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Negócios Imobiliário alivia tendência de descida 8 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 797 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 08. Fevereiro.2014 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Cultura Toy lança grava novo DVD ao vivo 9 Local Setúbal pede empréstimo para ‘Quatro Cabeças’ 13 Pequenos produtores da região aflitos com facturas ACTUAL A processionária, efei- tos da lagarta do pinheiro, afectou uma dezena de alunos de uma es- cola da Amora, que foram hospi- talizados. Curiosamente, o Seixal há anos que combate a maleita. ACTUAL Os comerciantes com negócios na zona do Polis da Caparica, afectados pelo mau tempo das últimas semanas, querem apoios urgentes. A meio da semana reuniram no areal e preparam luta. Alunos da Amora ‘apanhados’ pela lagarta do pinheiro Concessionários da Costa com prejuízos pedem apoio urgente PÁG. 4 PÁG. 6 POLÍTICA O novo líder da distri- tal do PSD, Bruno Vitorino, quer apostar nos novos indicadores económicos para colocar na agen- da os desafios da região. Interna- mente defende um ciclo autárqui- co preparado a quatro anos. Bruno Vitorino acredita em novo ciclo para a região Os pequenos agricultores que operam nas zonas rurais do distrito, nomeadamente Palmela, Montijo, Alcochete e Litoral Alentejano, não sabem o que fazer à vida, agora que são obrigados a declarar início de actividade e a passar facturas. Muitos estão a perder rendimentos e querem abandonar as suas produções. ABERTURA PÁG. 2 PÁG. 5

Semmais 08 fevereiro 2014

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NegóciosImobiliário alivia tendênciade descida

8

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 797 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 08. Fevereiro.2014 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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CulturaToy lança grava novoDVD ao vivo

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LocalSetúbal pede empréstimo para ‘Quatro Cabeças’

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Pequenos produtores da região aflitos com facturas

ACTUAL A processionária, efei-tos da lagarta do pinheiro, afectou uma dezena de alunos de uma es-cola da Amora, que foram hospi-talizados. Curiosamente, o Seixal há anos que combate a maleita.

ACTUAL Os comerciantes com negócios na zona do Polis da Caparica, afectados pelo mau tempo das últimas semanas, querem apoios urgentes. A meio da semana reuniram no areal e preparam luta.

Alunos da Amora ‘apanhados’ pela lagarta do pinheiro

Concessionários da Costa com prejuízos pedem apoio urgente

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POLÍTICA O novo líder da distri-tal do PSD, Bruno Vitorino, quer apostar nos novos indicadores económicos para colocar na agen-da os desafios da região. Interna-mente defende um ciclo autárqui-co preparado a quatro anos.

Bruno Vitorino acredita em novo ciclo para a região

Os pequenos agricultores que operam nas zonas rurais do distrito, nomeadamente Palmela, Montijo, Alcochete e Litoral Alentejano, não sabem o que fazer à vida,

agora que são obrigados a declarar início de actividade e a passar facturas. Muitos estão a perder rendimentos e querem abandonar as suas produções.

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Seja por um quilo de batatas, seja por meio quilo de cebolas, os pequenos agricultores da região

vão ser obrigados a passar factura. A controvérsia está instalada e há quem admita abandonar, de vez, a actividade entre os pequenos produtores de Palmela, Montijo, Alcochete e Litoral Alentejano. Mesmo depois de voltar a ser alargado o prazo para que os pequenos e médios agricultores se colectem nas Finanças.

«É incompreensível que todos os agricultores de pequena dimensão, como é o caso da maioria aqui no Poceirão, sejam obrigados a declarar início de acti-vidade e a passar factura de todas as transacções», lamenta Álvaro Reis, um dos produtores, que, para já, se vai manter na «expectiva», embora duvide que a maioria das pessoas com actividade comercial neste ramo consiga viabilizar o negócio.

Governo vai ‘fichar’ agricultores para os tributar

«Somos pessoas com baixos rendi-mentos, que quase não chegam para pagar a Segurança Social. Como é que querem que consigamos pagar mais impostos», insiste o produtor, alegando que o que está em causa «não é só uma questão de taxar quem quer vender um quilo de batatas, vinho ou cenouras. Isto significa que a Segurança Social vai cair em cima de milhares de agricultores, com contribuições mensais mínimas de 60 a 70 euros. É aqui que está o grande problema» explica.

A Confederação Nacional da Agri-cultura (CNA) defende que o Governo

tenciona com esta medida «fichar os agricultores de pequena dimensão para depois os tributar», segundo João Dinis, para quem o executivo «ataca os agri-cultores com o Fisco e a Segurança Social quando a maioria das grandes empresas não paga impostos em Portugal».

Já o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, diz que «o Ministério da Segu-rança Social já criou uma isenção para estes agricultores, que são alguns milhares, com rendimentos muito baixos», recorda o dirigente da CAP, para quem «obviamente que a sua inscrição obrigatória nas Finanças vai levantar problemas a estas pessoas. É desneces-sário, até porque os agricultores vão ter que recorrer a ajuda, já que não vão conseguir fazer isto sozinhos”, sublinha o dirigente

ABERTURA

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Nem os pequenos agricultores do distrito escapam à factura

Produtores admitem abandonar a actividade por falta de rendimento agravado nos últimos anos

Há agricultores do distrito que querem abandonar a actividade. As novas regras de tributação são consideradas o ‘último golpe’. «Não ganhamos para pagar impostos», afirmam os pequenos produtores.

Quarto adiamento

O Ministério das Finanças adiou pela quarta vez o prazo dado aos agricultores para decla-rarem o início de actividade ou comunicarem alterações à mesma. O Governo justificou os adiamentos com as «diversas questões» que a adaptação ao regime geral de IVA tem susci-tado junto dos agricultores. A tutela revela, ainda assim, ser significativo o número de pequenos agricultores que já procedeu à entrega das respec-tivas declarações, sem especi-ficar quantos já cumpriram esta obrigação.

Pequenos produtores são obrigados a abrir actividade e passar factura

DR

Roberto Dores

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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Não, não é a 25ª hora, a tal que se afirma de grande importância pela sua imprevisibilidade. A que ganha primazia estando fora das opções conhecidas e tomadas num quadro de normalidade. É a 25ª prioridade num ranking de 30 escolhas hierarquizadas em grau de importância para futuros investimentos em infraestruturas, promovidas pelo governo, com recurso a compartici-pação comunitária e capital privado.

Aquilo que tem sido propalado ao longo dos anos e dos sucessivos governos e posto num patamar de prioridade pelas vozes de empresários e políticos, afinal é apenas a 25ª prioridade.

O Porto de Sines, como caso de sucesso num país que bem precisa de acalentar a esperança e afoguear a alma dos portugueses, tem ganho um papel de relevo em tudo o que é notícia ou entrevista dos mais altos responsáveis, com expoente máximo para as recentes declarações do Presidente da República e do 1º Ministro. Seria expectável que se alcandorasse como prioridade máxima a estabelecer no quadro do estudo e das escolhas feitas pelo GTIEVA. Mas tal não aconteceu.

Mesmo que se coloque como 3ª prioridade a “Expansão do Terminal de Contentores XXI ”, entre essas 30 esco-lhas, obriga-nos a uma leitura mais exigente. Isto porque, o projeto ligado à expansão, nem precisava de estar contemplado nesta listagem de priori-dades por ser mais que evidente e estar em estado adiantado de negociação. Afinal trata-se (e muito bem!) duma renegociação com o atual concessio-nário PSA, aceitando-se obrigações contratuais que levem a um investi-mento de ambas as partes (94 Milhões de euros de investimento privado e 45

Milhões de euros de investimento público, podendo este ter um cofinan-ciamento comunitário na ordem dos 50%) para ampliar a capacidade de movi-mentação de carga contentorizada, permitindo acrescentar cerca de um milhão de TEU’s às capacidades máximas atuais (passa de 1,32 Milhões de TEU’s para 2,3 Milhões de TEU’s).

Num quadro de sucesso reconhe-cido ao desempenho na exploração do Terminal XXI, ao cumprimento contra-tual e ao relacionamento entre as partes implicadas, a que se junta a necessidade de apresentar obra por parte do governo sem despender demasiados recursos, a renegociação que leva à expansão prevista, revela-se como uma atitude avisada, minimizando riscos e tendo previsível sucesso.

Retomamos a estranheza pela 25ª prioridade: “Linha ferroviária Évora-Caia/Badajoz no âmbito das ligações ao porto de Sines”, porque há muito que permanece como promessa por cumprir e que estava associada ao contrato de concessão relativo ao Terminal XXI, assinado em Junho de 1999.

Não percebemos que continue a ser uma evidência estratégica, para um país que se quer afirmar na fachada atlân-tica da Europa ao mesmo tempo que precisa de ser mais europeu e integrar-se nessa Europa, e que motive tantas inflexões na decisão de se concretizar uma ligação ferroviária moderna e eficiente do Porto de Sines (e dos Portos de Lisboa e Setúbal) a Espanha, com ligação ao continente europeu.

Reafirmamos a nossa estranheza, pelo lugar assumido nas aludidas prio-ridades para este investimento, que em finais de Outubro passado foi anun-ciado com pompa e circunstância pelo 1º Ministro e avalizado pelo vice-presi-dente da CE, Siim Kallas, realçando a forte componente de cofinanciamento comunitário previsto de 80 a 85% de fundos perdidos.

Um investimento que é um compro-misso entre os governos de Portugal, Espanha e França, para a implemen-tação do corredor ferroviário de merca-dorias (“Corredor Transeuropeu de Transporte Ferroviário de Mercadorias nº 4”), muito bem acolhido num quadro de sustentabilidade futura, e que não pode ser visto sob um prisma de preva-lência estrita de viabilidade económico-financeira, quando muito se espera de benefícios sociais e de desenvolvimento de regiões deprimidas e esquecidas. Regiões onde não seria demais passar a considerar-se a legitimidade de paga-mento duma dívida histórica, que continua a avolumar-se, cada vez que se tomam decisões que acentuam os desequilíbrios regionais e levam a privi-legiar-se o litoral e as grandes metró-poles, em tudo o que é matéria de atração de investimento.

A nosso ver a 25ª prioridade devia ser a prioridade das prioridades se houvesse consonância entre o que se diz e o que é preciso fazer. A não ser assim, o Porto de Sines poderá ver-se reduzido a uma participação no transhi-pment mundial de contentores, com valor acrescentado reduzido para a economia nacional. Só se pode ambi-cionar a criação de riqueza e a geração de emprego sustentado, se tivermos boas ligações rodo-ferroviárias que nos permitam alargar o hinterland natural, ganhando novos mercados e atraindo novas empresas para o desenvolvimento da indústria e de atividades logísticas que lhe estão associadas.

Parece que parte do desenvolvi-mento futuro das plataformas portu-

árias da região vai passar pela estra-tégia do porto de Lisboa. Sines e Setúbal são dois trunfos nacionais e podem e devem ganhar com a revisão da estrutura portuária da capital.

Mas precisam ainda de ganhar músculo. Têm capacidades endó-genas para esse desiderato. A ideia peregrina de aportar na Trafaria um mega terminal de contentores parece ter-se esfumado e ainda bem. Mas ganha ânimo uma deslocalização para o Barreiro. Outro erro para ficar

pelo caminho, basta atendar nas condições morfológicas da costa barreirense.

Sines e Setúbal devem continuar a ser as opções de vulto. As zonas ribeirinhas a norte têm outras poten-cialidades que até estão estudadas. Sines precisa de ganhar hinterland e Setúbal de uma marina. Não falo de outros projectos vitais, porque parte desses, ao que parece, estão contemplados no desenho que o Governo preconiza.

Portos e portos…

José A. Contradançasex-administrador da APS

A 25ª prioridade

Desinspirado, o autor começou o seu texto, acompanhado de um quente e fumegante café e disposto a dois dedos de conversa.

A semana fora pródiga em notí-cias, mas um pouco repetitivas e, sobretudo caricatas.

Digamos que inicialmente

começou por não entender o que se passou em relação aos quadros de Miró e, mais tarde, foi incrédulo que percebeu que A Parvalorem pediu autorização para saída de PortugaL dos quadros 20 dias antes da data agendada para o leilão da Christie´s, desrespeitando a Lei de Bases do Património Cultural, que exige um pedido com 30 dias de antecedência. Mas os quadros vão ser leiloados à mesma. Vá lá entender-se…

E pronto, estava o caldo entor-nado. Providência para cá, provi-dência para lá e de repente o País reparte a sua atenção entre a vitória da Érica na Casa dos Segredos, o

aniversário e o castigo do Ronaldo em Espanha, o melão do Sporting no domingo, o castigo, ou não ao Porto por causa dos 4 minutos, as praxes académicas e, ainda, se o que aconteceu no Meco foi crime ou não e, tudo isto, pasme-se, com a arte de Miró.

Estamos de facto um país cada vez mais culto. Já discutimos à mesa dos cafés o programa da Troika, a dívida pública, ou o Rating Portu-guês e Europeu e agora até já opinamos sobre os quadros de Miró, com a mesma convicção com que discutimos se o Porto deve ou não ser castigado pelo atraso no jogo com

o Marítimo ou se o Paulo Fonseca devia ser demitido.

Mas o que se devia efectivamente discutir era um programa de desen-volvimento da nossa economia, programas específicos para fazer face ao desemprego jovem, sobre-tudo de licenciados, medidas para revitalizar algumas áreas específicas do nosso sector empresarial, como fomentar as PME´s, sem com isso subir o deficit e como cumprir as apertadas metas impostas pela União Europeia sem com isso hipotecarmos a vida de milhões de portugueses, sobretudo da função pública e os reformados.

Porém, o cronista, mesmo desins-pirado, não quer deixar de dar dois dedos de conversa, sem recordar que os números do desemprego esta semana conhecidos, são mais uma vez animadores e que o Mundo continua a olhar para nós com uma esperança, que nem nós próprios vislumbramos

É, por isso, com fé num futuro melhor, com a convicção de cada um dos € 4.512,00 que o cronista e que cada Português pagará para financiar todas as PPP´s vai permitir viver num Portugal melhor. Porque sonhar ainda é permitido…e ainda não paga imposto. Até para a semana.

Desinspirado

“Crónica um Café e dois dedos de conversa // Paulo Edson Cunha

Espelho, reflexo, imagem. Espe-lhar, espelhar-se – o espelho é um reflexo, um eco, uma resposta: «Espelho meu, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?». Na infância, o espelho é o mais mágico dos objectos. O espelho da Bela (e do Monstro?), «Alice do outro lado do Espelho»; o Espelho de Lacan.

Nas imagens medievais, o espelho é símbolo de vaidade, a materialização de dois dos sete pecados capitais (vaidade e luxúria); objecto do diabo.

Espelho, «speculum», reflexo, exemplo, modelo, imagem – liso, polido, cristalino.

O espelho devolve o olhar e, na sua etimologia, é esse o sentido: «looking glass», «miroir»…

Ver-se ao espelho equivale a rever-se, a tentar reconhecer-se. Por vezes, o espelho distancia-nos da imagem que temos de nós.

Os espelhos capturam as almas, mais do que os corpos; são portas para outros mundos.

Espelho-superstição: partir um espelho dá azar. Sete anos, dizem.

Espelho, adivinhação, catop-tromancia.

Espelhos: visões, previsões, maldições. Quando mágico, permite a visão para além da visão; o ver para além do que nos é mostrado – o espelho enquanto símbolo de sabedoria, conhecimento, inteli-gência criadora.

Espelho: revelação da verdade, da causa das coisas, dos actos e factos passados, presentes e futuros.

Vários foram os escritores que exploraram o espelho como objecto capaz de gravar imagens para as reproduzir depois – o espelho como máquina do Tempo também.

O sol é o espelho do céu; a lua o espelho do sol, seu reflexo.

O homem como espelho do homem e de Deus; o espelho como símbolo da alma, os olhos espelho da alma, também – elos diversos, imagens especulares.

Espelho: imagem, o duplo. A Casa dos Espelhos: reflexos atrozes, deformantes. O espelho espelha. O espelho espalha. O espelho expõe, impõe-nos a sua imagem de nós.

Lichtenberg, nos seus Aforismos, comparou o espelho ao livro: «O livro é um espelho: se um macaco olha para ele, não poderá ver reflec-tido um apóstolo» - teoria e prática da recepção e da qualidade do leitor. Também Oscar Wilde, não a propó-sito da literatura, mas da Arte em geral, diz que esta é um espelho não da vida, mas do espectador. Para Stendhal, livro e espelho são igual-mente comparáveis, numa versão mais portátil, de bolso: «um romance é um espelho que passeamos ao longo do caminho».

Não são apenas os livros e os espelhos que espelham, que nos espelham – também outras super-fícies o fazem: a água (o primeiro espelho da humanidade), copos, talheres, alguns pratos; o ecrã do computador, vidros, portas espe-lhadas, superfícies lisas ou enver-nizadas. Mas vemo-nos sobretudo no olhar dos outros.

José Rodrigues Miguéis e «O Espelho Poliédrico», porque todo o espelho é espelho de muitas faces. Uma adivinha popular, torna o espelho uma espécie de Zelig cama-leónico: Não sou bonito por trás, / mas sou bonito p’la frente / pois estou sempre a mudar / porque imito muita gente. O espelho é um elo complexo, um objecto reflexo.

O espelho especula e adivinha--nos.

[email protected]

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Editorial // Raul Tavares

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia trinta de Janeiro de dois mil e catorze, a folhas noventa e nove e seguintes do Livro Seis – A, que a “FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DE SÃO JOSÉ – SETÚBAL”, com sede na Avenida Afonso de Albuquerque, número 6, primeiro andar direito, na freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, com o número de identificação de pessoa colectiva 501498273, DECLAROU ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, de uma parcela de terreno para construção urbana com a área de oitocentos e trinta e cinco metros quadrados, sita em Montinho ou Montinho da Cotovia, Rua Capela de Santo António, na freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, que confronta a norte com herdeiros de António Farinha e Rua Capela de Santo António, a sul e a poente com herdeiros de António Farinha e a nascente com loteamento, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, encontrando-se a sua inscrição na respectiva matriz predial urbana compreendida no artigo 3547, da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra.Que a vinte de Julho de mil novecentos e setenta e um, António Farinha e mulher Mariana Marques da Assunção, casados sob o regime da comunhão geral de bens e residentes em Pontes, doaram verbalmente, em cumprimento de uma promessa católica, o mencionado prédio ao Vicariato da Nossa Senhora da Conceição, criado canonicamente a vinte e nove de Setembro de mil, novecentos e sessenta e nove, ao qual sucedeu a actual “Fábrica da Igreja Paroquial de São José – Setúbal”, por decreto do Bispo Diocesano, datado de dezanove de Março de mil, novecentos e setenta e sete, tendo sido realizada a aceitação dessa doação verbal a vinte de Julho de mil novecentos e setenta e um, pelo então representante do Vicariato, Padre Camilo Neves Martins, Adjutor desse Vicariato.Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vem justificá-lo pela presente escritura.Que, assim, a “FÁRICA DA IGREJA PAROQUIAL DE SÃO JOSÉ – SETÚBAL” adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e setenta e um, o direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura e nela está devidamente identificado.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos trinta de Janeiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 211

Festival de Flamenco em Palmela Vigília por melhores condições

Este sábado, às 21h30, a Socie-dade Filarmónica Humani-tária de Palmela acolhe o 1.º Festival de Flamenco de Palmela, no âmbito das come-morações dos seus 150 anos de actividade em prol da

cultura. Além das sevilhanas da casa, actuam ainda as escolas das Sevilhanas do Beira Mar de Almada, Sevi-lhanas Rocieiras de Alcochete, Sevilhanas GRD Bragadense e Sevilhanas de Canha.

Os Utentes da Saúde de Almada/Seixal vão realizar vigília no dia 13, das 16 às 18 horas, junto ao Hospital Garcia de Orta, em Almada. As Comissões lutam pela melhoria das urgências do

HGO, pela reabertura dos SAP´s, pelo alargamento dos horários dos Centros de Saúde e pela construção do Hospital do Seixal. Os orga-nizadores garantem trans-porte organizado para o local.

ACTUAL

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Alunos da Amora internados devido à lagarta do pinheiro

Só na manhã de quinta-feira, três ambulâncias foram chamadas à escola Paulo

da Gama, na Amora, Seixal, por causa dos alegados efeitos que a lagarta do pinheiro (processionária) provocou em, pelo menos, cinco alunos, aumentando para uma dezena o número de estudantes daquele estabelecimento que foram hospitalizados devido a alergias e problemas respiratórios.

A escola manteve-se aberta, mesmo contra a vontade dos pais, apesar do pinheiro, onde as lagartas se encontravam, estar sob um perí-metro de segurança. «Sei que houve pessoas que quiseram ir buscar os filhos, porque estavam com medo, mas disseram que eles estavam nas aulas e que ali não havia perigo. Mas, mesmo assim, houve miúdos com problemas», relatou Joana Conceição, uma das mães que quinta-feira reclamou contra o facto da escola estar a funcionar, antes da praga de lagartas ter sido exterminada.

Uma avó testemunhava que a neta já tinha chegado a casa, terça-feira, com problemas respirató-rios e olhos irritados, admitindo que «tinha estado com as amigas a brincar com uma espécie de

bicho-da-seda», tendo sendo a partir desse instante que se começou a sentir «estranha e até cm dores de cabeça». Esta jovem não chegou a ir ao hospital, ao contrário do que aconteceu com

duas colegas.Chapim era o trunfo seixalense

contra o ‘bicharoco’Confrontada com este alegado

problema de saúde pública, a direcção da escola remeteu comen-tários para o Ministério da Educação, que chegou a anunciar um esclarecimento para a tarde de quinta-feira, embora não o tivesse emitido até à hora de fecho desta edição.

Curiosamente, o Seixal é um dos concelhos onde se tem vindo a desenvolver uma luta contra a processionária. Há vários anos que se fomenta a nidificação do chapim em escolas e jardins, justamente por se tratar de uma ave impor-tante no equilíbrio dos ecossis-temas, já que o seu apetite voraz por insectos confere-lhe, de forma natural, o protagonismo no controlo de possíveis pragas nocivas para ambiente, como sucede com a lagarta do pinheiro.

Este insecto desfolhador de pinheiros pode provocar alergias na pele, no globo ocular e no aparelho respiratório ao ser humano e aos animais domésticos.

As lagartas são uma praga e provocam alergias e outros incómodos

GNR detém individuo suspeito de roubos e furtos no Monte de Caparica

Um indivíduo de naciona-lidade portuguesa, com 30 anos de idade, foi detido, no dia 4, pelas 16 horas, no interior de uma loja do Monte de Capa-rica, por elementos do Núcleo de Investigação Criminal de Almada.

A detenção foi feita por mandado fora de flagrante delito, pelos crimes de roubo por esticão e furto de veículo, ambos ocorridos no dia 4 de Janeiro. O detido é ainda suspeito de ter cometido vários outros roubos na zona de acção do Destacamento Territorial de Almada.

O suspeito foi presente ao tribunal de Almada na quarta-feira, onde lhe foi aplicada prisão preventiva, como medida de coacção, tendo sido poste-riormente com conduzido ao estabelecimento prisional de Setúbal.

Questões de estratégia geram polémica entre PS e CDU em Setúbal

A VISITA dos deputados do PS ao concelho de Setúbal e as consi-derações que fizeram no final dessa iniciativa parlamentar geraram polé-mica na última reunião de câmara. Dores Meira não aceitou as críticas dos deputados e considerou «hipó-critas» algumas das declarações proferidas pelos parlamentares no encontro com os jornalistas.

A iniciativa socialistacomeçou com uma reunião com a presidente da câmara, contou com uma visita aos bairros de lata da Quinta da Parvoíce e da antiga fábrica Mecâ-nica Setubalense e uma reunião no comando distrital da PSP.

No final, num encontro com jornalistas, Eduardo Cabrita foi crítico em relação ao trabalho desenvol-vido pela autarquia considerando que o actual executivo «não tem uma visão estratégica e de futuro para o concelho». O deputado lamentou que muitos dos projectos que estavam «bem encaminhados no tempo em que o PS estava no governo tenham

sido abandonados e metidos numa gaveta». Uma situação que, admite, não é exclusiva do concelho de Setúbal. Os deputados do PS consi-deram mesmo que «se existe um fio condutor entre as realidades dos vários concelhos, isso nota-se na ausência absoluta de estratégias para o distrito por parte do governo».

Estratégia que, segundo os socia-listas, falta também ao executivo municipal. Em reunião pública, a presidente de câmara respondeu às acusações, dizendo que «não é num encontro de meia hora que se dão a conhecer as estratégias e o trabalho desenvolvido no terreno. Especial-mente a quem não faz perguntas e parece estar cheio de pressa.»

O aumento do número de pessoas a viver sem condições na Quinta da Parvoíce e nas antigas instalações da Mecânica Setubalense preocupam os socialistas que criticam a autar-quia por falta de intervenção nestes espaços. Na resposta, Dores Meira acusou o PS de hipocrisia, recordando que as questões sociais da Quinta da Parvoíce estão a ser acompanhadas pela autarquia há vários anos e que foi solicitada por várias vezes a inter-venção da Segurança Social, mas que nem Fátima Lopes, na altura direc-tora do Centro de Segurança Social e vereadora na autarquia «foi impo-tente na resolução do problema».

DR

Roberto Dores

Deputado do PS, Eduardo Cabrita

DR

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Lions Clube de Setúbal assinala 40.0 aniversário com inauguração de escultura

O Lions Clube de Setúbal celebra, este sábado, o 40º aniver-sário. Do programa de comemo-rações destaque para a inaugu-ração de uma escultura da autoria da artista plástica Maria José Nunes Brito e que ficará insta-lada numa rotunda junto à Quinta do Hilário.

A instituição criada em 1974 tem, ao longo dos últimos anos, realizado trabalho social junto de algumas instituições da cidade para quem revertem grande parte das verbas angariadas em campa-nhas internas do clube ou nas acções públicas destinadas à comunidade como é o caso da Feira da Ladra cujas verbas se destinam à obra da Casa do Gaiato.

No ano do 40º aniversário, o Lions Clube de Setúbal passa a contar com uma nova sede cujas instalações foram cedidas pela câmara municipal, no edifício do antigo Banco de Portugal recentemente recuperado pela autarquia.

Concessionários da Costa reúnem na praia para exigir apoios

OS CONCESSIONÁRIOS dos apoios de praia e restaurantes da frente urbana da Costa da Caparica exigem que as entidades compe-tentes se co-responsabilizem e tomem medidas na recuperação de algumas insfraestruturas destruídas pelo mar ao longo das últimas tempestades que assolaram aquela zona.

Reunidos em associação, os concessionários querem que a Costa-Pólis, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Câmara Muni-cipal de Almada assumam a respon-sabilidade perante os avultados preju-ízos que têm vindo a sofrer deste Janeiro fruto do mau tempo que tem posto em causa as questões de segu-rança de muitos dos apoios de praia e os tem impedido de abrir portas.

Por forma a dar mais força às exigências e para demonstrar as reais dificuldades que atravessam, os concessionários reuniram-se infor-malmente na praia, na passada quarta-feira, e chamaram a comu-nicação social para mostrar os preju-ízos que se verificam não só nos equi-pamentos como também nos acessos.

Patrícia Clington, proprietária de

um dos restaurantes, explicou à Lusa que «o pontão da praia do norte está vedado por falta de segurança e há bares e restaurantes com prejuízos elevados que têm de ser ressarcidos».

Contratos desadequados em relação à lei geral

Para além dos estragos provo-cados pelo mau tempo, os associados da recém-criada Associação dos

Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa da Caparica (AAPFUCC) continuam em litígio com a Costa-Polis no que se refere aos contratos de concessão que querem ver alte-rados. Segundo o advogado Paulo Edson Cunha, que acompanhou a constituição da associação e que representa um dos concessionários, «os contratos de concessão com a CostaPolis estão desadequados em relação à lei geral», uma vez que,

explica, «são celebrados por um período de nove anos, mais um, enquanto aquilo que a lei geral diz é que os contratos devem ser prolon-gados consoante os valores dos inves-timentos realizados».

Em alguns casos, os proprietá-rios sentem já grandes dificuldades em cumprir com as exigências contra-tuais. «Se aliarmos ao mau tempo, a quebra de vendas no sector da restau-ração e o total abandono por parte da CostaPólis, estes proprietários lutam diariamente para manter as suas concessões a funcionar», diz Paulo Edson Cunha.

Patrícia Clington vai mais longe e diz que «os proprietários de alguns estabelecimentos têm estado a suportar todos os prejuízos, mas sem apoios financeiros alguns deles poderão não ter condições para conti-nuar a trabalhar e manter dezenas de postos de trabalho.»

Uma das sugestões apresentadas pelos concessionários e proprietá-rios passa pelo não pagamento de rendas à CostaPolis por um período de tempo que compense de alguma forma os prejuízos.

Estragos provocados pelo mau tempo continuam na ordem do dia

DR

PCP quer Hospital do Seixal PSD defende União de Freguesias

O PCP reclama a urgente construção do Hospital no Concelho do Seixal, obra que foi assumida pelo Governo em 2009, com a abertura do concurso público para a reali-zação do projecto, mas que

nunca passou do papel. É uma obra urgente porque a capa-cidade de resposta do Hospital Garcia de Orta para a sua área de abrangência fica «muito aquém» das necessi-dades da população.

O PSD quer que a sede da União de Freguesias Barreiro/Lavradio fique nesta última localidade. Os ‘laranjas’ sublinham que a pretensão tem a ver com a localização, as acessibili-

dades e a inexistência de gastos em condomínio. «Além do Lavradio ter mais população, o edifício da antiga Junta do Barreiro está sediado por detrás dos Paços do Concelho», sublinha o PSD.

POLÍTICA

Sábado //08 . Fev . 2014 //

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«Esforço dos portugueses começa a dar frutos»

Semmais – Não deixou de ser sur-presa o seu regresso à liderança da distrital. Que razões o levaram a avançar?Bruno Vitorino – É preciso dizer que nunca perdi ligação nem ao meu con-celho, Barreiro, nem ao distrito. Em todas as funções que desempenhei, como dirigente e deputado, estive atento aos seus problemas. Este de-safio decorre da não recandidatura do anterior presidente (Pedro do Ó Ramos), que me foi comunicada na passagem do ano. Tive que equacio-nar rapidamente, falei com algumas pessoas e avancei com um projecto de equipa.

Esse foi o processo. O que está por detrás da candidatura em termos de objectivos?A ideia principal é liderar e dar con-tinuidade ao projecto que o PSD vi-nha desenvolvendo na região. Dar credibilidade ao partido, afirmá-lo, com causas e ‘bandeiras’. E que, atra-vés da nossa acção, possa ser um acrescento de valor no apoio às po-pulações, às questões estratégicas do distrito e aos decisores políticos, económicos e sociais.

Tem dito que agora, com os novos indicadores, haverá condições para reivindicar mais atenção para o distrito…Houve um período complicado que nos obrigou a colocar um travão nos objectivos mais regionais, que teve a ver com a crise económica. Isso é sabido e até, julgo, compreendido pelas pessoas. Agora, que o PSD nos trouxe até aqui - após a bancarrota em que o PS nos colocou, trazendo a troika e o me-morando de entendimento, com me-

didas duras, mas necessárias – acha-mos que podemos estar a viver um momento de viragem, como todos os indicadores o sugerem, pelo que queremos trazer para o debate pú-blico projectos estratégicos para o distrito.

Acha mesmo que esses indicado-res são assim tão robustos?São indicadores expressivos de que os sacrifícios pedidos aos portugue-ses começam a dar frutos. O desem-prego a baixar, as previsões do cres-cimento económico, a sustentabili-dade das taxas de juros, as estatísti-cas sobre a confiança, são sinais que se começam a consolidar, ainda que, de certa forma, não se repercutem no dia-a-dia das pessoas.

Será escusado perguntar-lhe que avaliação faz da maioria das me-didas do actual governo…Não havia alternativa. Tivemos que responder, de forma enérgica ao me-morando e às suas políticas orça-mentais.

…Nenhum erro, mesmo com as saídas importantes como as dos ex-ministros das Finanças e da Economia?Houve erros de comunicação e al-guma falta de diálogo com os par-ceiros sociais e agentes económicos, numa primeira fase. Mas a realida-de sempre foi difícil. Opus-me, por exemplo, à subida do IVA na restau-ração e do vinho. Esperemos que agora comece a haver condições para alterar essa situação em sectores em que temos que ser ainda mais com-petitivos.E não tenho dúvidas de que temos que voltar a dar alguma respiração

às pessoas e às empresas, através do alívio gradual da carga fiscal. Mas sem perder de vista este rumo, por-que ainda temos muitos problemas estruturais para resolver. Temos uma economia muito desnivelada e mui-to assimétrica.

Neste quadro que propostas tem a distrital para o distrito?Uma questão de base é voltar a co-locar na ordem do dia os desafios que se colocam ao distrito, que têm a ver com as nossas especificidades. Discutir apostas estratégias de de-senvolvimento sustentado, que pas-sam pela aposta no sector portuá-rio. Queremos perceber o papel e a importância do Porto de Sines e o de Setúbal, nomeadamente no que refere às ligações ferroviárias, já de-finidas como prioridades pelo go-verno. Depois as pescas, a agricul-tura, com exemplos de muito em-preendedorismo, mas também o sec-tor vitivinícola e o turismo.

O que lhe parece este novo mo-delo orgânico, com a nova enti-dade regional de turismo de Lis-boa, onde estamos integrados?Receio que se não tivermos uma es-tratégia própria possamos vir a ser absorvidos por Lisboa e a capital tem aumentado a sua oferta e a sua pro-cura. Não sei se decidiria nesse sen-tido.Mas o modelo não é reversível. Mui-tos acreditam que podemos ficar a ganhar com essa força vinda da pu-jança turística de Lisboa…Sim, agora é preciso fazer ouvir a nos-sa voz e lutar pelo melhor para a re-gião. Temos todas as potencialida-des para fazer crescer o sector, des-de logo uma oferta muito específi-

ca, acrescida de condições naturais e patrimoniais singulares.

De que forma espera a distrital fazer valer esse conjunto de rei-vindicações?Vamos já levar uma moção ao con-gresso nacional do PSD chamando atenção para estes sectores. Quere-mos fazer passar uma mensagem clara. Acredito que vamos sair do programa de ajustamento em Maio, e sair bem dele. Por isso esta discus-são do desenvolvimento regional tem que começar a ser feito.

A distrital e o seu presidente vão ser porta-vozes da região junto do Governo. Pressionar decisões?Vamos ser actuantes dentro do qua-dro possível. Nesta fase faz todo o sentido iniciar este processo de dis-cussão sobre as estratégias a seguir. Mas há pequenos problemas que po-dem ser resolvidos gradualmente.Quer dar algum exemplo?Finalização de obras em escolas, al-gumas medidas na área da segu-rança, onde temos um déficit de meios humanos e materiais. E te-mos que pressionar a resolução das urgências hospitalares a norte do distrito até Setúbal, com o recruta-mento de novos especialistas, ou do hospital do Litoral Alentejano, onde falta quase tudo. Mas também na área dos cuidados de saúde primá-ria, devido à escassez de médicos de família.

Vai ‘correr’ as tutelas sobre esses assuntos?Vamos levantar as questões, agir, pro-curar soluções exequíveis, atenden-do ao momento actual. Vamos, des-de já, marcar um conjunto de reuni-

ões. Queremos saber a estratégia para os nossos portos e as suas priorida-des, influenciando os interesses da região na lógica do interesse do país. Sem bairrismos nem demagogias.É importante esclarecer esta maté-ria de desenvolvimento do porto de Lisboa e dos nossos portos. Por ou-tro lado, como se vai articular o pro-jecto do Arco Ribeirinho Sul, basea-do no pilar da regeneração urbana e do potencial que tem para a rein-dustrialização do país.

Parece ser uma aposta do PSD que tem captado muitas atenções da tutela, através da Baia do Tejo…Trata-se de uma mudança de para-digma. Julgo que as pessoas já per-ceberam que a estratégia que vinha do PS, que passava pela venda de lo-tes, em que dois terços era constru-ção e o resto seriam áreas empresa-riais, não era insustentável.Acredito que com os novos desafios que se colocam ao país, é importan-te apostar nos sectores, primário e secundário. Nesse contexto, o dis-trito pode ter aqui um papel funda-mental, como já teve em tempos. Com outro tipo de indústrias, novas tec-nologias, preocupações ambientais, mas com a mesma importância eco-nómica e gerando emprego.Afasta deste plano os chamados gran-des projectos estruturantes, como a nova travessia do Tejo?Se houver condições económicas e financeiras temos que os retomar. Mas primeiro temos que fazer pla-neamento a vinte anos, deixando áre-as e corredores estratégicos prepa-rados para a hipótese de os desen-volver. O que não devemos é tomar decisões que os inviabilizem no fu-turo.

Bruno Vitorino, quer abrir um novo ciclo autárquico e lutar contra a ‘morfologia ideológica’ do distrito. Apaziguar as hostes do partido e colocar em cima da mesa o cardápio do desenvolvimento do distrito. Uma agenda que passa pelo apoio ao esforço do governo, sempre em prol dos interesses da região.

Preparar um Ciclo autárquico a quatro anosBruno Vitorino diz estar empenhado em começar

desde já as próximas autárquicas e combater os ‘tiros-no-pé’ muito useiro e vezeiro entre as hostes locais do partido. «Não podemos preparar eleições com um ano de distância, em que muitas vezes, alguns candidatos são trucidados internamente», afirma.

Dá o caso do Montijo, com a candidatura de Mercês Borges, como um bom exemplo. «Num cenário muito difícil, conseguimos um resultado brilhante, com o partido unido, uma JSD forte e activa, e boas ideias para levar ao eleitorado. Mas foi tudo preparado no espaço de um ano», alude.

E não acompanha as críticas do seu adversário

nas eleições para a distrital, as quais, confere ao Semmais, «não passaram de ‘sound bits’». E explica melhor: «Só se fossemos extraterrestres é que não teríamos a noção da realidade sociológica deste distrito. Nas primeiras eleições do regime demo-crático elegemos um único vereador. Eramos perse-guidos pelo PC e pelos sectores mais radicais da sociedade. Levamos dez a quinze anos para afirmar as nossas ideias e a ganhar a representatividade que temos hoje na região. Essas críticas só podem vir de quem não reconhece a coragem desses militantes e fundadores do partido na região. Não contem comigo para passar esse atestado de menoridade a esses grandes companheiros», afirma.

Bruno Vitorino, novo lider da distrital do PSD, fala do país e da região

DR

«O transplante de medula óssea é a única esperançade sobrevivência para portadores de Leucemia»

NO PASSADO dia 30, ao final da tarde, o auditório do colégio Campo de Flores, na freguesia de Caparica, foi palco da terceira confe-rência, no âmbito da “Cátedra do Tempo Presente”, a cargo do Professor António Parreira, director do Centro Clínico Champalimaud, da Fundação Champalimaud, desde 2011.

O professor catedrático volun-tário da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa reflectiu com pais, alunos e docentes sobre o tema “O que são as Leucemias? – Como se diag-nosticam e como se tratam?”. Na plateia estiveram mais de cem pessoas a ouvir a sua interessante palestra.

António Parreira deixou no ar a mensagem de que as Leucemias são doenças, sempre difíceis de tratar, mas que, nos dias que correm, apresentam uma taxa de sucesso «muito grande». Na sua opinião, o tratamento das Leuce-mias tem que ser «partilhado e vivido» com «grande empenho» pela sociedade em geral porque «o bom conhecimento dessa problemática contribui para que os tratamentos dos doentes se torne

mais fácil quer para os doentes quer para as famílias».

E destacou o papel da Asso-ciação Portuguesa Contra a Leucemia através da criação do Banco de Dadores de Medula. «Somos um dos países da Europa com bom trabalho no combate à Leucemia. O transplante de medula óssea é a única esperança de sobre-vivência para portadores de Leucemia e outras doenças do sangue. Todas as formas de luta estão longe de serem perfeitas. É

preciso utilizar muitas armas ao mesmo tempo».

João Rafael, director do colégio, fez um balanço «extremamente positivo» da terceira conferência, uma vez que o público esteve muito atento e interessado no tema das Leucemias. «Tivemos aqui uma grande lição de medicina e de abor-dagem esperançosa a uma doença problemática. Também tivemos o privilégio de ter aqui o director clínico da Fundação Champali-maud que é, de facto, uma insti-

tuição de referência mundial na abordagem à terapêutica e diag-nóstico ao cancro», argumentou João Rafael, que revelou, de seguida, que «uma grande quan-tidade de alunos do colégio Campo de Flores com médias suficientes para entrar em Medicina estão a enveredar pela área da Investi-gação, Ciências Biomédicas porque é, de facto, um fascínio a desco-berta e a capacidade de criar».

Depois de “A Importância dos Media na Actualidade“, com José

Eduardo Moniz, “A Economia Portuguesa: porquê tantos resgates”, por Manuel Farto, e “O que são as Leucemias? – Como se diagnosticam e como se tratam?”, segue-se, no dia 19, pelas 18h30, a palestra “Olhar o Futuro: Plantar a Justiça no Campo de Flores”, pelo Juiz Desembargador Rui Rangel. Este ciclo de conferências, promo-vido ao longo do ano lectivo 2013/2014, é coordenado por Regi-naldo Rodrigues de Almeida e tem entrada livre.

António Parreira, professor catedrático e director clínico da Fundação Champalimaud

Fundação Champalimaud é referência Mundial António Parreira é licenciado e doutorado em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e possui o título de especialista de Hematologia Clínica, pelo Hospital de Santa Maria, Faculdade de Medicina de Lisboa. Segundo António Parreira, a Fundação Champalimaud, criada em 2004, com parte da fortuna de António Champalimaud, tem como objectivo «progredir» na Ciência Biomédica e «criar condições para que haja melhoria» no conhecimento e tratamento das doenças nervosas e do cancro. «Estamos a desenvolver, desde 2008/2010, um programa através da criação de um centro de investigação, de reputação internacional, para desenvolver linhas de investigação nestas duas áreas, ainda numa fase inicial, mas o projecto tem corrido muito bem e tem tido um impacto muito grande na nossa sociedade e no Mundo em geral», conta.

O professor António Parreira durante a sua muito interessante palestra

Como pode a escola ensinar eficaz-mente um aluno a escrever bem, com conhecimento, segu-

rança e autonomia? A resposta a esta questão passa necessariamente pela prática, pois é a prática que permite ao aluno adquirir os meios para autor-regular a sua própria escrita.

Com efeito, a prática da escrita promove e facilita a formação de um bom leitor. E se um bom leitor tem mais facilidade em escrever, um bom escritor lê seguramente bem. Neste sentido, o aluno deve ser um aluno produtor, pelo que as estraté-gias de ensino e prática da escrita precisam de ser entendidas como formas de tornar os alunos em produ-tores. Só seguindo este caminho pode-remos garantir que o aluno que se está a formar será um bom leitor e um bom escrevente na escola e para lá da escola, capaz de organizar o seu pensamento e de se relacionar com o mundo através do uso da língua e da palavra.

Para o sucesso deste caminho, torna-se fundamental que os momentos de escrita se multipli-quem e diversifiquem e que o trabalho sobre a planificação, a reescrita e a revisão textual sejam regulares. Caberá ao professor a função de esti-

mular, no aluno, o progresso cogni-tivo ao longo do processo de apren-dizagem da escrita, equilibrando e diversificando tarefas de leitura e de escrita que vão além do mero exer-cício mecânico. Deste modo, o aluno sentir-se-á envolvido nas atividades de leitura e de escrita, o que lhe proporcionará prazer nestes exer-cícios.

Quando é solicitado para escrever muitas vezes, em situações e com objetivos diferentes, o aluno encontra mais facilmente condições que lhe permitam compreender as suas necessidades e os seus erros na escrita. O verdadeiro trabalho de correção/melhoramento do texto escrito deve ser feito pelo próprio aluno, através de um diálogo reflexivo com o professor e/ou em colaboração com colegas, pois é a forma mais eficaz para que interiorize os princípios da autorregulação que o tornarão num escrevente cada vez melhor e que lhe permitirão desenvolver a sua própria identidade escritural.

O NOSSO TRABALHO COM OS ALUNOS DOS 1º E 2º CICLOS

Conscientes da necessidade de se preservar um espaço na escola que permita ao aluno desenvolver a sua identidade enquanto leitor e especialmente escritor, o projeto Escrever Mais, Mais Escrever tem vindo a criar junto dos alunos momentos diversificados de escrita, promovendo abordagens ora em grupo, ora individuais, ora de

produção, ora de reflexão sobre os princípios da mesma. Em cada turma, as experiências de escrita são indi-viduais, coletivas e partilhadas para que os alunos tomem consciência do seu próprio processo de escrita e o construam na partilha com profes-sores e colegas. Assim, tratando-se sempre de uma avaliação de caráter formativo, os alunos aprendem a avaliar o seu desempenho, bem como o de colegas.

Junto dos alunos do 1º Ciclo (3º e 4º anos) criámos a imagem de um prédio – o prédio da Rua do Campo de Flores –, a partir do qual surgem personagens e situações que implicam a escrita. Em cada uma das atividades, os alunos são convidados a evocar as suas referências sociais e cultu-rais e a recorrer aos seus conheci-mentos sobre a língua para concre-tizar o desafio. Pretendemos que os alunos participem em várias situa-ções de escrita, estruturando, para o efeito, o seu pensamento, enrique-cendo o seu vocabulário e desenvol-vendo estratégias de concretização e autorregulação da escrita (pela planificação, redação e revisão).

Já no grupo de alunos que compreende o 2º Ciclo, propomos atividades que implicam as disci-plinas de Português, História e Ciên-cias Naturais. A escrita surge na sala de aula através de abordagens diver-sificadas, favorecendo a prática e reflexão sobre a escrita que tem como finalidade organizar o pensamento e as aprendizagens realizadas e ainda

refletir sobre o mundo que rodeia o aluno e os seus próprios sentimentos, valores e linguagem pessoal. Para tal, são propostas situações mais cria-tivas e livres e outras mais direta-mente contextualizadas com o trabalho escolar ou exigindo a capa-cidade de reflexão sobre o próprio e o outro.

O caminho feito até ao momento tem-nos mostrado que os nossos alunos estão a desenvolver uma boa consciência da importância de se aprender a escrever e de escrever regularmente, assumindo com serie-dade e agrado que são escreventes em formação.

Como pode, então, a escola ensinar eficazmente um aluno a escrever bem, com conhecimento, segurança e autonomia?Ana Guerra (professora Coordenadora do Projeto Escrever mais, mais Escrever)

O QUE DIZEM OS NOSSOS ALUNOS…Escrever mais é… pensar no que vamos escrever, é ler e reler e fazer o texto. – Sofia Teixeira, 3ºAEscrever mais é… saber escrever bem, ter uma boa caligrafia, fazermos textos muito bem organizados e alegres. Conseguimos isto e muito mais. – Joana Baldaia, 3ºBEscrever mais é… enriquecer as folhas. – Margarida Craveiro, 4ºCEscrever mais é… mais bonito do que escrever pouco, porque escrevemos melhor! – Mariana Pinto, 4ºCEscrever mais é… dar menos erros, estru-turar melhor os textos, melhorar a cali-grafia e divertirmo-nos um bocadinho. – Rodrigo Mirco, 5ºAEscrever mais é…pensar antes de escrever, pensar enquanto se escreve e pensar depois de escrever. – Diogo Carrapiço, 6ºAEscrever mais é… aprender mais, é desen-volver mais as nossas capacidades. Escrever mais é… mudar o nosso olhar sobre as coisas. Escrever mais é… mostrar a nós mesmos e aos outros aquilo que sabemos fazer realmente. Escrever mais é… escrever aquilo que sentimos e não aquilo que os outros pensam. – Carolina Afonso, 6ºAEscrever mais é…uma grande ajuda na escrita. Foi uma ótima ideia do Colégio Campo de Flores. Os alunos que têm difi-culdade na criatividade, nos erros orto-gráficos ou, às vezes, não sabem gerir o tempo, ou a quantidade de palavras, têm cá mais um projeto para ajudar! Este projeto dá-nos mais vontade de escrever! Também nos dá mais segurança na escrita! Ensina-nos a gostar de escrever! – Maria Luísa Silva, 6ºA

Damos conta nesta edição de um novo projecto para

autorregular a escrita e de mais uma “Cátedra do

Tempo Presente”

Projeto de escrita – escrever mais, mais escrever A importância de aprender a autorregular a escrita

O GRUPO Desportivo Estrelas de Algeruz, de Palmela, está a festejar os 39 anos de existência. No dia 15, às 21 horas, terá lugar a sessão solene com bolo de aniver-sário e champanhe. Alunos da escola de dança de salão, as vence-doras da 7.ª Gala da Canção e baile com Nuno Florindo fazem parte do programa das festividades.

Joaquim Carvalheiro, presi-dente da colectividade, realça que a modalidade rainha continua a ser as Danças de Salão, movimen-tando cerca de 20 atletas de compe-tição. O par Fábio Calvo e Rita Carriço são Campeões Nacionais de Danças Desportivas há nove anos consecutivos.

A dupla de irmãos José Carlos Rodrigues e Alberto Rodrigues, que já dançaram nos Alunos de Apolo, são os ensaiadores do Estrelas de Algeruz. Além das Danças de Salão, esta colectivi-dade de Palmela dispõe das moda-lidades de Taekwondo, Futebol e Chinquilho.

O líder da colectividade apela para que os sócios continuem a

«aparecer e a apoiar-nos», subli-nhando que, apesar de alguns incó-modos causados aos sócios, sobre-tudo em dias de bailes, o bar da colectividade vai continuar a ser subalugado a particulares. No que concerne a carências, Joaquim Carvalheiro aponta o dedo às «condições monetárias». O muni-cípio cortou o apoio regular que atribuía à colectividade, existindo neste momento apenas um proto-colo para ajuda de 7 mil euros, por ano, às Danças de Salão. «O muni-cípio apoia-nos nas Danças de Salão porque não querem que deixemos morrer esta actividade que tanta alegria tem dado a todos».

Os sócios pagam 2 euros e os não sócios 3 euros no dia da cele-bração do 39.º aniversário.

António Luís

Troiaresort anima namorados

Passeios de barco, um jantar romântico e o humor de Marta Gautier prometem um fim-de-semana inesquecível, no Troiaresort, no Dia dos Namo-rados, de 14 a 16 deste mês. Quem quiser pode ficar duas

noites, no Aqualuz Suite Hotel e Troia Residence, a partir de 144 euros. Todos os dias é possível gozar um passeio de barco pelo Estuário e Costa da Arrábida, para ver os Roazes.

NEGÓCIOS

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Patinagem no VFCO Vitória de Setúbal mantém abertas as inscrições para a secção de Patinagem Artística. O clube pretende aumentar a oferta noo âmbito das modali-dades amadoras criando mais um ponto de interesse.

DESPORTO

Sector imobiliário da região aliviou em 2013

ATÉ PODE ser uma recupe-ração pequena, mas sempre é uma recuperação em tempo de crise. O distrito de Setúbal conseguiu reduzir o número de empresas ligadas ao sector imobiliário que fecharam portas em 2013, face a 2012, invertendo uma tendência que se avolumava desde 2010. Ou seja, no ano passado, a região assistiu a 239 dissoluções, quando no ano anterior tinha assistido a 305.

Acresce o facto desta travagem a fundo, equivalente a 66 empresa, ocorrer no ano mais «negro» do sector em Portugal, segundo o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Reis Campos.

Para se ter uma ideia do que está em causa, basta recuar até 2010, onde o Observatório Racius mostra uma realidade totalmente diferente da actual. Já a crise se fazia sentir, quando fecharam a porta apenas 32 empresas no distrito de Setúbal.

Sector atacado fortemente em 2012

Os dados oficiais, a que o Semmas teve acesso, mostram que em 2013 encerraram 81 empresas ligadas às actividades imobiliárias e 158 firmas de promoção imobiliária e cons-trução de edifícios. Já em 2012 tinham sido dissolvidas 110 acti-vidades imobiliárias e 195 de cons-trução.

Dados actualizados do primeiro mês de 2014 parecem demonstrar que este ano se irá manter a curva descendentes, segundo os espe-cialistas, uma vez o registo está fixado, para já, na dissolução e oito

unidades empresariais.Ainda assim, quer isto dizer

que a região não logrou escapar ao alegado «cenário negro» que pintou o sector em 2013 e que «fica para a história como um dos piores de sempre na construção», diz Reis Campos, acrescentando que milhares de trabalhadores foram «atirados» para o desemprego.

O mesmo dirigente espera que «o compromisso para a compe-titividade, que foi assinado há praticamente um ano com o Governo, comece agora finalmente a dar frutos». Isto é, a definição das obras prioritárias constava desse acordo, daí que o respon-sável acredite que as obras possam já avançar.

Em 2013 encerraram 158 firmas de promoção imobiliária e construção

DR

Estrelas de Algeruz celebram 39 anos

‘Pita’ gere nova loja MultiOpticas em Sines A NOVA loja MultiOpticas de

Sines, localizada na Rua António Aleixo n.º 1, é inaugurada dia 10, às 15 horas, e conta com a presença de Ricardo Guedes para dar autó-grafos aos fãs.

Brígida e Carlos Almeida são os proprietários desta MultiOp-ticas em regime de franchising, tendo já quatro lojas na região, nomeadamente em Setúbal, Grân-dola e Sines. São parceiros da

MultiOpticas desde a implemen-tação da marca em Portugal. Justi-ficam a sua aposta na MultiOp-ticas porque acreditam «nos valores em que a administração se baseia, como o nível de atendimento perso-nalizado, a formação dos profis-sionais, as consultas de optome-tria e contactologia gratuitas ao público, a grande diversidade de produtos de marcas ao melhor preço de mercado, os frequentes

acordos com empresas que reúnem um grande número de potenciais clientes e, claro, as campanhas permanentes de marketing, sempre atractivas».

O ano passado, a adaptação das lojas a um novo conceito de “óptica do futuro” intensificou o investimento da MultiOpticas, tendo a MultiOpticas Pita em Grân-dola reaberto em Setembro ao público já com esta novidade.

Nadadores do litoral alentejano com boas notas

O CLUBE de Natação do Litoral Alentejano participou com bons resul-tados nos torneios de Ponte de Sor e Évora.

Além de quase todos os atletas presentes em competição no fim-de-semana passado terem alcan-çado melhores máximos pessoais há ainda a registar a conquista de três lugares de pódio no torneio de especialidades realizado na cidade alentejana.

Entre os resultados alcançados pelos nadadores do litoral alente-jano destaque para Hugo Correia que alcançou mínimos para os campe-onatos nacionais de juvenis na prova de 100 metros livres.

Telma Monteiro e Ana Cachola no Grand Slam

AS JUDOCAS Telma Monteiro, do Benfica, e Ana Cachola, do V. Setúbal, fazem parte da comitiva portuguesa que marca presença, este fim-de-semana, em França, no Palácio dos Desportos de Paris-Bercy, no Grand Slam de Paris, uma das compe-tições mais importantes no pano-rama internacional de judo, pontu-ável para o Ranking Mundial.

Telma Monteiro, que já conquistou a medalha de ouro em 2012 e a de bronze, em 2011, tenta recuperar o título perdido o ano passado, enquanto Ana Cachola parti-cipará apenas no estágio da selecção nacional.

Esta é uma das primeiras provas internacionais da época e, por isso, os bons resultados em Paris tornam-se muito importantes e o facto de que os melhores atletas do mundo estarem presentes nesta competição serve para que os judocas portu-gueses iniciem a sua preparação para os Jogos Olímpicos de 2016.

Sinais de recuperaçãoRecorde-se que apesar da crise em que o país está mergulhado,

a regiãoconheceu 2165 novas empresas em 2013, ainda segundo dados revelados pelo Observatório Racius, como o Semmais já avançou. De acordo com as estatísticas empresariais, no distrito de Setúbal foram constituídas mais 378 unidades empresariais do que as 1787 registadas em 2012, tendo o comércio – excepto a venda de automó-veis - e a restauração representado as áreas onde recaiu o maior número de investimentos. Trata-se de uma inversão na tendência registada nos últimos anos na região.

Rita Carriço e Fábio Calvo

DR

Ed etur milis aliae. Ut dicillit

Adis imus. Mos maxim facepel inctaesci blant inimus venda et magnita tquibus aut oditiiscia sitem am alianis sequi nos audissit quiandis maxim eossit alique im dus.Nonsecearum es nem lias ut

laborer iorehen ihiciunt fuga. Lo exeribus est, consequaes est, simil id maionsent, qui apidus qui intibero volorrum fugit velestrum faceatem idendandis exceaqui debis doloreped quis doluptas

Bandas animam Setúbal

Cinquenta e quatro bandas, do Norte ao Sul do País, estão inscritas no 10.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, que decorre ao longo de Março. Este concurso, rampa de lança-mento de novos valores da

música portuguesa, que, desde a sua génese, em 2005, já contri-buiu para a promoção e conso-lidação de vários projectos musicais. Há prémios mone-tários e passaporte para actu-ação na Feira de Sant’Iago.

LOCAL

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Setúbal pede empréstimo para reabilitar imóvel

O município aprovou na quarta-feira, em reunião pública ordinária, a contra-

tação de um empréstimo para permitir a reabilitação da Casa das Quatro Cabeças. O emprés-timo, no valor de 221 mil e 923 euros, a conceder pelo Insti-tuto da Habitação e da Reabi-litação Urbana, é imposto por uma candidatura que a autar-quia fez ao programa “Reabi-litar para Arrendar” para a recu-perar aquele imóvel de interesse municipal em avançado estado de degradação.

O mencionado programa prevê a concessão de um empréstimo

até 50 por cento do investimento total, a amortizar em vinte pres-tações constantes anuais.

A obra, a realizar em 2014 e 2015, visa suster o processo de degra-dação do edifício, evitando que um imóvel se deteriore de tal forma que possa pôr em causa a sua even-tual recuperação.

Neste âmbito, a Câmara de Setúbal requereu, com carácter de

urgência, a declaração de utilidade pública da expropriação da Casa das Quatro Cabeças e respectiva posse administrativa, após os proprietários não acatarem a inti-mação de realização de obras de conservação.

Integrado na malha urbana de Troino, o imóvel tem três pisos e é de planta quadrangular, com cunhais bem marcados em cantaria.

O imóvel de Tróino está muito degradado

Moita sensibiliza técnicos

Milhares de crianças no Carnaval de Almada

Barreiro promove integração social das populações

Palmela quer novo centrode saúde

Sessão sobre internet segurano Seixal

Grândola exige recuperaçãoda EN 120

Sesimbra dá aulas de culinária

Sines com novas taxaspara empresas

Alcochete ensina ciência aos mais novos

Montijo abre Academia Sénior da União de Freguesias

Alcácer participa em encontro de turismo

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens apre-senta, dia 10, às 17h30, na biblioteca da Moita, o livro “Histórias Difíceis de Contar”, com a presença do líder nacional Armando Leandro. A iniciativa pretende sensi-bilizar os técnicos que traba-lham nestas áreas.

CERCA de 1500 crianças dos estabelecimentos de ensino e IPSS vão protagonizar o desfile de Carnaval das escolas, no dia 27, na Av.ª Rainha D. Leonor. A partir das 14h30, os mais novos cumprem uma tradição com quase duas décadas. O tema deste ano é o 25 de Abril.

O MUNICÍPIO, entidade parceira do projecto Trilhos-E5G, vai estar representado na assina-tura do Relatório de Avaliação 2013. A sessão está marcada para dia 10, às 11 horas, na sede da União das freguesias do Alto do Seixa-linho, S. André e Verderena, no Alto do Seixalinho. O Trilhos, projecto da 5.ª Geração do Programa Escolhas (2013-2015), visa a integração social de crianças, jovens e famílias do Alto do Seixa-linho.

O SECRETÁRIO de Estado Adjunto do Ministro da Saúde comprometeu-se a dar resposta até Março, após analisar a situação com a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo e verificar a viabilidade de afectar verbas do PIDDAC 2014 para construção do novo centro de saúde de Pinhal Novo. O município cedeu terrenos ao Governo em 2002 para a cons-trução daquela unidade, sendo que o projecto de construção está apro-vado desde 2012.

O DIA da Internet Mais Segura celebra-se dia 11 sob o lema “Juntos Vamos Criar uma Internet Melhor”. Para assinalar a data, a biblioteca do Seixal promove, às 18h30, uma sessão de sensibilização sobre nave-gação segura na internet, dirigida à população em geral.

A sessão é da responsabilidade da equipa do SeguraNet. A inicia-tiva sensibiliza para a utilização da Internet de forma esclarecida, crítica e segura pelas famílias, trabalha-dores e cidadãos no geral.

EM MOÇÃO aprovada, em reunião de Câmara, o executivo exige a urgente intervenção na repa-ração do troço que liga Grândola a Alcácer do Sal. No documento, o executivo lembra que «cada vez mais este troço é utilizado pelos automobilistas, numa fuga premente à A2, devido ao aumento das porta-gens e dos preços dos combustí-veis, provocando um aumento do fluxo rodoviário, expondo os utentes desta via ao perigo constante de acidentes».

CONHECER novas e saborosas formas de confeccionar uma das espécies mais capturadas pela frota de pesca de Sesimbra é um dos grandes atractivos das aulas de culinária com polvo, que regressam aos mercados municipais de Sesimbra e Quinta do Conde, nos dias 14 e 15, das 10 às 12 horas.

Esta iniciativa faz parte da campanha Sesimbra é Peixe, e é promovida pela Docapesca, em colaboração com o município e Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. As inscrições estão abertas até dia 13.

O Regulamento Especifico de Taxas Devidas pelo Licenciamento de Estabelecimentos Industriais do município entrou em vigor no passado dia 6. O regulamento está de acordo com o novo regime de licenciamento dos estabeleci-mentos industriais, criado pelo Governo em 2012. Deve ser consul-tado no site do município.

HOJE e a 15 e 22, e a 1 de Março, às 15h30, decorrem no Forum Cultural quatro workshops sobre Ciência para crianças. As sessões são dinamizadas pela Centrifuga e visam despertar os mais novos para o mundo das ciên-cias e da experimentação. Os parti-cipantes vão poder apreender vários conceitos, características e proprie-dades.

«ESTE É um projecto que nos enche de orgulho», afirmou Nuno Canta, presidente do município, que a 31 de Janeiro, inaugurou a Academia Sénior da União das Freguesias de Atalaia e Alto Estan-queiro-Jardia.

Para Nuno Canta, a Academia «concebida para responder às

necessidades das pessoas seniores, ao seu direito à autonomia, a uma vida digna e respeitada» não se resume «a um espaço de entrete-nimento ou a uma partilha de saberes». Para o autarca, será uma resposta capaz de proporcionar «um envelhecimento activo, de aprendizagem ao longo da vida e

impulsionadora de uma verdadeira solidariedade intergeracional».

Com esta obra, o município, a União de Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro reforçam a aposta na promoção e dinamização de espaços e actividades potencia-dores de um envelhecimento activo da população.

O PRESIDENTE do município Vítor Proença participa no Encontro de Técnicos de Turismo do Alen-tejo e do Ribatejo que decorre até domingo em Tróia. A iniciativa é promovida pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo. O autarca, na qualidade de presidente da Comunidade Intermunicipal do

Alentejo Litoral, é um dos oradores do encontro, que irá debater temas como “O Papel da Informação Turística na Qualificação dos Destinos - Perspetiva Intercultural”; “E-marketing na Promoção do Destino Turístico”; “Embaixadores da Marca Alentejo - Aqui eu sou Feliz”.

Santiago reclama mais efectivosO PRESIDENTE do município

Álvaro Beijinha, e os presidentes das Juntas de Alvalade e Ermidas-Sado, estiveram reunidos, na passada semana, com o secre-tário de Estado Adjunto da Admi-nistração Interna, Fernando

Alexandre. Os autarcas estão contra a intenção do Governo para que os postos da GNR das duas freguesias funcionem apenas entre as 9 e as 17 horas e exigem o reforço de efectivos nos dois postos.

A Casa das Quatro Cabeças poderá contar com metade do valor das obras

DR

A obra, a realizar em 2014 e 2015, visa suster o processo de degradação do edifício de interesse municipal. O empréstimo a contraír é superior a 221 mil euros.

MAIS de uma centena de pessoas encheu a Capricho, no dia 1, para participar no Jantar Soli-dário, que assinalou a estreia da Capricho Big Band e pretendeu realizar receitas para o funciona-mento da Escola de Música da Capricho. Em mais de duas horas de concerto, esta nova formação musical da cidade percorreu diversos estilos e períodos da história da música dos últimos cem anos. O público respondeu com unânime e forte aplauso.

Nuno Marques, líder da Capricho, fez um balanço «fantás-tico» da estreia da Big Band, a qual foi presenciada por cerca de 120 pessoas. «É uma formação única

na cidade e uma mais-valia para a colectividade e para Setúbal que passa a ter uma Big Band que recria

as grandes orquestras da era das Big Band´s com um repertório que passa por vários estilos musicais», vinca.

Já Eusébio Candeias, adjunto da presidente da Câmara Maria das Dores Meira, mostrou-se satis-feito com a apresentação da Capricho Big Band e vincou que o projecto vem «valorizar a cultura do concelho».

A Big Band, composta por 18 músicos e três cantores, irá comer-cializar espectáculos para eventos e auditórios, um pouco por todo o País, por forma a angariar receitas para os seus músicos e para a escola de música da Capricho e banda filarmónica.

Fados e tangos em Almada

O FÓRUM Romeu Correia, em Almada, acolhe este sábado, às 21h30, o Viagem de Lisboa a Buenos Aires”. Fados de Alexandre Rey Colaço e tangos de Astor Piazzolla, fazem parte do programa deste concerto, inter-

pretado por Francisco Sassetti (piano) e Vera Morais (flauta). Os arranjos musicais são da autoria dos dois, em conjunto com Dimi-triy Varelas. Os bilhetes custam 5 euros e estão à venda na bilhe-teira do auditório. Há descontos.

CULTURA

Sábado //08 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Informamos os nossos clientes que continua ao seu dispor de terça a sexta o prato do dia (menu completo:7.50€) Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

Mestre António Chaínhohomenageado com brilho

O mestre da guitarra portu-guesa António Chainho actuou no dia 31, à noite,

no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, acompanhado à guitarra clássica por Tiago Oliveira e Rui Silva no baixo. O concerto, realizado no âmbito do ciclo “Luísa Todi Homenageia…”, contou com a participação de Rão Kyão, Marta Dias, Inês Pereira e Ana Vieira. Durante cerca de uma hora e meia, mais de 400 pessoas assis-tiram a António Chainho a inter-pretar temas instrumentais com Rão Kyão e as fadistas convidadas atrás referidas. O artista orgulhou-se de ter quatro presidentes de Câmara da região a assistir ao concerto, nome-adamente Dores Meira (Setúbal), Vitor Proença (Alcácer do Sal), Álvaro Beijinha (Santiago do Cacém) e

Figueira Mendes (Grândola).António Chaínho mostrou-se

«muito satisfeito» com o concerto e considerou o público «especta-cular». Além de tecer fortes elogios aos seus músicos, António Chaínho afirmou que Rão Kyão é um músico «de excelência», tendo já gravado com ele “O Fado Bailado”. A Marta Dias foi um «grande sucesso» no disco A Guitarra e Outras Mulheres”, a Ana Vieira é uma cantora «soberba» e Inês Pereira, uma cantora de Setúbal, que canta «muitíssimo bem» fado e tem «grande futuro» pela frente.

À beira de comemorar os 50 anos de carreira, António Chaínho, natural de S. Francisco da Serra, em Santiago do Cacém, prevê lançar um novo

álbum ainda este ano, e depois apre-sentá-lo ao vivo numa grande sala em Lisboa e promove-lo durante uma digressão nacional. «Tudo o que fiz até hoje valeu a pena. Fui um pioneiro e abri caminho a outros guitarristas», sublinha. A sua escola de guitarra portuguesa, com 38 alunos, continua a sua actividade em Santiago do Cacém.

Álvaro Beijinha referiu que é um «orgulho enorme» António Chaínho ser ‘filho’ de Santiago do Cacém. A seu ver é, sem dúvida, o «expoente máximo da guitarra portuguesa por esse Mundo fora». O autarca, por ocasião dos 50 anos de carreira do artista, garante que o município irá homenagear o mestre «da forma como ele bem merece».

António Luís

Aplaudido de pé, o mestre da guitarra portuguesa, ‘filho’ de Santiago do Cacém, levou vários convidados de peso e quatro presidentes de Câmara à principal sala de espectáculos das região.

Mais de 400 pessoas na plateia

António Chaínho, Marta Dias e Rão Kyao fizeram vibrar o público

DR

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

A equipa do programa Pets & Boing (Sic Mulher) fez-nos uma

visita.

Mais de duas horas de concerto

Capricho lançou Big Banda fazer lembrar as grandes orquestras

OLÁ AMIGOS!JÁ SABEM ONDE VÃO JANTAR DIA 14 DE FEVEREIRO?

NOS TEMOS A SOLUÇÃO!

POIS, ALÉM DE UMA EMENTA MUITO ESPECIAL IREMOS TER MUITA ANIMAÇÃO E BOA MÚSICA COM JOÃO DA ILHA VERSONS DUO.

DR

A Naifa está de regresso aos espectáculos para uma tour que assinala o 10.º aniversário da banda e que irá levar “As Canções d’A Naifa”, editado a 4 de Novembro passado, aos principais teatros do país.Auditório Augusto Cabrita, Barreiro | 21h30.

As canções da Naifa

Sábado // 15 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 11

Cartaz...

Individual versus colectivo 08Sá

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Filipe La Féria continua a apre-sentar, para miúdos e graúdos, no teatro Politeama, “Robin dos Bosques”, a célebre obra da litera-tura de aventuras.Nesta nova viagem de Filipe La Féria ao imaginário mundo dos heróis da literatura de aventuras, o director artístico do Politeama aposta no

mítico Príncipe dos Ladrões, Robin dos Bosques, um nobre fora-da-lei, acompanhado por João Pequeno, Trovador, Pastelão, Pulga e Pitosga, o seu bando, que conta também com Frade Feijão numa luta sem tréguas contra o terrível Xerife de Nottingham, a Bruxa Camafeu e o maléfico Príncipe João, que roubou o trono ao seu irmão Ricardo Coração de Leão.Entre emboscadas e batalhas contra os ricos corruptos, Robin dos Bosques luta ainda pelo amor de Lady Marian, a sobrinha do Rei Ricardo, um amor que conta com a cumplicidade da Aia Briolanja, que suspira pelo casamento de Lady Marian com Robin.Este belo espectáculo é represen-tado de terça a sexta às 11 da manhã e às 14 horas para as escolas, e às 15 horas de sábado e domingo para o público em geral.

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“Robin dos Bosques” para miúdos e graúdos

João Pedro Pais actua em Setúbal

“IMPROVISO” é o concerto inti-mista de João Pedro Pais dá no Forum Luísa Todi, em Setúbal, no dia 14, Dia dos Namorados, às 21h30. Trata-se de um espectáculo em que os temas do cantautor são abordados de uma forma simples, perto da essência. Em palco estará a formação que o tem acompanhado nos últimos anos e com quem preparou espe-cialmente este espectáculo com entradas a 14 euros.

Descoberto no programa “Chuva de Estrelas”, lançou no mercado em Outubro de 2010 o CD/DVD do concerto no Coliseu dos Recreios, naquele que foi o primeiro DVD na carreira de João Pedro Pais. Em Dezembro de 2012, editou o sexto álbum de originais, “Desassossego”, produzido por João Martins Sela e misturado por Adam Kasper.

Toy, o cantor de “Estupidamente Apaixonado” e “Chama o António”, dá um concerto na sua terra natal para gravar um DVD ao vivo, que será lançado no primeiro semestre deste ano. Vários artistas amigos do cantor vão marcar presença no concerto onde é feita uma retrospectiva de carreira.Forum Luísa Todi, Setúbal | 21h30.

Toy grava DVD ao vivo

“Viva o Casamento”, uma comédia dramática, român-tica e musical de Fernando Gomes, continua em cena no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local ArteViva. Fernando Gomes inspirou-se na novela de Eça de Queirós “Alves & Cia” ao (re)escrever “Viva o Casamento”. No triângulo amoroso desta novela reencontramos as demis-sões e ambiguidades do quotidiano. A acção decorre em Lisboa, no início dos anos 60.

“Viva o Casamento”

“Um inimigo do povo”, de Henrik Ibsen, é uma peça que tem sido bem acolhida pelo público. É considerada uma das mais influentes e incisivas peças do autor, pela forma como problematiza a relação entre o domínio individual e o colectivo.Teatro J. Benite, Almada | 21h30.

Cada corpo ser é um universo pessoa, limitado por uma linha que define onde cada um começa e acaba. Na partilha de um espaço-tempo, a interacção surge como jogo de proximidades e distâncias, traduzido na forma como os corpos se movem e ocupam o espaço envolvente, na presença do outro.Teatro João Mota, Sesimbra | 22h30.

Dança sem limites 08Sába

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Conversas de mulheres

“Vamos lá perceber as mulheres… mas só um bocadinho” é um monólogo cómico que aborda as situações quotidianas da vida dos casais e das famílias, com texto e interpretação de Marta Gautier, que fala delas, das relações e da vida com a propriedade que a psicologia lhe proporcionou. E com imensa piada!Casino de Tróia | 22h30.

14Sext

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A banda setubalense Radiohead tem um novo tema a passar na nova telenovela da TVI “O Beijo do Escor-pião”. Trata-se de “Freedom”, da autoria de Eugénia Ávila Ramos e de Carlos Barreto Xavier.

Esta é a segunda vez que uma música desta banda consta na trilha sonora de uma telenovela da estação de Queluz de baixo, depois de “Wonder Woman” ter feito parte da novela “Belmonte”. Ambas as músicas foram retiradas do álbum de estreia “Wonder Woman” que será lançado este ano para o

mercado.«Estamos muito orgulhosos em

mostrar, a nível nacional, mais um tema nosso. Esse tema é como um grito de guerra e libertação àquele amor que todos tivemos em alguma parte da nossa vida e que nos tentou mudar a todos os níveis», argumenta o vocalista João Mendonza.

Enquanto não é lançado o disco, a banda prossegue a sua divulgação em rádio, televisão e redes sociais. Para breve irá também ser marcada uma digressão nacional dos Radio-head.

Radioheadtocam na nova novela da TVI

setúbal

muito cá de casa

casada

cultura

JOSÉ RUY começou por tirar o curso de desenhador litógrafo, na António Arroio. Estreou-se nos desenhos para impressão gráfica aos nove anos, no suplemento A Abelha, da revista Colecção de Aventuras. Publicou a sua primeira história aos quadrinhos com catorze anos. Nunca mais parou. O Papagaio recebeu os seus primeiros traços a sério. Depois, outros desenhos foram povoando as mais diversas edições impressas. Fez capas de livros, ilustrações de novelas e as famosas histórias aos quadradi-nhos.

Trabalhou para o Mosquito, O Gafanhoto, O Camarada, Cavaleiro Andante, Jornal da BD, Tintin, Spirou, selecções BD, Mundo Feminino, Almanaque Alentejano, Almanaque do Algarve, Humanidade, Selecções

JOSÉ TEÓFILO DUARTE | [email protected]

muito cá de casa | no ateliê do artistaOrganização: DDLX | Câmara Municipal de Setúbal - Divisão de Cultura.Apoio: PNET Literatura | Culsete | Ler de Carreirinha | BlogOperatório | SemMais.

Casa da Cultura | Setúbal | Rua Detrás da Guarda, 28.

de Mecânica Popular, Mama Suma, Diário de Notícias, entre muitos outros.

Tem publicados dezenas de trabalhos de banda desenhada. Deu a conhecer histórias da História de Portugal e do Mundo. É um incansável divulgador desta actividade, percorrendo escolas e organismos culturais. Também experimentou a realização de documentários, sendo esta uma actividade paralela ao trabalho que desenvolve, igualmente raiada de autenticidade comunicacio-nal. Comunicar é o ofício de José Ruy. Escolheu os desenhos para o fazer. Os desenhos são a sua voz.

A exposição abre hoje, às cinco e meia da tarde, e vai ficar nas paredes da Casa até ao dia 11 de Março. Convidados.

JOSÉ RUY EM SETÚBAL | É a grande referência da Banda Desenha-da em Portugal. Começou na “idade da pedra” das artes gráficas. Hoje domina o digital com superlativo rigor. Esta exposição anteci-pa a publicação da 4ª edição da BD FERNÃO MENDES PINTO E A SUA PEREGRINAÇÃO, e comemora os 400 anos da edição em livro da obra de Fernão Mendes Pinto.Fausto inspirou-se neste trabalho de José Ruy quando pensou gra-var o seu histórico álbum Por Este Rio Acima. José Ruy vai estar hoje na Casa da Cultura e vai explicar como tudo começou.

Trabalhadoresda Autoeuropa vão receber mais de 2 milhões em prémios

ÚLTIMA

Sábado //08 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Trabalhadoresda Autoeuropa vão receber mais de 2 milhões em prémiosA PRODUÇÃO no ano

passado ficou abaixo dos 100 mil veículos mas, ainda assim, a Autoeuropa vai atribuir os prémios de objectivos aos trabalhadores. O valor dos prémios deverá ultrapassar os 2 milhões de euros.

Porque «a redução do volume de produção não anula a atribuição dos prémios aos colaboradores», no próximo mês de Março, os trabalhadores da Autoeu-ropa vão receber o prémio por objectivos, conforme consta no acordo laboral em vigor, garante fonte oficial da Autoeuropa .

«Em média», acrescenta o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeu-ropa, António Chora, «cerca de 90 por cento dos 3 662 trabalhadores» vai receber o prémio.

O facto de a produção, no ano passado, ter ficado abaixo dos 100 mil veículos, não vai travar o pagamento dos prémios, até porque, acres-centa a mesma fonte, «a formulação do prémio contempla outros aspectos da performance global da empresa, como a redução dos custos por unidade produzida, os índices de

qualidade dos produtos, a produtividade e a adopção de práticas de melhoria continua».

No caso dos técnicos, o prémio vai rondar os 661,5 euros. Um montante que tem em linha de conta o desem-penho de cada funcionário, já que o resultante do desem-penho da fábrica foi pago no final do ano passado.

Em 2012, o valor do prémio foi de 938 euros, tendo a produção atingido os 133 mil carros, ou seja, um valor muito superior ao regis-tado no ano seguinte (abaixo dos 100 mil).

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Carlos Beato não receia «gincanas politicas» da CDU

O EX-PRESIDENTE da Câmara de Grândola, Carlos Beato, considera «no mínimo estranha» a intenção da autar-quia em realizar uma audi-toria a uma gestão que muitos classificaram como uma década de ouro, com obra reconhecida e à vista de todos».

Carlos Beato, que afirmou não querer comentar assuntos relacionados com a autarquia a que presidiu durante quase doze anos, dadas as suas funções actuais, lembrou, a insistência do Semmais, que deixou o município, em 2012, com «uma das dívidas mais equilibradas de toda a região de Setúbal», segundo os dados oficiais do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. E com um dos melhores rácios de pagamento a fornecedores.

Também não compreende que a actual maioria tenha manifestado a intenção de proceder à auditoria através de empresas privadas e não da Inspecção Geral das Autar-quias Locais, o que, segundo o próprio, pode querer dizer

que o objectivo «é fazer gincana política com coisas sérias».

Responsabilidades da Administração Central

Sobre alegadas irregula-ridades, o ex-autarca, que diz ter tido uma honra presidir à Câmara de Grândola durante os mandatos que a lei permitiu, afirma que «nunca foi prática da sua gestão cometer ilega-lidades, nem sequer de carácter processual». E sobre as «insi-nuações» que têm sido feitas a esse propósito é contun-dente: «Se alguém está a querer referir-se à aquisição do

terreno para construção de um novo estabelecimento prisional em Grândola, para substituir a actual cadeia de Pinheiro da Cruz, seria bom que o anterior e o actual governo fossem chamados a assumir as suas responsabi-lidades, nomeadamente quanto a prazos e compro-missos não assumidos».

Beato garante que, nesse processo, «foi tudo protoco-lado entre a administração central e o poder local». E a dilação dos prazos, que terá conduzido ao impasse da aqui-sição do terreno, foram ultra-passados «mas têm que se saber porquê… e levar isso às últimas consequências».

Recorde-se que o pedido de auditoria às contas dos anteriores executivos foi soli-citado pelos vereadores do PS, agora na oposição, com o objectivo de dissipar «insinu-ações». Ricardo Campaniço e Graça Guerreiro sublinharam em Sessão pública da Câmara que «quem não deve, não teme».

PGR garante que processo do Meco nunca esteve parado

A PROCURADORA-GERAL da República (PGR), Joana Marques Vidal, rompeu o silêncio no processo rela-tivo à tragédia do Meco, para contestar quem tem acusado as autoridades de não terem começado a investigar as seis mortes logo depois da Polícia Marítima chegar ao terreno. «O Ministério Público abriu inquérito logo após a ocor-rência da tragédia. O processo não esteve parado», assegurou.

Joana Marques Vidal falava pela primeira vez sobre a polémica que envolve o caso em entrevista à RTP, tendo referido que, inicialmente, o inquérito esteve a cargo da Comarca de Sesimbra, tendo depois sido avocado por um magistrado, com mais expe-riência e de grau superior, do Tribunal de Almada, face «a alguma complexidade e ao impacto social do caso».

Recorde-se que à cabeça das críticas, sobre a forma como o processo foi condu-zido, surgiu o próprio ex-procurador-geral a Repú-blica, Pinto Monteiro, a dar nota negativa à forma como o Ministério Público actuou

no início deste caso. Porém Joana Marques Vidal justi-ficou que «a Polícia Judiciária foi chamada quando o MP entendeu que devia ser».

Advogado das famíliastem pressionado caso

As próprias famílias e o seu advogado têm questio-nado o início alegadamente tardio do processo de inves-tigação, bem como a preser-vação de eventuais provas. Os pais não entendem, por exemplo, como é que os tele-móveis das vítimas andaram

por várias mãos, chegando à própria universidade Lusófona, onde foram entre-gues aos respectivos fami-liares.

O sobrevivente do Meco deverá ser inquirido nos próximos dias pela PJ de Setúbal, após a investigação reunir os depoimentos de várias testemunhas e algumas peritagens. O ´Dux` João Gouveia, que liderou o fim-de-semana em Aiana de Cima, onde os jovens alugaram uma moradia, deverá ser ouvido em simultâneo com a recons-tituição forense.

A polícia marítima tomou conta da ocorrência na primeira linha

DR

Carlos Beato