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futsal
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Proposta de treinamento integrado de futsal e futebol, na
formaçãodesportiva do atleta de futebol de campo na categoria sub 15
anosPropuesta de entrenamiento integrado de futsal y fútbol,
en la formación de jugadores de fútbol de campo en la categoría sub 15
*Autor**Co-autores
***ColaboradorUniversidade Federal do Ceará, IEFES
(Brasil)
Prof. Ms. Otávio Nogueira Balzano*
Francineide de Oliveira Vieira**
Rafaella Bôto Ferreira Costa**
Iraneide Etelvina Lopes***[email protected]
Resumo
O presente trabalho pretende contribuir com profissionais que militam na área do futebol. O trabalho apresenta um programa de treinamento integrado de futsal e futebol,
através de jogos condicionados com finalização, para a categoria sub 15 (14 aos 15 anos de idade). Nesta fase do ensino-aprendizagem e treinamento o programa enfatiza os conteúdos táticos do futebol, como o sistema tático 3.5.2, a marcação por zona, as valências físicas de
acordo com as posições e as jogadas de bola parada, na busca de um modelo de jogo adequado para a faixa etária. Nesta faixa etária o trabalho tático ganha evidência no processo de treinamento, assim como o início ao treinamento físico. O estudo demonstra um modelo de periodização, através de um mesociclo com trinta e dois jogos condicionados técnico-táticos. O Mesociclo é dividido em cinco microciclos de cinco dias. No primeiro dia se trabalha com jogos de futsal com ênfase na tática individual e de grupo. Nos outros quatro dias o treino são com
jogos de futebol com destaque no trabalho tático. O programa busca um treino distinto na formação do atleta sub 15, incentivando a formação cognitiva, para que este jogador se torne
diferenciado quando do processo de seleção das equipes de futebol. Unitermos: Futebol. Futsal. Talento esportivo. Cognição. Categoria sub 15.
Abstract
This paper aims to contribute to professionals who are active in the area of football. The paper presents an integrated training program for soccer and football games through to
completion conditioned to the category under 15 (14 to 15 years old). At this stage of education - learning and training program emphasizes the tactical content of football, as the tactical
system 3.5.2, dialing area, the physical valences according to the positions and the dead-ball situations, in search of a model game suitable for the age group. In this age group won the
tactical work in the training process evidence, and the start to training. The study demonstrates a model of periodization, through a mesocycle thirty-two technical and tactical games
conditioned. The mesocycle is divided into five microcycles five days. On the first day working with soccer games with an emphasis on individual and group tactics. In the other four days are training with football matches with an emphasis on tactical work. The training program seeks a
distinguished athlete in training under 15, encouraging cognitive training for that player becomes different when the selection process of the football teams. Keywords: Soccer. Sports talent. Cognition. 15 sub category.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011.
http://www.efdeportes.com/
1 / 1
Introdução
Nos últimos anos o futebol se caracterizou pelo salto qualitativo na área do
treinamento no desenvolvimento dos atletas e das equipes. Para o reconhecimento
dos jogadores de futebol mais talentosos está relacionado diretamente com o
desenvolvimento cada vez mais precoce do potencial apresentado pelo atleta.
Neste sentido, é importante o trabalho orientado nos programas de treinamento
das categorias de base Paoli et al (2007). Pois para o autor, desta forma o trabalho
poderá reconhecer e desenvolver um maior número de jogadores que possuam os
requisitos para a prática do futebol, se tornando mais especializado e científico. Ou
seja, um dos requisitos para a seleção do jogador são as suas capacidades táticas
(Paoli et al 2007 e Torrelles & Alcaraz 2003). Segundo autores como (PAOLI 2000,
DRUBSCKY 2003, FALKER E PEREIRA 2010, ARRUDA E BOLAÑOS 2010 e BENDA E
GRECO 1998), na categoria infantil que compreende dos 14 aos 15 anos, é a fase
que deve ser implantado devemos implantar o treinamento tático. A tática de
acordo com Greco (1992 apud Paoli et al 2007) envolve processos cognitivos e
exige uma capacidade de raciocínio muito apurada por parte dos aprendizes-
atletas. Conforme Paoli (2007), nos primeiros anos da categoria infantil torna-se
necessário que os atletas-aprendizes experimentem, vivenciem situações de
padrões táticos ofensivos e defensivos, que os habilitem para aplicações durante o
jogo. Para Benda e Greco (1998), é na fase da ORIENTAÇÃO (desenvolvimento
esportivo), que se deve procurar o desenvolvimento e aperfeiçoamento das
capacidades físicas (motoras e coordenativas) e se iniciar o processo de fixação e
aprimoramento das técnicas e o aprendizado da tática. Porém, Roth citado por
Benda e Greco (1998), afirma que os processos cognitivos são necessários ao
comportamento tático, e devem ser desenvolvidos no confronto com a situação de
jogo, assim como o aperfeiçoamento dos mecanismos de regulação da ação que é
conseguido através do treinamento técnico. Para o autor, a faixa etária
compreendida entre os 14 e 15 anos, é a ideal para iniciar este processo. O
presente estudo pretende colaborar com a formação do atleta de futebol, através
de um programa de treinamento integrado de futebol e futsal específico para a
categoria sub 15 anos, mas sempre respeitando os limites da faixa etária. Desta
forma, o trabalho integrado de futsal e futebol aspira capacitar os atletas, para que
estes possam enfrentar as dificuldades do futebol profissional e se destacar neste
contexto. Pois caso não consigam vencer no futebol, estarão preparados para
reingressar no futsal, e tentar uma nova oportunidade no esporte.
1. O talento no futebol brasileiro
De acordo com (Paoli et al, 2007), no desporto futebol ao chegar a categoria
infantil (14 e 15 anos), o atleta começa a mostrar se terá condições de tornar-se um
jogador de futebol. O talento esportivo pode ser reconhecido e caracterizado no
indivíduo que demonstra aptidão, potencial, criatividade, improvisação e
capacidade técnica desenvolvida e comprovada no esporte. Assim, segundo
Filgueira (2004), o talento pode ser definido como um conjunto de fatores que
possibilita a diferenciação entre os atletas. Conforme Gaya et al (2004), o talento
esportivo relaciona-se com a interação do processo de desenvolvimento do
indivíduo com o meio em que está inserido envolvendo os aspectos genéticos.
Dessa forma, pode-se compreender que, embora alguns indivíduos possam possuir
uma aptidão para a prática de determinada atividade, o desenvolvimento desse
talento estará condicionado a algumas determinadas variáveis. Tal constatação é,
ainda, ratificada por Ericsson et al (1993 apud Paoli, 2007), descrevendo que o
talento apresenta-se como uma parcela limitada, pois o que vai ser determinante
para mostrar o desempenho do atleta é a intensidade e o tempo de prática do
esporte. Com isso, para o atleta chegar ao nível de profissional é necessário que
esse, além de praticar intensamente a atividade à qual se dedique, esteja
motivado, seja autoconfiante e possua suporte da família. No entanto, para que o
talento nato se torne pleno, não é suficiente sua simples constatação, assim,
conforme ratifica Filgueira (2004), o atleta talentoso é identificado a partir da
seleção, avaliação e decisão. Tal sistemática pode ser aplicada, dessa forma, às
mais diferenciadas práticas esportivas. Exemplo disto é o que ocorre no futsal e no
futebol. No que concerne aos citados esportes, de acordo com Belo Junior (1998),
existem duas formas de selecionar talentos para essas modalidades esportivas.
Essas maneiras são representadas pela seleção natural e a seleção dirigida. O
primeiro modo relaciona-se com as habilidades desenvolvidas no jogo e o segundo
é alcançado através de estudos hereditários e ambientais. No entanto, o ideal seria
uma preparação pautada com base nesses dois métodos fundamentais. Afinal, é
necessário que se tenha em vista que o método da seleção natural representa a
essência do talento esportivo, no entanto, conforme afirma Ericsson et al (1993
apud Paoli, 2007), independentemente da existência e reconhecimento de um
talento nato, são necessários, no mínimo dez anos, de intensa prática, seja para
lapidar-se esse talento (seleção natural) ou para poder-se, no mínimo, formar-se um
atleta disciplinado e competitivo (seleção dirigida). Assim, pode-se concluir que,
embora a existência do talento esportivo seja uma realidade, tanto no meio
desportivo, quanto no âmbito científico, sua existência não é a causa única do
sucesso a ser obtido por determinado atleta. Afinal, conforme discutido
anteriormente, o êxito no mundo esportivo está também, intimamente, ligado a
fatores físicos, tais como treinamento, preparação e acompanhamento adequados,
e a fatores psicológicos, tais como motivação, apoio e determinação.
2. As capacidades cognitivas e a tática para adolescentes
Tendo em vista que o futsal e o futebol são esportes complexos, dinâmicos e
táticos (RÉ, 2008), em que o jogo exige o desenvolvimento de diversas funções
mentais dos atletas, a importância que deve ser empregada ao progresso das
capacidades cognitivas dos mesmos. As situações de oposição e cooperação entre
os atletas implicam na utilização destas capacidades de forma madura, percebe-se,
porém que o tempo de treinamento direcionado a ampliação das capacidades
cognitivas não é o mesmo direcionado as capacidades físicas, técnicas e táticas,
embora estejam intimamente ligadas umas às outras, repercutindo de forma
bastante significativa no bom rendimento do atleta. Segundo Paoli (2007), na faixa
etária dos 15 anos, o trabalho tático ganha ênfase no processo de treinamento do
futebol. Conforme Abernethy Wann & Parks (2000) apud Bianco (2006), comentam
que, em cursos para treinadores, quando se questiona sobre as características que
diferenciam os atletas proficientes, as respostas se relacionam com: a tomada de
decisão corretas, reações rápidas, boa “leitura” de jogo, etc. Porém quando se
questiona acerca do tempo despedido para treinar essas capacidades (percepção e
tomada de decisão), em relação ao tempo de treino gasto na automatização
técnica, observa-se que o mesmo não corresponde à importância dada a elas,
embora percepção e tomada de decisão sejam apontadas como as mais
importantes na determinação do sucesso em alto nível. Segundo Bianco (2006), o
desenvolvimento das capacidades cognitivas no processo de formação do jogador
ganha destaque. Dessa forma, teremos jogadores inteligentes, que tomam decisões
com iniciativa própria e que não sejam meramente repetidores de conceitos com
“jogadas” programadas ensinadas nos treinos. De acordo com Mahlo (1970) apud
Bianco (2006), crianças que jogam de maneiras esquemáticas, ou seja, a partir de
jogadas, não se tornam indivíduos que pensam e que agem por si próprios. Para
Filgueira & Greco (2008), o sucesso nos jogos táticos depende largamente do nível
de desenvolvimento das faculdades perceptivas e intelectuais dos atletas,
especialmente em associação com outros fatores que determinam a performance. É
necessária então, uma atenção especial para as diversas inteligências dos atletas,
para que possamos ter jogadores criativos, ágeis de raciocínio, atentos e com
noções de tempo e espaço. São estes elementos que irão possibilitar maior
velocidade de reação e refletiram de forma expressiva no desenvolvimento tático
do jogador, já que este tratará de informações, que irão depender da inteligência
cognitiva de cada atleta, devendo também ser trabalhadas durante o treinamento.
Devemos atentar também, para a diferenciação dos treinamentos destas
capacidades cognitivas, para as crianças, que muitas vezes recebem o mesmo
tratamento que é dado aos adultos, “seja pelo desconhecimento dos profissionais
do esporte, ou por dificuldades destes de desenvolver treinamentos que privilegiem
o desenvolvimento da capacidade cognitiva”. Para Vigotski (2008), a estrutura do
processo de decisão na criança nem de longe se assemelha à do adulto. Os adultos
tomam uma decisão preliminar inteiramente e, em seguida, levam adiante a
escolha na forma de um único movimento que coloca o plano em execução. A
escolha da criança parece uma seleção dentre seus próprios movimentos, de certa
forma retardada. As vacilações na percepção refletem diretamente na estrutura do
movimento. Os movimentos da criança são repletos de atos motores hesitantes e
difusos que se interrompem e recomeçam sucessivamente. Isso pode levar a erros
táticos e estes devem ser compreendidos pelos profissionais desta área. Impor as
crianças e adolescentes o mesmo tratamento que os adultos nos treinamentos
táticos, exigindo que estas executem movimentos preestabelecidos sem antes
obter domínio de seu corpo e da bola, ou de obter ainda entendimento sobre
estratégias complexas e abstratas (capacidades cognitivas), acabam por formar
jogadores mecanizados, sem criatividade, flexibilidade e autonomia frente à tomada
de decisão nas situações de jogo. O importante estaria em ensinar crianças e jovens
como jogar, através de conceitos e ações táticas, e não ensinar apenas “jogadas”
(Bianco, 2006). Entender a relação das capacidades cognitivas com a tática é de
grande importância, para o desenvolvimento de crianças e adolescentes no futebol
e futsal.
3. Características da categoria sub 15 do futebol e futsal
As características dos atletas nesta fase segundo (Beltran 1991, Mutti 2003,
Costa 2003, Weineck, 1999, Paoli et al 2007 e Drubscky, 2003) são: motricidade
fina mais específica; vivenciam vários tipos de desporto; fase do estirão do
crescimento; final da puberdade; mudanças gerais do corpo; diminuição da
coordenação motora; enfrentamento com a família; nível alto de hormônios;
crescimento físico e maturidade sexual e inicia a ter compreensão plena do futebol.
Na concepção de Greco e Benda (1998), esta é a fase da ORIENTAÇÃO que marca o
início do aperfeiçoamento e especialização unilateral; este é um período fértil para
o acúmulo de informações; o trabalho deve ser realizado através de jogos
desportivos, vivenciando as primeiras formas de estratégias de jogo, sistemas e
ações ofensivas e defensivas; é neste momento que se enfatiza o ensinamento da
tática individual e coletiva, abordando também conceitos de marcação individual,
por zona ou mista. Para Drubscky (2003), é nesta fase que devemos estimular a
formação de jogadores inteligentes, neste momento o principal objetivo, é
transmitir e aplicar regras de ações táticas no esporte que o jovem escolheu. Para
Weineck (1999), é neste momento que começa o trabalho físico com os atletas.
Segundo o autor, é preciso ter cuidados especiais nos trabalhos com os jovens
nesta faixa etária, pois estes estão passando por mudanças físicas e de
personalidade.
Características da faixa etária no jogo de futebol e futsal
Foram utilizadas as seguintes referências para fundamentar o programa
treinamento no futebol. Na cartilha do Futebol Holãndes – KNVB Holland (1995),
Torrelles e Alcaraz (2003), Arruda e Bolaños (2010), Drubscky (2003), Paoli et al
(2007) e Falk & Pereira (2010). Já o programa de futsal tiveram como referências os
trabalhos de: Balzano (2007 e 2011), Costa (2003), Beltran (1991), Santana (2004),
Fonseca (2007) e em Rezer e Saad (2007). A cartilha do futebol holandês destaca
que na fase dos 15 anos de idade, o trabalho deve enfatizar as funções dos
jogadores e suas relações com o time. A marcação por zona e o trabalho técnico–
táticos devem ser relevantes no processo ensino-aprendizagem e treinamento. No
aspecto físico Arruda e Bolaños (2010), ressaltam ser importante trabalhar
velocidade de aceleração e resistência de velocidade, pois nesta idade se dá o
estirão do crescimento. No aspecto tático os autores corroboram com a cartilha
holandesa no destaque dos treinos táticos de ataque e defesa. Para Torrelles e
Alcaraz (2003), o objetivo geral nesta etapa é aperfeiçoar as características próprias
dos jogadores, o sistema tático e modelo de jogo. Para os autores os objetivos
específicos nesta idade são os movimentos táticos, preparação física, o trabalho de
goleiro, a preparação psicológica e o ingresso nas competições com busca de
resultados. Já para Falk e Pereira (2010), nesta fase começa a se exigir dos atletas a
inteligência para o jogo e o conhecimento tático do jogo. No que diz respeito ao
futsal para Fonseca (2007), nesta idade começa a definição em que esporte o atleta
vai se estabelecer. Para Balzano (2011), o futsal pode continuar a colaborar com o
futebol, pois o futsal sendo um desporto de complexidade tática permanente, pode
auxiliar na formação tática do atleta de futebol.
As características das equipes sub 15 no futebol e futsal
Características da categoria
sub 15 aplicada ao futebol
Características da categoria
sub 15 aplicada ao futsal
- Começa a especialização em algum
esporte.
- Trabalho através da Metodologia do
jogo adaptado.
- Entendimento total dos aspectos
globais do jogo: progredir com a bola,
manter a bola, recuperar a bola,
finalizar a gol.
- Participação em jogos de competição.
- Proporcionar atividades em função do
time.
- Entendimento das funções em campo.
- Ênfase nos jogos de 11 x 11 –
- Treinamento em média de quatro a
cinco vezes por semana.
- Apresentam jogadores com certas
habilidades especiais.
- Treinos com cobranças no aspecto
tático e técnico.
- Treinos com ênfase nos circuito e jogos
que busquem a realidade do jogo
- As defesas devem ser individuais com
princípio da ajuda defensiva, deve-se
ensinar o que é marcação pressão e
marcação por zona.
- O sistema tático utilizado com bom
resultado é o 3.1, com pivô de
campo 105/70m e bola oficial.
- Treinos 5 vezes por semana de 1h30.
- Nível onde começa surgir os atletas.
- Iniciação ao trabalho físico.
- Podemos começar a trabalhar alguns
tipos de bola parada.
- O sistema tático utilizado com bom
resultado é o 3.5.2 ou 4.4.2.
referência e rodízio dos três armadores.
Posições e suas capacidades físicas para treinar no futebol e futsal na categoria sub15
Posições e capacidades físicas
básicas no futebol
Posições e capacidades físicas
básicas no futsal
Goleiros
Flexibilidade, agilidade, coordenação,
força máxima e velocidade de reação.
Zagueiros
Força, velocidade, resistência anaeróbia
e coordenação.
Laterais
Força, velocidade, resistência anaeróbia,
aeróbia e coordenação.
Meio campo
Velocidade, força, resistência aeróbia,
anaeróbia e coordenação.
Atacantes
Força, velocidade, resistência anaeróbia,
agilidade e coordenação.
Goleiro – Coordenação, agilidade,
flexibilidade, velocidade de reação,
força de braços, força e resistência de
força.
Fixo – Força, velocidade, resistência
anaeróbia e coordenação.
Alas - Força, velocidade, resistência
anaeróbia e coordenação.
Pivô - Força, velocidade, resistência
anaeróbia, agilidade e coordenação.
.
Tática de ataque e defesa para treinar no futebol e futsal na categoria sub 15
Tática de ataque e defesa no
futebolTática de ataque e defesa no futsal
GERAIS NO FUTEBOL
- Fazer o mais fácil;
- Acompanhar a jogada;
- Mobilidade constante;
- Jogar no comprimento e na largura do
ATAQUE
- Jogo de largura e profundidade;
- Armação consciente das jogadas;
- Apoios sucessivos;
campo;
- Visão periférica;
- Dominar a ideia de bloco;
- Dominar a ideia de mudança de jogo;
- Passar a bola e procurar um espaço
para receber.
DEFESA
- Segurança em todas as situações;
- Saber colocar-se;
- Saber recuar;
- Marcação como sinónimo de
antecipação e intercepção;
- Cooperação com o colega
ultrapassado;
- Sair a jogar;
- Jogar com o goleiro.
ATAQUE
- Jogar na largura do campo;
- Ganhar a linha de fundo;
- Domínio do 2x1;
- Domínio do bloqueio;
- Ocupar os espaços vazios, jogando
sem bola;
- Chutar e continuar em jogo até ao final
da jogada;
- Dominar os fundamentos técnicos
individuais.
- Continuidade das ações;
- Variabilidade das ações;
- Troca de ritmo;
- Escolha dos meios táticos competentes
ao sistema defensivo adversário.
DEFESA
- O Defensor deve atacar o atacante;
- Ocupação dos espaços (equilíbrio
numérico defensivo);
- O jogo defensivo e a boa defesa
exigem que não se cometam faltas;
- Forçar o jogo passivo;
- Permanentemente disposto a oferecer
coberturas e apoios aos colegas
próximos;
- Escolha dos meios táticos competentes
ao sistema ofensivo adversário.
Sistemas estruturais de ataque e defesa no futebol e futsal para categoria sub 15
Futebol Futsal
SISTEMA 3.5.2
DEFESA – 3 Defensores (1 líbero);
MEIO CAMPO – 2 Alas, 1 Volante e 2
Meias;
ATAQUE – 2 Atacantes.
Vantagens:
- Sobra defensiva;
SISTEMA 3.1 COM MOVIMENTAÇÃO DOS
ARMADORES
Características:
- Muitas movimentações dos armadores;
- 1 jogador na defesa (fixo);
- 2 jogadores na armação (alas);
- 1 jogador no ataque (pivô).
- Fortalecimento do meio campo;
- Jogo pelos lados.
Desvantagens:
- Pode adotar postura muito defensiva;
- Abre os lados da defesa;
- Ataque pode ficar com poucos
jogadores.
MARCAÇÃO POR ZONA
Preocupação com o setor do campo e a
bola.
Vantagens:
- Menor desgaste físico;
- Facilita as coberturas;
- Aplicação da linha de impedimento.
Desvantagens:
- Adversário coloca mais jogadores no
setor;
- Desnível técnico entre os atletas;
- Ocupar a sua posição quando perde a
bola.
Vantagens
- Possibilita as movimentações em
diagonais e paralelas;
- Facilita a rotação dos jogadores que
estão atrás;
- Quadra pequena ou média;
- Facilitar o jogo de pivô de referência;
- Defesa adversária recuada.
Desvantagens
– Necessidade de ter um bom pivô na
equipe.
– Se for demasiadamente estático torna-
se previsível para o adversário colocar
constantemente bolas no pivô.
MOVIMENTAÇÕES NO PADRÃO DE 3
- Oito pela frente;
- Oito por trás;
- Bloqueio;
- Oito ao contrário.
Segundo Garganta e Pinto (1995) o Modelo de Jogo que caracteriza esta fase
dos 15 anos tem as seguintes particularidades: Jogo estático, orientado, jogadores
centrados sobre a finalização; valorização do jogo em profundidade; bola recuada,
relativamente ao espaço de jogo (jogadores á frente da linha da bola); a
comunicação gestual começa a aparecer em detrimento da verbal; os
comportamentos são seqüenciais; acontecem dois instantes bem claros, o do
finalizador e do passador.
4. Programa de treinamento integrado de futebol e futsal para atletas
de futebol na categoria sub 15
Os Autores que colaboram com o arcabouço de jogos, para a proposta do
programa, são: BALZANO (2007 e 2010), LUXBACHER, J. (1999), LEÃES, C. G.
(2003), MUTTI, D. (2003), OCAÑA, F. G. (s/d), SANZ, T. A. e TORRELLES A. S. (2003),
SEGURA, J. R. (2003), TEUNISSEN, E. (1995), MAYER, R. (1996), FERRETTI, F. (2010),
FALK e PEREIRA (2010), OLIVEIRA (2005), LOPES (2009), e ANDRIATTI, P. E. (2009).
O programa de treinamento é dividido em dez mesociclos anuais e quatro
microciclos semanais dentro de cada mês. A cada mês se trabalha com propostas
de jogos condicionados com finalização para alcançar os objetivos técnicos, físicos,
psicológicos e táticos, na busca de um modelo de jogo (Oliveira et al, 2006) para a
faixa etária. Os treinos são realizados cinco vezes por semana (Arruda & Bolaños
2009). São quatro treinos de futebol e um treino de futsal. Na segunda-feira se
trabalha com dois jogos de futsal na quadra com objetivos técnicos, táticos,
posicionamento, velocidade, tomadas de decisão, sistema 3.1 e resistência
anaeróbia. Na terça-feira, dois jogos de futebol em campo reduzido (1/4 de campo)
com ênfase na técnica, tática individual e velocidade. Todos os jogos e atividades
trabalhando em especificidade (Oliveira, 2005), na busca permanente do modelo de
jogo. Na quarta feira, dois jogos de futebol em ½ campo com finalidades táticas de
ataque e defesa dando ênfase a organização ofensiva e defensiva (Casarin e
Esteves, 2010), treino de muita intensidade de velocidade e força. Na quinta-feira,
um jogo de futebol em campo inteiro (105/70m) com predominância dos sistemas
de jogo (3.5.2), marcação por zona e uma atividade de posicionamento em campo.
E na sexta-feira, um jogo de futebol em (1/2 campo), com destaque para ações de
ataque e defesa, prospecção para o jogo futuro e treinos de bola parada como
escanteio, falta, laterais e tiro de meta (PAOLI ET AL 2007). Os jogos nesta faixa
etária normalmente são aos sábados. Aos domingos acontece a folga dos atletas.
Cada treino tem duração de 1h30. O treino consiste na primeira parte, de um
aquecimento de 10 a 15 minutos com ênfase em treinos de roda, exercícios
técnicos. Na segunda parte, dois jogos condicionados, cada um com duração de 30
minutos, exceto na quinta feira (um jogo de 60 minutos com dois tempos de 30
minutos). Na terceira parte, que dura de 10 a 15 minutos é composta por
alongamentos e conversa sobre o trabalho realizado. (Balzano, 2011). O jogo formal
(coletivo) acontece três vezes por mês.
Exemplo de Mesociclo para categoria sub 15 com jogos condicionados
TERÇA
Futebol
1/4
QUARTA
Futebol
1/2
QUINTA
Futebol
1/1
SEXTA
Futebol
1/2
1. Quadra 2 zonas na horizontal =
Pv ataque + Fx na defesa e alas
2. Quadra 3 zonas na horizontal =
1.Jogo dos 4 apoios.
2.3 times - 3 traves – 2 bolas.
9.Passe as cores.
10.Defenso-res com bola na
mão não podem jogar.
17.Jogo do meio vazio
21. Ao sinal sai
da marca- ção.
*Treino de jogadas
de escanteio (duas)
3. Jogo do Ferretti com Ortiz.
de vôlei – círculo central.
3.Gol de cabeça goleira de
futebol 7 virada – lateral.
4. Área grande gol com o
pé – pequena não vale gol.
11.Atacantes com bola na mão
não podem jogar.
12.Defesa deve ultrapassar o
meio com bola dominada
18.Jogo do líbero
dentro da área – 2
atacam
22.Defesa defende
duas
traves-ataque
não deixa passar do
meio.
*Treino de jogadas
de faltas laterais (2)
5. Pv na quadra de ataque bola
6. Pivô no círculo do garrafão.
5.Área grande gol com o pé bola
vindo
de trás – pequena de primeira.
6.4 travinhas passe de gancho.
13.Jogo dos dois apoios – RS.
14.Jogo das 4 zonas para cruzar –
Mano.
19.Jogo duas traves
no meio viradas.
23.Meio campo na
vertical líbero livre.
*Treino de jogadas
de faltas centrais (2)
7. Pv e Fx nos quadrados opostos.
8. Jogo da trave virada
7. Bola deve passar por
todos - 2 travinhas.
8.Campo dividido na horizontal
todos
devem passar do meio – 2
travinhas.
15.Jogo das laterais
livres para cruzar.
16.Jogo dos apoios
fora do campo – Grêmio
20.Jogo Pião meio
livre – Anderson
24.Meio campo na
horizontal - líbero
livre
*Treino de tiro
de meta (duas saídas)
Jogos do Programa de Treinamento Integrado Futsal e Futebol sub 15
Futebol
O trabalho integrado de futebol e futsal busca a formação completa do atleta de
futebol. O programa nesta fase da formação esportiva visa à formação tática e a
iniciação ao trabalho físico. O treinamento aplicado procura o alto nível
diferenciando do futebol lúdico. Desta forma, para Falk e Pereira (2010), são poucos
meninos que estão aptos a praticar o futebol competitivo e de alto rendimento, que
trazem para a responsabilidade dos jovens as competições, o estresse, o sucesso, a
torcida entre outros fatores do profissionalismo. Neste sentido, o trabalho integrado
de futsal e futebol pretende capacitar os atletas da categoria sub 15, respeitando
seus limites, para que estes possam enfrentar as agruras do futebol profissional e
se destacar neste contexto. Caso não consigam vencer no futebol, estarão
preparados para reingressar no futsal, e tentar uma nova oportunidade no esporte.