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Pós-graduação em Análises Pós-graduação em Análises Clínicas Clínicas MÓDULO HEMOTERAPIA MÓDULO HEMOTERAPIA Sabrina Alberti Nóbrega de Oliveira Sabrina Alberti Nóbrega de Oliveira nov/2013 nov/2013 Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz Departamento de Imunologia Laboratório de Sangue e Hemoderivados

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Pós-graduação em Análises Pós-graduação em Análises

ClínicasClínicas

MÓDULO HEMOTERAPIAMÓDULO HEMOTERAPIA

Sabrina Alberti Nóbrega de OliveiraSabrina Alberti Nóbrega de Oliveiranov/2013nov/2013

Ministério da SaúdeFundação Oswaldo Cruz

Departamento de ImunologiaLaboratório de Sangue e Hemoderivados

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INTRODUÇÃO

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Sabrina Alberti Nóbrega de Oliveira

BREVE HISTÓRICO

Dois grandes períodos:

• Empírico, também conhecido como fase heróica, cujas primeiras referências remontam aos gregos e vai até 1900;

• Científico a partir de 1900, quando, passou de experimentos para efetivo agente terapêutico.

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PERÍODO EMPÍRICO

Grécia Antiga: “sangue como sustentáculo da vida”

Hipócrates: Teoria dos Humores (4 tipos fundamentais de fluidos)

sangue, linfa, bílis negra e bílis amarela 

Gladiadores romanos: ingestão de sangue dos derrotados para adquirir mais força e corajem

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Papa Inocêncio VIII (1492)

1ª transfusão de sangue

3 jovens “sadios de corpo e alma”

> ÓBITO

Willian Harvey (1627): teoria e comprovação morfológica e experimental da circulação sanguinea

Era da Experimentação Clínica: estudos de transfusão em animais e humanos.

Dr. Jean Baptiste Denis (1667): transfusão de sangue de carneiro p/ paciente portador de tifo > ÓBITO (vômitos, diarréia, urina escura, pulsação acelerada etc)

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Karl Landesteiner

1900: descoberta dos tipos sangüíneos

• A, B, AB (c/ elementos de A e B)

• 0 (zero) não contém elementos A e B,

denominado posteriormente como O (vogal)

1942: descoberta do Fator Rh

• Fator Rh positivo (presença do fator)

• Fator Rh negativo (ausência do fator)

PERÍODO CIENTÍFICO

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Compatibilidades e incompatibilidades entre indivíduos

base científica para utilização do sangue como agente terapêutico

base sólida para a transfusão de sangue e seus componentes

+ descoberta de anticoagulantes (Loitt e Mollison)

início do processo de armazenamento/estocagem de sangue

Moscou (1926): Centro de Hematologia e Transfusão de Sangue

década de 30: centros de transfusões pelo mundo todo

década de 40: doação sistemática de sangue no Brasil

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No BrasilÉPOCA EVENTO

1877 Provável 1ª transfusão no Rio de Janeiro

déc. 20 Cadastro doadores, sem estocagem do sangue, tranfusão braço-a-braço

déc. 30 1º serviço organizado de transfusão no RJ, transfusão braço-a-braço, sem exames de triagem

Pós 2ª Guerra

1ºs bancos de sangue privados, doação remunerada +problemas econômicos = disseminação de doenças

1950 1ª Lei Federal: abono do dia de trabalho para doação

1969 OMS realiza diagnóstico da situação da hemoterapia no país

déc. 70 Doadores de sangue em sua maioria remunerados

1979 SBHH promove a doação voluntária de sangue

déc. 80AIDS favorece aumento da pressão pela segurança transfusional 1980: Programa Nacional do Sangue (PRÓ-SANGUE)1988: Constituição veta comercialização de sangue/hemodederivados

1998 Instituição da Meta Mobilizadora Nacional

2004 Lei autoriza criação da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia / HEMOBRÁS

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Os serviços hemoterápicos brasileiros são regidos pela

norma técnica:

RDC nº 57, 16 de dezembro/2010 - ANVISA

Portaria nº 1353, 14 de junho/2011, Ministério da Saúde

Atualmente

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DDoação de oação de SSangueangue

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Ciclo do SangueCiclo do Sangue

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RECEPÇÃO DE DOADORES

Cadastro

18 a 65 anos*

Acima de 50 kg

Bom estado de saúde

Não estar em jejum

Questionário

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TRIAGEM CLÍNICA

Entrevista individual;

Profissional de saúde de nível superior;

Evitar janela imunológica;

Garantia de privacidade e sigilo das

informações prestadas.

Sinais vitais (peso, pulso,

temperatura e pressão arterial);

Triagem hematológica (hemoglobina ou hematócrito).

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a u to -e xc lu sã o :a p ó s te r re ceb ido a s in fo rm açõ es

n a ca p ta çã o e n a triag em

a p to pa ra a do ação

o rien ta çã o ee n ca m in h am en to p a ra

a te nd im e n to e sp e cia liza do

re je içã o te m po rá riao u de fin it iva

p ré -tria g em+

tria g e m c lín ica

Rejeição de um doador

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COLETA DE SANGUE

Identificação de bolsas e tubos

3733071119009LGM

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COLETA DE SANGUE

Assepsia & Punção Venosa

• Clorexidina

• Álcool 70%

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Bolsa de sangue total e amostras

COLETA DE SANGUE

Volume: < 8mL/kg mulheres < 9 mL/kg homens

Volume máximo: 450 +/- 45 mL

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Término da Coleta de Sangue

Máximo 15 minutos de coletaCompressão da veia puncionada

Lanche

• reposição hídrica e eletrólitos

• observação do doador

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PProcessamentorocessamento

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FRACIONAMENTO DE HEMOCOMPONENTES

Sangue total

CH: concentrado de hemácias

CP: concentrado de plaquetas

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SANGUE TOTAL

CentrifugaçãoCentrifugação Separação Separação

CH

CentrifugaçãoCentrifugação Separação Separação

PLAQUETAS

PLASMA

Centrifugação e Separação

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ARMAZENAMENTO

2 - 8°C

20-22°C

-20°C

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Exames

Laboratoriais

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Exames Laboratoriais

Testes Sorológicos

Infecções transmitidas pelo sangue

Imunohematologia

Tipo sanguíneo (ABO)

Fator Rh

Pesquisa de Ac Irregulares

Hemoglobina S

Fenotipagem eritrocitária

Estudo HLA

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Exames Laboratoriais

SOROLOGIASOROLOGIA

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Art. 94

OU INDETERMINADOOU INDETERMINADO

Triagem Sorológica no Brasil

RDC 57 ANVISA, dez/2010 - Seção VI

Hepatite B

Hepatite C

HIV (1 e 2)

HTLV (I e II)

Chagas

Sífilis

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Hepatite B

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Forma aguda(com ou sem sintomas)

O principal problema CRONICIDADE

Adultos Recém-nascidos

Forma crônica70-90% 70-90%

10-30 %

Risco de evolução p/ cirrose ou hepatocarcinoma

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Sexual

Parenteral

uso de drogas

transfusão

transplantes

transmissão nosocomial

Mãe para filho

Transmissão

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Vírus da Hepatite B

HBs (M)

HBs (S)

HBs (L)

CapsídeoCapsídeoHBcAg HBcAg

(HBeAg solúvel)(HBeAg solúvel)

HBV-DNAHBV-DNA

EnvelopeEnvelopeHBsAg HBsAg

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Marcadores sorológicos da Hepatite B

Antígenos Anticorpos

Anti HBc

Anti HBe

Anti HBs

HBs Ag

HBe Ag

HBs Ag

HBc Ag

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Perfil sorológico da hepatite B aguda

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Perfil sorológico da hepatite B crônica

1 2 3 4 5 6 8 12 24 36 48 60

Anti-HBc total

Anti-HBc IgMHBsAg

HBe Ag

Anti-HBe

[ ]

meses

HBV DNA HBV DNA

Estado inativo

Estado ativo

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Infecção Crônica por HBV

Ativa

NegativoNegativoPositivoPositivoPositivoPositivo há mais 6 meses

Vacinação para HBV

PositivoNegativoNegativoNegativoNegativoNegativo

Imunidade para HBV

Infecção passada

PositivoNegativoNegativoPositivoNegativoNegativo

Infecção Crônica por HBVInativa

NegativoPositivoNegativoPositivoNegativoPositivo há mais

de 6 meses

Infecção Aguda por HBV

NegativoNegativoPositivoPositivoPositivoPositivo

InterpretaçãoAnti-HBsTotal

Anti-HBeTotal

HBe AgAnti-HBc Total

Anti-HBcIgM

HBs Ag

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Janelas imunológicas

Dias após-infecção0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

HBV-DNA (PCR)

ALT

Anti-HBcHBsAg

Anti-HBs

Janela imunológica na infecção pelo HBV

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Hepatite C

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Risco de cronicidade é de 80–90%

Modo de Transmissão: mesmo da hepatite B, com baixa participação da vertente sexual

Período de Incubação: média de 5 a 10 semanas

Grande variabilidade genética: HCV-RNA (RNA polimerase sem atividade de proof-reading)

Genótipos de 1 a 6, diversos subtipos

Epidemiologia

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Testes de 1ª geraçãoc100-3 (NS4) 150 dias

Testes de 2ª geração c100-3 (NS4), c33c (NS3) e c22-3 (core) 80 dias

Testes de 3ª geraçãoNS3, NS4, NS5 e core 70 dias

HCV Core Antígeno: detecção 14 dias após o contágio

Testes Sorológicos para hepatite C

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HIV Terceira e Quarta Geração de testes

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Prevalência no Adulto (15 a 49 anos)

OMS-1999

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Mortalidade por AIDS desde o início da epidemia

Adultos 14.3 milhões mulheres (7 milhões)

Crianças < 15 anos 3.8 milhões

___________ TOTAL 18.1 milhões

OMS - ONUSIDA-Dez 97OMS-2000OMS-2000

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Marcadores Sorológicos do HIV

Anticorpos

p 24

RNA

0 11-12 14-15 20-21 28-29dias

Anticorpos anti-HIV

detectáveis com ELISA

janela

sorológica

antigenemia

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Detecção dos Anticorpos anti-HIV 1,2e do antígeno p24 simultaneamente

Ag/Ab - QUARTA GERAÇÃO

anticorpo monoclonalanticorpo monoclonalanti-p24anti-p24

peptídeos (HIV-1, HIV-2)peptídeos (HIV-1, HIV-2)

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Doença de Chagas

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Carlos Justiniano Ribeiro Chagas1879 - 1934

                           

           

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Agente EtiológicoTrypanosoma cruzi

3 formas: Tripomastigota Amastigota Epimastigota

VetoresTriatoma infestans

Panstrongylus megistus

Rhodnius prolixus

Triatoma dimidiata

Triatoma brasiliensis

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Focos do Barbeiro

banquinho contaminado casa de pau-a-pique

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Ciclo Biológico

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• Vetorial (fezes do barbeiro)• Transfusional (Sangue e Derivados)• Congênita• Oral• Acidental• Transplantes

Transmissão do T. cruzi

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Período de Incubação

• 5 a 14 dias após a picada do vetor• 30 a 40 dias por transfusão• As formas crônicas se manifestam mais de 10 anos após

a infecção inicial

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ASPECTOS CLÍNICOS

FASE AGUDA

- SINAL DE ROMAÑA (entumescimento unilateral das pálpebras)

- CHAGOMA DE INOCULAÇÃO

A fase aguda permanece por cerca de 2 meses

O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA INFECÇÃO PELO T. cruzi E OTRATAMENTO RÁPIDO PODEM CURAR O PACIENTE.

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ASPECTOS CLÍNICOS

FASE CRÔNICA

FORMA INTERMEDIÁRIA >>> Assintomática

FORMA CARDÍACA >>> Cardiomegalia

(Raio X de Tórax / Eletrocardiograma / Ecocardiograma)

FORMA DIGESTIVA >>> Megacólon / Megaesôfago

(Exame Radiológico)

A fase crônica pode perdurar por 15 a 20 anos ou por toda vida

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Medidas Preventivas

• Melhoria das condições de vida da população pobre, principalmente das habitações

• Reforma das casas de barro, taipa ou madeira, transformando-as em casa de alvenaria ou vedando suas frestas e buracos

• Educação sanitária

• Aplicação de inseticidas nas moradias das regiões endêmicas

• Controle de qualidade do sangue nos Bancos de Sangue

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DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS Diagnóstico Parasitológico Diagnóstico Radiológico Diagnóstico Sorológico

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Sífilis

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Epidemiologia

Doença infecto-contagiosa sistêmica

Evolução crônica

Manifestações cutâneas temporárias

Agente etiológico: espiroqueta Treponema pallidum

Sinonímia: Lues, sifilose, mal venéreo, peste sexual etc

Transmissão: sexual, vertical, transfusão de sangue e

inoculação acidental.

Período de Incubação: geralmente de 1 a 3 semanas

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Evolução da Sífilis

• Sífilis Adquirida

- Recente:. primária: cancro duro. secundária: disseminação no organismo. sífilis latente: + grave

- Tardia: qdo. não há tratamento > formas cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa, etc

• Sífilis Congênita

- Precoce: manifestações clínicas logo após o nascimento.

- Tardia: após segundo ano de vida.

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TESTES SOROLÓGICOSTESTES SOROLÓGICOS

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Obrigatoriedade de registro ANVISA (art.72)

Testes com alta sensibilidade (art.89)

Capacidade do teste de detectar infectados

Capacidade do teste definir não-infectados

Banco de sangue (triagem) Lab. Clínico (confirmatório)

Falso-pos: Esclarecimento/acompa-

nhamento de indivíduos com bolsas descartadas

Falso-neg:Avaliação da história clínica

do paciente

SENSIBILIDADE & ESPECIFICIDADE

C

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INFECÇÃO MARCADOR

Chagas Anti-T.cruzi

Hepatite B HBsAg

Anti-HBc

Hepatite C Anti-HCV ou HCV Ag/Ab

HTLV Anti-HTLV I/II

HIV Anti-HIV 1/2 + HIV Ag/Ab

Sífilis Anti-T.pallidum ou não-treponêmico

RDC 57, art. 89

Ag: antígeno, Ab: anticorpo

Marcadores sorológicos

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Imunoensaios

Interação Ag-Ac

Ligaçao não-covalente reversível, estável, específica

Testes in vitro

Precipitação

Aglutinação

Ensaios líticos

Imunofluorescência

Radioimunoensaio

Enzimaimunoensaio

Quimioluminescência

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Até 1971: radioimunoensaio

Adsorção em fase sólida Borracha de silicone, pérolas de agarose, poliacrilamida, partículas magnetizadas, micropartículas de látex, microplacas plásticas (poliestireno, polivinil, polipropileno)

Detecção: Enzima + Substrato/cromógeno > oxi-redução

= produto solúvel colorido= produto solúvel colorido

Microplaca de ELISA

H2O2

H2O

½ O2

PEROXIDASE

TMB cor

Ensaio imunoenzimático_ELISA

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Imunoensaio de micropartículas (MEIA)

Axsym/Abbott

EIE de micropartículas (MEIA)EIE de micropartículas (MEIA)

Micropartículas revestidas com

anticorpo anti-analito e amostras são

incubadas

Uma alíquota da mistura de reação é

transferida para matriz de fibra de vidro

Conjugado (fosfatase alcalina) liga-se

ao complexo da micropartícula

Substrato MUP é adicionado à matriz.

Produto fluorescente (MU) é medido.

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Ensaios quimioluminescentes (CMIA)

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Etapas

Sanduíche: Ex: detecção de Ag

Amostra +

Anticorpo

Substrato/cromógeno

Conjugado

Antígeno

Anticorpo

Substrato

Conjugado

Amostra +

Competitivo: Ex: detecção de Ac

MEIA

ELISA

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Determinação de resultados

ELISA: Espectrofotômetro

cutoff

zona cinza (20%)

Não-reagente Reagente

0,0 1,0 3,0Exemplo: D.O. 0,8 1,2(testes não-competitivos)

Sistema de leitura

Fonte: Prof. Aelson Brum absorbânciaou D.O.

Axsym (MEIA) – fluorômetroArchitect (CMIA) – luminômetro [S/CO]

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Ensaio de floculação_Sífilis

Teste não-treponêmico (prova lipídica ou reagínica)

Reaginas (IgM/IgG) contra cardiolipina

Infecções/infestações Doenças imunes Outras condições

malária hepatitehanseníase sarampovaricelaTripanossomíase

tifomononucleose tuberculose LeptospirosePneumonia viralfilariose

lúpus sistêmicopoliarterite nodosaartrite reumatóide

gestaçãodrogas ilícitassenilidade

An Bras Dermatol. 2005;80(3):299-302

Principais causas de reações falso-positivasmitocôndria T.pallidum

Soro doador + Suspensão antigênica

Reagente – titulação

Não-reagente

VDRL (Veneral Disease Research Laboratory), RPR (Rapid Plasma Reagin)

SÍFILIS(+) lesão primária (-) tratados (3-12 meses)

não tratados (anos)

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Ensaios confirmatórios

Art. 94, § 3º

RDC 57, art.96

“Não é obrigatório que o serviço de hemoterapia realize os testes confirmatórios para a definição de diagnóstico.

§ 1º Os testes confirmatórios podem ser realizados pelo próprio serviço de hemoterapia ou as amostras encaminhadas para laboratórios de referência.

§ 2º Em ambas as situações descritas no parágrafo anterior, o doador deve ser chamado pelo serviço de hemoterapia que realizou a coleta do seu sangue para devidas orientações de acordo com o resultado obtido e, se for o caso, encaminhado para um serviço de saúde para acompanhamento (...)”

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Ensaios confirmatórios_Sífilis

Teste treponêmico (Anti-T.pallidum)

alta sensibilidade e especificidade/ “cicatriz sorológica” (triagem neg)

FTA-ABS (Fluorescent Treponemal Antibody Absorbed Test)

TPHA (Treponema Pallidum Haemagglutination Assay)

Soro + diluído

Soro - diluído

HemáciasT.pallidumAg

HemáciasT.pallidumAg

Presença de aglutinaçãoPositivo

Ausência de aglutinaçãoNegativo

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Ensaios confirmatórios_HIV-1/2

Imunoblot

EIE tiras de nitrocelulose Produto colorido insolúvel Anti-HIV p/ diferentes Ags

pos neg

HIV-2_____

Ctl soro_____

p17_____

p24_____

p31_____

gp41____[p39_____

p55/51pol_____p66pol_____

gp120_____gp160_____

HIV-1

Padrão Interpretação

Nenhuma banda p/ HIV NEGATIVO

Somente p17 NEGATIVO

2 ENV + GAG ou POL HIV-1 POSITIVO

2 ENV + GAG ou POL + HIV-2

HIV-1 POSITIVO c/ indicação de HIV-2

Qq padrão não-incuido no critério p/ positivo

INDETERMINADO

Qq padrão não-incuido no critério p/ positivo + HIV-2

INDETERMINADO c/ indicação de HIV-2

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Segurança transfusional

Sistema da Qualidade

Janela imunológica/ limite de detecção dos testes

QUALIDADE

Materiais(art.13,14)

Métodos(art.13,14)

Pessoal (art.7)

Equipamentos (art.11,13,14)RDC 57

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Segurança transfusional

Ssitema da Qualidade

Janela imunológica/ limite de detecçao dos testes

ANVISA, Ministério da Saúde, Brasília, 2004.

Ensaio Fabricante Rank

PRISM HBsAg Abbott 1

Enzygnost HBsAg 5.0 DADE Behring 2

Monolisa Ag HBs Ultra Bio-Rad 3

Elecsys HBsAg Roche 4

Murex HBsAg Version 3 Murex 5

ETI-MAK 4 DiaSorin 6

ARCHITECT HBsAg Abbott 7

ADVIA Centaur HBsAg Bayer 8

Vitros HBsAg Reagent Pack Ortho-Clinical 9Imx HBsAg (V2) Reagent Pack Abbott 10Immulite I/2000 HBsAg DPC 11AxSYM HBsAg (V2) Reagent Pack Abbott 12ORTHO Antibody to HBsAg ELISA Ortho-Clinical 13

Cobas Core HBsAg II EIA Roche 14

Genedia HBsAg 3.0 Greencross 15

Bioelisa HBsAg Colour Biokit 16

Hepanostika HBsAg Uni-Form II Bio-Mérieux 17

Sensibilidade clínica /painéis de soro-conversão

J Med Virol (2006) 78:S66-S70

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Exames Laboratoriais

IMUNOHEMATOLIMUNOHEMATOLOGIAOGIA

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Antígeno: substância reconhecida como “não-própria”

Anticorpo: produto da resposta imune ao Ag

Imunogenicidade(Ac)

Antigenicidade

(Ag)

FUNDAMENTOS BÁSICOS

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Sistemas de Grupos Sanguíneos

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Exames obrigatórios

- NA AMOSTRA DO DOADOR

Determinação do grupo ABO (com prova reversa)

Determinação do tipo Rh

Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI)

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Bioquímica e Biossíntese

Gene Produtos primários

H Fucosil transferase

A N-acetilgalactosaminotransferase

B Galactosil transferase

O Sem função (não adiciona açúcar)

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Grupo AGrupo A Grupo ABGrupo AB

Grupo BGrupo B Grupo OGrupo O

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Discrepâncias ABO

Quando ocorre incompatibilidade entre os resultados

observados na tipagem direta (Ag) e prova reversa (Ac)

Segundo a RDC toda discrepância ABO deve ser

esclarecida antes da liberação dos resultados

Avaliar:idadediagnósticohistória transfusionalmedicaçõesnível de imunoglobulinahistória de gestações

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Técnicas de Tipagem ABO

Pesquisa em lâmina

Método convencional (tubos): padrões de aglutinação

Não Reagente

1+ 2+ 3+ 4+

Reagente

Método em gel (comercial)

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Erros técnicos comuns

1. Identificação inadequada de amostras de sangue

2. Suspensão celular muito pesada ou muito leve

3. Erro de transcrição e/ou interpretação de resultados

4. Troca de amostra

5. Falha ao adicionar reagentes

6. Falha em seguir as instruções do fabricante

7. Centrífuga descalibrada

8. Reagentes contaminados por bactérias

9. Aquecimento durante a centrifugação

10. Observação errônea de hemólise

11. Super ou sub-centrifugação

12. Vidraria mal lavada (...)

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Sistema Rh Sistema Rh

Antes de 1939: reação transfusional apesar da compatibilidade ABO

1940: Landsteiner e Wienerimunização de coelhos com hemácias de Macacus rhesus soro (Ac) capaz de aglutinar aprox. 85% das hemácias humanas

1941: Wiener e Levine Doença Hemolítica Perinatal provocada por anti-Rh

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Importância clínicaImportância clínica

Acs Rh: reações transfusionais graves e DHPNAcs Rh: reações transfusionais graves e DHPN

Ag altamente imunogênico: Ag altamente imunogênico:

•1 - 10 mL de Eo D + administrados a 1 - 10 mL de Eo D + administrados a indivíduo D - : indivíduo D - :

80% de chance de formar anti-D80% de chance de formar anti-D gravidez subseqüente com criança D +:gravidez subseqüente com criança D +:

imunização secundária da mãe, imunização secundária da mãe,

IgG atravessará a barreira placentáriaIgG atravessará a barreira placentária

icterícia neonatal ou DHPNicterícia neonatal ou DHPN

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Bioquímica e genéticaBioquímica e genética

Ags Rh: exclusivamente eritrocitáriosAgs Rh: exclusivamente eritrocitários

Alto polimorfismo: Alto polimorfismo:

. 45 Ags . 45 Ags

. D, E, e, C, c: 99% dos problemas por Rh. D, E, e, C, c: 99% dos problemas por Rh

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Proteínas RHD e RHCEProteínas RHD e RHCE

Lipoproteínas

Membrana eritrocitária (transmembrana)

atravessam 12 vezes a membrana eritrocitária

RhDRhD Rh C/ERh C/E

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Funções da proteínas RhFunções da proteínas Rh

Transporte (cátions)

Integridade da membrana eritrocitária

Polimorfismo Rh e susceptibilidade à malária

Transporte de CO2

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Bioquímica e genéticaBioquímica e genética

Indivíduo “Rh positivo” (D positivo): 85%Indivíduo “Rh positivo” (D positivo): 85%

possui os 2 genes Rh: possui os 2 genes Rh: RHD RHD e e RHCERHCE

Indivíduo “Rh negativo” (D negativo):Indivíduo “Rh negativo” (D negativo):

quase todos: deleção do gene quase todos: deleção do gene RHDRHD

““e não recessividade do gene (e não recessividade do gene (dddd)”)”

genes co-dominantes:genes co-dominantes:

homozigoto: genes Rh herdados do pai e da mãe são idênticoshomozigoto: genes Rh herdados do pai e da mãe são idênticos

heterozigoto: genes herdados do pai e da mãe são diferentes heterozigoto: genes herdados do pai e da mãe são diferentes

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Anticorpos do Sistema Rh

Anti-D: uma vez formado persiste por muitos

anos, pois o antígeno D é altamente imunogênico

anti-D formado por indivíduos D parciais:

“aparente” aloanticorpo anti-D, contra epítopos

diferentes dos originais

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Anticorpos RhAnticorpos Rh

Clinicamente significativos

envolvidos em reações transfusionais

hemolíticas

AHAI – anemia hemolítica auto-imune

DHPN – doença hemolítica perinatal

quase todos resultam de aloimunização por

transfusão ou gravidez

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DHPNDHPN

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Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI )

Detectar anticorpos com importância clínica

Incidência baixa : 0,78 - 1,64%

Triagem com 2-3 hemácias ‘‘O” fenotipadas

Painel de 10 ou mais hemácias fenotipadas

Recomendação - 2 técnicas

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Transfusão

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Técnica CorretaTécnica Correta

SegurançaSegurançaAproveitamentoAproveitamento

Qualidade assistencialQualidade assistencial

RiscoRiscoErrosErros

Efeitos AdversosEfeitos Adversos

HemóliseHemólise

ContaminaçãoContaminação

SobrecargaSobrecarga

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HemóliseHemólise

imunológica

física

química

Ag-Ac destruição celular

Temperatura inadequadaExcesso de pressão

Adição de Drogas

HemóliseHemólise

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ATENÇÃO PARA:Identificação:

PedidoAmostraPacienteComponente

HemóliseHemólise imunológica Ag-Ac Ag-Ac destruição celular destruição celular

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Armazenamento e transporte

Aquecimento / congelamento inadequados

Acesso venoso

Bombas inadequadas / descalibradas

Técnica incorreta preparo componente para

bomba de seringa

HemóliseHemólise física Temperatura inadequadaTemperatura inadequadaExcesso de pressãoExcesso de pressão

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Somente usar SF 0,9%

Não adicionar nenhuma substância à bolsa

E se não tiver jeito?

Diluir medicações em SF 0,9% e reduzir ao

máximo o gotejamento. Atentar para sinais

sugestivos de hemólise.

HemóliseHemólise Química Adição de DrogasAdição de Drogas

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Lavagem das mãos

Técnica estéril para manipulação da bolsa

Respeitar tempo de infusão

Atenção ao acesso venoso.

ContaminaçãoContaminação BacterianaManipulação inadequadaManipulação inadequadaTransfusão prolongadaTransfusão prolongada

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Respeitar tempo de infusão

Respeitar volume

Transfundir a criança sentada (cabeceira elevada)

Atenção especial: cardiopatas e nefropatas.

SobrecargaSobrecarga Excesso de volume

Velocidade infusãoQuadro clínico

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Atenção – quando solicitadoAtenção – quando solicitado

Verificar sempre a prescrição médica /

enfermagem

Determinar urgência transfusional

Determinar melhor momento para a infusão

Checar necessidade de procedimentos

especiais

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Contato prévio com o responsável

Solicitação para autorização – TCLE

Identificação precisa do paciente

Identificação do profissional

Orientação sobre o procedimento

O “paciente” tem o direito de recusar a transfusão!

Ato TransfusionalAto Transfusional

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Verificar a compatibilidade sanguínea

Verificar aspecto do componente

Verificar acesso venoso

Verificar volume

Atenção – antes de instalarAtenção – antes de instalar

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Volume e velocidadeVolume e velocidade

Volume a ser infundido

Volume 10 a 15 ml/Kg dose ideal

Volume 16 a 20 ml/Kg realizar transfusão lentamente

Volume > 20 ml/Kg risco de sobrecarga

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Início

Verificar condições clínicas e urgência

Verificar história transfusional

Identificar a presença de: febre, tosse, lesões

cutâneas, icterícia, náusea, vômito, diarreia, dor.

Verificar sinais vitais: Febre e alterações de

pressão PA, FC e FR

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Escolha do acesso venoso:Escolha do acesso venoso:

Bom calibre Bom calibre Avaliar o risco de hemóliseAvaliar o risco de hemóliseNão infundir com outras substâncias, exceto SF 0,9%Não infundir com outras substâncias, exceto SF 0,9%

Momento ideal para transfusão:Momento ideal para transfusão:Depende da urgênciaDepende da urgênciaMedicações que apresentam reações semelhantes à reação adversa – dar Medicações que apresentam reações semelhantes à reação adversa – dar

intervalo entre administraçõesintervalo entre administrações avaliar se interrompe medicaçãoavaliar se interrompe medicação

Ato transfusionalAto transfusional

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Montagem do sistema transfusional:Montagem do sistema transfusional:Equipo para transfusão de sangueEquipo para transfusão de sangueEquipo com câmara graduadaEquipo com câmara graduadaSó abra o sistema no momento que for instalarSó abra o sistema no momento que for instalarCuidado para não romper a bolsaCuidado para não romper a bolsa

Identificação do paciente:Identificação do paciente:

Usar mais de uma forma de identificação: pulseira e etiqueta de identificação, Usar mais de uma forma de identificação: pulseira e etiqueta de identificação, placa de identificação (imprecisa), perguntar para o acompanhante.placa de identificação (imprecisa), perguntar para o acompanhante.

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Uso de bombas infusoras: Próprias para transfusão de sangue Muita atenção ao acesso venoso Pode-se usar as bombas de seringa:

Deve-se montar o sistema transfusional com técnica estéril, sem exercer pressão no componente. O sangue deve fluir para dentro da seringa lentamente.

A BOMBA INFUSORA A BOMBA INFUSORA NÃO ÉNÃO É CAPAZ DE IDENTIFICAR REAÇÕES CAPAZ DE IDENTIFICAR REAÇÕES TRANSFUSIONAIS!!!!!TRANSFUSIONAIS!!!!!

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Iniciar a transfusão lentamente e acompanhar nos primeiros 10 minutos.

A velocidade de infusão é determinada pelas condições clínicas do paciente.

Lembrete:

Tempo máximo de infusão 4 horasTempo mínimo quadro clínicoCrianças ideal é transfundir sentadas e

lentamente

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Registrar em prontuário:

Tipo e Nº do hemocomponente Data e hora da transfusão do início da

transfusão Responsável pela instalação Demais observações: tipo de mecanismo de

infusão, via de administração, sinais vitais pré transfusão.

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Aquecimento de sangue:

Somente em situações especiais: transfusão maciça e presença de Ac frios

Uso de aquecedores específicosManter o paciente aquecido

Dica: criança em berço aquecido ou incubadora, aumente o tamanho do infusor e coloque-o dentro do leito. Se o calor não queima o bebê, não vai hemolisar o componente.

Dica 2: não aquecer a bolsa com lâmpadas nem colocar o perfusor perto do aquecedor.

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Término da transfusão

Verificar sinais vitais. Comparar com os do início

Verificar sinais/sintomas da resposta

transfusional

Registrar em prontuário:

Data e hora do término da transfusão

Sinais vitais

Demais observações

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ImportanteImportante Componentes eritrocitários só poderão ficar

à temperatura ambiente por, no máximo, 30 minutos

Componentes plasmáticos deverão ser transfundidos até 6 horas após seu descongelamento (20 – 24ºC) ou até 24 horas (2 – 6ºC)

Componentes plaquetários deverão ser transfundidos até 24 horas após saírem do agitador e 6 horas após a realização do pool

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SERVIÇO DE HEMOTERAPIA

Hospital Federal dos Servidores do Estado/RJ

Rua Sacadura Cabral 178, Centro

2ª a 6ª feira de 8 às 12 h

Tel: 2291-3131, ramal 3287

Sabrina Alberti Nóbrega de Oliveira

[email protected]