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Revista dos antigos alunos do Santo Inácio, edição de setembro de 2012
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Revista dos antigos alunos do Santo InácioN
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Ponto de encontro
“Campão” recebe peladas e campeonatos de antigos alunos e é responsável por manter amizades de mais de 30 anos
E se tudopudesse ser mais?
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N°4 | setembro | 2012
Grupos de antigos alunos mantêm encontros periódicos, sempre em torno do campão do colégio, que abriga suas peladaspágina 6
Jesuítas no Brasil fazem pioneiro estudo de branding e apresentam sua nova logomarca e portalpágina 10
Pai de antigas alunas passa três meses em Londres para acompanhar prepação olímpica e conta o que viu em artigopágina 14
Antigos alunos ouviram a convocação e enviaram fotos antigas para a SINO. Turma de 1963 inaugura quadropágina 18
Professores mais antigos em atividade no CSI, Miguel Jorge e Thales do Couto, falam sobre as mudanças que presenciarampágina 20
Conselho Editorial Pe. Luiz Antonio de Araújo Monnerat, SJ; Vera
Porto; Izabela Fischer; Olga de Moura Mello e Maria José Bezerra
Jornalista Responsável Pedro Motta Lima (JP21570RJ)
Projeto Gráfico Ana Mansur ([email protected])
Diagramação Daniel Tiriba ([email protected])
Revisão André Motta Lima
Contato Publicitário 21 2421 0123
Produção ML+ (Motta Lima Produções e Comunicação)
Tiragem 5 mil exemplares
Gráfica Walprint
Fale Conosco [email protected]
www.revistasino.com.br
Fale com professores e alunos do Colégio Santo Inácio, seus familiares e mais de 2 mil antigos
alunos que recebem a revista em casa, pelo correio
Anuncie na Sino (21) 2421-0123
Revista dos antigos alunos do Santo Inácio
Índice
E se tudopudesse ser mais?
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Nesta quarta edição da revista SINO fomos beber na fonte e tivemos o colégio como principal referência. A única matéria em que o CSI não é tema principal foi de autoria do jornalista Roberto Falcão, pai de antigas alunas, com vasta experiência na área de esportes e que resolveu passar três meses em Londres para acompanhar de perto os preparativos e os Jogos Olímpicos. Convidado pela SINO, ele conta para nós um pouco do que viu por lá. Desta forma, poderemos acompanhar os preparativos para a Rio 2016 com outro olhar.
A reportagem de capa é sobre os grupos e ex-alunos que se reúnem em volta do “campão” para jogar futebol e, consequentemente, manter as amizades colegiais. São peladas e campeonatos – muito bem organizados, vocês vão ver -, que mantêm a chama inaciana entre recém-formados e veteranos. Por sinal, a maioria destes “atletas” teve aulas aulas com os professores de matemática Miguel Jorge e Thales do Couto, os mais antigos em atividade na escola. Conversamos com eles, que falaram um pouco sobre os 36 anos de Santo Inácio e as mudanças que presenciaram, principalmente a tecnológica - para o bem e para o mal.
A campanha de envio de fotos antigas mobilizou antigos alunos, que nos enviaram alguns registros. Destaque para a turma de 1963, que esteve no colégio inaugurando um novo quadro de formatura - que já está disposto no segundo andar do prédio principal da escola. Mostramos também a nova logo e o portal dos Jesuítas no Brasil, que resolveram se reposicionar após uma inovadora pesquisa de mercado. Divirtam-se e continuem enviando fotos e sugestões.
O colégio como fonte inspiradora Compartilhe
conosco suas memórias inacianas
Quais professores marcaram sua vida? Quais colegas de turma se tornaram grandes amigos?
Com quem você perdeu contato e gostaria de reencontrar?
Envie fotografias antigas e recentes, conte as histórias de época de colégio e diga como está sua vida agora.
Você também pode comentar as notícias da Revista Sino e sugerir pautas para as próximas edições, além de
enviar artigos sobre temas de seu interesse.
O material enviado poderá ser publicado nesta revista e em nossa página no Facebook.
Saudações inacianas!
facebook.com/RevistaSino
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Pensando no HaitiO Colégio Santo Inácio entrou de cabeça na campanha “Inacianos
pelo Haiti”. Depois de ser apresentado ao projeto pelo casal de
estudantes jesuítas chilenos, que está viajando pela América do Sul
divulgando o projeto da Federação Latino-Americana dos Colégios
Jesuítas (Flacsi), é a hora de arrecadar. Durante o mês de setembro
e parte de outubro, os professores de Ensino Religioso, Geografia,
História e Sociologia trabalharam com os alunos temas relacionados
ao Haiti, o país mais pobre das américas e que ainda sofre as
consequências de um grande terremoto, ocorrido em 2010.
Durante o período, os alunos e seus famíliariares foram
estimulados a fazer doações para a campanha, através do site
www.ignacianosporhaiti.org , usando seus cartões de crédito, ou
nas urnas que ficaram espalhadas pelas salas e coordenações. Além
das aulas, foram distribuídos folhetos e organizou-se uma premiação
para a série que conseguir arrecadar mais. O colégio ainda decidiu
que dobrará o valor arrecadado pelos alunos para a construção de
escolas de educação básica infantil e a criação de estruturas definitivas
para a manutenção dos colégios. Independentemente da campanha
organizada pelo colégio, as doações poderão ser feitas até 2014. O
objetivo da Flacsi para este ano é arrecadar US$ 300 mil e mais US$ 100
mil durante 2013. Todos os colégios da América do Sul e 14 escolas
norte-americanas estão participando da “Inacianos pelo Haiti”. O
próximo número da SINO trará o balanço da arrecadação.
Reprodução
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Quase todos os meninos que
passaram pelas carteiras
do Santo Inácio já ralaram
o joelho jogando bola no
campo soçaite do colégio, o popular
campão. Além de alegrar o recreio
de muita gente, o velho retângulo de
areia batida tem uma função das mais
nobres: manter juntas pessoas que já
se formaram e deixarem de ter a obri-
gação de estar na escola e encontrar
os amigos. É ali que se reúnem vários
antigos alunos para continuarem se di-
vertindo, como se ainda estivessem es-
tudando. As peladas reúnem de recém
formados a senhores que deixaram o
colégio há mais de 30 anos. “Não te-
nho dúvidas que só conseguimos man-
ter a integração e o convívio constante
entre os colegas de colégio por conta
do futebol. E jogar no Santo Inácio é
diferente, é mais bacana. Mantemos
contato com os funcionários do colé-
gio e nos sentimos ainda integrados à
escola”, conta Ony Coutinho Júnior,
formado em 1980 e que joga no cam-
pão desde 1986 com seu grupo, o
“Perdidos na terça-feira”.
A história dos grupos que usam as
dependências da escola para suas pe-
ladas periódicas (a maioria quinzenal)
tem alguns pontos em comum, sendo
a organização e os grandes encontros
anuais os mais relevantes. O sistema
montado pelos antigos alunos é de
dar inveja a muito clube profissional de
futebol - guardadas as proporções, é
claro. Todo grupo tem uma pessoa res-
ponsável pelo contato com o colégio,
Amizade em campo
Colégio abre as portas para futebol de antigos alunos, que mantêm relações através do esporte
Time de futebol da turma formada em 1967, comemorando 30 anos de formados em 8/12/1997
Fotos: Acervos pessoais
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que seria uma espécie de “presidente”
da pelada. Alguns, como o pessoal da
“Pelada do Trigo”, que joga às segun-
das, têm até diretor financeiro. “Sou
responsável pelas cobranças para pa-
garmos o aluguel do espaço, o juiz, as
bolas e o uniforme. Há uma mensali-
dade”, explica Marcos Basbaum (81),
que, além das obrigações do cargo,
ainda é o responsável pela estatística
e a crônica da partida. “Faço os textos
desde 2000. Falo mau de todos e to-
dos de mim”, diverte-se. O nome do
grupo é uma homenagem ao antigo
aluno Ricardo Trigo (82), o fundador
da pelada. “Temos um núcleo duro,
composto por oito pessoas, mas o ga-
lera traz amigos de outros anos que
são muito bem vindos”, explica o dire-
tor financeiro, que é biólogo.
Os peladeiros da quinta-feira talvez
não sejam tão organizados quanto os
que ocupam os horários nos dois pri-
meiros dias da semana, mas têm um
diferencial que atende pelo nome de
Camilo Pereira Carneiro Neto. Formado
em 1967 e com 62 anos é um veterano
do campão. “Estou entre os mais ve-
lhos mesmo. Acho que mais antigo que
eu só o Zezinho”, diverte-se Camilo,
que rala o joelho no velho campo des-
de 1960, quando entrou no colégio.
“O campão é o ponto central do co-
légio. Era o nosso maracanã. O sonho
da garotada era disputar uma final ali,
com arquibancadas cheias. E até hoje
há esta ligação com o campo, pois exis-
tem lugares com infraestruturas melho-
res para se jogar, mas tenho convicção
de que, para muitos, o diferencial é
estar dentro do colégio”, diz ele, que
continua jogando três vezes por sema-
na. “Eu sou fominha”, reconhece.
O grupo de Ony, o “Perdidos na
terça-feira”, já foi até contempla-
do com uma das edições da coluna
“A pelada como ela é”, do jornalista
Sérgio Pugliese, que é publicada aos
sábados no caderno de esportes do
jornal O Globo. (http://www.youtube.
com/watch?v=XoBMXmag2N8 vídeo
gravado para a coluna, com direito
a participação do inspetor Nelson de
Oliveira, responsável pelo controle dos
materiais esportivos da escola, e link
para a coluna http://oglobo.globo.
com/blogs/pelada/posts/2010/09/28/
perdidos-na-terca-327945.asp). O
nome dado pelos participantes já dei-
xa claro o dia da pelada, mas a his-
tória não cabe apenas em um título.
Desde 1986 no colégio, os encontros
começaram no clube Caiçaras. “Entre
os nosos colegas havia alguns sócios e
conseguíamos colocar os outros par-
ticipantes para dentro do clube. Mas
houve uma mudança na direção de lá
e ficamos sem campo. Recorremos ao
Santo Inácio e o único horário disponí-
vel era na noite de terça. Desde então
estamos lá”, conta Ony.
Nestes 26 anos de “campão” o
grupo foi agregando antigos alunos
Os “Amigos do Trigo” foram os vencedores do torneio organizado pelo inspetor do colégio Ducler Pinheiro, no mês de agosto deste ano
A turma de 1985, que participou do torneio, não joga semanalmente, mas faz partidas mensais contra antigos-alunos de outros anos
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de diferentes anos. “Temos também
pais e filhos jogando. A renovação é
importante, pois temos que ter ao
menos 18 pessoas para podermos
jogar e o pessoal vai ficando mais
velho, tem problemas físicos...”, diz
Ony, que conta haver uma multa
para quem falta. “Para não estragar
a brincadeira”.
Uma brincadeira séria, pois a pela-
da, além da multa, tem juiz e goleiros
contratados e uniformes, com direito
a gasto com roupeiro. “Além disso, há
regras inflexíveis, como não fazer falta
ou chegar muito duro para disputar a
bola. Não queremos ninguém se ma-
chucando. Faltas só as inevitáveis”,
conta Ony.
No alto de sua experiência como
peladeiro, Camilo garante que não é
fácil manter vivo o encontro. “As pes-
soas faltam, vão ficando mais velhas,
viajam... O segredo é a renovação
mesmo. Eu tive o prazer de poder jo-
gar com meus filhos, que também são
antigos alunos. E isto não tem preço.
Eles sempre ajudaram a completar os
times, antes mesmo de se formarem.
Hoje em dia estou passando o bastão,
mas ainda sou eu quem leva o material
e cobra o dinheiro do pessoal”, conta
Camilo, que chegou a organizar um
torneio de antigos alunos em meados
da década de 90. “Por conta das pela-
das, fui conhecendo os outros grupos,
do Trigo, do Ony. O pessoal é ótimo e
só fiz estes contatos por conta do fute-
bol”, reconhece.
Os encontros pós-jogo também
são frenquentes, sejam eles em bares
ou restaurantes. É o momento de fa-
zer a “resenha” do jogo, rir e, porque
não, reclamar. Por conta do horário e
por ser durante a semana, o quórum
é mais reduzido nas resenhas pós-
-jogo, mas nos encontros anuais não
falta gente, pois além dos jogadores
vão as famílias. “Os encontros aconte-
cem uma ou duas vezes por ano. Em
julho fizemos um na escola mesmo.
O pessoal vem com esposas, crianças,
jogamos bola com a garotada...”, con-
ta Basbaum. O pessoal da terça-feira
também separa um dia no ano para
comemorar o aniversário da pelada,
21 de outubro. “Organizamos uma
grande confraternização, com direito a
camisa especial e presença da família”,
diz Ony. Por sinal, a relação entre os
amigos é muito próxima da familiar.
“Todos nos ajudamos, seja no campo
pessoal ou profissional. E isso só existe
por conta do nosso futebol”, garante
Ony. Vida longa às peladas.
Torneio
Em agosto foi realizado um tor-
neio entre times formados por antigos
alunos, vencido pelo time de 1982.
Organizado pelo inspetor do colégio
Ducler Pinheiro, a “Copa CSI de Anti-
gos Alunos” existe desde o ano passa-
do - já existiram outros torneios, mas
não foram continuados. Nas duas edi-
ções, a disputa reuniu quatro times.
“Mas ano que vem, provavelmente
teremos seis equipes”, acredita Pi-
nheiro, que organiza, há sete anos, o
torneio de funcionários e professores
da escola. “Também reunimos o pes-
soal do colégio Anchieta, de Friburgo,
e um time do curso noturno. Quando
começamos a chamar os antigos alu-
nos surgiu a ideia de um campeonato
separado, pois mais de um time estava
querendo participar da ‘Taça Inácio de
Loyola’”, conta o organizador. Sendo
assim, foi criada uma competição, cujo
vencedor, além de troféu e medalhas,
garante vaga no outro torneio.
A eficácia do futebol como ati-
vidade agregadora entre os antigos
alunos é tão grande que Pinheiro já
organizou um torneio para “atletas”
sub-30. “Neste segundo semestre va-
mos vamos um campeonato com as
turmas de 2007, 2008, 2009 e 2010.
O pessoal da pela “Perdidos na terça-feira” realiza encontros anuais no próprio colégio, com direito a confecção de camisa e participação das famílias
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Quase todos os antigos alunos
que ainda batem uma bolinha no
campo do colégio, ou já passaram
por ali, conhecem José Carlos de
Souza, de 56 anos. Ou simples-
mente Macumba, como é conheci-
do pelos peladeiros. “Sou católico,
mas quando era garoto fui comprar
umas velas para minha mãe e co-
meçaram a implicar comigo dizen-
do que eu iria fazer macumba. Eu
não gostei e reclamei. Aí já viu...
todo mundo passou a me chamar
assim e não teve mais jeito. Agora
já estou habituado”, diverte-se. “O
pessoal sempre me pergunta de
onde veio o apelido”.
O sempre risonho José Carlos se
transforma num sujeito sério quan-
do veste seu uniforme de árbitro.
“Somos todos amigos e o pessoal
me respeita, mas volta e meia tem
um arranca rabo e tenho que ex-
pulsar alguém. Mas acabou o jogo
todo mundo é amigo”, conta. E
já se foram 17 anos arbitrando as
partidas no colégio. “Quem me
chamou pela primeira vez foi o pes-
soal da pelada do Trigo. Havia um
senhor que apitava para eles, mas
que já estava ficando mais velho.
Aí me indicaram, pois eu trabalha-
va para um pessoal que jogava na
associação de funcionários do Ban-
co Central. Outro que me deu uma
força foi o Oliveira, que cuidou do
departamento de es-
portes enquanto o
Nelson se licenciou
para tratamento
médico”, lembra.
José Carlos
chegou a fre-
quentar as aulas
de curso de árbitro,
mas após um problema
de artrose no joelho viu que não po-
deria trabalhar em jogos de profis-
sionais, pois não teria arranque para
acompanhar as jogadas. “Fui traba-
lhar, então, com futebol de salão,
que era mais tranquilo. E também
comecei a apitar umas peladas para
fazer um dinheirinho”, recorda-se.
Desde então, todas as segundas
e terças Macumba pode ser encon-
trado apitando jogos de antigos alu-
nos no colégio. “Por um bom tem-
po também apitava o jogo do time
dos funcionários do colégio, que jo-
gava contra os alunos, além de uma
outra pelada em que tinham alguns
ex-jogadores, como o Júnior, ambas
aos sábados”, enumera. Os jogos,
além de representarem um ganho
extra para o orçamento doméstico
de José Carlos, foi responsável por
muitas coisas boas em sua vida. “Fiz
grandes amigos dentro do Santo
Inácio. Graças a eles, minhas duas
filhas estudaram muitos anos no co-
légio. Nos meses em que não podia
pagar a mensalidade, o pessoal se
juntava e zerava minhas dívidas. No
fim do fundamental acabei tirando
as duas para colocar na Fundação
Bradesco, mas o período que elas
ficaram por lá foi fundamental para
a formação delas. Além disso, hoje
em dia trabalho em uma empresa
de dois irmãos que jogam a pela-
da, o José Henrique e o Fabinho,
a Premier Comércio de Alimentos.
Administro o restaurante popular
de Bonsucesso. Entrei lá para ficar
três meses e estou há seis anos.
Tudo isso através de amizades cria-
das em torno do futebol. Fim de ano
estamos sempre juntos, confraterni-
zando, e o pessoal está sempre se
ajudando. O Santo Inácio é minha
segunda casa”, afirma.
Não tem como juntar todos num mes-
mo torneio”, explica. A única diferença
entre as faixas etárias será o número de
jogadores em campo. Enquanto os mais
experientes jogam com oito na linha, a
garotada tem um a menos em campo
durante os dois tempos de 30 minutos.
Troféu, medalhas, árbitro da federação,
mesários e súmula são iguais para am-
bos. “O trofeu é no estilo Libertadores,
pois o nome de cada campeão será inse-
rido na peça. Eles podem ficar um mês
com o prêmio, que depois é devolvido e
guardado para ser levantado pelo próxi-
mo campeão”, esclarece Pinheiro, lem-
brando que artilheiro e goleiro menos
vazado também recebem prêmios.
O mais importante, no entanto, é a
integração gerada pelo evento. “Além
dos times que jogam semanalmente
no colégio, outras equipes são forma-
das para o torneio. O pessoal de 1985,
que ficou em terceiro neste campeona-
to, volta e meia joga contra o pessoal
de 1986, enfim, há um entrosamento
entre eles”, conta Pinheiro. Ele ainda
lembra que nunca houve confusão. “O
respeito e a disciplina que o colégio
sempre exigiu de seus alunos continua
valendo para quem se formou, e eles
sabem disso. Já teve um tempo intei-
ro de uma das partidas em que sequer
houve faltas”, conta.
O inspetor Ducler Pinheiro, organizador do campeonato dos antigos-alunos, posa com o troféu de campeão
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ocê sabia que o Colégio Santo
Inácio faz parte, ao lado de ou-
tras 15 escolas espalhadas pelo
Brasil, da Companhia de Jesus -
todas com um projeto pedagógico similar? E
sabia que esta companhia possui 9 museus,
6 universidades (como a PUC, aqui no Rio
de Janeiro), além de um consolidado pro-
jeto de educação popular? Após constatar
que a maior parte da sociedade respondia a
estas e outras perguntas semelhantes com
um não, os jesuítas resolveram que estava
na hora de mudar a forma de se comunicar
com a população. Iniciou-se, então, há dois
anos, um processo de planejamento de co-
municação. E agora, no segundo semestre
de 2012 foram lançados o Portal Jesuítas
Brasil (www.jesuitasbrasil.com) e a nova
logo da Companhia de Jesus.
Um dos responsáveis pelo projeto é o
padre Geraldo Lacerdine, que é o gestor
de comunicação da Província Brasil Cen-
tro Leste (veja box sobre provincialado
na página 12). Formado em jornalismo
e sempre cercado por um smartphone,
um tablet e um notebook, ele conta um
pouco do processo. “Começamos com
pesquisas informais. Fomos para rua,
em frente aos colégios da companhia, e
perguntávamos se a pessoa sabia onde
ficava a casa dos jesuítas. Ninguém sa-
bia. Mas quando perguntados sobre a
escola, todos respondiam. Além disso,
quando perguntávamos sobre os jesuí-
tas, todos falavam sobre a chegada dos
portugueses e a colonização do Brasil, as
missões. Enfim, somos uma instituição
como uma ação enorme no Brasil e não
nos conhecem. Isto é trágico”, contou.
O primeiro passo foi a contratação de
uma pesquisa de identidade institucional
externa e interna, que deu a certeza de
que todos os problemas percebidos exis-
tiam de fato. Mais do que isso, o mate-
rial orientou todo o trabalho que veio em
Os símbolos mantidos remetem aos valores da Companhia de Jesus desde
a sua fundação: o sol mostra a propagação do Cristo pelo mundo, a
característica missionária da companhia; os cravos e a cruz fazem alusão
à terceira semana dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola; o
IHS é o nome de Jesus, pois a companhia deve a Ele sua origem, espírito
e vida; a trama foi incorporada para mostrar que os jesuítas são um corpo
apostólico universal interligado pela união dos corações.
Explicando a logo
Aponte o leitor de QR Code de seu
celular e acesse o conteúdo de onde
você estiver
Veja um vídeo de apresentação da nova logohttp://bit.ly/jesuitaslogo
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Padre Geraldo Lacerdine (primeiro à esquerda) coordena equipe que abastece o portal do Jesuítas no Brasil, sediada em São Paulo. Ao lado, um exemplo da primeira página do site, que concentra informações da Companhia de Jesus
seguida. “A pesquisa foi importante para
constatarmos que não havia uma unidade
na nossa marca. A principal identificação
da instituição para o nosso público interno
é a sigla IHS, mas ela era usada com fon-
tes e cores das mais variadas. Isto dificulta
a percepção por parte da sociedade, que
já não conhece tão bem os nossos símbo-
los”, contou Lacerdine, que apresentou o
resultado da pesquisa para os provinciais.
Com a aprovação dos responsáveis
pela Companhia de Jesus no Brasil, a
hora era de definir uma nova marca. “Tí-
nhamos que encontrar um meio termo
entre a tradição e a modernidade.O IHS,
por exemplo, que sempre foi muito cita-
do, era bastante barroco. Fomos deixa-lo
mais atual”, contou Lacerdine. “A identi-
dade inovadora da Companhia de Jesus
foi fundamental para fazermos tudo isso.
Considero revolucionário uma instituição
como a nossa fazer uma pesquisa de
branding com o objetivo de se posicionar
perante a sociedade”, classifica. (veja box
sobre branding na página 12;)
No portal é possível conhecer toda
a história dos jesuítas, através de uma
linha do tempo que será sempre atua-
lizada. Além disso, há notícias da Com-
panhia de Jesus, no Brasil e no mundo,
e todas as ações da instituição, desde os
colégios e universidades até os exercícios
espirituais. “Antes de iniciar o processo
de confecção do portal, percebemos
que quem melhor falava de nós era a
wikipédia. As pessoas estão, cada vez
mais, procurando informações na inter-
net e temos que levar a companhia para
os meios eletrônicos”, explicou Lacerdi-
ne, também responsável pela criação e
manutenção do portal.
As notícias são disponibilizadas de
forma setorizada, já pensando na forma-
ção de uma grande rede de comunica-
ção, da qual farão parte todas as escolas
e órgãos ligados aos jesuítas em todo o
Brasil. “A ideia é que nos enviem material
e que o jesuitasbrasil.com centralize as
informações. Uma das primeiras ações foi
manter uma barra unificada no topo de
todos os sites de escolas e universidades.
Até porque, os sites dos colégios, apesar
de não refletirem a Companhia de Jesus,
já eram muito bons”, contou.
Aponte o leitor de QR Code de seu
celular e acesse o conteúdo de onde
você estiver
Veja um vídeo de apresentação do novo portalhttp://bit.ly/jesuitasportal
Divulgação Portal dos Jesuítas
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Foi criado no dia 26 de fevereiro de 2003, pelo então p.
Geral, Peter-Hans Kolvenbach, com a nomeação do primeiro
Provincial, p. João Roque Rohr, da Província do Brasil Meridional,
coadjuvado pelo Sócio, p. Paulo Finkler, da mesma Província.
A primeira finalidade da criação do Provincialado foi o governo
das casas interprovinciais de formação, que já existiam desde
1980. No horizonte mais amplo estava também a questão de um
planejamento apostólico comum, na esteira das orientações da
34º Congregação Geral (1995), que sugeriam a criação de novas
estruturas e formas de governo para favorecer a colaboração
interprovincial.
O Governo do Provincialado Brasil é formado pelo p. Alfonso
Carlos Palacio Larrauri, provincial do Brasil e vice presidente da
CPAL (Confederação das Províncias da América Latina). O p. João
Geraldo Kolling é o atual Articulador da Integração Administrativa
das Províncias e o p. Luiz Fernando Klein é o atual Sócio,
Admonitor, Secretário Executivo e Consultor.
Os jesuítas, por uma questão administrativa,
dividem o Brasil atualmente em
províncias (Amazônia, Centro-Leste,
Nordeste e Meridional). Cada uma
destas regiões possui um provincial,
que é o responsável pela missão
da Companhia de Jesus
naquela área, inclusive
os colégios. Veja no mapa os
responsáveis pelas províncias:
A palavra inglesa brand quer dizer marca, o que já dá uma boa dica do
que é uma pesquisa de branding. Tentando simplificar, é tudo aquilo que
se deve saber para melhor administrar e gerir uma marca: slogan, nome,
percepção e identidade visual, enfim tudo que representa aquela empresa/
instituição. O profissional que trabalha com branding em uma companhia
deve colocar em prática um conjunto de técnicas que visam a construção
e o fortalecimento de uma marca, com o objetivo de fazer com que a
identidade daquela instituição se torne até mesmo mais importante do que
os produtos ou serviços por ela oferecidos.
O trabalho, no entanto, não é feito apenas através do marketing, mas
também através de um forte trabalho interno, para que todos aqueles que
trabalhem para aquela companhia saibam exatamente quais são os seus
valores, suas intenções e suas metas.
A Companhia de Jesus é também
conhecida como Ordem dos Jesuítas.
Atuando há mais de 460 anos, está
presente em mais de 130 países.
A Rede Jesuíta de Educação, uma
das maiores do mundo, possui mais
de 180 colégios, 200 universidades
e faculdades e 2.724 centros de
Educação Popular, Fé e Alegria.
Além de um sólido trabalho social,
a Companhia possui uma série de
publicações (livros, revistas, jornais,
cadernos), museus e centros culturais.
Provincialado do Brasil
Províncias do Brasil
Branding Você Sabia?
p. Adelson Araújo dos Santos, superior da Região Brasil-Amazônia
p. Vicente Palotti Zorzo, provincial da Província do Brasil Meridional
p. Mieczyslaw Smyda, provincial da Província do Brasil Centro-Leste
p. Miguel de Oliveira Martins Filho, provincial da Província do Brasil Nordeste
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Balanço final da Arsoi 2012O reitor Luiz Antonio Monnerat divulgou
o balanço final do Arraial da Solidariedade
Inaciana (Arsoi) através de uma carta enviada
aos alunos da escola, além publicada no site
www.santoinacio-rio.com.br
Antigos alunos entram para academias de literatura e medicinaOs antigos alunos Fernando
Oswaldo Dias Rangel (79) e Luiz
Murat de Meirelles Quintela (63)
foram empossados na Academia
de Medicina do Rio de Janeiro e na
Academia Brasileira de Literatura,
respectivamente. Dr. Fernando Rangel
assumiu em 17 de julho a cadeira de
número 80, que tem como patrono o
cardiologista Hans Jürgen Fernando
Dohmann. Em 24 de julho, Luiz Murat
foi empossado na cadeira patronímica
de Cassiano Ricardo.
Jornada Mundial da Juventude e encontro de jovens inacianosA Jornada Mundial da Juventude (JMJ)
será realizada de 23 a 28 de julho de
2013, no Rio de Janeiro, mas o Santo
Inácio já começa a se preparar para o
evento, pois o colégio vai acomodar cerca
de 2 mil jovens em suas instalações - salas
e espaços de convivência. As inscrições
para o evento de 2013, no Rio de Janeiro,
começaram em 28 de agosto, pelo portal
oficial da Jornada: www.rio2013.com.
A JMJ será precedida pelo MAGIS,
a maior reunião de jovens inacianos
do mundo. Desde 1997, o encontro
antecede as Jornadas Mundiais da
Juventude. A versão do ano que vem
será dividido em três etapas: de 12 a 15
de julho, em Salvador; de 15 a 21, em
experiências missionárias pelo Brasil, e de
22 a 28, no Rio de Janeiro, período em
que os jovens ficarão hospedados no CSI
para participar da JMJ.
RECEITASBenfeitores (patrocinadores) 11.540,00 Venda de convites (2.874 ingressos) 14.370,00 Receita líquida das barracas118.534,40TOTAL144,444,40DESPESAS Fornecedores, serviços, etc.96.126,33Despesas diversas3.882,84TOTAL 100.009,20SALDO44.435,20Contribuição do Colégio S. Inácio44.435,20SALDO FINAL88.870,40
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Saiba mais sobre os doiswww.revistasino.com.br
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London Pride. Esta é a marca de
uma ale, a tradicional cerveja in-
glesa, mas também a literal tra-
dução do sentimento da cidade
que sediou o maior evento do plane-
ta, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Nem poderia ser diferente. Durante
sete anos, os londrinos se prepararam
para realizar os Jogos e o fizeram com
alto grau de eficiência e muita celebra-
ção, como necessário para uma festa
que reúne 15 mil atletas e cerca de 8
milhões de ingressos vendidos, sem
falar nos aproximadamente 8 bilhões
de pessoas que acompanharam em
todo o mundo pela TV (estatística que
considera cada vez que um espectador
assiste ao evento, podendo ser conta-
bilizado mais de uma vez).
Os 70 mil voluntários foram uma
das causas da excelente percepção pelo
público dos Jogos. Sempre prestativos,
orientavam os que buscavam acesso
às arenas de competição. Eles também
estavam presentes em muitos locais
estratégicos de Londres, aqueles com
muita circulação tanto de população lo-
cal como de turistas, como, por exem-
plo, em Trafalgar Square – seria mais
ou menos como deixar uma equipe na
Cinelândia, explicando que transporte
está disponível, quais são as atrações
da cidade, onde trocar dinheiro e outras
informações úteis que só um habitante
local é capaz de oferecer.
Os voluntários também estavam pre-
sentes nas estações de trem e de metrô.
Para quem estava pegando o transpor-
te, eles orientavam qual a melhor opção
para chegar a seu destino. Para os que
estavam deixando as estações, qual ca-
minho seguir até o endereço desejado.
Aliás, o eficiente sistema de transporte
público de Londres serviu até para des-
locamento de atletas, principalmente
aqueles dos chamados esportes indivi-
duais, na fase de treinos.
Com o fim da competição e depois
da comemoração que levou mais de 1
milhão de londrinos às ruas para saudar
os atletas que levaram o Reino Unido ao
terceiro lugar tanto nos Jogos Olímpicos
como nos Paralímpicos, inicia-se nova
e importante fase do evento: o desti-
ar
tig
o
Texto de Roberto Falcã[email protected]
Pai de antigas alunas e especialista em esporte, jornalista se muda para Londres para ver como a cidade se preparou para as Olimpíadas
Bom exemplo
Foto: Emília Ferraz
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no das instalações esportivas. Aquelas
já planejadas e construídas como tem-
porárias, como o próprio nome indica
são desmontadas e ficarão na memória
das retinas e dos leds das máquinas fo-
tográficas. Este é o caso, por exemplo,
da excelente arena de basquete que fez
parte do conjunto do também excelente
Parque Olímpico.
Aliás, o Parque Olímpico era ele mes-
mo uma atração em si, e permanerá uma
atração mesmo depois dos Jogos, passan-
do a ser um grande espaço livre, pontu-
ado por instalações esportivas de primei-
ra linha, com uso pela população local.
Foi concebido para isso, já prevendo sua
utilização futura. Desta forma, duas das
principais instalações, o Estádio Olímpico
e o Centro Aquático, “perderão” capa-
cidade de público para se adequarem à
nova realidade do dia-a-dia, em que as
competições serão menos concorridas e
a manutenção de uma grande estrutura
se tornaria dispendiosa e ineficaz.
O Parque Olímpico também foi res-
ponsável pela recuperação de uma área
degradada da cidade, o bairro de Stra-
tford, na Região Leste de Londres. Graças
aos Jogos, novos investimentos chega-
ram à área, que passou a ser valorizada
como um novo polo de negócios, tanto
que hoje abriga o maior shopping da Eu-
ropa, o Westfield Stratford City, construí-
do também para dar suporte aos Jogos.
Novos investimentos, como uma uni-
versidade, estão planejados ou em fase
de execução e prédios residenciais che-
gam ao bairro. A proximidade com Cana-
ry Wharf, centro financeiro de Londres,
também ajuda na valorização da área.
Importante observar que toda a ci-
dade precisa respirar o clima dos Jogos.
Londres também fez isso muito bem, com
uma série de eventos com mote olímpi-
co que se incluíram na forte e extensa
agenda cultural e de entretenimentos
da capital britânica. Basta dizer que a ex-
posição mais visitada no período foi The
Olympic Journey, nas instalações do tra-
dicional Royal Opera House, com acervo
do Museu Olímpico do Comitê Olímpico
Internacional. A história olímpica guiava a
visita, cuja linha do tempo era dada pela
exposição de medalhas e tochas. Ao fim,
o visitante ainda tinha a oportunidade
de viver a experiência de ser fotografado
com a tocha de Londres.
Voluntários tiveram papel fundamental no receptivo, pois estavam sempre preparados para dar informações. A cidade viveu o evento no seu dia a dia, com intervenções artísticas, como esculturas e música – neste caso o Monobloco, que divulgava o Rio 2016
Emília Ferraz Daniel Tiriba
Emília Ferraz
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O tema olímpico também esteve pre-
sente em outros endereços nobres de
Londres, como a National Portrait Gallery,
que recebeu a exposição de fotos Road to
2012, com cliques de atletas e integran-
tes do Comitê Organizador feitas por
consagrados fotógrafos – Brian Griffin,
Emma Hardy, Finlay MacKay and Bettina
von Zwehl. Antes de chegar a Londres,
a exibição literalmente esteve na estrada
– foi montada em Cardiff, Birmingham e
Edimburgo, em frente à tradicional Scot-
tish National Portrait Gallery.
Outro programão fotográfico foi
The World in London, na prestigiosa
Photographer’s Gallery, com participa-
ção de 204 fotógrafos, cada um regis-
trando um “londrino” originário de cada
um dos mais de 200 países participantes
dos Jogos. A exposição também podia
ser vista em painel na Oxford Street, a
supermovimentada rua de comércio no
coração de Londres. A mostra ainda ga-
nhou espaço no Victoria Park, onde os
londrinos se reuniam para ver as compe-
tições em telões.
O Rio e o Brasil marcaram forte pre-
sença em Londres. À beira do Tâmisa,
a tradicional Somerset House recebeu a
Casa Brasil, uma parceria entre o Comitê
Organizador Rio 2016 e os governos (Fe-
deral, do Estado do Rio de Janeiro e da
cidade anfitriã dos próximos Jogos Olím-
picos e Paralímpicos). Duas exposições de
artes plásticas assinadas por artistas brasi-
leiros e uma terceira sobre a organização
dos Jogos em 2016 situavam o visitante
sobre o momento vivido pelo país e pelo
Rio de Janeiro, em particular. Nota de
destaque deve ser dado ao passeio virtual
pelas paisagens cariocas a bordo de um
simulador de voo em parapente.
A programação incluiu ainda um fes-
tival do novo cinema do Rio e um concor-
rido happy hour no charmoso pátio in-
terno da Somerset House, com atrações
variadas do Brasil, incluindo uma banda
formada por estudantes universitários
de música de variadas nacionalidades
matriculados em escolas londrinas. Eles
não perdiam o ritmo, mas neste quesi-
to quem abafou mesmo foi a parceria
formada entre Monobloco e Sargento
Pimenta, também a atração maior do
carnaval anual de Shoreditch, que em
2012 teve apoio do Comitê Organizador
dos Jogos. Os britânicos exultavam cada
vez que um sucesso dos Beatles era exe-
cutado com a batida do samba.
A Embaixada do Brasil em Londres
realizou uma exposição sobre o esporte
e os próximos megaeventos esportivos,
com objetivo de promover o País e fo-
mentar negócios de empresas brasilei-
ras. Mais uma vez a interatividade foi
utilizada com criatividade. O visitante
era convidado a bater uma bola com o
Neymar em uma telona que projetava a
imagem do craque.
Atração muito interessante também
foi o Rio Occupation London, um festi-
val cultural realizado pelo Governo do
Estado do Rio de Janeiro que teve como
ponto alto um evento no bairro de Ber-
mondsey. Com exposição de artes plás-
ticas e shows, num antigo galpão indus-
trial, foram realizadas ainda atividades
destinadas à discussão e promoção da
cultura brasileira.
Na saída da exposição, uma sur-
presa: um senhor que foi condutor no
revezamento da tocha, vestido com o
uniforme, posava para fotos com as pes-
soas do bairro (em Londres, eles tiveram
a boa ideia de ter uma pessoa local por
bairro carregando a tocha para envolver
a população). O revezamento da tocha
foi um absoluto sucesso, com a popu-
lação de todo o país e particularmente
de Londres prestigiando a passagem do
fogo olímpico. Como todos os bairros
foram incluídos no roteiro, tudo virou
uma grande festa de vizinhos.
O Hyde Park recebeu telões, atrações gastronômicas e esportivas, para todas as idades e com direito a recreadores. Tudo para que a população participasse da grande festa olímpica
Fotos: Emília Ferraz
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Compartilhe conosco suas históriasEnvie para [email protected] e facebook.com/revistaSino
Aliás, não faltaram atrações na rua
na programação oficial dos Jogos. Todos
com grande afluência de público, como
o ciclismo de estrada, com chegada nas
proximidades do Palácio de Buckingham.
Ou as maratonas masculina e feminina,
que circularam pelo Centro de Londres
e levaram os atletas a ícones londrinos
como o Big Ben e à Catedral de Saint
Paul. Mas o quente mesmo eram os
eventos no Hyde Park, como a marato-
na aquática e o triatlo (masculino e fe-
minino). Além de assistir às provas, ao
vivo e em telões enormes, o espectador
ainda podia curtir toda a infraestrutura
do parque e visitar a loja de produtos de
Londres 2012 montada numa enorme
tenda. Foi no Hyde Park que os irmãos
Alistair e Jonathan Brownlee levaram os
britânicos ao delírio com um ouro e um
bronze no triatlo.
Mesmo quando não abrigava com-
petição, o Hyde Park era uma excelen-
te opção para assistir aos Jogos, assim
como o Victoria Park. Nos dois parques
gigantes, o público tinha opção de
acompanhar as disputas pelos vários
telões, além de várias atrações gastro-
nômicas e até competições esportivas
orientadas por animadores para divertir
o público infantil e também os adultos.
Um programa para todas as idades e to-
dos os gostos.
Londres, sem dúvida, tem muito do
que se orgulhar.
Roberto Falcão é jornalista especializado
em megaeventos esportivos e foi Gerente
de Imprensa nos Jogos Pan-americanos
e Parapan-americanos Rio 2007 e nos
Jogos Mundiais Militares Rio 2011,com
passagens pelo “Jornal do Brasil” e diário
“Lance!”. Falcão, que é pai das antigas
alunas Carolina Ferraz (2003) e Beatriz
Falcão (2008), passou três meses em
Londres para acompanhar a preparação
da cidade e a realização dos Jogos.
O “Rio Occupation London”, ação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, teve boa visibilidade e levou os turistas a conhecerem mais da cultura brasileira
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Emília Ferraz
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Turma reunidame
mó
ri
a
Fila alta: Osvaldo Luis Abud Giannini, Francisco Lopes, Henrique Andrade Trinckquel, Attilio de Biase Orlindo Elias Filho, Pedro Luis Carneiro de Mendonça,Fila média: Claudio Martins Fialho, Paulo Sergio Assunção, Favio Ribeiro Bastos, Ricardo Penna Chaves, Marcelo Castelo Branco, Reitor Padre Monnerat, Fernando Rebelo, Frederico Estelita, Ronaldo Serta.Fila baixa: Wilson Ayres, Alvaro Augusto Costa Carvalho, Francisco Ellery Cavour, Virgilio Borba, Mario Gualberto Urtiaga Andreazza, Heitor Luiz Murat de Meirelles Quintella(foto enviada por Heitor M. Quintella, pelo facebook)
O nosso convite foi ouvido e recebe-
mos algumas fotos antigas para publicar-
mos nesta edição da SINO. O destaque é
a turma de 1963, que inaugurou, no dia
25 de agosto, o seu quadro de formatura.
Apesar do espaço ser dedicados às fotos
antigas, não poderíamos ignorar a reunião
de antigos alunos, no colégio, para inaugu-
rar a obra que os imortalizarão nas paredes
do colégio. Agradecimentos especiais aos
ex-alunos Alexandre Bonan (82), Heitor M.
Quintanilla (63) e Bruno Wunder de Alern-
car (93), que nos mandaram fotos por
email (o primeiro) e via facebook. Segundo
Bonan, a foto de sua turma, a 78, foi tirada
em 1978. Bruno nos faz lembrar do tempo
que havia colônia de férias em Correias.
Para finalizar, uma contribuição de nosso
editor, Pedro Motta Lima (94): por conta
da matéria sobre o futebol de antigos alu-
nos, ele nos envia uma foto de sua turma
antes de disputar uma tarde esportiva, que
era realizada aos sábados, com direito a
uniforme cedido pelo colégio.
Pedro Motta Lim
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| Foto de colônia de férias em Corrêas em 1986. Os irmãos Pedro (94), Bruno (93) e Paulo (96) Wunder de Alencar (enviado por Bruno via Facebook)
Formados em 1982, foto da turma 78, tirada em 1978. Da esquerda para a direita - 1º degrau: Padre Glauco, Luiz Leonardo de Saboya Alfonso, João Carlos Penna, Marcelo Valor, Luiz Fernando Coelho, Ricardo Wasniewski, Rodrigo Pompeu, Ricardo Lacorte, Mauro Cordovil, Rodrigo Dunshee de Abranches, Pedro Zanetti. 2º degrau: Paulo Lamego Carpenter Ferreira, Luciana Caldas Gonçalves, Ronaldo Cataldi, Marcos Pessoa Falcão, Marcelo Lavrador, Alexandre Avelino de Mello, Carlos Eduardo Cavalcanti de Albuquerque, Paulo Orlando de Carvalho Barbosa. 3º degrau: Fernando Cruz, Viviane Martins Suhet, Haydée Cortes, Claudio Tovar, Marcia Bayardino Weyne, Cristiane. 4º degrau: Luis Alberto Pimenta, Luis Vicente Andrade Neto, Marcelo Labandera, Carlos Fernando Maggiolo, Flavio Soares Siqueira, João Lisboa de Mello, Heloisa Cyrillo. 5º degrau: Fernando José de Carvalho Correa, Alexandre Bonan, Guilherme Porto Carneiro, Mario Eduardo Frigeri de Almeida, Maria Marta, Oscar Barbosa Nasser, Sergio Malcher, Paula Travassos, Eduardo Farina, Luiz Ricardo Cotta e Ernest Tapia Rojas (enviado por Alexandre Bonan por e-mail)
Da esquerda para direita: de pé: Paulo Hugo, Rodrigo Assemany (Juruna), Taver, André Gustavo, Leonardo Khede (Leo)Agachados: Marcus Vinícius, Marcus França, Rafael Porto, Pedro Motta Lima (o pessoal me conhece mais pelo sobrenome materno - Ney) e Márcio Penha (enviado por Pedro Motta Lima por e-mail - “Não lembro o ano, mas é da época que todos usavam Kichut“´)
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O ano de entrada: 1976. A dis-
ciplina: matemática. Estes são
alguns pontos comuns entre
os professores mais antigos
em atividade no Colégio Santo Inácio:
Miguel Jorge e Thales do Couto. Outro
coincidência é que ambos são engenhei-
ros, além da formação em Matemática.
Com 36 anos dedicados ao colégio, não
são poucas as vezes em que esbarram
com antigos alunos. “Lembrar o nome é
complicado, pois é muita gente, mas sou
bom fisionomista e consigo identificar.
Outro dia estava aqui no colégio e um su-
jeito da manutenção veio comentar que
eu estava em todos os quadros de forma-
tura que ele tinha limpado”, diverte-se
Miguel Jorge, que está com 75 anos. “Os
meus médicos são todos antigos alunos
do Santo Inácio. Já operei uma hérnia
com um e meus oftalmo e cardiologista
tiveram aulas comigo. Sempre procuro os
bons ex-alunos”, conta Thales.
Mais jovem, com 61 anos, Thales
lembra que foi admitido em 1976, mas
já trabalhava para o colégio há dois
anos. “Comecei dando aulas de apoio,
como prestador de serviços. Fui indicado
pelo Zezinho, inspetor, que eu conhecia
lá de Nilópolis, onde morava - por sinal,
sou muito grato a ele por isso. Gosta-
ram do meu trabalho e fui contratado
para trabalhar com o 5º e 6º ano, quan-
do estava no último ano de faculdade”,
contou. No mesmo ano, Miguel Jorge,
que se dividia entre trabalhar em cursos
de pré-vestibular e como engenheiro,
aceitou o convite do colégio. “Eu já ti-
nha sido chamado algumas vezes, mas
ganhava mais nos cursinhos e me divi-
dia com a engenharia, pois achava que
lecionar não me daria uma vida confor-
tável. Quando estava prestes a me casar
resolvi aceitar o convite. Estava na hora
de ter uma vida mais tranquila, ter filhos,
e achei que seria a hora de aceitar”,
recorda-se Miguel Jorge, que começou
com apenas duas turmas do último ano,
que se preparavam para a prova do Ins-
tituto Militar de Engenharia (IME), e hoje
leciona para todas as turmas de 2º e 3º
anos do ensino médio.
O Santo Inácio não é, entretanto, o
único colégio no currículo dos professo-
res. Thales já deu aulas na rede estadual,
no Bennett, Santo Agostinho, Teresiano,
Anglo Americano, curso Hélio Alonso e
no Zaccaria, onde está até hoje e tem
28 anos de casa. Miguel Jorge também
passou pela rede estadual e pelo Santo
Agostinho, além do São Bento. “Traba-
lhei bastante em cursinho, no Bahiense.
Foi uma época em que estudei muita
matemática. Foi bom”, lembra. Thales
acredita que a diferença do Santo Inácio
para os outros colégios está na filosofia
educacional dos jesuítas. “Eu me identi-
fico muito com a valorização do ser hu-
mano, além da qualidade e compromis-
pr
of
es
so
re
s
Memórias vivasProfessores mais antigos em atividade no colégio, Miguel Jorge e Thales do Couto lembram do início da carreira e falam das diferenças entre a escola e os alunos de meados da década de 70 e os atuais. Os dois ainda não pensam em parar de dar aulas
Fotos: Amarildo Lopez / Núcleo de M
ídia do CSI
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so com a boa educação. Se uma pessoa
quer falar com um bom educador, re-
comendo sempre procurar um jesuíta”,
diz. Não à toa, os dois filhos de Miguel
e a enteada de Thales foram alunos do
colégio. “Meus dois filhos, um casal, por
conta da distância, acabaram estudando
em Nilópolis mesmo, onde morávamos”,
conta Thales.
Os dois concordam que os alunos de
hoje em dia são bem diferentes daqueles
para quem ensinaram quando entraram
para o Santo Inácio. “São épocas muito
distintas. Atualmente há muitas coisas
para tirar a atenção dos jovens, como ce-
lular, computadores... Não há dúvidas de
que os alunos de antigamente, além de
mais tranquilos, estudavam mais e presta-
vam mais atenção nas aulas”, relatam. Se-
gundo Thales, hoje em dia os professores
têm que lutar para que os estudantes não
usem os aparelhos em sala de aula. “Eles
ficam querendo fotografar o quadro. Eu
não deixo, até porque há uma lei que pro-
íbe o uso destes equipamentos em sala de
aula, mas é impossóvel evitar 100%. Entro
depois nos fóruns que eles têm na inter-
net e vejo as imagens divulgadas ali. Pelo
menos estão trocando informações sobre
a matéria”, conforta-se.
Por pouco os professores não deram
aulas só para meninos. Até 1973 o co-
légio só aceitava homens. Mas ambos
ainda pegaram turmas majoritariamente
masculinas. “O Renato, que fazia orienta-
ção vocacional aqui no colégio, tinha um
dado interessante. Quando as meninas
entraram, foram logo se colocando como
as melhores, superando os rapazes. Mas
isto durou apenas um semestre. Parece
que os meninos ficaram mordidos e vira-
ram o jogo”, diverte-se Thales. “Hoje em
dia é tudo nivelado”, complementa.
As mudanças proporcionadas pelos
avanços tecnológicos, no entanto, não
são apenas para se lamentar. “Não há
dúvidas que temos uma estrutura me-
lhor para ensinar. Atualmente todas as
salas têm ar-condicionado, quadro bran-
co, TVs e laptops com internet e conec-
tados à rede da escola. A meu pedido,
ainda tenho um datashow para que
possa apresentar aos alunos um material
muito interessante que produzi quando
estive trabalhando na PUC. Ou seja, as
condições são as melhores possíveis”,
conta Thales. Mas ele sente diferença na
participação das famílias. “Antigamente
os pais estavam mais presentes. Não era
comum ver alunos em aulas particulares,
pois a família estava mais próxima. Acho
que as pessoas não estão dando conta
compro livros
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Os dois professores aparecem juntos pela primeira vez em um quadro de formatura no de 1978 – de onde reproduzimos as fotos. Miguel Jorge havia feito sua estreia no ano anterior. No site www.revistasino.com.br e no www.facebook.com/revistaSino veja a fotos dos professores que estão no quadro de 1978
Reprodução
Reprodução
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de tudo e acabam optando por soluções
mais cômodas, como a de colocar os fi-
lhos em aulas particulares”, acredita.
Segundo eles, o colégio está fazendo
de tudo para ajudar. “Uma novidade in-
teressante foi a implementação das tuto-
rias, a partir do 9º ano, com os mesmos
professores, mas no contraturno. Os alu-
nos com dificuldades são inscritos e têm
a chance de se recuperar. Houve uma
redução significante nas reprovações em
todas as matérias”, conta Thales. E não
são poucos alunos que estão fazendo
uso da novidade: no 1º ano são três tur-
mas com 25 a 30 estudantes cada, para
matemática. “E além da tutoria, ainda
temos uma aula de aprofundamento,
por solicitação dos melhores alunos, que
nunca eram indicados para as tutorias”,
lembra Miguel. “Os estudantes de hoje
em dia são, praticamente, carregados no
colo”, acredita Miguel.
O ânimo com que falam sobre o
colégio deixa claro que não pretendem
parar de trabalhar. “Quero continuar en-
quanto entender que tenho condições de
ensinar, de transferir conhecimento. Por
conta da idade, não será tanto tempo
assim, mas não paro muito para pensar
nisso e vou resistindo”, diz Miguel, que
já teve um infarto “há uns 10 anos”, per-
deu 28 quilos e sente muito bem. Mais
jovem, Thales também não pensa em
aposentadoria. “Se bem que já estou até
aposentado, mas continuo trabalhando
e pretendo permanecer assim por muito
tempo”, garante. Ambos contam com a
política do colégio de manter profissio-
nais por muitos anos. “Há vários compa-
nheiros com muitos anos de casa. Além
disso, não se acha no mercado profissio-
nais preparados para os padrões impos-
tos pelos jesuítas. E o colégio não pode
ficar arriscando”, diz Thales.
Mas isto não quer dizer que não exista
uma renovação no quadro de professores.
“Alguns ex-alunos já são companheiros
aqui no Santo Inácio, e isto é muito baca-
na”, diz Miguel, lembrando que o colégio
tem um processo de contratação que evita
erros. “Sempre trabalhou-se com indica-
ção por parte dos professores que já tra-
balham aqui há mais tempo e conhecem
a filosofia jesuíta. Hoje em dia, os profis-
sionais passam pelas mãos do setor de
Recursos Humanos, análise de currículo e
uma série de entrevistas, sem falar que os
coordenadores de disciplina traçam o per-
fil do profissional desejado para a vaga”,
explica Thales, que é coordenador de Ma-
temática. “Mas é claro que existem casos
em que o profissional não se adapta. Isto é
normal”, complementa Miguel.
Quem está há 36 anos trabalhando
em uma mesma instituição já viu muita
coisa. Contratações, demissões, refor-
mas... enfim, acompanhou a história.
“Mudanças são normais em qualquer
empresa ou instituição. Seus dirigentes
têm que fazer avaliações periódicas e os
critérios mudam de uma pessoa para ou-
tra. É assim em qualquer lugar”, acredi-
ta Thales, lembrando que o colégio tem
uma tradição de manter os profissionais
por muito tempo.
Os dois têm saudade da época em
que os alunos eram divididos entre tur-
mas de clássico e cientítico. “Apesar de
sabermos que aproximadamente 20%
dos alunos mudam de curso após entrar
na faculdade, achava boa a divisão. Não
faz sentido para um rapaz que vai fazer
direito ter que estudar tanta matemática
quanto aquele que fará engenharia, as-
sim como uma menina que optou pela
medicina não precisa ler todos os clássi-
cos esperados para uma pessoa da área
de humanas. Ela terá a vida inteira para
lê-los, não precisa ser no pré-vestibular”,
acredita Miguel Jorge, que tampouco
gosta do Enem. “Na ânsia de querer co-
locar todos na universidade, as provas
são fáceis demais”, complementa.
O companheiro de disciplina concor-
da. “Não gosto nem do vestibular. Acho
que a vida acadêmica do aluno deveria
ser levada em consideração para o pro-
cesso de seleção, como acontece em ou-
tros países. Basear tudo em apenas uma
prova é muito cruel, ainda mais como é
feito com o Enem, com várias questões
de múltipla escolha”, afirma.
Professores caminham, há 36 anos, pelos mesmos corredores, mas atualmente dividem espaço com os armários dos alunos
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Com apenas
projeto Imagem solidária
atendimento ambulatório
creche no Santa Marta
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reforço escolar
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400 sócios:Junte-sea nós e ajude a construir muito maisNão é preciso ser antigo aluno do Santo Inácio para ajudar a manter esses projetos e melhorar o atendimento
+Associação dos Antigos Alunos dos Padres Jesuítas - RJRua São Clemente, 216 - BotafogoRio de Janeiro - RJTel: (21) [email protected] w w . a s i a r j . o r g . b r