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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÍNGUA ESPANHOLA E LITERATURAS ESPANHOLA E HISPANO-AMERICANA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO C UADERNOS DE R E C I E N V E N I D O R E C I E N V E N I D O R E C I E N V E N I D O R E C I E N V E N I D O R E C I E N V E N I D O BEATRIZ COLOMBI Representaciones del ensayista CRISTINA IGLESIA Secretarios de la Pampa. Apuntes sobre la figura del secretario del caudillo gaucho

Representaciones Del Ensayista (Beatriz Colombi)

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Representaciones Del Ensayista (Beatriz Colombi)

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  • CURSO DE PS-GRADUAOEM LNGUA ESPANHOLA E LITERATURAS ESPANHOLA E HISPANO-AMERICANA

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    CUADERNOS DE

    R E C I E N V E N I D OR E C I E N V E N I D OR E C I E N V E N I D OR E C I E N V E N I D OR E C I E N V E N I D O

    BEATRIZ COLOMBI

    Representaciones del ensayista

    CRISTINA IGLESIA

    Secretarios de la Pampa. Apuntes sobre la

    figura del secretario del caudillo gaucho

  • CUADERNOS DE RECIENVENIDO/26

    Publicao do Curso de Ps-Graduao

    em Lngua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana

    Editora: LAURA J. HOSIASSON

    Universidade de So Paulo

    Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas

    Departamento de Letras Modernas

    Copyright 2008 by Beatriz Colombi e Cristina Iglesia

    Todos os direitos desta edio reservados Humanitas

    Impresso no Brasil/Printed in Brazil

    dezembro/2008

    HUMANITAS

    PresidenteMario Miguel Gonzlez

    Vice-PresidenteMarco Aurlio Werle

    Servio de Biblioteca e Documentao da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo

    Cuadernos de recienvenido / publicao do programa de Ps-Graduao em Lngua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana [do] Departamento de Letras Modernas [da] Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas [da] Universidade de So Paulo. n. 19 (2004) -. So Paulo : Humanitas, 2004- v.; 21 cm

    Irregular Publicado: DLM/FFLCH/USP, n.1 (1996) - n.18 (2002).; ltima edio

    consultada: n. 24 (2008) ISSN 1413-8255

    1. Literatura Espanhola. 2. Literatura Hispano-americana. 3. Lngua espanhola. I. Universidade de So Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas. Departamento de Letras Modernas. Programa de Ps-Graduao em Lngua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana.

    21. CDD 860 460

  • NOTA EDITORIAL

    N este volume da j consolidada coleo Cuadernos de Recienvenido, te-mos a satisfao de apresentar os textos de duas visitantes do nosso progra-ma de ps-graduao durante o ano de 2007. Trata-se das professoras BeatrizColombi e Cristina Iglesia, docentes da Universidad de Buenos Aires queaqui estiveram para ministrar cursos, proporcionando um intenso e frutferointercmbio intelectual com a nossa comunidade acadmica. Elas vieram aconvite do Convnio que o Programa de ps-graduao em Lngua Espa-nhola e Literaturas Espanhola e Hispano-americana mantm com progra-mas da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires edo instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, atravs do ProgramaCentros Associados de ps-graduao Argentina/Brasil (CAPES projeto016/04) desde 2004.

    O tema que Beatriz Colombi desenvolveu no primeiro semestre de 2007,Formas do ensaio na Literatura Hispano-americana, tambm o ncleo dotexto que aqui apresentamos. Trata-se de um estudo instigante sobre asrepresentaes do sujeito da enunciao no ensaio hispano-americano. Nummovimento que remete, em ltima instncia, para a reflexo sobre o prpriofazer, ela mapeia o panorama do ensaio a partir dos primeiros expoentes nosculo XIX, desenhando tipos centrais dessa representao: o polemista, oprofeta e o maestro. A partir de noes tericas como as de inteno utpica,de Adorno, e a funo de autor, de Foucault, argumentando sobre algumasdas idias de Gonzlez Echevarra, ela compe um variado percurso de pos-sibilidades do gnero at finais do sculo XX, quando ele adquire novas dire-es e aponta para a figura do ensasta desencantado.

    O curso de Cristina Iglesia durante o segundo semestre de 2007, Fic-es verdadeiras e auto-fico no jornalismo argentino de fim do sculo XIX:As causeries de Lucio Mansilla (1888-1890), foi estratgico para aquelesalunos do programa de ps-graduao da rea que desenvolvem pesquisassobre narrativa do sculo XIX hispano-americano. O texto aqui includo apalestra que a pesquisadora proferiu durante sua visita a So Paulo; nelaanalisa a figura de letrados e intelectuais hispano-americanos que exerce-

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    ram funo de secretrios e escrives para os gauchos-caudillos em camposde batalha, no perodo das guerras civis que se seguiram Independnciaargentina. O texto trabalha com vrias questes que essa relao prope: oletrado que d letra ao gaucho inculto; a inusitada insuportvel situa-o da palavra entre a barbrie e a civilizao; a complicada equao entre aveemncia do caudillo e a palavra cautelosa do letrado; e a conflituosa evarivel relao entre esses intelectuais e o poder. O estudo culmina comuma reflexo sobre o percurso de Sarmiento que deixaria de ser o secretrio-escrivo do General Urquiza para aspirar diretamente ao e ao poder.

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    Biografias das autoras:

    Beatriz Colombi professora de literatura argentina da Universidadede Buenos Aires. Foi professora visitante na Universidade de So Paulo noprimeiro semestre de 2007. Alm de mltiplos artigos em revistasespecializadas, publicou em 2004 o livro Viaje intelectual: Migraciones ydesplazamientos en Amrica Latina (1880-1915), no qual aborda o tema daviagem, do exlio e da traduo de escritores e intelectuais daquele perodo.Seus interesses abrangem um leque amplo de preocupaes, como os estu-dos coloniais, a literatura de fim do sculo XIX, o Modernismo, o gneroepistolar e o ensaio.

    Cristina Iglesia professora titular de literatura argentina na Univer-sidade de Buenos Aires. Foi professora visitante na Universidade de SoPaulo no segundo semestre de 2007. Tem se especializado em literatura ar-gentina do sculo XIX, destacando-se em particular estudos sobre LucioMansilla e Faustino Sarmiento, embora tambm tenha se debruado sobreautores do sculo XX como Victoria Ocampo e Antonio di Benedetto. Alm desuas publicaes em revistas especializadas e captulos de livros, destacam-se os livros Cautivas y misioneros, mitos blancos de la conquista (em colabo-rao com Julio Schvartzman), de 1987 e La violencia del azar: Ensayossobre literatura argentina, de 2003.

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    Representaciones del ensayista

    Representaciones del Ensayista

    Beatriz Colombi (Universidad de Buenos Aires)

    Abstract: El artculo analiza las representaciones del ensayista en el ensayohispanoamericano sosteniendo que stas estn definidas por la interseccin deposiciones (autorales, retricas) y ficciones (sociales, estamentales, profesionales)imbuidas de una particular valoracin, a travs de las cuales el ensayista provee delegitimidad a su discurso. Algunas de estas representaciones corresponden al profe-ta, el polemista, el maestro, el profesor, el tratadista, el neo-humanista, el archivista,el intrprete de la psiquis colectiva, el post-utopista, y estn relacionadas con laautoridad y fueros del letrado o intelectual en esta cultura.

    Palabras claves: ensayo hispanoamericano representacin del ensayista intelectuales.

    n la portada de la primera edicin de los Ensayos de Montaigne, publi-cados en 1580, Jean Starobinski (1998) observa el despliegue casi excesivode todos los nombres y ttulos nobiliarios del autor. Deduce que esta exhibicinno es gratuita, sino que est all para garantizar, con su sola presencia, lainmunidad frente a cualquier reprobacin o censura que sobre sus escritospudiese recaer. Estos atributos contribuyeron a crear una representacinbajo cuyo resguardo circul la escritura de textos como De los canbales,verdadero giro copernicano sobre la antropofagia, la percepcin del otro y elrelativismo cultural, en la poca de la gran expansin imperial de Espaa. Elensayo dramatiz, desde este origen, una escena que le es peculiar: la de unhablante que se sabe facultado para emitir cualquier juicio, ms all delarbitrio de los doctos o de la sancin de las instituciones, apoyado tan sloen su investidura en tanto sujeto y en su dominio de algn saber. Con este

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    gesto, Montaigne inaugura un nuevo lugar de enunciacin que permiteubicarlo dentro de esa categora de autores que Foucault llam fundadoresde discursividad, como Marx o Freud, es decir, aquellos que adems deconstruir su propia obra, inician una formacin: Lo particular de estosautores es que no son solamente los autores de sus obras, de sus libros.Produjeron algo ms: la posibilidad y la regla de formacin de otros textos(Foucault 115).

    Los Ensayos de Montaigne presentan una situacin novedosa: unasubjetividad discurre al mismo tiempo que escribe sobre su objeto, o al me-nos, hace creer que estos movimientos son simultneos, diseminando dispo-sitivos que emulan la inmediatez del pensamiento y la flexibilidad del discur-so que lo expresa. Se trata, como en todo gnero, de una convencin, no lanica pero s la fundamental para que reconozcamos su familia de pertenencia,segn la cual debe predominar la incertidumbre por sobre las frmulasasertivas, y an cuando estas ltimas existan, deben aparecer siempre ensu momento de produccin. Pero el sujeto de esa actividad de estratgicadisposicin de los materiales, gestor de esta modalidad oblicua y a la vezsuasoria, resulta ser tambin uno de los pilares de la lgica del gnero. Enefecto, el yo del ensayista es la clave de bveda de este sistema. A quinrefiere este yo, mostrado con mayor o menor nfasis en sus distintasmanifestaciones, pero nunca ausente de la escena?

    La primera persona del ensayo est contaminada de mltiplesproyecciones, donde podemos identificar al escritor fuera del texto, a unhablante ficcional, a la voz del letrado y/o intelectual que se expresa ennombre de un sector especializado de la sociedad, es decir, a mscaras yentelequias dispares. El yo del ensayista no se identifica plena y exclusiva-mente con ninguna de ellas, sino que se conforma en su interseccin. Paraconsiderar esta dinmica acudo una vez ms a Foucault y a su concepto defuncin de autor. Segn Foucault el estatus del autor en el texto se reduce alas marcas de su ausencia en tanto la escritura es siempre la separacin delsignificante y de la presencia; no obstante, su desaparicin libera las funcio-nes que apuntan hacia esta figura concreta y al mismo tiempo fantasmal.Por eso, ante la pregunta dnde est el autor?, Foucault responde: Sertan falso buscar al autor del lado del escritor real como del lado de ese parlanteficticio; la funcin autor se efecta en la escisin misma, en esta divisin yesta distancia (Foucault 113). Dice tambin que este simulacro, prescindibleen los tratados cientficos, resulta necesario en los discursos literarios, yaque difcilmente admitimos el anonimato en esta esfera, a menos que estplanteado como un enigma a resolver. Si volvemos al ensayo, veremos que

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    ste seala continua e insistentemente al sujeto que lo produce. Cul serael cometido de este sealamiento sino el de fundar sobre este sujeto la nicaautoridad plausible sobre lo que se dice? En un gnero donde, como adverti-mos al comienzo, el enunciador pretende erigirse como el garante ltimo desus expresiones, las ficciones con que ste se reviste para afirmar sus fuerosadquieren especial inters.

    El ensayo, por otra parte, est estrechamente relacionado con la ret-rica (Adorno 33). Al igual que el orador en la retrica, el locutor en la litera-tura de ideas coloca continuamente en juego el ethos o imagen de s mismo.Roland Barthes define al ethos como los rasgos de carcter que el oradordebe mostrar al auditorio (poco importa su sinceridad) para causar buenaimpresin: son sus aires; y, ms adelante, En suma, mientras habla ydesarrolla el protocolo de las pruebas lgicas, el orador debe tambin decirsin cesar: sganme (frnesis), estmenme (aret) y quiranme (eunoia) (Barthes,Investigaciones retricas 63 y 64). A partir de lo dicho, podemos hablar de lasrepresentaciones del ensayista como una instancia fundamental en estostextos, ya que de ellas dependen tanto las estrategias de construccin delethos, orientadas a la persuasin retrica, como determinadas figuraciones(sociales, estamentales, profesionales, gnoseolgicas) que hacen fiable a estediscurso. Mi propuesta retoma en cierto sentido la cuestin planteada porRoberto Gonzlez Echevarra en La voz de los maestros respecto a la necesidadde profundizar en la autoconstitucin ficcional del ensayo hispanoamericano(Gonzlez Echevarra 39). Pero adems, las alternativas que a continuacinanalizo se vinculan con las imgenes del letrado o intelectual en nuestracultura, en la medida que el ensayo ha sido el vehculo privilegiado por estegrupo.

    Tres tipos centrales dominan la ficcin enunciativa del ensayohispanoamericano en el siglo XIX: el polemista, el profeta y el maestro,presentndose como papeles particularmente apropiados por estar imbuidosde una especial valoracin social. Para el primer caso, conviene recordar losconceptos de Marc Angenot en La parole pamphltaire. Angenot argumentaque tanto el ensayo como el grupo conformado por el panfleto, la stira y lapolmica, pertenecen a la misma familia discursiva, la literatura de ideas,pero mientras que en el primero prima el diagnstico o la meditacin, en elsegundo conjunto prevalece la actitud agnica, que supone desde luego uncontra-discurso y una presencia pronunciada del pathos o intensidad afectiva.Ms all de esta delimitacin, que de hecho puede percibirse y es pertinenteen numerosos casos, es frecuente encontrar la fusin de estas formas en elensayo decimonnico hispanoamericano, comprometido sobre todo con la

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    descalificacin y refutacin del adversario. Se ensaya en contra de la colonia,la tradicin, la tirana, la barbarie, el atraso, el caudillismo, el imperialismo, y el polemista se impone en el gnero hasta el fin de siglo.

    El ensayista suele representarse tambin como anticipador o veedor delos tiempos por venir. Lukcs vio al ensayista como al precursor de un granmomento (Lukcs 36), mientras Theodor Adorno sostuvo que el ensayo apuntaal terminus ad quem (una meta o punto final) y no al terminus ad quo (unpunto de partida u origen), ya que su mtodo mismo expresa sin ms laintencin utpica (Adorno 24). Las grandes figuras del pensamiento utpicodel siglo XIX adoptaron la elocucin del profeta, como Saint Simon, CharlesFourier, o la franco-peruana, Flora Tristn, quien, con una voz admonitoriay mesinica, esboza un ensayo sobre el atraso y la supersticin en el Per enPeregrinaciones de una paria, como una versin femenina del gran diagns-tico modernizador de Sarmiento en el Facundo. En esta tesitura, el ensayistatrabaja con anticipaciones y bosquejos del futuro, proponiendo frmulas queresuenen como emblemas del porvenir. Por eso las formas tradicionalmenteasociadas a la transmisin del saber, como la mxima, el aforismo o la sen-tencia son habituales en su discurso.

    As, en la escritura ensaystica de Jos Mart, la sentencia suele ser elpunto de concentracin de tensiones. Una frase en el Prlogo a El poema delNigara puede ser leda como el centro generador de todo el ensayo: Unatempestad es ms bella que una locomotora (El poema 156). En su graneconoma y efectividad, la sentencia polemiza con una modernizacin vorazy destructora del mundo natural, pero, anlogamente, concede a la mquinatambin el estatuto de lo bello (la tempestad es ms bella). De acuerdo aRoland Barthes en su estudio sobre la mxima en La Rochefoucauld, sta secaracteriza por lo que llama la espectacularidad de su estructura y por suefecto crtico, atribuciones ambas que podemos encontrar en el ensayo, queprocura tambin el placer esttico a partir de procedimientos de superficie ypromueve la crtica a travs de una perspectiva novedosa sobre el objeto quelo ocupa. Algo ms emparienta a la mxima y el ensayo. Barthes dice que,para dar peso a su palabra, el escritor de la mxima se coloca en un mas alldel conocimiento convencional, el autor como un dios sopesa los objetos(Barthes, La Rochefoucauld 101) y establece su verdad, actitud semejantea la del ensayista profeta. Si bien Mart no imprime a su palabra el tonoomnipotente de un dios, tampoco evade la tonalidad del profeta, conjugandoadems la ausencia para serlo del modo ms cabal. La ficcin del ensayistacomo profeta y utopista se repite en Nuestra Amrica (1891) de Mart, en elAriel (1900) de Rod, en la Raza csmica (1925) de Vasconcelos, en La utopa

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    de Amrica (1925) de Pedro Henrquez Urea, en ltima Tule (1942) de Al-fonso Reyes, quien reedita la vigencia de este lugar en los tiempos, tambinruines, de la segunda guerra.

    Pero es el maestro la representacin ms constante de este repertorio.Durante un largo ciclo nuestro imaginario otorg al magisterio la ms altaestima social, de all que fuese el epteto que se usara para referirse a losprohombres de la cultura. La abundancia de ejemplos exime de su recuento,aunque en l no debera faltar Domingo Faustino Sarmiento, Eugenio Marade Hostos, Jos Enrique Rod, Jos Vasconcelos, Gabriela Mistral y PedroHenrquez Urea. La complejidad de la relacin magisterial y sus variablesha sido analizada por George Steiner en su Lecciones de los maestros dondedescribe tres posibles estructuras de relacin: el maestro que destruye ps-quica o fsicamente al discpulo, el discpulo que traiciona al maestro, y elintercambio fructfero entre ambos, el eros de la mutua confianza e inclusoamor (Steiner 12). Repara Steiner que en este ltimo caso, donde preponde-ra el aprendizaje por imitacin Scrates y los santos ensean existiendo(13) parece una ingenua idealizacin frente a los planteos de Foucault,para quien la enseanza siempre implica situaciones de poder y sumisin deorden psicolgico, social, fsico, institucional, siendo la pedagoga uno de lossoportes de los sistemas de exclusin y control social. Coincidente con estapostura del pensador francs, Zygmunt Bauman vincula al maestro en tantoletrado con el proyecto iluminista, el cual requiere la colaboracin de estosnuevos mediadores, intrpretes de la Razn, para administrar las fuerzassociales y erradicar la supersticin. Bauman lo define diciendo que el maes-tro/supervisor, (es) un profesional especializado en la modificacin delcomportamiento humano, en traer al orden la conducta y evitar o contenerlas consecuencias del accionar desordenado o errtico (Bauman 110).

    El tema no ha sido ignorado por la crtica latinoamericana. Luis AlbertoSnchez en Tuvimos maestros en nuestra Amrica (1940) eligi esta imagenaplicada a los intelectuales para sealar el divorcio entre la palabra y laaccin en los hombres del Novecientos, enjuiciados por la generacin que lossucede, que no puede ya reconocer un mandato claro y tico en esos padres.Julio Ramos en Desencuentros de la modernidad en Amrica Latina (1989)relaciona el ministerio docente con la nueva autoridad restringida al mbitopedaggico que obtiene el intelectual modernizado en Amrica Latina,desplazado de los privilegios y lugares del letrado tradicional, en el marco delos grandes cambios que transita esta figura entre la heteronoma y laautonoma en la etapa de la modernizacin. Pero es Roberto GonzlezEchevarra en La voz de los maestros (1985) quien ha propuesto una hiptesis

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    particularmente interesante para el tema, sosteniendo que el discursoensaystico de identidad continental formulado por los maestros ha estado alservicio del poder siendo por este motivo funcional al proyecto del dictador.Podramos ilustrar su operacin crtica pensando en La tempestad deShakespeare, texto base para todas estas consideraciones. En La tempestadobra releda en clave colonial y postcolonial con inusitada productividad-podemos observar diversas imgenes del letrado. As Prspero es tanto elmago, como el biblifilo y el dictador, Ariel es el humanista alado y por lotanto desasido de lo real, mientras que Gonzalo -el consejero-, es otra versindel humanista pero con los pies en la tierra.1 Entre todas estas posiciones,podramos pensar que Gonzlez Echevarra elige la que ofrece Prspero, quefunde en su personaje al maestro y al dictador y encuentra su mejorreapropiacin en la cultura hispanoamericana en el Ariel de Rod. No obs-tante, podramos argumentar que nuestra historia intelectual presenta vari-edades y bifurcaciones que modifican la ecuacin maestro/dictador. Muchasafiliaciones discipulares presentan alternativas tanto al eros como a la disci-plina puesta en juego por este vnculo. Baste pensar en Ezequiel MartnezEstrada y Hctor Murena, o Pedro Henrquez Urea y Alfonso Reyes, dondelos roles del educador y el educando se vuelven horizontales o, inclusive,intercambiables.2 Desde estas relaciones, si se quiere, personales, hasta susproyecciones sociales, la representacin de quien detenta el saber no es niha sido unvoca en nuestras sociedades. Lo que resulta innegable, cualquierasea la ideologa desde la cual consideremos su significacin, es la prerrogati-va que deviene del ejercicio de este papel y su peso en las figuraciones delensayista e intelectual en Hispanoamrica.

    El antecedente ms prestigioso del ensayista maestro es Ralph WaldoEmerson, formador de la juventud universitaria norteamericana, en un textocentral para analizar esta serie, me refiero a The American Scholar (1837). Enla necrolgica que escribe Mart sobre Emerson en 1882, hace uso explcitode una tropologa que acude a imgenes de elevacin para magnificar lajerarqua intelectual y moral del gran maestro americano. En Hispanoamrica,esta posicin fue adoptada de modo ejemplar por Jos Enrique Rod en Ariel,caso extremo del ensayista que produce un espectculo de su propia locucin,

    1 Este anlisis de las figuraciones del letrado en La tempestad se basa en la imprescindible lectura del

    ensayo de Anbal Ponce Ariel o la agona de una obstinada ilusin, en Humanismo burgus y humanismo

    proletario, Mxico, Cartago, 1981.2 He analizado la relacin epistolar y discipular de Alfonso Reyes y Pedro Henrquez Urea en Un escenario

    de cultura: Alfonso Reyes epistolar. Aventuras de la crtica. Escrituras latinoamericanas en el siglo XXI. No

    Jitrik, Coordinador. Crdoba: Alcin, 2007. 223-230.

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    apelando a la identificacin con el personaje de Prspero que, expurgado demagia, pronuncia su oracin de fin de curso ante sus discpulos, como laabundante crtica sobre este texto cannico no ha dejado de apuntar. Laenseanza se hace viable a travs de la educacin esttica prevista en laforma misma en la que se entrega el mensaje, el estilo alto, la exempla, laparbola, el cuento. La literatura se presenta as como el mbito capaz deproducir un saber regenerador de la sociedad, diseando en este sentido unnuevo espacio social para el ensayista (y para el intelectual), en una lneaque desembocar en los neo-humanistas de comienzos del siglo XX.

    Del ensayista maestro se desprende otra funcin subordinada al saberprofesionalizado, visto como necesario para superar el atraso americano. Elensayista post-arielista muestra las virtudes del conocedor y evita lasinseguridades del diletante. Francisco Garca Caldern, discpulo a la dis-tancia de Jos Enrique Rod en la colonia de hispanoamericanos que seconcentra en Pars en 1900, impuso este imaginario encumbrando la siluetadel profesor (Los profesores de idealismo) y promoviendo a los nuevosintelectuales americanos surgidos de las aulas universitarias. Sus ensayosamericanistas, publicados en el Pars previo a la Primera Guerra, LesDmocraties latines de l Amrique (1912) y La creacin de un continente (1914)ceden espacio a la representacin del ensayista como investigador que aco-mete su objeto con nuevas metodologas histricas, psicolgicas, sociolgi-cas- adquiridas en la frecuentacin de la academia francesa. El profesordenota, desde luego, otro mbito de competencia respecto al maestro y con-fina al intelectual al espacio acotado de la universidad, condicionando deeste modo su radio de intervencin social.

    Las nuevas disciplinas que definen sus mtodos en el primer tercio delsiglo XX latinoamericano -la filosofa, la sociologa, la historia, la crtica, laetnografa, el psicoanlisis- exigen del ensayista un conocimiento sistemati-zado, respecto del cual se puede tomar distancia, introducir caminos oblicuos,simular irreverencia, pero nunca ignorar. Ningn caso ms ejemplar, unasdcadas ms tarde, que El Contrapunteo cubano del tabaco y del azcar (1940)de Fernando Ortiz. El Contrapunteo est slidamente afincado en la etnografafuncionalista liderada por Malinowski, a cuya sombra acu Ortiz el conceptode la transculturacin, pero, al mismo tiempo, el cubano se desva de laeconoma de sentido que rige a la obra cientfica para entregarse a la ldicadialctica de los opuestos, a la digresin, a la gratuidad de la escritura. Noextraa, entonces, que Ortiz comience su texto citando al Arcipestre de Hitay su Libro de buen amor, con el combate entre don Carnal y doa Cuaresmacomo precedente literario del mal amor entre el tabaco y el azcar isleos.

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    Ortiz monta una trama a la vez potica y erudita, fascinante y heterodoxa, entorno a los dos productos agrarios principales de la historia econmica deCuba, trascendiendo y trasgrediendo las propias barreras que le impone laciencia, para leer en ellos un duelo cultural entre negro y blanco, esclavitudy libertad, analfabeto y letrado, ingenio y ciudad, oficio y arte, tradicin ymodernidad, en un paradigma que se abre y prolifera con exceso yexuberancia, dando lugar a un nuevo lugar de enunciacin que se construyeen la frontera entre el humanismo y la ciencia. El proyecto es slo comparablea otro contrapunteo, el que realiza Gilberto Freyre en Casa grande e senzala(1933), tambin con un enunciador cientfico, ms sobrio en sus pases deestilo, pero no por eso menos literario.

    El lugar del ensayista se define, en muchas ocasiones, por sucontraposicin respecto al especialista o tratadista, lo que configura un sujetode enunciacin libre de condicionamientos, regulaciones disciplinarias,pertenencias acadmicas o marcos institucionales. Como dijimos al comienzo,sta es la convencin que rige para el gnero, la de un sujeto que simulatrabajar sesgadamente respecto del conocimiento sistemtico y canonizado.Para esto, el ensayista crea lo que podramos llamar el efecto de libertad apartir de una serie de marcas que colocan a lo que dice en el plano de loaproximativo, estrategia que compromete el rgimen de la cita, muchas veceselidida con la parfrasis libre de otros discursos, o con la digresin, quesustituye la precisin y economa de las argumentaciones y hasta afecta a lacohesin del texto, usualmente fragmentado o eslabonado en prrafos derelativa independencia. Pero estos procedimientos (la parfrasis, la digresin)lejos de desmerecer su credibilidad, la confirman, ya que el ensayista sevuelve tal justamente por incurrir en ellos.

    El ensayista neo-humanista, que emerge en la entreguerra, estableceuna figuracin de s mismo como un sujeto crtico, universalizante, filolgico,normativo del pasado y optimista del futuro. Alfonso Reyes y Pedro HenrquezUrea recurren a diferentes estrategias de validacin de su palabra,empeados en superar el derrotismo del pensamiento positivista, con unanueva inflexin que se nutre tanto de la academia como de la plaza pblica.Alfonso Reyes renueva los procedimientos del ensayo en Visin de Anhuac(1915), donde afirma un sujeto nacional y a la vez universal, personificadoen un biblifilo que revisa las imgenes mltiples proyectadas sobre Mxicopor conquistadores, cronistas, cartgrafos, historiadores, viajeros ytraductores. Estas visiones son recortadas y montadas en un collagevanguardista e irnico de las esencias patrias, donde la nica verdad queprevalece es la de una herencia cultural intervenida, inventada, frgil y casi

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    a punto de perderse entre la balacera revolucionaria. Reyes construy suauto-representacin en el ensayo con el desapasionamiento y el humour de losensayistas ingleses, como Lamb o Hazlitt, pero sobre todo de Chesterton, sumatre penser durante los aos de formacin en Espaa, a quien traduce yde quien asimila el uso intensivo de la paradoja. Henrquez Urea forj unmodo que no podemos desprender del magisterio, pero tampoco reducirlo ex-clusivamente a ello. Como los ingleses Matthew Arnold y Walter Pater, susmaestros, estableci una perspectiva de alta densidad, sistematizando la cul-tura americana desde la etapa colonial hasta su presente, incorporando desdeel registro alto hasta el popular, y proyectando en esta tarea un enunciadorarchivista que se autoriza por su erudicin en un campo, si no baldo, al me-nos, escasamente estructurado. Los neo-humanistas trabajan intensamentepor el prestigio del gnero, ubicndose ms que nunca en la centralidad de suejercicio, al mismo tiempo que asumen el rol de intelectuales con altaintervencin en los asuntos que hacen a la definicin de una cultura nacionaly continental, sin por ello desatender su consonancia universal. Esta conviccinsostuvo textos como Lo mexicano y lo universal (1932) y La inteligenciaamericana (1936) de Alfonso Reyes, El escritor argentino y la tradicin (1953)de Jorge Luis Borges, El descontento y la promesa (1926) de Henrquez Urea,o De la conquista a la independencia (1944) de Mariano Picn Salas. En estalnea, La expresin americana (1957) de Lezama Lima sostiene la voz de unenunciador que procura, con la opacidad de las formas (Slo lo difcil esestimulante), dar un relieve de mxima autonoma esttica a esta escritura.

    En el siglo XX, el ensayista intrprete de la psiquis colectiva llega a seruna representacin central del gnero. En este lugar se asume como traductore intermediario de un relato social al que vuelve inteligible a partir de laelaboracin de grandes metforas incluyentes de una comunidad. Tanto enRadiografa de la pampa (1933) de Ezequiel Martnez Estrada como en Ellaberinto de la soledad (1950) de Octavio Paz, la posicin interpretante de untrauma de origen se vuelve medular, proponiendo que en el pasado y suolvido radica la clave de todos los conflictos, mientras que en la vuelta y lamemoria, su posibilidad de superacin. Paz y Martnez Estrada coinciden enuna trama comn pautada por los hitos de la violacin, la culpa, el silencio,y la soledad. La novela familiar del neurtico encuentra en la Conquista unanueva narracin donde asentarse: una madre violada, vituperada y rechazada,que solo lega desprecio y vergenza a sus vstagos. Y un hijo humillado yrenegado por el padre, que es el gaucho de Martnez Estrada y el mexicanoneurtico y mascarado de Paz. Lo que resulta importante de esta operacininterpretativa es que la construccin de este relato matriz confiere al ensayista

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    una nueva atribucin social, consistente en verbalizar lo que permanecasilente o reprimido, ofreciendo a la sociedad un espejo donde reconocerse. Elacierto en conseguir este objetivo se manifiesta en la cristalizacin de suslecturas como canon de identidad nacional y/o americana, al menos, duran-te cierto tiempo, hasta la revisin crtica de estas mitologas en sus respecti-vos campos nacionales. La funcin del intrprete del pasado recorre, desdeluego, El pecado original de Amrica (1954) de Hctor Murena y Los sieteensayos de interpretacin de la realidad peruana (1928) de Jos CarlosMaritegui. Zygmunt Bauman sostiene en Legisladores e intrpretes que elintelectual legislador, como juez, formador de opinin y verificador de valo-res, ha entrado en crisis en la vida contempornea y ha sido sustituido por elintelectual intrprete, aquellos especialistas en traduccin entre tradicionesculturales, calificados para ejercer el arte de la conversacin civilizada deOccidente, sin la consoladora pero engaosa conviccin de su validez uni-versal ante la disolucin de las certezas propias de esta cultura (Bauman203-204). Los textos de los ensayistas intrpretes estn abrumados deincertidumbre y nihilismo, as como las obras de los neo- humanistasdilapidaban utopismo y optimismo.

    Como hemos dicho y analizado previamente, las ficciones enunciativasdel ensayo tienen su correlato en las figuraciones del letrado y/o intelectualen esta cultura. El Ariel de Rod, una vez ms, resulta un texto insoslayable,ya que exhibe una de las acciones pertinentes al intelectual, la reproduccinde su estirpe. Rod-Prspero ofrece una imagen enaltecida de esta misin ynadie mejor que Carlos Real de Aza supo ver su impronta germinativa:Ariel condensaba con suma destreza la imagen ms benvola, msennoblecida que el ethos prospectivo de la intelligentsia juvenillatinoamericana y espaola podan tener de s mismos (Real de Aza, XX).Pero de la cantera del arielismo no slo surgi la emulacin laudatoria, sinotambin la crtica y la autocrtica. Luis Alberto Snchez, en su libro arribaaludido, dividi el campo de los epgonos de Rod entre arieles y calibanes,los primeros marcados por el esteticismo, el desdn por las masas, ladesconfianza en la democracia y la adhesin a las teoras raciales, los segun-dos, en cambio, caracterizados por haber sido capaces de unir tica y ciencia,adems de oponerse al imperialismo y resistir a los gobiernos dictatoriales.En su balance de las tites intelectuales post-arielistas, Snchez invierte elsentido de lo calibanesco, que dcadas ms tarde reapropiara RobertoFernndez Retamar en su ensayo Calibn (1971).

    Fernndez Retamar reivindic en el personaje del esclavo de LaTempestad a las masas explotadas y a los pases coloniales, e identific a

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    Representaciones del ensayista

    Ariel con el intelectual, aunque escindi el campo entre arieles leales y trai-dores, tomando como hito el sonado caso Padilla, divisoria de aguas para laintelectualidad latinoamericana de la dcada de los setenta y principio deldivorcio o matrimonio con la poltica cultural de la revolucin cubana.Fernndez Retamar establece una dbil frontera entre ensayo y panfleto, yacude a las frmulas del desdoro para invalidar a sus oponentes,atribuyndose una funcin judicial de sus pares. Tambin en La ciudad le-trada (1984) de ngel Rama, la centralidad de la escena enunciativa la ocupael intelectual enjuiciando su origen, su clase, sus cooptaciones y transaccionescon el poder, desde la Colonia al presente, siendo avalado para realizar estetribunal de la inteligencia por su propia trayectoria de exiliado y, en talcondicin, como alguien al margen de la ciudad amurallada. La ciudad letra-da, el ltimo texto de ngel Rama, encarna el desencanto ms extremo deesta funcin, casi como una respuesta adversativa a su precursor, Rod, queapost a la capacidad regeneradora y auto-celebratoria de su clase.

    Con Aires de Familia (2000), Carlos Monsivis se inscribe en la tradicindiscursiva del ensayo hispanoamericano, pero introduce importantes desvos,rupturas y escepticismos respecto a este legado y a sus peculiaridadesenunciativas. En la Advertencia preliminar del libro, retoma las palabras deJos Vasconcelos y Alfonso Reyes para demostrar la prdida de vigencia desus presupuestos. As, el lema de Vasconcelos, Por mi raza hablar elespritu, proposicin que delimita, segn Monsivis, a los capacitados parahablar de y por Amrica, los universitarios, los letrados, ha sido superadopor una amplia democratizacin de la enseanza, que si bien no ha niveladoa todos, al menos, ha transformado visiblemente su alcance. Mientras que laconsigna de Alfonso Reyes sobre la asincrona intelectual americana, He-mos llegado tarde al banquete de la civilizacin occidental, ha sido eclipsa-da por la actual paridad cultural entre centro y periferia. Las dos condicionesque circundaban al ensayismo precedente, el elitismo de sus practicantes yla conciencia de atraso cultural de sus sociedades, son ahora sustituidaspor nuevas coordenadas que dominan la industria cultural a fines del sigloXX, la globalizacin y el neoliberalismo. De modo que las actuales condicionesponen a prueba los propios fueros del intelectual, cuya autoridad ha sidodesplazada y devorada por el mercado, y an cuestionan la pertinencia ovigencia de los relatos culturales que pretendan representar a las comunida-des nacionales o continentales en la era de la mundializacin.

    Cercano a ngel Rama en La ciudad letrada, el enunciador de Aires defamilia establece una hiprbole del inconformismo propio del intelectual,ubicndose en lo que llama el esplendor del pesimismo. Si la cultura

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    latinoamericana ha prestigiado el retrato del hroe promovido en los relatoshistricos, biogrficos, y ficcionales del siglo XIX- Monsivis propone la eradel post-herosmo, que es tambin la era del post-utopismo: Viene a menosel espritu utpico, en el sentido de la carga de porvenir deseable que va msall del presente (Monsivis 248). En Aires de familia, Hispanoamrica esantes una duda que una entidad, reducindose a momentos espordicos,circunstanciales y precarios, La cultura iberoamericana existe, pero los modostradicionales de percibirla han entrado en crisis (154). La cita o el pastichede las voces de los padres o maestros asedian el texto, con un gesto de dis-tancia y melancola, de desestructuracin de los mitos americanos. Lossintagmas fosilizados, lugares comunes, proposiciones canonizadas, frasesrecortadas, son articulados por una voz ubicada en un ms all de la identidad.El yo del ensayista no pretende encarnar al nosotros, no busca metforascomunes ni se atribuye la exclusiva funcin interpretante. Liberado de laresponsabilidad de hablar por la raza, Monsivis acude a su propia tradicinpara extraer de ella tan solo formas residuales y retazos. Habida cuenta queya no existe la certidumbre de la familia, el enunciador se mueve en el aire,como un nuevo Ariel desengaado de las promesas de Prspero. Pero en estanueva ficcin del ensayista desencantado, el lugar del gnero (y del inte-lectual) adquiere una nueva urgencia.

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