Prova n Tipo 001

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  • 5/28/2018 Prova n Tipo 001

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    N do CadernooN de Inscrioo

    ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

    Nome do Candidato

    Maro/2012

    Professo r de Educao Bsi ca - PEB - Nvel I - Grau AHistria

    Concurso Pblico para provimento do cargo de

    GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAISSECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJ AMENTO E GESTO - SEPLA GE SECRETARIA DE ESTADO DE EDUC AO - SEE

    Conhecimentos Gerais

    Conhecimentos EspecficosP R O V A

    INSTRUES

    VOC DEVE

    ATENO

    - Verifique se este caderno:

    - corresponde a suaopo de cargo.

    - contm60 questes, numeradasde 1 a 60.Caso contrrio, reclame ao fiscalda sala um outro caderno.

    No sero aceitas reclamaes posteriores.

    - Para cada questo existe apenas UMAresposta certa.

    - Vocdeve ler cuidadosamente cada uma das questese escolher a resposta certa.

    - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS quevoc recebeu.

    - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nmeroda questo quevoc est respondendo.

    - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D) da resposta que voc escolheu.

    - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

    - Marque as respostas primeiro a lpis e depois cubra comcaneta esferogrfica de tinta preta.

    - Marque apenas uma letra para cada questo, mais de umaletra assinalada implicar anulaodessaquesto.

    - Responda a todas as questes.

    - Noser permitida qualquer espcie de consulta, nem o usode mquina calculadora.

    - Aduraoda prova de4 horas, para responder a todas asquestes e preencher a Folha deRespostas.

    - Ao trmino da prova, devolva este caderno de prova ao aplicador, juntamente comsua Folhade Respostas.

    - Proibida a divulgao ou impressoparcial ou total da presente prova.Direitos Reservados.

    A C D

    Caderno de Prova N, Tipo 001 MODELO

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    MODELO1

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    CONHECIMENTOS GERAIS

    Lngua Portuguesa

    Ateno: Para responder s questes de nmeros 1 a 6,considere o texto seguinte.

    Texto I

    Os animais e a linguagem dos homens

    Essa mania que tem o homem de distribuir pela escalazoolgica medidas de valor e ndices de comportamento que, na

    escala humana, sim, que podem ser aferidos com justeza!Por que chamamos de zebra a uma pessoa estpida,

    que no tem as qualidades da zebra? Esta sabe muito bemdefender-se dos perigos pela vista, pelo olfato e pela veloci-dade, sem esquecer a graa mimtica de suas listas, teis paraa dissimulao entre folhas. Se ela no dcil s ordens dotreinador, se no aprende o que este quer ensinar-lhe, tem suasrazes. um ensino que no lhe convm e que a humilha emsua espontaneidade. Repele a escravido, que torna lament-veis os mais belos e inteligentes animais de circo, to supe-riores a seus donos.

    Gosto muito de La Fontaine*, no nego; a graa de seus

    versos vende as fbulas, que so entretanto uma injriarevoltante natureza dos animais, acusados de todos os de-feitos humanos. O moralista procura corrigir falhas caracters-ticas de nossa espcie, atribuindo-as a bichos que, no sa-bendo ler, escrever ou falar as lnguas literrias, no tm comodefender-se, repelindo falsas imputaes. O peru, o burro, atoupeira, a cobra, o ourio e toda a multido de seres su-postamente irracionais, mas acusados de todos os vcios da ra-zo humana, teriam muito que retrucar, se lhes fosse concedidaa palavra num sistema verdadeiramente representativo, aindapor ser inventado.

    Sem aprofundar a matria, inclino-me a crer que o nosso

    conhecimento dos animais bem menos preciso do que oconhecimento que eles tm de ns. No toa que nos tememe procuram sempre manter distncia ou mesmo botar sebo nascanelas (ou asas ou barbatanas ou ...) quando o bicho-homemse aproxima. Muitas vezes nosso desejo de comunicao e atde repartir carinho lhes cheira muito mal. A memria milenaradverte-lhes que com gente no se brinca. Homens e mulheresque sentem piedade pelos animais, e at amor, constituem umasanta minoria, e eles salvaro a Terra. Mas ser que os outros,a volumosa maioria, os caadores, os torturadores, os mercado-res de vidas, vo deixar?

    * La Fontainefabulista francs do sculo XVII.

    (Carlos Drummond de Andrade. Moa deitada na grama. Riode Janeiro: Record, 1987, pp. 139-141, crnica transcrita comadaptaes)

    1. Identifica-se corretamente no texto

    (A) justificativa em torno da necessidade de aplicar li-es de moral a pessoas que desrespeitam a tica,por meio de animais que simbolizam defeitos huma-nos.

    (B) crtica a respeito da pouca dedicao dos homensaos animais, mesmo reconhecendo as falhas e de-feitos ligados irracionalidade dos bichos.

    (C) inclinao do autor em defesa dos animais, aosquais certo hbito humano tende a atribuir defeitosdo prprio homem.

    (D) reconhecimento do valor moral embutido nas fbulasem que, por meio de animais, os escritores antigosrecriminavam os maus costumes dos homens.

    2. Se ela no dcil s ordens do treinador, se no aprendeo que este quer ensinar-lhe, tem suas razes. um ensi-no que no lhe convm e que a humilha em sua espon-taneidade. Repele a escravido, que torna lamentveis osmais belos e inteligentes animais de circo, to superioresa seus donos.(2opargrafo)

    correto perceber o segmento transcrito acima como

    (A) proposio de confronto entre uma viso pessoal arespeito de determinado comportamento animal euma realidade inteiramente oposta.

    (B) articulao entre a finalidade de determinada si-tuao e sua justificativa imediata, encaminhada pa-ra uma hiptese provvel.

    (C) raciocnio dedutivo, com base em articuladores queestabelecem relaes entre hipteses, explicaes econcluso coerente.

    (D) decorrncia da apresentao de fatos, relacionadospor elementos que exprimem as causas e as conse-quncias desses mesmos fatos.

    _________________________________________________________

    3. ...e toda a multido de seres supostamente irracionais,mas acusados de todos os vcios da razo humana...(3opargrafo)

    A afirmativa acima aponta para

    (A) censura evidente a todos os vcios da razo huma-na, em consonncia com os escritores moralistasque, desde tempos mais remotos, objetivavam in-centivar o comportamento tico entre os homens.

    (B) ironia do autor, decorrente da aproximao das ex-pressesseres supostamente irracionais eos vcios

    da razo humana, realada pelo emprego de con-juno adversativa.

    (C) exagero intencional do autor, ao empregar o coletivomultido, embora as fbulas tragam como exemplosapenas alguns poucos animais, vistos como seressupostamente irracionais.

    (D) incoerncia, ainda que intencional, decorrente doemprego de expresses cujo sentido claramente an-tagnico, ou seja, associao entre seres irracionaiserazo humana.

    _________________________________________________________

    4. Muitas vezes nosso desejo de comunicao e at derepartir carinho lhes cheira muito mal. A memria milenaradverte-lhes que com gente no se brinca. (ltimopargrafo)

    O trecho acima est expresso com outras palavras, man-tendo-se a lgica e, em linhas gerais, o sentido original, em:

    (A) Os animais receiam at mesmo nossas demonstra-es de afeto porque sabem, por instinto, que nodevem confiar nas pessoas.

    (B) Todos os animais desejam, por isso mesmo, receberdemonstraes de afeto, porm se lembram dosmaus-tratos que s vezes acontecem.

    (C) A comunicao entre homens e animais nem sem-pre se realiza, pois que eles temem essas atitudes,muitas vezes desagradveis.

    (D) Desde o incio dos tempos, a comunicao entre ho-mens e animais ofereceu problemas nesse rela-cionamento, que os afasta, com desconfiana.

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    5. ...e procuram sempre manter distncia ou mesmo botarsebo nas canelas (ou asas ou barbatanas ou...) quando obicho-homem se aproxima. (ltimo pargrafo)

    No segmento grifado, o autor

    (A) acaba por suprimir informaes mais especficas nocontexto, ao atribuir atitudes humanas aos animais

    em possvel risco de vida.

    (B) se utiliza de expresses tpicas da fala, intenorealada pelo uso dos parnteses, mas que no socondizentes com a finalidade literria do texto.

    (C) ironiza a tendncia humana de desprezar o conheci-mento dos hbitos dos animais quando estes sesentem ameaados.

    (D) usa em relao aos animais uma expresso colo-quial geralmente associada ao comportamento hu-mano, com efeito humorstico.

    _________________________________________________________

    6. Considere o que est sendo afirmado com base em cadaum dos segmentos abaixo. Est correto o que consta em:

    (A) Por que chamamos de zebra a uma pessoa est-

    pida, que no tem as qualidades da zebra? Esta

    sabe muito bem defender-se dos perigos pela vista,

    pelo olfato e pela velocidade, sem esquecer a graa

    mimtica de suas listas, teis para a dissimulao

    entre folhas.

    O emprego do pronome demonstrativo Esta, em

    substituio palavra zebra, garante a continuidadelgica e coerente do desenvolvimento.

    (B) Gosto muito de La Fontaine, no nego; a graa de

    seus versos vende as fbulas, que so entretanto

    uma injria revoltante natureza dos animais,

    acusados de todos os defeitos humanos.

    O emprego do pronome possessivo seus com osubstantivo versos, no plural, cria ambiguidade nocontexto, marcada ainda pela forma verbal vende,no singular.

    (C) O moralista procura corrigir falhas caractersticas denossa espcie, atribuindo-as a bichos que, no sa-

    bendo ler, escrever ou falar as lnguas literrias, no

    tm como defender-se, repelindo falsas imputaes.

    O pronome relativo que tem por referente, nocontexto, o substantivo moralista.

    (D) O peru, o burro, a toupeira, a cobra, o ourio e toda

    a multido de seres supostamente irracionais, mas

    acusados de todos os vcios da razo humana, te-

    riam muito que retrucar, se lhes fosse concedida a

    palavra num sistema verdadeiramente representati-

    vo, ainda por ser inventado.

    No lugar do pronome pessoal oblquo lhes poderiater sido empregada a forma os, porque substitui aexpresso todos os vcios da razo humana.

    Ateno: Para responder s questes de nmeros 7 a 10,considere o Texto Ie tambm os textos seguintes.

    Texto II

    FBULA Foi entre os antigos uma espcie de forma quase

    sempre em verso. A partir do romantismo a prosa comeou a

    ser sua forma mais comum. A fbula, de um modo geral, apre-

    senta duas caractersticas:

    a) Ter por assunto a vida dos animais.

    b) Ter por finalidade uma lio de moral.

    (Hnio Tavares. Teoria Literria. Belo Horizonte: Bernardolvares, 1969, p. 132)

    Texto III

    Presos 6 em operao contra vendade animais na web

    Seis pessoas foram presas hoje, durante umaoperao da Polcia Federal para desarticular uma quadrilha

    que vende animais silvestres e exticos, sem autorizao, pela

    internet. A ao, batizada de Arapongas, feita em conjunto com

    o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Reno-

    vveis (Ibama), foi deflagrada nos Estados do Paran, So

    Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Cear e Paraba.

    Os animais eram vendidos por meio de um site para di-

    versos estados do pas e do exterior. Os investigados recebiam

    encomendas de todo tipo de animais, como rpteis, anfbios,mamferos e pssaros algumas espcies at mesmo em ex-

    tino. Esses animais seriam obtidos por meio ilcito, como

    criadouros irregulares e captura na natureza. Alm das prises,

    foram cumpridos 25 mandados de busca e apreenso.

    Os investigados respondero pelos crimes de trfico in-

    ternacional de fauna, trfico de animais silvestres nativos, es-

    telionato, sonegao fiscal, falsidade ideolgica e biopirataria.

    (http: www.estadao.com.br/notcias/geral. Acesso 14/08/2011)

    7. Considerando-se os trs textos, a afirmativa correta :

    (A) Os Textos II e III, informativos, mantm poucarelao de sentido com o Texto I, cujo desenvolvi-mento se restringe inteno esttico-literria.

    (B) Com base nas informaes trazidas pelo Texto II, correto incluir o Texto Ientre as fbulas, ainda quetenha sido adotada a forma em prosa por seu autor.

    (C) O Texto II tem funo estritamente instrucional,como suporte para a elaborao de textos de di-

    ferentes gneros, como, por exemplo, os Textos IeIII.

    (D) O Texto I marcadamente opinativo, com defesade ponto de vista pessoal, enquanto o Texto IIIsomente informativo, ou seja, apresenta fatos.

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    8. Considerando-se o teor do Texto III, correto afirmar:

    (A) A informao apresentada pode ser entendida comofato que justifica plenamente a dvida expressa pelainterrogao final constante do Texto I.

    (B) A operao deflagrada pela polcia atesta que a in-teno moral embutida nas fbulas, como se l no

    Texto II, costuma surtir o efeito desejado.

    (C) Denncias recebidas pela internet acentuam o al-cance dos recursos tecnolgicos utilizados pela po-lcia na represso ao crime organizado.

    (D) O comrcio irregular de animais compromete atual-mente a aceitao do valor moralizante das fbulas,por desconsiderar as caractersticas de cada espcie.

    _________________________________________________________

    9. correto afirmar que os Textos Ie III

    (A) se constroem a partir de uma mesma finalidade, jque os autores se dirigem diretamente ao interlocu-tor, com inteno moralizante.

    (B) se aproximam por terem como assunto a relaoentre o homem e os animais, embora se trate degneros distintos, com distinta finalidade.

    (C) apresentam estrutura idntica, sustentada por um

    mesmo assunto, com a finalidade de coibir abusoscontra os animais.

    (D) so divergentes, a considerar-se o teor de cada umdeles: o Texto Icom certa crtica ao comportamen-to dos animais e o Texto III, em sua defesa.

    _________________________________________________________

    10. Esses animais seriam obtidos por meio ilcito, como

    criadouros irregulares e captura na natureza. (TextoIII)

    correto depreender da afirmativa acima, especialmenteem relao ao emprego da forma verbal,

    (A) afirmativa concreta, em razo das informaes con-firmadas pela deflagrao da operao policial.

    (B) fato habitual, que se estende de maneira constante erepetitiva por um tempo relativamente longo.

    (C) hiptese provvel, a considerar-se a ausncia dedados conclusivos at aquele momento.

    (D) constatao imediata, a partir das evidncias a res-peito do comrcio irregular de animais.

    Matemtica

    11. Um exame de sangue realizado em 20 pacientes do sexofeminino detectou o seguinte nmero de leuccitos(glbulos brancos) em N/mm3:

    5 800 7 100 3 100 6 800 5 900

    1 300 2 800 6 900 2 950 3 300

    4 000 5 900 5 700 3 900 4 750

    2 000 5 100 4 500 3 600 4 130

    O valor considerado normal (valor de referncia) entre5 000 e 10 000 N/mm3 inclusive. Est correto afirmar quea porcentagem de pacientes que est abaixo do valormnimo de referncia de

    (A) 12%.

    (B) 20%.

    (C) 40%.

    (D) 60%._________________________________________________________

    12. Um salo de festas tem a forma de um hexgono regular

    de 2 m de lado. Traando algumas de suas diagonais es-

    se salo fica dividido em 6 partes iguais como mostra a fi-

    gura abaixo.

    2 m

    Em apenas uma das reas ser colocado granito e as

    demais sero acarpetadas. Considerando ,7,13 = estcorreto afirmar que para acarpetar o salo sero ne-cessrios

    (A) 1,7 m2de carpete.

    (B) 3,4 m2de carpete.

    (C) 7,6 m2de carpete.

    (D) 8,5 m2de carpete._________________________________________________________

    13. Diego tem em mos um mapa de Minas Gerais na escalade 1:5 000 000. Com a ajuda de uma rgua, mediu a dis-tncia no mapa entre as cidades de Belo Horizonte e SeteLagoas. A distncia encontrada, de 1,3 cm, representa, narealidade

    (A) 6 500 km.

    (B) 6,5 km.

    (C) 65 km.

    (D) 650 km.

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    14. Joana fez uma pesquisa e registrou, em minutos, o tempoque seus colegas gastam no percurso de casa ao traba-lho, obtendo os seguintes resultados:

    Tempo gasto(min)

    Quantidade depessoas

    10 115 320 325 1

    30 335 240 250 160 285 2

    120 1

    O tempo mdio gasto pelos colegas de Joana nesse per-curso de

    (A) 40 minutos.

    (B) 35 minutos.

    (C) 30 minutos.(D) 20 minutos.

    _________________________________________________________

    15. O sorriso misterioso de Mona Lisa, popularizado em ps-teres, cartes, camisetas a partir do quadro de 77 cm por53 cm, pintado pelo renascentista Leonardo da Vinci nosculo XVI, tornou-se um cone da cultura ocidental ecompletou 500 anos, ainda cercado de especulaes so-bre a dama. O quadro est exposto no Museu do Louvre,em Paris. Est correto afirmar que para emoldurar essatela so necessrios

    (A) 1,20 m de madeira.

    (B) 1,30 m de madeira.

    (C) 2,60 m de madeira.

    (D) 2,40 m de madeira._________________________________________________________

    16. Em uma caixa, existem 10 bolas numeradas de 1 a 10.Uma bola retirada ao acaso. Qual a probabilidade de abola retirada apresentar um nmero maior que 4 e primo?

    (A)101

    (B) 51

    (C)52

    (D)103

    _________________________________________________________

    17. Sabe-se que a lei que fornece a temperatura T, em grauCelsius, de ebulio da gua de acordo com a altitude h,em metros, T =100 0,0034h. Dessa forma, a altitudeem que a temperatura de ebulio da gua 72,8 C de

    (A) 2 000 m.

    (B) 4 000 m.

    (C) 6 000 m.

    (D) 8 000 m.

    18. Uma bala de canho lanada a partir do solo, descre-vendo um arco de parbola com altura h (em metros)expressa em funo do tempo t (em segundos) decorridoaps o lanamento, pela lei: h(t) =40t 5t2. Nessas con-dies, est correto afirmar que o tempo decorrido desdeo lanamento at ela tocar novamente o solo , emsegundos, igual a

    (A) 4.

    (B) 6.

    (C) 8.

    (D) 10._________________________________________________________

    19. O grfico abaixo representa a porcentagem de notas obti-das por uma sala de 50 alunos em um teste de conhe-cimentos gerais.

    0

    %

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    1 2 3 4 5

    20%

    44%

    15% 14%

    7%

    Notas atingidas

    Sabendo-se que as notas variaram de 1 a 5 e que paraaprovao foi necessrio que o aluno obtivesse notasmaiores ou iguais a 3, a quantidade de alunos aprovados foi

    (A) 20.

    (B) 18.

    (C) 16.

    (D) 14._________________________________________________________

    20. Dona Quitria oferece ch da tarde em sua lanchonete.Ela serve:

    cinco variedades de chs;

    trs sabores de pezinhos;

    quatro qualidades de geleias;

    Os clientes podem optar por um tipo de ch, um sabor depo e uma geleia. Mariana toma lanche todos os dias noestabelecimento de Dona Quitria. O nmero de vezesque Mariana pode tomar lanche sem repetir sua opo

    (A) 60.

    (B) 50.

    (C) 45.

    (D) 40.

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    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    21. O toque dos sinos em Minas Gerais um bem imaterial preservado pelo IPHAN (Instituto do Patrimnio Histrico e ArtsticoNacional), por ser forma tradicional de comunicao presente em vrias cidades mineiras. Dados como esse, prximos realidade do aluno,

    (A) devem ser evitados no ensino de Histria, por se encontrar distantes dos acontecimentos nacionais e mundiais.

    (B) conferem sentido ao conhecimento histrico e auxiliam na compreenso da realidade local.

    (C) podem ser largamente utilizados em sala de aula, por dispensar o planejamento devido proximidade de professores ealunos.

    (D) configuram-se como curiosidade prpria do turismo, sem estimular o estudo da Histria.

    22. Em Lagoa Santa municpio da regio metropolitana de Belo Horizonte foram localizados inmeros achados arqueolgicos,entre eles o fssil conhecido por Luzia, um dos mais antigos da Amrica. Esse achado contribuiu para a formulao de novasteorias sobre a ocupao do atual territrio brasileiro. Contedos como esse, em sala de aula, permitem

    (A) estabelecer a verdade sobre o passado, com base em evidncias histricas que possibilitam a formulao de um conhe-cimento slido e definitivo sobre a ocupao da Amrica.

    (B) concentrar-se no estudo da Histria, sem a necessidade de recorrer s abordagens interdisciplinares, difceis de serrealizadas com os alunos ao longo do ensino bsico.

    (C) romper com a viso eurocntrica que marcou o ensino da Histria durante dcadas e, assim, facilitar para o aluno aconstruo da ideia de diversidade que caracteriza a sociedade brasileira.

    (D) construir com os alunos uma interpretao linear da Histria, evitando-se os conceitos de ruptura e permanncia, desde aorigem da humanidade at os dias de hoje.

    23. O uso de evidncias histricas em sala de aula deve ser

    (A) igual quele feito pelo historiador ao realizar seu trabalho de pesquisa acadmica, servindo de embasamento para aescrita da Histria.

    (B) adotado para aproximar os alunos dos mtodos de produo do conhecimento histrico, estimulando a reflexo sobre esseprocesso.

    (C) evitado por ser estranho aos alunos, que no dominam seu contexto de produo ou mesmo a linguagem da poca emque foi produzido.

    (D) empregado para transformar os alunos em pequenos historiadores, dotados de condies para escrever suas prpriasverses da Histria.

    24. Leia o texto abaixo.

    No Rio de Janeiro do sculo XIX, a concentrao de negros estendia-se desde o mal-afamado Valongo at a cidade nova

    sobre o mangue. Heitor dos Prazeres, um dos frutos mais ilustres daquela regio, a ela se referiu como pequena frica. Tal

    expresso foi tomada pela historiografia para identificar exatamente a unidade social e cultural afrobrasileira que se percebe

    nesses distritos e em muitos outros redutos semelhantes Brasil afora.

    (Adaptado de: Eduardo Silva.Dom Ob IID'frica, o prncipe do povo. So Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 81)

    A anlise desse texto permite afirmar que o estudo da frica, dos africanos e de seus descendentes no Brasil

    (A) dificulta a compreenso da diversidade de povos que formaram o Brasil e os brasileiros.

    (B) valoriza a abordagem tradicional da Histria, centrada no estudo das sociedades europeias.

    (C) impede a plena compreenso do trfico negreiro e da escravido no Brasil.

    (D) auxilia na construo de outra memria histrica, destacando a importncia dos africanos e afrodescendentes na histriado Brasil.

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    25. Nas dinmicas atuais de ensino e aprendizagem, os processos avaliativos tm ganhado grande importncia nos ltimos anos,com transformaes substantivas. Para implantar de forma adequada um processo avaliativo, o professor deve

    (A) focar apenas nos contedos histricos programados para aquela faixa etria e medir coletivamente a capacidade deraciocnio histrico, a inteligncia cognitiva e a maturidade para investigao.

    (B) utilizar exclusivamente provas e testes, ferramentas consideradas eficazes para medir com preciso os conhecimentosadquiridos, independentemente das diferenas existentes entre os alunos.

    (C) prever instrumentos de carter investigativo e formativo, para elaborar um diagnstico dos alunos e estabelecer estratgias

    para recuperar os conhecimentos no apreendidos.

    (D) servir-se de instrumentos que dispensam a observao e o registro do desempenho escolar, pouco eficientes para verificara aquisio de habilidades como a participao em debates.

    26. Leia o texto abaixo.

    A Escola dos Annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre, centrou-se na produo da histria-problema para fornecer

    respostas s demandas surgidas no tempo presente. Esse grupo de historiadores insurgiu-se contra a histria poltica, centrada

    em aes individuais e o poder blico como motor da histria.

    (Circe Maria Fernandes Bittencourt. Ensino de Histria: fundamentos e mtodos. So Paulo: Cortez, 2004. p. 145)

    A histria-problema caracteriza-se por

    (A) buscar a compreenso das relaes entre presente e passado, conferindo maior sentido ao conhecimento histrico, aoanalisar as questes contemporneas considerando diferentes momentos histricos.

    (B) reconstituir os acontecimentos histricos em uma perspectiva cronolgica, sempre no sentido do passado para o presente,aproximando-se da realidade vivenciada pelos alunos.

    (C) preocupar-se com a narrativa dos acontecimentos histricos, voltados para a busca de uma verdade absoluta, por meio daadoo de um rigoroso mtodo cientfico.

    (D) valorizar a neutralidade do historiador, que deve evitar o posicionamento poltico em nome de uma coletividade estvel emarcada pela ausncia de conflitos.

    27. Desde que a Histria consolidou-se como uma rea do conhecimento especfica, no sculo XIX, a concepo de tempo sealterou inmeras vezes. Hoje, os historiadores compreendem o tempo histrico como

    (A) semelhante ao tempo fsico e astronmico, medido pelos calendrios lunares e solares, que englobam as noes de ciclo,evoluo e futuro.

    (B) conjunto de elementos naturais que devem ser organizados para afastar os historiadores de categorias como ruptura,continuidade e simultaneidade.

    (C) equivalente ao tempo vivido pelos seres humanos e delimitado entre dois polos, o nascimento e a morte, acrescido daideia de futuro.

    (D) construo social, organizada e sistematizada pelas diferentes sociedades e responsvel por ordenar aspectos como osritmos de trabalho e lazer.

    28. A partir do final dos anos 1970 a historiografia brasileira passou por intensa renovao, sob a influncia de vrios estudos, comoos realizados pela chamada histria social inglesa. Essa produo brasileira caracterizou-se

    (A) pela consolidao do conceito de documento histrico, sobretudo o escrito, relacionado estrutura do Estado e visto comoexpresso fidedigna das aes humanas no passado.

    (B) pelo estudo de variados grupos sociais, com foco nos chamados excludos da histria, tendo por objetivo favorecer, notempo presente, a construo da cidadania.

    (C) pelo afastamento do estudo de objetos e temas relacionados cultura, com o propsito de se concentrar na compreensodos processos de formao dos Estados Nacionais.

    (D) pela formulao do chamado mtodo crtico, com o objetivo de garantir a neutralidade do historiador, a inefabilidade dotrabalho e a formulao de uma histria voltada para a construo da nacionalidade.

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    29. Ao trmino do ensino bsico, espera-se que o estudo da Histria tenha contribudo para o aluno dominar inmeras habilidades ecompetncias, entre elas

    (A) o domnio dos procedimentos de construo do conhecimento histrico, como a cpia de textos e a valorizao de heris.

    (B) o reconhecimento dos valores sociais como resultado de uma cultura nica, hegemnica e legtima diante das demaismanifestaes culturais.

    (C) a construo de uma conscincia histrica independente das noes de tempo e das culturas que a produziram.

    (D) a percepo da Histria como resultado da ao humana ao longo do tempo, marcada pela pluralidade de sujeitos e demltiplas memrias.

    30. Leia o trecho da letra da msica a seguir.

    (...) Quem me dera ao menos uma vez

    Fazer com que o mundo saiba que seu nome

    Est em tudo e mesmo assim

    Ningum lhe diz ao menos, obrigado.

    Quem me dera ao menos uma vez

    Como a mais bela tribo

    Dos mais belos ndios

    No ser atacado por ser inocente. (...)

    (Renato Russo. ndios. 1986. Disponvel em: www.letras.terra.com.br/legiao-urbana/92/. Acesso em: 10.08.2011)

    Ao utilizar a letra da msica ndios, de Renato Russo, para motivar o estudo dos povos indgenas na poca das GrandesNavegaes, o professor deve

    (A) desconsiderar aspectos que caracterizam a produo de uma letra de msica, conforme procedimento conferido s fonteshistricas.

    (B) descartar o uso de relatos e imagens do perodo histrico a ser tratado, para facilitar aos alunos a contextualizao dosacontecimentos.

    (C) evitar anacronismo, abordando o contexto histrico da poca em que foi feita a letra da msica e aquele relacionado aoacontecimento.

    (D) afastar-se dos conhecimentos prvios e das representaes dos alunos, que dificultam a compreenso da Histria.

    31. Leia o texto abaixo.

    Tapera de arraial. Ali, na beira do rio Par, deixaram largado um povoado inteiro: casas, sobradinho, capela; trs vendinhas, o

    chal e o cemitrio; e a rua, sozinha e comprida, que agora nem mais uma estrada, de tanto que o mato a entupiu.

    Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar j esteve nos mapas, muito antes de a malria chegar.

    Ela veio de longe, do So Francisco. Um dia, tomou caminho, entrou na boca aberta do Par, e pegou a subir. Cada ano

    avanava um punhado de lguas, mais perto, mais perto, pertinho, fazendo medo no povo, porque era sezo da brava datremedeira que no desmontava matando muita gente.

    Talvez que at aqui ela no chegue... Deus h de ...

    Mas chegou; nem dilatou para vir. E foi um ano de tristezas.(Joo Guimares Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 151)

    O uso do texto literrio de Guimares Rosa em sala de aula permite

    (A) mapear as diversidades regionais que marcam Minas Gerais, percebendo vrias origens, culturas e histrias da populaolocal.

    (B) incentivar o conhecimento prvio dos alunos, evitando mtodos investigativos do conhecimento, como pesquisa e histriaoral.

    (C) delimitar claramente o objeto de estudo da Histria em relao a outras reas do conhecimento, em especial LnguaPortuguesa.

    (D) identificar os problemas sociais contemporneos que caracterizam as populaes locais, sobretudo as mazelas do sistemade sade.

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    32. Com as Grandes Navegaes os europeus conquistaram inmeros territrios ao redor do mundo, ampliaram suas atividadeseconmicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nesse processo de expanso, o contato dos europeus com ospovos distantes caracterizou-se pelo

    (A) intercmbio espordico, dificultado pelas diferenas lingusticas e hbitos culturais divergentes.

    (B) extenso domnio territorial, sobretudo na frica e sia, onde existiam povos desenvolvidos e com enormes riquezasindustriais.

    (C) convvio pacfico, incentivado pelos ideais religiosos cristos, que fundamentavam a evangelizao e a prtica datolerncia.

    (D) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequncia, por meio das crendices e lendas que marcavam o imaginrioeuropeu.

    33. Durante as primeiras dcadas da colonizao portuguesa na Amrica, as iniciativas de explorar economicamente o territrio seconcentraram na formao de grandes propriedades rurais. Para o sucesso desse empreendimento foi importante

    (A) a utilizao do trabalho livre, primeiro dos povos americanos e, depois, dos africanos, trazidos em grande nmero para aAmrica.

    (B) o aproveitamento da experincia adquirida nas colnias da frica, onde se privilegiou a produo do acar, com uso dotrabalho cativo.

    (C) a facilidade de implantao de engenhos, devido rotina simplificada de trabalho e a existncia de centros urbanosprximos.

    (D) a adoo de uma produo diversificada de gneros alimentcios, em sua maioria voltada para o consumo interno.

    34. Leia o texto abaixo.

    No era cerimnia muito demorada. A cada escravo, quando chegava a sua vez, dizia o padre: seu nome Pedro, o seu Joo,

    o seu Francisco, e assim por diante, dando a cada qual um pedao de papel com o nome por escrito, e pondo-lhes na lngua

    uma pitada de sal, antes de aspergir com um hissope gua benta em toda a multido. Ento, um intrprete negro a eles se

    dirigia, com essas palavras: Olhai, sois j filhos de Deus; Estais a caminho de terras espanholas (ou portuguesas), onde ireis

    aprender as coisas da f. Esquecei tudo o que se relacione com o lugar de onde vieste, deixai de comer ces, ratos ou cavalos.

    Agora podeis ir, e sede felizes.(Charles Boxer. Salvador de S e a luta pelo Brasil e Angola. Citado em: Jaime Rodrigues. De costa a costa. So Paulo:Companhia das Letras, 2005. p.61-2.)

    A cena descrita apresenta informaes sobre

    (A) o embarque de africanos escravizados para a Amrica, atividade que durou mais de trs sculos e fez dos africanos eseus descendentes a principal fora de trabalho no Brasil, at o final do sculo XIX.

    (B) o regime de escravido existente na frica subsaariana antes da chegada dos europeus, com o comrcio de cativos sendorealizado com as reas islamizadas ao norte do continente.

    (C) as semelhanas existentes entre os africanos escravizados trazidos para a Amrica por mais de trs sculos, do ponto devista social, poltico, econmico e cultural.

    (D) a forma como os africanos escravizados seriam tratados na Amrica, com direito educao religiosa crist, assim como integridade fsica e cidadania.

    35. Leia o texto abaixo.Partindo do litoral, os colonos foram aos poucos incorporando o territrio da Amrica portuguesa ao mbito do Imprio: mundo

    sempre em movimento (...); onde os limites geogrficos foram, at meados de sculo XVIII, fluidos e indefinidos; onde os

    homens inventaram arranjos familiares e relaes interpessoais ao sabor de circunstncias e contingncias; onde aldeias e

    vilarejos se erguiam de um dia para o outro, nada garantindo que durassem mais do que alguns anos (...). (Laura Mello e Souza. Formas provisrias de existncia. In: Laura Mello e Souza (org.). Histria da vida privada no Brasil.vol. 1. So Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 42)

    A formao do territrio brasileiro entre os sculos XVIe XVIIIfoi resultado de um longo processo histrico, marcado

    (A) pelo predomnio de atividades econmicas pouco dinmicas, desligadas do mercado internacional, sobretudo na realitornea, em regies como o atual Nordeste.

    (B) pela facilidade dos caminhos naturais e meios de transportes eficientes, antes utilizados pelos povos nativos e rapida-mente incorporados ao cotidiano dos colonizadores.

    (C) pela explorao e compra do territrio colonial pelos bandeirantes, ora com a instalao de novos ncleos populacionais,ora com a integrao daqueles j existentes, pertencentes aos nativos.

    (D) pela ocupao lenta das reas distantes dos principais centros produtores, com produo voltada para o consumo local epouco integradas aos territrios de alm-mar.

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    36. Durante o perodo colonial, as cmaras municipais se constituram em lugares privilegiados da administrao e do exerccio depoder, consolidando-se como espaos

    (A) de ao poltica das elites locais e responsveis por intermediar a relao entre a populao e as demais esferasadministrativas da colnia, tratando de problemas como o abastecimento.

    (B) de pequeno prestgio poltico, considerando que os cargos eram ocupados pelos chamados homens bons, nomeados pelaCoroa e responsveis pela coleta dos tributos e impostos.

    (C) desvinculados do cotidiano da populao, uma vez que seus integrantes se reuniam poucas vezes ao ano, apenas paravotar as propostas (posturas) apresentadas pelos juzes de fora.

    (D) marcados pela ausncia de disputas polticas, por possuir uma composio proporcional e estarem reguladas por leisregionais que impediam o acmulo de privilgios pelos colonos.

    37. Leia o texto abaixo.

    O nobre metal (...) provocou um afluxo formidvel de gente, no s da metrpole como das capitanias vizinhas. (...) Em 1709, era

    30 mil o nmero das pessoas ocupadas em atividades mineradoras, agrcolas e comerciais, sem falar nos escravos vindos da

    frica e das zonas aucareiras em retrao.

    Com os olhos voltados para o ouro, (...) pode-se imaginar a fome que assolou essa populao.(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no sculo XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 2004. p. 41-42)

    Segundo o texto, est correto afirmar que a sociedade mineradora

    (A) assemelhava-se sociedade formada em torno da produo do acar, ambas marcadas pela diversidade das atividadeseconmicas e intensa mobilidade social.

    (B) caracterizou-se pela ausncia de dinamismo e poucos conflitos entre os colonos e o governo portugus, desinteressadopor esse tipo de atividade econmica.

    (C) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvio e atividades econmicas paralelas minerao, como a agricultura e o comrcio.

    (D) contou com uma produo artstica precria, desprovida de religiosidade e marcada por valores e princpios tradicionais dacultura portuguesa.

    38. Leia o texto abaixo:

    Logo depois do Grito do Ipiranga, fazia-se imprescindvel investir o novo governante do pas com as suas reais atribuies. (...)

    Se D. Pedro era alado condio de cabea e corao do imprio, era necessrio que todo o corpo poltico (...) soubesse

    dessa mudana e se reconhecesse como parte desse mesmo corpo (...). Logo, urgia estabelecer um elo de continuidade entre o

    soberano e o sdito, a cabea e os membros, o corao e o corpo, entre o Brasil e a sua gente.

    (Iara Lis Carvalho Souza. Ptria coroada. So Paulo: Editora da UNESP, 1999. p. 256)

    O texto trata das preocupaes que ento nortearam o processo de consolidao do Brasil como pas independente. O pas quesurgiu desse processo caracterizava-se pela

    (A) interveno poltica de grupos populares, sobretudo nas reas distantes dos centros urbanos, voltada para sua legitimaoe a imposio de uma ordem social baseada na tradio europeia.

    (B) adoo de um projeto de civilizao pactuado entre os diversos grupos sociais do pas, que tinha por base a mescla dasculturas americana e europeia.

    (C) formao de um corpo social marcado pela ausncia da cidadania e a excluso de grande parte da populao, emespecial negros, dos quais se esperava comportamento passivo e amorfo.

    (D) presena vitoriosa no cenrio poltico de grupos at ento excludos e mobilizados em torno de lderes populares,contrrios ordem social excludente defendida pelas elites.

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    39. Leia o poema a seguir.

    ie italiano... cuidado;

    pra me chama de veiaco,

    lave a boca marcriado,

    bote a sua viola no saco.

    No fosse eu ta no mercado,

    Seu dansad de macaco...

    Quem te vale esse sordado,

    seu catinga de sovaco!

    (Cornlio Pires. Musa caipira (1910). In: Elias Thom Saliba. Razesdo riso. So Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 181)

    Este poema, escrito em linguagem coloquial, pode ser utilizado em sala de aula para trabalhar contedos relacionados

    (A) ao trabalho cativo no Brasil, sobretudo aps os anos 1870, com incentivo imigrao de africanos, diante das restriesao uso do trabalho livre.

    (B) necessidade de maior contingente de trabalhadores no Brasil ao final do sculo XIX, devido ao aumento das atividadeseconmicas, ocorrido pela maior demanda de produtos primrios no mercado mundial.

    (C) ao contexto europeu do sculo XX, marcado pelo avano das relaes servis, a concentrao de riquezas e intensosconflitos que ampliaram a misria da populao.

    (D) poltica de imigrao de brasileiros para a Europa, intensificada na segunda metade do sculo XIX graas aosincentivos de particulares e dos governos locais e nacionais.

    40. Leia o texto abaixo.

    Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no entretempo cara o regime.

    Sentou-se, e viu que tinham tirado da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcntara. Como na ocasio passasse

    um contnuo, perguntou-lhe:

    Por que tiraram da parede o retrato de sua majestade?

    O contnuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso:

    Ora, cidado, que fazia ali a figura do Pedro Banana?

    Pedro Banana! repetiu raivoso o velho Lima.

    E sentando-se, pensou com tristeza:

    No dou trs anos para que isto seja uma repblica!

    (Arthur de Azevedo. Vidas Alheias (1901). In: Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trpicos.So Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 470)

    Este texto literrio indica

    (A) os conflitos de uma sociedade em transio, que passava por mudanas na configurao da mo de obra e no cenrioeconmico, assim como intensa disputa entre as elites pelo controle do poder governamental.

    (B) as mudanas sociais trazidas pela guerra contra o Paraguai, com a vitria brasileira fortalecendo a monarquia e ampliandoo apoio ao imperador, inclusive entre setores populares.

    (C) a intensa participao popular no golpe militar que marcou o final da monarquia e o incio da repblica, bastante valorizadapelos intelectuais do perodo.

    (D) as dinmicas que caracterizaram esse perodo de transio, com as mudanas polticas acontecendo desvinculadas docenrio social e econmico.

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    41. A colonizao do Brasil tomou o aspecto de uma vasta empresa comercial, destinada a explorar os recursos naturais de um

    territrio virgem em proveito do comrcio europeu.

    (Caio Prado Jnior. Formao do Brasil contemporneo.So Paulo: Brasiliense, 1979. p. 31)

    Uma parte da renda real gerada pela produo da colnia era transferida pelo sistema de colonizao para a metrpole e

    apropriada pela burguesia mercantil.

    (Fernando A. Novaes. Portugal e Brasil na crise do antigo Sistema Colonial (1777-1808). So Paulo: HUCITEC, 2009. p. 68)

    Um dos mais importantes mecanismos que possibilitava a explorao e a apropriao a que os textos fazem referncia era o

    (A) monoplio comercial ou exclusivo, mediante o qual as colnias tornavam-se mercados fechados concorrnciaestrangeira.

    (B) metalismo ou bulionismo, entesouramento baseado na acumulao de moedas derivadas dos metais precisos coloniais.

    (C) crescimento demogrfico ou o escravismo com o objetivo de formar um mercado de mo de obra amplo e barato nacolnia.

    (D) protecionismo alfandegrio ou balana comercial favorvel, por meio da qual a colnia exportava mais que importava dametrpole.

    42. Analise os itens abaixo:

    I. Expressivo aumento da populao, no apenas com a expanso do trfico negreiro, mas tambm com a vinda de grandenmero de portugueses.

    II. Expanso do trabalho livre e do mercado interno, at ento limitado.

    III. Surgimento de uma camada intermediria de trabalhadores livres e at pequenos proprietrios ou comerciantes,estimulando uma certa mobilidade social.

    IV. Acirramento das tenses entre metrpole e colnia, com estmulo a movimentos nativistas e emancipacionistas.

    Considerando o processo histrico brasileiro, os itens podem ser associados

    (A) ao sucesso da agroindstria aucareira no Brasil do sculo XVI, impulsionada pelo crescimento do comrcio deexportao para a metrpole.

    (B) expanso da atividade pecuria nas reas agrcolas do Brasil do sculo XVII, que possibilitou a ocupao do interiornordestino.

    (C) s medidas liberalizantes adotadas pela Corte portuguesa no sculo XIX, que estimularam a vinda de colonos europeusao Brasil.

    (D) s transformaes econmicas e sociais provocadas pelo desenvolvimento da atividade mineradora no Brasil do sculoXVIII.

    43. O processo revolucionrio francs, iniciado em 1789, conhecido como Revoluo Francesa, ajudou a construir a prpriasociedade contempornea, pois essa Revoluo

    (A) incorporou uma dimenso social e popular que a universalizou, tornando-a uma inspirao para todos os que lutavam pelaliberdade.

    (B) consolidou valores burgueses, disciplinando a ao do capital com o objetivo de dar maioria da populao condies dese sublevar.

    (C) condicionou o capital ao trabalho, acentuando o carter igualitrio das relaes poltico-ideolgicas expressas nos Direitosdo Homem.

    (D) ocasionou transformaes econmicas e sociais que destruram o feudalismo, favorecendo a ruptura dos laos dedominao burguesa.

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    44. Logo ao chegar, durante sua breve estada na Bahia, D. Joo decretou a abertura dos portos do Brasil s naes amigas (28 de

    janeiro de 1808). Mesmo sabendo-se que naquele momento a expresso naes amigas era equivalente Inglaterra, o ato

    punha fim a trezentos anos de sistema colonial.(Boris Fausto. Histria do Brasil.So Paulo: Edusp, 2008. p.122)

    O texto permite concluir que Dom Joo, ao decretar a abertura dos portos,

    (A) criou o Estado brasileiro e garantiu a unidade do pas.(B) reforou a relao de dependncia com a metrpole.(C) acelerou o processo de Independncia do Brasil.

    (D) impediu a consolidao da autonomia provincial.

    45. Observe o mapa.

    rea de influncia da Insurreio de 1817

    Vila do Forte

    Aracati

    Natal

    Paraba

    Olinda

    Recife

    AuPortalegre

    Santo Antniodo Bonjardim

    PERNAMBUCO

    PARABA

    PIAU

    CEARRIO GRANDEDO NORTE

    OCEANOATLNTICO

    Salvador

    Linha de insurreio

    Linha de represso orientadapelo Conde dos Arcos

    0 370

    km (In: Antonio P. Rezende e Maria T. Didier. Rumos da Histria.So Paulo: Atual, 2001. p.358)

    O mapa e o conhecimento histrico permitem afirmar que a Revoluo Pernambucana de 1817 reveste-se de grandeimportncia, pois, entre outras razes,

    (A) defendia que a transposio para o Brasil dos princpios socialistas de liberdade e igualdade implicava na demolio dosistema colonial e a extino da opresso que pesava sobre os escravos negros.

    (B) foi uma revolta armada, de carter liberal, que conseguiu se expandir por vrias provncias e buscou apoio internacionaldos Estados Unidos e da Inglaterra.

    (C) considerada a mais expressiva revolta na histria da colnia, bem como a mais ampla, ousada e profunda, uma vez quepropunha o rompimento dos laos com Portugal e Inglaterra.

    (D) reduziu a escombros no s o sistema colonial, mas tambm a escravido, o sistema latifundirio e a economiaagroexportadora, permitindo a passagem do Brasil da condio de colnia de nao independente.

    46. Durante 42 anos de experincia parlamentarista, entre 1847 e 1889, o Brasil teve 36 Gabinetes (21 liberais e 15conservadores), sendo que, entre 1853 e 1857, consolidou-se o chamado Ministrio da Conciliao, formado inclusive por

    polticos dos dois partidos.(Adhemar Marques. Histria.Curitiba: Positivo, 2005. p.196)

    Holanda Cavalcnti assim definiu os partidos no Segundo Reinado: nada mais parecido com um saquarema do que um luzia

    no poder.(http://pt.wikipedia.org.wiki/Partido_Conservador_/Brasil_Imp%C3%A9rio)

    Com base nos textos, correto afirmar que o parlamentarismo s avessas permitia que os partidos polticos

    (A) propusessem programas que pregavam a concentrao do poder nas mos do monarca, dissolvendo o Parlamento einstituindo mudanas no Conselho de Estado, que passaria a ter funes meramente administrativas.

    (B) garantissem a representao da sociedade nas duas esferas do poder legislativo, ou seja, que os poderes se tornassemharmnicos e independentes, o que atendia aos interesses da monarquia e das camadas sociais urbanas.

    (C) lutassem por reformas polticas moralizadoras de cunho liberal que no se chocassem com os princpios que embasavama monarquia, ou seja, que acarretassem a superao do regime aristocrtico e elitista.

    (D) defendessem os mesmos interesses, ou seja, os interesses do ncleo agroexportador escravocrata, que detinha o poder easpirava preservao da ordem monrquica e manuteno da tranquilidade social.

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    Ateno: O texto abaixo refere-se s questes de nmeros 47 e 48.

    Oswaldo Cruz agiu exclusivamente com base na autoridade de seus conhecimentos mdicos, sem a preocupao de

    esclarecer a opinio pblica. Ele manteve sua ao e esbarrou em forte resistncia ao combate varola por meio da vacina. A

    populao estava ctica em relao sua eficcia, e persistiam srias dvidas sobre os seus efeitos reais. A maioria acreditava que a

    vacina era um meio de contrair a doena. Oswaldo Cruz no hesitou: colocou os vacinadores na rua, e estes, apoiados por policiais,

    entravam nas casas e vacinavam fora. Contudo, para atingir resultados definitivos era necessria a vacinao em massa, num

    processo rpido.

    Em favor do governo, um projeto de lei tornou a vacinao obrigatria. A resistncia, porm, j havia ganhado as ruas. Num

    comcio contra a vacina os representantes populares assumiram espontaneamente a direo do evento com discursos explosivos. A

    interveno da polcia deu origem ao confronto que se espalhou por toda a cidade.

    (Adaptado de: Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira.Histria do Brasil:no contexto da Histria ocidental. So Paulo: Atual, 2003. p.399)

    47. A partir do texto, est correto afirmar que a Revolta da Vacina permanece, na histria brasileira, como um exemplo de ummovimento popular de xito, baseado na defesa

    (A) da ideia de que todos tm direito ao acesso aos sistemas pblicos de sade.(B) do princpio igualitrio de que todos os cidados devem ser protegidos de epidemias.(C) do direito dos cidados de no serem tratados de forma arbitrria e violenta pelo governo.(D) da luta da populao pela conquista de melhores condies de educao e segurana.

    48. O texto permite afirmar que a Revolta da Vacina

    (A) resultou de um projeto governamental de saneamento autoritrio que refletia uma viso elitista da sociedade.(B) defendia a interveno do Estado republicano no saneamento para melhorar a situao da sade pblica.(C) lutava contra o progresso da pesquisa cientfica por considerar que acentuaria o processo de excluso social.(D) acabou com a necessidade de resguardar aspectos da vida privada, ameaados pelos agentes do governo.

    49. Ficou resolvido que todas as unidades militares deveriam eleger comits de soldados rasos, com tarefa de decidir os problemas

    locais e enviar representantes ao soviete, ao qual seriam subordinados, a partir de ento. Qualquer ordem, para ser cumprida,

    precisava da concordncia do soviete.

    Os sovietes eram uma organizao poltica democrtica e aberta aos partidos socialistas e populares, excluindo os patres e os

    partidos burgueses. Os mandatos dos deputados eleitos poderiam ser revogados a qualquer momento por suas bases eleitorais

    e os congressos reuniam-se trimestralmente.

    De Petrogrado, esses organismos espalharam-se pelas principais cidades e passaram a fiscalizar o Governo Provisrio da

    Repblica, pressionando-o para que atendesse s reivindicaes populares: paz, po e terra.

    Com a Revoluo de Outubro, os sovietes cada vez mais identificados com as ideias dos bolcheviques assumem o poder,

    forjando a estrutura da nova sociedade.

    (Adaptado: de Daniel A. Reis Filho. Rssia (1917-1921): anos vermelhos. So Paulo: Brasiliense, 1987. p. 94-95)

    O texto e o conhecimento histrico permitem afirmar que o movimento operrio no Brasil no chegou a disputar o poder com aclasse dominante, como aconteceu na Rssia antes e durante as revolues de 1917, porque

    I. na Rssia, havia um grupo de militantes revolucionrios, dedicados exclusivamente revoluo proletria, denominadoPartido Bolchevique, que, a partir de 1917, obteve a liderana de um nmero cada vez maior de sovietes que semobilizaram na luta pela conquista do poder.

    II. no Brasil havia uma concentrao maior de operrios, sobretudo em So Paulo, onde as fbricas reuniam em seu interiormilhares de trabalhadores, impedindo a propaganda socialista, ao passo que na Rssia o proletariado estava dispersonas reas rurais, o que favorecia a divulgao da ideologia socialista no campo.

    III. no Brasil, o peso da classe operria era menor e no existia um partido revolucionrio que pudesse se comparar aoPartido Bolchevique, uma vez que a liderana do movimento operrio era majoritariamente anarquista e este no possuafora poltica suficiente para se propor como alternativa de poder.

    correto o que se afirma APENAS em

    (A) I.(B) II.(C) Ie III.(D) IIe III.

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    Ateno: O texto abaixo refere-se s questes de nmeros 50 a 52.

    Durante os ltimos trs meses, eu (Oscar Ameringer, de Oklahoma City) visitei (...) uns vinte Estados deste belo pas

    extraordinariamente rico. Eis algumas coisas que vi e ouvi. Alguns cidados de Montana disseram que havia milhares de alqueires de

    trigo abandonados nos campos porque seu baixo preo mal dava para cobrir as despesas da colheita. Em Oregon, vi milhares de

    alqueires de ma apodrecendo nos pomares. Somente as mas absolutamente perfeitas podiam ser vendidas, por 40 ou 50

    centavos a caixa de duzentas mas. Ao mesmo tempo, h milhes de crianas que, por causa da pobreza de seus pais, no

    comero ma alguma neste inverno.

    (Histria do sculoXX

    . Abril Cultural. v.3 p. 1349)

    50. O texto refere-se a uma problemtica relacionada Crise de 1929, nos Estados Unidos. Sobre essa crise correto afirmar que a

    (A) industrializao acelerada dos pases emergentes alterou a dinmica das relaes internacionais, provocou o desempregoe a busca de mercados consumidores para as manufaturas excedentes dos pases industrializados.

    (B) superproduo no campo e nas fbricas resultou da modernizao e mecanizao desenvolvidas nos anos 1920, que noforam acompanhadas de medidas que estimulassem o consumo e a gerao de renda.

    (C) desestabilizao da sociedade europeia contribuiu para ampliar a produo de matrias-primas nos pases subdesen-volvidos sem a contrapartida de um amplo aumento do consumo de manufaturados nessas reas perifricas.

    (D) internacionalizao da economia associada a novas formas de gerenciamento da produo e novas tecnologias, aoeliminar grande nmero de empregos, reduziu o consumo e promoveu a superproduo no campo e nas cidades.

    51. O texto trata de uma crise que, direta ou indiretamente, atingiu todo o mundo capitalista. No Brasil, ela repercutiu de formasignificativa, pois, com a recesso,

    (A) o ritmo de expanso que a economia brasileira havia alcanado ao longo da dcada de 1930 diminuiu, provocandodesemprego e pobreza.

    (B) a estabilidade poltica foi favorecida pelo vertiginoso desenvolvimento da cafeicultura, que reduziu os efeitos da crise queafligia o pas.

    (C) a produo industrial, que atingira altas taxas de crescimento, chegou a um ponto de saturao, acarretando forte pressoinflacionria no pas.

    (D) a cafeicultura foi comprometida e os investimentos da elite foram redirecionados para a indstria nacional e a produo debens de consumo.

    52. As repercusses polticas da crise a que o texto se refere foram negativas, sobretudo nos pases de fraca tradio democrtica,pois, neles, essa crise

    (A) favoreceu a instalao de sistema de governo socialista, como na Rssia.(B) facilitou a ascenso de governos autoritrios e ditatoriais, como no Brasil.(C) possibilitou a adoo de regimes poltico democrticos, como na Espanha.(D) permitiu a instituio de estados comunistas e anarquistas, como em Cuba.

    53. As leis sociais que se acumulavam desde 1930 e, s vezes, entravam em choque com a Constituio de 1937, foram

    atualizadas e codificadas na Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada em 1943. De forma geral, a poltica trabalhista de

    Vargas revelou os interesses das classes dominantes em estabilizar a camada operria e criar condies para a modernizao

    industrial do Pas, buscando o reajuste das relaes entre patres e empregados.

    (Adaptado de: Francisco A. da Silva. Histria Integrada. So Paulo: Editora Sol, s/d)

    O texto permite afirmar que o trabalhismo de Vargas

    (A) foi a forma encontrada para incorporar os trabalhadores na vida nacional e mant-los sob controle no jogo das forassociais.

    (B) ampliou o sistema de representao classista para todos os trabalhadores, urbanos e rurais, inscritos em seus respectivossindicatos.

    (C) manteve margem da lei as conquistas dos trabalhadores, adquiridas por meio do movimento operrio, liderado pelosanarquistas.

    (D) estabeleceu regras que facilitavam a organizao de entidades sindicais, entre as quais as que autorizavam seufuncionamento livre e autnomo.

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    Ateno: O texto abaixo se refere s questes de nmeros 54 e 55.

    Calcula-se que foram produzidos 1350 longas-metragens nos doze anos de domnio nazista. So comdias romnticas,

    comdias musicais, operetas, filmes de costumes, mas tambm filmes de guerra e de exaltao de valores do regime, tais como o

    racismo e a xenofobia (...)

    A Volta, filme de 1941, expe a situao de opresso em que vivia a minoria alem na Polnia. As escolas alems no podiam

    funcionar, nem podiam os alemes ouvir os discursos de Hitler pelo rdio; tambm eram obrigados a cantar o hino nacional da

    Polnia. Como no bastasse, uma jovem alem violada e apedrejada at a morte porque levava no peito um cordo com a sustica

    nazista (...).

    (Alcir Lenharo. Nazismo: o triunfo da vontade.So Paulo: tica, 1986. p. 47-48)

    54. Com base no texto, est correto afirmar que na Alemanha de Hitler o cinema

    (A) vinculou-se essencialmente divulgao da ideologia do espao vital.(B) inaugurou uma nova modalidade poltica para contagiar as multides.(C) acirrou disputas nacionalistas e manifestaes favorveis aos semitas.(D) tornou-se uma pea vital de todo o mecanismo da propaganda nazista.

    55. Considerando o contexto da Segunda Guerra Mundial e o avano dos exrcitos alemes na Europa, correto afirmar que asituao apresentada no filme A Volta

    (A) representava o equilbrio das foras nacionalistas e internacionais em 1941.(B) contribua para acirrar o nacionalismo e justificar a invaso alem na Polnia.(C) revelava as atrocidades cometidas por naes inimigas da Alemanha, como a Polnia.(D) demonstrava o apoio macio dos intelectuais alemes a Adolf Hitler, naquele momento.

    56. O crescimento industrial verificado no governo Juscelino Kubitscheck acabou por favorecer os grupos empresariais ligados ao

    capital transnacional, estimulando a oferta de bens de consumo para as classes mdias, mas no alterou o quadro de

    desigualdade social que relegava misria a maior parte da populao brasileira.

    (In: Flvio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da Histria.So Paulo: Escala Educacional, 2005. p. 551)

    O texto faz referncia poltica econmica baseada no nacional-desenvolvimentismo. Essa poltica visava

    (A) conciliar as diferentes classes sociais do pas, por meio da valorizao do trabalho, da disciplina e do estmulo aodesenvolvimento do nacionalismo.

    (B) promover a industrializao do pas, mas sem que isso implicasse subordinao e dependncia em relao s potnciasestrangeiras, como os Estados Unidos.

    (C) estimular a industrializao mediante associao com o capital estrangeiro, por meio da utilizao de emprstimos e dainstalao de empresas multinacionais no pas.

    (D) consolidar o perfil econmico do pas, estimulando a agroindstria e os setores agrcolas voltados ao mercado externo.

    57. Em outubro de 1949, Mao Ts-tung, derrotando os nacionalistas, proclamou a Repblica Popular da China. No interior dochamado campo socialista esse fato foi de suma importncia, uma vez que

    (A) a Revoluo possibilitou a criao, em 1950, do bloco de Estados desvinculados dos blocos geopolticos da Guerra Fria:os Pases No Alinhados.

    (B) o mundo vivenciava plenamente a Guerra Fria e, naquele contexto, a adeso da China representou uma grande vitriapara o socialismo.

    (C) a Revoluo Socialista Chinesa, no auge da Guerra Fria, quase precipitou o mundo em uma nova guerra nuclear entre osblocos capitalista e socialista.

    (D) a converso da China ao sistema socialista, no contexto da Guerra Fria, retraiu os Movimentos Nacionais pela Libertaodos pases no Oriente Mdio.

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    58. Analise o grfico e observe a imagem.

    Brasil: taxas anuais de crescimento (%)

    Anos PIB nacional PIB per capita Indstria Agricultura1968 11,2 8,1 13,3 4,41969 10,0 6,8 12,1 3,71970 8,8 5,8 10,3 1,0

    1971 13,3 10,2 14,3 11,41972 11,7 8,7 13,3 4,11973 14,0 10,8 15,8 3,51974 9,8 6,8 9,9 8,5

    (Adaptado de: Francisco M. P. Teixeira. Brasil: Histria e Sociedade.So Paulo: tica, 2001. p. 300-302)

    A partir da anlise do grfico e da imagem est correto afirmar que no Brasil, no perodo do regime militar, a

    (A) poltica nacional reformista compatibilizou o combate ao surto inflacionrio com a poltica de desenvolvimento da periferiaurbana.

    (B) modernizao da economia foi acompanhada da estagnao do crescimento e do avano da favelizao nas grandes

    cidades.(C) favelizao avanou lado a lado com o crescimento econmico, como uma espcie de contraface do Milagre econmico.

    (D) mecanizao da produo agrcola fixou o trabalhador no campo; contudo, promoveu a misria e a pobreza da populaonas cidades.

    59. Algumas diferenas fundamentais entre o Estado Novo getulista e os governos militares podem ser apontadas: o segundoperodo teve carter militar, Vargas, embora apoiado e sustentado no poder pelas foras armadas, era civil e governava nessacondio. A poltica do governo Vargas era nacionalista, voltada para os interesses internos do pas, enquanto a dos militaresseguia os ditames do capitalismo internacional, gerenciado pelo FMI. A poltica social e trabalhista de Vargas resultou em algunsefetivos avanos populares (...). A poltica socioeconmica dos governos militares calou as reivindicaes trabalhistas, sobretudoimpondo o arrocho salarial...

    (In: Gilberto Cotrim. Histria Global:Brasil e Geral. So Paulo: Saraiva, 2002. p.568)

    O texto faz referncia a diferenas existentes entre o Estado Novo (1937-1945) e os governos militares (1964-1985). Contudo, importante destacar que ambos

    (A) foram ditaduras originadas de golpes e fizeram amplo uso da represso e da violncia contra os cidados.(B) representaram os anseios do povo brasileiro e se caracterizaram pela conciliao com setores mais populares.(C) promoveram uma acentuada disseminao da pequena propriedade rural e uma poltica de desagregao social no pas.(D) encaminharam-se para a reafirmao do nacionalismo e para a manuteno de uma poltica externa independente.

    60. Analise a tabela abaixo.

    Estrutura fundiria do Brasil

    Grupos de reas (ha) Node estabelecimentos % rea total (ha) %

    1 a 10 2.402.374 49,00 7.882.194 2,23

    10 a 50 1.516.112 31,35 35.237.833 9,9750 a 100 400.375 8,28 27.455.753 7,76100 a 1.000 469.964 9,72 123.541.517 34,931.000 a 10.000 47.174 0,98 108.172.255 30,5810.000 a 100.000 2.147 0,04 43.031.313 12,17

    100.000 ou mais 37 0,0007 8.291.381 2,35Total 4.838.183 100 353.612.246 100

    (IBGE. Censo Agropecurio 1995-1996. In. Gislene Azevedo e Reinaldo Seriacopi.Histria: srie Brasil. So Paulo: tica, 2005. p.369)

    O desequilbrio na distribuio de terras demonstrado na tabela pode ser apontado como um dos responsveis pela

    (A) implantao do capitalismo no campo, que transformou os latifndios em terras produtivas e a luta pela reforma agrria emcoisa do passado.

    (B) transformao do latifndio em grandes empresas rurais produtivas, gerando milhes de emprego no campo, estimulandoo xodo urbano.

    (C) superao do antigo modelo brasileiro de reforma agrria, encerrando o ciclo de distributivismo equitativo de terrasimprodutivas no pas.

    (D) expulso da populao do campo e sua concentrao nas grandes cidades, provocando a favelizao e o inchao daperiferia urbana.

    Barracos instalados em terrenos atravessadospelas linhas de transmisso da Light em um bairroperifrico da capital paulista em 1976.

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