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Revista Digital Passear Versão Gratuita Nº.19
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passearsente a natureza
byNº.19 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)
Nordeste Transmontano
edição digital
CAMINHADATrilho de Campos
PR4 - BATALHACaminho de Ferro
Mineiro do Lena
À DESCOBERTAAZULEJARIA
DE LISBOA
EquipamentoRelógio Fénix da Garmin
Novos Cronógrafos TimberlandVANS nova coleção
Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987
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Capa Fotografia Nordeste Transmontano
(pág. 20)
Praceta Mato da Cruz, 182655-355 Ericeira - PortugalCorrespondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net
Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....
Grafismo
Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países
Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]
Contacto +351 965 761 000email [email protected]/lobodomardesign/comunicar
www.passear.com
À descoberta do Nordeste TransmontanoDurante três dias, a convite do Turismo do Porto e Norte, tive a oportunidade de conhecer parte da oferta turística da região do Nordeste Transmontano no que diz respeito essencialmente a património edificado e classificado. Estamos perante uma zona do país de grande valor e pouco conhecida de grande parte dos portugueses e estrangeiros. Se ao património edificado juntarmos a riqueza cultural e de Natureza, Trás-os--Montes rivaliza com qualquer destino turístico seja no nosso país ou lá fora. Ao nível da Natureza destaco as áreas protegidas: Parque Natural do Douro Internacional; Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo; Serra de Montesinho e Parque Natural de Montesinho.Nesta edição publicamos também a crónica de um passeio por Lisboa à descoberta de um outro património nacional de grande relevância, o azulejo.O Grupo Pénotrilho sugere para este mês mais um bonito trilho pedestre no nosso norte de Portugal. Desta vez foram caminhar para Vieira do Minho, mais propriamente para a aldeia de Campos, local onde começa e termina o “ Trilho de Campos “, que irá percorrer parte da serra da Cabreira.Boas leituras e não deixem de assinar a revista Passear pois, a vossa contribuição ajuda a melhorar este produto editorial.
14Edição Nº.19
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Sumário04 Atualidades14 Sugestões de Natal20 Nordeste Transmontano36 Caminhada Trilho de Campos50 ASSINATURA PASSEAR52 PR4 - Batalha62 À descoberta Azulejaria de Lisboa
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Seminário Rotas & Percursos Culturais
A riqueza e a diversidade do Património Cultural constituem um importante recur-so do país, cada vez mais procurado pelo turismo interno e externo, numa perspe-tiva de experiência turística integrada, que alia o clima à descoberta do Património Histórico, Arquitetónico, Etnográfico e Gastronómico.O estudo que a Fundação da Juventude re-alizou em 2011, permitiu-lhes identificar mais de 500 propostas de rotas e itinerári-os culturais, com referência online, sobre os mais diversificados temas, reflexo da riqueza patrimonial do país e do interesse dos seus variados promotores em desen-volver iniciativas que potenciem o turismo cultural.No entanto, a atividade económica associ-
ada a estes recursos é, ainda, muito reduzi-da como verificaram, importando, como tal, juntar esforços para potenciar o setor e abrir novas “janelas de oportunidades” e, designadamente, novos negócios.O que é preciso fazer para que as empre-sas existentes agarrem esta oportunidade de dinamização do Turismo Cultural e de exportação de serviços, tendo em que conta que o público-alvo é também estrangeiro? O que é necessário para que os jovens em-preendedores, de variadas áreas de for-mação, se mobilizem para que vejam nesta atividade uma oportunidade de futuro, num setor que tem como alvo o mercado inter-no, mas também o mercado externo? O que é necessário para que nesta atividade se in-troduza, com mais convicção, a inovação, abordagens de complementaridade e su-portes tecnológicos de apoio, com provas dadas que promovam experiências únicas?Porto | Auditório da Fundação da Juven-tude | 15 – 16 Novembro 2012Organização: Fundação da Juventude | PportodosmuseusInscrição Gratuita (limitada ao número de lugares disponíveis)Morada: Rua das Flores, 69 4050-265 PortoContactos: 22 339 35 30 ou [email protected]
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PR7 - Rota das Quintas Inauguração de Percurso Pedestre
Concentração: Junta de Freguesia de Car-mões no dia 10 de novembro.Este passeio surgiu da proposta que a Câ-mara Municipal de Torres Vedras fez ao Académico de Torres Vedras (ATV) no sentido de desenvolver um percurso na Freguesia de S. Domingos de Carmões, permitindo dar a conhecer as suas belezas naturais, bem como contribuir para um in-centivo à prática de atividade desportiva por parte da população local. Sendo os passeios pedestres um projeto do ATV de há já uns anos a esta parte, foi pois com entusiasmo que esta proposta foi aceite, tendo sido criado o passeio com 15 kms, em ligação estreita com a Junta de
Freguesia. O percurso inicia e termina em Carmões, passando por áreas essencial-mente rurais, com particular destaque para vinhas. Concentração: 08h00/ Partida: 09h00Local: Junto ao Edifício da Junta de Freguesia de CarmõesDistância: 15 KmsParticipação gratuita com direito a brinde, abastecimento e seguro.Organização: Câmara Municipal de Torres VedrasApoio: Académico de Torres Vedras e Junta de Freguesia de CarmõesInscrições: tlf.: 261 320 761 ou [email protected]
Curso de Birdwatching10 e 11 novembro Curso de Birdwatching - identificação de patos, limícolas e outras aves aquáticas por João Jara.Duração 16 horas (11h parte prática / 5h parte teórica); Local Centro de Interpre-
tação Ambiental / Reserva Natural das Du-nas de São Jacinto, Percurso BioRia e Ria de Aveiro; Valor da inscrição 70€ uma ins-crição; 60€ para duas ou mais inscriçõesInscrições [email protected] / 913 299 990
PR7 - Rota das Quintas Inauguração de Percurso Pedestre
Curso de Birdwatching
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Revista Portuguesa de ArqueologiaAcaba de ser editado o volume 15 da Re-vista Portuguesa de Arqueologia, respei-tante a 2012. São dez os artigos publica-dos, sendo quase todos, como é hábito, respeitantes à divulgação dos resultados de escavações de sítios arqueológicos locali-zados em território português ou relativos ao espólio neles recolhido.À semelhança do que se verifica nos volu-mes anteriores, também a epigrafia e a on-omástica marcam presença neste volume; cronologicamente, a maior parte dos textos refere-se a temas situáveis na Pré-História e na Época Romana. Salienta-se a publicação do artigo da Drª Ana Margarida Martins, prematuramente desaparecida, que configura o testemunho derradeiro de uma preenchida vida profis-sional, devotada sem quaisquer concessões ao conhecimento e à salvaguarda do nosso património arqueológico nas suas diversas vertentes.Mais informações: http://www.igespar.pt/pt/shop/asset/2620/
Myriad by SANA Hotels186 quartos, dois restaurantes, um SPA e diversas salas de reuniões que se erguem desde a superfície da água a 143 metros de altura – ao estilo luxo contemporâneo.Paredes meias com a icónica Torre Vasco da Gama, o Myriad by SANA Hotels é o primeiro hotel construído sobre as águas do Tejo e a primeira unidade hoteleira cinco estrelas da cadeia SANA Hotels em Portu-gal. A Integração dos elementos, simbiose perfeita entre a torre e o hotel, a transpa-rência do edifício, “vestido” de vidro com vistas panorâmicas e repleto de luz natural, e a decoração, apontamentos de design e modernidade presentes em cada elemento, determinam o resultado final, da autoria do Arquiteto Nuno Leónidas.
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Passeios na Via AlgarvianaDomingo, 11 de novembro, - Percurso das Cascatas, no concelho de Monchique! Um itinerário com paisagens simplesmente deslumbrantes, que desce desde a Fóia (o ponto mais alto do Algarve) até a um souto, passando pela cascata do Penedo dos Buracos, Malhais, cascata do Chilrão, cascata do Barbelote e Barbelote. Apesar de difícil, este será um percurso que vale a pena o esforço! No final da caminhada teremos ainda um magusto tradicional de Monchique no Restaurante Planalto, para quem desejar provar a típica castanha de Monchique ou o medronho e a melosa, por apenas mais 5€.Domingo, 18 de novembro – A Almargem volta repetir o programa que foi obrigada a cancelar devido às condições atmosfé-ricas. Na parte da manhã caminhada pela
Mata do Barão de São João, e à tarde a nova Ligação da Via Algarviana de Ben-safrim à estação de C.P. de Lagos. Opor-tunidade ainda para fazer um almoço tipo piquenique na bela Mata do Barão de São João.Inscrições ou informações para os seguintes contactos:Telefone: 289 412 959/ TLM:938 771 316 Email: Anabela Santos: [email protected] necessários para inscrição: Nome; ano de nascimento e contacto telefónico (No caso de se inscrever no passeio de dia 11 de novembro deverá referir se deseja participar no Magusto)Material necessário: Água, merenda, cha-péu, impermeável, roupa e calçado confor-tável.
Logótipos, Estacionários, branding e rebranding de todos os suportes da sua empresa
Micro-sites, Webdesign, Banners (Flash/Gif)
Anúncios, Roll-ups, Outdoors, Stands
Revistas, Livros, Newsletters, Flyers, Desdobráveis, Catálogos
Press Releases
Fotografia
em concreto:
Para informações mais detalhadas:site: www.wix.com/lobodomardesign/comunicare-mail: [email protected]
Tel: + 351 261867063Tlm: + 351 965761000
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Passeio pedestre á volta da baía do SeixalInserido na Área Metropolitana de Lisboa e na Península de Setúbal, com uma vasta frente ribeirinha, o concelho do Seixal tem uma localização geográfica muito privile-giada.Quando se olha para a Baía do Seixal per-cebe-se logo a razão da sua importância. Tudo aconteceu à volta da Baía, desde a época romana, comprovada pelos sítios ar-queológicos da Olaria Romana da Quinta do Rouxinol, em Corroios , e da Quinta de S. João, em Arrentela, à época dos Desco-brimentos e até aos nossos dias. O própri-o nome Seixal, deve-se provavelmente à grande quantidade de seixos existentes na zona e que eram utilizados como lastro nas embarcações.Data do evento: 11 de Novembro (Domin-
go) de 2012.Local de encontro: Seixal, parque de esta-cionamento em frente á PSP.Hora de encontro: 9h30m.Hora de início da caminhada: 10h.Percurso: Circular, partida e chegada ao Seixal.Distância: 16 km. Grau de dificuldade: Médio.Hora prevista do final do programa: 17h. (inclui paragens para reagrupamento, des-canso e comer).Preço do programa: 8 €uros (inclui traves-sia de barco da Ponta dos Corvos para o Seixal).Organização: Caminhos com Carisma lda. / [email protected]
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es 4º Congresso Europeu de Turismo Industrial O 4º Congresso Europeu de Turismo In-dustrial terá lugar em São João da Madeira, nos dias 22 e 23 de Novembro de 2012, na Torre da Oliva, um símbolo maior da vo-cação industrial do concelho. A presença de algumas personalidades de grande valor ao nível do turismo cultural europeu atrairá à cidade uma atenção mediática de peso, até porque a criação da Rede Europeia de Tu-rismo Industrial, que ficará como um dos marcos do Congresso, levará o nome de São João da Madeira e, por conseguinte a Região Norte, a ficar para sempre ligado ao desenvolvimento do Turismo Industrial em Portugal.Mais informações: http://www.portugaltu-rismoindustrial.com/index.php
Garmin promove encontro de parceiros
A multinacional juntou parceiros num am-biente informal que promoveu a troca de ideias e a partilha de informações sobre a estratégia da empresaA Garmin promoveu, no passado dia 24 de Outubro, um encontro de parceiros su-
bordinado ao tema Automóvel, Outdoor e Fitness. O fabricante juntou alguns dos principais responsáveis da marca e os seus parceiros, com o objetivo de relem-brar os lançamentos que marcaram cada uma das áreas onde a Garmin opera. O evento serviu para tirar todas as dúvidas sobre políticas comerciais e administrati-vas, bem como promover a troca de ideia e de esclarecimentos com os parceiros. A parte da tarde foi depois dedicada a uma mesa redonda em exclusivo com jornalis-tas, que colocaram as suas perguntas aos responsáveis da Garmin, numa conversa informal e muito divertida.
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4º Congresso Europeu de Turismo Industrial
Colóquio Internacional
Políticas Públicas para o Património Ima-terial na Europa do Sul: percursos, con-cretizações, perspetivas.Lisboa, auditório do Institut Français du Portugal nos dias 27 e 28 de novembro de 2012.O colóquio destina-se a Profissionais, Investigadores e Estudantes nas áreas das Ciências Sociais, da Museologia, do Património e do Desenvolvimento Local. Associações de Defesa do Património; Autarquias.Partindo dos esforços desenvolvidos em Portugal, França, Espanha e Itália, o Colóquio tem como objetivo principal a reflexão sobre os processos de desenho de políticas públicas na Europa do Sul para
fins da implementação da Convenção para a Salvaguarda do Património Cul-tural Imaterial (UNESCO, 2003), com especial enfoque sobre a constituição de inventários como medidas fundamen-tais para a salvaguarda do PCI.A entrada livre, mediante inscrição prévia.Informações | Inscrições:Direção-Geral do Património Cultural | Departamento dos Bens CulturaisDivisão do Património Imóvel, Móvel e ImaterialTel: + 351 213 614 306 E-mail: [email protected]
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North Face M Windwall 1 JacketCasaco de forro polar suave e quente, desen-volvido com a tecnologia Windwall. Oferece excelente proteção contra o vento, sendo simul-taneamente transpirável. Ideal para movimentos atléticos.O tecido polar Windwall™, desenvolvido pela marca The North Face, oferece elevada im-permeabilidade ao vento, transpirabilidade e enorme conforto, uma vez que elimina a sen-sação de frio produzido pela entrada de vento.
Características:- Peso - 700g- Reduzida permeabilidade ao vento (aproximadamente 14 CFM)- 2 Bolsos com fecho para as mãos- Proteção de fecho na zona do pescoço- Punhos elásticos- Ajustável na cintura para maior conforto.Preço especial STrail (www.s-trail.com): 67,24 €
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Lafuma LD Micro Eco ZipCamisola de senhora de forro polar fabricada em polar TechnoWarm® 100, extremamente confortável. É uma excelente camisola térmica, ligeira e transpirável. Desenvolvida em poliéster 100% reciclado, muito versátil, que pode ser utilizada numa enorme variedade de atividades como camisola térmica.
Características:- Camisola ligeira, com forro polar TechnoWarm® 100 suave e térmico- Tecido resistente, que mantém a sua forma- ¼ de fecho na zona do pescoço- Rápida secagem.Preço especial STrail (www.s-trail.com): 24,18 €
A Vans apresenta a linha LXVI
Super leves, flexíveis e confortáveis, a LXVI representa os modelos mais atléticos e pro-gressivos da VansA linha LXVI da Vans apresenta-se neste Ou-tono/Inverno 2012 como a próxima evolução em calçado da marca original de desportos de ação. Com a LXVI, a Vans introduz os seus modelos atléticos ultra leves, flexíveis e confortáveis mais progressivos e tecnica-mente avançados. Com o estilo de vida dos desportos de ação em mente, a LXVI apre-senta modelos versáteis, livres das restrições
canónicas de fabrico e focados apenas no uso quotidiano graças ao conforto, flexibilidade e peso reduzido. A combinação destes aspetos técnicos com a já familiar estética Vans re-sulta na próxima geração dos teus ténis fa-voritos.São cinco os modelos que fazem parte da inovadora coleção LVXI. O Graph com a sola Vans mais leve de sempre, o Secant de meia altura, o todo-o-terreno Inscribe, o moderno Variable e o Ortho com o inconfundível look Vans.
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Coleção Turn of The Century com glamour heritageA nova coleção Turn of the Century da CAT, Outono/Inverno, revela artigos que con-jugam a herança e autenticidade da marca com designs fortes e materiais duradouros. A coleção é inspirada no look do princípio do século XX, e criada a pensar em mulheres e homens que enfrentam o trabalho com estilo e audácia.A utilização de materiais nobres e a aposta num estilo vintage cheio de pequenos deta-lhes como fivelas, atacadores e misturas de materiais, é transversal a toda a coleção.
Novos Cronógrafos TimberlandA marca Timberland lança novos cronógra-fos para quem quer aliar praticabilidade à elegância. Os modelos “OAKWELL” são ideais para quem gosta de relógios funcionais, mas não prescinde de ser o centro das atenções.A nova linha de relógios Timberland está dis-ponível em duas versões: uma em aço ino-xidável e outra em aço ionizado cinzento que se distinguem pelo cronógrafo com janela de data às 4 horas e pelo mostrador em preto e cinzento, conforme a versão. Com um P.V.P. de 159 euros para a versão em aço inoxidável e de 189 euros para a versão em aço ionizado cinzento, a nova linha “OAKWELL” da Timberland está dis-ponível nas principais relojoarias do país.
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Nova Revista
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Garmin apresenta novo bundle com o relógio FénixO popular relógio GPS da Garmin está ago-ra disponível num bundle de meter inveja. E é compatível com a BaseCamp Mobile app nos equipamentos Apple.
A Garmin anunciou a disponibilidade do novo bundle do Fénix, o relógio de pulso com GPS que a marca havia lançado no início do verão especialmente concebido para quem leva o de-sporto a sério e para os aventureiros que gos-tam de fazer as suas explorações ao ar livre. O bundle apresentado conta com o relógio GPS Fénix, com uma faixa de medição de ritmo cardíaco e com uma bracelete cor de laranja. O bundle foi concebido com o feedback de guias profissionais e é um companheiro perfeito para quem gosta de alpinismo, montanhismo, para corredores ao ar livre e para esquiadores de fundo. O relógio, que é capaz de oferecer ca-pacidades de navegação global com a habitual fiabilidade e qualidade das soluções GPS desen-hadas pela Garmin, estabelece novos padrões no que concerne aos relógios de utilização out-door com ABC otimizado – altímetro, baróme-tro e bússola.O Fénix inclui um abrangente conjunto de fer-ramentas de navegação que permite aos uti-lizadores planearem viagens, criarem rotas e registarem pontos de direção. Os amantes do
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desporto de ar livre podem navegar segundo as coordenadas GPS ao longo de um percurso ou de uma rota, em direção a waypoints ou ao longo de qualquer outra opção selecionada. A seta de navegação fornece uma orientação direcional clara e a função pioneira TracBack® da Garmin pode guiar o utilizador em segurança de volta a casa, indicando-lhe uma linha fácil de identificar no mostrador do dispositivo e de seguir. Tudo isto proporciona aos montanhistas uma elevada con-fiança e paz de espírito, elementos cruciais para que possam atingir os seus mais ambiciosos ob-jetivos.Está equipado com sensores ABC (altímetro, barómetro e bússola, fornecendo aos explora-dores e em tempo real todas as informações re-levantes. O altímetro embutido mostra dados de altitude para que seja possível monitorizar com precisão a subida e a descida; o barómetro pode ser usado para prever as mudanças climatéricas, mostrando as tendências de curto prazo no que respeita à pressão do ar; e a bússola eletrónica de três eixos mantém o utilizador no rumo exato quer ele esteja em movimento ou não.
19Através do seu recetor GPS, o novo Fénix pode calibrar automaticamente os sensores ABC e também de define automaticamente o tempo tendo por base a localização. Quando empare-lhado com o tempeTM, o novo sensor Garmin externo de temperatura, o Fénix torna-se no primeiro relógio outdoor capaz de proporcionar uma leitura precisa da temperatura ambiente.O novo bundle, que inclui o relógio Fénix, a faixa de medição de ritmo cardíaco e com uma brace-lete cor de laranja está já disponível por um preço de venda ao público recomendado de 499 euros.Integração com a nova aplicação BaseCampOs adeptos do budle podem tirar ainda mais proveito do Fénix com a aplicação BaseCamp Mobile, que também já está disponível. A apli-cação permite que o utilizador veja os dados recolhidos pelo relógio num mapa mais detalha-do no seu iPhone 4S, iPhone 5, iPad (3.ª geração) e no mais recente modelo de iPad lançado pela Apple (requer iOS 5.1 ou posterior). Uma vez que o Fénix é utilizado no pulso, o utilizador con-
segue aceder aos dados precisos de navegação e informação sobre os trilhos enquanto mantém as mãos livres. A nova app permite que ele possa aceder a esses dados mais detalhadamente quan-do possível ou necessário. Basta levar o iPhone consigo, emparelhá-lo com o Fénix e usar livre-mente a aplicação que a Garmin disponibiliza gratuitamente na App Store da Apple.Além da App BaseCamp – um complemento es-sencial para o novo bundle Fénix - a Garmin reco-menda ainda a Garmin Adventures, uma forma interativa de partilhar as suas caminhadas ou pas-seios de bicicleta.A versão para computadores de secretária da BaseCamp já tinha sido lançada e está disponível para instalação em PC ou Mac. Com ela, pode combinar track logs, marcar pontos de interesse, ver fotos e vídeos do Youtube e mais facilmente planear as suas viagens e partilhar as aventuras com amigos e familiares. Para mais informações sobre o novo Fénix da Garmin, visite o site www.garmin.com/fenix.
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Texto: V.M.G. e Turismo Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
Destino: Nordeste Transmontano Um património riquíssimo…
DURANTE TRÊS DIAS VISITÁMOS, A CONVITE DO TURISMO DO POR-TO E NORTE DE PORTUGAL, A REGIÃO DO NORDESTE TRANSMONTA-NO. TERRA CHEIA DE TRADIÇÃO E CULTURA E COM UM IMPORTANTE PATRIMÓNIO EDIFICADO.
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O seu património faunístico, florístico, geológico e geomorfológico é de grande riqueza e diversidade: vários planaltos e serras são rasgados por vales profundos, onde correm rios tão telúricos como o Douro, o Sabor ou o Tua. O lobo ibérico vagueia pelos matorrais e várias espécies de grandes aves rupícolas sulcam os céus: a águia-real, a águia de boneli, o Abutre do Egito, o grifo, a cegonha negra ou o bufo real.O património gastronómico é sobejamente conhecido pela sua qualidade e variedade, de onde podemos destacar a Posta Mi-randesa, a alheira e vários outros enchi-dos, os pratos de caça e peixe do rio, os queijos, o mel, a castanha, o azeite DOP Trás-os-Montes e vários vinhos DOC.O património cultural edificado descon-tou-se no território ao longo de milénios, onde povos como os Celtas, Romanos, Godos, Leoneses e Judeus, deixaram i-mensas marcas: monumentos megalíticos, gravuras rupestres, castros, castelos e ar-quitetura religiosa medieval. Fala-se ali a outra língua oficial de Portugal: a lhéngua mirandesa.
A Turismo do Porto e Norte de Portu-gal, em parceria com a Direção Regio-nal de Cultura do Norte, organizou esta visita educacional, para promover um conhecimento aprofundado da oferta turística da região: património natural e paisagístico, gastronómico e enológico, monumental e cultural.A organização conseguiu reunir jor-nalistas (portugueses e estrangeiros) e alguns operadores numa visita bem conseguida que deu para ficar com uma ideia da região para, no nosso caso, num futuro breve aprofundar o conheci-mento sobre o Nordeste Transmontano através da criação de percursos a pé e de bicicleta.O Nordeste Transmontano abrange a totalidade do distrito de Bragança. Trata-se de uma região onde o Turismo de Natureza se destaca como elemento fundamental da sua rica oferta turística. Dentro do seu território temos várias áreas classificadas: Parque Natural de Montesinho, Parque Natural do Douro Internacional, Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, e ainda vários lo-cais classificados Rede Natura 2000.
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“A região do Nordeste Transmontano é uma terra cheia de tradição e cultura e com um importante património edificado.”
Igreja São Salvador Miranda do Douro
Museu Ibérico da Máscara
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Castelo e Domus Municipalis - BragançaA Domus Municipalis é um monumento singular (e ainda enigmático) da arquitetura românica civil, constituindo um exemplar arquitetónico eloquente do período tardo medieval, a juntar à Torre de Menagem, que faz parte do Castelo de Bragança. O castelo, que tem uma cerca que envolve o núcleo histórico da cidade, com uma área de cerca de três hectares, é marcado pela de Torre de Menagem, com 17 metros de lado e 34 me-tros de altura. No lado norte da cerca existe a chamada Torre da Princesa.
Domus Municipalis
Castelo de Algoso
Museu Máscara Ibérica
Santuário de Santo Cristo - Outeiro – BragançaSituado no Largo da Igreja da freguesia de Ou-teiro, trata-se de templo monumental que se dis-tingue pela simetria e equilíbrio de proporções. A fachada principal é rasgada por um magnífi-co portal geminado, encimado por uma grande rosácea e flanqueada por duas torres sineiras com remate piramidal. No interior, de gosto bar-roco, sobressaem os altares de talha policroma-da e dourada.
Castelo de Algoso – VimiosoCastelo localizado no cimo de uma escarpa rochosa da margem direita do rio Angueira, a desfrutar de uma posição privilegiada como miradouro. Desconhece-se a data exata da sua construção mas supõe-se que terá sido mandado edificar por Mendo Rufino, no reinado de Dom Afonso Henriques ou no reinado de Dom San-cho I. O castelo atualmente em estado de con-servação precária, subsistem alguns torreões, um pequeno pátio e a Torre de Menagem, no interior da qual são visíveis três registos de ocupação, os dois primeiros de uso para habitação e o último de defesa. Pertencia ao conjunto de castelos que perfaziam a linha de defesa da fronteira oriental do reino contra os Leoneses.21.00 HORAS - Jantar no restaurante Mirandês - Miranda do Douro.23.00 HORAS – Pernoita no Hotel Mirafresno - Miranda do Douro.
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Santuário de Santo Cristo
Santuário de Santo Cristo
Telefone
nº. ConTribuinTe
Profissão
DaTa De nasCimenTo
DaDos Pessoais:nome
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CóDigo PosTal
formas De PagamenTo:| Junto envio cheque nº. do Banco no valor de
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NIB 0010 0000 35162310001 34 no montante de
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Passeio de barco (Parque Natural Douro Internacional) - Miranda do Douro.
Castelo e Sé Catedral – Miranda do DouroNo Lhargo de l Castielho, do primitivo castelo subsistem uma parte da cidadela, alguns panos de muralha interrompidos por cubelos e a Porta da Traição. Na mu-ralha da cerca do castelo abrem-se algu-mas entradas, a Porta da Senhora da Am-paro, a Porta Falsa e o Postigo. Ainda de pé, mas muito danificada, encontra-se a torre de menagem.No Lhargo de la Sé, encontra-se a antiga Sé de Miranda do Douro, hoje a igreja matriz da cidade. Obra iniciada no ano de 1552
por D João III, tem traço de Gonçalo Torralva e Miguel Arruda. Destacam--se a sua fachada com portal maneirista, as torres sineiras, os altares, os retábu-los, as abóbadas e os cadeirais. As es-culturas do retábulo representam, entre outros temas, os apóstolos e a Virgem no meio dos anjos. Merece referência a figura de madeira do Menino Jesus da Cartolinha.
Igreja românica - Algosinho – MogadouroA Igreja românica de Algosinho, tam-bém conhecida por Igreja de Santo André sita na freguesia de Algosinho concelho de Mogadouro apresenta uma
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Castelo de Mogadouro
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Castelo de Mogadouro
Igreja Matriz Freixo de Espada à Cinta
Castelo Miranda do Douro
igreja Românica Algosinho
igreja Românica Algosinho
Douro Internacional
Sé Catedral Miranda do Douro
Sé Catedral Miranda do Douro
rosácea com a estrela de David e um campanário na parte central da fachada. O interior é bastante rústico e apresenta um acentuado declive e afloramentos graníticos.
Castelo de MogadouroNo Largo da Misericórdia, encontramos O castelo de Mogadouro. Con-cedido em 1297 pelo Rei D. Dinis à Ordem dos Templários, em 1319, passou para a Ordem de Cristo, sucessora daquela. Hoje conservam-se apenas dois panos de muralha, uma isolada torre de faces retangulares e alguns escassos restos de muros escalavrados.
Penedo Durão-Freixo de Espada à CintaLocalizado na freguesia de Poiares é um Miradouro da margem direita do rio Douro, perto da barragem espanhola de Saucelle, donde poderá desfrutar de magníficas vistas sobre as montanhas xistosas. O acesso é feito através de uma escadaria em pedra.
Igreja Matriz e torre do castelo - Freixo de Espada à CintaNa Praça Jorge Álvares a Igreja Matriz com três naves retangulares, capela-mor, dois absidíolos e sacristia. O alçado principal, terminado em empena e formado por três panos, separados por contrafortes, apre-senta uma porta de grande arco abatido com moldura ornamentada, encimado por um arco decorativo. No interior o pavimento lajeado e cobertura em abóbada de nervuras. Ver ainda o coro-alto no primeiro tramo e o púlpito em ferro forjado. Um dos absidíolos dá acesso à sacristia através de porta setecentista, encimado por escudo nacional policromado. O outro absidíolo encerra monumento funerário em ar-cossólio.Na mesma praça da Igreja Matriz o Castelo gótico com alguns troços de muralha, é uma singular torre heptagonal, conhecida por Torre do Galo que fazia parte do castelo reconstruído por Dom Dinis. Na facha-da central da torre figuram as antigas armas da vila.
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3º dia
Centro histórico e igreja matriz – Torre de MoncorvoGrande parte dos edifícios do centro histórico correspondem a edifícios dos séculos XVI, XVII e XVIII ou a edifícios que não sendo em si mesmo de elevado valor patrimonial, se integram na época, constituindo edifícios de acompanhamento e valorizando o conjunto. No Largo Gen-eral Claudino a igreja matriz, templo re-nascentista, com frontaria integrada numa impressionante torre de cantaria. Possui um portal de arco pleno enquadrado e en-cimado por sete nichos com imagens. No interior é possível observar fragmentos de frescos e retábulos de talha joanina. De-morou um século a ser construída, tendo início da s obras na primeira metade do século XVI.
Vila amuralhada de Ansiães - Carrazeda de AnsiãesNa Freguesia de Selores, concelho de Car-razeda de Ansiães, subsistem ruínas da vila amuralhada, das quais se destaca a Porta de S. Francisco, a Porta da Fonte Vedra, a de São João e a Porta de São Salvador, ladeada por duas torres, e a Torre de Me-nagem. No interior das muralhas existem restos de construções, evidenciando-se a igreja românica de São Salvador.
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Igreja São Salvador
Torre de Moncorvo
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CAMINHADATRILHO DE CAMPOS
Texto e Fotografia: António Freitas / Grupo Pénotrilho
O GRUPO PÉNOTRILHO SUGERE PARA ESTE MÊS MAIS UM BONITO TRILHO PEDESTRE NO NOSSO NORTE DE PORTUGAL. DESTA VEZ FOMOS PARA VIEIRA DO MINHO, MAIS PROPRIAMENTE PARA A ALDEIA DE CAMPOS, LOCAL ONDE COMEÇA E TERMINA O “ TRILHO DE CAMPOS“, QUE IRÁ PERCORRER PARTE DA SERRA DA CABREIRA.
CAMINHADATRILHO DE CAMPOS
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Aldeia de Campos Aldeia de Campos
Distância 13 KmDificuldade
Tipo: Circular SinalizadoLocalização: Aldeia de CamposApreciação Geral: Dificuldade média Altitude máxima: 1100 m alt.Mapa/GPS: Clique aqui
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Trilho misto no que toca ao contexto físico e espacial em que se desenvolve. Na sua parte inicial, o trilho enquadra--se em meio rural, atravessando lamei-ros. Segue-se posteriormente uma pai-sagem de transição entre o espaço ru-ral e a Serra. De referir a beleza do Rio Lage com os seus moinhos e a sua ponte. Depois, depois vem a serra com a sua riqueza, com o seu polimorfismo, com a sua peculiar paleta de cores, com a sua luz... Se tiver sorte, poderá ainda observar alguns animais de que a Ca-breira é tão rica. Entre as espécies que habitualmente se podem encontrar nes-ta área de referir o coelho (Oryctolagus cuniculus), a perdiz vermelha (Alecto-riz rufa), o javali (Sus scrofa), diversos passeriformes e eventualmente algumas aves de rapina. De referir ainda que será possível ao visitante passar junto ao topónimo Quebrada, onde ainda hoje estão bem presentes as marcas da exploração do volfrâmio que outrora aí se praticou. (CM de Vieira do Minho e CIASC)
acessO aO PercursO de camPOs
Partindo de Vieira do Minho siga até às Cerdeirinhas. No cruzamento da EN 304 com a EN 103, vire à direita em direção a Chaves. Mantenha-se na EN
103 durante cerca de 30 km. Encontrará de seu lado direito um cruzamento devi-damente sinalizado, indicando a direção a seguir até Campos. Após ter percorrido cerca de 3 km, chegará a um cruzamento com um pequeno largo. Do seu lado es-querdo poderá encontrar a placa sinaliza-dora do início do trilho.
TrilhO de camPOs
A caminhada tem o seu início na pitoresca aldeia de campos, onde tem um placar a indicar o início do trilho. Os carros podem ficar no largo junto a um café a poucos metros do início do trilho. O primeiro quilómetro é feito a descer para a Ponte de Campos, por um velho e bonito caminho rural, que nos últimos trezentos metros segue paralelo ao Rio da Lage, que a ponte atravessa. Neste troço pode-se observar muitos moinhos aban-donados. É uma pena não reconstruírem estas relíquias que fazem parte da nossa história.
aldeia de camPOs
A Freguesia de Campos é uma freguesia do concelho de Vieira do Minho e dista da respetiva sede cerca de 18 km. É compos-ta pelas aldeias de Campos, Lamalonga e Cambêdo. O seu padroeiro é S. Vicente, cuja festa se celebra no último Domingo
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Inicio do Trilho A caminho da ponte de Campos
Azenha Ponte de Campos
Caminho Caminho
Estrada folrestal Estrada folrestal
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de Agosto. No lugar de Lamalonga é St. António e celebra-se segundo Domingo de Agosto.A Freguesia é banhada por um curso de água, a que chamam de Rio Lage, e so-bre ele existe uma ponte de um arco, es-tilo românica, muito antiga, que outrora serviu mais assiduamente as populações. Existem também, imensos moinhos de água fixados nas suas margens.Campos é indiscutivelmente, uma freguesia essencialmente rural. A vida da sua população girou, desde sempre, em torno da cultura da terra e dos imen-sos milheirais que a povoam. As espi-gas são levadas para o “canastro”, um espigueiro típico da freguesia, por ser diferente dos comuns; este está assente em pilares de rijo granito e é mais com-prido e arejado, para que se sequem bem as espigas. O canastro é dividido em quartéis separados entre eles, por duas colunas de pedra e por uma coluna de tábuas pequenas que separam quartel por quartel e a sua cobertura é composta por telhas. Campos é toda ela bastante pitoresca, a julgar pelos seus trajes, mui-to típicos, compostos pelas característi-cas “capuchas”.Outrora funcionaram na freguesia, dois fornos do povo, ou seja, eram fornos comuns, nos quais a população cozia o
pão, levando consigo lenha para o abas-tecer. Por vezes, só eram necessários alguns molhos de urzes e giestas para o manter aceso, pois o seu funcionamento era quase permanente. Estes fornos foram recuperados e são para demonstração turística ou para os residentes que neles queiram avivar a tradição. Como eram muito utilizados e se localizavam no cen-tro da freguesia, a porta da Casa do Povo (assim se chamava o local onde existiam estes fornos) estava sempre aberta, servi-do, ao mesmo tempo, de abrigo a pobres transeuntes que ali passavam as noites de Inverno. Os fornos são cobertos de pedra lavrada a pico: o forno principal, que se situa perto da Igreja Matriz, é compos-to por dois arcos, bem defumados, que servem para assentar o telhado feito de grandes padieiras de pedra; o outo forno situa-se no lugar de Lamalonga e tem um arco.No perímetro da área desta freguesia e-xistem cinco minas de volfrâmio: Alto do Ribeiro de Beleirinho, Cruz de Manuel Couto, Monte da Casula, Ribeira das Achas e Seprão.No início da Nacionalidade, Campos estava incluída no Julgado de Borba de Barroso, que mais tarde se tornou no con-celho de Ruivães, que atualmente é uma freguesia vizinha e cujo concelho foi
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Parque de Merendas
Parque de Merendas
Estradão
Paisagem desde o estradão florestal
Estradão florestal
Pontilhão
Paisagem junto ao Pontilhão
Caminho já perto da aldeia de Campos
extinto no dia 31 de Dezembro de 1853. Foi vigararia da apresentação do reitor de Viade até à extinção dos coutos, passando depois para a Coroa e, por doação, à Casa de Bragança.
minas de vOlframiO
Nos tempos da corrida ao volfrâmio, esta freguesia conheceu períodos de grande prosperidade e folgança financeira não só pela proximidade das minas da Borralha, como também pela existência de jazidas daquele minério em vários locais. Ainda são observáveis as ruínas da Lavaria e outros edifícios de apoio na zona da Que-brada, nas Cruzinhas e noutros locais
POnTe de camPOs
Esta ponte, relacionável com a rede de comunicações vicinais de Campos, apre-senta uma estereotipada “estética medie-val”, apesar das suas características con-strutivas serem mais frequentes em época moderna.Depois de atravessar a Ponte de Campos iniciamos a subida até à Volta da Coroa. O primeiro quilómetro foi pelo antigo caminho rural. A mina da Quebrada, que se avista bem do outro lado do Rio da Lage. Do mesmo local temos também uma bonita perspetiva do vale, com a aldeia de Campos e, mais ao fundo, os
cumes do Gerês.esTrada flOresTal
Depois do cruzamento da Volta da Coroa, a subida prossegue por um caminho flor-estal, inicialmente com árvores dos dois lados do caminho, mas que progressiva-mente se vai transformado numa espécie de fronteira entre dois mantos vegetais: à esquerda árvores (pinheiros, carval-hos, bétulas, etc.) e à direita os matos de montanha (carqueja, urze, etc.).
charca dOs Javalis
Com uma altitude de 1090 m, a Charca dos Javalis é a zona da nascente do rio Tranquilho, um local lamacento e que no inverno se encontrava alagado, ideal para os banhos de lama dos javalis. Este é também o ponto mais alto do percurso. Uns metros mais à frente, em dias com boa visibilidade, pode desfrutar-se de uma bela vista para um vasto conjunto de montes e montanhas a sul da Cabreira (chegando a avistar-se o Marão).
Parque de merendas
Fica localizado a meio do percurso, tem água, é arborizado e é um ótimo local para o almoço e um descanso merecido.Seguimos caminho pelo estradão flo-restal, que é desabrigado, em direção ao Cabeço do Escápcio e à Tranqueta do
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Bela paisagem
Minas de Volframio. Quebrada
Aldeia de Campos
Forno do Povo na Aldeia de Campos
Paisagem
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Talefe, onde o caminho inverte a direção (passando a seguir de Sul para Norte) e se inicia o regresso a Campos.A descida continuou a bom ritmo até ao Alto da Mata do Gago. No caminho para o Rio da Lage poder-se-ia desfrutar de novo de uma bela pai-sagem sobre a aldeia de Campos e o Ge-rês mais atrásDepois de atravessar e apreciar a paisa-gem envolvente ao pontilhão, voltamos a subir durante uns duzentos metros, pas-sando ao lado das antigas minas de vol-frâmio da Quebrada
aldeia de camPOs
De volta á aldeia de Campos ainda tive-mos a oportunidade de visitar o forno do povo e a igreja matriz de S.Vicente.O Forno Comunitário de Campos cons-truído em granito foi outrora um local onde praticamente todas as famílias co-ziam o seu pão. Este tinha uma abastada utilização possuindo uma ordem de es-pera para cada família cozer.Para além de servir para o exercício de cozer pão, servia também para abrigar mendigos, ou pessoas que estavam de passagem e não tinham onde pernoitar. Devido às temperaturas quentes deriva-das do forno, este espaço acabava por ser acolhedor para passar a noite.A Igreja Matriz é um edifício com orien-
tação canónica E-O, composto por uma nave e Capela-mor retangulares, com a sacristia adossada na fachada norte da Capela-mor. É construída em cantaria granítica de aparelho pseudo – isódomo, com cobertura de duas águas, telhada, sobre cornija. As empenas são coroa-das com pináculos e cruzes, também em granito. A fachada principal apresenta decoração arquitetónica mais elaborada, destacando-se o retábulo esculturado com nicho que alberga a imagem de Nossa Senhora da Conceição, em grani-to, e o campanário com dois sinos que se eleva sobre a empena, ladeado por pináculos. Na fachada Sul existe um relógio de sol. No interior dominam as talhas do arco triunfal e do retábulo do Altar-mor.Já no regresso a casa e a poucos quilómetros da aldeia de Campos, já em direção às aldeias de Cabril e Fafião, no lugar de Frades, antes da ponte que atravessa a albufeira de Salamonde, es-tacionamos os carros junto á estrada, e a uns dois quilómetros, a pé, podemos visitar a mítica Ponte da Misarela.
POnTe da misarela
A bonita Ponte da Misarela situa-se so-bre o cristalino rio Rabagão, em pleno Gerês, perto da Barragem da Venda Nova, mais propriamente no lugar da
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Aldeia de Campos , espigueiro.
Interior do forno do povo
Visita ao forno do povo
Igreja de Campos
Paisagem junto ao Pontilhão
Espigueiro na Aldeia de campos
Acesso á Ponte da Misarela Ponte da Misarela
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Misarela, freguesia de Ferral, no con-celho de Montalegre. Esta estrutura data provavelmente da época medieval, ou pelo menos de tradição arquitetónica medieval, en-quadrada de forma espetacular na pais-agem de densa vegetação. A ponte está associada a uma já famosa lenda, onde o protagonista é o Diabo, daí que muitas vezes esta seja apelida-da de “ponte do Diabo”. Reza a lenda que certo dia um criminoso ao fugir da justiça vê-se encurralado nos penhas-cos sobranceiros ao rio Rabagão. Em desespero, apelou, à ajuda do diabo, que acedeu, pedindo em troca a sua alma. O diabo fez então aparecer uma Ponte ligando as margens do rio, pas-sando então o criminoso, mas de se-guida fazendo-a desaparecer, travando assim as autoridades. O criminoso, arrependido, decide procurar um frade para ter a sua alma de volta. Obedecendo ao plano do frade, o criminoso volta ao lugar a pedir o auxílio do Diabo para a traves-sia, fazendo reaparecer a ponte. O frade benze então com água benta a Ponte, o penitente recupera a alma perdida e o diabo perde a mais uma batalha do bem contra o mal. A ponte ficou então com um caráter sa-grado, e ainda hoje se diz que se algo
vai mal numa gravidez, deve a mulher pernoitar debaixo da ponte, e a primeira pessoa que pela manhã passar pela ponte deverá ser o padrinho ou madrinha da cri-ança, que deverá receber o nome de Gervá-sio ou Senhorinha. De facto, regularmente vários Gervásios e Senhorinhas aqui se reúnem desde há tem-pos remotos, para celebrar esta lenda, que talvez lhes tenha salvado a vida! Se tiverem oportunidade também podem visitar a poucos quilómetros de carro, a al-deia de Fafião onde não podem deixar de visitar um dos fojos do lobo mais bem con-servados da Península Ibérica.
aldeia de fafiãO / fOJO dO lObO de fafiãO
Tradicionalmente era costume fazer bati-das ao lobo, de modo a eliminar este animal. Nesta atividade participava um grande número de pessoas e o objetivo era encurralar o lobo numa estrutura em pe-dra conhecida como “fojo dos lobos”. Esta estrutura é constituída por dois grandes muros convergentes em ângulo agudo, em geral numa encosta descendente, podendo ter várias centenas de metros, terminando num buraco profundo coberto por rama-gens onde o lobo cairia e seria finalmente abatido. O Fojo dos lobos de Fafião, re-centemente recuperado, representa um dos mais extraordinários exemplares destas es-truturas tradicionais.
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nOTa final
Localizada em pleno coração da Serra da Cabreira e classificada como “Aldeias de Portugal”, a povoação de Campos é o local perfeito para famílias e grupos de amigos que gostam de usufruir da na-tureza e dos prazeres simples da vivên-cia rural. Esta constitui ainda verdadeiros tesouros minhotos, onde predomina um núcleo concentrado de habitações tradi-cionais, bons exemplares de arquitetura vernácula (moinhos, pontes, espigueiros, fornos comunitários), tradições locais e amplos espaços verdes.É um trilho que está ao alcance de todos, pois na altura que o fizemos, convidamos alguns dos nossos amigos e familiares e a classe etária variou entre os 7 e os 70 anos, por isso é só pegar na mochila e por os pés a caminho. Gostaria de deixar uma nota, em relação á marcação do trilho. Regra geral está bem marcado, mas já no regresso e já na descida para o pontilhão, devem de ter es-pecial atenção para não seguir em frente, mas sim virar num gancho á direita onde vos levará ao dito Pontilhão. Ter sempre atenção às marcações e se possível levar um mapa do percurso para vos ajudar a orientar. Mais informação, tanto a nível de alo-jamento, gastronomia e lazer podem con-sultar o site; http://www.cm-vminho.pt/
GruPO PénOTrilhO
O Pénotrilho é um pequeno grupo de trekking, composto por antigos escutei-ros do Agrupamento n º 1 da Freguesia da Sé da cidade de Braga (Corpo Nacional de Escutas) e mais alguns bons amigos, que partilham a paixão e o respeito pela natureza. A paisagem, a fauna, a flora, a grande camaradagem e amizade entre nós, é o que nos move nestas andanças de caminheiros da aventura. O nosso site,http://sites.google.com/site/grupopedes-trianismopenotrilho/, para além da sensi-bilização para a conservação do meio am-biente e da biodiversidade, pretende dar a conhecer alguns dos bons momentos vi-vidos por nós. Aqui podem testemunhar as nossas aventuras e a boa disposição que nos acompanha nestes trilhos através das fotos e dos textos que as acompan-ham.
passearsente a natureza
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O Centro Nacional de Cultura (CNC) elaborou um conjunto de roteiros temáticos sobre Lisboa. Nesta edição vamos à descoberta dos Azulejos na capital com base numa das suas propostas.
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O PR4 Caminho de Ferro Mineiro do Lema faz parte da rede de percursos sinalizados da Batalha.
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