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Ministério da Educação Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Campus Catanduva CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA Catanduva Março/ 2014

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Ministrio da Educao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo Campus Catanduva CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM QUMICA Catanduva Maro/ 20141 PRESIDENTE DA REPBLICA Dilma Vana Rousseff MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAO Jos Henrique Paim SECRETRIO DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA Marco Antnio de Oliveira REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE SO PAULO Eduardo Antnio Modena PR-REITOR DE ENSINO Cynthia Regina Fischer PR-REITOR DE ADMINISTRAO E PLANEJAMENTO Paulo Fernandes Jnior PR-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Whisner Fraga Mamede PR-REITOR DE PESQUISA E INOVAO TECNOLGICA Eduardo Alves da Costa PR-REITOR DE EXTENSO Wilson de Andrade Matos DIRETOR DO CAMPUS CATANDUVA Mrcio Andrey Teixeira GERENTE EDUCACIONAL DO CAMPUS CATANDUVA Marcos Rodrigues Costa COORDENADOR DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUMICA Ricardo Castro de Oliveira NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE DO CURSO RicardoCastrodeOliveira,JoanitaNakamuraGranato,MarseleMachadoIsidoro,Marcelo Velloso Heeren, Marilda Beijo, Rosemeire Bressan e Lairce Castanhera Beraldi. 2 NDICE IDENTIFICAO DA INSTITUIO ................................................................................................... 4 NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ............................................................................................. 6 1.A INSTITUIO ........................................................................................................................... 7 1.1.Misso ....................................................................................................................... 7 1.2.Histrico Institucional ................................................................................................. 7 1.2.1.A Escola de Aprendizes e Artfices de So Paulo ............................................................. 9 1.2.2.O Liceu Industrial de So Paulo ...................................................................................... 10 1.2.3.A Escola Industrial de So Paulo e a Escola Tcnica de So Paulo................................ 11 1.2.4.A Escola Tcnica Federal de So Paulo .......................................................................... 13 1.2.5.O Centro Federal de Educao Tecnolgica de So Paulo ............................................. 14 1.2.6.Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo................................ 15 1.3.Histrico do Campus Catanduva ............................................................................. 17 1.3.1.Caracterizao do Municpio de Catanduva .................................................................... 18 2.JUSTIFICATIVA E CARACTERIZAO DE DEMANDA PARA O CURSO .............................. 22 2.1.A problemtica da formao docente ...................................................................... 22 2.2.A formao de professores no IFSP ........................................................................ 25 2.3.Demanda de professores no Ensino Bsico ............................................................ 27 3.OBJETIVOS .............................................................................................................................. 36 3.1.Objetivo Geral .......................................................................................................... 36 3.2.Objetivos Especficos .............................................................................................. 36 4.REQUISITOS DE ACESSO ....................................................................................................... 37 5.PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO (DE ACORDO COM O PARECER CNE/CES 1.303/2001). ....................................................................................................................................... 38 6.COMPETNCIAS E HABILIDADES .......................................................................................... 39 6.1.Gerais e especficas a serem desenvolvidas durante o curso (de acordo com o parecer CNE/CES 1.303/2001) .......................................................................................... 39 6.2.Competncias a serem desenvolvidas na formao da educao bsica (de acordo com o parecer CNE/CP 9 /2001) ........................................................................................ 43 7.ORGANIZAO CURRICULAR ................................................................................................ 47 7.1.Consideraes gerais .............................................................................................. 47 7.2.Matriz curricular ....................................................................................................... 51 7.3.Contedos definidos para a educao bsica ......................................................... 56 7.4.Dispositivos legais que devem ser considerados na organizao curricular ........... 58 7.4.1.Leis .................................................................................................................................. 58 7.4.2.Decretos ........................................................................................................................... 59 7.4.3.Resolues ....................................................................................................................... 59 7.4.4.Pareceres .......................................................................................................................... 60 7.5.Planos das Disciplinas ............................................................................................. 61 8.ESTGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ......................................................................... 99 8.1.Estgio de Observao ......................................................................................... 104 8.2.Estgio de Regncia ............................................................................................. 104 9.AS CARACTERSTICAS DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES ...................................... 106 10.CRITRIOS DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ............................................................. 108 11.CRITRIOS DA AVALIAO DA APRENDIZAGEM .............................................................. 109 12.CRITRIOS DE AVALIAO DO CURSO .............................................................................. 112 13.ATENDIMENTO DISCENTE .................................................................................................... 114 14.CONSELHO DE CLASSE........................................................................................................ 115 3 15.MODELOS DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS ....................................................................... 116 16.EQUIPE DE TRABALHO ......................................................................................................... 117 17.INSTALAES E EQUIPAMENTOS ...................................................................................... 119 18.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................ 122 ANEXOS ......................................................................................................................................... 124 ANEXO 01: REGULAMENTAO DAS AACC DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUMICA .. 125 ANEXO 02: PORTARIA DE NOMEAO DO COORDENADOR ................................................... 129 ANEXO 03: PORTARIA DO NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM QUMICA........................................................................................... 130 4 IDENTIFICAO DA INSTITUIO NOME: Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So PauloSIGLA: IFSPCNPJ: 10882594/0001-65 NATUREZA JURDICA: Autarquia FederalVINCULAO:SecretariadeEducaoProfissionaleTecnolgicadoMinistrioda Educao (SETEC) ENDEREO: Rua Pedro Vicente, 625 Canind - So Paulo/CapitalCEP: 01109-010 TELEFONES: (11) 2763-7563 (Reitoria) FACSMILE: (11) 2763-7650PGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.brENDEREO ELETRNICO: [email protected] DADOS SIAFI: UG: 153026GESTO: 15220 NORMA DE CRIAO: Lei N 11.892 de 29/12/2008 NORMASQUEESTABELECERAMAESTRUTURAORGANIZACIONALADOTADANO PERODO: Lei N 11.892 de 29/12/2008 FUNO DE GOVERNO PREDOMINANTE: Educao 5 Campus Catanduva NOME: Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo CAMPUS: Catanduva SIGLA: IFSP/CTD CNPJ: 10.882.594/0013-07 ENDEREO:Av.Pastorsutrrs23istritustritir Catanduva, SP CEP: 15808-305 TELEFONE: (17) 3524-9710 PGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://ctd.ifsp.edu.br/AUTORIZAODEFUNCIONAMENTODOCURSODELICENCIATURAEMQUMICA: Resoluo n479, 06 de dezembro de 2011.

6 NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE O Ncleo Docente Estruturante (NDE) do curso foi elaborado em consonncia com a Resoluo n 01 da Comisso Nacional de Avaliao da Educao Superior (CONAES), de 17 de junho de 2010, a qual afirma em seu Artigo 3: Art3.AsInstituiesdeEducaoSuperior,pormeiodosseus colegiadossuperiores,devemdefinirasatribuieseoscritriosde constituio do NDE, atendidos, no mnimo, os seguintes critrios: I-serconstitudoporummnimode05professorespertencentesao corpo docente do curso; II-terpelomenos60%deseusmembroscomtitulaoacadmica obtida em programas de ps-graduao stricto sensu; III- ter todos os membros em regime de trabalho de tempo parcial ou integral, sendo pelo menos 20% em tempo integral; IV- assegurar estratgia de renovao parcial dos integrantes do NDE de modo a assegurar continuidade no processo de acompanhamento do curso. ONDEdocursodeLicenciaturaemQumicadoIFSP-campusCatanduva constitudo pelos seguintes professores: RicardoCastrodeOliveira,doutoremCincias,emregimedededicao exclusiva, coordenador do curso de Licenciatura em Qumica; JoanitaNakamuraGranato,doutoraemQumicaOrgnica,emregimede trabalho de dedicao exclusiva;MarseleMachadoIsidoro,doutoraemQumicaOrgnica,emregimede dedicao exclusiva; Marcelo Velloso Heeren, pedagogo e mestre em Educao Fsica, em regime de dedicao exclusiva; Marilda Beijo, doutora em Letras, em regime de dedicao exclusiva; Rosemeire Bressan, mestre em Matemtica Aplicada; LairceCastanheraBeraldi,doutoraemEngenhariaMecnica,emregimede dedicao exclusiva; 7 1.A Instituio 1.1. Misso Consolidarumaprxiseducativaquecontribuaparaainserosocial,formao integradora e produo do conhecimento. 1.2. Histrico Institucional Historicamente, a educao brasileira passa a ser referncia para o desenvolvimento deprojetoseconmico-sociais,principalmente,apartirdoavanodaindustrializaops-1930. Nessecontexto,aescolacomoolugardaaquisiodoconhecimentopassaaser esperanadeumavidamelhor,sobretudo,noavanodaurbanizaoqueseprocessano pas. Apesar de uma ofertareduzida de vagas escolares, nem sempre a insero do aluno significou a continuidade, marcando a evaso como elemento destacado das dificuldades de sobrevivncia dentro da dinmica educacional brasileira, alm de uma precria qualificao profissional. Nadcadade1960,ainternacionalizaodocapitalmultinacionalnosgrandes centrosurbanosdoCentro-sulacabouporfomentaraampliaodevagasparaaescola fundamental.Oprojetotinhacomoprincpiobsicoforneceralgumashabilidades necessrias para a expanso do setor produtivo, agora identificado com a produo de bens deconsumodurveis.Namedidaemque apopularizaodaescolapblicase fortaleceu, as questes referentes interrupo do processo de escolaridade tambm se evidenciaram, mesmo porque havia um contexto de estrutura econmica que, de um lado, apontava para a rapidez do processo produtivo e, por outro, no assegurava melhorias das condies de vida enemmesmoindicavamecanismosdepermannciadoestudante,numaperspectiva formativa. A Lei de Diretrizes de Base da Educao Nacional LDB 5692/71, de certa maneira, tentouobscureceresseprocesso,transformandoaescoladenvelfundamentalnum primeiro grau de oito anos, alm da criao do segundo grau como definidor do caminho 8 profissionalizao. No que se referia a esse ltimo grau de ensino, a oferta de vagas no era suficienteparaaexpansodaescolaridadedaclassemdiaquealmejavaummecanismo deacessouniversidade.Nessesentido,asvagasnocontemplavamtodaademanda socialeoquedefatoocorriaeraumaexclusodascamadaspopulares.Emtermos educacionais,operodocaracterizou-sepelaprivatizaodoensino,institucionalizaodo si psu-prfissiiztmsi tiism pggi.Deve-selevaremcontaqueomodeloeducacionalbrasileirohistoricamenteno valorizouaprofissionalizaovistoqueascarreirasdeensinosuperiorqueeram reconhecidassocialmentenombitoprofissional.Estefatofoireforadoporuma industrializaodependenteetardiaquenodesenvolviasegmentosdetecnologia avanada e, consequentemente, por um contingente de fora de trabalho que no requeria senoprincpiosbsicosdeleituraearitmticadestinados,apenas,aossetoresinstalados nos centros urbano-industriais, prioritariamente no centro-sul. Apartirdadcadade1970,entretanto,aampliaodaofertadevagasemcursos profissionalizantes apontava um novo estgio da industrializao brasileira ao mesmo tempo em que privilegiava a educao privada em nvel de terceiro grau. Maisumavez,portanto,secolocavaosegundograunumacondiointermediria semterminalidadeprofissionaledestinadoscamadasmaisfavorecidasdapopulao. importantedestacarqueapressosocialporvagasnasescolas,nadcadade1980, explicitava essa poltica. OaprofundamentodainserodoBrasilnaeconomiamundialtrouxeoacirramento da busca de oportunidades por parte da classe trabalhadora que via perderem-se os ganhos anteriores, do ponto de vista da obteno de um posto de trabalho regular e da escola como formativaparaasnovasdemandasdomercado.Esseprocessoserefletiunodesemprego emmassaconstatadonadcadade1990,quandoseconstituiograndecontingentede trabalhadoresnainformalidade,aflexibilizaodaeconomiaeaconsolidaodo neoliberalismo.Acompanharamessemovimento:amigraointraurbana,aformaode novas periferias e a precarizao da estrutura educacional no pas. 9 AsEscolasTcnicasFederaissurgiramnumcontextohistriconoquala industrializaosequerhaviaseconsolidadonopas.Entretanto,indicouumatradioque formava o artfice para as atividades prioritrias no setor secundrio.Durantetodaaevoluodaeconomiabrasileiraesuavinculaocomas transformaes postas pela Diviso Internacional do Trabalho, essa escola teve participao marcanteedistinguiaseusalunosdosdemaiscandidatos,tantonomercadodetrabalho, quanto na universidade. Contudo,foiapartirde1953queseiniciouumprocessodereconhecimentodo ensinoprofissionalizantecomoformaoadequadaquedavaacessouniversidade.Esse aspecto foi reiterado em 1959 com a criao das escolas tcnicas e consolidado com a LDB 4024/61.Nessaperspectiva,ataLDB9394/96,oensinotcnicoequivalenteaoensino mdiofoireconhecidocomoacessoaoensinosuperior.Essasituaoserompecomo Decreto2208/96querefutadoapartirde2005quandoseassumenovamenteoensino mdio tcnico integrado. Nessepercursohistrico,pode-seperceberqueoIFSPnassuasvrias caracterizaes(EscolasdeArtfices,EscolaTcnica,CEFETeEscolasAgrotcnicas) assegurou a oferta de trabalhadores qualificados para o mercado, bem como se transformou numa escola integrada no nvel tcnico, valorizando o ensino superior e, ao mesmo tempo, oferecendo oportunidades para aqueles que, injustamente, no conseguiram acompanhar a escolaridade regular. OInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadeSoPaulo-IFSPfoi institudopelaLein11.892,de29dedezembrode2008,mas,paraabordarmosasua criao,devemosobservarcomooIFfoiconstrudohistoricamente,partindodaEscolade Aprendizes e Artfices de So Paulo, o Liceu Industrial de So Paulo, a Escola Industrial de SoPauloeEscolaTcnicadeSoPaulo,aEscolaTcnicaFederaldeSoPauloeo Centro Federal de Educao Tecnolgica de So Paulo. 1.2.1.A Escola de Aprendizes e Artfices de So Paulo AcriaodosatuaisInstitutosFederaissedeupeloDecreton7.566,de23de setembrode1909,comadenominaodeEscoladeAprendizeseArtfices,ento 10 localizadas nas capitais dos estados existentes, destinando-as a propiciar o ensino primrio profissionalgratuito(FONSECA,1986).Estedecretorepresentouomarcoinicialdas atividadesdogovernofederalnocampodoensinodosofciosedeterminavaquea responsabilidadepela fiscalizaoe manuteno dasescolasseriaderesponsabilidadedo Ministrio da Agricultura, Indstria e Comrcio.Na Capital do Estado de So Paulo, o incio do funcionamento da escola ocorreu no dia 24 de fevereiro de 19101, instalada precariamente num barraco improvisado na Avenida Tiradentes, sendo transferida, alguns meses depois, para as instalaes no bairro de Santa Ceclia, Rua General Jlio Marcondes Salgado, 234, l permanecendo at o final de 19752. Osprimeiroscursosoferecidosforamdetornearia,mecnicaeeletricidade,almdas oficinas de carpintaria e artes decorativas (FONSECA, 1986). OcontextoindustrialdaCidadedeSoPaulo,provavelmentealiadocompetio como Liceu deArteseOfcios,tambmna Capitaldo Estado,levouaadaptaodesuas oficinas para o atendimento de exigncias fabris no comuns na grande maioria das escolas dos outros Estados. Assim, a escola de So Paulo foi das poucas que ofereceram desde seu incio de funcionamento os cursos de tornearia, eletricidade e mecnica e no ofertaram os ofcios de sapateiro e alfaiate comuns nas demais. NovamudanaocorreucomaaprovaodoDecreton24.558,de03dejulhode 1934,queexpediuoutroregulamentoparaoensinoindustrial,transformandoainspetoria em superintendncia.1.2.2.O Liceu Industrial de So Paulo3 OensinonoBrasilpassouporumanovaestruturaoadministrativaefuncionalno anode1937,disciplinadapelaLein378,de13dejaneiro,queregulamentouorecm-denominadoMinistriodaEducaoeSade.Nareaeducacional,foicriadoo DepartamentoNacionaldaEducaoque, porsuavez,foiestruturadoemoitodivisesde 1 A data de 24 de fevereiro a constante na obra de FONSECA (1986). 2 A respeito da localizao da escola, foram encontrados indcios nos pronturio funcionais de dois de seus ex-diretores, de que teria, tambm, ocupado instalaes da atual Avenida Brigadeiro Luis Antonio, na cidade de So Paulo. 3 ApesardaLein378determinarqueasEscolasdeAprendizesArtficesfossemtransformadasemLiceus,na documentao encontrada no CEFET-SP o nome encontrado foi o de Liceu Industrial, conforme verificamos no Anexo II. 11 ensino:primrio,industrial,comercial,domstico,secundrio,superior,extraescolare educao fsica (Lei n 378, 1937). AnovadenominaodeLiceuIndustrialdeSoPauloperdurouatoanode1942, quandooPresidenteGetlioVargas,jemsuaterceiragestonogovernofederal(10de novembrode1937a29deoutubrode1945),baixouoDecreto-Lein4.073,de30de janeiro, definindo a Lei Orgnica do Ensino Industrial que preparou novas mudanas para o ensino profissional. 1.2.3.A Escola Industrial de So Paulo e a Escola Tcnica de So Paulo Em30dejaneirode1942foibaixadooDecreto-Lein4.073,introduzindoaLei OrgnicadoEnsinoIndustrialeimplicandoadecisogovernamentalderealizarprofundas alteraes na organizao do ensino tcnico. Foi a partir dessa reforma que o ensino tcnico industrialpassouaserorganizadocomoumsistema,passandoafazerpartedoscursos reconhecidos pelo Ministrio da Educao (MATIAS, 2004). Esta norma legal foi, juntamente com as Leis Orgnicas do Ensino Comercial (1943) e Ensino Agrcola (1946), a responsvel pela organizao da educao de carter profissional nopas.Nestequadro,tambmconhecidocomoReformaCapanema,oDecreto-Lei4.073 trriuirgizmttrritrii.ttUisimitr psrgumtr s ss fris qut s mis stuis muiipis u particularesregiam-sepelasprpriasnormasou,conformeoscasos,obedeciamauma rgumtrtr rgi (FONSEC 186). NomomentoqueoDecreto-Lein4.073,de1942passavaaconsiderara classificaodasescolasemtcnicas,industriais,artesanaisoudeaprendizagem,estava criada uma nova situao indutora de adaptaes das instituies de ensino profissional e, porcontadestanecessidadedeadaptao,foramseseguindooutrasdeterminaes definidas por disposies transitrias para a execuo do disposto na Lei Orgnica. A primeira disposio foi enunciada pelo Decreto-Lei n 8.673, de 03 de fevereiro de 1942, que regulamentava o Quadro dos Cursos do Ensino Industrial, esclarecendo aspectos diversosdoscursosindustriais,doscursosdemestriae,tambm,doscursostcnicos.A 12 segunda,peloDecreto4.119,de21defevereirode1942,determinavaqueos estabelecimentosfederaisdeensinoindustrialpassassemcategoriadeescolastcnicas oudeescolasindustriaisedefinia,ainda,prazoat31dedezembrodaqueleanoparaa adaptao aos preceitos fixados pela Lei Orgnica. Pouco depois, era a vez do Decreto-Lei n 4.127, assinado em 25 de fevereiro de 1942, que estabelecia as bases de organizao da redefederaldeestabelecimentosdeensinoindustrial,instituindoasescolastcnicaseas industriais (FONSECA, 1986). Foi por conta desse ltimo Decreto, de nmero 4.127, que se deu a criao da Escola Tcnica de So Paulo, visando oferta de cursos tcnicos e os cursos pedaggicos, sendo elesdasesferasindustriaisedemestria,desdequecompatveiscomassuasinstalaes disponveis,emboraaindanoautorizadaafuncionar.Institua,tambm,queoinciodo funcionamento da Escola Tcnica de So Paulo estaria condicionado a construo de novas e prprias instalaes, mantendo-a na situao de Escola Industrial de So Paulo enquanto no se concretizassem tais condies.Aindaquantoaoaspectodefuncionamentodoscursosconsideradostcnicos, precisomencionarque,peloDecreton20.593,de14deFevereirode1946,aescola paulista recebeu autorizao para implantar o Curso de Construo de Mquinas e Motores. OutroDecretoden21.609,de12deagosto1946,autorizouofuncionamentodeoutro curso tcnico, o de Pontes e Estradas. RetornandoquestodasdiversasdenominaesdoIFSP,apuramosemmaterial documentalaexistnciademenoaonomedeEscolaIndustrialdeSoPauloemraros documentos.Nessapesquisa,observa-sequeaEscolaIndustrial deSoPaulo foianica transformada em Escola Tcnica. As referncias aos processos de transformao da Escola Industrial Escola Tcnica apontam que a primeira teria funcionado na Avenida Brigadeiro Lus Antnio, fato desconhecido pelos pesquisadores da histria do IFSP (PINTO, 2008). TambmnacondiodeEscolaTcnicadeSoPaulo,destafeitanogovernodo Presidente Juscelino Kubitschek (31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961), foi baixado outro marco legal importante da Instituio. Trata-se da Lei n 3.552, de 16 de fevereiro de 13 1959,quedeterminousuatransformaoementidadeautrquica4.Amesmalegislao, emborade maneiratpica,concedeu maior aberturaparaaparticipaodosservidoresna conduo das polticas administrativa e pedaggica da escola. ImportnciaadicionalparaomodelodegestopropostopelaLei3.552,foidefinida peloDecreton52.826,de14denovembrode1963,dopresidenteJooGoulart(24de janeirode1963a31demarcode1964),queautorizouaexistnciadeentidades representativasdiscentesnasescolasfederais,sendoopresidentedaentidadeeleitopor escrutnio secreto e facultada sua participao nos Conselhos Escolares, embora sem direito a voto. Quantolocalizaodaescola,dadosdocontadequeaocupaodeespaos duranteaexistnciadaescolacomasdenominaesdeEscoladeAprendizesArtfices, LiceuIndustrialdeSoPaulo,EscolaIndustrialdeSoPauloeEscolaTcnicadeSo Paulo, ocorreram exclusivamente na Avenida Tiradentes, no incio das atividades, e na Rua General Jlio Marcondes Salgado, posteriormente. 1.2.4.A Escola Tcnica Federal de So Paulo AdenominaodeEscolaTcnicaFederalsurgiulogonosegundoanodogoverno militar, por ato do Presidente Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (15 de abril de 1964 a 15 de maro de 1967), incluindo pela primeira vez a expresso federal em seu nome e, desta maneira, tornando clara sua vinculao direta Unio. EssaalteraofoidisciplinadapelaaprovaodaLein.4.759,de20deagostode 1965,queabrangeutodasasescolastcnicaseinstituiesdenvelsuperiordosistema federal. Noanode1971,foicelebradooAcordoInternacionalentreaUnioeoBanco InternacionaldeReconstruoeDesenvolvimento-BIRD,cujapropostaeraacriaode CentrosdeEngenhariadeOperao,umdelesjuntoescolapaulista.Emborano autorizadoofuncionamentodoreferidoCentro,aEscolaTcnicaFederaldeSoPaulo ETFSP acabou recebendo mquinas e outros equipamentos por conta do acordo. 4 Segundo Meirelles (1994, p. 62 63), apud Barros Neto (2004), Entidades autrquicas so pessoas jurdicas de Direito Pblico, de natureza meramente administrativa, criadas por lei especfica, para a realizao de atividades, obras ou servios descentralizados da entidade estatal que as criou.14 Ainda,combasenomesmodocumento,odestaqueeoreconhecimentodaETFSP iniciou-secomaLeideDiretrizeseBasesdaEducaoNacionalLDBn.5.692/71, possibilitandoaformaodetcnicoscomoscursosintegrados,(mdioetcnico),cuja carga horria, para os quatro anos, era em mdia de 4.500 horas/aula. Foi na condio de ETFSP que ocorreu, no dia 23 de setembro de 1976, a mudana paraasnovasinstalaesnoBairrodoCanind,naRuaPedroVicente,625.Essasede ocupava uma rea de 60 mil m, dos quais 15 mil m construdos e 25 mil m projetados para outras construes. medidaqueaescolaganhavanovascondies,outrasocupaessurgiramno mundodotrabalhoeoutroscursosforamcriados.Dessaforma,foramimplementadosos cursostcnicosdeEletrotcnica(1965),deEletrnicaeTelecomunicaes(1977)ede ProcessamentodeDados(1978)quesesomaramaosdeEdificaeseMecnica,j oferecidos. No ano de 1986, pela primeira vez, aps 23 anos de interveno militar, professores, servidores administrativos e alunos participaram diretamente da escolha do diretor, mediante arealizaodeeleies.Comafinalizaodoprocessoeleitoral,ostrscandidatosmais votados, de um total de seis que concorreram, compuseram a lista trplice encaminhada ao Ministrio da Educao para a definio daquele que seria nomeado.Foinaprimeiragestoeleita(Prof.AntonioSoaresCervila)quehouveoincioda expansodasunidadesdescentralizadas-UNEDsdaescola,comacriao,em1987,da primeiradopas,nomunicpiodeCubato.AsegundaUNEDdoEstadodeSoPaulo principiouseufuncionamentonoanode1996,nacidadedeSertozinho,comaofertade cursos preparatrios e, posteriormente, ainda no mesmo ano, as primeiras turmas do Curso Tcnico de Mecnica, desenvolvido de forma integrada ao ensino mdio. 1.2.5.OCentroFederaldeEducaoTecnolgicadeSo Paulo NoprimeirogovernodopresidenteFernandoHenriqueCardoso,ofinanciamentoda ampliaoereformadeprdiosescolares,aquisiodeequipamentos,ecapacitaode 15 servidores,nocasodasinstituiesfederais,passouaserrealizadocomrecursosdo Programa de Expanso da Educao Profissional - PROEP (MATIAS, 2004). Porforadeumdecretosemnmero,de18dejaneirode1999,baixadopelo Presidente Fernando Henrique Cardoso (segundo mandato de 01 de janeiro de 1999 a 01 de janeiro de 2003), se oficializou a mudana de denominao para CEFET- SP. Igualmente,aobtenodostatusdeCEFETpropiciouaentradadaEscolano oferecimentodecursosdegraduao,emespecial,naUnidadedeSoPaulo,onde,no perodo compreendido entre 2000 a 2008, foi ofertada a formao de tecnlogos na rea da Indstria e de Servios, Licenciaturas e Engenharias. Destamaneira,aspeculiaridadesdapequenaescolacriadahquaseumsculoe cujamemriaestruturasuaculturaorganizacional,majoritariamente,desenhadapelos servidores da Unidade So Paulo, foi sendo, nessa dcada, alterada por fora da criao de novasunidades,acarretando a aberturade novasoportunidades naatuaoeducacionale discusso quanto aos objetivos de sua funo social. Aobrigatoriedadedofoconabuscadaperfeitasintoniaentreosvalorese possibilidadesdaInstituiofoiimpulsionadaparaatendersdemandasdasociedadeem cadalocalidadeondeseinauguravaumaUnidadedeEnsino,levandonecessidadede flexibilizao da gesto escolar e construo de novos mecanismos de atuao. 1.2.6.Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo O Brasil vem experimentando, nos ltimos anos, um crescimento consistente de sua economia,oquedemandadasociedadeumapopulaocomnveiscrescentesde escolaridade,educaobsicadequalidadeeprofissionalizao.Asociedadecomeaa reconhecerovalordaeducaoprofissional,sendopatenteasuavinculaoao desenvolvimento econmico. Umdospropulsoresdoavanoeconmicoaindstriaque,paracontinuar crescendo,necessitadepessoalaltamentequalificado:engenheiros,tecnlogose, 16 principalmente, tcnicos de nvel mdio. O setor primrio tem se modernizado, demandando profissionaisparamanteraprodutividade.Essatendnciaseobservatambmnosetorde servios,comoaprimoramentodainformticaedastecnologiasdecomunicao,bem como a expanso do segmento ligado ao turismo. Sedeumladotemosumacrescentedemandaporprofessoreseprofissionais qualificados,poroutrotemosumapopulaoquefoihistoricamenteesquecidanoquediz respeito ao direito a educao de qualidade e que no teve oportunidade de formao para o trabalho. Considerando-se,portanto,essagrandenecessidadepelaformaoprofissionalde qualidadeporpartedosalunosoriundosdoensinomdio,especialmentenasclasses populares,aliadaproporcionalbaixaofertadecursossuperiorespblicosnoEstadode SoPaulo,oIFSPdesempenhaumrelevantepapelnaformaodetcnicos,tecnlogos, engenheiros,professores,especialistas,mestresedoutores,almdacorreode escolaridade regular por meio do PROEJA e PROEJA FIC. Aofertadecursosestsempreemsintoniacomosarranjosprodutivos,culturaise educacionais, de mbito local e regional. O dimensionamento dos cursos privilegia, assim, a ofertadaquelestcnicosedegraduaesnasreasdelicenciaturas,engenhariase tecnologias. Almdaofertadecursostcnicosesuperiores,oIFSPatuanaformaoiniciale continuada de trabalhadores, bem como na ps-graduao e pesquisa tecnolgica. Avana noenriquecimentodacultura,doempreendedorismoecooperativismo,eno desenvolvimentosocioeconmicodaregiodeinflunciadecadacampus,dapesquisa aplicadadestinadaelevaodopotencialdasatividadesprodutivaslocaiseda democratizao do conhecimento comunidade em todas as suas representaes. AEducaoCientficaeTecnolgicaministradapeloIFSPentendidacomoum conjuntodeaesquebuscamarticularosprincpioseaplicaescientficasdos conhecimentostecnolgicoscincia,tcnica,culturaesatividadesprodutivas.Este tipode formaoimprescindvelparaodesenvolvimentosocialdanao,semperderde vistaosinteressesdascomunidadeslocaisesuasinseresnomundocadavezmais definidopelosconhecimentostecnolgicos,integrandoosabereofazerpormeiodeuma 17 reflexo crtica das atividades da sociedade atual, em quenovos valores reestruturam o ser humano. Assim,aeducaoexercidanoIFSPnoestrestritaaumaformaomeramente profissional,mascontribuiparaainiciaonaCincia,nastecnologias,nasartesena promoo de instrumentos que levem reflexo sobre o mundo. 1.3. Histrico do Campus Catanduva OCampusCatanduva,edificadoematendimentoChamadaPblicado MEC/SETEC n 001/2007 - Plano de Expanso da Rede Federal de Educao Tecnolgica FASE II, est localizado no municpio de Catanduva, na regio noroeste do estado de So Paulo. Teve sua autorizao de funcionamento atravs da Portaria n 120, de 29 de janeiro de2010einiciousuasatividadeseducacionaisem 16deagostode2010.Catanduvaest situadanocentrodaregioSucroalcooleiradoNoroestePaulista,abrigandoamaiorparte de seus trabalhadores e recebendo muitos migrantes durante a safra de cana de acar. Uma das principais caractersticas da indstria local o pequeno porte das unidades, especialmentenossetoresdebensdeconsumono-durveisedebensintermedirios. Comexceodealgunssegmentos,aproduoindustrialtemcaractersticadomstica, visto que a maior parte da sua receita bruta provm de vendas realizadas dentro do prprio Estado e regio. OIFSPCampusCatanduvacontacomumareatotalconstrudacompostaporum conjuntoedificadode padroescolarcom 3blocosdeedifciosinterligados,com reatotal construdade3.193m,sendoblocoadministrativo,blocodesalasdeaula,blocode biblioteca, convvio, cantina e um bloco de laboratrios. A presena do IFSP em Catanduva permitir a ampliao das opes de qualificao profissionaleformaotcnicaetecnolgicaparaasindstriaseserviosdaregio,por meio de educao gratuita e de qualidade. 18 1.3.1.Caracterizao do Municpio de Catanduva Oncleoprimitivoquedeuorigemcidadechamou-se,inicialmente,Cerradinho,e comeouapartirdeumadoaodedezalqueiresparaaconstituiodopatrimnioda ParquiadeSoDomingos,feitapeloSr.AntonioMaximianoRodrigues,em1892. Cerradinhoteveumlongoperododeestagnao,tantoemsuaeconomiacomoemseu crescimentopopulacional,porqueoutraslocalidadesmaisprximasImperialEstradado Taboado na poca, a principal via de penetrao do alto serto se desenvolviam mais e absorviam o movimento comercial da regio. Esta situao comeou a se modificar a partir de 16 de dezembro de 1909, quando foi elevadacategoriadedistritodeSoJosdoRioPreto,comonomedeVilaAdolfo,em homenagemaocoronelAdolfoGuimaresCorra,entoprefeitodaquelemunicpio.Sua evoluoseconsolidoucomachegadadostrilhosdaEstradadeFerroAraraquara,em 1910.Alavouradocafeasincursesferroviriasforamosfatoresprimordiaisparaseu desenvolvimento. Em 14 de novembro de 1917, foi criado o municpio com a denominao Ctuv (vburigm tupi qu sigifi mt rr) (SEE 2010). OmunicpiodeCatanduvafazpartedaRegioAdministrativadeSoJosdoRio Preto, que compreende 05 (cinco) Regies de Governo do Estado de So Paulo: Catanduva, Fernandpolis, Jales, So Jos do Rio Preto e Votuporanga. O municpio de Catanduva est localizado na regio noroeste do Estado, distante 385 km da capital. Sua rea geogrfica de 291 km2, a uma altitude de 503 metros e clima tropical seco. Fazem parte da microrregio de Catanduva os municpios: Ariranha, Itajobi, Catigu, Elisrio, Embaba, Novais, Palmares Paulista, Paraso, Pindorama, Santa Adlia, Severnia e Tabapu. O municpio conta com os seguintesmunicpioslimtrofes:Pindorama,PalmaresPaulista,Ariranha,Novais,Itajobi, ElisirioeCatigu.AFigura1ilustraomapadoscampidoIFSP,ondealocalizaoda cidade de Catanduva est destacada por meio de um crculo vermelho. 19 Figura 01. Mapa dos Campi do IFSP (Fonte: IFSP Pr-Reitoria de Extenso). Segundo dados do IBGE de 2010, o municpio de Catanduva composto por 112.843 habitantes,comaproximadamente99%nareaurbana.Afaixaetriadapopulao composta por cerca de 23% de habitantes com menos de 15 anos, 10% com idade entre 15 e 19 anos, 55% com idade entre 20 e 59 anos e 12% com 60 anos ou mais. DeacordocomoIPRS(ndicePaulistade ResponsabilidadeSocial)5,Catanduva foi classificada,em2006,noGrupo1:municpiocomnvelelevadoderiquezaebonsnveis nos indicadores sociais. Catanduvaapresentacaractersticasdepolomicroregional,comcomrcio,setorde servioseindstria.Maisde550indstriasestoinstaladasnacidade.Ossetoresquese destacamso:ventiladores,citros,caf,laticnios,lcooleacar.Nosetorindustriala produo e o comrcio de ventiladores se sobressaem, o que tornou Catanduva conhecida 5 OsindicadoresdoIPRSsintetizamasituaodecadamunicpionoquedizrespeitoriqueza,escolaridadee longevidade,equandocombinadosgeramumatipologiaqueclassificaosmunicpiosdoEstadodeSoPauloemcinco grupos,conformeascaractersticasdescritasnoquadroabaixo.Ametodologiacompletapodeserencontradaem: http://www.seade.gov.br/projetos/iprs/ajuda/metodologia.pdf. 20 comoa"capitalnacionaldosventiladores".Asfbricasdacidadesoresponsveispor cercade90%daproduonacionaldeventiladoreseempregam60%damo-de-obra alocadanosetorindustrialdonomunicpio.NaTabela1soapresentadososindicadores de emprego e renda dos setores da economia no ano de 2009 em Catanduva. Tabela 01. Indicadores de emprego e renda. Empregados nos setores da economia no ano de 2009 Percentual de empregadosRendimento mdio (R$) Agropecuria4,95643,43 Indstria26,581364,92 Construo civil3,441030,38 Fonte: Fundao SEAD, 2009 Na Tabela 2 possvel acompanhar a evoluo do emprego nos diferentes setores da economia catanduvense entre 2000 e 2009. Tabela 02. Evoluo do emprego nos diferentes setores da economia entre 2000 e 2009. ANO Empregos Totais Indstria de Transformao ConstruoCivil ComrcioServios Adm. Pblica Agrope- curia 2000- 1282375- 155492- 145- 202- 1651 20012016- 158230357835204536 200226442367755467161098 2003- 26627- 34950220- 13- 455 20041501487- 542856- 112745- 590 2005-426- 18- 2345009269 2006151662064- 10896414- 34 2007-309- 8209- 371171274 200876384- 153- 52335142400 20091670661101339629- 15590 Fonte: Caged SegundoindicadoresdoSeadereferentesaoanode2000,ataxadeanalfabetismo da populao com 15 anos ou mais de 7,6%. Cerca de 60% da populao com 25 anos ou mais possui menos de 8 anos de estudo; 48,28% da populao entre 18 e 24 anos possui o Ensino Mdio completo. Omunicpiopossui36escolasdenvelFundamental,31Pr-escolase19 estabelecimentosdenvelMdio.Noanode2009, foramregistradas13.886matrculasno 21 EnsinoFundamental,sendo3.271emEscolasPblicasEstaduais,7.007emEscolas PblicasMunicipaise3.608emEscolasPrivadas.NoEnsinoMdioforammatriculados 4.712alunos,sendo3.601emEscolasPblicasEstaduaise1.111emEscolasPrivadas. Nestemesmoanoforamregistradas2.281matrculasnoEnsinoPr-Escolar,sendo1.783 emEscolasPblicasMunicipaise498emEscolasPrivadas.JnoEnsinoSuperior,em 2007, foram 4.929 matrculas, sendo 3.082 Escolas Pblicas e 1.847 em Instituio Privada6. Onmerodedocentesqueatuaramnoanode2009naPr-escolafoide177,no ensino Fundamental 738 e no Mdio 380. A distribuio dos docentes por nvel de atuao no ensino bsico encontra-se na Figura 2. Figura 02. Distribuio dos docentes por nvel de atuao no Ensino Bsicoreferente ao ano de 2009 no municpio de Catanduva. Fonte: Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Censo Educacional 2009. 6 Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2009.22 2.JUSTIFICATIVA E CARACTERIZAO DE DEMANDA PARA O CURSO 2.1.A problemtica da formao docente Pode-seconsiderarqueoBrasil,pelomenosemnvellegal,deuumgrandepasso para a expanso e democratizao da educao bsica nacional com a aprovao em 1996 daLeideDiretrizeseBasesdaEducaoNacional(LDBEN9394/96).ALDBENintegraa educao infantil e o ensino mdio como etapas da educao bsica que deve, portanto, ser progressivamenteuniversalizadaegarantidadeformagratuitapelopoderpblico.Alm disso, destaca-se tambm a escola como espao de ensino e de aprendizagem do aluno e deenriquecimentocultural,estabelecendo-seaflexibilidade,descentralizaoeautonomia das instituies escolares associadas avaliao de resultados. Papel de destaque e importncia no processo de ensino e aprendizagem do aluno dado figura do professor, que dever, portanto, ter formao em nvel superior em todas as etapasdeensino,salvoomagistrionaeducaoinfantilenasquatroprimeirassriesdo ensino fundamental que poder ser a oferecida em nvel mdio, na modalidade Normal. Arespeitodonovopapelconferidoeducaobsicaeaoprofessor,encontramos no Parecer CNE/CP 9/2001 verbis: Nessecontexto,refora-seaconcepodeescolavoltadaparaaconstruode uma cidadania consciente e ativa, que oferea aos alunos as bases culturais que lhespermitamidentificareposicionar-sefrentestransformaesemcursoe incorporar-se na vida produtiva e sociopoltica. Refora-se, tambm, a concepo de professor como profissional do ensino que tem como principal tarefa cuidar da aprendizagem dos alunos,respeitadaa sua diversidade pessoal, sociale cultural (p. 9). Entretanto,diantedeumprocessohistricoemquenossopasimergira-senuma atmosferahegemnicadepolticasneoliberais,asatividadeseducacionaissofremtambm osreflexosdaminimizaodopapeldoEstadoeofavorecimentodasregrasdomercado em todos os setores da sociedade. Substituem-se,assim,osargumentosdenaturezafilosfica,sociolgicaou psicolgica por planilhas e bancos de dados voltados ao conceito ora hegemnico ust-bfi.Estriquimpprimzirgumt econmica,tambmdecisivoparaareconceituaodaeducaocomo 23 mercadoria, como servio a ser comprado e no mais como direito social de todo cidado (DIAS-DA-SILVA, 2005, p. 383). Deste modo, diante de diversos fatores alheios ao processo pedaggico a educao brasileiraenfrentaatualmentevriosproblemas,dentreelesodescrditoedesvalorizao disseminadosentreascamadaspopularesdainstituioescolaredeseusprofessores.O papeldocenteperdendoseuprestgiosocialacabasendorelegadoporprofissionais conceituados,que,porsuavez,enveredam-seemcaminhosprofissionaisdemaior remunerao e status. Sabe-sequeodesestmulodosjovensescolhadomagistriocomoprofisso futura e a desmotivao dos professores em exerccio para buscar aprimoramento profissionalsoconsequncia,sobretudo,dasmscondiesdetrabalho,dos salriospoucoatraentes,dajornadadetrabalhoexcessivaedainexistnciade planos de carreira (PEREIRA, 2009, p. 111). Deformaalarmantetemoscomoconsequncia(nonecessariamentedireta,mas intrt)isbprfiss/usturz psicossomticae,talvez,oquesejapior,odesinvestimentoedesnimocomseutrabalho [s ts] tii (S-DA-SILVA, 2005, p. 383). Somadaaestesfatoresnosdeparamosaindacomaformaodocenteprecria, aligeiradaecomenfoqueprecipuamentetradicionalista,que,muitasdasvezes,no contempla caractersticas inerentes ao novo contexto no qual a educao atual est inserida. Tratardepolticaseducacionaisedeformaodeprofessorestransitarporuma problemtica bastante complexa em que os consensos no so regra. Contudo, parece ser consensonaacademiaqueoprocessodeprofissionalizaodaatividadedocenteea melhoriadaqualidadedoensinopassapelareformulaodaslicenciaturas(DIAS-DA-SILVA, 2005). Neste sentido, o j citado Parecer CNE/CP 9/2001 apresenta verbis: Estedocumento,incorporandoelementospresentesnadiscussomaisamplaa respeitodopapeldosprofessoresnoprocessoeducativo,apresentaabase comumdeformaodocenteexpressaemdiretrizes,quepossibilitemareviso criativa dos modelos hoje em vigor, a fim de: fomentarefortalecerprocessosdemudananointeriordasinstituies formadoras; fortalecereaprimoraracapacidadeacadmicaeprofissionaldosdocentes formadores; 24 atualizare aperfeioar os formatos de preparao e os currculos vivenciados, considerandoasmudanasemcursonaorganizaopedaggicaecurricularda educao bsica; dar relevo docncia como base da formao, relacionando teoria e prtica; promoveraatualizaoderecursosbibliogrficosetecnolgicosemtodasas instituies ou cursos de formao. Importadestacarque,almdasmudanasnecessriasnoscursosdeformao docente,amelhoriadaqualificaoprofissionaldosprofessoresvaidepender tambm de polticas que objetivem: fortalecerascaractersticasacadmicaseprofissionaisdocorpodocente formador; estabelecerumsistemanacionaldedesenvolvimentoprofissionalcontnuo para todos os professores do sistema educacional; fortalecer os vnculos entre as instituies formadoras e o sistema educacional, suas escolas e seus professores; melhorarainfra-estruturainstitucionalespecialmentenoqueconcernea recursos bibliogrficos e tecnolgicos; formular,discutireimplementarumsistemadeavaliaoperidicae certificao de cursos, diplomas e competncias de professores. estabelecernveisderemuneraocondignacomaimportnciasocialdo trabalho docente; definirjornadadetrabalhoeplanosdecarreirascompatveiscomoexerccio profissional. UmasnteseapresentadanoestudodePereira(2000)apontaqueosprincipais dilemaspresentesnaslicenciaturasbrasileirasso:aseparaoentredisciplinasde contedoedisciplinaspedaggicas,adicotomiabachareladoelicenciatura(decorrenteda desvalorizao do ensino na universidade, inclusive pelos docentes da rea de Educao) e adesarticulaoentreformaoacadmicaerealidadeprticadeescolaseprofessores. Assim,arigor,boapartedaslicenciaturascontinuaaperpetuarochamadomodelo3+1, sendo esse nico ano destinado aos contedos de natureza pedaggica reduzido ao mnimo estabelecidoemlei,portanto,restritoaooferecimentodasquatrodisciplinas:Estruturae Funcionamento do Ensino, Psicologia da Educao, Didtica e Prtica de Ensino. Faz-semisteroreconhecimentodosprofessorescomointelectuais,profissionais sujeitos de seu prprio trabalho, protagonistas da prtica pedaggica, portanto, competentes para analisarem a realidade e recriarem alternativas de ao poltico-pedaggica (DIAS-DA-SILVA, 2005).Segundo Amigues (2004), a atividade do professor dirige-se no apenas aos alunos, mas tambm instituio que o emprega, aos pais e a outros profissionais, portanto: Aatividadenoadeumindivduodestitudodeferramentas,socialmente isoladoedissociadodahistria;pelocontrrio,elasocialmentesituadae constantemente mediada por objetos que constituem um sistema [...] No conjunto, aatividadepodeserconsideradaopontodeencontrodevriashistrias(da instituio, do ofcio, do indivduo, do estabelecimento), o ponto a partir do qual o professorvai estabelecerrelaes com as prescries, com as ferramentas, com 25 atarefaaserrealizada,comosoutros(colegas,administrao,alunos,pais...), com os valores e consigo mesmo. (AMIGUES, 2004, p. 41-45) Aatividadedocente,porestatica,sempredinmica,relacional,institucionale historicamente situada. Diante disto, Amigues (2004) conceitua ainda que: Oprofessor,aomesmotempo,umprofissionalqueprescrevetarefasdirigidas aos alunos e a ele mesmo; um organizador do trabalho dos alunos, que ele deve regularaomesmotempoemqueosmobilizacoletivamenteparaaprpria organizaodatarefa;umplanejador,quedevereconceberassituaesfuturas em funo da ao conjunta conduzida por ele e por seus alunos, em funo dos avanosrealizadosedasprescries[...]aatividadedistribudaemdiversos lugaresedeacordocomdiferentestemporalidadesproduzumacontinuidade psicolgica que no pode ser reduzida apenas ao (AMIGUES, 2004, p. 49). Atravs da assuno do carter amplo e complexo da atividade docente, bem como, deseudinamismoesingularidade,somoscapazesdenotarainadequaodomodeloda racionalidade tcnica para a formao de professores, j que o emprego de simples tcnicas ou eleio de estratgias preconcebidas no capaz de enfrentar as situaes reais de sala de aula. Assim, Omodelodaracionalidadetcnica,caractersticodosanos1970equedominou durante mais de uma dcada a rea da formao docente, passa a ser substitudo pelosargumentosdaracionalidadeprticaqueconsideraosprofessorescomo profissionaisreflexivos,investindonavalorizaoenodesenvolvimentodos saberesdocentesenaconsideraodestescomopesquisadoreseintelectuais crticos (ZIBETTI e SOUZA, 2007, p. 249). Portanto,aformaodeprofessoresparaaeducaobsicadeveserencarada como um grande desafio a ser enfrentado pelas instituies formadoras de maneira crtica, inovadora,flexveleplural,paraassimvislumbraraconcretizaododireitoquetodosos alunos tm de aprender na escola. E para tanto encontramos no Parecer CNE/CP 9/2001 o chamamento verbis: preciso enfrentar o desafio de fazer da formao de professores uma formao profissional de alto nvel (p. 29). 2.2. A formao de professores no IFSP ALDBENdedicadoisArtigosreferentesaostiposemodalidadesdoscursosde formao de professores e sua localizao institucional verbis: 26 Art. 62. A formao de docentes para atuar na educao bsica far-se- em nvel superior,emcursodelicenciatura,degraduaoplena,emuniversidadese institutossuperioresdeeducao,admitida,comoformaomnimaparao exercciodomagistrionaeducaoinfantilenasquatroprimeirassriesdo ensino fundamental, a oferecida em nvel mdio, na modalidade Normal. Art. 63. Os Institutos Superiores de Educao mantero: 1.cursosformadoresdeprofissionaisparaaeducaobsica,inclusiveoCurso NormalSuperior,destinadoformaodedocentesparaaeducaoinfantile para as primeiras sries do ensino fundamental; 2. programas de formao pedaggica para portadores de diplomas de educao superior que queiram se dedicar educao bsica; 3.programasdeeducaocontinuadaparaosprofissionaisdeeducaodos diversos nveis (p. 25). Ainda na condio de ETSP, o decreto 2406 de 27 de setembro de 1997 autorizara a implantaodecursosvisandoespecificamenteaformaodeprofessoresparaas disciplinas de educao cientfica e tecnolgica na rede federal de educao tecnolgica. Apesardestedecreto,noestadodeSoPaulo,oprimeirocursodeLicenciatura efetivamenteinauguradoapenasem 03dejulhode2001.Pormeiodaresoluo017/01o Conselho Diretor do, na poca CEFET-SP, autoriza a implantao do curso de Licenciatura em Fsica na Unidade Sede. Osdecretos5.224e5.225ambosde01deOutubrode2004consolidaram definitivamente as Licenciaturas dos CEFETs ao enquadrarem a autarquia como instituio deensinosuperioreexplicitarememsuaorganizaooobjetivodeministrarcursosde Licenciatura. No Art. 4 do Decreto n 5.224 encontramos verbis:OsCEFET,observadasafinalidadeeascaractersticasbsicasdefinidasnos arts. 2o e 3o deste Decreto, tm por objetivos: VII - ministrar cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formao pedaggica, nas reas cientfica e tecnolgica; Asnovasressignificaesemudanasadvindasnarecentetransformaoem Instituto fazem com que o mesmo passe a ter relevncia de universidade e destaque-se pela autonomia.Destas alteraes,destaque-se queoIFSPdevedestinar50%dasvagaspara os cursos tcnicos e, no mnimo, 20% das vagas para os cursos de licenciatura, sobretudo nas reas de Cincias e da Matemtica. iis V 2o do citado Art. 4o do Decreto n 6.095, de 24 de Abril 2007, temos que em nvel da educao superior os IFET devero ministrar verbis:27 d)cursosdelicenciatura,bemcomoprogramasespeciaisdeformao pedaggica,comvistaformaodeprofessoresparaaeducaobsica, sobretudonasreasdecinciasematemtica,deacordocomasdemandasde mbito local e regional. E o Art. 5o do mesmo decreto destaca que verbis:OprojetodeleiqueinstituiroIFETvincularsuaautonomiafinanceirademodo queoInstituto,emcadaexerccio,apliqueomnimodecinqentaporcentode sua dotao oramentria anual no alcance dos objetivos definidos nos incisos I, II e III do 2o do art. 4o, e o mnimo de vinte por cento de sua dotao oramentria usubjtiv rfri iis V 2o do citado art. 4o. AtualmenteoIFSP-SPoferececursosdeLicenciaturaemCincias Biolgicas/Biologia, em Fsica, em Geografia, em Matemtica e em Qumica. 2.3. Demanda de professores no Ensino Bsico AdemandaporprofessoresnoBrasil,particularmentenasegundaetapadoensino fundamental e no ensino mdio, tem sido elevada. Dados do Censo Escolar 2010 mostram quenos194.939estabelecimentosdeeducaobsicadopasestomatriculados 51.549.889alunos,sendoque43.989.507(85,4%)estoemescolaspblicase7.560.382 (14,6%)emescolasdaredeprivada.Asredesmunicipaissoresponsveisporquase metadedasmatrculas46,0%-oequivalentea23.722.411alunos,seguidapelarede estadual,queatendea38,9%dototal,oequivalentea20.031.988.AredeFederal,com 235.108matrculas,participacom0,5%dototal.ATabela03apresentaonmerode matrculasnaEducaoBsicaporDependnciaAdministrativanoBrasilnoperodo compreendido entre 2002-2010. Tabela 03. Matrculas na Educao Bsica por Dependncia Administrativa - Brasil 2002-2010. Ano Matrcula na Educao Bsica Total GeralPblicaPrivada TotalFederalEstadualMunicipal 200256.203.38349.019.486185.98124.661.54524.171.9607.183.897 200355.317.74748.369.509105.46923.528.26724.735.7736.948.238 200456.174.99749.196.39496.08724.172.32624.927.9816.978.603 200556.471.62249.040.519182.49923.571.77725.286.2437.431.103 200655.942.04748.595.844177.12123.175.56725.243.1567.346.203 200753.028.92846.643.406185.09521.927.30024.531.0116.385.522 200853.232.86846.131.825197.53221.433.44124.500. 8527.101.043 200952.580.45245.270.710217.73820.737.66324.315.3097.309.742 201051.549.88943.989.507235.10820.031.98823.722.4117.560.382 Fonte: MEC/Inep/DEED. Notas:1) No inclui matrculas em turmas de atendimento complementar. 2) o mesmo aluno pode ter mais de uma matrcula. 28 Noensinofundamentalonmerodematrculasem2010nosanosiniciaisfoide 16.775.708,jnosanosfinaisestenmerocaipara14.249.633oquedemonstrauma evaso ainda considervel, porm nos mostra o alto contingente de alunos que supera os 14 milhes. NoGrfico01onmerodematrculasdoensinofundamentalpordependncia administrativa no ano de 2010 nos anos iniciais (1a) e nos anos finais (1b). (a)(b) Grfico01.MatrculasnaEducaoBsicaporDependnciaAdministrativanosanosiniciais(a)e nos anos finais (b). DeacordocomoCenso2010registra-seaestabilidadenaofertadeensinomdio, comaumentode20.515matrculasem2010,totalizando8.357.675matrculas, correspondendoa0,2%amaisqueem2009.Assimcomonosanosanteriores,arede estadualcontinuaaseramaiorresponsvelpelaofertadeensinomdioerespondepor 85,9% das matrculas. A rede privada atende 11,8% e as redes federal e municipal atendem pouco mais de 1% cada. 29 Grfico 02. Nmero de matrculas no Ensino Mdio 2007-2010. O Grfico 2 apresenta o nmero de matrculas no Ensino Mdio no Brasil entre 2002-2010eoGrfico3apresenta onmerode matrculasno mesmonveldeensino, mas por Dependncia Administrativa no ano de 2010. Grfico 03. Nmero de matrculas no Ensino Mdio por dependncia administrativa 2010. O Nmero de Professores da Educao Bsica nas Etapas e Modalidades de Ensino, segundo a Regio Geogrfica e a Unidade da Federao no ano de 2009 apresentado na Tabela 4. De acordo com os dados do Educacenso, no Estado de So Paulo, o nmero de professores atuando no Ensino Fundamental no ano de 2009 era de 254.783, j no Ensino mdio este nmero era de 102.812. No entanto, analisando as Tabelas 5 e 6 podemos notar queapenas110.993professoresquelecionaramnoEnsinoFundamentalem2009eram licenciados e no Ensino Mdio 100.251 possuam o curso de Licenciatura. AindanoEstadodeSoPaulo,donmerodeprofessoresqueatuamnoEnsino Fundamentaltemos8.418formadosnareadecincias,5.408formadosnareade cincias fsicas e 5.978 formados na rea de matemtica e estatstica (Tabela 7). No Ensino 30 Mdiotemos5.028formadosnareadecincias,7.269formadosnareadecincias fsicas e 4.845 formados na rea de matemtica e estatstica (Tabela 8). Tabela04.NmerodeProfessoresdaEducaoBsicanasEtapaseModalidadesdeEnsino, segundo a Regio Geogrfica e a Unidade da Federao no ano de 2009. Unidade da Federao Ensino FundamentalEnsino Mdio Ensino Fundamental Anos iniciais Anos Finais Ensino Mdio Ensino Mdio Normal/ Magistrio Ensino Mdio Integrado Brasil1.377.483721.513783.194461.54221.57220.593 Norte124.62263.67972.80629.875511.339 Rondnia12.0476.2876.6933.355-74 Acre6.7922.5844.4761.518-- Amazonas27.77913.75616.8846.51415176 Roraima4.5742.5602.3541.190-175 Par53.62828.33431.16611.7671486 Amap6.6623.5433.2961.7135159 Tocantins13.1406.6157.9373.81830269 Nordeste42.7175216.811248.618119.1468.6236.950 Maranho63.51531.07238.87816.1781.125603 Piau32.51617.67120.33110.565381.031 Cear58.76632.41933.03415.4063331.020 R. G. do Norte23.73712.51112.5996.433220416 Paraba33.26316.57318.9248.764675456 Pernambuco63.98332.42836.26322.2963.651575 Alagoas22.78712.03612.2564.937289346 Sergipe17.2219.1829.7544.584747217 Bahia111.38752.91966.57929.9831.5452.286 Sudeste530.155284.57829.0781203.6535.2955.798 Minas Gerais153.23479.96887.01953.2791.7631.516 Esprito Santo24.10713.06613.5407.449-515 Rio de Janeiro98.03150.61054.36740.1133.4001.571 So Paulo254.783140.934135.855102.8121322.196 Sul194.723101.461114.66673.4627.5115.303 Paran75.27139.28740.57831.7613.9523.957 Santa Catarina41.14024.48823.18814.4771.090851 R. G. do Sul78.31237.68650.90027.2242.469495 Centro-Oeste100.80854.98456.32335.406921.203 M. G. do Sul18.87211.42510.5626.54867162 Mato Grosso23.49312.36913.8518.978-692 Gois41.73221.63024.26715.44625299 31 Tabela05.ProfessoresnoEnsinoFundamentalcomFormaoSuperior,Licenciadoseno Licenciados, segundo a Regio Geogrfica e Unidade da Federao, em 2009. Unidade da FederaoSituao da Licenciatura Somente curso com Licenciatura Somente curso sem Licenciatura Brasil423.84714.288 Norte26.0162.372 Rondnia3.732182 Acre88354 Amazonas6.9831.042 Roraima70853 Par8.729789 Amap82733 Tocantins4.154219 Nordeste83.4524.023 Maranho8.026461 Piau7.872303 Cear19.588489 R. G. do Norte7.038238 Paraba7.969446 Pernambuco13.362459 Alagoas4.031229 Sergipe5.231388 Bahia10.3351.010 Sudeste200.4213.813 Minas Gerais59.1301.839 Esprito Santo9.595300 Rio de Janeiro20.7031.534 So Paulo110.993140 Sul73.5952.838 Paran30.0351.360 Santa Catarina19.101717 R. G. do Sul24.459761 Centro-Oeste40.3631.242 M. G. do Sul9.381230 Mato Grosso8.742244 Gois15.459554 Distrito Federal6.781214 Fonte: MEC/ Inep/Deed 32 Tabela 06. Nmero de Professores no Ensino Mdio com Formao Superior, Licenciados e noLicenciados, segundo a Regio Geogrfica e Unidade da Federao, em 2009. Unidade da FederaoSituao da Licenciatura Somente curso com Licenciatura Somente curso sem Licenciatura Brasil400.84818.195 Norte22.3434.685 Rondnia2.993141 Acre1.27835 Amazonas5.133702 Roraima80158 Par7.1913.463 Amap1.51780 Tocantins3.430206 Nordeste91.1565.235 Maranho12.428622 Piau8.458506 Cear12.939565 R. G. do Norte4.813311 Paraba6.711491 Pernambuco19.723869 Alagoas3.785254 Sergipe3.902177 Bahia18.3971.440 Sudeste191.0973.983 Minas Gerais46.9792.251 Esprito Santo6.448369 Rio de Janeiro37.4191.248 So Paulo100.251115 Sul65.3673.182 Paran28.5171.688 Santa Catarina12.482616 R. G. do Sul24.368878 Centro-Oeste30.8851.110 M. G. do Sul6.034181 Mato Grosso7.560339 Gois13.270486 Distrito Federal4.021104 Fonte: MEC/ Inep/Deed 33 Tabela 07. Professores do Ensino Fundamental com Formao Superior, segundo a rea de Formao, em 2009. Unidade daFederao CinciasCincias fsicasMatemtica e estatstica Brasil49.11035.15343.223 Norte2.0652.2713.356 Rondnia332386525 Acre152177148 Amazonas384386631 Roraima5952101 Par6748061.416 Amap143133172 Tocantins321331363 Nordeste9.8319.4789.475 Maranho8911.1701.823 Piau1.091855856 Cear1.2481.244971 R. G. do Norte518625646 Paraba6331.224701 Pernambuco2.7901.9332.129 Alagoas540523411 Sergipe424477472 Bahia1.6961.4271.466 Sudeste21.96513.91919.013 Minas Gerais7.4734.5646.712 Esprito Santo631530626 Rio de Janeiro5.4433.4175.697 So Paulo8.4185.4085.978 Sul11.6016.6207.844 Paran4.7983.5173.048 Santa Catarina1.7831.1041.390 R. G. do Sul5.0201.9993.406 Centro-Oeste3.6482.8653.535 M. G. do Sul842559635 Mato Grosso1.2347421.166 Gois789951954 Distrito Federal783613780 Fonte: MEC/ Inep/Deed 34 Tabela 08. Professores do Ensino Mdio com Formao Superior, segundo a rea de Formao, em 2009. Unidade daFederao CinciasCincias fsicasMatemtica e estatstica Brasil32.74437.03130.839 Norte1.6642.1372.264 Rondnia285273344 Acre13413198 Amazonas253381391 Roraima559079 Par521833896 Amap100158131 Tocantins316271325 Nordeste7.9769.0457.267 Maranho9351.2591.345 Piau7671.004654 Cear1.0001.132801 R. G. do Norte398645438 Paraba465834487 Pernambuco2.2321.5581.731 Alagoas337399261 Sergipe278483288 Bahia1.5641.7311.262 Sudeste13.65016.77114.180 Minas Gerais4.6454.9184.273 Esprito Santo342487383 Rio de Janeiro2.6354.0974.579 So Paulo5.0287.2694.845 Sul7.0216.4834.944 Paran3.1223.3202.108 Santa Catarina1.1461.217893 R. G. do Sul2.7531.9461.943 Centro-Oeste2.4332.5952.184 M. G. do Sul627505438 Mato Grosso931727814 Gois549736587 Distrito Federal326627345 Fonte: MEC/ Inep/Deed 35 Em03dejulhode2007foipublicadaumareportagemnojornalFolhadeSodePaulo indicandoofuturo"apago"doensinomdionopas,isto,afaltadeprofessoresnareade Cincias. Segue a reportagem na ntegra7: Rtri prv "pg"si mips EstudodaCmaradaEducaoBsicadoConselhoNacionaldeEducao apontaanecessidadede235milprofessores.Baixossalrios,violncianas escolasefaltadeplanodecarreiraestariamentreascausasdopequeno interessepelacarreiradocente.DASUCURSALDEBRASLIA.OBrasilpode viverum"apagodoensinomdio"nosprximosanos,afirmarelatrioda Cmara da Educao Bsica do CNE (Conselho Nacional de Educao) que ser divulgado hoje. Fundamentado em pesquisado Inep (institutode pesquisa ligado aoMEC),otextoestimaanecessidadedecercade235milprofessoresnesse nvel de ensino em todo o pas. O maior dficit, de acordo com o estudo, est nas reasdefsica,qumica,biologiaematemtica.Otrabalhoestimaqueso necessrios 55 mil professores de fsica, mas aponta que as licenciaturas da rea sformaram7.216entre1990e2001.Osautoresdorelatriopropem,como medidasemergenciais,oaproveitamentodealunosdelicenciaturacomo professores, a criao de uma espcie de Prouni para o ensino mdio no caso de asescolaspblicasnoconseguirematenderdemanda,incentivospara aposentadosretornaremcarreiraeacontrataodeestrangeiros.Almda questo quantitativa, outro problema a ser enfrentado no ensino mdio, de acordo com o CNE, a formao dos professores. As nicas reas em que mais de 50% dosprofessorestmlicenciaturanadisciplinaministradasolnguaportuguesa, biologiaeeducaofsica.Oestudoapontaqueoproblemadafaltade professoresdeveaumentarcomocrescimentoesperadodonmerode matrculas. Dados de 2003 mostram que, naquele ano, apenas 30% da populao entre25e64anoshaviaconcludoaomenosaetapafinaldaeducaobsica, que culmina no ensino mdio, contra 83% na Alemanha e 49% no Chile. (...). Alm doproblemasalarial,oCNEcreditaobaixointeressepelacarreiradocentea condiesinadequadasdeensino,violncianasescolasefaltadeumplano decarreira.Osautoresdotextopropem,alongoemdioprazo,darprioridade s licenciaturas em cincias da naturezae matemtica, informatizaras escolase dar bolsas de incentivo docncia. Considerando-se os dados arrolados nas Tabelas anteriores e o relatrio do CNE de 2007, podemos perceber que h uma grande demanda por professores, particularmente de cinciasematemtica,paraatuaremnoensinobsicodenossoPas.Destamaneira, necessriosefazaformaodeumgrandenmerodeprofissionaishabilitadospara supriremtaldemanda.Noentanto,diantedopanoramaatualdaeducaobrasileira,no bastaapenasformarmaisprofessoresdemaneiraaligeiradaedesqualificada,masformar professores conscientes da responsabilidade social e da dimenso poltica de seu trabalho. Assim,osenormeseinmerosproblemasdaeducaobsicabrasileirajustificama necessidadedecursosdelicenciaturasdequalidadevoltadosdiligentementeparaa formao de futuros professores que busquem a melhoria da educao para todos. 7Vide: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0307200728.htm data de acesso 03/07/07 36 3.OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral OCursodeLicenciaturaemQumicatemcomoobjetivogeralformarprofissionais licenciados,emnvelsuperiordegraduaoplena,paraatuaremnaEducaoBsica, visandoparatanto,fornecerumaslidaformaohumansticaecientficanarea pedaggica e na rea especfica, de modo que a formao de professores possa contribuir paraqueocidadocompreenda,interpreteeenfrentearealidadesocialpormeiodo conhecimento socialmente produzido. 3.2. Objetivos Especficos Formar educadores na rea de Qumica que atendam s novas concepes do processodeensino-aprendizagem,capazesdepensareagirdeforma inovadora perante os problemas scio-educacionais atuais; Oferecer uma formao inicial que permita um conhecimento mais amplo sobre crianas, jovens e adultos; Fomentarodesenvolvimentoprofissionalintegraldosfuturosdocentespor meiodoestmuloaquisio,aolongodoprocessodeformaoinicial,de umaculturageralqueosinsiranodebatecontemporneomaisamplo,que envolvequestesculturais,sociaiseeconmicas,almdeumacultura profissional, que abarca temas relativos s tendncias da educao e do papel do professor no mundo atual; Propiciar situaes didtico-pedaggicas que favoream a articulao entre os contedos das reas de conhecimento que so objeto de ensino da qumica e o conhecimento pedaggico; Estimularsituaesquepossibilitemaaquisiodoconhecimentoadvindoda experincia, apreendendo s prticas prprias da atividade de professor e sua natureza multifacetada. 37 4.REQUISITOS DE ACESSO ParaoEnsinoSuperior,oIFSPoferece100%desuasvagaspeloSistemade SeleoUnificada(SiSU),queutilizaanotadoENEMcomoformadeseleodos candidatosparaingressonoscursos.ParaconcorrersvagasdoSISU,ocandidatodeve fazer sua inscrio de acordo com o Edital de procedimentos de inscrio/SISU no endereo eletrnico: www.sisu.mec.gov.br.Sero ofertadas 40 vagas no perodo matutino com durao do curso de 8 semestres. Para matricular-se nos cursos de licenciatura oferecidos pelo IFSP Campus Catanduva, o aluno candidato dever: Ter concludo o Ensino Mdio ou equivalente; Ter obtido classificao pelo SiSU dentro do nmero de vagas ofertadas. 38 5.PERFILPROFISSIONALDOEGRESSO(DEACORDOCOMOPARECER CNE/CES 1.303/2001). ParadesempenharasfunesdeprofessoroLicenciadoemQumicadeverter formaogeneralista,masslidaeabrangenteemcontedosdosdiversoscamposda Qumica, preparao adequada aplicao pedaggica do conhecimento e experincias de Qumica e de reas afins na atuao profissional como educador na educao fundamental e mdia. O Licenciado em Qumica para exercer outras atividades atribudas ao qumico, alm dadocncia,deverterformaogeneralista,comdomniodastcnicasbsicasde utilizaodelaboratrioseequipamentos,comcondiesdeatuarnoscamposde atividadessocioeconmicasqueenvolvamastransformaesdamatria,direcionando essastransformaes,controlandoosseus produtos,interpretandocriticamenteasetapas, efeitoseresultados;aplicandoabordagenscriativassoluodosproblemase desenvolvendo novas aplicaes e tecnologias. OsprofissionaisdoCursodeLicenciaturaseatenderemasexignciasdoCRQ (ResoluoNormativan36/74,doConselhoFederaldeQumica)emtermosdecarga horria das disciplinas cursadas, obtero as seguintes atribuies legais: Direo,superviso,programao,coordenao,orientaoe responsabilidade tcnica no mbito de suas atribuies respectivas. Assistncia,assessoria,consultoria,elaboraodeoramentos,divulgaoe comercializao, no mbito das atribuies respectivas. Vistoria,percia,avaliao,arbitramentoeserviostcnicos,elaboraode pareceres, laudos e atestados, no mbito das atribuies respectivas. Exerccio do magistrio, respeitada a legislao especfica. Desempenhodecargosefunestcnicas,nombitodasatribuies respectivas. Ensaiosepesquisasemgeral.Pesquisasedesenvolvimentodemtodose produtos. Anlise qumica e fsico-qumica, qumico-biolgica, bromatolgica, toxicolgica e legal, padronizao e controle de qualidade. 39 6.COMPETNCIAS E HABILIDADES Otermocompetncia utilizadoneste trabalhodeacordocom a concepocontida noParecerCNE/CP9/2001,ouseja,comocapacidadedemobilizardeformaintegrada conhecimentoscientficos,didticosepedaggicosdiantedesituaes-problemanas diversasdemandasdassituaesdetrabalho.Trata-se,portanto,dealgumaformade tuhimtmmptissmifstmsitu podendoserapreendidaestritamentenoplanotericoounoprtico,masdarelao dialtica entre ambos. 6.1. Geraiseespecficasaseremdesenvolvidasduranteocurso(de acordo com o parecer CNE/CES 1.303/2001) Com relao formao pessoal Pssuirhimtsibrgtrtummis tcnicasbsicasdeutilizaodelaboratrioseequipamentosnecessriosparagarantira qualidade dos servios prestados e para desenvolver e aplicar novas tecnologias, de modo a ajustar-se dinmica do mercado de trabalho, bem como dos procedimentos necessrios de primeiros socorros, nos casos dos acidentes mais comuns em laboratrios de Qumica. Pssuirhbiisufiitmtmtiprmprrits Qumica e de Fsica, para desenvolver formalismos que unifiquem fatos isolados e modelos quantitativos de previso, com o objetivo de compreender modelos probabilsticos tericos, e de organizar, descrever, arranjar e interpretar resultados experimentais, inclusive com auxlio de mtodos computacionais. Pssuirpirtiprisrmeiraconvenienteosseusprprios conhecimentos;assimilarosnovosconhecimentoscientficose/outecnolgicoserefletir sobreocomportamentoticoqueasociedadeesperadesuaatuaoedesuasrelaes com o contexto cultural, socioeconmico e poltico. Sbrtrbhrmquiptrumbmprssivrsstpsqu compem um processo ou uma pesquisa, sendo capaz de planejar, coordenar, executar ou avaliar atividades relacionadas Qumica ou a reas correlatas. Sr pzxrr tividades profissionais autnomas na rea da Qumica ou em reas correlatas. 40 Tritrssut-aperfeioamentocontnuo,curiosidadeecapacidadepara estudosextracurricularesindividuaisouemgrupo,espritoinvestigativo,criatividadee iniciativanabuscadesoluesparaquestesindividuaisecoletivasrelacionadascoma Qumica,bemcomoparaacompanharasrpidasmudanastecnolgicasoferecidaspela interdisciplinaridade, como forma de garantir a qualidade do ensino de Qumica. Trfrmohumansticaquelhepermitaexercerplenamentesuacidadaniae, enquanto profissional, respeitar o direito vida e ao bem-estar dos cidados. tifir s spts fisfissiis qu fimri ui. tifirprssdeensino/aprendizagemcomoprocessohumanoem construo. TrumvisrtimrppsiCiisuturz epistemolgica, compreendendo o processo histrico-social de sua construo. Trumbmprssivrssetapasquecompemumapesquisa educacional. Tr hbiis qupitm prprprsvvimtrurss didticoseinstrucionaisrelativossuaprticaeavaliaodaqualidadedomaterial disponvelnomercado,almdeserpreparadoparaatuarcomopesquisadornoensinode Qumica. Com relao compreenso da Qumica Cmprr s its ispripisQumi. Chr s prpris fsisqumis priipis s mtsmpsts qumicos que possibilitem entender e prever o seu comportamento fsico-qumico e aspectos de reatividade, mecanismos e estabilidade. RhrQumimumstruhummprs aspectoshistricosdesuaproduoesuasrelaescomoscontextosculturais, socioeconmico e poltico. mphrmprr s vs itfi-tecnolgicos e educacionais. Com relao busca de informao, comunicao e expresso Sbritifirfzrbussftsifrmsrvtspr Qumica,inclusiveasdisponveisnasmodalidadeseletrnicaeremota,quepossibilitema contnua atualizao tcnica, cientfica e humanstica e pedaggica. 41 Lrmprritrprtrstxtsitfi-tecnolgicosemidiomaptrioe estrangeiro (especialmente ingls e/ou espanhol). Sbr itrprtrutiizr s ifrts frmsrprst (tbs grfis smbolos, expresses, etc.). mstrrbmrimtitrpsssbrmuirrrtmts projetos e resultados de pesquisa na linguagem cientfico-educacional, oral e escrita (textos, relatrios, pareceres, psteres, internet, etc.) em idioma ptrio e estrangeiro (especialmente ingls e/ou espanhol). Sbrsrvrvirritimts mtriisitismivrs,apostilas, "kits", modelos, programas computacionais e materiais alternativos. Com relao ao trabalho na rea da Qumica Sbrivstigrprssstrrvrivisitifirrgurisitrprtr e proceder a previses. Sbr uzir anlises qumicas, fsico-qumicas e qumico-biolgicas qualitativas e quantitativas de substncias por mtodos clssicos e instrumentais, bem como conhecer os princpiosbsicosdefuncionamentodosequipamentosutilizadoseaspotencialidadese limitaes das diferentes tcnicas de anlise. Sbr rizr stssubstis qumis Tr sssifimpsimiris. Srpzfturpurifisubstismtriis;xr planejandoegerenciandoocontrolequmicodaqualidadedematrias-primasede produtos. Sbrtrmirsrtrstisfsi-qumicasdesubstnciasesistemas diversos. Sbr brr prjtspsquis svvimtmts prutsaplicaes em sua rea de atuao. Pssuirhimtutiizprsssmusisrt materiais e de rejeitos, tendo em vista a preservao da qualidade do ambiente. Sbrturmbrtriqumisimusquipmts reagentes. 42 Com relao aplicao do conhecimento em Qumica Sbr rizr vi rtipihimt m Qumi t m vista o diagnstico e o equacionamento de questes sociais e ambientais. Sbrrhrsimitstisvvispesquisaenaaplicaodo conhecimento cientfico e tecnolgico. Tr urisi ittuitrss p ivstig itfitgiformaautilizaroconhecimentocientficaesocialmenteacumuladonaproduodenovos conhecimentos. Sbr itifirprstr sus ritivs pr prbms ris mQumica ou com reas correlatas na sua rea de atuao. Pssuirhimtsrtivspjmtistbrtris qumicos dedicados ao ensino. Com relao profisso de professor e qumico Tr piissmirifuir /u utiizrhimt rvt pr a comunidade. Tr pivisumbrr pssibiismpimrtrbh no atendimento s necessidades da sociedade, desempenhando outras atividades para cujo sucesso uma slida formao universitria seja um importante fator. Srpztrsxigismutrbhmvisti humanstica,tendocapacidadedevislumbrarpossibilidadesdeampliaodomesmo, visando atender s necessidades atuais. Trsiiimprtisiprfissmpssibii desenvolvimento social e coletivo. turmgistrimvsifumtmiroma legislaoespecfica,utilizandometodologiadeensinovariada,contribuirparao desenvolvimentointelectualdosestudanteseparadespertarointeressecientficoem adolescentes;organizareusarlaboratriosdeQumica;escrevereanalisarcriticamente textosdidticoseparadidticoseindicarbibliografiaparaoensinodeQumica;analisare elaborar programas para esses nveis de ensino. Exrrsuprfissmspritimiritivbusvs alternativas educacionais, enfrentando como desafio as dificuldades do magistrio. Chr ritimt s prbms uiis brsiirs. 43 tifirtxtrisrsftrstrmitsprss educativo, tais como o contexto socioeconmico, poltica educacional, administrao escolar e fatores especficos do processo de ensino-aprendizagem de Qumica. ssumirsitmt trfutivumprippsiprprr os alunos para o exerccio consciente da cidadania. smphrutrasatividadesnasociedade,paracujosucessoumaslida formao universitria seja importante fator. Com relao ao ensino de Qumica Rftirfrmrtisuprtimsuitifiprbms ensino/aprendizagem. Cmprereavaliarcriticamenteosaspectossociais,tecnolgicos,ambientais, polticos e ticos relacionados s aplicaes da Qumica na sociedade. Saber trabalhar em laboratrio didtico e saber usar a experimentao em Qumica como recurso didtico. Pssuirconhecimentosbsicosdousodecomputadoresedesuaaplicaoem ensino de Qumica. Pssuir himt s primtsrmssgurtrbh. Chrtrispsipggisqufumtmprsssi-aprendizagem, bem como os princpios de planejamento educacional. Chrsfumtsturzspriipispsquisssi Qumica. Chrvivir prjtsprpsts urriurssiQumi. Trtitufvrvirprsuaprtica,dosresultadosdapesquisa educacionalemensinodeQumica,visandosolucionarosproblemasrelacionadosao ensino/aprendizagem. 6.2. Competnciasaseremdesenvolvidasnaformaodaeducao bsica (de acordo com o parecer CNE/CP 9 /2001) Competncias referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrtica 44 Putr-seporprincpiosdaticademocrtica:dignidadehumana,justia,respeito mtuo,participao,responsabilidade,dilogoesolidariedade,paraatuaocomo profissionais e como cidados; Oritrsusshsissmtgisitisprvrs democrticos e por pressupostos epistemolgicos coerentes. Reconhecererespeitaradiversidademanifestadaporseusalunos,emseus aspectossociais,culturaisefsicos,detectandoecombatendotodasasformasde discriminao. rpigiprfissipquitrbhsrsbsu responsabilidade Competncias referentes compreenso do papel social da escola Cmprender o processo de sociabilidade e de ensino e aprendizagem na escola e nas suas relaes com o contexto no qual se inserem as instituies de ensino e atuar sobre ele; Utiizr himts sbrri mi utur ptisi pra compreender o contexto e as relaes em que est inserida a prtica educativa; Prtiiprtivprtivmtbrgstsvvimt avaliaodoprojetoeducativoecurriculardaescola,atuandoemdiferentescontextosda prtica profissional, alm da sala de aula; Prmvr um prti utiv qu v m t s rtrstis s usdeseu meiosocial,seustemas enecessidadesdo mundocontemporneoeos princpios, prioridades e objetivos do projeto educativo e curricular; Estbr rsprribr m s pis s usmpromover sua participao na comunidade escolar e a comunicao entre eles e a escola. Competnciasreferentesaodomniodoscontedosaseremsocializados,de seus significados em diferentes contextos e de sua articulao interdisciplinar. Chrmirstsbsisrissrs/isipis conhecimento que sero objeto da atividade docente, adequando-os s atividades escolares prprias das diferentes etapas e modalidades da educao bsica; 45 Srpzrirstsbsisrfrtssrs/isipis conhecimento com: (a) os fatos, tendncias, fenmenos ou movimentos da atualidade; (b) os fatos significativos da vida pessoal, social e profissional dos alunos; Cmprtihrsbrsmtsifrtsrs/isipis conhecimento, e articular em seu trabalho as contribuies dessas reas; Sr prfiitusLgu Prtugus himts matemticos nas tarefas, atividades e situaes sociais que forem relevantes para seu exerccio profissional; Fzrusrursstgiifrmmuifrm aumentar as possibilidades de aprendizagem dos alunos; Competncias referentes ao domnio do conhecimento pedaggico Crirpjrrizrgrirvirsitusitisfizspr aprendizagemeparaodesenvolvimentodosalunos,utilizandooconhecimentodasreas oudisciplinasaseremensinadas,dastemticassociaistransversaisaocurrculoescolar, dos contextos sociais considerados relevantes para a aprendizagem escolar, bem como as especificidades didticas envolvidas; Utiizrmsifrtsfxvisrgiztmpspde agrupamentodosalunos,parafavorecereenriquecerseuprocessodedesenvolvimentoe aprendizagem; jrifrtsstrtgismuistssbgrs maisadequadas,considerandoadiversidadedosalunos,osobjetivosdasatividades propostas e as caractersticas dos prprios contedos; tifirisrpruzirmtriisrurssprutiiziti diversificando as possveis atividades e potencializando seu uso em diferentes situaes; Grirss a organizao do trabalho, estabelecendo uma relao de autoridade e confiana com os alunos; trvirssitusutivsmssibiihimtfirm responsvel de sua autoridade; Utiizr strtgis ivrsifisvida aprendizagem e, a partir de seus resultados, formular propostas de interveno pedaggica, considerando o desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos; 46 Competnciasreferentesaoconhecimentodeprocessosdeinvestigaoque possibilitem o aperfeioamento da prtica pedaggica isrsitusrsitrpssisqurrmsm distanciamento profissional necessrio sua compreenso; Sistmtizrsiizrrfx sbrprti t ivstigtxt educativo e analisando a prpria prtica profissional; Utiizr-se dos conhecimentos para manter-se atualizado em relao aos contedos de ensino e ao conhecimento pedaggico; Utiizr rsutspsquis prprimrmtsu prti prfissinal. Competnciasreferentesaogerenciamentodoprpriodesenvolvimento profissional Utiizrsifrtsftsvusifrmtumtitu disponibilidadeeflexibilidadeparamudanas,gostopelaleituraeempenhonousoda escrita como instrumento de desenvolvimento profissional; Ebrrsvvr prjts pssisstutrbh mph-se em compartilhar a prtica e produzir coletivamente; Utiizrhimtsbr rgizgst fiimtodossistemas de ensino, sobre a legislao e as polticas pblicas referentes educao. 47 7.ORGANIZAO CURRICULAR 7.1. Consideraes gerais Conceber e organizar um Curso de Licenciatura no , de maneira alguma, algo trivial emqueasimplesjustaposiodedisciplinas,visandopreencheracargahorriaexigida legalmente,sejasuficienteparaaformaodefuturosprofessorescomoperfildescrito neste trabalho. Vislumbrandofornecercondiesformativasquefavoreamaconstruodoperfil almejado para os futuros professores de qumica, buscou-se a estruturao de um currculo quepossibiliteumaformaoholsticaeque,paratanto,pretendesuperarasdicotomias entre teoria/prtica e conhecimento especfico/pedaggico. Aconstruodesteplanobalizou-sesPripisritrsprumrfrm frm ts irtrizs prfrmprfssrs tisPrr CNE/CP 9/2001.Assim, procurou-se estruturar o curso fundamentado:pmptimurmsdisciplinasarticuladasnos tempoeespaocurricularesdeformaapossibilitaraaquisiodecompetncias estabelecidas;iisimtriivrtiquviissifuturprfssr experienciar,duranteoprocessoformativo,asatitudes,modelosdidticos,capacidadese modosorganizaoquesepretendeseremconcretizadosnassuasfuturasprtica pedaggicas;pprizgm m struiivu m itr mrealidade que o cerca;pontedo,pormeiodesuaabordagemprecipuamente interdisciplinar, como base para a construo e/ou desenvolvimento de competncias;vi ti m istrumt itgrtprss frmtiv qu pssibiit nosaaferiodosresultadosalcanados,masaidentificaodepercursos eventualmente necessrios; 48 psquis m mt ssifrm prfissi t. Cabe ressaltar ainda que fora necessria a compilao das exigncias legais contidas em diversos pareceres e resolues. A Resoluo CNE/CP 2/2002 estabelece que verbis:Art.1AcargahorriadoscursosdeFormaodeProfessoresdaEducao Bsica,emnvelsuperior,emcursodelicenciatura,degraduaoplena,ser efetivadamedianteaintegralizaode,nomnimo,2800(duasmileoitocentas) horas, nas quais a articulao teoria-prtica garanta, nos termos dos seus projetos pedaggicos, as seguintes dimenses dos componentes comuns: I-400(quatrocentas)horasdeprticacomocomponentecurricular,vivenciadas ao longo do curso; II - 400 (quatrocentas) horas de estgio curricular supervisionado a partir do incio da segunda metade do curso; III-1800(mileoitocentas)horasdeaulasparaoscontedoscurricularesde natureza cientfico-cultural; IV-200(duzentas)horasparaoutrasformasdeatividadesacadmico-cientfico-culturais. Pargrafonico.Osalunosqueexeramatividadedocenteregularnaeducao bsica podero terreduo da carga horria do estgio curricularsupervisionado at o mximo de 200 (duzentas) horas. Art. 2 A durao da carga horria prevista no Art. 1 desta Resoluo, obedecidos os200(duzentos)diasletivos/anodispostosnaLDB,serintegralizadaem,no mnimo, 3 (trs) anos letivos. Alm disso, no pargrafo nico do Art. 11 da Resoluo CNE/CP 1/2002, encontra-se queotempodedicadosdimensespedaggicasnodeveserinferiorquintaparteda carga horria total, ou seja, para um curso de 2800 horas obrigatoriamente 560 horas devem contemplar componentes curriculares de natureza pedaggica. OParecerCNE/CES1303/2001prescrevequeentreoscontedosbsicosdevem fazerparteobrigatoriamente:matemtica,fsicaequmica.Porsuavez,aResoluo Ordinria:RO1.511/75de10/02/76doConselhoFederaldeQumica,estabelececritrios para concesso das atribuies conforme crditos mnimos verbis: Art.1Ficaestabelecido,paraosefeitosdosarts.4e5daResoluo Normativan.36,anecessidadedetercumpridoumCurrculodeQumica abrangendo matrias com a extenso mnima abaixo indicada: 1. Matrias bsicas (Matemtica, Fsica e Mineralogia): 36 crditos 2. Matrias qumicas profissionais: a) Qumica Geral e Qumica Inorgnica: 16 crditos b)QumicaAnaltica(AnliseQualitativa,AnliseQuantitativaeAnlise Instrumental): 16crditos c)QumicaOrgnica(QumicaOrgnica,AnliseOrgnica,Bioqumica):16 crditos d) Fsico-Qumica: 16 crditos 3.Matriasadicionais(DisciplinasrelacionadascomaQumicainclusiveasdo item 2 no computadas no mesmo): 16 crditos Observao: 1 crdito equivale a 15 horas-aula tericas ou 30 horas-aula prticas. 49 Paracontemplartodasasexignciaslegais,foinecessriocolimaras obrigatoriedades de carga horria conforme Esquema 1. Esquema1.CompilaodasexignciaslegaisdecargahorriaparacursosdeLicenciaturaem Qumica.Onde:CFQ=ConselhoFederaldeQumica;CNE=ConselhoNacionaldeEducao; PCC=PrticacomoComponenteCurricular;ECS=EstgioCurricularSupervisionado; ACC=AtividadesAcadmico-Cientfico-Culturais;CHT=CargaHorriaTotal;CP=Componente Pedaggica. Portanto,paraatendersexignciasdoCFQedoCNEocursodevepossuiruma carga horria mnima de 3062,5 horas, das quais, obrigatoriamente, 612,5 horas devem ser para reservadas para Componentes Pedaggicos. AResoluoCNE/CP2/2002determinaaindaque,das2800horasmnimasparao cursodeLicenciatura,400horasdevemserdestinadasparaaprticacomocomponente curricular.Devidosvriasinterpretaespossveis,oParecerCNE/CP28/2001faza 50 distino entre os componentes curriculares: prtica como componente curricular, prtica de ensino e estgio supervisionado. Neste parecer lemos verbis: A prtica como componente curricular , pois, uma prtica que produz algo no mbitodoensino.Sendoaprticaumtrabalhoconscientecujasdiretrizesse nutremdoParecer9/2001elaterqueserumaatividadetoflexvelquanto outrospontosdeapoiodoprocessoformativo,afimdedarcontadosmltiplos modosdeserdaatividadeacadmico-cientfica.Assim,eladeveserplanejada quando da elaborao do projeto pedaggico e seu acontecer deve se dar desde oinciodaduraodoprocessoformativoeseestenderaolongodetodooseu processo.Emarticulaointrnsecacomoestgiosupervisionadoecomas atividades de trabalho acadmico, ela concorre conjuntamente para a formao da identidade do professor como educador.Esta correlao teoria e prtica um movimento contnuo entre sabere fazerna busca de significados na gesto, administrao e resoluo de situaes prprias do ambiente da educao escolar. Nestesentidooptou-seporfazeradistribuiodestas400horasemdisciplinas especficas e pedaggicas ao longo de todos os semestres. De acordo com o 3 do Art. 12 da Resoluo CNE/CP 1/2002 a prtica pedaggica no poder ficar reduzida a um espao isolado,quearestrinjaaoestgio,desarticuladodorestantedoCurso.Aideiaento buscardesenvolveraolongodocursoatividadesterico-prticasquearticulemdisciplinas da formao especfica e da formao pedaggica, assumindo, portanto, um carter coletivo e interdisciplinar.Aprticacomocomponentecurriculardeverproporcionaraoalunoaoportunidade inicial de conhecer, analisar e intervir no espao escolar ou em outros ambientes educativos, epormeiodediversosolhares,queobrigatoriamenteinterajamentresi,busquema compreenso da realidade de forma menos fragmentada e compartimentalizada, ou seja, de forma relacional e dinmica.Portanto,aprticacomocomponentecurricularpresentenosdiferentestempose espaoscurricularesdeverpriorizarodesenvolvimentodeprojetosinterdisciplinarese/ou aesdidticasquelevemosdiscentesaidentificar,analisarebuscaralternativaspara situaes-problemasdomeioreal;problematizarsituaese,apartirdelas,iniciar-seno desenvolvimento de pesquisas na rea educacional. interessante notar que estes projetos, apartirdasegundametadedocurso,deacordocomoParecerCNE/CP28/2001devem strmrtiuitrnsecacomoestgiosupervisionadoecomasatividadesde trbh mi. 51 Osresultadosdestesprojetosinterdisciplinarese/ouaespedaggicaspodemser divulgadosemeventoscientficos,emexposiesnacomunidade,emsemanas pedaggicasoutecnolgicas,buscandoocontatomaisdiretocomomundodapesquisa acadmica e a maior interao com a comunidade local. 7.2. Matriz curricular OCursodeLicenciaturaemQumicatemumacargahorriade3070horas.Nesta carga horria esto previstas 412 horas de prtica como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso, 400 horas de estgio curricular supervisionado distribudas a partir do 4o semestre,2058horasparaoscontedoscurricularesdenaturezacientfico-culturale200 horas de atividades acadmico-cientfico-cultural, conforme Tabela 9. Tabela 09. Distribuio da carga horria para as Etapas Curriculares do Curso de Licenciatura em Qumica. Etapas CurricularesCarga horria Disciplinas obrigatrias2058 Estgio Curricular Supervisionado400 Atividades acadmico-cientfico-culturais200 Prtica como componente curricular412 Na Tabela 10 encontra-se a matriz curricular do Curso de Licenciatura em Qumica do IFSP campus Catanduva.52 Tabela 10. Matriz curricular do Curso de Licenciatura em Qumica. TeoriaPrticaPCC*ECS**Qumica Geral I QG1 LQ Terica/Prtica 2 2 2 1 0 9579,2Matemtica I MT1 LQ Teoria 1 4 0 1 0 95 79,25747,5Inf ormtica Aplicada Formao do Prof . de Qumica INF LQ Prtica 2 0 2 0 0 38 31,7Filosof ia da Educao FED LQ Teoria 1 3 0 0 0 57 47,5Histria da Educao HED LQ Teoria 1 3 0 1 0 76 63,314 4 4 0 418 348,3Qumica Geral II QG2 LQ Terica/Prtica 2 2 2 1 0 95 79,2Qumica Orgnica I QO1 LQ Terica/Prtica 2 2 2 1 0 95 79,2Matemtica II MT2 LQ Teoria 1 3 0 1 0 76 63,3Fsica II FS2 LQ Teoria 1 2 0 1 0 57 47,595 79,213 4 5 0 418 348,3Qumica Orgnica II QO2 LQ Terica/Prtica 2 3 2 1 0 114 95,0Fsica III FS3 LQ Terica/Prtica 2 2 2 0 0 76 63,3Biologia BIO LQ Teoria 1 3 0 1 0 76 63,3Matemtica III MT3 LQ Teoria 1 3 0 0 0 57 47,557 47,5Orientaes Curriculares Of iciais OCO LQ Teoria 1 3 0 0 0 57 47,517 4 2 0 437 364,2Qumica Inorgnica I QI1 LQ Terica/Prtica 2 1 2 1 0 76 63,3Fsico-Qumica I FQ1 LQ Terica/Prtica 2 3 2 1 0 114 95,0Didtica Geral DGE LQ Teoria 1 4 0 1 0 95 79,2Histria da Cincia e da Tecnologia HCT LQ Teoria 1 3 0 0 0 57 47,5Noes de Estatstica EST LQ Teoria 1 2 0 0 0 38 31,7Leitura, Produo e Interpretao de Texto LPT LQ Teoria 1 2 0 0 0 38 31,715 4 3 0 418 348,37663,3Fsico-Qumica II FQ2 LQ Terica/Prtica 2 2 2 1 0 95 79,2Noes de Libras NLB LQ Teoria 1 2 0 0 0 38 31,7190 158,38 4 4 5 399 332,5Qumica Analtica Qualitativa QAL LQ Terica/Prtica 2 3 2 1 0 114 95,0Bioqumica BQM LQ Terica/Prtica 2 2 2 1 0 95 79,2Fsico-Qumica III FQ3 LQ Teoria 1 4 0 0 0 76 63,3Metodologia de Ensino de Cincias MEC LQ Teoria 1 3 0 1 5 171 142,512 4 3 5 456 380,0Qumica Analtica Quantitativa QAN LQ Terica/Prtica 2 3 2 1 0 114 95,0Mineralogia e Qumica do Solo MQS LQ Terica/Prtica 2 3 2 1 0 114 95,09 4 3 5 399 333,0Qumica Ambiental QAM LQ Teoria 1 4 0 1 0 95 79,2Qumica e Desenvolvimento Sustentvel QDS LQ Teoria 1 3 0 0 0 57 47,5Qumica Analtica Instrumental QAI LQ Terica/Prtica 2 2 2 0 0 76 63,3Instrumentao para o Ensino de Qumica IEQ LQ Terica/Prtica 2 1 2 1 5 171 142,510 4 2 5 399 332,5Obs: 1) As aulas sero de 50 minutos. 2) A concluso de todos os semestres conf ere a habilitao prof issional de Licenciadoem QumicaEstgio Curricular Supervisionado (total de horas) 400,0Atividades acadmico-cientfico-culturais (total de horas) 200,0Carga-horria do curso 3070,5*PCC TOTAL(total de horas) 411,7**Estgio Curricular Supervisionado (disciplinar) 316,7Estgio Curricular Supervisionado (autnomo) 83,3PCC Disciplinas Profissionais, Bsicas e Adicionais (total de horas) 285,0Disciplinas Pedaggicas (total de horas) 618,0PCC Disciplinas Pedaggicas(total de horas) 126,7Total VII:Oitavo semestre108Total VIII:Disciplinas Profissionais, Bsicas e Adicionais (total de horas) 1440,83 0 1 5 171 143,0Total V:Sexto semestre106Total VI:Stimo semestre107Metodologia do Trabalho Cientf icoMTC LQ Teoria 10Didtica para o Ensino de Qumica DEQ LQ Teoria 1 3 0 2 5Total IV:Quinto semestreQumica Inorgnica II105QI2 LQ Terica/Prtica 2 1 2 10Total III:Quarto semestre104103Histria da Educao Brasileira HEB LQ Teoria 1 34 0 1 0Total II:Terceiro semestre10 01 0Total I:Segundo semestre102Psicologia da Educao PED LQ TeoriaTotal de aulasTotal de horasPrimeiro semestre101 Fsica I FS1LQ Teoria 1 2 0ComponentesCdigoSemestreCdigodisciplinaTeoria/PrticaN Professoraula/semanaAutorizao do curso no IFSP: Resoluo n479, de 6 de dezembro de 20113071INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE SO PAULOCriado pelo Decreto n 7.566 de 23/09/1909 - Ministrio da Agricultura, Indstria e Comrcio, e transf ormado pela Lei n 11.892 de 29/12/2008.ESTRUTURA CURRICULARCampusCatanduvaCARGA HORRIADO CURSO Licenciatura em QumicaNmero desemanas: 193070 53 A distribuio das componentes curriculares por ncleos disciplinares pode ser vista na Tabela 11. Tabela11.DistribuiodascomponentescurricularesporncleosdisciplinaresdoCursode Licenciatura em Qumica. Ncleos disciplinaresComponente CurricularCarga horria Contedos de Natureza Cientfico-Cultural Bsicos: Fsica I 31,7 Fsica II 31,7 Fsica III 63,3 Matemtica I 63,3 Matemtica II 47,5 Matemtica III 47,5 Noes de Estatstica 31,7 Qumica Geral I 63,3 Qumica Geral II 63,3 Complementares: Biologia 47,5 Bioqumica 63,3 Didtica para o Ensino de Qumica 47,5 Didtica Geral 63,3 Filosofia da Educao 47,5 Fisico-Qumica I 79,2 Fisico-Qumica II 63,3 Fisico-Qumica III 63,3 Histria da Educao 47,5 Histria da Educao Brasileira 47,5 Histria da Cincia e da Tecnologia 47,5 Informtica Aplicada Formao do Professor de Qumica 31,7 Instrumentao para o Ensino e Qumica 47,5 Leitura, Produo e Interpretao de Texto 31,7 Metodologia de Ensino de Cincias 47,5 Metodologia do Trabalho Cientfico 47,5 Mineralogia e Qumica do Solo 79,2 Noes de Libras 31,7 54 Ncleos disciplinaresComponente CurricularCarga horria Orientaes Curriculares Oficiais 47,5 Psicologia da Educao 63,3 Qumica Ambiental 63,3 Qumica Analtica Instrumental 63,3 Qumica Analtica Qualitativa 79,2 Qumica Analtica Quantitativa 79,2 Qumica Inorgnica I 47,5 Qumica Inorgnica II 47,5 Qumica Orgnica I 63,3 Qumica Orgnica II 79,2 Qumica e Desenvolvimento Sustentvel 47,5 Contedos de Natureza Prtica como componente curricular Biologia 15,8 Bioqumica 15,8 Didtica para o Ensino de Qumica 31,6 Fsica I 15,8 Fsica II 15,8 Fisico-Qumica I 15,8 Fisico-Qumica II 15,8 Histria da Educao 15,8 Instrumentao para o Ensino de Qumica 15,8 Matemtica I 15,8 Matemtica II 15,8 Metodologia de Ensino de Cincias 15,8 Mineralogia e Qumica do Solo 15,8 Metodologia do Trabalho Cientfico 15,8 Didtica Geral 15,8 Psicologia da Educao 15,8 Qumica Ambiental 15,8 Qumica Analtica Qualitativa 15,8 Qumica Analtica Quantitativa 15,8 Qumica Geral I 15,8 Qumica Geral II 15,8 Qumica Inorgnica I 15,8 55 Ncleos disciplinaresComponente CurricularCarga horria Qumica Inorgnica II 15,8 Qumica Orgnica I 15,8 Qumica Orgnica II 15,8 Estgio Curricular SupervisionadoDidtica para o Ensino de Qumica 79,2 Instrumentao para o Ensino de Qumica 79,2 Metodologia de Ensino de Cincias 79,2 Metodologia do Trabalho Cientfico 79,2 NaTabela12pode-severificarasDisciplinasObrigatriasdoNcleodeFormao Especfica. Tabela 12. Disciplinas Obrigatrias do Ncleo de Formao Especfica do Curso de Licenciatura em Qumica. Componente CurricularCarga Horria TericaCarga Horria PrticaCarga Horria Total Biologia 63,3063,3 Bioqumica 31,731,763,3 Fsica I 47,5047,5 Fsica II 47,5047,5 Fsica III 31,731,763,3 Fisico-Qumica I 63,331,795,0 Fisico-Qumica II 47,531,779,2 Fisico-Qumica III 63,3063,3 Informtica Aplicada Formao do Professor de Qumica 031,731,7 Matemtica I 79,2079,2 Matemtica II 63,3063,3 Matemtica III 47,5047,5 Mineralogia e Qumica do Solo 63,331,795,0 Noes de Estatstica 31,7031,7 Qumica Ambiental 79,2079,2 Qumica Analtica Instrumental 31,731,763,3 Qumica Ana