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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO Odontologia Atualizado em 2017

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO Odontologia.pdf · 14.1.3- Laboratório de Microbiologia e Imunologia 292 ... Unidade Básica de Saúde com ... Campos de estágio nas disciplinas de

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  • PROJETO PEDAGGICO DE CURSO

    Odontologia

    Atualizado em 2017

  • 1

    MANTENEDORA

    Associao Educativa Evanglica

    Presidente: Ernei de Oliveira Pina

    MANTIDA

    Centro Universitrio de Anpolis

    Reitor: Carlos Hassel Mendes

    Chanceler: Ernei de Oliveira Pina

    Endereo: Av. Universitria Km. 3, 5 - Cidade Universitria, Anpolis

    CURSO

    Odontologia

    Diretora: Cristiane Martins Rodrigues Bernardes

  • 2

    Sumrio

    Apresentao 01

    1. Contexto Educacional 04

    2. Contexto Institucional 17

    3. Polticas Institucionais no mbito do Curso 26

    3.1- Polticas para o Ensino 26

    3.2- Polticas para a Pesquisa 27

    3.3- Polticas para a Extenso 30

    3.4- Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a

    extenso

    36

    4. Organizao e Gesto da Instituio 37

    5. Responsabilidade Social 38

    6. Polticas de Atendimento ao Discente 40

    7. Aes Institucionais referentes Diversidade, ao Meio-Ambiente,

    Memria Cultural, Produo Artstica, e ao Patrimnio Cultural

    42

    8. Concepo do Curso 44

    8.1- Identificao do Curso 45

    8.2- Formas de Ingresso 45

    8.3- Justificativa do Curso 45

    8.4- Objetivos do Curso 46

    8.5- Perfil Profissional do Egresso 47

    8.5.1- Habilidades e Competncias Gerais 48

    8.5.2- Habilidades e Competncias Especficas 49

    8.6- Estrutura Curricular 50

    I. Flexibilidade 53

    II. Interdiciplinaridade 56

    III. Articulao Terico-Prtica 58

    IV. Acessibilidade Plena 64

    V. Integralizao Curricular e Carga Horria 68

    8.6.1- Matriz Curricular 68

    8.6.2- Contedos Curriculares 74

  • 3

    8.6.3- Ementas e Bibliografias Bsicas e Complementares 83

    8.6.3.1 Peridicos Especializados 134

    8.6.4- Articulao de Contedos em Disciplinas 135

    9. Fundamentos Metodolgicos 218

    9.1- Tecnologias de Informao e Comunicao 226

    10. Processos Formativos 231

    10.1- Apoio Discente 231

    10.1.1- Demanda Individual 231

    10.1.2- Demanda Coletiva 234

    10.2- Estgio Curricular Supervisionado 235

    10.3- Atividades Complementares 239

    10.4- Trabalho de Curso 239

    10.5- Ncleo de Assuntos Internacionais 242

    10.6- Monitorias 243

    10.7- Ligas Acadmicas 244

    10.8- Mostra Cultural 245

    10.9- Integrao do Curso com o Sistema de Sade Local e

    Regional/SUS

    245

    11. Processo de Avaliao do Curso 250

    11.1- Aes Decorrentes do Processo de Avaliao do Curso 256

    11.2- Organizao Didtico-Pedaggica 256

    11.3- Corpo Docente 258

    11.4- Infraestrutura 259

    12. Avaliao dos Processos de Ensino-Aprendizagem 261

    13. Organizao Administrativa e Acadmica do Curso 268

    13.1- Coordenao do Curso 268

    13.2- Coordenao Pedaggica 270

    13.3- Ncleo Docente Estruturante 271

    13.4- Colegiado do Curso 272

    13.5- Corpo Docente 272

    13.6- Colaboradores 278

    13.6.1- Secretaria Setorial do Curso de Odontologia 278

    13.6.2- Laboratrios de Ensino 278

  • 4

    13.6.3- Laboratrios de Habilidades Odontolgicas 279

    13.6.4- Laboratrios de Especialidades 279

    14. Infraestrutura Arquitetnica e Tecnolgica 281

    14.1- Setor Administrativo 281

    14.1.1- Secretaria Setorial 281

    14.1.2- Sala da Direo 282

    14.1.3- Sala das Coordenaes Pedaggica e Planejamento 283

    14.1.4- Sala da Coordenao de Pesquisa 284

    14.1.5- Sala da Coordenao de Clnica 284

    14.1.6- Sala de Reunies do Ncleo Docente Estruturante 285

    14.1.7- Sala de Professores 285

    14.1.8- Gabinetes de Trabalho - Estaes NAPEDD 286

    14.1.9- Salas de Aula 286

    14.2- Sistema Acadmico Lyceum 288

    14.3- Condies de Acessibilidade s Instalaes do Curso de

    Odontologia

    289

    14.4- Laboratrios de Ensino 290

    14.1.1- Laboratrios Multidisciplinares de Qumica 290

    14.1.2- Laboratrios de Anatomia Humana 291

    14.1.3- Laboratrio de Microbiologia e Imunologia 292

    14.1.4- Laboratrios de Microscopia 293

    14.5- Laboratrios de Habilidades Odontolgicas 294

    14.5.1- Laboratrio de Habilidades Odontolgicas I 295

    14.5.2- Laboratrio de Habilidades Odontolgicas II 295

    14.6- Laboratrios Didticos Especializados 296

    14.6.1- Centro de Diagnstico por Imagem 296

    14.6.2- Clnica Odontolgica de Ensino 300

    15. Avaliao do Projeto Pedaggico do Curso 307

    Apndice 1- Regulamento do Colegiado de Curso 309

    Apndice 2- Fluxograma de Articulao de Contedos Intradisciplinar e

    Interdisciplinar

    312

    Apndice 3- Regulamento do Ncleo de Apoio Psicopedaggico e

    Experincia Docente e Discente

    313

  • 5

    Apndice 4- Regulamento do Estgio Curricular Supervisionado 317

    Apndice 5- Regulamento das Atividades Complementares 326

    Apndice 6- Regulamento do Trabalho de Curso 330

    Apndice 7- Regulamento do Ncleo Docente Estruturante 337

    Anexo 1- Incio de Funcionamento do Curso 340

    Anexo 2- Reconhecimento do Curso 341

    Anexo 3- Renovao de Reconhecimento do Curso 342

    Lista de Abreviaes

    ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ACG Avaliao dos Cursos de Graduao

    ACS - Agente Comunitrio de Sade

    AEE - Associao Educativa Evanglica

    APAE - Associao de Pais e Amigos dos excepcionais

    CAIS - Centro de Ateno Integral sade

    CAPES - Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior

    CAS - Conselho Acadmico Superior

    CDI - Centro de Diagnstico e Imagem

    CEAC - Coordenadoria de Extenso e Ao Comunitria

    CEO - Centro de Especialidades Odontolgica

    CEP - Comit de tica em Pesquisa

    CIEE - Centro de Integrao Empresa Escola

    CIPEEX- Congresso Internacional de Pesquisa, Ensino e Extenso

    CMEI - Centro Municipal de Educao Infantil

    CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico

    COE - Clnica Odontolgica de Ensino

    COMSEL - Comisso de Seleo

    CONAES - Comisso Nacional de Avaliao da Educao Superior

    CPA - Comisso Prpria de Avaliao

    CPO-D - ndice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados por dente

    DA - Diretrio Acadmico

    DAIA - Distrito Agroindustrial de Anpolis

  • 6

    DCNO - Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Odontologia

    DOU - Dirio Oficial da Unio

    ENADE - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

    ENEM - Exame Nacional do Ensino Mdio

    FADA - Faculdade de Direito de Anpolis

    FFBS - Faculdade de Filosofia Bernardo Sayo

    FIES - Fundo de Financiamento Estudantil

    FOJOP - Faculdade de Odontologia Joo Prudente

    IEL - Instituto Euvaldo Lodi

    IES - Instituio de Ensino Superior

    INEP Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira

    LDB - Lei de Diretrizes e Bases

    LIBRAS - Lngua Brasileira de Sinais

    MEC - Ministrio da Educao

    NAI - Ncleo de Assuntos Internacionais

    NAPEDD - Ncleo de Apoio Psicopedaggico e Experincia Docente e Discente

    NDE - Ncleo Docente Estruturante

    NIT Ncleo de Inovao Tecnolgica

    O.S.C.E. - Objective Structured Clinical Examination

    OMS - Organizao Mundial da Sade

    OVG - Organizao das Voluntrias de Gois

    PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional

    PIB - Produto Interno Bruto

    PIBC - Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica

    PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Incentivo Docncia

    PIPPS - Projeto Interdisciplinar de Polticas Pblicas de Sade

    PNAB - Poltica Nacional de Ateno Bsica

    PGRSS - Programa de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade

    PPC - Projeto Pedaggico do Curso

    PPI - Projeto Pedaggico Institucional

    PROACAD - Pr-Reitora Acadmica

    PROPPE - Pr-Reitora de Ps-Graduao, Pesquisa, Extenso e Ao Comunitria.

    ProUni - Programa Universidade para Todos

    PTO - Posto de Trabalho Odontolgico

  • 7

    PVIC - Programa de Iniciao Cientfica Voluntria

    SB Brasil - Sade Bucal Brasil

    SEA - Subcomisso Especialistas em Avaliao

    SIA - Subcomisso Interna de Avaliao Especialistas

    SINAES - Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior.

    SIVAM - Servio de vigilncia da Amaznia

    TBL - Team Based Learning

    TEA - Transtorno do Espectro Autista

    TIC - Tecnologias da Informao e Comunicao

    UBS/ESF - Unidade Bsica de Sade com Estratgia Sade da Famlia

    Lista de Quadros

    Quadro 1- Informaes do Censo 2010 sobre os trs municpios mais populosos de

    Gois.

    Quadro 2- Participao relativa da populao, PIB total e participaes relativa e

    acumulada, segundo as Unidades da Federao e os cinco principais municpios

    2010.

    Quadro 3 Representao esquemtica da formao das disciplinas, a partir dos eixos

    tericos/metodolgico norteadores.

    Quadro 4 Representao esquemtica a partir dos eixos tericos/metodolgico

    norteadores indicando o eixo transversal (articulao teoria/prtica).

    Quadro 5 Representao esquemtica a partir dos eixos tericos/metodolgico

    norteadores indicando o eixo longitudinal (articulao teoria/prtica).

    Quadro 6 Matriz curricular representada em nmero de disciplinas por perodo

    Quadro 7 Matriz curricular representada com pr-requisito e co-requisito.

    Quadro 8 Descrio das estratgias de ensino-aprendizagem utilizadas em cada

    perodo.

    Quadro 9 Carga Horria Estgio Curricular Supervisionado e Nvel de Ateno.

    Quadro 10 Carga horria Estgio Curricular Supervisionado e locais de estgio.

    Quadro 11 Disciplina Pr-Internato Odontolgico.

    Quadro 12 Nveis de Ateno em Sade/Local(is) de Estgio.

  • 8

    Quadro 13 Campos de estgio nas disciplinas de Projeto Interdisciplinar de Polticas

    Pblicas de Sade.

    Quadro 14 Processos Avaliativos

    Quadro 15 Descrio do Corpo Docente por Disciplina (2017.1).

    Quadro 16 Descrio do Corpo Docente por rea (2017.1)

    Quadro 17 Recursos Humanos na Secretaria Setorial

    Quadro 18 Recursos Humanos nos Laboratrios de Ensino (LABBAS)

    Quadro 19 Recursos Humanos nos Laboratrios de Habilidades Odontolgicas

    Quadro 20 Recursos Humanos da Clnica Odontolgica de Ensino e Centro de

    Diagnstico por Imagem.

    Lista de Figuras

    Figura 1 Distribuio percentual da Populao por situao de domiclio 1980 a

    2010.

    Figura 2 Distribuio percentual da Populao por grandes grupos de idade Brasil

    1980 a 2010.

    Figura 3 Distribuio percentual da Populao por sexo segundo os grupos de idade

    2010.

    Figura 4 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB

    Brasil, 2003).

    Figura 5 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB

    Brasil, 2010).

    Figura 6 Organograma do Centro Universitrio de Anpolis.

    Lista de Tabelas

    Tabela 1 Indicadores Demogrficos de Sade no Brasil.

    Tabela 2 Metas da OMS para o ano 2000 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal

    no Brasil.

    Tabela 3 Metas da OMS para o ano 2010 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal

    no Brasil.

    Tabela 4 Cursos de Odontologia no Estado de Gois.

  • 9

    Lista de Imagens

    Imagem 1 Monitoria

    Imagem 2 Mostra Cultural do Curso de Odontologia

    Imagem 3 Ao Social da Liga de Cirurgia

    Imagem 4 Ao Educativa Interdiciplinar para Idosos

    Imagem 5 Participao da Odontologia no Projeto Ciranda

    Imagem 6 Parceria do Curso de Odontologia com a APAE

    Imagem 7 Participao do Curso de Odontologia no Semana para Jesus

    Imagem 8 Participao dos acadmicos e docentes no Projeto UniEVANGLICA

    Cidad Itinerante.

    Imagem 9 Algumas Aes em Sade da disciplina de PIPPS

    Imagem 10 Africa Day

    Imagem 11 Paciente Cadeirante sendo Atendida na Prpria Cadeira com a

    Giroverso do Encosto

    Imagem 12 Trilha Ecolgica realizada pelo PIPPS III para estudo das Polticas de

    Educao Ambiental

    Imagem 13 Montagem de mural de emponderamento sobre os temas

    Imagem 14 Uso das Tecnologias da Informao e Comunicao nos Encontros

    Interdisciplinares

    Imagem 15 Corredor de acesso ao curso pelas rampas externas

    Imagem 16 Secretaria Setorial

    Imagem 17 Sala da Direo

    Imagem 18 Sala das coordenaes Pedaggica e de Planejamento

    Imagem 19 Sala da Coordenao de Pesquisa

    Imagem 20 Sala da Coordenao de Clnica

    Imagem 21 Sala de Reunies NDE

    Imagem 22 Gabinetes de Trabalho Estaes NAPEDD

    Imagem 23 Laboratrios Multidisciplinares de Qumica I, II e III

    Imagem 24 Laboratrios de Anatomia Humana I, II e III

    Imagem 25 Laboratrio de Microbiologia e Imunologia

    Imagem 26 Laboratrios de Microscopia I e II

    Imagem 27 - Cmera digital HDMI acoplada ao microscpio e conectados a TV de tela

    plana de 42

  • 10

    Imagem 28 Laboratrios de Habilidades Odontolgicas I e II. Simulador de cabea

    com manequim acoplado.

    Imagem 29 Salas de Espera CDI.

    Imagem 30 Box tipo Labirinto com parede baritada

    Imagem 31 OP300 Instrumentarium Finlndia

    Imagem 32 Laboratrio de Tratamento de Imagem e Tomografia Montada e Impressa

    Imagem 33 Escaner digital para Radiografias Intrabucais

    Imagem 34 Laboratrio de Interpretao Radiogrfica

    Imagem 35 Entrada da COE pelo estacionamento

    Imagem 36 Recepo da COE

    Imagem 37 Brinquedoteca

    Imagem 38 rea de Armazenamento e Distribuio do Material - CME

    Imagem 39 Atendimento na Clnica de Transmisso Simultnea

    Imagem 40 Acadmicos Observando o Atendimento do Paciente

  • 1

    Os novos desafios educacionais, produtivos e sociais e as novas

    estruturas de tomadas de decises pedaggicas, polticas e tcnicas da atualidade

    exigem novas dinmicas, atribuies e expectativas de funcionamento das

    instituies universitrias.

    Estudos recentes ressaltam aspectos importantes que precisam ser

    considerados nas polticas e prticas de Ensino Superior, dentre eles:

    - Considerao das mudanas que esto ocorrendo na produo e na

    transmisso do conhecimento.

    - O aprendiz precisa ser considerado em sua individualidade biolgica,

    com diferentes estilos de aprendizagem, cuja nfase dever estar na construo do

    conhecimento, e no na instruo.

    - O currculo deve ser algo construdo com critrios que considerem uma

    nova cosmoviso e promoo de dilogo permanente entre o indivduo e o seu meio

    ambiente, entre o professor e aluno, e que seja flexvel e baseado nas

    peculiaridades do contexto local.

    - Adoo de estratgias metodolgicas e processo de avaliao que

    assegurem que os alunos ajam com responsabilidade, capacidade crtica e com

    autonomia e que sejam apropriadas s particularidades da competncia a ser

    desenvolvida e s caractersticas dos alunos.

    - Necessidade de maior estreitamento do vnculo entre pesquisa-ensino-

    extenso.

    Esta Instituio colabora com a universalizao do acesso ao

    conhecimento cientfico, tcnico, tico e cultural. A formao proposta nos

    documentos institucionais visa ao desenvolvimento de competncias e habilidades

    que permitam ao acadmico atuar em campos profissionais especficos,

    contribuindo para a melhoria das condies de vida e o desenvolvimento cultural e

    socioeconmico da regio.

  • 2

    O Centro Universitrio de Anpolis objetiva ampliar sua prestao de

    servios por meio de modalidades de ensino diversificadas, em nvel presencial e a

    distncia, articuladas pesquisa e extenso, com base na qualidade social e na

    excelncia acadmica e pedaggica. Essa viso apoia-se nas demandas por ensino

    superior, necessrio formao do cidado, como resposta premncia do

    desenvolvimento regional, buscando a insero sociocultural e produtiva, de modo a

    contribuir para a elevao dos nveis de qualidade de vida e dignidade da

    coletividade.

    O curso de Odontologia tem a proposta de formao do egresso

    profissional desenhada e compartilhada por docentes, discentes e colaboradores,

    destinada tanto aos pacientes da Clnica Odontolgica de Ensino quanto os

    pacientes de outras unidades de sade vinculadas ao Sistema nico de Sade e

    coletividade seja de diferentes regies do municpio de Anpolis ou mesmo da sua

    totalidade.

    Considera-se que esta formao composta pela compreenso dos

    princpios fundantes tanto da profisso cirurgio-dentista quanto da educao, que

    se articula com a odontologia, constituindo educao odontolgica para atender ao

    que se prope nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduao em

    Odontologia. Trata-se de buscar a formao preconizada neste documento, como

    [...] formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, para atuar em todos os

    nveis de ateno sade, com base no rigor tcnico e cientfico (BRASIL, 2002,

    art. 3)1.

    Esta articulao notada na medida em que se aprofunda a leitura deste

    material Projeto Pedaggico do Curso, que ora est sendo apresentado como

    diretrizes para a formao do cirurgio-dentista do Curso de Odontologia do Centro

    Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA.

    A educao odontolgica deve ser balizada por princpios educacionais

    que se relacionam com a proposta de formao prevista mediante: contexto

    institucional e loco regional a qual este futuro egresso se encontra; as habilidades e

    competncias a serem constitudas, a matriz curricular com contedos, ementas e

    1 BRASIL. Conselho Nacional de Educao. Cmara de Educao Superior. Resoluo CNE/CES 3, DE 19 de

    fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Odontologia, 2002.

  • 3

    bibliografias; estratgias de ensino-aprendizagem; processos formativos tais como:

    apoio discente frente demanda individual e coletiva, estgio curricular

    supervisionado, atividades complementares, trabalho de concluso de curso,

    tecnologia de informao e comunicao, ligas acadmicas, e integrao do curso

    com o SUS; e procedimentos de avaliao do processo ensino-aprendizagem.

    Nota-se que todos os processos formativos esto imbricados produzindo

    a tessitura necessria interligao entre eles, contribuindo para que seja possvel

    realizar uma anlise sistmica e global do que se prope neste Projeto Pedaggico

    de Curso. A compreenso de inacabamento como definiu o grande educador

    Paulo Freire2.

    2A inconcluso, repito, faz parte da natureza do fenmeno vital (FREIRE, 1999:61). FREIRE, Paulo. Pedagogia

    da Autonomia. Saberes Necessrios Prtica Educativa. So Paulo: Paz e Terra, 1999.

  • 4

    Na regio Centro-Oeste, na rea que abrange todo o Estado de Gois e o

    Distrito Federal, h uma concentrao urbana mais densa, onde se localizam duas

    regies metropolitanas: Goinia/GO e Braslia/DF; a microrregio do Entorno de

    Braslia/GO e a cidade de Anpolis/GO. A cidade de Goinia, capital do Estado de

    Gois, conta atualmente com 1.333.767 habitantes, segundo dados da Secretaria

    de Planejamento do Estado de Gois (GOIS, SEPLAN, 2012). Se considerarmos a

    regio metropolitana, essa populao atinge cerca de 2 milhes de habitantes. J a

    cidade de Braslia tem uma populao de 2.570.160 habitantes (IBGE, 2010),

    porm, na regio metropolitana, ultrapassa 3 milhes.

    No caminho da BR 060, entre Braslia/DF e Goinia/GO, est a cidade de

    Anpolis/GO, com um quantitativo populacional de 342.347 habitantes, segundo o

    Censo do IBGE/2012. Essa cidade de porte mdio considerada um ponto

    estratgico de contato entre a microrregio Centro-Sul e o Norte do Estado, sendo

    tambm um importante entreposto, ligando as regies Sudeste e Norte do pas.

    Para alm da posio geogrfica, a cidade tem sido alvo de polticas federais que

    desencadearam e vm consolidando o processo de expanso econmica.

    Numa anlise histrica, possvel observar que, ao longo dos 107 anos

    da emancipao de Anpolis, a posio geogrfica estratgica e a dinmica urbana

    local a credenciam como um centro regional. No por acaso, entre os anos 1930 e

    1950, Anpolis foi o maior centro comercial da regio Centro-Oeste. Um fator

    fundamental nesse processo foi a chegada da ferrovia, em 1935. Alguns fatos

    evidenciam essa tese: em 1942, foi instalado o primeiro banco goiano, cujo nome

    era Banco Comercial do Estado de Gois, tendo este 14 filiais no Estado, inclusive

    em Goinia; o segundo banco goiano, o Banco Imobilirio do Oeste Brasileiro S/A,

    inaugurado em 1945, tambm era anapolino.

    Em 1932, foi inaugurado o Colgio Couto Magalhes, embrio da

    Associao Educativa Evanglica, fundada em 1947, que, posteriormente, seria a

    mantenedora das Faculdades Integradas da AEE, transformadas, em 2004, no

    Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA.

  • 5

    Em alguma medida, Anpolis se beneficiou da poltica de interiorizao

    do Brasil, desenvolvida por Getlio Vargas, com o nome de Marcha para o Oeste.

    Foi assim que, em 1941, foi fundada a Colnia Agrcola Nacional de Gois, no Vale

    do So Patrcio, hoje cidade de Ceres. Nessa cidade, a Associao Educativa

    Evanglica criou novas Unidades: o Colgio lvaro de Melo e a Faculdade de

    Filosofia do Vale do So Patrcio.

    A construo de Goinia, nas dcadas de 1930 e 1940, bem como a

    edificao da nova capital federal Braslia, inaugurada em 1961 e a rede de

    rodovias que lhe dariam suporte, impactaram Anpolis, pois o municpio passou

    condio de entroncamento de importantes estradas de rodagem federais e

    estaduais. Tudo isso fez aumentar a populao do Estado e a demanda pelo ensino

    em Gois. Mais uma vez, Anpolis dava resposta a esse desenvolvimento, com a

    criao dos primeiros cursos de ensino superior fora da capital, por meio da

    Associao Educativa Evanglica, em 1960, com a oferta das licenciaturas em

    Histria, Letras, Geografia e Pedagogia.

    Nos anos 1970, Anpolis passou a ser uma referncia no projeto de

    desenvolvimento industrial, com a criao do DAIA (Distrito Agroindustrial de

    Anpolis), inaugurado em 1976. Este Distrito serviria de modelo para que outros do

    gnero fossem instalados no interior do Estado. O DAIA abriga, atualmente, o maior

    nmero de empresas do Estado. Enquanto tal, promove a interligao da cidade a

    grandes metrpoles e outros pases, dinamizando a economia local.

    Outra ao que influenciou diretamente a dinmica urbana local foi a

    efetivao da Estao Aduaneira do Interior, conhecida como Porto Seco. O Porto

    Seco propicia a distribuio de mercadorias e facilita as exportaes.

    A construo do Aeroporto de Cargas de Anpolis, considerada obra

    estratgica para a consolidao da plataforma multimodal no municpio, far de

    Anpolis um centro de logstica, garantindo atrao de mais investimentos e o

    escoamento de produtos, podendo ser em breve um dos principais centros de

    distribuio da produo no Brasil.

    As Instituies de Ensino Superior so tambm representativas da

    dinmica urbana desse municpio. A oferta de educao superior promove a

  • 6

    circulao de pessoas, dinamizada pela instalao de muitos jovens que se mudam

    ou vm diariamente de cidades circunvizinhas para Anpolis.

    Em face do quadro sociopoltico, econmico e cultural de Anpolis e

    regio, a UniEVANGLICA contribui positivamente com a comunidade, tanto no

    atendimento s demandas de ensino de graduao e ps-graduao, como na

    pesquisa cientfica e em atividades de extenso.

    A histria desta Instituio de Ensino Superior revela que sua insero

    regional, iniciada h mais de 70 anos, vem acompanhando o desenvolvimento do

    pas. A ampliao das instalaes fsicas e de laboratrios, o aumento da oferta de

    cursos e vagas e as aes de pesquisa e extenso tm sido realizadas de acordo

    com o cenrio socioeconmico e as demandas regionais.

    Nesse sentido, o credenciamento institucional para a modalidade a

    distncia amplia as possibilidades para o cumprimento de sua misso institucional.

    A perspectiva regional ganha novo escopo, agora em nvel nacional, por meio de

    uma educao a distncia mediada via novas tecnologias de informao e

    comunicao. Assim como as demais aes institucionais, em seu projeto

    educacional, as aes de planejamento da estrutura inicial para a modalidade a

    distncia tambm foram desenhadas utilizando conceitos inovadores de gesto e

    adotando polticas institucionais modernas e eficazes. Dessa forma, a EAD nasce

    com as mesmas caractersticas institucionais de busca pela qualidade que

    permeiam seu trabalho desde o ano de 1961, quando da criao de seu primeiro

    curso superior. Para tanto, investimentos especficos inerentes a um projeto de EAD

    - em recursos educacionais, humanos, tecnolgicos e financeiros j se fazem

    presentes, criando as possibilidades e os caminhos para que a misso institucional

    seja cumprida, agora, no cenrio educacional brasileiro. Os valores, os objetivos e

    as metas institucionais sero trabalhados no sentido de atender s necessidades

    dos alunos em cada um dos Polos de Apoio Presencial, propondo atuaes

    pedaggicas que possam responder de maneira adequada a essas necessidades.

    (PPI/PDI 2014-2018).

    Frente s mudanas das necessidades do pas, em especial na rea de

    sade, e da percepo da sociedade de que a Universidade deve assumir seu papel

    de guardi do conhecimento e de responsabilidade social, o Curso de Odontologia

  • 7

    do Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA prope seu Projeto

    Pedaggico do Curso (PPC).

    Seguindo os preceitos da Instituio, evidenciados em sua misso, que

    diz: a Associao Educativa Evanglica, fundamentada em princpios cristos, tem

    como misso promover, com excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos

    diferentes nveis, da pesquisa e da extenso, buscando a formao de cidados

    comprometidos com o desenvolvimento sustentvel, o Projeto Pedaggico do

    Curso de Odontologia se prope a ser inovador, em sintonia com as Diretrizes

    Curriculares para os Cursos de Odontologia (DCNO) e, principalmente, com os

    avanos tecnolgicos, cientficos, ticos, culturais e sociais da Odontologia na

    atualidade.

    O Curso de Odontologia faz parte do Centro Universitrio de Anpolis

    UniEVANGLICA, situado em Anpolis, municpio do estado de Gois, que possui,

    segundo o Censo 20103, 334.613 habitantes, sendo o terceiro maior em populao

    do Estado, atrs apenas da capital do Estado, Goinia e o municpio de Aparecida

    de Goinia (Quadro 1).

    Quadro 1- Informaes do Censo 2010 sobre os trs municpios mais populosos de Gois.

    Municpio Total

    Habitantes Urbana

    Urbana na

    sede

    Municipal

    Total

    Percentual

    Urbana

    Percentual

    Urbana na

    sede

    Municipal

    Percentual

    rea total

    Km2

    Densidade

    Demogrfica

    da unidade

    territorial

    Hab/ Km2

    Goinia 1.302.001 1.297.076 1.288.033 100,00% 99,00% 98,00% 732,8 1.776,75

    Aparecida

    de Goinia 455.657 455.193 157.296 100,00% 99,00% 34,00% 288,3 1.580,27

    Anpolis 334.613 328.755 325.583 100,00% 98,00% 97,00% 933,2 358,8

    Fonte: Adaptado do Censo 2010 do IBGE (2010). Disponvel em:

    . Acesso em: 20 mai. 2014.

    O municpio de Anpolis possui um Produto Interno Bruto (PIB) que o faz

    ocupar o 52 lugar dentre os 100 maiores municpios do Brasil. Na avaliao dentre

    os 246 municpios do Estado de Gois ocupa o 2 lugar, o que torna o municpio

    mais competitivo, rico e desenvolvido do interior do Centro-Oeste brasileiro (Quadro

    2). Fica a 57 km de Goinia e 152 km de Braslia. O eixo Goinia-Anpolis-Braslia

    , atualmente, a regio mais desenvolvida do Centro-Oeste.

    3 Data do ltimo censo realizado pelo IBGE.

  • 8

    Quadro 2- Participao relativa da populao, PIB total e participaes relativa e acumulada, segundo as Unidades da Federao e os cinco principais municpios 2010. Unidades da Federao e seus cinco principais municpios

    Participao relativa da populao dos 5 principais municpios no total da populao da Unidade da Federao

    Produto Interno Bruto

    Total (1.000 R$)

    Participaes

    Relativa (%)

    Relativa acumulada (%)

    Gois (246 municpios) 39,2

    Goinia 24 445 744 25,1 25,1

    Anpolis 10 059 557 10,3 35,4

    Aparecida de Goinia 5 148 640 5,3 40,6

    Rio Verde 4 160 501 4,3 44,9

    Catalo 3 970 852 4,1 49,0

    Fonte: Adaptado de Produto Interno Bruto dos Municpios, 2010 (IBGE, 2010). Disponvel em: . Acesso em: 20 mai. 2014.

    O Brasil um pas em fase de mudana e de consolidao de sua

    soberania, que tem a necessidade de se adaptar s novas realidades que se

    impem no mundo atual. O pas apresenta problemas sociais graves, com

    distribuio de renda desequilibrada e um perfil populacional dinmico. Tambm

    esto presentes sinais de sua transio demogrfica como as tendncias evidentes

    de urbanizao e envelhecimento da populao (Figura 1 e 2). Tambm possvel

    notar a distribuio entre homens e mulheres de acordo com faixas etrias com

    sinais de maior expectativa de vida para as mulheres (Figura 3).

    Figura 1 Distribuio percentual da Populao por situao de domiclio 1980 a 2010.

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 1980, 1991, 2000 e

    2010, e Contagem da Populao 1996. Disponvel

    em:

    .

    Acesso em: 20 mai. 2014.

    Figura 2 Distribuio percentual da Populao por grandes grupos de idade Brasil 1980

    a 2010.

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 1980, 1991, 2000 e

    2010, e Contagem da Populao 1996. Disponvel

    em:

    . Acesso em: 20 mai. 2014.

    Figura 3 Distribuio percentual da

    Populao por sexo segundo os grupos de

    idade 2010.

  • 9

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010. Disponvel

    em:

    . Acesso

    em: 20 mai. 2014.

    A sociedade brasileira est em amplo desenvolvimento de conscincia

    cidad, cada vez mais exercendo seus direitos e deveres. Neste contexto, a sade

    precisa mudar sua prtica de um paradigma com enfoque na doena para outro com

    enfoque em sade, contribuindo com eficincia para a melhoria da qualidade de

    vida das pessoas. Apesar dos indicadores de qualidade da sade, observados nos

    ltimos anos, (Tabela 1) mostrarem um avano, o pas ainda tem problemas de

    sade graves, em nveis de pases subdesenvolvidos. Para a superao deste

    desafio a formao de um profissional preocupado com a ateno sade integral e

    com qualidade, que d nfase na promoo e preveno em sade, que seja crtico,

    capaz de aprender a aprender, de trabalhar em equipe e de levar em considerao

    a realidade social passa a ser fundamental.

    Tabela 1 Indicadores Demogrficos de Sade no Brasil.

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Esperana de

    vida ao nascer

    69,8 70,3 70,7 71,2 71,6 72,0 72,4 72,8 73,8 73,5 73,9 74,2 74,5

    Taxa* de

    fecundidade

    2,29 2,20 2,12 2,07 2,03 1,99 1,94 1,90 1,86 1,84 1,82 1,78 ---

    Taxa* de

    natalidade

    20,3 19,5 18,7 18,2 17,9 17,5 17,0 16,6 16,3 16,0 15,8 15,6 ---

    Taxa* de

    mortalidade

    6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,2 6,3 6,3 ---

    Taxa** de

    mortalidade

    infantil

    26,1 24,9 23,4 22,5 21,5 20,4 19,6 18,6 17,7 16,8 16,0 15,3 ---

    Fonte: Rede Interagencial de Informaes para a Sade (RiPSA). DataSUS. Indicadores e Dados Bsicos

    Brasil 2012. Disponvel em:

    ; ;

    ; ;

    . Acesso em: 14 mai. 2014.

    *Nmero por 1000 habitantes.

    ** Nmero a cada 1.000 nascidos vivos

    O mesmo fenmeno e a mesma necessidade podem ser observados em

    relao sade bucal, embora a Odontologia brasileira seja considerada uma das

  • 10

    mais avanadas no mundo. Os avanos na Odontologia com a maior possibilidade

    de acesso sade bucal e os programas de sade coletiva tm trazido melhoria nos

    ndices de sade bucal, mas ainda muito aqum dos padres considerados

    aceitveis mundialmente.

    Para o ano 2000 a Organizao Mundial de Sade (OMS) estabeleceu

    diferentes metas a serem cumpridas pelos pases (Tabela 2). Em relao sade

    bucal estabeleceu como um de seus critrios de avaliao o ndice CPO-D que

    indica a mdia de dentes cariados, perdidos ou obturados por crie. Para a faixa

    etria dos 12 anos, CPO-D(12), determinou a meta de uma mdia de 3 ou menos

    dentes cariados, perdidos ou obturados por crie.

    A srie histrica de levantamentos epidemiolgicos em sade bucal no

    Brasil de maior relevncia estatstica passou a existir com a implementao do

    estudo conhecido por SB Brasil. Seus primeiros resultados, publicados em 2003,

    mostraram que a nica meta da OMS para o ano 2000 alcanada pelo Brasil foi a do

    CPO-D(12). A prevalncia de crie em crianas de 5 anos e o nmero de dentes

    perdidos por crie por jovens de 18 anos ainda se mostraram alarmantes.

    O estudo de base nacional sobre o levantamento epidemiolgico em

    sade bucal, o SB Brasil 2010 mostrou uma melhora na situao de sade bucal

    quando se compara com os resultados de 2003. No entanto, no ano 2010, com

    novas metas adotadas pela OMS o que se nota o no cumprimento de nenhuma

    das metas, afinal, a proposta para o CPO-D(12) passou a ser um nmero menor ou

    igual a 1, e o dado apontado pelo estudo mostrou uma mdia nacional de 2,1

    (Tabela 3). Para a anlise das outras metas adotadas pela OMS em comparao

    com os dados brasileiros indica-se a leitura das figuras 4 e 5 que indicam os dados

    estratificados.

  • 11

    Tabela 2 Metas da OMS para o ano 2000 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal no Brasil.

    IDADE META DA OMS PARA 2000 SB Brasil 2003

    5 50% ceo = zero 40%

    12 CPO-D 3,0 CPO-D = 2,78

    18 80% com todos os dentes 55%

    35-44 75% com 20 ou mais dentes 54%

    65-74 50% com 20 ou mais dentes 10%

    Fonte: Condies de Sade Bucal da Populao Brasileira 2002-2003. Disponvel em:

    . Acesso em: 20 mai. 2014.

    Tabela 3 Metas da OMS para o ano 2010 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal no Brasil.

    IDADE META DA OMS PARA 2010 SB Brasil 2010

    5 90% ceo = zero 46,6%

    12 CPO-D 1,0 CPO-D = 2,1

    15 a 19 100% com todos os dentes

    35-44 96% com 20 ou mais dentes

    65-74 At 5% de desdentados 92,7%

    Fonte: Organizao Mundial da Sade (WHO) e da Associao Internacional para Pesquisa em Odontologia

    (IADR) apud Narvai (2002). Disponvel em:

    .

    Acesso em: 20 mai. 2014.

    Pesquisa Nacional de Sade Bucal. SB Brasil 2010. Resultados Principais. Disponvel em:

    . Acesso em: 20 mai. 2014.

    Figura 4 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB Brasil, 2003).

    Fonte: A Poltica Nacional De Sade Bucal Do Brasil: registro de uma conquista histrica. Disponvel

    em:. Acesso em: 20 mai. 2014.

    2,78

    6,17

    20,13

    27,79

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

    CP

    O-D Perdido

    Obturado

    Obt/Cariado

    Cariado

  • 12

    Figura 5 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB Brasil,

    2010).

    Fonte: Pesquisa Nacional de Sade Bucal. SB Brasil 2010. Resultados Principais. Disponvel em:

    . Acesso em: 20 mai. 2014.

    O problema da Sade Bucal no pas no parece estar no nmero de

    cirurgies dentistas apesar de que h, sabidamente, uma concentrao de

    profissionais em grandes centros urbanos e escassez nas regies mais distantes,

    ou na ausncia de poltica pblica de sade, uma vez que foi implantada a Poltica

    Nacional de Sade Bucal, em 2004, no sentido de reduzir as desigualdades de

    acesso sade bucal no Brasil. Uma das estratgias foi o crescimento da Ateno

    Bsica, com ampliao da cobertura de equipes de sade bucal e tambm dos

    centros de especialidades odontolgicas com a qualificao da oferta de servios da

    ateno secundria e terciria (BRASIL, 2004).

    H a necessidade de se preparar para o atual contexto educacional e

    formar cirurgies-dentistas voltados para as demandas sociais do pas. Na dcada

    de 1990 houve uma proliferao de abertura de novos cursos de Odontologia por

    todo o pas, o que no repercutiu per se em mudanas significativas na sade bucal

    brasileira.

    Porm, a criao de cursos de Odontologia tambm no contribui para a

    resoluo do problema se estes no estiverem articulados com as necessidades da

    populao. O processo de mudana na rea da Educao e de atendimento as

    necessidades do pas iniciou-se em 1996, com a aprovao da Lei de Diretrizes e

    Bases da Educao (LDB - Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e em 19 de

  • 13

    fevereiro de 2002 foi publicada a Resoluo CNE/CES n. 3, do Conselho Nacional

    de Educao, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de

    Graduao em Odontologia.

    Nas Diretrizes no h de forma explcita quais disciplinas devem ser

    ofertadas como havia no antigo currculo mnimo, mas sim, um direcionamento de

    como delinear um currculo que possibilite formar o egresso almejado partindo do

    pressuposto das DCNO. O ponto de partida deste currculo a definio do perfil do

    egresso, seguido dos objetivos do curso e ento propostas de estratgias de

    organizao curricular aliando elementos que funcionam em fases especficas (eixo

    horizontal) ou ao longo de todo curso (eixo vertical). Estes eixos so elementos

    centrais, sobre os quais definem-se e articulam-se os saberes, os conceitos,

    princpios, leis, quadros terico prticos, visando superar a forma estanque

    tradicionalmente presentes nas grades curriculares (ANASTASIOU, L.G.C. &

    ALVES, L.P. Processos de Aprendizagem na Universidade: pressupostos para

    as estratgias de trabalho em aula. 10ed., Joinville, SC: UNIVILLE, 2012).

    As definies de perfil do egresso/profissional e das habilidades e

    competncias atendem ao delineamento das Diretrizes para os Cursos de

    Graduao da rea da Sade. O perfil do profissional a ser formado generalista,

    estando evidenciado de forma marcante o compromisso com a sade, com a

    atualizao, com a tica e com a cidadania, alm da capacidade de comunicao,

    liderana e gerenciamento. As DCNO preconizam a integrao curricular como

    forma de aproximar o conhecimento bsico da sua aplicabilidade clnica. Outras

    inovaes so o respeito identidade regional da instituio, a obrigatoriedade de

    trabalho de concluso de curso, a incluso de carga horria para disciplinas

    optativas, atividades complementares e estgios curriculares com 20% da carga

    horria do curso. Desse modo, as DCNO representam um avano e sinalizam

    possibilidades concretas de formao para o cirurgio dentista capacitado para

    atender a demanda da realidade posta quanto sade bucal brasileira.

    Partindo para uma contextualizao histrica, de em qual contexto loco-

    regional se situa o Curso de Odontologia e para qual regio formar prioritariamente

    a maioria de seus egressos, destaca-se a histria do municpio de Anpolis e da

    regio centro-oeste. A Freguesia de Santana, hoje Anpolis, surgiu nos idos do

  • 14

    sculo XVIII, s margens do Ribeiro das Antas, pela movimentao de tropeiros

    em direo s lavras de ouro. Emancipado em 31 de julho de 1907, o municpio

    englobava parte expressiva do antigo Mato Grosso de Gois.

    A implantao de Goinia, em 1933, significou o cumprimento de uma

    etapa da Marcha para o Oeste, poltica do governo Getlio Vargas para o

    desenvolvimento e modernizao do interior do pas, e a possibilidade de expanso

    de negcios e ocupao de terras mais baratas teve reflexos diretos sobre Anpolis.

    A partir de 1935, influenciado pela chegada da estrada de ferro, o municpio tornou-

    se entreposto comercial na troca de mercadorias. Nos anos de 1960, a construo

    de Braslia, resposta do processo de consolidao das polticas nacionais de

    expanso e ocupao das reas produtivas e suprimento das demandas industriais

    do pas, alm das polticas de mecanizao e modernizao do campo, provocou

    intenso xodo rural, influenciando e/ou determinando a exploso demogrfica

    verificada em Goinia e Anpolis. A partir de 1980, o Programa Especial da Regio

    Geoeconmica de Braslia, implantado com o intuito de criar condies para o

    abastecimento da capital federal, reduzir os fluxos migratrios e melhorar a situao

    dos moradores da periferia de Braslia, ampliou sua rea estratgica de

    investimentos, incluindo entre outros o eixo Ceres-Anpolis.

    Anpolis est totalmente inserida no processo de modernizao do

    territrio Goiano, exercendo funo de cidade intermediria entre uma metrpole

    regional e outra nacional, Goinia e Braslia, respectivamente. O municpio exerce

    importante papel de cidade regional, tendo influncia sobre uma vasta regio

    cortada pela rodovia Belm-Braslia, alm de cidades importantes de seu entorno,

    como Ceres, Jaragu, Goiansia, Porangatu, Uruau, Silvnia e, inclusive, Porto

    Nacional e Gurupi no Tocantins. Um marco importante para a histria de Anpolis

    foi a sua transformao em rea de Segurana Nacional, no incio da dcada de 70,

    para a implantao da Base Area, para guarda do espao areo nacional e da

    capital federal.

    Contudo, do setor industrial que atualmente deriva a maior produo de

    riquezas do municpio, e que no decorrer dos ltimos anos o consolidou como

    capital industrial de Gois, possuindo o maior parque industrial goiano. A vocao

    industrial consolidou-se a partir da implantao do Distrito Agroindustrial de Anpolis

  • 15

    (DAIA) em 1976, hoje o maior e mais importante do Estado. Em uma rea de 880

    ha, esto instaladas no DAIA empresas que geram em torno de 10 mil empregos

    diretos. H indstrias do segmento de beneficiamento de gros, cermicas,

    metalurgia, farmoqumica, grfica, entre outros, e o maior plo industrial de

    medicamentos genricos do Pas (o terceiro maior Plo Farmacutico do Brasil),

    que, com a expanso do consumo de remdios genricos, tende a se consolidar

    como o maior Plo Farmacutico de Genricos da Amrica Latina. Empresas

    farmacuticas l sediadas incluem nomes como Teuto, Neo-Qumica, Greenfharma,

    Chanpion, Genix, Kinder, Ducto, Midway, Pharma Nostra, TH-1, dentre outras. No

    total, Anpolis possui por volta de 720 indstrias, sendo 62 consideradas de grande

    porte e responsveis pela dinmica do setor industrial. Dentre elas so destaque a

    Granol, a AmBev e a Hyundai.

    Sua localizao privilegiada coloca a cidade em vantagem competitiva

    para a logstica de mercadorias, por isso, Anpolis sede da Plataforma Logstica

    Multimodal, disponibilando recursos modais rodovirio, ferrovirio e areo para o

    transporte de produtos para todas as regies brasileiras e para o mercado

    internacional. O comrcio exterior tem, ainda, suporte do Porto Seco Centro-Oeste,

    a primeira estao aduaneira de interior do gnero.

    Anpolis tambm referncia em sade em Gois. Os maiores centros

    de referncia incluem a Unidade Oncolgica Dr. Mau Cavalcante Svio (Hospital

    do Cncer), o HUANA-Hospital de Urgncias de Anpolis Dr. Henrique Santillo, o

    Hospital de Queimaduras, o Hospital Esprita de Psiquiatria, a Maternidade Dr.

    Adalberto Pereira da Silva, a Santa Casa de Misericrdia de Anpolis e o Hospital

    Evanglico Goiano. O Laboratrio da Associao de Pais e Amigos dos

    Excepcionais (APAE) de Anpolis hoje referncia no estado para a realizao de

    triagem neonatal, inclusive na fase III.

    So oito Unidades Bsicas de Sade no Municpio e 30 Unidades de

    Sade da Famlia, com 46 equipes. As Unidades municipais de referncia so o

    Hospital Municipal Jamel Ceclio, o Laboratrio Municipal de Anpolis Lacema, o

    Centro de Assistncia Integrada de Sade (CAIS) Jardim Progresso, a Unidade de

    Sade da Mulher, o Mini-CAIS Abadia Lopes da Fonseca, a Unidade de Sade

    Jundia, o CREIA Centro de Reabilitao Integrado de Anpolis, o Centro de

  • 16

    Ateno Psicosocial (CAPS) AD Viver, o CAPS Vidativa, o CAPS Crescer, o

    Hospital Dia do Idoso, e o CEO - Centro de Especialidades Odontolgicas. O

    municpio conta com trs Ncleos de Apoio Sade da Famlia (NASF).

  • 17

    O Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA criado a partir das

    Faculdades Integradas da Associao Educativa Evanglica, foi credenciado em 15

    de maro de 2004, por meio da Portaria Ministerial n. 628, publicada no D.O.U. n.

    52, de 16 de maro de 2004. Em decorrncia de seu credenciamento, a Instituio

    criou, ento, em 2004, o curso de Sistemas de Informao, no turno noturno, e em

    2005, o curso de Cincia da Computao, no turno matutino, e os cursos de

    Farmcia e Biologia/Licenciatura, no perodo noturno. Em 2008, novos cursos foram

    criados Medicina, no turno diurno e Engenharia Civil, no turno noturno, alm dos

    seguintes cursos superiores de tecnologia: Gastronomia, Gesto Financeira,

    Produo Sucroalcooleira, Radiologia e Redes de Computadores, todos no turno

    noturno.

    No que se refere educao a distncia, em 2005, dando incio a essa

    modalidade, o Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, cria o Ncleo

    de Educao a Distncia NEAD com a oferta de curso de extenso e seminrios.

    Em continuidade oferta desta modalidade, em 2009, de acordo com a Portaria

    4.059 de 2004, que prev que as instituies de ensino superior possam introduzir

    na organizao pedaggica curricular de cursos superiores a oferta de disciplinas

    integrantes do currculo na modalidade semipresencial, inicia-se a oferta dos 20%

    da carga horria dos cursos reconhecidos, nessa modalidade. Cria-se, em junho de

    2012, a Coordenao de Educao a Distncia.

    Atualmente, o Centro Universitrio de Anpolis, com o olhar voltado para

    a realidade presente e viso de futuro, atua estrategicamente, por meio de uma

    gesto inovadora e compartilhada. Assim, redefine prioridades, a fim de viabilizar

    sua misso e, desse modo, participar efetivamente do processo de desenvolvimento

    socioeconmico e cultural da regio.

    Considerando sua misso, a UniEVANGLICA concretiza sua proposta

    educativa por meio dos cursos de graduao licenciatura e bacharelado, cursos

    superiores de tecnologia, cursos de ps-graduao lato e stricto sensu, dos

    programas e linhas de pesquisa e, ainda, dos cursos de extenso. Essa prerrogativa

    da Instituio em ofertar cursos nos diferentes nveis de ensino superior favorece a

  • 18

    articulao entre as atividades de ensino, pesquisa e extenso. A dinmica da

    integrao dessas atividades mobiliza o processo educativo. Nesse sentido, a

    UniEVANGLICA incorpora s suas atividades acadmicas programas de iniciao

    cientfica, alm de projetos de extenso e ao comunitria, que proporcionam

    outros espaos de construo, contextualizao e divulgao do conhecimento. Do

    mesmo modo, a utilizao de novas tecnologias da informao, baseadas na

    comunicao e na interao, contribuem para o desenvolvimento das habilidades

    cognitivas do acadmico, tais como busca, anlise crtica, julgamento, sntese e

    produo do conhecimento, com maior autonomia (PDI, 2014-2018).

    Cabe ressaltar que a Associao Educativa Evanglica (AEE),

    mantenedora do centro Universitrio de Anpolis, foi fundada em 31 de maro 1947,

    pelo Reverendo Arthur Wesley Archibald, missionrio americano, que desenvolveu,

    no Brasil, significativas atividades educacionais e religiosas. Seu propsito de

    evangelizao estava atrelado outra misso de grande valor: o desejo de

    contribuir com a educao na regio de Gois.

    A Associao Educativa Evanglica uma instituio confessional, de

    carter interdenominacional e marca presena com a fundao de escolas em

    diversas cidades do Estado de Gois. Possui sede administrativa e foro jurdico no

    Municpio de Anpolis, Estado de Gois, e tem por objetivo fundar e manter escolas

    em todos os nveis de ensino. Como mantenedora constituda pela Assembleia

    Geral, composta de 21 membros, dirigida pelo Conselho de Administrao e

    mantm, atualmente, o Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, entre

    outras mantidas.

    No nvel bsico fundou o Colgio Couto Magalhes, em Anpolis, o

    Colgio lvaro de Melo, em Ceres e o Educandrio Nilzo Risso, a Escola Luiz

    Fernandes Braga Jnior, o Normal Regional e o Stio de Orientao Agrcola, em

    Cristianpolis, estes ltimos desativados, ao longo do tempo.

    Durante a dcada de 1960, no contexto da interiorizao do

    desenvolvimento provocado pela transferncia da capital federal para a Regio

    Centro-Oeste, e a partir da abertura propiciada pelo governo federal para o

    credenciamento de novas Instituies de Ensino Superior, a AEE cria sua primeira

    faculdade.

  • 19

    Em 23 de setembro de 1960, o Conselho Federal de Educao autorizou

    o funcionamento da Faculdade de Filosofia Bernardo Sayo - FFBS, com os cursos

    de Letras, Histria, Geografia e Pedagogia. Em 28 de maio de 1968 o antigo sonho

    da Faculdade de Direito de Anpolis - FADA se concretiza e em 20 de setembro

    de 1971, criada a Faculdade de Odontologia Joo Prudente FOJOP, D.O.U.

    75997/75 de 22 de julho de 1975. A Faculdade de Filosofia do Vale de So Patrcio

    foi autorizada a funcionar pelo Decreto n 76.994, de 7 de janeiro de 1976, com os

    cursos de Letras e Pedagogia. Em 1993, as faculdades criadas at ento,

    transformam-se em Faculdades Integradas, por fora de seu Regimento Unificado.

    Ao final da dcada de 1990, a AEE ampliou as suas instalaes e a oferta

    de novos cursos, incluindo Cincias Contbeis, em Ceres, Administrao, Educao

    Fsica e Enfermagem, em Anpolis. Em 2002 criou o curso de Fisioterapia diurno e

    ampliou o nmero de vagas para Educao Fsica e Direito, ambos para o perodo

    noturno.

    Convicta da relevncia de sua proposta educacional, fundamentada em

    valores cristos, ticos e democrticos, as Faculdades Integradas da Associao

    Educativa Evanglica foram credenciadas como Centro Universitrio, em 15 de

    maro de 2004, por meio da Portaria Ministerial n 628, publicada no D.O.U. n 52,

    de 16 de maro de 2004. Em decorrncia de seu credenciamento a instituio

    oferece, em 2004, o curso de Sistemas de Informao e as habilitaes de

    Administrao em Marketing, Administrao em Recursos Humanos e

    Administrao de Empresas, previstos em seu Plano de Desenvolvimento

    Institucional (PDI) aprovado.

    Atualmente, a AEE, ao implantar a nova estrutura do Centro Universitrio,

    e com o olhar no futuro, est redefinindo seus objetivos e metas. Com enfoque na

    responsabilidade institucional e social, na preservao do meio ambiente, na

    incluso e na formao integral do acadmico, amplia sua infraestrutura fsica e

    tecnolgica, e rev seu planejamento estratgico e Projeto Pedaggico Institucional

    (PPI) a fim de viabilizar sua misso e, desse modo, participar efetivamente do

    processo de construo socioeconmica e cultural da regio de sua abrangncia.

    Com a transformao em Centro Universitrio a Faculdade de

    Odontologia passou a ser Curso de Odontologia. O Curso de Odontologia da

  • 20

    UniEVANGLICA formou 55 turmas de Cirurgies-Dentistas (2017.1). Os

    Cirurgies-Dentistas formados pela escola possuem excelente reputao no cenrio

    regional e nacional. Durante anos, a escola gozou de uma situao privilegiada

    sendo praticamente a nica opo de escola particular em odontologia da regio.

    Tal situao garantia uma grande procura pelo curso, entretanto outras escolas

    surgiram na regio. A Tabela 4 mostra os cursos de Odontologia no Estado de

    Gois em 2014.

    Tabela 4 Cursos de Odontologia no Estado de Gois.

    Cursos de Odontologia Local Ano Durao

    (semestres)

    Carga horria mnima

    para integralizao

    (Hora-relgio)

    Vagas/

    ano

    Centro Universitrio de Anpolis

    UniEVANGLICA Anpolis 1971 10

    4200 96

    Universidade Federal de Gois UFG Goinia 1951 10 4372 60

    Universidade Paulista UNIP Goinia 2002 8 4000 100

    Faculdade Mineirense FAMA Mineiros 2007 10 4916 100

    Universidade Salgado de Oliveira

    UNIVERSO Goinia 2011 8

    4710 300

    Universidade de Rio Verde FESURV Rio Verde 2013 10 4320 200

    Faculdade Unio de Goyazes - FUG Trindade 2016 10 4200 100

    Faculdade de Filosofia e Cincias

    Humanas de Goiatuba - FAFICH Goiatuba 2016 10

    4195 120

    Faculdade Sul Americana - FASAN Goinia 2016 10 4290 40

    Total 1116

    Fonte: e-MEC (2014). Disponvel em:. Acesso em: 20 mai. 2017.

    A tabela 4 considera somente os cursos implantados no Estado de Gois.

    Sendo importante destacar que o Curso de Odontologia do Centro Universitrio de

    Anpolis UniEVANGLICA junto ao curso de Odontologia da Universidade

    Federal de Gois h um pioneirismo, sendo implantados em 1971 e 1951

    respectivamente. So 9 (nove) cursos de Odontologia que totalizam 1116 vagas de

    odontologia por ano.

    Ainda tem por misso promover, com excelncia, o conhecimento por

    meio do ensino nos diferentes nveis da pesquisa e da extenso, buscando a

    formao de cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel. O que

    repercute no seu projeto educacional, como: exerccio de sua funo social,

    evidenciando as reas de atuao educacional, assistencial, poltica, social e

    cultural; desenvolvimento de um projeto institucional de qualidade, que valorize as

    potencialidades e individualidades do ser humano; valorizao profissional,

    investindo em projetos de capacitao que visem ao aprimoramento e ao

  • 21

    crescimento intelectual; desenvolvimentos de programas institucionais que

    possibilitem a consolidao do Projeto Pedaggico do Centro Universitrio,

    garantindo a articulao entre ensino, pesquisa e extenso universitria; e estmulo

    a projetos de pesquisa, iniciao cientfica, e programas de prestao de servios.

    A UniEVANGLICA oferece 27 (vinte e sete) cursos de graduao, sendo

    19 (dezenove) modalidade bacharelado, 1 (um) licenciatura, 7 (sete) cursos

    superiores de tecnologia; oferece 40 cursos de ps-graduao lato sensu e 1(um)

    stricto sensu Mestrado Acadmico em Sociedade, Tecnologia e Meio-Ambiente

    (Secretaria Geral 2017.1).

    A estrutura organizacional da UniEVANGLICA composta pela

    Chancelaria (que faz a ligao entre mantenedora e mantida), Reitoria, Pr-Reitoria

    Acadmica (PROACAD), Pr-Reitoria de Ps-Graduao, Pesquisa, Extenso e

    Ao Comunitria (PROPPE) e Pr-Reitoria Administrativa. Os Cursos so

    organizados em Institutos por rea (Instituto Superior de Educao ISE, Instituto

    Superior de Sade, Instituto Superior de Cincias Sociais Aplicadas, Instituto

    Superior de Exatas e da Terra). Os Institutos so administrados por

    Superintendentes e os Cursos por Diretores. Atualmente somente o Instituto de

    Educao Superior est estruturado e tem um Superintendente a frente de sua

    administrao. A figura 6 traz o organograma da UniEVANGLICA.

  • 22

    Figura 6 Organograma do Centro Universitrio de Anpolis.

  • 23

    O Centro Universitrio de Anpolis possui os seguintes rgos da

    administrao superior, com formas de conduo, mandatos e atribuies definidas

    em seu Estatuto e Regimento Geral:

    Chancelaria rgo superior de ligao entre a Associao Educativa

    Evanglica e o Centro Universitrio, constituda pelo Chanceler e Vice-Chanceler;

    Conselho Acadmico Superior (CAS) maior rgo colegiado

    deliberativo em matria acadmico-administrativa do Centro Universitrio.

    constitudo pelo Reitor, seu presidente; Pr-Reitores; Diretores e coordenadores de

    curso e representantes dos segmentos da Mantenedora, comunidade, docentes,

    tcnico-administrativo e alunado, eleitos pelos seus pares. O CAS rene-se

    ordinariamente 2 (duas) vezes ao ano, sendo uma reunio a cada semestre letivo,

    convocada pelo seu Presidente, em sala de reunies ou em sala de aula adaptada

    para sediar a reunio, nas dependncias fsicas do Centro Universitrio.

    Reitoria - rgo executivo que planeja, organiza, dirige e controla todas

    as atividades universitrias. exercida por um Reitor com o auxlio de trs Pr-

    Reitorias: Pr-Reitoria Acadmica; Pr-Reitoria de Ps-Graduao, Pesquisa,

    Extenso e Ao Comunitria; e Pr-Reitoria Administrativa. O Reitor e os Pr-

    Reitores so eleitos pelo Conselho de Administrao da Mantenedora, com

    mandato de trs anos, permitida mais de uma reconduo.

    Quanto a PROACAD destaca-se que constituda por 11 (onze)

    coordenadorias e setores que atuam como rgos de apoio ao desenvolvimento de

    suas atividades, a saber: Diretoria de Educao a Distncia; Coordenadoria de

    Avaliao e Qualificao Pedaggica; Coordenadoria de Planejamento Pedaggico;

    Coordenadoria de Atividades Pedaggicas; Coordenadoria de Laboratrios Bsicos;

    Comisso de Seleo (COMSEL); Coordenadoria de Nivelamento; Coordenadoria

    de Apoio ao Discente (UniATENDER); Coordenadoria de Gesto Pedaggica;

    Coordenadoria de Avaliao da Aprendizagem; e o Programa Institucional de Bolsa

    de Iniciao Docncia (PIBID).

    A PROPPE tem como funo a elaborao e execuo de polticas que

    desenvolvam na instituio o ensino de Ps-Graduao, Pesquisa, Extenso

    e Aes Comunitrias. E, neste sentido, tem como foco a apreenso da realidade

  • 24

    para nela atuar, integrando Ensino, Pesquisa e Extenso. Tambm, compreendendo

    a importncia do empreendedorismo, da inovao e da transferncia de tecnologia,

    a PROPPE tem implementado a poltica institucional da inovao com vista ao

    relacionamento com o setor empresarial, sendo responsvel pelo Ncleo de

    Inovao Tecnolgica (NIT) e pela incubao de empresas (UniINCUBADORA).

    Completam a estrutura organizacional do Centro Universitrio: Diretorias

    de Cursos; Ouvidoria Geral; Coordenadorias; Biblioteca e Secretaria Geral, alm da

    Prefeitura e dos Institutos Superiores que, embora previstos no Estatuto e no

    Regimento Geral, no se encontram implantados na estrutura do Centro

    Universitrio no momento de elaborao deste PPC.

    Dentre as instncias do organograma cabe destaque o Curso de

    Odontologia que conduzido pela diretora do curso, designada pelo Reitor, a qual

    responsvel pelo seu planejamento, organizao, direo, controle e preside o

    Colegiado do Curso de Odontologia que, como os demais rgos colegiados do

    Centro Universitrio de Anpolis, possui regulamento prprio (APNDICE 1)

    baseado no Regimento Geral do Centro Universitrio de Anpolis

    UniEVANGLICA (2015) e PDI 2014-2018.

    Destaca-se ainda que a sustentabilidade financeira e situao fiscal da

    instituio demonstra plena capacidade de sustentar-se financeiramente, constando

    do PDI (2014-2018) o demonstrativo de desempenho dos ltimos anos (para

    detalhamento, verificar no PDI o item 9 Demonstrao da Sustentabilidade

    Financeira). A situao fiscal e para-fiscal da Instituio tambm gozam de plena

    regularidade, e os documentos comprobatrios encontram-se disposio na

    Instituio.

    Para acompanhamento da avaliao institucional que repercute na

    avaliao do curso e do processo ensino-aprendizagem e, consequentemente, na

    qualidade do curso, pauta-se no marco legal pela Lei de Diretrizes e Bases da

    Educao Nacional (LDB) n 9.394/1996 e a Lei n 10.861/2004 que instituiu o

    Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior (SINAES) que se fundamenta

    em princpios e objetivos voltados aos interesses sociais da educao superior; e

    busca assegurar a integrao das dimenses interna e externa, particular e global,

  • 25

    somativa e formativa, quantitativa e qualitativa, com os diversos objetos e objetivos

    da avalio.

    Pode-se afirmar que a avaliao institucional na UniEVANGLICA tem

    por objetivo geral promover a autoavaliao institucional a fim de identificar as

    potencialidades, as fragilidades e proposio de melhorias. Atende as 10 (dez)

    dimenses citadas na Lei n 10.861/2004 e conta, conforme previsto nesta Lei, com

    a Comisso Prpria de Avaliao (CPA), instituda na UniEVANGLICA pela

    Resoluo CAS 24, de 20 de setembro de 2005. A CPA composta por duas

    modalidades de subcomisses: as Subcomisses Internas de Avaliao (SIAs) e a

    Subcomisso de Especialistas em Avaliao (SEA). Sendo a SIA do Curso de

    Odontologia responsvel pelo planejamento e operacionalizao dos processos

    avaliativos no mbito do curso e a SEA est diretamente vinculada a CPA no que se

    refere a simulao de avaliao in loco, indica professores para composio de

    comisso especfica designada para avaliar a organizao didtico-pedaggica,

    corpo docente e infraestrutura de cursos; e responsvel tambm pela avaliao de

    alteraes de matrizes curriculares e PPC.

  • 26

    O PDI do Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA (2014-

    2018) tem por premissa estabelecer aes e propostas que visam melhorar e

    ampliar a qualidade dos servios prestados a comunidade estabelecendo polticas

    para o ensino, a pesquisa e a extenso no perodo de 4 anos.

    No referido documento leva-se em considerao a insero da cidade de

    Anpolis/GO no cenrio poltico e econmico da regio Centro-Oeste e do Brasil.

    Visto que Anpolis tem o papel de entreposto, ligando as regies Sudeste e Norte

    do Pas, alm de estar estrategicamente localizada entre dois grandes plos

    econmicos da regio Centro-Oeste, Braslia/DF e Goinia/GO, aliada ao

    desenvolvimento agroindustrial da cidade, Anpolis permite um cenrio favorvel

    para a ampliao e oferta de servios educacionais, inclusive, apresentando uma

    forte necessidade e demanda de servios profissionais qualificados, tanto para

    servios pblicos quanto privados.

    Neste panorama, o Curso de Odontologia do Centro Universitrio de

    Anpolis tem por objetivo formar profissionais que atendam a demanda

    apresentada, atuando tanto no mbito privado quanto inserido na rede pblica de

    sade. Para tal, neste Projeto Pedaggico do Curso e na Matriz curricular vigente,

    esto previstas polticas institucionais voltadas para o Ensino; a Extenso; a

    Pesquisa, Iniciao Cientfica, Tecnolgica, Artstica e Cultural; de Gesto;

    Responsabilidade Social da Instituio de Ensino Superior (IES); Aes

    Institucionais Referentes diversidade, ao Meio-Ambiente, Memria Cultural,

    Produo Artstica e ao Patrimnio Cultural; Aes Afirmativas de Defesa e

    Promoo dos Direitos Humanos e Igualdade Etnicorracial; e Internacionalizao.

    3.1 - Polticas para o Ensino

    Tratando-se das polticas de ensino do Centro Universitrio de Anpolis

    UniEVANGLICA tm-se como meta a formao humana e profissional dos

    discentes pautada em um conhecimento dinmico e contextualizado, requerendo a

    participao ativa do acadmico na construo de sua aprendizagem. Com esse

    propsito, entende-se que as estratgias metodolgicas de ensino-aprendizagem

  • 27

    devam colocar os acadmicos e professores numa atitude de problematizao do

    contexto social, provocando questionamentos e aes investigativas que tragam

    respostas aos problemas humanos e sociais. Desta articulao espera-se a

    formao de profissionais crticos, autnomos e reflexivos.

    Vale ressaltar que a proposta apresentada coerente com a misso

    filosfica, humanstica e crist da UniEVANGLICA, incorporando sua proposta

    educacional princpios e valores norteadores das aes pedaggicas, objetivando o

    desenvolvimento da comunidade acadmica, cultivando atitudes que promovam o

    respeito e a valorizao.

    Dessa forma, se estabelece a necessidade de implantao de estratgias

    de ensino/aprendizagem com igual dinamismo centradas na participao ativa dos

    acadmicos. Neste contexto, o Curso de Odontologia tem como proposta a

    articulao de contedos de maneira interdisciplinar, aliado a utilizao de

    estratgias ativas de ensino/aprendizagem. Dentro da proposta do curso, h

    estratgias metodolgicas e avaliativas condizentes com este processo de ensino

    aprendizagem com participao ativa dos docentes e discentes, com destaque para

    os encontros interdisciplinares e a estratgia avaliativa Objective Structured Clinical

    Examination (O.S.C.E.).

    3.2 - Polticas para a Pesquisa

    A UniEVANGLICA considera a pesquisa um elemento catalisador do

    conhecimento cientfico, tcnico, humanstico e tico, que articulada ao ensino e a

    extenso. A atividade de pesquisa exige adequao metodolgica constante e se

    utiliza de elementos que estimulam olhar critico, o rigor cientfico e o processo de

    autonomia intelectual. Com o intuito de assessorar, estimular e apoiar investigaes

    cientficas e a cultura cientfica no mbito do Curso de Odontologia, alm de contar

    com polticas institucionais de pesquisa, tem-se devidamente implantado no curso a

    Comisso de Pesquisa do Curso de Odontologia (CPqO).

    A CPqO um rgo que tem por finalidade fortalecer linhas de pesquisa e

    parcerias institucionais e interinstitucionais. Compete a esse rgo auxiliar a direo

    do Curso e a Comisso Institucional correspondente no estabelecimento de polticas

    de pesquisa, como tambm na organizao, administrao e zelo pela qualidade e

  • 28

    tica das pesquisas realizadas no Curso de Odontologia. Para tal, os membros

    desse rgo colegiado realizam consultoria e pareceres tcnicos-cientficos dos

    projetos de pesquisa dos docentes e discentes do curso previamente ao envio a

    rgos de fomento e ao Comit de tica em Pesquisa com seres humanos da

    UniEVANGLICA. A CPqO compete tambm a promoo e apoio a programas de

    atualizao em investigao cientfica; divulgao da abertura de editais de

    fomento cientfico; divulgao de eventos cientficos nacionais e internacionais;

    estimular a apresentao e divulgao de pesquisas conduzidas no curso em

    eventos cientficos; estimular a publicao dos resultados de investigaes

    cientficas em peridicos especializados; elaborar relatrios anuais acerca das

    atividades cientficas realizadas no curso; elaborar levantamentos anuais da

    produo cientfica dos docentes do Curso de Odontologia; incentivar a formao

    de grupos de pesquisa no mbito do Curso; e estimular interdisciplinaridade nas

    pesquisas conduzidas no Curso.

    Atualmente o Curso de Odontologia apresenta trs linhas de pesquisa

    devidamente cadastradas na PROPPE e na base de diretrios de pesquisa do

    Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq). As

    referidas linhas visam o desenvolvimento de investigaes cientficas voltadas ao

    estudo da epidemiologia, etiopatogenese, e mtodos de diagnstico e tratamento

    das diversas doenas e alteraes bucais, envolvendo tambm estudos sobre as

    propriedades dos materiais odontolgicos e suas tcnicas de aplicao, ensino

    odontolgico e biotica. O carter variado das pesquisas permite uma viso

    integrada da odontologia, estando alinhado com as demandas do curso e o perfil do

    egresso almejado. Abaixo so apresentadas as linhas de pesquisa do Curso de

    Odontologia da UniEVANGLICA:

    Linha 1. Etiopatogenia, Diagnstico e Tratamento das Doenas Bucais

    Descrio: Esta linha de pesquisa tem por objetivo o estudo dos mecanismos

    etiopatognicos e os mtodos de diagnstico das doenas dos dentes, estruturas de

    suporte e outros tecidos bucais. Visa pesquisar a distribuio e a ocorrncia das

    principais doenas bucais, bem como os arsenais e modalidades teraputicas

    utilizados na clnica odontolgica.

  • 29

    Linha 2. Tcnicas, Materiais e Substncias de Aplicao Clnica e Laboratorial

    em Odontologia

    Descrio: Engloba o estudo das propriedades fsicas, qumicas, mecnicas e

    biolgicas dos materiais utilizados na clnica odontolgica, e suas tcnicas de

    aplicao, visando avaliar o seu desempenho na reabilitao oral do paciente

    odontolgico.

    Linha 3. Biotica, Sade Pblica e Ensino em Odontologia

    Descrio: Esta linha de pesquisa tem por objetivo a investigao, e os aspectos do

    processo ensino-aprendizagem em Odontologia, como a discusso dos conflitos

    morais no campo da sade, bem como as perspectivas relacionados ocorrncia,

    distribuio e determinantes de agravos em sade.

    No mbito institucional, desde o ano de 2001, funciona na

    UniEVANGLICA o Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica (PBIC), modalidade

    de ensino/aprendizagem que visa oportunizar a alunos de graduao a experincia

    do questionamento e da investigao cientfica, por meio da sistematizao e

    organizao do saber. O referido programa voltado para o incentivo ao

    desenvolvimento de pesquisas por professores e alunos, estimulando atividades

    cientficas e tecnolgicas no mbito institucional. Todas as atividades de pesquisa

    so implementadas por meio de projetos de pesquisa avaliados e acompanhados

    por comisses compostas por professores titulados, inclusive sendo compostas por

    consultores externos oriundos de IES de outros estados do pas.

    Este Programa anual de bolsas visa estimular a cultura cientfica e solidificar

    linhas de pesquisa no mbito institucional e do Curso de Odontologia. O PBIC

    uma modalidade de ensino-aprendizagem que visa oferecer aos acadmicos de

    graduao a experincia de questionamento, sistematizao e organizao do

    saber, elevando-os da condio de receptores para a de produtores de

    conhecimento. Esse Programa visa atender acadmicos da UniEVANGLICA, que

    desejam realizar atividades vinculadas Projeto de Pesquisa de um Professor-

    Orientador da Instituio e desenvolvidas com recursos internos ou obtidos a partir

    de parceria com organizaes de fomento pesquisa.

  • 30

    Complementarmente oferecida outra modalidade de iniciao cientfica o

    Programa de Iniciao Cientfica Voluntria (PVIC), sendo este um programa

    voltado para a iniciao voluntria pesquisa de alunos de graduao da

    UniEVANGLICA. Oferece uma ferramenta de induo do pensamento cientfico e

    introduz o acadmico pesquisa e a inovao.

    3.3 - Polticas para a Extenso

    O curso de Odontologia do Centro Universitrio de Anpolis, por meio da

    extenso, busca promover a troca entre os saberes sistematizado-acadmico e o

    popular, que possibilita a produo de conhecimento resultante do confronto com a

    realidade, propiciando a efetiva participao da comunidade na atuao da

    academia, com vistas ao desenvolvimento de sistemas de parcerias

    interinstitucionais. Prope-se uma relao entre universidade e outros setores da

    sociedade, que seja transformadora, um instrumento de mudana em busca de

    melhoria da qualidade de vida. Uma atuao voltada para os interesses e

    necessidades da maioria da populao, aliada a movimentos sociais de superao

    de desigualdades, de excluso e implementadora do desenvolvimento regional e de

    polticas pblicas.

    Assim a extenso passa a ser um dos espaos que propicia a realizao

    de atividades acadmicas de carter interdisciplinar. Possibilitam intensas trocas

    entre reas distintas do conhecimento, interao de conceitos e modelos

    complementares, alm da integrao e convergncia de instrumentos e tcnicas

    para uma consistncia terica e operacional. Tais aes estruturam o trabalho

    coletivo e contribuem para uma nova forma de fazer cincia, revertendo a tendncia

    comum, nas universidades, de compartimentao do conhecimento da realidade.

    No Curso de Odontologia as atividades de Extenso se dividem em

    aes internas e externas. Nas internas so realizadas as Monitorias (Imagem 1),

    Mostra Cultural (Imagem 2), e Atividades Formativas das Ligas Acadmicas

    (Imagem 3). Nas aes de extenso de atuao externa se destacam os Estgios

    Extra Curriculares, Aes de Polticas Pblicas de Sade (Imagem 4), Aes

    institucionais de ao extensionista integradas denominada Unicidad Intinerante e

    Projeto Ciranda (Imagem 5).

  • 31

    Imagem 1 Monitoria

    Imagem 2 Mostra Cultural do Curso de Odontologia

  • 32

    Imagem 3 Ao Social da Liga de Cirurgia

    Imagem 4 Ao Educativa Interdiciplinar para Idosos

    Nas atividades consideradas externas, a extenso do Curso segue a

    poltica institucional, participando de todos os eventos congneres e afins rea de

    sade e odontologia. Sendo consideradas aes permanentes, o Unicidad

    Intinerante busca levar a comunidade acadmica a eventos mensais, atendendo

    diversos setores da comunidade, participando em parcerias com outras instituio.

    Parceiros comuns nestas aes so a APAE (Imagem 6) e TV Anhanguera

    afiliada rede Globo, com eventos na cidade sede do curso e regio, atravs do

  • 33

    Projeto de Ao Comunitria nos Bairros APAE e Projeto Ciranda TV

    Anhanguera. Ainda em parceria com a Igreja Metodista do Brasil a

    UniEVANGLICA promove nos meses de Julho o projeto Uma Semana para Jesus

    (Imagem 7) na regio Centro Oeste com aes de ateno bsica e secundria de

    sade e o Projeto Unicidad Intinerante Amazonas (Projeto Amazonas) (Imagem

    8) em parceria com Asas de Socorro que tem como misso a assistncia integral a

    comunidades ribeirinhas do rio amazonas.

    Imagem 5 Participao da Odontologia no Projeto Ciranda

    Imagem 6 Parceria do Curso de Odontologia com a APAE

  • 34

    Imagem 7 Participao do Curso de Odontologia no projeto Uma Semana para Jesus

    Imagem 8 Participao dos acadmicos e docentes no Projeto UniEVANGLICA

    Cidad Itinerante.

    Completando a misso extensionista do curso, ainda so oferecidos os

    estgios extra muros (Curriculares e No Curriculares), conforme regulamentada

    pela lei Lei n 11.788, de 25 de setembro de 2008. Oferece a possibilidade de

    estgios em trs frentes, prioritariamente, na ateno bsica, secundria e terciria.

    Por meio de convnio firmado com o Instituto Euvaldo Lopes (IEL) e Centro de

    Integrao Empresa Escola (CIEE) pela UniEVANGLICA oferecido por livre

  • 35

    demanda estgios em prefeituras, rgos estaduais e iniciativa privada a alunos que

    se habilitam as vagas oferecidas ocasionalmente.

    Consolidado as atividades de extenso, de forma curricular e sistemtica

    no curso, a formao de ateno bsica e secundria realizada na disciplina de

    Projeto Interdisciplinar de Polticas Pblicas de Sade (PIPPS), onde o acadmico,

    desde o primeiro perodo, entra em contato direto com a comunidade (Imagem 9),

    passando por todas as aes institucionalizadas no pas e oferecidas pelo Sistema

    nico de Sade (SUS), vivenciando a realidade da sade pblica na regio e

    desenvolvendo as atividades pertinentes a cada momento de ateno nestes

    setores da sade publica.

    Imagem 9 Algumas Aes em Sade da disciplina de PIPPS

    Assim, o curso de Odontologia do Centro Universitrio de Anpolis, tem

    pautado suas aes em integrar ensino e pesquisa na busca de alternativas,

    visando apresentar solues para problemas e aspiraes da comunidade;

    organizar, apoiar e acompanhar aes que visem interao do curso com a

    sociedade, gerando benefcios para ambas e incentivar a produo cultural da

    comunidade acadmica e comunidades circunvizinhas.

    A partir dessas referncias, a extenso desenvolvida no sentido de

    organizar, apoiar e acompanhar aes voltadas para a educao do cidado e

    comunidade acadmica nas reas de educao pblica, educao especial, cultura,

  • 36

    lazer e recreao, sade e meio ambiente, criando mecanismos institucionais que

    permitam avanar o processo de integrao entre a Universidade e diversos setores

    da Sociedade.

    3.4 - Atividades de Ensino e sua Articulao com a Pesquisa e a Extenso

    com o ensino, funo principal de qualquer instncia educacional, que

    a teoria e a prtica deve ser repensada. A extenso o momento de aplicao do

    conhecimento adquirido pelo acadmico, que deve ser capaz de confrontar de modo

    crtico aquilo que foi estudo com o que demendado pela sociedade. E, na

    pesquisa que ensino e extenso podem ser espao para reflexes e mudanas

    paradigmticas, desde que cerciadas por um mtodo de investigao, no qual

    avaliar a necessidade de mudanas, ou no, das prticas.

  • 37

    A gesto de uma instituio educativa tem peculiaridades em relao

    gesto das organizaes sociais em geral, uma vez que ela se fundamenta em duas

    dimenses: a gerencial e a pedaggica. A dimenso gerencial responsabiliza-se

    pelo contorno da organizao e meio para as atividades-fim da instituio

    educativa, que so o ensino, a pesquisa e a extenso. A dimenso pedaggica trata

    das questes essencialmente educativas, quais sejam o contexto acadmico

    institucional, a formao dos sujeitos envolvidos no processo educativo e,

    especialmente, o ensino, a pesquisa e a extenso (PDI, 2014-2018).

    O curso de Odontologia em consonncia com o PDI (2014-2018) adota

    como princpios de gesto a incorporao de estratgias de estmulo as prticas de

    ensino, pesquisa e extenso, visando estimular a valorizao do corpo docente e

    colaboradores. Dessa forma, cumpre-se as seguintes prticas:

    Desenvolvimento de programas de capacitao permanente ao corpo docente e

    colaboradores com vistas a melhoria contnua do processo de ensino-

    aprendizagem;

    Apoio pedaggico ao corpo docente;

    Ao do Ncleo de Apoio Psicopedaggico e Experincia Docente e Discente

    (NAPEDD) para o acadmico;

    Adoo de critrios de seleo para ingresso de docentes junto a PROACAD;

  • 38

    A AEE trata-se de uma instituio filantrpica que busca promover, com

    excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos diferentes nveis da pesquisa e

    da extenso, buscando a formao de cidados comprometidos com o

    desenvolvimento sustentvel (PDI, 2014-2018, p.14) como misso.

    Desse modo, o UniSOCIAL (Departamento de Filantropia e Assistncia

    social) faz a gesto do programa de bolsas, como: ProUni, Filantropia, OVG, FIES e

    parcelamento universitrio.

    ProUni Programa Universidade para Todos destinado a candidatos que no

    possuam diploma de cursos superior, com renda per capita de at um salrio

    mnimo e meio (bolsa integral), tenha cursado ensino mdio em escola pblica ou

    privada como bolsista integral e tenha atingido mdia superior a 450 pontos no

    ENEM (Exame Nacional do Ensino Mdio).

    Filantropia concesso de bolsas da prpria instituio integral e parcial (50%)

    de acordo com a Lei 11.096/2005 e 12.101/2009, obedecendo aos seguintes

    critrios: bolsa integral (comprovao de renda per capita familiar de at (um)

    salrio mnimo e meio) e para bolsa parcial (50%) (comprovao de renda per

    capita familiar de at 3 (trs) salrios mnimos)

    OVG Organizao das Voluntrias de Gois convnio com o Estado de Gois

    de acordo com regulamentos e critrios estabelecidos pela OVG e havendo

    contrapartida em que o acadmico presta servio voluntrio em instituies

    governamentais e no governamentais, mediante sua rea de formao.

    FIES Fundo de Financiamento Estudantil destina-se a estudantes de cursos

    de graduao regularmente matriculados em IES no gratuitas e cadastradas no

    programa, vinculado a avaliao do SINAES.

    Parcelamento Universitrio (PRA VOC) - um parcelamento que possibilita ao

    aluno regularmente matriculado pagar 50% da mensalidade durante seus estudos

    e os outros 50% aps a concluso do curso, em perodo igual ao que o crdito foi

    utilizado.

  • 39

  • 40

    As formas de acesso aos cursos da UniEVANGLICA so as tradicionais

    e regulamentadas pelo Ministrio da Educao: processo seletivo vestibular,

    transferncias, portadores de diploma e, a partir de 2006, a Instituio aderiu ao

    ProUni (PDI, 2014 2018, p. 145). O estmulo a permanncia do acadmico d-se

    pelo acesso as bolsas governamentais e as disponibilizadas pela prpria IES,

    atravs do UniSOCIAL.

    O Centro Universitrio de Anpolis conta com o Programa Institucional de

    Nivelamento com o objetivo de alcanar o maior nmero de estudantes

    (ingressantes) possvel, incorporando os contedos identificados como deficitrios

    entre os acadmicos s aulas das disciplinas de Lngua Portuguesa e Metodologia

    Cientfica. Desta forma, obrigatoriamente, durante dois semestres letivos haver o

    nivelamento de lngua portuguesa, metodologia cientfica e tambm clculo, por

    meio do Univirtual (PDI, 2014 2018, p.146).

    Os espaos de convivncia e participao estudantil acontecem nos

    Diretrios Acadmicos (DAs) que participam nos rgos de discusso, avaliao e

    deliberao do Centro Universitrio de Anpolis, tais como: CAS, CPA, SIA, entre

    outros. A Instituio disponibiliza aos DAs espao fsico com equipamentos para seu

    funcionamento. O DA do curso de Odontologia utiliza uma sala no terceiro

    pavimento do bloco C, mesmo andar da secretaria setorial.

    Os acadmicos que necessitam de compensao e orientao para os

    dificuldades acadmicas e pessoais podem ser encaminhados pelos curso ou

    UniATENDER que o servio institucional de atendimento, que faz interface com os

    cursos e setores da UniEVANGLICA no desenvolvimento de aes integradas de

    apoio ao acadmico e tem como objetivo acolher, integrar, atender e acompanhar

    os discentes, individual ou coletivamente, ajudando-os em suas necessidades e

    zelando por sua formao humana e profissional, de modo a favorecer o

    desenvolvimento de princpios ticos e cristos, convivncia saudvel e

    responsabilidade social (PDI, 2014 -2018, p.147).

  • 41

    Os direitos e deveres dos acadmicos esto regulamentados pelo

    Regimento Geral do Centro Universitrio de Anpolis (2015) e os acadmicos

    recebem o Guia Acadmico durante o evento de Acolhida aos Calouros com tais

    normas no seu ingresso ao curso.

    A IES tem convnios firmados com diversos setores (Secretarias de

    Sade, de Educao, Segurana, dentre outros) para que os acadmicos tenham

    acesso aos mais diversos estgios extra e/ou curriculares. A PROPE proporciona e

    incentiva a participao em iniciao cientfica e nos mais diversos projetos de

    extenso.

    O programa de internacionalizao, por meio do Ncleo de Assuntos

    Internacionais (NAI), tem como objetivo geral implementar a internacionalizao na

    cultura e na estratgia organizacional da UniEVANGLICA, em seus processos de

    ensino, pesquisa e extenso, desenvolvendo atividades internacionais como forma

    de ampliar suas aes culturais, educacionais, cientficas e humanitrias. Ocorre por

    meio de convnios internacionais, eventos, dentre outros (PDI, 2014 2018, p, 98).

    Programa de Acompanhamento de Concluintes e Egressos, promovido

    pela Coordenadoria de Apoio ao Discente, rgo ligado PROACAD rene,

    periodicamente, ex-alunos da Instituio para conferncias e debates, mantendo um

    vnculo permanente com eles. Este programa fundamental para a avaliao do

    desempenho dos cursos e da Instituio, subsidiando mudanas, melhorias e todo o

    planejamento pedaggico e administrativo (PDI, 2014 2018, p. 149).

    A poltica de atendimento ao discente no mbito do curso est descrita no

    corpo do PPC e est em consonnica com o PDI (vide Apoio ao Discente).

  • 42

    A UniEVANGLICA trabalha, em seus diferentes cursos, com uma srie

    de atividades na realizao de aes que visam dar visibilidade ao contato com a

    comunidade interna e externa. Algumas aes ocorrem dentro de uma poltica e

    calendrio geral da Instituio, entre as quais destacamos:

    Diversidade Frum frica: Projeto que visa motivar os alunos africanos que estudam no Brasil a

    continuarem pensando em seu pas de origem. Visa, ainda, incentiv-los a fazer

    diferena substancial quando retornarem aos seus pases de origem. So realizadas

    palestras sobre temas como responsabilidade social, noite cultural com danas

    tpicas africanas, oficinas diversas de lingustica, artes, dentre outras. Na ltima

    edio, realizada em 2013, mais de uma dezena de embaixadores participaram do

    evento e trataram das relaes econmicas e culturais Brasil/frica. Outro evento

    sobre o tema o Africa Day (Imagem 10).

    Imagem 10 Africa Day

    UniEVANGLICA Cidad Itinerante Amaznia - Educao, Sade & Cidadania

    UniEVANGLICA CIDAD Itinerante XXI Uma Semana Pra Jesus

    UniEVANGLICA nas Escolas- Educao e Sade com os escolares

    Semana da Cidadania + Ciranda

  • 43

    O curso de Odontologia desenvolve aes relacionadas com temticas

    quanto a diversidade, meio ambiente, memria cultural, e patrimnio cultural que

    so tambm abordadas institucionalmente, com calendrio prprio.

    Quanto a diversidade relacionada com produo cientfica articulada

    com a produo artstica para que se desenvolva nos acadmicos a formao

    profissional de egresso contextualizado com as demandas e inserido na realidade

    da sociedade produzido um evento anual, denominado Mostra Cultural do Curso

    de Odontologia.

    A Mostra Cultural do Curso de Odontologia um evento de extenso

    registrado na Coordenao de Extenso e Ao Comunitria (CEAC) que tem por

    finalidades: integrar os acadmicos dos diferentes perodos e turnos e os

    professores do curso; estimular a criatividade e o pensamento crtico e reflexivo

    sobre a realidade da Odontologia e suas possibilidades de interseco com

    aspectos culturais; estimular a diversificao da produo de conhecimento

    contribuindo para a formao somativa (conhecimentos, atitudes e habilidades);

    disseminar as produes culturais-acadmicas do curso de Odontologia. Possui

    trabalhos na seguintes modalidades de apresentao: Dramatizao (stand-up/

    poesi