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Relatório de Inflação IV Trimestre de 2012

Relatório de Inflação IV Trimestre de 2012 - bna.aob90d2b23-52b6-44f8-ba3b-ebc6c8c8cd98}.pdf · Tabela 18 - Fluxos Monetários (Jan’12 – Dez’12) ..... Índice de Tabelas

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Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012

3Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

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Av. 4 de Fevereiro, nº 151 - Luanda, Angola Caixa Postal 1243Tel: (+244) 222 679 200 - Fax: (+244) 222 339 125www.bna.ao

3Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Objectivo do Relatório de Inflação

O Relatório de Inflação é uma publicação trimestral do Banco Nacional de Angola que tem como principais objectivos avaliar a inter-relação entre as variáveis do Sector Real, Fiscal, Monetário e Externo, analisar o comportamento do Índice Geral de Preços, bem como disponibilizar informação aos Agentes Económicos, Instituições Académicas e outros Operadores da Economia Nacional. O documento constitui um meio de comunicação sobre a Conjuntura Económica Nacional e Internacional e sobre a fundamentação das decisões de política monetária do BNA.

Esta edição examina o IV trimestre de 2012 e é constituída por seis capítulos: Análise da Variação dos Índices de Preços, Economia Internacional, Sector Real, Sector Externo, Sector Fiscal e Sector Monetário.

Sumário Executivo .................................................................................... Análise da Variação dos Índices de Preços ........................................

Inflação Trimestral .................................................................................. Inflação em 2012 ..................................................................................... Cesta Básica ...........................................................................................Variação do Índice de Preços Grossista (IPG) ......................................... IPG em 2012 ............................................................................................ Previsão da Inflação para o I Trimestre 2013 .........................................Sumário do capítulo da Análise da Variação dos Índices de Preços .....

Economia Internacional .......................................................................... Actividade Económica ............................................................................. Inflação .................................................................................................... Mercado Cambial .................................................................................... Commodities ........................................................................................... Sumário do capítulo da Economia Internacional ...................................

Sector Real ................................................................................................. Produto Interno Bruto .............................................................................. Produto Interno Bruto por Sectores ........................................................

Indústria Petrolífera ......................................................................... Indústria Diamantífera ..................................................................... Indústria Cimenteira ........................................................................ Indústria Energética .........................................................................

Indicador de Clima Económico (III Trimestre) ......................................... Indústria Transformadora .................................................................. Construção ........................................................................................ Comércio ........................................................................................... Transportes ........................................................................................ Turismo .............................................................................................. Indústria Extractiva ...........................................................................

Índice de Produção Industrial (III Trimestre) ........................................... Sumário do capítulo do Sector Real ......................................................

Índice Geral

4 5Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

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Gráfico 1 - Inflação Trimestral (I Trim’10 – IV Trim’12) ............................... Gráfico 2 - Classes do IPC que Mais Variaram (IV Trim’12) ........................ Gráfico 3 - Subclasses do IPC que Mais Variaram (IV Trim’12) .................. Gráfico 4 - Evolução das Classes do IPC que Mais Variaram

(I Trim’10 – IV Trim’12) .............................................................. Gráfico 5 - Classes que Mais Contribuíram para a Variação do IPC

(I Trim’10 – IV Trim’12) .............................................................. Gráfico 6 - Comportamento da Variação Homóloga do Índice

de Preços do Grossista (IPG) e Índice de Preçosao Consumidor (IPC) (Jan’10 – Dez’12) .....................................

Gráfico 7 - Projecção da Inflação para o I Trimestre de 2013 ..................... Gráfico 8 - Comportamento da Inflação das Economias Avançadas

(Jan’12 – Dez’12) ...................................................................... Gráfico 9 - Comportamento da Inflação nos BRICS (Jan’12 – Dez’12) ....... Gráfico 10 - Comportamento do Euro face ao US$ (Jan’12 – Dez’12) .......Gráfico 11 - Comportamento do US$ face ao Renminbi

(Jan’12 – Dez’12) .................................................................... Gráfico 12 - Comportamento do US$ face ao Rand Sul-Africano

(Jan’12 – Dez’12) .................................................................... Gráfico 13 - Comportamento do US$ face ao Real Brasileiro

(Jan’12 – Dez’12) .................................................................... Gráfico 14 - Comportamento do Índice de Preços das Commodities

do FMI (I Trim’10 – IV Trim’12) ................................................ Gráfico 15 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Óleo,

Carne e Lacticínios (Out’11 – Dez’12) .................................... Gráfico 16 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Cereais

e Açúcar (Out’11 – Dez’12) ..................................................... Gráfico 17 - Comportamento da Taxa de Crescimento do PIB

(2010 – 2013) .......................................................................... Gráfico 18 - Comportamento da Produção e Preço do Petróleo

(I Trim’10 - IV Trim’12) .............................................................

Índice de Gráficos

Sector Externo ........................................................................................... Conta de Bens ......................................................................................... Mercado Cambial Interno .......................................................................

Síntese da Actividade do Mercado Primário .................................... Evolução da Taxa de Câmbio ............................................................

Sumário do capítulo do Sector Externo ................................................... Sector Fiscal ..............................................................................................

Receitas .................................................................................................. Despesas ................................................................................................ Saldos Fiscais e Fontes de Financiamento ............................................. Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC) ............................................ Sumário do capítulo do Sector Fiscal .....................................................

Sector Monetário ...................................................................................... Crédito ..................................................................................................... Taxas de Juro .......................................................................................... Agregados Monetários ...........................................................................

Meios de Pagamento ........................................................................ Depósitos ................................................................................................

Depósitos Totais em Moeda Nacional (MN) .................................... Depósitos Totais em Moeda Estrangeira (ME) ................................. Depósitos à Ordem ............................................................................ Depósitos a Prazo ..............................................................................

Base Monetária ...................................................................................... Multiplicador Monetário ........................................................................ Sumário do capítulo do Sector Monetário .............................................

Glossário ..................................................................................................... Anexos ........................................................................................................

6 7Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

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Gráfico 42 - Participação do Crédito à Economia no PIB não Petrolífero(IV Trim’10 – IV Trim’12) ..........................................................

Gráfico 43 - Comportamento do Crédito à Economia por Sectores(IV Trim’10 – IV Trim’12) ..........................................................

Gráfico 44 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade (IV Trim’11, III Trim’12 e IV Trim’12) - Variação (%) .................

Gráfico 45 - Crédito por Sectores de Actividade(IV Trim’11, III Trim’12 e IV Trim’12) - Peso (%) ......................

Gráfico 46 - Comportamento da Taxa de Transformação(IV Trim’10 – IV Trim’12) ..........................................................

Gráfico 47 - Evolução da Taxa de Juro dos Títulos(IV Trim’10 – IV Trim’12) ..........................................................

Gráfico 48 - Evolução das Taxas de Juro Activas do Crédito ao SectorEmpresarial (IV Trim’10 – III Trim’12) ......................................

Gráfico 49 - Evolução das Taxas de Juro Activas dos Créditosa Particulares (IV Trim’10 – IV Trim’12) ..................................

Gráfico 50 - Análise dos Fluxos do M3 e dos Instrumentos Financeiros(Jan’11 – Dez’12) .....................................................................

Gráfico 51 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN(IV Trim’10 – IV Trim’12) .........................................................

Gráfico 52 - Análise dos Depósitos Totais – MN, ME(IV Trim’10 – IV Trim’12) .........................................................

Gráfico 53 - Evolução dos Depósitos por Moedas (MN e ME) e Peso no Total (IV Trim’10 – IV Trim’12) ................................

Gráfico 54 - Variação Trimestral dos Depósitos por Moedas(I Trim’11 – IV Trim’12) ............................................................

Gráfico 55 - Evolução dos Depósitos à Ordem e a Prazo(I Trim’11 – IV Trim’12) ............................................................

Gráfico 56 - Comportamento da Base Monetária (IV Trim’10 – IV Trim’12) ..........................................................

Gráfico 57 - Comportamento do Multiplicador Monetário (IV Trim’10 – III Trim’12) ...........................................................

Gráfico 19 - Comportamento da Produção Diamantífera(I Trim’10 – IV Trim’12) ...........................................................

Gráfico 20 - Comportamento da Produção de Cimento(I Trim’10 – IV Trim’12) ............................................................

Gráfico 21 - Comportamento da Distribuição de Energia(I Trim’11 – IV Trim’12) ...........................................................

Gráfico 22 - Indicador do Clima Económico (I Trim’10 – III Trim’12) ................. Gráfico 23 - Indústria Transformadora (I Trim’10 – III Trim’12) ..................... Gráfico 24 - Construção (I Trim’10 – III Trim’12) ......................................... Gráfico 25 - Comércio (I Trim’10 – III Trim’12) ............................................ Gráfico 26 - Transportes (I Trim’10 – III Trim’12) ......................................... Gráfico 27 - Turismo (I Trim’11 – III Trim’12) ............................................... Gráfico 28 - Indústria Extractiva (I Trim’11 – III Trim’12) ............................ Gráfico 29 - Saldo da Conta de Bens (I Trim’11 – IV Trim’12) ........................ Gráfico 30 - Actividade do Mercado Cambial (Jan’11 – Dez’12) ...............Gráfico 31 - Actividade do Mercado Cambial vs. Inflação Homóloga

(Jan’11 – Dez’12) .................................................................... Gráfico 32 - Evolução das Reservas Internacionais Líquidas

(I Trim’10 – IV Trim’12) ............................................................Gráfico 33 - Receitas Previstas e Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12) ...... Gráfico 34 - Estrutura das Receitas (IV Trim’11 – IV Trim’12) ..................... Gráfico 35 - Despesas Previstas e Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12) .... Gráfico 36 - Estrutura das Despesas (IV Trim’12) ....................................... Gráfico 37 - Estrutura do Serviço da Dívida (IV Trim’12) ............................ Gráfico 38 - Estrutura das Despesas de Capital (IV Trim’12) ..................... Gráfico 39 - Saldos Fiscais Previstos e Realizados

(IV Trim’11 – IV Trim’12) .......................................................... Gráfico 40 - Crédito Líquido ao Governo Central

(IV Trim’10 – IV Trim’12) .......................................................... Gráfico 41 - Comportamento do Crédito à Economia

(IV Trim’10 – IV Trim’12) ...........................................................

8 9Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

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Tabela 1 - Subclasses que Mais Contribuíram para o IPCe Respectivas Variações (I Trim’10 – IV Trim’12) .......................

Tabela 2 - Produtos que Compõem a Cesta Básica(I Trim’12 – IV Trim’12) ...............................................................

Tabela 3 - Comportamento do Produto Interno Bruto (PIB)das Principais Economias (2010 – 2013) ...................................

Tabela 4 - Comportamento das Importações e Exportaçõesdos Principais Parceiros de Angola (I Trim’11 – IVTrim’12) .......

Tabela 5 - Produção Petrolífera (2010 – 2013) ........................................... Tabela 6 - Índice de Produção Industrial (III Trim’12) .................................. Tabela 7 - Importações e Exportações - FOB (I Trim’11 – IV Trim’12) ......... Tabela 8 - Evolução do Valor FOB das Importações por Países

(I Trim’12 – IV Trim’12) ............................................................... Tabela 9 - Importações por Categoria Económica

(I Trim’11 – IV Trim’12) ............................................................... Tabela 10 - Exportação por Produtos (I Trim’11 – IV Trim’12) ..................... Tabela 11 - Taxas de Câmbio: Resumo dos Mercados Primário,

Secundário, Informal e Casas de Câmbio (Dez’10 – Dez’12) ...Tabela 12 - Receitas Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12) ........................ Tabela 13 - Despesas Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12) ........................Tabela 14 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade

(IV Trim’11 – IV Trim’12) ...........................................................Tabela 15 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN

(I Trim’11 – IV Trim’12) .............................................................Tabela 16 - Comportamento da Base Monetária (I Trim’11 – IV Trim’12) ...Tabela 17 - Factores Condicionantes da Base Monetária em MN

(Jan’12 – Dez’12) .....................................................................Tabela 18 - Fluxos Monetários (Jan’12 – Dez’12) ......................................

Índice de Tabelas Índice de Anexos

Anexo A - Variação Mensal, Acumulada e Homóloga das Classesdo IPC ........................................................................................

Anexo B - Resumo da Inflação (Jan’10 – Dez’12) ......................................Anexo C - Economia Internacional ..............................................................Anexo D - Projecções do PIB (2009 – 2013) ...............................................Anexo E - Contas Fiscais (% PIB) ................................................................Anexo F - Contas Monetárias (2009 – 2012) ..............................................

10 11Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

No que se refere à política fiscal, os balanços de execução dos Planos de Caixa mensais referentes ao IV trimestre de 2012 revelaram que os fluxos de entrada (receitas) situaram-se abaixo dos fluxos de saída (despesas), originando assim um défice do saldo fiscal do exercício (na óptica de caixa). Para que este défice fosse coberto registou-se uma diminuição dos Depósitos do Governo no BNA (5,94%) bem como expansão do Crédito Líquido ao Governo Central (17,94%).

No IV trimestre de 2012 verificou-se uma expansão generalizada dos agregados monetários. Assim, o M3 registou uma expansão trimestral (8,29%) que foi impulsionada pela expansão do M2 (8,03%), que por sua vez foi consequência do crescimento do M1 (7,81%). O aumento dos agregados monetários reflecte o aumento dos depósitos totais do sistema financeiro angolano (6,98%), observado tanto na sua componente à ordem como na sua componente a prazo. De referir que os depósitos em moeda nacional expandiram 12,07%, ao passo que os depósitos em moeda estrangeira aumentaram 2,16%. O maior crescimento relativo dos depósitos em moeda nacional face aos depósitos em moeda estrangeira pode ser resultado da política de desdolarização da economia iniciada em 2011 pelo Banco Central.

Por seu turno, o aumento dos depósitos decorreu também da expansão trimestral (5,72%) do Crédito à Economia3 concedido pelo sistema bancário face ao trimestre anterior e em 4,54% em relação ao IV trimestre do ano anterior, elevando o crescimento anual dos depósitos em 2012 para 22,39%. A Base Monetária Ampla (BMA) registou uma expansão trimestral de 5,50%, enquanto o Multiplicador Monetário, ao fixar-se em 3,6, foi superior ao do terceiro trimestre (3,43).

No mercado cambial, o Banco Nacional de Angola vendeu US$ 5.147,14 milhões, valor inferior ao vendido no trimestre anterior, US$ 5.188,83 milhões. O montante de Reservas Internacionais Líquidas (RIL) no período ascendeu a US$ 30.602,68 milhões, o que representa uma expansão de 1,86% das RIL em relação ao trimestre anterior e uma expansão de 17,32% em relação ao IV trimestre de 2011. As transacções ocorridas no mercado cambial possibilitaram uma ligeira depreciação de 0,43% da taxa de câmbio média de referência do Kwanza face ao Dólar norte-americano. De igual modo, as taxas médias do mercado informal e das casas de câmbio depreciaram-se em 1,62% e 0,35%, respectivamente. Ao nível do mercado secundário verificaram-se apreciações das taxas de câmbio média de compra e venda de divisas, bem como de notas, 0,49% e 0,96%, respectivamente.

A taxa de inflação do IV trimestre de 2012 situou-se em 2,85%, isto é, 1,04 pontos percentuais (p.p.) acima do verificado no trimestre precedente (1,81%). Na base desta variação estiveram factores como a persistência de problemas na cadeia de distribuição e a pressão sobre a procura de bens alimentares que é característica da época natalícia. A relativa estabilidade cambial foi determinante para que em 2012 se tenha atingido a tão almejada taxa de inflação de um dígito. A taxa de inflação acumulada de 2012 foi de 9,02%, contra os 11,38% verificados em igual período de 2011.

Tendo em conta a tendência decrescente da inflação anual, o Comité de Política Monetária deliberou várias reduções das taxas de juro de referência. Estas revisões tinham como objectivo consolidar os estímulos à expansão e diversificação da actividade económica e incentivar a banca comercial a reduzir as taxas de juro de empréstimo ao sector privado.

A crise na Zona Euro, a desaceleração da economia americana e o crescimento moderado da economia chinesa demonstram que a economia mundial ainda apresenta sinais de relativa debilidade. A revisão do FMI, em baixa, do crescimento mundial em 2012 de 3,3%1 para 3,2%2 e a previsão de um crescimento de 3,5% para 2013 são provas de que a economia mundial ainda continua num processo de ajustamento.

Sendo que uma parte significativa das exportações africanas são commodities, o arrefecimento da procura mundial contribuiu para que os países africanos não ficassem imunes à conjuntura económica mundial. Apesar disto, o forte crescimento das exportações verificado nos países africanos que descobriram novas reservas minerais, associado à relativa estabilidade dos preços das commodities, tem contribuído para apoiar o crescimento económico de África no IV trimestre de 2012.

Segundo o FMI, no IV trimestre de 2012 verificou-se uma ligeira aceleração da taxa de crescimento da economia indiana e brasileira face à taxa de crescimento destas economias no IV trimestre de 2011. Enquanto no IV trimestre de 2011 a economia indiana e brasileira cresceram 5,0% e 1,4%, no IV Trimestre de 2012 cresceram 5,4% e 2,1%, respectivamente. Em sentido contrário, na China verificou-se uma desaceleração da taxa de crescimento, de 8,9% no IV trimestre de 2011 para 8,1% no IV trimestre de 2012.

Ao nível da actividade económica nacional foi revista em baixa a taxa de crescimento real anual do Produto Interno Bruto para 2012, de 8,8% para 7,4%. Apesar desta revisão, a taxa de crescimento reflecte uma expansão de 3,5 p.p. comparativamente ao ano de 2011.

No IV trimestre de 2012, o crescimento sazonal das importações foi determinante para a evolução da Conta de Bens. Com efeito, no trimestre em análise, a Conta de Bens registou uma deterioração de 6,90% relativamente ao trimestre anterior. Este comportamento é justificado pelo crescimento considerável do valor FOB das importações, 31,14%, fixadas em US$ 6.301,03 milhões, contra um crescimento de 4,12% do valor FOB das exportações, fixadas em US$ 17.261,25 milhões. O saldo trimestral da Conta de Bens foi de US$ 10.960,22 milhões. Em relação ao IV trimestre de 2011 observou-se uma redução das exportações em 0,98% e um aumento das importações em 26,81%.

A ligação das exportações angolanas à produção petrolífera é significativa. No IV trimestre de 2012, apesar da valorização das ramas angolanas, o principal responsável pelo crescimento trimestral das exportações petrolíferas foi o aumento das quantidades exportadas face ao trimestre anterior.

Em 2012 destaca-se precisamente a recuperação do sector petrolífero, dado que este sector passou de uma contracção de 5,6% em 2011 para uma expansão de 4,3%. De referir que as estimativas para o crescimento do sector não petrolífero para 2012 passaram de 9,0% para 9,1%. Esta revisão pode ser explicada pelo maior crescimento dos sectores agricultura e energia. Em linha com esta recuperação, o indicador de clima económico do III trimestre já demonstrava um comportamento positivo na maioria dos principais sectores da actividade económica.

Sumário Executivo

1 Fonte: IMF World Economic Outlook, Outubro, 20122 Fonte: IMF World Economic Outlook Update, Janeiro, 2013

3 Crédito do Sistema Bancário (BNA e Bancos Comerciais)

12 13Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

O Índice de Preços do Consumidor variou 2,85% no IV trimestre de 2012 contra os 1,81% verificados no III trimestre do mesmo ano. Este aumento da inflação no IV trimestre pode ser considerado sazonal dada a pressão que a época festiva gera sobre a procura de bens alimentares. As variações mensais foram de 0,91%, 0,93% e 0,99%, para Outubro, Novembro e Dezembro, respectivamente.

A variação trimestral da inflação esteve associada à persistência de problemas na cadeia de distribuição de alimentos e à assimetria de informação que é maior durante esta época devido ao facto de os grossistas tentarem maximizar o seu lucro através do aproveitamento da maior disponibilidade a pagar dos agentes económicos; sendo que esta disponibilidade deve-se em parte aos receios que os agentes económicos têm de que o excesso de procura por alguns produtos essenciais leve ao esgotamento dos mesmos. Estes factores terão contribuído para um agravamento dos custos de transacção cujo efeito se viu reflectido na variação das seguintes classes: classe 04- habitação, água, electricidade, gás e combustível (5,19%), classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas (2,96%), classe 03- vestuário e calçado (2,58%), classe 12- bens e serviços diversos (2,55%). As variações das duas primeiras classes poderão estar fortemente relacionadas com a quebra na oferta de alguns dos seus produtos e ou serviços causada pela falta de quedas pluviométricas verificada ao longo do ano de 2012 e com a forte procura por bens alimentares que normalmente acontece durante o último trimestre do ano.

Gráfico 2 - Classes do IPC que Mais Variaram (IV Trim’12)

Gráfico 1 - Inflação Trimestral (I Trim’10 – IV Trim’12)

Fonte: BNA e INE

I Trim I Trim I TrimII Trim II Trim II TrimIII Trim2010 2011 2012

III Trim III TrimIV Trim IV Trim IV Trim

1,81%

2,85%3,44%

3,94%

Fonte: BNA e INE

04. Habitação, Água, Electricidade, Gás e Combustíveis

03. Vestuário e Calçado 12. Bens e Serviços Diversos 11. Hotéis, Cafés e Restaurantes

01. Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas

6,00%

5,00%

4,00%

3,00%

2,00%

1,00%

0,00%

As classes: classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas (1,35 p.p.), classe 04- habitação, água, electricidade, gás e combustível (0,60 p.p.) e classe 07- transportes (0,17 p.p.), foram as que mais contribuíram para a variação do índice. De realçar que a contribuição da classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas foi superior, em cerca de 0,26 p.p., em relação ao trimestre anterior.

Na classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas, as subclasses que mais contribuíram para a variação do índice foram: a subclasse 0112- carnes e derivados, com 0,41 p.p.; a subclasse 0113- peixes e mariscos, com 0,31 p.p.; a subclasse 0117- legumes e tubérculos, com 0,24 p.p. e a subclasse 0111- pão e cereais, com 0,18 p.p..

Na classe 04- habitação, água, electricidade, gás e combustível, as subclasses que mais contribuíram foram: a subclasse 0441- abastecimento de água, com 0,40 p.p. e a subclasse 0452- gás, com 0,19 p.p..

Finalmente, na classe 07- transportes, as subclasses que mais se destacaram em termos de contribuição foram a subclasse 0732- serviço de transporte terrestre (0,09 p.p.) e a subclasse 0711- veículos a motor (aquisição) (0,07 p.p.).

Em termos de produtos, os que mais contribuíram para a variação do índice no IV trimestre foram a água em tambor, o gás (botija de 12 kg) e o carapau fresco, sendo que o contributo acumulado trimestral de cada um foi de 0,40 p.p., 0,19 p.p. e 0,13 p.p., respectivamente.

Uma breve análise histórica permite verificar que desde o início de 2010 que a classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas apresenta, em média, as maiores variações, tendo a mais alta sido verificada no IV trimestre de 2011 (4,44%). A classe 1 é seguida pela classe 12- bens e serviços diversos que registou a sua maior variação no II trimestre de 2010 (5,27%) e no IV trimestre de 2011 (5,27%), contudo somente registou uma variação de 2,55% no IV trimestre de 2012.

A classe 03- vestuário e calçados surge em terceiro lugar no quadro das maiores variações, tendo a sua maior variação ocorrido no IV trimestre de 2011 (4,17%). No trimestre em análise, esta classe registou uma variação de 2,58%.

Como seria expectável, o agravamento dos custos de transacção também se traduziu na variação acentuada das subclasses: subclasse 0452- gás (15,43%), subclasse 0441- abastecimento de água (12,07%) e subclasse 0121- café e chá (10,22%).

Gráfico 3 - Subclasses do IPC que Mais Variaram (IV Trim’12)

18,00%16,00%14,00%12,00%10,00% 8,00%6,00%4,00%2,00%0,00%

0452. Gás 0441. Abastecimento de Água 0121. Café e Chá 0911. Aparelhos de Som e Imagem

0913. Equipamento Informático 0723. Conservação e Reparação de Veículos 0511. Móveis e Acessórios

Fonte: BNA e INE

Inflação Trimestral

Análise da Variação dos Índices de Preços

5,00%4,50%4,00%3,50%3,00%2,50%2,00%1,50%1,00%0,50%

0%

14

Gráfico 4 - Evolução das Classes do IPC que Mais Variaram (I Trim’10 – IV Trim’12)

Fonte: BNA e INE

De 2010 até à presente data, a classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas é a que tem contribuído de forma mais significativa para a variação do índice de preços devido ao seu grande peso no cálculo do referido índice (aproximadamente de 44%). Realça-se que esta classe apresenta um comportamento não padronizado ao longo do período em estudo.

Gráfico 5 - Classes que Mais Contribuíram para a Variação do IPC (I Trim’10 – IV Trim’12)

Fonte: BNA e INE

15Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

As subclasses listadas na Tabela 1 foram as que mais contribuíram para a variação do IPC no IV trimestre de 2012 e também foram as que mais variaram e contribuíram para o IPC trimestral durante os anos 2010, 2011 e 2012.

Inflação em 2012

A inflação de 2012 foi 9,02%, o que representa uma desaceleração face à taxa registada no mesmo período de 2011 (11,38%). A desaceleração da taxa de inflação para um dígito permitiu que a mesma se situasse abaixo do objectivo do executivo para o ano,10%. As classes que registaram as maiores variações foram a classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas (10,78%), a classe 05- mobiliários, equipamentos domésticos e manutenção (10,34%) e a classe 03- vestuário e calçado (9,75%).

As maiores contribuições para a inflação de 2012 vieram da classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas (4,85 p.p.), da classe 04- habitação, água, electricidade, gás e combustível (0,97 p.p.) e da classe 03- vestuário e calçado (0,64 p.p.).

ContribuiçãoCarnes e DerivadosAbastecimento de ÁguaPeixes e MariscosLegumes e TubérculosGásPão e Cereais

VariaçãoCarnes e DerivadosAbastecimento de ÁguaPeixes e MariscosLegumes e TubérculosGásPão e Cereais

0,26 p.p.0,01 p.p.0,33 p.p.0,44 p.p.0,04 p.p.0,40 p.p.

2,89%0,31%2,79%3,28%3,13%2,96%

0,32 p.p.0,09 p.p.0,46 p.p.0,39 p.p.0,00 p.p.0,37 p.p.

3,59%3,82%3,85%2,96%0,16%2,77%

0,36 p.p.0,21 p.p.0,73 p.p.0,69 p.p.0,00 p.p.0,49 p.p.

4,04%8,68%5,98%5,14%0,16%3,63%

0,27 p.p.0,15 p.p.0,56 p.p.0,89 p.p.0,00 p.p.0,51 p.p.

3,11%6,25%4,57%6,49%0,00%3,83%

0,23 p.p.0,15 p.p.0,18 p.p.0,29 p.p.0,05 p.p.0,22 p.p.

2,30%4,39%2,96%3,21%4.16%2,27%

0,37 p.p.0,02 p.p.0,26 p.p.0,45 p.p.0,05 p.p.0,27 p.p.

3,74%0,50%4,13%4,85%3,80%2,76%

0,17 p.p.0,07 p.p.0,21 p.p.0,13 p.p.0,02 p.p.0,09 p.p.

1,67%2,05%3,38%1,43%1,71%0,95%

0,39 p.p.0,10 p.p.0,38 p.p.0,44 p.p.0,04 p.p.0,28 p.p.

3,86%2,92%5,91%4,73%2,96%2,87%

0,19 p.p.0,08 p.p.0,20 p.p.0,24 p.p.0,02 p.p.0,23 p.p.

1,91%2,49%3,10%2,58%1,70%2,38%

0,22 p.p.0,06 p.p.0,19 p.p.0,35 p.p.0,02 p.p.0,20 p.p.

2,20%1,73%2,87%3,69%1,59%2,10%

0,22 p.p.0,07 p.p.0,29 p.p.0,27 p.p.0,00 p.p.0,13 p.p.

2,23%1,97%4,34%2,79%0,33%1,29%

0,41 p.p.0,40 p.p.0,31 p.p.0,24 p.p.0,19 p.p.0,18 p.p.

4,03%12,07%

4,61%2,53%

15,43%1,90%

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim II Trim III Trim IV Trim

Fonte: BNA e INE

Tabela 1 - Subclasses que Mais Contribuíram para o IPC e Respectivas Variações (I Trim’10 – IV Trim’12)

04. Habitação, Água, Electricidade, Gás e Combustíveis01. Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas

03. Vestuário e Calçado 12. Bens e Serviços Diversos

6,00%

5,00%

4,00%

3,00%

2,00%

1,00%

0%

5,00%4,50%4,00%3,50%3,00%2,50%2,00%1,50%1,00%0,50%

0%

Inflação Trimestral

01. Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas

07. Transportes

04. Habitação, Água, Electricidade, Gás e Combustíveis

03. Vestuário e Calçado

2010 2011 2012

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

16 17Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Cesta Básica

No IV trimestre de 2012, os produtos da cesta básica que registaram as maiores variações foram a fuba de bombó (5,91%), a fuba de milho (5,85%) e a carne seca (4,46%).

Variação do Índice de Preços Grossista (IPG)

De acordo com a nota de imprensa de Dezembro de 2012 do INE, o IPG (composto pelos sectores: agro-pecuário (secção A), da pesca (secção B) e da indústria transformadora (secção D)) registou uma variação trimestral de 2,19%, o que corresponde a um aumento de 0,17 p.p. em relação à variação do III trimestre (2,03%) e de 0,18 p.p. em relação ao período homólogo de 2011 (2,01%).

Enquanto os produtos nacionais registaram uma variação trimestral de 1,80%, os produtos importados registaram uma variação de 2,30%. Estes aumentos foram uns dos factores que pressionaram o índice de preços no grossista.

A secção B- pesca foi a que mais contribuiu para o aumento do IPG a nível dos produtos nacionais e a secção A- agricultura, produção animal, caça e silvicultura foi a que mais contribuiu para o aumento do IPG a nível dos produtos importados.

IPG em 2012

O IPG em 2012 foi de 8,18%, cerca de 1,89 p.p. abaixo do valor alcançado no ano anterior (10,07%). O IPG acumulado apresentou a seguinte composição: 7,10% para os produtos nacionais e 8,48% para os produtos importados. Comparativamente ao mesmo período de 2011, as variações foram menores em 1,89 p.p. para o IPG global, em 3,10 p.p. para o IPG dos produtos nacionais e 1,55 p.p. para o IPG dos produtos importados.

Analisando simultaneamente o comportamento dos índices IPG e IPC observa-se que ambos decresceram em 2012, contudo há que realçar a aceleração do IPG em Dezembro de 2012. Tanto o IPG como o IPC demonstram uma tendência decrescente, o que pode sugerir que a evolução do IPG está a influenciar a evolução do IPC, permitindo assim que o retalhista transfira para os consumidores parte da redução dos seus custos junto do grossista.

Previsão da Inflação para o I Trimestre 2013

Para o primeiro trimestre de 2013 prevê-se uma variação trimestral no IPC entre 1,65% (limite inferior) e 2,10% (limite superior) e uma variação trimestral média de 1,87%. Há que destacar que a variação média encontra-se abaixo da inflação trimestral registada no período homólogo do ano passado (2,03%). Em termos homólogos prevê-se uma variação entre 8,73% e 8,96%, sendo que o limite superior desta previsão encontra-se abaixo do registado no primeiro trimestre de 2012 (11,12%).

Açúcar granel 1kg Arroz corrente 1kg Carne seca 1kg Farinha trigo granel 1kg Feijão castanho 1kg Fuba de bombó granel 1kg Fuba de milho amarelo/granel 1kg Leite em pó 2270gr Massa alimentar esparguete 450gr Óleo de palma 1lt Óleo de soja 900ml Sabão barra rio azul 1Kg Sal 1Kg

1,88% 2,60% 0,28% 3,98% 0,61% 1,99% 2,23% 1,08% 0,46% 5,90% 3,76% 0,56% 0,04%

3,17% 2,76% 0,00% 0,67% 6,10% 4,79% 3,65% 2,61% 0,66% 5,20% 1,92% 2,09% 0,18%

1,98% 1,63% 0,64% 1,65% 5,39% 1,07% 3,30% 3,34% 1,84% 2,71% 0,41% 9,19% 0.93%

1.30% 0,63% 4,46% 3,45% 0,78% 5,91% 5,85% 2,29% 0,49% 2,67% 0,09% 0,35% 1,14%

I Trim II Trim III Trim IV Trim

Fonte: INE

Produtos da Cesta Básica

Variação 2012

Tabela 2 - Produtos que Compõem a Cesta Básica (I Trim’12 – IV Trim’12)

Gráfico 6 - Comportamento da Variação Homóloga do Índice de Preços do Grossista (IPG) e Índice de Preços ao Consumidor (IPC) (Jan’10 – Dez’12)

18,00%

16,00%

14,00%

12,00%

10,00%

8,00%

6,00%

4,00%

2,00%

0,00%

Jan’

10Fe

v’10

Mar

’10

Abr’1

0M

ai’1

0Ju

n’10

Jul’1

0Ag

o’10

Set’1

0Ou

t’10

Nov

’10

Dez’1

0Ja

n’11

Fev’

11M

ar’1

1Ab

r’11

Mai

’11

Jun’

11Ju

l’11

Ago’

11Se

t’11

Out’1

1N

ov’1

1De

z’11

Jan’

12Fe

v’12

Mar

’12

Abr’1

2M

ai’1

2Ju

n’12

Jul’1

2Ag

o’12

Set’1

2Ou

t’12

Nov

’12

Dez’1

2

9,02%

8,18%

11,38%

10,07%

IPC IPGFonte: BNA e INE

1.2

1.0

0.8

0.6

0.4

0.2

0

(%)

20132012

Previsão Central Limite Superior Limite Inferior Inflação Observada

Gráfico 7 - Projecção da Inflação para o I Trimestre de 2013

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar

Fonte: DEE/BNA

18 19Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

O exercício da projecção da inflação considerou:

• A evolução mais recente do Índice de Preços no Consumidor (IPC), sendo que o valor verificado para Janeiro de 2013 foi assumido como o projectado;

• A programação financeira do Tesouro e a perspectiva de uma baixa execução da mesma no I trimestre;

• A prevista depreciação do Kwanza face ao Dólar dos Estados Unidos da América, principal moeda de referência em termos de troca comercial e outras negociações tais como contratos;

• Um ligeiro abrandamento na procura interna efectiva em relação ao trimestre anterior, dado que no IV trimestre de 2012 a procura expandiu-se devido à época festiva;

• Uma possível especulação de preços por parte dos agentes económicos em função da entrada em circulação da nova família do Kwanza;

• A possível subida de preço de algumas commodities alimentares;

• A pressão moderada e decrescente dos preços externos sobre os preços internos.

No entanto, podem ser apontados vários riscos associados às previsões da inflação, nomeadamente os que se seguem:

• Despesas fiscais superiores ao programado para o I trimestre, o que pode ser alimentado pelo pagamento de alguns atrasados do exercício anterior;

• Maior depreciação do Kwanza face ao Dólar norte americano devido à possível especulação no mercado cambial associada à entrada em vigor da Nova Lei Cambial do sector petrolífero;

• Aumento dos preços de bens e serviços fruto da especulação associada à introdução da nova família do Kwanza;

• Fortes quedas pluviométricas que podem pôr em risco a oferta de certos bens e serviços nacionais;

• Factores estruturais relacionados com a cadeia de distribuição e importação de alimentos;

• Subida considerável do preço das commodities alimentares.

Sumário do capítulo da Análise da Variação dos Índices de Preços

Tal como verificado em anos anteriores, no IV trimestre de 2012 registou-se a maior variação trimestral do IPC do ano, uma característica associada à maior procura por bens e serviços que se verifica durante a época natalícia.

As classes que mais contribuíram para a variação do índice no IV Trimestre foram a classe 01- alimentação e bebidas não alcoólicas (1,35 p.p.), a classe 04- habitação, água, electricidade, gás e combustível (0,60 p.p.) e a classe 07- transportes (0,17 p.p.). A análise das classes permite concluir que as pressões inflacionistas trimestrais também podem estar relacionadas com a reduzida queda de chuvas que se fez sentir no território nacional. A tendência decrescente do IPG e do IPC permitiu que pela primeira vez na história económica recente da República de Angola se atingisse uma taxa de inflação anual de um dígito, 9,02%.

No IV trimestre de 2012, a desaceleração das economias desenvolvidas e da economia chinesa demonstram que a retoma da economia mundial para níveis de actividade pré-crise será um processo de médio-prazo.

A incerteza tem minado a recuperação da economia mundial. Os eventos que mais contribuíram para a incerteza económica foram por um lado a crise da dívida soberana da Zona Euro, e por outro lado a taxa de desemprego alta e o persistente impasse ao nível da política fiscal que se verifica na economia norte-americana.

Os dados económicos referentes ao IV trimestre revelam uma contracção da actividade económica mundial, sendo que os países que possuem economias mais sofisticadas apresentam um crescimento estimado do Produto Interno Bruto (PIB) muito aquém das previsões. Perante este cenário, a revisão do World Economic Outlook (FMI) de Janeiro de 2013 estima que a Zona Euro contraiu 0,70% e que a economia americana e a japonesa cresceram 1,90% e 0,20%, respectivamente.

Tanto a Rússia como a China viram as suas estimativas de crescimento do PIB Real do IV trimestre de 2012 face ao IV trimestre de 2011 revistas, de 2,5%4 para 2,4%5, e de 7,9%6 para 8,1%7, respectivamente.

As estimativas do Fundo Monetário Internacional apontam ainda para um crescimento real do PIB mundial8 de 3,50% em 2013 e de 4,10% em 2014. Em 2013, o FMI prevê uma contracção de 0,20% para a Zona Euro e um crescimento de 2,0% e 1,2% para as economias americana e japonesa, respectivamente. O FMI prevê um crescimento de 5,5% das economias emergentes em 2013 e um crescimento de 5,9% em 2014, sendo que o Brasil, a China e a Índia poderão crescer em 2013, 3,5%, 8,2%, e 5,90%, respectivamente. De acordo com os seus indicadores de macro convergência9

da SADC, a previsão de crescimento para 2013 destas economias é de 4,79%.

Actividade Económica

Economia Internacional

Tabela 3 - Comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) das Principais Economias (2010 – 2013)

PIB Mundial

Europa Zona EuroPortugalRússia

ÁsiaJapãoChinaÍndia

América BrasilEstados Unidos da América

África África do Sul

5,10

2,000,304,30

4,5010,4010,10

7,502,40

3,10

3,90

1,40-2,204,30

-0,609,307,90

2,701,80

3,50

3,20

-0,40

3,60

2,007,804,50

1,002,30

2,50

2,70

1,000,304,00

1,9010,00

8,80

5,503,10

2,60

4,00

1,60-2,204,30

-0,509,507,80

3,801,50

3,40

3,30

-0,40

3,70

2,207,804,90

1,502,20

2,90

3,60

0,20

3,80

1,208,206,00

4,002,10

3,50

-0,20

3,70

1,208,205,90

3,502,00

3,00

4,10

1,00

3,80

1,908,506,40

4,003,00

2010 2011 2012

Estimado Projecções

2010 2011 2012Out’12* Jan’13 * Jan’13 *

2013 2014

*Data em que as projecções foram realizadas.

Fonte: FMI (WEO Update Janeiro 2013; WEO Update Julho 2012; WEO Abril 2012; WEO Update Janeiro 2012), Banco de Portugal, SADC

4 Fonte: FMI World Economic Outlook Update (FMI WEO), Outubro 20125 Fonte: FMI WEO Update, Janeiro 20136 Fonte: FMI WEO, Outubro 20127 Fonte: FMI Update, Janeiro 20138 Fonte: FMI Update, Janeiro 20139 Fonte: SADC, Fevereiro de 2013

20 21Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Durante o IV trimestre de 2012 notaram-se sinais de desaceleração económica nas economias dos BRICS. Prova desta desaceleração é a redução das exportações e importações da Índia e China face ao período homólogo de 2011. Por seu lado, as importações do Brasil registaram um crescimento de 50% e uma redução de 6,1% das exportações. O recente abrandamento económico dos BRICS diminuiu a capacidade destes países enquanto “motores” da economia mundial.

O grau da pressão inflacionista nos BRICS varia de país para país. A inflação na China e na Índia registou uma ligeira desaceleração tendo passado de 1,90% e 9,70% no final do III trimestre para 2,50% e 10,60% no final do IV trimestre de 2012, respectivamente. No Brasil verificou-se uma aceleração da taxa de inflação tendo esta passado de 5,30% no III trimestre para 5,80% no IV trimestre. Na África do Sul a taxa de inflação passou de 5,50% no final do III trimestre para 5,70% no final do IV trimestre de 2012.

Mercado Cambial

No IV trimestre de 2012 tanto o Rand como o Real se depreciaram face ao câmbio para Dólar dos Estados Unidos da América em relação ao trimestre anterior. Mais concretamente, o Rand depreciou 1,97% e o Real brasileiro 1,24% face ao Dólar dos Estados Unidos da América. Por outro lado, o Renminbi e o Euro apreciaram-se em 0,86% e em 2,62% face à moeda norte-americana. A incerteza sobre o acordo orçamental dos EUA foi uma das principais causas da apreciação do Euro face ao Dólar dos Estados Unidos da América.

No trimestre passado observou-se que o Rand sul-africano e o Real brasileiro depreciaram em 1,84% e 0,85%, respectivamente. Em sentido contrário, o Renminbi e o Euro apreciaram-se face ao Dólar dos Estados Unidos da América em 1,09%, e 1,52%, respectivamente.

18,8015,6725,2732,7836,73

18,2715,2730,6026,4231,22

16,65 24,55 32,3423,11 33,52

17,7825,3034,2622,0527,37

13,65 19,30 20,0824,86 26,43

17,5018,3933,7820,5620,17

11,811,56

-24,9120,07 21,47

10,61 0,82

15,8914,27

0,37

8,33-3,968,887,054,75

8,73-2,997,517,63

-1,37

3,72-12,90

-2,756,480,90

5,72-12,68

-7,3610,46

-12,36

0,06-12,71-12,74

1,41-1,44

1,08-12,67-13,65

……

50,002,80

……

-6,10……

Importações (CIF)EUA*Zona Euro*Brasil*China*África do Sul*

Exportações (FOB)EUA*Zona Euro*Brasil*China*África do Sul*

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim II Trim III Trim IV Trim2011 2012

Fonte: FMI (Dados extraídos em Fevereiro de 2013)

Tabela 4 - Comportamento das Importações e Exportações dos Principais Parceiros de Angola (I Trim’11 – IV Trim’12)

Inflação

Durante o IV trimestre de 2012, particularmente nos meses de Novembro e Dezembro, as taxas de inflação das principais economias mundiais desaceleraram. Nos Estados Unidos da América a inflação passou de 2,00% no final do III trimestre de 2012 para 1,70% no final do IV trimestre. Na Zona Euro a inflação passou de 2,60% no final do III trimestre de 2012 para 2,2% no final do IV trimestre do mesmo ano. Portugal e Bélgica seguiram a tendência da Zona Euro, tendo as suas taxas de inflação desacelerado de 2,90% e de 2,80% no III trimestre, para 1,90% e 2,20% no final do IV trimestre de 2012, respectivamente.

Gráfico 8 - Comportamento da Inflação das Economias Avançadas (Jan’12 – Dez’12)

Jan’12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12

Zona Euro Japão BélgicaEstados Unidos da AméricaPortugal

4,00%3,50%3,00%2,50%2,00%1,50%1,00%0,50%0,00%

-0,50%-1,00%-1,50%

Fonte: FMI/Banco de Portugal/BloombergFonte: Bloomberg

Fonte: FMI/Bloomberg

Gráfico 9 - Comportamento da Inflação nos BRICS (Jan’12 – Dez’12)

12,00%

10,00%

8,00%

6,00%

4,00%

2,00%

0,00%Jan’12 Fev’12 Mar’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12

China África do Sul Índia RússiaBrasil

Gráfico 10 - Comportamento do Euro face ao US$ (Jan‘12 – Dez‘12)

1.4

1.35

1.3

1.25

1.2

1.15

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

22 23Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Gráfico 11 - Comportamento do US$ face ao Renminbi (Jan‘12 – Dez 12)

6.4

6.35

6.3

6.25

6.2

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg

A moeda chinesa registou apreciações em relação à moeda norte-americana nos meses de Outubro e Novembro, passando de 6,2373 no dia 31 Outubro para 6,2266 no dia 30 Novembro. Em Dezembro, todavia, observou-se uma ligeira depreciação (0,06%). Apesar da depreciação do Renminbi em Dezembro, a apreciação da moeda chinesa no IV trimestre face ao Dólar dos Estados Unidos da América foi de 0,86%. Em igual período, a moeda sul-africana depreciou-se face ao Dólar dos Estados Unidos da América (1,97%). De referir que no trimestre anterior também se verificou uma depreciação do Rand sul-africano. O comportamento do Rand pode estar relacionado com as manifestações e greves da mina de platina Marikana. A greve dos mineiros em Agosto de 2012 culminou numa tragédia humana que originou receios de instabilidade social por parte dos investidores. Como problemas de instabilidade social podem vir a minorar a capacidade produtiva do país, estes acontecimentos também chamaram a atenção da agência de rating S&P para os problemas estruturais da África do Sul. No III trimestre de 2012 a moeda sul-africana depreciou em -1,84%. Em Outubro de 2012 a agência de rating S&P decidiu cortar o rating do país, de BBB+ para BBB.

Tal como se verificou no trimestre anterior, a moeda brasileira registou no IV trimestre uma depreciação de 1,244% face ao Dólar dos Estados Unidos da América. A apreciação do Real brasileiro no final do trimestre está relacionada com a intervenção do Banco Central do Brasil no mercado cambial através da venda de 41.800 contractos de swap cambial avaliados em US$ 2.100 milhões.

Gráfico 12 - Comportamento do US$ face ao Rand Sul-Africano (Jan‘12 – Dez‘12)

9.35

8.85

8.35

7.85

7.35

6.85

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

Gráfico 13 - Comportamento do US$ face ao Real Brasileiro (Jan‘12 – Dez‘12)

Gráfico 14 - Comportamento do Índice de Preços das Commodities do FMI (I Trim’10 – IV Trim’12)

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

2.15

2.05

1.95

1.85

1.75

1.65

Commodities

No IV trimestre de 2012 o índice geral das commodities registou uma contracção de 0,82% relativamente ao trimestre anterior. Na base deste comportamento estiveram as variações negativas dos índices de energia (0,99%), dos índices de preços commodities não petrolíferas (0,53%) e do índice de bebidas (4,48%).

Realça-se que o preço do petróleo foi simultaneamente influenciado pelas tensões no Médio Oriente, pelo aumento das reservas petrolíferas dos EUA e pelos receios de uma redução na procura desta commodity em função da desaceleração da economia mundial.

Fonte: FMI

I Trim I Trim I TrimII Trim II Trim II TrimIII Trim2010 2011 2012

III Trim III TrimIV Trim IV Trim IV Trim

220210200190180170160150140130

EnergiaBebidas

24 25Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

De acordo com o FMI, os índices de commodities não petrolíferas apresentaram um comportamento mais díspar, sendo que os alimentos, bebidas, sumos industriais e metais apresentaram variações de -3,26%, 4,48%, 2,96% e -4,26%, respectivamente.

No IV trimestre de 2012 o índice de preços dos alimentos registou uma redução devido sobretudo à fraca procura mundial, ao excesso de stock de óleo de palma (óleos), aos ganhos de produtividade por parte dos produtores (carne) e às expectativas de aumento de produção e das exportações (açúcar). Por seu turno, o índice de preço dos lacticínios continua equilibrado e susceptível às condições de pastagem no hemisfério sul.

Gráfico 15 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Óleo, Carne e Lacticínios (Out’11 – Dez’12)

Gráfico 17 - Comportamento da Taxa de Crescimento do PIB (2010 – 2013*)

Sumário do capítulo da Economia Internacional

A crise na Zona Euro, a desaceleração da economia norte-americana e o crescimento moderado da economia chinesa são alguns dos factores que estão por detrás do abrandamento da actividade económica global e das perspectivas de crescimento para 2013. A debilidade na recuperação económica global abranda a pressão sobre a procura dos principais recursos de exportação para da maioria dos países do continente africano, isto é commodities, limitando e ou vulnerabilizando assim uma ou mais das suas principais fontes de geração de riqueza.

A última estimativa para o crescimento real do PIB aponta para uma taxa de 7,4% para 2012, o que comparado com a taxa de 2011 (3,9%) demonstra sinais de recuperação económica. Em 2012 destaca-se a recuperação do sector petrolífero, dado que este sector passou de uma contracção de 5,6% em 2011, para uma expansão de 4,3%. No que respeita ao PIB não petrolífero registou-se um ligeiro abrandamento de 0,6 p.p., passando de 9,7% para 9,1%. Apesar da ligeira desaceleração na taxa de crescimento do PIB não petrolífero há que realçar que esta taxa continua a ser superior à taxa do PIB petrolífero (4,3%).

Para 2013 projecta-se um crescimento do PIB de 7,1% em termos reais, valor ligeiramente inferior ao ano de 2012 todavia superior ao crescimento verificado no ano de 2011. A taxa de crescimento projectada para o PIB real de 2013 é menor que a taxa verificada em 2012 devido a um menor crescimento esperado para o PIB não petrolífero (7,3%), mais concretamente dos sectores agricultura, diamantes e outros e pescas e derivados.

Produto Interno Bruto

Sector Real

3,5%3,9%

7,4% 7,1%

7,8%

-2,9%2010 2011 2012 2013

-5,6%

9,7%9,1%

7,3%6,6%

4,3%

12,0%

10,0%

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0%

-2,0%

-4,0%

-6,0%

-8,0%

*Projecção

Fonte: Ministério do Planeamento

Fonte: FAO/ONU

Fonte: FAO/ONU

PIB GlobalPIB Não PetrolíferoPIB Petrolífero

Out’1

1

Nov

’11

Dez’1

1

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

260.0

240.0

220.0

200.0

180.0

160.0

140.0

120.0

100.0

Índice da CarneÍndice do ÓleoÍndice dos Alimentos Índice de Lacticínios

Gráfico 16 - Comportamento do Índice de Preços dos Alimentos, Cereais e Açúcar (Out ‘11 – Dez ‘12)

Índice do AçúcarÍndice dos CereaisÍndice de Alimentos

Out’1

1

Nov

’11

Dez’1

1

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2350.0

300.0

250.0

200.0

150.0

100.0

26 27Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Produto Interno Bruto por Sectores

Indústria Petrolífera

No IV trimestre de 2012 registou-se um aumento trimestral de 1,08% e um aumento de 1,44% da produção de petróleo face ao IV trimestre de 2011. A produção total no IV trimestre de 2012 foi de 159,26 milhões de barris, o que corresponde a uma média de 1,77 milhões de barris por dia. Em termos acumulados, até Dezembro, registou-se uma produção total de 633,62 milhões de barris, o que perfaz uma produção média diária de 1,74 milhões de barris, valor inferior ao programado no OGE de 2012. Para 2013 programa-se o mesmo valor de milhões de barris/dia, ou seja, 1,84 milhões de barris/dia.

No IV trimestre do ano de 2012, a produção diamantífera expandiu 1,81% em relação ao trimestre anterior, sendo Dezembro o mês em que se registou maior produção. Em 2012, a produção de diamantes foi 0,82% inferior à produção de 2011.

Em 2012 observa-se uma diminuição da produção diamantífera do I trimestre para o II trimestre, seguido de um aumento da produção no III e IV trimestre. No IV trimestre de 2012, o preço médio do quilate angolano registou um aumento trimestral de 3,76%, gerando assim um impacto positivo nas receitas deste sector da economia angolana.

Indústria Diamantífera

Indústria Cimenteira

No IV trimestre de 2012 registou-se um ligeiro aumento no preço da matéria-prima, tendo passado de um preço médio de 108,8 Dólares por barril no III trimestre para 109,4 Dólares por barril no IV trimestre.

Tabela 5 - Produção Petrolífera (2011 – 2013)

MINPET - realizadoOGE - programado

1.651.60

1.77 1.72 1.81 1.77 1.741.84 1.84

Fonte: MINPET/OGE2012

Milhões barris/dia 2011 I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12 2012 2013

Gráfico 18 - Comportamento da Produção e Preço do Petróleo (I Trim’10 – IV Trim’12)

180.00160.00140.00120.00100.00

80.0060.0040.0020.00

0.00

140.00120.00100.0080.0060.0040.0020.000.00

US$

Milh

ões

de B

arris

/ Trim

estre

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

Fonte: Ministério dos Petróleos

Fonte: Ministério de Geologia e Minas

Preço Médio das Ramas Angolanas ($/bbl) (LD)Produção Petrolífera

Gráfico 19 - Comportamento da Produção Diamantífera (I Trim’10 – IV Trim’12)

Gráfico 20 - Comportamento da Produção de Cimento (I Trim’10 – IV Trim’12)

2500.00

2000.00

1500.00

1000.00

500.00

0.00

200.00180.00160.00140.00120.00100.0080.0060.0040.0020.000.00

US$

Preço dos DiamantesProdução de Diamantes (Milhões Quilates)

Produção de Cimento (Mil Toneladas)

450.00

400.00

350.00

300.00

250.00

200.00

150.00

100.00

50.00

0.00

Fonte: Ministério do Planeamento/Nova Cimangola/Sécil Lobito

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

28 29Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

De acordo com os dados disponibilizados pelo INE do indicador de clima económico, desde o II trimestre de 2011 que o indicador apresenta uma contínua estabilidade, tendo permanecido abaixo da média da série. No que respeita ao aumento de produção, à excepção do comércio, os principais sectores da actividade nacional apresentam ao longo do III trimestre um comportamento favorável.

Indústria Transformadora

No IV trimestre de 2012, o aumento da distribuição de energia veio contrariar as sucessivas quedas da distribuição que se verificaram nos restantes trimestres de 2012. Mais concretamente, este aumento traduziu-se num crescimento de 2,18% da distribuição de energia no IV trimestre face ao III trimestre e num aumento de 36,26% face ao período homólogo de 2011.

O relativamente reduzido nível de precipitação contribuiu para um baixo nível de água na albufeira da barragem hidroeléctrica da Capanda, o que por sua vez obrigou as entidades governamentais a limitar o fornecimento de energia eléctrica às cidades abastecidas por esta grande unidade de produção de electricidade. Segundo a Empresa Nacional de Electricidade (ENE), as restrições mais significativas ocorreram nas cidades de Malange, Luanda, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Uíge e Bengo.

Indicador de Clima Económico (III Trimestre)

Esta secção pretende retractar a situação económica actual na óptica dos agentes económicos através do indicador de confiança compilado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este indicador mede a percepção dos empresários sobre o desempenho dos sectores da economia num determinado período de tempo que se pretende de curto prazo, neste caso, trimestral. O referido indicador é calculado com base numa recolha de dados realizada através de um inquérito de conjuntura dos sectores da indústria extractiva, indústria transformadora, construção, comércio, turismo e transportes nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla e Kwanza Sul. Realça-se que cerca de 80% das empresas do país encontram-se sediadas nessas quatro províncias e empregam aproximadamente 53,50% dos trabalhadores.

Adicionalmente realça-se que o indicador de clima económico (ICE) é um instrumento de avaliação das expectativas dos empresários sobre a evolução da economia no curto prazo. Este indicador é resultado da média aritmética simples dos saldos das respostas extremas (SER) das mesmas variáveis que compõem os diferentes indicadores de confiança (IC) sectoriais após a sua normalização e aplicação da média móvel.

No IV trimestre de 2012, a produção de cimento registou um decréscimo trimestral de 5,30%, passando de 395,511 mil toneladas no III trimestre de 2012 para 374,552 mil toneladas no IV trimestre do mesmo ano. Apesar da produção do IV trimestre ter registo um decréscimo face ao trimestre anterior, em 2012, a produção acumulada foi de 1.408,666 mil toneladas contra 1.206,305 mil toneladas em 2011, o que representa um aumento de 16,78% na produção anual de cimento.

Indústria EnergéticaGráfico 22 - Indicador do Clima Económico (I Trim’10 – III Trim’12)

Gráfico 21 - Comportamento da Distribuição de Energia (I Trim’11 – IV Trim’12)

1400.00

1200.00

1000.00

800.00

600.00

400.00

200.00

0.00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012

Distribuição Nacional de Energia pela ENE (MWh)Fonte: Empresa Nacional de Electricidade

MédiaICEFonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

25

20

10

25

10 10 10 10 1010

30

25

20

15

10

5

0

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

I Trim II Trim III Trim2012

Gráfico 23 - Indústria Transformadora (I Trim’10 – III Trim’12)

Fonte: INE

2010I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim II Trim III Trim

50

40

30

20

10

0

-10

23

45

17

39

19

41

20

31

1723 23

1613

2522

41

6

37

-1

36

1

43

Perspectiva de ActividadeActividade Actual

30 31Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Segundo o boletim do INE, o indicador de confiança evoluiu positivamente em relação ao período anterior e ao homólogo. Este aumento foi fruto do comportamento favorável da variável “perspectiva de produção” para os próximos três meses. Quanto às limitações nas actividades das empresas do sector, o número de empresas a registar limitações foi menor face ao período homólogo de 2011. Foram registados como principais constrangimentos a falta de água, energia e mão-de-obra especializada. Adicionalmente, as frequentes avarias mecânicas nos equipamentos, o excesso de burocracia e o elevado absentismo do pessoal ao serviço limitaram, igualmente, a actividade das indústrias transformadoras.

Construção

No III trimestre de 2012, o indicador de confiança do sector do comércio manteve uma ligeira estabilidade em relação ao trimestre anterior, tendo este comportamento garantido que o indicador permanecesse abaixo da média da série. Quando comparado ao período homólogo verifica-se uma evolução negativa do indicador de confiança. Este comportamento está associado à diminuição da actividade no sector e das perspectivas em relação ao próximo trimestre. Em relação ao período homólogo de 2011, no III trimestre de 2012 verificou-se um maior número de empresas que sentiu limitações nas suas actividades. Os principais constrangimentos foram a insuficiência da procura, o excesso de burocracia e as regulamentações estatais. Outras limitações para a actividade do sector foram as dificuldades financeiras e a escassez de pessoal qualificado.

Transportes O indicador de confiança do sector de construção evoluiu positivamente em relação ao período homólogo de 2011, contudo apresentou uma contracção face ao segundo trimestre de 2012. Este comportamento positivo deveu-se às boas perspectivas de actividade e emprego. No que concerne as limitações da actividade verificou-se que, comparativamente ao trimestre homólogo, no III trimestre de 2012 mais empresas se ressentiram com limitações. De acordo com os empresários do sector, os principais constrangimentos no sector foram o nível elevado das taxas de juro e a insuficiente procura. Adicionalmente, a deterioração das perspectivas de vendas, o elevado absentismo da mão-de-obra e falta de materiais também contribuíram para limitar a actividade das empresas.

Gráfico 24 - Construção (I Trim’10 – III Trim’12)

Gráfico 25 - Comércio (I Trim’10 – III Trim’12)

Gráfico 26 - Transportes (I Trim’10 – III Trim’12)

Fonte: INE

2010I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim II Trim III Trim

37

-10

7

44 46

1412

5164

7770

78

29

7568

2613 19

1018

45

2

Perspectiva de ActividadeActividade Actual

100

80

60

40

20

0

-20

Fonte: INE

2010I Trim II Trim III Trim IV Trim

2010

0-10-20-30-40-50-60-70

-2

Perspectiva de ActividadeCarteira de Encomenda Actual

4

-6 -4

-38

-15

-47

-22

-48

-24-34

-15

-35

-10

-61

5

-46

16

-38

15

-40

13

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim II Trim III Trim

Fonte: INE Perspectiva de ActividadeActividade Actual

44 44 47

2010I Trim II Trim III Trim IV Trim

50

40

30

20

10

0

-10

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim II Trim III Trim

37

12 10

44

5

40 40

-1 -1-7

41

11 9

41 43 42

-1

00

Comércio

32 33Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim II Trim III Trim

Perspectiva da EmpresaActividade da EmpresaFonte: INE

33

9 11 1319

2428

-8-15

-20 -23 -20-24

-27

40

30

20

10

0

-10

-20

-30

Gráfico 27 - Turismo (I Trim’11 – III Trim’12)

Gráfico 28 - Indústria Extractiva (I Trim’11 – III Trim’12)

Turismo

A conjuntura no sector dos transportes é favorável para o IV trimestre, pois o indicador de confiança permaneceu acima da média da série. Este comportamento deveu-se ao aumento da actividade e às boas perspectivas de emprego no próximo trimestre. Em relação ao período homólogo, as empresas transportadoras assinalaram que a sua actividade económica foi desenvolvida com menores limitações. Os principais constrangimentos do sector estiveram associados às dificuldades financeiras e à concorrência. Outras limitações que afectaram a actividade económica deste sector foram a insuficiência da procura e o excesso de burocracia.

No III trimestre de 2012, de um modo geral, a conjuntura económica no sector do turismo foi favorável, pois, o indicador de confiança manteve a tendência ascendente do trimestre anterior, situando-se acima da linha média da série. O indicador de confiança também evoluiu positivamente quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Segundo a opinião dos empresários, esta evolução deveu-se ao aumento da actividade das empresas e das boas perspectivas em relação às mesmas. No que concerne as limitações da actividade no sector, no período em análise pode constatar-se que menos empresas foram afectadas por limitações no desenvolvimento da sua actividade quando comparado ao período homólogo. No que respeita às limitações da actividade no sector, a insuficiência da procura e o elevado absentismo do pessoal ao serviço estiveram entre os principais constrangimentos. Igualmente, as dificuldades financeiras e as dificuldades em encontrar pessoal qualificado afectaram negativamente o sector do turismo.

Na indústria extractiva registou-se um desagravamento da conjuntura no sector, sendo que o indicador de confiança contrariou a tendência descendente dos trimestres anteriores, embora permaneça abaixo da média da série. Realça-se, igualmente, uma tendência negativa do indicador face ao trimestre homólogo devido ao comportamento desfavorável das variáveis produção e perspectiva de exportação. Em relação às limitações encontradas pelas empresas no desenrolar das suas actividades, no III trimestre constatou-se um aumento face ao período homólogo de 2011 do número de empresas afectadas por essas limitações. As maiores limitações registadas foram a falta de mão-de-obra especializada, os equipamentos insuficientes e as frequentes avarias mecânicas. Verificou-se ainda que o elevado absentismo da mão-de-obra e o excesso de regulamentações estatais também limitaram a actividade da indústria extractiva.

Índice de Produção Industrial (III Trimestre)

Ao analisar o índice de produção industrial total das principais indústrias nacionais constata-se uma evolução trimestral negativa, isto é, uma redução do índice de produção industrial face ao trimestre anterior. Esta evolução é provocada essencialmente pela fraca performance das indústrias extractivas e pela situação desfavorável que se tem verificado na produção e distribuição de electricidade, gás e água. Há que destacar que este cenário foi atenuado pelo crescimento do índice de produção das indústrias transformadoras (7,16%).

Em termos de variação homóloga, o índice de produção industrial registou um aumento de 8,79%, impulsionado principalmente pelas indústrias transformadoras cujo índice de produção cresceu 17,16% durante este período.

Fonte: INE Perspectiva de ProduçãoProdução

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

3020100

-10-20-30-40 -29

2011I Trim II Trim III Trim

122

7 4

17

1

19

114

-2

3

-4

18

Indústria Extractiva

34 35Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Tabela 6 - Índice de Produção Industrial (III Trim’12)

Indústria Total

Indústrias Extractivas Petróleo, Gás e Serviços Diamantes Resto Indústrias Extractivas

Índústrias Transformadoras Indústrias Alimentares, Bebidas e Tabaco

Indústrias Alimentares Indústrias das Bebidas e do Tabaco

Fabricação de Têxteis, Vestuário e Calçado Indústrias da Madeira Fábric. Pastas de Papel, Edição ImpressãoFábric. de Prod. Petrolíferos, Químicos e Outros Indústrias MetalúrgicasFábric. de Máquinas, Equipam. e Aparelhos Fabricação de Mobiliário

Produção e Distrib. de Elect., Gás e Água Electricidade, Gás, VaporTratamento de Água

-0,20%

-2,25%-2,20%0,49%

-33,71%

7,16%5,55%9,50%

-3,87%-5,31%30,45%11,96%13,89%

-30,20%1,82%

29,50%

-13,49%-4,05%

-22,26%

8,79%

6,44%6,19%

12,81%-5,91%

17,16%8,21%

15,64%-7,95%16,71%42,24%16,47%26,94%21,05%20,34%65,96%

4,16%12,86%

2,79%

Fonte: INE

III Trimestre Variação Trimestral Variação Homóloga

Sumário do capítulo do Sector Real

Em 2012 o sector petrolífero registou uma extraordinária evolução, de uma contracção de 5,6% em 2011 poderá expandir-se 4,3%. A estimativa para o PIB10 de 2012 foi 7,4%, o que comparado com o PIB do ano anterior (3,9%)demonstra que o ajustamento económico angolano está parcialmente terminado.

O PIB não petrolífero de 2012 registou um ligeiro abrandamento de 0,6 p.p., passando de 9,7% para 9,1%. A análise do PIB por sectores permite concluir que apesar da ligeira desaceleração na taxa de crescimento do PIB não petrolífero, esta taxa continua a ser superior à taxa do PIB petrolífero (4,3%).

Para 2013 projecta-se um crescimento real do PIB de 7,1%, o que constitui uma redução da taxa de crescimento face à taxa de 2012 e representa uma melhoria face à taxa de 2011.

No que concerne ao aumento de produção, com excepção do comércio, os principais sectores da actividade nacional apresentaram no III trimestre de 2012 um comportamento favorável.

O exame do índice de produção industrial total das principais indústrias nacionais permite identificar uma evolução trimestral negativa, ou seja, uma redução do índice de produção industrial face ao trimestre anterior.

Sector ExternoConta de Bens

No IV trimestre de 2012 o saldo da Conta de Bens deteriorou-se em 6,91% face ao trimestre anterior. Este agravamento que pode ser explicado pelo aumento das importações numa magnitude superior ao das exportações.

De acordo com os dados apresentados, o saldo da Conta de Bens do IV trimestre situou-se em US$ 10.960,00 milhões, o que corresponde a uma redução de US$ 813,00 milhões em relação ao III trimestre (US$ 11.773,00 milhões), e uma redução de US$ 1.504,00 milhões relativamente ao IV trimestre de 2011 (US$ 12.464,00 milhões).

Gráfico 29 - Saldo da Conta de Bens (I Trim’11 – IV Trim’12)

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

11.413

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

Fonte: DES/BNA

10.016

12.46412.818 12.95411.871 11.773

10.960

Milh

ões

de U

S$

10 Fonte: Ministério do Planeamento

36 37Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Tal como se pode divisar na tabela 7, as importações do IV trimestre, US$ 6.301,03 milhões, foram superiores às importações do III trimestre, US$ 4.804,91 milhões. Este aumento corresponde a uma variação de 31,14%.

No IV trimestre de 2012 Portugal foi o principal parceiro comercial de Angola, tendo as importações deste país representado 17,56% do total das importações angolanas. Ao nível das importações angolanas também se deve destacar a China dado que este país foi responsável por mais de 10% do total das importações angolanas (10,73%).

Como uma parte considerável da procura interna de bens alimentares é coberta pelas importações e como as classes de bens alimentares são as que mais contribuem para a variação do índice de preços é pertinente examinar a evolução da taxa de câmbio e taxa de inflação dos principais países exportadores de bens alimentares para Angola, dos quais Portugal faz parte. No IV trimestre de 2012 registou-se uma apreciação trimestral do Euro face ao Dólar (2,62%) e uma desaceleração da taxa de inflação trimestral portuguesa. A pressão inflacionista sobre as importações alimentares originárias de Portugal gerada pela valorização do Euro face ao Dólar pode ter sido parcialmente mitigada pela desaceleração da inflação portuguesa.

Tabela 7 - Importações e Exportações - FOB (I Trim’11 – IV Trim’12)

15.855,034.442,24

11.412,79

19.466,016.064,53

12.954,16

16.248,846.232,67

10.016,17

17.041,295.169,84

11.871,45

17.364,344.546,09

12.818,25

16.577,864.804,91

11.772,95

6.077,001.498,624.578,40

6.057,461.821,244.057,07

5.661,801.737,633.937,20

5.806,911.950,343.702,50

5.693,801.771,183.948,20

5.730,105.896,643.200,65

17.432,605.007,44

12.463,70

17.261,256.301,03

10.960,22

I Trim II Trim III Trim Out Nov Dez IVº Trim0,39%

10,15%-2,77%

4,12%31,14%-6,90%

66,90120,22846,711

70,34622,34048,006

32,23%21,37%37,68%

2011-20125,15%

10,44%2,77%

∆ Trim 2010-2011

2011

2012

Fonte: DES/BNA

ExportaçõesImportaçõesConta de Bens

ExportaçõesImportaçõesConta de Bens

Tabela 8 - Evolução do Valor FOB das Importações por Países (I Trim’12 – IV Trim’12)

Fonte: DES/BNA

PaísesPortugalEstados Unidos da América ChinaBélgicaÁfrica do SulBrasilEmiratos Árabes UnidosOutros Total

Milhões de USD Peso IV Trimestre

Out Nov Dez2012

258,61104,31225,55107,15

91,9376,3363,70

893,671.821,24

365,1779,33

200,1699,2481,94

107,4882,85

934,161.950,34

364,0576,12

177,65115,64

60,2798,7979,86

1.557,072.529,45

1.946,41295,14534,27371,94222,03244,31146,13

2.304,306.064,53

783,24237,90465,72386,30190,67214,35196,45

2.695,215.169,84

782,13228,72440,98322,29205,43218,73210,84

2.395,784.804,91

987,83259,75603,36322,03234,14282,61226,41

3.384,906.301,03

15,68%4,12%9,58%5,11%3,72%4,49%3,59%

53,72%100,00%

Out Nov Dez2012

14,20%5,73%

12,38%5,88%5,05%4,19%3,50%

49,07%100,0%

18,72%4,07%

10,26%5,09%4,20%5,51%4,25%

47,90%100,0%

14,39%3,01%7,02%4,57%2,38%3,91%3,16%

61,56%100,0%

I Trim II Trim III Trim (total) (total) (total)

III Trim (total)

IV Trim (total)

Acum

Quando se analisa as importações por produtos do IV trimestre verifica-se que face ao III trimestre registou-se um aumento das importações de combustíveis, reactores nucleares e veículos automóveis. No IV trimestre de 2012 o peso trimestral dos combustíveis aumentou para 25,21% e o peso trimestral dos alimentos para 13,03% do total importado.

No IV trimestre de 2012 observou-se um aumento das exportações de 6,56% quando comparado ao trimestre anterior e um aumento de 1,34% em relação ao IV trimestre de 2011. O petróleo continua a ser o produto mais representativo (97,71%) das exportações angolanas. Realça-se que as exportações trimestrais de diamantes do IV trimestre cresceram percentualmente mais do que as exportações de petróleo.

Tabela 9 - Importações por Categoria Económica (I Trim’11 – IV Trim’12)Milhões de USD Milhões de USD ∆ Acum

Tabela 10 - Exportação por Produtos (I Trim’11 – IV Trim’12)

PaísesPetróleo BrutoDiamantesOutros Total

15.232,46223,65342,41

15.798,52

15.495,73387,33397,39

16.280,46

16.776,90359,19421,29

17.557,37

17.033,52234,99405,42

17.673,93

18.936,97250,96278,08

19.466,01

16.399,30354,33305,73

17.059,36

16.413,15263,70204,15

16.881,00

17.261,25287,46212,30

17.761,01

2011 2012IV Trim IV Trim IV Trim

Fonte: DES/BNA

I Trim II Trim III Trim IV Trim I Trim II Trim III Trim IV TrimMilhões de USD

97,28%1,29%1,43%

100,00%

96,13%2,08%1,79%

100,00%

97,23%1,56%1,21%

100,00%

97,19%1,62%1,20%

100,00%

1,53%-34,58%

-3,77%0,66%

5,17%9,01%3,99%5,21%

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012 2011 2012 2011/2012

Peso Variação

1,34%22,33%

-47,63%0,49%

Produtos Combustíveis Alimentos Reactores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos ou partes Veículos automóveis, tractores, motocicletas e outros ciclos, outros terrestres, partes e acessóriosOutrosTotal

Milhões de USD

Fonte: DES/BNA

Peso Variação %

85,1%35,3%

16,1%

2,9%16,1%31,1%

49,8%7,4%

3,3%

56,0%-6,0%10,4%

142,7%-2,6%

20,0%

31,4%0,8%

25,8%

867,90606,93

683,18

260,052.024,184.442,24

863,35559,93

606,62

290,333.912,446.232,67

905,21672,74

565,40

375,982.026,764.546,09

734,11945,07

586,11

428,682.313,465.007,44

I Trim II Trim III Trim IVTrim Total2011 2011

I Trim II Trim III Trim IVTrim Total2012 2012

Trim AcmulI Trim II Trim III Trim IVTrim 2012 III Trim - IV Trim

Meses12

917,71727,53

606,50

449,423.363,386.064,53

1.388,07662,71

606,41

554,101.958,555.169,84

962,35680,17

605,91

547,442.009,044.804,91

1.781,44920,35

703,35

563,122.332,766.301,03

15,13%12,00%

10,00%

7,41%55,46%

100,00%

26,85%12,82%

11,73%

10,72%37,88%

100,00%

20,03%14,16%

12,61%

11,39%41,81%

100,00%

28,27%14,61%

11,16%

8,94%37,02%

100,00%

3.370,572.784,67

2.441,31

1.355,0510.276,8420.228,44

5.049,572.990,76

2.522,17

2.114,089.663,72

22.340,31

38 39Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

O comportamento da procura por Dólares dos Estados Unidos da América pode ser analisado no gráfico 30 pela oscilação da taxa de câmbio máxima oferecida. Este gráfico também demonstra a correcção observada da taxa de câmbio máxima oferecida pelos bancos comerciais, de 95,66 Kz/US$ no final de Setembro para 96,07 Kz/US$ no final de Dezembro. A subida da taxa de câmbio no IV trimestre reflecte um aumento da procura por Dólares americanos.

Evolução da Taxa de Câmbio

A taxa média de referência registou uma depreciação, passando de 95,42 Kz/US$ em Setembro para 95,83 Kz/US$ em Dezembro de 2012. Esta evolução corresponde a uma depreciação de 0,43% do Kwanza.

No IV trimestre, a nível do mercado secundário registou-se uma subida da taxa de câmbio das notas Kwanza (0,96%), da taxa praticada pelas casas de câmbio (0,35%) e da taxa de câmbio do mercado informal (1,61%).

A evolução das taxas de câmbio contribuiu para que o diferencial entre as taxas de câmbio do mercado secundário de notas e do informal aumentasse de 6,63% em Setembro para 7,33% em Dezembro. Nos últimos doze meses a taxa de câmbio de referência, a taxa do mercado secundário de notas e a taxa do mercado informal registaram depreciações de cerca de 0,57%, 0,95% e 2,36%, respectivamente, o que evidencia que as taxas de câmbio continuam a não registar volatilidades consideráveis.

Mercado Cambial Interno

Síntese da Actividade do Mercado Primário

No IV trimestre de 2012 o montante total de divisas vendidas no mercado primário foi de US$ 5.147,14 milhões, valor inferior ao vendido no trimestre anterior, US$ 5.188,83 milhões. No período homólogo de 2011 a venda de divisas foi de US$ 3.768,07 milhões.

Gráfico 30 - Actividade do Mercado Cambial (Jan’11 – Dez’12)

Taxa Mínima OferecidaTaxa Máxima Oferecida Cut-Off Vendas

Fonte: DMA/DES/BNA

106.000104.000102.000100.00098.00096.00094.00092.00090.00088.00086.00084.000

350,000,000.00

300,000,000.00

250,000,000.00

200,000,000.00

150,000,000.00

100,000,000.00

50,000,000.00

0.00

Vend

as (U

S$)

Taxa

de

Câm

bio

de R

efer

ênci

a

Tabela 11 - Taxas de Câmbio: Resumo dos Mercados Primário, Secundário, Informal e Casas de Câmbio (Dez’10 – Dez’12)

Mercado Primário(Taxa Referência)CompraVendaMédia

Bancos (Divisas)CompraVendaMédia

Bancos (Notas)CompraVendaMédia

Mercado Informal (Notas)CompraVendaMédia

Casas de CâmbioCompraVendaMédia

92,41292,87492,643

91,93895,71193,825

91,93895,71193,825

99,500103,000101,250

94,93898,68896,813

92,52892,99192,760

91,93895,71193,825

91,93895,71193,825

99,500103,000101,250

94,93898,68896,813

93,01793,48293,250

92,40096,07694,238

92,40096,07694,238

99,833103,000101,417

94,68897,70896,198

93,08593,55093,318

94,56696,38995,477

94,56696,38995,477

99,833102,000100,917

95,43899,60097,519

93,20993,67593,442

93,59696,42895,012

93,59696,42895,012

99,833102,000100,917

95,68899,76997,729

94,46194,93394,697

94,66796,90595,786

95,28097,77796,528

99,833102,000100,917

96,000101,563

98,781

95,04495,52095,282

95,12298,38696,754

95,12298,38696,754

101,167103,667102,417

98,750102,000100,375

95,08195,55695,318

95,63998,14096,890

95,91798,60497,261

100,000102,250101,125

97,889101,500

99,694

95,12295,59895,360

95,19698,34996,772

94,93798,58596,761

100,000102,500101,250

98,750101,613100,181

95,13995,61595,377

95,05197,89096,470

94,71098,67096,690

100,333102,917101,625

99,444101,967100,706

95,15595,63195,393

94,75497,80496,279

95,80598,70097,253

100,833105,000102,917

99,438101,969100,703

95,18295,65895,420

95,07098,32496,697

94,83798,66096,748

101,333105,000103,167

99,500101,900100,700

95,23295,70895,470

95,18298,51696,849

94,91298,71496,813

101,333105,000103,167

99,667102,044100,856

95,47395,95195,712

95,44998,73297,090

93,90098,85196,376

102,500106,750104,625

99,889102,156101,022

95,58796,06595,826

95,47398,87397,173

96,30399,04197,672

102,667107,000104,833

99,667102,439101,053

0,425%0,425%0,425%

0,424%0,558%0,492%

1,546%0,386%0,955%

1,316%1,905%1,616%

0,168%0,529%0,350%

Variações

Anterior ao mês de Março, as taxas do mercado secundário foram calculadas com base no método manual.

Dec’10 Jan’11 Fev’11 Jul’11 Ago’11 Set’11 Dez’11 Mar’12 Jun’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 Trim

0,571%0,571%0,571%

0,369%0,495%0,433%

1,242%0,666%0,949%

1,482%3,215%2,359%

0,928%0,430%0,675%

0,571%0,571%0,571%

0,369%0,495%0,433%

1,242%0,666%0,949%

1,482%3,215%2,359%

0,928%0,430%0,675%

Acum. Anual 12 Meses

No gráfico 31 pode ser observada a relativa estabilidade da taxa de câmbio ao longo do IV trimestre de 2012. Enquanto que ao longo do IV trimestre se verifica uma trajectória descendente

Gráfico 31 - Actividade do Mercado Cambial vs. Inflação Homóloga (Jan’11 – Dez’12)

Fonte: BNA e INE

96.00

95.50

95.00

94.50

94.00

93.50

93.00

92.50Ja

n’11

Fev’

11

Mar

’11

Abr’1

1

Mai

’11

Jun’

11

Jul’1

1

Ago’

11

Set’1

1

Out’1

1

Nov

’11

Dez’1

1

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

16,00%15,00%14,00%13,00%12,00%11,00%10,00%

9,00%8,00%7,00%

Inflação HomólogaTaxa de Câmbio

15,13%

15,06%

14,76%14,63%

14,54%

14,58%

14,13%13,68%

11,91%11,44%

93.1993.27

93.27

93.28

93.28

93.03

93.3093.32

94.7095.17

95.25

95.28

95.29 95.30

95.32

95.33

95.35

95.36

95.3795.39

95.4295.47

95.8395.71

11,28%

11,38%

9,02%

9,83%

9,76%9,65%

9,87%

10,02%10,11%

10,51%10,88%

11,12%11,32%

11,48%

Fonte: DMA/DSI/DES/BNA

Leilão Especial para Casas de Câmbio

40 41Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Fonte: DES/BNA

No final do IV trimestre de 2012 as reservas internacionais líquidas (RIL) situaram-se em US$ 30.602,68 milhões, o que representa uma expansão de 1,86% das RIL em relação ao trimestre anterior e uma expansão de 17,32% em relação ao IV trimestre de 2011.

Os factores que terão sido mais determinantes para o aumento trimestral das RIL são o aumento dos desembolsos de financiamento (4,21%) internos (obrigações do tesouro) e externos (linhas de crédito) e o aumento considerável das receitas do exercício (62,27%) suportadas pelo aumento das exportações do petróleo (5,46%) e diamantes (17,94%).

Sumário do capítulo do Sector Externo

A deterioração do Saldo da Conta dos Bens do IV Trimestre de 2012 (6,91%) face ao trimestre anterior deveu-se a um aumento das importações num nível superior ao aumento das exportações.

No IV trimestre não se verificou uma alteração nos principais parceiros comerciais de Angola e no produto mais representativo das exportações e importações. Portugal e a China continuam a ser os principais parceiros comerciais de Angola. O petróleo continuou a ser o produto mais representativo das exportações e o combustível continuou a ser o produto mais representativo das importações.

No mercado cambial internacional, o Rand e o Real depreciaram-se face ao Dólar norte-americano e o Renminbi e o Euro apreciaram-se face à moeda norte-americana.

No IV trimestre de 2012, a taxa de câmbio média de referência Kz/US$ registou uma depreciação de 0,43%. Realça-se que no final do IV trimestre de 2012 as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) expandiram em 1,86% face ao trimestre anterior, situando-se em US$ 30.602,68 milhões.

Gráfico 32 - Evolução das Reservas Internacionais Líquidas (I Trim’10 – IV Trim’12)

Obrigações de Curto Prazo Reservas Brutas Reservas Internacionais Líquidas (RIL)

70.000,00

60.000,00

50.000,00

40.000,00

30.000,00

20.000,00

10.000,00

0,00

-10.000,00

12.9

52,3

5

14.6

61,5

0

15.7

40,2

6

17.3

26,6

2

17.8

89,4

0

21.4

68,8

2

13.7

84,9

7

15.8

79,6

4

16.2

23,2

9

19.3

39,3

5

20.0

66,4

5

23.6

45,2

0

25.1

66,6

623

.022

,24

26.0

84,2

2

26.7

88,7

4

30.2

15,4

1

30.0

42,6

2

30.6

02,6

8

28.3

93,1

0

29.2

33,1

1

32.6

24,3

9

32.4

61,5

1

33.0

05,1

1

-301,15 -302,10 -1.083,18 -2.012,73 -2.177,04 -2.176,37 -2.144,42 -2.308,88 -2.444,37 -2.408,98 -2.418,89 -2.402,43

I Trim II Trim III Trim IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

Sector FiscalReceitas

A execução dos planos de caixa mensal referentes ao IV trimestre de 2012 foi realizada com base na taxa de câmbio média Kz/US$ 95,48 (Kz 0,31 acima do programado) e na exportação de 156,53 milhões de barris de petróleo bruto, ou seja, 0,40% abaixo do programado. O preço médio do petróleo atingiu US$ 109,93 por barril, o que representou 4,49% acima do programado.

Assim, os fluxos de recursos do Tesouro do IV trimestre atingiram Kz 935.536,53 milhões, dos quais Kz 313.584,71 milhões (33,52%), referentes a saldos livres acumulados de exercícios anteriores, Kz 39.386,69 milhões (4,21%) referentes a desembolsos de financiamentos e Kz 582.565,13 milhões (62,27%) referentes a receitas do exercício.

Os desembolsos de financiamentos consubstanciaram-se em desembolsos externos por via de linhas de crédito e desembolsos internos através da emissão de Obrigações do Tesouro.

As receitas do exercício do IV trimestre de 2012 registaram uma diminuição de 43,42% em relação ao III trimestre e de 48,68% em relação ao período homólogo de 2011. No IV trimestre de 2012 o grau de execução das receitas do exercício situou-se apenas nos 65,67% em relação ao programado, enquanto que no III trimestre de 2012 e no período homólogo de 2011 o grau de execução foi de cerca de 117,36% e 116,46%.

A fraca execução observada nas receitas do exercício do IV trimestre de 2012 pode explicar-se pela execução das receitas petrolíferas (56,17%), sendo que esta foi motivada pelo atraso no recolhimento da receita da Concessionária Nacional.

Tabela 12 - Receitas Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12)

Receitas de Exercícios AnterioresSaldos L. Acum. no Exerc. AnteriorDesembolsos de FinanciamentosReceitas do Exercício

Receitas CorrentesTributária

PetrolíferasNão petrolíferas

Receitas de CapitalOutrasTotais

Executado

-804.066,37280.512,09

1.135.207,55

1.135.207,551.135.207,55

751.594,21383.613,34

-0,00

2.219.786,01

242.505,12207.695,2648.025,47

775.656,63

775.492,44775.492,44487.128,18288.364,26

164,19-

1.273.882,48

202.271,4970.177,1391.626,79

1.028.241,86

1.028.241,861.028.241,86

828.067,13236.490,38

--36.315,65

1.392.317,27

62.786,64108.338,2597.732,83

1.029.554,82

1.029.554,821.029.554,82

837.289,20192.265,62

0,000,00

1.298.412,54

0,00313.584,7139.386,69

582.565,13

582.316,95582.316,95378.504,80203.812,15

248,180,00

935.536,53

lV Trim’11 I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12-100,00

1,89-59,70-43,42

-43,44-43,44-54,79

6,01

--

-6,74

--61,00-85,96-48,68

-48,70-48,70-49,64-46,87

--

-41,51

III Trim’12 IV Trim’11Receitas

Var (%) IV trim 12

--

60,2969,86

69,8769,8753,86

140,44

34,42-

175,60

-100,0040,7292,83

92,8792,8791,75

115,55

--

99,25

-100,0060,84

117,36

117,40117,40124,1694,88

0,00-

113,28

--

26,9665,66

65,6765,6756,1795,71

61,28-

90,54

I Trim II Trim III Trim IV TrimGrau de Exe/PFT

507.563,25699.795,35276.771,78

3.416.018,44

3.415.606,073.415.606,072.530.989,31

920.932,41

412,37-36.315,65

4.900.148,82

Ano 2012

Exe/PFT

Fonte: Ministério das Finanças

Obs.: Dados Expressos em Milhões de USD

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

42 43Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

As receitas não petrolíferas foram executadas em 95,71% do programado, o que evidencia maior eficiência na arrecadação de impostos, particularmente sobre o rendimento e comércio externo.

Gráfico 33 - Receitas Previstas e Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12)

Gráfico 34 - Estrutura das Receitas (IV Trim’11 – IV Trim’12)

Estrutura das Receitas Fiscais Composição das Receitas Correntes

Fonte: Ministério das Finanças

Fonte: Ministério das Finanças

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00IV Trim I Trim II Trim III Trim IV Trim

20122011

Receitas Previstas Receitas Realizadas

0% 20% 40% 60% 80% 100%

65,00% 35,00%

18,67%

22,21%77,79%

62,82% 37,18%

33,79%66,21%

81,33%

IV Trim’12

III Trim’12

II Trim’12

I Trim’12

IV Trim’11

Correntes Capital Não PetrolíferasPetrolíferas

0% 20% 40% 60% 80% 100%

99,96% 0,04%

99,98% 0,02%

100,00%

100,00%

100,00%

IV Trim’12

III Trim’12

II Trim’12

I Trim’12

IV Trim’11

Despesas

No IV trimestre de 2012 os fluxos de saídas do exercício alcançaram Kz 985.278,67 milhões. Estes fluxos dividiram-se em despesas do período anterior11 (Kz 320.083,71 milhões), e despesas do exercício (Kz 665.194,96 milhões). Enquanto as despesas do período anterior representaram 32,49% do total das despesas, as despesas do exercício representaram 67,51% do total das despesas.

Tal como se verificou nos trimestres anteriores, as receitas do exercício estão representadas maioritariamente pelas receitas correntes (99,96%), sendo que 65,00% correspondeu a receitas petrolíferas e 35,00% a receitas não petrolíferas.

Em 2012, a execução das receitas do exercício ficou abaixo do programado dado que somente se concretizou 85,78%. Deste modo, o volume de receitas no ano alcançou Kz 3.416.018,44 milhões face aos Kz 3.962.439,22 milhões programados. Ressalta-se que cerca de 74% do total das receitas do exercício foram receitas petrolíferas, enquanto apenas 24% foram receitas não petrolíferas. Apesar do peso significativo das receitas petrolíferas nota-se um crescimento gradual do peso das receitas não petrolíferas, o que pode ser um sinal positivo quanto à diversificação das fontes de receitas do Governo.

11 Despesas programadas em períodos anteriores e executadas no período em análise.

Despesas do Exerc. anterior (Restos a pagar)Despesas do Período anteriorDespesas do Exercício

Despesas CorrentesDespesas com o PessoalDespesas em Bens e ServiçosTransferências CorrentesSubsídios

Despesas de CapitalInvestimentos PúblicosTransferências de CapitalAplicações em Activos FinanceirosOutras Despesas de Capital

Serviço da DívidaJuros

Juro da Dívida InternaJuro da Dívida Externa

Amortização da Dívidada Dívida Internada Dívida Externa

Total das DespesasSaldo do ExercícioSaldo Primário não PetrolíferoSaldo Primário PetrolíferoSaldo Global (Caixa)

Executado

Fonte: Ministério das FinançasObs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

Tabela 13 - Despesas Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12)

--

1.024.666,19

570.531,43281.949,69212.737,5844.402,8931.441,27

266.104,61225.514,75

292,62-

40.297,24

188.030,1534.436,7823.942,4210.494,36

153.593,38105.857,0647.736,31

1.024.666,191.195.119,82

477.962,39845.943,25

1.254.187,27

--

896.073,95

484.841,16232.148,48132.200,3731.392,5189.099,80

190.177,85147.858,97

2.401,217.663,32

32.254,35

221.054,9418.706,4610.862,947.843,52

202.348,48183.043,8019.304,68

896.073,95324.215,15-90.613,19108.150,73335.459,78

-75.333,64

909.862,20

509.509,06213.826,52133.280,8432.427,78

129.973,92

153.380,20115.663,24

2.123,11-

35.593,85

246.972,9433.218,6925.341,757.876,94

213.754,25175.101,6538.652,60

985.195,84162.756,18

-387.727,01203.849,74219.437,90

-99.163,00

1.055.877,04

598.727,15258.053,01197.247,1447.160,4496.266,56

352.022,38165.656,08

1.194,25-

185.172,05

105.127,5112.958,618.375,544.583,07

92.168,9072.324,2519.844,65

1.155.040,0490.640,27

-680.958,09-35.934,51124.180,48

-320.083,71665.194,96

365.453,72224.994,9893.036,8628.867,3518.554,53

73.193,8845.199,961.236,733.214,52

23.542,67

226.547,3625.842,4919.058,356.784,14

200.704,87165.396,6435.308,23

985.278,67-172.676,73-402.404,45-227.711,80138.695.96

lV Trim’11 I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12

-222,79-37,00

-38,96-12,81-52,83-38,79-80,73

-79,21-72,71

3,56-

-87,29

115,5099,42

127,5548,03

117,76128,6977,92

-14,70

--

-35,08

-35,95-20,20-56,27-34,99-40,99

-72,49-79,96322,64

--41,58

20,48-24,96-20,40-35,3530,6756,25

-26,03

-3,84

III Trim’12 IV Trim’11DespesasVar (%) IV trim 12

--

83,56

87,34101,0671,3161,8099,89

82,3377,3498,3971,05

121,36

77,20120,89138,69102,6474,7082,2339,99

93,48

--

65,56

88,8694,0564,8072,95

135,48

31,7932,6269,89

-31,05

74,40167,63218,4295,8968,4970,6760,06

68,14

-251,5493,00

96,76104,8284,66

141,0490,65

117,7379,1738,08

-243,98

48,3191,45

133,2258,1345,3143,38

-

96,40

711,7258,72

63,5070,7953,7766,0045,31

31,3033,1541,2330,6728,03

70,0698,42

110,9074,7967,5582,5636,48

83,66

I Trim II Trim III Trim IV TrimGrau de Exe/PFT

-494.580,35

3.527.008,15

1.958.531,09929.022,99555.765,21139.848,08333.894,81

768.774,31474.378,25

6.955,3010.877,84

276.562,92

799.702,7590.726,2563.638,5827.087,67

708.976,50595.866,34113.110,16

4.021.588,50

Ano-2012Exe/PFT

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

As despesas do exercício do IV trimestre de 2012 foram executadas apenas em 58,72% do programado face à execução de 93,00% e 80,49% ocorrida no III trimestre de 2012 e no período homólogo de 2011, respectivamente. Em termos de valores absolutos, quando comparadas com o volume de despesas efectuadas no III trimestre de 2012 e no período homólogo de 2011 observa-se uma diminuição de 37,00% e de 35,08%, respectivamente.

A execução das principais categorias de despesas, nomeadamente as despesas correntes de capital e serviço da dívida, situou-se à volta dos 50% face ao programado. No entanto, as rubricas juros e amortização da dívida interna destacam-se com níveis de execução significativos face ao programado, isto é 110,90% e 82,56%, respectivamente.

44 45Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

No que respeita à estrutura das despesas totais pode observar-se no gráfico 36 que as despesas correntes representam a maior fatia, sendo seguidas pelas despesas de exercícios anteriores, serviço da dívida e de capital.

Gráfico 35 - Despesas Previstas e Realizadas (IV Trim’11 – IV Trim’12)

Despesas Previstas Despesas Realizadas

1.600.000,00

1.400.000,00

1.200.000,00

1.000.000,00

800.000,00

600.000,00

400.000,00

200.000,00

0,00

IV Trim I Trim II Trim III Trim IV Trim20122011

Fonte: Ministério das Finanças

Gráfico 36 - Estrutura das Despesas (IV Trim’12)

22,99%

Estrutura das Despesas Totais

7,43%37,09%

32,49%

Estrutura das Despesas Correntes

Despesas de Exerc. AnterioresDespesas Correntes

Serviço da DívidaDespesas de Capital

Despesas em Bens e ServiçosDespesas com o Pessoal

SubsídiosTransferencias Correntes

61,57%

5,08%

25,46%

7,90%

Fonte: Ministério das Finanças

Em relação à estrutura das despesas correntes, o maior peso pertenceu às despesas com o pessoal, seguidas das despesas com bens e serviços, transferências correntes e subsídios, respectivamente.

A estrutura do serviço da dívida evidenciou uma maior participação da amortização face aos juros, tendo a amortização da dívida interna assumido uma maior representatividade.

Relativamente à estrutura das despesas de capital observou-se uma maior participação nas rubricas investimentos públicos e outras despesas de capital.

A execução das despesas em 2012 ficou aquém do programado, atingindo cerca de 74,59%. O volume de despesas do exercício situou-se em Kz 3.527.008,15 milhões, quando o programado apontava para Kz 4.728.408,14 milhões. Do total das despesas do exercício cerca de 55,53% representam despesas correntes, 22,67% despesas com o serviço da dívida e 21,80% despesas de capital.

Gráfico 37 - Estrutura do Serviço da Dívida (IV Trim’12)

Amortização da DívidaJuros ExternaInterna

11,41%

88,59%81,42%

18,58%

Fonte: Ministério das Finanças

Fonte: Ministério das Finanças

Gráfico 38 - Estrutura das Despesas de Capital (IV Trim’12)

Transferências de CapitalInvestimentos Públicos Aplicações em Activos Financeiros Outras Despesas de Capital

32,17%

4,39%

1,69%

61,75%

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

46 47Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Saldos Fiscais e Fontes de Financiamento

No IV trimestre de 2012, o desempenho das contas fiscais revelou um resultado inferior aos do III trimestre e ao período homólogo de 2011, tendo apresentado no que concerne ao saldo do exercício um saldo deficitário de Kz 172.676,73 milhões . O saldo primário não petrolífero do período em análise foi deficitário em Kz 402.404,45 milhões e o saldo primário petrolífero foi deficitário em Kz 227.711,80 milhões, contudo o saldo corrente foi superavitário (Kz 216.863,23 milhões), o que evidencia o asseguramento das operações do Tesouro sem pressão monetária.

Em comparação com o saldo primário não-petrolífero, o saldo primário petrolífero apresentou um resultado trimestral melhor, demonstrando desta forma o peso significativo do sector petrolífero na economia. Porém, quando se compara o saldo primário não-petrolífero do IV trimestre com o do III trimestre e período homólogo de 2011 nota-se uma melhoria deste indicador.

Assim, para cobrir o défice do exercício, no IV trimestre de 2012, o Tesouro recorreu ao financiamento interno por via de emissão de Bilhetes do Tesouro e utilização de recursos de exercícios anteriores.

No que diz respeito ao ano de 2012 observou-se que o saldo do exercício12 foi deficitário (Kz 110.989,71 milhões) devido principalmente aos atrasos no pagamento da Sonangol. No entanto o saldo fiscal global do ano foi superavitário (Kz 878.560,32 milhões) devido à regularização de pagamentos da Sonangol referente a períodos anteriores e aos saldos livres acumulados no exercício13.

Fonte: Ministério das Finanças

Gráfico 39 - Saldos Fiscais Previstos e Realizados (IV Trim’11 – IV Trim’12)

12 O saldo do exercício são as disponibilidades líquidas subtraídas pelas despesas totais.13 Valores orçamentados para o exercício que não foram utilizados.

Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC)

Enquanto no IV Trimestre de 2012, o Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC) expandiu-se 17,94% face ao trimestre anterior, no período homólogo de 2011 expandiu-se em 15,82%. Este comportamento derivou de uma diminuição dos Depósitos do Governo no BNA.

Por sua vez, em 2012 o CLGC contraiu-se em 74,76% contra uma forte contracção em 2011 (527,98%). A contracção observada pode justificar-se pelo aumento dos depósitos do Governo no BNA e consequentemente menor necessidade de financiamento por parte do Governo.

Sumário do capítulo do Sector Fiscal

No IV trimestre de 2012 a realização das receitas totais representou cerca de 65,67% do previsto, tendo as receitas petrolíferas representado o maior peso das receitas totais. Esta baixa execução deveu-se ao desfasamento no recolhimento da receita da Concessionária Nacional. Realça-se que as receitas não petrolíferas foram executadas em 95,71% do programado, o que demonstra que o sistema tributário tem-se vindo a desenvolver e a tornar-se mais eficiente. Por sua vez, a realização das despesas totais do IV Trimestre ficou abaixo do previsto.

O saldo fiscal global de 2012 foi superavitário devido principalmente à regularização de pagamentos da Sonangol referentes a períodos anteriores e aos saldos livres acumulados no exercício14.

14 Valores orçamentados para o exercício que não foram utilizados.

Gráfico 40 - Crédito Líquido ao Governo Central (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Fonte: DES/BNA

Obs.: Dados Expressos em Milhões de Kz

IV Trim2011 2012

I Trim II Trim III Trim IV Trim

Saldo do Exercício Saldo Global (Caixa) Saldo Primário não Petrolífero

1.300.000

1.100.000

900.000

700.000

500.000

300.000

100.000

-100.000

-300.000

-500.000

-700.000

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

-500.000,00

-1.000.000,00

-1.500.000,00

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

IV Trim2010

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz Crédito Bruto (Activos)CLGC Depósitos

48 49Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

No IV trimestre de 2012 o stock do Crédito à Economia15 concedido pelo sistema bancário expandiu cerca de 5,74% face ao trimestre anterior e 4,54% em relação ao período homólogo do ano anterior. Este aumento resultou do crescimento trimestral do Crédito ao Sector Privado (6,81%), sendo que este registou uma expansão de 10,81% em MN e 2,31% em ME. Realça-se que o Crédito ao Sector Empresarial Público registou uma contracção trimestral de 9,83%, para a qual contribuiu uma contracção de 11,62% em MN e uma expansão de 4,72% em ME. Nos últimos 12 meses o Crédito à Economia cresceu 24,01%.

15 Crédito do Sistema Bancário (BNA e Bancos Comerciais)

Sector MonetárioCrédito

Gráfico 41 - Comportamento do Crédito à Economia (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Gráfico 42 - Participação do Crédito à Economia no PIB não Petrolífero (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Fonte: DES/BNA

Fonte: DES/BNA

No IV trimestre de 2012 o crédito em MN registou um crescimento trimestral de cerca de 8,48% contra uma diminuição de 0,58% no III trimestre de 2012. Por outro lado, o crédito em ME cresceu 2,34%, depois de um aumento de 1,59% no período anterior. Nos últimos 12 meses o crédito em MN registou uma expansão de 39,11% e o crédito em ME expandiu-se 8,56%. O que tem contribuído para um maior crescimento percentual do crédito em MN e consequente diminuição da exposição ao risco cambial é a implementação do Aviso 4/2011 de 08 de Julho, mais especificamente no que concerne às restrições que o aviso criou para a concessão do crédito em ME.

Gráfico 43 - Comportamento do Crédito à Economia por Sectores (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Obs: Dados expressos em Kz milhões

201220112010I Trim II Trim III Trim IV TrimI Trim II Trim III Trim IV TrimIV Trim

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

Crédito ao Sector Privado Crédito ao Sector Empresarial Público

Fonte: DES/BNA

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

MN MEObs: Dados Expressos em Milhões de Kz

201220112010I Trim II Trim III Trim IV TrimI Trim II Trim III Trim IV TrimIV Trim

1.09

2.81

8,63

1.10

1.47

0,24

1.06

5.40

1,80

1.06

4.89

3,60

1.07

8.49

4,10

1.11

1.86

4,77

1.12

9.54

0,59

623.

621,

81

733.

614,

21

836.

787,

07

996.

692,

19

1.09

0.75

5,13

1.18

9.65

3,57

1.40

6.85

3,48

1.39

8.71

1,02

1.51

7.31

4,42

1.05

2.68

2,38

1.15

6.01

0,22

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz MN ME

201220112010I Trim II Trim III Trim IV TrimI Trim II Trim III Trim IV TrimIV Trim

50,00

40,00

45,00

35,00

30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00

25,1

614

,91

21,3

4

21,5

1 20,8

1

20,8

0

17,3

4 17,8

7

18,1

6

18,5

8

14,3

3

16,3

4

19,4

7

21,3

0

19,1

2

22,6

2

22,4

8

24,3

9

(%)

50 51Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

No IV trimestre de 2012 o stock do crédito ao sector privado foi Kz 2.526.073,32 milhões (representando 94,49% do crédito total do SFA), o que representa um crescimento trimestral de 6,81% e um crescimento homólogo de 5,42%.

A análise da distribuição do crédito por sectores de actividade do IV trimestre de 2012 identifica as outras activ. de serv. colect., sociais e pessoais; o comércio por grosso e a retalho; particulares; e a construção como os sectores da economia que detiveram um maior volume de crédito bancário, com 18,20%, 16,95%, 14,66 e 11,73%, respectivamente. Numa análise de 12 meses o crédito à construção, o crédito às indústrias extractivas e o crédito às outras activ. de serv. colect., sociais e pessoais foram os que registaram maiores crescimentos percentuais, 82,81%, 82,57%, e 39,03%, respectivamente.

Gráfico 44 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade (IV Trim’11, III Trim’12 e IV Trim’12) Variação (%)

Gráfico 45 - Crédito por Sectores de Actividade (IV Trim’11, III Trim’12 e IV Trim’12) Peso (%)

Fonte: DES/BNA

Tabela 14 - Comportamento do Crédito por Sectores de Actividade (IV Trim’11 – IV Trim’12)

Gráfico 46 - Comportamento da Taxa de Transformação (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Outras Activ. de Serv. Colect., Sociais e PessoaisComércio por Grosso e a RetalhoParticulares Construção Activ. Imob., Alugueres e Serv. Prest. às EmpresasIndústrias TransformadorasIndústria ExtractivaActividades Financeiras, Seguros e Fundos de PensõesOutros Total

Variação (%) Peso (%)

349.851,29 365.211,50 362.167,54 171.523,77 319.700,40

178.379,00 60.367,87 91.926,30

256.521,06 2.155.648,73

371.868,92 372.043,05 441.527,88 197.772,10 251.850,16 182.516,57

70.513,52 40.842,77

339.212,72 2.268.147,67

396.070,32 430.049,07 404.259,09 279.446,84 261.511,49 207.191,06 112.669,90

54.188,62 373.331,86

2.518.718,24

407.860,67 475.704,38 284.844,19 283.230,49 330.857,25 245.496,91 120.630,97

89.454,85 290.171,89

2.528.251,61

486.413,37 453.088,10 391.875,07 313.560,98 273.922,65 257.903,64 110.215,34

90.869,35 295.476,14

2.673.324,64

IV Trim’11 I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’1219,26-4,7537,5810,71

-17,215,05

-8,631,581,835,74

39,0324,06

8,2082,81

-14,3244,5882,57-1,1515,1924,01

Trimestral Acumulada18,20

16,95 14,66 11,73 10,25

9,65 4,12 3,40

11,05 100,00

IV Trim’12

Fonte: DES/BNA

No IV trimestre de 2012, o rácio de transformação foi de 66,82% contra os 65,04% do III trimestre de 2012, o que reflecte o crescimento superior do Crédito à Economia (5,74%) em relação ao crescimento dos Depósitos Totais (6,98%).

160140120100

80604020

0-20-40-60

Outra

s Ac

tivid

ades

de

Ser

v. Co

lect

.,So

ciai

s e

Pess

oais

Outra

s Ac

tivid

ades

de

Ser

v. Co

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.,So

ciai

s e

Pess

oais

(%)

Com

érci

o po

rGr

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Ret

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Com

érci

o po

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e a

Ret

alho

Activ

idad

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Serv

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tivid

ades

Imob

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rest

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Empr

esas

Activ

idad

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ceira

s,Se

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Fund

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tivid

ades

Fin

ance

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Segu

ros

e Fu

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Pens

ões

Indú

stria

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ador

asIn

dúst

rias

Tran

sfor

mad

oras

Parti

cula

res

Parti

cula

res

Cons

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ção

Indú

stria

Ext

rativ

a In

dúst

ria E

xtra

tiva

Outro

sOu

tros

IV Trim 2011 III Trim 2012 IV Trim 2012

20,00018,0016,0014,0014,0010,00

8,006,004,002,00

-

IV Trim 2011 III Trim 2012 IV Trim 2012Fonte: DES/BNA

4.500.000,00

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011IV Trim2010

Crédito à Economia Depósitos Rácio de Transformação (CE/D)Fonte: DES/BNA

68,00

66,00

64,00

62,00

60,00

58,00

56,00

52 53Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Taxas de Juro

No IV trimestre de 2012, com excepção dos Bilhetes do Tesouro 182 dias, registou-se um aumento generalizado das taxas de juro dos títulos públicos. Os Títulos do Banco Central (TBC) de 63 dias registaram uma taxa de 4,12%, mais 0,36 p.p. face ao trimestre anterior e menos 3,06 p.p. em relação aos 12 últimos meses. Os Bilhetes de Tesouro (BT) de 91, 182 e 364 dias registaram taxas de 3,35%, 3,71% e 5,10%, respectivamente.

Fonte: DMA/BNA

Gráfico 47 - Evolução da Taxa de Juro dos Títulos (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Obs: As Taxas de Juro das Maturidades de 182 e 364 dias referem-se aos BT´s

TBC 28 DIAS TBC 63 DIAS BT 91 DIAS BT 18 DIAS BT 364 DIAS

201220112010I Trim II Trim III Trim IV TrimI Trim II Trim III Trim IV TrimIV Trim

16,00

14,00

12,00

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

0,00

(%)

No quarto trimestre de 2012, as taxas de juro activas médias apresentaram uma redução para a maioria dos prazos. Após, no trimestre anterior ter-se verificado uma redução significativa da taxa de juro do crédito ao Sector Empresarial Público para a maturidade de mais de 1 ano, esta foi a única taxa a registar um crescimento no IV trimestre de 2012.

Gráfico 48 - Evolução das Taxas de Juro Activas do Crédito ao Sector Empresarial (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

201220112010I Trim II Trim III Trim IV TrimI Trim II Trim III Trim IV TrimIV Trim

30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00

(%)

Fonte: DES/BNA

Fonte: DES/BNA

No IV trimestre de 2012 as taxas de juro activas médias para o crédito ao sector empresarial com as maturidades de 180 dias, 181 dias até 1 ano e acima de 1 ano situaram-se em 15,32%, 14,36% e 15,79%, respectivamente. No III trimestre do mesmo ano, as mesmas taxas situaram-se em 15,60%, 15,90% e 11,09%, respectivamente. Estas taxas registaram: uma redução trimestral de 0,28 p.p. para a maturidade até 180 dias (MN); uma diminuição trimestral de 1,54 p.p. para a maturidade de mais de 1 ano (MN) e um aumento trimestral de 4,70 p.p. na maturidade de 181 dias até 1 ano (MN).

Em relação ao período homólogo de 2011 registou-se um aumento de 1,1 p.p. para a maturidade até 180 dias (MN), uma redução de 3,08 p.p. para a maturidade de 181 dias a 1 ano (MN) e um redução de 0,35 p.p. para as maturidades de mais de 1 ano (MN). Numa análise de 12 meses observou-se uma diminuição de 2,77 p.p., 1,62 p.p. e 1,91 p.p. para a maturidade de até 180 dias (MN), 181 dias a 1 ano (MN) e mais de 1 ano (MN), respectivamente.

Por sua vez, no IV trimestre de 2012 as taxas de juro do crédito a particulares até 180 (MN), de 181 a 1 ano (MN) e mais de 1 ano (MN) situaram-se em 17,21%, 12,82% e 13,50%, respectivamente.

Gráfico 49 - Evolução das Taxas de Juro Activas dos Créditos a Particulares (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

201220112010I Trim II Trim III Trim IV TrimI Trim II Trim III Trim IV TrimIV Trim

30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00

(%)

54 55Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Enquanto no IV trimestre de 2012 o M3 em Moeda Nacional - M3 (MN) - registou uma expansão de 13,61% face ao trimestre anterior, no III trimestre de 2011 registou-se uma expansão trimestral de 14,92%.

Nos últimos doze meses, M3 (MN) registou um crescimento acumulado de 13,64%. O referido aumento do M3 (MN) pode ser explicado pela expansão das Notas e Moedas em Circulação, dos Depósitos à Ordem em MN, pela redução dos Empréstimos e Acordos de Recompra em MN e pelo pagamento do 13º mês (subsídio de Natal).

No IV trimestre de 2012, o M2 (MN) observou uma expansão trimestral de 13,54%, ou seja, uma expansão inferior à registada no período homólogo do ano anterior, 14,44%. Em relação aos últimos doze meses, M2 expandiu-se 18,65% devido ao crescimento do M1 (MN) (9,74%) e dos Depósitos a Prazo em MN (36,04%). Por sua vez, o M1 (MN) registou um crescimento trimestral de 10,45%. Esta expansão de M1 foi fortemente influenciada pelo crescimento das Notas e Moedas em Circulação, 28,85%.

Agregados Monetários

Meios de Pagamento

De acordo com as contas monetárias, no IV trimestre de 2012 o M3 registou uma expansão trimestral na ordem de 8,29%. Esta expansão do M3 deveu-se à expansão do M2 (8,03%).

A expansão de 8,03% observada na componente M2 é reflexo do aumento da componente M1 (7,81%). Por sua vez, o crescimento do M1 foi influenciado pelo crescimento das Notas e Moedas em Circulação (28,85%). No período homólogo de 2011, o M3, o M2 e o M1 registaram um crescimento trimestral de 11,72%, 12,38% e 18,41%, respectivamente.

Gráfico 50 - Análise dos Fluxos do M3 e dos Instrumentos Financeiros (Jan’11 – Dez’12)

Fonte: DES/BNA

Variação Mensal do M3 Variação Mensal O. I. Financeiros BT’s/OT’s TBC

200.000,00

100.000,00

0,00

-100.000,00

-200.000,00

-300.000,00

Jan’

11

Fev’

11

Mar

’11

Abr’1

1

Mai

’11

Jun’

11

Jul’1

1

Ago’

11

Set’1

1

Out’1

1

Nov

’11

Dez’1

1

Jan’

12

Fev’

12

Mar

’12

Abr’1

2

Mai

’12

Jun’

12

Jul’1

2

Ago’

12

Set’1

2

Out’1

2

Nov

’12

Dez’1

2

Tabela 15 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN (I Trim’11 – IV Trim’12)

M3 (MN)M2 (MN)M1 (MN)

-1,14%-4,76%-9,78%

13,56%11,23%13,72%

3,94%10,54%

8,28%

14,92%14,44%15,87%

-4,98%-0,58%

-15,82%

11,00%10,06%10,44%

-5,16%-4,54%6,88%

13,61%13,59%10,45%

I Trim’11 II Trim’11 III Trim’11 IV Trim’11 I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12

No IV trimestre de 2012 os agregados monetários em Moeda Nacional (M3, M2, M1) registaram um crescimento acima do verificado no trimestre anterior.

Depósitos

No IV trimestre de 2012 os Depósitos Totais do sistema financeiro registaram uma expansão de 6,98% face ao III trimestre de 2012. Em relação ao III trimestre de 2012 , os Depósitos Totais registaram um crescimento trimestral de 11,41%. Nos últimos doze meses, os Depósitos Totais cresceram 9,91%.

Fonte: DES/BNA

Gráfico 51 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN (IV Trim’10 – IV Trim’12)

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00 I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012IV Trim2010

M3 (MN) M2 (MN) M1 (MN)

Variações Trimestrais

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

56 57Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

No trimestre em análise, o crescimento observado nos depósitos totais é reflexo da expansão trimestral de 5,84% dos depósitos à ordem e da expansão em 8,33% dos depósitos a prazo.

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012IV Trim2010

Depósitos Totais (MN + ME)

Gráfico 52 - Análise dos Depósitos Totais - MN, ME (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Gráfico 53 - Evolução dos Depósitos por Moedas (MN e ME) e Peso no Total (IV Trim’10 – IV Trim’12)

2.000.000,00

1.800.000,00

1.600.000,00

1.400.000,00

1.200.000,00

1.000.000,00

800.000,00

600.000,00

400.000,00

200.000,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

% Depósitos MN % Depósitos MEDepósitos em MN Depósitos em ME

Depósitos Totais em Moeda Nacional (MN)

No IV trimestre de 2012 os depósitos totais em MN registaram um crescimento percentual trimestral mais acentuado que os depósitos em ME. Nesse trimestre verificou-se, igualmente, que os depósitos em MN constituem 50,99% dos depósitos totais.

No referido período os depósitos em MN cresceram 12,07% em relação ao trimestre anterior. No mesmo período de 2011, estes depósitos cresceram trimestralmente 12,58%. Nos últimos doze meses observou-se um crescimento de 19,03% dos depósitos em MN.

Depósitos Totais em Moeda Estrangeira (ME)

No IV trimestre de 2012, os Depósitos Totais em ME registaram uma expansão trimestral de 2,16%, enquanto no IV trimestre de 2011 estes depósitos expandiram-se 10,38%. Em relação aos últimos doze meses, estes depósitos registaram um crescimento de 1,79%.

Depósitos à Ordem

No IV trimestre de 2012, os Depósitos à Ordem em MN apresentaram um crescimento de 7,24%, sendo que os Depósitos à Ordem em ME expandiram-se em 4,25%. Relativamente ao período homólogo, a componente Depósitos à Ordem em MN expandiu-se 13,12% e a componente Depósitos à Ordem em ME contraiu-se 21,57%. No cômputo geral, no IV trimestre os Depósitos à Ordem (MN e ME) registaram um crescimento trimestral de cerca de 5,84% e uma expansão de cerca de 17,26% face ao mesmo período de 2011. Em termos dos últimos doze meses, os Depósitos à Ordem (MN e ME) registaram uma diminuição de 0,47%.

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00

I Trim II Trim III Trim IV Trim2011

Gráfico 54 - Variação Trimestral dos Depósitos por Moedas (I Trim’11 – IV Trim’12)

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

Depósito Total MEDepósito Total MN

5,48%

-1,51%

6,39%

10,84%

7,38%

10,56%

10,38%

12,58%

-2,47%

1,56%

0,72%

11,14%

1,43%

-5,91%

2,16%

12,07%

Fonte: DES/BNA

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

58 59Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Depósitos a Prazo

No IV trimestre de 2012, os depósitos a prazo registaram uma expansão trimestral de 8,33% e no IV trimestre de 2011 registaram uma expansão trimestral de 3,98%. Nos últimos doze meses, os depósitos a prazo expandiram-se cerca de 24,77%.

Os depósitos a prazo em MN registaram uma expansão de 18,92% face ao trimestre anterior, e no IV trimestre de 2012 registaram um crescimento trimestral de 11,74%. No IV trimestre de 2012, a componente depósitos a prazo em ME registou um crescimento trimestral de 0,04%, e no IV trimestre de 2011 registou-se uma contracção trimestral de 1,00%.

No IV trimestre de 2012 verificou-se um aumento dos Depósitos à Ordem e dos Depósitos a prazo. Realça-se que os depósitos em ME registaram um crescimento percentual trimestral menor que o observado nos depósitos em MN.

Base Monetária

Gráfico 55 - Evolução dos Depósitos à Ordem e a Prazo (I Trim’11 – IV Trim’12)

Fonte: DES/BNA

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011I Trim II Trim III Trim IV Trim

2012

Depósitos à Ordem (MN+ME) Depósitos a Prazo (MN+ME)

11,55%

-3,43%

15,17%

3,63%

9,57%

8,27%

3,98%

17,26%

24,51%

-18,08%

6,27%

5,16%

-12,95%

9,17%

8,33%

5,84%

Tabela 16 - Comportamento da Base Monetária (I Trim’11 – IV Trim’12)

BM AmplaBM (MN)Reserva Bancária MNReserva Bancária ME

0,37%-5,50%-3,16%20,20%

-3,13%-8,50%

-11,48%11,11%

0,30%-0,12%-4,11%1,23%

23,30%29,87%27,02%

9,10%

-10,32%-14,97%-12,33%

1,61%

5,43%6,91%9,13%2,24%

4,32%7,24%4,73%

-2,27%

5,50%7,42%

-3,92%0,75%

I Trim’11 II Trim’11 III Trim’11 IV Trim’11 I Trim’12 II Trim’12 III Trim’12 IV Trim’12

Fonte: DES/BNA

Variações Trimestrais

Como ilustra a Tabela 16, no IV trimestre de 2012 a base monetária ampla registou uma expansão trimestral de 5,50%, sendo que a sua componente em MN registou uma expansão de 7,42%. Por sua vez, a reserva bancária denominada em MN registou uma contracção de 3,92%, e a reserva bancária denominada em ME expandiu-se 0,75%.

No quarto trimestre de 2012, a Conta Única do Tesouro (CUT) foi determinante para a expansão trimestral da BM em MN do IV trimestre (Kz 727.236,70 milhões), uma vez que os fluxos da CUT deste trimestre foram expansionistas na ordem de Kz 38.091,00 milhões.

1.200.000,00

1.000.000,00

800.000,00

600.000,00

400.000,00

200.000,00

0,00 I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011IV Trim2010

BM Ampla BM (MN) Reserva Bancária MN Reserva Bancária ME

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

Gráfico 56 - Comportamento da Base Monetária (IV Trim’10 – IV Trim’12)

Tabela 17 - Factores Condicionantes da Base Monetária em MN (Jan’12 – Dez’12)

Fonte: DMA/BNA

CUTOperações MonetáriasOperações CambiaisRec/Pag.BNAOutras ContasBase Monetária MN

-54.194,11-44.093,16

-461,592.341,57

-1.701,40596.305,84

-1.346,19-47.756,3758.068,04-2.385,581.997,55

604.883,28

74.104,80-58.271,64-29.543,09

1.826,02-2.529,54

590.469,82

18.564,49-150.121,17

28.063,351.782,01

-2.233,40590.469,82

23.322,97-16.097,3631.758,94

1.505,83-5.616,02

625.344,19

-30.343,3625.277,72

-719,533.226,48

-2.387,80620.397,69

-6.091,0216.089,18

-714,032.234,84-658,39

645.133,30

-13.111,4125.269,5430.325,38

6.967,15-8.662,22

645.133,30

-25.369,0454.977,54

-876,153.987,70

-2.862,21661.196,33

20.953,8612.327,96

-873,591.954,62

-2.578,37692.980,81

-35.417,5320.663,62

-741,041.417,47

-1.910,92676.992,41

-39.832,7187.969,12-2.490,787.359,79

-7.351,50676.992,41

Jan’12 Fev’12 Mar’12 I Trim’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 II Trim’12 Jul/12 Aug/12 Sep/12 III Trim’12

Milhões de Kwanzas

CUTOperações MonetáriasOperações CambiaisRec/Pag.BNAOutras ContasBase Monetária MN

-54,194.11-44,093.16

-461.592,341.57

-1,701.40596,305.84

-1,346.19-47,756.3758,068.04-2,385.581,997.55

604,883.28

74,104.80-58,271.64-29,543.09

1,826.02-2,529.54

590,469.82

18,564.49-150,121.17

28,063.351,782.01

-2,233.40590,469.82

23,322.97-16,097.3631,758.94

1,505.83-5,616.02

625,344.19

-30,343.3625,277.72

-719.533,226.48

-2,387.80620,397.69

-6,091.0216,089.18

-714.032,234.84-658.39

645,133.30

-13,111.4125,269.5430,325.38

6,967.15-8,662.22

645,133.30

-25,369.0454,977.54

-876.153,987.70

-2,862.21661,196.33

20,953.8612,327.96

-873.591,954.62

-2,578.37692,980.81

-35,417.5320,663.62

-741.041,417.47

-1,910.92676,992.41

-39,832.7187,969.12-2,490.787,359.79

-7,351.50676,992.41

Jan/12 Feb/12 Mar/12 I Trim’12 Apr/12 May/12 Jun/12 II Trim’12 Jul/12 Aug/12 Sep/12 III Trim’12 Milhões de Kwanzas

CUTOperações MonetáriasOperações CambiaisRec/Pag.BNAOutras ContasBase Monetária MN

-54.194,11-44.093,16

-461,592.341,57

-1.701,40596.305,84

-1.346,19-47.756,3758.068,04-2.385,581.997,55

604.883,28

74.104,80-58.271,64-29.543,09

1.826,02-2.529,54

590.469,82

18.564,49-150.121,17

28.063,351.782,01

-2.233,40590.469,82

23.322,97-16.097,3631.758,94

1.505,83-5.616,02

625.344,19

-30.343,3625.277,72

-719,533.226,48

-2.387,80620.397,69

-6.091,0216.089,18

-714,032.234,84-658,39

645.133,30

-13.111,4125.269,5430.325,38

6.967,15-8.662,22

645.133,30

-25.369,0454.977,54

-876,153.987,70

-2.862,21661.196,33

20.953,8612.327,96

-873,591.954,62

-2.578,37692.980,81

-35.417,5320.663,62

-741,041.417,47

-1.910,92676.992,41

-39.832,7187.969,12-2.490,787.359,79

-7.351,50676.992,41

-3.430,9424.609,57-5.558,222.773,72

-1.799,18693.587,36

-6.414,4353.969,87

-857,402.686,37

12.702,85755.674,61

47.936,47-66.944,60

-771,481.842,93

-10.501,23755.955,48

38.091,1011.634,83-7.187,117.303,02

402,44755.955,48

3.711,47-25.248,6848.711,8423.412,97

-17.845,67755.955,48

Jan/12 Feb/12 Mar/12 I Trim’12 Apr/12 May/12 Jun/12 II Trim’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 III Trim’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 IV Trim’12 TotalMilhões de Kwanzas

Fonte: DES/BNA

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

60 61Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

No IV trimestre de 2012 as operações monetárias do BNA foram expansionistas na ordem de Kz 11.634,83 milhões. O efeito líquido expansionista das operações monetárias do BNA deveu-se, principalmente, aos resgates dos Títulos do Banco Central (TBC). No IV trimestre de 2012, o mercado primário de títulos registou fluxos expansionistas de Kz 19.618,97, ao passo que as operações de Facilidades Permanentes de Liquidez registaram fluxos contraccionistas de Kz 10.485,21 milhões.

Tabela 18 - Fluxos Monetários (Jan’12 – Dez’12)

Fonte: DMA/BNA

Mercado PrimárioMercado AbertoOperações EstruturaisFacilidade Permanente de LiquidezOperações de RedescontoEfeito Líquido dos Fluxos Monetários

-38.351,09-11.795,32

0,005.502,08

551,16-44.093,16

-9.998,877.106,69

0,00-13.000,56-31.863,63-47.756,37

9.363,03-3.289,13

0,00-64.346,45

0,90-58.271,64

-38.986,92-7.977,75

0,00-71.844,94-31.311,56

-150.121,17

-43.971,6081.381,87

0,002.142,25

-55.649,88-16.097,36

-48.569,264.369,23

0,0069.477,74

0,0025.277,72

136.930,41-46.476,63

0,00-74.364,60

0,0016.089,18

44.389,5639.274,47

0,00-2.744,61

-55.649,8825.269,54

92.139,23-81.216,21

0,0044.054,52

0,0054.977,54

-29.392,7812.117,84

0,0029.602,90

0,0012.327,96

7.457,637.238,95

0,005.967,05

0,0020.663,62

70.204,08-61.859,43

0,0079.624,47

0,0087.969,12

7.604,06-17.066,65

0,0034.072,16

0,0024.609,57

60.620,0217.290,22

0,00-23.940,37

0,0053.969,87

-48.605,112.277,50

0,00-20.617,00

0,00-66.94460

19.618,972.501,07

0,00-10.485,21

0,0011.634,83

95.225,68-28.061,63

0,00-5.450,29

-86.961,44-25.247,68

Jan’12 Fev’12 Mar’12 I Trim’12 Abr’12 Mai’12 Jun’12 II Trim’12 Jul/12 Aug/12 Sep/12 III Trim’12 Oct/12 Nov/12 Dec/12 IV Trim’12 Total

Milhões de Kwanzas

Mercado PrimárioMercado AbertoOperações EstruturaisFacilidade Permanente de LiquidezOperações de RedescontoEfeito Líquido dos Fluxos Monetários

-38,351.09-11,795.32

0.005,502.08

551.16-44,093.16

-9,998.877,106.69

0.00-13,000.56-31,863.63-47,756.37

9,363.03-3,289.13

0.00-64,346.45

0.90-58,271.64

-38,986.92-7,977.75

0.00-71,844.94-31,311.56

-150,121.17

-43,971.6081,381.87

0.002,142.25

-55,649.88-16,097.36

-48,569.264,369.23

0.0069,477.74

0.0025,277.72

136,930.41-46,476.63

0.00-74,364.60

0.0016,089.18

44,389.5639,274.47

0.00-2,744.61

-55,649.8825,269.54

92,139.23-81,216.21

0.0044,054.52

0.0054,977.54

-29,392.7812,117.84

0.0029,602.90

0.0012,327.96

7,457.637,238.95

0.005,967.05

0.0020,663.62

70,204.08-61,859.43

0.0079,624.47

0.0087,969.12

7,604.06-17,066.65

0.0034,072.16

0.0024,609.57

60,620.0217,290.22

0.00-23,940.37

0.0053,969.87

-48,605.112,277.50

0.00-20,617.00

0.00-66,944.60

19,618.972,501.07

0.00-10,485.21

0.0011,634.83

95,225.68-28,061.63

0.00-5,450.29

-86,961.44-25,247.68

Jan/12 Feb/12 Mar/12 I Trim’12 Apr/12 May/12 Jun/12 II Trim’12 Jul/12 Aug/12 Sep/12 III Trim’12 Oct/12 Nov/12 Dec/12 IV Trim’12 Total

Milhões de Kwanzas

9.363,03-3.289,13

0,00-64.346,45

0,90-58.271,64

-38.986,92-7.977,75

0,00-71.844,94-31.311,56

-150.121,17

-43.971,6081.381,87

0,002.142,25

-55.649,88-16.097,36

-48.569,264.369,23

0,0069.477,74

0,0025.277,72

136.930,41-46.476,63

0,00-74.364,60

0,0016.089,18

44.389,5639.274,47

0,00-2.744,61

-55.649,8825.269,54

92.139,23-81.216,21

0,0044.054,52

0,0054.977,54

-29.392,7812.117,84

0,0029.602,90

0,0012.327,96

7.457,637.238,95

0,005.967,05

0,0020.663,62

70.204,08-61.859,43

0,0079.624,47

0,0087.969,12

7.604,06-17.066,65

0,0034.072,16

0,0024.609,57

60.620,0217.290,22

0,00-23.940,37

0,0053.969,87

-48.605,112.277,50

0,00-20.617,00

0,00-66.94460

19.618,972.501,07

0,00-10.485,21

0,0011.634,83

95.225,68-28.061,63

0,00-5.450,29

-86.961,44-25.247,68

Mar/12 I Trim’12 Apr/12 May/12 Jun/12 II Trim’12 Jul’12 Ago’12 Set’12 III Trim’12 Out’12 Nov’12 Dez’12 IV Trim’12 Total

Milhões de Kwanzas

A expansão das operações monetárias do BNA no IV trimestre de 2012 resultou no crescimento em 7,42% da BM em MN, sendo que esta passou de Kz 676.992,01 milhões no III trimestre de 2012 para Kz 727.236,70 milhões no IV trimestre de 2012.

Multiplicador Monetário

No IV trimestre de 2012 o multiplicador monetário fixou-se em 3,60, quando no III trimestre de 2012 este foi de 3,43. Este aumento resulta do crescimento do agregado monetário M3.

Sumário do capítulo do Sector Monetário

No IV trimestre de 2012 registou-se um aumento dos agregados monetários na sua generalidade. O M316 registou uma expansão nominal na ordem de 8,29%. Esta expansão do M3 deveu-se à expansão do M2 (8,03%) e dos Outros Instrumentos Financeiros (23,09%). Realça-se que esta expansão do M3 pode estar na base do aumento do multiplicador monetário do IV trimestre para 3,60.

O Crédito à Economia17 concedido pelo sistema bancário no IV trimestre expandiu-se em 5,74% face ao trimestre anterior. No IV trimestre, o crédito em MN registou um crescimento trimestral de 8,48% e no III trimestre registou uma redução de 0,58%. No IV trimestre o crédito em ME cresceu 2,34% face ao III trimestre e do III face ao II registou um aumento de 1,59%.

No IV trimestre de 2012, os Depósitos Totais do sistema financeiro registaram uma expansão de 6,98% face ao III trimestre de 2012. O crescimento observado nos Depósitos Totais é reflexo da expansão em 5,84% dos Depósitos à Ordem e da expansão em 8,33% dos Depósitos a Prazo.

No IV trimestre de 2012, com excepção dos Bilhetes do Tesouro 182 dias, registou-se um aumento generalizado das taxas de juro dos títulos públicos.

Gráfico 57 - Comportamento do Multiplicador Monetário (IV Trim’10 – IV Trim’12)

M3 RM Multiplicador Monetário

4.500.000,00

4.000.000,00

3.500.000,00

3.000.000,00

2.500.000,00

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00I Trim II Trim III Trim IV Trim

2011IV Trim2010

I Trim II Trim III Trim IV Trim2012

4,00

3,50

3,00

2,50

2,00

1,50

1,00

0,50

0,00

Fonte: DES/BNA

16 Inclui para além da moeda (notas, moedas metálicas e depósitos à ordem) e da quase-moeda (depósitos a prazo), os outros instrumentos financeiros. Os outros instrumentos financeiros incluem os títulos, empréstimos e acordo de recompra.

17 Crédito do Sistema Bancário (BNA e Bancos Comerciais)

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

Obs: Dados Expressos em Milhões de Kz

62 63Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Aplicações em Activos Financeiros: Neste agrupamento económico contabilizam-se as operações financeiras quer com a aquisição de títulos de crédito, incluindo obrigações, acções, quotas e outras formas de participação, quer com a concessão de empréstimos e adiantamentos ou subsídios reembolsáveis.

Base Monetária: A base monetária representa as responsabilidades monetárias líquidas do estado perante a sociedade e corresponde à soma de todas as notas e moedas emitidas pelo Banco Central e colocadas à disposição do público e que podem estar sob a forma de dinheiro na posse das famílias e das empresas ou sob a forma de reservas bancárias.

BRICS: Acrónimo referente a um grupo de países (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul).

Crédito Líquido ao Governo: Reflecte o crédito concedido ao estado pelo sistema bancário, líquido dos depósitos do governo no BNA.

Desembolsos de Financiamentos: As transferências recebidas que não constituem receitas correntes nem de capital e que não implicam contraprestações de bens ou serviços e são oriundas da administração central, da administração local, de pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, do interior ou do exterior do país, e das famílias.

Despesas com o Pessoal: Neste agrupamento devem considerar-se todas as espécies de remunerações principais, de abonos acessórios e de compensações que, necessariamente, requeiram processamento nominalmente individualizado e que, de forma transitória ou permanente, sejam satisfeitos pelo Estado tanto aos seus funcionários e agentes como aos indivíduos que, embora não tendo essa qualidade, prestem contudo, serviço ao Estado nos estritos termos de contractos a termo, em regime de tarefa ou avença.

Despesas Correntes: Despesas destinadas à manutenção ou operação de serviços anteriormente criados, bem como as transferências realizadas com igual propósito. O saldo das despesas correntes é constituído pelos saldos das rubricas: despesas com o pessoal, despesas em bens e serviços, transferências correntes e subsídios.

Despesas de Capital: Despesas destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à amortização da dívida, à concessão de financiamentos ou à constituição de reservas, bem como às transferências realizadas com igual propósito. O saldo das despesas de capital é constituído pelo saldo das rubricas investimentos públicos, transferências de capital, aplicações em activos financeiros e outras despesas de capital.

Despesas em Bens e Serviços: Despesas que asseguram a criação de utilidades, através da compra de bens e serviços pelo Estado.

Despesas Públicas (Despesa Total do Exercício): Conjunto de dispêndios realizados pelo Governo durante um determinado período, para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).

Índice de Confiança: Índice que é calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que mede a percepção dos empresários sobre o desempenho tendencial do respectivo sector de actuação num período curto determinado.

Índice de Preços Grossista (IPG): Corresponde à variação dos preços dos bens produzidos no país, assim como os produtos importados comercializados internamente, nos primeiros níveis de transacção.

Investimento Público: Significa a aplicação de capital em meios de produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte, infra-estrutura) ou seja, em bens de capital.

Em relação ao diferencial das taxas de juro para as diferentes maturidades, as taxas de juro activas do Crédito a Particulares apresentaram um maior diferencial do que as taxas de crédito ao sector empresarial. Há que destacar o aumento significativo da taxa de juro activa do Crédito ao Sector Empresarial para a maturidade acima de um ano, de 11,09% para 15,09%. Este aumento constituiu uma correcção da taxa à queda abrupta que esta tinha sofrido no III trimestre.

Em suma, apesar do aumento do CLGC resultante de uma contracção dos depósitos do Governo, no IV trimestre registou-se um aumento do crédito à economia. Este comportamento pode ser explicado pelo aumento dos depósitos à ordem e a prazo.

Glossário

64 65Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Meios de Pagamento: São os meios através dos quais são efectuadas as transacções monetárias. No caso da economia angolana os meios de pagamento são compostos pelos agregados monetários M3 (M2 + Outros Instrumentos Financeiros), M2 (Me + Quase-Moeda ou Depósitos a Prazo) e M1 (Notas e Moedas em Poder do Público + Depósitos à Ordem).

Multiplicador Monetário: Indicador monetário que resulta da divisão do agregado monetário M3, o agregado monetário mais amplo, pela reserva monetária. Este indicador procura medir o efeito multiplicador associado à actividade bancária.

Orçamento Geral de Estado: É o instrumento de gestão que contém a previsão das receitas e despesas públicas.

Outras Despesas de Capital: Trata-se de um agrupamento económico com carácter residual.

Período Homólogo: Refere-se ao período equivalente do ano anterior.

Política Fiscal Contraccionista: Implementada quando o objectivo é reduzir a procura agregada, como, quando a economia está num período de expansão excessiva (super aquecimento económico) e há a necessidade de retracção económica, em consequência da excessiva inflação que se constrói neste cenário.

Política Fiscal Expansionista: Implementada quando o objectivo é estimular a procura agregada, especialmente quando a economia está a atravessar um período de recessão e precisa de um “empurrão” para se expandir. Como resultado, temos a tendência de défice do saldo fiscal e a tendência de aumento da inflação.

Política Fiscal: Também conhecida por Política Orçamental, é um ramo da política económica que define o orçamento e seus componentes, os gastos públicos e impostos como variáveis de controlo para garantir e manter a estabilidade económica, amortecendo as flutuações dos ciclos económicos e ajudando a manter uma economia crescente, o pleno emprego e a inflação baixa.

Rácio de Transformação: Trata-se de um indicador das contas monetárias que resulta da divisão do total dos créditos sobre o total dos depósitos.

Receita Pública (Receita Total do Exercício): É o montante total em dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional num determinado período, incorporado ao património do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades de investimentos públicos. A Receita Total do exercício compreende o somatório das rubricas Receitas Correntes e Receitas de Capital.

Receitas Correntes: As receitas tributárias, patrimoniais, de serviços, industriais, os saldos não comprometidos de exercícios anteriores e outras, bem como as transferências recebidas para realizar as despesas classificáveis como Despesas Correntes.

Receitas de Capital: As provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de operações de crédito, da conversão em espécie de bens e direitos, de saldos não comprometidos de exercícios anteriores, bem como as transferências recebidas para realizar despesas classificáveis como Despesas de Capital, e ainda, o «superavit» do Orçamento Corrente.

Receitas não Petrolíferas: São os valores estabelecidos e regulamentados por Lei entregues ao Tesouro, que advêm das actividades do sector não petrolífero.

Receitas Petrolíferas: São os valores estabelecidos e regulamentados por Lei, entregues ao Tesouro pela Sonangol e Outras Companhias que actuam no sector petrolífero.

Receitas Tributárias: Toda a fonte de renda que deriva da arrecadação estatal de tributos que são os Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Especiais.

Saldo Corrente: É dado pela diferença entre as receitas correntes e as despesas correntes, ou seja, exclui do cálculo os gastos de capital e é comum ser usado como medida da poupança pública.

SADC: Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral constituída por: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe.

Saldo Global Compromisso: Trata-se da diferença entre as receitas totais e as despesas totais.

Saldo Primário não Petrolífero: Trata-se de um indicador das contas do Governo, que corresponde ao total das receitas excluindo as receitas petrolíferas que subtrai as despesas totais (expurgando os juros da dívida pública).

Saldo Primário: O “resultado primário” é definido pela diferença entre receitas e despesas do Governo, excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. Caso essa diferença seja positiva, tem-se um “superavit primário”; caso seja negativa, tem-se um “deficit primário”. O “superavit primário” é uma indicação de quanto o Governo economizou ao longo de um período de tempo (um mês, um semestre, um ano) com vista ao pagamento de juros sobre a sua dívida. O saldo primário é um conceito chave para definir a solvência e a sustentabilidade fiscal.

Saldos Fiscais: Refere-se à diferença entre as receitas e as despesas do Orçamento Geral do Estado (OGE).

Serviço da Dívida: Abrange as despesas destinadas ao pagamento dos encargos e dos passivos financeiros. O saldo dessa rubrica é constituído pelo somatório dos saldos das rubricas de juro e de amortização da dívida, interna e externa.

Subsídios: São os fluxos financeiros não reembolsáveis do Estado para a economia (ou para os diversos sectores económicos), com o objectivo de influenciar níveis de produção, preços ou remunerações dos factores de produção.

Transferências Correntes: São os recursos financeiros auferidos sem qualquer contrapartida, destinados ao financiamento de despesas correntes ou sem afectação preestabelecida.

Transferências de Capital: Neste agrupamento são contabilizadas as importâncias a entregar a quaisquer organismos ou entidades (unidades orçamentais) para financiar despesas de capital, sem que tal implique, por parte das unidades orçamentais, qualquer contraprestação directa.

66 67Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Anexos

68 69Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

GeralÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação dos últimos 12 mesesAlimentação e Beb. não Alc.Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaBebidas Alcoólicas e TabacoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaVestuário e CalçadoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaHab., Água, Elect. e Combust. Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaMob., Equip. Domésticos e Man.Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaSaúdeÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaTransportesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaComunicaçõesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaLazer, Recreação e CulturaÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação Mensal Taxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaEducaçãoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaHotéis, Cafés e RestaurantesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaBens e Serviços DiversosÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação Homóloga

Anexo A - Variação Mensal, Acumulada e Homóloga das Classes do IPC

Fonte: BNA e INE

191,121,06%9,68%

11,84%

141,25-30,98%-24,04%14,39%

141,250,04%3,85%4,75%

259,701,27%

14,87%18,57%

165,331,68%3,94%2,50%

154,700,50%7,98%8,74%

130,480,09%7,11%8,52%

261,816,29%

15,54%14,61%

98,690,00%0,00%0,00%

213,150,40%

10,38%13,58%

132,730,00%0,00%0,00%

159,210,10%9,48%

10,17%

139,540,47%7,29%7,38%

194,771,91%

11,78%11,78%

212,932,15%

14,51%14,51%

141,290,03%3,85%3,89%

262,571,11%

16,14%16,14%

165,331,66%3,94%3,94%

154,910,19%7,98%7,98%

130,480,04%7,11%7,11%

261,816,29%

15,54%15,54%

98,690,00%0,00%0,00%

213,150,00%

10,38%10,38%

132,730,00%0,00%0,00%

159,210,07%9,48%9,48%

139,540,34%7,29%7,29%

216,591,16%

11,20%13,33%

250,491,80%

17,64%77,34%

150,600,45%6,59%6,62%

291,521,05%

11,02%12,25%

165,320,02%0,00%0,00%

162,350,37%4,94%4,94%

137,250,23%5,19%5,19%

272,560,00%4,11%4,11%

98,690,00%0,00%0,00%

212,160,17%

-0,46%-0,46%

132,730,00%0,00%0,00%

172,150,88%8,13%8,13%

147,921,49%6,01%6,01%

220,451,78%

13,18%13,18%

255,732,09%

20,10%20,10%

151,850,83%7,47%7,47%

295,531,38%

12,55%12,55%

166,950,98%0,98%0,98%

163,180,51%5,34%5,34%

137,630,28%5,48%5,48%

281,943,44%7,69%7,69%

98,690,00%0,00%0,00%

212,950,37%

-0,09%-0,09%

132,730,00%0,00%0,00%

175,812,12%

10,43%10,43%

149,701,20%7,29%7,29%

245,981,18%

11,58%13,57%

292,861,21%

14,52%16,91%

162,900,53%7,28%8,17%

317,710,61%7,51%8,98%

178,911,80%7,17%8,22%

170,580,83%4,54%5,07%

142,020,24%3,19%3,47%

322,481,72%

14,38%18,31%

98,690,00%0,00%0,00%

217,490,29%2,13%2,51%

135,200,00%1,86%1,86%

206,702,30%

17,57%20,07%

157,110,41%4,95%6,22%

251,292,16%

13,99%13,99%

300,952,76%

17,68%17,68%

166,702,33%9,78%9,78%

320,690,94%8,51%8,51%

176,41-1,40%5,67%5,67%

171,540,56%5,12%5,12%

142,770,53%3,73%3,73%

341,005,74%

20,95%20,95%

98,690,00%0,00%0,00%

217,930,20%2,34%2,34%

135,200,00%1,86%1,86%

211,732,44%

20,44%20,44%

157,810,44%5,41%5,41%

285,061,01%

13,44%15,89%

343,921,14%

14,28%17,44%

185,101,78%

11,04%13,63%

349,060,68%8,85%9,87%

190,070,64%7,74%6,24%

184,160,40%7,36%7,96%

153,020,15%7,18%7,75%

418,080,18%

22,60%29,65%

98,690,00%0,00%0,00%

236,700,23%8,61%8,83%

139,070,64%2,86%2,86%

257,213,48%

21,48%24,44%

179,241,29%

13,58%14,08%

289,771,65%

15,31%15,31%

349,991,77%

16,30%16,30%

187,161,11%

12,27%12,27%

351,740,77%9,68%9,68%

192,031,03%8,85%8,85%

184,760,32%7,71%7,71%

153,770,49%7,71%7,71%

427,042,14%

25,23%25,23%

98,690,00%0,00%0,00%

236,830,06%8,67%8,67%

139,100,03%2,89%2,89%

273,706,41%

29,27%29,27%

180,170,52%

14,17%14,17%

109,480,86%9,48%

11,28%

111,301,05%

11,30%13,26%

109,051,10%9,04%

10,26%

110,701,10%

10,70%11,55%

104,820,41%4,82%5,90%

110,220,83%

10,22%10,58%

109,920,86%9,92%

10,46%

105,710,44%5,71%7,97%

100,280,00%0,28%0,28%

105,860,33%5,86%5,92%

106,860,00%6,86%6,89%

115,671,04%

15,67%23,09%

113,071,43%

13,07%13,66%

111,381,73%

11,38%11,38%

114,012,44%

14,01%14,01%

110,701,52%

10,70%10,70%

113,032,11%

13,03%13,03%

105,440,59%5,44%5,44%

111,651,29%

11,65%11,65%

111,281,24%

11,28%11,28%

106,570,82%6,57%6,57%

100,280,00%0,28%0,28%

107,021,10%7,02%7,02%

106,860,00%6,86%6,86%

117,861,89%

17,86%17,86%

115,422,08%

15,42%15,42%

Nov Dez Nov Dez Nov Dez Nov Dez Nov Dez2007 2008 2009 2010 2011

Ano Base 2001 Ano Base 2010

Classes de DespesasGeralÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação dos últimos 12 mesesAlimentação e Beb. não Alc.Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaBebidas Alcoólicas e TabacoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaVestuário e CalçadoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaHab., Água, Elect. e Combust. Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaMob., Equip. Domésticos e Man.Índice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaSaúdeÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaTransportesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaComunicaçõesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaLazer, Recreação e CulturaÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação Mensal Taxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaEducaçãoÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaHotéis, Cafés e RestaurantesÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação HomólogaBens e Serviços DiversosÍndice Preços no ConsumidorTaxa de Inflação MensalTaxa de Inflação AcumuladaTaxa de Inflação Homóloga

Anexo A - Variação Mensal, Acumulada e Homóloga das Classes do IPC

Fonte: BNA e INE

112,190,73%0,73%

11,48%

115,040,91%0,91%

14,18%

111,440,66%0,66%

10,59%

114,010,86%0,86%

12,96%

105,680,23%0,23%5,59%

112,580,84%0,84%

12,02%

111,920,58%0,58%

11,80%

107,180,57%0,57%7,16%

100,280,00%0,00%0,28%

108,111,02%1,02%7,08%

107,230,35%0,35%6,24%

118,740,74%0,74%

14,92%

116,400,85%0,85%

15,75%

112,960,69%1,42%

11,32%

115,850,70%1,61%

13,83%

112,250,73%1,39%

10,95%

115,060,92%1,79%

13,48%

106,240,53%0,76%5,46%

114,061,31%2,16%

12,81%

112,710,71%1,29%

11,98%

107,390,20%0,77%5,82%

100,280,00%0,00%0,28%

109,110,93%1,95%7,36%

107,530,28%0,63%5,54%

119,670,78%1,53%

14,49%

117,571,00%1,86%

16,53%

113,640,60%2,03%

11,12%

116,700,73%2,36%

13,79%

113,671,27%2,68%

11,84%

115,810,66%2,46%

13,63%

106,550,29%1,05%4,59%

115,341,12%3,31%

13,48%

113,400,61%1,91%

12,21%

107,580,18%0,95%4,44%

100,280,00%0,00%0,28%

109,110,00%1,95%7,14%

107,530,00%0,63%5,54%

120,330,55%2,09%

13,90%

118,310,64%2,51%

16,22%

114,430,70%2,74%

10,88%

117,700,86%3,23%

13,17%

114,390,63%3,33%

11,69%

116,780,84%3,32%

13,07%

106,970,40%1,46%4,83%

116,260,80%4,13%

14,08%

114,200,70%2,62%

12,16%

108,060,44%1,39%4,12%

100,280,00%0,00%0,21%

109,910,73%2,69%7,62%

107,530,00%0,63%5,48%

121,300,81%2,92%

14,13%

119,110,67%3,20%

16,20%

115,170,65%3,41%

10,51%

118,750,90%4,16%

12,65%

115,020,54%3,89%

11,15%

117,670,76%4,11%

12,65%

107,070,09%1,55%4,04%

117,220,82%4,99%

13,81%

114,660,41%3,04%

11,97%

108,370,29%1,69%4,36%

100,280,00%0,00%0,14%

110,490,53%3,24%8,00%

107,540,00%0,63%5,49%

122,160,71%3,65%

14,15%

120,020,76%3,99%

16,08%

115,960,68%4,11%

10,11%

119,800,88%5,08%

12,76%

115,740,63%4,55%

11,26%

118,610,79%4,93%

12,28%

107,460,36%1,92%4,24%

118,130,78%5,81%

12,50%

115,540,76%3,83%

10,43%

108,590,20%1,89%3,63%

100,280,00%0,00%0,09%

110,490,00%3,24%7,48%

107,540,00%0,63%1,58%

123,250,89%4,57%

12,48%

121,030,84%4,86%

14,05%

116,720,66%4,80%

10,02%

120,880,90%6,02%

12,65%

116,460,62%5,20%

11,59%

119,310,60%5,56%

12,09%

107,810,33%2,25%4,38%

118,850,61%6,46%

12,42%

116,190,57%4,42%9,45%

108,840,23%2,13%3,86%

100,280,00%0,00%0,09%

111,060,51%3,77%7,54%

107,540,00%0,63%1,40%

124,180,75%5,36%

12,28%

121,900,72%5,62%

13,33%

117,420,60%5,42%9,87%

121,800,77%6,84%

12,63%

117,290,72%5,95%

11,00%

120,200,74%6,34%

11,44%

108,110,28%2,54%4,59%

119,720,73%7,23%

11,45%

116,990,69%5,13%9,18%

108,880,03%2,16%3,65%

100,280,00%0,00%0,07%

111,680,55%4,35%7,76%

107,540,00%0,63%0,63%

125,010,67%6,06%

12,37%

122,750,70%6,35%

13,07%

118,060,55%6,00%9,65%

122,670,71%7,60%

12,38%

117,620,28%6,25%

10,06%

120,940,62%6,99%

11,45%

108,410,28%2,82%4,30%

120,310,49%7,76%

11,22%

117,710,61%5,78%8,96%

109,290,38%2,56%3,98%

100,280,00%0,00%0,07%

112,020,31%4,67%7,29%

107,540,00%0,63%0,63%

125,810,64%6,74%

11,35%

123,440,56%6,95%

12,58%

119,140,91%6,97%9,76%

123,660,81%8,47%

12,28%

118,490,74%7,03%9,85%

121,760,68%7,72%

11,21%

111,142,51%5,41%6,46%

121,160,70%8,52%

10,83%

118,550,72%6,54%8,79%

109,970,62%3,19%4,50%

100,280,00%0,00%0,00%

112,760,66%5,36%6,87%

107,540,00%0,64%0,64%

126,600,63%7,41%

10,59%

124,310,71%7,71%

11,52%

120,240,93%7,96%9,83%

124,810,93%9,48%

12,14%

119,410,78%7,87%9,51%

122,770,82%8,61%

10,90%

112,981,66%7,15%7,78%

121,950,65%9,22%

10,64%

119,280,62%7,19%8,52%

111,301,21%4,44%5,29%

100,280,00%0,00%0,00%

113,440,60%6,00%7,16%

107,540,00%0,64%0,64%

127,600,79%8,26%

10,31%

125,230,74%8,50%

10,76%

121,430,99%9,02%9,02%

126,301,19%

10,78%10,78%

120,420,85%8,78%8,78%

124,051,05%9,75%9,75%

114,040,94%8,16%8,16%

123,191,02%

10,34%10,34%

120,150,73%7,97%7,97%

111,880,52%4,98%4,98%

100,280,00%0,00%0,00%

114,290,75%6,79%6,79%

107,550,00%0,64%0,64%

128,850,98%9,32%9,32%

126,581,08%9,67%9,67%

2012Ano Base 2010

Classes de Despesas Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

(Continuação)

70 71Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Anexo B - Resumo da Inflação (Jan’10 – Dez’12)

Anexo C - Economia Internacional

Anexo D - Projecções do PIB (2009 – 2013)

Anexo E - Contas Fiscais (%PIB)

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro

2010

87,4188,1989,1290,0390,9891,9192,9694,0096,2197,3998,38

100,00

Fonte: INE

2011

100,63101,47102,27103,21104,22105,31106,09106,86107,67108,54109,48111,38

2012

112,19112,96113,64114,43115,17115,96116,72117,42118,06119,14120,24121,43

ÍndiceVariação Percentual

Mês 2010

0,800,891,051,031,061,021,141,122,351,231,011,65

2011

0,630,830,780,920,981,050,750,730,760,810,861,73

2012

0,730,690,600,700,650,680,660,600,550,910,930,99

Mensal

2010

0,801,692,763,824,915,987,198,40

10,9412,3113,4415,31

2011

0,631,472,273,214,225,316,096,867,678,549,48

11,38

2012

0,731,422,032,743,414,114,805,426,006,977,969,02

2010

13,8313,6613,8013,7313,8513,7413,7013,9915,7316,0915,8915,31

Acumulada Homóloga

2011

15,1315,0614,7614,6314,5414,5814,1313,6811,9111,4411,2811,38

2012

11,4811,3211,1210,8810,5110,1110,02

9,879,659,769,839,02

PIB Mundial

Europa Zona EuroRússia

ÁsiaJapãoChinaÍndia

América BrasilEstados Unidos da América

África África do SulNamíbiaBotswanaMoçambiqueZâmbiaSADC

Estimado

Fonte: FMI (WEO, Outubro 2012; WEO Update, Janeiro 2013)/SADC

-0,6

-4,4-7,8

-5,59,25,9

-0,3-3,1

-1,50-0,40-4,806,306,402,77

5,10

2,004,30

4,5010,4010,10

7,502,40

3,106,608,107,107,606,00

3,90

1,404,30

-0,609,307,90

2,701,80

3,504,808,007,306,605,36

3,20

-0,403,60

2,007,804,50

1,002,30

2,504,606,107,507,304,75

2009 2010 2011 2012Projectado

3,50

-0,203,70

1,208,205,90

3,502,00

3,004,405,908,407,005,10

2013

AgriculturaPescas e DerivadosDiamantes e OutrosPetróleoIndústria TransformadoraConstruçãoEnergiaServiços MercantisOutrosPIB a Custos de FactoresPIB a Preços de Mercado

AgriculturaPescas e DerivadosDiamantes e OutrosPetróleoIndústria TransformadoraConstruçãoEnergiaServiços MercantisOutrosPIB a Custos de FactoresPIB a Preços de Mercado

Mil Milhões de Kwanzas

Projecções

Fonte: Ministério do Planeamento

596,514,553,7

2.661,6363,8449,6

7,41.240,4

454,05.841,55.988,7

10,20,20,9

45,66,27,70,1

21,27,8

100,0102,5

729,016,971,1

3.395,9464,2601,6

9,51.555,1

548,27.391,87.579,5

9,90,21,0

45,96,38,10,1

21,07,4

100,0102,5

886,422,189,1

4.640,8584,3750,6

11,01.896,0

669,09.549,39.780,1

9,30,20,9

48,66,17,90,1

19,97,0

100,0102,4

1.111,026,788,8

4.709,0684,5887,6

14,92.294,3

767,310.584,210.829,9

10,50,30,8

44,56,58,40,1

21,77,2

100,0102,3

1.248,831,285,1

4.609,1805,7

1.041,020,2

2.750,9878,2

11.470,211.951,2

10,90,30,7

40,27,09,10,2

24,07,7

100,0104,2

2009 2010 2011 2012 2013

Estrutura Percentual (%)

Receitas Fiscais Receitas Petrolíferas Receitas não PetrolíferasDespesas Correntes CapitalSaldo CorrenteSaldo Global do ExercícioSaldo Primário Petrolífero Saldo Primário não Petrolífero

Fonte: PFT/MINFIN/MINPLAN

42,0124,6810,6032,7318,82

6,8816,46

9,28-0,38

-14,45

45,2523,37

8,5037,1318,08

7,1013,45

8,110,45

-14,42

2011 2012

72 73Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

Anexo F - Contas Monetárias (2009 – 2012)

Fonte: DES/BNA

* Os valores das Contas Monetárias de 2012 são preliminares.

Activos Externos Líquidos Reservas Internacionais Líquidas Outros Activos Externos Líquidos

Activos Internos Líquidos Crédito Interno Líquido Crédito ao Governo Geral Crédito à Economia Outros Activos e Passivos

Meios de Pagamento (M3) Meios de Pagamento (M2) Moeda (M1) Quase-Moeda Outros Instrumentos Financeiros

1.128.907,771.128.334,63

573,14

1.419.048,541.728.125,69

395.657,791.332.467,91-309.077,16

2.547.956,312.303.840,481.635.300,21

668.540,27244.115,83

1.697.750,521.605.189,63

92.560,89

1.030.643,651.781.508,72

103.401,801.678.106,92-750.865,07

2.728.394,172.626.211,281.700.093,65

926.117,64102.182,89

2.874.136,57 2.468.546,16

405.590,41

781.079,78 1.393.121,11 -762.696,10

2.155.817,20-612.041,33

3.655.216,353.505.275,092.149.623,171.355.651,92

149.941,26

3.153.021,302.932.532,54

220.488,75

789.898,911.960.010,15-713.314,49

2.673.324,64-1.170.111,24

3.942.920,203.865.926,482.174.501,191.691.425,29

76.993,72

2009 2010 2011 2012*

74 75Relatório de Inflação • IV Trimestre de 2012 •

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