Upload
dinhthuan
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
No início do século XVII, a humanidade dependia da força braçal e de
instrumentos artesanais para desenvolver o trabalho e o seu sistema de
produção. Não havia equipamentos ou máquinas que substituíssem o trabalho
braçal humano ou animal.
O meio natural corresponde ao período em que o emprego das técnicas
esteve diretamente vinculado à dependência sobre a natureza, da qual o
homem fazia uso sem propiciar grandiosas transformações. Assim, as ações
de interferência sobre o meio eram, sobretudo, locais, e a participação das
atividades antrópicas, bem como as suas transformações, era limitada pela
harmonização e preservação da própria natureza.
Tofler classifica este período como onda agrícola onde a principal riqueza era
a terra, através da acumulação e controle da terra se dividia a sociedade
desta época. A sociedade era agrária tendo uma economia de subsistência e
produção artesanal, com uso da força física e destreza manual com base no
artesanato.
Caberia a ciência produzir um conhecimento sólido para que o homem se
tornasse mestre e senhor da natureza, a atividade científica deveria estar
voltada para desvendar e conhecer as leis que dominavam as forças da
natureza e, uma vez compreendidas e conhecidas, criar os mecanismos
práticos para dominá-la e submete-la à vontade do homem.
Este conhecimento, portanto, não deveria permanecer apenas no nível
teórico, deveria ser utilizado para produzir a técnica, o conhecimento prático,
aplicado, para ser utilizado para dominar e explorar o enorme potencial de
riquezas disponíveis na natureza, para usufruto da humanidade.
O meio técnico representa a emergência do espaço mecanizado, com a
introdução de objetos e sistemas que provocaram a inserção das tecnologias
no meio produtivo. Podemos citar como exemplo mais determinante a I
Revolução Industrial que trouxe profundas transformações na sociedade.
Assim, nesse período, ocorreu uma crescente forma de substituição ou de
sobreposição dos objetos técnicos sobre os objetos culturais e naturais.
Nesse momento, a Divisão Trabalho intensificou-se, bem como a
dependência das atividades humanas sobre o uso de maquinários e
instrumentos.
A Revolução industrial tem duas etapas, a primeira etapa tem como
principais características a mecanização da indústria e da agricultura com o
aparecimento da máquina de fiar e do tear mecânico; aplicação da força
motriz a indústria, com a máquina a vapor; desenvolvimento do sistema
fabril, com a substituição do artesão pelos operários.
Já a segunda etapa tem a substituição do ferro pelo aço, do vapor pela
eletricidade, do carvão pelo petróleo, introdução da especialização do
trabalhador e da máquina automática; uma nova transformação nos meios
de transportes com a invenção do avião.
As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho
humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra
durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias
ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então,
começaram a investir nas indústrias.
Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra
trazendo várias mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de
Revolução Industrial e ela começou na Inglaterra.
Os ingleses davam muita importância ao comércio. Quando se existe comércio,
existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar os preços. Logo,
a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir nas
indústrias. Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma
nova classe social: o proletariado.
O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram
confeccionados com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a
liberdade individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar
máquinas. O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos
científicos e isso também favoreceu as descobertas tecnológicas.
A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os
trabalhadores viviam na miséria. Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho
pesado e ganhavam muito pouco, a jornada de trabalho variava de 14 a 16
horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as crianças.
Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os
lucros, os trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar
pelos seus direitos.
A revolução Industrial mudou a vida da humanidade. A vida nas cidades se
tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas
consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em
condições precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem
contar com o constante medo do desemprego e da miséria.
Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores,
engenheiros e inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse
novas tecnologias: locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.
O meio técnico-científico-informacional representa, então, a atual etapa na
qual se encontra o sistema capitalista de produção e transformação do
espaço geográfico, estando relacionado, sobretudo, à Terceira Revolução
Industrial, que, não por acaso, passou a ser reconhecida como Revolução
Científica Informacional.
Houve uma grande mudança nos meios de comunicação aonde a informação é
rapidamente transmitida para o mundo, grandes avanços no meio de transporte
com aviões cruzando o globo terrestre em poucas horas, a internet, a
computação, os celulares, a mídia em geral transformou o mundo em uma
grande aldeia global.
Nesse momento ocorreu uma união entre técnica e ciência, guiadas pelo
funcionamento do mercado, que, graças aos avanços tecnológicos,
expande-se e consolida o processo de Globalização.
A passagem da ciência à técnica pode ser marcada a partir de três
momentos distintos: o primeiro teve por protótipo a máquina a vapor; o
segundo, o motor a explosão; e o terceiro, o transistor.
A globalização pode ser compreendida como a fase de expansão que o
capitalismo atingiu na atualidade, impactando a economia, a política, a
cultura e o espaço geográfico.
O desenvolvimento e a expansão dos sistemas de comunicação por
satélites, informática, transportes e telefonia proporcionaram o aparato
técnico e estrutural para a intensificação das relações socioeconômicas em
âmbito mundial. Esse processo é uma consequência da Revolução Técnico-
Científico-Informacional, uma vez que, por meio dos avanços tecnológicos
obtidos, foi possível promover maior integração econômica e cultural entre
regiões e países de diferentes pontos do planeta.
O aumento da capacidade produtiva das empresas, das infraestruturas e da
utilização de sistemas informatizados nas variadas atividades econômicas:
indústria, agropecuária, comércio e serviços fez com que a técnica, a ciência
e a informação se tornassem mais presentes no espaço geográfico. Essa
presença é, porém, desigual. Concentra-se nos países desenvolvidos,
distribui-se de modo irregular nos subdesenvolvidos industrializados e é
ainda escassa em países subdesenvolvidos de economia primária. Portanto,
a globalização não integra o mundo todo da mesma forma.
A globalização apresenta pontos positivos e negativos. A globalização foi
importante no combate à inflação e ajudou a economia ao facilitar a entrada
de produtos importados. O consumidor teve acesso a produtos importados
de melhor qualidade e mais baratos, assim como produtos nacionais mais
acessíveis e de melhor qualidade.
É comum citar os avanços proporcionados pela evolução dos meios
tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento. Assim, por
exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é
rapidamente difundida para as diferentes partes do planeta.
Outra vantagem é que a globalização atrai investimentos de outros países,
traz desenvolvimento tecnológico, melhora o relacionamento com outros
países, potencia as trocas comerciais internacionais, e abre as portas para
diferentes culturas.
Por outro lado, uma das maiores desvantagens da globalização é a
concentração da riqueza. A maior parte do dinheiro fica nos países mais
desenvolvidos e apenas 25% dos investimentos internacionais vão para as
nações em desenvolvimento, o que faz disparar o número de pessoas que
vivem em extrema pobreza.
Economistas afirmam que nas últimas décadas, a globalização e a revolução
tecnológica e científica que são responsáveis pela automação da produção
são as principais causas do aumento do desemprego.
A globalização também pode desvalorizar a cultura nacional de um
determinado país, quando países mais ricos se instalam em países mais
pobres, explorando a matéria-prima e se aproveitando da mão de obra
barata.
Um dos mais notáveis efeitos da Globalização é, sem dúvidas, a formação e
expansão das multinacionais, também conhecidas como empresas globais.
Essas instituições, em alguns casos, são maiores e mais ricas do que muitos
países e possuem seus serviços e mercadorias disponibilizados em
praticamente todas as partes do planeta.
As fábricas, em muitos casos, migram das sociedades industrializadas para
os países periféricos em busca de mão de obra barata, matérias-primas
acessíveis e, claro, maior mercado consumidor, isso sem falar na redução ou
isenção de impostos.
Apesar de amplamente difundida, há muitos protestos e críticas à
globalização, sobretudo ressaltando os seus pontos negativos. As principais
posições defendem que esse processo não é democrático, haja vista que os
produtos, lucros e desenvolvimentos ocorrem predominantemente nos
países desenvolvidos e nas elites das sociedades, gerando margens de
exclusão em todo o mundo.
Com a introdução de novas tecnologias da informação e comunicação no
setor produtivo, faz-se necessário uma presença mais forte das
universidades e demais instituições de ensino com objetivo primordial de
capacitar e atender todas as demandas do mercado criando condições para
uma economia baseada no conhecimento.
A economia do conhecimento é aquela em que o processamento de
informações são fundamentais e estratégicos, pois produzem e difundem
os principais recursos de informação e conhecimento. Pesquisa científica e
educação são a base da geração de riqueza.
A inovação e o conhecimento desempenham um papel fundamental no
cenário econômico, ao serem considerados por muitos estudiosos como
sendo um dos principais fatores que definem a competitividade e o
desenvolvimento de um país.
O conceito de inovação é bastante variado, dependendo principalmente, da
sua aplicação. De forma sucinta, há quem considere que a inovação é a
exploração bem-sucedida de novas ideias.
Segundo o Manual de Oslo (OCDE, 2005) uma inovação é a implementação
de um produto, bem ou serviço, novo ou significativamente melhorado, ou
um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método
organizacional nas práticas de negócios.
• A Inovação de produto, entendido como a introdução de um novo produto
no mercado ou melhoramento de um produto já existente.
• Inovação de processo, podendo ser entendido como a implementação de
um novo processo de produção para a empresa.
• Inovação de Marketing, entendido como a criação de uma nova
embalagem, promoção ou método de venda para um produto.
• E inovação organizacional, entendido como a concepção de novas
práticas de gestão e métodos dentro da organização.
É interessante ressaltar que a inovação não implica, necessariamente,
apenas no desenvolvimento e comercialização de grandes avanços
tecnológicos, ou seja, inovação radical, mas também inclui a utilização de
mudanças de conhecimento tecnológico em pequena escala, representando
melhorias ou inovações incrementais.
O final do século XX registra uma revolução que modifica profundamente o
teor da vida e da comunicação dos homens. É comparada à introdução do
fogo no contexto da vida. A partir dele muda não só a maneira de viver, mas
até de comer. O fogo ilumina, aquece, modifica as coisas e as relações.
Agora acontece o mesmo com a informática. Atinge todos os setores da vida.
Cria comunidades virtuais. Constitui um sexto continente, que não mais
necessita de espaço. Não se situa nalgum lugar. É transversal. Possibilita
trabalho, reunião e educação a distância. Dispensa, quase por completo, a
matéria prima. Seu conteúdo é o conhecimento. Está no plano da
espiritualidade.
Os escritórios e as firmas não necessitam concentrar a mão de obra agora
entendida não mais como braçal, mas como mental. As reuniões podem ser
realizadas, de modo mais eficiente, ficando cada um em seu próprio
escritório, conectado com os parceiros, através da internet.
Reúne, em torno de telas, pessoas distantes milhares de quilômetros. Cada
um pode comunicar-se com todos e receber comunicações de qualquer um,
do mundo inteiro, consultar bibliotecas e arquivos, sem sair de casa. Podem
fazer-se compras, pagar contas, fazer negócios a partir do próprio lar...
A revolução da informática proporciona um novo gênero de vida. A
humanidade da era da internet será diferente da humanidade da era das
comunicações que a precedeu. Novo relacionamento e novo teor de vida.
Mais virtual que real. O mundo da fantasia recebe um incentivo consistente.
Transcendemos, de longe, o mundo da natureza, para adentrar um mundo
totalmente criado por nós.
A informática não deve ser vista como um perigo, mas como a grande
chance. Em primeiro lugar, o ser humano continua sendo real e não virtual.
Encontra-se com outros, que também são reais. E como reais, têm
necessidades primárias a serem satisfeitas: necessidade de comer e morar;
necessidade de movimentar-se e de relacionar-se a informática torna-se um
facilitador neste aspecto.
1. Elabore uma resenha sobre o livro verde: A Sociedade da Informação no Brasil
http://www.governoeletronico.gov.br/documentos-e-arquivos/livroverde.pdf
Atividade