elefante (11 km do centro da

cidade), onde será criado o Parque Ecológico do Elefante, Pedra do Pântano,

16

Gruta das Queixadas, Toca das Andorinhas e, principalmente, o Pico do Gavião os

pontos mais conhecidos.

Destaca-se a produção de louça sanitária, indústria moveleira (empresas

de organização familiar que surgiram de um pequeno negócio), confecções (de

malhas, vestuário masculino e feminino em tecidos diversos e moda em couro),

tecnologia vegetal (de Andradas sai 70% das mudas de morangos produzidas em

todo o Brasil) e laticínios.

17

CAPITULO I

2 População e território

2.1 - Distribuição e crescimento populacional

O censo demográfico do IBGE (2013) aponta população total de

280.322 pessoas nas proximidades de Andradas. O município de Poços de Caldas

era o mais populoso com 161.025 habitantes. Por outro lado, o município de Santa

Rita de Caldas era o menos habitado, com apenas 9.239 pessoas. Andradas,

município-focado, tinha em 2013 a segunda maior população do território com,

39.416 habitantes. (Ver Tabela 1).

Tabela 1 População por município

Cidades no entorno de Andradas, 2013

Localidade População

Poços de Caldas 161.025 Andradas 39.416 Santa Rita de Caldas 9.239

Jacutinga 24.354 Borda da Mata 18.271 Caldas 14.250 Ouro Fino 33.031 Total 299.586

Fonte: IBGE, Censo 2013 e projeções estatísticas. Elaboração própria.

Andradas ocupa a 920ª posição, em 2010, em relação aos 5.565

municípios do Brasil, sendo que 919 (16,51%) municípios estão em situação melhor e

4.646 (83,49%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 853

outros municípios de Minas Gerais, Andradas ocupa a 70ª posição, sendo que 69

(8,09%) municípios estão em situação melhor e 784 (91,91%) municípios estão em

situação pior ou igual.

Mais importante do que a atual divisão do contingente populacional é

avaliar a dinâmica evolutiva dessa população no período recente. Nos últimos 13

18

anos, a população dos territórios próximos obteve um crescimento de 18,18%,

saltando de 253.498 mil habitantes, em 2000, para 299.586 mil habitantes, em 2013

(Tabela 2).

Trata-se de um crescimento muito significativo e bem acima da média

do Estado de Minas, que no mesmo período teve incremento populacional de

15,10%. Cabe observar que a evolução populacional não foi homogênea, esta

diferença na dinâmica populacional está diretamente ligada às características

econômicas das cidades (Borda da Mata e Jacutinga) onde possuem

características de amadurecimento econômico. O município de Andradas tem

características diferenciadas por ter aspectos turísticos. (Tabela 2)

Tabela 2 Evolução Populacional

Cidades no entorno de Andradas e Estado de Minas entre os anos de 2000 e 2013.

Localidade 2000 2013 Evolução (%)

Estado de Minas Gerais 17.891.494 20.593.356 15,10

Poços de Caldas 135.627 161.025 18,73

Andradas 32.968 39.416 19,56

Santa Rita de Caldas 9.278 9.239 -0,42

Jacutinga 19.004 24.354 28,15

Borda da Mata 14.439 18.271 26,54

Caldas 12.766 14.250 11,62

Ouro Fino 29.416 33.031 12,29

Fonte: IBGE, Censos 2000 e 201, população total em cada cidade. Elaboração própria.

O descompasso na evolução populacional, também, pode ser identificado

na comparação dos municípios. Assim, os dois municípios com maior crescimento

do número de habitantes foram Jacutinga e Borda da Mata, com expansão

populacional de 28,15% e 26,54%, respectivamente. Por outro lado, o déficit

populacional foi registrado em Santa Rita de Caldas, com -0,42%. Note-se que

Jacutinga e Borda da Mata compõem a região que obteve maiores dinamismo

econômico.

Mantidas as tendências verificadas no período observado, é muito provável

19

que, nos próximos dez anos, ocorra uma inversão do povoamento, passando a

região de Santa Rita de Caldas, hoje menos povoada, a ser mais populosa. Do

mesmo modo é, também, provável que as taxas de crescimento populacional de

outras regiões, hoje mais populosa, tornem-se cada vez mais acanhadas.

2.2 Densidade demográfica

A população destas regiões se distribui em um território total de 3.413,571 km2.

Segundo dados do IBGE, o município de Caldas é o que representa a maior fração

deste território, 20,84%, com seus 711,414 km2. Inversamente, com área de 301,108

km2, Borda da Mata tem a menor extensão territorial da região, apenas 8,82% do

território total. (Gráfico 1).

Gráfico 1 Extensão territorial da região de Andradas

547,26711,414

301,08

347,75533,658

503,011

469,37

Poços de Caldas Andradas Santa Rita de CaldasJacutinga Ouro Fino Borda da MataCaldas

Fonte: IBGE, Censos de 2013, Área da unidade territorial (Km²). Elaboração própria. .

De posse das informações de população e território, pode-se aferir o indicador de

Densidade Demográfica, dado pela razão entre o número de habitantes e a extensão territorial.

De forma simples, este indicador aponta o número de pessoas que dividem o mesmo espaço e

permite identificar as regiões mais densamente povoadas.

20

Conforme denota o Gráfico 2, em 2013 a densidade demográfica da região de

Andradas era de 83,98 pessoas por km2, acima da média, para o estado de Minas, que era de

33,41 habitantes por km2.

Nos últimos 13 anos, dada a expansão populacional, a densidade demográfica

aumentou em todas as regiões. Não obstante, devido à maior velocidade do crescimento

populacional e ao menor território, na região de Jacutinga esse processo foi mais acentuado.

No plano municipal, a densidade demográfica, também, é bastante diversa. Em

2013, enquanto no município de Poços de Caldas este indicador era de 294,24 habitantes por

km2, em Santa Rita de Caldas era de, apenas, 18,37 pessoas por km

2. No município de Ouro

Fino, a densidade demográfica era de 61,89 habitantes por km2, Borda da Mata de 60,68

habitantes Km² e em Caldas de 20,03. (Gráfico 2).

Gráfico 2 Densidade demográfica, ( habitantes/km2 )

Cidades no entorno de Andradas nos anos de 2000 e 2013.

0

100

200

300

400

2000 247,83 70,24 18,44 54,65 47,95 17,94 55,12

2013 294,24 83,98 18,37 70,03 60,68 20,03 61,89

Poços de

CaldasAndradas

Santa Rita

de CaldasJacutinga

Borda da

MataCaldas Ouro Fino

Fonte: IBGE, Censos 2000 e 2013 população dividida pela área. Elaboração própria

2.3 Composições demográficas

Em 2010, a população da Região de Andradas tinha a seguinte

composição: 50,11% dos habitantes eram adultos, 19,81% eram crianças, 16,2%

eram jovens e 13,88% eram idosos (Gráfico 3).

21

Gráfico 3 Composição demográfica de Adultos, Crianças e Jovens, em ( % )

Região de Andradas

População Infantil População Jovem População Adulta População Idosa

Nota: População infantil (até 14 anos de idade), população jovem (de 15 até 24 anos), população adulta (de 25 até 59 anos), população idosa (60 anos ou mais).

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

Nas últimas décadas, devido à melhora da expectativa de vida e à redução

do número de filhos por casal, desencadeou-se no Brasil a inversão de sua

composição demográfica. Isto significa que estamos vivenciando um processo no

qual, a cada ano, cai à participação relativa dos jovens, e aumenta a dos idosos,

na população total do país. De modo geral, as estimativas convergem para a

expectativa de que, até meados deste século, nossa população passe a ser

majoritariamente composta por indivíduos com 60 anos ou mais.

3 - Condições de vida.

3.1- Perfil Sócio Econômico.

É possível afirmar, com razoável convicção, que um dos pontos mais

importantes num estudo de perfil socioeconômico é o relativo à investigação das

condições de vida do povo. Existem vários indicadores estatísticos que se propõem

a esta tarefa, cada qual calcado em alguns aspectos determinantes para a vida

digna, tais como acesso a emprego e renda, equidade da distribuição de renda,

22

acesso à saúde, escolaridade, etc. Esta seção tem por finalidade apresentar

alguns destes indicadores para a realidade específica dos municípios da região de

Andradas. Vale ressaltar que tais indicadores não são excludentes, mas

complementares entre si, de modo que a correta aferição das condições de vida,

em determinada localidade, deve ser extraída de seu conjunto.

3.2 PIB per capita.

O Produto Interno Bruto per capita (PIB per capita) constitui o primeiro

indicador a ser considerado na análise das condições de vida. Embora não seja

propriamente um indicador de qualidade de vida, é capaz de indicar o nível de

riqueza dos municípios, medida determinante para a capacidade de

arrecadação e aplicação de políticas públicas por parte dos governos municipais.

O PIB per capita é obtido mediante a razão entre o valor de toda a

produção econômica de determinado local, em certo período de tempo

(geralmente um ano), e a população total. Evidentemente, trata-se de uma

média, não indicando, portanto, o real acesso da população à riqueza

econômica produzida nos municípios.

Em 2011, Poços de Caldas tinha o maior PIB per capita da Região, R$

26.948,13 mil. O município de Jacutinga possuía o segundo PIB per capita, R$

16.380,28 mil, Andradas, por sua vez detinha o quarto maior PIB per capita, R$

14.899,53 mil (Tabela 3).

Tabela 3

PIB per capita, Região de Andradas anos 2000 e 2011.

Posição Localidade 2000 2011 Variação (%)

1 Santa Rita de Caldas 3.637,47 13.510,52 271,43

2 Caldas 3.666,51 12.322,91 236,1 3 Ouro Fino 5.087,09 16.278,07 219,98 4 Jacutinga 5.311,63 16.380,28 208,38 5 Borda da Mata 3.333,74 9.646,76 189,36 6 Andradas 5.508,47 14.899,53 170,48 7 Poços de Caldas 12.152,10 26.948,13 121,75

Fonte: IBGE e Datasus. Elaboração própria.

23

Mais importante, contudo, é verificar a evolução recente desta medida

de riqueza, o que permite identificar o ritmo de crescimento econômico de cada

município. Nesta perspectiva, o município de Santa Rita de Caldas registrou, no

período de 2000 a 2011, um bom desempenho real, com crescimento do PIB per

capita da ordem de 271,43%. Andradas ficou em penúltimo lugar com uma

evolução de 170,48%, e Poços de Caldas foi a cidade com pior evolução do PIB

per capita, isso comparado aos outros municípios uma evolução de 121,75%.

A variação do PIB per capita se deve à evolução de dois fatores, o

crescimento da produção econômica e o crescimento da população. Assim, por

exemplo, se num determinado local a produção econômica crescer, mas o fizer

a taxas inferiores ao crescimento da população, o PIB per capita cairá, ainda que

tenha havido crescimento econômico. Dito isso, é possível afirmar que, entre 2000

e 2011, o crescimento econômico foi capaz de acompanhar o crescimento

populacional nos municípios.

3.3- Índice de Desenvolvimento Humano, IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador elaborado

pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que visa

aferir as condições que determinada localidade propicia para o digno e

satisfatório desenvolvimento da vida humana. O IDH leva em conta, em sua

composição, três medidas, que são: a) longevidade: quantificada na esperança

de anos de vida ao nascer, b) educação: medida pelo número médio de anos

de estudo da população, com 25 anos ou mais e c) renda: calculada pela

renda familiar per capita.

O IDH varia entre “zero” e “um”, sendo que quanto mais próximo da

unidade melhores serão as condições para o desenvolvimento humano. Visando

dar suporte às políticas públicas, foi estabelecida uma classificação, segundo a

qual, localidades com IDH abaixo de 0,500 são consideradas de baixo

desenvolvimento humano, localidades com IDH entre 0,500 e 0,800 são

consideradas de médio desenvolvimento humano e localidades com IDH acima

24

de 0,800 são consideradas de alto desenvolvimento humano.

O último cálculo oficial do IDH para os municípios brasileiros refere-se ao

ano 2010. Sem dúvida esta medida esta bastante atualizada, sobretudo em

virtude da generalizada melhora das condições sociais e econômicas a partir de

2010; ainda assim; o IDH é útil para a comparação dos municípios desta região,

com a ressalva de que se trata de uma “fotografia do passado”.

Em 2010, todos os municípios da região de Andradas possuíam IDH acima

de 0,687 e, portanto, classificavam-se como municípios de médio

desenvolvimento humano. Apenas os municípios de Caldas e Santa Rita de

Caldas apresentam um pouco abaixo do esperado, mas mesmo assim, com IDH

acima de 0,687, possuindo grau médio de desenvolvimento humano. A cidade

de Poços de Caldas possui o IDH mais elevado, de 0,779. Além disso, Jacutinga,

bem como os municípios de Ouro Fino e Borda da Mata, possuíam IDH quase

igual ao registrado para o conjunto do Estado de Minas Gerais, que é de 0,731.

O município de Andradas apresentava IDH de 0,734. (Gráfico 4).

Gráfico 4 Índice de Desenvolvimento Humano, IDH Regiões no entorno de Andradas, 2010.

0,731

0,779

0,734

0,7150,722

0,687

0,73

0,69

0,64

0,66

0,68

0,7

0,72

0,74

0,76

0,78

Minas

Gerais

Poços de

Caldas

Andradas Jacutinga Ouro Fino Caldas Borda da

Mata

Santa Rita

de Caldas

Fonte: Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social; IBGE; PNUD. Elaboração própria.

25

3.4 - Coeficiente de GINI

O coeficiente de Gini é um indicador que mede o grau de desigualdade

no acesso à riqueza e à renda, em determinado local. O índice varia entre “zero”

e “um”, mas, inversamente ao IDH, quanto mais próximo de um, pior a

desigualdade. Assim como acontece com o IDH, a última medida oficial do

coeficiente de GINI é de 2010. Do mesmo modo, ainda assim, serve para

comparação dos municípios.

Em 2010, o município de Santa Rita de Caldas e Jacutinga possuía o menor

GINI, 0,432, e, portanto, as melhores condições de igualdade do território

analisado. Poços de Caldas, por outro lado, possuía o maior índice, 0,505,

constituindo o município mais desigual da região. Em Andradas, o GINI era de

0,446 ou seja um índice bom dentro da tabela.

De modo geral todos os municípios desta região, apresentavam, em 2010,

coeficiente de GINI melhor do que a média do Estado de Minas Gerais. (Gráfico

5).

Gráfico 5 Coeficiente de GINI

Região entorno de Andradas, 2010

0,505

0,4460,432 0,432

0,462

0,492

0,463

0,49

0,38

0,4

0,42

0,44

0,46

0,48

0,5

0,52

Poç os de

Ca lda s

Andra da s Sa nta Rita

de Ca lda s

Ja c utinga Ouro Fino Ca lda s Borda da

Ma ta

Esta do de

Mina s

Ge ra is

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 e Pesquisa de Orçamentos Familiares POF, 2002/2010. Elaboração própria.

26

3.5 – Índice Mineiro de Responsabilidade Social, IMRS.

O Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) surge como um

conjunto de dados, com o objetivo de promover a implantação de uma ampla e

confiável base de dados e indicadores para o Estado de Minas Gerais e

municípios mineiros, sob a coordenação da Secretaria Estadual de Planejamento

e Gestão – (SEPLAG), Desenvolvimento Econômico – (SEDE), em parceria da

Fundação João Pinheiro – (FJP) e a Companhia de Tecnologia da Informação do

Estado de Minas Gerais – (PRODEMGE). A grande vantagem deste indicador é

que, além de disponibilizar dados mais recentes, permite avaliar o desempenho

dos municípios no decorrer dos anos.

O IMRS tem como objetivo fornecer dados para o planejamento das

políticas públicas e a alocação de recursos financeiros, materiais e humanos. O

Índice disponibiliza mais de 500 indicadores nas áreas de saúde, educação,

segurança pública, finanças municipais, meio ambiente e habitação, esporte e

turismo, renda e emprego, assistência social e cultura para todos os 853

municípios do estado. De periodicidade bianual, estão disponíveis as séries de

2000 a 2010. Sendo escalonados entre 0 e 1, sua utilização permite, pois, ampliar

as possibilidades de identificação das características socioeconômicas, entre

outras, que retratam o território mineiro, e assim subsidiar avaliações inerentes às

perspectivas de desenvolvimento nos níveis local e regional. A Tabela 4 apresenta

os índices do IMRS, bem como a caracterização dos municípios neles listados.

Tabela 4 Índice Mineiro de Responsabilidade Social, IMRS, Região de Andradas anos 2000 e

2010.

Posição Localidade 2000 2010 Variação (%)

1 Santa Rita de Caldas 0,546 0,617 13,00

2 Caldas 0,542 0,573 5,71 3 Andradas 0,596 0,630 5,70 4 Borda da Mata 0,567 0,593 4,58 5 Jacutinga 0,609 0,604 -0,82 6 Ouro Fino 0,597 0,579 -3,01 7 Poços de Caldas 0,694 0,666 -4,03

Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, IMRS – anos 2000 e 2010. Elaboração própria.

27

Entre 2000 e 2010, Santa Rita de Caldas foi o município com melhor

desempenho no IMRS passando de 0,546, em 2000, para 0,617 em 2010, uma

elevada melhora de 13%. Por outro lado, Poços de Caldas registrou a maior piora

dentre os municípios da região, passando de 0,694, em 2000, para 0,666, em 2010,

uma variação de -4,03%.

No geral, entre 2000 e 2010, quatro municípios tiveram algum tipo de

melhora no IMRS, e três registraram piora na avaliação.

3.6- Incidência de pobreza.

A rigor, a incidência de pobreza costuma ser medida com dois indicadores:

a) pobreza e b) pobreza subjetiva. O indicador de pobreza caracteriza o individuo

que não consegue ter acesso a uma cesta alimentar e de bens mínimos

necessários a sua sobrevivência, este é o indivíduo considerado pobre. Por outro

lado, o indicador de pobreza subjetiva refere-se à percepção que a pessoa tem

de suas condições de vida. Em geral, é influenciada pelas condições sociais

exteriores. Assim é que, no Nordeste, o grau de pobreza subjetiva costuma ser

maior que o próprio grau de pobreza, enquanto nas regiões Sudeste e Sul ocorrem

o contrário.

Os números oficiais para a incidência de pobreza nos municípios brasileiros

são calculados a partir dos levantamentos dos censos demográficos. Infelizmente,

os resultados decorrentes do Censo 2012 ainda não estão disponíveis, de modo

que o último dado refere-se a 2003.

Em 2003, o município da Região com maior incidência de pobres era Santa

Rita de Caldas, onde 25,42% da população era pobre, em seguida vem Borda da

Mata com 22,93%, Caldas 20,00%, Ouro Fino 16,78% e Jacutinga com 12,95% da

população pobre. Poços de Caldas era a cidade com menor participação de

pobres em sua população, 10,44%. Em Andradas, 18,02% dos habitantes eram

pobres. Nota-se que, apenas no município de Caldas, a incidência de pobreza

subjetiva foi superior à incidência de pobreza, indicando que a percepção de

pobreza dos habitantes do município era maior que a caracterização oficial de

28

pobreza por meio da renda. De modo geral, é possível que isto tenha ocorrido em

virtude de políticas públicas de assistência social e de prestação de serviços

básicos (saúde, educação e segurança) pouco eficientes (Gráfico 6).

Gráfico 6 Incidência de pobreza e pobreza subjetiva, em (%)

Municípios da Região de Andradas, 2003

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2013 e Pesquisa de Orçamentos Familiares POF2010/2011. Elaboração própria.

4 – Educação

4.1 – Desempenho da Educação

É sempre muito complicado medir “quantitativamente” a qualidade da

educação ou o desempenho escolar de determinada localidade e, ainda mais

difícil, tecer comparações entre localidades diferentes. Obviamente, trata-se de

um assunto multidisciplinar, que exigiria, para uma análise séria, a descrição e

embate dos diversos modelos educacionais e pedagógicos possíveis, tarefa que

foge ao escopo deste trabalho.

10,44

7,51

18,02 16,36

20 20,17

12,9511,23

22,93

20,04

25,42 25,32

16,78 15,54

0

5

10

15

20

25

30

Poç os de

Ca lda s

Andra da s Ca lda s Ja c utinga Borda da

Ma ta

Sa nta Rita de

Ca lda s

Ouro Fino

Pobreza Pobreza Subjetiva

29

Ainda assim, é crescente a percepção geral de que o sistema público de

ensino brasileiro não anda bem, apesar da recente melhora do acesso ao ensino

superior e técnico. Deste modo, esta seção se dispõe a analisar alguns aspectos

estruturais, indicativos da situação da educação nos municípios de Andradas.

4.2- Ensino fundamental

Em 2012, Poços de Caldas foi o município com maior número de crianças

matriculadas no ano inicial do ensino fundamental; no total foram 19.190

matrículas. Por outro lado, em Santa Rita de Caldas foram matriculados apenas

1.018 estudantes. Em Andradas, houve 4.438 novas matrículas.

No período de 2005 a 2012, houve em todo território uma diminuição de -

16,57% no número de matriculas para o primeiro ano do ensino fundamental.

Entretanto observando assim uma queda. (Tabela 5).

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

4.3- Ensino médio

Em 2012, o maior número de matriculas para o ano inicial do ensino médio

também ocorreu no município de Poços de Caldas, um total de 6.211 matrículas.

De forma análoga, Santa Rita de Caldas, foi o município com menor número de

matrículas, apenas 194. Em Andradas, houve 1.398 matrículas.

Tabela 5 Matrícula Inicial no Ensino Fundamental

Região de Andradas, 2005 e 2012

Localidade

Número de Matrículas

2005 2012

Poços de Caldas 23.184 19.190

Andradas 4.961 4.438

Caldas 1.929 1.539

Jacutinga 3.428 3.210

Borda da Mata 2.352 1.936

Santa Rita de Caldas 1.242 1.018

Ouro Fino 5.111 3.881

30

Entre 2005 e 2012, também, houve, uma redução do número de estudantes

matriculados para o primeiro ano do ensino médio, da ordem de -6,46%. De

forma semelhante ao verificado para o ensino fundamental, a queda no número

de matriculados para o ensino médio.

No plano municipal, Ouro Fino teve o maior aumento do número de

crianças matriculadas no primeiro ano do ensino médio no período, 8,74%. A

maior queda do número de matrículas foi verificada em Borda da Mata,

município que, entre 2005 e 2012 teve redução de -26,49% das matrículas para

este ciclo escolar (Tabela 6).

Tabela 6 Matrícula Inicial no Ensino Médio

Região de Andradas, 2005 e 2012

Localidade

Número de Matrículas Evolução (%)

2005 2012

Poços de Caldas 6.661 6.211 -6,75

Andradas 1.473 1.398 -5,09

Caldas 368 372 1,08

Jacutinga 847 749 -11,57

Borda da Mata 721 530 -26,49

Santa Rita de Caldas 263 247 -6,08

Ouro Fino 1.041 1.132 8,74

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

A comparação entre os dados da Tabela 5 (relativa ao ensino fundamental)

e os da Tabela 6 (relativa ao ensino médio) despertam preocupação quanto ao

problema da evasão escolar. Basta uma simples comparação de números, sem

muita sofisticação técnica, para perceber que a quantidade de matrículas para o

ensino médio é muito inferior às matriculas para o ensino fundamental.

Para se ter uma idéia, no ano de 2012, em todo o território desta região foi

registrada 35.212 mil matriculas para o primeiro ano do ensino fundamental e,

apenas 10.639 mil matriculas para o ensino médio, uma relação inferior a -69,78%.

Este tipo de comparação rápida permite supor que, de modo geral, de cada três

crianças que iniciam seus estudos em nível fundamental, duas não dão

31

prosseguimento no ensino médio. (Tabela 7, Gráfico 7).

Tabela 7 Tabela de Matriculas

Município de Andradas, 2009 e 2012

Localidade

Número de Matrículas

2005 2012

Matrícula - Ensino fundamental 4.810 4.438

Matrícula - Ensino médio 1299 1.398

Matrícula - Ensino pré-escolar 783 809

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

Gráfico 7 Comparativo de Matriculas no Município de Andradas

Anos 2009/2012

Fonte: IBGE. Elaboração própria

Matriculas Ensino

Fundamental;

4810

Matriculas Ensino

Médio; 1299

Matriculas Ensino

Pré Escola; 783

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

Matriculas Ensino

Fundamental

Matriculas Ensino

Médio

Matriculas Ensino Pré

Escola

2009

2012

32

4.4 – Creches

A falta de creches públicas no Brasil criou uma imensa fila de espera, em

vários Estados. Deixar o filho na creche é um direito garantido por lei e por isso muitas

mulheres estão recorrendo à justiça para conseguir uma vaga.

Muitas mães mesmo a poucos metros de uma creche, não conseguem

vagas para deixar os filhos. A falta de vagas em creche é um problema enfrentado

por muitas mães no Brasil. Em São Paulo, 110 mil crianças esperam por uma vaga em

creches. Em Belo Horizonte falta 17 mil vagas.

Em Andradas observamos através de dados levantados junto ao Conselho

Tutelar do Município, que existe déficit médio de 54 vagas anuais, contra 7 vagas

proporcionadas ou seja, 89% de déficit contra 11% somente de vagas proporcionadas.

De São Paulo para Minas Gerais pouca coisa muda. Os municípios

geralmente com receitas escassas são obrigados a arcar na com construções caras e

a manutenção das creches.

Assim Andradas passa por um déficit no acolhimento das crianças em

creches, sabendo se que a atenção deve ser programada para formalização de

projetos de construções de novas creches com base no atendimento da demanda,

prevendo sempre um superávit pelo gestor, o que não aconteceu nas gestões

passadas, quando deveriam ter previsto as demandas futuras. (Gráfico 8)

Gráfico 8 Déficit em Creches, em ( % )

Município de Andradas Vagas

Proporcionadas;

7; 11%

Déficit - Vagas em

Creche; 54; 89%

Procura por Creche Vagas Proporcionadas

Dados (Conselho Tutelas) Município de Andradas- elaboração Própria

33

5 - Segurança Pública

5.1 – Das Estatísticas de Criminalidade

As estatísticas de criminalidade são um bom termômetro do

crescimento demográfico adequadamente ordenado. Em geral, nas ocasiões

em que o crescimento da população não é acompanhado pela presença dos

serviços públicos os indicadores de segurança pública tendem a se deteriorar.

Uma vez que, como apontado neste estudo, a população da região de

Andradas apresentou forte evolução no período recente, o propósito desta

seção é avaliar a evolução de alguns indicadores de segurança do município no

perímetro urbano.

5.2 – Alto Crescimento da Violência na Região do Sul de Minas Gerais.

Como todo Estado Brasileiro, Minas Gerais é outro Estado onde se faltam

investimentos na área de segurança pública principalmente por políticas públicas

eficazes que priorizem a medidas sócias, econômicas e planejamento de

investimentos e gestão de segurança. Temos que as estatísticas oficiais da

Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) diz que a cada duas horas, é

assassinado um mineiro no Estado. Por dia são 11 assassinatos nos 29 municípios

com mais de 100 mil habitantes. No ano passado foram 4.163 homicídios. Desde

2005 não se registrava um número tão expressivo de mortes.

Considerando o crescimento da população, a taxa para cada grupo de

100 mil habitantes era 15,9 em 2005 e pulou para 20,1, em 2013. Além dos óbitos, as

ocorrências de roubos, extorsões e estupros também apresentaram aumento.

Quanto às cidades do sudeste de Minas Gerais, vemos que na maior

parte, todas tiveram aumento progressivo nos índices da criminalidade como

destaca o gráfico a seguir. (Gráfico 9)

34

Gráfico 9

Índice de aumento da criminalidade na Região de Andradas

2013-2014

247,83

294,24

70,24

83,98

18,44

18,37 54,65

70,03

47,95

60,68

17,94

20,03 55,12

61,89

0

50

100

150

200

250

300

Poços de

Caldas

Andradas Santa Rita

de Caldas

Jacutinga Borda da

Mata

Caldas Ouro Fino

2013

2014

Fonte de Dados (Seds) Secretaria de Estado e Defesa Social Minas Gerais

Das cidades analisadas, houve queda dos crimes violentos somente em

Santa Rita de Caldas, no Sul de Minas, que registrou um pequeno decréscimo.

Quanto à violência no Sul de Minas, dados da Secretaria de Defesa

Social de Minas Gerais (Seds) mostram uma realidade preocupante para quem

vive nessa região. De janeiro a abril de 2014, cresceram os registros oficiais de

crimes violentos na região conforme levantamento feito pela Secretaria de Estado

de Defesa Social (Seds). Só o número de homicídios, por exemplo, aumentou 39,3%

no primeiro quadrimestre deste ano de 2014 em relação ao mesmo período do

ano passado. Outros crimes como seqüestro e cárcere privado, além de roubos e

furtos, também apresentaram crescimento.

Em relação aos homicídios, somente nos quatro primeiros meses deste

ano os órgãos de segurança registraram 73 casos em todo o Sul de Minas, contra

51 do mesmo período em 2013 tendo um aumento generalizado. (Gráfico 10)

35

Gráfico 10 Índice de aumento de homicídios na região Sul de Minas Gerais.

De JANEIRO/ABRIL 2014

Fonte de Dados (Seds) Secretaria de Estado e Defesa Social Minas Gerais

Outros crimes que apresentaram crescimento na região conforme os

números oficiais são os de "seqüestro e cárcere privado" e "roubos e furtos

consumados". O primeiro apresenta aumento de 28,5% nos primeiros meses deste

ano em relação a 2013. Foram nove ocorrências contra sete do mesmo período do

ano passado. Já os roubos e furtos cresceram 26,8% neste período. Foram 1.152

ocorrências até abril contra 908 do mesmo período de 2013 (Gráfico 11).

Gráfico 11 Índice de aumento de roubos e furtos na região Sul de Minas Gerais.

De Janeiro 2013/Abri 2014.

Fonte de Dados (Seds) Secretaria de Estado e Defesa Social Minas Gerais

2013; 51; 41%

2014; 73; 59%

908 Casos1152 Casos

36

Poços de Caldas é o maior município do Sul de Minas com uma

população estimada em 161.025 habitantes, conforme dados atualizados do IBGE.

Por ser a maior cidade, também acaba ficando nos holofotes quando o assunto é

índice de criminalidade. Em 2013, o município liderou a lista negativa de crimes

cometidos na região como estupros (16) e roubos consumados (283). Neste ano,

conforme os dados da Seds ainda lideram no quesito furtos e roubos, também

conhecido como danos ao patrimônio. Das 1.152 ocorrências registradas até abril,

135 foram no maior município da região.

5.3- Crimes contra a pessoa

Os crimes contra a pessoa englobam eventos como crime contra a vida,

lesão corporal, atos que incorram em agravo à saúde das vítimas, crimes contra a

honra, etc.

Entre os meses de janeiro a julho de 2013 e janeiro a julho de 2014, em

Andradas assistiu a uma pequena redução de -5,93% do número de ocorrências

de crimes contra a pessoa, isso comparado ao mesmo período. (Gráfico 12).

Gráfico 12 Evolução dos crimes contra a pessoa no município de Andradas no período de

janeiro de 2013 a julho de 2014.

84

111

70

83

110

87 82

66

90

71

86

62

8591 93

7993

98109

0

20

40

60

80

100

120

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2013 2014

Fonte: REDS

37

5.4 – Crimes Contra o Patrimônio

Os crimes contra o patrimônio englobam furto, roubo, destruir, inutilizar ou

deteriorar coisa alheia, apropriação indébita, estelionato, receptação, etc.

Entre os meses de janeiro a julho de 2013 e janeiro a julho de 2014, o

município teve um aumento de 20,8% nas ocorrências de crimes contra o

patrimônio. (Gráfico 13)

Gráfico 13 Evolução dos crimes contra o patrimônio no município de Andradas no

período de janeiro de 2013 à julho de 2014

84

111

7083

110

8782

66

90

71

86

62

85 91 9379

9398

109

0

20

40

60

80

100

120

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2013 2014

Fonte: REDS

5.5 - Uso de entorpecentes

As mudanças de perspectiva estabelecidas no âmbito do direito pelas

novas regras encontram razão de ser na indiscutível realidade de que instrumentos

legislativos diversos anteriormente editados, todos alicerçados na adoção de

medidas repressivas, não lograram êxito ao alcançar resultados positivos em sua

aplicação prática. Tampouco a fiscalização e repressão ao tráfico constituíram,

por si só, mecanismo bastante a diminuir a disponibilidade de drogas para uso

ilícito no mercado. Enfim, mostraram-se ineficazes os tradicionais mecanismos do

modelo retributivo de justiça.

O uso de entorpecentes se define e engloba aqueles que fazem uso,

38

adquire, guarda, tiver em deposito, transportar ou trouxer consigo, para consumo

pessoal, drogas sem autorização.

Entre os meses de janeiro a julho de 2013 e janeiro a julho de 2014, o

município teve um aumento de 60% nas ocorrências de uso de entorpecentes.

(Gráfico 14)

Gráfico 14 Evolução do uso e consumo de drogas no município de Andradas no período de

janeiro de 2013 a julho de 2014.

3

1

4

6

1

4

3

2

0

4

2

3

2

4

3

2

3

1 1

0

1

2

3

4

5

6

JAN MAR MAI JUL SET NOV

2013 2014

Fonte: REDS

5.6 - Tráfico de drogas

Os crimes de tráfico de drogas englobam, importar, exportar, remeter,

preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em

deposito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a

consumo ou oferecer drogas, ainda que gratuitamente, etc.

Entre os meses de janeiro a julho de 2013 e janeiro à julho de 2014, o

município teve um aumento de 5% nas ocorrências de tráfico de drogas. (Gráfico

15)

39

Gráfico 15

Evolução do crime de tráfico ilícito de drogas no município de Andradas no período de janeiro de 2013 à julho de 2014.

3

1

6

4

3

4 4

3

1

7

2 2

1

0

1

3

1

3

1

0

1

2

3

4

5

6

7

JAN MAR MAI JUL SET NOV

2013 2014

Fonte: REDS

5.7 - Furto de veículos

Com o crescimento do número de carros roubados e furtados em Minas

Gerais, a Polícia Civil sofre com o crônico problema da dificuldade na recuperação

desses bens. Entre os meses citados, de acordo com dados da Secretaria Estadual de

Defesa Social (Seds), o total de veículos furtados passou da média do ano anterior –

tendo uma alta de 23%.

Os crimes de furto de veículos é toda conduta que consiste em subtrair ou

assenhorear-se, pra si ou para outrem, de coisa alheia móvel, em outras palavras,

daquilo que não lhe pertence. É importante destacar que este ilícito só atinge bens

móveis, ou seja, que podem ser deslocados de um lugar para outro.

Entre os meses de janeiro a julho de 2013 e janeiro a julho de 2014, o

município teve um aumento de 20% nas ocorrências de furtos de veículos. (Gráfico

16)

40

Gráfico 16 Evolução do crime de furto de veículos no município de Andradas no período de

janeiro de 2013 a julho de 2014.

109

3

5

8

10

8

11

78

4

8

5

3

5

3

11 11 12

0

2

4

6

8

10

12

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2013 2014

Fonte: REDS

Entretanto, além de se observar a evolução de veículos furtados, é

importante ressalvar os veículos produtos de furtos que foram recuperados.

Entre os meses de janeiro a julho de 2013 e janeiro a julho de 2014, houve um

grande salto na recuperação de veículos furtados, um aumento na proporção de

142%. (Gráfico 17)

Gráfico 17 Evolução da recuperação de veículos furtados no município de Andradas no período

de janeiro de 2013 à julho de 2014.

2

7

0

5

3

8 8

6

2

9

45

0

6

4 4

65 5

0

2

4

6

8

10

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2013 2014

Fonte: REDS

41

5.8 - Furto de residências

Os crimes de furto, neste caso considerado como furto simples, conforme diz

o caput do artigo 155 do Código Penal, é o crime que consiste em retirar algum

bem móvel de outra pessoa de forma ilícita, para benefício seu ou de terceiro.

Entre os meses de janeiro a julho de 2013 e janeiro a julho de 2014, o

município teve um aumento de 40% nas ocorrências de furto de residência.

(Gráfico 18)

Gráfico 18 Evolução do crime de furto de residência no município de Andradas no período de

janeiro de 2013 a julho de 2014.

109

3

5

8

10

8

11

78

4

8

5

3

5

3

11 11 12

0

2

4

6

8

10

12

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2013 2014

Fonte: REDS

5.9 – Índice dos principais crimes ocorridos em Andradas

Uma grande diversidade de dados e informações foi coletada no

diagnóstico para permitir a compreensão da dinâmica da violência e da

criminalidade em Andradas. Selecionamos algumas informações prioritárias, para

ilustrar o cenário na cidade e alguns dos principais desafios em termos de

segurança pública.

Apresentamos informações sobre os principais crimes na cidade, como

homicídios, tentativas de homicídios, roubos, furtos, tráfico e uso de entorpecentes.

As informações selecionadas correspondem à linha temporal desses crimes nos

últimos 03 anos, entre os anos de 2012, 2013 e 2014.

42

5.9.1 – Roubos

A análise observou um grande crescimento nas taxas de Roubos durante

esse período, de 2012 a 2014, tendo um aumento de 44% em relação a anos

anteriores, um significativo aumento pelos índices proporcionais do município.

(Gráfico 19)

Gráfico 19 Índice de Roubos em Andradas - MG.

2012-2013-2014

Roubo; 2014; 68; 44%

Roubo; 2013; 47; 31%

Roubo; 2012; 39; 25%

Fonte de Dados Delegacia de Polícia (Setor Inteligência) Andradas

5.9.2 – Furto de Veículos

Em relação aos furtos de veículos, esses tiveram um crescimento maior no

ano de 2013, onde cresceram 35% em Andradas se comparados aos anos de 2012

e 2014, porém a média esta estagnada proporcionalmente em uma média até

inferior a municípios com o mesmo índice de populacional, segundo dados da

Delegacia de Policia de Andradas (DPA/MG).

Temos ainda que a frota de veículos de Andradas esta em 22.887

veículos, bem superior aos municípios da mesma proporção populacional da

Região Mineira. (Gráfico 20)

43

Tabela 8 Evolução de Veículos

Cidades no entorno de Andradas e Estado de Minas entre os anos de 2000 e 2013.

Localidade

Habitantes 2013

Veículos 2014

Veículos para cada habitante 2014

Poços de Caldas 161.025 95.413 1,68

Andradas 39.416 22.887 1,72

Santa Rita de Caldas 9.239 5.198 1,77

Jacutinga 24.354 12.231 1,99

Borda da Mata 18.271 8.180 2,23

Caldas 14.250 5.990 2,37

Ouro Fino 33.031 17.064 1,93

Fonte: IBGE, Censos 2013 população e Frota 2014 total em cada cidade. Elaboração própria.

Gráfico 20 Índice de furto de veículos em Andradas - MG.

De 2012 - 2013 – 2014.

2012; 1952013; 203

2014; 183

170

180

190

200

210

2012 2013 2014

2012

2013

2014

Fonte de Dados Delegacia de Polícia (Setor Inteligência) Andradas. Elaboração Própria

5.9.3 – Tráfico de Entorpecentes

O tráfico de drogas, principal termômetro de produtividade das polícias

Civil e Militar, por sua vez, teve um amento pequeno na proporção dos outros

anos, porém percebe-se que esses índices são meramente informativos, pois a

Polícia hoje não conta com efetivo suficiente para promover a investigação

44

adequada do tráfico de drogas existente na cidade bem com a investigação dos

distribuidores de drogas para o município. (Gráfico 21)

Gráfico 21 Índice de Tráfico de Entorpecentes em Andradas - MG.

2012-2013-2014

2012; 38 2013; 46 2014; 48

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

2012 2013 2014

2012

2013

2014

Fonte de Dados Delegacia de Polícia (Setor Inteligência) Andradas – Elaboração Própria

5.9.4 - Homicídios

A taxa de homicídios em Andradas é um fator preocupante, entre 2012 e

2014 foram 44 homicídios bem acima da taxa aceitável pela OMS (Organização

Mundial da Saúde) que é de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. Isso é o

que aponta o novo Mapa da violência 2012. De acordo com a pesquisa, durante

os três anos, a cidade vem passando por um grande problema de homicídios,

causados muitas das vezes por brigas, desavenças e disputadas por bocas de

venda de drogas. Assim o estudo alerta para os índices de morte por fatores

externos. O que mais chama a atenção é o crescimento do número de

assassinatos. Em 2012 tivemos 15 homicídios, sendo que em 2013 se foi identificado

14 homicídios e em 2014 tive-se 15 homicídios até os meses de novembro. (Gráfico

22).

45

Tabela 9 Evolução de Homicídios

Taxa de Homicídios para cada 100 mil habitantes

Localidade Taxa de

Homicídios 2012

Taxa de Homicídios

2013

Taxa de Homicídios

2013

Andradas

38 / 100mil habitantes

35 / 100mil habitantes

38 / 100mil habitantes

Fonte: IBGE, Censos 2013 população e Frota 2014 total em cada cidade. Elaboração própria.

Gráfico 22 Índice de Homicídios em Andradas – MG

2012- 2013- 2014

Fonte de Dados Delegacia de Polícia (Setor Inteligência) Andradas. Elaboração Própria.

5.9.5 - Lesão Corporal

Quanto aos indicadores de crime de Lesão Corporal, em Andradas

vemos uma abrangência forte desse tipo de crime, porém bem menos que em

cidades do mesmo porte. (Gráfico 23)

2012; 15

38/100 mil

habitantes

2013; 14

35/100 mil

habitantes

2014; 15

38/100 mil

habitantes

2012

2013

2014

46

Gráfico 23 Índice de Lesão Corporal em Andradas – MG

2012- 2013- 2014 Fonte de Dados Delegacia de Polícia (Setor Inteligência) Andradas. Elaboração Própria.

6 – Da Violência Contra a Mulher

6.1 - Violência contra a Mulher

A violência contra a mulher, de todas as idades, raças e classe social,

sempre aconteceu, mas agora, com a Lei Maria da Penha, cresceram as

denúncias dessa agressão e a prisão dos agressores. Em análise prévia, foi

identificado um dos motivos dessa violência, são os fatores sociais e culturais, como

alto consumo de drogas, desemprego, má distribuição de renda, ciúme e

machismo.

6.2 - Formas de violência contra a mulher

Quanto às formas de violências contra as mulheres, as mais comuns são a

físicas, que é o ato de provocar lesões corporais possivelmente diagnosticáveis, tais

como cutâneas, neurológicas, oculares e ósseas, provocadas por queimaduras,

mordidas, tapas, espancamentos, ou qualquer ação que ponha em risco a

integridade física da mulher.

Lesão Corporal;

2012; 34

Lesão Corporal;

2013; 39

Lesão Corporal;

2014; 33

30

32

34

36

38

40

2012 2013 2014

2012

2013

2014

47

Outra forma de violência praticada contra a mulher é a sexual, que

corresponde a qualquer forma de atividade e prática sexual sem seu

consentimento, com uso de força, intimidações, chantagens, manipulações,

ameaças ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal,

como, por exemplo, forçar a prática de atos sexuais que lhe desagradem ou

criticar seu desempenho sexual, e até obrigá-la a ter relações sexuais com outras

pessoas.

A violência emocional ou psicológica é evidenciada pelo prejuízo à

competência emocional da mulher, expresso através da tentativa de controlar

suas ações, crenças e decisões, por meio de intimidação, manipulação, ameaças

dirigidas a ela ou a seus filhos, humilhação, isolamento, rejeição, exploração e

agressão verbal. Sendo assim, é considerado violento todo ato que cause danos à

saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal, como

por exemplo, negar carinho, impedi-la de trabalhar, ter amizades ou sair de casa.

São atos de hostilidade e agressividade que podem influenciar na motivação, na

auto-imagem e na auto-estima feminina.

Outro tipo de violência é a patrimonial, que resulta em danos, perdas,

subtração ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores da

mulher. Esta forma de violência pode ser visualizada através de situações como

quebrar móveis ou eletrodomésticos, rasgar roupas e documentos, ferir ou matar

animais de estimação, tomar imóveis e dinheiro, ou, até, não pagar pensão

alimentícia.

No que se refere à violência psicológica, o isolamento é uma de suas

principais formas de manifestação. Nesta prática, o homem busca, através de

ações que enfraqueçam sua rede de apoio, afastar a mulher de seu convívio

social, proibindo-a de manter relacionamentos com familiares e amigos, trabalhar

ou estudar. O objetivo primário do isolamento social é o controle absoluto da

mulher, já que, ao restringir seu contato com o mundo externo, ela dependerá

ainda mais de seu parceiro, tornando-se submissa a ele.

Em Andradas tivemos uma quantidade excessiva de casos, o que nos faz

atentar para uma visão mais ampla de preocupação com as ações que devam

ser desenvolvidas pelas autoridades locais contra esse tipo de ação criminosa.

48

(Gráfico 24)

Gráfico 24 Índice de Crimes referente a Lei Maria da Penha em Andradas - MG.

2012- 2013- 2014

Fonte de Dados Delegacia de Polícia (Setor Inteligência) Andradas 2014.

A análise também buscou os atendimentos feitos pelo Sistema Municipal

de Assistência Social, referente ao enfrentamento dessas questões da violência

doméstica e do gênero no município de Andradas.

A violência de gênero está caracterizada pela incidência dos atos

violentos em função do gênero ao qual pertencem as pessoas envolvidas, ou seja,

há a violência porque alguém é homem ou mulher. A expressão violência de

gênero é quase um sinônimo de violência contra a mulher, pois são as mulheres as

maiores vítimas da violência.

Em Andradas, percebe-se que a Violência Doméstica teve um alto

crescimento em relação às agressões contra as mulheres, porém as estatísticas

englobam uma série de fatores e dentre delas a violência cometida contra os

homens, crianças e idosos.

Porém os gráficos mostram que as incidências de crimes do Gênero são

mais freqüentes contra mulheres, pois na maior parte das vezes as circunstâncias

são o alto consumo de bebida alcoólica e drogas por parte dos companheiros

dessas vítimas. (Gráfico 25)

2012; 115

2013; 187

2014; 122

0

50

100

150

200

2012 2013 2014

2012

2013

2014

49

Gráfico 25 Índice de Crimes Lei Maria da Penha em Andradas – MG

2013-2014

Masculino; 2013; 60

Feminino; 2013; 95

Criança; 2013; 27

Idoso; 2013; 1

Masculino; 2014; 44

Feminino; 2014; 166

Criança; 2014; 0

Idoso; 2014; 1

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2013 2014

Masculino

Feminino

Criança

Idoso

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas. Elaboração Própria

Tabela 10 Tabela de Vítimas de Lei Maria da Penha

Taxa de Atendimentos em Andradas

VITIMA/SEXO 2013 2014 TOTAL

Masculino 60 44 104

Feminino 95 166 261

Criança 27 00 27

Idoso 01 00 1

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas. Elaboração Própria

É importante ressaltar que não somente as mulheres sofrem violência

doméstica, porém homens também são vítimas desses delitos, sejam adultos ou

crianças, sendo vítimas de agressões em âmbito familiar ou afetivo. Porém, as

mulheres são a maioria absoluta, por isso a lei se dirige a estas. É centrada na

diferenciação de gênero, na qual as mulheres, em situação de desvantagem, são

50

as principais vítimas das agressões, que se concentra na evidente manifestação de

dominação do homem.

Ao abordar a violência doméstica, não se pode deixar, portanto, de

versar sobre a própria questão de gênero, a diferenciação que condena as

mulheres a serem as principais vítimas desse tipo de agressão. Depois, aborda-se a

violência doméstica em suas características, como tem sido encarada na

sociedade e suas formas de expressão. Ora, a Lei Maria da Penha surge de modo

a condenar e combater tal prática, prejudicial não só às vítimas diretas como

àqueles que sofrem por serem próximos, sendo os filhos os principais atingidos.

(Gráfico 26)

Gráfico 26 Índice de Crimes Lei Maria da Penha em Andradas - MG.

2013 – 2014

21

12

22

18

Própria Pessoa; 2014; 50

Própria Pessoa; 2013; 49

Companheiro (a); 2013; 65

Companheiro (a); 2014; 72

Desconhecido; 2013; 49

Desconhecido; 2014; 50

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2013 2014

Própria Pessoa Companheiro (a) Amigo/Conhecido (a) Parentes (a) Desconhecido

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

51

Tabela 11 Agressores da Lei Maria da Penha

Taxa de Atendimentos em Andradas

AGRESSORES 2013 2014 TOTAL

Parentes (A) 49 50 99

Amigo/Conhecido (A) 49 55 104

Companheiro (A) 65 72 137

Desconhecido (A) 21 12 33

Própria Pessoa 22 18 40

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

A análise também enfrentou alguns paradigmas na questão da violência

domestica, sendo que em entrevista feita dos 100% das mulheres entrevistadas,

38% disseram já ter sofrido qualquer tipo de agressão, e 50% das mulheres que

declararam serem vítimas de violência doméstica responderam que foram

agredidas quatro vezes ou mais, sendo que 28%, uma vez; 11%, três vezes; 10%,

duas vezes; e 1% não respondeu. Entre as vítimas de violência, 38% afirmaram que

tinham até 19 anos de idade quando foram agredidas pela primeira vez; 39%, de

20 a 29 anos idade; 14%, de 30 a 39 anos de idade; 8%, de 40 a 49 anos de idade;

1%, de 50 a 59 anos de idade; e 1%, 60 anos de idade ou mais. A faixa etária com

mais ocorrência, portanto, é a que vai dos 20 aos 29 anos de idade (39%) e o

percentual mais elevado (50%) é de mulheres que já foram agredidas quatro vezes

ou mais. (Gráfico 27)

Tabela 12 Numero de Agressões por idade

Taxa de Atendimentos em Andradas

100% MULHERES

38% Já Foram agredidas alguma vez na vida

50% Agredidas de 3 a 4 vezes

28% Somente uma vez

11% Três vezes

10% Duas vezes

52

01% Não responderam quantas vezes foram agredidas

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

Gráfico 27 Faixa Etária de Vítimas de Violência Doméstica

Município de Andradas - MG. 2014

38% 39%

8%

1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

19 Anos 20 a 29 Anos 40 a 49 Anos 50 a 59 Anos

19 Anos

20 a 29 Anos

40 a 49 Anos

50 a 59 Anos

Pesquisa realizada pela empresa TEKTRANS DO BRASIL na data de 30/10/2014

A violência presente nas relações interpessoais tem merecido lugar de

destaque entre as preocupações dos profissionais da saúde por ser considerada

um problema de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao

publicar o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, define a violência como o

uso intencional de força ou de poder físico, de fato ou como ameaça, contra si

mesmo, outra pessoa, grupo ou comunidade, que cause ou tenha muita

probabilidade de causar lesões, morte, danos psicológicos, transtornos de

desenvolvimento ou privações.

Diante desse complexo fenômeno da violência, amplamente presente

na sociedade, encontra-se a violência contra a mulher, sendo a sua forma mais

comum, a perpetrada por parceiros íntimos.

Assim a o trabalho realizado pela Secretaria de Assistência Social de

Andradas quanto às vitimas de violência doméstica, trouxe as seguintes projeções

de faixa etária dos casos atendidos por violência, que quase sempre se repetem

em função da pesquisa feita.

Temos assim que a faixa etária das vitimas agredidas atendidas pela

Secretaria de Assistência Social de Andradas fica dentro de uma projeção de; 20 a

53

29 anos como a idade onde as mulheres são mais agredidas; 18 anos quando são

agredidas pela primeira vez; 40 a 49 anos agredidas esporadicamente e acima de

49 anos com pouca freqüência. (Gráfico 28)

Gráfico 28 Faixa Etária de Vítimas de Violência Doméstica Atendidos pela

Secretaria de Assistência Social de Andradas - MG.

57

123

21

0

20

40

60

80

100

120

140

18 Anos

20 a 29 Anos

40 a 49 Anos

Faixa Etária 57 123 21

18 Anos 20 a 29 Anos 40 a 49 Anos

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

A violência quando praticada dentro do lar é chamada violência

doméstica. Essa ocorre em meio às interações pai- mãe -filho, e não deve ser

considerada algo natural, ao contrário, é algo destrutivo e que permeia a

dinâmica familiar, podendo atingir crianças, mulheres e adolescentes de diferentes

níveis sócio-culturais. Porém a violência domestica pode ocorrer também na

escola, quando crianças e adolescentes são maltratados por professores e

funcionários da escola. Ainda existem outros ambientes que podem ocorrer à

violência doméstica, como bares, vias públicas, indústrias, comércios e outros.

Obtivemos dados referentes aos atendimentos da Secretaria de

Assistência Social de Andradas, onde os gráficos nos mostram que partes das

agressões referentes à violência doméstica acontecem na própria residência,

outra parte de agressões também expressiva acontece nas vias públicas, como

temos o gráfico a seguir; (Gráfico 29)

54

Gráfico 29 Índice de locais com maior freqüência de Violência Doméstica atendidos pela

Secretaria de Assistência Social de Andradas – MG 2014

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Residência

Escola

Bares/Similar

Via Pública

Comercio/Serviços

Indústria/Construção

Outros

Ignorado

Local de Ocorrência 145 1 3 10 3 1 3 1

Resid

ência

Escol

a

Bares/

Simila

r

Via

Públic

a

Comer

cio/Se

rviços

Indúst

ria/Co

nstruç

Outro

s

Ignora

do

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014

As mulheres que sofrem violência doméstica recorrem a mecanismos de

defesa de estratégia de adaptação e de sobrevivência. Esses fatos se associam ao

processo de sujeição das mulheres, o qual contribui para sua permanência em

longo prazo na situação de violência. O aprisionamento é relacionado com a

perda de liberdade e de dominação pelo outro, encobre sentimentos de

negação e de submissão, resultando, assim, numa fragilizada auto estima. O medo

de ficar sozinha pode ser um coadjuvante ao aprisionamento da mulher. Desse

modo, a condição de mulher, atendendo ao estereótipo de gênero, mantém a

subordinação para a prática do abuso.

Assim a pesquisa atentou em observar os horários mais freqüentes deste

tipo de agressão. As analises feitas pela Secretaria de Assistência Social de

55

Andradas identificou que as agressões são mais freqüentes até as 18h00, quando é

cometida maior parte dos ilícitos de violência doméstica. Porém após as 18h00,

também existe uma incidência muito grande de ilícitos que se compara ao horário

diurno, chegando a ter uma incidência se não igual, parecida com as estatísticas

obtidas no período diurno. Esse procedimento é muito importante, pois fornece as

autoridades públicas instrumentos eficazes para formar políticas públicas de

enfrentamento a esse tipo de ilícito. (Gráfico 30)

Gráfico 30 Horários com maior freqüência de Violência Doméstica atendidos pela

Secretaria de Assistência Social de Andradas MG 2014

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Antes das 18 Horas Depois das 18 Horas Ignorado

Antes das 18 Horas

Depois das 18 Horas

Ignorado

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014

Quanto aos tipos de violência doméstica, temos que maior parte deles é

do tipo físico, quando a agressão deixa hematomas ou seqüelas graves, também

temos uma vasta dimensão referente às agressões psicológicas, ou seja, aquelas

que são feitas por ameaças ou outra forma de tormenta psicológica. Também

dentre as agressões muitas são feitas através de tortura, pratica sexual abusiva ou

em desconformidade com a aceitação da vítima, meios financeiros, negligência

abandono ou auto provocada.

Em Andradas, a Secretaria de Assistência Social, realiza um importante

trabalho que é a mensuração dos registros obtidos, assim os dados obtidos

projetaram uma dimensão dos atendimentos feitos pelo órgão por item de

56

atendimento durante o ano de 2014, proporcionando uma maior dimensão dos

tipos de ilícitos ocorridos e quais são os mais freqüentes. (Gráfico 31)

Gráfico 31 Índice de tipos de violência doméstica com maior freqüência

atendidas pela Secretaria de Assistência Social

0

50

100

150

200

Física 154 108

Ameaça/Psicologica 69 102

Tortura 6 6

Sexual 6 6

Financeira/Econômica 8 5

Negligência/Abandono 2 18

Auto Provocada 0 16

2013 2014

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

Tabela 13 Numero de Agressões por tipo

Taxa de Atendimentos em Andradas

TIPOS DE VIOLÊNCIA 2013 2014 TOTAL

Física 154 108 262

Ameaça/Psicológica 69 102 171

Tortura 6 6 12

Sexual 6 6 12

Financeira/Econômica 8 5 13

Negligência 2 18 20

Auto Provocada 0 16 16

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

57

Das entrevistas feitas pela empresa, dos tipos de violência, 33% das

entrevistadas consideraram a violência sexual mais grave; 29%, a violência física;

18%, a violência moral; 17%, a violência psicológica; 1%, a violência patrimonial; e

2% não responderam. A violência contra o patrimônio é percebida de forma mais

intensa por mulheres com rendimento até 2 salários mínimos. Cerca de 60% das

mulheres que afirmaram ser o abuso contra seus rendimentos uma das formas de

violência doméstica encontram-se nesta faixa de renda. A violência física é mais

grave para as mulheres que trabalham fora de casa (33%), enquanto que para as

donas de casa o mais grave é a violência sexual (32%). (Gráfico 32)

Gráfico 32 Pesquisa sobre as piores formas de Violência Doméstica

Município de Andradas

0%

10%

20%

30%

40%Violência Sexual

Violência Fisica

Violência Moral

Violência Psicologica

Violência Patrimonial

Não Responderam

nov/14 33% 29% 18% 17% 1% 2%

Violência

Sexual

Violência

Fisica

Violência

Moral

Violência

Psicologica

Violência

Patrimonial

Não

Respondera

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

Como características negativas algumas mulheres relatam que o

comportamento agressivo de seu parceiro é decorrente de dificuldades

emocionais, traumas, entre outros. Essa interpretação retira a culpa do agressor,

inocentando-o de seus atos. No entanto, tanto as características positivas como as

negativas parecem proteger as mulheres das dificuldades de estabelecer o

rompimento da relação, ao mesmo tempo em que a vítima possui a disposição de

perdoar, compreender e suportar a violência. Nesse contexto, o homem é visto

como vítima de si mesmo, doente, impulsivo e descontrolado. Desse modo, a

58

compreensão da violência nas relações conjugais é um aspecto que dificulta as

rupturas, reafirmando a impotência da mulher para o enfrentamento do problema.

Quanto aos meios utilizados pelos agressores, a pesquisa juntamente com

dados obtidos na Secretaria de Assistência Social, nos trouxe que em Andradas os

meios mais utilizados são; 1) Espancamento 2) Envenenamento 3) Objetos

Perfurantes e etc. (Gráfico 33)

Gráfico 33 Índice dos meios de violência doméstica

utilizados no Município de Andradas

0

20

40

60

80

100

120

Espancamento 116 88

Enforcamento 5 7

Obj. Contundente 0 1

Obj. Perfurante 23 6

Envenenamento 26 16

Arma de Fogo 6 8

Ameaça 0 84

Outros 1 3

2013 2014

Dados (Secretaria de Assistência Social) Andradas – Nov 2014.

7 – Da Violência contra Crianças e Adolescentes

7.1 – Da Violência que aflige crianças e adolescentes

A violência que aflige crianças e adolescentes na realidade brasileira

atual é de tal forma importante que mobiliza todos os setores da sociedade, já

sendo reconhecida como relevante problema de saúde pública. As instituições do

setor de saúde estão entre aquelas mais intensamente requisitadas para atuarem

59

frente à questão. O Ministério da Saúde (MS), bem como instituições internacionais

que atuam no país, tal qual a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), têm

buscado se posicionar frente ao tema, em conjunto com distintas organizações

governamentais e não governamentais da área da saúde.

No final da década de 80, verificou-se a importância da violência como

tema prioritário a ser enfrentado pelo setor saúde, em especial, pelos serviços que

lidam diretamente com crianças e adolescentes vítimas de violências.

Compreende-se que esses serviços são espaços privilegiados para se atuar sobre o

problema. Entretanto, são encontradas inúmeras dificuldades em lidar com os

casos captados pela rede, já que a violência se expressa de múltiplas formas,

exigindo estratégias específicas e diferenciadas.

A tarefa que se coloca, para aquelas que buscam enfrentar o problema,

é a de sistematizar o conhecimento de cada forma de violência e propor medidas

de prevenção e assistência particulares a cada tipo. A complexidade desse

problema requer que seja adotada uma abordagem interinstitucional e que

atenda às realidades locais.

Hoje, já existem instituições brasileiras que vêm debatendo, pesquisando

e promovendo ações voltadas para o combate à violência contra crianças e

adolescentes. Sendo assim, o conhecimento sistematizado sobre o assunto, ainda

que de forma fragmentada, já se encontra presente em algumas instituições mais

direcionadas para ensino, pesquisa e assistência. Raramente, entretanto, os

profissionais de saúde que estão voltados para o atendimento da população têm

essa preocupação no atendimento e acesso ao saber dos pesquisadores.

Este documento tem como tarefa fundamental apresentar conceitos

básicos já consolidados e alguns dados sobre o tema, propondo-se a estimular a

construção coletiva de um quadro conceitual e prático, que corresponda à

realidade brasileira.

A violência, em diferentes formas, é um fenômeno que se estabelece por

inúmeros fatores e que atinge a realidade familiar, compondo, atualmente, grave

ameaça à vida. Conforme o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do

Adolescente (CONANDA), anualmente, 6,5 milhões de crianças sofrem algum tipo

de violência doméstica no país. No Brasil, 18 mil são espancadas diariamente e 300

60

mil crianças e adolescentes são vítimas de incesto. O que se tem percebido é que

cada vez mais a problemática da violência sobrepuja o silêncio da esfera familiar,

tornando-se, então, uma evidência na sociedade, principalmente nas instituições

hospitalares e educacionais - virando, desse modo, notícia diária na mídia.

(Gráfico 34)

Gráfico 34 Índice de Violência contra Crianças no País

2014

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

Espancamento Diário

Vitímas de Incesto

2014 18000 300000

Espancamento Diário Vitímas de Incesto

Dados CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) Elaboração Própria.

7.2 – Da Constituição Federal em relação aos direitos da criança e adolescente.

A Constituição Federal determina como obrigação do Estado, da Família

e da Sociedade a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Infelizmente, tal determinação é insuficiente para ocultar a triste realidade

brasileira em que a pobreza, o analfabetismo e o trabalho infantil - como formas

de violência - impedem o suprimento das necessidades básicas e elementares do

contingente infantil.

61

Segundo dados do Ministério da Saúde, as violências e os acidentes,

juntos, constituem a segunda causa de óbitos no quadro da mortalidade geral

brasileira. Entre os 5 e 19 anos é a primeira causa entre todas as mortes ocorridas.

Dessa maneira, observa-se a gravidade do fenômeno, que acaba repercutindo

em todo território nacional. Além disso, compõe grande problema de saúde

pública, devido, principalmente, à sensação de insegurança causada em todas as

esferas sociais e ao custo financeiro que vem representando para todos.

Apesar da gravidade dessa problemática, entretanto, o que se observa

do ponto de vista da saúde pública no Brasil é a quase inexistência de estudos

relacionados à violência, justificando a necessidade de investigações e reflexões

envolvendo esse assunto. Ressalta-se, também, que a maioria das publicações

existentes é vinculada à área da psicologia, notando-se carência do envolvimento

dos profissionais de enfermagem com o fenômeno violência.

7.3 - História da violência contra crianças e adolescentes

A história de violência contra crianças e adolescentes acompanha a

trajetória humana das relações sociais e, sobretudo, familiares. Alguns

autores afirmam que a violência contra crianças e adolescentes percorre a história

do mundo, desde os acontecimentos mais primitivos que se tem registro,

expressando-se por inúmeras e diferentes modalidades dentro de diversificadas

culturas. "Os exemplos de violência praticados contra a infância estão presentes

na História, na Mitologia, na Antropologia e nos Processos Religiosos". Entretanto,

somente no século XX a problemática da violência contra crianças e adolescentes

começou a ser estudada, devido aos novos valores atribuídos à família moderna.

Apesar dos problemas de registros e notificações e da omissão

demonstrada pelo silêncio de muitos, as estatísticas começam a realçar a

violência contra a criança e o adolescente como um fenômeno universal e

endêmico, sem distinção de raça, classe social, sexo ou religião.

Destacam-se duas formas de violência contra a criança e o adolescente,

sendo que ambas se distinguem por algumas características. A violência intra-

62

familiar corresponde a toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a

integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao desenvolvimento da

criança ou adolescente. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum

membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental,

ainda que sem laços de consangüinidade, e de relação de poder à outra. A

violência doméstica, por sua vez, inclui outros membros do grupo, sem função

parental, que convivem no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados (as),

pessoas que convivem esporadicamente e agregados.

O estudo Salienta-se que a violência é um fenômeno de difícil apreensão

pelo grau de subjetividade, polissemia e controvérsia que contém, entretanto,

pode-se analisá-la em suas distintas formas e expressões. Destaca-se, ainda, que

existe relação clara entre o processo de globalização e a produção de novas

formas de violência expressas, por exemplo, pelo crime organizado, pelas

atividades de grupos de jovens em facções armadas e pela violência doméstica.

Convém realçar que a violência contra a criança e o adolescente

abrange conceitos específicos de violência física, psicológica, sexual e de

negligência, os quais são abordados a seguir.

Violência física é cometida quando uma pessoa, que está em relação

de poder à criança, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso

da força física ou de algum tipo de arma que pode provocar - ou não - lesões

externas, internas ou ambas. Segundo concepções mais recentes, o castigo

repetido, não severo, também é considerado como violência física.

A violência psicológica "evidencia-se como a interferência negativa do

adulto sobre a criança e sua competência social, conformando um padrão de

comportamento abusivo. As formas mais comuns são: rejeitar, isolar, aterrorizar,

ignorar, corromper e criar expectativas irreais ou extremadas sobre a criança ou

adolescente".

Quanto à violência sexual, é entendida como todo ato ou jogo sexual,

relação hetero ou homossexual na qual o agressor está em estágio de

desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a criança ou adolescente, com

o objetivo de estimulá-la sexualmente ou utilizá-la como meio para alcançar

satisfação sexual.

63

Negligência é explicada como o fato da família se omitir em prover as

necessidades físicas e emocionais de uma criança ou adolescente. Configura-se

quando os pais ou responsáveis falham em alimentar, vestir adequadamente,

medicar ou educar seus filhos. Há ainda que se considerar que os acidentes

também podem ser classificados como um dos tipos de negligência, pois são

passíveis de prevenção e resultantes do descuido dos responsáveis, da falta de

investimento público e da omissão do controle do trânsito, entre outros.

Sabe-se que as experiências boas ou más refletem-se de alguma forma

na personalidade adulta, entretanto, é fácil constatar que a violência que ocorre

silenciosamente dentro das famílias e na sociedade, como se fosse um fenômeno

banal, é ainda um assunto cercado de mitos e tabus que as famílias podem ainda

ser despreparadas para compreender, administrar e tolerar seus próprios conflitos e

tornarem-se violentas por tradição.

Acredita-se que o ciclo da violência contra crianças e adolescentes está

vinculado diretamente ao relacionamento afetivo entre pais e filhos, e muitas

crianças se sentem ameaçadas, negligenciadas, abandonadas, não encontrando

motivos no seu próprio ambiente para crer que são importantes. Essas,

constantemente submetidas à violência, aprendem que é só através de tal forma,

inadequada, que há resolução de conflitos. Essa assertiva é reforçada salientando-

se que crianças que vivem em ambientes violentos tendem a acreditar que essa é

a única forma de socialização, contribuindo para a manutenção da

multigeracionalidade da violência.

Nesse contexto, a família propiciadora de violência determina, para a

criança ou adolescente, uma situação de severa desproteção e vulnerabilidade.

A violência sexual em crianças de 0 a 9 anos de idade é o segundo

maior tipo de violência mais característico nessa faixa etária, ficando pouco atrás

apenas para as notificações de negligência e abandono. A conclusão é de um

levantamento inédito do Ministério da Saúde. A pesquisa mostra que, em 2011,

foram registradas 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras

agressões contra crianças menores de dez anos. A violência sexual contra crianças

até os 9 anos representa 35% das notificações. Já a negligência e o abandono

têm 36% dos registros.

64

Gráfico 35 Violência Contra Crianças e Adolescentes

Brasil

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Violência Sexual

Negligência e Abandono

Outros

2011 35% 36% 29%

Violência

Sexual

Negligência e

AbandonoOutros

Dados (Ministério da Saúde)- 2011.

Os números são do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva)

do Ministério da Saúde. O programa Viva possibilita conhecer a freqüência e a

gravidade das agressões e identificar a violência doméstica, sexual e outras formas

(física, sexual, psicológica e negligência/abandono). Esse tipo de notificação se

tornou obrigatório a todos os estabelecimentos de saúde do Brasil.

Os dados preliminares obtidos nós mostram que a violência sexual

também ocupa o segundo lugar na faixa etária de 10 a 14 anos, com 11% das

notificações, ficando atrás apenas da violência física (28,3%). Na faixa de 15 a 19

anos, esse tipo de agressão ocupa o terceiro lugar, com 5,2%, atrás da violência

psicológica (7,6%). (Gráfico 36)

65

Gráfico 36 Violência Contra Crianças e Adolescentes

Brasil

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Violência Fisica

Violência Sexual 10 a

14 anos

Violência Psicologica

Agressão 15 a 19

anos

Outros

2011 28% 11% 8% 5% 29%

Violência

Fisica

Violência

Sexual 10 a

Violência

Psicologica

Agressão

15 a 19 Outros

Dados (Ministério da Saúde)- 2011.

Os dados apontam também que 22% do total de registros envolveram

menores de 1 ano e 77% foram na faixa etária de 1 a 9 anos. O percentual é maior

em crianças do sexo masculino (17%) do que no sexo feminino (11%). (Gráfico 37)

Gráfico 37 Violência por idade

Brasil

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Menores de

1 ano

Entre 1 a 9

anos

2011 22% 77%

Menores de 1 ano Entre 1 a 9 anos

Dados (Ministério da Saúde)- 2011.

66

A maior parte das agressões ocorreu na residência da criança (64,5%).

Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal e espancamento foi

o meio mais apontado (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas

(21,6%). Em 45,6% dos casos o provável autor da violência era do sexo masculino.

Grande parte dos agressores são pais e outros familiares, ou alguém do convívio

muito próximo da criança e do adolescente, como amigos e vizinhos. (Gráfico 38)

Gráfico 38 Violência referente ao local

Brasil

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%Residência da

criança

Outros locais

2011 65% 35%

Residência da criança Outros locais

Dados (Ministério da Saúde)- 2011.

Em relação ao município de Andradas, o estudo buscou informações

junto ao conselho tutelar do município, que nos trouxe as seguintes resultados; Em

relação à lesão ocasionada contra crianças e adolescentes, em primeiro lugar

está à contusão, foram 115 atendimentos em 2013 contra 73 atendimentos em

2014, em segundo lugar encontra-se corte/perfuração ou laceração que teve 38

atendimentos em 2013 contra 18 em 2014, em terceiro lugar foi à intoxicação que

teve 24 atendimentos em 2013 enquanto em 2014 tivemos 12 atendimentos.

(Gráfico 39)

67

Gráfico 39 Violência referente ao local

Município de Andradas - 2014

0

20

40

60

80

100

120

2013

2014/Nov

2013 115 38 24

2014/Nov 73 18 12

ContusãoCorte/perfuração ou

laceraçãoIntoxicação

Dados (Conselho Tutelar de Andradas)- 2014 – Elaboração Própria

Tabela 14 Forma de Agressões por Tipo

Taxa de Atendimentos em Andradas

NATUREZA DA LESÃO 2013 2014 TOTAL

Contusão 115 73 188

Corte/Perfuração/Laceração 38 18 56

Fratura 00 03 03

Traumatismo Craniano 00 02 02

Intoxicação 24 12 36

Outros 02 03 05

Ignorado 00 08 08

Dados (Conselho Tutelar de Andradas)- 2014 – Elaboração Própria

7.4 - Dos Maus-Tratos

São formas de maus-tratos físicos, ouso de força física de forma

intencional, não acidental, ou os atos de omissão intencionais, não-acidentais,

praticados por parte dos pais ou responsáveis pela criança ou pelo adolescente,

com o objetivo de ferir, danificar ou destruir esta criança ou o adolescente,

68

deixando ou não marcas evidentes. Os maus-tratos psicológicos como rejeição,

depreciação, discriminação, desrespeito, utilização da criança como objeto para

atender a necessidades psicológicas de adultos. Pela sutileza do ato e pela falta

de evidências imediatas, este tipo de violência é um dos mais difíceis de

caracterizar e conceituar, apesar de extremamente freqüente. Cobranças e

punições exageradas são formas de maus-tratos psicológicos que podem trazer

graves danos ao desenvolvimento psicológico, físico, sexual e social da criança. O

abuso sexual é uma situação em que a criança ou adolescente é usado para

gratificação sexual de adulto ou adolescente mais velho, baseado em uma

relação de poder. Inclui manipulação da genitália, mama ou ânus, exploração

sexual, voyeurismo, pornografia e exibicionismo incluindo telefonemas eróticos e o

ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência. Síndrome de

Münchausen é a situações em que pais, com objetivos de auferir lucro ou ter

alguma outra vantagem, simulam em seus filhos, de forma habilidosa, ardilosa e

verossímil, sinais e sintomas de doenças.

Com relação ao município de Andradas, obtivemos registros dos

atendimentos da entidade durante os anos de janeiro de 2013 a Novembro de

2014. Esse atendimento realizado pelo conselho tutelar reafirma as situações

ocorridas em estudos no país, sendo que os dados obtidos mostram que as

denúncias recebidas por maus-tratos são as que mais são evidenciadas no

conselho tutelar, 118 casos atendidos, em seguida surge as crianças agredidas

pelos pais ou parentes com 48 casos.

Quanto à gravidez na infância não foi registrado nenhum caso no

município, porém quanto à gravidez na adolescência essa teve seu registro em 20

casos. Em relação a crianças com sintomas de álcool ou drogadição, esse teve

seus registros em 20 casos durante esse período. Agora um fator preocupante e os

atendimentos em relação à violência sexual contra crianças e adolescentes, que

tiveram 17 casos atendidos pelo conselho tutela, mostrando um índice muito alto

para os padrões do município de Andradas. Assim temos que o município deve se

preocupar com políticas sócias priorizando alguns desses fatores demonstrados

com projeção a diminuição desses índices em um curto espaço de temo. (Gráfico

39)

69

Tabela 15 Atendimentos do Conselho Tutelar

em Andradas 2013 a 2014

ATENDIMENTO 2013 até 2014 TOTAL

Crianças embriagadas 00 00

Agressões contra crianças 48 48

Gravidez na infância 00 00

Gravidez na adolescência 07 07

Crianças embriagado ou sintomas de drogadição 20 20

Crianças agredidas pelos pais ou familiares 48 48

Abandono intelectual 04 04

Abrigamentos de Crianças e Adolescentes 04 04

Atendimento a crianças e adolescentes vitima de

violência sexual

17 17

Encaminhamento a Polícia Militar, Civil ou Presídio 157 157

Denúncias recebidas maus tratos 118 118

Solicitações de vagas em creches 54 54

Solicitações de vagas em projetos 20 20

Vagas conseguidas em projetos 02 02

Abandono de incapaz 08 08

Dados (Conselho Tutelar de Andradas)- 2014 – Elaboração Própria.

8 – Da Pesquisa Populacional

8.1 – Da Aceitação da Segurança Pública em Andradas.

Parte integrante do Plano de Governo do prefeito Rodrigo Aparecido

Lopes, baseia-se na implantação de um sistema de segurança forte para o

município de Andradas. A implantação de uma Guarda Municipal em Andradas

está sendo estudada e projetada para uma constituição dentro dos parâmetros

legais, que seja uma instituição eficiente e eficaz, que traga resultados significativos

na diminuição dos índices de criminalidade da cidade. A iniciativa tem a

aceitação da população, entretanto, a maioria dos entrevistados na pesquisa

70

feita no município durante o período do dia 30 de Outubro de 2014, demonstrou-se

preocupada com a forma como se dará a efetivação desse projeto. De todos os

entrevistados 98% entendem que deve ser implantada a Guarda Municipal, porém

atentam para um treinamento eficaz para os patrulheiros. (Gráfico 40)

Gráfico 40 Pesquisa Populacional

Aceitação da Criação da Guarda Municipal no Município - 2014

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Deve ser implantada

Não deve ser implantada

2014 98% 2%

Deve ser implantadaNão deve ser

implantada

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014.

8.2 – Da responsabilidade da Administração Pública.

Muitos entrevistados ainda questionaram a destinação desse

contingente dizendo que se for para cuidar da prefeitura e outros órgãos públicos

não adiantaria a constituição da Guarda Municipal. Um dos entrevistados, Sr Jose

Alfredo de Lima, nos disse “A cidade está crescendo e eu acho que uma Guarda

Municipal seria extremamente importante para coibir a violência que também

cresce de forma assustadora”. “Não faço a menor idéia de como funcionaria, mas

se for para dar mais segurança à população eu sou totalmente a favor”, enfatizou

o Senhor.

71

Na entrevista ainda foi ouvido de muitos entrevistados que em São Paulo,

os guardas municipais agem como agentes de cidadania, na Segura Pública e na

preservação dos bens públicos.

Dentre os entrevistados, maioria absoluta diz que o Prefeito tem

responsabilidade direta na segurança pública do município, devendo trabalhar

politicamente para trazer mais policiais e fazer o que a lei lhe permite para formar

novos instrumentos de combate ao crime. (Gráfico 41)

Gráfico 41 Pesquisa Populacional

Responsabilidade do Prefeito na Segurança Pública do Município - 2014

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Prefeito tem Responsabilidade

Prefeito não tem

Responsabilidade

2014 91% 9%

Prefeito tem

Responsabilidade

Prefeito não tem

Responsabilidade

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Quanto à segurança pública do município, maioria dos entrevistados

acha que a segurança está ruim, o crime crescendo e os agentes policiais não

desempenham o papel a que foi destinado, a de patrulhar e dar segurança.

Maior parte dos entrevistados ainda questiona as ações dos policiais, dizendo que

invés de patrulhar, os policiais buscam somente realizar fiscalização do trânsito e

a aplicação de penalidades. (Gráfico 42)

72

Gráfico 42 Pesquisa Populacional

Como a População vê a Segurança Pública do Município - 2014

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Ruim

Regular

Boa

Ótima

2013 59% 35% 6% 0%

Ruim Regular Boa Ótima

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Em relação a atuação da Policia Militar no município de Andradas, 52%

dos entrevistados ou seja, maioria absoluta entende que a instituição tem um

desempenho ruim, sendo que 27% entende que a atuação da Policia Militar é

regular, 21% que a atuação da Policia Militar é boa e ninguém entendeu que a

atuação dos policiais é ótima. (Gráfico 43)

Gráfico 43 Pesquisa Populacional

O que a População acha da atuação da Polícia Militar no Município - 2014

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Ruim

Regular

Boa

Ótima

2013 52% 27% 21% 0%

Ruim Regular Boa Ótima

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

73

Diante desse raciocínio, buscou-se trazer para o estudo se a população

de Andradas já precisou alguma vez do auxilio da Policia Militar. Maiorias dos

entrevistados disseram já ter precisado do atendimento por qualquer fato delituoso

ou outra necessidade dos préstimos da Policia Militar. (Gráfico 44)

Gráfico 44

Pesquisa Populacional Porcentagem de cidadões que já precisaram alguma vez da Polícia Militar

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Já precisou da Polícia Militar

Nunca Precisou da Polícia Militar

2014 66% 34%

Já precisou da

Polícia Militar

Nunca Precisou da

Polícia Militar

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Quanto ao atendimento tido pelos agentes da Policia Militar, 56% dos

entrevistados disseram ter sido muito mal atendido pelos patrulheiros da Policia

Militar quando precisaram de seus préstimos, e 44%, disseram terem sido muito bem

atendido pelos agentes policiais quando necessitaram.

Entende-se dessa maneira que muita das vezes as pessoas vitimas de

qualquer incidente delituoso, buscam uma forma de consolo com a presença da

policia no local, o que as vezes não acontece, ocasionando um descontentamento

por parte da vitima quanto ao atendimento dos agentes policiais. (Gráfico 45)

74

Gráfico 45 Pesquisa Populacional

Atendimento da Polícia Militar nas solicitações de ocorrência no Município - 2014

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Mal Atendido

Bem Atendido

2014 56% 44%

Mal Atendido Bem Atendido

Pesquisa (Tektrans do Brasil) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Em relação à constituição da Guarda Municipal, 93% dos entrevistados,

acham que com a criação da Guarda Municipal, os crimes irão diminuir, contra 7%

que entendem que somente com a constituição da Guarda Municipal, não terá

meios suficientes para a diminuição da criminalidade na cidade. Porventura muitas

das pessoas entrevistadas entendem que a constituição da GCM, deve vir com um

leque de investimentos na área da segurança, pois entende que a cidade hoje

precisa de investimentos diferenciados para combater o crime que vem

aumentando no município.

Outro fator importante enfatizado por muitos entrevistados é que a

guarda municipal, além de fazer um policiamento mais comunitário, tem sua

subordinação direta ao Prefeito Municipal, o que tende a ter uma melhor eficácia

de procedimentos e estratégias no combate a criminalidade.

Muitos outros entrevistados ainda atentaram para que a constituição da

guarda municipal seja feita a semelhança de GCMs da região de Campinas no

Estado de São Paulo, onde existem verdadeiras instituições com parâmetros

policiais muito bem treinados e aparelhados para resolverem qualquer tipo de

situação. (Gráfico 46)

75

Gráfico 46 Pesquisa Populacional

Acham que irá diminuir os crimes com a criação da GCM no Município - 2014

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Diminuir os Crimes

Não vai Diminuir os Crimes

2014 93% 7%

Diminuir os Crimes Não vai Diminuir os Crimes

Pesquisa (Tektrans do Brasil) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Quanto as novas atribuições conferidas a guarda municipal pela Lei

13.022/2014, que se refere ao Estatuto Geral das Guardas Municipais, muitos do

entrevistados dizem já conhecer e saber que a guarda municipal hoje já tem

algumas atribuições destinada ao policiamento preventivo. (Gráfico 47)

Gráfico 47 Pesquisa Populacional

Conhecimento das novas atribuições dado à GCM com a Lei 13.022/14

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Conhecem as novas atribuições

Desconhecem as novas atribuições

2014 84% 16%

Conhecem as novas

atribuições

Desconhecem as

novas atribuições

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

76

Referente ao porte de arma funcional aos guardas municipais, 87% dos

entrevistados entende que uma guarda municipal deve ser armada, porém

prevendo o bom treinamento e os cuidados com os cumprimentos dos preceitos

constitucionais. Já 13% dos entrevistados entendem que a GCM não deve ser

armada e os guardas municipais não devem portar arma de fogo, realizando

somente procedimentos menos ostensivos, porém ações mais preventivas. (Gráfico

48)

Gráfico 48 Pesquisa Populacional

Quanto a GCM portar arma de fogo no exercício da função - 2014

0%

20%

40%

60%

80%

100%

GCM deve ser armada

GCM não deve ser armada

2014 87% 13%

GCM deve ser armada GCM não deve ser armada

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

A pesquisa também se atentou a perguntar aos entrevistados quais bairros

que eles achavam mais perigosos no município, e que deve ter maiores ações na

aplicabilidade de investimentos em segurança pública. 33% dos entrevistados

acham que o bairro mais perigoso de Andradas é Sete de Setembro, Já 18% acham

que é o Bairro Santa Rita, outros 10% acham que o Bairro Caracol é o mais perigoso

do município, já a área central obteve somente 9%, contra 5% do Jardim Leandro,

2,5 do Bairro Camargo e Zona Rural. Outros 21% não sabiam dizer ou

desconheciam. (Gráfico 49)

77

Gráfico 49 Pesquisa Populacional

Referente aos bairros mais perigosos em Andradas – 2014

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Sete de

Setembro

Santa Rita

Caracol

Centro

Jardim Leandro

Jardim Camargo

Zona Rural

Outros

2014 33% 18% 10% 9% 5% 2,50% 2,50% 21%

Sete de

Setembr

o

Santa

RitaCaracol Centro

Jardim

Leandro

Jardim

Camarg

o

Zona

RuralOutros

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Dentro desse paradigma, a entrevista buscou saber se as pessoas já

haviam sido vitima de algum ilícito penal dentro do município de Andradas. 58%

disseram nunca ter sido assaltado ou furtado, 24%, disse já ter sido furtado alguma

vez e 18% disseram já ter sido vitima de assalto. (Gráfico 50)

Gráfico 50 Pesquisa Populacional

Pessoas que já foram assaltadas ou furtadas em Andradas 2014

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Nunca Foram

Sim, Furtado

Sim, Assaltado

2014 58% 24% 18%

Nunca Foram Sim, Furtado Sim, Assaltado

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

78

Um tema muito abordado e cobrado dos gestores públicos é a

implantação de videomonitoramento digital urbano. Esse sistema tem sido muito

utilizado nos municípios do pais, sendo um grande instrumento de combate ao

crime nas cidades. Em Andradas não é diferente, 94% dos entrevistados acham que

a prefeitura deve investir em sistema de videomonitoramento digital urbano para

combater o crime, sendo que 6% entendem que esse sistema não tem

funcionabilidade na questão do combate ao crime. ( Gráfico 51)

Gráfico 51 Pesquisa Populacional

Investimentos da Administração Pública em Videomonitoramento Urbano.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Prefeitura deve Investir em

Videomonitoramento

Prefeitura não deve Investir em

Videomonitoramento

2014 94% 6%

Prefeitura deve

Investir em

Videomonitorament

Prefeitura não deve

Investir em

Videomonitorament

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Dentre a pesquisa elaborada, foi perguntado aos entrevistados quais são

os maiores problemas que a cidade enfrenta em relação à administração pública

em geral. 34% dos entrevistados acham que o maior problema que a cidade

enfrenta ainda é a Saúde, sendo que a preocupação com segurança tomou um

destaque importante na pesquisa, ficando em segundo lugar com 31%. Também a

preocupação se atenta a educação com 20% e a infra-estrutura com 13% da

preocupação da população de Andradas. (Gráfico 52)

79

Gráfico 52 Pesquisa Populacional

Quais são os maiores problemas do Município - 2014

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Saúde

Segurança

Educação

Infraestrutura

2014 34% 31% 20% 13%

Saúde Segurança Educação Infraestrutura

Pesquisa (Tektrans do Brasil ) Tektrans do Brasil no dia 30 de Outubro de 2014

Assim a pesquisa trouxe uma dinâmica dos principais problemas

enfrentados na área da segurança pelo município de Andradas, com ênfase a

construção do Plano Municipal de Segurança Urbana. Todos os procedimentos e

diagramas aqui elencados nesse diagnóstico buscaram contemplar um

enriquecimento dos dados obtidos para formulação e discussão dos gestores

municipais, estaduais e federais, formando diretrizes de discussões com propostas e

sugestões amplas para elaboração do Plano Municipal de Segurança Urbana de

Andradas.

O Plano Municipal de Segurança tem a singela função de orientar as

discussões a nível municipal referente às formas de ações tomadas pelos gestores

municipais em relação aos problemas tidos como principais junto à sociedade

Andradense.

80

CAPITULO II

9 – Plano Municipal de Segurança Urbana de Andradas-MG

9.1 - Apresentação

O Plano Municipal de Segurança Urbana do município de Andradas

congrega um conjunto de ações, denominado, “Município de Andradas formando

Segurança com Cidadania”, divididas em 23 compromissos, justificativas e desafios

em três grupos de prioridades: gestão, infra-estrutura e inclusão social. Ele é amplo,

tem como objetivo reduzir a violência e a criminalidade no município, tendo como

foco a gestão compartilhada entre os órgãos federados e a sociedade, por meio

de ações diversificadas que vão desde a criação da Secretaria Municipal de

Segurança e Defesa do Cidadão (SMSDC), criação da Guarda Civil Municipal e de

canais de participação popular, como criação dos conselhos comunitários de

segurança pública, inclusive promovendo conferências municipais sobre os temas

de segurança e inclusão social. O plano ainda prevê a criação do Fundo

Municipal de Segurança Urbana (FMSU), consolidação da Guarda Civil Municipal

de Andradas como órgão de apóio permanente da Polícia Militar e a Polícia Civil,

fortalecimento do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M),

desenvolvimento de projetos sociais específicos para crianças, adolescentes e

melhor idade.

Vale ressaltar, que para o sucesso deste plano se faz necessário que a

execução do mesmo seja feita pelo poder municipal em suas diversas instâncias

em parceria com o Estado, com a sociedade civil e com os demais órgãos de

segurança que atuam no município. A implantação, gestão, e manutenção do

Plano Municipal de Segurança Urbana estará centralizada na Secretaria Municipal

de Segurança e Defesa do Cidadão e sua execução será compartilhada nas

diversas secretarias, órgãos municipais, estaduais e federais.

81

9.2– Segurança Pública como Política Social

Com o advento da Ditadura Militar as diretrizes de segurança pública

passaram a ser centralizadas no Governo Federal, tendo como base a doutrina da

“Segurança Nacional”, portanto, um problema exclusivo da segurança,

entendendo-se por segurança as ações das “polícias”. Essa postura deixou

enraizada na população brasileira uma herança cultural, presente no censo

comum, e que cotidianamente cobra do poderes públicos ações de segurança

exclusivamente repressivas, como: melhores armas, mais viaturas, mais servidores,

monitoramento por câmera, em fim, mais operações que visem à repressão.

A Constituição Federal (CF) de 1988 em seu texto diz que:

Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e

responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem

pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos

seguintes órgãos:

I - Polícia Federal;

II - Polícia Rodoviária Federal;

III - Polícia Ferroviária Federal;

IV - Polícias Civis;

V - Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares

§ 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento

dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a

garantir a eficiência de suas atividades.

§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais

destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme

dispuser a lei.

Em que pese a Constituição Federal centrar nos órgãos Federais e

Estaduais a Segurança Pública, é inegável que o município, historicamente sempre

desenvolveu ações relacionadas à segurança no seu sentido amplo, conceito em

voga na atualidade, que preconiza a descentralização entendida para além do

ato administrativo, consistindo numa efetiva partilha de poder entre o poder

público e as coletividades locais fundamentado no pressuposto da

descentralização e participação, tornando possível uma diversidade maior nos

padrões de participação no âmbito das instituições públicas brasileiras.

Ou seja, tradicionalmente no Brasil, a segurança pública no sentido estrito

82

é uma política efetivada pela União e Estados, em que pese o município constituir-

se num dos entes federados e o lócus onde moram as famílias, onde estas buscam

atendimentos básicos, satisfação pessoal, onde coexistem com grupos sociais

como: as associações culturais, religiosas, recreativas, associações de bairros de

classe, escolas dentre outras.

Desta feita, o município tem um papel importante a desempenhar na

política de segurança pública, identificando e administrando os conflitos, numa

articulação com Secretarias Estaduais e Órgãos Federais desenvolvendo ações

que visem romper com o modelo tradicional de controle social baseado na

apropriação particularizada da informação.

Assim, tendo como base o novo paradigma de segurança pública que o

Ministério da Justiça implantou desde 2013 o Sistema Único de Segurança Pública

(SUSP), que possibilitou a descentralização das políticas de segurança pública,

tendo como base o Pacto Federativo e outras experiências de descentralização,

como por exemplo, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania

(PRONASCI), que foi lançado em julho de 2007 pelo Ministério da Justiça e que se

destina à prevenção, controle e repressão da criminalidade, atuando em suas

raízes sócias culturais, além de articular ações de segurança pública com políticas

sociais por meio da integração entre União, Estados e Municípios. Tendo como

base essa descentralização das políticas de segurança, é que o município de

Andradas apresenta seu Plano Municipal de Segurança Urbana que dispõe do

seguinte dever:

9.3 – Deveres elencados no Plano Municipal de Segurança Urbana

1) Implantar uma gestão que possibilite a descentralização do poder e maior

autonomia para os órgãos municipais, com o intuito de possibilitar o

desenvolvimento um trabalho integrado com os entes federados e com a

sociedade civil.

2) Estruturar o sistema de informações (Observatório) por meio do Gabinete

de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), com o objetivo de produzir e tratar

estatisticamente as informações recolhidas;

83

3) Investir na criação de mecanismos que facultem o diálogo com a

sociedade civil, como os Conselhos Comunitários de Segurança Pública, com o

intuito de organizar a população, quanto do planejamento e da implantação de

suas ações.

4) Realizar campanhas de esclarecimento junto à população no que diz

respeito ao exercício dos seus direitos em ações básicas de cidadania, tais como,

comportamento no trânsito, educação, crime ambiental, cuidado com os

equipamentos públicos, campanha do desarmamento etc.

5) Investir em parcerias que permitam melhorar os serviços nas áreas de

educação e saúde.

6) Incentivar as atividades culturais, bem como, investir na construção de

espaços direcionados à prática de atividades de lazer e esporte.

7) Promover o acesso aos demais serviços públicos essenciais a uma vida com

qualidade.

8) Investir parte da receita municipal como contrapartida nas ações em

segurança junto a convênios Estaduais e Federais.

9.4- Papel do Município de Andradas na Gestão da Segurança Pública

Assim, a Prefeitura de Andradas, a partir deste Plano Municipal de

Segurança Pública assume o papel de protagonista na implantação da Política de

Segurança Pública no Município. É com fundamentos baseados nos pressupostos

da descentralização e participação, que a Prefeitura Municipal de Andradas em

parceria com a Polícia Civil, Polícia Militar, Poder Judiciário, Ministério Público,

órgãos e departamentos municipais e ainda por meio de Empresas de iniciativa

privada, darão ênfase ao segmento do Plano Municipal de Segurança Urbana do

Município de Andradas.

Atualmente, o aparato institucional especificamente voltado para a

segurança pública ostensiva no âmbito municipal é exercido pela Polícia Militar,

porém seu contingente não é suficiente para manter os policiamentos ostensivos e

comunitários, como analisado no diagnóstico de segurança, existindo uma

deficiência no exercício dessas atividades que são necessárias ao

84

desenvolvimento da paz e a ordem social.

O papel do GGI-M é de articular a integração das instituições municipais,

estaduais, federais e a sociedade civil organizada em torno dos objetivos da

política municipal de segurança pública, objeto do presente plano, fazendo da

segurança pública um dos principais focos da gestão municipal.

Assim, para garantir transparência e participação na sua execução, o Plano

Municipal de Segurança deverá:

1) Ser avaliado semestralmente, bem como, ter uma avaliação final apresentando

os resultados alcançados;

2) Firmar pareceria externa para o processo de avaliação;

3) Promover um conjunto de audiências públicas a cada semestre para que a

população de Andradas conheça e possa também avaliar a execução do

Plano.

9.5 - Das ações feitas pelo Município

De acordo com Miraglia (2006), ainda que no texto da Constituição

Federal Brasileira a responsabilidade pela segurança pública apareça como tarefa

a ser compartilhada, sabe-se que as políticas públicas na área de segurança

foram historicamente objeto de ação, sobretudo dos governos estaduais. Eleger o

município como mais um ator nesse panorama é resultado de um processo, mas

também da percepção das potencialidades da ação do poder local nesse

campo de atuação, pois a prefeitura é o braço do poder político mais próximo à

população e é onde se dá a prestação cotidiana de serviços. É ela quem

conhece os problemas e conflitos da comunidade mais de perto, em outras

palavras, soluções locais e capacidade de articulação são as grandes marcas da

administração municipal que devem ser consideradas como fatores positivos, se

não fundamentais, para a formulação de políticas públicas de segurança.

85

10 -Formalização do Plano Municipal de Segurança Urbana

Dentro do contexto analisado, temos que o Plano Municipal de Segurança

visa adequar os investimentos e a participação da sociedade juntos ao novo

paradigma apresentado pelo município em relação a se fazer segurança com

participação do município e da sociedade em apoio aos órgãos governamentais.

Primeiramente o Plano Municipal de Segurança Urbana tem como meta à

criação, por meio de Lei Municipal, de um Fundo Municipal de Segurança Urbana

(FMSU), vinculado a Prefeitura Municipal com ênfase a criação da Guarda Civil

Municipal e investimento em ações de segurança pública. O FMSU tem o objetivo

de assegurar recursos para expansão e aperfeiçoamento dos serviços e ações de

prevenção e controle à violência, e que sirva, inclusive, para apoiar órgãos

estaduais e municipais, que desempenhem papéis importantes na segurança

pública do município de Andradas.

Foram observados ainda dentre as pesquisas realizadas, que a população

vê na formação de uma nova estrutura de segurança, como um recomeço da

segurança da cidade, trazendo a paz que existia quando o município ainda era

um território extremamente rural. Observou se ainda que a sociedade aposta na

criação da Guarda Municipal, tendo esperança que o município faça desse órgão

um novo mecanismo de combate a criminalidade no município.

10.1 – Dos compromissos estabelecidos pelo Plano Municipal de Segurança Urbana

Compromisso 1

Consolidar o Plano Municipal de Segurança, formando etapas de trabalho e

contemplação de resultados. Elaborar, aprovar e regulamentar a Lei Municipal

que cria o Fundo Municipal de Segurança Urbana, vinculado a Prefeitura Municipal

de Andradas.

Compromisso 2

Criar a Guarda Civil Municipal dentro das diretrizes regulamentadas pela Lei

13.022/2014 com objetivo de apoiar a Policias Estaduais, Policiais Federais, Corpo

de Bombeiros e demais órgãos do município nas ações de prevenção, no

policiamento comunitário e na participação direta com a sociedade.

86

Compromisso 3

Manter, reforçar e ampliar a captação de recursos em níveis estaduais e federais,

através de elaboração de projetos sustentáveis com escopo de diminuição dos

crimes do município de Andradas.

Compromisso 4

Viabilizar através de recursos próprios e advindos de projetos via governo estadual

e Federal, a implantação do sistema de videomonitoramento inteligente com

disponibilização de imagens as polícias estaduais e municipais.

Compromisso 5

Fortalecer a participação da sociedade nas questões de segurança, criando e

reativando conselhos municipais, trazendo junto às autoridades estaduais e

municipais, opiniões e sugestões da sociedade com objetivo de formar uma maior

discussão no planejamento das atuações dos órgãos policiais na questão de

segurança pública.

Compromisso 6

Criar oficinas de prevenções em varias áreas, como; violência doméstica, violência

contra mulheres, violência LGBT, violência no Trânsito, bullyng nas escolas e demais

temas. As oficinas devem ser disponibilizadas nas escolas e nos bairros periféricos

da cidade como também áreas centras, formando oficinas itinerantes.

Compromisso 7

Implantar a municipalização do Trânsito implicando em várias providências que

devem ser adotadas pelo município para atuar na área de sua competência, e

que são obrigatórias, uma vez que a municipalidade passa a ser responsável por

tudo aquilo que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) lhe atribui como

competência, independente de delegação ou medida especifica.

Compromisso 8

Articular as Secretarias Municipais nas Políticas de Segurança Pública Integrada

com ações sociais voltadas às comunidades mais carentes da cidade como as

demandas sociais do município.

Compromisso 9

Incorporar a Guarda Civil Municipal na Secretaria Municipal de Segurança e

Defesa do Cidadão

87

Compromisso 10

Estruturar e Fortalecer o Gabinete de Gestão Integrada Municipal, dando

condições de atuação e discussão junto à sociedade.

Compromisso 11

Promover Conferências Municipais de Segurança em diversas áreas e

fundamentalmente na área da segurança urbana.

Compromisso 12

Reestruturar a Coordenadoria de Defesa Civil do Município, trazendo a Guarda

Municipal para atuar como agente de Defesa Civil.

Compromisso 13

Colaborar com os órgãos competentes nas Ações de Combate ao Tráfico de

Drogas.

Compromisso 14

Promover a Cultura de Paz nas Escolas e junto à sociedade, trazendo o respeito e

igualdade entre as pessoas.

Compromisso 15

Formalização das etapas de trabalho e desenvolvimento deste Plano Municipal de

Segurança Urbana.

Compromisso 16

Aprimorar a Gestão e manutenção dos espaços públicos em relação ao uso e à

preservação de ruas e praças públicas em Andradas.

Compromisso 17

Implantação do Programa Escola Aberta, programa de aproximação entre a

escola e a comunidade.

Compromisso 18

Implantar, aprimorar, fortalecer e qualificar o atendimento à violência

doméstica.

Compromisso 19

Intensificar a redução dos crimes contra vida com campanha municipal de

entrega de armas e outras que forem viáveis.

88

Compromisso 20

Intensificação dos patrulhamentos estratégicos visando reduzir os crimes contra

o patrimônio.

Compromisso 21

Melhorar a relação entre as forças de segurança entre si e com a

comunidade.

Compromisso 22

Integrar o departamento de fiscalização de posturas junto a Secretaria

Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão

Compromisso 23

Implantar o sistema de Base Comunitárias Moveis itinerantes nos bairros da

cidade.

89

O Plano Municipal de Segurança Urbana trata se de um Plano Municipal de

Prevenção do Crime e da Violência e Promoção da Segurança Pública com objetivos

baseados na articulação e integração das ações de organizações governamentais

municipais, estaduais e federais integrando a sociedade civil. Este plano é baseado

também numa metodologia de ação que prevê o diagnóstico dos problemas de

segurança pública, planejamento e implementação de ações para resolução destes

problemas, monitoramento e avaliação da implementação e dos resultados das

ações.

No Plano Municipal de Segurança Urbana, busca se a prevenção da

violência e promoção de segurança pública, trazendo a guarda municipal como

integrante principal desse processo, onde a cidade passa a ter uma instituição depois

de criada que fortaleça as ações comunitárias e preventivas, desempenhando um

papel fundamental na formulação e implantação do plano. Sob a liderança do

prefeito municipal, cabe à guarda municipal ser o órgão articulador de ações visando

à prevenção do crime e da violência, em parceria com outros órgãos municipais e

estaduais e com a sociedade civil.

Ação 1

Adotar as sugestões formalizadas pelo Plano Municipal de Segurança Urbana

formando diretrizes para se obter resultados consistentes em relação à diminuição

dos índices criminais no município de Andradas.

Com

pro

mis

so 1

Consolidar o Plano

Municipal de Segurança,

formando etapas de trabalho

e contemplação de

resultados.

90

A Constituição da Guarda Civil Municipal de Andradas tem como objetivo

principal a contemplação de um anseio popular que clama por mais segurança

no município. Dentro dessas perspectivas, a constituição da GCM visa apoiar as

instituições de Polícia Estaduais, Federais, Corpo de Bombeiro e demais instituições

do município de Andradas na redução dos índices de criminalidade que

assombram a população. A implantação da Guarda Civil Municipal, tem como

escopo seguir as diretrizes da Lei 13022/2014 que trata do Estatuto Geral das

Guardas Municipais, que regulamenta a atuação das GCMs do Brasil nas suas

atribuições de princípios constitucionais.

A Principal competência institucional da Guarda Municipal de Andradas

será a segurança urbana municipal tendo como atribuições a de proteger sua

população, guarda e proteção dos parques, praças, jardins, e demais logradouros

públicos ou próprios municipais, localizados em área territorial urbana e rural do

município, bem como, colaborar com órgão competente na operacionalização e

fiscalização do trânsito no município ainda apoiando com rondas e policiamentos

comunitários todas as áreas da cidade.

Dentre a forma de atuação da Guarda Municipal, esta se prevalecerá

dentro da hierarquia e disciplina como pontos fundamentais, tendo como superior

hierárquico imediato o Comandante Operacional, que deve ser pessoa com

Com

pro

mis

so 2

Constituição da Guarda

Civil Municipal de

Andradas, dentro das

Diretrizes da Lei

13.022/2014.

91

relevante idoneidade e com experiência em outras Guardas Municipais na função

de comando.

Dos deveres do comando da Guarda Civil Municipal de Andradas

Ação 1

Manter currículo de formação orientado para a gestão de políticas públicas

preventivas.

Ação 2

Manter a articulação da Guarda Civil Municipal com os órgãos do Sistema de

Segurança Pública e órgãos afins para realização de ações integradas.

Ação 3

Manter ações articuladas com as secretarias municipais e estaduais que

desenvolvem projetos sociais no município.

Ação 4

Aprovar o Plano de Cargos Carreira e Remuneração da Guarda Civil Municipal de

Andradas

Ação 5

Avaliar a necessidade de implantar cargos de inspetores de área para formalizar

estrutura de cargos dentro do plano de carreira.

Ação 6

Criar o Centro de Formação e Especialização de Guardas Civis Municipais, visando

à formação, capacitação e especialização dos servidores.

Ação 7

Fortalecer a Ouvidoria e Corregedoria da Guarda Municipal.

Ação 8

Fortalecer ações de Políticas Sociais e de Saúde do Trabalhador, dentro do perfil

das ações de segurança urbana municipal.

Ação 9

Criar na Guarda Civil Municipal um sistema de registro de ocorrências, que

funcione como instrumento de informação, planejamento, controle e avaliação

institucional.

92

Ação 10

Manter com os órgãos do Sistema Estadual de Segurança Pública os programas de

policiamento comunitário, que estreitam as relações entre a polícia e a

comunidade e incentivam uma política de segurança preventiva.

Ação 11

Manter as ações operacionais fundamentais da Instituição, como: rondas

monitoradas, as rondas comunitárias, a ronda escolar, as fiscalizações

permanentes nos próprios municipais, entre outros.

Ação 12

Manter a operacionalização e fiscalização do Trânsito no Município.

Ação 13

Implantar o Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal..

Ação 14

Implantar o Grupamento Escolar da Guarda Civil Municipal.

Ação 15

Criar a Inspetoria Especial de Ações Táticas.

Ação 16

Estimular a criação de Associações Amigos da Praça, visando garantir a

preservação do espaço público.

Ação 17

Realizar levantamentos estatísticos e mapear as possíveis áreas de risco, sugerindo

ações preventivas.

Ação 19

Garantir a estruturação e manutenção permanente da Guarda Civil Municipal

através do Fundo de Segurança Urbana Municipal

93

Com

pro

mis

so 3

Manter, reforçar e ampliar

a captação de recursos em

níveis estaduais e federais

Hoje a responsabilidade constitucional pela segurança é definida como

responsabilidade dos Estados, porém a cobrança pela insegurança vem para os

municípios mais precisamente aos Prefeitos Municipais, dessa forma, o Governo

Federal através do Ministério da Justiça criou Fundo Nacional de Segurança

Pública criado em 2001 pelo Governo Federal.

O Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), instituído no âmbito do

Ministério da Justiça, tem o objetivo de apoiar projetos na área de segurança

pública e prevenção à violência, enquadrados nas diretrizes do plano de

segurança pública do Governo Federal.

Administrado por um Conselho Gestor, o FNSP apóia projetos na área de

segurança pública destinados a reequipamento, treinamento e qualificação das

polícias civis e militares, corpos de bombeiros militares e guardas municipais;

sistemas de informações, de inteligência e investigação, bem como de estatísticas

policiais, estruturação e modernização da polícia técnica e científica, programas

de polícia comunitária e programas de prevenção ao delito e à violência, dentre

outros.

Na avaliação dos projetos, o Conselho Gestor prioriza o ente federado

que se comprometer com os seguintes resultados: realização de diagnóstico dos

problemas de segurança pública e apresentação das respectivas soluções;

desenvolvimento de ações integradas dos diversos órgãos de segurança pública;

94

qualificação das polícias civis e militares, corpos de bombeiros militares e das

guardas municipais; redução da corrupção e violência policiais; redução da

criminalidade e insegurança pública e repressão ao crime organizado.

Terão acesso aos recursos do FNSP: o ente federado que tenha instituído

plano local de segurança pública; os integrantes do Sistema Nacional de

Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp) que

cumprirem os prazos estabelecidos pelo órgão competente para o fornecimento

de dados e informações ao Sistema; e o município que mantenha guarda

municipal ou realize ações de policiamento comunitário ou, ainda, institua

Conselho de Segurança Pública.

Os projetos habilitados a receber recursos do FNSP não poderão ter prazo

superior a dois anos e os recursos poderão ser aplicados diretamente pela União

ou repassados mediante convênios, acordos, ajustes ou qualquer outra

modalidade estabelecida em lei. Os entes federados beneficiados com recursos

do FNSP prestarão ao Conselho Gestor e à Secretaria Nacional de Segurança

Pública informações sobre o desempenho de suas ações na área da segurança

pública.

Dessa forma, para que o município se integralize, é necessário que

submeta a uma adequada constituições, pois para aquisição das verbas para

investimentos em seus órgãos de segurança, o município deve ter adequado suas

legislações, seus conselhos e suas ações em relação a segurança pública

municipal.

Ação 1

Fazer projetos sustentáveis na área da segurança, promovendo o amplo

diagnóstico dos locais e dos agentes a serem aplicados os recursos.

Ação 2

Realizar investimentos em gestão de projetos por parte de empresas especializadas

em promoção de projetos em estruturação e reestruturação de Guardas

Municipais, com visão em mensuração de resultados.

95

Com

pro

mis

so 4

Implantar Sistemas de

videomonitoramento nos

locais de maior índice de

criminalidade do

município.

Monitoramento de cidades hoje possui o mesmo significado do

monitoramento Urbano, é um segmento que vem aumentando, principalmente

por aqueles municípios que querem contribuir para a diminuição dos índices de

criminalidade em suas cidades. Esse segmento possui uma ampla demanda de

aplicação de vídeos IP e HD. Atualmente incorporando o vasto campo

metropolitano com redes wireless e centenas de câmeras fixas PTZ, as cidades

limítrofes acabam fazendo consórcios de integração principalmente em relação a

banco de dados, fortalecendo a centralização e divulgação dos dados de

criminosos em relação à distribuição de informações entre as policiais e guardas

municipais

Assim o projeto proposto no Plano Municipal de Segurança Urbana é a

implantação de câmeras HD de alta resolução nas entradas e saídas da cidade,

com implantação de câmeras também nas áreas centrais, praças e jardim da

cidade. O Projeto ainda deve contemplar a aquisição de software de inteligência,

que possua sistema de identificação de placas de veículos, e demais

componentes adequados a plena gestão de segurança pública pelas policias do

estado, bem como guarda municipal.

96

Ação 1

Contratação de empresa especializada na construção do projeto executivo para

implantação do sistema de videomonitoramento inteligente nas entradas e saídas

do município de Andradas com ênfase a implantação da rede de fibra óptica

para acesso de dados das câmeras.

Ação 2

Formalização do Projeto executivo de videomonitoramento em projeto base para

inclusão na plataforma SICONV de busca de recursos federais.

Ação 3

Implantação do sistema de videomonitoramento com treinamento e capacitação

do pessoal que ira gerir o sistema.

Ação 4

Garantir a execução de projetos que possibilitem a implantação de câmeras de

videomonitoramento em Andradas principalmente em locais de alto índice de

violência.

Ação 2

Garantir recurso para a manutenção e a ampliação do vídeo monitoramento no

Município de Andradas.

Ação 3

Realizar campanhas de divulgação da existência das câmeras, bem como, sua

inserção nas políticas de prevenção e atendimento de ocorrências.

Ação 4

Realizar ações integradas dos órgãos municipais, estaduais e federais visando

ações de prevenção e pronto atendimento as ocorrências.

Ação 5

Criar Regulamento Interno de uso e aplicação das câmeras, bem como das

imagens registradas.

97

O controle social pode ser feito individualmente, por qualquer cidadão,

ou por um grupo de pessoas. Os conselhos gestores de políticas públicas

são canais efetivos de participação, que permitem estabelecer uma sociedade na

qual a cidadania deixe de ser apenas um direito, mas uma realidade. A

importância dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação

democrática da população na formulação e implementação de políticas

públicas.

Os conselhos são espaços públicos de composição plural e paritária

entre Estado e sociedade civil, de natureza deliberativa e consultiva, cuja função é

formular e controlar a execução das políticas públicas setoriais. Os conselhos são o

principal canal de participação popular encontrada nas três instâncias de governo

(federal estadual e municipal).

Os conselhos devem ser compostos por um número par de conselheiros,

sendo que, para cada conselheiro representante do Estado, haverá um

representante da sociedade civil (exemplo: se um conselho tiver 14 conselheiros,

sete serão representantes do Estado e sete representarão a sociedade civil). Mas

há exceções à regra da paridade dos conselhos, tais como na saúde e

na segurança alimentar. Os conselhos de saúde, por exemplo, são compostos por

25% de representantes de entidades governamentais, 25% de representantes de

entidades não-governamentais e 50% de usuários dos serviços de saúde do SUS.

Com

pro

mis

so 5

Fortalecer a participação

da sociedade nas questões

de segurança, criando e

reativando conselhos

municipais

98

Desta forma para formalizarmos ações mais concretas no âmbito da

segurança se faz necessário criarmos conselhos e botarmos em praticas aqueles

que estão constituídos mais desativados. Os principais conselhos na gestão da

segurança são o GGI-M (Gabinete de Gestão Integrada Municipal, Conselho sobre

Drogas, Conselho sobre discriminação LGBT, Conselho sobre acidentes no trânsito,

conselho da mulher, conselho do idoso, conselho do deficiente, conselho

municipal de segurança, conselho sobre descriminação Racial e etc.

Ação 1

Compor novos conselhos gestores de políticas públicas em varias áreas de

atuação, promovendo a ampla participação popular nas questões sociais do

município.

Ação 2

Fortalecer os conselhos municipais já existentes com reuniões de deliberações

freqüentes expandindo os convites e trazendo a população a participar.

Ação 3

Divulgar as atas deliberadas nas reuniões dos conselhos em publicações dentro do

município para conhecimento da sociedade.

Ação 4

Criação de um canal de comunicação direta com o Poder Executivo para

receber sugestões a serem discutidas nos respectivos conselhos.

Ação 5

Apoiar campanhas educativas e estreitar laços de entendimento e cooperação

entre as várias lideranças locais.

Ação 6

Manter a articulação da comunidade local com os órgãos de segurança pública,

traçando ações específicas a partir da sua realidade.

Ação 7

Mediar conflitos com a comunidade, evitando que causas pequenas cheguem ao

Judiciário.

Ação 5

Apoiar campanhas de assistência e recuperação das vítimas da violência.

99

Oficinas de Prevenção é um projeto voltado para levar a população mais

conhecimento em relação a problemas cotidianos principalmente para os mais

carentes. As oficinas são realizadas pelos órgãos municipais, podendo ter apoio de

organizações não governamentais e da sociedade civil. O intuito das oficinas de

prevenção e trazer junto a si a sociedade e os diversos órgãos governamentais

com palestras e treinamento sobre temas dentro de cada segmento.

Temos como exemplo as oficinas de educação emocional e ética dos

alunos das escolas como também oficinas de prevenção a acidentes de trânsito,

oficinas de combate a agressões contra mulheres outras. As oficinas são

desenvolvidas com a participação dos agentes de segurança, agentes de trânsito,

enfermeiros, médicos, apoio pedagógico e outros.

Ação 1

Priorizar a participação dos órgãos municipais voltados ao atendimento ao

cidadão na promoção de oficinas de prevenção junto a sociedade.

Ação 2

Trazer junto aos órgãos municipais e estaduais as organizações não

governamentais, sociedade civil, Judiciário, Ministério Público e demais órgãos

para participar junto às oficinas formando diretrizes de participação popular e

integração da sociedade junto a esses órgãos.

Ação 3

Dar publicidade dos eventos em redes sociais e jornais da cidade para

promover a divulgação das ações trazendo para a sociedade além do

conhecimento a vontade da participação nos demais eventos.

Com

pro

mis

so 6

Criar oficinas de

prevenções em diversas

áreas, contemplando

vários temas na área de

prevenção.

100

Com

pro

mis

so 7

Municipalização do trânsito,

constituição do órgão de

gerenciamento do trânsito e

formação da Guarda Civil

Municipal como agente

fiscalizador do trânsito

Com o Código de Trânsito Brasileiro que entrou em vigor em 22 de janeiro

de 1988, os municípios passaram a integrar o Sistema Nacional de Trânsito, por

meio do gerenciamento de ações integradas da União, Estados e Municípios, este

último tem por competência a gestão do trânsito no âmbito municipal, de forma a

garantir a fluidez e a segurança do tráfego, desenvolvendo, fundamentalmente,

ações de engenharia, operação, fiscalização e educação para o trânsito

municipal.

De acordo com Hoffmann (2005), tradicionalmente, o sistema trânsito é

considerado em termos de três componentes: o ambiente físico, o veículo e o

condutor. Muitos ganhos de segurança têm sido conquistados pela redução das

conseqüências de acidentes, por meio da melhoria do ambiente rodoviário e dos

veículos. Como exemplos de tais medidas, destacam-se a introdução de barreiras

de colisão nas rodovias, cintos de segurança e veículos que não se deformam na

colisão. De fato, a maior parte da redução das mortes por acidentes nas estradas,

em países industrializados, pode ser atribuída às referidas medidas. Em

contrapartida, bem menos progresso tem sido alcançado em melhorias do

potencial de segurança do próprio condutor. Na circulação humana, o

comportamento do condutor é, sem dúvida, o mais importante fator contribuinte

101

de acidentes, pois se estima que 90% das ocorrências sejam causadas por erros ou

infrações às leis de trânsito.

Também a Lei 13022/2014 trouxe às guardas municipais a atribuição da

fiscalização do trânsito municipal.

Ação 1

Realizar a Municipalização do Trânsito nos órgãos municipais, estaduais e Federais.

Ação 2

Garantir a reestruturação do Sistema de Trânsito do Município com elaboração de

Engenharia de Tráfego, estudos de viabilidades de pontos de parquímetros bem

como estudo de viabilidade de semáforos.

Ação 3

Treinamento adequado dos Agentes fiscalizadores de Trânsito por empresa

especializada

102

Com

pro

mis

so 8

Articular as secretarias

municipais nas políticas

de Segurança Integrada

de Ações Sociais.

A publicação de trabalhos de pesquisa voltada para a análise de questões

relativas à segurança pública em todo o Brasil tem evidenciado o aumento

significativo dos índices de violência relativos ao município de Andradas, o que

tem mobilizado a imprensa e a população local de forma negativa, uma vez que

o município de Andradas aparece no ranking de violência, com a taxa muito

acima do normal.

Outrossim, importante se faz ressaltar que o conceito de segurança pública

de acordo com o novo paradigma em vigor não restringe a segurança pública a

um PROBLEMA DE POLÍCIA. Mas, se respalda num conceito amplo que concebe a

política de segurança pública com a participação dos municípios, a partir de um

novo modelo de gestão que articula as políticas de segurança com ações sociais

e prioriza a prevenção, buscando atingir as causas que levam à violência, sem

abrir mão das estratégias de ordenamento social e repressão qualificada.

O conceito em tela tem como base o modelo federado onde União, Estado

103

e Municípios assumem o papel de protagonistas na implantação da Política de

Segurança Pública. Enfim, a política deixa de ter a abordagem de segurança

pública apenas como questão policial, indo para o campo da prevenção,

controle e repressão da criminalidade, atuando em suas raízes socioculturais,

articulando ações de segurança pública com políticas sociais. Para dar conta do

papel que lhe cabe nessa nova concepção de enfrentamento da violência e da

criminalidade a gestão municipal precisa vencer as seguintes Ações:

Ação 1

Ampliar e melhorar a iluminação pública priorizando as áreas que apresentam

maior índice de criminalidade.

Ação 2

Ampliar e recuperar os espaços públicos municipais.

Ação 3

Melhorar e ampliar o saneamento básico nas áreas com índices mais elevados de

violência.

Ação 4

Estimular junto aos órgãos municipais o Centro de Referência da Juventude,

articulando no município os grêmios estudantis, grupos juvenis e associações de

bairro, estabelecendo um canal de comunicação entre jovens e o poder público.

Ação 5

Realizar em parceria com a Secretaria de Assistência Social as pesquisas

qualitativas e quantitativas para traçar o perfil da juventude envolvida com a

criminalidade.

Ação 6

Manter ações de esporte e lazer direcionadas as crianças e adolescentes.

Ação 7

Implantar programas de capacitação para o jovem aprendiz em situação de risco

devidamente comprovada.

Ação 8

Manter e ampliar políticas públicas a terceira idade.

104

Ação 9

Manter e ampliar as ações culturais.

Ação 10

Fortalecer e ampliar os programas municipais que trata sobre a Violência

Doméstica e de Gênero, inibindo as causas socioculturais desse tipo de violência.

Ação 11

Estimular a Secretaria Municipal de Saúde e Prontos Socorros para implantação de

mapa de registro de atendimentos que indiquem violência de gênero e de trânsito

priorizando realidade local.

Ação 12

Manter a capacitação dos agentes de Saúde do Programa de Saúde da Família.

105

Com

pro

mis

so 9

Incorporar a Guarda Civil

Municipal na Secretaria

Municipal de Segurança e

Defesa do Cidadão

A velocidade dos processos de reconfigurações do espaço urbano de

Andradas a perda progressiva dos referenciais culturais tradicionais, as

possibilidades produzidas pelos meios de comunicação e transporte, a diversidade

de possibilidades de lucro a partir de ações ilícitas também se configuraram a

criminalidade e a violência. Grande parte dos problemas atualmente presentes no

município, especialmente aqueles relacionados à exclusão social sob os seus mais

diversos aspectos, produzem novas dimensões da violência que precisam ser

adequadamente diagnosticada e prontamente neutralizadas com medidas

preventivas e repressivas. Embora a política de segurança pública historicamente

esteja concentrada na esfera estadual e federal, o novo paradigma reserva um

papel de destaque para os municípios como ente federativo responsável por uma

política articuladora e integradora de prevenção e repressão qualificada, por

entender que o município está mais próximo da comunidade e dos problemas e

conflitos nela existentes. Desta forma, torna-se imprescindível readequação da

Guarda Civil Municipal para uma esfera de Secretaria que deverá constituir-se no

órgão de coordenação e execução da política de Segurança Urbana no âmbito

de competência do Município de Andradas.

Ação 1

Criação da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, responsável pela

106

política de segurança pública no município.

Ação 2

Desenvolver e implantar ações que promovam a proteção do cidadão.

Ação 3

Organizar e ampliar a capacidade de atendimento dos órgãos municipais, na

área de promoção e defesa social.

Ação 4.

Fortalecer os órgãos de Segurança do Município com recursos próprios e matérias

humanas qualificados.

Ação 5

Política de reaparelhamento dos órgãos de segurança do município, incluindo

investimento na qualificação do material humano e aumento de efetivos.

Ação 2

Promover o policiamento ambiental, nas principais áreas da cidade, com maior

índice de violência garantindo a segurança da população.

Ação 3

Planejar e Possibilitar aos turistas, orientações adequadas dos locais de pontos

turísticos e gastronômicos da cidade, através de investimentos em qualificação em

atendimento para os agentes de segurança.

Ação 4

Estabelecer parceria com outras áreas, visando à fiscalização de postura do

município.

Ação 5

Ampliar o serviço da Guarda Municipal e dos demais órgãos de policias, para a

concretização do novo paradigma de segurança urbana que é o Policiamento

Comunitário.

107

O Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) é uma estrutura

idealizada pelo Ministério da Justiça, com objetivo de integrar Órgãos Federais, do

Sistema Estadual de Segurança Pública, e de órgãos municipais. As ações previstas

nesse processo de integração envolvem a possibilidade do Ministério de Justiça

viabilizar a implantação de: (i) Vídeo monitoramento no município, (ii) Observatório

da violência e (iii) Sala de Situação, articulando ações dos órgãos com base em

pesquisas e dados em tempo real. Para coordenar essas atividades, torna-se

necessária a estruturação e o fortalecimento do Gabinete de Gestão Integrada

Municipal com o objetivo de superar as seguintes ações:

Ação 1

Manter e fortalecer a integração dos órgãos federais, estaduais e municipais tanto

de segurança pública quanto de ações sociais no município.

Ação 2

Qualificar o Observatório da Violência, sistema fundamental para direcionar as

políticas públicas de prevenção à criminalidade e inclusão social, implementadas

pela Prefeitura de Andradas.

Ação 4

Estimular a partilha de informações sobre a coleta e o monitoramento da

informação criminal entre a Guarda Civil Municipal e o Sistema de Segurança

Pública.

Ação 5

Criar, através do Observatório da Violência, mapa estatístico criminal relativo ao

Município de Andradas proveniente da Guarda Civil Municipal, Secretaria

Municipal de Saúde e demais órgãos integrantes.

Com

pro

mis

so 1

0

Estruturar e Fortalecer

o Gabinete de Gestão

Integrada Municipal.

108

Em agosto de 2009 o Governo Federal realizou a primeira Conferência

Nacional de Segurança Pública, antecedida por Conferências Estaduais,

Municipais, livres e temáticas. Necessário se faz dar continuidade a este processo

democrático de discussão inaugurado a I Conferência Municipal e torná-la uma

cultura municipal de gestão reconhecendo-o como importante fórum no qual a

população poderá diagnosticar e propor soluções e o poder público municipal

terá condições de sistematizar as demandas colhidas nas audiências públicas, o

que será de grande auxílio para construção e o aperfeiçoamento do Plano

Municipal de Segurança Pública. Tal fórum ao identificar captar as necessidades

locais, e elencar os critérios de prioridades de ações, tornar-se-á uma porta voz

importante de demandas junto à Conferência Estadual e Nacional. Ações a serem

superados:

Ação 1

Criar uma Comissão de Organização da Conferência Municipal de Segurança

Urbana.

Ação 2

Criar regulamento de participação na Conferência Municipal de Segurança

Urbana.

Ação 3

Garantir a participação do município na Conferência Estadual e na Conferência

Nacional de Segurança Pública.

Com

pro

mis

so 1

1

Promover Conferências

Municipais de Segurança

Urbana

109

Com

pro

mis

so 1

2

Reestruturar a

Coordenadoria de

Defesa Civil do

Município, trazendo a

Guarda Municipal para

atuar como Agentes de

Defesa Civil

Apesar dos pequenos índices de desastres naturais e calamidades na

cidade de Andradas, o poder público e a sociedade precisam estar preparados

para eventuais acontecimentos dessa natureza, bem como desenvolver ações de

prevenção que propiciem a redução das vulnerabilidades de maior ocorrência no

município, como enchentes, incêndios e outros desastre de grande complexidade

presente principalmente em áreas de risco. Ainda para aumentar o contingente

da Defesa civil sem onerar os cofres públicos com novas contratações, a

Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão, deve investir em

qualificação dos agentes da Guarda Municipal para desenvolverem trabalhos em

relação a Defesa Civil. As Ações a serem superadas para dar conta desse

compromisso são:

Ação 1

Articulação da Guarda Municipal com o Corpo de Bombeiros para realizar ações

de prevenção pela Defesa Civil.

Ação 2

Elaborar o plano de emergência do município, na área da defesa civil, a fim de

envolver a sociedade e o governo municipal, com o propósito de coordenar

ações de defesa civil.

Ação 3

Elaboração do mapa de risco do município e demarcação das áreas com

possíveis desastres, formando medidas de prevenção de acontecimentos de

110

desastres no município. C

om

pro

mis

so 1

3

Colaborar com os órgãos

competentes nas Ações

de Combate ao Tráfico

de Drogas.

De acordo com Beato et al. (2001), a categoria de mortes por causas

violentas é a principal responsável pela mortalidade entre jovens. Dentre as

causas, as mortes por homicídio ocupam posição de destaque em especial, nos

grandes centros urbanos brasileiros. Para a mídia e a opinião pública, homicídios

associados ao uso e venda de drogas é a face mais atemorizante e visível da

violência urbana. O imaginário público é assolado por chacinas, execuções e

confrontos entre quadrilhas de traficantes como ilustrações dramáticas que

parecem crescentemente tomar conta do cotidiano dos grandes centros urbanos

brasileiros. Existem várias maneiras pelas quais os crimes podem estar associados à

questão das drogas. A primeira delas está relacionada com os efeitos das

substâncias tóxicas no comportamento das pessoas. Outra forma de associação

decorre do fato de tais substâncias serem comercializadas ilegalmente, gerando

então violência entre traficantes, corrupção de representantes do sistema da

justiça criminal e ações criminosas de indivíduos em busca de recursos para a

manutenção do vício. O temor apresentado pela população no que diz respeito à

violência associada ao tráfico de drogas não é de todo infundado. Percebe-se

que a incidência de ocorrências relacionadas a drogas (uso e venda) mantém

importante correlação com o número de crimes violentos de maneira

especialmente significativa nos crimes contra o patrimônio.

O tráfico e o uso de droga afeta grande parte das famílias, direta ou

indiretamente, e se apresenta como um grande desafio ao poder público. Seu

combate e prevenção não são de responsabilidade exclusiva de um segmento,

111

mas de toda a sociedade brasileira. Em Andradas, este cenário não é diferente,

razão pela qual a população e poder público deverão atuar de forma conjunta,

com base no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, DEC

7.179, de 20 de maio de 2010, que propõe a integração, articulação e ampliando

as ações de saúde e assistência social, segurança pública e educação, desporto

e cultura, direitos humanos, juventude voltadas à prevenção do uso, tratamento e

reinserção social de usuários de drogas, contemplando a participação dos

familiares e a atenção aos públicos vulneráveis. As principais ações a serem

superados no enfrentamento desse compromisso são:

Ação 1

Ampliar e melhorara por meio da Secretaria Municipal de Saúde articulada com

outras secretarias afins, projetos específicos voltados para o atendimento dos

jovens que estão envolvidos com o tráfico e uso de drogas.

Ação 2

Ampliar o número de pessoas treinadas em serviços de emergência, para

tratamento de usuários de crack e outras drogas.

Ação 3

Desenvolver e integrar a rede especializada em ações sobre drogadição.

Ação 4

Capacitar funcionários e equipes psicossociais para uniformizar e implantar

práticas de reinserção social.

112

Com

pro

mis

so 1

4

Promover a Cultura de

Paz nas Escolas.

A família e a escola estão no centro da problemática em torno da

delinquência juvenil. Esta centralidade da família e da escola nasce da nossa

convicção de que a delinquência é produto da incapacidade dessas duas

estruturas de socialização de levarem, em muitos casos, a bom termo as

responsabilidades e os deveres que socialmente lhes competem realizar. A

delinquência é vista como uma falta de controle, uma demissão do mundo adulto

das suas responsabilidades em relação à geração mais nova. A falta de

acompanhamento e de supervisão ao longo do desenvolvimento infantil e juvenil

justifica o aparecimento de comportamentos que muito se afastam daqueles que

aos nossos olhos exprimem o conceito ideal de infância e de juventude. O

aparente fracasso das estruturas de socialização convencionais e a eclosão de

comportamentos desviantes justificam a intervenção de outras instituições de

controle social no processo educativo dos adolescentes e jovens. A relação entre

escola e delinquência é, sobretudo, vista a partir das associações com os amigos

delinquentes. Com efeito, a rejeição e a alienação em relação à escola

conduziam anteriormente a que muitos jovens optassem pelo seu abandono e

procurassem uma rápida integração na vasta força de trabalho pouco ou nada

qualificada. O alongamento da escolaridade obrigatória e a diminuição desses

postos de trabalho fecharam essa saída e fizeram com que muitos desses jovens

mergulhassem em subculturas cujas orientações não estão voltadas para os

aspectos convencionais da adolescência. A constituição dessas subculturas é

113

facilitada pela presença de problemas, tais como o insucesso escolar, o fraco

desempenho escolar ou a presença de sentimentos de frustração e de alienação

em relação ao quotidiano e aos enquadramentos escolares.

É comum a mídia divulgar notícias sobre violência principalmente nas

escolas públicas, que muitas vezes, acabam concentrando um alto registro de

problemas relacionados à violência, reproduzindo o que ocorre na sociedade em

geral. Desta forma, promover a Cultura de Paz, numa ação em rede envolvendo

os órgãos responsáveis pela Educação, Justiça e Segurança Pública, disseminado

a ideologia em que impera o respeito pelo próximo e a capacidade de enfrentar

as situações de conflito com diálogo, educação e senso de igualdade e justiça e

ao mesmo tempo tornar o ambiente escolar mais seguro e que se busca superar as

seguintes ações:

Ação 1

Desenvolver atividades de Educação para a Paz nas Escolas Municipais de

Andradas.

Ação 2

Implantar junto ao Comando da Guarda Municipal o projeto “ Criança Vê Criança

faz no Trânsito ”, que prepara a criança e o adolescente para o exercício de sua

plena cidadania no transito, por meio de palestras.

Ação 3

Estimular os órgãos competentes para a promoção de Campanha de

Desarmamento Infantil nas Escolas Municipais.

Ação 4

Promover palestras escolares envolvendo diretores, professores, pais, alunos e a

Guarda Municipal para discutir os problemas enfrentados pela escola.

Ação 5

Realizar pesquisas para identificar situações de bullying nas escolas municipais.

Ação 6

Implantar a Ronda Escolar da Guarda Municipal aprimorando e dando

qualificação aos Agentes para melhor atender as necessidades de atuação da

área.

114

Durante a elaboração do diagnóstico e as consultas públicas realizadas

em Andradas, uma das principais preocupações apontadas se referiu às festas

promovidas de maneira irregular nos espaços públicos e, como conseqüência, a

perturbação do sossego público e o fácil acesso e uso abusivo de álcool e outras

drogas nesses locais.

O consumo de bebidas alcoólicas em excesso torna-se um problema de

saúde pública, com impactos para a segurança pública. Quando se trata do

público adolescente e jovem que usa álcool em excesso e sem supervisão, há

sérios riscos de desenvolver dependência. Além disso, os acidentes de trânsito e a

violência associada a episódios de embriaguez são outras graves conseqüências.

Ação 1

Aprovar Lei de fechamento de Bares, com a inclusão da proibição da venda e do

consumo de bebidas alcoólicas nos logradouros públicos após as 23h e nos

espaços públicos como praças, parques, quadras, poliesportivos, campos de

futebol, equipamentos de cultura e de ensino em todos os horários.

Ação 2

Implantar e intensificar o Programa Andradas Legal e a Operação Integrada de

Fiscalização.

Ação 3

Implantar o Programa Juventude Viva, incentivando donos de bares e outros

estabelecimentos a não vender bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.

Com

pro

mis

so 1

5

Criar sistemas de

diminuição do

envolvimento de

adolescentes e jovens em

situações de risco,

violência e uso abusivo de

álcool e outras drogas.

115

Ação 4

Implantar e tornar permanente a campanha “Droga é uma roubada fácil de

entrar, mas difícil de sair”

Ação 5

Criar uma Rede de Prevenção ao uso de álcool de outras drogas, com as

seguintes ações:

1) Capacitar agentes públicos para a prevenção ao uso de álcool e

outras drogas, especialmente professores da rede pública e privada, do ensino

fundamental e médio.

Ação 6

Capacitar agentes públicos e lideranças comunitárias para mediação de conflitos

na comunidade.

Ação 7

Realizar palestras educativas nas escolas com pais de crianças, adolescentes e

jovens adultos sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas.

Ação 8

Mapear os principais pontos de tráfico de drogas na cidade.

Ação 9

Articular ações de combate ao tráfico organizado.

Ação 10

Combater os pontos de tráfico de crack e outros tipos de drogas

116

Com

pro

mis

so 1

6

Aprimorar a Gestão e

manutenção dos espaços

públicos em relação ao

uso e à preservação de

ruas e praças públicas em

Andradas.

Durante os trabalhos realizados, questões sobre o uso e o cuidado com o

espaço público apareceram com bastante força em relação ao medo e à

sensação de insegurança. Um exemplo é a existência de praças, terrenos e

quadras ocupados por usuários de drogas, gerando medo e receio em outros

moradores, que acabam deixando de ocupar tais espaços. Foram mencionadas

também praças sujas e escuras, falta de poda das árvores, ruas com entulho, além

da falta de iluminação em muitos pontos.

Para a efetiva prevenção da violência e aumento da sensação de

segurança, é fundamental ter espaços públicos limpos e bem cuidados, de forma

que a própria comunidade se sinta co-responsável pelo espaço, contribua para

sua manutenção e passe a se sentir segura para ocupá-lo.

Ação 1

Eleger um espaço público (quadra, praça ou outro) em cada uma das regiões da

cidade para implantar um conjunto de atividades comunitárias de prevenção da

violência com a participação dos moradores e instituir coordenadores

comunitários desses espaços.

Ação 2

Manter as praças (inclusive as pequenas) e parques da cidade limpos, iluminados

e com árvores podadas.

117

Com

pro

mis

so 1

7

Programa Escola

Aberta (programa de

aproximação entre a

escola e a comunidade)

A violência nas escolas também apareceu nas consultas para a

elaboração do Plano Municipal de Segurança Urbana. De uma forma geral, o

problema apontado envolvia uso de drogas no interior e no entorno das escolas,

brigas entre alunos e entre professores e alunos, roubos e falta de iluminação no

entorno. A ausência da ronda escolar foi uma constante reclamação, tendo sido

uma das propostas de solução mais recorrentes feitas nas plenárias.

A violência na escola não é um fenômeno que se manifesta apenas em

Andradas, atualmente, o fenômeno encontra-se distribuído em muitas escolas do

país e é bastante preocupante. Muitas vezes, mesmo que a violência não esteja

presente diretamente dentro da escola, ela está presente em seu entorno, local

propício pela alta concentração e passagem de crianças e jovens.

Ao mesmo tempo, a escola tem um potencial enorme para prevenir e

trabalhar questões de violência.

Na escola, no contato cotidiano entre sua equipe técnica e alunos, é

possível identificar casos de violência doméstica, além de muitos outros conflitos.

Por meio de atividades pedagógicas, a equipe técnica pode promover

importantes reflexões e transformações de comportamentos violentos. A

participação de crianças e jovens na gestão da escola também fortalece uma

cultura cidadã, que faz todos se sentirem parte e responsáveis pela própria escola,

passando a cuidar dela e do entorno.

118

Ação 1

Ampliar o programa de aproximação entre a escola e a comunidade, a partir da

promoção de atividades nas escolas aos finais de semana, tornando a escola

também um espaço de lazer que seja referência para a comunidade.

Ação 2

Formar os profissionais da educação para lidarem com as situações de conflitos

nas escolas.

Ação 3

Implantar a mediação de conflitos nas escolas.

Ação 4

Reforçar as rondas escolares, tanto da GCM quanto da PM, e integrá-las, de forma

que nenhuma escola da cidade fique descoberta.

Ação 5

Implantar o Programa da GCM Educando para a Vida.

Ação 6

Fortalecer o modelo de Gestão Democrática nas escolas municipais, por meio dos

Conselhos de Escolas, dos Grêmios Estudantis e da eleição de diretores pela

comunidade escolar.

119

Com

pro

mis

so 1

8

Implantar,

aprimorar, fortalecer

e qualificar o

atendimento à

violência doméstica

A violência doméstica exige uma articulação interinstitucional,

envolvendo diferentes áreas, como saúde, educação, assistência, social,

segurança e comunidade para o seu correto encaminhamento e tratamento.

Muitas vezes uma intervenção social e psicológica pode ser mais efetiva do que

uma intervenção policial. O fundamental é saber identificar os casos de violência,

saber como acolher e para onde encaminhar. Deve haver no município uma rede

sólida de serviços. Por isso, o governo municipal tem plena governabilidade para

implantar ações e serviços para prevenção e tratamento da violência doméstica,

por meio das suas áreas de saúde, educação e assistência social.

Em Andradas, embora haja um sistema de atendimento de atenção às

pessoas em situação de violência sexual, é necessária a institucionalização de um

protocolo de atendimento no âmbito da violência doméstica (intra-familiar)

envolvendo os principais órgãos que trabalham com o tema

Ação 1

Institucionalizar um protocolo de atendimento a ser seguido por todos os membros

da Rede que atende a violência doméstica em Andradas.

Ação 2

Sensibilizar e capacitar os profissionais da Rede que atende a violência doméstica

em Andradas.

Ação 3

Oferta do serviço de Mediação de Conflitos especializado para casais.

120

Ação 4

Criar serviço de atendimento ao agressor

Ação 5

Capacitar um integrante da Guarda Municipal, para ampliar o quadro de

funcionários especializados, como por exemplo, uma GMF investigativa.

Ação 6

Oferecer apoio constante da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do

Cidadão com visitas periódicas da Guarda Municipal as Mulheres Vítimas da

Violência Doméstica.

121

Com

pro

mis

so 1

9

Intensificar a redução

dos crimes contra vida

com campanha

municipal de entrega

de armas

Andradas vive uma ascensão no aumento dos homicídios dolosos, muitas

vezes ocorridos por acerto de contas entre bandidos e disputa pelos pontos de

drogas.

Segundo a organização Mundial da Saúde, qualquer taxa acima de 10

por 100 mil é considerada epidêmica.

Portanto, é preciso que a Prefeitura continue concentrando esforços

para reduzir ainda mais esse tipo de violência. Além dos homicídios, propriamente

ditos, preocupam também os latrocínios, roubos seguidos de morte, e as tentativas

de homicídio. Ambos são fenômenos distintos, com motivações diferentes. O

primeiro revela a intenção de roubar, que acaba acarretando em um evento

morte, o outro revela, na maioria das vezes, uma situação de conflito banal ou

algum tipo de acerto de contas entre grupos rivais, que geram morte ou tentativa.

De toda forma, são crimes graves e que precisam ser controlados.

Ação 1

Promover ações de reduzir da taxa de homicídios no município de Andradas.

Ação 2

Aumentar o índice de esclarecimentos dos crimes com intenção de matar e com

resultado morte em Andradas (homicídios, latrocínios e tentativas de homicídios)

122

Ação 3

Intensificar a troca de informações criminais entre as polícias, guardas municipais e

entre as centrais de inteligências do município.

Ação 4

Retirar armas de fogo de circulação, por meio da Campanha de Entrega

Voluntária de Armas e da realização de blitz policiais direcionadas à apreensão de

armas.

Ação 5

Realizar a campanha de desarmamento.

Ação 6

Apoiar os familiares das vítimas de violência fatal com orientação social, psicológica e

jurídica.

123

Com

pro

mis

so 2

0

Intensificação dos

patrulhamentos

estratégicos visando

reduzir os crimes

contra o patrimônio

Os crimes contra o patrimônio, particularmente os roubos e furtos, e

roubos e furtos de veículos, se configuram como um dos principais problemas de

insegurança em Andradas. Os furtos e roubos foram citados como problemas

prioritários em todas as consultas.

Os dados mostram que, embora nos últimos 10 anos tenha havido queda

em alguns deles, de 2006 em diante, a tendência é de um considerável aumento

nos crimes contra o patrimônio na cidade. Há muitas variáveis em torno desse

crescimento, que vão desde eventual aumento da notificação dos crimes, até

aumento da sensação de insegurança. Mas o fato é que tanto as estatísticas

oficiais quanto à percepção da população, levantada nas audiências, apontam

este como um dos principais problemas da cidade.

Ação 1

Formar patrulhamentos estratégicos coordenados pelas forças de segurança do

município através de gestão entre as Policias Militares e Comando da Guarda

Municipal para alocar efetivos existentes nos locais de maior concentração de

roubos e furtos.

Ação 2

Realizar uma força tarefa junto aos investigadores de Policias e Detetives para

investigar e esclarecer os casos mais graves de crimes contra o patrimônio.

Ação 3

Implantação de Base Móvel formando o Programa Anjos do Quarteirão (base

móvel) nos locais críticos.

124

Ação 4

Fiscalizar e mapear os receptadores de produtos de crimes.

Ação 5

Realizar blitz integradas para fiscalizar motos e veículos nas áreas vulneráveis a

criminalidade.

Ação 6

Fornecer dicas de segurança para a população através de cartilhas pré-

elaboradas.

125

Com

pro

mis

so 2

1

Melhorar a relação das

forças de segurança

com a comunidade

Andradense

Outro tema que merece investimento em Andradas, refere-se à imagem

e à qualidade do serviço prestado pelas forças de segurança na cidade. Força de

seguranças aqui pode considerar a Polícia Militar, a Polícia Civil e a possível

constituição da Guarda Municipal. Percebemos que nas pesquisas de satisfação

da segurança feita em Andradas, maior parte da população tende a uma

restrição ao trabalho da policia militar, formando um bloqueio entre população e

os órgãos de segurança, principalmente em questão a Polícia Militar. Sabemos que

essa restrição muitas das vezes se prevalece pela distância que se forma ao longo

do tempo da policia em face da comunidade e do cidadão que acaba vendo os

órgãos policias como meros detentores do dever do cumprimento da Lei, e assim a

sociedade acaba esquecendo que atrás daqueles uniformes existem pessoas que

também fazem parte da sociedade comum e muitas das vezes também

enfrentam os mesmos problemas dos cidadões civis.

Os problemas apontados nas plenárias dividiram-se entre a falta de

efetivo/presença nas ruas, a baixa qualidade dos serviços prestados, a falta de

investigação dos crimes.

É muito comum que a qualidade do policiamento seja confundida com

número de policiais e a discussão sobre segurança acabe derivando para a lógica

de que a solução é aumentar o efetivo policial.

126

Para que a atividade de policiamento seja eficiente, muito mais do que o

número de policiais, é preciso investir em planejamento, integração,

monitoramento e avaliação de resultados. Ainda assim, não se pode abrir mão de

ter um efetivo razoável para poder exercer as atividades de acordo com a

necessidade e o planejamento. O fundamental é ter clareza de que bom

policiamento depende de recursos, compromisso e capacidade de planejamento

e integração, com cobrança de resultados.

Para auxiliar na discussão sobre o número razoável de policiais, a ONU

tem uma estimativa de 1 policial para cada 250/300 habitantes. Ela não é perfeita,

já que essa estimativa, para ser correta, demanda uma análise específica das

dinâmicas sociais e criminais de cada localidade, mas é um parâmetro importante

que ajuda a entender a necessidade de Andradas. Considerando o efetivo de

Policiais Militares (34), da Polícia Civil (11) Andradas tem hoje um policial para

cerca de 880 habitantes, média muito inferior à média sugerida.

Outro ponto a ser considerado é a necessidade da polícia melhorar sua

imagem perante a população, de forma que a população torne-se sua aliada no

combate ao crime e, para isso, é importante superar a demora e a falta de

atenção adequada no momento da realização dos primeiros atendimentos, da

melhora na rapidez na elaboração do Boletim de Ocorrência na delegacia.

Ação 1

Buscar mobilidade política para aumentar o efetivo Policial Militar e Policia Civil.

Ação 2

Constituição da Guarda Municipal com qualidade, e comando próprio,

priorizando para o Comando da GM, pessoas que já trabalharam em gestão de

guardas municipais com relevante conhecimento e idoneidade, para atingir o

patamar sugerido pela ONU de 1 policial em atividade para cada grupo de 300

habitantes.

Ação 3

Criar bases comunitárias nos bairros mais sistematizados pela falta de segurança.

Ação 4

Divulgar os canais de denúncia (Corregedorias, Ouvidorias e outros)

127

Ação 5

Integrar os profissionais da área de segurança para atuar com a comunidade

principalmente com projetos (Proerd, Projeto Criança Vê Criança Faz da GM,

Educando para a Vida, Desarmamento Infantil).

Ação 6

Fiscalizar e apreender as máquinas caça-níqueis.

Ação 7

Criar instrumento normativo visando à regularização de todos os bares e similares

da cidade, fazendo constar aviso de proibição de jogos de azar nos alvarás de

funcionamento a serem concedidos ou renovados. Os estabelecimentos com

alvarás concedidos que desviarem sua finalidade econômica (colocar jogos de

azar) terá a licença cassada e estabelecimento lacrado.

Ação 8

Aumentar a capacidade de gestão da política municipal de segurança pública.

Em um Plano Municipal de Segurança, além das propostas temáticas, é preciso

elaborar propostas para a gestão da política pública. Nenhuma ação poderá ser

colocada em prática se não houver uma estrutura de gestão que possibilite sua

implantação.

Cada ação presente no Plano terá seu próprio planejamento, alguns mais

complexos, outros mais simples.

128

Com

pro

mis

so 2

2

Integrar o

departamento de

fiscalização de

posturas junto a

Secretaria Municipal

de Segurança e Defesa

do Cidadão

O fiscal de posturas ou "Fiscal dos Costumes" é a autoridade pública que

a lei municipal incumbe de fiscalizar, orientar, prevenir ou reprimir, a conduta do

munícipe para que as liberdades e os direitos individuais, em especial o de

propriedade tanto a pública quanto a particular, sejam exercidos em

concorrência e "sem lesar ou ameaçar a coletividade ou o bem-estar geral. O

fiscal de posturas pratica "exames, vistorias, perícias, verificações, avaliações,

cálculos, estimativas, atende denúncias, confrontos e outros trabalhos como

condição ou preparo do ato propriamente de polícia, consistente em autorizar,

licenciar, homologar, permitir ou negar, denegar, proibir, etc. Dependendo da

cidade, o fiscal se utiliza de veículo próprio ou oficial oferecido pela prefeitura para

fazer a ronda pela cidade. Quando necessário trabalham com o apoio da Guarda

Municipal, nos casos de apreensão ou interdição.

Ação 1

Integrar o departamento de fiscalização de posturas a Secretaria Municipal de

Segurança e Defesa do Cidadão.

Ação 2

Criar equipes de operação integrada de fiscalização.

129

Ação 3

Atribuir a Guarda Municipal por Lei municipal as atribuições de fiscalização de

postura em bares, similares, venda de ambulantes, dando maior poder de

fiscalização à gestão municipal

Ação 4

Criar procedimentos visando à regularização de bares e similares.

Ação 5

Criar o Fórum Municipal de Cultura de Paz e Prevenção de Violência visando

desenvolver atividades de cultura de paz na cidade. Exemplos: capacitar

lideranças para prevenção ao uso de álcool e drogas e mediação de conflito na

comunidade, realizar reuniões de segurança itinerantes junto aos conselhos

Ação 5

Divulgar os serviços dos órgãos de segurança através das redes sociais para

conscientização da população sobre os procedimentos adotados e os resultados

obtidos.

130

Com

pro

mis

so 2

3

Implantar o sistema de

Bases Comunitárias

Moveis nos bairros da

cidade.

Hoje é normal vermos Bases Comunitárias principalmente das Guardas

Municipais pelas ruas e bairros mais afastados das grandes, medias e pequenas

cidades do interior. Sabemos que o acesso da Polícia nos bairros mais distantes e

carentes são cada vez mais difícil, e dessa maneira a solução encontrada pelos

gestores municipais e levar a guarda municipal ate esses bairros mais carentes. Essa

ação é feita através de Bases Moveis. Conseqüentemente essas ações trazem uma

forte integração para junto da sociedade, integrando a Guarda Municipal com a

sociedade local.

Ação 1

Implantar o sistema de Base Móvel no município de Andradas com a presença

constante de Guardas Municipais em locais estratégicos.

Ação 2

Fortalecer a integração da sociedade com os agentes de segurança do município

de Andradas

131

CAPITULO III

11 – Das etapas de implantação do Plano Municipal de Segurança

Urbana

11.1 - Formalização das etapas de trabalho e desenvolvimento do Plano

Municipal de Segurança Urbana.

11.1.1 - Constituição da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão.

11.1.2 - Constituição da Guarda Civil Municipal de Andradas ``GCMA´´

11.1.3 -Incorporação da CONDEC junto a Secretária Mun de Seg e Defesa do

Cidadão.

11.1.4 - Municipalização do Trânsito de Andradas.

11.1.5 - Incorporação do Departamento de Fiscalização junto a SMSDC.

11.1.6 - Incorporação do Departamento de Vigias junto a SMSDC.

11.2 – Nomeação dos Gestores de Segurança Pública.

11.2.1 - Nomeação do Secretário Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão.

11.2.2 - Nomeação do Comandante Operacional da Guarda Municipal.

11.2.3 – Nomeação do Coordenador da Defesa Civil.

11.2.4 - Nomeação do Coordenador de Trânsito e Transportes.

11.2.5 - Nomeação dos Fiscais de Posturas junto a SMSDC

11.2.6 - Nomeação do Coordenador de Vigias Municipais.

ETAPA 01

PROJETO DE LEI APROVAÇÃO EXECUÇÃO

01/2015 02/2015 02/2015

ETAPA 02

NOMEAÇÃO FUNÇÕES ESTRATÉGIAS

02/2015 02/2015 02/2015

132

11.3 – Diretrizes de contratação dos Guardas Municipais

11.3.1 Discussão junto a Secretaria de Recursos Humanos e aprovação das diretrizes

de contratação a curto, médio e longo prazo do efetivo da Guarda Municipal.

11.3.2 - Elaboração de Diretrizes de contratação observando a receita municipal.

11.3.3 – Destinação de parte dos recursos municipais para o (FMSU)

11.4 – Contratação de empresa especializada

11.4.1 - Contratação de Empresa especializada em concursos de Guardas

Municipais.

11.4.2 - Abertura de Concurso Público para contratação do Efetivo da Guarda

Municipal.

11.4.3 - Observação das etapas do Concurso Público.

11.4.4 – Procedimentos necessários a investigação social.

ETAPA 03

CONTINGENTE

APROVADO

CONTRATAÇÃO

2015

CONTRATAÇÃO

2016

CONTRATAÇÃO

2017

CONTRATAÇÃO

2018

CONTRATAÇÃO

2019

42 GCMs 18 GCMs 06 GCMs 06 GCMS 06 GCMs 06 GCMs

ETAPA 04

CONTRATAÇÃ

O EMPRESA

ABERTURA

CONCURSO

ETAPAS DO CONCURSO

PÚBLICO GCM

HOMOLOGAÇÃO

CONCURSO

01/2015 02/2015

1- PROVA ESCRITA

2- EXAME MÉDICO

3- TAF

4- EXAME PSICOLÓGICO

5- INVESTIGAÇÃO SOCIAL

6- CURSO DE FORMAÇÃO

03/2015

133

11.5 – Elaboração do treinamento dos GCMs

11.5.1 - Curso de Formação dos Guardas Municipais.

11.5.2 – Acompanhamento da Matriz Curricular Nacional para formação de GCMs

11.5.3 – Curso de Armamento e Tiro de acordo com portaria 365/DPF.

11.5.4 – Curso e Treinamento de Defesa Civil

11.6 – Documentação da Guarda Municipal

11.6.1 – Entrada nos Alvarás e Certidões da Guarda Municipal.

11.6.2 - Certidões Militares.

11.6.3 - Certidões Civis.

11.6.4 - Alvará de Funcionamento.

11.6.5 – Convênio Policia Federal.

11.6.6 – Salvo Conduto Porte de Arma de Fogo.

ETAPA 05

INICIO CURSO

DE

FORMAÇÃO

TÉRMINO DO CURSO

DE FORMAÇÃO

ESTAGIO SUPERVISIONADO

INÍCIO

TERMINO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO

03/2015 07/2015 08/2015 10/2015

ETAPA 06

CERTIDÕES

MILITARES

ALVÁRA

POLÍCIA CIVIL

CONVÊNIO

POLÍCIA FEDERAL

JUDICIÁRIO

1- EXÉRCITO

2- MARINHA

3- AERONÁUTICA

4- POLICIA MILITAR

ALVÁRA

FUNCIONAMENTO

CONVÊNIO PORTE

DE

ARMA DE FOGO

SALVO CONDUTO

PORTE DE ARMA DE FOGO

ENTRADA

02/2015

ENTRADA

03/2015

ENTRADA

04/2015

ENTRADA

05/2015

134

11.7 - Do Estágio

11.7.1 - Estágio Supervisionado.

11.7.2 – Supervisão de Patrulhamento

11.7.3 – Elaboração de relatórios individuais

11.7.4 – acompanhamento de profissional experiente nas ações dos GCMs.

11.7.5 – Palestras periódicas junto às autoridades locais.

11.8 - Dos Patrulhamentos

11.8.1 - Rondas preventivas e de proximidade

11.8.2 - Rondas Periféricas

11.8.3 - Rondas Escolares

11.8.4 – Ronda Ambiental

11.9 - Sistema Inteligência

11.9.1 - Implantação SIEG – (Sistema de Inteligência e Estatísticas da GCM)

11.9.2 – Aparelhamento do SIEG

ETAPA 07

ESTÁGIO

SUPERVISIONADO

ACOMPANHAMENTO

MÊS

MÊS

MÊS

03 MESES

COMANDANTE

OPERACIONAL DA GCM 09

10

11

ETAPA 08

RONDA

COMERCIAL

RONDA

PERIFERIA

RONDA

BAIRROS

RONDA

ESCOLAR

RONDA

RURAL

A PÉ VEÍCULOS VEÍCULOS

MOTOS

CAMINHONETE

07/2015 07/2015 07/2015 07/2015 01/2016

ETAPA 09

BANCO DE DADOS SOFTWARE

FORMAÇÃO

DE BANCO DE DADOS DE

INFORMAÇÕES

IMPLANTAÇÃO

SISTEMA DE

VIDEOMONITORAMENTO

AQUISIÇÃO

DE

SOFTWARE DE INTELIGÊNCIA

07/2015 01/2016 02/2016

135

11.10 – Mapeamento de áreas

11.10.1 - Mapeamento de áreas com maior índice de criminalidade, estatísticas de

criminologia, elaboração de planos de ação junto ao GGI-M e órgãos policiais

estaduais.

11.11 – Captação de Recursos

11.11.1 – Captação de Recursos junto ao Governo Estadual

11.11.2 – Captação de Recursos junto ao Governo Federal

11.12 – Implantação do Sistema de Videomonitoramento Urbano.

11.12.1 – Contratação de empresa especializada em construção de projeto

executivo de videomonitoramento.

11.12.2 – Captação de Recursos junto ao Governo Federal para implantação do

Sistema de Videomonitoramento.

11.12.3 – Implantação do Sistema de Videomonitoramento.

ETPAPA 10

MAPEAMENTO ESTATÍSTICAS GGI - M

MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE

MAIOR INDÍCE DE CRIMINALIDADE

FORMAÇÃO DE ESTATÍSTICAS

MENSAIS DOS CRIMES,

DISCUSSÃO JUNTO AS

AUTORIDADES

03/2015 07/2015 08/2015

ETPAPA 11

CONTRATAÇÃO EMPRESA CONSTRUÇÃO DO PROJETO LIBERAÇÃO DE PROJETOS

CONTRATAÇÃO DE EMPRESA

ESPECIALIZADA EM ELABORAÇÃO

DE PROJETOS DE SEGURANÇA

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

E ESTRUTURAÇÃO DA

SEGURANÇA DE ANDRADAS

LIBERAÇÃO DOS PROJETOS,

APLICAÇÃO DAS VERBAS E

MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS

03/2015 04/2015 07/2015

ETPAPA 12

CONTRATAÇÃO EMPRESA CONSTRUÇÃO DO PROJETO LIBERAÇÃO DE PROJETOS

CONTRATAÇÃO DE EMPRESA

ESPECIALIZADA EM ELABORAÇÃO

DE PROJETOS EXECUTIVO

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

EXECUTIVO DE

VIDEOMONITORAMENTO

LIBERAÇÃO DOS PROJETOS,

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE

VIDEOMONITORAMENTO

03/2015 04/2015 07/2015

136

11.13 – Criação e estruturação de Conselhos Municipais

11.13.1 Ações da Secretaria de Segurança e Defesa do Cidadão

11.13.2 Criação e execução dos conselhos municipais

11.14 – Criação de Oficinas de Prevenção.

11.14.1 – Criação, implantação e execução de oficinas de prevenção em

diversas áreas e temas.

11.14.2 – Oferta das oficinas nos bairros, escolas, APAE, centros de saúde

pública e privada.

ETAPA 13

CONSELHOS

CRIAÇÃO E

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

CRIAÇÃO

CONSELHOS

03/2015

1- SEGURANÇA

2- TRÂNSITO

3- DEFICIÊNTE

4- LGBT

5- IGUALDADE RACIAL

6- PREVENÇÃO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

7- JUVENTUDE

8- VIOLÊNCIA DO GÊNERO

9- DROGAS

10- VIOLÊNCIA SEXUAL

11- VIOLÊNCIA ESCOLAR

12/2015

ETAPA 14

OFICINAS

CRIAÇÃO E

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

CRIAÇÃO OFICINAS

04/2015

01 SEGURANÇA

02 TRÂNSITO

03 LGBT

04 IGUALDADE RACIAL

05 PREVENÇÃO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

06 VIOLÊNCIA DO GÊNERO

07 DROGAS

08 VIOLÊNCIA SEXUAL

09 VIOLÊNCIA ESCOLAR

12/2015

137

11.15 – Municipalização do Trânsito

11.15.1 Procedimentos de Municipalização.

11.15.2 Elaboração de procedimentos e estudos para fortalecimentos do

transito de veículos e pedestres no município de Andradas.

11.15.3 Estudos de viabilidade de Zona Azul.

11.15.4 Reformulação e readequação do trânsito na área central.

11.15.5 Revitalização da sinalização viária, vertical e horizontal.

11.16 – Estruturação do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M).

11.16.1 Contratação de Empresa especializada em elaboração de projetos

(GGI-M).

11.16.2 Reformulação das ações do GGI-M.

11.16.3 Transparência nas decisões do GGI-M

11.16.4 Sistema de videoconferência e vídeos das assembléias do GGI-M com

disponibilização ao Público pelas redes sociais.

ETAPA 15

CONTRATAÇÃO

EMPRESA

PROCEDIMENTO DE

MUNICIPALIZAÇÃO

PROCEDIMENTOS

FINALIZAÇÃO DOS

PROCEDIMENTOS DE

MUNICIPALIZAÇÃO

01/2015

1- APROVAÇÃO LEGISLAÇÃO

2- ALVÁRA CETRAN-MG

3- CONVÊNIO ESTADO

4- INCLUSÃO SNT

5- CONVÊNIO PRODENGE

6- CURSO DE FORMAÇÃO DE

AGENTES DE TRÂNSITO

04/2015

ETAPA 16

CONTRATAÇÃO

EMPRESA

PROCEDIMENTOS

FINALIZAÇÃO DOS

PROCEDIMENTOS DE

MUNICIPALIZAÇÃO

06/2015

1- CONTRATAÇÃO EMPRESA

ESPECIALIZADA EM PROJETOS DE

ESTRTUTAÇÃO DE GGI-M

04/2016

138

11.17 – Promover Conferência Municipal.

11.17.1 – Conferências em diversas áreas e diversos temas.

11.18 – Promover Ações de Combate ao Tráfico de Drogas

11.18.1 – Cadastramento da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do

Cidadão no Programa Brasil Contra o Crack.

11.18.2 - Programas municipais de enfrentamento ao uso de Drogas.

11.18.3 – Fortalecimentos das Ações integradas das Secretarias e Órgãos

Municipais no enfrentamento as Drogas.

11.18.4 Fiscalização assídua nas fronteiras do município para contenção da

entrada de entorpecentes.

11.19- Promover Cultura da Paz

11.19.1 – Promoção da cultura da paz nas escolas e sociedade.

ETAPA 17

CONFERÊNCIAS

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

ELABORAÇÃO DAS

CONFERÊNCIAS

2015 A 2016

01 SEGURANÇA

02 TRÂNSITO

03 SAÚDE PÚBLICA

04 DROGAS

2016

ETAPA 18

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 01/2015

01 - BRASIL CONTRA O CRACK

02 - PROGRAMAS MUNICIPAIS DE

ENFRENTAMENTO AS DROGAS.

03 – AÇÕES INTEGRADAS

04 – FISCALIZAÇÕES DE FRONTEIRAS

2016

ETAPA 19

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 07/2015

CULTURA DA PAZ NAS ESCOLAS

2016

139

11.20 - Melhoramento e manutenção das Praças e Jardins.

11.20.1 - Reforma de Parques, Praças e Jardins.

11.20.2 – Iluminação adequada as Praças e Parques.

11.20.3 – Manutenção Periódica nas Praças, Parque e Jardim Públicos.

11.21. – Programa Escola Aberta

11.21.1 – Implantação do Programa Escola Aberta, prevendo a aproximação de

crianças, pais e agentes públicos de segurança.

11.21.2 – Desenvolvimento de atividades nas escolas em parcerias com órgãos

Policiais, Secretarias Municipais, Poder Judiciário e Ministério Público.

11.22 – Atenção a violência doméstica.

11.22.1 - Implantação de sala especial aos atendimentos as vitima de violência

doméstica.

11.22.2 – Implantação de Programas voltados a violência doméstica.

ETAPA 20

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 01/2015

REFORMA, MANUTENÇÃO E ILUMINAÇÃO

2016

ETAPA 21

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 03/2015

AÇÕES NAS ESCOLAS.

2016

ETAPA 22

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 03/2015

AÇÕES DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA

DOMÉSTICA

2016

140

11.23 – Campanhas Educativas

11.23.1 – Realização pela Secretarias Municipais, de campanhas educativas.

11.23.2 – Campanha pelo desarmamento, violência doméstica, violência no

trânsito, doenças sexualmente transmissíveis etc.

11.24 – Melhorar relação da comunidade com os agentes de segurança local.

11.24.1 – Intensificar palestras nas escolas e nos bairros através das Associações de

Bairros junto aos agentes de segurança.

11.24.2 – Fortalecer os policiamentos de proximidade e comunitários.

11.24.3 – Dar condições e treinamentos aos agentes de segurança ao bom

atendimento as vitimas de ilícitos.

11.24.4 – Promover ações entre agentes de segurança e comunidade local.

11.25 – Integrar Departamento de Fiscalização a SMSDC

11.25.1 – Fortalecer o Departamento de Fiscalização.

11.25.2 – Criar mecanismos para que a GCM atue também como fiscal de posturas

ETAPA 23

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 04/2015

CAMPANHAS DE PREVENÇÃO

2016

ETAPA 24

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 02/2015

RELACIONAMENTO ENTRE AGENTES DE

SEGURANÇA E SOCIEDADE LOCAL

2016

ETAPA 25

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 01/2015

REALOCAÇÃO

2016

141

11.26- Implantação do Sistema de Bases Comunitárias.

11.26.1 – Adquirir Base Comunitária de Segurança, proporcionando permanência

itinerante dos Guardas Municipais.

11.26.2 – Construir Bases de Segurança nas entradas e saídas do município de

Andradas.

11.27 - Ações da Coordenadoria de Trânsito.

11.27.1 – Contratação de Empresa Especializada para realização do Estudo de

viabilidade de Zona Azul no Município.

11.27.2 – Adequação do Tráfego de Veículos, principalmente na área central.

11.27.3 – Fortalecimentos da Sinalização e fiscalização de Trânsito.

11.28 - Implantação da Zona Azul.

ETAPA 26

AÇÕES

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INÍCIO 01/2016

AQUISIÇÃO E CONSTRUÇÃO DE BASES

COMUNITÁRIAS DE SEGURANÇA URBANA

2017

ETAPA 27

INÍCIOS DAS AÇÕES

DA COORDENADORIA

DE TRÂNSITO PROCEDIMENTOS

FINALIZAÇÃO DOS

PROCEDIMENTOS

PRIMARIOS

02/2015

REFORMULAÇÃO DO TRÂNSITO DE ANDRADAS 12/2015

ETAPA 28

ESTUDO DE VIABILIDADE

IMPLANTAÇÃO ZONA AZUL ÁREA

CENTRAL

LEGISLAÇÃO PERTINENTE A

IMPLANTAÇÃO DA

ZONA AZUL

PROCEDIMENTOS LEGAIS DE

IMPLANTAÇÃO DA

ZONA AZUL

02/2015 04/2015 05/2015

142

11.29 – Readequação da Defesa Civil.

11.29.1 - Estruturação da Defesa Civil.

11.29.2 – Treinamento especializado dos Agentes de Defesa Civil.

11.29.3 – Campanhas Educativas na área de risco e prevenção.

11.29.4 – Estruturação dos equipamentos da Defesa Civil.

11.30 – Diminuição do Índice de crimes ocorridos em Andradas.

11.30.1 – Diminuição gradativa dos índices de crimes ocorridos no municípios nos

primeiros 2 anos, na média de 10% no primeiro ano, e 20% no segundo ano.

TABELA DE INDÍCES DE CRIMES OCORRIDOS EM ANDRADAS - MG

ETAPA 30

2012 2013 2014/11 2015 – 10% 2016 – 20%

Furto ( G ) 195 203 183 164 131

Roubo 39 47 68 61 48

Homicídios C.T 15 14 15 13 10.4

Tráfico e Uso 38 46 48 43 34

Lesão Corporal 34 39 33 30 24

L. Maria Penha 115 187 122 110 88

Ameaça 36 43 49 44 35

ETAPA 29

AÇÕES PROCEDIMENTOS RESULTADOS

INCORPORAÇÃO DA

DEFESA CIVIL JUNTO

A SECRETARIA

MUNICIPAL DE

SEGURANÇA

02/2015

1- ADEQUAR A DEFESA CIVIL A

LEGISLAÇÃO PERTINENTE

2- TREINAR OS GCMs PARA SEREM

AGENTES DE DEFESA CIVIL

3- IMPLANTAR PROJETOS EM ÁREAS DE

RISCO

4- MONITORAR O SISTEMA DE CHUVAS

ATRAVÉS DE PLUVIOMETROS

12/2015

143

Considerações finais

Esse estudo teve o propósito de subsidiar, de forma técnica, os trabalhos de

elaboração do primeiro Plano Municipal de Segurança Urbana do município de

Andradas, no que diz respeito à compreensão das questões de segurança. Para

tanto, utilizou-se de estatísticas oficiais, buscando apontar problemas e soluções.

Na primeira seção, que tratou de aspectos relacionados à população e ao

território, aferiu-se que, entre 2000 e 2014, a população da região do Sul de Minas

Gerais, mostrou um crescimento acima da média em relação a outros municípios

da mesma proporção de Andradas.

A segunda seção analisou os municípios com mesma proporção de

Andradas pertencentes à Região do Sul de Minas com base nos indicadores

oficiais de condições de vida. Neste sentido, apurou-se que, de forma geral, o

perímetro da Região do Sul de Minas oferece boas condições para o

desenvolvimento da vida humana. No que tange, por exemplo, ao IDH, dos oito

municípios analisados, todos se classificam como municípios de bom

desenvolvimento humano. Do mesmo modo, num outro indicador, o coeficiente

de GINI (que mensura a desigualdade da distribuição de renda e riqueza) os

municípios da Região do Sul de Minas apresentam resultados melhores que os

verificados para o estado de Minas Gerais.

Não obstante, em um terceiro indicador, apurado pela Secretaria Estadual

de Assistência e Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais, o Índice Mineiro de

Responsabilidade Social, verifica-se grande disparidade social entre os municípios,

com quatro deles possuindo avaliação boa e ótima e, outros quatro, avaliação

ruim.

A terceira seção deste trabalho se propôs a analisar indicadores estruturais

dos serviços de educação no território. Em termos gerais, pôde-se identificar uma

queda generalizada do número de matriculas, entre 2000 e 2014.

Além disso, a comparação dos dados permitiu vislumbrar um preocupante

processo de evasão escolar, sobretudo no ensino médio. Por fim, ficou evidente a

crescente procura por vagas em creches um problema a ser enfrentado pelos

144

gestores.

Na quarta seção, que se debruçou sobre os indicadores de segurança

pública, constatou-se, de modo geral, um significativo aumento das ocorrências

de crimes na região Sul de Minas, bem acima da evolução verificada no conjunto

do Estado de Minas Gerais. Esta deterioração revela que, nos últimos anos, as

políticas de segurança pública não se desenvolveram no mesmo ritmo do

crescimento populacional. Este diagnóstico é ratificado pelo avanço, ainda mais

intenso, da criminalidade na região (que teve maior expansão demográfica).

É preciso, ainda, mencionar a preocupante situação da segurança pública

nos municípios integrantes da região Sul de Minas Gerais, que em seu conjunto,

registraram, entre 2000 e 2014, aumento muito preocupante do número de furtos,

roubos, estupros, homicídios e das ocorrências de uso e tráfico de entorpecentes.

Como proposta, este trabalho apresentou 23 (vinte três) sugestões de

compromissos, entendidos em 30 (trinta) etapas de aplicabilidade que tendem a

formar diretrizes de debates e posicionamentos pelas autoridades locais, buscando

formas e métodos de aplicabilidade.

Observou se ainda, que a População Andradense, tem anseio na criação

da Guarda Municipal, e coloca esperanças na ação dessa instituição, talvez pela

falta de atenção dos órgãos já existentes. Também foi clara a visão de que o

município precisa de investimentos urgentes na área da segurança, porém

buscando meios de investir com qualidade, buscando dar uma resposta ao

interesse público.

Como mencionado na introdução deste texto, este material não se

pretende elucidar todos os problemas encontrados no município, porém trazer

meios e propostas de elucidá-los gradativamente. Trata-se apenas de um “primeiro

olhar” sobre a realidade socioeconômica e da segurança do município de

Andradas, com o intuito de contribuir com a formulação de um plano de ação

com os pés calcados na realidade e os olhos postos no horizonte.

Esperamos desta forma termos contribuído para tomada de decisões

desta administração, no que tange ao enfrentamento e a conseqüente

diminuição dos índices de criminalidade do município. Concluímos, assim que

através do trabalho realizado se possa dar substancias e condições dos gestores

145

Públicos Municipais formarem planos, propostas e projetos objetivando tomar

posicionamentos concretos na implantação dos projetos e programas vivenciados

por este Plano Municipal de Segurança Urbana.

Atenciosamente

Dr. MARCELO LUÍS PURCELO

Diretor Técnico de Projetos de Segurança

Em, 05 de Janeiro de 2015

146

Reportagens sobre Andradas

Corpo de mulher é encontrado dentro de

córrego em Andradas, MG Suspeito do crime diz que a vítima era

garota de programa.

Corpo de Bombeiros foi

acionado para remover o

cadáver. Do G1 Sul de Minas

O corpo de uma mulher foi encontrado na tarde desta segunda-

feira (22) em um córrego no bairro Vila Buzato,

em Andradas (MG).

Segundo a Polícia Civil, a mulher é Thaís Helena de Oliveira Torres, de 21

anos. O corpo estava envolto em uma lona e um homem confessou o crime no

Fórum de Andradas. Ele acusou a vítima de ser garota de programa e disse que

a matou na madrugada de sábado (20) após uma discussão. Ele disse ainda que

a jovem o ameaçava, pedindo dinheiro. A polícia pediu a prisão preventiva do

suspeito. Ele é acusado também de ter estuprado duas pessoas.

A jovem foi sepultada na manhã desta terça-feira (23) no Cemitério Parque

Bom Jesus, em Andradas.

Para ler mais notícias do G1 Sul de Minas, clique

em g1.globo.com/suldeminas. Siga também o G1 Sul de Minas no Twitter e

por RSS.

Mulher se fingiu de morta para escapar de

estupro em Andradas, MG Caso aconteceu na semana passada; suspeito

de 18 anos foi preso.

Ocorrência era tratada como

roubo, mas jovem relatou

estupro 1 dia depois.

Do G1 Sul de Minas

A Polícia Civil prendeu o suspeito de ter espancado e

estuprado uma jovem de 24 anos emAndradas (MG) na

última semana. A prisão aconteceu na tarde do último

domingo (31). Inicialmente, a polícia tratou a ocorrência como

roubo, no entanto, a mulher contou posteriormente que na

verdade foi estuprada. Conforme a polícia, para escapar do

agressor, um jovem de 18 anos, a mulher se fingiu de morta.

Ela só conseguiu chegar em casa duas horas depois, quando

foi socorrida com com machucados por todo o corpo.

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em g1.globo.com/suldeminas. Siga também o G1 Sul de

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Jovens furtam carro e 3 morrem durante

fuga em Andradas, MG Suspeitos foram seguidos por dono de

veículo e bateram em eucaliptos.

Duas adolescentes de 15 e 17

morreram no local e jovem de 19 no

hospital. Do G1 Sul de Minas

Três jovens com idades entre 15 e 19 anos morreram depois de

furtar um carro e bater em uma plantação de eucalipto na MG-

455, entre Andradas (MG) e Ibitiúra de Minas(MG) no início

da madrugada desta quarta-feira (11). Segundo a Polícia

Militar Rodoviária, um grupo com quatro pessoas, entre elas

duas adolescentes, furtou o veículo dentro de Andradas e

fugiu. O dono do carro percebeu o roubo e começou a seguir

os criminosos com a ajuda de um carro emprestado por outra

pessoa. Durante a fuga, o jovem que estava dirigindo o carro

roubado perdeu o controle, bateu em um eucalipto e capotou o

veículo.

Joyce Mariane Justiano, de 15 anos e Débora Cristiana

Fernandes Lopes, de 17 anos, morreram no local. João Alves

Marcondes Neto, de 19 anos, morreu a caminho da Santa Casa

deAndradas. Já Alex Fernando dos Reis, de 21 anos, foi

socorrido com ferimentos leves para o hospital. Ele recebeu

alta durante a manhã.

Tiroteio após assalto a banco deixa PM e

jovem baleados em Andradas Trio armado invadiu agência na hora do

abastecimento dos caixas.

Policial e rapaz de 21 anos foram

atingidos e socorridos para o hospital.

Do G1 Sul de Minas

Comente agora

Duas pessoas, entre elas um policial militar, foram baleadas

durante um tiroteio depois de um assalto a uma agência

bancária no Centro de Andradas (MG), na noite desta sexta-

feira (4). Segundo a Polícia Militar, por volta das 19h, três

homens armados e encapuzados entraram na área de

atendimento dos caixas eletrônicos e renderam os clientes que

estavam utilizando o equipamento. Logo depois, os suspeitos

chamaram os funcionários que estavam na agência e que

foram obrigados a abrir a porta.

Ainda de acordo com a PM, a ação aconteceu quando o

tesoureiro colocava dinheiro nos caixas eletrônicos. Cerca de

15 pessoas ficaram sob a mira dos assaltantes. Na fuga, os

suspeitos ainda deixaram cair uma granada dentro da agência.

147

Operação prende empresários suspeitos de roubo de carga na região

Uma operação para prender uma quadrilha especializada em roubo de carga está acontecendo em Andradas (MG) na manhã desta quinta-feira (26). Até o momento, oito empresários foram presos,

acusados de planejar e executar roubos de carga no Sul de Minas. A ação é realizada entre a Polícia Civil de Andradas e a Polícia Civil de Pouso Alegre (MG) e cumpre mandados de busca e apreensão que foram expedidos pelo Fórum de Borda da Mata (MG). Os empresários presos estão sendo ouvidos em Andradas e posteriormente serão levados para a delegacia de Borda Mata. Fonte: G1 Sul Minas

Ladrões roubam posto de combustível em Andradas-MG

28/10/2013 Autor: No sábado dia 26 de outubro de 2013, por volta 22:40 horas um posto de combustível foi assaltado na cidade Andradas(MG), sendo anotado apenas as letras da placa

do veiculo utilizado no assalto e seu tipo, sendo um Ford Fiesta de cor preta. No dia 27 de outubro, domingo, por volta de 10:30, a POLICIA MILITAR recebeu uma denuncia de que um veículo FORD/FIESTA,cor preta e com as iniciais da placa EYA, estava transitando sentido ao Bairro

LEANDRO PREVIATO, com três Indivíduos á bordo. Foi iniciado rastreamento pelas viaturas da PM,

sendo que no BAIRRO JARDIM SÃO DOMINGOS conseguiram localizar o veiculo abandonado, sendo informado aos policiais que quatro pessoas haviam saído do referido veiculo e estavam sem camisas, com intuito de ludibriar as viaturas.

Trevisan é sequestrado em Andradas. Sequestrador morre.

São João da Boa Vista|policiais|12/05/2010|5.310 visualizações Sequestradora que cuidava do cativeiro Carro do sequestrado Local do Cativeiro, em Estiva Gerbi

Foi libertado no início da tarde de terça-feira (11) o empresário Ademir Trevisan Júnior. Ele era mantido em um cativeiro na zona Rural de Estiva Gerbi. O empresário foi seqüestrado na manhã de segunda-feira (10) depois de um assalto em Andradas, no Sul de Minas Gerais. De acordo com a polícia, junto com o empresário foram levados três funcionários que foram libertados na segunda em Mogi Guaçu. A operação da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Mogi Guaçu (SP) e da Polícia Civil de Minas Gerais que resultou na libertação do empresário Admir Antonio Trevisan Júnior, 40, seqüestrado segunda-feira (10) em Andradas (MG), só foi totalmente encerrada às 5 horas da manhã desta quarta-feira (12). No saldo geral da ação policial, um seqüestrador foi morto, outro ficou gravemente ferido e um terceiro foi preso.

Guaçuano é preso após participar de assaltos em Andradas

Acusado foi detido em Estiva

Gerbi (SP), com arma, joias e veículo roubado.

17/06/2014 às 11:58 - por Tarso Zagato

Raphael foi preso com veículo e joias roubadas

(Foto: Alexandre Batista/Portal Mogi Guaçu)

Uma perseguição policial ocorrida por volta das

7h40 desta terça-feira (17) resultou na prisão do

guaçuano Raphael Bueno Adorno Silva, 27,

morador do Jardim Igaçaba, zona Oeste de Mogi

Guaçu (SP). Ele é acusado de participar de três

roubos ocorridos na cidade de Andradas (MG),

durante a madrugada desta terça-feira (17).

148

LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

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LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

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LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

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LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

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LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS

LOCAIS COM GRANDE INSURGÊNCIA DE TRÁFICO DE DROGAS