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Planejamento das Escolas da Prefeitura de Guarulhos - 2015 Secretaria Municipal de Educação Foto: Maurício Burim/SE

Secretaria Municipal de Educação Planejamento das Escolas ... · 4 ORIENTAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO 2015 . Apresentamos abaixo orientações gerais para as escolas realizarem seu

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Planejamento das Escolas daPrefeitura de Guarulhos - 2015

Secretaria Municipal de Educação

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APRESENTAÇÃO

À equipe escolar,

O início do nosso trabalho em 2015 é, na verdade, a continuação de um projeto de educação com o olhar

para a qualidade social. Essa é a meta que perseguimos coletivamente, pois as parcerias que estabelecemos é a

reafirmação da gestão democrática e a certeza de que juntos podemos chegar à Escola que sonhamos (Marco

Referencial).

Nesse contexto, o PPP deve ser visto como um processo contínuo, devendo articular os diferentes atores

para o alcance dos fins sociais da educação. Por isso, a gestão democrática é fundamental, razão pela qual

fortaleceremos os Conselhos Escolares como espaços de tomada de decisões institucionais, de avaliação e reflexão

sobre o PPP da escola.

Agora, é chegada a hora da sistematização da Programação. É o momento em que o planejamento se traduz

nas ações que nos aproximarão do horizonte que desenhamos no Marco Referencial. Partindo da realidade, a

Programação é a previsão daquilo que a escola desenvolverá para alcançar os objetivos traçados.

Em 2015 também continuaremos a fortalecer o eixo Tecnologia na Educação, articulando ações que vão

desde a criação de infraestrutura de modernização tecnológica até a ampliação da Formação Permanente em EaD, no

contexto da Escola Digital.

Enfim, este texto de planejamento apresenta um conjunto de ações que a Secretaria desenvolverá neste ano

com o olhar no avanço das escolas. São muitos os projetos em curso e destacamos uma parcela deles, os quais

constituem nossa própria Programação. Em suma, todas as ações têm uma única finalidade: ajudar a tornar a escola

um lugar interessante, alegre e feliz para todos!

Um forte abraço!

Prof. Moacir de Souza

SUMÁRIO

ORIENTAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO 2015 ............................................................................................................. 4

I - POLÍTICA DE FORMAÇÃO PERMANENTE .................................................................................................................. 5

1. Cursos e formação em serviço .............................................................................................................................. 6

2. Transversalidade e sua articulação com o currículo .............................................................................................. 7

3. Programa Saberes em Rede ................................................................................................................................. 7

4. Plataforma Freire ................................................................................................................................................... 7

5. Eventos .................................................................................................................................................................. 8

II - PROGRAMAS QUE CONTRIBUEM PARA O FORTALECIMENTO DA AÇÃO ESCOLAR .......................................... 8

1. Programa de Educação Inclusiva e Rede Intersetorial .......................................................................................... 8

2. Programa Saúde na Escola (PSE) ......................................................................................................................... 9

3. Programa Meus Livros / Catalogação / PNLD ....................................................................................................... 9

4. Escola Digital ....................................................................................................................................................... 10

III - CONSELHO PARTICIPATIVO DE CLASSE E CICLO (CPCC): REAFIRMANDO SEU SENTIDO ............................ 10

FINALIZANDO... ............................................................................................................................................................... 11

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................................. 11

ANEXO 1 - Texto Complementar – Elaboração da Programação .................................................................................... 12

ANEXO 2 - Exemplos de Sistematização da Programação...............................................................................................20

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ORIENTAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO 2015

Apresentamos abaixo orientações gerais para as escolas realizarem seu planejamento nos dias 19 e 20 de

fevereiro de 2015. O objetivo é que a escola tenha um foco na dimensão pedagógica em busca da reafirmação de sua

função social, articulando-a às dimensões comunitária e administrativa. Assim, as escolas devem:

1) Orientar aos professores e comunidade a realização da leitura deste texto para que, nos dias destinados

ao planejamento, 19 e 20 de fevereiro, a discussão se desenvolva tendo-o como ponto de partida;

2) Analisar os anexos conforme se segue: 1) Texto Complementar – Elaboração da Programação; 2)

Exemplos de Sistematização da Programação. Lembramos que a Programação do PPP é a última parte da

sistematização e deverá ser encaminhada para a SME em 31 de março de 2015;

3) Refletir sobre o uso dos recursos da escola (financeiros e não financeiros), tendo em vista seu uso

consciente e responsável em favor do desenvolvimento do PPP.

Esperamos que o período de planejamento se constitua em uma oportunidade para a escola delinear as

ações que, de fato, contribuirão para o avanço dos educandos em sua aprendizagem. A referência da qualidade social

deve guiar os esforços de toda a comunidade escolar nesse importante momento no qual ideias, desejos e sonhos

serão traduzidos em ações de humanização pelo ensino. Bom trabalho a todos!

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PLANEJAMENTO DAS ESCOLAS DA PREFEITURA DE GUARULHOS - 2015

Para auxiliar no Planejamento das escolas, apresentamos o delineamento de nossa perspectiva de trabalho

para 2015 à luz de nosso projeto de educação. A atenção às ações a serem realizadas (formações, eventos etc.) é

fundamental para que a escola possa considerá-las em sua Programação e no fortalecimento que podem dar à ação

cotidiana. Além disso, apresentamos um conjunto de programas complementares que garantem condições para a

qualidade do trabalho realizado nas escolas.

O detalhamento das ações aqui apresentadas, com as orientações específicas, será realizado ao longo do

ano. Neste momento, desejamos apresentar um panorama do planejamento pedagógico à Rede Municipal para reflexão

neste início de ano. 1

Importa estabelecer que as linhas de atuação desta Secretaria estão em consonância com as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013), nas quais os educandos são concebidos em sua integralidade,

tendo como princípio da ação educativa o respeito aos seus tempos de vida e buscando seu desenvolvimento pleno em

todas as dimensões humanas.

I - POLÍTICA DE FORMAÇÃO PERMANENTE

A Formação tem sido um dos principais eixos de atuação pedagógica para subsidiar as escolas. Em seu

âmbito organizamos uma série de cursos, eventos e formações em serviço com o objetivo de refletir sobre os diferentes

eixos do QSN e sobre a integralidade da formação humana. Para tanto, é necessário que todos os sujeitos que fazem

parte do processo educativo estejam implicados nesse movimento formativo, num caráter de corresponsabilidade e

compromisso. Trata-se de uma estruturação estratégica para garantirmos os direitos de aprendizagem de todas as

crianças, jovens e adultos que atendemos na Rede Municipal.

Nesse sentido, orientamos que as escolas fiquem atentas aos cursos oferecidos, bem como aos eventos, os

quais têm por finalidade fortalecer o olhar para a aprendizagem e o desenvolvimento em sua integralidade nas

dimensões pessoal, social, afetiva, ética e estética. As ações de formação devem ser entendidas em sua articulação e

em relação ao lugar que vão ocupar na escola.

Salientamos a importância de perceber as relações existentes entre os diversos espaços formativos (cursos,

seminários, encontros integrados, hora-atividade, entre outros) e a concepção da Rede, possibilitando que essas

vivências sejam ressignificadas e refletidas na atuação dentro e fora da sala de aula. Ressalta-se, pois, a necessidade

de o professor e os demais profissionais valorizarem o seu próprio processo de formação, dando continuidade aos

cursos iniciados e refletindo, em hora-atividade, sobre os saberes construídos. Enfatizamos também o papel dos

educadores como mediadores do processo de ensino-aprendizagem.

1 O que apresentaremos aqui é o delineamento de algumas ações. Para conhecimento de todos os eventos, formações, seminários e encontros previstos, remetemos a consulta ao Calendário Escolar 2015, disponível em: <http://www.guarulhos.sp.gov.br/images/stories/educ/publicacoes/calendario_escolar_2015_subsite.pdf>.

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1. Cursos e formação em serviço

No que se refere aos cursos e formações, cuja função, entre outras, é contribuir para a melhoria da prática

docente, informamos que os cursos continuarão a ser oferecidos em 2015, com destaque para a 3ª edição do Pacto

Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e a Olimpíada de Matemática para o Ensino Fundamental.

Na Educação Infantil, o Programa Mesa Educadora para a Primeira Infância e a Semana Mundial do Brincar

constituem espaços privilegiados para a reflexão sobre a(s) infância(s) e seu desenvolvimento pleno. Nosso desejo é de

que, coletivamente, tenhamos um objetivo claro em nosso fazer: a aprendizagem efetiva das crianças. Essa realização

pressupõe a garantia e a proteção da(s) infância(s). Ser criança na perspectiva dos direitos humanos e da

aprendizagem significa ter a oportunidade de vivenciar experiências educacionais nas quais sejam valorizados o

acolhimento, o afeto, a brincadeira, a convivência, a reflexão, a expressão de diferentes pontos de vista e linguagens, o

sonho, a curiosidade e muito mais.

Quanto ao público jovem e adulto, sabemos que ele teve de participar de um espaço escolar que

historicamente lhe recusou o atendimento das especificidades que constituem seu tempo de vida e suas necessidades

educacionais. Por isso, a EJA tem um papel importante em nossa política como modalidade de ensino que garanta a

escolaridade ao público jovem e adulto que não cursou o Ensino Fundamental na idade própria. Essa preocupação

igualmente orienta o olhar desta Secretaria para o Movimento de Alfabetização (MOVA), que é uma parceria entre o

poder público e a sociedade civil organizada, por meio de entidades sem fins lucrativos, cuja finalidade é o atendimento

de jovens e adultos que procuram por oportunidades de alfabetização.

No caso do MOVA manteremos as formações permanentes com os atores do Movimento. Na EJA Regular,

olhando para as características próprias desse alunado, neste ano implantaremos o Projeto Autonomia do Saber, uma

ação que propõe a reorganização dos tempos e espaços escolares, com referência no QSN, como forma de atender

aos interesses de aprendizagem dos educandos, permitindo percursos de aprendizagem próprios às necessidades de

cada um. O Projeto é visto como mais uma forma de garantir condições apropriadas de permanência escolar, as quais

têm o potencial de proporcionar desenvolvimento escolar pleno aos jovens e adultos da cidade de Guarulhos.

Todas as ações apresentadas devem ter como referência os tempos dos sujeitos, atentando-se para o seu

desenvolvimento dentro do ciclo de formação, para que as ações de aprendizagem sejam organizadas. A formação,

vista sob este enfoque, exige o aprimoramento permanente da profissionalização “rigorosa”, no sentido mais freireano

do termo, isto é, ela nos convida ao aprofundamento dos saberes pedagógicos (teóricos e práticos), de modo que

possamos lançar mão de estratégias cada vez mais intencionais, planejadas e sistematizadas.

Nesse aspecto, organizaremos semestralmente os Encontros Integrados (Formação da Educação Infantil, do

Ensino Fundamental e da EJA) que são momentos de reflexão coletiva sobre saberes trabalhados na escola e ainda a

serem desenvolvidos no contexto de uma educação com qualidade social. Esses encontros, como estruturação

específica de um espaço/tempo de desenvolvimento profissional, contempla palestras, oficinas e discussões diversas

sobre os saberes necessários à formação humana integral.

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2. Transversalidade e sua articulação com o currículo

Compreendendo, em sentido amplo, a relação entre a transversalidade de áreas e temas com a necessidade

de uma abordagem interdisciplinar, inspiramo-nos no que preconizam os Parâmetros Curriculares Nacionais:

Ambas — transversalidade e interdisciplinaridade — se fundamentam na crítica de uma concepção de conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado. Ambas apontam a complexidade do real e a necessidade de se considerar a teia de relações entre os seus diferentes e contraditórios aspectos. Mas diferem uma da outra, uma vez que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito principalmente à dimensão da didática (BRASIL, 1997, p. 31).

Assim, contemplando as diferenças e as complementaridades entre os dois termos, destacamos três áreas

que se integram seja na transversalidade como relação entre os temas trabalhados e a vida real, seja na

interdisciplinaridade como integração entre as áreas de conhecimento.

Destacamos primeiramente as ações vinculadas à educação socioambiental, que continuam tendo um lugar

importante em nossa política educacional, tendo em vista o olhar sistêmico em que se amparam. Partindo da relação

com o meio onde vivemos, com o foco na importância da vida, temos o tema Consumo como eixo norteador das ações,

promovendo atividades de sensibilização e formação de educandos, educadores e toda a comunidade escolar, pela

redução dos impactos ambientais enquanto condição necessária à nossa própria sobrevivência e para o exercício da

cidadania.

Já no tocante às artes, a prioridade é a construção de projetos que viabilizem a relação entre a “parte e o

todo”, o “processo e o produto” e o aprofundamento dos significados das ações que podem nos causar a importante

sensação da alegria crítica pela vivência das possibilidades estéticas. Sabemos do enorme desafio que a educação

traz, pois enquanto mediadores para o alcance do relacionamento entre as várias linguagens — entre elas as Artes, a

Música, a Educação Física e a Cultura e Língua Inglesa — continuaremos estruturando espaços para dar consistência

à proposta.

Em matéria de valorização das diferenças e da diversidade, destacamos os cursos temáticos e as oficinas

nas próprias escolas, os quais estão voltados para o diálogo sobre saberes e práticas necessárias à construção da

igualdade, o aprofundamento em relação às culturas indígenas, as interações no âmbito das vulnerabilidades infantis,

entre outros temas.

3. Programa Saberes em Rede

Com o olhar para a articulação de todo o trabalho escolar, o Programa Saberes em Rede continua como

importante ação de formação de coordenadores pedagógicos, na medida em que é um espaço de discussão sobre a

coordenação cujo centro é a articulação do PPP e a materialização do currículo da escola. Neste ano, a criação de

condições para a viabilização do PPP na escola constituirá sua linha fundamental.

4. Plataforma Freire

Como mais uma oportunidade de formação aos profissionais das escolas, existe a Plataforma Freire. Trata-

-se de um sistema eletrônico criado em 2009 pelo Ministério da Educação que publica a quantidade de vagas para pré-

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-inscrição em licenciatura em Pedagogia, a ser ofertada gratuitamente pelas Instituições de Educação Superior (IES),

para os professores em exercício da rede pública de educação básica, a fim de que possam obter a formação exigida

pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

5. Eventos

É como ação de formação permanente que os eventos são compreendidos na Rede Municipal. Estruturados

com o objetivo de abordar temas do nosso PPP, os seminários, mostras e encontros possuem uma natureza de diálogo

sobre as mais diversas questões educacionais.

Nessa perspectiva, concebemos a centralidade da Mostra da Educação Municipal, que se constitui em um

momento maior de socialização de práticas que são o resultado do trabalho escolar ao longo do ano. O evento está em

sua 6º edição e, previsto para novembro, continua sendo uma referência da qualidade social das práticas realizadas

pelas escolas municipais.

Além disso, merece destaque a 5ª edição do Prêmio Akoni de Promoção da Igualdade Racial, evento que

traz à tona o esforço das escolas municipais em trabalhar as questões raciais e étnicas no contexto educacional à luz

da Lei Federal 10.639/2009 e 11.645/2008. O evento é, assim, uma ação que traduz o esforço de valorização da cultura

afro-brasileira na escola e na sociedade.

Também está prevista para este ano a realização do 2º Seminário Internacional de Educação, cujo objetivo é

apresentar e socializar o conjunto de avanços conquistados na área da tecnologia, trazendo convidados nacionais e

estrangeiros para expor suas experiências no uso da informática no processo ensino e aprendizagem. O evento é uma

iniciativa de potencialização das discussões sobre o papel que as tecnologias representam no avanço do trabalho

pedagógico.

II - PROGRAMAS QUE CONTRIBUEM PARA O FORTALECIMENTO DA AÇÃO ESCOLAR

Entre os programas e os projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação, destacamos abaixo

três ações para o fortalecimento da escola em uma perspectiva de garantia de direitos. Elas devem ser vistas como um

esforço articulado e coletivo de criar condições para o bom aproveitamento escolar das crianças.

1. Programa de Educação Inclusiva e Rede Intersetorial

Tendo em vista a garantia do direito pleno à educação e o combate à violência contra crianças e

adolescentes, destacamos, no âmbito do Programa de Educação Inclusiva (PEI), duas ações estratégicas: o

Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a Rede Intersetorial de Prevenção às Violências contra Crianças e

Adolescentes.

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é entendido como um serviço que oferece recursos e apoio

aos educandos com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e altas habilidades/superdotação

(SME, 2013, p. 7). Com atuação em rede, o AEE contribui para a inclusão escolar dos educandos e lhes garante o

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direito ao desenvolvimento humano, o que constitui um esforço para a construção de uma escola verdadeiramente

inclusiva. Neste ano, canalizando as reflexões, realizaremos a 5ª edição do Seminário de Educação Inclusiva: direito à

diversidade, direcionando o olhar para o tema com base na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva.

A Rede Intersetorial de Prevenção às Violências contra Crianças e Adolescentes, por sua vez, está articulada

em torno do projeto Guarulhos: Cidade que Protege, cujo objetivo é construir e solidificar ações conjuntas para o

enfrentamento das violências e fortalecimento dos direitos desse grupo. Quanto às ações, destacamos os Encontros da

Rede Intersetorial, bem como a integração de serviços na perspectiva de garantia de direitos de crianças e

adolescentes em situação de vulnerabilidade, com vistas à inclusão social e escolar.

2. Programa Saúde na Escola (PSE)

O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma política intersetorial voltada às crianças, adolescentes, jovens e

adultos da educação pública municipal e estadual para promover saúde e educação de forma integral.

É importante que a escola desenvolva ações conjuntas entre Unidade Básica de Saúde e outras parcerias

que se adequem a sua realidade, a fim de desenvolver ações relacionadas às temáticas previstas no Programa e que

fazem parte do nosso QSN.

Dessa forma, para garantir o direito humano à educação e o desenvolvimento integral do educando, é

necessário que todos os sujeitos comprometidos com o PSE planejem e desenvolvam ações conjuntas nos espaços de

discussão da escola. É fundamental ampliar cada vez mais o diálogo e envolver os pais e comunidade nas estratégias.

3. Programa Meus Livros / Catalogação / PNLD

No primeiro semestre de cada ano, educandos a partir do Estágio I da Rede Municipal de Educação recebem

um livro de literatura e um dicionário do Programa Meus Livros. A iniciativa, que está em sua 4ª edição, é parte de uma

das ações da Política de Formação de Leitores, cujo objetivo é, entre outros, disseminar o hábito e o prazer da leitura.

Esses livros compõem o acervo pessoal dos educandos, de modo que devem ser entregues a eles no “momento em

que chegam às escolas”.

Ainda na área do livro e da leitura, neste ano organizaremos os acervos das escolas que já possuem um

espaço específico de leitura, iniciando um processo de orientação para a catalogação dos livros e a readequação

desses locais. A ação tem como objetivo consolidar espaços de leitura nas escolas e contribuir com a formação de

leitores.

Em 2015 também teremos a escolha de livros do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), triênio

2016/2017/2018. As escolas devem se preparar para fazer a escolha das coleções. É importante levar em conta os

saberes que estão em nossa proposta curricular e as necessidades dos educandos, não esquecendo que esses livros

serão utilizados durante os próximos três anos. Portanto, é preciso atenção à concepção de educação do Município.

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4. Escola Digital

O Programa Escola Digital consiste em uma política de modernização tecnológica com a finalidade de

fomentar o uso da tecnologia na Rede Municipal de Educação. Ele está estruturado em três componentes: 1)

Infraestrutura; 2) Formação Permanente; 3) Gestão Pedagógica e Portal Comunidade.

No primeiro componente, diversas ações já foram realizadas, como a construção do Datacenter da SME, a

implantação de infovia (fibra ótica) e a ampliação do link de internet. Mas destacamos, para este ano, a aquisição de

750 kits multimídia, compostos por um projetor, tela retrátil e caixa de som a serem instalados nas salas das escolas da

Rede Municipal. Ademais, entregaremos a cada professor e a cada gestor escolar, na forma de concessão, um

notebook com o propósito de que seja utilizado nas atividades diárias, o que permite aos profissionais explorarem ainda

mais os conteúdos digitais disponíveis na rede mundial de computadores (internet).

No segundo componente, com base na customização da plataforma Moodle, a Política de Formação

Permanente dos profissionais da Rede ganha maior abrangência com a criação da Escola Digital Maria Aparecida

Contin. Essa plataforma para formação continuada tem por finalidade ser uma instância para reflexão cotidiana na

modalidade EaD, tendo como referência a realidade das escolas. Trata-se de mais um passo na criação de uma rede

de formação que congrega diferentes formatos e uma diversidade de temas com foco no PPP das escolas.

No terceiro componente, por fim, estamos desenvolvendo um conjunto de aplicativos digitais com o objetivo

de facilitar o dia a dia do professor e dos gestores da SME. Esses aplicativos estão definidos da seguinte forma:

Registro-Síntese do Processo Avaliativo Digital; Planejamento Digital; Registro de Ações Pedagógicas e Frequência da

Classe Digital e Aula Digital. Além disso, está previsto um portal de acesso a informações onde os pais/responsáveis

poderão acompanhar o desenvolvimento escolar do educando. O intuito é promover ainda mais transparência nos

processos e ações da educação.

III - CONSELHO PARTICIPATIVO DE CLASSE E CICLO (CPCC): REAFIRMANDO SEU SENTIDO

Já salientamos em outros textos a importância dos órgãos colegiados para uma reflexão sobre a ação

escolar, reafirmando continuamente sua importância no contexto de uma gestão democrática e de uma educação

construída coletivamente. Novamente chamamos a atenção para a necessidade de empoderamento dos conselhos,

com especial destaque, na dimensão pedagógica, ao Conselho Participativo de Classe e Ciclo (CPCC).

O CPCC é, antes de tudo, um mecanismo de gestão democrática, que tem como uma de suas funções ser um espaço de levantamento das necessidades de mudança e avanço. Nesse sentido, ele passa a ter um caráter definidor de um projeto de formação e se constitui como espaço rico de transformação da prática pedagógica, com base no Projeto Político-Pedagógico da Escola e da Rede, para que o coletivo verifique se as metas propostas estão sendo atingidas, dando mais sentido aos processos de avaliação desenvolvidos (SME, 2012, p. 33).

O CPCC precisa ser compreendido como um momento de reflexão sobre as aprendizagens construídas

pelos educandos durante o ano, na perspectiva de pensar sobre o que foi realizado e promover uma reorganização do

trabalho para que eles avancem em sua aprendizagem. Ele precisa ter reafirmada sua constituição como um espaço

para avaliar os avanços e as potencialidades e como meio para analisar a própria continuidade do ciclo.

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FINALIZANDO...

Esperamos que este texto tenha fornecido elementos gerais para que as escolas tenham uma visão do

planejamento da Secretaria para este ano de 2015. Podemos dizer que ele traduz as linhas gerais da nossa

Programação amparadas no PPP da Rede Municipal.

Se o delineamento apresentado constitui um plano operativo, podemos dizer que sua referência é a

construção de uma escola com qualidade social, na qual a humanização e a emancipação humana sejam seus

elementos centrais. É essa a utopia que nos faz caminhar, utopia que, em tensão com a realidade, nos leva a construir

linhas de ação e ações concretas para diminuir a distância que nos separa do horizonte de formação desejado e

explicitado em nossas publicações.

Esperamos que toda a comunidade escolar, analisando as necessidades de seu entorno e de seu grupo,

reflita sobre como cada ação pode contribuir para a reafirmação da função social da escola na busca da qualidade da

educação. É assim que construiremos uma escola na qual todos tenham garantido seu direito à educação como

condição para seu desenvolvimento integral.

REFERÊNCIAS

BRASIL. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

______. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GUARULHOS. Educação inclusiva: desafiar os tempos, investindo no

Atendimento Educacional Especializado e na garantia de direitos. São Paulo: Mais Diferenças, 2013.

______. Caderno de orientações sobre o processo avaliativo. 2012.

______. Formação Permanente (FP). 2010.

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ANEXO 1 - Texto Complementar - Elaboração da Programação

Sobre a Sistematização Final e Publicação da Programação

Celso dos S. Vasconcellos2

Conforme tínhamos comunicado, a partir de 2015, a Programação incorpora o “Plano de Ação” que vinha

sendo feito pelas escolas nos últimos anos. Assim sendo, o documento que as escolas devem entregar ao DOEP, até

31 de março, é a Programação, terceira e última parte do Projeto Político-Pedagógico da escola.

Na sequência, damos mais alguns detalhes sobre a sistematização final e publicação da Programação.

I—Estrutura Geral da Programação

Retomamos a orientação dada no Caderno 3:

Introdução/Apresentação à 3ª parte do PPP (se houver)

1. Trabalho com o Quadro de Saberes Necessários (QSN)/Proposta Curricular

Necessidades (retiradas do Diagnóstico)

Linhas de Ação (se houver)

Regras (se houver)

Ação Concreta/Atividade Periódica (se houver)

[Ação, Objetivo, Quando, Responsáveis, Recursos, Rede de Ajuda e Avaliação]

2. Tempos e Espaços

Necessidades (retiradas do Diagnóstico)

Linhas de Ação (se houver)

Regras (se houver)

Ação Concreta/Atividade Periódica (se houver)

[Ação, Objetivo, Quando, Responsáveis, Recursos, Rede de Ajuda e Avaliação]

3. Metodologia de Ensino

Necessidades (retiradas do Diagnóstico)

Linhas de Ação (se houver)

Regras (se houver)

Ação Concreta/Atividade Periódica (se houver)

[Ação, Objetivo, Quando, Responsáveis, Recursos, Rede de Ajuda e Avaliação] (...)

19. Relacionamento da nossa escola com a Secretaria Municipal de Educação

Necessidades (retiradas do Diagnóstico)

Linhas de Ação (se houver)

Regras (se houver)

Ação Concreta/Atividade Periódica (se houver)

[Ação, Objetivo, Quando, Responsáveis, Recursos, Rede de Ajuda e Avaliação]

2 Prof. Celso dos Santos Vasconcellos é Doutor em Educação pela USP, Mestre em História e Filosofia da Educação pela PUC/SP, Pedagogo, Filósofo,

pesquisador, escritor, conferencista, professor convidado de cursos de graduação e pós-graduação, consultor de secretarias de educação, responsável pelo Libertad

- Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica. [email protected] www.celsovasconcellos.com.br

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A escola pode acrescentar anexos à Programação, como, por exemplo, o Calendário da Escola, as

Normas de Convivência/Disciplinares, o Regimento, a equipe que participou da construção e/ou sistematização

da Programação etc. A ideia é não ficar multiplicando planos, que a Programação possa abarcar toda aquela

ação que é significativa para a escola (aquilo que for passível de previsão, naquele momento, evidentemente).

Então, por exemplo, cabe, perfeitamente, incluir a reforma do telhado, já que uma das dimensões do PPP é a

questão da Estrutura.

II—Explicando os Elementos da Ação

Explicitamos abaixo o significado dos diversos elementos que compõem o quadro relativo às

ações da Programação:

Ação: o que será feito durante o ano, guardando-se relação com as Necessidades identificadas

e com o Marco Referencial; é necessário que seja exequível e de governabilidade da escola

Objetivo: o que se pretende alcançar com a ação. No momento em que estamos fazendo a

Programação, no calor da discussão, analisa-se uma proposta que acaba sendo incorporada ao plano, pois

naquele contexto está muito clara sua pertinência, já que atende uma necessidade da escola. Depois,

quando da sua realização, às vezes meses depois, vem a dúvida: por que mesmo esta proposta está aqui?

Qual é mesmo o seu sentido? Daí a demanda de se registrar a proposta de ação juntamente com seu

objetivo

Quando: momento previsto para a realização da ação; no caso de ser uma Atividade Periódica,

indica-se a periodicidade com que ela irá ocorrer (semanal, quinzenal etc.)

Responsáveis: pessoas mais diretamente envolvidas na realização da ação, que assumem a

responsabilidade de referência do acompanhamento da execução. É importante que as pessoas concordem

com a responsabilidade

Recursos: são meios para viabilizar ações e concretização de objetivos; são de diversas

naturezas, não somente financeiras (PROREDE ou PDDE, por exemplo), contemplando também materiais,

documentos etc. [Em breve disponibilizaremos no site da Prefeitura texto explicativo sobre os recursos]

Rede de Ajuda: pessoas, serviços, setores e/ou instituições com os quais se poderá contar

direta ou indiretamente como pontos de apoio na realização da ação; é importante que a Rede seja

contactada para concordar com a ajuda e que se estabeleça algum tipo de pactuação.

Avaliação: é a verificação da pertinência da ação em relação ao seu objetivo, explicitando-se

as medidas necessárias para seu aperfeiçoamento; trata-se de um momento de reflexão coletiva da escola.

No Anexo 2, apresentamos alguns exemplos de sistematização da Programação visando tornar

mais claras e concretas estas orientações metodológicas.

III—Retomando a Relação entre o Diagnóstico e a Programação

Como se viu acima, e como já tinha sido explicitado desde o começo do processo de elaboração,

a Programação tem como ponto de partida as Necessidades, que, por sua vez, são a última parte do

Diagnóstico.

Numa breve análise dos Diagnósticos de algumas escolas constatamos três problemas básicos:

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1. Não explicitação das Necessidades

Escolas que apenas descreveram a realidade (o que tem contribuído/dificultado), mas não explicitaram as

Necessidades.

Hipótese explicativa: Falta de tempo para sistematizar as Necessidades.

Orientação Metodológica: O ideal seria que se dedicasse mais um tempo para a explicitação das

Necessidades. Todavia, de um modo geral, as escolas não têm esse tempo. Então, a recomendação é que tenham bem

presente a descrição da realidade da escola e, partindo desse contexto, façam as propostas de ação para a

Programação da Escola.

2. Sem Necessidades

Escolas que não percebem Necessidades, entendendo que devem simplesmente continuar fazendo o que já

vêm fazendo.

Hipótese explicativa: Busca de valorização do trabalho que vem sendo feito pelo coletivo escolar.

Orientação Metodológica: Sem abrir mão da positividade da ação que vem sendo feita, procurar exercer

de forma mais atenta a autocrítica institucional. Lembrar que a realidade é, na sua constituição básica, contraditória. O

fato de apontar um limite, uma falha, uma contradição não elimina os avanços e conquistas. Serve justamente para

avançar ainda mais. Numa perspectiva dialética, o desenvolvimento institucional se dá pela dinâmica do Somos/Ainda-

Não Somos/Podemos Vir a Ser Mais.

Para o enfrentamento da dificuldade em se fazer uma autocrítica institucional mais autêntica, uma das

estratégias é se defrontar com dados objetivos. Apesar de todos os limites, um dado que pode servir para o confronto é

o Ideb da escola: se ainda não atingiu o valor máximo, ainda que tenha atingido a meta para o período, é sinal de que

há coisas que precisam ser melhoradas, Necessidades a serem supridas na escola.

3. Necessidades nos Outros

Escolas (poucas) que apontaram Necessidades praticamente só em aspectos fora da sua Zona de

Autonomia Relativa.

Hipótese explicativa: Compreensão diferente da metodologia de trabalho adotada na construção do

Diagnóstico.

As Necessidades explicitadas pelo coletivo escolar são em sua grande maioria relativas à Família, à

Secretaria de Educação e/ou à Sociedade. É evidente que todos estes segmentos são interfaces muito importantes, e

que apontar Necessidades da Escola em relação a eles é perfeitamente pertinente. Quem não gostaria que o mundo

fosse melhor? Que as relações fossem mais fraternas, mais justas, que não houvesse guerra, que não houvesse

tráfico de droga, violência, que as crianças encontrassem amor, respeito, orientação em suas famílias etc.?

O problema, do ponto de vista metodológico, é quando a escola explicita Necessidades apenas em relação a

aspectos que estão fora de sua governabilidade, de sua Zona de Autonomia Relativa. Se as propostas de ação para a

Programação forem levar rigorosamente em conta a metodologia de trabalho assumida no Planejamento Participativo

(qual seja, ter as Necessidades explicitadas como critério orientador para a proposição da ação), a Programação destas

escolas será composta unicamente de pedidos, memorandos, abaixo-assinados, atos públicos de reivindicação etc.

Insistimos: todas estas Necessidades (se Radicais, e não Alienadas) e suas ações decorrentes são legítimas. O que

está em questão aqui é o viés redutor do Diagnóstico, como se a escola não tivesse seu cotidiano, como se fosse

absolutamente determinada de fora, como se a equipe escolar fosse absolutamente impotente, incapaz de fazer algo no

15

seu âmbito de ação (ao mesmo tempo em que atuasse junto a outras instâncias). Isso significa uma desvalorização da

própria potência, do próprio valor, da própria Atividade Docente. Será que não existe nada, dentro da escola, nenhuma

Necessidade própria da escola, que se possa melhorar?

Por detrás de toda prática (assim como de toda inação) sempre há, entre outras coisas, uma teoria, uma

ideia, uma representação mental justificando e orientando a ação. Em cada contexto concreto devemos nos perguntar:

qual é a teoria que está por detrás desse nosso posicionamento, dessa nossa atividade (ou passividade)? Como seres

simbólicos, teleológicos (de telos, busca da perfeição, fim, finalidade, intencionalidade), precisamos, como sempre

insistia o Prof. Rubem Alves, de palavras para comer. A grande questão é: onde estamos “amarrando nosso burrinho

semiótico”? De que palavras temos nos alimentado? Uma coisa é certa: as palavras que nos habitam têm

consequências muito concretas! Daí a importância de fazermos uma arqueogenealogia (Foucault), um exercício crítico

em relação às várias camadas da teoria enraizadas, para nos apropriarmos das coisas que estão em nós e que, muitas

vezes, não nos damos mais conta.

Para ajudar a superar a possível armadilha do Diagnoutro (perceber os limites, contradições, a “culpa”, a

responsabilidade apenas nos outros), para avançar no empoderamento (empowerment - aumento de poder e

autonomia pessoal e coletiva de indivíduos e grupos sociais nas relações interpessoais e institucionais –

VASCONCELOS, 2003: 20), para entrar nessa disputa das teorias, das representações em relação à prática, para

poder olhar a mesma realidade numa outra forma, resgatamos algumas referências em diferentes autores, de diversas

épocas, países e áreas do conhecimento:

Aspecto Contribuições

Contradição da

Realidade

Em Geral:

Heráclito de Éfeso (~540-470 a.C.), Filosofia, Grécia: Não compreende como o

divergente consigo mesmo concorda; harmonia de tensões contrárias, como arco e lira

(Fragmento 51).

Ernst Bloch (1885-1977), Filosofia, Alemanha: Princípio Esperança: elementos que

estão presentes na realidade, mas Ainda-Não desenvolvidos, trabalhados.

Álvaro Vieira Pinto (1909-1987), Filosofia, Brasil: Há uma natureza contraditória do

processo geral da realidade (...) O comportamento dialético não consiste em pensar a

contradição, mas em pensar por contradição.

Do Ser Humano:

Heráclito: Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos (Fragmento

49a).

Paulo de Tarso (10-67), Pastoral, Cilícia: Porque não faço o bem que quero, mas o mal

que não quero esse faço (Rm 7,15).

Sigmund Freud (1856-1939), Psicanálise, Alemanha: Eros/Thânatos – vida e morte.

João Guimarães Rosa (1908-1967), Literatura, Brasil: A vida é ingrata no macio de si;

mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é

muito misturado...

Edgar Morin (1921- ), Sociologia, França: Homo Sapiens/Homo Demens, - sábios e

dementes.

Leonardo Boff (1938- ), Teologia, Brasil: Dimensão Sim-bólica/Dimensão Dia-bólica.

16

Movimento da

Realidade (Devir – Vir a

Ser)

Heráclito: pànta rei – tudo flui, tudo se move, tudo muda.

Hegel (1770-1831), Filosofia, Alemanha: Devir como desdobramento do Espírito

Absoluto.

Friedrich Nietzsche (1844-1900), Filosofia, Alemanha: Devir como manifestação da

Vontade de Potência.

Paulo Freire (1921-1997), Pedagogia, Brasil: A realidade não é inexoravelmente esta.

Está sendo esta como poderia ser outra.

Gilles Deleuze (1925-1995), Filosofia, França: Devir: acreditar no mundo significa

principalmente suscitar acontecimentos, mesmo pequenos, que escapem ao controle, ou

engendrar novos espaços-tempos, mesmo de superfície ou volume reduzidos. Devir-

criança: infância (em qualquer idade) como experiência, acontecimento, ruptura da

história, revolução, resistência, criação; é a infância como intensidade, um situar-se

intensivo no mundo.

Leandro Konder (1936-2014), Filosofia, Brasil: Superação dialética é simultaneamente a

negação de uma determinada realidade, a conservação de algo essencial que existe nesta

realidade negada e a elevação dela a um nível superior - superação por incorporação.

Totalidade/ Importância

das Várias Dimensões-

Segmentos

Hegel: o verdadeiro é o todo – necessidade de superar pensamento dicotômico, do tipo

ou isto, ou (exclusivo) aquilo. Trata-se de considerar o todo: Estruturas e Pessoas,

Pessoas e Estruturas (Escola, Família, Secretaria de Educação, Sociedade)

João Guimarães Rosa: Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que

estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de

necessitar de aumentar a cabeça, para o total.

Morin: Cada um, no lugar onde se encontra, está na luta inteira. (...) As grandes

mudanças históricas começaram com desvios às vezes individuais, até se transformar

numa força formidável na sociedade. Tudo começa de maneira minoritária.

Michel Foucault (1926-1984), Filosofia, França: todos aqueles que reconhecem [o poder

como abuso] como intolerável, podem começar a luta onde se encontram e a partir de sua

atividade (ou passividade) própria – poder como rede, capilaridade do poder, microfísica

do poder.

Papel da Subjetividade/

Condição de Sujeito/

Protagonismo

Karl Marx (1818-1883), Filosofia, Alemanha: Embora não sob as condições que

escolheu, é o Homem quem faz a História – protagonismo das pessoas/educadores.

Plekhanov (1856-1918), Política, Rússia: O Papel do Indivíduo na História – existem

papéis dados historicamente, mas o sujeito tem um grau de autonomia para escolher qual

dos papéis vai exercer dentro de um conjunto

Wilhelm Reich (1897-1957), Psicanálise, Império Austro-Húngaro/EUA: Só tu podes

libertar-te.

Bento de Jesus Caraça (1901-1948), Matemática, Portugal: Os sonhos nunca são

perdidos. Eles significam o que há de melhor na vida dos homens e dos povos. Perdidos

são os cépticos que escondem sob uma ironia fácil a sua impotência para compreender e

agir; perdidos são aqueles períodos da história em que os melhores, gastos e cansados se

retiram da luta, sem enxergarem no horizonte nada a que se entreguem, caída uma

sombra uniforme sobre o pântano estéril da vida sem formas (1978: 31).

17

Félix Guattari (1930-1992), Filosofia, França: uma revolução, uma mudança social em

termos macropolítico, macrossocial, diz respeito também à questão da produção da

subjetividade – papel da subjetividade no processo de mudança.

Dermeval Saviani (1943- ), Pedagogia, Brasil: Se impõe a tarefa de superar tanto o

poder ilusório (que caracteriza as teorias não-críticas) como a impotência (decorrente das

teorias crítico-reprodutivistas) colocando nas mãos dos educadores uma arma de luta,

capaz de permitir-lhes o exercício de um poder real, ainda que limitado.

Possíveis Obstáculos

Subjetivos

Fiódor Dostoiévski (1821-1881), Literatura, Rússia: Eu te digo que o homem não tem

uma preocupação mais angustiante do que encontrar a quem entregar depressa aquela

dádiva da liberdade com que esse ser infeliz nasce. (...) Ou esqueceste que para o homem

a tranquilidade e até a morte são mais caras que o livre-arbítrio no conhecimento do bem e

do mal? Medo à Liberdade.

Gaston Bachelard (1884-1962), Filosofia, França: O educador não tem o senso do

fracasso justamente porque se acha um mestre - dificuldade da autocrítica.

Erich Fromm (1900-1980), Psicanálise, Alemanha: Medo à Liberdade.

Importância dos

Momentos Iniciais/

Pequenos Passos/

Visão de Processo

Ilya Prigogine (1917-2003), Química, Rússia/Bélgica: sensibilidade às condições iniciais:

pequenas modificações das condições iniciais produzem um efeito que se amplia ao longo

do tempo - relevância da ação local e dos momentos iniciais dos processos de mudança.

Freire: Ninguém chega lá partindo de lá – é processo, uma caminhada que começa com

o 1º passo.

Partir da Realidade

(realidade como ponto

de partida e de

chegada –

transformada)

Freud: Princípio de Realidade – a realidade não é aquela que desejamos, mas a que

está dada, que pode, certamente, ser transformada, mas que exige que tenha como ponto

de partida aquilo que está sendo. Numa outra reflexão, Freud diz que a pessoa que tem

questões edipianas mal resolvidas tende a se fixar na busca do que os outros podem fazer

por ela, não se interrogando sobre o que ela pode fazer pelo mundo.

Compromisso Ético-

Político

Gabriela Mistral (1889-1957), Literatura, Chile: Somos culpados de muitos erros e

muitas falhas, mas nosso pior crime é abandonar as crianças, desprezando a fonte da

vida. Muitas das coisas que precisamos podem esperar. A criança não pode. É

exatamente agora que seus ossos estão se formando, seu sangue é produzido, e seus

sentidos estão se desenvolvendo. Para ela não podemos responder ‘Amanhã’, seu nome é

‘Hoje’.

Hannah Arendt (1906-1975), Filosofia, Alemanha/EUA: A educação é o ponto onde

decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e

abandoná-las a seus próprios recursos. Amor Mundi.

Emmanuel Levinas (1906-1995), Filosofia, Lituânia/França: Ser um eu é ser

«responsabilidade» - ser responsável pela a existência do outro.

Freire: Pedagogia da Autonomia – responder por nossos atos no mundo: que sentido

teria eu dizer que sou sujeito se me coloco como vítima das condições? (Sujeito não no

sentido metafísico, mas nesse sentido da construção permanente, da intervenção no

mundo, da Atividade Humana).

Mia Couto (1955- ), Biologia e Literatura, Moçambique: O primeiro sapato sujo que

necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos: a ideia que os culpados são

sempre os outros e nós somos sempre vítimas.

18

Há mais um conjunto de pensadores cuja contribuição poderia ser aqui resgatada: Baruch Espinosa (1632-

1677), Filosofia, Países Baixos; Boaventura de Sousa Santos (1940- ), Sociologia, Portugal; Eric Hobsbawm (1917-

2012), História, Inglaterra; Etienne La Boétie (1530-1563), Filosofia, França; Françoise Dolto (1908-1988), Psicanálise,

França; Humberto Maturana (1928- ), Biologia, Chile; Jürgen Habermas (1929- ), Filosofia, Alemanha; Milton Santos

(1926-2001), Geografia, Brasil; Viktor Frankl (1905-1997), Psiquiatria/Logoterapia, Áustria; Zygmunt Bauman (1925- ),

Sociologia, Polônia; etc. Só não o fazemos para que o texto não fique extenso demais. De qualquer forma, em várias

outras oportunidades, nos textos sobre planejamento das escolas, podemos também encontrar suas contribuições.

Orientação Metodológica: Lembrar que o que está em questão neste processo é a construção do Projeto

Político-Pedagógico da Escola e não o da Família, da SME e/ou da Sociedade. Assim sendo, o coletivo escolar pode

num primeiro momento fazer as propostas de ação tendo como referência as Necessidades já explicitadas (que, de um

modo geral, referem-se à Família, SME e Sociedade). Num segundo momento, pode retomar a análise da realidade

feita (elementos facilitadores e dificultadores) e, tendo agora este contexto como referência, fazer as propostas de ação

relativas aos aspectos internos da escola. Embora não explicitadas, existem outras Necessidades presentes na escola.

O importante é que essas Necessidades sejam resgatas e a Programação seja feita em cima delas, para que a escola

tenha uma iniciativa, uma postura ativa (proatividade) em relação a esses elementos que estão em seu cotidiano. A

perspectiva é a de empoderamento do coletivo escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ARENDT, Hannah. Entre o Passado e o Futuro, 4a ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.

BACHELARD, Gaston. A Formação do Espírito Científico - contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro:

Contraponto, 1996.

BAUMAN, Zygmunt e DONKIS, Leonidas. Cegueira Moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar,

2014.

BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança, vol. 1. Rio de Janeiro: EdUERJ/Contraponto, 2005.

BOFF. Leonardo. O Despertar da Águia: o dia-bólico e o sim-bólico na construção da realidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conferências e Outros Escritos, 2ª ed. Lisboa, 1978.

COUTO, Mia. Os sete sapatos sujos. In: E se Obama fosse africano? Ensaios, 4ª reimpressão. São Paulo: Companhia da Letras,

2014.

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DOLTO, Françoise. O Evangelho à Luz da Psicanálise, livro 2. Rio de Janeiro: Imago, 1981.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os Irmãos Karamazov, vol. I, 3ª ed., 1ª reimpressão. São Paulo: Editora 34, 2013.

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FRANKL, Viktor E. Um sentido para a vida - Psicoterapia e Humanismo. Aparecida: Ed. Santuário, 1989.

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FREUD, Sigmund. Além do Princípio do Prazer. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, vol. XVIII, 1ª

reimpressão. Rio de Janeiro: Imago, 1988.

FREUD, Sigmund. Cinco Lições de Psicanálise. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

FROMM, Erich. O Medo à Liberdade, 12a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.

GUATTARI, Félix e ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografias do Desejo, 5ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito, parte I, 2a ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992.

HERÁCLITO. Os Pré-Socráticos: fragmentos, doxografia e comentários. In: Os Pensadores, 2a ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

KOHAN, Walter Omar (org.). Lugares da Infância :Filosofia. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

KONDER, Leandro. O que é Dialética, 2a ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.

19

LA BOÉTIE, Etienne. Discurso da Servidão Voluntária. São Paulo: Brasiliense, 1982.

LEVINAS, Emmanuel. Totalidade e Infinito. Lisboa: Edições 70, 2000.

MARX, Karl. O 18 Brumário e Cartas a Kugelmann, 5a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

MISTRAL, Gabriela. Poesias Escolhidas. Rio de Janeiro: Opera Mundi, 1971.

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2000.

MORIN, Edgar. Por uma governança de destino comum. In: GOLDMAN, Sacha (coord.) - Le Collegium International. O Mundo Não

Tem Mais Tempo a Perder: apelo por uma governança mundial solidária e responsável. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

NIETZSCHE, Friedrich. Más Allá del Bien y del Mal: preludio de una filosofía del futuro, 7ª ed. Madrid: Alianza Editorial, 1982.

PLEKHANOV, Gueorgui V. O Papel do Indivíduo na História, 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2011.

PRIGOGINE, Ilya. O Fim das Certezas: tempo, caos e as leis da natureza. São Paulo: Editora Unesp, 1996.

REICH, Wilhelm. Escuta, Zé Ninguém!, 10ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1982.

RICOEUR, Paul. Vivo Até a Morte – seguido de Fragmentos. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas, 32ª impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1983.

VASCONCELLOS, Celso dos S. 4a Parte: Projeto Político-Pedagógico. In: Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto

Político-Pedagógico, 22a ed. São Paulo: Libertad, 2013a.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Anexo: Oficina: Construção coletiva do projeto disciplinar da instituição. In: Indisciplina e Disciplina

Escolar: fundamentos para o trabalho docente, 2ª reimpressão. São Paulo: Cortez, 2013b.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Projeto Político-Pedagógico: considerações sobre sua elaboração e concretização. In

Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 14a ed. São Paulo: Libertad,

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VASCONCELOS, Eduardo Mourão. O Poder que Brota da Dor e da Opressão: empowerment, sua história, teorias e estratégias.

São Paulo: Paulus, 2003.

VIEIRA PINTO, Álvaro. Ciência e Existência: problemas filosóficos da pesquisa científica, 2a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

20

ANEXO 2 - Exemplos de Sistematização da Programação

EPG MILTON SANTOS

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

PROGRAMAÇÃO

2015

21

EXEMPLOS DE SISTEMATIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO

Exemplos

1. TRABALHO COM O QUADRO DE SABERES NECESSÁRIOS (QSN) / PROPOSTA CURRICULAR

Necessidades:

Apropriação do Quadro de Saberes Necessários (QSN), especialmente pelos educadores recém-chegados.

Ampliar os momentos de estudo para aprofundamento dos Saberes e Eixos do QSN.

Trabalhar todos os Eixos do QSN.

Perceber melhor a relação entre o QSN e o Registro-Síntese do Processo Avaliativo.

Aprofundar o Eixo Identidade e Autonomia.

Linhas de Ação:

Que o QSN seja o principal norteador do trabalho pedagógico.

Regras:

Todo professor deve ter o QSN, para que faça uso na sua prática pedagógica.

O planejamento de trabalho do professor deverá contemplar todos os Eixos do QSN, tendo em vista a formação integral do educando.

Os saberes do QSN devem ser registrados nos projetos e no Registro de Ações Pedagógicas e Frequência da Classe, para que se tenha consciência do que já foi trabalhado.

Ação* Objetivo Quando Responsáveis Recursos Rede de Ajuda Avaliação

Estudo de QSN, resgatando seu

processo histórico

Ampliar a apropriação do

QSN, bem como o sentido de

pertença ao seu processo de construção

Planejamento de fevereiro

Diretora, PCP e Professores

Registros das contribuições da

escola para a construção do

QSN

QSN

DOEP

Observar e registrar a

familiaridade ou estranhamento em relação ao

QSN nas manifestações

dos professores

Estudo reflexivo dos Eixos do

QSN

Fortalecer o perfil pedagógico

da escola Quinzenalmente

PCP e Professores

QSN

DOEP

DTSE

Escola Digital

Analisar os planejamentos

dos professores

Observar a prática de sala

de aula

Reapresentar o QSN para os

pais

Propiciar o conhecimento do

QSN por parte da família

13 de abril Diretora e PCP QSN CE

Observar as manifestações

dos pais

Ficha de Avaliação

aplicada no final do encontro

22

Ação* Objetivo Quando Responsáveis Recursos Rede de Ajuda Avaliação

Análise comparativa do

QSN e do Registro-Síntese

do Processo Avaliativo

Perceber a intrínseca

relação entre os dois documentos

e, ao mesmo tempo, a

autonomia relativa de cada

um deles

Março PCP e

Professores

QSN

Registro- -Síntese do Processo Avaliativo

Acompanhar, ao longo do ano, os

registros dos professores no

Registro-Síntese

Visita de Estudo ao Museu Afro

Brasil

Aprofundar os estudos e

reflexões sobre a formação cultural

brasileira, bem como a familiar e

pessoal

Maio Diretora, PCP e

Professores ORF: PROREDE —

Observação dos alunos

durante a visita

Análise da participação dos alunos na mesa-

-redonda em sala de aula

2. Tempos e Espaços

Necessidades:

Proporcionar atividades agendadas na escola para a comunidade.

Sensibilizar a comunidade sobre a importância de conservar e manter os espaços existentes na escola.

Manter materiais esportivos em quantidade suficiente.

Organizar o espaço escolar para que ele seja mais acolhedor aos educandos.

Evitar o remanejamento de alunos para outras classes quando há ausência de professor.

Diminuir o número de faltas dos professores.

Reorganizar e otimizar os espaços existentes na escola, até que sejam tomadas as providências junto à Secretaria de Educação, no que se refere à construção de outros espaços.

Aperfeiçoar a utilização dos espaços, equipando-os com instrumentos de som e imagem.

Garantir a possibilidade de uso dos espaços de acordo com o agendamento do professor.

Linhas de Ação:

Que seja potencializado o uso dos diferentes espaços da escola, tendo em vista o desenvolvimento pleno dos educandos.

Que a comunidade perceba os espaços da escola como sendo seus também.

Regras:

Os espaços específicos da escola, que pressupõem agendamento, deverão ser reservados com pelo menos um dia de antecedência para evitar sobreposição da agenda.

Após a realização da(s) atividade(s), os espaços devem ser mantidos em condições de uso para que sejam utilizados em seguida.

23

Ação* Objetivo Quando Responsáveis Recursos Rede de Ajuda Avaliação

Cronograma de limpeza dos espaços da

escola

Respeitar o agendamento, viabilizando a

utilização pelas turmas

Semanalmente Diretora e vice-

-diretora Agenda

PCP, Professores, Funcionários

Observação da não coincidência da limpeza com

a utilização

Levantamento da necessidade e

compra dos materiais esportivos

necessários

Propiciar quantidade

suficiente de material para a utilização pelos

alunos

Fevereiro e agosto

Diretora ORF: PDDE PCP,

Professores, Funcionários

Acompanhamento da utilização dos materiais durante

o ano

Memorando à SME solicitando

a disponibilização

de professor volante

Garantir a proporção educando- -educador

Fevereiro Diretora — — Presença do

professor volante na escola

Roda de conversa com professores

sobre estresse e mal/bem-estar

docente

Melhorar a qualidade de

vida do professor,

contribuindo para a diminuição da necessidade de

falta

Maio e outubro Diretora e PCP — Secretaria

Municipal de Saúde

Melhoria do ambiente de

trabalho

Queda do número de faltas dos professores

Disponibilização intencional de brinquedos no espaço escolar

Oportunizar uma relação

significativa entre a infância, o

brinquedo (como artefato cultural)

e o espaço escolar

Semanal PCP e

Professores Brinquedos

diversos —

Observação das aprendizagens das crianças utilizando os

brinquedos e se relacionando com o espaço

(...)

*Siglas utilizadas (lembrando que este é um documento público e que nem todos estão familiarizados com sua linguagem):

CE: Conselho Escolar

CPCC: Conselho Participativo de Classe e Ciclo

DOEP: Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas

HA: Hora-Atividade

ORF: Origem dos Recursos Financeiros

PDDE: Programa Dinheiro Direto na Escola (Federal)

PROREDE: Programa de Recursos Educacionais Descentralizados (Municipal)

PCP: Professor Coordenador Pedagógico

QSN: Quadro de Saberes Necessários – Proposta Curricular

SME: Secretaria Municipal de Educação

DTSE: Divisão Técnica de Supervisão Escolar

Obs.: Fazer sumário com as dimensões da Programação.