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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ PROJETO RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD JI-PARANÁ/ 2015

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PLANEJAMENTO RECUPERAÇÃO AREA DEGRADADA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ

PROJETO RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD

JI-PARANÁ/ 2015

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INTRODUÇÃO

Um dos maiores desafios enfrentados na atualidade refere-se a

utilização racional dos recursos naturais. A degradação ambiental,

motivada, principalmente, pelos avanços das fronteiras comerciais

dificulta ainda mais a racionalização e sustentabilidade desses

recursos. A recuperação de áreas degradadas é portanto, fundamental

para a diminuição dos impactos nocivos causados pelo homem aos

ecossistemas naturais.

A água é o recurso natural mais importante para humanidade, e

as florestas ciliares continuam sendo eliminadas. É preciso que os

produtores rurais e a população em geral seja conscientizada sobre a

importância da conservação desta vegetação, além das técnicas de

recuperação. O ideal é que todo o tipo de atividade antrópica seja bem

planejada, e que a vegetação ciliar seja poupada de qualquer forma de

degradação.

Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) consiste

de um documento que contém as medidas propostas para a mitigação

dos impactos ambientais decorrentes das atividades ou dos

empreendimentos, incluindo o detalhamento dos projetos para a

reabilitação das áreas degradadas, que podem ser de revegetação

(estabilização biológica), geotécnica (estabilização física) e remediação

ou tratamento (estabilização química).

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INDICE:

1- INFORMAÇÕES PRELIMINARES:........................................................... Pág. 4

1.1 Identificação do requerente:......................................................Pág. 4

1.2 Dados do(s) técnico(s) elaborador(es) do projeto: ...................Pág.4

1.3 Dados do(s) técnico(s) executor(es) do projeto:........................Pág.4

1.4 Dados gerais da propriedade:....................................................Pág. 5

2- CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA PROPRIEDADE: ..........................Pág. 6

a) Meio Físico:.........................................................................................Pág. 6

b) Meio Biológico:....................................................................................Pág. 8

3- OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO PROJETO:...................................Pág. 9

4- CARACTERIZAÇÃO DA(S) ÁREA(S) A SER(EM) RECUPERADA(S):...Pág. 9

5- AÇÕES PROPOSTAS E METODOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS: ...Pág. 10

6- MONITORIAMENTO: .............................................................................Pág. 11

7- CRONOGRAMA FISICO DA EXECUÇÃO E MONITORAMENTO: .......Pág. 12

8- EQUIPE TECNICA: ...........................................................................................Pág. 13

9- ANEXO: .............................................................................................................Pág. 13

10- REFERÊNCIAS: ................................................................................................Pág. 14

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1 Informações Preliminares

1.1 Identificação do requerente

Nome: Joaquim Neto

Atividade: Pecuarista

Representante legal: Joaquim Neto

CPF: 910 203 532-72

Endereço: Linha 10, Gleba Pirineus, Lote 165

Telefone: 9921-2222

Contato por ocasião da vistoria: Joaquim Neto

1.2 Dados do(s) técnico(s) elaborador(es) do projeto:

Nome: Cleber Rodrigo Silva

CPF: 943 900 535-78

Formação: Eng. Agrônomo

CREA: 515-D

Endereço: Rua São Vicente n°818 Parq. São Pedro

Telefone: 9952-7070

1.3 Dados do(s) técnico(s) executor(es) do projeto

Nome: Cleber Rodrigo Silva

CPF: 943 900 535-78

Formação: Eng. Agrônomo

CREA: 515

Endereço: Rua São Vicente n°818 Parq. São Pedro

Telefone: 99952-7070

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1.4 Dados gerais da propriedade:

Denominação: Fazenda Boi Não Berra

Proprietário: Joaquim Neto

Município: Ji-paraná RO

Área total da propriedade(há): 18 8249 há

Área antrópica(há): É composta por 4,5 há de pastagem, um curral e uma

casa que ocupa 0,086 há, uma represa com 1 há de lamina d’água e uma

pedreira com 2,5 hectare de exploração totalizando uma área de 8,086 há.

Área com cobertura vegetal (há):Não há cobertura nativa

Número de matricula: 253617

Cartório, livros, folhas: 284415

Confrontação da propriedade: Fazenda boi não berra faz

divisa Fazenda localizada ao leste da propriedade Pau

d’alho, ao oeste Fazenda AJF, ao sul Sitio Santa Cruz, ao

norte Fazenda Santa Luzia proprietário Tiago Andrade.

Atividade econômica: Pecuária de corte e Extração de rocha, sendo uma

área de pastagem com Panicum cv: Mombaça e brachiaria cv Marandu no

sistema rotacionado, dividido entre 4 piquetes, sendo dois de Mombaça

medindo 1,125 há cada, dois de Marandu de 1,125 há cada, que no total

equivale a 4,5 há de pastagem. A extração de rocha ocorre numa área de

2,5 há, sendo extraídas 20 toneladas semanalmente por técnicos

especializados.

Descrição das vias de acesso e condições de tráfego: A via de acesso do

município até a sede da propriedade se dá por apenas um local, linha 10

gleba Pirineus, na qual se orienta através da saída de Ji-Paraná sentido

Porto Velho capital, com acesso a direita no Km 04 do bairro São Bernado,

entrada ao lado da Madereira Madelyra, o tráfego é realizado em linha direta

com condições adequada de trafegabilidade que ocorre no trajeto de 8 km

até a sede da propriedade se localizando ao lado esquerdo, em frente de

uma pequena reserva.

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2. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA PROPRIEDADE

a) Meio Físico

Relevo: A propriedade possui um relevo relativamente planas, exceto a área de 2,5

há de extração de rocha que tem uma leve ondulação respectiva pelas rochas, a área

onde contém pastagem, curral, casa é um relevo plano, logo a represa esta num relevo

levemente ondulado que possui uma nascente que esta protegida por cerca a qual

foram plantadas árvores para auxiliar na proteção da nascente que se torna uma área

de preservação permanente, sendo que a área de recuperação e de 10,7389 há, com

um relevo plano a ser planejada e executada as atividades para os fins da

recuperação.

Solos: É uma área de Latossolo vermelho com leves começos de erosão causado

pela exposição do solo às intempéries do clima, textura médio sendo franco argilo

arenoso. Dentre os princípios fundamentais do planejamento de uso das terras,

destaca-se um maior aproveitamento das águas das chuvas. Evitando-se perdas

excessivas por escoamento superficial, podem-se criar condições para que a água

pluvial se infiltre no solo. Isto, além de garantir o suprimento de água para as culturas,

criações e comunidades, previne a erosão, evita inundações e assoreamento dos

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rios, assim como abastece os lençóis freáticos que alimentam os cursos de água.

Algumas praticas devem ser realizadas: pratica vegetativa, florestamento e

reflorestamento plantas de cobertura ,cobertura morta, rotação de culturas, formação

e manejo de pastagem, cultura em faixa, faixa de bordadura, quebra vento e bosque

sombreados, cordão vegetativo permanente, manejo do mato e alternância de

capinas.

Hidrografia: A área esta localizada as margem esquerda da sub-bacia do Rio machado

que esta localizada na bacia hidrográfica do Rio Madeira, a propriedade e dotada de

um pequeno curso de água na qual abastece a represa de 1 hectare de lamina d’água,

na qual deságua pelo ladrão dando continuidade ao curso de água natural da sub-

bacia. As medidas de prevenção do curso d’água se da por todo seu perímetro de

banhado através de espécies nativas e cercas prevenindo o assoreamento que venha

a ocorrer por pisoteio do rebanho, mantendo o corpo hídrico prevenido.

Clima: Segundo a classificação de Koppen, o clima predominante é do tipo Aw,

ou seja, clima tropical chuvoso, temperaturas medias mínimas anual de 25,5° a 26,7°C

e a temperatura media anual máxima variam de 32,2° a 32,9°. A umidade relativa do

ar, varia de 69 a 83%, com estações chuvosas bem definidas, que variam de outubro

a abril, e estação de seca de maio a setembro, com precipitações anuais que variam

de 1.513,7 a 1.982.2mm (SEDAM, 2010).

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b) Meio Biológico

Fauna: A fauna da propriedade e pequena, pelo fato do seu habitat natural esta

defasado, e ao seu redor não existi habitat favorável a esta proporção, porem existi

pequenos roedores como (Cutia) Dosypracta/ Dosypractidae, (Gato do mato)

Leopardus tigrinus/ Felidae, (Gavião) Elanoides forticotus/ Falconidae, (Galinha de

índio) Dromormis stirtoni/ Dromornithidae, (Quati) Nasua narica/ Procyonidae e outro

não identificado.

Flora: Floresta Ombrófila Densa, Mata Amazônica, que ocorre em uma área

restrita localizada na parte central do estado, e é formada basicamente por

(Palmeiras)Areco catechu, (Cipó caboclo) Davilla rugosa, epífitas e árvores de grande

e médio porte. Porem na propriedade na existe área de reserva legal.

Especificação da Área (há)

Reserva legal: não existente área de reserva legal, área a ser recuperada.

Preservação Permanente: Ao entorno da represa e do curso d’água, que

abastece a mesma foram criada APP, com intuito de preservação das nascentes que

se encontram ao entorno do curso d’água e da represa, juntamente com sua área

úmidas, com espécies de bandarras, andiroba, cedro Mara, roxin, coqueiros buriti.

Remanescentes: Devido à retirada total da área de reserva legal não existe área

remanescente não qual foi retirada totalmente juntamente com a reserva.

Total: A área de recuperação que será a reserva legal, tem a

proporção de 10,7389 há, que foi degradada pela pratica de extração de roxa. A área

de APP que esta entorno da represa esta sendo protegida através de cercas de

contenção evitando a evasão tanto pelo homem quantos, animais, constando nesta

área algumas espécies como, (Bandarras) Schizolobium excelsum/ Caesalpiniadeae,

(andiroba) Carapa guianensis/ Meliaceae, (Cipó caboclo) Davilla rugosa/ Dilleniaceae,

e (Coqueiros buriti) mauritia flexuasa/arecaceae.

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3. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO PROJETO

O projeto contempla a recuperação de uma área, de 10,7389 há. degradada,

pelo extração de rocha, na qual visa a implantação de recuperação para a formação

de uma área de reserva legal, revitalizando o habitat natural de animais que perderam

sua flora existente, causando assim um prejuízo direto a flora da área assim a extinção

de varias espécies na propriedade e entorno da mesma, o projeto visa a implantação

de espécie nativas de rápido crescimento e que possa reciclar nutrientes das camada

mais profundas do solo evitando a lixiviação dos nutrientes minimizando a percolação

da água por menor impacto da chuvas sobre o solo e maior infiltração da água por

depósitos de matérias orgânicas deixados por acumulação dos resíduos das arbóreas

dando condições para que outras espécies possam se desenvolver aumentando a

biodiversidade do local, como: (Bandarras) Schizolobium excelsum/

Caesalpiniadeae; (Jatobá) Hymenaea courbaril; (Andiroba) Carapa guianens para

revigora o impacto ambiental e da paisagem do local, será implantadas mudas no

espaço de 4x4 totalizando 6.7’ 11 arvores nas quais foram citados (Sci. For.,

Piracicaba, v. 36, n. 77, p. 7-14, mar. 2008), como sendo uma alternativas de

com potencial de recuperação de área degradadas e fins comerciais, da forma que

essa mudas serão plantas em covas de 40x40cm e adubadas conforme a

recomendação técnica.

Através desta implantação de recuperação da área degrada o projeto objetiva,

recupera a fauna e flora, dos animais extintos da propriedade e região trazendo uma

responsabilidade social e ambiental, ao ambiente melhorando a paisagem do local, e

a vida de muitos serem que dependem da floresta para sobrevivência,

automaticamente chamando a atenção para o dever social de manter fauna e flora

intactas, para contribui com um bem maior.

4. CARACTERIZAÇÃO DA(S) ÁREA(S) A SER(EM) RECUPERADA(S)

A área a ser recuperada e num total de 10, 7389 há que foi degradada pela

pratica de extração de roxa no local, na qual não foi tomado os devido cuidado ao

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entorno da extração causando a pratica de degradação do local, prejudicando os

meios físicos, como relevo, prejudicando-os, cortando demasiadamente sem controle

estes locais com o fim da extração da rocha, solos degradados retirado suas camadas

fértil que da a vida as plantas, causando uma degradação a hidrografia do local uma

vez que rochas extraídas acabavam sedimentando para o curso da água,

consecutivamente ocorrendo a desnuda são do solo, o que acarreta em uma área

desprotegida recebendo isolação direta influenciando no clima, uma vez que a

umidade retida no solo e menor, pelo fato que este solo não se encontra com camadas

protetoras que retenham umidade favorecendo assim um clima prejudicial ao meio

ambiente e aos seres vivos, prejudicando a fauna e flora diretamente através da

escassez de alimento e moradia a seres vivos destas faunas e floras degradadas

causando um estagio de degradação gravíssima neste local um grande impacto

ambiental.

5. AÇÕES PROPOSTAS E METODOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS

O método as ser utilizado para recuperação da área, será através de plantio de

espécies nativas da região, da forma que a viabilidade do projeto e estável, pelo fato

da adaptação das espécies plantadas na área serem de ótima proporção, o objetivo

de implantar essa área é no período chuvoso, uma vez que nesta época o poder de

pega das mudas é mais eficaz, as mudas a serem utilizadas são, (Taxi-branco)

Sclerolobium paniculatum; (Jatobá) Hymenaea Courbaril; (Andiroba) Carapa guianens

As mudas serão adquiridas através de compra de viveiros especializados e

licenciados perante as leis vigentes, as mudas serão plantas em covas de 40x40cm

adubadas conforme a necessidade da mesma, o plantio iniciara no começo do período

chuvoso, para que se haja necessidade de replantio, as condições estejam propicia

durante o período de implantação da área a ser recuperadas.

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6. MONITORIAMENTO

A manutenção das mudas será ao longo do processo, ate que se tenha certeza

do vigoramento das mesmas, nesse período será realizado adubações pós-plantio e

desbrotas se for necessário, o local terá uma barreira de proteção através de cercas

de arame para que não haja invasão de animais que venham a prejudicar o projeto,

essa proteção só será removido após as mudas, adquirirem um porte que não serão

mais prejudicadas por possíveis eventos que possam destruirás.

O monitoramento será realizado periodicamente no primeiro mês até convicção

da estabilização das mudas, sendo elaborados relatórios com as atividades

realizadas, nestes períodos de monitoramento, a partir do segundo mês tendo a

concretização de todas mudas vigoradas, será realizado o monitoramento

trimestralmente, no período de um ano sendo realizados os relatórios a cada visita, e

fotografias para datar no projeto, evidenciando a finalidade do projeto, que é recuperar

a área degradada com sua fauna e flora extintas, revitalizando e recuperando o

impacto causado pela extração de roxa na propriedade.

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7. CRONOGRAMA FISICO DA EXECUÇÃO E MONITORAMENTO

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

2ºSEMESTRE/ 1ºANO 1ºSEMESTRE/ 2ºANO

OPERAÇOES SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAR JUN JUL AGO

PREPARO DAS COVAS

X

PLANTIO X

ADUBAÇAO X X

REPLANTIO X

CONTROLE PLANTAS

DANINHAS

X X

CONTROLE PRAGAS

X X X

ADUBAÇÃO COBERTUR

X X

AVALIAÇÃO ATIVIDADE

X X X X X

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8. EQUIPE TECNICA

- Responsável técnico: Cleber Rodrigo Silva, CPF: 943 900 535-78,

Eng. Agrônomo, CREA: 515-D.

9. ANEXO

- MAPA DE INDETIFICAÇÃO DA ÁREA

Layout da propriedade

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10. Referência:

Brito, Francisco A.; João B. D. Câmara

Democratização e gestão ambiental : em busca do desenvolvimento sustentável - /

Francisco Brito ; com a colaboração de João Câmara – Petrópolis, Rj : Vozes, 1998.

Sánchez, Luis Enrique

Avaliação de impacto ambiental : conceitos e métodos / Luis Enrique Sánchez, - São Paulo :

Oficina de Textos, 2008.