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PROJETO PEDAGGICO DE CURSO
Odontologia
Atualizado em 2017
1
MANTENEDORA
Associao Educativa Evanglica
Presidente: Ernei de Oliveira Pina
MANTIDA
Centro Universitrio de Anpolis
Reitor: Carlos Hassel Mendes
Chanceler: Ernei de Oliveira Pina
Endereo: Av. Universitria Km. 3, 5 - Cidade Universitria, Anpolis
CURSO
Odontologia
Diretora: Cristiane Martins Rodrigues Bernardes
2
Sumrio
Apresentao 01
1. Contexto Educacional 04
2. Contexto Institucional 17
3. Polticas Institucionais no mbito do Curso 26
3.1- Polticas para o Ensino 26
3.2- Polticas para a Pesquisa 27
3.3- Polticas para a Extenso 30
3.4- Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a
extenso
36
4. Organizao e Gesto da Instituio 37
5. Responsabilidade Social 38
6. Polticas de Atendimento ao Discente 40
7. Aes Institucionais referentes Diversidade, ao Meio-Ambiente,
Memria Cultural, Produo Artstica, e ao Patrimnio Cultural
42
8. Concepo do Curso 44
8.1- Identificao do Curso 45
8.2- Formas de Ingresso 45
8.3- Justificativa do Curso 45
8.4- Objetivos do Curso 46
8.5- Perfil Profissional do Egresso 47
8.5.1- Habilidades e Competncias Gerais 48
8.5.2- Habilidades e Competncias Especficas 49
8.6- Estrutura Curricular 50
I. Flexibilidade 53
II. Interdiciplinaridade 56
III. Articulao Terico-Prtica 58
IV. Acessibilidade Plena 64
V. Integralizao Curricular e Carga Horria 68
8.6.1- Matriz Curricular 68
8.6.2- Contedos Curriculares 74
3
8.6.3- Ementas e Bibliografias Bsicas e Complementares 83
8.6.3.1 Peridicos Especializados 134
8.6.4- Articulao de Contedos em Disciplinas 135
9. Fundamentos Metodolgicos 218
9.1- Tecnologias de Informao e Comunicao 226
10. Processos Formativos 231
10.1- Apoio Discente 231
10.1.1- Demanda Individual 231
10.1.2- Demanda Coletiva 234
10.2- Estgio Curricular Supervisionado 235
10.3- Atividades Complementares 239
10.4- Trabalho de Curso 239
10.5- Ncleo de Assuntos Internacionais 242
10.6- Monitorias 243
10.7- Ligas Acadmicas 244
10.8- Mostra Cultural 245
10.9- Integrao do Curso com o Sistema de Sade Local e
Regional/SUS
245
11. Processo de Avaliao do Curso 250
11.1- Aes Decorrentes do Processo de Avaliao do Curso 256
11.2- Organizao Didtico-Pedaggica 256
11.3- Corpo Docente 258
11.4- Infraestrutura 259
12. Avaliao dos Processos de Ensino-Aprendizagem 261
13. Organizao Administrativa e Acadmica do Curso 268
13.1- Coordenao do Curso 268
13.2- Coordenao Pedaggica 270
13.3- Ncleo Docente Estruturante 271
13.4- Colegiado do Curso 272
13.5- Corpo Docente 272
13.6- Colaboradores 278
13.6.1- Secretaria Setorial do Curso de Odontologia 278
13.6.2- Laboratrios de Ensino 278
4
13.6.3- Laboratrios de Habilidades Odontolgicas 279
13.6.4- Laboratrios de Especialidades 279
14. Infraestrutura Arquitetnica e Tecnolgica 281
14.1- Setor Administrativo 281
14.1.1- Secretaria Setorial 281
14.1.2- Sala da Direo 282
14.1.3- Sala das Coordenaes Pedaggica e Planejamento 283
14.1.4- Sala da Coordenao de Pesquisa 284
14.1.5- Sala da Coordenao de Clnica 284
14.1.6- Sala de Reunies do Ncleo Docente Estruturante 285
14.1.7- Sala de Professores 285
14.1.8- Gabinetes de Trabalho - Estaes NAPEDD 286
14.1.9- Salas de Aula 286
14.2- Sistema Acadmico Lyceum 288
14.3- Condies de Acessibilidade s Instalaes do Curso de
Odontologia
289
14.4- Laboratrios de Ensino 290
14.1.1- Laboratrios Multidisciplinares de Qumica 290
14.1.2- Laboratrios de Anatomia Humana 291
14.1.3- Laboratrio de Microbiologia e Imunologia 292
14.1.4- Laboratrios de Microscopia 293
14.5- Laboratrios de Habilidades Odontolgicas 294
14.5.1- Laboratrio de Habilidades Odontolgicas I 295
14.5.2- Laboratrio de Habilidades Odontolgicas II 295
14.6- Laboratrios Didticos Especializados 296
14.6.1- Centro de Diagnstico por Imagem 296
14.6.2- Clnica Odontolgica de Ensino 300
15. Avaliao do Projeto Pedaggico do Curso 307
Apndice 1- Regulamento do Colegiado de Curso 309
Apndice 2- Fluxograma de Articulao de Contedos Intradisciplinar e
Interdisciplinar
312
Apndice 3- Regulamento do Ncleo de Apoio Psicopedaggico e
Experincia Docente e Discente
313
5
Apndice 4- Regulamento do Estgio Curricular Supervisionado 317
Apndice 5- Regulamento das Atividades Complementares 326
Apndice 6- Regulamento do Trabalho de Curso 330
Apndice 7- Regulamento do Ncleo Docente Estruturante 337
Anexo 1- Incio de Funcionamento do Curso 340
Anexo 2- Reconhecimento do Curso 341
Anexo 3- Renovao de Reconhecimento do Curso 342
Lista de Abreviaes
ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ACG Avaliao dos Cursos de Graduao
ACS - Agente Comunitrio de Sade
AEE - Associao Educativa Evanglica
APAE - Associao de Pais e Amigos dos excepcionais
CAIS - Centro de Ateno Integral sade
CAPES - Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
CAS - Conselho Acadmico Superior
CDI - Centro de Diagnstico e Imagem
CEAC - Coordenadoria de Extenso e Ao Comunitria
CEO - Centro de Especialidades Odontolgica
CEP - Comit de tica em Pesquisa
CIEE - Centro de Integrao Empresa Escola
CIPEEX- Congresso Internacional de Pesquisa, Ensino e Extenso
CMEI - Centro Municipal de Educao Infantil
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
COE - Clnica Odontolgica de Ensino
COMSEL - Comisso de Seleo
CONAES - Comisso Nacional de Avaliao da Educao Superior
CPA - Comisso Prpria de Avaliao
CPO-D - ndice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados por dente
DA - Diretrio Acadmico
DAIA - Distrito Agroindustrial de Anpolis
6
DCNO - Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Odontologia
DOU - Dirio Oficial da Unio
ENADE - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
ENEM - Exame Nacional do Ensino Mdio
FADA - Faculdade de Direito de Anpolis
FFBS - Faculdade de Filosofia Bernardo Sayo
FIES - Fundo de Financiamento Estudantil
FOJOP - Faculdade de Odontologia Joo Prudente
IEL - Instituto Euvaldo Lodi
IES - Instituio de Ensino Superior
INEP Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira
LDB - Lei de Diretrizes e Bases
LIBRAS - Lngua Brasileira de Sinais
MEC - Ministrio da Educao
NAI - Ncleo de Assuntos Internacionais
NAPEDD - Ncleo de Apoio Psicopedaggico e Experincia Docente e Discente
NDE - Ncleo Docente Estruturante
NIT Ncleo de Inovao Tecnolgica
O.S.C.E. - Objective Structured Clinical Examination
OMS - Organizao Mundial da Sade
OVG - Organizao das Voluntrias de Gois
PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional
PIB - Produto Interno Bruto
PIBC - Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica
PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Incentivo Docncia
PIPPS - Projeto Interdisciplinar de Polticas Pblicas de Sade
PNAB - Poltica Nacional de Ateno Bsica
PGRSS - Programa de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade
PPC - Projeto Pedaggico do Curso
PPI - Projeto Pedaggico Institucional
PROACAD - Pr-Reitora Acadmica
PROPPE - Pr-Reitora de Ps-Graduao, Pesquisa, Extenso e Ao Comunitria.
ProUni - Programa Universidade para Todos
PTO - Posto de Trabalho Odontolgico
7
PVIC - Programa de Iniciao Cientfica Voluntria
SB Brasil - Sade Bucal Brasil
SEA - Subcomisso Especialistas em Avaliao
SIA - Subcomisso Interna de Avaliao Especialistas
SINAES - Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior.
SIVAM - Servio de vigilncia da Amaznia
TBL - Team Based Learning
TEA - Transtorno do Espectro Autista
TIC - Tecnologias da Informao e Comunicao
UBS/ESF - Unidade Bsica de Sade com Estratgia Sade da Famlia
Lista de Quadros
Quadro 1- Informaes do Censo 2010 sobre os trs municpios mais populosos de
Gois.
Quadro 2- Participao relativa da populao, PIB total e participaes relativa e
acumulada, segundo as Unidades da Federao e os cinco principais municpios
2010.
Quadro 3 Representao esquemtica da formao das disciplinas, a partir dos eixos
tericos/metodolgico norteadores.
Quadro 4 Representao esquemtica a partir dos eixos tericos/metodolgico
norteadores indicando o eixo transversal (articulao teoria/prtica).
Quadro 5 Representao esquemtica a partir dos eixos tericos/metodolgico
norteadores indicando o eixo longitudinal (articulao teoria/prtica).
Quadro 6 Matriz curricular representada em nmero de disciplinas por perodo
Quadro 7 Matriz curricular representada com pr-requisito e co-requisito.
Quadro 8 Descrio das estratgias de ensino-aprendizagem utilizadas em cada
perodo.
Quadro 9 Carga Horria Estgio Curricular Supervisionado e Nvel de Ateno.
Quadro 10 Carga horria Estgio Curricular Supervisionado e locais de estgio.
Quadro 11 Disciplina Pr-Internato Odontolgico.
Quadro 12 Nveis de Ateno em Sade/Local(is) de Estgio.
8
Quadro 13 Campos de estgio nas disciplinas de Projeto Interdisciplinar de Polticas
Pblicas de Sade.
Quadro 14 Processos Avaliativos
Quadro 15 Descrio do Corpo Docente por Disciplina (2017.1).
Quadro 16 Descrio do Corpo Docente por rea (2017.1)
Quadro 17 Recursos Humanos na Secretaria Setorial
Quadro 18 Recursos Humanos nos Laboratrios de Ensino (LABBAS)
Quadro 19 Recursos Humanos nos Laboratrios de Habilidades Odontolgicas
Quadro 20 Recursos Humanos da Clnica Odontolgica de Ensino e Centro de
Diagnstico por Imagem.
Lista de Figuras
Figura 1 Distribuio percentual da Populao por situao de domiclio 1980 a
2010.
Figura 2 Distribuio percentual da Populao por grandes grupos de idade Brasil
1980 a 2010.
Figura 3 Distribuio percentual da Populao por sexo segundo os grupos de idade
2010.
Figura 4 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB
Brasil, 2003).
Figura 5 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB
Brasil, 2010).
Figura 6 Organograma do Centro Universitrio de Anpolis.
Lista de Tabelas
Tabela 1 Indicadores Demogrficos de Sade no Brasil.
Tabela 2 Metas da OMS para o ano 2000 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal
no Brasil.
Tabela 3 Metas da OMS para o ano 2010 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal
no Brasil.
Tabela 4 Cursos de Odontologia no Estado de Gois.
9
Lista de Imagens
Imagem 1 Monitoria
Imagem 2 Mostra Cultural do Curso de Odontologia
Imagem 3 Ao Social da Liga de Cirurgia
Imagem 4 Ao Educativa Interdiciplinar para Idosos
Imagem 5 Participao da Odontologia no Projeto Ciranda
Imagem 6 Parceria do Curso de Odontologia com a APAE
Imagem 7 Participao do Curso de Odontologia no Semana para Jesus
Imagem 8 Participao dos acadmicos e docentes no Projeto UniEVANGLICA
Cidad Itinerante.
Imagem 9 Algumas Aes em Sade da disciplina de PIPPS
Imagem 10 Africa Day
Imagem 11 Paciente Cadeirante sendo Atendida na Prpria Cadeira com a
Giroverso do Encosto
Imagem 12 Trilha Ecolgica realizada pelo PIPPS III para estudo das Polticas de
Educao Ambiental
Imagem 13 Montagem de mural de emponderamento sobre os temas
Imagem 14 Uso das Tecnologias da Informao e Comunicao nos Encontros
Interdisciplinares
Imagem 15 Corredor de acesso ao curso pelas rampas externas
Imagem 16 Secretaria Setorial
Imagem 17 Sala da Direo
Imagem 18 Sala das coordenaes Pedaggica e de Planejamento
Imagem 19 Sala da Coordenao de Pesquisa
Imagem 20 Sala da Coordenao de Clnica
Imagem 21 Sala de Reunies NDE
Imagem 22 Gabinetes de Trabalho Estaes NAPEDD
Imagem 23 Laboratrios Multidisciplinares de Qumica I, II e III
Imagem 24 Laboratrios de Anatomia Humana I, II e III
Imagem 25 Laboratrio de Microbiologia e Imunologia
Imagem 26 Laboratrios de Microscopia I e II
Imagem 27 - Cmera digital HDMI acoplada ao microscpio e conectados a TV de tela
plana de 42
10
Imagem 28 Laboratrios de Habilidades Odontolgicas I e II. Simulador de cabea
com manequim acoplado.
Imagem 29 Salas de Espera CDI.
Imagem 30 Box tipo Labirinto com parede baritada
Imagem 31 OP300 Instrumentarium Finlndia
Imagem 32 Laboratrio de Tratamento de Imagem e Tomografia Montada e Impressa
Imagem 33 Escaner digital para Radiografias Intrabucais
Imagem 34 Laboratrio de Interpretao Radiogrfica
Imagem 35 Entrada da COE pelo estacionamento
Imagem 36 Recepo da COE
Imagem 37 Brinquedoteca
Imagem 38 rea de Armazenamento e Distribuio do Material - CME
Imagem 39 Atendimento na Clnica de Transmisso Simultnea
Imagem 40 Acadmicos Observando o Atendimento do Paciente
1
Os novos desafios educacionais, produtivos e sociais e as novas
estruturas de tomadas de decises pedaggicas, polticas e tcnicas da atualidade
exigem novas dinmicas, atribuies e expectativas de funcionamento das
instituies universitrias.
Estudos recentes ressaltam aspectos importantes que precisam ser
considerados nas polticas e prticas de Ensino Superior, dentre eles:
- Considerao das mudanas que esto ocorrendo na produo e na
transmisso do conhecimento.
- O aprendiz precisa ser considerado em sua individualidade biolgica,
com diferentes estilos de aprendizagem, cuja nfase dever estar na construo do
conhecimento, e no na instruo.
- O currculo deve ser algo construdo com critrios que considerem uma
nova cosmoviso e promoo de dilogo permanente entre o indivduo e o seu meio
ambiente, entre o professor e aluno, e que seja flexvel e baseado nas
peculiaridades do contexto local.
- Adoo de estratgias metodolgicas e processo de avaliao que
assegurem que os alunos ajam com responsabilidade, capacidade crtica e com
autonomia e que sejam apropriadas s particularidades da competncia a ser
desenvolvida e s caractersticas dos alunos.
- Necessidade de maior estreitamento do vnculo entre pesquisa-ensino-
extenso.
Esta Instituio colabora com a universalizao do acesso ao
conhecimento cientfico, tcnico, tico e cultural. A formao proposta nos
documentos institucionais visa ao desenvolvimento de competncias e habilidades
que permitam ao acadmico atuar em campos profissionais especficos,
contribuindo para a melhoria das condies de vida e o desenvolvimento cultural e
socioeconmico da regio.
2
O Centro Universitrio de Anpolis objetiva ampliar sua prestao de
servios por meio de modalidades de ensino diversificadas, em nvel presencial e a
distncia, articuladas pesquisa e extenso, com base na qualidade social e na
excelncia acadmica e pedaggica. Essa viso apoia-se nas demandas por ensino
superior, necessrio formao do cidado, como resposta premncia do
desenvolvimento regional, buscando a insero sociocultural e produtiva, de modo a
contribuir para a elevao dos nveis de qualidade de vida e dignidade da
coletividade.
O curso de Odontologia tem a proposta de formao do egresso
profissional desenhada e compartilhada por docentes, discentes e colaboradores,
destinada tanto aos pacientes da Clnica Odontolgica de Ensino quanto os
pacientes de outras unidades de sade vinculadas ao Sistema nico de Sade e
coletividade seja de diferentes regies do municpio de Anpolis ou mesmo da sua
totalidade.
Considera-se que esta formao composta pela compreenso dos
princpios fundantes tanto da profisso cirurgio-dentista quanto da educao, que
se articula com a odontologia, constituindo educao odontolgica para atender ao
que se prope nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduao em
Odontologia. Trata-se de buscar a formao preconizada neste documento, como
[...] formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, para atuar em todos os
nveis de ateno sade, com base no rigor tcnico e cientfico (BRASIL, 2002,
art. 3)1.
Esta articulao notada na medida em que se aprofunda a leitura deste
material Projeto Pedaggico do Curso, que ora est sendo apresentado como
diretrizes para a formao do cirurgio-dentista do Curso de Odontologia do Centro
Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA.
A educao odontolgica deve ser balizada por princpios educacionais
que se relacionam com a proposta de formao prevista mediante: contexto
institucional e loco regional a qual este futuro egresso se encontra; as habilidades e
competncias a serem constitudas, a matriz curricular com contedos, ementas e
1 BRASIL. Conselho Nacional de Educao. Cmara de Educao Superior. Resoluo CNE/CES 3, DE 19 de
fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Odontologia, 2002.
3
bibliografias; estratgias de ensino-aprendizagem; processos formativos tais como:
apoio discente frente demanda individual e coletiva, estgio curricular
supervisionado, atividades complementares, trabalho de concluso de curso,
tecnologia de informao e comunicao, ligas acadmicas, e integrao do curso
com o SUS; e procedimentos de avaliao do processo ensino-aprendizagem.
Nota-se que todos os processos formativos esto imbricados produzindo
a tessitura necessria interligao entre eles, contribuindo para que seja possvel
realizar uma anlise sistmica e global do que se prope neste Projeto Pedaggico
de Curso. A compreenso de inacabamento como definiu o grande educador
Paulo Freire2.
2A inconcluso, repito, faz parte da natureza do fenmeno vital (FREIRE, 1999:61). FREIRE, Paulo. Pedagogia
da Autonomia. Saberes Necessrios Prtica Educativa. So Paulo: Paz e Terra, 1999.
4
Na regio Centro-Oeste, na rea que abrange todo o Estado de Gois e o
Distrito Federal, h uma concentrao urbana mais densa, onde se localizam duas
regies metropolitanas: Goinia/GO e Braslia/DF; a microrregio do Entorno de
Braslia/GO e a cidade de Anpolis/GO. A cidade de Goinia, capital do Estado de
Gois, conta atualmente com 1.333.767 habitantes, segundo dados da Secretaria
de Planejamento do Estado de Gois (GOIS, SEPLAN, 2012). Se considerarmos a
regio metropolitana, essa populao atinge cerca de 2 milhes de habitantes. J a
cidade de Braslia tem uma populao de 2.570.160 habitantes (IBGE, 2010),
porm, na regio metropolitana, ultrapassa 3 milhes.
No caminho da BR 060, entre Braslia/DF e Goinia/GO, est a cidade de
Anpolis/GO, com um quantitativo populacional de 342.347 habitantes, segundo o
Censo do IBGE/2012. Essa cidade de porte mdio considerada um ponto
estratgico de contato entre a microrregio Centro-Sul e o Norte do Estado, sendo
tambm um importante entreposto, ligando as regies Sudeste e Norte do pas.
Para alm da posio geogrfica, a cidade tem sido alvo de polticas federais que
desencadearam e vm consolidando o processo de expanso econmica.
Numa anlise histrica, possvel observar que, ao longo dos 107 anos
da emancipao de Anpolis, a posio geogrfica estratgica e a dinmica urbana
local a credenciam como um centro regional. No por acaso, entre os anos 1930 e
1950, Anpolis foi o maior centro comercial da regio Centro-Oeste. Um fator
fundamental nesse processo foi a chegada da ferrovia, em 1935. Alguns fatos
evidenciam essa tese: em 1942, foi instalado o primeiro banco goiano, cujo nome
era Banco Comercial do Estado de Gois, tendo este 14 filiais no Estado, inclusive
em Goinia; o segundo banco goiano, o Banco Imobilirio do Oeste Brasileiro S/A,
inaugurado em 1945, tambm era anapolino.
Em 1932, foi inaugurado o Colgio Couto Magalhes, embrio da
Associao Educativa Evanglica, fundada em 1947, que, posteriormente, seria a
mantenedora das Faculdades Integradas da AEE, transformadas, em 2004, no
Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA.
5
Em alguma medida, Anpolis se beneficiou da poltica de interiorizao
do Brasil, desenvolvida por Getlio Vargas, com o nome de Marcha para o Oeste.
Foi assim que, em 1941, foi fundada a Colnia Agrcola Nacional de Gois, no Vale
do So Patrcio, hoje cidade de Ceres. Nessa cidade, a Associao Educativa
Evanglica criou novas Unidades: o Colgio lvaro de Melo e a Faculdade de
Filosofia do Vale do So Patrcio.
A construo de Goinia, nas dcadas de 1930 e 1940, bem como a
edificao da nova capital federal Braslia, inaugurada em 1961 e a rede de
rodovias que lhe dariam suporte, impactaram Anpolis, pois o municpio passou
condio de entroncamento de importantes estradas de rodagem federais e
estaduais. Tudo isso fez aumentar a populao do Estado e a demanda pelo ensino
em Gois. Mais uma vez, Anpolis dava resposta a esse desenvolvimento, com a
criao dos primeiros cursos de ensino superior fora da capital, por meio da
Associao Educativa Evanglica, em 1960, com a oferta das licenciaturas em
Histria, Letras, Geografia e Pedagogia.
Nos anos 1970, Anpolis passou a ser uma referncia no projeto de
desenvolvimento industrial, com a criao do DAIA (Distrito Agroindustrial de
Anpolis), inaugurado em 1976. Este Distrito serviria de modelo para que outros do
gnero fossem instalados no interior do Estado. O DAIA abriga, atualmente, o maior
nmero de empresas do Estado. Enquanto tal, promove a interligao da cidade a
grandes metrpoles e outros pases, dinamizando a economia local.
Outra ao que influenciou diretamente a dinmica urbana local foi a
efetivao da Estao Aduaneira do Interior, conhecida como Porto Seco. O Porto
Seco propicia a distribuio de mercadorias e facilita as exportaes.
A construo do Aeroporto de Cargas de Anpolis, considerada obra
estratgica para a consolidao da plataforma multimodal no municpio, far de
Anpolis um centro de logstica, garantindo atrao de mais investimentos e o
escoamento de produtos, podendo ser em breve um dos principais centros de
distribuio da produo no Brasil.
As Instituies de Ensino Superior so tambm representativas da
dinmica urbana desse municpio. A oferta de educao superior promove a
6
circulao de pessoas, dinamizada pela instalao de muitos jovens que se mudam
ou vm diariamente de cidades circunvizinhas para Anpolis.
Em face do quadro sociopoltico, econmico e cultural de Anpolis e
regio, a UniEVANGLICA contribui positivamente com a comunidade, tanto no
atendimento s demandas de ensino de graduao e ps-graduao, como na
pesquisa cientfica e em atividades de extenso.
A histria desta Instituio de Ensino Superior revela que sua insero
regional, iniciada h mais de 70 anos, vem acompanhando o desenvolvimento do
pas. A ampliao das instalaes fsicas e de laboratrios, o aumento da oferta de
cursos e vagas e as aes de pesquisa e extenso tm sido realizadas de acordo
com o cenrio socioeconmico e as demandas regionais.
Nesse sentido, o credenciamento institucional para a modalidade a
distncia amplia as possibilidades para o cumprimento de sua misso institucional.
A perspectiva regional ganha novo escopo, agora em nvel nacional, por meio de
uma educao a distncia mediada via novas tecnologias de informao e
comunicao. Assim como as demais aes institucionais, em seu projeto
educacional, as aes de planejamento da estrutura inicial para a modalidade a
distncia tambm foram desenhadas utilizando conceitos inovadores de gesto e
adotando polticas institucionais modernas e eficazes. Dessa forma, a EAD nasce
com as mesmas caractersticas institucionais de busca pela qualidade que
permeiam seu trabalho desde o ano de 1961, quando da criao de seu primeiro
curso superior. Para tanto, investimentos especficos inerentes a um projeto de EAD
- em recursos educacionais, humanos, tecnolgicos e financeiros j se fazem
presentes, criando as possibilidades e os caminhos para que a misso institucional
seja cumprida, agora, no cenrio educacional brasileiro. Os valores, os objetivos e
as metas institucionais sero trabalhados no sentido de atender s necessidades
dos alunos em cada um dos Polos de Apoio Presencial, propondo atuaes
pedaggicas que possam responder de maneira adequada a essas necessidades.
(PPI/PDI 2014-2018).
Frente s mudanas das necessidades do pas, em especial na rea de
sade, e da percepo da sociedade de que a Universidade deve assumir seu papel
de guardi do conhecimento e de responsabilidade social, o Curso de Odontologia
7
do Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA prope seu Projeto
Pedaggico do Curso (PPC).
Seguindo os preceitos da Instituio, evidenciados em sua misso, que
diz: a Associao Educativa Evanglica, fundamentada em princpios cristos, tem
como misso promover, com excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos
diferentes nveis, da pesquisa e da extenso, buscando a formao de cidados
comprometidos com o desenvolvimento sustentvel, o Projeto Pedaggico do
Curso de Odontologia se prope a ser inovador, em sintonia com as Diretrizes
Curriculares para os Cursos de Odontologia (DCNO) e, principalmente, com os
avanos tecnolgicos, cientficos, ticos, culturais e sociais da Odontologia na
atualidade.
O Curso de Odontologia faz parte do Centro Universitrio de Anpolis
UniEVANGLICA, situado em Anpolis, municpio do estado de Gois, que possui,
segundo o Censo 20103, 334.613 habitantes, sendo o terceiro maior em populao
do Estado, atrs apenas da capital do Estado, Goinia e o municpio de Aparecida
de Goinia (Quadro 1).
Quadro 1- Informaes do Censo 2010 sobre os trs municpios mais populosos de Gois.
Municpio Total
Habitantes Urbana
Urbana na
sede
Municipal
Total
Percentual
Urbana
Percentual
Urbana na
sede
Municipal
Percentual
rea total
Km2
Densidade
Demogrfica
da unidade
territorial
Hab/ Km2
Goinia 1.302.001 1.297.076 1.288.033 100,00% 99,00% 98,00% 732,8 1.776,75
Aparecida
de Goinia 455.657 455.193 157.296 100,00% 99,00% 34,00% 288,3 1.580,27
Anpolis 334.613 328.755 325.583 100,00% 98,00% 97,00% 933,2 358,8
Fonte: Adaptado do Censo 2010 do IBGE (2010). Disponvel em:
. Acesso em: 20 mai. 2014.
O municpio de Anpolis possui um Produto Interno Bruto (PIB) que o faz
ocupar o 52 lugar dentre os 100 maiores municpios do Brasil. Na avaliao dentre
os 246 municpios do Estado de Gois ocupa o 2 lugar, o que torna o municpio
mais competitivo, rico e desenvolvido do interior do Centro-Oeste brasileiro (Quadro
2). Fica a 57 km de Goinia e 152 km de Braslia. O eixo Goinia-Anpolis-Braslia
, atualmente, a regio mais desenvolvida do Centro-Oeste.
3 Data do ltimo censo realizado pelo IBGE.
8
Quadro 2- Participao relativa da populao, PIB total e participaes relativa e acumulada, segundo as Unidades da Federao e os cinco principais municpios 2010. Unidades da Federao e seus cinco principais municpios
Participao relativa da populao dos 5 principais municpios no total da populao da Unidade da Federao
Produto Interno Bruto
Total (1.000 R$)
Participaes
Relativa (%)
Relativa acumulada (%)
Gois (246 municpios) 39,2
Goinia 24 445 744 25,1 25,1
Anpolis 10 059 557 10,3 35,4
Aparecida de Goinia 5 148 640 5,3 40,6
Rio Verde 4 160 501 4,3 44,9
Catalo 3 970 852 4,1 49,0
Fonte: Adaptado de Produto Interno Bruto dos Municpios, 2010 (IBGE, 2010). Disponvel em: . Acesso em: 20 mai. 2014.
O Brasil um pas em fase de mudana e de consolidao de sua
soberania, que tem a necessidade de se adaptar s novas realidades que se
impem no mundo atual. O pas apresenta problemas sociais graves, com
distribuio de renda desequilibrada e um perfil populacional dinmico. Tambm
esto presentes sinais de sua transio demogrfica como as tendncias evidentes
de urbanizao e envelhecimento da populao (Figura 1 e 2). Tambm possvel
notar a distribuio entre homens e mulheres de acordo com faixas etrias com
sinais de maior expectativa de vida para as mulheres (Figura 3).
Figura 1 Distribuio percentual da Populao por situao de domiclio 1980 a 2010.
Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 1980, 1991, 2000 e
2010, e Contagem da Populao 1996. Disponvel
em:
.
Acesso em: 20 mai. 2014.
Figura 2 Distribuio percentual da Populao por grandes grupos de idade Brasil 1980
a 2010.
Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 1980, 1991, 2000 e
2010, e Contagem da Populao 1996. Disponvel
em:
. Acesso em: 20 mai. 2014.
Figura 3 Distribuio percentual da
Populao por sexo segundo os grupos de
idade 2010.
9
Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010. Disponvel
em:
. Acesso
em: 20 mai. 2014.
A sociedade brasileira est em amplo desenvolvimento de conscincia
cidad, cada vez mais exercendo seus direitos e deveres. Neste contexto, a sade
precisa mudar sua prtica de um paradigma com enfoque na doena para outro com
enfoque em sade, contribuindo com eficincia para a melhoria da qualidade de
vida das pessoas. Apesar dos indicadores de qualidade da sade, observados nos
ltimos anos, (Tabela 1) mostrarem um avano, o pas ainda tem problemas de
sade graves, em nveis de pases subdesenvolvidos. Para a superao deste
desafio a formao de um profissional preocupado com a ateno sade integral e
com qualidade, que d nfase na promoo e preveno em sade, que seja crtico,
capaz de aprender a aprender, de trabalhar em equipe e de levar em considerao
a realidade social passa a ser fundamental.
Tabela 1 Indicadores Demogrficos de Sade no Brasil.
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Esperana de
vida ao nascer
69,8 70,3 70,7 71,2 71,6 72,0 72,4 72,8 73,8 73,5 73,9 74,2 74,5
Taxa* de
fecundidade
2,29 2,20 2,12 2,07 2,03 1,99 1,94 1,90 1,86 1,84 1,82 1,78 ---
Taxa* de
natalidade
20,3 19,5 18,7 18,2 17,9 17,5 17,0 16,6 16,3 16,0 15,8 15,6 ---
Taxa* de
mortalidade
6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,2 6,3 6,3 ---
Taxa** de
mortalidade
infantil
26,1 24,9 23,4 22,5 21,5 20,4 19,6 18,6 17,7 16,8 16,0 15,3 ---
Fonte: Rede Interagencial de Informaes para a Sade (RiPSA). DataSUS. Indicadores e Dados Bsicos
Brasil 2012. Disponvel em:
; ;
; ;
. Acesso em: 14 mai. 2014.
*Nmero por 1000 habitantes.
** Nmero a cada 1.000 nascidos vivos
O mesmo fenmeno e a mesma necessidade podem ser observados em
relao sade bucal, embora a Odontologia brasileira seja considerada uma das
10
mais avanadas no mundo. Os avanos na Odontologia com a maior possibilidade
de acesso sade bucal e os programas de sade coletiva tm trazido melhoria nos
ndices de sade bucal, mas ainda muito aqum dos padres considerados
aceitveis mundialmente.
Para o ano 2000 a Organizao Mundial de Sade (OMS) estabeleceu
diferentes metas a serem cumpridas pelos pases (Tabela 2). Em relao sade
bucal estabeleceu como um de seus critrios de avaliao o ndice CPO-D que
indica a mdia de dentes cariados, perdidos ou obturados por crie. Para a faixa
etria dos 12 anos, CPO-D(12), determinou a meta de uma mdia de 3 ou menos
dentes cariados, perdidos ou obturados por crie.
A srie histrica de levantamentos epidemiolgicos em sade bucal no
Brasil de maior relevncia estatstica passou a existir com a implementao do
estudo conhecido por SB Brasil. Seus primeiros resultados, publicados em 2003,
mostraram que a nica meta da OMS para o ano 2000 alcanada pelo Brasil foi a do
CPO-D(12). A prevalncia de crie em crianas de 5 anos e o nmero de dentes
perdidos por crie por jovens de 18 anos ainda se mostraram alarmantes.
O estudo de base nacional sobre o levantamento epidemiolgico em
sade bucal, o SB Brasil 2010 mostrou uma melhora na situao de sade bucal
quando se compara com os resultados de 2003. No entanto, no ano 2010, com
novas metas adotadas pela OMS o que se nota o no cumprimento de nenhuma
das metas, afinal, a proposta para o CPO-D(12) passou a ser um nmero menor ou
igual a 1, e o dado apontado pelo estudo mostrou uma mdia nacional de 2,1
(Tabela 3). Para a anlise das outras metas adotadas pela OMS em comparao
com os dados brasileiros indica-se a leitura das figuras 4 e 5 que indicam os dados
estratificados.
11
Tabela 2 Metas da OMS para o ano 2000 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal no Brasil.
IDADE META DA OMS PARA 2000 SB Brasil 2003
5 50% ceo = zero 40%
12 CPO-D 3,0 CPO-D = 2,78
18 80% com todos os dentes 55%
35-44 75% com 20 ou mais dentes 54%
65-74 50% com 20 ou mais dentes 10%
Fonte: Condies de Sade Bucal da Populao Brasileira 2002-2003. Disponvel em:
. Acesso em: 20 mai. 2014.
Tabela 3 Metas da OMS para o ano 2010 e dados epidemiolgicos de Sade Bucal no Brasil.
IDADE META DA OMS PARA 2010 SB Brasil 2010
5 90% ceo = zero 46,6%
12 CPO-D 1,0 CPO-D = 2,1
15 a 19 100% com todos os dentes
35-44 96% com 20 ou mais dentes
65-74 At 5% de desdentados 92,7%
Fonte: Organizao Mundial da Sade (WHO) e da Associao Internacional para Pesquisa em Odontologia
(IADR) apud Narvai (2002). Disponvel em:
.
Acesso em: 20 mai. 2014.
Pesquisa Nacional de Sade Bucal. SB Brasil 2010. Resultados Principais. Disponvel em:
. Acesso em: 20 mai. 2014.
Figura 4 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB Brasil, 2003).
Fonte: A Poltica Nacional De Sade Bucal Do Brasil: registro de uma conquista histrica. Disponvel
em:. Acesso em: 20 mai. 2014.
2,78
6,17
20,13
27,79
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
12 15 a 19 35 a 44 65 a 74
CP
O-D Perdido
Obturado
Obt/Cariado
Cariado
12
Figura 5 - Mdia do CPO-D e respectivos componentes, segundo o grupo etrio (SB Brasil,
2010).
Fonte: Pesquisa Nacional de Sade Bucal. SB Brasil 2010. Resultados Principais. Disponvel em:
. Acesso em: 20 mai. 2014.
O problema da Sade Bucal no pas no parece estar no nmero de
cirurgies dentistas apesar de que h, sabidamente, uma concentrao de
profissionais em grandes centros urbanos e escassez nas regies mais distantes,
ou na ausncia de poltica pblica de sade, uma vez que foi implantada a Poltica
Nacional de Sade Bucal, em 2004, no sentido de reduzir as desigualdades de
acesso sade bucal no Brasil. Uma das estratgias foi o crescimento da Ateno
Bsica, com ampliao da cobertura de equipes de sade bucal e tambm dos
centros de especialidades odontolgicas com a qualificao da oferta de servios da
ateno secundria e terciria (BRASIL, 2004).
H a necessidade de se preparar para o atual contexto educacional e
formar cirurgies-dentistas voltados para as demandas sociais do pas. Na dcada
de 1990 houve uma proliferao de abertura de novos cursos de Odontologia por
todo o pas, o que no repercutiu per se em mudanas significativas na sade bucal
brasileira.
Porm, a criao de cursos de Odontologia tambm no contribui para a
resoluo do problema se estes no estiverem articulados com as necessidades da
populao. O processo de mudana na rea da Educao e de atendimento as
necessidades do pas iniciou-se em 1996, com a aprovao da Lei de Diretrizes e
Bases da Educao (LDB - Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e em 19 de
13
fevereiro de 2002 foi publicada a Resoluo CNE/CES n. 3, do Conselho Nacional
de Educao, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de
Graduao em Odontologia.
Nas Diretrizes no h de forma explcita quais disciplinas devem ser
ofertadas como havia no antigo currculo mnimo, mas sim, um direcionamento de
como delinear um currculo que possibilite formar o egresso almejado partindo do
pressuposto das DCNO. O ponto de partida deste currculo a definio do perfil do
egresso, seguido dos objetivos do curso e ento propostas de estratgias de
organizao curricular aliando elementos que funcionam em fases especficas (eixo
horizontal) ou ao longo de todo curso (eixo vertical). Estes eixos so elementos
centrais, sobre os quais definem-se e articulam-se os saberes, os conceitos,
princpios, leis, quadros terico prticos, visando superar a forma estanque
tradicionalmente presentes nas grades curriculares (ANASTASIOU, L.G.C. &
ALVES, L.P. Processos de Aprendizagem na Universidade: pressupostos para
as estratgias de trabalho em aula. 10ed., Joinville, SC: UNIVILLE, 2012).
As definies de perfil do egresso/profissional e das habilidades e
competncias atendem ao delineamento das Diretrizes para os Cursos de
Graduao da rea da Sade. O perfil do profissional a ser formado generalista,
estando evidenciado de forma marcante o compromisso com a sade, com a
atualizao, com a tica e com a cidadania, alm da capacidade de comunicao,
liderana e gerenciamento. As DCNO preconizam a integrao curricular como
forma de aproximar o conhecimento bsico da sua aplicabilidade clnica. Outras
inovaes so o respeito identidade regional da instituio, a obrigatoriedade de
trabalho de concluso de curso, a incluso de carga horria para disciplinas
optativas, atividades complementares e estgios curriculares com 20% da carga
horria do curso. Desse modo, as DCNO representam um avano e sinalizam
possibilidades concretas de formao para o cirurgio dentista capacitado para
atender a demanda da realidade posta quanto sade bucal brasileira.
Partindo para uma contextualizao histrica, de em qual contexto loco-
regional se situa o Curso de Odontologia e para qual regio formar prioritariamente
a maioria de seus egressos, destaca-se a histria do municpio de Anpolis e da
regio centro-oeste. A Freguesia de Santana, hoje Anpolis, surgiu nos idos do
14
sculo XVIII, s margens do Ribeiro das Antas, pela movimentao de tropeiros
em direo s lavras de ouro. Emancipado em 31 de julho de 1907, o municpio
englobava parte expressiva do antigo Mato Grosso de Gois.
A implantao de Goinia, em 1933, significou o cumprimento de uma
etapa da Marcha para o Oeste, poltica do governo Getlio Vargas para o
desenvolvimento e modernizao do interior do pas, e a possibilidade de expanso
de negcios e ocupao de terras mais baratas teve reflexos diretos sobre Anpolis.
A partir de 1935, influenciado pela chegada da estrada de ferro, o municpio tornou-
se entreposto comercial na troca de mercadorias. Nos anos de 1960, a construo
de Braslia, resposta do processo de consolidao das polticas nacionais de
expanso e ocupao das reas produtivas e suprimento das demandas industriais
do pas, alm das polticas de mecanizao e modernizao do campo, provocou
intenso xodo rural, influenciando e/ou determinando a exploso demogrfica
verificada em Goinia e Anpolis. A partir de 1980, o Programa Especial da Regio
Geoeconmica de Braslia, implantado com o intuito de criar condies para o
abastecimento da capital federal, reduzir os fluxos migratrios e melhorar a situao
dos moradores da periferia de Braslia, ampliou sua rea estratgica de
investimentos, incluindo entre outros o eixo Ceres-Anpolis.
Anpolis est totalmente inserida no processo de modernizao do
territrio Goiano, exercendo funo de cidade intermediria entre uma metrpole
regional e outra nacional, Goinia e Braslia, respectivamente. O municpio exerce
importante papel de cidade regional, tendo influncia sobre uma vasta regio
cortada pela rodovia Belm-Braslia, alm de cidades importantes de seu entorno,
como Ceres, Jaragu, Goiansia, Porangatu, Uruau, Silvnia e, inclusive, Porto
Nacional e Gurupi no Tocantins. Um marco importante para a histria de Anpolis
foi a sua transformao em rea de Segurana Nacional, no incio da dcada de 70,
para a implantao da Base Area, para guarda do espao areo nacional e da
capital federal.
Contudo, do setor industrial que atualmente deriva a maior produo de
riquezas do municpio, e que no decorrer dos ltimos anos o consolidou como
capital industrial de Gois, possuindo o maior parque industrial goiano. A vocao
industrial consolidou-se a partir da implantao do Distrito Agroindustrial de Anpolis
15
(DAIA) em 1976, hoje o maior e mais importante do Estado. Em uma rea de 880
ha, esto instaladas no DAIA empresas que geram em torno de 10 mil empregos
diretos. H indstrias do segmento de beneficiamento de gros, cermicas,
metalurgia, farmoqumica, grfica, entre outros, e o maior plo industrial de
medicamentos genricos do Pas (o terceiro maior Plo Farmacutico do Brasil),
que, com a expanso do consumo de remdios genricos, tende a se consolidar
como o maior Plo Farmacutico de Genricos da Amrica Latina. Empresas
farmacuticas l sediadas incluem nomes como Teuto, Neo-Qumica, Greenfharma,
Chanpion, Genix, Kinder, Ducto, Midway, Pharma Nostra, TH-1, dentre outras. No
total, Anpolis possui por volta de 720 indstrias, sendo 62 consideradas de grande
porte e responsveis pela dinmica do setor industrial. Dentre elas so destaque a
Granol, a AmBev e a Hyundai.
Sua localizao privilegiada coloca a cidade em vantagem competitiva
para a logstica de mercadorias, por isso, Anpolis sede da Plataforma Logstica
Multimodal, disponibilando recursos modais rodovirio, ferrovirio e areo para o
transporte de produtos para todas as regies brasileiras e para o mercado
internacional. O comrcio exterior tem, ainda, suporte do Porto Seco Centro-Oeste,
a primeira estao aduaneira de interior do gnero.
Anpolis tambm referncia em sade em Gois. Os maiores centros
de referncia incluem a Unidade Oncolgica Dr. Mau Cavalcante Svio (Hospital
do Cncer), o HUANA-Hospital de Urgncias de Anpolis Dr. Henrique Santillo, o
Hospital de Queimaduras, o Hospital Esprita de Psiquiatria, a Maternidade Dr.
Adalberto Pereira da Silva, a Santa Casa de Misericrdia de Anpolis e o Hospital
Evanglico Goiano. O Laboratrio da Associao de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE) de Anpolis hoje referncia no estado para a realizao de
triagem neonatal, inclusive na fase III.
So oito Unidades Bsicas de Sade no Municpio e 30 Unidades de
Sade da Famlia, com 46 equipes. As Unidades municipais de referncia so o
Hospital Municipal Jamel Ceclio, o Laboratrio Municipal de Anpolis Lacema, o
Centro de Assistncia Integrada de Sade (CAIS) Jardim Progresso, a Unidade de
Sade da Mulher, o Mini-CAIS Abadia Lopes da Fonseca, a Unidade de Sade
Jundia, o CREIA Centro de Reabilitao Integrado de Anpolis, o Centro de
16
Ateno Psicosocial (CAPS) AD Viver, o CAPS Vidativa, o CAPS Crescer, o
Hospital Dia do Idoso, e o CEO - Centro de Especialidades Odontolgicas. O
municpio conta com trs Ncleos de Apoio Sade da Famlia (NASF).
17
O Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA criado a partir das
Faculdades Integradas da Associao Educativa Evanglica, foi credenciado em 15
de maro de 2004, por meio da Portaria Ministerial n. 628, publicada no D.O.U. n.
52, de 16 de maro de 2004. Em decorrncia de seu credenciamento, a Instituio
criou, ento, em 2004, o curso de Sistemas de Informao, no turno noturno, e em
2005, o curso de Cincia da Computao, no turno matutino, e os cursos de
Farmcia e Biologia/Licenciatura, no perodo noturno. Em 2008, novos cursos foram
criados Medicina, no turno diurno e Engenharia Civil, no turno noturno, alm dos
seguintes cursos superiores de tecnologia: Gastronomia, Gesto Financeira,
Produo Sucroalcooleira, Radiologia e Redes de Computadores, todos no turno
noturno.
No que se refere educao a distncia, em 2005, dando incio a essa
modalidade, o Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, cria o Ncleo
de Educao a Distncia NEAD com a oferta de curso de extenso e seminrios.
Em continuidade oferta desta modalidade, em 2009, de acordo com a Portaria
4.059 de 2004, que prev que as instituies de ensino superior possam introduzir
na organizao pedaggica curricular de cursos superiores a oferta de disciplinas
integrantes do currculo na modalidade semipresencial, inicia-se a oferta dos 20%
da carga horria dos cursos reconhecidos, nessa modalidade. Cria-se, em junho de
2012, a Coordenao de Educao a Distncia.
Atualmente, o Centro Universitrio de Anpolis, com o olhar voltado para
a realidade presente e viso de futuro, atua estrategicamente, por meio de uma
gesto inovadora e compartilhada. Assim, redefine prioridades, a fim de viabilizar
sua misso e, desse modo, participar efetivamente do processo de desenvolvimento
socioeconmico e cultural da regio.
Considerando sua misso, a UniEVANGLICA concretiza sua proposta
educativa por meio dos cursos de graduao licenciatura e bacharelado, cursos
superiores de tecnologia, cursos de ps-graduao lato e stricto sensu, dos
programas e linhas de pesquisa e, ainda, dos cursos de extenso. Essa prerrogativa
da Instituio em ofertar cursos nos diferentes nveis de ensino superior favorece a
18
articulao entre as atividades de ensino, pesquisa e extenso. A dinmica da
integrao dessas atividades mobiliza o processo educativo. Nesse sentido, a
UniEVANGLICA incorpora s suas atividades acadmicas programas de iniciao
cientfica, alm de projetos de extenso e ao comunitria, que proporcionam
outros espaos de construo, contextualizao e divulgao do conhecimento. Do
mesmo modo, a utilizao de novas tecnologias da informao, baseadas na
comunicao e na interao, contribuem para o desenvolvimento das habilidades
cognitivas do acadmico, tais como busca, anlise crtica, julgamento, sntese e
produo do conhecimento, com maior autonomia (PDI, 2014-2018).
Cabe ressaltar que a Associao Educativa Evanglica (AEE),
mantenedora do centro Universitrio de Anpolis, foi fundada em 31 de maro 1947,
pelo Reverendo Arthur Wesley Archibald, missionrio americano, que desenvolveu,
no Brasil, significativas atividades educacionais e religiosas. Seu propsito de
evangelizao estava atrelado outra misso de grande valor: o desejo de
contribuir com a educao na regio de Gois.
A Associao Educativa Evanglica uma instituio confessional, de
carter interdenominacional e marca presena com a fundao de escolas em
diversas cidades do Estado de Gois. Possui sede administrativa e foro jurdico no
Municpio de Anpolis, Estado de Gois, e tem por objetivo fundar e manter escolas
em todos os nveis de ensino. Como mantenedora constituda pela Assembleia
Geral, composta de 21 membros, dirigida pelo Conselho de Administrao e
mantm, atualmente, o Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, entre
outras mantidas.
No nvel bsico fundou o Colgio Couto Magalhes, em Anpolis, o
Colgio lvaro de Melo, em Ceres e o Educandrio Nilzo Risso, a Escola Luiz
Fernandes Braga Jnior, o Normal Regional e o Stio de Orientao Agrcola, em
Cristianpolis, estes ltimos desativados, ao longo do tempo.
Durante a dcada de 1960, no contexto da interiorizao do
desenvolvimento provocado pela transferncia da capital federal para a Regio
Centro-Oeste, e a partir da abertura propiciada pelo governo federal para o
credenciamento de novas Instituies de Ensino Superior, a AEE cria sua primeira
faculdade.
19
Em 23 de setembro de 1960, o Conselho Federal de Educao autorizou
o funcionamento da Faculdade de Filosofia Bernardo Sayo - FFBS, com os cursos
de Letras, Histria, Geografia e Pedagogia. Em 28 de maio de 1968 o antigo sonho
da Faculdade de Direito de Anpolis - FADA se concretiza e em 20 de setembro
de 1971, criada a Faculdade de Odontologia Joo Prudente FOJOP, D.O.U.
75997/75 de 22 de julho de 1975. A Faculdade de Filosofia do Vale de So Patrcio
foi autorizada a funcionar pelo Decreto n 76.994, de 7 de janeiro de 1976, com os
cursos de Letras e Pedagogia. Em 1993, as faculdades criadas at ento,
transformam-se em Faculdades Integradas, por fora de seu Regimento Unificado.
Ao final da dcada de 1990, a AEE ampliou as suas instalaes e a oferta
de novos cursos, incluindo Cincias Contbeis, em Ceres, Administrao, Educao
Fsica e Enfermagem, em Anpolis. Em 2002 criou o curso de Fisioterapia diurno e
ampliou o nmero de vagas para Educao Fsica e Direito, ambos para o perodo
noturno.
Convicta da relevncia de sua proposta educacional, fundamentada em
valores cristos, ticos e democrticos, as Faculdades Integradas da Associao
Educativa Evanglica foram credenciadas como Centro Universitrio, em 15 de
maro de 2004, por meio da Portaria Ministerial n 628, publicada no D.O.U. n 52,
de 16 de maro de 2004. Em decorrncia de seu credenciamento a instituio
oferece, em 2004, o curso de Sistemas de Informao e as habilitaes de
Administrao em Marketing, Administrao em Recursos Humanos e
Administrao de Empresas, previstos em seu Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI) aprovado.
Atualmente, a AEE, ao implantar a nova estrutura do Centro Universitrio,
e com o olhar no futuro, est redefinindo seus objetivos e metas. Com enfoque na
responsabilidade institucional e social, na preservao do meio ambiente, na
incluso e na formao integral do acadmico, amplia sua infraestrutura fsica e
tecnolgica, e rev seu planejamento estratgico e Projeto Pedaggico Institucional
(PPI) a fim de viabilizar sua misso e, desse modo, participar efetivamente do
processo de construo socioeconmica e cultural da regio de sua abrangncia.
Com a transformao em Centro Universitrio a Faculdade de
Odontologia passou a ser Curso de Odontologia. O Curso de Odontologia da
20
UniEVANGLICA formou 55 turmas de Cirurgies-Dentistas (2017.1). Os
Cirurgies-Dentistas formados pela escola possuem excelente reputao no cenrio
regional e nacional. Durante anos, a escola gozou de uma situao privilegiada
sendo praticamente a nica opo de escola particular em odontologia da regio.
Tal situao garantia uma grande procura pelo curso, entretanto outras escolas
surgiram na regio. A Tabela 4 mostra os cursos de Odontologia no Estado de
Gois em 2014.
Tabela 4 Cursos de Odontologia no Estado de Gois.
Cursos de Odontologia Local Ano Durao
(semestres)
Carga horria mnima
para integralizao
(Hora-relgio)
Vagas/
ano
Centro Universitrio de Anpolis
UniEVANGLICA Anpolis 1971 10
4200 96
Universidade Federal de Gois UFG Goinia 1951 10 4372 60
Universidade Paulista UNIP Goinia 2002 8 4000 100
Faculdade Mineirense FAMA Mineiros 2007 10 4916 100
Universidade Salgado de Oliveira
UNIVERSO Goinia 2011 8
4710 300
Universidade de Rio Verde FESURV Rio Verde 2013 10 4320 200
Faculdade Unio de Goyazes - FUG Trindade 2016 10 4200 100
Faculdade de Filosofia e Cincias
Humanas de Goiatuba - FAFICH Goiatuba 2016 10
4195 120
Faculdade Sul Americana - FASAN Goinia 2016 10 4290 40
Total 1116
Fonte: e-MEC (2014). Disponvel em:. Acesso em: 20 mai. 2017.
A tabela 4 considera somente os cursos implantados no Estado de Gois.
Sendo importante destacar que o Curso de Odontologia do Centro Universitrio de
Anpolis UniEVANGLICA junto ao curso de Odontologia da Universidade
Federal de Gois h um pioneirismo, sendo implantados em 1971 e 1951
respectivamente. So 9 (nove) cursos de Odontologia que totalizam 1116 vagas de
odontologia por ano.
Ainda tem por misso promover, com excelncia, o conhecimento por
meio do ensino nos diferentes nveis da pesquisa e da extenso, buscando a
formao de cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel. O que
repercute no seu projeto educacional, como: exerccio de sua funo social,
evidenciando as reas de atuao educacional, assistencial, poltica, social e
cultural; desenvolvimento de um projeto institucional de qualidade, que valorize as
potencialidades e individualidades do ser humano; valorizao profissional,
investindo em projetos de capacitao que visem ao aprimoramento e ao
21
crescimento intelectual; desenvolvimentos de programas institucionais que
possibilitem a consolidao do Projeto Pedaggico do Centro Universitrio,
garantindo a articulao entre ensino, pesquisa e extenso universitria; e estmulo
a projetos de pesquisa, iniciao cientfica, e programas de prestao de servios.
A UniEVANGLICA oferece 27 (vinte e sete) cursos de graduao, sendo
19 (dezenove) modalidade bacharelado, 1 (um) licenciatura, 7 (sete) cursos
superiores de tecnologia; oferece 40 cursos de ps-graduao lato sensu e 1(um)
stricto sensu Mestrado Acadmico em Sociedade, Tecnologia e Meio-Ambiente
(Secretaria Geral 2017.1).
A estrutura organizacional da UniEVANGLICA composta pela
Chancelaria (que faz a ligao entre mantenedora e mantida), Reitoria, Pr-Reitoria
Acadmica (PROACAD), Pr-Reitoria de Ps-Graduao, Pesquisa, Extenso e
Ao Comunitria (PROPPE) e Pr-Reitoria Administrativa. Os Cursos so
organizados em Institutos por rea (Instituto Superior de Educao ISE, Instituto
Superior de Sade, Instituto Superior de Cincias Sociais Aplicadas, Instituto
Superior de Exatas e da Terra). Os Institutos so administrados por
Superintendentes e os Cursos por Diretores. Atualmente somente o Instituto de
Educao Superior est estruturado e tem um Superintendente a frente de sua
administrao. A figura 6 traz o organograma da UniEVANGLICA.
22
Figura 6 Organograma do Centro Universitrio de Anpolis.
23
O Centro Universitrio de Anpolis possui os seguintes rgos da
administrao superior, com formas de conduo, mandatos e atribuies definidas
em seu Estatuto e Regimento Geral:
Chancelaria rgo superior de ligao entre a Associao Educativa
Evanglica e o Centro Universitrio, constituda pelo Chanceler e Vice-Chanceler;
Conselho Acadmico Superior (CAS) maior rgo colegiado
deliberativo em matria acadmico-administrativa do Centro Universitrio.
constitudo pelo Reitor, seu presidente; Pr-Reitores; Diretores e coordenadores de
curso e representantes dos segmentos da Mantenedora, comunidade, docentes,
tcnico-administrativo e alunado, eleitos pelos seus pares. O CAS rene-se
ordinariamente 2 (duas) vezes ao ano, sendo uma reunio a cada semestre letivo,
convocada pelo seu Presidente, em sala de reunies ou em sala de aula adaptada
para sediar a reunio, nas dependncias fsicas do Centro Universitrio.
Reitoria - rgo executivo que planeja, organiza, dirige e controla todas
as atividades universitrias. exercida por um Reitor com o auxlio de trs Pr-
Reitorias: Pr-Reitoria Acadmica; Pr-Reitoria de Ps-Graduao, Pesquisa,
Extenso e Ao Comunitria; e Pr-Reitoria Administrativa. O Reitor e os Pr-
Reitores so eleitos pelo Conselho de Administrao da Mantenedora, com
mandato de trs anos, permitida mais de uma reconduo.
Quanto a PROACAD destaca-se que constituda por 11 (onze)
coordenadorias e setores que atuam como rgos de apoio ao desenvolvimento de
suas atividades, a saber: Diretoria de Educao a Distncia; Coordenadoria de
Avaliao e Qualificao Pedaggica; Coordenadoria de Planejamento Pedaggico;
Coordenadoria de Atividades Pedaggicas; Coordenadoria de Laboratrios Bsicos;
Comisso de Seleo (COMSEL); Coordenadoria de Nivelamento; Coordenadoria
de Apoio ao Discente (UniATENDER); Coordenadoria de Gesto Pedaggica;
Coordenadoria de Avaliao da Aprendizagem; e o Programa Institucional de Bolsa
de Iniciao Docncia (PIBID).
A PROPPE tem como funo a elaborao e execuo de polticas que
desenvolvam na instituio o ensino de Ps-Graduao, Pesquisa, Extenso
e Aes Comunitrias. E, neste sentido, tem como foco a apreenso da realidade
24
para nela atuar, integrando Ensino, Pesquisa e Extenso. Tambm, compreendendo
a importncia do empreendedorismo, da inovao e da transferncia de tecnologia,
a PROPPE tem implementado a poltica institucional da inovao com vista ao
relacionamento com o setor empresarial, sendo responsvel pelo Ncleo de
Inovao Tecnolgica (NIT) e pela incubao de empresas (UniINCUBADORA).
Completam a estrutura organizacional do Centro Universitrio: Diretorias
de Cursos; Ouvidoria Geral; Coordenadorias; Biblioteca e Secretaria Geral, alm da
Prefeitura e dos Institutos Superiores que, embora previstos no Estatuto e no
Regimento Geral, no se encontram implantados na estrutura do Centro
Universitrio no momento de elaborao deste PPC.
Dentre as instncias do organograma cabe destaque o Curso de
Odontologia que conduzido pela diretora do curso, designada pelo Reitor, a qual
responsvel pelo seu planejamento, organizao, direo, controle e preside o
Colegiado do Curso de Odontologia que, como os demais rgos colegiados do
Centro Universitrio de Anpolis, possui regulamento prprio (APNDICE 1)
baseado no Regimento Geral do Centro Universitrio de Anpolis
UniEVANGLICA (2015) e PDI 2014-2018.
Destaca-se ainda que a sustentabilidade financeira e situao fiscal da
instituio demonstra plena capacidade de sustentar-se financeiramente, constando
do PDI (2014-2018) o demonstrativo de desempenho dos ltimos anos (para
detalhamento, verificar no PDI o item 9 Demonstrao da Sustentabilidade
Financeira). A situao fiscal e para-fiscal da Instituio tambm gozam de plena
regularidade, e os documentos comprobatrios encontram-se disposio na
Instituio.
Para acompanhamento da avaliao institucional que repercute na
avaliao do curso e do processo ensino-aprendizagem e, consequentemente, na
qualidade do curso, pauta-se no marco legal pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educao Nacional (LDB) n 9.394/1996 e a Lei n 10.861/2004 que instituiu o
Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior (SINAES) que se fundamenta
em princpios e objetivos voltados aos interesses sociais da educao superior; e
busca assegurar a integrao das dimenses interna e externa, particular e global,
25
somativa e formativa, quantitativa e qualitativa, com os diversos objetos e objetivos
da avalio.
Pode-se afirmar que a avaliao institucional na UniEVANGLICA tem
por objetivo geral promover a autoavaliao institucional a fim de identificar as
potencialidades, as fragilidades e proposio de melhorias. Atende as 10 (dez)
dimenses citadas na Lei n 10.861/2004 e conta, conforme previsto nesta Lei, com
a Comisso Prpria de Avaliao (CPA), instituda na UniEVANGLICA pela
Resoluo CAS 24, de 20 de setembro de 2005. A CPA composta por duas
modalidades de subcomisses: as Subcomisses Internas de Avaliao (SIAs) e a
Subcomisso de Especialistas em Avaliao (SEA). Sendo a SIA do Curso de
Odontologia responsvel pelo planejamento e operacionalizao dos processos
avaliativos no mbito do curso e a SEA est diretamente vinculada a CPA no que se
refere a simulao de avaliao in loco, indica professores para composio de
comisso especfica designada para avaliar a organizao didtico-pedaggica,
corpo docente e infraestrutura de cursos; e responsvel tambm pela avaliao de
alteraes de matrizes curriculares e PPC.
26
O PDI do Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA (2014-
2018) tem por premissa estabelecer aes e propostas que visam melhorar e
ampliar a qualidade dos servios prestados a comunidade estabelecendo polticas
para o ensino, a pesquisa e a extenso no perodo de 4 anos.
No referido documento leva-se em considerao a insero da cidade de
Anpolis/GO no cenrio poltico e econmico da regio Centro-Oeste e do Brasil.
Visto que Anpolis tem o papel de entreposto, ligando as regies Sudeste e Norte
do Pas, alm de estar estrategicamente localizada entre dois grandes plos
econmicos da regio Centro-Oeste, Braslia/DF e Goinia/GO, aliada ao
desenvolvimento agroindustrial da cidade, Anpolis permite um cenrio favorvel
para a ampliao e oferta de servios educacionais, inclusive, apresentando uma
forte necessidade e demanda de servios profissionais qualificados, tanto para
servios pblicos quanto privados.
Neste panorama, o Curso de Odontologia do Centro Universitrio de
Anpolis tem por objetivo formar profissionais que atendam a demanda
apresentada, atuando tanto no mbito privado quanto inserido na rede pblica de
sade. Para tal, neste Projeto Pedaggico do Curso e na Matriz curricular vigente,
esto previstas polticas institucionais voltadas para o Ensino; a Extenso; a
Pesquisa, Iniciao Cientfica, Tecnolgica, Artstica e Cultural; de Gesto;
Responsabilidade Social da Instituio de Ensino Superior (IES); Aes
Institucionais Referentes diversidade, ao Meio-Ambiente, Memria Cultural,
Produo Artstica e ao Patrimnio Cultural; Aes Afirmativas de Defesa e
Promoo dos Direitos Humanos e Igualdade Etnicorracial; e Internacionalizao.
3.1 - Polticas para o Ensino
Tratando-se das polticas de ensino do Centro Universitrio de Anpolis
UniEVANGLICA tm-se como meta a formao humana e profissional dos
discentes pautada em um conhecimento dinmico e contextualizado, requerendo a
participao ativa do acadmico na construo de sua aprendizagem. Com esse
propsito, entende-se que as estratgias metodolgicas de ensino-aprendizagem
27
devam colocar os acadmicos e professores numa atitude de problematizao do
contexto social, provocando questionamentos e aes investigativas que tragam
respostas aos problemas humanos e sociais. Desta articulao espera-se a
formao de profissionais crticos, autnomos e reflexivos.
Vale ressaltar que a proposta apresentada coerente com a misso
filosfica, humanstica e crist da UniEVANGLICA, incorporando sua proposta
educacional princpios e valores norteadores das aes pedaggicas, objetivando o
desenvolvimento da comunidade acadmica, cultivando atitudes que promovam o
respeito e a valorizao.
Dessa forma, se estabelece a necessidade de implantao de estratgias
de ensino/aprendizagem com igual dinamismo centradas na participao ativa dos
acadmicos. Neste contexto, o Curso de Odontologia tem como proposta a
articulao de contedos de maneira interdisciplinar, aliado a utilizao de
estratgias ativas de ensino/aprendizagem. Dentro da proposta do curso, h
estratgias metodolgicas e avaliativas condizentes com este processo de ensino
aprendizagem com participao ativa dos docentes e discentes, com destaque para
os encontros interdisciplinares e a estratgia avaliativa Objective Structured Clinical
Examination (O.S.C.E.).
3.2 - Polticas para a Pesquisa
A UniEVANGLICA considera a pesquisa um elemento catalisador do
conhecimento cientfico, tcnico, humanstico e tico, que articulada ao ensino e a
extenso. A atividade de pesquisa exige adequao metodolgica constante e se
utiliza de elementos que estimulam olhar critico, o rigor cientfico e o processo de
autonomia intelectual. Com o intuito de assessorar, estimular e apoiar investigaes
cientficas e a cultura cientfica no mbito do Curso de Odontologia, alm de contar
com polticas institucionais de pesquisa, tem-se devidamente implantado no curso a
Comisso de Pesquisa do Curso de Odontologia (CPqO).
A CPqO um rgo que tem por finalidade fortalecer linhas de pesquisa e
parcerias institucionais e interinstitucionais. Compete a esse rgo auxiliar a direo
do Curso e a Comisso Institucional correspondente no estabelecimento de polticas
de pesquisa, como tambm na organizao, administrao e zelo pela qualidade e
28
tica das pesquisas realizadas no Curso de Odontologia. Para tal, os membros
desse rgo colegiado realizam consultoria e pareceres tcnicos-cientficos dos
projetos de pesquisa dos docentes e discentes do curso previamente ao envio a
rgos de fomento e ao Comit de tica em Pesquisa com seres humanos da
UniEVANGLICA. A CPqO compete tambm a promoo e apoio a programas de
atualizao em investigao cientfica; divulgao da abertura de editais de
fomento cientfico; divulgao de eventos cientficos nacionais e internacionais;
estimular a apresentao e divulgao de pesquisas conduzidas no curso em
eventos cientficos; estimular a publicao dos resultados de investigaes
cientficas em peridicos especializados; elaborar relatrios anuais acerca das
atividades cientficas realizadas no curso; elaborar levantamentos anuais da
produo cientfica dos docentes do Curso de Odontologia; incentivar a formao
de grupos de pesquisa no mbito do Curso; e estimular interdisciplinaridade nas
pesquisas conduzidas no Curso.
Atualmente o Curso de Odontologia apresenta trs linhas de pesquisa
devidamente cadastradas na PROPPE e na base de diretrios de pesquisa do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq). As
referidas linhas visam o desenvolvimento de investigaes cientficas voltadas ao
estudo da epidemiologia, etiopatogenese, e mtodos de diagnstico e tratamento
das diversas doenas e alteraes bucais, envolvendo tambm estudos sobre as
propriedades dos materiais odontolgicos e suas tcnicas de aplicao, ensino
odontolgico e biotica. O carter variado das pesquisas permite uma viso
integrada da odontologia, estando alinhado com as demandas do curso e o perfil do
egresso almejado. Abaixo so apresentadas as linhas de pesquisa do Curso de
Odontologia da UniEVANGLICA:
Linha 1. Etiopatogenia, Diagnstico e Tratamento das Doenas Bucais
Descrio: Esta linha de pesquisa tem por objetivo o estudo dos mecanismos
etiopatognicos e os mtodos de diagnstico das doenas dos dentes, estruturas de
suporte e outros tecidos bucais. Visa pesquisar a distribuio e a ocorrncia das
principais doenas bucais, bem como os arsenais e modalidades teraputicas
utilizados na clnica odontolgica.
29
Linha 2. Tcnicas, Materiais e Substncias de Aplicao Clnica e Laboratorial
em Odontologia
Descrio: Engloba o estudo das propriedades fsicas, qumicas, mecnicas e
biolgicas dos materiais utilizados na clnica odontolgica, e suas tcnicas de
aplicao, visando avaliar o seu desempenho na reabilitao oral do paciente
odontolgico.
Linha 3. Biotica, Sade Pblica e Ensino em Odontologia
Descrio: Esta linha de pesquisa tem por objetivo a investigao, e os aspectos do
processo ensino-aprendizagem em Odontologia, como a discusso dos conflitos
morais no campo da sade, bem como as perspectivas relacionados ocorrncia,
distribuio e determinantes de agravos em sade.
No mbito institucional, desde o ano de 2001, funciona na
UniEVANGLICA o Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica (PBIC), modalidade
de ensino/aprendizagem que visa oportunizar a alunos de graduao a experincia
do questionamento e da investigao cientfica, por meio da sistematizao e
organizao do saber. O referido programa voltado para o incentivo ao
desenvolvimento de pesquisas por professores e alunos, estimulando atividades
cientficas e tecnolgicas no mbito institucional. Todas as atividades de pesquisa
so implementadas por meio de projetos de pesquisa avaliados e acompanhados
por comisses compostas por professores titulados, inclusive sendo compostas por
consultores externos oriundos de IES de outros estados do pas.
Este Programa anual de bolsas visa estimular a cultura cientfica e solidificar
linhas de pesquisa no mbito institucional e do Curso de Odontologia. O PBIC
uma modalidade de ensino-aprendizagem que visa oferecer aos acadmicos de
graduao a experincia de questionamento, sistematizao e organizao do
saber, elevando-os da condio de receptores para a de produtores de
conhecimento. Esse Programa visa atender acadmicos da UniEVANGLICA, que
desejam realizar atividades vinculadas Projeto de Pesquisa de um Professor-
Orientador da Instituio e desenvolvidas com recursos internos ou obtidos a partir
de parceria com organizaes de fomento pesquisa.
30
Complementarmente oferecida outra modalidade de iniciao cientfica o
Programa de Iniciao Cientfica Voluntria (PVIC), sendo este um programa
voltado para a iniciao voluntria pesquisa de alunos de graduao da
UniEVANGLICA. Oferece uma ferramenta de induo do pensamento cientfico e
introduz o acadmico pesquisa e a inovao.
3.3 - Polticas para a Extenso
O curso de Odontologia do Centro Universitrio de Anpolis, por meio da
extenso, busca promover a troca entre os saberes sistematizado-acadmico e o
popular, que possibilita a produo de conhecimento resultante do confronto com a
realidade, propiciando a efetiva participao da comunidade na atuao da
academia, com vistas ao desenvolvimento de sistemas de parcerias
interinstitucionais. Prope-se uma relao entre universidade e outros setores da
sociedade, que seja transformadora, um instrumento de mudana em busca de
melhoria da qualidade de vida. Uma atuao voltada para os interesses e
necessidades da maioria da populao, aliada a movimentos sociais de superao
de desigualdades, de excluso e implementadora do desenvolvimento regional e de
polticas pblicas.
Assim a extenso passa a ser um dos espaos que propicia a realizao
de atividades acadmicas de carter interdisciplinar. Possibilitam intensas trocas
entre reas distintas do conhecimento, interao de conceitos e modelos
complementares, alm da integrao e convergncia de instrumentos e tcnicas
para uma consistncia terica e operacional. Tais aes estruturam o trabalho
coletivo e contribuem para uma nova forma de fazer cincia, revertendo a tendncia
comum, nas universidades, de compartimentao do conhecimento da realidade.
No Curso de Odontologia as atividades de Extenso se dividem em
aes internas e externas. Nas internas so realizadas as Monitorias (Imagem 1),
Mostra Cultural (Imagem 2), e Atividades Formativas das Ligas Acadmicas
(Imagem 3). Nas aes de extenso de atuao externa se destacam os Estgios
Extra Curriculares, Aes de Polticas Pblicas de Sade (Imagem 4), Aes
institucionais de ao extensionista integradas denominada Unicidad Intinerante e
Projeto Ciranda (Imagem 5).
31
Imagem 1 Monitoria
Imagem 2 Mostra Cultural do Curso de Odontologia
32
Imagem 3 Ao Social da Liga de Cirurgia
Imagem 4 Ao Educativa Interdiciplinar para Idosos
Nas atividades consideradas externas, a extenso do Curso segue a
poltica institucional, participando de todos os eventos congneres e afins rea de
sade e odontologia. Sendo consideradas aes permanentes, o Unicidad
Intinerante busca levar a comunidade acadmica a eventos mensais, atendendo
diversos setores da comunidade, participando em parcerias com outras instituio.
Parceiros comuns nestas aes so a APAE (Imagem 6) e TV Anhanguera
afiliada rede Globo, com eventos na cidade sede do curso e regio, atravs do
33
Projeto de Ao Comunitria nos Bairros APAE e Projeto Ciranda TV
Anhanguera. Ainda em parceria com a Igreja Metodista do Brasil a
UniEVANGLICA promove nos meses de Julho o projeto Uma Semana para Jesus
(Imagem 7) na regio Centro Oeste com aes de ateno bsica e secundria de
sade e o Projeto Unicidad Intinerante Amazonas (Projeto Amazonas) (Imagem
8) em parceria com Asas de Socorro que tem como misso a assistncia integral a
comunidades ribeirinhas do rio amazonas.
Imagem 5 Participao da Odontologia no Projeto Ciranda
Imagem 6 Parceria do Curso de Odontologia com a APAE
34
Imagem 7 Participao do Curso de Odontologia no projeto Uma Semana para Jesus
Imagem 8 Participao dos acadmicos e docentes no Projeto UniEVANGLICA
Cidad Itinerante.
Completando a misso extensionista do curso, ainda so oferecidos os
estgios extra muros (Curriculares e No Curriculares), conforme regulamentada
pela lei Lei n 11.788, de 25 de setembro de 2008. Oferece a possibilidade de
estgios em trs frentes, prioritariamente, na ateno bsica, secundria e terciria.
Por meio de convnio firmado com o Instituto Euvaldo Lopes (IEL) e Centro de
Integrao Empresa Escola (CIEE) pela UniEVANGLICA oferecido por livre
35
demanda estgios em prefeituras, rgos estaduais e iniciativa privada a alunos que
se habilitam as vagas oferecidas ocasionalmente.
Consolidado as atividades de extenso, de forma curricular e sistemtica
no curso, a formao de ateno bsica e secundria realizada na disciplina de
Projeto Interdisciplinar de Polticas Pblicas de Sade (PIPPS), onde o acadmico,
desde o primeiro perodo, entra em contato direto com a comunidade (Imagem 9),
passando por todas as aes institucionalizadas no pas e oferecidas pelo Sistema
nico de Sade (SUS), vivenciando a realidade da sade pblica na regio e
desenvolvendo as atividades pertinentes a cada momento de ateno nestes
setores da sade publica.
Imagem 9 Algumas Aes em Sade da disciplina de PIPPS
Assim, o curso de Odontologia do Centro Universitrio de Anpolis, tem
pautado suas aes em integrar ensino e pesquisa na busca de alternativas,
visando apresentar solues para problemas e aspiraes da comunidade;
organizar, apoiar e acompanhar aes que visem interao do curso com a
sociedade, gerando benefcios para ambas e incentivar a produo cultural da
comunidade acadmica e comunidades circunvizinhas.
A partir dessas referncias, a extenso desenvolvida no sentido de
organizar, apoiar e acompanhar aes voltadas para a educao do cidado e
comunidade acadmica nas reas de educao pblica, educao especial, cultura,
36
lazer e recreao, sade e meio ambiente, criando mecanismos institucionais que
permitam avanar o processo de integrao entre a Universidade e diversos setores
da Sociedade.
3.4 - Atividades de Ensino e sua Articulao com a Pesquisa e a Extenso
com o ensino, funo principal de qualquer instncia educacional, que
a teoria e a prtica deve ser repensada. A extenso o momento de aplicao do
conhecimento adquirido pelo acadmico, que deve ser capaz de confrontar de modo
crtico aquilo que foi estudo com o que demendado pela sociedade. E, na
pesquisa que ensino e extenso podem ser espao para reflexes e mudanas
paradigmticas, desde que cerciadas por um mtodo de investigao, no qual
avaliar a necessidade de mudanas, ou no, das prticas.
37
A gesto de uma instituio educativa tem peculiaridades em relao
gesto das organizaes sociais em geral, uma vez que ela se fundamenta em duas
dimenses: a gerencial e a pedaggica. A dimenso gerencial responsabiliza-se
pelo contorno da organizao e meio para as atividades-fim da instituio
educativa, que so o ensino, a pesquisa e a extenso. A dimenso pedaggica trata
das questes essencialmente educativas, quais sejam o contexto acadmico
institucional, a formao dos sujeitos envolvidos no processo educativo e,
especialmente, o ensino, a pesquisa e a extenso (PDI, 2014-2018).
O curso de Odontologia em consonncia com o PDI (2014-2018) adota
como princpios de gesto a incorporao de estratgias de estmulo as prticas de
ensino, pesquisa e extenso, visando estimular a valorizao do corpo docente e
colaboradores. Dessa forma, cumpre-se as seguintes prticas:
Desenvolvimento de programas de capacitao permanente ao corpo docente e
colaboradores com vistas a melhoria contnua do processo de ensino-
aprendizagem;
Apoio pedaggico ao corpo docente;
Ao do Ncleo de Apoio Psicopedaggico e Experincia Docente e Discente
(NAPEDD) para o acadmico;
Adoo de critrios de seleo para ingresso de docentes junto a PROACAD;
38
A AEE trata-se de uma instituio filantrpica que busca promover, com
excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos diferentes nveis da pesquisa e
da extenso, buscando a formao de cidados comprometidos com o
desenvolvimento sustentvel (PDI, 2014-2018, p.14) como misso.
Desse modo, o UniSOCIAL (Departamento de Filantropia e Assistncia
social) faz a gesto do programa de bolsas, como: ProUni, Filantropia, OVG, FIES e
parcelamento universitrio.
ProUni Programa Universidade para Todos destinado a candidatos que no
possuam diploma de cursos superior, com renda per capita de at um salrio
mnimo e meio (bolsa integral), tenha cursado ensino mdio em escola pblica ou
privada como bolsista integral e tenha atingido mdia superior a 450 pontos no
ENEM (Exame Nacional do Ensino Mdio).
Filantropia concesso de bolsas da prpria instituio integral e parcial (50%)
de acordo com a Lei 11.096/2005 e 12.101/2009, obedecendo aos seguintes
critrios: bolsa integral (comprovao de renda per capita familiar de at (um)
salrio mnimo e meio) e para bolsa parcial (50%) (comprovao de renda per
capita familiar de at 3 (trs) salrios mnimos)
OVG Organizao das Voluntrias de Gois convnio com o Estado de Gois
de acordo com regulamentos e critrios estabelecidos pela OVG e havendo
contrapartida em que o acadmico presta servio voluntrio em instituies
governamentais e no governamentais, mediante sua rea de formao.
FIES Fundo de Financiamento Estudantil destina-se a estudantes de cursos
de graduao regularmente matriculados em IES no gratuitas e cadastradas no
programa, vinculado a avaliao do SINAES.
Parcelamento Universitrio (PRA VOC) - um parcelamento que possibilita ao
aluno regularmente matriculado pagar 50% da mensalidade durante seus estudos
e os outros 50% aps a concluso do curso, em perodo igual ao que o crdito foi
utilizado.
39
40
As formas de acesso aos cursos da UniEVANGLICA so as tradicionais
e regulamentadas pelo Ministrio da Educao: processo seletivo vestibular,
transferncias, portadores de diploma e, a partir de 2006, a Instituio aderiu ao
ProUni (PDI, 2014 2018, p. 145). O estmulo a permanncia do acadmico d-se
pelo acesso as bolsas governamentais e as disponibilizadas pela prpria IES,
atravs do UniSOCIAL.
O Centro Universitrio de Anpolis conta com o Programa Institucional de
Nivelamento com o objetivo de alcanar o maior nmero de estudantes
(ingressantes) possvel, incorporando os contedos identificados como deficitrios
entre os acadmicos s aulas das disciplinas de Lngua Portuguesa e Metodologia
Cientfica. Desta forma, obrigatoriamente, durante dois semestres letivos haver o
nivelamento de lngua portuguesa, metodologia cientfica e tambm clculo, por
meio do Univirtual (PDI, 2014 2018, p.146).
Os espaos de convivncia e participao estudantil acontecem nos
Diretrios Acadmicos (DAs) que participam nos rgos de discusso, avaliao e
deliberao do Centro Universitrio de Anpolis, tais como: CAS, CPA, SIA, entre
outros. A Instituio disponibiliza aos DAs espao fsico com equipamentos para seu
funcionamento. O DA do curso de Odontologia utiliza uma sala no terceiro
pavimento do bloco C, mesmo andar da secretaria setorial.
Os acadmicos que necessitam de compensao e orientao para os
dificuldades acadmicas e pessoais podem ser encaminhados pelos curso ou
UniATENDER que o servio institucional de atendimento, que faz interface com os
cursos e setores da UniEVANGLICA no desenvolvimento de aes integradas de
apoio ao acadmico e tem como objetivo acolher, integrar, atender e acompanhar
os discentes, individual ou coletivamente, ajudando-os em suas necessidades e
zelando por sua formao humana e profissional, de modo a favorecer o
desenvolvimento de princpios ticos e cristos, convivncia saudvel e
responsabilidade social (PDI, 2014 -2018, p.147).
41
Os direitos e deveres dos acadmicos esto regulamentados pelo
Regimento Geral do Centro Universitrio de Anpolis (2015) e os acadmicos
recebem o Guia Acadmico durante o evento de Acolhida aos Calouros com tais
normas no seu ingresso ao curso.
A IES tem convnios firmados com diversos setores (Secretarias de
Sade, de Educao, Segurana, dentre outros) para que os acadmicos tenham
acesso aos mais diversos estgios extra e/ou curriculares. A PROPE proporciona e
incentiva a participao em iniciao cientfica e nos mais diversos projetos de
extenso.
O programa de internacionalizao, por meio do Ncleo de Assuntos
Internacionais (NAI), tem como objetivo geral implementar a internacionalizao na
cultura e na estratgia organizacional da UniEVANGLICA, em seus processos de
ensino, pesquisa e extenso, desenvolvendo atividades internacionais como forma
de ampliar suas aes culturais, educacionais, cientficas e humanitrias. Ocorre por
meio de convnios internacionais, eventos, dentre outros (PDI, 2014 2018, p, 98).
Programa de Acompanhamento de Concluintes e Egressos, promovido
pela Coordenadoria de Apoio ao Discente, rgo ligado PROACAD rene,
periodicamente, ex-alunos da Instituio para conferncias e debates, mantendo um
vnculo permanente com eles. Este programa fundamental para a avaliao do
desempenho dos cursos e da Instituio, subsidiando mudanas, melhorias e todo o
planejamento pedaggico e administrativo (PDI, 2014 2018, p. 149).
A poltica de atendimento ao discente no mbito do curso est descrita no
corpo do PPC e est em consonnica com o PDI (vide Apoio ao Discente).
42
A UniEVANGLICA trabalha, em seus diferentes cursos, com uma srie
de atividades na realizao de aes que visam dar visibilidade ao contato com a
comunidade interna e externa. Algumas aes ocorrem dentro de uma poltica e
calendrio geral da Instituio, entre as quais destacamos:
Diversidade Frum frica: Projeto que visa motivar os alunos africanos que estudam no Brasil a
continuarem pensando em seu pas de origem. Visa, ainda, incentiv-los a fazer
diferena substancial quando retornarem aos seus pases de origem. So realizadas
palestras sobre temas como responsabilidade social, noite cultural com danas
tpicas africanas, oficinas diversas de lingustica, artes, dentre outras. Na ltima
edio, realizada em 2013, mais de uma dezena de embaixadores participaram do
evento e trataram das relaes econmicas e culturais Brasil/frica. Outro evento
sobre o tema o Africa Day (Imagem 10).
Imagem 10 Africa Day
UniEVANGLICA Cidad Itinerante Amaznia - Educao, Sade & Cidadania
UniEVANGLICA CIDAD Itinerante XXI Uma Semana Pra Jesus
UniEVANGLICA nas Escolas- Educao e Sade com os escolares
Semana da Cidadania + Ciranda
43
O curso de Odontologia desenvolve aes relacionadas com temticas
quanto a diversidade, meio ambiente, memria cultural, e patrimnio cultural que
so tambm abordadas institucionalmente, com calendrio prprio.
Quanto a diversidade relacionada com produo cientfica articulada
com a produo artstica para que se desenvolva nos acadmicos a formao
profissional de egresso contextualizado com as demandas e inserido na realidade
da sociedade produzido um evento anual, denominado Mostra Cultural do Curso
de Odontologia.
A Mostra Cultural do Curso de Odontologia um evento de extenso
registrado na Coordenao de Extenso e Ao Comunitria (CEAC) que tem por
finalidades: integrar os acadmicos dos diferentes perodos e turnos e os
professores do curso; estimular a criatividade e o pensamento crtico e reflexivo
sobre a realidade da Odontologia e suas possibilidades de interseco com
aspectos culturais; estimular a diversificao da produo de conhecimento
contribuindo para a formao somativa (conhecimentos, atitudes e habilidades);
disseminar as produes culturais-acadmicas do curso de Odontologia. Possui
trabalhos na seguintes modalidades de apresentao: Dramatizao (stand-up/
poesi