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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 22.dez.2015 N.665 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Conservadores com cabeça e coração AGENDA Novos muros na Europa sem fronteiras AESE no Top de Finalistas do Prémio Caso de Estudo FAE/EDP 2015 Um trabalho infantil recomendável Esses adultos que se batizam PDE Porto, 26 de janeiro de 2016 Como falar em público Lisboa, 7 de março de 2016 Apoio aos Refugiados: Apelo à Ação Porto, 6 de janeiro de 2016 Orçamento de Estado 2016: 1.ª Parte Ética empresarial: da teoria à prática Lisboa, 15 e 16 de fevereiro de 2016 Pistas para comunicar melhor Serviço 5 estrelas Lisboa, 28 e 29 de janeiro de 2016 Dicas para uma Administração de Empresas eficaz Lisboa, 27 de janeiro de 2016 GOS Porto, 2 de fevereiro de 2016 Lisboa, 1 de fevereiro de 2016 “La imparable conquista china” 13.º Executive MBA visita novas instalações da Grupel

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NOTÍCIAS

22.dez.2015N.665

www.aese.pt

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NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Conservadores com cabeça e coração

AGENDA

Novos muros na Europa sem fronteiras

AESE no Top de Finalistas do Prémio Caso de Estudo FAE/EDP 2015

Um trabalho infantil recomendável

Esses adultos que se batizam

PDEPorto, 26 de janeiro de 2016

Como falar em públicoLisboa, 7 de março de 2016

Apoio aos Refugiados: Apelo à AçãoPorto, 6 de janeiro de 2016

Orçamento de Estado2016: 1.ª Parte

Ética empresarial: da teoria à práticaLisboa, 15 e 16 de fevereiro de 2016

Pistas para comunicar melhor

Serviço 5 estrelasLisboa, 28 e 29 de janeiro de 2016 Dicas para uma

Administração de Empresas eficaz

Lisboa, 27 de janeiro de 2016

GOS

Porto, 2 de fevereiro de 2016 Lisboa, 1 de fevereiro de 2016

“La imparable conquista china”

13.º Executive MBA visita novas instalações da Grupel

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Cumprindo uma tradição dosúltimos anos, o Forum para aCompetitividade marcou o dia 3 dedezembro para a discussão do queseria o Orçamento de Estado 2016.O calendário político impediu queesse documento estivesse sequeresboçado. Contudo, foi pertinentediscutir as orientações que oGoverno, empossado 2 dias antes,tinha anunciado.

Segundo resgate: uma forte pos-sibilidade“Voltar ao rumo anterior é caminhocerto para um segundo resgate”disse o Presidente do Forum,Pedro Ferraz da Costa na aberturado Seminário. Criticou o diagnós-tico feito no Programa do PS quecoloca “as políticas de austeridade”no centro dos problemas do país, oque para si está errado. Chamou aatenção para a importância de terpolíticas públicas amigas dasempresas, do investimento privado

e do crescimento económico. Eque, pelo contrário, más políticaspúblicas são “um obstáculo adi-cional e muitas vezes intransponí-vel para o desenvolvimento doPaís“. Analisou o que foi conse-guido nos últimos 5 anos com des-taque para as exportações de bensque tiveram um crescimento de51,5%! Defendeu a centralidade doInvestimento direto estrangeiro eque as medidas de natureza fiscalprevistas são contrárias à per-manência e captação de novo IDE.

Reindustrializar com inovaçãoLuís Mira Amaral apresentou umdocumento de referência elaboradono âmbito dos trabalhos do Conse-lho da Indústria da CIP intitulado “Oconceito de reindustrialização e apolítica industrial para o séc. XXI”,onde se preconiza a adoção de umnovo programa de desenvolvimentoda indústria e dos bens transacio-náveis – uma espécie de

2 CAESE dezembro 2015

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Orçamento de Estado 2016: 1.ª Parte

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Lisboa, 3 de dezembro de 2015Com o apoio da AESE

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PEDIP para o séc. XXI, com umconjunto coerente de medidas epolíticas públicas a nível daclusterização, da investigação, dodesenvolvimento tecnológico/ ino-vação, do financiamento, fiscalida-de, energia e redução dos custosde contexto, ou seja, um verdadeirocompromisso nacional para areindustrialização e competitivida-de, válido para mais de umaLegislatura. Criticou o facto de oPrograma de Governo do PS estarvirado para a “gestão da procura“,sendo necessário convencê-lo daimportância das medidas do ladoda “oferta“.

O crescimento económicoVítor Gonçalves, professor cate-drático de gestão do ISEG, fez umaanálise atualizada das condiçõescompetitivas da economia portu-guesa utilizando a metodologia do“diamante de Michael Porter”,concluindo que continua, passados21 anos, a haver muito campo paraevoluir e aconselhou que os deciso-res não centrem na Europa toda aatenção da economia portuguesa.

Conclui que o fator determinante docrescimento do país não será oconsumo interno mas sim oinvestimento.

O futuro que se avizinhaO painel sobre “perspetivas orça-mentais para 2016” foi moderadopor João Salgueiro, que enfatizouque a economia portuguesa con-tinua “no fio da navalha” em termosde finanças públicas e de endivida-mento privado. Disse que continuaa bastar muito pouco para que aúnica Agência de Rating que sus-tenta a dívida portuguesa deixe dea considerar como digna de inves-timento e que já é mais do quetempo de o País perceber osproblemas com que está confron-tado e que “não podemos continuara discutir as mesmas questões quecausaram os problemas de 2011”.

Carlos Pereira da Silva, Diretor doGabinete de Estratégia e Planea-mento do Ministério da Solidarie-dade e Segurança Social, referiuque o tema do futuro da SegurançaSocial é um tema “que queima“ e3 CAESE dezembro 2015

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Luís Mira Amaral, ex. Ministro da Economia

Pedro Braz Teixeira (Professor), Pedro Ferraz da Costa (Forum da Competitividade), João Salgueiro (ex-Ministro da Economia) e Jaime Esteves (PwC).

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assinalou que algo de novo estápara acontecer ao nível das regrasde elaboração das Contas Nacio-nais, com a obrigatoriedade daexplicitação das responsabilidadesdos diversos sistemas de Segu-rança Social face aos beneficiários.Considerou que os efeitos daqueda da população ativa e docrescimento do número de apo-sentados com maior esperança devida serão muito importantes eabsorverão uma parcela crescentede recursos públicos e que Portugalnão fez (até agora) as reformasnecessárias e suficientes nestamatéria, que outros países já fize-ram. Apresentou como valor atua-rial total das responsabilidades compensões a cifra impressionante de119 mil milhões de Euros queaumentará para 398 mil milhões, sefor considerada a atualização des-sas pensões. Concluiu que as im-plicações orçamentais destes valo-res são muito preocupantes.

A notícia continua no Correio daAESE 666.

Consulte a versão integral danotícia aqui

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A relação entre o Board e aestratégia foi o ponto de partidapara a sessão de continuidade queDerek Condon, Visiting Professorda AESE, conduziu nesta escola,em Lisboa, no dia 19 de novembrode 2015.

O Prof. Condon começou por apre-sentar resumidamente as perspe-tivas teóricas que orientam a açãoda Administração de empresas.Condon enumerou algumas res-ponsabilidades do Board como: atomada de decisões estratégicasprioritárias para as empresas, anecessidade de assegurar os re-cursos humanos e financeiros dacompanhia para alcançar os obje-tivos e ajustar a performance daequipa de gestão. A definiçãoestratégica não deve ser dese-nhada de forma independente dosdiretores executivos e do top mana-

gement: o envolvimento e o com-promisso são palavras chave.

Os processos de fusão e aquisição,as alianças, a gestão do risco, dacrise e iniciativas de responsabi-lidade social são, entre outras,algumas competências estratégicasda Administração.

Para o Professor, o que marcarealmente a diferença de umaAdministração eficiente é evitar queo CEO ou o Chaiman se tornem do-minantes, negligenciando os inte-resses da empresa em prol dasvantagens pessoais que possamalcançar no exercício das suasfunções. É a capacidade de motivarnos gestores uma atitude pronta eefetiva em face dos problemas efazer as perguntas certas, definindouma visão estratégica de longoprazo. Outra competência funda-

5 CAESE dezembro 2015

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Dicas para uma Administração de Empresas eficaz

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Lisboa, 19 de novembro de 2015Sessão de continuidade com o Prof. Derek Condon, da Birmingham Business School

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mental consiste na avaliaçãodos riscos e na capacidade deresiliência da organização em facedos desafios. O bom exemplo e orespeito pelos valores organiza-cionais é o suporte da legitimidadeda Administração.

A sessão de continuidade terminoucom um debate sobre o tema,alargado aos Alumni e amigospresentes.

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Sistematização apresentada pelo Prof. Derek Condon, na sessão, sobre Liderança estratégica

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Agostinho Abrunhosa, Professor daAESE, e Orlando Ribeiro, Diretorde Operações da Lusosider, ambosAlumni do Executive MBA AESE,figuraram entre os finalistas da 2.ªedição do Prémio Caso de EstudoFAE/EDP.

Com a 1ª Edição do PrémioFAE/EDP em 2014, esta iniciativavisa a produção de «estudos decasos» sobre a realidade portugue-sa”. Com o intuito de divulgar asboas práticas de gestão emPortugal, a AESE participou a parcom o INDEG – IUL ISCTE, oISCAC, o ISEG, a NOVA SchoolBusiness & Economics, a Univer-sidade de Aveiro, a UniversidadeCatólica do Porto e de Lisboa.

Orlando Ribeiro (OR) explica arazão de concorrer a este Prémio.

O que o entusiasmou a participarneste concurso de casos?OR: “Tudo começou em janeiro de2014, com uma “simples” visita àLusosider por parte do 13.º Execu-tive MBA. No ano seguinte, para o14.º Executive MBA, o Prof. Agos-tinho Abrunhosa lançou-me o desa-fio de construir um caso sobre aLusosider, a fim de conseguirmosalgo inédito no programa de MBA´sda AESE, que seria uma visita auma empresa industrial seguida doestudo do seu próprio caso. Assimfoi. Lancei mãos à obra e este anoo 14.º Executive MBA da AESEteve a oportunidade de vivenciaresse novo modelo: uma visita àLusosider seguida do estudo doseu caso. Após discussão domesmo em aula, juntamente com oProf. Agostinho, verificámos que ofeedback tinha sido bastante bom,

que existia ali um caso muito inte-ressante em que os alunos tinhamrealizado uma participação eavaliação claramente motivadoras,superando as nossas expectativasiniciais. Foi após a discussão docaso em aula, que tivemos a certe-za que este era um ótimo caso. Atéque certo dia, o Prof. Agos-

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AESE no Top de Finalistas do Prémio Caso de Estudo FAE/EDP 2015

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Lisboa, 14 de dezembro de 20152.ª edição do concurso

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tinho recomendou-me: “Orlando,acho que deves participar noconcurso de casos FAE/EDP. Aliás,acho não, tens mesmo de…”. Eassim foi… concorri com o caso.”

Quais as mais-valias que iden-tifica na utilização de casos reaisem MBA’s e na Formação deExecutivos?OR: “Essa é a grande variável dife-rencial dos programas de MBA daAESE, em que o aluno lida comsituações reais, com algo queaconteceu e que acontece no mun-do real empresarial. Poder sair docampo teórico é o mais importante.Repare que hoje em dia, o acessoà informação é enorme, qualquerpessoa, ligada à Internet ou a chatspróprios para o efeito, pode estar aler e a aprender sobre física quân-tica… ou outra matéria mais eso-térica. Ou seja, o acesso à infor-mação já não é nada exclusivo,passou a ser generalizado. Entãotemos de caminhar para algo queseja muito mais enriquecedor doque o mero acesso à informação.No ensino convencional, o alunoque obtém as melhores notas é oaluno que esteve mais atento aos

métodos expositivos e que maisestudou, mas será o aluno quemelhor está preparado para ofuturo no mercado de trabalho? E éaqui que entra o papel fundamentalde podermos estudar casos reais,que nos preparam muito melhorprofissionalmente – sim, eu disseprofissionalmente, pois eu semprefui de opinião que estes casos nospreparam profissionalmente e nãoacademicamente… Saímos docampo teórico para entrar no real,profissional, e podermos assumir opapel do elemento decisor e tomar-mos uma decisão. O facto depodermos utilizar casos reais naformação de executivos, permiteque durante todo esse processo, osalunos já estejam a assumir o papelde executivos e a terem deanalisar, pensar e decidir como tal.”

O que considera serem os temastrabalhados neste caso?OR: “Penso sempre que este casoabrange duas vertentes que naminha opinião preenchem umalacuna. Por um lado, não existemcasos em que possamos realizarvisitas às instalações das empre-sas, vivendo o real ambiente das

mesmas para seguidamente poder-mos estudar o caso em concreto.E, por outro lado, o facto de seruma empresa do ramo industrial,foge à habitual área de serviços.(…) Todos sabemos que a indústriaportuguesa veio morrendo ao longodas últimas décadas, mas poderestudar um caso de sucesso, naúnica empresa do ramo siderúrgico,em aços planos em Portugal, é porsi só desafiador.”

O que faz da Lusosider um casode estudo?OR: “O caso Lusosider é um casode estudo, porque coloca em causao próprio processo produtivo exis-tente há mais de 50 anos, ques-tiona que o dado como garantidoem qualquer empresa, pode sermodificado. Quando nós chegamosa uma determinada organização, é-nos explicado como todos os pro-cessos e processadores funcioname nós aprendemos isso como algofundamental e lógico, mas aquiloque nunca fazemos é colocar essesprocessos e/ou a ordem dos mês-mos em causa… e é precisamenteisso que este caso retrata: ondeuma crise pode ser uma oportuni-

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dade para pensarmos “out of thebox”, e podermos redesenhar osprocessos e alterar a ordem naturaldo fluxo produtivo. Mas aquilo queeu mais quero com o estudo destecaso, é que os alunos entendamque não é necessário termossituações de crise nas empresas,podemos não estar pressionadospara tomar uma decisão, poderquestionar os nossos processos…sempre com um objetivo claro deredução de custos, maior flexibi-lidade, melhor prazo de entrega,maior produtividade, etc.

Este deve ser o foco de qualquerorganização quando quer colocarem causa o seu próprio processo.Em suma, é um caso que nos deixacom a clara convicção de queencontrar as soluções para osproblemas, através da nossa pró-pria criatividade, é o caminho parasairmos da nossa zona de confortoe ambicionarmos melhores resul-tados. Olhem sempre para osprocessos, com uma visão críticados mesmos.”

Artigos relacionadosConsulte a notícia integral aqui

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No passado dia 27 de novembro, aconvite do seu empresário MarcoSantos, Alumnus do 13.º ExecutiveMBA AESE, teve lugar uma visitados colegas e professores do res-petivo programa às novas instala-ções da Grupel, sita no ParqueIndustrial de Aveiro.

A Grupel é líder no mercado degeradores de médio e grande porteem Portugal e exporta para mais deuma dezena de Países em todo omundo. A empresa atravessou umafase complexa nos últimos cincoanos, com o encerramento de umafábrica em Espanha e a des-localização da sua unidade dosarredores de Lisboa para Aveiro.

Nas novas instalações, inaugura-das em 2014, fomos encontrar uma

unidade projetada para o futuro,onde são bem vísiveis o espíritoempreendedor e de optimismo de-senvolvido pelo empresário e pelasua equipa.

A AESE agradece a aula de empre-endorismo que Marco Santos e asua mulher proporcionaram.

Ficou a vontade de voltar.10 CAESE dezembro 2015

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13.º Executive MBA visita novas instalações da Grupel

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Aveiro, 27 de novembro de 2015AESE fora de portas

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AGENDA

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Evento

SeminárioÉtica empresarial: da teoria à práticaLisboa, 15 e 16 de fevereiro de 2015Saiba mais >

ProgramaGOSLisboa, 1 de fevereiro de 2016 Mira Clube, 2 de fevereiro de 2016 Saiba mais >

ProgramasProgramaPDEPorto, 26 de janeiro de 2016Lisboa, 27 de janeiro de 2016 Saiba mais >

11 CAESE dezembro 2015

EventoApoio aos Refugiados: Apelo à AçãoPorto Palácio Congress Hotel, 6 de janeiro de 2016Saiba mais >

Sessão de continuidade

Sessão de continuidadeComo falar em públicoLisboa, 7 de março de 2016Saiba mais >

Seminários

SeminárioServiço 5 estrelasLisboa, 28 e 29 de janeiro de 2016Saiba mais >

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PANORAMA

Novos muros numa Europa sem fronteirasEscassos meses depois de cele-brar o 25.º aniversário da quedado Muro de Berlim, um novomuro ameaça dividir dois paíseseuropeus. O Governo da Hungriaanunciou em 17 de junho a cons-trução de um muro de 175 quiló-metros na fronteira com a Sérvia,com o objetivo declarado detravar a imigração ilegal. Segun-do dados do Departamento deImigração Húngaro, 57 000 pes-soas – provenientes na suamaioria do Kosovo, Síria, Afega-nistão e Iraque – entraram ilegal-mente no país ao longo do ano,um número que contrasta comos 43 000 imigrantes registadosno ano anterior, e mais com os2000 de 2012.

Em décadas anteriores, a pro-liferação de muros divisóriosentre países ou comunidadesrespondia mais a motivos po-líticos ou de choques entrecomunidades. É o caso do desa-parecido Muro de Berlim, erguidono verão de 1961, mas tambémda fronteira que divide a Coreiado Sul da Coreia do Norte desde1953, dos quase cem muroslevantados na cidade de Belfastque desde 1969 separam cató-licos e protestantes, das fortifi-cações que isolam marroquinosde sarauis desde 1980, ou domuro que Israel começou a cons-truir na Cisjordânia no ano de2002.

Em contraste com estes casos,os muros construídos nos últi-mos anos procuram dar umaresposta contundente à questãodos refugiados estrangeiros(“Aceprensa”, “Lo que separanlos muros”, 17.6.2009). Entre osprecedentes encontramos o mu-ro construído em 2002 pelo Go-verno espanhol na sua fronteiracom Marrocos em Ceuta (8quilómetros) e em Melilla (12quilómetros). Esta barreira foireforçada em 2005 com câmarasde vigilância, detetores de mo-vimento e som e três metrosadicionais de arame farpado, quesomam uma altura total de 6metros. »»

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Em 2012, o Governo grego de-senvolveu um muro metálico paratravar a imigração proveniente daTurquia. Esta barreira encontra-seen Orestiada, uma cidade gregaque, paradoxalmente, foi cons-truída em 1922 com o objetivo deacolher os refugiados gregos vin-dos da Turquia. Noventa anosdepois, a hospitalidade destasterras foi anulada por um muro dearame superior a 10 quilómetros.

O caso da Bulgária é mais re-cente. O Governo de Sófia deci-diu levantar em 2013 um muroformado por espirais de arame

farpado de 275 quilómetros decomprimento na sua fronteira coma Turquia. Em janeiro deste anofoi decidido prolongar este muroem 130 quilómetros com o obje-tivo de conter as ondas de refu-giados sírios que fogem da guerracivil. “O muro não é um símbolopositivo, mas é necessário para asegurança da Bulgária e daTurquia”, assegurava no mês dejaneiro, Meglena Kouneva, vice--primeira ministra do Governobúlgaro.

Mais de 200 000 refugiados quepenetraram as fronteiras terrestres

e marítimas da Europa foramregistados ao longo de 2014 (“TheNew York Times”, 5.4.2015). Apergunta é se os muros são umasolução razoável para o problemada imigração. No que se refereaos números, a Espanha registoua entrada de mais de 5500imigrantes ilegais por Ceuta eMelilla em 2005. As novas me-didas daquele ano fizeram comque o número fosse reduzido para2000 no ano 2006. Não obstante,em 2014, registaram-se quase7500 entradas por estas vias. Poroutro lado, os muros da Grécia eda Bulgária parecem ter travado a

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onda. O Governo helénico tinharegistado a entrada de 36 000imigrantes ilegais por Orestiadaem 2010 e de 100 000 em 2011. Aconstrução da vedação significouuma descida de 95 % do trânsitode imigrantes ilegais por estazona. No caso da Bulgária, os11 000 imigrantes registados em2013 foram reduzidos para 4000em 2014.

À luz dos números, parece que,pelo menos a curto prazo, a so-

lução de entaipar as fronteirascom o país vizinho é uma soluçãoeficaz. Perante a onda de imi-gração, “os países da UniãoEuropeia procuram uma solução,(…) mas a Hungria não podeesperar mais”, explicou PéterSzijjártóa, ministro dos NegóciosEstrangeiros húngaro, a fim dejustificar o levantamento da ve-dação perante a Sérvia. Todavia,a baixa da imigração provocadapor estes muros é somente oreverso do que os especialistas

designam por ‘Whac-a-Mole poli-

cy’: mal uma rota é cortada, oscontrabandistas de refugiadosapalpam no terreno outras rotaspara entrar na Europa. Em últimaanálise, os muros apenas conse-guem desviar os refugiados paraoutras rotas mais perigosas.

P.A.

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14 CAESE dezembro 2015

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PANORAMA

Esses adultos que se batizamA crença de que numa sociedadesecularizada as pessoas já não secolocam a questão de Deus estábem firme. No entanto, num paíscom um clima cultural tão poucofavorável ao catolicismo como aFrança, todos os anos na VigíliaPascal, o batismo é recebido porum número significativo de pes-soas adultas. Este ano foram3790 adultos, mais outros 1011adolescentes e jovens (entre 12 e18 anos). O número tem vindo aaumentar desde 2005, e nos últi-mos cinco anos a progressão foide 30 %.

Os traços destes novos cristãosdesmentem também alguns tópi-cos. Contra a ideia de que a reli-gião está a ficar para os idosos,

mais de metade dos adultos bati-zados tem entre 20 e 35 anos, aosquais há que juntar os adoles-centes e jovens. Mesmo que serepita que a Igreja está a perderas mulheres por não admitir osacerdócio feminino, a realidade éque, entre estes batizados, asmulheres (66 %) são o dobro doshomens (34 %). Por profissões,há um pouco de tudo: 17 % sãoestudantes, 15 % operários, 15 %técnicos, 18 % empregados, 8 %executivos ou de profissão liberal,4 % donas de casa, 3 % professo-res, 8 % procuram emprego… Ogrupo que mais aumenta é o dosestudantes, que passou de 11 %em 2011, para 17 % no ano de2005, apesar do ensino laico.

Quanto ao ambiente familiar ondeforam criados, aqueles que dizemter vivido num contexto familiarcristão são 47 %, embora nãodevessem ser tantos quando nemsequer foram batizados; pelo con-trário, 43 % afirmam ter crescidonum ambiente não religioso.

Muito menos se pode pensar quesão decisões repentinas, visto queo acesso aos sacramentos dainiciação cristã exige um períodode catecumenato de dois anos,que poderia desanimar quemfosse pouco motivado.

O itinerário de cada converso ésempre muito pessoal. Mas quan-do se pergunta a alguns, como fez“La Croix” (“Pourquoi j’ai demandé

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15 CAESE dezembro 2015

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le baptème”, 3.4.2015), por quepediram o batismo, as respostasrevelam onde está o verdadeiroatrativo da fé. “Ter uma relaçãopessoal com Cristo que cura eliberta”, diz um. “A descoberta daalegria da fraternidade entre cris-tãos, a relação simples e ver-dadeira entre pessoas em nomede Cristo”, afirma outro. De facto,as conversas com um sacerdote eo acompanhamento de algunsamigos durante o período depreparação foram uma grandeajuda em muitos casos.

Alguns têm a fé a brotar, e é a suadecisão de pertencer à Igreja o

que permite desenvolvê-la: “Antessentia que tinha fé, mas, ao ficarno meu canto, a chama era muitopequena. Ao fazer parte da Igreja,cresci”. Essa fé é vivida na Igrejao que, segundo outro, permite“sentir a alegria de ser cristão e defazer parte de uma família”.

Os caminhos são muito variados,mas chama a atenção o poucoque têm a ver com a imagem dafé e da Igreja que muitas vezes ainformação jornalística transmite.

A Igreja não é encarada comouma comunidade atravessada pordivisões e polémicas, mas como

uma família acolhedora. As gran-des mudanças que alguns setoresesperam que a Igreja faça para semodernizar não são mencionadaspelos que decidiram dar o passoem frente para entrar. Pelo con-trário, têm a confiança de haverencontrado a meta de uma buscaespiritual para a qual a sociedadesecularizada não oferece respos-tas.

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16 CAESE dezembro 2015

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PANORAMA

Um trabalho infantil recomendávelA atual geração de crianças norte--americanas colabora menos nastarefas domésticas que a geraçãodos seus pais, em primeiro lugar,porque a poucos é pedido querealizem tais tarefas. Segundouma sondagem que a Braun Re-search realizou no outono pas-sado entre 1001 adultos, 82 %diziam ter realizado em criançatrabalhos domésticos, mas só28 % pediam agora o mesmo aosfilhos.

Alguns pais levados talvez pelasaudável intenção de que os filhos“tenham tudo quanto eu não tive”,ou de que desenvolvam as suascapacidades, inscrevem-nos eminúmeras atividades extracurricu-

lares. Nisto se deixam ver algunstraços típicos das modernas so-ciedades ocidentais, como esten-der à infância a ânsia de “fazercurrículo”: parece que, se uma cri-ança não aprende chinês, artesmarciais ou a tocar um instru-mento ao mesmo tempo que estu-da, está a perder tempo. Às ve-zes, por detrás dessa pretensão,há um desejo desordenado dospais de satisfazer nos filhos assuas ambições frustradas.

Assim, enquanto em países po-bres se luta por erradicar o tra-balho infantil, noutros países doprimeiro mundo as criançasaguentam um “horário laboral” dedez horas. Quando chegam a

casa, muitas já só querem des-cansar. Os pais, por seu lado,pretendem compensá-las do pou-co tempo que o seu horário detrabalho lhes deixa para a vida defamília com todo o tipo de ativi-dades. O resultado é que tanto ascrianças como os mais velhosacabam stressados e com asensação de não poder chegar atudo. É o que vem explicado em“Fast-Forward Family: Home,Work and Relationships in Middle-Class America” (University ofCalifornia Press, 2013). O livroapresenta um resumo das con-clusões de um estudo em que 32famílias com filhos foram seguidasdurante três anos; tanto o paicomo a mãe tinham um emprego.

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Nessas famílias “em câmara rápi-da”, parece impossível que ascrianças tenham tempo para tare-fas familiares – desde cortar arelva a deitar fora o lixo: têmsempre alguma coisa mais impor-tante para fazer. O tempo gastonestes encargos pode, no entanto,ser um dos mais rentáveis para asua formação. Segundo MartyRossman, professor emérito daUniversidade do Minnesota e au-tor de um estudo longitudinal so-bre a importância das tarefasdomésticas, um dos fatores-chavepara prever se uma criança vaitriunfar na vida – no campo laborale como pessoa – é ter ou nãoencargos em casa quando erapequena.

A investigação de Rossman con-clui que, por meio das tarefasdomésticas, as crianças adquiremcompetência, responsabilidade eautoconfiança. No entanto, muitoembora todas estas qualidadessejam muito desejáveis, falta ain-da sublinhar o principal: é queelas constituem um serviço aosoutros, coisa que é própria dafamília. Não se trata de levar ascrianças a desenvolverem umacapacidade pessoal, mas sim, deajudarem os outros.

Uma reportagem do “The NewYork Times” inclui os conselhos dapsicóloga Madeline Levine no seulivro “Teach Your Children Well”,no qual explica que, se perante a

alternativa de fazer os deveres ouajudar em casa os pais acabamsempre por dispensar os filhos dasegunda hipótese, estão a passar--lhes uma mensagem muito clara:a sua formação pessoal é maisimportante que o serviço aosoutros. É por isso importante queos filhos, para além das tarefasque lhes são próprias (ter sempreo quarto arrumado), realizemoutras atividades mais claramentealtruístas.

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Um outro obstáculo à transmissãodesse espírito de serviço é aprofissionalização dos encargosfamiliares; isto é, convertê-losnum trabalho que o filho realizaem troca de uma recompensaeconómica. Numa discussão no“The Wall Street Journal” sobre osprós e os contras de ligar amesada semanal ao desempenhode determinadas tarefas domés-ticas, Jon Gallo – fundador deuma empresa de assessoria afamílias – explica que são coisascom funções diferentes, devendoportanto funcionar em separado: asemanada serve para ensinar aospoucos as crianças a usar odinheiro de modo responsável, asaber poupar, a não o gastar emcaprichos; ajudar em casa, servesobretudo para desenvolver oespírito de família, coisa que nãoé bom medir em euros.

Segundo Gallo, às vezes serábom dar um prémio a um filho porum trabalho extra, mas se odinheiro é recompensa ou castigopara tudo, pode-se estar a formaras crianças na noção de que oeconómico domina todas as face-tas da vida.

Ao argumento de que atribuir um“salário” pelos trabalhos domés-ticos é bom porque ensina aosmais novos a equação traba-lho=dinheiro, pode-se responderque para eles é mais importanteaprender primeiro o espírito deserviço desinteressado próprio davida de família. Terão depois tem-po para o resto.

Um conselho típico para se con-seguir que os filhos ajudem emcasa, é apresentar as tarefas deforma divertida, como um jogo ou

um desafio. Se bem que istopossa servir quando a criança émuito pequena ou pontualmentequando for mais velha, a próprianatureza das tarefas domésticas –repartir o trabalho em família –requer que a perspetiva lúdica vápouco a pouco dando lugar aosentido do dever. Afinal de contas,um jogo larga-se quando se quer.

As tarefas domésticas, ao reivin-dicarem uma função de serviçogratuito e de sentido do dever,constituem uma boa escola paraaprender a generosidade.

F. R.-B(com autorização dewww.aceprensa.pt)

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PANORAMA

“La imparable conquista china”Autores: Heriberto Araújo, Juan

Pablo Cardenal Crítica. Barcelona (2015). 321 págs.

Os autores deste livro são doisjornalistas que, em 2011, publica-ram “La silenciosa conquistachina”, sobre a extensão da influ-ência económica do giganteasiático pela Ásia, África e Amé-rica Latina. Esta nova obra, quetambém combina entrevistas einvestigações sobre o terreno, temcomo cenário o mundo desenvol-vido, nomeadamente Europa, EUAe Canadá, onde têm crescido osinvestimentos chineses.

A ávida busca de recursos na-turais e o desembarque de em-

presas chinesas, na sua maiorparte controladas pelo Estado, eque compram ativos de desta-cados setores económicos ociden-tais, justificam amplamente o títulodo livro. Chegou-se assim a umasituação na qual, segundo Carde-nal e Araújo, os responsáveis sãoos políticos ocidentais, indepen-dentemente da sua ideologia,devido à sua atitude pragmáticapara com uma China da qualapenas esperam negócios e in-vestimentos, sobretudo em tem-pos de crise.

Através destas páginas podemosviajar à Gronelândia, favorecidapela mudança climática paraexplorar os seus recursos petro-líferos, assim como Canadá, Chi-

pre, Grã-Bretanha ou EUA, ondeos chineses se lançam em in-vestimentos no setor da energia eem infraestruturas. Mas esta ex-pansão económica está subme-tida a uma condição inegociável:não se podem fazer críticas aoregime comunista nem apoiar osseus dissidentes e, evidentemen-te, muito menos receber o DalaiLama. A diplomacia deve ocupar--se apenas dos assuntos estrita-mente económicos, porque, casocontrário, Pequim ameaça fechara torneira do comércio e dosinvestimentos.

A este respeito, os autores denun-ciam o misto de resignação eingenuidade que carateriza a po-lítica externa ocidental em relação

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à China, sobretudo a da UE, cujopoder residiria na crença de ser oprimeiro bloco comercial do pla-neta. Expõem que a política exter-na europeia abandonou a defesada democracia e dos direitoshumanos, e certificam, com abun-dantes exemplos, que a Chinanão se vai adaptar ao mundo, massim que é a comunidade interna-cional que se está a adaptar àChina.

As críticas do livro ao regimechinês não se ficam somente nachantagem económica, pois es-tendem-se também – apesar detodas as campanhas oficiais – àcorrupção dos seus líderes, vincu-lada ao branqueamento de dinhei-ro em paraísos fiscais ou noscasinos de Macau. Não falta adescrição da ameaça da ciberespionagem chinesa, uma ativida-

de que encontrou no escândaloSnowden a desculpa perfeita paraPequim criticar a falta de escrú-pulos de Washington em vigiar osseus próprios cidadãos ou gover-nos aliados.

Interessante também o capítulodedicado às relações entre aChina e a Santa Sé, cujo futuro évisto com pessimismo, apesar dosgestos de abertura do PapaFrancisco. A dificuldade de avan-çar neste âmbito reside, semdúvida, na pretensão do Estadoem não deixar nada de fora doseu controlo, incluindo a liberdadereligiosa. Tão-pouco é estranhonum país onde o partido, ogoverno, a administração e as em-presas estatais estão em idênticasmãos.

A. R. R.

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DOCUMENTAÇÃO

Conservadores com cabeça e coraçãoAs propostas de um “conserva-dorismo compassivo” ou de uma“economía com alma” despertama suspeita de que o lobo simples-mente se disfarçou de ovelha.Mas, e se a ajuda aos mais ne-cessitados, longe de ser um vernizpara tapar a má imagem de umpartido, estivesse no próprio cora-ção do conservadorismo? É o quedefende Arthur Brooks, presidentedo American Enterprise Institute,no seu novo livro “The Conserva-tive Heart” (“The ConservativeHeart: How to Build a Fairer,Happier, and More ProsperousAmerica”, Broadside Books, NovaIorque, 2015).

“O problema de imagem dos con-servadores é serem associados a

Ebenezer Scrooge [o persona-gem avarento criado por CharlesDickens]. Quando se opõem àsubida do salário mínimo, aosimpostos sobre as empresas, àregulamentação excessiva domercado laboral ou se preocupamcom o custo dos programas deajuda social, são encarados comose preocupando unicamente comos ricos e poderosos”. Assimsintetiza N. Gregory Mankiw no“The New York Times” (28.7.2015)a má imagem que hoje pesa sobreo Partido Republicano num co-mentário “‘The ConservativeHeart,’ by Arthur C. Brooks” aolivro atrás referido.

A isto deve acrescentar-se o queparece ser outro sinal de identida-

de dos conservadores: sentem-seagredidos. A imagem de DonaldTrump a vociferar contra elitesque supostamente conspiram con-tra os valores da classe média éum bom exemplo disso. Mas omesmo se poderia dizer da opo-sição republicana no Congresso àreforma da saúde de Obama, ou àdas leis de imigração.

Arthur Brooks, tido pela imprensaprogressista, uma das vozes maisautorizadas do conservadorismonorte-americano, não aprecia na-da o espetáculo que estão a darestes campeões da indignação. Econfia em que, a longo prazo, es-sa estratégia jogue a favor dosrepublicanos moderados na corri-da à nomeação presidencial: “A ira

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é a última coisa de que necessitao Partido Republicano. Dentro deum ano, os candidatos que agorase estão a esforçar por ganharapoios, vão-lhe agradecer”, decla-rou a “The Hill” em 16.7.2015(“Arthur Brooks: 2016 candidatescan help conservatives’ messa-ging”.

Uma marca maldita?

Em “The Conservative Heart”,Brooks propõe-se fazer uma mu-dança de marca do conserva-dorismo, para que passe de “ummovimento de protesto para ummovimento social”. “Temos dedeixar de nos centrar naquilo aque nos opomos e começar aproclamar com audácia aquilo porque estamos a lutar. Temos deapresentar uma agenda de go-verno positiva e esperançosa, que

se preocupe em melhorar a vidade toda a gente, especialmente ados mais vulneráveis, através depolíticas genuinamente conserva-doras”, escreve na introdução dolivro.

Mas este apelo à renovação tempouco a ver com o “conserva-dorismo compassivo” que defen-deram alguns políticos conserva-dores, como George W. Bush nacampanha presidencial de 2000,ou David Cameron nas eleiçõesgerais britânicas de 2010. Aspropostas deste tipo são vistaspelos seus críticos como estraté-gias de maquilhagem; e, no fundo,diz Brooks, a expressão sugereque a compaixão é “um apêndiceantinatural do conservadorismo”.

A abordagem de Brooks é muitodiferente. Sobretudo, porque está

convencido de que a preocupaçãoem melhorar a situação dospobres faz parte do ADN conser-vador. Um dado eloquente podeser recolhido no seu livro “WhoReally Cares: The Surprising TruthAbout Compassionate Conserva-tism”, Basic Books, Nova Iorque,2006: em média, os lares conser-vadores tendem, em matéria dedonativos, a doar 30 % mais doque os progressistas, apesar de –também em média – ganharem6 % menos.

Por isso, Brooks não necessita decamuflar as suas ideias. Pelocontrário, desde o primeiro mo-mento adverte que os seus princí-pios conservadores são os desempre. No plano político, advogao mercado livre, o governo limita-do e a responsabilidade orçamen-tal. No plano cultural, defende as

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quatro “instituições de sentido”que considera essenciais para al-cançar a felicidade: a religião, afamília, a comunidade e o traba-lho.

A ajuda sustentável aos pobres

O que há de novo então na suaproposta? O tom? As formas? Nãoexatamente. Ou, pelo menos, nãoapenas. A tese central de Brooksé que os conservadores não sou-beram explicar as suas ideias. Eas coisas tendem a agravar-setendo em conta um contexto po-lítico cada vez mais emotivo.Dificilmente se pode entender oque há de bem intencionado nadefesa da austeridade ou da res-ponsabilidade orçamental, se aúnica coisa que contar no debatepolítico forem as palavras de or-dem emotivas.

Por exemplo, quando Obamaapresentou o seu plano para subiro salário mínimo federal, bas-taram-lhe algumas poucas pa-lavras para se fazer entender: “Jáestá na hora de dar aos EUA umasubida do salário”. Mas justificarque essa medida pode desincen-tivar a criação de emprego eprejudicar os consumidores decertos bens e serviços, sobretudoos que não beneficiariam com asubida por não terem trabalho,exige mais tempo e certos conhe-cimentos económicos.

Outro exemplo: Brooks esclareceque os defensores do mercadolivre não se opõem por sistemaaos programas sociais. Defendemque a ajuda do Estado só funcio-nará verdadeiramente como umarede de segurança para os pobresse for limitada aos mais necessita-dos, e não for convertida num

direito indiscutível da classe mé-dia. “Por acreditarmos numa au-têntica rede de segurança, pensa-mos que devemos protegê-la comdisciplina orçamental”.

Quem decide a agenda

Brooks reconhece que algumasideias conservadoras não sãointuitivas. Mas em vez de culpar amassa ignorante das pessoas,interroga-se sobre o que podefazer a direita para recuperar aconfiança desses “milhões denorte-americanos [que] acreditamter o sonho americano deixado deestar ao seu alcance e que aosconservadores isso não lhes inte-ressa”.

A primeira coisa a fazer é re-conhecer os erros próprios. “Amaioria das vozes da direita norte--americana não soube ver que há

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uma crise de pobreza e de es-cassez de oportunidades; que emcertos sentidos se pode falarjustamente de dois Estados Uni-dos. E quando alguns acertaramem reconhecê-lo, fizeram-no fre-quentemente em termos que irri-tam as pessoas, pois pressupõemque aqueles que passam dificul-dades, sofrem-no porque não tra-balharam o suficiente”.

É o mesmo exercício de auto-crítica que fez o linguista GeorgeLakoff após a derrota eleitoral dosdemocratas em 2004, quando de-senhou uma estratégia de comuni-cação política para os ajudar arecuperar a Casa Branca (“Ace-prensa”, “No pienses en un elefan-te. Lenguaje y debate político”,13.2.2008). Tanto Lakoff comoBrooks concordam em que enqua-drar as ideias numa chave moral é

fundamental para estabelecer liga-ção com os votantes, sejam deesquerda ou de direita.

Após uma crise económica emque muitos sofreram, Brooks de-fende que as pessoas merecemargumentos morais centrados nacompaixão e na justiça. Para ele,a direita engana-se quando conti-nua a apresentar-se sob o “realis-mo económico” de Reagan.

“A alguns dos meus colegas con-servadores custa-lhes entendê-lo.Com bastante frequência, oiço-osdizer que deveríamos centrar-nosmais na economia e menos namoral. Mas isso é um erro além deuma falsa escolha. Os assuntoseconómicos são assuntos morais.(…) A maior parte dos norte--americanos querem políticas pú-blicas que não sejam só econo-

micamente eficientes, como tam-bém moralmente justas”.

Lutar a favor de valores é sempremais atrativo do que ir a reboquedo que outros propõem. Alémdisso, é uma forma de decidir aagenda e de que o votante vejaque somos nós quem assume asrédeas. Nisto, os progressistasnorte-americanos são exemplares:apesar de “só representarem umquarto da população, dizem comaudácia que lutam pelos 99 %”.Os progressistas estão conscien-tes de que as minorias estão nadefensiva, enquanto que “as maio-rias lutam a favor das pessoas”.

O conteúdo do coração conser-vador

A favor de quem luta um conser-vador? Neste ponto, Brooks faz

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um grande esforço por distinguir otrigo do joio. Os conservadores –diz – são retratados injustamentecomo materialistas, quando averdade é que o rótulo assentamelhor aos seus adversários: “Osprogressistas preocupam-se real-mente em ajudar os pobres. Masconfiam em retirá-los da pobrezafundamentalmente com o dinheirodo Estado, relegando o debatesobre a cultura para o passado ecentrando-se cada vez mais nadesigualdade de rendimentos. (…)Trata-se de um materialismo dis-farçado de moralismo”.

Pelo contrário, por trás da lin-guagem conservadora – apa-rentemente materialista – estásubjacente uma filosofia preocu-pada com as condições quepermitem a cada pessoa ganhar avida e prosperar: a educação e otrabalho, sobretudo. “O verdadeiroproblema não é que haja de-masiadas pessoas a viver doEstado, mas sim faltarem a muitasas oportunidades para viverem asua vida”.

A visão do trabalho como “umabenção, não como um castigo” es-

tá no centro desta filosofia. Osconservadores acreditam que arede de segurança para os pobresé um imperativo nas sociedadesprósperas, mas simultaneamentedefendem que o progresso resideem que haja cada vez menospessoas a depender dos pro-gramas sociais. Justamente ocontrário dos progressistas, queavaliam o sucesso desses pro-gramas em função do número depessoas a que prestam ajuda:quantas mais, melhor.

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Um exemplo do tipo de programaselogiado pelos conservadores é oDoes Fund, na cidade de NovaIorque, que proporciona aloja-mento a pessoas sem lar, en-quanto as vai capacitando comformação profissional. “A caridadeé importante, mas aquilo de quemais necessitam os homens emulheres pobres é o investimento.Por isso, os conservadores insis-tem tanto no trabalho como solu-ção contra a pobreza”.

E isto que diz Brooks dos con-servadores não seria justo aplicá--lo também aos progressistas

preocupados com a criação deemprego? Seguramente sim. Masse Brooks coloca o acento nos pri-meiros, é porque a balança sedesequilibrou no imaginário cole-tivo: os progressistas parecemostentar o monopólio da com-paixão e da empatia, do mesmomodo que antes eram vistos comoos donos da ciência e doconhecimento.

Em “The Conservative Heart”,Brooks quis fazer o mesmo queRussell Kirk fez em 1953 no livro“The Conservative Mind”: mudaros termos do debate. “Graças a

Kirk e a outros intelectuais con-servadores, os norte-americanosjá não duvidam mais sobre o rigorda mente conservadora. Do quesim duvidam é da compaixão docoração conservador. Chegou omomento de corrigir esta falsaperceção, e de integrar a cabeçae o coração conservadores numnovo movimento social que res-taure a promessa dos EUA a cadaum dos seus cidadãos”.

J. M.

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DOCUMENTAÇÃO

Pistas para comunicar melhorEm “The Conservative Heart”,Arthur Brooks dedica muitas pá-ginas a analisar as ideias, osprincípios e as políticas conserva-doras. Uma vez explicado o“produto”, tem de ser “vendido”. Oúltimo capítulo intitulado “Os setehábitos das pessoas altamenteconservadoras”, inclui algumaspistas para ajudar os conserva-dores a explicarem-se num con-texto cultural onde as emoçõespesam mais do que os argumen-tos.

A recomendação de Brooks não étanto que se entreguem às ban-deiras que chamam a atenção,mas que coloquem o coração aoserviço de comunicar melhor aqui-lo que têm na cabeça. E recorda-

-lhes, em sintonia com Lakoff, quepara ter a opção de mostrar queas suas ideias são razoáveis,necessitam primeiro de um públi-co disposto a ouvi-los.

Não é fácil para eles. O próprioObama entrou no jogo de agitaros sentimentos para desqualificaros seus rivais. Um exemplo é acaraterização das políticas repu-blicanas que fez em 2012 numdiscurso dirigido a doadores de-mocratas: “Se ficar doente, seráapanhado sozinho. Se não puderpagar a universidade, será apa-nhado a sós. Se não gosta quealgumas empresas poluam o arque respira ou o que respiram osseus filhos, é apanhado sozinhomais uma vez”.

Para mudar o quadro das dis-cussões, Brooks convida os con-servadores a tomar a iniciativacom sete hábitos retóricos. Oobjetivo é que se acostumem aexplicar as suas ideias de formapositiva, em vez de se desgas-tarem a responder aos lugares--comuns que tentam estigmatizá--los.

1. Seja um moralista. O medodos conservadores de parecermoralistas levou-os a recorrer ca-da vez mais a estatísticas sobre oPIB, os impostos ou os níveis degasto público, mas esqueceram--se de explicar por que acreditamque as suas políticas são maisjustas.

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2. Lute a favor das pessoas,não contra as coisas. Se osconservadores querem imitar Rea-gan, deverão imitá-lo bem. Elenão se limitava a criticar os demo-cratas pelo défice ou entravesburocráticos: nos seus discursostambém deixava claro que lutavaa favor das famílias, das crianças,dos necessitados, dos idosos, dosimigrantes, dos trabalhadores…

3. Seja positivo. Os conserva-dores têm de deixar a imagem deresmungões mal humorados eaprender a debater num espíritode cordialidade. Mas esta não seimprovisa: tem de ser autêntica.

4. Extraia os melhores argu-mentos. No debate político é ha-bitual comparecer-se com “códigode linguagem” evocando valores:os do próprio partido. Brooks con-

vida os conservadores a “alargar aimaginação moral”, reconhecendoideias valiosas dos adversários.

5. Veja onde não é bem-vindo.Escutar com mente aberta oadversário e debater com espíritode proximidade, é bom antídotocontra os chavões. Também ajudaa afinar as ideias próprias.

6. Dizer as coisas em 30 segun-dos. Brooks aprendeu com asexperiências da neurocientista Da-niela Schiller que meio minuto é otempo de que uma pessoa dispõepara causar em quem a escutaboa ou má impressão. Nessespoucos segundos não é possívelexpor um raciocínio económico,mas enviar uma mensagem ami-gável; o necessário para nos pres-tarem atenção quando depois ex-pusermos os nossos argumentos.

7. Rompa com os seus maushábitos. Como aqueles que que-rem deixar de fumar necessitamde interromper a sua rotina esubstituir o hábito de fumar poroutro, os conservadores têm deestar alerta para detetar os argu-mentos que não funcionam esubstituí-los por outros novos.

“Quando se vai argumentar que oprincipal benefício do mercadolivre é que traz crescimento eco-nómico, acaba-se por depararcom um cigarro retórico. Um mauhábito. Dê-se conta e substitua-opor um novo argumento; um quecomece com uma declaração mo-ral, que lute a favor das pessoas eque talvez se atreva a incorporaralguma ideia do adversário”.

J. M.

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29 CAESE dezembro 2015

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