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Trabalho 2010 HUGO
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Pseudoartroses
Pablo Erick Ortopedia e Traumatologia
Pseudartrose: definição
• Pseudartrose X retardo de consolidação:– Pseudartrose: processo de cicatrização óssea cessou improvável
consolidação, ou seja, situação na qual a fratura não mostra evidências radiográficas de progressão do processo de consolidação
– Estado final de fratura não unida.– Tempo(?): 9 meses
3 meses sem sinais de consolidação
– Retardo de consolidação: não progrediu na velocidade média para determinada localização e tipo de fratura
Pseudoartrose
– Indícios de pseudartrose: • Esclerose nas extremidades da fratura• Presença de um hiato• Calo ausente ou hipertrófico• Persistência ou alargamento do traço de fratura
• Consolidação óssea– Depende de inúmeras variáveis
• Energia envolvida, lesão de partes moles, forma de tratamento, infecção...
Etiologia
• FALTA DE VASCULARIZAÇÃO ADEQUADA e INSTABILIDADE principais fatores que conduzem à pseudartrose
• Infecção, falta de cooperação do paciente e neuropatias também devem ser consideradas na gênese da falta de consolidação– Desnutrição, anticoagulantes, antiinflamatórios, irradiação e
queimaduras podem ser contributivos, mas não constituem causas primárias da falta de união
Etiologia - Instabilidade
• Estabilização inadequada da fratura pode permitir movimentação excessiva no foco da fratura, dificultando ou impedindo a consolidação
• Presença de espaço entre as extremidades da fratura pode ocorrer por distração, interposição de tecidos moles, perda óssea ou má posição
Etiologia - Instabilidade
• Teoria de Perren e Cordey:– Osteoblasto para se desenvolver precisa de estabilidade
– Espaços interfragmentários significativos (3 a 4mm) não podem ser preenchidos por tecido ósseo neoformado
– Espaços de 3 a 4mm entre os fragmentos ósseos não permite ao osteoblasto desenvolver
• Condroblastos e fibroblastos ocupam o lugar
– Condroblastos e fibroblastos são capazes de tolerar melhor o alto esforço e produzir tecido fibrocartilaginoso, preenchendo espaço melhorando a estabilidade
Etiologia - Instabilidade
• Teoria de Perren e Cordey:
– Em grandes intervalos (perda de osso diafisário) o esforço é muito baixo para estimular os osteoblastos
– Fibroblastos preenchem o espaço quando as células mais especializadas não puderem multiplicar-se
– Osteoblastos exigem estabilidade perfeita• capilares de revascularização possam cruzar as linhas de
fratura e facilitar a transformação de células pluripotentes em osteoblastos, possibilitando remodelação haversiana primária sem calo periosteal
Etiologia – Vascularização
• Vascularização inadequada quanto maior a agressão local, maiores serão os danos ósseos e de partes moles que perturbarão a vascularização local
– Fraturas expostas trauma de alta energia – Redução aberta com descolamento excessivo do periósteo e
lesão do suprimento sanguíneo do osso e tecidos moles durante a manipulação e inserção do implante.
Etiologia – Infecção
• Infecção não causa falta de união predispõe – Cria fatores que causam pseudartrose em fraturas
não infectadas • Seqüestro e presença de espaços pela osteólise e
movimentação pelo afrouxamento dos implantes
• Haverá consolidação se o osso seqüestrado permanecer absolutamente estável enquanto durar o processo de revascularização cortical
Etiologia – Neuropatias
• Neuropatias podem afetar a propriocepção protetora limitam o paciente de controlar a carga comprometimento da consolidação por instabilidade surgida– Diabetes melito– Hanseníase– Siringomielia– Disrafismo espinhal– Paraplegia– Alcoolismo crônico...
Etiologia – Paciente
• Perfil psicológico é fator importante na decisão de tratamento das fraturas– O paciente e o médico devem trabalhar juntos para
garantir o resultado
• Dieta inapropriada, tabagismo, graduação da carga e problemas comportamentais devem ser abordados antecipadamente
Fatores Predisponentes
• Fratura exposta e/ou cominutiva• Infecção• Fratura patológica• Fratura segmentar• Interposição de partes moles• Interrupção do suprimento sanguineo• Iatrogenia
Quadro Clínico
• Clínico: – Mobilidade– Dor– Edema– Aumento temperatura local– Deformidade progressiva
• Radiológico
Classificação
Müller, Weber e Cech• Hipervasculares:
– Extremidades dos fragmentos apresentam ação biológica.
• Avasculares:
– Extremidades dos fragmentos são incapazes de reação biológica (inertes).
Pseudoartrose
Classificação
• Hipervasculares:1- Pseudartrose em “Pata de Elefante”:
• Tipo hipertrófica• Ricas em calo;• Fixação instável, falta estabilidade mecânica• Sustentação de peso prematura em fratura reduzida
(fragmentos viáveis).
Pseudoartrose
Pseudoartrose
• Masc, 30a
• Fratura exposta IIIB
• Evoluiu com pseudoartrose infectada e deformidade
• Tto com Ilizarov
• Consolidação com 4,5 meses
Pseudoartrose
Pseudartrose: classificação
• Hipervasculares:2- Pseudartroses em “casco de cavalo”:
• Tipo hipertrófica• Calo moderado;• Fixação moderadamente instável• Esclerose nas extremidades com calo insuficiente
para consolidação.
Pseudoartrose
Pseudartrose: classificação
• Hipervasculares:3- Oligotróficas:
• Calo ausente;• Não são Hipertróficas;• Ocorrem por:
– Deslocamento importante;– Distração dos fragmentos;– Fixação interna sem alinhamento dos fragmentos.
Pseudoartrose
Pseudoartrose
Pseudartrose: classificação
• Avasculares:– Ocorrem devido à desvascularização dos fragmentos
ósseos• Alta energia do trauma ou à cirurgia
1- Pseudartrose em cunha por torção:• Fragmento intermediário:
– Irrigação sanguínea reduzida / ausente;– União com apenas um fragmento principal.
• Tipicamente: fraturas tibiais
Pseudoartrose
Pseudartrose: classificação
• Avasculares:2- Pseudartroses cominutivas:
• Um ou + fragmentos intermediários necrosados;• Ausência de calo;
Pseudoartrose
Pseudartrose: classificação
• Avasculares:3- Pseudartrose com defeito:
• Perda de fragmento diafisário;• Extremidades viáveis, impossível união;• Extremidades atrofiam com o tempo;• Ocorrem por:
– Fraturas expostas;– Sequestro ósseo (osteomielite);– Ressecção de tumores.
Pseudoartrose
Úmero Distal Fêmur Distal Diáfise Femoral
Pseudoartrose
Pseudartrose: classificação
• Avasculares:4- Pseudartroses atróficas:– Tecido cicatricial sem potencial osteogênico;
• Extremidades dos fragmentos osteoporóticas e atróficas.
Pseudoartrose
Classificação
Paley e cols: classificação para tíbia.
• Pode ser aplicada a outros ossos.• 2 grandes grupos:
– Tipo A: perda óssea inferior a 1 cm.• A1: móvel;• A2: fixa: A2.1: sem deformidade;
A2.2: deformidade fixa.– Tipo B: perda óssea maior de 1 cm.
• B1: defeito ósseo;• B2: perda de comprimento;• B3: ambos os problemas.
Pseudoartrose
PaleyPseudoartrose
Tipo A: perda óssea inferior a 1 cm.A1: móvel;
A2: fixa: A2.1: sem deformidade; A2.2: deformidade fixa.
Tipo B: perda óssea maior de 1 cm.B1: defeito ósseo;
B2: perda de comprimento;B3: ambos os problemas.
Tratamento
• Existem diversos tipos de tratamento
– Descorticação– Auto-enxerto esponjoso– BMP (proteína morfogenética óssea)– Células-tronco da medula óssea e fatores de crescimento
plaquetário– Distração do calo ósseo com fixadores externos– Enxerto ósseo vascularizado– Materiais de estabilização interna e/ou externa– Ultrasom– Ondas de choque– Campos eletromagnéticos
Tratamento
• Pseudartrose hipertrófica:– Estabilização do foco da fratura (DCP ou haste intramedular
fresada e bloqueada)
– são considerados erros - ressecar o foco da pseudartrose hipertrófica e a abertura do canal medular remove tecido ósseo vivo que está pronto para promover a consolidação
– Permite calcificação da cartilagem fibrosa com neovascularização e remodelação
– Enxertia óssea não é habitualmente necessária
Tratamento • Pseudartrose atrófica
– Requer estabilização e agentes indutores e condutores da consolidação estímulo biológico
– Auto-enxerto esponjoso• Osteogênico (fonte de células viáveis)• Osteoindutor (recrutamento de células mesenquimais locais)• Osteocondutor (andaime para crescimento de osso
neoformado)
– Decorticação– Distração do calo ósseo– Enxerto ósseo vascularizado livre– USG, ondas de choque extracorpóreas, BMP, concentrado de
células-tronco da medula óssea e fatores de crescimento plaquetário
Pseudartrose: enxerto ósseo
• Enxerto ósseo por superposição:– Diáfise de ossos longos.– Raramente utilizada atualmente.
Pseudoartrose
Pseudartrose: enxerto ósseo• Enxerto ósseo por superposição dupla.
Pseudoartrose
Pseudartrose: enxerto
• Transplantes fibulares integrais.
– Útil em falhas em rádio ou ulna.– Limitados pelas dimensões.– Em crianças ocorre hipertrofia com o crescimento
(pode-se usar em úmero e tíbia).
Pseudoartrose
Pseudoartrose
Pseudartrose: enxerto ósseo
• Enxerto deslizante maciço.– Bom para união de falhas ósseas.– Se fracassar difícil aplicação de enxertos
posteriores.
Pseudoartrose
Tratamento (fixação)• Fixação interna.• Fixação externa.
Pseudoartrose
• Pseudoartrose com angulação
• Fratura consolidada em 5 meses
• Fixação com placa + enxerto do ilíaco
Placa e parafusos:
5 m
• Pseudoartrose hipertrófica dolorosa
• 1,5a pós fratura
• Fixação com placa + enxerto
• 2,5m de pós-op
Fixação interna
• Haste Intramedular:– Ossos longos;– Não necessita enxerto.– Precoce sustentação de peso.– Fixação estática ou dinâmica.
Pseudoartrose
• Fratura exposta tratada com haste sem fresagem
• Consolidação pós troca da haste
• Pseudoartrose úmero tratada com haste IM
• Pseudoartrose da ulna proximal
• Tratada com haste IM
Fixação externa
• Estabilização temporária ou definitiva.• Menos invasiva.• Correção das deformidades• Fixação estável.• Pseudartroses complexas: Ilizarov.
Pseudoartrose
Pseudoartrose
Deformidade, encurtamento e perda de segmento
• Método de Ilizarov:
– Tratamento simultâneo: • Rotação;• Angulaçâo;• Translação;• Encurtamento;• Perda de segmento ósseo.
Pseudoartrose
• Masc, 30a
• Fratura exposta IIIB
• Evoluiu com pseudoartrose infectada e deformidade
• Tto com Ilizarov
• Consolidação com 4,5 meses
Pseudoartrose
Estimulação elétrica
• Ondas elétricas ou eletromagnéticas.
• Utilizadas c/ aparelhos gessados
• Indicada para ossos longos/curtos, fraturas expostas/fechadas, infectadas e casos contra-indicados o tto cirúrgico.
Pseudoartrose
Curiosidades
• Pseudoartrose MTT ocorre principalmente no 1/3 distal
• Pseudoatrose do M.L raramente necessitam de tto
• Pseudoartrose da patela é raro
• Pseudoartrose # tt ou sub trocan -1,5% • Pseudoartrose # colo – 10-20%
– vascular– Redução incorreta– Fixação precária
• Pseudoartrose – clavícula é rara
– É mais comum após refratura de clavícula
– Placa AO 3,5 de reconstrução ou auto compressão + enxerto
– Qdo pseudoartrose se localizada 4-5cm proximal às extremidades (A/C ou E/C) o fragmento curto podia ser ressecado
• Pós-operatório:
– 1 -2 semanas c/ tipóia
– Exercícios pendulares após 2 semanas.