Upload
truongtruc
View
225
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
PROJETO PEDAGÓGICODO CURSO DE
BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA
CAMPUS CANOAS
PORTO ALEGRE/ RS, 2015.
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO .......................................................................... 3
2 OBJETIVOS DO CURSO ...................................................................................................... 4
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 4
3 PERFIL DO EGRESSO ........................................................................................................ 5
3.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ......................................................................... 7
4 MATRIZ CURRICULAR ........................................................................................................ 8
5 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ....................... 11
6 REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS ........................................................................... 16
6.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS ......................................................... 16
6.2 LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL .............................................................................. 16
6.3 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS, ENSINO DE HISTÓRIA E
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA .......................................................................... 16
6.4 EDUCAÇÃO NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS ............................. 17
6.5 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................ 17
6.6 DIREITOS HUMANOS ............................................................................................. 18
7 RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO ................................................................. 20
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME DO CURSO: Curso de Engenharia Mecânica.
GRAU CONFERIDO: Bacharelado.
TÍTULO PROFISSIONAL: Engenheiro Mecânico.
MODALIDADE DE ENSINO: Ensino presencial.
ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO: Portaria do Conselho Superior do UniRitter
DATA DA PUBLICAÇÃO DO ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO: 21 de setembro
de 2011 na 135° sessão ordinária
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: O Curso possui 3.698 horas relógio.
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
O curso contempla 95 horas relógio de Atividades Complementares.
DURAÇÃO DO CURSO:
Mínimo: 10 semestres – 5 anos
Máximo: Conforme critério definido no Regimento Institucional.
NÚMERO DE VAGAS AUTORIZADAS: Duzentas vagas anuais
NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS: O número de vagas ofertadas será
definido, a cada semestre, levando em conta a necessidade de oferta por ocasião do
processo seletivo, respeitando o número de vagas anuais autorizadas.
TURNO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO: O curso funcionará nos turnos da
manhã e noite com possibilidade no vespertino e aos sábados conforme oferta
semestral.
2 OBJETIVOS DO CURSO
2.1 OBJETIVO GERAL
O curso de Engenheira Mecânica do UniRitter almeja relacionar o
conhecimento teórico com o domínio da técnica, o conhecimento científico com o
modo de construir, a teoria com a prática. Busca uma sólida formação técnica,
científica e profissional, com caráter interdisciplinar, que capacitará o egresso a uma
atuação crítica e reflexiva, com habilidades de absorver e desenvolver novas
tecnologias, participar e coordenar equipes multidisciplinares de trabalho.
Tem como meta formar engenheiros mecânicos com uma postura ética em
relação à produção e utilização da ciência, à utilização dos recursos naturais, aos
modos de produção e às questões referentes às condições de vida da comunidade. O
diferencial do curso foi planejado para atender uma demanda local de mercado e
atender a indústria base de transformação, principalmente setores metal-mecânico e
automotivo.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A concepção do Curso de Engenharia Mecânica do UniRitter tem por base o
caráter generalista no desenvolvimento de projetos de sistemas mecânicos para
soluções em engenharia, de acordo com as atribuições profissionais, oferecendo
maior amplitude nas possibilidades de atuação no mundo do trabalho.
Como diferencial, o curso concentra conteúdo a atividades práticas com foco
em duas áreas da Engenharia Mecânica: Projeto Mecânico e Processos de
Fabricação, considerando-se a premissa de que há uma necessidade de formação
qualificada para busca da eficiência, produtividade e competitividade industrial:
Projeto Mecânico: ênfase em disciplinas das subáreas de Ciência dos
Materiais, Cálculo Estrutural, Resistência dos Materiais, Gestão de produto
Ferramentas (CAD/CAE/CAM) e práticas de Projeto.
Processos de Fabricação: ênfase em disciplinas das subáreas de
usinagem, conformação mecânica, gestão da qualidade, processos
metalúrgicos como fundição, injeção e processos inovadores como
prototipagem rápida e metalurgia do pó.
O curso de Engenharia Mecânica do UniRitter tem compromisso com a
qualidade de ensino e para isso busca os seguintes objetivos relacionados a
metodologia do curso:
Fortalecer a aprendizagem de Engenharia de forma criativa e inovadora,
adotando metodologias e uma estrutura de curso motivadoras para os
alunos;
Desenvolver a capacidade de visão ampla e integrada sobre a
engenharia, que é a base para o trabalho em equipe e a formação de
lideranças na área;
Aprimorar a integração entre disciplinas do currículo pela introdução de
problemas práticos cujos aspectos são tratados em disciplinas
diferentes, simultaneamente;
Apoiar o aprendizado com a utilização de laboratórios para desenvolver
a visão prática e o enfrentamento de problemas concretos, para
despertar uma postura inovadora;
Aproximar o aluno das necessidades do mercado pela realização de
estágios e projetos cooperativos com empresas, tratando de problemas
reais;
Desenvolver a inovação e empreendedorismo com disciplinas de projeto
em fabricação, simulação de negócios e gestão de produto com foco no
cliente.
3 PERFIL DO EGRESSO
O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do UniRitter pretende que os egressos
de todos os cursos de graduação do Centro Universitário sejam profissionais e
cidadãos capazes de compreender e atuar com vistas à transformação da sociedade
em que vivem, com condições de responder aos desafios da sociedade
contemporânea no contexto da globalização e com conhecimentos, competências e
habilidades específicas de suas respectivas profissões.
Em sua atividade, o Engenheiro Mecânico projeta, otimiza, instala, opera e
mantém sistemas mecânicos, termodinâmicos, eletromecânicos, estruturas e
elementos de máquinas, desde sua concepção, análise e seleção de materiais, até a
sua fabricação, controle e manutenção. Coordena e supervisiona equipes de trabalho;
realiza pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica;
executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; efetua vistorias, perícias e avaliações,
emitindo laudos e pareceres.
O Engenheiro Mecânico atua em indústria de base (mecânica, metalúrgica,
siderúrgica, mineração, petróleo e gás, plásticos, entre outras); em indústria de
produtos ao consumidor (alimentos, eletrodomésticos e utensílios, automotiva, etc); no
setor de instalações (geração de energia, refrigeração e climatização); em indústrias
de máquinas e equipamentos; prestadoras de serviços; em empresas e laboratórios de
pesquisa científica e tecnológica. Além de poder atuar de forma autônoma, em
empresa própria ou prestando consultoria. Em sua atuação, considera sempre o
contexto da ética, segurança e impactos socioambientais.
O perfil do egresso pretendido para o Curso de Engenharia Mecânica do
UniRitter é coerente com o perfil pretendido no PPI, com os objetivos do curso,
atendendo, de forma clara e coerente, às necessidades sociais da Região
Metropolitana de Porto Alegre. Há perfeita convergência, assim, com o perfil
anunciado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Engenharia
Mecânica.
O egresso do curso de Engenharia Mecânica do UniRitter tem como perfil
formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e
desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na
identificação e resolução de problemas ligados às atividades de projeto, operação e
gerenciamento do trabalho e de sistemas integrados de produção de bens e/ou
serviços, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e
culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.
O Curso busca incentivar e valorizar a autonomia intelectual do aluno, o
desenvolvimento de suas habilidades, a realização de atividades de pesquisa, de
projetos multidisciplinares, o trabalho em equipe e a aproximação com a prática
profissional. O egresso terá uma sólida formação técnica, científica e profissional, com
caráter interdisciplinar, que capacitará o egresso a uma atuação crítica e reflexiva,
com habilidades de absorver e desenvolver novas tecnologias. Torna-o capaz de
liderar e trabalhar em equipe para resolver problemas e interpretar a realidade cada
vez mais complexa, dinâmica e globalizada; tais habilidades são exercitadas nas
disciplinas de projeto ao final do curso.
3.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Para atender ao objetivo geral, o engenheiro Mecânico formado pelo UniRitter
deverá ser dotado dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes
competências e habilidades específicas:
I. Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e
instrumentais à Engenharia Mecânica para conceber, projetar,
implantar, operar, manter e melhorar projetos mecânicos aplicados a
bens e serviços;
II. Especificar, prever e avaliar criticamente os resultados gerados por
estes projetos mecânicos no contexto social e ambiental;
III. Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas da engenharia
de produção para identificar, formular e resolver problemas de
engenharia;
IV. Atuar em equipes multidisciplinares, comunicando-se eficientemente
nas formas escrita, oral e gráfica;
V. Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
4 MATRIZ CURRICULAR
O Curso de Eng. Mecânica tem duração de 10 semestres (5 anos) totalizando
3698 horas de curso de acordo com a grade curricular a seguir:
Disciplinas/Atividades Créditos H.Aula CH (Relógio)
Disciplinas Obrigatórias + Eletivas 212 4028 3356
Estágio Supervisionado 9 171 171
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC II) 4 76 76
Atividades Complementares 5 95 95
TOTAL 230 4332 3698
ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE BACHARELADO EM MECÂNICA
– CURRÍCULO 3 –
VIG
ÊNCIA: 2013/02 CARGA HORÁRIA MÍNIMA TOTAL:
3698h
SEMESTRE CÓDIGO* DISCIPLINAS CRÉDITOS ACADÊMICOS
CRÉDITOS FINANCEIROS
h/a h
* PRÉ-REQUISITO
1º ENG0101 Desenho Básico 4 4 76
---
20 ENG0102 Matemática Básica 4 4 76
---
créditos ENG0103 Ciências do Ambiente 2 2 38
---
ENG0104 Química Básica 2 2 38
---
ENG0105 Comunicação e Expressão 2 2 38
---
ENG0106 Geometria Descritiva 2 2 38
---
EGM0101 Introdução à Engenharia Mecânica 4 4 76
---
2º ENG0107 Cálculo I 4 4 76 ENG0102
24 ENG0108 Física I 4 4 76 ENG0102
créditos ENG0109 Química Experimental 4 4 76 ENG0104
EGP0102 Sistemas de Produção I 4 4 76
EGM0101
EGM0102 Desenho Técnico Mecânico 4 4 76
ENG0101
ENG0110 Ciência dos Materiais 4 4 76
ENG0104
3º ENG0111 Cálculo II 4 4 76 ENG0107
20 ENG0112 Física II 4 4 76
ENG0107
créditos ENG0113 Algoritmos e Programação 4 4 76
ENG0102
ENG0114 Mecânica dos Sólidos I 4 4 76
ENG0108 - ENG0107
EGM0103 Materiais de Construção Mecânica 4 4 76
ENG0110
4º ENG0115 Cálculo III 4 4
76 ENG0111
24 ENG0116 Física III 4 4
76
ENG0107
créditos ENG0117 Mecânica dos Sólidos II 4 4
76 ENG0114
ENG0118 Probabilidade e Estatística 4 4 76
ENG0107
EGM0104 CAD – Desenho Assistido por Computador 4 4 76
EGM0102
EGM0105 Processos de Fabricação: Usinagem 4 4 76
EGM0102-ENG0110
5º ENG0120 Fenômenos de transporte - Termodinâmica 4 4 76
ENG0111 - ENG0112
20 EGP0122 Segurança no Trabalho 2 2
38 EGP0102
créditos EGM0106 CAM – Fabricação Assistida por
Computador 4 4 76
EGM0104 - EGM0105
EGM0107
Processos de Fabricação - Conformação Mecânica
4 4 76
EGM0103 - ENG0114
EGM0109 Mecânica dos Sólidos III 4 4 76
ENG0111 - ENG0114
EGP0103 Metrologia 2 2 38
EGM0102
6º EGM0114 Vibrações 4 4 76 ENG0115
24 ENG0122 Fenômenos de transporte - Fluidodinâmica 4 4 76 ENG0120
créditos ENG0125 Economia 4 4 76 ENG0102
ENG0119 Eletricidade Aplicada 4 4 76
ENG0116
EGM0115 Motores 4 4 76
ENG0120
EGM0111 Resistência dos Materiais I 4 4 76
ENG0117
7º EGP0123 Gestão da Manutenção 2 2
38 ENG0117-EGM0114
24 ENG0123 Instrumentação 4 4 76
ENG0116-EGP0103
créditos EGM0110 Processos de Fabricação: Técnicas
Conexas e Soldagem 4 4 76
EGP0103-EGM0103
EGM0125 Transferência de Calor e Massa 4 4 76
ENG0122
EGM0113 Resistência dos Materiais II 4 4 76
EGM0111
EGM0112 Máquinas de Fluxo e Volumétricas 4 4 76
ENG0122
ENG0121 Filosofia, Ética e Cidadania 2 2 38
EGM0101
8º ENG0126 Gestão da Qualidade 2 2
38 EGP0102
22 EGM0116
Elementos de Máquina I 4 4
76 EGM0113
créditos EGM0117
CAE – Engenharia Assistida por Computador 4 4
76
EGM0106
EGM0118 Mecanismos 4 4 76
EGM0113
EGM0119 Resistências dos Materiais III 4 4 76
EGM0113
EGM0108 Acionamentos - CHP 4 4 76
ENG0122
9º
ENG0130 Estágio Supervisionado* 2 2
38 171 até o Sétimo
Semestre Completo
20
ENG0131 Trabalho de Conclusão I 2 2
38
até o Sétimo Semestre Completo
créditos ENG0124 Gestão de Projetos 4 4 76 ENG0125
EGM0120 Elementos de Máquina II 4 4 76
ELEM MAQ I
EGM0121 Climatização e Refrigeração 4 4
76
EGM0125
EGM0122 Disciplinas Eletivas I 4 4 76
10º ENG0126 Fundamentos Jurídicos 2 2
38
18
ENG0127 Empreendedorismo 4 4 76
ENG0124
créditos DES/EGM029 Gestão de Produto 2 2
38 ENG0124
EGM0123 Trabalho de Conclusão II * 4 4 76
ENG0131
ENG0123 Gestão Ambiental 2 2 38
ENG0103
EGM0124 Disciplinas Eletivas II 4 4 76
Disciplinas Eletivas
LET0540 Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS 2 2 38
PED0482 Identidade e Diversidade Étnico-
Racial 2 2 38
DES0353 Inovação tecnlógica 2 2 38
EGM0125 Robótica 4 4 76
ECA0106 Automação Industrial 4 4 76
EGE0125 Eficiência Energética 4 4 76
ENG0128 Inovação e Propriedade
Intelectual 2 2 38
DES0222 Marketing I 2 2 38
ENG0125 Processos de Fabricação:
Fundição 4 4 76
DES0222 Inovação e Propriedade
Intelectual 4 4 76
ENG0131 Projeto de Tubulações
Industriais 4 4 76
11
5 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Esse princípio vincula-se ao desenvolvimento das atividades-fim das IES: ensino,
pesquisa e extensão e à sua indissociabilidade, buscada, historicamente, na Educação
Superior universitária.
A indissociabilidade entre as atividades-fim da Universidade é condição sine qua non
para a tipologia de Universidade e, consequentemente, para um Centro que pretenda ser
universitário. Sua exigência parte do artigo 207 da Constituição Federal de 1988 e deve ser
vista sob dois enfoques:
1º) como princípio pedagógico de desenvolvimento do ensino na Graduação e na
Pós-Graduação;
2º) em termos mais amplos, quando assume um âmbito institucional e envolve a
pesquisa docente institucionalizada e a extensão de cunho universitário propriamente dito.
O primeiro enfoque, quando a adoção da indissociabilidade das atividades-fim é vista
como princípio pedagógico fundamental da Graduação e da Pós-Graduação, refere-se
especificamente aos processos de ensino e de aprendizagem nesse nível da Educação
Superior. A aprendizagem que resulta desse processo implica a apropriação crítica dos
saberes pelos alunos. Isso está associado a métodos nos quais a construção dos saberes
envolve uma dimensão política, que diz respeito aos interesses da sociedade ou de um
grupo da mesma, que venha a se beneficiar desse saber.
Ao estabelecer que o ensino e a pesquisa estão unidos, não significa apenas que a
pesquisa dá suporte ao ensino. Tal união representa, também, o fato de que o método
investigativo praticado ao longo de todo o curso é condição essencial para a formação dos
alunos. O Curso de Engenharia Civil do UniRitter considera esta premissa um aspecto
fundamental para o seu processo permanente de aprendizagem e condição para uma
formação continuada requerida pela globalização e pelo caráter vertiginoso das mudanças
sociais, tecnológicas e científicas da atualidade.
Para a ocorrência de um ensino com pesquisa é necessário o envolvimento do
professor e do aluno na construção de conhecimento e atuando como parceiros no contexto
de suas atividades curriculares. Isso passa a estabelecer outra dimensão no processo de
ensino aprendizagem de modo a não ficar limitado apenas ao ensinar determinados
12
saberes, uma vez que instiga o aluno ao processo de aprender a aprender, propicia a
aquisição de autonomia intelectual e, por consequência, o aprender de forma permanente.
Desta maneira, o ensino pode nutrir-se de inúmeras formas de pesquisa.
Ensino e extensão unidos, por sua vez, asseguram uma dimensão política à
formação acadêmica, inserindo o aluno na realidade social pela ótica da sua área de
formação. Através dessa relação, o aluno passa a identificar através das necessidades da
sociedade os interesses gerais e particulares existentes no âmbito de sua profissão. Pelo
ensino com extensão, em função de seus aspectos comunitários, o aluno compreende que
um saber nunca é neutro.
A extensão, como princípio pedagógico, implica a sua prática como componente
curricular e se desenvolve ao longo do curso. Esta ocorre pela produção contextualizada do
conhecimento e se concretiza através de diferentes formas de atividades práticas vinculadas
a teoria (ação/reflexão/ação), estágios curriculares, atuação em projetos extensionistas ou
em núcleos comunitários institucionais e outras atividades.
Esses projetos e núcleos possuem função pedagógica, nutrindo o processo de
ensino aprendizagem com o contexto social, propiciando um convívio com a realidade do
exercício profissional e envolvendo os discentes com a responsabilidade social da Educação
Superior.
O ensino vinculado à extensão também oportuniza a flexibilização curricular. Esta
possibilidade surge para a Educação Superior quando da determinação do Ministério da
Educação pela exigência da utilização das “diretrizes curriculares nacionais” em substituição
aos “currículos mínimos”.
Esta nova referência, com a flexibilização dos currículos, permitiu o desenvolvimento
de atividades complementares de integralização curricular que podem ser oportunizadas por
atividades de ensino, de pesquisa e de extensão.
Há, pois, uma correspondência biunívoca: o ensino é flexibilizado e apresenta a sua
dimensão teórico-prática garantida via pesquisa e extensão e, por outro lado, o ensino nutre
ambas atividades no curso de graduação.
A adoção do princípio pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão em cada curso de Graduação e de Pós-Graduação das unidades que integram o
Centro Universitário requer uma gestão pedagógica em que cada docente se reconheça
como parte de um todo maior de curso. A estrutura curricular de um curso é um todo, que é
muito maior do que a soma das partes.
13
Quanto ao segundo enfoque da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a
extensão, vistas no seu âmbito institucional 1, aplica-se o mesmo raciocínio acerca do todo.
Cada uma dessas atividades-fim precisa ter o entendimento de que faz parte de um todo,
que é a IES, com a sua missão, a sua visão, a sua ação educativa desenvolvida sobre
referências e políticas, enfim, com a sua identidade. Essa identidade institucional é
construída e desenvolvida através de uma ação coletiva, que exige corresponsabilidade e
participação.
Vale ratificar que, no âmbito institucional do ensino, da pesquisa e da extensão,
enquanto atividades-fim exige:
- políticas institucionais que regulamentem o ensino, a pesquisa e a extensão e que
se articulem entre si;
- ação educativa desenvolvida sob o paradigma conceitual da Instituição,
comprometida com a ação coletiva, coerente com os princípios de participação ativa;
- estrutura interna articulada e integradora.
Atendidos os aspectos acima citados, a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa
e a extensão, no âmbito institucional, concretiza-se na forma como são estabelecidas as
suas interfaces.
O ensino é desenvolvido com base na vocação de cada curso. Assim como ela dá
origem à sua estrutura curricular, ela gera as suas linhas de pesquisa que, por sua vez, dão
origem aos grupos que as desenvolvem. Pesquisa e ensino estão, pois, intimamente
imbricados um ao outro não só no interior dos cursos como no âmbito institucional.
A extensão, por sua vez, com seus programas de educação continuada, de relações
comunitárias e de parcerias interinstitucionais, é alimentada pelo desenvolvimento da
vocação dos cursos, pelo conhecimento construído e disseminado e possui reforçada a
articulação das duas outras atividades-fim com a comunidade regional, nacional e
internacional. É a extensão que impede a construção de barreiras entre a formação inicial e
a continuada dos alunos (uma vez aluno, aluno sempre, sem a dimensão de ex),
estabelecendo as pontes necessárias que permitirão a permanência de sua formação.
1 A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, vista sob enfoque institucional, é um
princípio constitucional (artigo 207), exigido para todas as universidades, como tipologia mais completa de IES.
14
O Curso de Engenharia Civil do UniRitter, como forma de garantir a indissociabildade
entre ensino, pesquisa e extensão, vem realizando ações, atividades e propicia espaços
para que este princípio se estabeleça, alguns exemplos:
a) Atividade interdisciplinar, que ocorre a cada semestre, com integração das
disciplinas em torno de um tema comum, onde é proporcionado ao discente um espaço de
experiência com a pesquisa;
b) Atividades de monitoria com o intuito de despertar o aluno para a docência e
ampliação do conhecimento, visando à formação de pessoal comprometido com a qualidade
acadêmica e intensificar e assegurar a cooperação entre estudantes e professores nas
atividades relativas ao ensino;
c) atividades de pesquisa docente possibilitando que novos conhecimentos se
disseminem no curso de graduação, contribuindo para que o UniRitter se envolva
integralmente com o desenvolvimento das atividades científicas aos seus alunos; e que
culmina com a Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação do UniRitter, evento que é
realizado anualmente e promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e
Extensão – ProPEx, e conta com a participação de estudantes, docentes do UniRitter e
público externo;
d) através do oferecimento de bolsas de iniciação cientifica que permite introduzir, na
pesquisa científica, os estudantes de graduação, e cujas modalidades são:
(i) Bolsa de Iniciação Científica (BIC / UniRitter) para o aluno de graduação do
UniRitter selecionado por professor pesquisador, o aluno recebe horas complementares
sujeitas ao regulamento de cada curso ou faculdade e desconto equivalente a três créditos.
O tempo de dedicação mínimo exigido para a atividade corresponde a dez (10) horas
semanais;
(ii) Bolsa de Iniciação Científica (BIC / UniRitter-FAPERGS) para o aluno de
graduação do UniRitter que passa a receber apoio financeiro da FAPERGS, quando
disponibilizado institucionalmente à UniRitter. O Bolsista deve dedicar vinte (20) horas
semanais para o desenvolvimento das atividades;
(iii) Bolsa de Iniciação Científica (BIC / UniRitter-CNPq) para o aluno de Graduação
do UniRitter que recebe apoio financeiro do CNPq, quando disponibilizado
institucionalmente à UniRitter. O Bolsista deve dedicar vinte (20) horas semanais para o
desenvolvimento das atividades e;
15
(iv) Estudante Voluntário de Pesquisa (EVP), aluno de graduação do UniRitter que
atua em uma Equipe de Pesquisa voluntariamente, sem receber Bolsa de Iniciação
Científica. Os Bolsistas Voluntários recebem horas complementares. O tempo mínimo de
dedicação característico para esta modalidade corresponde a cinco (5) horas semanais para
o desenvolvimento das atividades;
e) estágio supervisionado obrigatório e não obrigatório, que tem como uma das
finalidades fortalecer a relação entre formação acadêmica com o mercado de trabalho;
f) diversas atividades desenvolvidas pelas disciplinas: trabalhos de campo, visitas e
palestras técnicas;
g) projetos de extensão, como por exemplo a atividade denominado
“Profissionalização e Cidadania na Construção Civil”.
Conforme planejamento do Curso, outras ações serão implementadas no futuro, tais
como:
a) Projeto de empresa Junior que terá por objetivo apoiar o processo acadêmico,
constituindo-se em Laboratório de Ensino, dedicado a estimular e desenvolver a produção
teórica e prática dos estudantes, prestando apoio instrumental às atividades de ensino,
pesquisa e extensão;
b) ampliar a participação dos discentes e docentes em projetos e atividades de
extensão;
c) definir linhas de pesquisa e extensão, em função das exigências da realidade;
d) implantação de novos cursos e projetos de extensão voltados às demandas
decorrentes do mercado, que favorecerão, desta forma, à Educação Continuada.
16
6 REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS
6.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
O Curso de Engenharia Mecânica do UniRitter atende a Resolução nº 11, de 11 de
março de 2002 do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Superior, que
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos superiores de graduação em
Engenharia. Essas diretrizes estão em perfeita sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) que estabelece as diretrizes
e bases da educação nacional. E também norteia-se pelas Referencias Curriculares
Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciaturas de abril de 2010, elaboradas pela
Secretaria de Educação Superior.
6.2 LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
No que se refere à legislação profissional do Engenheiro Mecânico, suas bases legais
estão contidas na Lei Federal 5.194 de 1966 e na resolução nº 218 de 1973, que definiram a
profissão, as áreas, as atividades e as atribuições dos profissionais do Sistema CONFEA /
CREA. Cabe informar que no início do projeto do Curso sua organização atendeu a
Resolução nº 1.010 de 2005.
6.3 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
O presente Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Mecânica leva em conta as
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorraciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, previstas pela Lei nº 11.645 de
10/03/2008 e pela Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, que trata da
Educação das Relações Étnicorraciais, bem como o tratamento de questões e temáticas
que dizem respeito aos afrodescendentes. Estas ações estão previstas na disciplina do
curso denominada Identidades e Diversidade Étnicorraciais, disciplina com dois créditos,
o equivalente a trinta e oito (38) horas-aula, que é ofertada como disciplina eletiva no 10º
semestre e na disciplina obrigatória de Filosofia, Ètica e Cidadania ofertada no primeiro
semestre do curso.
17
6.4 EDUCAÇÃO NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
A estrutura curricular contempla a disciplina de “LIBRAS” – Língua Brasileira de
Sinais como componente curricular, com dois (2) créditos, o equivalente a trinta e oito (38)
horas-aulas, que é ofertada como disciplina eletiva no 10º semestre. Desta forma, o Curso
atende ao disposto no Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005.
Essa disciplina está registrada sob o código LET0540 e pode ser cursada pelo
aluno, no décimo semestre, em que se disponibiliza, na estrutura curricular a Disciplina de
Eletiva.
6.5 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
"Entendem-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Política
Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999,
Art 1
É indiscutível o papel da universidade como um dos agentes promotores de
processos de manutenção e melhoria da qualidade ambiental. A atuação da
Instituição de Ensino Superior deve estar na discussão, formulação, implementação
e multiplicação de políticas, programas e projetos ambientais integrados e
articulados com as demandas da sociedade.
A Faculdade de Engenharia do UniRitter trata as questões relacionadas à
Educação Ambiental conforme a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e o Decreto Nº
4.281 de 25 de junho de 2002, onde, de modo transversal, processual e permanente
tem orientado sua prática educativa, de forma integrada, com princípios éticos e de
responsabilidade ambiental, incentivando a promoção e a transforção da
comunidade acadêmica, tendo como eixo tranversal a Educação Ambiental,
sustentada pelos Projetos Pedagógicos dos Cursos.
18
No Curso de Engenharia Mecânica, esta discussão possibilita a análise do
tema meio ambiente em diferentes ações, atividades, projetos e espaços. Implica a
adoção de uma visão ao mesmo tempo sistêmica e holística, possibilitando
discussões e práticas que congreguem diferentes saberes, transcendendo as
noções de disciplina e área, e que através de práticas e estudos, desenvolvam nos
alunos uma consciência crítica acerca dos atores e fatores ambientais, tendo como
objetivo o despertar do interesse para a resolução de problemas relacionados a área
de atuação do engenheiro Mecânico.
A Educação Ambiental é vista como um agente de transformação e, para tanto,
exige uma apropriação de conhecimentos, capazes de gerar ações que provoquem
mudanças de valores e atitudes relacionadas ao padrão de vida das comunidades.
Mesmo o tema sendo tratado de forma transversal, ao longo da formação do
aluno, em suas várias formas, algumas disciplinas do Curso enfatizam a discussão,
são elas: Ciências do Ambiente e Gestão Ambiental.
6.6 DIREITOS HUMANOS
Tomando como referência o Parecer CNE/CP nº 8/2012 e a Resolução CP/CNE nº 1,
de 30/05/2012, embasada pelo Parecer CP/CNE nº 8, de 06/03/2012, o Curso de Direito do
UniRitter contempla em seu PPC as orientações e referências pedagógicas e acadêmicas
para a educação em Direitos Humanos.
Ainda tomando como referência a Resolução nº 1 de 30 de Maio de 2012, destaca-se
o compartilhamento da matéria com os conteúdos programáticos do Curso de Direito. A
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a Declaração das Nações Unidas
sobre a Educação e Formação em Direitos Humanos e a própria Constituição Federal de
1988 constituem-se em referências e conteúdos programáticos do Curso de Direito do
UniRitter.
Converge ainda a visão do Centro Universitário UniRitter, ao buscar consolidar-se
como instituição de excelência nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, aliando
inovação ao compromisso com transformação social reiterando dessa forma o disposto no
artigo 5º do parecer em foco que estabelece com finalidade da Educação em Direitos
19
Humanos a formação para a vida e a convivência, no exercício cotidiano dos Direitos
Humanos como forma de vida e de organização social, política, econômica e cultural nos
níveis regionais, nacionais e planetário.
Podemos observar a presença desta temática nas seguintes disciplinas do Curso de
Direito: Direitos Humanos, Direitos Fundamentais, Antropologia, Sociologia Geral e Jurídica,
Identidades e Diversidades Étnico-raciais, Direito Internacional Público e Filosofia Geral e
Jurídica. Destaca-se que a temática também é abordada pelas linhas de pesquisa do Curso
promovidas na Graduação e no Mestrado em Direitos Humanos.
20
7 RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO
O curso de Engenharia Mecânica tem um papel específico de preparar futuros
profissionais da área capazes de transformar conhecimentos e teoria em práticas eficazes
que venham a contribuir para o desenvolvimento de seus alunos e da sociedade como um
todo.
Dentro do curso ocorrem quatro componentes curriculares: Introdução à Engenharia
Mecânica, Filosofia, Ética e Cidadania, Fundamentos Jurídicos e o Estágio Supervisionado,
que relacionam-se diretamente com a dimensão da responsabilidade social em sua busca
pela formação de profissionais comprometidos com a evolução da cidadania, do
conhecimento e das boas práticas profissionais.
O curso disponibiliza diversas bolsas de estudo dos Programas UniPoa e ProUni,
além de seu programa próprio de bolsas. O que permite acesso ao ensino superior no curso
de Engenharia Mecânica de uma parcela significativa dos egressos do ensino médio.