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RONALDO FILIPPI OS INTERESSES DOS ALUNOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO LA SALLE / UNILASALLE EM RELAÇÃO AOS CURSOS DE EXTENSÃO CANOAS, 2007

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RONALDO FILIPPI

OS INTERESSES DOS ALUNOS

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO LA SALLE / UNILASALLE

EM RELAÇÃO AOS CURSOS DE EXTENSÃO

CANOAS, 2007

RONALDO FILIPPI

OS INTERESSES DOS ALUNOS

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO LA SALLE / UNILASALLE

EM RELAÇÃO AOS CURSOS DE EXTENSÃO

Trabalho de conclusão apresentado à banca examinadora do curso de Administração - Serviços do Centro Universitário La Salle - Unilasalle, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração - Serviços, sob Orientação da Profª. Ms. Letícia Martins de Martins.

CANOAS, 2007

TERMO DE APROVAÇÃO

RONALDO FILIPPI

OS INTERESSES DOS ALUNOS

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO LA SALLE / UNILASALLE

EM RELAÇÃO AOS CURSOS DE EXTENSÃO

Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração - Serviços do Centro Universitário La Salle - Unilasalle,

pela seguinte banca examinadora:

_____________________________

Letícia Martins de Martins

_____________________________

_____________________________

CANOAS, 2007

AgradecimentosAgradecimentosAgradecimentosAgradecimentos

Primeiramente agradeço a minha família, principalmente aos meus pais, Reynaldo e Iracema, pelo apoio que me proporcionaram durante a

minha formação acadêmica.

A Patrícia Alexandre Ribas, coordenadora do EAJA (Ensinando e Aprendendo com Jovens e Adultos), setor onde eu trabalho, pelo apoio e

incentivo durante este período intenso de estudos.

A Profª. Letícia Martins de Martins pela dedicação e paciência na orientação deste trabalho.

Aos meus colegas de curso e amigos pela compreensão durante minha

ausência durante este período.

Aos meus colegas de trabalho do Unilasalle, principalmente aos setores de Registro e Controle Acadêmico e Apoio Acadêmico, pela colaboração.

Agradeço ao Unilasalle, especialmente ao setor de Extensão pela

oportunidade de poder realizar este trabalho.

RESUMO

Os cursos de extensão atualmente estão ganhando espaço e reconhecimento dentro das instituições de ensino superior. Diante desta realidade, preocupado com a qualidade de seus serviços e a satisfação de seus alunos, o Unilasalle busca freqüentemente informações que levem a melhorar os seus serviços. A partir destas constatações, surgiu a oportunidade de realizar o presente trabalho que busca descobrir quais os interesses dos alunos do Unilasalle em relação aos cursos de extensão. Para se atingir este objetivo foram utilizados dois métodos de pesquisa. A pesquisa qualitativa, que serviu para levantar atributos como, expectativas, necessidades e resistências. E, posteriormente, foi realizada a pesquisa quantitativa, no qual foi possível verificar e analisar através de tabelas e gráficos informações sobre o perfil, motivações e grau de importância dado aos atributos. Através da aplicação destes dois métodos de pesquisa foi possível verificar a situação atual dos cursos de extensão na visão do aluno, alcançando assim, com sucesso, os objetivos propostos por este trabalho. Palavras-chave: Pesquisa de marketing; comportamento do consumidor; cursos de extensão.

ABSTRACT

The courses of extension are presently getting space and recognition in the institutions of higher education. In the face of this reality, concerned with the quality of its services and the satisfaction of its students, the Unilasalle frequently seeks information that get the better of its services. From these discoveries on, the opportunity arose to accomplish this work that aims at discovering which are the interests of the students of the Unilasalle in relation to the courses of extension. In order to attain this purpose two methods of research were utilized. The qualitative research, which served to raise attributes such as expectations, necessities and resistance. And, afterward, the quantitative research was accomplished, in which it was possible to verify and analyze, through tables and graphics, information about the profile, motivations and degree of the importance given to the attributes. Through the application of these two methods of research, it was possible to verify the present situation of the courses of extension in the vision of the student, thus reaching with success the proposed objectives by this work. Keywords: Marketing research, behavior of the consumer, courses of extension.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Modelo de processo de pós-compra do consumidor.................................30

Figura 2 - Modelo do comportamento do consumidor ...............................................33

Figura 3 - Processo de decisão de compra...............................................................33

Figura 4 - Fatores que influenciam o comportamento do consumidor.......................34

Figura 5- Fórmulas utilizadas na amostragem ..........................................................46

Figura 6 - Participação dos alunos nos cursos de extensão .....................................66

Figura 7 - Sexo da amostra .......................................................................................66

Figura 8 - Relação do sexo da amostra com o do Unilasalle ....................................67

Figura 9 - Faixa etária ...............................................................................................68

Figura 10 - Forma de ingresso ..................................................................................69

Figura 11 - Percentual de alunos entrevistados por curso ........................................71

Figura 12 - Modalidade do curso...............................................................................72

Figura 13 - Cruzamento entre: Realização dos cursos x Bacharelado e Licenciatura

..................................................................................................................................73

Figura 14 - Semestres...............................................................................................74

Figura 15 - Percentual de alunos que trabalham.......................................................75

Figura 16 - Renda familiar .........................................................................................76

Figura 17 - Motivações..............................................................................................79

Figura 18 - Grau de importância................................................................................82

Figura 19 - Motivação dos alunos que realizaram os cursos ....................................84

Figura 20 - Motivação dos alunos que não realizaram os cursos..............................86

Figura 21 - Motivação x Bacharelado........................................................................88

Figura 22 - Motivação x Licenciatura.........................................................................90

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Amostragem por curso ............................................................................47

Quadro 2 - Expectativas dos alunos que já realizaram os cursos de extensão.........55

Quadro 3 - Expectativas dos alunos que ainda não realizaram os cursos de extensão

..................................................................................................................................56

Quadro 4 - Necessidades dos alunos que já realizaram os cursos de extensão ......58

Quadro 5 - Necessidades dos alunos que não realizaram os cursos de extensão ...59

Quadro 6 - Motivação dos alunos que já realizaram os cursos de extensão ............60

Quadro 7 - Motivações dos alunos que não realizaram os cursos de extensão .......62

Quadro 8 - Resistências dos alunos que já realizaram os cursos de extensão.........63

Quadro 9 - Resistências dos alunos que não realizaram os cursos de extensão .....64

Quadro 10 - Perfil predominante dos entrevistados ..................................................77

Quadro 11 - Sugestões mais citadas ........................................................................91

Quadro 12 - Resumo das categorias finais .............................................................101

Quadro 13 - Administração......................................................................................106

Quadro 14 - Ciências da computação .....................................................................107

Quadro 15 - Ciências biológicas..............................................................................107

Quadro 16 - Ciências contábeis ..............................................................................108

Quadro 17 - Ciências econômicas (Economia) .......................................................108

Quadro 18 - Computação........................................................................................108

Quadro 19 - Curso superior de tecnologia em processos gerenciais ......................108

Quadro 20 - Curso superior de tecnologia de redes de computadores ...................109

Quadro 21 - Direito..................................................................................................109

Quadro 22 - Educação física ...................................................................................110

Quadro 23 - Enfermagem........................................................................................110

Quadro 24 - Engenharia ambiental .........................................................................111

Quadro 25 - Engenharia de telecomunicações .......................................................111

Quadro 26 - Filosofia...............................................................................................111

Quadro 27 - Física...................................................................................................111

Quadro 28 - Fisioterapia..........................................................................................111

Quadro 29 - Geografia ............................................................................................112

Quadro 30 - História ................................................................................................112

Quadro 31 - Letras ..................................................................................................113

Quadro 32 - Matemática..........................................................................................113

Quadro 33 - Nutrição...............................................................................................114

Quadro 34 - Pedagogia ...........................................................................................114

Quadro 35 – Psicopedagogia clínica e institucional ................................................114

Quadro 36 - Química...............................................................................................115

Quadro 37 - Relações internacionais ......................................................................115

Quadro 38 - Teologia ..............................................................................................115

Quadro 39 - Turismo ...............................................................................................116

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Amostra da pesquisa qualitativa...............................................................52

Tabela 2 - Sexo dos alunos que já realizaram curso de extensão ............................52

Tabela 3 - Sexo dos alunos que não realizaram cursos de extensão .......................52

Tabela 4 - Sexo da amostra ......................................................................................53

Tabela 5 - Cursos abrangidos ...................................................................................54

Tabela 6 - Alunos que realizaram, ou não, os cursos de extensão ...........................65

Tabela 7 - Sexo .........................................................................................................66

Tabela 8 - Relação do sexo da amostra com o do Unilasalle ...................................67

Tabela 9 - Faixa etária ..............................................................................................68

Tabela 10 - Modalidade de ingresso .........................................................................69

Tabela 11 - Cursos abrangidos .................................................................................70

Tabela 12 - Modalidade dos cursos ..........................................................................71

Tabela 13 - Modalidade dos cursos ..........................................................................72

Tabela 14 - Semestres ..............................................................................................74

Tabela 15 - Percentual de alunos que trabalham......................................................75

Tabela 16 - Renda familiar ........................................................................................76

Tabela 17 - Motivações .............................................................................................78

Tabela 18 - Grau de importância dos atributos .........................................................80

Tabela 19 - Principais motivações dos alunos que realizaram os cursos de extensão

..................................................................................................................................83

Tabela 20 - Principais motivações dos alunos que não realizaram os cursos de

extensão....................................................................................................................85

Tabela 21 - Motivações x Bacharelado .....................................................................87

Tabela 22 - Motivações x Licenciatura ......................................................................89

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12

2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA................................................................................14

2.1 Características da organização........................................................................14

2.1.1 Missão Centro Universitário La Salle ...............................................................14

2.1.2 Visão Centro Universitário La Salle..................................................................14

2.1.3 Princípios Centro Universitário La Salle ...........................................................14

2.1.4 História do Centro Universitário La Salle..........................................................15

2.2 Situação Problemática......................................................................................16

2.2.1 Limitação do problema .....................................................................................16

2.3 Justificativa........................................................................................................17

2.3.1 Quanto à importância .......................................................................................17

2.3.2 Quanto à oportunidade.....................................................................................18

2.3.3 Quanto à viabilidade.........................................................................................18

3 OBJETIVOS...........................................................................................................19

3.1 Objetivo geral ....................................................................................................19

3.2 Objetivos específicos........................................................................................19

4 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................20

4.1 Extensão universitária ......................................................................................20

4.1.2 O que é a extensão universitária......................................................................20

4.1.2 Ações que caracterizam a extensão ................................................................22

4.1.4 Cursos de extensão..........................................................................................23

4.1.5 Extensão no Unilasalle .....................................................................................23

4.2 Marketing ...........................................................................................................24

4.2.2 Objetivos do marketing.....................................................................................25

4.2.3 Administração de marketing .............................................................................26

4.2.4 Conceitos centrais de marketing ......................................................................27

4.2.4.1 Necessidades desejos e demandas..............................................................27

4.2.4.2 Valor ..............................................................................................................28

4.2.4.2.1 Valor percebido pelo cliente .......................................................................29

4.2.4.2.2 Valor total para o cliente.............................................................................29

4.2.4.3 Satisfação......................................................................................................29

4.3 Comportamento do consumidor......................................................................31

4.3.1 Comportamento de compra..............................................................................33

4.3.1.1 Fatores culturais............................................................................................34

4.3.1.2 Fatores sociais ..............................................................................................35

4.3.1.2.1 Grupos de referência..................................................................................35

4.3.1.2.2 Família........................................................................................................35

4.3.1.2.3 Papéis e status...........................................................................................36

4.3.2 Fatores pessoais ..............................................................................................36

4.3.2.1 Idade e estágio no ciclo de vida ....................................................................36

4.3.2.2 Ocupações e circunstâncias econômicas......................................................37

4.3.2.3 Personalidade e auto imagem.......................................................................37

4.3.2.4 Estilo de vida e valores..................................................................................37

4.3.3 Fatores psicológicos.........................................................................................38

4.3.3.1 Motivação ......................................................................................................38

4.3.3.2 Percepção .....................................................................................................38

4.3.3.2.1 Atenção seletiva .........................................................................................38

4.3.3.2.2 Distorção seletiva .......................................................................................39

4.3.3.2.3 Retenção seletiva .......................................................................................39

4.3.3.3 Aprendizagem ...............................................................................................39

4.4 Serviços .............................................................................................................40

4.4.1 Características dos serviços.............................................................................40

4.4.1.1 Intangibilidade ...............................................................................................40

4.4.1.2 Inseparabilidade ............................................................................................40

4.4.1.3 Variabilidade..................................................................................................41

4.4.1.4 Perecibilidade................................................................................................41

4.5 Pesquisa de marketing .....................................................................................41

4.5.1 Definição de pesquisa de marketing ................................................................42

4.5.1.1 Definição do Problema ..................................................................................42

4.5.1.2 Elaboração de uma abordagem do problema ...............................................43

4.5.1.3 Concepção da pesquisa ................................................................................43

4.5.1.4 Trabalho de campo ou coleta de dados ........................................................43

4.5.1.5 Preparação e análise de dados.....................................................................44

4.5.1.6 Preparação e apresentação do relatório .......................................................44

5 MÉTODO................................................................................................................45

5.1 Caracterização do tipo de estudo ....................................................................45

5.2 População alvo ..................................................................................................46

5.2.1 População alvo da pesquisa qualitativa ...........................................................46

5.2.1 População alvo da pesquisa quantitativa .........................................................46

5.3 Coleta de dados.................................................................................................48

5.3.1 Coleta de dados da fase qualitativa .................................................................48

5.3.2 Coleta de dados da fase quantitativa ...............................................................48

5.4 Análise dos dados.............................................................................................50

5.4.1 Análise dos dados da pesquisa qualitativa.......................................................50

5.4.2 Análise dos dados da pesquisa quantitativa.....................................................50

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ...............................................................51

6.1 Análise da pesquisa qualitativa .......................................................................51

6.2 Análise da pesquisa quantitativa.....................................................................65

6.2.1 Perfil do aluno ..................................................................................................65

6.2.2 Motivações .......................................................................................................77

6.2.3 Grau de importância.........................................................................................79

6.3 Propostas de melhoria......................................................................................91

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................93

REFERÊNCIAS.........................................................................................................97

APÊNDICE A – Questionário da pesquisa qualitativa. ............................................100

APÊNDICE B – Resumo das categorias finais da pesquisa qualitativa. .................101

APÊNDICE C – Instruções para o preenchimento da pesquisa quantitativa...........103

APÊNDICE D – Questionário da pesquisa quantitativa...........................................104

APÊNDICE E – Opiniões dos entrevistados sobre novos cursos de extensão. ......106

1 INTRODUÇÃO

Atualmente o sucesso de uma organização depende do quanto ela conhece os

seus clientes. Entender o comportamento do consumidor é fundamental para as

empresas se manterem competitivas no mercado. Para compreender o

comportamento do consumidor é necessário buscar informações. Uma das maneiras

mais práticas e eficientes de se buscar informações é através de uma pesquisa de

marketing, prática na qual se baseia este trabalho.

Este trabalho foi realizado no Centro Universitário La Salle / Unilasalle, que está

situado no centro da cidade de Canoas e faz parte da Rede Lasallista de Educação

que está presente em mais de 80 países. O mesmo caracteriza-se como uma

Instituição de Ensino Superior (IES), devidamente credenciada, que oferece 27

cursos de graduação, e atualmente conta com mais de 5.000 alunos matriculados.

Dentro da educação superior são encontrados diversos serviços. No entanto, o

foco deste trabalho são os cursos de extensão do Unilasalle. A extensão dedica-se a

promover periodicamente cursos que priorizam a complementação na formação dos

estudantes, a qualificação dos professores e o intercâmbio com a sociedade. Os

cursos de extensão estão relacionados diretamente aos alunos que dispõem dos

mesmos para atingir o número de horas complementares exigidas pelos curso de

graduação, ou simplesmente aumentar o seu nível de conhecimento.

Sendo assim, o estudo deste trabalho pretende descobrir quais os interesses

dos alunos do Unilasalle em relação aos cursos de extensão. Para isso em um

primeiro momento foi preciso buscar algumas informações sobre o Unilasalle, como,

missão; visão; princípios e história, sendo estas características componentes do

capítulo 2. No capítulo 3, buscou-se definir o objetivo geral e os específicos a serem

trabalhados.

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O capítulo 4 foi destinado à revisão de literatura, onde foram pesquisados

conceitos e teorias da literatura administrativa disponível, a fim de se criar um

referencial teórico. O capítulo 5 apresenta os métodos de pesquisa utilizados que no

caso deste trabalho foram 2: a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa que

forneceram dados que posteriormente foram descritos e analisados, através de

gráficos e tabelas no capítulo 6. O capítulo 7 apresenta as considerações finais,

onde são comentados os resultados obtidos com a aplicação das pesquisas

qualitativa e quantitativa.

2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Este capítulo apresentará a caracterização da organização, a definição da

situação problemática e a justificativa.

2.1 Características da organização

2.1.1 Missão Centro Universitário La Salle

Promover o desenvolvimento da pessoa, através do ensino, da pesquisa e da

extensão, comprometida com a transformação da sociedade nas dimensões humana

e cristã.

2.1.2 Visão Centro Universitário La Salle

Tornar-se universidade e ser reconhecida pela excelência do ensino, da

pesquisa e da extensão, voltada para o desenvolvimento local e regional.

2.1.3 Princípios Centro Universitário La Salle

1. Inspiração e vivência cristã-lasallistas

2. Prática da Excelência do Ensino

3. Exercício da Cidadania fraterna e solidária

4. Respeito à diversidade e à vida

5. Valorização da inovação, da criatividade e do empreendedorismo

6. Qualificação dos agentes educativos

7. Agilidade e compartilhamento da informação

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8. Integração entre ensino, pesquisa e extensão

9. Eficiência e eficácia na gestão

10. Valorização do ambiente para as relações interpessoais

2.1.4 História do Centro Universitário La Salle

O Centro Universitário La Salle faz parte da rede Lasallista de educação a qual

está presente em mais de 80 países. Sua história teve inicio com a iniciativa de São

João Batista de La Salle (1651-1719) em 1679 quando fundou sua primeira escola

na França, que tinha o objetivo de atender crianças das classes menos favorecidas.

No Brasil está presente desde 1907, sendo que a cidade de Canoas recebeu uma

das primeiras escolas em 1908. Esta escola recebeu o nome de Instituto São José e

oferecia educação em regime de internato, dedicando-se ao ensino primário,

comercial e agrícola.

Posteriormente junto ao Instituto São José foi criada a Escola Paroquial São Luís

para alunos menos favorecidos financeiramente, que em 1939 se transformou em

Ginásio. Atendendo as demandas da comunidade canoense foram criados cursos

secundários (científico e de contabilidade), bem como a primeira escola de iniciativa

privada de formação de magistério primário no Rio Grande do Sul em 1942. Em

1971 devido à Reforma do Ensino decretada pela Lei 5.692/71 os diversos tipos de

ensino foram unificados sob a denominação de Centro Educacional La Salle. Em 02

de agosto de 1972 foi criado o Centro Educacional La Salle de Ensino Superior, de

sigla CELES, que posteriormente em 30/12/1998 passou a se chamar Centro

Universitário La Salle. E a partir de 1° de outubro de 2001 para atender as

disposições da lei de diretrizes e bases da educação, n° 9394/96 o Centro

Educacional La Salle passou a se chamar Colégio La Salle.

Atualmente o Colégio La Salle e o Centro Universitário La Salle continuam

compartilhando o mesmo endereço. Sendo que o Colégio La Salle abrange a

Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio e a Educação

Profissional. E o Centro Universitário La Salle está completando 30 anos de

experiência em ensino superior, e já conta com mais de 5.000 alunos matriculados

em seus 27 cursos de graduação.

16

2.2 Situação Problemática

Atualmente observa-se um número cada vez maior de instituições de ensino

superior, o que acaba aumentando a concorrência, e por conseqüência a qualidade

dos serviços prestados pelas mesmas. O processo de evolução é cada vez mais

rápido, pois está cada dia mais fácil ingressar em instituições particulares.

Diante da situação mencionada acima é essencial para uma instituição de ensino

superior, como o Cento Universitário La Salle, procurar descobrir o que motiva os

alunos a procurarem os serviços prestados pela instituição. Contudo, o número de

serviços prestados por uma instituição de ensino superior é muito grande, o que

acarretaria uma pesquisa muito ampla e desfocada. Fato este que leva a escolha de

apenas um serviço para objeto de estudo, que no caso em questão são os cursos de

extensão oferecidos periodicamente pelo Centro Universitário La Salle.

A Extensão está vinculada à Pró Reitoria Acadêmica. Os cursos oferecidos

possuem objetivos muito variáveis. Dependendo do curso em questão, vão desde

aumentar o conhecimento dos alunos em determinadas áreas, até fazer com que

tenham a oportunidade de presenciar na prática determinadas atividades através de

visitas de campo proporcionadas pelas viagens acadêmicas. Portanto, são maneiras

de integrar a comunidade acadêmica com a comunidade local, priorizando a

complementação na formação dos estudantes, a qualificação dos professores e o

intercâmbio com a sociedade.

Contudo, mesmo diante de um serviço que além de enriquecer o conhecimento e

o currículo do aluno, pois também vale como atividade curricular, ainda não foi

elaborado nenhum instrumento de pesquisa para medir qual é o impacto causado

por estes cursos na vida do aluno. Diante desta situação, se faz necessário elaborar

a seguinte situação problemática: Quais os interesses dos alunos do Centro

Universitário La Salle / Unilasalle em relação aos cursos de extensão?

2.2.1 Limitação do problema

Os cursos de extensão do Centro Universitário La Salle estão disponíveis para

os acadêmicos dos cursos de graduação e para os demais interessados que não

fazem parte do meio acadêmico. Contudo, o estudo deste trabalho está limitado a

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levantar e analisar dados relacionados exclusivamente aos acadêmicos dos cursos

de graduação do Centro Universitário La Salle.

2.3 Justificativa

Nesta seção será apresentada a justificativa quanto à importância da escolha da

empresa e do tema, quanto à oportunidade de o aluno poder exercitar seus

conhecimentos acadêmicos na prática e, quanto à viabilidade da aplicação da

pesquisa com os alunos do Unilasalle.

2.3.1 Quanto à importância

A escolha do tema foi através da oportunidade cedida pela coordenadora dos

cursos de extensão, Dirléia Fanfa Sarmento, que propôs a idéia de se pesquisar

sobre os interesses dos alunos do Unilasalle em relação aos cursos de extensão.

Levando-se em consideração que o pesquisador em questão também trabalha na

instituição, tendo acesso facilitado a todos os setores e informações das quais

precisa, a escolha do objeto de estudo de certa forma, foi bem acertada.

Após algumas reuniões com a coordenadora, para conhecer mais sobre o

funcionamento e a abrangência do setor, pôde-se concluir que os cursos de

extensão são muito importantes para uma instituição de ensino superior, pois além

de complementarem a formação dos acadêmicos, ainda geram receita para a

instituição.

Desta forma, é necessário realizar esta pesquisa a fim de se verificar quais as

preferências do aluno do Centro Universitário La Salle dentro das diversas

modalidades de curso de extensão. É muito importante entender quem é o

consumidor e o que leva o mesmo a procurar este tipo de serviço. A presente

pesquisa tem o intuito de analisar o consumidor para descobrir uma forma de

aumentar o nível de atratividade dos cursos de extensão, visando uma maior

satisfação dos consumidores.

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2.3.2 Quanto à oportunidade

A realização deste trabalho propicia uma oportunidade para todos os envolvidos

com o mesmo. Para o aluno e colaborador do Unilasalle que tem a oportunidade de

demonstrar e aplicar seus conhecimentos de forma prática. Para a instituição que se

beneficiária dos resultados obtidos com a pesquisa. E, finalmente, para os

acadêmicos que poderão através das pesquisas expressarem suas opiniões a

respeito dos cursos de extensão do Unilasalle, sendo futuramente beneficiários das

melhorias oriundas deste trabalho.

2.3.3 Quanto à viabilidade

Levando-se em consideração aspectos que viabilizam o desenvolvimento deste

trabalho tais como:

• O aluno trabalhar na instituição, tendo liberdade e apoio da mesma;

• Disponibilidade de material para consulta relacionado ao tema;

• Orientação e supervisão de profissionais especializados, na empresa e em

sala de aula;

• Baixo custo para realização deste estudo;

Considera-se viável levar adiante a construção deste trabalho, que certamente

agregará considerável conhecimento ao pesquisador e, exercerá forte influência no

setor de extensão do Unilasalle.

3 OBJETIVOS

Este capítulo descreve os objetivos do presente estudo.

3.1 Objetivo geral

Identificar quais os interesses dos alunos do Centro Universitário La Salle /

Unilasalle em relação aos cursos de extensão.

3.2 Objetivos específicos

Para atingir o objetivo geral, definem-se os seguintes objetivos específicos:

• Verificar qual o perfil dos alunos que costumam freqüentar os cursos de

extensão.

• Identificar quais as expectativas, necessidades e resistências dos alunos do

Unilasalle em relação aos cursos de extensão.

• Identificar as motivações dos alunos do Unilasalle para a realização dos

cursos de extensão.

• Medir o grau de importância de cada atributo relacionado aos cursos de

extensão.

• Propor melhorias para os cursos de extensão.

4 REVISÃO DE LITERATURA

Este capítulo tem como objetivo apresentar uma síntese de conceitos e teorias

da literatura disponível, com o intuito de serem utilizados como referencial teórico

durante o desenvolvimento do trabalho em questão.

4.1 Extensão universitária

Este trabalho dedica-se a pesquisar questões relativas aos cursos de extensão.

Por isso é muito importante buscar informações relacionadas à extensão

universitária.

4.1.2 O que é a extensão universitária

De acordo com (Silva, 2007), a extensão nasce da obrigatoriedade imposta

pelo artigo 207 da Constituição que afirma que as universidades devem obedecer ao

princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Desta forma as

universidades são conduzidas a associar e integrar as atividades de ensino,

pesquisa e extensão e de maneira que se complementem para uma melhor

formação seus profissionais universitários.

O objetivo desta proposta é fazer funcionar o círculo que prima pela idéia de que

a universidade é detentora do conhecimento e o transmite, por meio do ensino, aos

educandos. Por meio da pesquisa aprimora os conhecimentos existentes e produz

novos conhecimentos. Pelo ensino, conduz estes aprimoramentos e os novos

conhecimentos aos educandos. Por meio da extensão, pode proceder a difusão,

socialização e democratização do conhecimento existente, bem como das novas

21

descobertas à comunidade. A Extensão também propicia a complementação da

formação dos universitários, dada nas atividades de ensino, com a aplicação prática.

Assim, forma-se um ciclo onde a pesquisa aprimora e produz novos

conhecimentos, os quais são difundidos pelo ensino e pela extensão, de maneira

que as três atividades tornam-se complementares e dependentes, atuando de forma

sistêmica.

Segundo (Brasil, 2007), extensão universitária é o processo educativo, cultural e

científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a

relação transformadora entre Universidade e Sociedade.

A extensão universitária é, na realidade, uma forma de interação que deve existir

entre a universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma espécie de ponte

permanente entre a universidade e os diversos setores da sociedade. Funciona

como uma via de mão dupla, em que a Universidade leva conhecimentos e/ou

assistência à comunidade, e recebe dela influxos positivos como retroalimentação

tais como suas reais necessidades, seus anseios, aspirações e também aprendendo

com o saber dessas comunidades. O que se tem na realidade é uma troca de

conhecimentos, em que a universidade também aprende com a própria comunidade

sobre os valores e a cultura da mesma. Assim, a universidade pode planejar e

executar as atividades de extensão respeitando e não violando esses valores e

culturas.

A universidade, através da Extensão, influencia e também é influenciada pela

comunidade, ou seja, possibilita uma troca de valores entre a universidade e o meio.

Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular,

terá como conseqüências a produção do conhecimento resultante do confronto com

a realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e a

participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de

instrumentalizadora deste processo dialético de teoria/prática, a extensão é um

trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social.

22

4.1.2 Ações que caracterizam a extensão

Conforme (Silva, 2007), as ações da extensão podem assumir diferentes formas,

como exemplo:

• Cursos, palestras e conferências;

• Cursos de ensino a distância;

• Cursos por correspondência;

• Viagens de estudo;

• Campus avançados;

• Associações de ex-alunos;

• Apresentações musicais, teatrais e feiras;

• Campanhas orientativas e assistenciais;

• Programas e eventos culturais e esportivos;

• Escolas e hospitais móveis / flutuantes

4.1.3 Vantagens da extensão

Abaixo, estão relacionadas as principais vantagens que a universidade

adquire ao fazer uso da extensão, de acordo com (Silva, 2007):

• Possibilita a comunidade universitária conhecer a problemática nacional e

atuar na busca de soluções plausíveis.

• Difusão e socialização dos novos conhecimentos produzidos pela área de

pesquisa;

• Conhecimento da realidade da comunidade em que a universidade está

inserida;

• Prestação de serviços e assistência à comunidade;

• Possibilidade de diagnosticar necessidades de pesquisas e outras ações;

• Difusão e socialização do conhecimento detido pela área de ensino;

• Facilita a integração ensino-pesquisa-extensão;

• Fornecimento de subsídios para o aprimoramento curricular e criação de

novos cursos;

23

• Fornecimento de subsídios para o aprimoramento da estrutura e diretrizes

da própria universidade na busca da qualidade;

• Possibilita a integração universidade-comunidade;

4.1.4 Cursos de extensão

Os cursos de extensão são caracterizados como atividades de extensão, na

maioria das vezes com carga horária reduzida, de caráter teórico ou prático,

presencial ou à distância, destinados a complementar conhecimentos em áreas

específicas. Portanto, os cursos de extensão são mais voltados para os acadêmicos

das graduações. No entanto, são totalmente abertos à participação da comunidade

local.

4.1.5 Extensão no Unilasalle

De acordo com (Unilasalle, 2007), a extensão está vinculada à Pró-reitoria

Acadêmica, sendo o setor que realiza ações integradas entre a comunidade

acadêmica e comunidade local.

Por meio de cursos ou outras atividades que oferece, prioriza a complementação

na formação dos estudantes, a qualificação dos professores e o intercâmbio com a

sociedade. Segundo o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional, 2004 / 2008), a

extensão do Unilasalle é realizada através de três áreas:

• Extensão acadêmica: contempla os cursos, seminários, simpósios e

congressos científicos, entre outras atividades.

• Extensão comunitária: é uma modalidade da extensão acadêmica que

contempla projetos e programas específicos ou prestação de serviços à

comunidade local, regional e internacional. As atividades de extensão

comunitária se dividem basicamente em 3 áreas: Desenvolvimento social,

desenvolvimento cultural e desenvolvimento esportivo.

• Extensão empresarial: São as atividades relacionadas a: Centro de

Empreendedorismo de Canoas (CECan), Incubadora Empresarial

24

Tecnológica de Canoas (IECan); Balcão do empreendedor e o centro de

empreendedorismo na oferta educacional.

Segundo informação da Extensão em 2006, foram realizadas 47 atividades, que

reuniram um público de 2.019 participantes.

4.2 Marketing

As organizações estão a cada dia mais cientes da importância do marketing para

atingir o nível de satisfação desejado por seus clientes. Segundo Las Casas (1997,

p. 26), o marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades

concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e

necessidades dos consumidores, com o intuito de alcançar determinados objetivos

de empresas ou indivíduos, considerando sempre o meio ambiente de atuação e o

impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. Para o autor as

empresas não estão mais concentrando seus esforços somente em produção e

vendas, mas em conquistar e manter negócios duradouros, criando relações

permanentes com a clientela, através da satisfação de suas necessidades e

desejos.

De acordo com Mattar (1999, p. 22), marketing é uma atividade de troca, e para

exemplificar essa afirmação o autor se baseia em três pontos fundamentais:

• O primeiro é que toda operação da empresa deve voltar-se para a satisfação

do cliente.

• O segundo, que um faturamento lucrativo, deve ser a meta da empresa.

• E o terceiro, que toda a atividade e setores da empresa, em todos os níveis

organizacionais, devem estar integrados, coordenados e direcionados para

atingir os dois pontos anteriores.

25

O autor ainda completa, afirmando que marketing não é um departamento. Ele

trabalha unificando todos os setores para chegarem juntos a um objetivo final:

satisfazer as necessidades dos clientes.

De acordo com Kotler e Armstrong (2004, p.3), “a principal função do marketing

moderno é lidar com os clientes, entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente

valor e satisfação. O autor conceitua também que “marketing é a entrega de

satisfação para o cliente em forma de benefício”.

Segundo Kotler e Keller (2006, p. 4), marketing envolve a identificação e a

satisfação das necessidades humanas e sociais, ou seja, supre necessidades

lucrativamente.

Definição de marketing sobre as perspectivas social e gerencial:

Marketing é o processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e da livre troca de produtos e serviços. Como definição gerencial, o marketing muitas vezes é descrito como “a arte de vender produtos”. (KOTLER; KELLER, 2006, P. 4)

Conforme Etzel, Walker, Stanton (2001, p. 4), o marketing ocorre quando uma

pessoa ou organização se esforça pra trocar alguma coisa de valor (dinheiro,

serviços, mercadorias, etc.) com outra pessoa ou organização. Segundo os autores

o marketing está baseado num sistema de troca, sendo assim o marketing

preocupa-se em gerar e facilitar trocas com o intuito de satisfazer os desejos e

necessidades dos consumidores. Para que uma atividade de troca exista é

necessário a presença de no mínimo duas partes que possuam algo de valor, sendo

que as mesmas devem estar voluntariamente envolvidas através de alguma forma

de comunicação.

4.2.2 Objetivos do marketing

De acordo com Kotler e Armstrong (2004, p.3), os dois principais objetivos do

marketing são: “Atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, e manter os

clientes atuais propiciando-lhes satisfação”.

26

Um dos objetivos do marketing é:

[...] tornar supérfluo o esforço de venda. O objetivo do marketing é conhecer e entender o cliente tão bem que o produto ou serviço seja adequado a ele e se venda sozinho. Idealmente, o marketing deveria resultar em um cliente disposto a comprar. A única coisa necessária então seria tornar o produto disponível. (DUCKER apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 4).

4.2.3 Administração de marketing

Administração de marketing pode ser definida como “a análise, o planejamento,

a implantação e o controle de programas desenvolvidos para criar, construir e

manter trocas benéficas com compradores alvo para que sejam alcançados os

objetivos organizacionais”. Ainda segundo Kotler e Keller, (2006, p. 5) a

administração de marketing é delineada em cinco filosofias:

1 – Orientação de produto: Os consumidores preferem os produtos acessíveis e

produzidos em larga escala, devido à questões de custo, neste caso a administração

deve preocupar-se em melhorar a sua produção e a eficiência da distribuição.

2 – Orientação de produto: Os consumidores preferem produtos que agregam maior

qualidade, desempenho e inovação, sendo assim a administração deve investir em

aperfeiçoamentos e divulgações promocionais.

3 – Orientação de vendas: Empresar orientadas para vendas relatam que os

consumidores não comprarão uma quantidade satisfatória de seu produto, a menos

que ela venda em grandes quantidades ou realize promoções.

4 – Orientação de marketing: As organizações são dependentes das necessidades e

desejos dos consumidores potenciais, e da entrega da satisfação de forma mais

eficiente que a concorrência, sendo que a maior preocupação é satisfazer o cliente.

5 – Orientação de marketing societal: A empresa com base nas necessidades,

desejos e demandas do mercado consumidor, deve posicionar-se de maneira que

gere satisfação ao cliente e a sociedade, na qual está inserida.

27

De acordo com Kotler e Keller (2006, p.4), a administração de marketing

acontece quando pelo menos uma parte em uma relação de troca potencial procura

maneiras de obter as respostas desejadas das outras partes, ou seja, a

administração de marketing pode ser vista como a arte e a ciência da escolha de

mercados alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da

criação, da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente.

4.2.4 Conceitos centrais de marketing

Segundo Kotler e Fox (1994, p. 38), os conceitos centrais de marketing incluem

necessidades, desejos e demandas.

Necessidades caracterizam-se como uma privação de alguma satisfação básica,

como alimento, abrigo, segurança, ou seja, elementos básicos para manter a

sobrevivência, que não podem ser criados pelos profissionais de marketing.

Desejos podem ser considerados vontades por coisas específicas que suprem

necessidades mais profundas, como por exemplo, entrar para faculdade. Os desejos

se tornam mais intensos à medida que a sociedade se torna mais complexa, a

pessoa com maior poder aquisitivo não se satisfaz apenas com a faculdade e

procura por um mestrado e posteriormente um doutorado.

“Demandas são desejos por produtos ou serviços específicos que são apoiados

por habilidade e disposição por comprá-los” (Kotler; Fox, 1994, p. 39). Contudo

desejos tornam-se demandas apenas quando são apoiados por um acesso ao poder

de compra, como por exemplo, alguém que pretende ingressar em uma faculdade

particular precisa antes de mais nada ter dinheiro, ou uma bolsa de estudos.

4.2.4.1 Necessidades desejos e demandas

Segundo Kotler e Keller (2006, p. 22), o profissional de marketing deve tentar

entender as necessidades, os desejos e as demandas do mercado alvo.

Necessidades são os requisitos humanos básicos. Para sobreviver, as pessoas precisam de comida, ar, água, roupas e abrigo. Elas também tem fortes necessidades de recreação, instrução e diversão. Essas necessidades tornam-se desejos quando direcionadas a objetivos específicos que possam satisfazê-las. Os desejos são moldados pela sociedade de cada um. Demandas são desejos por produtos específicos apoiados pela capacidade de comprá-los. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 22).

28

De acordo com Schet, Mittal e Newman (2001, p. 59), necessidade é uma

condição insatisfatória de um cliente que o leva a uma ação que tornará essa

condição melhor. Desejo caracteriza-se por ser uma vontade de obter mais

satisfação do que absolutamente é necessário para melhorar uma condição

insatisfatória.

Conforme Kotler, Armstrong (2003, p. 4), desejos podem ser considerados a

forma que as necessidades humanas assumem quando são particularizadas por

determinada cultura e pela personalidade de cada indivíduo. Os desejos são

compartilhados por uma sociedade e se manifestam na forma de objetos que por

conseqüência satisfarão as necessidades.

Para Sheth, Mittal e Newman (2001, p. 59) a diferença entre uma necessidade e

um desejo é que a necessidade nasce de um desconforto nas condições físicas ou

psicológicas da pessoa, enquanto que o desejo é levar suas condições físicas e

psicológicas a um nível além do estado de conforto mínimo.

4.2.4.2 Valor

Conforme Kotler e Armstrong (2004, p.6), “valor para o cliente é a diferença entre

o que ele ganha adquirindo e utilizando um produto e o que ele gasta para fazer a

aquisição”.

Valor para o cliente é a preferência e avaliação de um cliente, relativas a

atributos de produto, desempenho desses atributos e conseqüências advindas do

uso que facilitam (ou dificultam), para esse cliente, a tarefa de atingir seus objetivos

e propósitos em situações de uso. Essa conceituação incorpora a noção de valores

desejados e recebidos e assevera que a opinião do cliente se origina das

percepções aprendidas, de preferências e avaliações. Esta definição também

salienta o valor diante de situações de uso do produto, vinculando atributos de

produtos e seu desempenho às conseqüências e aos objetivos pretendidos com seu

uso. O valor pode aumentar ou diminuir, conforme as experiências que o consumidor

experimenta com o produto ou serviço em uso pelo mesmo. Desta forma o valor está

relativamente interligado aos atributos, conseqüências e valores pessoais do

consumidor. (OLIVEIRA; IKEDA, 2006, p. 4 - 6)

29

Outra definição de valor seria:

O valor reflete os benefícios e os custos tangíveis e intangíveis percebidos pelo consumidor. De maneira primária, o valor pode ser visto como uma combinação de qualidade, serviço e preço denominada a ‘a tríade do valor para o cliente’. O valor aumenta com a qualidade e o serviço e reduz com o preço, embora outros fatores também possam desempenhar um papel importante. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 23).

Segundo DeRose apud Kotler (1998, p. 29), valor é “a satisfação das exigências

do consumidor ao menor custo possível de aquisição, propriedade e uso”. De acordo

com a autora, quando algum consumidor opta por um produto sem considerar custo,

escolherá o que lhe satisfaria melhor sua necessidade.

4.2.4.2.1 Valor percebido pelo cliente

“O Valor Percebido pelo Cliente (VPC) é a diferença entre a avaliação que o

cliente potencial faz de todos os benefícios e custos relativos a um produto ou

serviço e as alternativas percebidas.” (KOTLER; KELER, 2006, p. 140)

4.2.4.2.2 Valor total para o cliente

“Já o valor total para o cliente é o valor monetário de um conjunto de benefícios

econômicos, funcionais e psicológicos que os clientes esperam de um determinado

produto ou serviço.” (KOTLER; KELER, 2006, p. 140)

4.2.4.3 Satisfação

De acordo com Mowen e Minor (2003, p. 217), após o consumidor passar pelos

estágios de decisão de compra e se decidir por determinado produto, ele entra nos

chamados processos de pós-compra que se referem à satisfação ou insatisfação

com a compra. De maneira geral, atingir altos índices de satisfação está entre os

objetivos da maioria das empresas, sejam elas fornecedoras de produtos ou

serviços.

De acordo com a figura 1, o modelo de pós-compra do consumidor proposto pelo

autor demonstra as fases do processo que inicia com a compra, onde os

consumidores usam e experimentam o produto. Após esse estágio, o consumidor

assume uma posição que pode ser satisfeito ou insatisfeito, sendo que no segundo

30

caso o consumidor apresenta um comportamento de reclamação. Os dois últimos

estágios demonstram como o cliente se desfaz dos produtos que compra e como

são formadas a fidelidade e as intenções futuras de compra.

Figura 1 - Modelo de processo de pós-compra do consumidor. Fonte: Mowen e Minor, 2003,p.218

Satisfação pode ser definida como a resposta ao contentamento do consumidor,

o julgamento de que uma característica do produto ou serviço ofereceu (ou está

oferecendo) um nível prazeroso de contentamento relativo ao consumo, incluindo

níveis maiores ou menores de contentamento. De maneira geral, satisfação é o

julgamento formado durante o uso ou consumo de produto ou serviço de

determinado fornecedor, ou depois dele; portanto, constitui uma reação ou

sentimento em relação a uma expectativa.

Essas definições ressaltam tanto aspectos cognitivos quanto emocionais da

satisfação que se constitui num sentimento que surge como resultado da avaliação

subjetiva de que a alternativa escolhida atende ou excede as expectativas. Em

resumo, a satisfação está bastante relacionada ao estado psicológico resultante do

processo de compra e de consumo, sendo que o estado afetivo do consumidor

refere-se aos sentimentos positivos e negativos que os consumidores associam com

o produto ou serviço após a compra e durante o uso. Desta forma as emoções

positivas e negativas estão relacionadas à satisfação e à insatisfação,

respectivamente. (LARÁN; ESPINOZA, 2004, p. 53 - 55)

31

Segundo Mowen e Minor (2003, p. 221), satisfação do consumidor pode ser

considerada uma atitude referente a um produto ou serviço após sua compra e uso.

De acordo com Solomon (2002, p. 246 - 251), a satisfação ou insatisfação é

determinada pelas sensações gerais, ou atitudes, que as pessoas demonstram em

relação a um produto depois de comprá-lo. Na medida que o consumidor utiliza o

produto ou serviço, ele está de maneira contínua avaliando o mesmo. A satisfação

na maioria das vezes é determinada pelo quanto o desempenho de um produto é

compatível com as expectativas prévias do consumidor sobre o seu funcionamento.

Outra definição de satisfação é:

[...] satisfação é a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação entre o desempenho (ou resultado) percebido de um produto e as expectativas do comprador. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se alcançá-Ias, ele ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado. (FOURNIER; GLENMICK apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 142, grifo do autor).

Segundo Kotler (1998, p. 53), certas empresas visam à alta satisfação, porque

os consumidores que estiverem apenas satisfeitos estarão dispostos a mudar

quando surgir uma oferta melhor. Ao contrário dos plenamente satisfeitos que se

apresentam mais fidelizados.

Para Kotler e Armstrong (2003, p. 104), é extremamente importante satisfazer o

consumidor, devido ao fato de as vendas de uma empresa resultarem de dois

grupos básicos: consumidores novos e consumidores atuais. Na maioria das vezes,

é mais oneroso atrair novos consumidores do que manter os já existentes. E a chave

para manter os consumidores atuais é a satisfação dos mesmos.

Os consumidores baseiam suas expectativas em mensagens que recebem dos

vendedores, amigos e de outras fontes de informação Um consumidor satisfeito

volta a comprar um produto, fornece informações favoráveis para outras pessoas, dá

menos atenção às marcas e propagandas dos concorrentes e compra outros

produtos da empresa. Já consumidores insatisfeitos respondem de forma diferente.

4.3 Comportamento do consumidor

De acordo com Mckena (1999, p. 45), “os consumidores pensam sobre os

produtos e empresas comparando-os com outros produtos e empresas. O que

realmente importa é como os possíveis clientes e os já existentes vêem uma

32

empresa em relação aos concorrentes. Segundo o autor a empresa deve voltar-se

para o cliente antecipando-se às necessidades do mesmo.

Para Mowen e Minor (2004, p. 4), compreender os consumidores proporciona

uma série de benefícios. Alguns destes benefícios seriam: o auxílio aos gerentes

nas tomadas de decisão e o fornecimento de uma base de conhecimento a partir da

qual os pesquisadores de marketing podem analisar os consumidores, para que

futuramente sejam tomadas as melhores decisões.

A definição de comportamento do consumidor apresentada por Mowen e Minor

(2004, p. 3), é a seguinte: É o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias,

serviços, experiências e idéias.

Segundo Solomon (2002, p. 24), comportamento do consumidor também pode

ser definido como: O estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos

selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, idéias ou

experiências para satisfazer necessidades e desejos.

De acordo com Karsaklian (2004, p. 20), o estudo do comportamento de

consumo, é uma ciência aplicada originária das ciências sociais, com objetivo de

compreender os comportamentos de consumo adotando uma perspectiva

pluridisciplinar, voltada para compreender o consumidor com o intuito de fidelizá-lo.

Para Czinkota, et al (2001, p. 138), o comportamento do consumidor é a

atividade mental e física realizada por consumidores domésticos e comerciais, que

resulta em decisões e ações de pagar , comprar e usar produtos e serviços.

Conforme Kotler e Keller (2006, p. 182), o consumidor sofre estímulos de vários

tipos, como de marketing, econômicos, tecnológicos, políticos e culturais. Esses

estímulos atrelados à características do consumidor e ao processo de decisão de

compra levam o mesmo a tomar determinada decisão, em relação ao produto ou

serviço procurado, conforme pode ser verificado na figura 2.

33

Figura 2 - Modelo do comportamento do consumidor Fonte: Kotler e Keller, 2006, p. 183.

4.3.1 Comportamento de compra

De acordo com Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 113), os consumidores são

uma categoria muito complexa e estão em constante evolução. Para compreender

esse processo deve-se entender que o consumidor passa por 5 estágios do

processo de decisão de compra que serão conceituados a seguir:

1 – Reconhecimento da necessidade: O consumidor procura um produto ou serviço

porque tem uma necessidade.

2 – Identificação de alternativas: O consumidor procura diferentes marcas e

produtos, buscando sempre coletar informações sobre os mesmos.

3 – Avaliação das alternativas: Com as informações sobre os produtos ou serviços, o

consumidor analisa os prós e os contras de cada opção.

4 – Decisão: O consumidor decide ou não pela compra.

5 – Comportamento pós-compra: O consumidor procura confirmar se fez a melhor

opção de compra.

O processo de decisão de compra pode ser visualizado de uma forma mais clara

através da figura 3.

Figura 3 - Processo de decisão de compra Fonte: Fonte: Kotler e Keller, 2006, p. 189.

34

A análise do comportamento do consumidor compreende o entendimento sobre

alguns aspectos que nele exercem influência. Segundo Kotler e Keller (2006, p.

172), o comportamento de compra do consumidor é influenciado por fatores

culturais, sociais, pessoais e psicológicos, sendo que os fatores culturais exercem a

maior e mais profunda influência. Os principais fatores que influenciam o

comportamento do consumidor que serão abordados neste trabalho podem ser

visualizados na figura 4.

Figura 4 - Fatores que influenciam o comportamento do consumidor Fonte: Fonte: Kotler, 1998, p.163.

4.3.1.1 Fatores culturais

De acordo com Kotler e Armstrong (2004, p.120), “a cultura é o principal

determinante dos desejos e do comportamento de uma pessoa”. Conforme o autor

todo grupo ou sociedade possui uma cultura, e esta por conseqüência influencia o

comportamento de compra do consumidor. Mudanças culturais influenciam a criação

de novos mercados. O autor cita como exemplo as mudanças culturais relacionadas

com a preocupação com a saúde que fez com que as empresas criassem produtos

específicos para este público, como equipamentos de ginástica e alimentos naturais.

“Cultura, subcultura e classe social são fatores particularmente importantes no

comportamento de compra. A cultura é o principal determinante do comportamento

e dos desejos de uma pessoa. À medida que cresce, a criança absorve certos

35

valores, percepções, preferências e comportamentos de sua família e de outras

instituições.” (SCHIFFIMAN; KANUK apud KOTLER; KELER, 2006, p. 173)

“Cada cultura é composta por subculturas que fornecem identificação e

socialização mais específicas para seus membros. Entre as subculturas estão as

nacionalidades, as religiões, os grupos e as regiões demográficas.” (KOTLER;

KELLER, 2006, p. 173)

“[...] classes sociais, divisões relativamente homogêneas e duradouras de uma

sociedade que são hierarquicamente ordenadas e cujos integrantes possuem

valores, interesses e comportamentos similares. Uma representação clássica das

classes sociais nos Estados Unidos identifica sete níveis: (1) baixa, (2) baixa alta, (3)

média baixa, (4) média, (5) média alta, (6) alta, (7) alta-alta.” (COLEMAN apud

KOTLER; KELLER, 2006, p. 176)

4.3.1.2 Fatores sociais

Segundo Kotler e Keller (2006, p. 176), os fatores sociais são divididos em:

grupos de referência, família, papéis sociais e status.

4.3.1.2.1 Grupos de referência

A sociedade impõe uma forte influência cultural nas decisões de compra do

consumidor, o mesmo sempre vai seguir um padrão comportamental relacionado ao

grupo onde vive.

Os grupos de referência são aqueles que exercem alguma influência direta (face a face) ou indireta sobre as atitudes ou o comportamento de uma pessoa. Os grupos que exercem influência direta são: chamados grupos de afinidade. Alguns grupos de afinidade são primários, como família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho, com os quais se interage contínua e informalmente. As pessoas também pertencem a grupos secundários, como grupos religiosos e profissionais ou associações de classe, que normalmente são formais e exigem menor interação contínua. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 177, grifo do autor).

4.3.1.2.2 Família

Segundo Spiro apud Kotler e Keller (2006, p. 177), a família é a mais importante

organização de compra de produtos de consumo na sociedade, e seus membros

constituem o grupo de referência primário mais influente.

36

“Podemos distinguir duas famílias na vida do comprador. Primeiro, a família de orientação, que consiste nos pais e irmãos. Dos pais, a pessoa adquire determinada orientação em relação a religião, política e economia, além de certa noção de ambição pessoal, auto-estima e amor.” (PALAN; WILKES apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 177, grifo do autor).

De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 177), ainda que o comprador não interaja

mais com tanta freqüência com seus pais, a influência deles sobre seu

comportamento pode continuar significativa. Nos países em que os pais moram na

casa dos filhos adultos, sua influência pode permanecer substancial. Uma influência

mais direta no comportamento de compra diário é a chamada família de procriação,

ou seja, o cônjuge e os filhos.

4.3.1.2.3 Papéis e status

Englobando características relacionadas a personalidade do indivíduo, a posição

do mesmo na sociedade é um fator determinante para se prever possíveis

comportamentos de compra.

Cada um de nós participa de muitos grupos - família, clubes e organizações. A posição da pessoa em cada grupo pode ser definida em termos de papéis e status. Um papel consiste nas atividades esperadas que uma pessoa deve desempenhar. Cada papel carrega um status. Um diretor de marketing possui mais status que um gerente de vendas, e um gerente de vendas possui mais status que um auxiliar de escritório. As pessoas escolhem produtos que comunicam seu papel e seu status, real ou desejado, na sociedade. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 179, grifo do autor).

4.3.2 Fatores pessoais

Segundo Kotler e Keller (2006, p. 178), as decisões do comprador também são

influenciadas por características pessoais, como idade e estágio no ciclo de vida,

ocupação, circunstâncias econômicas, personalidade, auto imagem, estilo de vida e

valores.

4.3.2.1 Idade e estágio no ciclo de vida

“As pessoas compram diferentes artigos e serviços durante a vida. O gosto no

que diz respeito a roupas, móveis e lazer em geral se relaciona à idade. Os padrões

de consumo são moldados de acordo com o ciclo de vida da família e com o

37

número, a idade e o sexo de seus membros em qualquer ponto no tempo.”

(KOTLER; KELLER, 2006, p. 179).

4.3.2.2 Ocupações e circunstâncias econômicas

Segundo Kotler e Keller (2006, p. 180), a ocupação influencia o padrão de

consumo de uma pessoa. Um operário comprará roupas de trabalho, sapatos de

trabalho e marmitas. Um presidente de empresa comprará ternos caros, passagens

de avião, títulos de clubes exclusivos. Os profissionais de marketing tentam

identificar os grupos de ocupação que possuem interesses comuns em seus

produtos e serviços. Uma empresa pode até se especializar em produtos para certos

grupos ocupacionais.

4.3.2.3 Personalidade e auto imagem

De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 181), cada um de nós tem características

de personalidade que influenciam nosso comportamento de compra. Quando

usamos o termo personalidade, queremos dizer traços psicológicos distintos que

levam a reações relativamente coerentes e contínuas a um estímulo do ambiente.

Em geral, a personalidade é descrita em termos de características como

autoconfiança, domínio, autonomia, submissão, sociabilidade, postura defensiva e

adaptabilidade.

Conforme Sirgy, apud Kotler e Keller (2006, p. 181), o consumidor escolhe e usa

marcas com personalidade coerente com sua auto-imagem real (como essa pessoa

se vê), embora em alguns casos a personalidade possa corresponder a sua auto-

imagem ideal (como essa pessoa gostaria de se ver), ou mesmo a sua auto-imagem

de acordo com os outros (como ela pensa que os outros a vêem).

4.3.2.4 Estilo de vida e valores

“Um estilo de vida é o padrão de vida de uma pessoa expresso por atividades,

interesses e opiniões. O estilo de vida representa a 'pessoa por inteiro', interagindo

com seu ambiente.” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 181, grifo do autor).

38

4.3.3 Fatores psicológicos

Entre os principais fatores psicológicos que serão abordados, é possível citar: as

motivações, as percepções e a aprendizagem.

4.3.3.1 Motivação

A motivação refere-se a um estado alterado de uma pessoa, o qual conduz a um

comportamento voltado a um objeto.” (ATKINSON; ATKINSON apud MOWEN;

MINOR, 2004, p. 90).

Outra definição de motivação seria:

A motivação refere-se aos processos que fazem com que as pessoas se comportem do jeito que se comportam. Ocorre quando uma necessidade é despertada e o consumidor deseja satisfazê-la. Uma vez que uma necessidade é ativada, um estado de tensão impulsiona o consumidor a tentar reduzir ou eliminar a necessidade. (SOLOMON, 2002, p. 95).

Conforme Kotler e Keller (2006, p. 183), cada um de nós possui muitas

necessidades o tempo todo. Algumas necessidades são fisiológicas; elas surgem de

estados de tensão fisiológicos, como fome, sede e desconforto. Outras

necessidades são psicológicas, decorrentes de estados de tensão psicológicos,

como necessidade de reconhecimento, estima ou integração. Uma necessidade

passa a ser um motivo quando alcança determinado nível de intensidade. Um motivo

é uma necessidade que é suficientemente importante para levar a pessoa a agir.

4.3.3.2 Percepção

“Caracteriza-se pelo processo pelo qual uma pessoa seleciona, organiza e

interpreta as informações recebidas do ambiente.” (CZINKOTA; et al, 2001, p.142).

Segundo Kotler e Keller (2006, p. 184), as pessoas podem ter diferentes

percepções do mesmo objeto devido a três processos: atenção seletiva, distorção

seletiva e retenção seletiva.

4.3.3.2.1 Atenção seletiva

De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 184), as pessoas são expostas em

média a mais de 1.500 anúncios ou comunicações de marca por dia. Como não é

possível prestar atenção em todos, a maioria dos estímulos é filtrada por um

39

processo chamado atenção seletiva. Embora filtrem grande parte dos estímulos do

ambiente, as pessoas são influenciadas por estímulos inesperados, como ofertas

repentinas recebidas pelo correio, pelo telefone ou de um vendedor. Portanto, para

transpor os filtros de atenção, as empresas devem tentar promover suas ofertas de

maneira intrusiva.

4.3.3.2.2 Distorção seletiva

“A distorção seletiva é a tendência que temos de transformar a informação em

significados pessoais e interpretá-Ia de modo que se adapte a nossos

prejulgamentos.” (RUSSO, MELOY; WILKS apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 185,

grifo do autor).

4.3.3.2.3 Retenção seletiva

Conforme Kotler e Keller (2006, p. 185), as pessoas esquecem muito do que

vêem, mas tendem a reter informações que confirmam suas crenças e atitudes. Isso

acontece devido à retenção seletiva que nos faz propensos a lembrar os pontos

positivos mencionados a respeito de um produto de que gostamos e a esquecer os

pontos positivos expostos a respeito de produtos concorrentes.

4.3.3.3 Aprendizagem

De acordo com Czinkota; et al (2001, p. 144), o aprendizado é uma alteração no

conteúdo da memória de longo prazo. O consumidor apreende porque aquilo que

apreende o auxilia a responder melhor ao meio em que vive. Por exemplo, um

consumidor que compra um produto que se demonstra de baixa qualidade,

apreende que não se deve mais comprar produtos daquela empresa.

Outra definição para aprendizagem seria:

A aprendizagem consiste em mudanças no comportamento de uma pessoa decorrentes da experiência. A maior parte do comportamento humano é aprendida, Os teóricos da aprendizagem acreditam que ela nasce da interação entre impulsos, estímulos, sinais, respostas e reforços. Um impulso é um forte estímulo interno que impele à ação. Os sinais são estímulos menores que determinam quando, onde e como a pessoa reage. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 185, grifo do autor).

40

4.4 Serviços

Os serviços estão em todos os lugares, e representam uma grande fonte de

renda para as empresas. Segundo Czinkota, (2001, p.262), os serviços são

diferenciados dos bens por sua característica de intangibilidade, ou seja, não

possuem propriedades físicas que poderiam ser tocadas, sentidas, e avaliadas pelos

consumidores antes da compra.

“Serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma

parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada. A execução

de um serviço pode estar ou não ligada a um produto concreto.” (KOTLER; KELLER,

2006, p. 397, grifo do autor).

4.4.1 Características dos serviços

4.4.1.1 Intangibilidade

“Ao contrário dos produtos físicos, os serviços não podem ser vistos, sentidos,

ouvidos, cheirados ou provados antes de adquiridos.” (KOTLER; KELLER, 2006, p.

399).

A fim de reduzir essa incerteza, os compradores procuram por sinais ou evidências da qualidade do serviço. Deduzem a qualidade com base nas instalações, nas pessoas, nos equipamentos, no material de comunicação, nos símbolos nos preços percebidos. Por isso, a tarefa do prestador de serviços é 'administrar as evidências', para 'deixar tangível o intangível'. (LEVITT apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 399).

4.4.1.2 Inseparabilidade

Uma das características mais marcantes dos serviços é o fato de que não se

consegue guardá-los, para o uso posterior. Os serviços são executados e

consumidos em tempo real.

[...] os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente. Esse mesmo princípio não se aplica aos bens materiais, que são fabricados, estocados, distribuídos por incontáveis revendedores e só então consumidos. Além disso, a pessoa encarregada de prestar o serviço é parte dele. Como o cliente também está presente enquanto o serviço é executado, a interação prestador de serviços-cliente é uma característica especial do marketing de serviços. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 400).

41

4.4.1.3 Variabilidade

Segundo Kotler e Keller (2006, p. 400), como os serviços dependem de por

quem, onde e quando são fornecidos, os serviços são altamente variáveis. Por

exemplo, alguns médicos são muito afáveis, outros nem tanto. Alguns cirurgiões têm

muito sucesso ao realizar determinada cirurgia, outros nem tanto. Os compradores

de serviços conhecem essa variabilidade e muitas vezes se informam com outros

compradores antes de decidir por um prestador. Para controlar a qualidade, as

empresas de prestação de serviços podem tomar três providências: investir em bons

processos de contratação e treinamento, padronizar o processo de execução do

serviço em toda a organização, acompanhar a satisfação do cliente.

4.4.1.4 Perecibilidade

De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 401), os serviços não podem ser

estocados. A perecibilidade dos serviços não é um problema quando a demanda é

estável. Porém, quando a demanda oscila, as empresas prestadoras de serviços

têm problemas. Existem várias estratégias para estabelecer um equilíbrio melhor

entre demanda e oferta em uma empresa prestadora de serviços, em relação à

demanda, é possível citar: Preços diferenciados e sistemas de reserva. Em relação

a oferta é possível citar: Funcionários que trabalham meio período e uma maior

participação do cliente.

4.5 Pesquisa de marketing

A busca por informações sobre o mercado alvo é essencial para o

desenvolvimento de uma boa estratégia de marketing e para a redução do risco na

tomada de decisões. Contudo os profissionais de marketing, muitas vezes não

conseguem obter determinadas informações do mercado, o que faz com que os

mesmos recorram à uma pesquisa de marketing.

42

4.5.1 Definição de pesquisa de marketing

“Pesquisa de marketing é a identificação, coleta, análise e disseminação de

informações de forma sistemática e objetiva visando melhorar a tomada de decisões

relacionadas à identificação e solução de problemas (e oportunidades) em

marketing.” (MALHOTRA, 2001, p. 45, grifo do autor)

De acordo com Kotler e Armstrong (2004, p. 94), a pesquisa de marketing pode

ser definida como “a elaboração, a coleta, a análise e a edição de relatórios

sistemáticos de dados relevantes sobre uma situação específica de marketing com a

qual uma organização se depara”. Segundo o autor, as pesquisas abrangem uma

grande variedade de assuntos, como o potencial do mercado, a participação de

mercado, avaliação da satisfação e comportamento de compra do consumidor e

estudos sobre a determinação de produtos, preços, distribuição e promoção.

Segundo Malhotra (2001, p. 45), a pesquisa de marketing é objetiva e procura

fornecer informações precisas que reflitam uma situação verdadeira. Deve ser

executada de forma imparcial. Embora seja sempre influenciada pela filosofia de

trabalho do pesquisador, deve ser isenta das inclinações pessoais ou políticas do

pesquisador ou da gerência. A pesquisa de marketing é dividida em seis etapas que

define as tarefas a serem executadas na realização de um estudo de pesquisa de

marketing. Elas incluem definição do problema, elaboração de uma abordagem,

formulação do projeto de pesquisa, trabalho de campo, preparação e análise dos

dados e elaboração e apresentação do relatório.

4.5.1.1 Definição do Problema

De acordo com Malhotra (2001, p. 56), a primeira etapa de um projeto de

pesquisa de marketing é a definição do problema de pesquisa. Quando o

pesquisador iniciar a pesquisa deverá ficar atento a questões como:

[...] a finalidade do estudo, as informações de fundo relevantes, que informações são necessárias e como elas serão usadas na tomada de decisões. A definição do problema envolve discussões com os responsáveis pelas decisões, entrevistas com peritos da indústria, análise de dados secundários e, talvez, alguma pesquisa qualitativa, como grupos de foco. (MALHOTRA, 2006, p.56).

43

4.5.1.2 Elaboração de uma abordagem do problema

Como o problema vai ser estudado, deve ser uma das principais preocupações

do pesquisador, pois essa questão influencia as outras fases da pesquisa.

Esta etapa inclui a formulação de um objetivo ou estrutura teórica, modelos analíticos, perguntas de pesquisa, hipóteses e a identificação de características ou fatores capazes de influenciar a concepção da pesquisa. Este processo é guiado por discussões com gerentes e peritos da indústria, estudos de casos e simulações, análise de dados secundários, pesquisas qualitativas e considerações pragmáticas. (MALHOTRA, 2006, p.56).

4.5.1.3 Concepção da pesquisa

Segundo Malhotra (2001, p. 56), ela detalha os procedimentos necessários à

obtenção das informações requeridas e sua finalidade é criar um estudo que irá

testar as hipóteses de interesse, determinar as possíveis respostas às perguntas da

pesquisa e proporcionar as informações necessárias para a tomada de decisões.

Em termos gerais, a concepção da pesquisa envolve os seguintes passos:

• Análise de dados secundários

• Pesquisa qualitativa

• Métodos de coleta de dados quantitativos (pesquisa, observação e

experimentação)

• Procedimentos de medição e escalonamento

• Criação do questionário

• Processo de amostragem e tamanho da amostra

• Plano de análise dos dados

4.5.1.4 Trabalho de campo ou coleta de dados

“A coleta de dados envolve uma força ou equipe de campo que opera no campo,

como no caso das entrevistas pessoais (em domicílio, shopping centers ou pessoal

assistida por computador), por telefone, pelo correio (tradicionais e pesquisas de

painéis pelo correio com domicílios pré-recrutados) ou eletronicamente (e-mail ou

Internet).” (MALHOTRA, 2001, p. 56)

44

4.5.1.5 Preparação e análise de dados

Essa fase da pesquisa consiste na inspeção dos dados, e a sua posterior

conversão em dados digitais.

A preparação dos dados inclui sua edição, codificação, transcrição e verificação. Cada questionário ou formulário de observação é inspecionado, ou editado e, se necessário, corrigido. Códigos numéricos ou de letras são atribuídos para representar cada resposta a cada pergunta no questionário. Os dados dos questionários são transcritos ou passados para fitas ou discos magnéticos ou diretamente para o computador. (MALHOTRA, 2001, p. 57)

4.5.1.6 Preparação e apresentação do relatório

Caracterizada como a última fase do processo de pesquisa de marketing, onde

os dados são organizados de forma a torná-los apresentáveis.

O projeto inteiro deverá ser documentado em um relatório escrito que cubra as perguntas específicas identificadas, descreva a abordagem, a concepção da pesquisa, a coleta de dados e os procedimentos de análise de dados adotados e apresente os resultados e as principais constatações. Estas deverão ser apresentadas de forma que possam ser usadas prontamente no processo de tomada de decisões. Além disso, deverá ser feita uma apresentação verbal à gerência com o uso de tabelas, figuras e gráficos para aumentar a clareza e o impacto. . (MALHOTRA, 2001, p. 57-58)

5 MÉTODO

Este capítulo é dedicado a descrever os métodos e técnicas de pesquisa

utilizados neste trabalho. Este estudo basicamente compreende a aplicação de dois

métodos de pesquisa, a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa, conforme

será descrito a seguir.

5.1 Caracterização do tipo de estudo

De acordo com a classificação de pesquisa proposta por Vergara (1998, p. 48), a

pesquisa pode ser dividida em dois critérios:

• Quanto aos fins, a pesquisa foi exploratória e descritiva. Exploratória porque

será realizada com os cursos de extensão, que mesmo sendo tão importantes

para o Unilasalle, ainda são uma área na qual se tem pouco conhecimento

sobre a opinião do público alvo. Descritiva, porque tem como objetivo

descrever características como as motivações e as expectativas do público

alvo dos cursos de extensão.

• Quanto aos meios, foi utilizada a pesquisa de campo, porque se faz

necessário coletar dados primários junto ao público alvo, para posterior

análise, visando-se atingir os objetivos finais do estudo.

46

5.2 População alvo

Segundo Vergara (1998, p. 50), a população alvo é composta pelos sujeitos de

pesquisa que são as pessoas que fornecerão os dados necessários para se compor

a pesquisa.

5.2.1 População alvo da pesquisa qualitativa

Na fase qualitativa da pesquisa foram entrevistados 28 alunos do Unilasalle,

escolhidos ao acaso, que correspondem a cerca de 6% da amostra da pesquisa

quantitativa. Buscou-se uma diversidade de informações, que quando começaram a

se repetir, verificou-se que já era suficiente. É importante destacar que o

pesquisador procurou entrevistar alunos que não conhecia, com o intuito de não

prejudicar a veracidade das informações coletadas.

5.2.1 População alvo da pesquisa quantitativa

Na fase quantitativa da pesquisa foram entrevistados 456 alunos do Unilasalle

de 27 cursos diferentes. O número de alunos por curso a ser entrevistado foi

delimitado utilizando-se as informações do quadro 1 e a metodologia proposta por

(Viali, 2007), onde através das fórmulas da figura 5, foi proposto um erro de 5%,

chegando-se assim a uma amostra de 374 alunos.

Figura 5- Fórmulas utilizadas na amostragem Fonte: Viali, 2007.

nØ = 1 e²

n = nØ x N nØ + N

nØ - Amostragem para população infinita e - Erro

n - Amostragem para população finita nØ - Amostragem para população infinita N - População

nØ = 1 = 400 (0,05)²

n = 400 x 5737 = 374 400 + 5737

47

Quadro 1 - Amostragem por curso

Curso Nº. de alunos Percentual Amostra

Administração 946 16% 62

Ciência da computação 311 5% 20

Ciências biológicas 282 5% 18

Ciências contábeis 251 4% 16

Ciências econômicas 107 2% 7

Computação - licenciatura 86 1% 6

Tecnologia em processos gerenciais 92 2% 6

Tecnologia em redes de computadores 91 2% 6

Direito 507 9% 33

Educação física 550 10% 36

Enfermagem 235 4% 15

Engenharia ambiental 50 1% 3

Engenharia de telecomunicações 99 2% 6

Filosofia 51 1% 3

Física 57 1% 4

Fisioterapia 199 3% 13

Geografia 110 2% 7

História 165 3% 11

Letras 265 5% 17

Matemática 107 2% 7

Nutrição 165 3% 11

Pedagogia 466 8% 30

Psicopedagogia clínica e institucional 117 2% 8

Química 214 4% 14

Relações internacionais 127 2% 8

Teologia 43 1% 3

TOTAL 5737 100% 374

Fonte: Unilasalle, 2007.

48

5.3 Coleta de dados

Como no trabalho em questão, serão feitas duas pesquisas, uma qualitativa e

outra quantitativa. A coleta de dados obviamente também será dividida em duas

partes. Nesta seção serão apresentadas as técnicas utilizadas para a obtenção das

informações necessárias para o desenvolvimento deste trabalho. Segundo Roesch

(1999, p. 128), o dado coletado delimita as possibilidades de análise, ou seja, o

pesquisador deve imaginar como fará a descrição e análise dos dados antes de

coletar os mesmos. Isso faz com que o pesquisador repense e seja mais crítico na

coleta dos dados.

5.3.1 Coleta de dados da fase qualitativa

Na pesquisa qualitativa foram realizadas pessoalmente 28 entrevistas individuais

com os alunos dos cursos de graduação do Unilasalle. Segundo Vergara (1998, p.

52), a entrevista caracteriza-se como um procedimento onde o entrevistador faz

perguntas a alguém que oralmente lhe responde. As entrevistas foram realizadas

em 4 dias, sendo que no primeiro dia foram realizadas apenas 4 entrevistas como

pré-teste. Após analisadas, verificou-se que não havia a necessidade de modificá-

las. Sendo assim, foi dado continuação da coleta. As entrevistas foram realizadas

cerca de uma hora antes do início das aulas em diferentes pontos do Unilasalle,

como por exemplo, nos prédios 1, 5 e 4, e no laboratório de informática. Todas as

entrevistas foram gravadas. Este método permitiu que os entrevistados pudessem

responder a entrevista de forma mais rápida e descontraída, fato que proporcionou

respostas mais elaboradas. As perguntas utilizadas nesta fase da pesquisa podem

ser visualizadas no Apêndice A.

5.3.2 Coleta de dados da fase quantitativa

Na pesquisa quantitativa os dados foram coletados utilizando um questionário

fechado. Segundo Vergara (1998, p. 52), o questionário caracteriza-se por uma série

de questões apresentadas ao respondente, por escrito. O questionário foi aplicado a

456 alunos dos 27 cursos de graduação do Unilasalle. A aplicação dos questionários

começou a ser realizada em uma segunda-feira quando foi realizado um pré-teste

49

com 10 alunos, no laboratório de informática e no prédio 1. Na terça-feira, os

questionários do pré-teste foram verificados em busca de possíveis falhas. No

entanto, o mesmo não precisou ser modificado. Com a posse de informações sobre

a localização das salas dos alunos dos cursos abordados, nome do professor e

quantidade de alunos, fornecidas pelo apoio acadêmico do Unilasalle, na quarta-

feira foi iniciada a pesquisa. Visando atingir uma parcela de todos os cursos, a

pesquisa foi realizada à noite e pela manhã, pois existem certos cursos, como por

exemplo, os cursos de Fisioterapia e Teologia, que são oferecidos somente no

período da manhã. Na aplicação da pesquisa foi utilizado o seguinte método: o

pesquisador se dirigia para a sala escolhida previamente. Chegando lá apresentava

para o professor a proposta da pesquisa e deixava com o mesmo um envelope com

um número adequado de formulários. O professor era rapidamente instruído a

distribuir o questionário, e no final de sua aula devolver o envelope contendo os

questionários no apoio acadêmico, onde o mesmo seria retirado posteriormente pelo

pesquisador. Ressaltando que a frente do envelope continha todas as informações

que o professor por ventura necessitasse, (Essas informações podem ser

encontradas no Apêndice C). Portanto, aos professores coube somente a tarefa de

distribuir os questionários, pois nos mesmos os respondentes encontraram as

instruções para o preenchimento.

A maioria dos questionários foi aplicada na quarta-feira e na quinta-feira,

restando apenas 2 cursos para serem abordados na sexta-feira. Na medida que, os

questionários eram recolhidos, já era feito um levantamento se o questionarios

estavam devidamente preenchidos, e a quantidade que tinha retornado. No caso de

não se completar a quantidade necessitada, os questionários remanescentes eram

deslocados para outra sala do mesmo curso, repetindo o procedimento caso

necessário. Ao todo foram utilizados 535 questionários, dos quais retornaram 493.

Destes 493 questionários, restaram 456, sendo o restante excluído devido ao

preenchimento incorreto, ressaltando que foram contabilizados apenas os

questionários que apresentavam os 3 primeiros blocos totalmente preenchidos. O

questionário que foi utilizado na pesquisa quantitativa pode ser visualizado no

Apêndice D deste trabalho.

50

5.4 Análise dos dados

De posse do número de questionários determinado, os dados obtidos com os

mesmos foram inseridos em softwares apropriados, como o Excel e o SPSS,

tornando assim os dados digitais, aumentando consideravelmente as possibilidades

de análise. Com os dados armazenados, foi realizada uma análise diferente para

cada tipo de pesquisa, conforme é possível visualizar abaixo.

5.4.1 Análise dos dados da pesquisa qualitativa

Na parte qualitativa da pesquisa foi utilizado o método da análise de conteúdo,

que segundo Webber, apud Vergara (1999, p. 169), usa uma série de procedimentos

para classificar palavras, frases, ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo,

para posteriormente serem analisados. De acordo com essa filosofia os dados

levantados com a pesquisa qualitativa, foram divididos de acordo com as

características que tinham em comum.

Com o uso de tabelas e quadros as informações foram divididas em 3

categorias: a inicial, representando o que se busca na resposta; a intermediária, que

é a resposta (atributos), e a final, onde as respostas são divididas em categorias de

acordo com a natureza de cada atributo. Ressaltando que os dados foram divididos

de acordo com a realização ou não dos cursos de extensão. Esta distinção foi feita

com o intuito de se identificar atributos que fossem relevantes para este estudo.

5.4.2 Análise dos dados da pesquisa quantitativa

Na parte quantitativa da pesquisa, segundo Roesch (1999, p. 149), é

conveniente se utilizar métodos estatísticos com ajuda de computadores para a

análise dos dados. De acordo com Roesch (1999, p.151), os dados de natureza

nominal ou categórica não podem ser somados ou multiplicados, ou seja, deve-se

apenas verificar a freqüência e calcular o percentual de cada categoria ou subgrupo

em relação ao total.

Os dados da pesquisa quantitativa foram analisados com a utilização de dois

tipos de software, o Excel e o SPSS.

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo serão apresentadas e analisadas as informações obtidas a partir

da aplicação das pesquisas qualitativa e quantitativa, realizadas com os alunos do

Unilasalle.

6.1 Análise da pesquisa qualitativa

O resultado da pesquisa qualitativa com os alunos do Unilasalle foi dividido em

duas categorias distintas. Desta forma, a pesquisa foi realizada com os alunos que

já haviam realizado algum curso de extensão, e também com aqueles que ainda não

haviam realizado nenhum curso até aquele momento. Contudo, mesmo não tendo

realizado nenhum curso, os alunos entrevistados demonstraram ter algum

conhecimento sobre a sistemática dos cursos.

A pesquisa qualitativa, de acordo com a tabela 1, foi realizada com 28 alunos de

diferentes cursos, ressaltando que a escolha dos candidatos foi aleatória. Dos 28

alunos, 17 (60,7%), já haviam realizado algum curso de extensão e 11 (39,3), ainda

não tinham realizado nenhum curso até o dia da entrevista.

52

Tabela 1 - Amostra da pesquisa qualitativa

AMOSTRA DA PESQUISA QUALITATIVA

Alunos Citações Percentual

Alunos que já realizaram cursos de extensão 17 60,7%

Alunos que ainda não realizaram cursos de extensão 11 39,3%

Total da amostra 28 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Do total dos alunos entrevistados que já realizaram cursos de extensão, 5

(29,4%), são do sexo masculino e 12 (70,6), são do sexo feminino, conforme é

possível visualizar na tabela 2.

Tabela 2 - Sexo dos alunos que já realizaram curso de extensão

SEXO DOS ALUNOS QUE JÁ REALIZARAM CURSO DE EXTENSÃO

Sexo Número de alunos Percentual

Masculino 5 29,4%

Feminino 12 70,6%

Total 17 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Do total dos alunos entrevistados que não realizaram cursos de extensão, 4

(36,4%), são do sexo masculino e 7 (63,6%), são do sexo feminino, de acordo com a

tabela 3.

Tabela 3 - Sexo dos alunos que não realizaram cursos de extensão

SEXO DOS ALUNOS QUE NÃO REALIZARAM CURSO DE EXTENSÃO

Sexo Número de alunos Percentual

Masculino 4 36,4%

Feminino 7 63,6%

Total 11 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

53

No total da amostra, 9 (32,1%), alunos são do sexo masculino e 19 (32,1%), são

do sexo feminino, conforme é possível visualizar na tabela 4.

Tabela 4 - Sexo da amostra

SEXO DA AMOSTRA

Sexo Número de alunos Percentual

Masculino 9 32,1%

Feminino 19 32,1%

Total 28 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007. Como já foi comentado anteriormente, as entrevistas ocorreram de forma

aleatória, ou seja, os alunos foram escolhidos ao acaso. As entrevistas foram

realizadas no decorrer de uma semana, sendo feitas em diferentes locais do campus

do Unilasalle. No total, a pesquisa qualitativa contou com a participação de 12

diferentes cursos, como pode-se observar na tabela 5.

54

Tabela 5 - Cursos abrangidos

CURSOS ABRANGIDOS

Curso Número de alunos Percentual

Administração 2 7,1%

Biologia 3 10,7%

Ciências Contábeis 4 14,3%

Direito 2 7,1%

Engenharia de Telecomunicações 2 7,1%

Física 1 3,6%

Fisioterapia 1 3,6%

Geografia 1 3,6%

Letras 3 10,7%

Matemática 2 7,1%

Pedagogia 3 10,7%

Química 4 14,3%

Total 28 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007. O questionário da entrevista qualitativa é composto por 5 perguntas principais,

conforme apêndice A. Com essas perguntas se busca basicamente identificar, as

expectativas, as necessidades, as motivações e as resistências dos alunos do

Unilasalle, em relação aos cursos de extensão.

Para os alunos que já realizaram os cursos de extensão do Unilasalle, uma das

principais expectativas citadas, foi a de adquirir conhecimento profissional, com 5

citações. Sendo que este e outros atributos relacionados à expectativa dos alunos,

podem ser visualizados dentro da categoria intermediária do quadro 2, no qual os

números apresentados entre parênteses correspondem ao número de vezes que

foram citados pelos entrevistados.

55

Quadro 2 - Expectativas dos alunos que já realizaram os cursos de extensão

EXPECTATIVAS DOS ALUNOS QUE JÁ REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Adquirir conhecimento profissional (5) Se aprofundar em assuntos relacionados a área (4)

Ser específico na área (1)

Atualidades sobre a disciplina (1)

Relacionado à área

Aumentar os conhecimentos (4)

Aprender mais (3)

Aprender sobre novos assuntos (2)

Aprendizado em geral (1)

Aprendizagem em geral

Especialização (1)

Aprimoramento (2) Aperfeiçoamento

Maior número de cursos (2)

Variedade dos cursos

Revisar conteúdos já aprendidos (1)

Formação acadêmica (1)

Apoio a formação acadêmica

Contato com os professores (1)

Interação professor / aluno

Expectativas

Poder utilizar na vida pessoal (1)

Aprendizado aplicável na prática

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Além do conhecimento profissional, foram citados outros atributos relacionados à

expectativa, como, se aprofundar em assuntos relacionados á área e aumentar os

conhecimentos, com 4 citações cada. Os alunos também esperam aprender mais,

com 3 citações; um maior número de cursos; aprimoramento; e aprender mais sobre

novos assuntos, todos com 2 citações cada.

Também foram citados o fato do curso ser específico na área; revisar conteúdos

já aprendidos; o contato com os professores; a formação acadêmica; a

especialização; atualidades sobre a disciplina; aprendizado em geral e a utilidade do

56

curso na vida pessoal, com uma citação apenas para cada um destes atributos. De

maneira geral as expectativas dos alunos em relação aos cursos de extensão do

Unilasalle giram em torno do assunto estar relativamente relacionado à área e à

busca por aprendizado em geral.

Já para os alunos que ainda não realizaram os cursos de extensão, a maior

expectativa é realmente aprender mais, com 4 citações, como pode ser visualizado

no quadro 3.

Quadro 3 - Expectativas dos alunos que ainda não realizaram os cursos de extensão

EXPECTATIVAS DOS ALUNOS QUE AINDA NÃO REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Aprender mais (4)

Conhecer técnicas e teorias inovadoras (1) Informação e conhecimento (1)

Aprendizagem em geral

Ser específico na área (2)

Aprender sobre assuntos não vistos na graduação (1) Aplicação na prática profissional (1) Preparação para o mercado de trabalho (1) Adquirir experiência na profissão (1)

Relacionado a área

Professor qualificado (1)

Curso bem elaborado (1)

Qualificação dos professores

Aprendizado rápido (1)

Assuntos mais básicos e específicos (1)

Aprendizado rápido

Complemento nos estudos (1)

Complemento para graduação

Expectativas

Mais voltado para educação (1)

Educação (experiência em sala de aula)

Fonte: Coleta de dados, 2007.

57

Além de aprender mais, os alunos que ainda não realizaram os cursos de

extensão buscam cursos que sejam específicos na área, sendo esta opção citada 2

vezes. Os entrevistados esperam que os cursos sejam bem elaborados, ministrados

por professores qualificados que ofereçam informação e conhecimento sobre

assuntos mais específicos e de forma rápida. Os alunos buscam ainda conhecer

técnicas e teorias inovadoras; aprender sobre assuntos não abordados na

graduação; aplicação na prática profissional; sejam um complemento para os

estudos da graduação, assim como preparar para o mercado de trabalho,

fornecendo experiência para a futura profissão. Especificamente, no caso dos cursos

de licenciatura, os entrevistados esperam que os cursos sejam mais voltados para

educação, fornecendo informações que os auxiliem quando estiverem atuando como

professores dentro da sala de aula.

Os alunos que não realizaram cursos de extensão têm expectativas muito

parecidas com as dos alunos que já realizaram os cursos, como a busca por

assuntos relacionados à área e à aprendizagem em geral. Os alunos que não

realizaram os cursos demonstram maior preocupação com a qualificação dos

professores e uma aprendizagem mais rápida.

Quanto às necessidades, os alunos do Unilasalle que já realizaram os cursos de

extensão afirmam ser mais importante contar com um professor bem qualificado, 4

citações. O curso ter um assunto relativo ao curso e fornecer subsídios para uma

boa aprendizagem e qualificação profissional, também foram citados com boa

freqüência, como é possível visualizar no quadro 4.

58

Quadro 4 - Necessidades dos alunos que já realizaram os cursos de extensão

NECESSIDADES DOS ALUNOS QUE JÁ REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Conhecimento específico na área (2) Qualificação profissional (3)

Ser relativo ao curso (3)

Relacionado a área

Aprendizagem (3)

Aumentar os conhecimentos (2)

Assunto interessante (1)

Aprendizagem em geral

Professor qualificado (4) Qualificação dos professores

Carga horária (1)

Mais opções de horário (2) Horário /duração do curso

Maior número de cursos (1)

Ter mais assuntos (1) Variedade dos cursos

Preço acessível (1) Valor do curso

Ser mais prático que teórico (1)

Ênfase na prática

Recursos físicos e tecnológicos (1)

Recursos físicos e tecnológicos

Necessidades

Boa didática (1) Didática

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Os entrevistados afirmam que entre suas necessidades em relação aos cursos

de extensão estão: mais opções de horário, conhecimentos mais específicos na área

de atuação e aumentar os seus conhecimentos, todos citados duas vezes. Contudo,

itens como boa didática; carga horária; maior número de cursos e assuntos,

juntamente com preço acessível foram citados também como necessários. Recursos

físicos e tecnológicos e a ênfase na prática foram indicados como necessários para

os alunos de cursos que precisam mais da parte prática, como a Engenharia de

Telecomunicações, por exemplo.

59

De certa forma os alunos que já realizaram os cursos de extensão necessitam

basicamente um professor qualificado, aprendizagem e que o curso seja relacionado

à área e forneça qualificação profissional. Já para os entrevistados que ainda não

realizaram os cursos de extensão, a maior necessidade é a variedade de horários,

com 3 observações, como pode ser visualizado no quadro 5.

Quadro 5 - Necessidades dos alunos que não realizaram os cursos de extensão

NECESSIDADES DOS ALUNOS QUE NÃO REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Conteúdo programático atual (1) Tipo de didática do curso (1) Atualidades e novidades da área (1)

Boa didática (2)

Didática

Professor qualificado (2)

Professor comunicativo (2)

Professor atualizado (1)

Qualificação dos professores

Variedade de horários (3) Horários

Ser específico na área (1)

Complemento para o curso (1)

Relacionado à área

Ser mais prático que teórico (1)

Ênfase na prática

Divulgação do curso (1) Divulgação

Necessidades

Preço acessível (1) Valor do curso

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Em seguida, com 2 citações foi classificada a necessidade de o professor ser

qualificado, comunicativo e com uma boa didática. Com apenas uma citação foram

lembrados o conteúdo programático atual; tipo de didática do curso; atualidades e

novidades na área; professor atualizado; ser específico na área e complemento para

o curso. Ainda com uma citação: a necessidade de o curso ser mais prático que

teórico, a divulgação do curso, e o preço acessível. Como é possível verificar as

60

necessidades dos alunos que já realizaram os cursos e daqueles que ainda não o

fizeram, são muito parecidas.

Entre as principais motivações dos alunos que já realizaram os cursos de

extensão pode-se citar: as atividades complementares, com 8 citações, que são

exigidas pela maioria dos cursos para o aluno poder se formar. Com 5 citações é

possível citar: aumentar os conhecimentos e em seguida com 4 citações, se

aprofundar em assuntos relacionados à área. Atualização profissional e

especialização foram lembradas 2 vezes cada, como pode ser observado no quadro

6.

Quadro 6 - Motivação dos alunos que já realizaram os cursos de extensão

MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS QUE JÁ REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Atividades complementares (8)

Enriquecer o currículo (1)

Atividades complementares

Aumentar os conhecimentos (5)

Debater novas idéias (1)

Aprender sobre novos assuntos (1)

Adquirir experiência (1)

Aprendizagem em geral

Se aprofundar em assuntos relacionados à área (4)

Atualização profissional (2)

Qualificação profissional (1) Preparação para o mercado de trabalho (1)

Relacionado à área

Especialização (2)

Aprimoramento (1) Aperfeiçoamento

Motivação

Contato com os professores (1)

Interação professor / aluno

Fonte: Coleta de dados, 2007.

61

Com apenas uma citação foram lembrados: enriquecer o currículo; debater

novas idéias; aprender sobre novos assuntos; adquirir experiência; qualificação

profissional; preparação para o mercado de trabalho; aprimoração e contato com os

professores.

Para os entrevistados que afirmaram não terem realizado cursos de extensão, as

principais motivações seriam: aumentar os conhecimentos, citado 4 vezes, se

aprofundar em determinado tema e agregar conhecimento, lembrados 2 vezes cada.

Como pode ser observado no quadro 7, com uma citação existem 12

percepções. São elas: busca por informação; expandir os conhecimentos;

experiência; atualização; complemento para o curso; enriquecer o currículo;

aprendizado rápido; suprir uma necessidade; formação extra-classe; trocar

experiências; reciclagem profissional e atividades complementares.

62

Quadro 7 - Motivações dos alunos que não realizaram os cursos de extensão

MOTIVAÇÕES DOS ALUNOS QUE NÃO REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Agregar conhecimento (2)

Aumentar os conhecimentos (4)

Busca por informação (1)

Expandir os conhecimentos (1)

Experiência (1)

Atualização (1)

Aprendizagem em geral

Aprendizado rápido (1)

Suprir uma necessidade (1)

Formação extra-classe (1)

Aprendizado rápido

Se aprofundar em determinado tema (2)

Aprofundamento em determinado tema

Complemento para o curso (1)

Enriquecer o currículo (1) Relacionado à área

Atividades complementares (1)

Atividades complementares

Trocar experiências (1) Troca de experiência

Motivação

Reciclagem profissional (1)

Qualificação profissional

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Para os entrevistados que já realizaram os cursos de extensão do Unilasalle, a

principal resistência pode ser o valor do curso, com 8 citações, seguido pelo horário

do curso com 6 opiniões, de acordo com o quadro 8.

63

Quadro 8 - Resistências dos alunos que já realizaram os cursos de extensão

RESISTÊNCIAS DOS ALUNOS QUE JÁ REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Horário do curso (6)

Falta de tempo (2)

Curso aos sábados (2)

Horários

O valor do curso (8) Valor do curso

Assunto pouco atraente (2) Falta de interesse no assunto (1)

Tema do curso

Pouca afinidade com o professor (2) Professor

Resistências

Curso fora da área (1) Não ser relacionado à área

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Outros fatores citados que levariam os alunos a não fazer os cursos de extensão

seriam: o fato de o curso ser aos sábados; falta de tempo; pouca afinidade com o

professor e o assunto ser pouco atraente, todos com 2 observações cada. Com uma

citação foram lembradas a falta de interesse no assunto e o curso estar fora da área.

Para os alunos que não realizaram os cursos de extensão do Unilasalle, as

principais resistências citadas foram: o horário do curso, a falta de tempo e o curso

estar fora da área de atuação do entrevistado, sendo que essas opiniões foram

citadas 4 vezes cada. Conforme é possível visualizar no quadro 9, o valor do curso

foi citado apenas 3 vezes.

64

Quadro 9 - Resistências dos alunos que não realizaram os cursos de extensão

Categoria inicial Categoria intermediária Categoria final

Horário do curso (4)

Falta de tempo (4)

Não ter maior número de cursos no sábado (1)

Horários

Curso fora da área (4) Não ser relacionado à área

O valor do curso (3) Valor do curso

Resistências

Falta de interesse no assunto (1)

Tema do curso

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Com apenas uma citação foram lembradas a falta de interesse no assunto, e o

fato de não existir maior número de cursos aos sábado, fato este que para os alunos

que já realizaram os cursos de extensão, não seria interessante.

O quadro 12, que está localizado no Apêndice B, ilustra um resumo das

categorias finais classificadas, a partir dos atributos mencionados pelos

entrevistados, de acordo com o número de vezes que foram citados (entre

parênteses), ressaltando que o quadro 12 engloba as categorias finais e os atributos

dos alunos que já realizaram os cursos de extensão e daqueles que ainda não

realizaram.

65

6.2 Análise da pesquisa quantitativa

Esta secção dedica-se a apresentar os resultados obtidos a partir do

questionário quantitativo da pesquisa. Através de tabelas e gráficos serão

apresentadas informações relacionadas com: aspectos motivacionais, grau de

importância e sugestões de melhorias, assim como alguns cruzamentos entre as

variáveis abordadas. A seguir é apresentado o perfil do aluno que realiza os cursos

de extensão.

6.2.1 Perfil do aluno

Seguindo a mesma ordem de apresentação das perguntas do questionário, é

possível visualizar na tabela 6 a freqüência e o percentual dos alunos que

realizaram, ou não, os cursos de extensão.

Tabela 6 - Alunos que realizaram, ou não, os cursos de extensão

ALUNOS QUE REALIZARAM, OU NÃO, OS CURSOS DE EXTENSÃO

Realizou Freqüência Percentual

Sim 137 30%

Não 319 70%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Das 456 pessoas que responderam os questionários, 137 (30%) afirmaram que

realizaram algum curso de extensão e 319 (70%) ainda não realizaram os cursos de

extensão, conforme é possível visualizar no gráfico da figura 6.

66

13730,0%

31970,0%

Sim Não

Figura 6 - Participação dos alunos nos cursos de extensão Fonte: Coleta de dados, 2007.

A tabela 7 apresenta o sexo dos alunos, na qual 276 são do sexo feminino e 180

são do sexo masculino.

Tabela 7 - Sexo

SEXO

Sexo Freqüência Percentual

Feminino 276 60,5%

Masculino 180 39,5%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Na figura 7, é apresentado de uma forma mais clara que 60,5% da amostra é do

sexo feminino e que 39, 5% são do sexo masculino.

27660,5%

18039,5%

FemininoMasculino

Figura 7 - Sexo da amostra Fonte: Coleta de dados, 2007.

67

Comparando com os dados fornecidos pelo setor de registro e controle

acadêmico do Unilasalle, que indicam que existem 2.394 alunos do sexo masculino

e 3.292 do sexo feminino, é possível constatar que os valores levantados nesta

pesquisa estão proporcionalmente equilibrados com o universo da amostra,

conforme indica a tabela 8.

Tabela 8 - Relação do sexo da amostra com o do Unilasalle

RELAÇÃO DO SEXO DA AMOSTRA COM O DO UNILASALLE

Sexo Amostra Unilasalle

Freqüência Percentual Freqüência Percentual

Feminino 276 60,5% 3.292 57,9%

Masculino 180 39,5% 2.394 42,1%

TOTAL 456 100% 5.686 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 8 apresenta uma visualização mais clara da relação do sexo

dos alunos entrevistados com o sexo dos alunos do unilasalle.

60,5% 57,9%

39,5% 42,1%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Amostra UnilasalleFeminino Masculino

Figura 8 - Relação do sexo da amostra com o do Unilasalle Fonte: Coleta de dados, 2007, e registro e controle acadêmico do Unilasalle.

A tabela 9 apresenta informações sobre a idade da população-alvo. Com até 20

anos existem 108 pessoas; de 21 a 30 anos, 229 pessoas; de 31 a 40 anos, 81

pessoas, e com mais de 41 anos foram abordadas apenas 38 pessoas.

68

Tabela 9 - Faixa etária

FAIXA ETÁRIA

Idade Freqüência Percentual

Até 20 anos 108 23,7%

De 21 a 30 anos 229 50,2%

De 31 a 40 anos 81 17,8%

Mais de 41 anos 38 8,3%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Através do gráfico da figura 9, é possível visualizar que metade da amostra

(50,2%), está na faixa etária de 21 a 30 anos e que 23,7% têm até 20 anos e o

restante tem mais de 31 anos.

10823,7%

22950,2%

8117,8%

388,3%

Até 20 anos

De 21 a 30 anos

De 31 a 40 anos

Mais de 41 anos

Figura 9 - Faixa etária Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quanto à forma de ingresso, das 456 pessoas da amostra, 391 ingressaram no

Unilasalle através do vestibular, e apenas 65 entraram pela modalidade de ingresso

extra-vestibular, via transferência, conforme é ilustrado na tabela 10.

69

Tabela 10 - Modalidade de ingresso

MODALIDADE DE INGRESSO

Modalidade Freqüência Percentual

Vestibular 391 85,7%

Transferência 65 14,3%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

De acordo com o gráfico da figura 10, a forma de ingresso mais utilizada pelos

alunos do Unilasalle que responderam à pesquisa é pelo processo de vestibular que

corresponde a 85,7%, dos questionários respondidos.

39185,7%

6514,3%

Vestibular

Transferência

Figura 10 - Forma de ingresso Fonte: Coleta de dados, 2007.

A pesquisa foi aplicada a todos os cursos de graduação do Unilasalle, sendo que

os cursos com maior número de alunos são respectivamente: Administração com

14,7%; Educação Física com 9,2%; Direito com 8,6%; Pedagogia com 8,3%. Letras

com 5% e Ciências da Computação e Ciências Biológicas, ambas com 4,4%,

conforme a tabela 11.

70

Tabela 11 - Cursos abrangidos

CURSOS ABRANGIDOS

Modalidade Freqüência Percentual

Administração 67 14,7%

Educação Física 42 9,2%

Direito 39 8,6%

Pedagogia 38 8,3%

Letras 23 5%

Ciência da Computação 20 4,4%

Ciências Biológicas 20 4,4%

Ciências Contábeis 19 4,2%

Química 18 3,9%

Enfermagem 16 3,5%

Fisioterapia 16 3,5%

História 16 3,5%

Outros 122 26,8%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 11 ilustra de uma forma mais clara o percentual

correspondente aos cursos com maior quantidade de alunos entrevistados.

71

6714,7%

429,2% 39

8,6%

388,3%

204,4%20

4,4%194,2%

183,9%

163,5%

163,5%

163,5%

12226,8%

235,0%

Administração Educação Física Direito

Pedagogia Letras Ciência Da Computação

Ciências Biológicas Ciências Contábeis Química

Enfermagem Fisioterapia História

Outros

Figura 11 - Percentual de alunos entrevistados por curso Fonte: Coleta de dados, 2007.

Os 27 cursos do Unilasalle são divididos em bacharelado e licenciatura. Desta

forma dos 456 questionários, 297 assinalaram que o seu curso é classificado como

bacharelado, e 159 afirmaram fazer cursos classificados como de licenciatura,

conforme é possível visualizar na tabela 12.

Tabela 12 - Modalidade dos cursos

MODALIDADE DOS CURSOS

Modalidade Freqüência Percentual

Bacharelado 297 65,1%

Licenciatura 159 34,9%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

De acordo com o gráfico da figura 12, 65,1% dos alunos realizam cursos na

modalidade de bacharelado e 34,9% realizam cursos na modalidade de licenciatura.

72

29765,1%

15934,9%

Bacharelado

Licenciatura

Figura 12 - Modalidade do curso Fonte: Coleta de dados, 2007.

A partir dos dados levantados sobre a realização, ou não, dos cursos e a

modalidade bacharelado e licenciatura, foi elaborada a tabela 13 que ilustra um

cruzamento entre a realização do curso com a modalidade de bacharelado ou

licenciatura. A partir deste cruzamento constatou-se que a maioria dos alunos que

costumam realizar os cursos de extensão pertence à modalidade de bacharelado, ou

seja, a maioria dos alunos que fazem licenciatura freqüentam menos os cursos que

aqueles que fazem bacharelado.

Tabela 13 - Modalidade dos cursos

MODALIDADE DOS CURSOS

Realizou Bacharelado Licenciatura Total

Freq. Perc. Freq. Perc. Freq. Perc.

Sim 84 28,3% 53 33,3% 137 30%

Não 213 71,7% 106 66,7% 319 70%

TOTAL 297 100% 159 100% 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 13 ilustra de uma forma mais clara esta relação.

73

28,3%

66,7%

33,3%

71,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

Bacharelado LicenciaturaRealizou Não realizou

Figura 13 - Cruzamento entre: Realização dos cursos x Bacharelado e Licenciatura Fonte: Coleta de dados, 2007.

A tabela 14 apresenta o semestre em que se encontram os alunos que

participaram da pesquisa. Entre as alternativas que poderiam ser assinaladas,

apenas a correspondente ao nono e décimo semestre não foram marcadas.

Entre os 456 entrevistados existem 108 (23,7%) que estão no primeiro semestre,

85 (18,6%) que estão no terceiro semestre, 82 (18%) no segundo semestre, 59

(12,9) estão no quinto e 47 (10,3%) estão no quarto semestre. Com base nos dados

ilustrados até o momento, é possível compreender que mais de 80% dos

entrevistados está entre o primeiro e o quinto semestre. Do restante da amostra

existem 58 (12,8%) que estão divididos entre o sexto e sétimo semestre e apenas 17

(3,7%) estão no oitavo semestre, sendo que destes presume-se que alguns estejam

no último semestre, concluindo o curso ao final do primeiro semestre de 2007.

74

Tabela 14 - Semestres

SEMESTRES

Semestre Freqüência Percentual

1º semestre 108 23,7%

2º semestre 82 18,0%

3º semestre 85 18,6%

4º semestre 47 10,3%

5º semestre 59 12,9%

6º semestre 29 6,4%

7º semestre 29 6,4%

8º semestre 17 3,7%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 14 ilustra a análise feita anteriormente sobre o semestre em

que se encontram os entrevistados.

10823,7%

8218,0%

8518,6% 47

10,3%

5912,9%

296,4%29

6,4%17

3,7%

1º semestre2º semestre3º semestre4º semestre5º semestre6º semestre7º semestre8º semestre

Figura 14 - Semestres Fonte: Coleta de dados, 2007.

A tabela 15 ilustra que dos 456 entrevistados, a maioria, 354 pessoas estão

trabalhando e que apenas 102 não trabalham.

75

Tabela 15 - Percentual de alunos que trabalham

PERCENTUAL DE ALUNOS QUE TRABALHAM

Trabalha Freqüência Percentual

Sim 354 77,6%

Não 102 22,4%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Os alunos que trabalham representam 77,6% dos entrevistados, e aqueles que

não trabalham representam 22,4%, como é possível visualizar no gráfico da figura

15, abaixo.

35477,6%

10222,4%

Sim Não

Figura 15 - Percentual de alunos que trabalham Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quanto à renda mensal a maioria dos entrevistados, 224 alunos, possui renda

familiar de 1 a 5 salários mínimos; de 6 a 10 salários mínimos existem 148 pessoas;

de 11 a 15 existem 57 e 27 afirmam ganhar acima de 15 salários mínimos, conforme

é possível visualizar na tabela 16.

76

Tabela 16 - Renda familiar

RENDA FAMILIAR

Renda Freqüência Percentual

De 1 a 5 salários mínimos 224 49,1%

De 6 a 10 salários mínimos 148 32,5%

De 11 a 15 salários mínimos 57 12,5%

Mais de 15 salários mínimos 27 5,9%

TOTAL 456 100%

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 16 demonstra o percentual relativo à renda familiar dos

alunos do Unilasalle que participaram da pesquisa.

22449,1%

14832,5%

5712,5%

275,9%

De 1 a 5 saláriosmínimosDe 6 a 10 saláriosmínimosDe 11 a 15salários mínimosMais de 15salários mínimos

Figura 16 - Renda familiar Fonte: Coleta de dados, 2007.

Com as informações apresentadas até o momento é possível traçar um perfil do

aluno do Unilasalle que costuma realizar os cursos de extensão. A maioria dos

alunos que realiza os cursos de extensão é do sexo feminino. Está na faixa etária de

21 a 30 anos e ingressou no Unilasalle através de vestibular. Freqüenta cursos na

modalidade de bacharelado. Estes alunos estão divididos entre o segundo e o quinto

semestre. Trabalham e possuem renda familiar de 1 a 5 salários mínimos. Essas

informações podem ser visualizadas de uma forma mais clara no quadro 10.

77

Quadro 10 - Perfil predominante dos entrevistados

PERFIL PREDOMINANTE DOS ENTREVISTADOS

Sexo Faixa etária

Ingresso Modalidade do curso

Semestre Trabalham Renda

Feminino De 21 a 30 anos

Vestibular Bacharelado 2º ao 5º Sim De 1 a 5 salários mínimos

Fonte: Coleta de dados, 2007.

6.2.2 Motivações

Seguindo a ordem de apresentação do questionário, os alunos foram

questionados em relação às principais motivações que os levam a realizar um curso

de extensão. Dentre 15 atributos relacionados, os alunos deveriam escolher apenas

5 que representassem as motivações mais importantes para eles. O atributo mais

valorizado pelos alunos foi: aumentar os conhecimentos, com 385 indicações,

seguido por busca por atualização e experiência, com 301citações. O terceiro motivo

foi a preparação para o mercado de trabalho, com 286 indicações. O quarto foi o fato

de encontrar assuntos relacionados com o curso, com 197 indicações.

Em quinto e sexto lugar foram escolhidos atributos relacionados com a futura

profissão respectivamente nesta ordem: o curso deve trazer atualidades sobre a

futura profissão, assinalado 196 vezes, e o curso deve ser voltado para o dia a dia

da futura profissão, com 181 citações. Com 178 indicações foi escolhida a busca por

um certificado para enriquecer o currículo profissional, ficando em sétimo lugar. Em

oitavo lugar, com 123 citações, foi escolhido preencher as atividades

complementares exigidas pelo curso. Em nono, com 115 citações foi assinalado que

o curso deve ser mais prático que teórico. Em décimo lugar, com 90 indicações, foi

escolhida a busca por especialização mais rápida. Em décimo primeiro foi escolhida

a utilização de recursos físicos e tecnológicos, com 57 indicações. Do décimo

segundo ao décimo quinto foram assinalados: aprender sobre assuntos de outros

cursos; revisar conteúdos já aprendidos na graduação; encontrar um professor

qualificado e comunicativo; interagir diretamente com os professores;

respectivamente com 55, 49, 36 e 31 indicações cada, conforme é possível

visualizar na tabela 17.

78

Tabela 17 - Motivações

MOTIVAÇÕES

Motivação Freqüência

Aumentar os conhecimentos 385

Busca por atualização e experiência 301

Preparação para o mercado de trabalho 286

Encontrar assuntos relacionados com o meu curso 197

O curso deve trazer atualidades sobre a futura profissão 196

O curso deve ser voltado para o dia-a-dia da futura profissão 181

Busca por um certificado para enriquecer o currículo profissional 178

Preencher as atividades complementares exigidas pelo curso 123

O curso deve ser mais prático que teórico 115

Busca por uma especialização mais rápida 90

Utilização de recursos físicos e tecnológicos 57

Aprender sobre assuntos de outros cursos 55

Revisar conteúdos já aprendidos na graduação 49

Encontrar um professor qualificado e comunicativo 36

Interagir diretamente com os professores 31

TOTAL 456

Fonte: Coleta de dados, 2007.

No gráfico da figura 17, é possível visualizar o percentual relativo à cada uma

das 15 motivações. Segundo os alunos que foram entrevistados, a maior motivação

que os leva a realizar um curso de extensão é a oportunidade de aumentar os seus

conhecimentos, com 16,9% do total de citações.

79

3,9%

2,5%

2,4%

2,1%

16,9

%

13,2

%

12,5

%

8,6% 8,

6%7,

9%7,

8%

5,4%

5,0%

1,6%

1,4%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

Aumentar os conhecimentosBusca por atualização e experiênciaPreparação para o mercado de trabalhoEncontrar assuntos relacionados com o meu cursoO curso deve trazer atualidades sobre a futura profissãoO curso deve ser voltado para o dia a dia da futura profissãoBusca por um certificado para enriquecer o currículo profissionalPreencher as atividades complementares exigidas pelo cursoO curso deve ser mais prático que teóricoBusca por uma especialização mais rápidaUtilização de recursos físicos e tecnológicos Aprender sobre assuntos de outros cursosRevisar conteúdos já aprendidos na graduaçãoEncontrar um professor qualificado e comunicativoInteragir diretamente com os professores

Figura 17 - Motivações Fonte: Coleta de dados, 2007.

6.2.3 Grau de importância

De acordo com a ordem do questionário, após escolher as principais motivações, os

alunos deveriam preencher o bloco 3, onde deveriam assinalar o grau de

importância para cada um dos 20 atributos relacionados. Para medir o grau de

importância utilizou-se uma escala de 1 a 5, na qual 1 significa nada importante e 5

muito importante. Na tabela 18 é possível visualizar com mais clareza os resultados

obtidos nesta parte da pesquisa.

80

Tabela 18 - Grau de importância dos atributos

GRAU DE IMPORTÂNCIA DOS ATRIBUTOS

Atributos Média Desvio padrão

Quanto à qualificação do professor 4,71 0,58

O tipo de didática utilizada pelo professor 4,6 0,67

O curso ofereça uma preparação para o mercado de trabalho 4,56 0,74

O curso seja ministrado por um professor bem comunicativo 4,55 0,65

O valor cobrado pelo curso 4,52 0,76

O curso ser reconhecido como atividade complementar 4,5 0,73

O tema do curso 4,46 0,71

Abordagem de temas sobre a futura profissão 4,46 0,76

A variedade de horário dos cursos 4,44 0,78

Estrutura física utilizada (sala de aula, laboratório) 4,38 0,79

A divulgação do curso 4,17 0,86

A criação de um maior número de cursos 4,14 0,89

Conteúdo programático atual 4,14 0,8

O uso de equipamentos (ex: data show, computador, etc.) 4,13 0,89

Contato com os professores 4,13 0,86

Mais cursos voltados para a área da educação (licenciatura) 3,75 1,16

Disponibilidade de cursos aos sábados 3,71 1,24

O curso deve ser estritamente voltado para área da graduação 3,69 1,05

Aumentar a carga horária (duração) dos cursos 3,48 1,03

Aprender sobre assuntos relacionados a outros cursos 3,11 1,12

MÉDIA GERAL 4,18 0,85

Fonte: Coleta de dados, 2007.

De acordo com a tabela 18, a maioria dos atributos relacionados diretamente

com o professor obtiveram as médias mais expressivas. O atributo mais importante

para os alunos entrevistados está relacionado à qualificação do professor, que

obteve a maior média (4,71), ressaltando que neste atributo houve também a mais

baixa dispersão de respostas, pois o mesmo obteve o menor desvio padrão (0,58).

81

O tipo de didática utilizada pelo professor atingiu a média de 4,6 e o fato de o curso

ser ministrado por um professor bem comunicativo atingiu a média de 4,55, ambos

com baixo nível de dispersão, respectivamente 0,67 e 0,65.

Com a média acima de 4,5 estão classificados mais 3 atributos. São eles: a

oportunidade de o curso oferecer uma preparação para o mercado de trabalho, com

média de 4,56; o valor cobrado pelo curso com 4,52; o curso ser reconhecido como

atividade complementar, com média de 4,5. Destes 3 atributos, todos possuem um

baixo índice de dispersão de respostas, com desvio padrão de, 0,74, 0,76 e 0,73

respectivamente. Estes atributos com a média acima de 4,5 representam que os

alunos os consideram muito importantes para os cursos de extensão.

Com a média de 4,46 existem 2 atributos, o tema do curso e a abordagem de

temas sobre a futura profissão. Quanto ao desvio padrão ambos apresentam um

baixo índice de dispersão, 0,71 e 0,76 respectivamente. A variedade de horário dos

cursos; a estrutura física e a divulgação do curso, também apresentaram boas

médias, 4,44 e 4,38 respectivamente. Com a mesma média de 4,14 existem 2

atributos, a criação de um maior número de cursos e o uso de um conteúdo

programático atual. Também com a mesma média, surgem o uso de equipamentos e

o contato com os professores, com a média de 4,13. Estes atributos que apresentam

médias de 4 a 4,4 são considerados pelos alunos como itens importantes em um

curso de extensão, salientando que estes atributos apresentaram índices de

dispersão entre 0,71 e 0,86, que são considerados baixos índices de desvio padrão.

Os atributos, mais cursos voltados para a área da educação (licenciatura) e

disponibilidade de cursos aos sábados apresentaram médias de 3,75 e 3,71

respectivamente, ressaltando que estes 2 atributos apresentam os maiores índices

de dispersão da pesquisa, 1,16 e 1,24 respectivamente. Abaixo de 4 ainda existem 3

atributos. São eles: o curso deve ser estritamente voltado para área da graduação,

com média de 3,69; aumentar a carga horária (duração) dos cursos, com média de

3,48; e aprender sobre assuntos relacionados a outros cursos, sendo este o atributo

com menor média da pesquisa, com 3,11. Atributos com média abaixo de 4

representam um grau de importância considerado indiferente, ou seja, não são

essenciais para os cursos de extensão, mas também não podem ser considerados

inúteis.

No total os 20 atributos apresentaram uma média de 4,18, o que caracteriza este

conjunto de dados como importante na composição dos cursos de extensão. Quanto

82

ao desvio padrão, o índice de dispersão apresentou a média de 0,85, índice

considerado baixo, demonstrando que existe uma boa concordância entre os

respondentes.

No gráfico da figura 18 é possível visualizar a média referente a cada atributo,

avaliado.

4,17

4,14

4,14

3,75

3,71

3,69

3,48

3,11

4,71

4,60

4,56 4,

554,

524,

50

4,46 4,

464,

44

4,38

4,13

4,13

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

Quanto à qualificação do professorO tipo de didática utilizada pelo professor O curso ofereça uma preparação para o mercado de trabalhoO curso seja ministrado por um professor bem comunicativoO valor cobrado pelo cursoO curso ser reconhecido como atividade complementarO tema do cursoAbordagem de temas sobre a futura profissãoA variedade de horário dos cursosEstrutura física utilizada (sala de aula, laboratório)A divulgação do cursoA criação de um maior número de cursosConteúdo programático atualO uso de equipamentos (ex: data show, computador, etc.) Contato com os professoresMais cursos voltados para á área da educação (licenciatura)Disponibilidade de cursos aos sábadosO curso deve ser estritamente voltado para área da graduação Aumentar a carga horária (duração) dos cursos Aprender sobre assuntos relacionados a outros cursos

Figura 18 - Grau de importância Fonte: Coleta de dados, 2007.

A tabela 19 apresenta o cruzamento entre as 15 motivações propostas e a

realização dos cursos. O objetivo deste cruzamento é verificar os fatores que mais

motivam os alunos que já realizaram os cursos. Através desta análise é possível

verificar que os 5 fatores que mais motivam os alunos que realizaram os cursos de

extensão são respectivamente: aumentar os conhecimentos; busca por atualização

83

e experiência; preparação para o mercado de trabalho; encontrar assuntos

relacionados com o meu curso; o curso deve trazer atualidades sobre a futura

profissão.

Tabela 19 - Principais motivações dos alunos que realizaram os cursos de extensão

PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES DOS ALUNOS QUE REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Motivação Realizou o curso

Aumentar os conhecimentos 112

Busca por atualização e experiência 94

Preparação para o mercado de trabalho 80

Encontrar assuntos relacionados com o meu curso 71

O curso deve trazer atualidades sobre a futura profissão 59

Busca por um certificado para enriquecer o currículo profissional 55

O curso deve ser voltado para o dia-a-dia da futura profissão 48

Preencher as atividades complementares exigidas pelo curso 36

O curso deve ser mais prático que teórico 31

Revisar conteúdos já aprendidos na graduação 21

Busca por uma especialização mais rápida 19

Utilização de recursos físicos e tecnológicos 19

Aprender sobre assuntos de outros cursos 15

Encontrar um professor qualificado e comunicativo 15

Interagir diretamente com os professores 10

TOTAL 685

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 19 apresenta de uma forma mais clara, o que foi exposto na

tabela 19.

84

19 1915

112

94

80

71

5955

48

3631

2115

10

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

110,0

120,0

Aumentar os conhecimentosBusca por atualização e experiênciaPreparação para o mercado de trabalhoEncontrar assuntos relacionados com o meu cursoO curso deve trazer atualidades sobre a futura profissãoBusca por um certificado para enriquecer o currículo profissionalO curso deve ser voltado para o dia a dia da futura profissãoPreencher as atividades complementares exigidas pelo cursoO curso deve ser mais prático que teóricoRevisar conteúdos já aprendidos na graduaçãoBusca por uma especialização mais rápidaUtilização de recursos físicos e tecnológicos Aprender sobre assuntos de outros cursosEncontrar um professor qualificado e comunicativoInteragir diretamente com os professores

Figura 19 - Motivação dos alunos que realizaram os cursos Fonte: Coleta de dados, 2007.

A tabela 20 apresenta o cruzamento entre as 15 motivações propostas e a não

realização dos cursos. O objetivo deste cruzamento é verificar os fatores que mais

motivam os alunos que ainda não realizaram os cursos. Através desta análise é

possível verificar que os 5 fatores que mais motivam os alunos que não realizaram

os cursos de extensão são respectivamente: aumentar os conhecimentos; busca por

atualização e experiência; preparação para o mercado de trabalho; o curso deve

trazer atualidades sobre a futura profissão; o curso deve ser voltado para o dia-a-dia

da futura profissão.

85

Tabela 20 - Principais motivações dos alunos que não realizaram os cursos de

extensão

PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES DOS ALUNOS QUE NÃO REALIZARAM OS CURSOS DE EXTENSÃO

Motivação Não realizou o curso

Aumentar os conhecimentos 273

Busca por atualização e experiência 207

Preparação para o mercado de trabalho 206

O curso deve trazer atualidades sobre a futura profissão 137

O curso deve ser voltado para o dia-a-dia da futura profissão 133

Encontrar assuntos relacionados com o meu curso 126

Busca por um certificado para enriquecer o currículo profissional 123

Preencher as atividades complementares exigidas pelo curso 87

O curso deve ser mais prático que teórico 84

Busca por uma especialização mais rápida 71

Aprender sobre assuntos de outros cursos 40

Utilização de recursos físicos e tecnológicos 38

Revisar conteúdos já aprendidos na graduação 28

Encontrar um professor qualificado e comunicativo 21

Interagir diretamente com os professores 21

TOTAL 1595

Fonte: Coleta de dados, 2007.

As informações expostas na tabela 20 podem ser visualizadas de uma forma

mais clara e objetiva, através do gráfico da figura 20.

86

40 3828

273

207

206

137

133

126

123

87 8471

21 21

10,030,050,070,090,0

110,0130,0150,0170,0190,0210,0230,0250,0270,0290,0

Aumentar os conhecimentosBusca por atualização e experiênciaPreparação para o mercado de trabalhoO curso deve trazer atualidades sobre a futura profissãoO curso deve ser voltado para o dia a dia da futura profissãoEncontrar assuntos relacionados com o meu cursoBusca por um certificado para enriquecer o currículo profissionalPreencher as atividades complementares exigidas pelo cursoO curso deve ser mais prático que teóricoBusca por uma especialização mais rápidaAprender sobre assuntos de outros cursosUtilização de recursos físicos e tecnológicos Revisar conteúdos já aprendidos na graduaçãoEncontrar um professor qualificado e comunicativoInteragir diretamente com os professores

Figura 20 - Motivação dos alunos que não realizaram os cursos Fonte: Coleta de dados, 2007.

Com base nas informações apresentadas, é possível verificar que os alunos que

realizaram os cursos de extensão, assim como aqueles que não realizaram,

apresentam uma tendência motivacional a determinados atributos como, por

exemplo: aumentar os conhecimentos; busca por atualização e experiência;

preparação para o mercado de trabalho. Estes atributos sustentam a mesma

posição em ambos os cruzamentos.

87

A tabela 21 apresenta o cruzamento entre as 15 motivações propostas e a

modalidade de bacharelado. Através desta análise é possível verificar que os 5

fatores que mais motivam os alunos da modalidade em questão são

respectivamente: aumentar os conhecimentos; preparação para o mercado de

trabalho; busca por atualização e experiência; o curso deve trazer atualidades sobre

a futura profissão; encontrar assuntos relacionados com o meu curso.

Tabela 21 - Motivações x Bacharelado

MOTIVAÇÕES X BACHARELADO

Motivações Bacharelado

Aumentar os conhecimentos 252

Preparação para o mercado de trabalho 200

Busca por atualização e experiência 196

O curso deve trazer atualidades sobre a futura profissão 137

Encontrar assuntos relacionados com o meu curso 122

O curso deve ser voltado para o dia-a-dia da futura profissão 116

Busca por um certificado para enriquecer o currículo profissional 114

Preencher as atividades complementares exigidas pelo curso 77

O curso deve ser mais prático que teórico 72

Busca por uma especialização mais rápida 62

Utilização de recursos físicos e tecnológicos 36

Revisar conteúdos já aprendidos na graduação 35

Aprender sobre assuntos de outros cursos 29

Encontrar um professor qualificado e comunicativo 21

Interagir diretamente com os professores 16

TOTAL 1485

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 21 apresenta as informações relacionadas na tabela 21, de

uma forma mais clara.

88

36 35 29

252

200

196

137

122

116

114

77 7262

2116

10,0

30,0

50,0

70,0

90,0

110,0

130,0

150,0

170,0

190,0

210,0

230,0

250,0

270,0

Aumentar os conhecimentosPreparação para o mercado de trabalhoBusca por atualização e experiênciaO curso deve trazer atualidades sobre a futura profissãoEncontrar assuntos relacionados com o meu cursoO curso deve ser voltado para o dia a dia da futura profissãoBusca por um certificado para enriquecer o currículo profissionalPreencher as atividades complementares exigidas pelo cursoO curso deve ser mais prático que teóricoBusca por uma especialização mais rápidaUtilização de recursos físicos e tecnológicos Revisar conteúdos já aprendidos na graduaçãoAprender sobre assuntos de outros cursosEncontrar um professor qualificado e comunicativoInteragir diretamente com os professores

Figura 21 - Motivação x Bacharelado Fonte: Coleta de dados, 2007.

A tabela 22 apresenta o cruzamento entre as 15 motivações propostas e a

modalidade de licenciatura. O objetivo deste cruzamento é verificar os fatores que

mais motivam os alunos da modalidade licenciatura. Através desta análise é

possível verificar que os 5 fatores que mais motivam os alunos da modalidade em

questão são respectivamente: aumentar os conhecimentos; busca por atualização e

experiência; preparação para o mercado de trabalho; encontrar assuntos

relacionados com o meu curso e o curso deve ser voltado para o dia a dia da futura

profissão.

89

Tabela 22 - Motivações x Licenciatura

MOTIVAÇÕES X LICENCIATURA

Motivações Licenciatura

Aumentar os conhecimentos 133

Busca por atualização e experiência 105

Preparação para o mercado de trabalho 86

Encontrar assuntos relacionados com o meu curso 75

O curso deve ser voltado para o dia a dia da futura profissão 65

Busca por um certificado para enriquecer o currículo profissional 64

O curso deve trazer atualidades sobre a futura profissão 59

Preencher as atividades complementares exigidas pelo curso 46

O curso deve ser mais prático que teórico 43

Busca por uma especialização mais rápida 28

Aprender sobre assuntos de outros cursos 26

Utilização de recursos físicos e tecnológicos 21

Encontrar um professor qualificado e comunicativo 15

Interagir diretamente com os professores 15

Revisar conteúdos já aprendidos na graduação 14

TOTAL 795

Fonte: Coleta de dados, 2007.

O gráfico da figura 22 apresenta as informações relacionadas na tabela 22, de

uma forma mais clara.

90

2621

15

133

105

86

75

65 64

5946 43

28

15 14

10,0

30,0

50,0

70,0

90,0

110,0

130,0

150,0

Aumentar os conhecimentosBusca por atualização e experiênciaPreparação para o mercado de trabalhoEncontrar assuntos relacionados com o meu cursoO curso deve ser voltado para o dia a dia da futura profissãoBusca por um certificado para enriquecer o currículo profissionalO curso deve trazer atualidades sobre a futura profissãoPreencher as atividades complementares exigidas pelo cursoO curso deve ser mais prático que teóricoBusca por uma especialização mais rápidaAprender sobre assuntos de outros cursosUtilização de recursos físicos e tecnológicos Encontrar um professor qualificado e comunicativoInteragir diretamente com os professoresRevisar conteúdos já aprendidos na graduação

Figura 22 - Motivação x Licenciatura Fonte: Coleta de dados, 2007.

De acordo com as informações apresentadas, é possível verificar que os alunos

das modalidades de bacharelado e licenciatura, apresentam em ambos os

cruzamentos uma tendência motivacional a determinados atributos como, por

exemplo: aumentar os conhecimentos; busca por atualização e experiência;

preparação para o mercado de trabalho.

Outro aspecto interessante a ser observado é que nos 4 cruzamentos

apresentados, as 3 principais motivações foram iguais e a variação entre as

restantes foi muito pequena. Esta característica demonstra que existe uma grande

concordância entre os respondentes, ou seja, existe uma tendência de os alunos

terem opiniões semelhantes. Com base nessas observações conclui-se que o fato

de o aluno ter realizado, ou não, os cursos de extensão ou ser da modalidade de

91

bacharelado ou licenciatura, tem uma baixa influência na motivação do aluno do

Unilasalle.

6.3 Propostas de melhoria

A proposta deste trabalho foi desde o início buscar entender quais os interesses

dos alunos do Unilasalle em relação aos cursos de extensão. Seguindo esta

filosofia, foi inserido no questionário da pesquisa quantitativa o bloco 4, onde os

alunos poderiam sugerir novos cursos de extensão. Dos 456 questionários

respondidos, 227 (49,8%) apresentava alguma sugestão. As sugestões foram

organizadas em tabelas de acordo com o curso correspondente, e podem ser

encontradas no Apêndice E. O número de citações que cada sugestão recebeu, está

entre parênteses logo após a sugestão, sendo que as sugestões que receberam

apenas 1 citação foram organizadas posteriormente em ordem alfabética.

Analisando as sugestões de uma maneira geral, verificou-se que existem

algumas sugestões que foram citadas por diversos cursos, em um número

considerável de vezes. As 10 sugestões que mais foram citadas podem ser

visualizadas no quadro 11.

Quadro 11 - Sugestões mais citadas

SUGESTÕES MAIS CITADAS

Libras (12)

Linguagens de programação (8)

Marketing (7)

Uso da calculadora HP12c (7)

Gestão de pessoas (6)

Jogos pedagógicos (6)

Cuidado de feridas (6)

Alfabetização (5)

Matemática para séries iniciais (5)

Eletrônica (5)

Fonte: Coleta de dados, 2007.

92

Além das sugestões de cursos de extensão, foram encontrados outros tipos de

sugestões, como, por exemplo:

• Parcelamento dos cursos em um maior número de vezes;

• Oferta de cursos gratuitos durante o semestre letivo, e não somente na

semana acadêmica;

• Redução do valor dos cursos na área da saúde;

• Redução da carga horária de alguns cursos para diminuir o custo dos

mesmos;

• A redução do preço aumentaria consideravelmente a procura pelos cursos;

• Descontos de acordo com o número de cadeiras cursadas (mais cadeiras,

mais desconto);

• Maior número de cursos no período de férias;

• Aumentar a disponibilidade de horários (a tarde);

• Realização de promoções, por exemplo, quem paga a mensalidade em dia,

durante o semestre ganha o direito de participar de um curso de extensão

gratuitamente, ou um percentual de desconto.

93

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As Instituições de Ensino Superior (IES) são estruturadas tendo como base três

elementos básicos, quais sejam: ensino, pesquisa e extensão, todos de igual

importância e relevância. Neste sentido, é necessária uma constante avaliação

destes elementos, de forma a trazer indicadores de atuação que representem a

atuação da IES em todos os seus campos de atuação.

O Unilasalle seguindo esta tendência preocupa-se em melhorar a cada dia os

seus serviços. No entanto, para melhorar os seus serviços as empresas precisam

buscar informações atualizadas, que forneçam novas idéias, que possam vir a

antecipar tendências que surpreendam os seus clientes.

Entre os vários serviços oferecidos pelo Unilasalle estão os cursos de extensão

que periodicamente oferecem a oportunidade de o aluno aumentar seus

conhecimentos em várias áreas. Preocupado em melhorar seus serviços o Unilasalle

através da coordenadora do setor de extensão, Dirléia Fanfa Sarmento, buscou

maneiras de descobrir qual a opinião dos alunos em relação aos cursos de

extensão. Foi a partir daí que surgiu a oportunidade de realizar este trabalho.

A partir dos objetivos propostos pela coordenadora da extensão, foi necessário

buscar na literatura disponível informações sobre diversos assuntos ligados à

problemática proposta, principalmente assuntos relacionados ao comportamento do

consumidor. Entre os assuntos pesquisados é possível citar: marketing; valor;

satisfação; comportamento do consumidor e serviços entre outros, que

proporcionaram informações valiosas para o desenvolvimento deste trabalho.

O trabalho basicamente é desenvolvido com base em dois métodos de

pesquisas, a qualitativa e a quantitativa. A pesquisa qualitativa foi realizada através

de um questionário com 5 perguntas, onde 28 pessoas responderam. Um de seus

94

objetivos era identificar atributos para a realização da pesquisa quantitativa que foi

realizada com 456 alunos dos 27 cursos que o Unilasalle oferece atualmente.

Para cumprir a meta de buscar informações relacionadas à opinião dos alunos,

foi necessário traçar um objetivo geral que no caso foi descobrir quais os interesses

dos alunos do Unilasalle em relação aos cursos de extensão. No entanto para se

atingir este objetivo foi necessário primeiramente atingir outros 5 objetivos

específicos que serão comentados a seguir.

O primeiro objetivo específico proposto busca descobrir qual o perfil do aluno

que costuma freqüentar os cursos de extensão do Unilasalle. De acordo com os

resultados obtidos com a pesquisa, a maioria dos alunos que realiza os cursos de

extensão é do sexo feminino (60,5%); na faixa etária de 21 a 30 anos (50,2%) que

ingressaram na Instituição através de vestibular (85,7%); a maioria dos entrevistados

(14,7%) cursava Administração; na modalidade bacharelado (65,1%); entre o

primeiro e terceiro semestre (60,3%); trabalham (77,6%); possuem renda familiar de

1 a 5 salários mínimos (49,1%).

Desenvolvido a partir da pesquisa qualitativa, o segundo objetivo específico

busca descobrir quais as principais necessidades, expectativas e resistências dos

alunos do Unilasalle em relação aos cursos de extensão. A pesquisa foi dividida em

dois módulos, um representando os alunos que realizaram os cursos de extensão e

outro para aqueles que não realizaram.

Em ordem de importância, para os alunos que já realizaram os cursos de

extensão as expectativas citadas foram: o curso estar relacionado à área;

aprendizagem em geral; aperfeiçoamento; variedade dos cursos; apoio à formação

acadêmica; interação professor / aluno; aprendizado aplicável na prática. Para os

alunos que não haviam realizado os cursos as expectativas citadas foram:

aprendizagem em geral; relacionado à área; qualificação dos professores;

aprendizado rápido; complemento para graduação; educação (experiência em sala

de aula).

Quanto às necessidades, os alunos que já realizaram os cursos citaram: o fato

de o curso estar relacionado à área; aprendizagem em geral; qualificação dos

professores; didática; horário / duração do curso; variedade dos cursos; valor do

curso; ênfase na prática e recursos físicos e tecnológicos. Para os alunos que não

realizaram os cursos, as necessidades citadas foram: didática; qualificação dos

95

professores; horários; relacionado à área; ênfase na prática; divulgação e valor do

curso.

Quanto às resistências, os alunos que já realizaram os cursos citaram atributos

como: horários; valor do curso; tema do curso; professor; o curso não ser

relacionado à área. Os alunos que não realizaram os cursos citaram resistências

semelhantes aos daqueles que já realizaram. No entanto em uma ordem de

importância um pouco diferente. Para eles as principais resistências seriam:

horários; não ser relacionado à área; valor do curso e tema do curso.

O terceiro objetivo específico busca identificar as motivações dos alunos do

Centro Universitário La Salle para a realização dos cursos de extensão. No

questionário da pesquisa quantitativa os alunos tinham que assinalar os 5 atributos

que mais os motivavam, dentre os 15 disponíveis. Os 5 atributos mais citados, em

ordem decrescente, do maior para o menor, foram os seguintes: aumentar os

conhecimentos; busca por atualização e experiência; preparação para o mercado de

trabalho; encontrar assuntos relacionados com o meu curso e o curso deve trazer

atualidades sobre a futura profissão.

O quarto objetivo específico propôs medir o grau de importância de cada atributo

relacionado aos cursos de extensão. Esses atributos, assim como as motivações do

terceiro objetivo específico, foram escolhidos a partir da opinião dos próprios alunos

na fase qualitativa da pesquisa. Seguindo a ordem decrescente das médias obtidas,

os atributos que obtiverem as médias mais altas foram os seguintes: quanto à

qualificação do professor; o tipo de didática utilizada pelo professor; o curso ofereça

uma preparação para o mercado de trabalho; o curso seja ministrado por um

professor bem comunicativo e o valor cobrado pelo curso;

O quinto objetivo específico destinou-se a propor melhorias para os cursos de

extensão. No questionário da pesquisa quantitativa foi incluído um quarto bloco onde

o aluno deveria propor sugestões de cursos que gostaria de realizar. Dos 456

questionários recebidos, 227 ou 49,8% continham alguma sugestão. Destes 227

questionários foram extraídas mais de 300 sugestões de assuntos para cursos de

extensão, divididas entre os 27 cursos oferecidos pelo Unilasalle.

A partir da conclusão dos 5 objetivos específicos acima, é possível afirmar que o

objetivo geral que era descobrir quais os interesses dos alunos do Unilasalle em

relação aos cursos de extensão foi atingido com êxito. Os interesses dos alunos são

basicamente suas motivações. No momento em que se descobre o que leva o aluno

96

a procurar um curso de extensão, descobrem-se automaticamente os seus

interesses.

Conclui-se que está pesquisa conseguiu atingir os seus objetivos, trazendo

consigo uma grande quantidade de informações que podem ser úteis para o setor de

extensão, e para os demais interessados em realizar novos estudos sobre este

assunto.

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100

APÊNDICE A – Questionário da pesquisa qualitativa.

PESQUISA QUALITATIVA Pesquisa relacionada aos cursos de extensão

Nome:______________________________________________________________ Curso:____________________________________ ( ) Bacharelado ( ) Licenciatura

Roteiro da entrevista:

1 – Você costuma realizar cursos de extensão?

2 – Quais são as suas expectativas em relação aos cursos de extensão do

Unilasalle?

3 – Quais são suas necessidades em relação aos cursos de extensão do Unilasalle?

4 – Por que você faz cursos de extensão?

5 – O que faz ou faria você não cursar cursos de extensão?

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APÊNDICE B – Resumo das categorias finais da pesquisa qualitativa.

Quadro 12 - Resumo das categorias finais

RESUMO DAS CATEGORIAS FINAIS

Categoria Final Atributos Aumentar os conhecimentos (15) Aprender mais (7) Aprender sobre novos assuntos (3) Aprendizagem (3) Agregar conhecimento (2) Experiência (1) Atualização (1) Conhecer técnicas e teoria inovadoras (1) Expandir os conhecimentos (1) Aprendizado em geral (1) Assunto interessante (1) Debater novas idéias (1) Busca por informação (1) Adquirir experiência (1)

Aprendizagem em geral

Informação e conhecimento (1) Se aprofundar em assuntos relacionados a área (8) Adquirir conhecimento profissional (5) Ser específico na área (4) Qualificação profissional (4) Ser relativo ao curso (3) Conhecimento específico na área (2) Atualização profissional (2) Complemento para o curso (2) Preparação para o mercado de trabalho (2) Adquirir experiência na profissão (1) Aplicação na prática profissional (1) Atualidades sobre a disciplina (1) Enriquecer o currículo (1)

Relacionado à área

Aprender sobre assuntos não vistos na graduação (1) Horário do curso (10) Falta de tempo (6) Variedade de horários (3) Curso aos sábados (2)

Horários

Não ter maior número de cursos no sábado (1)

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RESUMO DAS CATEGORIAS FINAIS (Continua) Categoria Final Atributos

Professor qualificado (7) Professor comunicativo (2) Curso bem elaborado (1)

Qualificação do professores

Professor atualizado (1) O valor do curso (11)

Valor do curso Preço acessível (2) Atividades complementares (9)

Atividades complementares Enriquecer o currículo (1) Boa didática (2) Tipo de didática do curso (1) Atualidades e novidades da área (1)

Didática

Conteúdo programático atual (1) Não ser relacionado à área Curso fora da área (5)

Especialização (3) Aperfeiçoamento

Aprimoramento (2) Aprendizado rápido (2) Suprir uma necessidade (1) Assuntos mais básicos e específicos (1)

Aprendizado rápido

Formação extra-classe (1) Maior número de cursos(3)

Variedade de cursos Ter mais assuntos (1) Mais opções de horário (2)

Horário / duração do curso Carga horária (1) Assunto pouco atraente (2)

Tema do curso Falta de interesse no assunto (1) Revisar conteúdos já aprendidos (1)

Apoio a formação acadêmica Formação acadêmica (1)

Professor Pouca afinidade com o professor (2) Aprofundamento em determinado tema Se aprofundar em determinado tema (2) Interação professor / aluno Contato com os professores (2) Ênfase na prática Ser mais prático que teórico (2) Complemento para graduação Complemento nos estudos (1) Educação (experiência em sala de aula) Mais voltado para educação (1) Recursos físicos e tecnológicos Recursos físicos e tecnológicos (1) Divulgação Divulgação do curso (1) Troca de experiência Trocar experiências (1) Qualificação profissional Reciclagem profissional (1) Tema do curso Falta de interesse no assunto (1) Aprendizado aplicável na prática Poder utilizar na vida pessoal (1)

Fonte: Coleta de dados, 2007.

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APÊNDICE C – Instruções para o preenchimento da pesquisa quantitativa.

Credenciamento: Decreto de 29/12/98 - D.O. U. de 30/12/98 Recredenciamento: Portaria 1.473 de 25/5/04 - D.O.U. de 26/5/04

Pró Reitoria Acadêmica

Prezado(a) professor(a), Solicito alguns minutos de sua atenção para leitura destas instruções, Sua sala de aula foi escolhida para participar de uma pesquisa destinada a levantar dados para um trabalho de conclusão do curso de Administração – Serviços. O objetivo deste trabalho é descobrir quais são os interesses dos alunos do Unilasalle em relação aos Cursos de Extensão. Os questionários desta pesquisa estão dentro deste envelope. Os mesmos devem ser distribuídos aleatoriamente pelo professor(a), pois não há questionários para todos os alunos. Os alunos devem preencher os questionários no início da aula. O preenchimento é bem rápido, leva menos de 5 minutos. Conforme as instruções do questionário, após o preenchimento o aluno deve colocá-lo dentro deste envelope que deverá ser entregue no apoio acadêmico. Esta pesquisa é apoiada, pela coordenadora dos Cursos de Extensão, Dirléia Fanfa Sarmento, pelo coordenador do curso de Administração, Luiz Carlos Danesi e pela professora Leticia Martins de Martins, orientadora deste trabalho. CONTO COM A SUA PARTICIPAÇÃO!! Obrigado pela compreensão,

Ronaldo Filippi

Av. Victor Barreto, 2288 - 92010-000 - CANOAS/RS - CNPJ 92.741.990/0040-43 - Fone: (0xx51) 3476 85 00 - Fax: (0xx51) 3472 3511 - www.unilasalle.edu.br

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APÊNDICE D – Questionário da pesquisa quantitativa.

Pesquisador: Ronaldo Filippi Local da pesquisa: Centro Universitário La Salle – Unilasalle, Canoas/RS. Prezado(a) aluno(a): Este é um trabalho de conclusão do curso de Administração - Serviços. A aplicação deste questionário visa identificar as principais expectativas dos alunos em relação aos cursos de extensão do Unilasalle, para que posteriormente sejam implementadas ações que tornem os cursos mais interessantes para os alunos. Após responder o questionário, favor colocar o mesmo dentro do envelope que está sobre a mesa do professor (a). Bloco I - Perfil do aluno (cliente)

1. Você já realizou algum curso de extensão do Unilasalle? 1.( ) Sim 2.( ) Não

2. Sexo 1.( ) Feminino 2.( ) Masculino

3. Idade

1.( ) Até 20 anos 4.( ) Mais de 41 anos

2.( ) 21 a 30 anos

3.( ) 31 a 40 anos

4. Forma de ingresso 1.( ) Vestibular 2.( ) Transferência

5. Curso:_______________________________ 1.( )Bacharelado 2.( )Licenciatura

6. Semestre

1.( ) 1º 4.( ) 4º 7.( ) 7º 10.( ) 10º

2.( ) 2º 5.( ) 5º 8.( ) 8º

3.( ) 3º 6.( ) 6º 9.( ) 9º

7.Trabalha 1.( ) Sim 2.( ) Não

8. Renda familiar 1.( ) De 1 a 5 salários mínimos 3.( ) De 11 a 15 salários mínimos

2.( ) De 6 a 10 salários mínimos 4.( ) Mais de 15 salários mínimos

Bloco II – Motivações Assinale as 5 principais motivações que fazem ou fariam você realizar um curso de extensão. Atenção leia todas alternativas antes de marcar! 1.( ) Aprender sobre assuntos de outros cursos

2.( ) Aumentar os conhecimentos

3.( ) Busca por atualização e experiência

4.( ) Encontrar assuntos relacionados com o meu curso

5.( ) Preparação para o mercado de trabalho

6.( ) Encontrar um professor qualificado e comunicativo

7.( ) Preencher as atividades complementares exigidas pelo meu curso

8.( ) Interagir diretamente com os professores

9.( ) O curso deve ser mais prático que teórico

10.( ) Busca por uma especialização mais rápida

11.( ) O curso deve ser voltado para o dia-a-dia da futura profissão

12.( ) O curso deve trazer atualidades sobre a futura profissão

13.( ) Revisar conteúdos já aprendidos na graduação

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14.( ) Utilização de recursos físicos e tecnológicos

15.( ) Busca por um certificado para enriquecer o currículo profissional

Bloco III Assinale o grau de importância para cada atributo em relação aos cursos de extensão, conforme a tabela abaixo:

Grau de importância

1 Nada importante 2 Pouco importante 3 Indiferente 4 importante 5 Muito importante

Importância ATRIBUTOS Nada

Importante Muito

Importante

1. O curso seja ministrado por um professor bem comunicativo 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

2. O tipo de didática utilizada pelo professor 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

3. O curso deve ser estritamente voltado para área da graduação 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

4. Disponibilidade de cursos aos sábados 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

5. Aprender sobre assuntos relacionados a outros cursos 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

6. O curso ofereça uma preparação para o mercado de trabalho 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

7. Quanto à qualificação do professor 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

8. O valor cobrado pelo curso 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

9. A divulgação do curso 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( ) 10. O uso de equipamentos (ex: data show, computador, retroprojetor)

1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

11. O tema do curso 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

12. A criação de um maior número de cursos 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

13. A variedade de horário dos cursos 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

14. Contato com os professores 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

15. Aumentar a carga horária (duração) dos cursos 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

16. Conteúdo programático atual 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

17. O curso ser reconhecido como atividade complementar 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

18. Abordagem de temas sobre a futura profissão 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

19. Mais cursos voltados para a área da educação (licenciatura) 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

20. Estrutura física utilizada (sala de aula, laboratório) 1.( ) 2.( ) 3.( ) 4.( ) 5.( )

Bloco IV - Sugestões Sugira qual ou quais cursos de extensão você teria interesse de realizar no Unilasalle?

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APÊNDICE E – Opiniões dos entrevistados sobre novos cursos de extensão.

Quadro 13 - Administração

ADMINISTRAÇÃO Marketing (6) Gestão de pessoas (4) Informática (3) Uso da calculadora HP12c (3) Logística (2) Motivação (2) Comunicação (2) 6 sigma (2) Qualidade (2) Administração na prestação de serviços Análise financeira Cadeia de suprimentos Cenário atual da Administração Contabilidade Conteúdos motivacionais Controladoria Dicção e oratória Dinâmica empresarial Direito Engenharia da qualidade Funcionamento aduaneiro Gerência de TI Gestão Gestão de projetos em empresas Gestão de recursos nas empresas Gestão empresarial Importação / exportação Inglês comercial Legislação tributária Logística Internacional Matemática financeira Mercado de trabalho Negócios internacionais Nomenclatura de logística importação / exportação Pesquisa de mercado Planejamento estratégico Relações internacionais Tecnologia nas empresas Tributação

Fonte: Coleta de dados, 2007.

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Quadro 14 - Ciências da computação

CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO Linguagens de programação (4) Java (3) Linux (3) Oracle (3) PHP (3) Computação gráfica (2) Gerencia em TI (2) Firebird (2) Idiomas (2) Inglês na computação (2) Animação gráfica Autocad 2D / 3D Automação de máquinas DHTML Eletrônica Engenharia de software Ferramentas para desenvolvimento de sistemas HTML Libras Mercado de trabalho Microeletrônica MY SQL Photoshop Qualidade de software Robótica Testes TV digital Visual basic Web design Windows XHTML

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 15 - Ciências biológicas

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Microbiologia (2) Anatomia e fisiologia comparada Biologia Molecular Bioquímica Economia solidária Educação ambiental Elaboração de projetos sociais Estudo da fauna e flora do RS Fatores econômicos e políticos para trabalhar na área de preservação ambiental Genética Imunologia Libras Responsabilidade social Taxidermia

Fonte: Coleta de dados, 2007.

108

Quadro 16 - Ciências contábeis

CIÊNCIAS CONTÁBEIS Controladoria (2) Gestão de pessoas (2) Atualização fiscal (ICMS, IPI, IR...) Excel avançado Gestão financeira Gestão trabalhista Logística Otimização dos recursos empresariais Projetos contábeis

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 17 - Ciências econômicas (Economia)

CIÊNCIAS ECONÔMICAS (ECONOMIA) Finanças empresariais (3) Uso da Calculadora HP12c (2) Análise de cenários Gerencia de custos Gerencia financeira avançada Gestão pública Informática aplicada à estatística Lei de responsabilidade social Planejamento econômico Planejamento financeiro

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 18 - Computação

COMPUTAÇÃO Linguagens de programação (3) Inglês na computação (2) Ferramentas para desenvolvimento de sistemas Qualidade de software Mercado de trabalho Computação gráfica

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 19 - Curso superior de tecnologia em processos gerenciais

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS Administração Direito Gerencia de projetos Gestão Liderança Uso da calculadora HP12c

Fonte: Coleta de dados, 2007.

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Quadro 20 - Curso superior de tecnologia de redes de computadores

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE REDES DE COMPUTADORES Linguagens de programação Testes Microeletrônica Eletrônica Idiomas

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 21 - Direito

DIREITO Língua portuguesa (2) Área penal Área trabalhista Desenvolvimento sustentável Dicção e interpretação Economia solidária Espanhol Gestão de pessoas Gestão de varejo História da Grécia, Roma e idade média Informática Interpretação Alemão Inglês Opinião pública Parte prática do direito Publicidade Terceirização

Fonte: Coleta de dados, 2007.

110

Quadro 22 - Educação física

EDUCAÇÃO FÍSICA Avaliação física (4) Musculação (3) Ginástica em academia (2) Fisiologia do exercício (2) Análise postural Anatomia Biomecânica Body Systems Curso de dança Didática de acadêmia Educação Educação especial Educação física com pessoas doentes (diabéticos / cardíacos, etc) Educação física na educação infantil Educação física voltada para o mercado de trabalho Educação inclusiva Empreendedorismo na educação Ginástica laboral Ginástica localizada Ginástica postural Licenciatura em educação física infantil / fundamental / médio Musculação para grupos especiais Neuroanatomia Nutrição Pilates Psicomotricidade para educação infantil / Crianças especiais Recreação escolar Saúde Treinamento físico

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 23 - Enfermagem

ENFERMAGEM Cuidado de feridas (Curativos) (6) Ausculta cardíaca e pulmonar (2) Saúde pública (2) UTI / CTI (2) Administração hospitalar Bloco cirúrgico Emergência Enfermagem na pediatria Fisioterapia alternativa Pediatria Saúde comunitária

Fonte: Coleta de dados, 2007.

111

Quadro 24 - Engenharia ambiental

ENGENHARIA AMBIENTAL Empreendedorismo Energias alternativas Ética no uso de animais na indústria Sensoriamento remoto

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 25 - Engenharia de telecomunicações

ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES Eletrônica (2) Softwares gráficos Autocad

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 26 - Filosofia

FILOSOFIA Direitos humanos na filosofia Ética na política Gestão Relações pessoais Violência e suas causas

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 27 - Física

FÍSICA Automação Eletrônica Ênfase na educação Gerenciamento de projetos Química Telecomunicações

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 28 - Fisioterapia

FISIOTERAPIA Áreas de especialização em fisioterapia Anatomia Pilates Biomecânica

Fonte: Coleta de dados, 2007.

112

Quadro 29 - Geografia

GEOGRAFIA Área ambiental Arqueologia Cartografia Ecologia Espanhol Geomorfologia Geopolítica Geoprocessamento Libras Meio ambiente

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 30 - História

HISTÓRIA História do RS (3) Cultura negra Escravidão História dos municípios do RS Imigração Libras Psicologia para jovens e crianças Revolução Farroupilha

Fonte: Coleta de dados, 2007.

113

Quadro 31 - Letras

LETRAS Inglês (2) Latim (2) Literatura portuguesa (2) Pronúncia da língua inglesa (2) Trabalhar a pontuação (2) Alfabeto fonético Análise de textos Aprender a usar o dicionário de inglês Biografia de autores clássicos Braile Correção de textos Estudo de palavras Etimologia das palavras Fonética da língua inglesa Gramática Gramática espanhola Libras Lingüística Literatura inglesa Organização de um livro Ortografia Perfil dos novos educadores Português Produção textual Produção textual voltada para ficção Redação Revisão de texto Texto jornalístico / literário

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 32 - Matemática

MATEMÁTICA Didática Educação em sala de aula Geometria espacial Geometria plana Logaritmos Pratica na escola

Fonte: Coleta de dados, 2007.

114

Quadro 33 - Nutrição

NUTRIÇÃO Curiosidades culinárias do Brasil Marketing em nutrição Mercado de trabalho Nutrição esportiva Nutrição hospitalar Nutrição química Personal diet Saúde pública

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 34 - Pedagogia

PEDAGOGIA Jogos pedagógicos (5) Libras (5) Matemática para séries iniciais (5) Alfabetização (4) Formação continuada (3) Didática e planejamento (2) Educação especial (2) Artes na educação infantil Avaliação Educação Hora do conto Leitura infantil Metodologia de ensino na sala de aula Músicas Produção textual Psicopedagogia Séries iniciais Teatro Trabalhos com o lúdico

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 35 – Psicopedagogia clínica e institucional

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL Libras (2) Alfabetização Capacitação para educação especial Comunicação Dificuldades de aprendizagem Educação / ensino Jogos pedagógicos Lúdico na alfabetização Outros idiomas Psicopedagogia na escola

Fonte: Coleta de dados, 2007.

115

Quadro 36 - Química

QUÍMICA Qualidade em laboratório (2) Educação na prática Física Gestão ambiental Manuseio de vidraria Meio ambiente Mercado de trabalho Química analítica Química na criminologia Química orgânica Tecnologia em análises químicas Toxicologia

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 37 - Relações internacionais

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Diplomacia corporativa (3) Inteligência internacional (2) Segurança internacional (2) Análise de conjuntura Análise do sistema internacional Área diplomática Uso da calculadora HP12c Gestão financeira Globalização cultural Internacionalização de empresas Marketing Marketing internacional Patentes Prática de negociações internacionais Propriedade intelectual Relações internacionais contemporâneas Vendas

Fonte: Coleta de dados, 2007.

Quadro 38 - Teologia

TEOLOGIA Religiões (2) Ética Teologia bíblica Psicologia

Fonte: Coleta de dados, 2007.

116

Quadro 39 - Turismo

TURISMO Meio Ambiente (2) Cursos sobre eventos Geografia Roteiros turísticos Turismo no exterior

Fonte: Coleta de dados, 2007.