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PUBLICIDADE FIGURAS & ACONTECIMENTOS DO ANO PÁGINAS 8 a 10 Num ano assim-assim, escolhemos as figuras que mais se destacaram e os acontecimentos que mais marcaram o espaço mediático. Uma revisitação editorial para por fim ao ano de 2015. SOCIEDADE PÁGINA 5 CENTRO CULTURAL AFRICANO QUER REAJUSTAMENTO DOS APOIOS SOCIAIS A presidente do CCA, em Setúbal, Carla Jean- ne, defende que é necessário rever e reajustar alguns apoios sociais. A dirigente afirma que «há neste momento pessoas que já não precisam tanto» em detrimento de «outras que continuam a viver muitas carências». E fala da existência de «pobreza extrema» e de situações desesperantes. Sábado 13 | Fevereiro | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 889 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais MORTALIDADE INFANTIL AUMENTOU MAS AINDA ESTAMOS NO TOP MUNDIAL Em 2014, foram registadas 22 mortes na região até ao final do primeiro ano de vida, mais três do que as ocorridas em 2013, o segundo melhor registo de sempre, atrás do ano de 2011, com apenas 17 mortes. O diretor-geral da Saúde, Francisco George, diz que apesar deste aumento residual, o distrito apresenta as melhores taxas do mundo. Os dados de 2015 ainda não são conhecidos. SOCIEDADE PÁGINA 4

Semmais 13 fevereiro 2016

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Edição do Semmais de 13 de Fevereiro

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FIGURAS& ACONTECIMENTOS DO ANO PÁGINAS 8 a 10

Num ano assim-assim, escolhemos as figuras que mais se destacaram e os acontecimentos que mais marcaram o espaço mediático. Uma revisitação editorial para por fim ao ano de 2015.

SOCIEDADE PÁGINA 5CENtro CULtUrAL AfrICANo qUEr rEAjUStAmENto DoS APoIoS SoCIAISA presidente do CCA, em Setúbal, Carla Jean-ne, defende que é necessário rever e reajustar alguns apoios sociais. A dirigente afirma que «há neste momento pessoas que já não precisam tanto» em detrimento de «outras que continuam a viver muitas carências». E fala da existência de «pobreza extrema» e de situações desesperantes.

Sábado 13 | Fevereiro | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 889 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmaisMORTAlIDADE INFANTIl AUMENTOUMAS AINDA ESTAMOS NO TOp MUNDIAl

Em 2014, foram registadas 22 mortes na região até ao final do primeiro ano de vida, mais três do que as ocorridas em 2013, o segundo melhor registo de sempre, atrás do ano de 2011, com apenas 17 mortes. O diretor-geral da Saúde, Francisco George, diz que apesar deste aumento residual, o distrito apresenta as melhores taxas do mundo. Os dados de 2015 ainda não são conhecidos.

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OPINIAO

O tema objeto de reflexão prende-se com os conceitos de sustentabi-

lidade e rentabilidade de uma organização, os quais se encon-tram na moda para algumas instituições da Economia Social (cooperativas, associações, fundações, instituições particu-lares de solidariedade social. misericórdias e outras entidades com fins altruísticos).Sucintamente, embora seja um conceito complexo, a sustentabi-lidade de uma organização pode ser definida, pela capacidade que esta detém para permanecer no mercado durante um determina-do prazo. Quanto à rentabilidade, trata-se de um conceito puro de natureza económica associado a uma percentagem de remunera-ção sobre um determinado capital investido.Definidas as noções, muito bási-cas, de sustentabilidade e de rentabilidade, podemos discutir a aplicação dos conceitos nas organizações da Economia Social (OES).

Uma primeira questão que pode ser colocada consiste em saber se é possível uma OES ser sustentável e não ser rentável.Não entrando em detalhes técnicos, é possível afirmar que uma IPSS pode ser sustentável e não ser rentável financeiramen-te, desde que o “principal accionista” não pretenda nenhuma remuneração sobre o capital investido. Na prática é o que acontece com a maior parte das OES, na medida em que o “dono do capital”, que é o Estado, não exige às instituições financiadas qualquer retorno financeiro, mas sim a devolução à socieda-de de um valor social, o qual é possível quantificar e que se designa por retorno social.Podemos ainda discutir como é que o Estado avalia o retorno social das OES, e como garante que o financiamento a estas instituições gera efectivamente mais valias sociais para a sociedade. Sobre a questão da sustentabili-

dade poderemos ainda colocar a questão, se é possível uma organização do Sector da Economia Social não ser sustentável e não gerar qual-quer rentabilidade.Tendo por base a definição muito simples anteriormente referida, contrariando-se os princípios técnicos básicos de gestão e de economia, podemos afirmar que também é possível existir no mercado uma IPSS que não é sustentável nem gera retorno social.Para este efeito é suficiente analisarmos a informação anual contabilística destas organiza-ções e os respectivos relatórios atividades para concluirmos, que durante décadas se manti-veram no mercado inúmeras OES com resultados financeiros negativos, ausentes de indica-dores que evidenciem o retorno social para a sociedade da sua atividade.Poder-se-á questionar se faz sentido ou não o Estado depositar cegamente o dinheiro

dos contribuintes nas organiza-ções da Economia Social, não lhes exigindo qualquer retorno social bem como não garantir mecanismos de supervisão de concorrência desleal em relação ao sector comercial.Pessoalmente, por várias razões, tenho muitas reservas que o atual executivo venha a revogar a recente Lei de Bases da Segurança Social, convista a garantir uma maior transparên-cia do retorno social do sector da Economia Solidária.Em primeiro lugar, ao fazê-lo estaria a “comprar uma guerra” com poderes e protagonismos instalados há muitos anos, cujos apoios são necessários em sede de concertação social. Por outro lado, ideologicamente, estaria a

Sustentabilidade e rentabilidade no setor social

Começámos, no fim da última semana, os ensaios do “Frei Luís de

Sousa”, que estrearemos a 1 de Abril (dia bizarro para se estrear um clássico). O “Frei Luís de Sousa” é uma das peças que quase toda a gente conhece sem conhecer, sem nunca ter lido completamente, e sem nunca ter visto em cena – é o caso de quem escreve esta crónica. De leitura obrigatória nos liceus (ainda será?), o drama de Garrett ganhou com o tempo uma aura de “dramalhão”, “estuchada”, “chatice” que os professores abordam de fugida, no terceiro período, quando as cabeças dos adolescentes já estão mais nas férias do que na culpa inocente de Maria. Essa aura de que falo, injusta, deve-se, do meu ponto de vista, ao simples facto de que não tem sido dada a oportunidade à peça de Garrett de ser posta em cena. Não estou a falar das adaptações ou das montagens que alguns grupos levam a algumas escolas, com os Romei-ros a tropeçarem nas barbas postiças. Estou a falar numa produção com a dignidade que a peça de Garrett merece: actores, encenador, cenário, figurinos – profissionalismo, em suma. É esse o projecto a que se propõe Rogério de Carvalho: montar o “Frei Luís de Sousa” – cuja acção, por sinal, até se

TURISMO SEMMAIS

JORGE HUMBERTO SILVACOLABORADOR

David Bowie. Uma Tragédia Otimista. Frei Luís de Sousa

passa em Almada – não como uma chatice de que tem de se falar nas aulas de Português, mas com a seriedade e o prazer de nos debruçarmos sobre o texto fundador do teatro português moderno.O mito sebastiânico, a indepen-dência do País face ao estrangei-ro, uma forma de sentir que é portuguesa – de muito mais do que isto nos fala Garrett, a partir da história do escritor Manuel de Sousa Coutinho. Mas só estes três temas chegariam para que valha a pena olharmos para o “Frei Luís de Sousa” despidos de quaisquer complexos pós-mo-dernos. O Romantismo – e não falo só do movimento literário – não é uma corrente estética de donzelas tísicas e vilões barbu-dos, como deliciosamente o auto-caricaturou o Autor das “Viagens na minha terra”. Sou dos que vêem no Romantismo a última das grandes revoluções estéticas na forma de encarar a Arte e a Vida. Tudo o que veio depois, nos séculos XX e XXI, nunca chegou a quebrar nem a afastar-se completamente da forma de sentir “romântica”. Bem sei que a palavra ganhou uma conotação delico-doce, que não tinha originalmente. Este nosso “Frei Luís de Sousa”, espero eu, há-de contribuir um pedacinho para que o Romantis-mo se livre dela.

David Bowie morreu no dia 10 de janeiro. “A Tragédia Otimista”, uma

peça (1932) de Vsevolod Vichnievski, morreu no dia 31 de janeiro. Ou mais precisamente saiu de cena (talvez para a eternidade de quem a viu) no Teatro Municipal Joaquim Benite.Ambos morreram para continu-ar a viver. Ambos se desconhe-ceram, atravessando tempos diferentes. E nesse desconheci-mento ambos sempre questio-naram o que viam.Cresci acompanhado de quem ouvia Bowie. Cresci acompa-nhado de quem o idolatrava. Não cresci com aqueles que em 1917, na Rússia, questionavam o viver. Não cresci a assistir ao grande debate entre comunistas e anarquistas. Tenho pena. Fiquei a perder. A peça de teatro “A Tragédia Otimista” trata daqueles que viveram e foram parte. Estão todos mortos: os verdadeiros e os personagens do drama (afinal otimista). Será que estão? Se estão porque estou aqui a falar deles, com tantos vivos para falar?Entretanto enquanto na “Tragé-dia Otimista” o outro é o inimigo.

“dar um tiro nos pés” por razões que me parecem óbvias. Acrescentando ainda a “perspe-tiva tecnocrata”, há semelhança de inúmeras medidas sociais cujo retorno social nunca foi avaliado pelo Estado, a aplica-ção de novas regras iria debater--se com a falta de recursos e competências que garantam a sustentabilidade das OES.Em suma, o tema da sustentabi-lidade das Organizações de Economia Social estará durante o ano 2016 na moda para absorver alguns fundos comu-nitários, ficando na gaveta uma avaliação séria do verdadeiro retorno social de um sector com inúmeras responsabilidades em matéria da qualidade de vida das famílias.

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Anarquistas inimigos de comu-nistas e comunistas inimigos de anarquistas. Em David Bowie o outro somos nós. Como é evidente na canção “Changes” do álbum “Hunky Dory”, de dezem-bro de 1971, e no respetivo single de janeiro de 1972. Talvez por isso David Bowie fez muitas revoluções de outubro. Mesmo que não tenham sido em outubro. Talvez por isso David Bowie foi tantos e tantas. Talvez tenha sido você e eu. David Bowie nunca representou qualquer personagem de “A Tragédia Otimista”. Pelo menos que o saiba. Mas representou toda uma vida. Intensa e brilhan-te. E, no ultimo momento, qual representação final, editou “Black Star”. Uma estrela negra. Talvez anarquista. Talvez não. Talvez muitas das palavras que canta sejam, afinal, parecidas

com as de “A Tragédia Otimista”: o possível sentido do sentido da vida (porque o próprio sentido já tinha sido revelado pelos Monty Python); a urgência de ir mais longe; o acreditar mesmo quando só resta acreditar.Entretanto (já são 2 entretantos) um texto sobre uma encenação francesa, da “Tragédia Otimista”, de 1998, escreveu: “já houve um tempo no qual, para lá da religião, se acreditou na vida eterna”.Vida eterna que Bowie há muito tinha conquistado. Por isso não paramos de ouvir as suas músicas. Até mesmo quando vamos ver a Companhia de Teatro de Almada representar. Representar Teatro. Que afinal tantas músicas encerra. Quem sabe um dia, lá em Almada, veremos uma peça sobre David Bowie. Nem trágica. Nem otimista. Apenas eterna.

GATO ESCONDIDOCOM O RABO DE FORA

PAULO LOUREnçOInVESTIGADOR SOCIAL

BOCA DE CENA

RODRIGO FRAnCISCODIRETOR DA CTA

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

A garantia é deixada pelo próprio diretor-geral de Saúde, Francisco George,

confrontado com as 22 mortes de crianças na região até ao final do primeiro ano de vida, em 2014, traduzindo mais três face ao ano anterior - que foi o se-gundo melhor de sempre, ape-nas atrás de 2011, quando 17 crianças não sobreviveram. «Te-mos aqui das melhores taxas de mortalidade infantil em todo o mundo», sustenta, estimando--se, com base no teste do pezi-nho, que tenham nascido no dis-trito 6396 bebés. Segundo os dados do sistema de informação dos certificados de óbito (SICO), 2014 registou na região a terceira melhor taxa de mortalidade, admitindo Francis-

A Associação Sócio-Profis-sional Independente da Guarda (ASPIG) está preo-

cupada com a situação «degra-dante» em que vivem muitos dos militares da GNR que resi-dem na região após passarem à reforma, tendo detetado, inclu-sivamente, antigos militares que se encontram mergulhados em cenários de «extrema pobreza» e de «abandono», segundo denun-cia o presidente da associação, José Alho. O dirigente reclama ser che-gada a hora do Estado avançar com a criação de lares para ido-sos pelos Serviços Sociais da GNR, garantindo que seria a me-lhor opção para fazer face às atuais dificuldades. ASPIG de-fende a criação de quatro lares

co George que «estes resultados se devem ao desenvolvimento do país e à maior atenção dada às questões do parto», refere, acres-centando ainda que a evolução (descendente) da taxa de cesaria-na é coincidente com a taxa de sobrevivência (a aumentar). Para que melhor se perceba a evolução, basta recuar até

Entre 2001 e 2011 o distrito passou de uma média de cinco mortes por cada 1000 nados--vivos para 3,1. Segundo as esta-tísticas mais re-centes, em 2014, distrito lamentou 22 mortes de bebés no primeiro ano de vida. Mas a evo-lução é grande, em 1996 foram regis-tadas 47 mortes.

EM 2014 FORAM REGISTADAS 22 MORTES DE BEBéS nO pRIMEIRO AnO DE VIDA, MAS TRêS DO quE EM 2013

Mortalidade infantil aumentou na região mas taxa de êxito está no «top mundial»

1996, ano em que o distrito de Setúbal lamentou 47 mortes de bebés no primeiro ano de vida, enquanto em 1981 chegou às 164, de acordo com os dados ofi-ciais do Instituto Nacional de Estatística (INE). Já em 1960 mostrava uma realidade cinzen-ta: morreram na região 387 crianças com menos de um ano.

Raul TavaresDiretorED

ITORIA

L

Estou cansado de me fazer a mesma pergunta, agora e em

cenários anteriores: “São as políticas e não as razões económico-financeiras que movem os mercados?Os últimos anos, desde 2008, diga-se, parece não haver dúvidas de que o ‘comando negro’ da agita-ção dos mercados, dos apostadores agiotas, e desta economia de casino, tem sorvido a decisão política e a tem mantido refém.A discussão sobre o orçamento de Estado para este ano está repleto desta ‘gerigonça’ mecânica, que contagia taxas de juros, percepções e jogos de sombra, capazes de conter o desenvolvimento econó-mico.Basta um espirro, em qualquer sinal, para que os agiotas deste jogo mercantil decidam arrefecer investi-mentos, paralisar econo-mias e lançar países numa espiral recessiva. É a chantagem pura sobre o primado da política.Adam Smith, considerado o pai da economia moderna, e do liberalismo económico, falava da “mão invisível”, representada, nas suas teorias, pelo fator egoístico dos empreendedores que levaria, em última instância, ao bem-estar social. Nas suas teses, a riqueza das nações resultava da ação dos indivíduos, que promo-viam crescimento económi-co e inovação tecnológica.Mas a ‘mão invisível’ da atualidade é apenas egoísti-ca. Concentra riqueza, funciona em forma de casino e é castradora do bem-estar social.É um modelo sobre o qual parece não haver refrega. Pelo menos enquanto os homens da política e os líderes desta Europa a mil velocidades não mudarem. Porque não, e em definitivo, assumir que a renegociação da dívida e algum perdão de juros, seria o melhor caminho para resolver deficits excessivos, capaz de relançar o desenvolvimento económico e permitir o reembolso da mesma sem prejuízos para os investido-res…

Mercados e jogos de sombra

SInAl ClARO DE ESpERAnçAOs dados relativos ao distrito enquadram-se, afinal, na média nacional, surgindo Portugal com a sexta taxa de mortalidade infantil mais baixa da União Europeia, segundo da Comissão Europeia. Segundo este documento, passámos, entre 2001 e 2011, de uma média de cinco mortes por cada 1000 nados-vivos para a média de 3,1. Os médicos congratulam-se com os resultados e sublinha que apesar de a região alentejana estar entre as zonas do país onde nascem menos crianças, cerca de 2 mil por ano, este dado acaba por ser um sinal de esperança muito relevante para as au-toridades de saúde. Quer isto que a região atingiu a média que até aqui distinguia os líderes europeus - Finlândia, Suécia ou Noruega – segundo a DGS.

Os piores registos da Península

Os médicos consideram que os resultados mais recentes aca-bam mesmo por «superar algu-mas expetativas» por traduzi-rem uma diminuição – ainda que ténue - face a 2012, quando a região já tinha registado 27 ví-timas, o que chegou a represen-tar um aumento significativo comparando com os dados ofe-recidos por 2011 (17). Aliás, este seria mesmo o melhor ano de sempre. Em 2010 a região tinha lamentado 23 óbitos na mesma faixa etária. Por concelhos, a evolução que tem sido conquistada em matéria de obstetrícia e pedia-tria na península permitiu, por exemplo, deixar a capital a zero em 2014. Setúbal tinha lamenta-do duas mortes em 2013 e seis em 1996. Já Almada exibe o pior registo, com oito vítimas, con-tra as quatro do ano anterior. Seixal e Sesimbra também co-nheceram três mortes cada, Palmela e Montijo duas, en-quanto Grândola, Santiago do Cacém, Barreiro e Moita tive-ram uma morte.

ASPIG quer lares para GNR reformados do distrito

numa primeira fase, abarcando a Grande Lisboa, Norte, Centro e Sul, mas deixando porta aberta para no futuro estender a medi-da a cada uma das capitais de distrito.

José Alho sublinha que os Ser-viços Sociais da GNR têm vontade e dinheiro para desenvolver e sus-tentar o projeto, desde que o Go-verno liberte as verbas pagas pelos militares para estes Serviços.

O médico Nuno Fachada de-verá ser o novo diretor--clínico do Centro Hospi-

talar de Setúbal, na sequência das mudanças a operar naquela unidade hospitalar. Segundo o Semmais apurou, o ortopedista, já terá aceite a indigitação. Entretanto, o Conselho de Administração também deverá mudar, sendo que para o lugar do atual presidente Lacerda Ca-bral, está a ser cogitado o nome de Manuel Roque, oriundo do Centro Hospitalar de Lisboa.

Nuno Fachada novo diretor--clínico do Centro Hospitalar de Setúbal

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TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

A presidente do Centro Cul-tural Africano (CCA), Car-la Jeanne, alerta que os

tempos de crise ainda estão para lavar e durar em Setúbal, pelo menos, para meia centena de pessoas a quem a instituição presta apoio na cidade. Sobre-tudo moradores do Bairro da Bela Vista, mas não só. Defende, por isso, a necessidade de «re-ver e reajustar» alguns proces-sos relacionados com os apoios prestados pelas instituições. «Neste momento temos pesso-as que já não precisam tanto, mas que estão a ocupar um lu-gar que poderia servir para aju-dar gente mais carenciada», de-nuncia ao Semmais, após surgir

mais um caso de pobreza extre-ma no concelho. Uma mulher perdeu o direito ao apoio das refeições por ter uma reforma de 300 euros. «O problema é que a senhora, só de renda de casa, paga 180 euros», sublinha a dirigente. Já em finais de 2015, Carla Jeanne dava conta de uma situ-ação «aflitiva», como a própria a classificou, numa altura em que cerca de cem pessoas, dis-tribuídas por 25 famílias da Bela Vista tinham perdido o apoio alimentar que vinha sendo prestado desde 2011 pelo CCA, que trabalha com várias comu-nidades do bairro. Pelo menos três dos restaurantes que dia-riamente forneciam comida, doando os excedentes, faliram nos últimos meses.

A presidente do Centro Cultural Africano de Setú-bal, Carla Jeanne, defende neste mo-mento é necessá-rio «rever e reajus-tar» alguns apoios sociais. A dirigen-te argumenta que há pessoas que já precisam tanto e outras mais caren-ciadas.

CEnTRO CulTuRAl AFRICAnO AFIRMA quE SITuAçãO SOCIAl COnTInuA MuITO AFlITIVA E pEDE REAjuSTAMEnTO DE ApOIOS

A fila da pobreza que desespera Setúbal

Solidariedade ajudou a resolver as situações mais graves

«Conseguimos melhorar essa si-tuação. A solidariedade funcio-nou e resolvemos alguns dos

problemas mais graves. Mas de-pois surgem outros, como o des-ta senhora que está desesperada sem apoio, por ter que pagar as refeições, que custam cinco eu-ros por dia», refere a presidente do CCA, insistindo que é preciso analisar caso a caso. Alega que há casais que já têm a vida mais organizada. «Sa-bemos que o marido ou a mu-lher arranjaram trabalho e que já não precisam tanto de ajuda», justifica, sugerindo que estes ca-sos passem a ser apoiados com uma «cesta básica», podendo es-sas pessoas confecionar a comi-da em casa. «Seria a oportunida-de de nós podermos dar a mão a quem nem tem gás para fazer comer. Teremos entre 50 a 60 pessoas nessa situação e a maio-ria são idosos já sem capacida-de”, acrescenta. O levantamento que já tinha sido feito em finais do ano pas-sado pelo CCA revelou alguns

SOCIEDADE

VENDAS SEM SUCESSOO CCA tem procurado apos-tar no «empreendedorismo social», levando os morado-res a fazer alguns trabalhos manuais, como bordados, para vender ao público, mas sem sucesso. «Podia ser uma ajuda, mas se ninguém vem ao bairro, não conse-guimos arranjar comprado-res», resume Carla Jeanne.

contornos «assustadores em vá-rias casas», descreve a dirigente, alegando existirem situações em que «nem uma sopa está asse-gurada». A mesma dirigente re-corda ter criado esta estrutura de apoio, com ajuda dos restau-rantes situados nas imediações do bairro, em 2011, quando o en-tão ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, alertou que vinham por aí dias difíceis e que seria preciso estar preparada para situações de pobreza. Mas a austeridade «foi longe demais», diz, revelando que só um dos restaurantes que faliu ofere-cia 20 litros de sopa todos os dias. «Chegámos a ter situações de po-breza extrema a que ainda não tí-nhamos assistido aqui», lamenta, alertando para o recente agrava-mento da crise das famílias com o fim dos cursos de formação para onde o CCA tinha encaminhado alguns moradores.

O projeto social de uma cozi-nha comunitária, no bairro Terras da Costa, da Costa

de Caparica, em Almada, integra

os três projetos nacionais vence-dores do prémio da ArchDaily. Trata-se de um projeto do gabi-nete de arquitetura ateliermob e

do coletivo experimental de ar-quitetura Projeto Warehouse, pensado e construído em con-junto com os moradores. «A visibilidade que o prémio traz pode ser determinante para conseguir o financiamento neces-sário à fase seguinte da cozinha comunitária das Terras da Costa», afirmou Tiago Saraiva, do atelier-mob, que em parceria com o cole-tivo Warehouse, o financiamento da Fundação Calouste Gul-benkian e da Casa Vapor e o em-penho da Câmara de Almada con-seguiram, com o projeto da cozinha premiada na categoria Arquitetura Pública, levar água a um bairro de génese ilegal onde habitam trezentas pessoas». Projeto só estará concluído quando for demolido

Concluído em 2014, o arquiteto

Foi um dos três projetos nacio-nais a ser disti-guido com o pré-mio ArchDaily. Mas o empreendi-mento inovador está incompleto. Os arquitetos consideram que pode ser a porta aberta para o in-vestimento que falta.

O pROjETO FOI COnCEBIDO COM ACOMpAnhAMEnTO DOS MORADORES DO BAIRRO SOCIAl

Cozinha comunitária do Terras da Costa distinguida a nível nacional

Tiago Saraiva defende que o «projeto só estará concluído quando for desmantelado. O nosso desejo é que aquelas madeiras sejam reutilizadas em projetos com o mesmo ca-riz porque, se a cozinha serviu para melhorar as condições de vida daquela comunidade, em setembro ou outubro, o muni-cípio de Almada decidiu avan-çar para a fase seguinte, ou seja, o realojamento daquelas pessoas num bairro a cerca de 300 metros do local onde ago-ra vivem, que terá alguns equi-pamentos coletivos». E «os ar-quitetos do bairro» já estão novamente a trabalhar com a comunidade para perceber as necessidades de cada família, tal como aconteceu com a co-zinha comunitária que «obede-ceu a um programa definido pela comunidade».

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

Professores, pais e alunos dão sinais de descontentamento.

Continuam a avolumar-se

as correntes de opinião contra a forma de avalia-ção dos estudantes e como os programas são ensina-dos do básico ao secundá-rio, havendo, sobretudo, queixas que apontam os

Governo pro-mete estudar eventuais al-terações no que concerne aos programas curriculares do ensino da ma-temática e do português, con-siderados «mui-to extensos». Professores concordam.

ASSOcIAçõES DE pROFESSORES DA REGIãO cOncORDAM EM nãO SuSpEnDER pROGRAMAS E SãO FAVORÁVEIS A quE ESTuDE AlTERAçõES SEM pRESSA

Programas de Matemática e Português vão ser suspensos? Para já não.

OS ARguMEnTOS DO MInISTéRIO DA EDuCAçãOO Governo justificou as alterações implementadas nos programas das escolas do país com a preocupação de atualizar o currículo do ensino secundário - agora incluído na escolaridade obrigatória -, e tendo em conta alterações introduzidas no ensino básico. Foram elaborados novos Programas de Português e de Matemática A, do 10.º, 11.º e 12.º anos, e de Física e Química A, do 10.º e 11.º anos, «contribuindo para a coerência de todo o percurso escolar dos alunos», explicou então a tutela. Recorde-se que os novos programas e metas curriculares de Português e Matemática para o ensino secundário, que continuam a recolher críticas dos professores foram homologados a 21 de janeiro de 2014, com a publicação em Diário da República.

programas de Matemática e Português como sendo demasiado extensos. Po-rém, o novo Ministério da Educação garante que, pelo menos para já, não vai haver alterações. Tal-

vez depois de se proceder a uma avaliação científica e pedagógica do atual mo-delo. De resto, as próprias associações de professo-res da região concordam com a tutela, admitindo que seria um erro suspen-der de imediato as metas curriculares que foram in-troduzidas pelo ex-minis-tro Nuno Crato. Uma me-dida que poderia afetar negativamente os alunos e as próprias famílias. Carlos Eduardo Mar-ques, docente de Portu-guês, com mais de 20 anos de experiência no ensino, corrobora da avaliação apresentada pela Associa-ção de Professores de Por-tuguês (APP), que recorda como os pareceres dados antes da homologação dos novos programas já aler-tavam para o facto de as metas serem «redutoras»

com a agravante de «im-plicarem muitas transfor-mações». «Mas daí a suspender no imediato não se afigura uma boa solução, porque é preciso ter calma e fazer as coisas com tempo. Bas-ta perceber, por exemplo, que os pais já pagaram os manuais», sublinha, en-quanto é sabido que APP estará em contactos com o gabinete do novo ministro Tiago Brandão Rodrigues onde este tema foi abor-dado.

Alterações vão ter grande impacto no ensino

Por seu lado, a Associação de Professores de Mate-mática (APM) afina pelo mesmo diapasão. A presi-dente Lurdes Figueiral ousa mesmo fazer um re-trato muito crítico da situ-ação atual e do seu impac-

to no ensino. Aliás, recorda, «logo em 2013 alertámos que o programa proposto pelo Ministério da Educação iria afastar ainda mais os alunos da disciplina e que estaria a contrariar as orientações curriculares para o ensino da Matemá-tica reconhecidas interna-cionalmente». No seu pa-recer a direção da APM propunha antes que se procedesse à avaliação do programa de Matemática A, em vigor na altura, bem como do primeiro ano de implementação nos 1.º, 3.º, 5.º e 7.º anos do ensino bá-sico do programa de Ma-temática homologado em 2013. Aconselhou ainda que só com base nos re-sultados de tais estudos se fizessem «os ajustes e as alterações que se entende-rem adequadas aos pro-gramas atrás referidos».

puBlIcIDADE

A identificação de ca-sos de sarna numa escola do Barreiro,

confirmada por fonte da delegação de Saúde, faz aumentar o número de alunos infetados pelo pa-rasita nos estabeleci-mentos de ensino da Grande Lisboa, depois de Loures, Póvoa de Santo Adrião e Cascais. A direção da escola básica D. Luís de Mendonça Furtado, frequentada por cerca de 700 alunos, também já

confirmou a existência de estudantes com sarna e chamou o delegado de saúde, mas não revela quantos alunos estarão infetados. «É uma questão que até pode ser exterior à escola», diz fonte da de-legação de Saúde, admi-tindo que «qualquer mi-údo que seja contagiado com o parasita basta-lhe ser tratado e está o pro-blema resolvido. Isto não é um problema de saúde pública», acrescenta a

mesma fonte, que, ainda assim, chama a atenção para sinais de alerta como vermelhidão e comichão. O alegado silên-cio da direção da escola está a perturbar alguns pais que têm procurado saber o que está a passar--se, havendo conhecimen-to de que um aluno terá recorrido ao hospital pedi-átrico de D. Estefânia, em Lisboa, com sintomas de vermelhidão e comichão no corpo. Viria a ser-lhe diagnosticada sarna.

Sarna em escola do Barreiro deixa pais preocupados

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LOCAL

ALCÁCER DO SAL MunIcípIO REclAMA REpARAçãO uRgEntE DO Ic-1 O presidente do município, Vítor Proença, preocupado com o estado de degrada-ção em que se encontram várias estradas nacionais no concelho, reuniu dia 3, com a empresa Infraestruturas de Portugal. Face à falta de um compromisso para o arranjo das vias, o autarca entregou um dossier à IP com as prioridades de intervenção. O troço do IC-1 entre Alcácer/Grândola merece pre-ocupação do autarca, logo seguida da EN do Torrão, estrada Torrão/S. Romão e a estrada da Comporta. O autarca solicitou ainda a colocação de pinos refletores de identifica-ção de faixa de rodagem na estrada que liga Montemor-o-Novo e Alcácer e na estrada que liga Alcácer ao Torrão. Face às exi-gências, a empresa não assumiu qualquer compromisso.

ALCOCHETE nOVE FAMílIAS REAlOjADAS EM hABItAçõES SOcIAIS As habitações sociais que estavam a con-curso já foram atribuídas a nove famílias. Na sequência da conclusão do concurso para habitações sociais, esta foi uma informação divulgada pelo executivo na última reunião de Câmara, de 3 de feve-reiro. Ser cidadão nacional e residente no concelho há pelo menos 5 anos, nenhum dos elementos do agregado familiar possuir habitação própria, não residir em habitação adequada à satisfação das ne-cessidades do agregado familiar e auferir um rendimento mensal baixo foram os principais requisitos do concurso que ao qual concorreram 71 famílias.«A filosofia subjacente à configuração do regulamento teve que ver com a forma séria, rigorosa e transparente dos critérios e das subsequentes atribuições sociais.

BARREIRO QuIntA BRAAncAMp VAI EStAR AO SERVIçO DA pOpulAçãO O BCP e o município assinaram, dia 8, o contrato-promessa de compra e venda da Quinta Braamcamp, pelo valor de 2 milhões e 900 mil euros.Recorde-se que a CMB aprovou, em 2015, a compra da referida Quinta, porque é, segundo o edil Carlos Humberto, um «passo importante» na estratégia de requalificação da zona ribeirinha e de reapropriação dos rios por parte da população. O autarca referiu que, numa 1.ª fase será limpo o território, seguida da recuperação do moinho e da caldeira.«Estão a juntar-se as peças de um puzz-le», como afirmou o autarca, referindo-se, numa 1.ª fase, à requalificação da zona entre o Clube Naval e a Av.ª de Sapadores, à compra do moinho grande de maré, à candidatura a fundos comunitários para a recuperação do moinho de maré pequeno, entre outros aspetos.

GRÂNDOLA MunIcípIO AcOlhE cOnFERêncIA IntERnAcIOnAl A conferência insere-se no plano de atividades do Observatório da Canção de Protesto, é organizada pelo Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança e pelo Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Univer-sidade Nova de Lisboa, pelo município, Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense e Associação José Afonso. Realiza-se na FCSH em Lisboa e em Grân-dola, entre 15 e 17 de Junho deste ano.A ICPSong’16 terá um variado programa académico e social, repartido entre Lis-boa e Grândola, e contará com a partici-pação, entre outros, dos oradores David McDonald, Michael Frishkopf e Noriko Manabe. A ICPSong’16 conta ainda com realização de oficinas nas áreas de com-posição, performance e criação de redes.

MONTIJO cAnhA ASSInAlA MAIS uM AnIVERSÁRIO DO SEu FORAl Canha volta a assinalar mais um aniversá-rio do seu Foral, este sábado, às 15 horas, na Misericórdia local.Esta data servirá para homenagear uma personalidade da freguesia, assim como distinguir algumas entidades locais.A animação está a cargo da Orquestra Filarmónica da Casa do Povo de Canha, do Grupo de Sevilhanas da Misericórdia local, do Coro Polifónico da Sociedade 1.º de Dezembro e da banda Prece Mentira.O Dia de Canha é organizado pela Comis-são Comemorativa do Dia da Vila de Ca-nha, com o apoio da Junta de Freguesia de Canha e de outras entidades da freguesia.Em 2016, Canha celebra 844 do seu primei-ro Foral de 1172, do qual só há referências no seu segundo foral de 1235, de D. Paio Peres Correia.

PALMELA lEQuE DE OFERtAS VARIADAS pARA O DIA DE S. VAlEntIM Para o dia de S. Valentim, o município preparou vários programas. Para des-frutar de um fim de semana relaxante, os empreendimentos turísticos do concelho estão a promover pacotes aliciantes, que associam estadia, refeições e experiências românticas. Na área do enoturismo, as adegas e lojas de produtos regionais apos-tam em experiências e ofertas originais, para degustar a dois. Para complementar o programa, a oferta de atividades ao ar livre é diversificada, com caminha-das, passeios de bicicleta, burricadas e passeios todo-o-terreno. Para provar os sabores gourmet, o programa “Palmela – Experiências com Sabor!” propõe dois Fins-de-Semana Gastronómicos. A 13, 14, 19, 20 e 21, há menus requintados nos restaurantes.

SANTIAGO DO CACÉM ÁlVARO BEIjInhA AcOMpAnhA EStREIA DO cAntE AlEntEjAnO O presidente Álvaro Beijinha é um dos au-tarcas alentejanos que marcará presença em Madrid, este sábado, no Teatro do Círculo de Bellas Artes, na estreia do cante alentejano na capital espanhola. Os cantadores de Vila Nova de S. Bento e Os Ganhões de Castro Verde serão os embaixadores desta arte considerada, em 2014, Património Cultural e Imaterial da Humanidade. Na ocasião, será igualmente destacado um instrumento mui-to associado ao cante – a viola campaniça -interpretada pelos Moços D`uma Cana.A estreia do Cante Alentejano em Madrid faz parte do programa de apresentação do 12.º Festival Terras Sem Sombra, no passado dia 11, às 12 horas, na Embaixada de Portugal.

SEIXAL wORkShOp SOBRE cOMu-nIcAçãO EntRE ADOlEScEntESO auditório do município acolhe dia 19, às 19h30, o workshop “Vamos Lá Falar Disso! – Comunicação entre Adolescen-tes e Pais”. Visa promover o debate sobre a importância de uma comunicação efi-caz entre pais e filhos para que a fase da adolescência, repleta de transformações físicas e emocionais, seja feita de forma tranquila. O workshop terá como orador José Morgado, psicólogo da Educação e Docente do Departamento de Psicologia e Educação do ISPA, e será moderado por Ana Alves, pediatra do Garcia de Orta.Esta iniciativa integra o projeto “À Con-versa Com os Pais… A Confusão está Ins-talada?”, promovido pelo município, em parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade do Seixal, do ACES Almada--Seixal, e a secundária José Afonso, e enquadra-se na filosofia do projeto Seixal Saudável.

SETÚBAL pROtOcOlO pARA REcu-pERAçãO DO FORtE DE S. FIlIpE O município aprovou em reunião pú-blica, um protocolo de cooperação com diversas entidades, incluindo o Estado, com vista às obras de estabilização da encosta do Forte de S. Filipe. A necessi-dade de uma intervenção de natureza estrutural na encosta resulta de um rela-tório do LNEC apresentado com base em observação realizada no último trimestre de 2011, que identifica um cenário de ele-vado risco, concluindo pela “necessidade de realização de obras de estabilização”, sem as quais “não se podem considerar satisfatórias as condições de segurança para obstar à ocorrência de um aciden-te grave, com eventual perda de vidas humanas e de equipamentos, no caso de se verificar um sismo ou um período de chuvas intensas e prolongadas”.

SINES BOMBEIROS REcOnhEcEM ApOIO DA cÂMARA À InStItuIçãOOs Bombeiros de Sines agraciaram o mu-nicípio com o título honorífico de sócio benemérito Honra e Mérito, “em reco-nhecimento do seu empenho e colabora-ção com a instituição”.A placa identificativa foi entregue ao pre-sidente da edilidade, Nuno Mascarenhas, na gala de aniversário dos quartéis dos bombeiros, realizada no salão nobre da instituição no dia 5.O presidente da Câmara agradeceu o reconhecimento dos bombeiros à autar-quia, referiu o apoio permanente que ao longo dos anos os diferentes executivos deram à associação e garantiu que esta política continuará a ser seguida no futuro.

ALMADA cOncuRSO DE cAlDEIRA-DAS REgRESSA À cOStA DE cApARIcA O 12.º Concurso de Caldeiradas à Pesca-dor, uma iniciativa da Junta de Fregue-sia da Costa de Caparica, decorre de 20 de fevereiro a 20 de março. O segundo concurso gastronómico mais antigo a nível nacional, tem, este ano, como grande novidade, a criação e dois novos prémios, nomeadamente o Prémio Sobremesa e o Prémio Serviço. As duas novas categorias visam distinguir e contribuir para a dina-mização do concurso. Segundo o presi-dente da Junta de Freguesia, José Mar-tins, o evento pretende homenagear «a tradição secular da sabedoria dos homens do mar, na sua qualidade de pescadores e de criadores desta iguaria única no País». A exemplo dos últimos anos, o concurso vai homenagear uma personalidade da Costa de Caparica. Este ano, o homena-geado é Moisés José, «o homem do mar e do fado».

MOITA nOItES BluES AQuEcEM O FORuM jOSé MAnuEl FIguEIREDOA Blues Night de fevereiro vai acontecer este sábado, às 22 horas, no Fórum José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, tendo como convidado Vítor Bacalhau.O algarvio Vítor Bacalhau é um talentoso cantor, guitarrista e compositor de 25 anos. Contando já com um EP e um álbum edita-dos, Vítor Bacalhau é uma grande promessa do Blues/Rock nacional. As influências, que vão desde o blues do Delta ao rock ‘n roll mais musculado, ajudam a moldar uma sonoridade atual e única no panorama musical português. Ao vivo, Vítor Bacalhau apresenta-se em formato Power Trio, onde a guitarra assume um papel central. Os bilhetes custam 3 euros.

SESIMBRA cEgADAS AnIMAM população ‘pexita’O teatro João Mota, em Sesimbra, acolhe este sábado, às 21h30, a última apre-sentação das tradicionais cegadas, com bilhetes a 3 euros. Sesimbra é um dos poucos locais do país que ainda mantém viva a tradição das Cegadas. O costume da zona rural, com mais de cem anos, esteve de volta durante o Carnaval às freguesias do Castelo e de Santiago. Com dois grupos de cegantes, constituídos ex-clusivamente por homens, estas manifes-tações carnavalescas produzem muitos momentos de boa disposição. Em verso, e acompanhados à guitarra, os grupos vão apresentar, ao estilo das antigas canções de escárnio e maldizer, alguns dos acontecimentos mais marcantes da sociedade portuguesa.

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BALANÇO DO ANO

AS FIGURAS MAIS

MARIA DORES MEIRAFoi um ano em cheio para a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira. Em Setembro ficou a saber da nomeação para presidente do “Clube das Mais Belas Baias do Mundo”, entidade criada em 1997. Tomou posse já no arranque deste ano e vai gerir um restrito grupo de 38 repre-sentantes de 25 países em quatro continentes. É também a primeira mulher a exercer o cargo. Em Junho, após um processo complexo e não menos difícil, confirmou Setúbal como “Capital Europeia do Desporto” para 2016, candidatura apadrinhada por Rosa Mota e José Mourinho.

ANTÓNIO CEIA DA SILVAContinua a colocar o Alentejo no mapa na-cional e internacional e trouxe, em Dezembro de 2015, mais um reconhe-cimento da UNESCO, com o fabrico do chocalho a tornar-se património imaterial da humani-dade a salvaguardar. Como se bastasse, foi um ano me que o destino Alentejo foi considerado por jornais e revistas estrangeiras como dos melhores para visitar e usufruir.

ANA CATARINA MENDESFoi a líder de uma cam-panha para as legisla-tivas que surpreendeu meio mundo pelos resultados alcançados. Sete deputados e 12 pontos a mais que a coligação de direita, mesmo tendo em conta um grande crescimento do BE. Podia ter ido para o Governo, mas anuiu, com espírito de missão, ao pedido de António Costa para o substituir na liderança do partido.

FERNANDO NEGRÃOO ex-candidato à Câmara de Setúbal, presidiu de forma hon-rosa à mega comissão sobre o Banco Espírito Santo. E fê-lo de uma forma irrepreensível, motivando elogios de todas as forças políticas, da esquerda à direita. Ainda chegou a ser min-istro da Justiça naquele que foi o governo mais curto da história política do País.

AMÉLIA ANTUNES /EUFRÁZIO FILIPEOs ex-presidentes das câmaras de Montijo e Seixal foram distingui-dos pelo presidente da República, Cavaco Silva, com o grau de Comendador da Ordem de Mérito. Um recon-hecimento pelo papel desempenhado no de-senvolvimento do país e no reforço da coesão territorial. Eufrázio esteve 24 anos à frente do município seixalense e Amélia Antunes 16 anos.

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MENÇÕES HONROSAS

JAIME QUENDERAO enólogo foi agra-ciado pelo presidente da República com o grau de Comendador da Ordem de Mérito Empresarial – Classe do Mérito Agrícola.

JOANA MORTÁGUAA jovem bloquista foi cabeça de lista nas últimas legislativas e atingiu o melhor resul-tado de sempre do Bloco de Esquerda no círculo eleitoral de Setúbal.

CARLOS BEATOO comendador que liderou a câmara de Grândola por mais de uma dezena de anos, foi reeleito para a Associação Mutualista Montepio Geral. O único a acompanhar o líder Tomás Correia.

PAULO DO CARMOO ex-vereador da Câ-mara de Grândola foi eleito para presidente do Núcleo da Quercus para o Litoral Alente-jano e assumiu, a nível nacional, nas áreas da qualidade do ar e polu-ição atmosférica.

LEONOR FREITAS A empresária voltou a ter um ano em cheio. Foi distinguida com o “Prémio Carreira”, da revista Máxima e trouxe Cavaco Silva, em visita oficial à inauguração da nova Adega e museu.

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BALANÇO DO ANO

MIGUEL OLIVEIRAO jovem piloto, natural de Almada, esteve pre-stes a vencer o Campe-onato do Mundo de Mo-tociclismo em Moto3. Foi segundo, mas ganhou fortes créditos a nível internacional.

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BALANCO DO ANO

D. JOsé OrNeLAs CArvALhO, NOvO BispO De setúBALNo ano de comemoração dos 40 anos da criação da diocese de Setúbal, em 2015, D. Gilberto Canavarro dos Reis, bispo de Setúbal, anunciou a resignação do seu cargo apostólico por ter atingido os 75 anos de idade. Para o seu lugar foi nomeado pelo Papa Francisco, D. José Ornelas Carvalho, de 61 anos, ex-superior geral dos Dehonianos. Na cerimónia solene, realizada na Sé Catedral de Setúbal e presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, estiveram presentes os dois bispos eméritos, D. Gilberto Canavarro dos Reis e D. Manuel da Silva Martins.

sOCiAListAs DO DistritO ‘invadem’ GOverNOHá muitos ciclos gover-nativos que não se via um governo com tanta presença de políticos oriundos do distrito. O de António Costa conta com dois ministros e três secretários de Estado, Eduardo Cabrita e Pedro Marques, com as pastas de ministro-adjunto do primeiro-ministro e da Infra-estruturas, res-petivamente. Catarina Marcelino, na Igualdade e Cidadania; João Costa, na Educação e Ricardo Mou-rinho Félix, no Tesouro e Finanças, fecham a lista.

Cruz vermelha De setúBAL AssiNALOu CeNteNáriOO centenário da Delega-ção de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa, as-sinalado no dia 20 de No-vembro com um progra-ma comemorativo, incluiu a cerimónia de tomada de posse da nova direção da instituição sadina, uma conferência e um aponta-mento cénico. É uma das associações públicas mais vetustas do distrito e com um papel determinante na área social. A Cruz Verme-lha de Setúbal instalou--se 50 anos depois de a instituição ter sido criada em Portugal.

CONveNtO De Jesus reABriu As pOrtAs Após 23 ANOsO emblemático monumen-to nacional, localizado em Setúbal, foi alvo de pro-fundas obras de restauro promovidas pela Câmara de Setúbal sob autorização da Direcção-Geral do Pa-trimónio Cultural, depois de o antigo IGESPAR ter cedido à autarquia a sua posição na candidatura do projeto a fundos comuni-tários. Um desfecho que demorou mais de uma vin-tena de anos de avanços, recuos e muitos impasses. As obras de remodelação ainda não estão totalmente concluídas.

expLOsãO em pedreira de SeSimbra AssustOu reGiãO Foi um enorme estrondo, com deslocação de ar, que gerou o pânico na região na noite de 4 de Março do ano passado. A explosão numa pedreira de Sesim-bra, na serra da Achada e em pleno parque natural da Arrábida ouviu-se de Setúbal a Lisboa e fez estragos em casas das redondezas. Segundo o presidente da Câmara, Augusto Pólvora, o que deveria ter sido «apenas uma operação de queima de um cordão detonante fora de prazo», resultou num grande susto.

aCOnTeCimenTOS

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NEGÓCIOS

ENTREVISTA ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

IAPMEI faz atendimento descentralizado em Palmela

Porto de Setúbal com novo serviço da MacAndrews

A viver um clico de forte in-vestimento na expansão e internacionalização das

suas atividades, o grupo Portucel Soporcel decidiu alterar a sua nova marca corporativa para The Navigator Company. Esta nova marca, que vigora desde as zero horas do passado dia 6 de Feve-reiro, representa a união de em-presas com uma história de mais de 60 anos, pretendendo dar uma imagem mais moderna e apelati-va a um dos maiores grupos em-presariais nacionais com uma

forte componente internacional. Joana Seixas, diretora de co-municação do The Navigator Company, afirma que «havia ne-cessidade de evoluir para uma nova marca comum que unisse ainda mais o grupo. O produto Navigator é um caso de sucesso impar. Criado em Portugal, con-quistou o mundo e tornou-se lí-der em mercados relevantíssi-mos. Pela sua qualidade, pela inovação, pela determinação, pela conquista. Esta marca de papel tinha em si todos os atributos que queríamos passar para a marca corporativa. Um fator importan-tíssimo é que é um elemento de orgulho para todas as pessoas

A Câmara Municipal de Pal-mela e o IAPMEI - Agência para a Competitividade e

Inovação, IP, estabeleceram uma parceria que permite realizar, no dia 24 deste mês, o Dia do Aten-dimento Descentralizado em Palmela. Uma equipa técnica do IAPMEI vai estar disponível para responder às dúvidas de empresários e empreendedores da região sobre os vários instru-mentos de apoio mais ajustados às necessidades dos seus negó-cios, nomeadamente, as medi-das de apoio disponíveis, no âm-bito do Portugal 2020. Esta iniciativa, que decorrerá na sala de reuniões do Espaço Cidadão, pretende fortalecer es-paços de proximidade com as empresas, através de serviços de informação e aconselhamento

O porto de Setúbal tem um novo serviço da MacAn-drews, a partir do dia 8 de

fevereiro. É um reforço da linha UK/Ireland – NWC Portugal & France. A MacAndrews passa a contar com quatro escalas se-manais para o Reino Unido, uma em parceria com a OPDR. Deste modo, a oferta da MacAndrews para o Reino Unido passa a in-cluir uma segunda saída sema-nal para Liverpool e Bristol, com

MuDANçA RADIcAl NA hISTóRIA DE uMA EMpRESA cOM MAIS DE 60 ANOS E FORTE lIGAçãO A SETúBAl

Grupo Portucel Soporcel passa a designar-se “The Navigator Company”

A nova marca da Portucel, The Navi-gator Company, rep-resenta a união de empresas com uma história de mais de 60 anos, pretend-endo dar uma ima-gem mais moderna e apelativa a um dos maiores grupos empresariais nacio-nais com uma forte componente inter-nacional.

que trabalham no Grupo e por isso existe uma identificação na-tural e genuína que tínhamos que fazer crescer. Além da enorme convicção de que a Navigator Company é uma marca poderosa e inspiradora, a objetividade che-gou-nos também pelos resulta-dos de um estudo lançado em mais de 60 países e que envolveu cerca de 700 clientes. A marca Na-vigator, uma das mais conhecidas marcas de papel premium seria uma escolha que traria valor à di-mensão corporativa do Grupo».

«Conquistas inspiradoras»

E prossegue: «A criatividade da

nova marca esteve a cargo da Ivity e o racional foi criado ten-do como premissa poder nave-gar pelo passado, pelo presente e pelo futuro. A navegar pelo nosso passado percebemos que as nossas conquistas são inspiradoras, a navegar pelo nosso presente descobrimos que o nosso papel vai muito além do nosso papel e a nave-gar pelo nosso futuro criamos a nossa marca com Portugal no centro para liderarmos a in-dústria, para continuarmos à frente do nosso tempo e para cumprirmos o nosso papel no mundo». Agora o grupo é The Naviga-

tor Company e ambiciona ter um papel que vai «muito além do nosso papel». A nova marca foi criada em três dimensões a partir da esfera armilar que re-presenta a portugalidade e ao mesmo tempo o mundo. É a par-tir dessa esfera que se constro-em todas as letras do alfabeto, criando assim uma tipografia própria, exclusivamente criada para The Navigator Company. O N estilizado, que se destaca no símbolo é o ícone deste código que torna a marca ainda mais proprietária. Agora é tempo de escrever novos caminhos na certeza que serão fiáveis como os nossos produtos.

personalizados em zonas onde a agência não dispõe de represen-tação regional. O atendimento será indivi-

RESULTAdOS dO ANO dE 2015· Volume de negócios cresce 5,6 por cento para € 1.6 mil mi-lhões, com evolução favorável do preço da pasta e do papel;· EBITDA atinge 390 milhões de euros, aumentando 18,7 por cento, com melhoria na margem EBITDA/Vendas para 24 por cento;· Grupo avança com o seu plano de desenvolvimento es-tratégico, concluindo as seguintes etapas: Arranque da nova capacidade de pasta em Cacia, permitindo um au-mento de produção anual de 20 por cento; Entrada no tis-sue, com a aquisição e integração da MAS; Conclusão e arranque da segunda máquina de produção de tissue em Vila Velha de Ródão; Início da construção da fábrica de pellets nos EUA; Construção e início de produção do Vi-veiro de Luá, na Zambézia, permitindo entrar na fase de plantação de floresta em larga escala; · Reestruturação da dívida, com melhoria de condições e extensão de maturidades;· Manutenção do rácio de endividamento Net Debt / Ebi-tda em níveis prudentes e abaixo da média do sector.

a rotação entre os portos da Fi-gueira da Foz, Setúbal, Leixões, Liverpool e Bristol. Num futuro próximo, o porto de Setúbal irá servir ainda de por-to de transhipment para algumas cargas com origem na Figueira da Foz e destino aos mercados do norte da Europa. Em 2015, a Ma-cAndrews movimentou mais de 37 mil TEU no Porto de Setúbal, esperando-se que duplique este movimento em 2016.

dual, sujeito a marcação e às va-gas disponíveis, bem como ao preenchimento de ficha de ins-crição até 22 de fevereiro.

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NEGÓCIOS

FIAPAL promove sensibilização sobre carros elétricos e híbridos

Decorreu na quinta-feira, na ATEC, em Palmela, mais um almoço-debate organi-

zado pelo FIAPAL com o apoio do seu associado ATEC – Acade-mia de Formação, no qual foi promovida uma sensibilização sobre carros elétricos e híbridos, do ponto de vista da sua diferen-ciação, funcionamento e cuida-dos a ter na sua manutenção na ótica do utilizador. As temáticas abordadas fo-ram as características dos veí-culos elétricos e híbridos, fun-cionamento, alimentação e carregamento das baterias e cuidados a ter na manutenção. Na oficina de formação da

ATEC, os convidados estiveram junto de uma viatura elétrica e puderam ouvir falar sobre toda a temática que esteve a cargo de José Peniche, especialista de formação em mecatrónica au-tomóvel na ATEC, incluindo a possibilidade de estar dentro da viatura e testar algumas funcio-nalidades. Após a visita à ofici-na, seguiu-se o almoço, no qual os convidados tiveram oportu-nidade de esclarecer mais dúvi-das sobre o tema, criando assim um momento de networking no qual foi possível a troca infor-mação e experiências, nesta e em outras áreas de interesse comum.

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A história ensina-nos caminhos, que, por mais avisados que estejamos,

não conseguimos evitar repeti--los. Falo de caminhos errados, como está bom de ver.Na década de 80 Após a instabilidade criada com a morte de Sá Carneiro, quando Francisco Pinto Balsemão lhe tomou o lugar na chefia do Governo, viveram-se momentos de muitas dúvidas e incertezas e as políticas de Balsemão eram extremamente contestadas, mesmo por uma ala do partido.Na altura, a cada vitória de Balsemão, adivinhava-se o seu fim político e, creio que no “Expresso”, curiosamente o jornal de que era fundador e dono, apareceu uma crónica com o sugestivo título: “DE VITÓRIA EM VITÓRIA ATÉ À DERROTA FINAL“.Nem mais. Foi mesmo o que acabou por acontecer. Há fins esperados. Não foi Durão Barroso que certo dia afirmou que “Sei que vou ser Primeiro--Ministro, só não sei é quando”?E a história comprova a justeza de ambos os vaticínios, assim como terá a bondade de vir a confirmar a bondade e justeza do meu: António Costa e o seu Governo mais conhecido pela

“Geringonça” (epíteto demons-trativo da forma como o mesmo foi criado) conseguirão ir caminhando de VITÓRIA EM VITÓRIA, mas só o farão ATÉ à inevitável DERROTA FINAL, porque a natureza segue sempre o seu percurso e, por mais diques e represas com que queiramos orientar a força das águas, um dia ela rebenta as “geringonças” e segue o seu curso natural.António Costa é um hábil negociador. Um excelente catavento, sempre disponível a aproveitar os ventos, quer eles venham de norte ou de sul. Mesmo os que vêm cruzados. Tem uma capacidade notável para dar a volta às adversidades e contrariar o óbvio, mesmo que o óbvio tenha sido por si previa-mente anunciado. Mas há medidas antagónicas, há políticas inconciliáveis, há resultados, que por mais marketing que os tentem disfarçar, haverá o dia em que ficam expostos à saciedade e,

nesse momento, nem o melhor negociador, ou ilusionista, conseguirá justificar o injustifi-cável.Por enquanto tem tido a inteli-gência e a sagacidade de prome-ter sol na eira e chuva no nabal, sendo que a eira é em Bruxelas e o nabal é a sua troika de esquer-da e os seus parceiros de gerin-gonça, mas daqui a um ano, quando os resultados aparece-rem, ou haverá sol, ou chuva e, nesse momento, Costa não conseguirá continuar a iludir uns e outros e simultaneamente…os Portugueses pelo meio.E será nesse momento que, deixará de cantar vitória, deixará de ser o mago que transforma derrotas em vitórias e perceberá que o seu fim será igual ao de todos os ilusionistas, que, quando o seu truque é descoberto – perdem o seu público. Nesse momento, concretizar-se-á a profecia que aqui deixo – será a estocada, perdão, a derrota final.

De vitória em vitória até à derrota final.

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

PAULO EDSOn CUnhA VEREADOR PSD CâMARA DO SEIxAL

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CULTURA

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

Somos Setúbal” é o tí-tulo do mais recente livro da poetisa pal-

melense Alexandrina Pe-reira, que pretende home-nagear 20 figuras, das quais 14 já não são vivas, em poema e pintura. A obra é apresentada este sábado, às 15h30, no salão nobre da Câmara de Setú-bal, pelo professor João Reis Ribeiro. Serão lidos poemas por José Nobre e Célia David, do TAS. Segundo Alexandrina Pereira, esta 10.ª obra o é «um modesto contributo e uma simples homenagem a figuras que pertencem a Setúbal, tendo elas aqui nascido ou não, persona-lizado pelas diferenças pessoais que a enrique-cem. Um ator, um poeta, um cantor, nomes grandes do passado, do presente e, talvez, do futuro, lado a

lado, com gente humilde com quem nos cruzámos ou com quem partilha-mos as mesmas ruas. To-dos são cidade, todos es-tão na nossa memória». Para este livro, todo a cores, Alexandrina Pereira pediu a colaboração da pintora Mariana Ricardo, que retratou em azulejo, as figuras homenageadas. «A maior parte dos poe-mas já existiam porque quando algumas pessoas que constam no livro eram homenageadas, pe-diam-me um poema para ler nessa homenagem. Por sugestão do seu saudoso amigo Fernando Guerrei-ro, a ideia do livro apare-ceu e foi-se concretizan-do», relembra a poetisa.

«Vou avançar para um segundo volume»

Entre as vinte figuras ho-menageadas, estão Boca-ge, Luísa Todi, Zeca Afon-

A Academia de Dança Contemporânea de Setúbal estreou on-

tem e repete este sábado, às 21h30, um espetáculo com jovens coreógrafos, no Fórum Luísa Todi. O espetáculo resulta da combinação de traba-lhos desenvolvidos pelas coreógrafas Camila Fer-nandes, Jéssica Morgado e Matilde Barbas. Haverá, também, uma convidada especial, a bailarina e co-reografa Rita Spider, que

so, Sebastião da Gama, Carlos César, Fernando Guerreiro, Xico da Cana, Xico Jorge, Georgete de Jesus, Manuel de Jesus, Mário Regalado, Fernando Tomé, Odete Santos, Antó-nio Maria Eusébio (O Ca-lafate), Zeca Gregório, Carlos Rodrigues, Eugénio da Fonseca, Álvaro Félix, Francisco Finura e Zé dos Gatos. «O meu critério foi, in-cluir pessoas que nos ha-bituámos a ver, falar delas e a admirá-las, cada uma pelos seus diferentes mé-ritos ou peculiares parti-cularidades. Tenho inten-ção de avançar para um segundo volume», subli-nha Alexandrina Pereira. Com prefácio de Maria Helena Matos, trata-se de uma edição de autor que conta com o apoio do muni-cípio sadino, da União das Freguesias de Setúbal, da Associação Casa da Poesia de Setúbal e da Portucel.

LANÇAMENTO ESTE SÁBADO NO SALÃO NOBRE DA CÂMARA SADINA

Alexandrina Pereira homenageia 20 figuras de Setúbal

Homenagear 20 figuras de Setúbal, em po-ema e pintura, é a intenção da po-etisa Alexandrina Pereira ao lançar a sua 10.ª obra. Mariana Ricardo pintou o rosto dos homenagea-dos. Tudo gente humilde com quem nos cruzá-mos nas ruas. O segundo volume vai avançar.

Academia de dança mostra novos coreógrafos

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vem estrear um solo de sua autoria. A diretora Iolanda Ro-drigues, está convicta de que será «mais um pro-grama versátil com um re-sultado brilhante. Deixa-mos o nosso convite para que o público esgote o Fo-rum Municipal Luísa Todi». As atuações estão a cargo da Pequena Compa-nhia/Little Company da academia de dança e assi-nalam também, no dia 13,

o Dia Mundial da Rádio. A antestreia de dia 12 foi di-rigida unicamente para escolas do 3.º ciclo e pú-blico sénior. Iolanda Rodrigues re-corda que a ADCS deu iní-cio ao programa Jovens Coreógrafos 2016, o ano passado, com o objetivo de projetar o trabalho de ex-alunos da ADCS na área da coreografia. Os bilhetes custam 5 euros para a plateia e 4 para o balcão.

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SEMMAIS | SÁBADO | 13 DE FEVEREIRO | 2016 | 15

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CULTURA

GRÂNDOLA13SÁBADO22H30 COMÉDIA À LA CARTECASiNO De TRÓiA

Após um ano de celebração dos 15 anos, com es-petáculos nos Coliseus e uma temporada esgotada em Lisboa e no Porto, os COMMEDIA A LA CARTE apresentam no fim de semana dos Namorados – “ZAPPING”, o seu novo espetáculo, com novos jogos e a certeza de muita interatividade com o público.

ALCOCHeTe13SÁBADO21H30CARLOS FAZ A FESTA DA VIDA FORUm CULTURAL

Para celebrar os 50 anos de carreira, Carlos Mendes apresenta um espetáculo intimista e a solo, onde se canta e se conta, onde se ouvem risos e libertam emoções, onde se brinca com o passado e com o futuro. O cantor promete uma partilha sincera de uma vida cheia de histórias, risos e celebrações que marcaram a história da música portuguesa.

SeTÚBAL14DOmiNGO21H30CONCERTO INSPIRADO NO ROMANCEFORUm LUíSA TODi Marta Hugon Quinteto, no dia dos namorados, pro-porciona um espetáculo intimista com temas de cariz romântico, sendo acompanhada por Filipe Melo, ao piano, Nelson Cascais, no baixo, Mário Delgado, gui-tarra, e André Sousa Machado, percussão. A banda foi formada em 2005 e conta com três discos editados.

ALmADA17QUARTA-FeiRA20HAS BODAS DE FÍGARO TeATRO mUNiCipAL De ALmADA “As Bodas de Fígaro”, com direção musical de Pedro Amaral e produção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, foi composta em 1786 por Wolfgang Amadeus Mozart, a partir do libreto de Lorenzo da Ponte. Esta ópera satiriza os hábitos da nobreza no século XVIII. É interpretada por cantores do atelier de ópera da Metropolitana.

SANTiAGO19SeXTA-FeiRA22HREPRESAS NAS CEXTAS DE CULTURAAUDiTÓRiO ANTÓNiO CHAíNHO

No âmbito da iniciativa “Cextas de Cultura”, o popu-lar cantor português Luís Represas dá um concerto relembrando muitos dos seus êxitos musicais. O espe-táculo é organizado pela Associação Quadricultura e tem bilhetes a 5 e a 8 euros, para sócios e não sócios.

GANHe CONviTeS pARA A ReviSTA pOpULAR DO pARQUe mAyeR Temos convites para a divertida revista popular ”Re-vista quer… É Parque Mayer!”, que continua em cena no Teatro Maria Vitória, em Lisboa, com muito suces-so. Com Mariema, Flávio Gil, Paulo Vasco e Alice Pires à frente de uma grande produção de encher o olho sob a batuta do conhecido empresário português Hélder Freire Costa. Os convites são para as quintas--feiras e domingos, às 21h30. Basta ligar 918 047 918 ou 969 431 085.

AGeNDA

Bruno Frazão estreou, com casa cheia, na noite do passado dia

5, a cegada carnavalesca, “A coisa aqui tá preta”, com laivos de musical, no Grupo Desportivo Inde-pendente, com músicas maravilhosas de Artur Jordão. Bruno Frazão, que está a frequentar o curso de mestrado em teatro, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, agradeceu publicamente à Câmara e às Juntas de Freguesia o facto de não

deixarem morrer as cega-das carnavalescas. Os en-saios da cegada arranca-ram em Outubro do ano passado e Bruno Frazão sublinhou que o elenco, todo formado por amado-res, está de parabéns, uma vez que proporcionou uma noite muito divertida a todos. E questionou: «Quantos na plateia esta-vam à espera que eu me espalhasse? Foram mui-tos anos de treino!», ironi-zou após o espetáculo que foi presenciado por al-guns professores e cole-

A sede do Teatro O Bando, em Vale dos Barris, Palmela, re-

cebe a visita de “Vincent, Van e Gogh” pela mão do Peripécia Teatro, este sá-bado e domingo, às 21 e às 17 horas, respetivamente. A companhia de Vila Real apresenta o espetá-culo como «uma humilde homenagem ao pintor ho-landês que se tornou no paradigma do “artista maldito”», retratando a história trágica de Van Gogh de forma poética, irónica e, por vezes, até humorística. Nesta produ-ção, Vincent, Van e Gogh são três das personagens que ocupam um espaço com material de pintura. Através da relação e do jogo com os objetos, sur-gem figuras e situações que marcaram a vida e obra do artista. O espetáculo integra a programação “Gente na Quinta” do Teatro O Ban-do, com a apresentação de produções próprias, es-treias fruto de residências artísticas e criações de grupos nacionais, «parcei-ros de uma rede informal que pretende fomentar a troca e a partilha de espe-táculos, numa lógica de afinidade e contamina-ção». Com Ángel Fragua, Noélia Dominguez e Sér-gio Agostinho.

gas de curso. “A coisa aqui Tá preta” volta à cena a 20 e 21 deste mês, às 21h30 e às 16 ho-ras, respetivamente, no palco do Grupo Desporti-vo Independente.

Bruno Frazão estreou cegada com casa cheia no Independente

“Vincent, Van e Gogh” visitam O Bando este fim-de--semana

Continua em cena, na coletividade Grupo Dramático e Escolar

“Os Combatentes”, em Lis-boa, o espetáculo musical “Melodias de Sempre”, com autoria, direção e en-cenação de Carlos Jorge Español. Para ver até do ao dia 4 de maio. Carlos Jorge Español revela que o espetáculo tem estado a ser «muito bem aceite» pelo público, sendo que os sketches são atuali-zados todas as semanas e a atração musical varia em cada fim-de-semana. «É um espetáculo mu-sical, com laivos de revis-ta, feito por amadores, so-bretudo por jovens

estudantes de teatro, que deixa as pessoas bem-dis-postas. Os figurinos per-tencem ao João Praia, um jovem de Setúbal, e as mú-sicas têm a assinatura de Eugénio Pepe, de Almada, entre um vasto elenco», ar-

gumenta Carlos Jorge Es-pañol. Depois de mais de um ano, os espetáculos musi-cais voltaram ao palco dos “Combatentes” para fazer rir o público. Não perca as três horas de diversão.

“Combatentes” recordam “Melodias de sempre”

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