52
notícias SEVEN BOREALIS O maior e o mais sofisticado navio facilitador da indústria do petróleo em Angola DANDE Nº 1 O primeiro furo concessionado em Angola para exploração de petróleo À DESCOBERTA DE ANGOLA Uma viagem a Catete no comboio dos CFL REVISTA TRIMESTRAL INFORMAçãO GERAL DISTRIBUIçãO GRATUITA SETEMBRO 2013 31 DESTAQUE SONANGOL BRILHOU NA FILDA 2013 A MAIOR MONTRA DE NEGÓCIOS DO PAÍS

SONANG RILHO ILD 013 A A IOR ON T R A E E …ªs/Documents/Sonangol_Noticias_31.pdf · Carlos Guerreiro, Kimesso Kissoka, Maria Nestor, ... nascimento das grandes centralidades, estrategi

  • Upload
    vanliem

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

notícias

SEVEN BOREALIS

O maior e o mais sofisticado navio facilitador da indústria do petróleo em Angola

DANDE Nº 1

O primeiro furo concessionado em Angola para exploração de petróleo

À DESCOBERTA DE ANGOLA

Uma viagem a Catete no comboio dos CFL

Revista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita • setembRo 2013 • nº31

Destaque

SONANGOL BRILHOU NA FILDA 2013a MaIOR MONtRa De NeGÓCIOs DO PaÍs

34 CultuRaSETEMBRO, O MÊS DE AGOSTINHO NETOO mês de Setembro ostenta uma forte influência na história de Angola. Foi neste mês que nasceu o primeiro Presidente do país, e foi neste mês que nos deixou o seu legado para as gerações futuras.

INteRNaCIONalSEVEN BOREALIS, A JÓIA DA COROA EM ANGOLAA indústria petrolífera em Angola representa, actualmente, a mais moderna montra de tecnologia. A presença do Seven Borealis em águas angolanas representa um passo gigante na tecnologia petrolífera de que Angola está a beneficiar.

03 eDItORIalPoR um objectivo comum

DesPORtOO MUNDIAL DE HÓQUEI EM PATINS E A VITÓRIA DE ANGOLA NO AFROBASKET FEMININOAngola esteve ao mais alto nível na organização do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins e, no Afrobasket feminino, em Moçambique, arrebatou novo título.

22

DaNDe Nº 1 O PRIMEIRO FUROUma breve evocação à abertura do primeiro furo em Angola que acabou por se mostrar inútil.

32

Destaque A SONANGOL NA FILDA 2013O espaço apresentado pela Sonangol na FILDA 2013, em Julho passado, representando da melhor maneira todas as suas actividades, mereceu rasgados elogios de todos os visitantes.

36

Colabore Com a revista sonangol notíCias, mande os seus textos para [email protected]

eDIçãO• gabinete de Comunicação e imagem: [email protected] • director: Mateus Cristóvão Benza • técnicos:José Mota, Sandra Teixeira, Nadiejda Santos, Lúcio Santos, Sarissari Dinis, Paula Almeida • assistentes Hélder Sirgado,

Carlos Guerreiro, Kimesso Kissoka, Maria Nestor, Domingos Augusto, Henrique Artur, José Quarenta • administrativos: Carvalho Neto, Diogo Lino, Daniel Bumba • interlocutores: Andresa Silva, Ângela Feijó, Beatriz Silva, Lúcia Anapaz,

Olga Xavier, Sónia Santos, Marta Sousa, Rosa Menezes, Miguel Mendonça, José Oliveira, Pedro Lima, Mondlane

Boa Morte, Gil Miguens, Tiago Neto, Nelson Silva, Luís Alexandre e Estêvão Félix • impressão Damer Gráficas, S. A.

• tiragem: 5000 exemplares • design gráfico, apoio editorial e produção:

CONselhO De aDMINIstRaçãO • presidente: Francisco de Lemos José Maria • administradores executivos: Anabela Soares de Brito Fonseca, Ana Joaquina Van-Dúnem Alves da Costa, Fernando Joaquim Roberto, Fernandes Gaspar Bernardo Mateus, Mateus Sebastião Francisco Neto, Paulino Fernando Carvalho Jerónimo • administradores não executivos: Albina Assis Africano, José Guime, André Lelo e José Paiva.

revista disponivel nos voos da:

NOta: Os textos assinados não vinculam necessariamente a Sonangol ou a revista, sendo de inteira responsabilidade dos seus autores.

PROPRIeDaDe Sonangol, E.P.

• sede Rua Rainha Ginga, 29/31 Caixa Postal 1316 LuandaTel.: 226 643 342 / 226 643 343Fax: 226 643 996www.sonangol.co.ao

18

4 • Setembro 2013 - Nº31

eDIt

OR

Ial

POR UM OBJECTIVO COMUM

A indústria petrolífera nacional já atingiu um nível de desenvolvi-mento digno de real-ce, facto para o qual

muito contribuíram a abertura ao investimento privado e o es-tabelecimento de um quadro le-gal, regulatório e contratual “su-ficientemente robusto e estável”. Apesar de alguns sinais recentes de desaceleração do crescimento do sector, resultante, entre outros aspectos, da complexidade da exploração petrolífera em águas profundas e ultra profundas, de acumulações de hidrocarbonetos em quantidades inferiores às re-gistadas na década de 90, e à sua dispersão geográfica, a verdade é que Angola continua a ser um país promissor no que ao petróleo diz respeito.E foi para abordar questões perti-nentes relativas ao sector dos pe-tróleos em Angola, que o Conselho de Administração da Sonangol E.P., liderado pelo seu Presidente,

Francisco de Lemos José Maria, manteve, em Outubro de 2013, na Sede da concessionária nacional, em Luanda, uma reunião com as operadoras petrolíferas no país. No referido encontro, de todo oportuno, o PCA enfatizou, e fê-lo por diversas vezes, a necessida-de de uma estreita colaboração entre a Sonangol E.P. e as suas associadas, para a concretização de um objectivo que se pretende comum: contribuir para o desen-volvimento de Angola e, claro, proporcionar o devido retorno aos investidores. Aliás, tal como disse Francisco Maria, todas as associadas e empresas privadas angolanas que queiram investir na indústria petrolífera em Angola serão bem-vindas. Contudo, há que ter em consideração que o país tem legislação sobre petróleo e que a mesma deve ser escru-pulosamente cumprida. E porque nunca é demais recordar, a Sonan-gol E.P., enquanto concessionária nacional, é a única entidade com

capacidade e autoridade legal e contratual para efectuar “diligên-cia corporativa e empresarial” às suas associadas e aos investido-res nas concessões petrolíferas.Grosso modo, a reunião consti-tuiu uma excelente oportunida-de para a Sonangol E.P. partilhar, com as associadas, a sua visão relativa à indústria do petróleo, os seus objectivos, metas, principais programas e iniciativas, visando o crescimento deste importante sector, que em Angola representa a mola impulsionadora dos êxi-tos que o país tem alcançado nas mais variadas vertentes.E porque foi colectivamente bené-fica, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P. não deixou de manifestar o desejo da realização de mais sessões do género, quiçá uma vez por ano. O repto está lançado.

Até breve!

5

O Conselho de Administração da Sonangol E.P. foi empossado, em acto presidido pelo ministro da Economia, Abraão Pio dos Santos Gourgel. O evento decorreu numa das salas do Minis-tério da Economia, onde Abraão Gourgel, ladeado pelo Secre-tário de Estado dos Petróleos, Aníbal Teixeira da Silva, conferiu posse ao Presidente do Conselho de Administração, Francisco de Lemos José Maria.Aquele membro do governo empossou também os Administrado-res Executivos da Sonangol E.P., Fernando Joaquim Roberto, que terá como foco principal o Desenvolvimento do Capital Humano, Conhecimento e Providência Social; Anabela Soares de Brito da Fonseca, que velará essencialmente pelos Activos e Investi-

mentos Internacionais; Ana Joaquina Van-Dúnen Alves da Costa, cuja acção principal será a Refinação, Gás Natural, Geração de Energia e Petroquímica; Fernando Gaspar Bernardo Mateus, que terá, entre outras responsabilidades, a de Chief Financial Offi-cer e Desenvolvimento Corporativo; Mateus Sebastião Francisco Neto, com principal foco para o Downstream, Desenvolvimento Industrial e Conteúdo Local; e Paulino Fernando Carvalho Jeró-nimo, que assumirá, fundamentalmente, as áreas de Explora-ção e Produção de Hidrocarbonetos.Tomaram igualmente posse, os Administradores não Executi-vos, José Gime, André Lelo, José Paiva e Albina Assis Africano, os dois últimos ausentes.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA SONANGOL E.P. TOMOU POSSE

• Setembro 2013 - Nº316

O Plano Nacional de Contingência Contra Derrames Petrolíferos no Mar está preparado para acudir todos os tipos de derrames, incluindo os de nível três, que é o mais elevado. Embora ainda em fase de implementação, o sector ligado ao plano tem feito o seu traba-lho de monitorização e fiscalização a fim de advertir e ou penalizar.Para a Ilha do Mussulo, a Restinga e outros pontos, está previsto um plano exclusivo, por serem lugares de desovas de peixes e de espé-cies específicas.A par disso, um terminal de armazenamento e tratamento de resí-duos petrolíferos está a ser erguido em Luanda pela Sonangol Logís-tica, com o objectivo de tratar, sobretudo, de resíduos de eventuais derrames do crude que afectem principalmente o meio ambiente marinho angolano.

PLANO NACIONAL CONTRA DERRAMES PETROLíFEROS NO MAR EM FASE DE IMPLEMENTAÇÃO

7

MINISTRO ANGOLANO DOS PETRÓLEOS DISTINGUIDO NOS EUA

A Sociedade dos Engenheiros de Petró-leos (SPE) distinguiu o ministro angolano dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, com o “Prémio Carreira - 2013”, em New Orleans, Estados Unidos da América, pelo seu apoio àquela organização e à indústria em Angola. A cerimónia decor-reu por ocasião do banquete anual da Sociedade dos Engenheiros de Petró-leo, um evento de destaque que acon-tece à margem da Conferência Técnica Anual e Exposição da SPE, organizada de 3 de Setembro a 2 de Outubro. O pre-sidente da “Society of Petroleum Engi-neers – SPE”, Egbert Imomoh, felicitou o ministro angolano pelo prémio interna-cional com as seguintes palavras: “Em

nome do Conselho de Administração e de todos membros da SPE tenho o prazer de informá-lo da sua eleição como bene-ficiário do “Distinguished Lifetime Achie-vement Award” (prémio de excelência ou da carreira pelo conjunto das realizações da SPE relativo ao ano 2013” – referiu. Em resposta, Botelho de Vasconcelos afirmou que “é sempre uma honra estar presente em eventos como este que junta distintos actores desta indústria para se abordar os mais variados temas sobre o sector, imer-gindo o conhecimento de novas tecnolo-gias para a aplicação no desenvolvimento da indústria petrolífera. A Sonangol par-ticipou nesta Conferência Técnica, que reuniu tecnologias emergentes, inova-

ções de arte, empresas de ponta, orga-nizações bem como um vasto número de engenheiros, cientistas, gestores e exe-cutivos. A Sonangol marcou a sua pre-sença com um stand com material de divulgação do nosso país e da empresa, que esteve representada por engenheiros da Pesquisa e Produção da Sonangol e por técnicos do Gabinete de Comunição e Imagem da Sonangol E.P..Mais de 400 expositores de todas as regiões do globo estiveram presentes na reunião, cujo tema de abertura, proferido pelo Presidente da Sociedade de Enge-nheiros de Petróleo, Egbert Imomoh, foi “Os desafios associados à exploração e desenvolvimento em águas profundas”.

©tim Fulton (Gary Barchfeld Company)

• Setembro 2013 - Nº318

aC

tua

lID

aD

e

CENTRALIDADES AVANÇAM ENTREGAS

a necessidade de habitação condigna nas grandes cidades, especialmente nos arredores de luanda, é uma questão que, desde sempre, foi preocupação das autoridades competentes.

9

O nascimento das grandes centralidades, estrategi-camente distribuídas pelas zonas mais adequadas, veio

colmatar grande parte do problema da habitação. Kilamba Kiaxi, Cacuaco, Zango são nomes que entraram na lin-guagem diária dos angolanos. Repre-sentam a realização dos seus sonhos mais fortes de garantirem um futuro condigno aos seus filhos. Ninguém gosta de viver ao lado da vala.A Sonangol Imobiliária e Proprieda-des – SONIP, atenta a estas questões humanas e sociais, tudo tem feito para normalizar a distribuição e entrega dos espaços habitacionais. Para a Centralidade do Cacuaco, está em curso o processo de atendimento para conclusão das entregas das uni-dades habitacionais adquiridas.Na cidade do Kilamba estão em cons-trução 15 mil novos fogos habitacio-nais, conforme anunciou o PCA da Sonangol.Francisco de Lemos Maria, assegurou que cidadãos que têm contrato com a SONIP para uma determinada tipologia de habitação, mas que, nesta altura,

estão a receber propostas diferentes do pedido inicial, tudo passa por um acordo contratual e comercial entre as partes. Francisco de Lemos informou que esta situação se deve ao facto de não terem sido construídas as mes-mas quantidades nas diversas tipo-logias de habitação na Centralidade do Kilamba.Quanto às rendas, o Presidente da Sonangol informou oportunamente que ficou decidido que cada cliente deve fazer a liquidação das suas obri-gações mensalmente: “Temos capaci-dade para fazer cobrança mensal. Por isso, não vai continuar a haver a exi-gência de pagamento anual durante o mês de Março de cada ano”, frisou.Todos os clientes que se tenham can-didatado a apartamentos T3 ou T3+1 poderão beneficiar da tipologia T5, mediante um acordo entre as partes. A diferença de preços ronda os sete mil dólares, para um prazo de 12 meses.Nas várias centralidades de Luanda ainda há disponibilidade de 31 mil fogos habitacionais, que estão em fase de conclusão. No caso do Kilamba, cinco mil T3 estão previstos serem entregues

entre Abril, Junho e Dezembro de 2014.No Cacuaco, estão a ser construídas 300 fracções T3 cuja conclusão está prevista para Outubro de 2014.

ExTENSÃO NACIONAL

Mas a construção de unidades habita-cionais não se resume somente à zona da grande Luanda. Também estão pre-vistas habitações em várias outras pro-víncias do país. Este ano ainda, serão iniciadas as obras para construção de 15 mil fogos nas cidades do Soyo, Mbanza Congo, Cabinda e na locali-dade da Graça, em Benguela.“Para o primeiro semestre de 2014 espe-ramos iniciar a edificação de mais 23 mil fogos nas cidades do Dundo, Sau-rimo, Malanje, Bengo, Ndalatando, Ongiva e Menongue”, anunciou Fran-cisco de Lemos José Maria. O acesso ao crédito bancário pode ficar mais facilitado com a entrada em fun-cionamento, no primeiro trimestre do próximo ano, do Banco de Poupança e Promoção Habitacional, instituição bancária propriedade exclusiva da Sonangol.

10 • Setembro 2013 - Nº31

ANGOLA AUMENTA ExPORTAÇÃO DE PETRÓLEO

Angola vai exportar 56 cargas de crude em Dezembro, mais três do que em Novembro, de acordo com o programa de embarque actualizado, divulgado pela agência financeira Bloomberg, num total de 53,4 milhões de barris.De acordo com os dados, Angola, o segundo maior produtor africano de petróleo, vai produzir 1,73 milhões de barris por dia, comparado com 1,7 milhões em Novembro.No total, o país vai exportar 53,54 milhões de barris no último mês do ano, um aumento face aos 50,88 milhões previstos para Novembro.Os dados resultam do plano mensal de exportações de crude

pelos operadores no terreno, o que permite aos compradores e vendedores planearem as suas actividades.Angola pretende ser o número um na produção africana de petróleo, destronando a Nigéria, prevendo chegar a 2015 com uma produção diária de 2 milhões de barris/dia.Segundo as mesmas fontes, o país tem 13 mil milhões de bar-ris de reserva, mais 4 mil milhões que o previsto pela Organi-zação dos Países Produtores de Petróleo (OPEC).Nos últimos meses, Angola tem produzido cerca de 1,7 milhões de barris por dia, estando praticamente ao nível das expor-tações feitas pela Nigéria.

segundo previsões internacionais, angola deverá aumentar as suas exportações em dezembro para 53,4 milhões de barris

11

EMPRESA MISTA DE PETRÓLEO SERá CRIADA ENTRE SONANGOL E CONGéNERE DO VIETNAME

GALP DESCOBRIU “GRANDE JAZIDA” DE PETRÓLEO E GáS NATURAL NO BRASIL

O processo de criação de uma empresa mista entre Angola e o Vietname, na área de petróleos, poderá ser concluído nos pró-ximos tempos, em função do definido no acordo bilateral de cooperação do ramo assinado em 2008. Depois da recente visita do ministro vietnamita das Relações Exteriores ao nosso país, o assunto foi debatido ao nível do minis-tro angolano dos petróleos, Botelho de Vasconcelos.Pham Binh Minh informou que na base deste protocolo, as duas partes perspectivam a criação de uma “joint venture” no ramo dos petróleos para explorar o crude quer em Angola como no Vietname”.Com efeito, o protocolo de cooperação entre Angola e o Vietname no domínio dos petróleos foi rubricado em 2008, ratificado pelo governo Vietnamita em 2009, e pelo Executivo angolano, em 2011.“É exactamente diante deste protocolo agora, que as partes vão procurar concretizar o que foi acordado naquela data, nomea-damente a criação de uma empresa mista no ramo dos petróleos”, acrescentou o ministro vietnamita.A Petro-Vietname e a Sonangol têm mantido contactos neste sentido, a fim de se materializar, na prática, o que foi acordado no protocolo de cooperação.

A Galp Energia anunciou que um consórcio de exploração de que faz parte para o pré-sal bra-sileiro, terminou a perfuração do poço conhe-cido por Bracuhy, no bloco BM-S-24, na bacia de Santos.A perfuração “identificou a presença de uma grande jazida de óleo, gás (gás natural e CO2) e condensado”, anunciou a petrolífera em comuni-cado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A iniciativa de exploração teve lugar a 26 quilómetros do poço “descobri-dor” conhecido como Júpiter.A petrolífera especifica que este é o terceiro poço perfurado na área de Júpiter e que “per-mitiu comprovar a coluna de hidrocarbonetos de 160 metros ‘gross’, a partir de 5.322 metros de profundidade, com rochas de boas condi-ções e permeabilidade”, lê-se no comunicado.A Galp Energia detém 20% do consórcio de exploração, através da subsidiária Petrogal Bra-sil, e em parceria com a Petrobras que detém os restantes 80%.

Um consórcio de exploração integrado pela Galp energia anunciou que terminou a perfuração do poço Bracuhy, no pré-sal do Brasil, onde identificou a existência uma “grande jazida” de petróleo, gás natural e condensado.

12 • Setembro 2013 - Nº31

aC

tua

lID

aD

e

PCA DA SONANGOL E.P. REúNE COM OPERADORAS PETROLíFERAS

O Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Francisco de Lemos José Maria,

promoveu, no princípio do mês de Outu-bro, uma reunião com as empresas ope-radoras do sector petrolífero em Angola, tendo por tema central a necessidade de obediência ao quadro legal regulatório, contratual e fiscal estabelecido no país.Francisco de Lemos, em mensagem incisiva para as empresas associadas da concessionária nacional, asseverou a necessidade de obediência às obriga-ções e compromissos vigentes, alertando para o facto de todas as empresas se encontrarem em igualdade legal. Parti-cular atenção será prestada às empre-sas privadas angolanas, tendo estas sido encorajadas a investir no sector petro-lífero, e até a aumentar os investimen-tos no futuro.O PCA deixou patente o incremento do monitoramento e fiscalização nas concessões mais recentes, destacou o investimento na indústria para suporte ao sector petrolífero, e focou a neces-sidade de um alinhamento estratégico, tendo em atenção o plano nacional de desenvolvimento 2013/2017, e a pre-visão de crescimento médio anual do PIB em 7%.De recordar que a Sonangol previu a lici-tação de 15 concessões em 2013, 12 em 2015 e outras 15 em 2017, nas bacias do Congo, Kwanza e Namibe, além de seis concessões para a exploração de gás natural, como matéria prima para a gera-ção de energia eléctrica e para outras uni-dades industriais a construir no futuro.A Sonangol reafirma a intenção de alcan-çar a produção de dois milhões (2 000 000) de barris em 2015, e estabilizar estes níveis de produção durante um período não inferior a cinco anos.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

AF_RS_Revista Sonangol Noticias 23x27.5cm copy.pdf 1 3/22/13 11:45 AM

• Setembro 2013 - Nº3114

N esse relatório a AIE considera que o plano alternativo para neutralizar as armas químicas da Síria provocou uma "pausa",

mas demonstrou que o preço do barril continua elevado e que aquele conflito continua a manter a pressão. Além do conflito sírio, o afundamento das exportações de petróleo da Líbia para os níveis mais baixos desde o final da guerra líbia no início do mês, não dá sinais de mudança, refere a AIE.As exportações de petróleo da Líbia caí-ram de uma média de 550.000 barris diários em Agosto e meio milhão de bar-ris por dia em Julho, para 150.000 barris diários no início de Setembro, precisa o relatório.A agência reviu em alta ligeira as previ-sões da procura global de petróleo tanto para este ano como para 2014 devido à melhoria das expectativas macroeco-nómicas.Concretamente, a AIE prevê que o con-sumo em 2013 será em média de 90,9 milhões de barris diários, ou seja mais 895.000 barris diários do que em 2012.Esta estimativa pressupõe um incre-mento de 70 mil barris diários face à pre-visão feita no mês passado. Para 2014, a AIE prevê um consumo médio de 92 milhões de barris por dia.Segundo a AIE, estas correcções resultam das indicações sobre os dados de Julho e Agosto devido ao efeito do "impacto das modestas melhorias na economia".A agência refere que se antevê uma pos-sível desaceleração das compras de petróleo por alguns países emergentes, que sofreram depreciações das respec-

INte

RN

aC

ION

al

PREÇOS DO PETRÓLEO VÃO CONTINUAR SOB PRESSÃO

ALTOS E BAIxOS

devido às actuais "tempestades geopolíticas" no mundo árabe, o petróleo deverá manter-se sob pressão nos mercados, ainda por alguns meses, segundo se lê no relatório mensal do mercado petrolífero da agência internacional de energia (aie).

15

BRasIl DesCOBRIu GIGaNtesCa ReseRVa De PetRÓleO NO MaR

A reserva está situada perto do Esta-do de Sergipe e poderá ser a maior do país fora da grande região do "pré-sal", informou o governo estadual.Uma campanha exploratória na costa de Sergipe mostra que uma área con-trolada pela Petrobras e um parceiro indiano possui possivelmente mais de um bilião de barris de petróleo (1 000 000 000 000).Esse volume é mais do que suficiente para suprir todas as necessidades de petróleo dos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo, por quase dois meses.Fontes da Petrobras informaram que a empresa planeia produzir, pelo menos, 100 mil barris por dia a partir de campos offshore de águas profundas em Sergipe, a partir de 2018.A Petrobras, operadora do SEAL-11, é dona de 60 por cento do bloco, e a in-diana IBV detém o restante.Fontes da indústria e do governo dis-seram anteriormente à Reuters que o bloco SEAL-11 e as áreas adjacentes po-dem conter mais de 3 biliões de barris de petróleo in situ, um termo que inclui recursos irrecuperáveis, bem como o pe-tróleo que pode ser economicamente produzido.Essa quantidade pode ser suficiente pa-ra permitir a produção de cerca de um bilião de barris, de acordo com fontes da indústria brasileira, com base em taxas de recuperação da indústria local.

tivas moedas, incluindo a Índia, Indoné-sia, Malásia, Peru, Filipinas e Tailândia, que mecanicamente encarecem a fac-tura energética.A AIE afirma que oferta de petróleo caiu em Agosto para 91,59 milhões de barris, menos 775.000 barris, e que esta quebra resultou da diminuição da produção do cartel da Organização de Países Expor-tadores de Petróleo (OPEP) bem como dos restantes produtores.Em Agosto, a produção da OPEP dimi-nuiu 260.000 barris diários para 30,51 milhões e a dos restantes produtores 510.000 barris diários, para 54,51 milhões.No seio da OPEP, o aumento da extrac-ção pela Arábia Saudita, que com 10,19 milhões de barris diários marcou um nível máximo dos últimos 32 anos, não conse-guiu compensar o descalabro da Líbia.Fora do cartel, a diminuição sazonal nas plataformas do Mar do Norte, as paragens por manutenção em poços do Cazaquis-tão e Gana e na China devido às inun-dações, foi muito mais elevada que os aumentos suplementares dos Estados Unidos e Canadá.Em Julho, as reservas comerciais na Orga-nização para a Cooperação e o Desenvol-vimento Económico (OCDE) aumentaram muito ligeiramente, cerca de oito milhões de barris para 2.659 milhões.

16 • Setembro 2013 - Nº31

Na

CIO

Na

l

E m hora de balanço, a Clínica Girassol apresenta os seguin-tes números: 352.568 atendi-mentos no banco de urgência,

31.627 internamentos, 7.250 cirurgias, 439.769 consultas externas, 1.764.332 de exames complementares de Diag-nóstico e Terapêutica, 2.778 partos e 810.546 refeições servidas à doentes da referida instituição.No que concerne aos factos mais mar-cantes registados nestes 5 anos da sua existência, destacam-se os seguintes: 2008 (abertura da Clínica e início do Internato Complementar de Especia-lidades Médicas); 2009 (início do Ser-viço de Hemodiálise); 2010 (abertura da “Day Clinic”); 2011 (criação do Banco de Sangue, abertura dos Serviços de Esto-matologia e de Oncologia e implementa-ção do SAP; 2012 (abertura dos Serviços de Radioterapia e de Medicina Nuclear e realização do 1º Congresso da Clínica Girassol; 2013 (atingida a cifra de mil cirurgias cardiovasculares pediátricas).Entretanto, para assinalar as suas 5 primaveras, a Clínica Girassol realizou diversas actividades, entre as quais um torneio de futsal e uma exposição, nas suas instalações, que teve como tema “Clínica Girassol – 5 anos”.

ASSINALA AS SUAS 5 PRIMAVERASCLíNICA GIRASSOL

aberta no dia 4 de setembro de 2008, a Clínica Girassol é a subsidiária da sonangol e.p. que se dedica à prestação de serviços de saúde e de assistência médica, gestão e construção de infra-estruturas ligadas à saúde, podendo comercializar e explorar todos os produtos industriais e farmacêuticos.

18 • Setembro 2013 - Nº31

Des

taq

ue

SONANGOL DISTINGUIU-SE PELA QUALIDADE DO SEU STAND

FILDA 2013

alongando-se por extensa área no pavilhão dos petróleos, a sonangol marcou a sua presença na 30ª edição da Filda com a qualidade dos seus espaços, numa agradável montra das suas actividades e capacidades de intervenção tanto a nível nacional como internacional.

18

19

• Setembro 2013 - Nº3120

P ara além da sua imagem glo-bal, a Sonangol deu especial atenção, neste certame inter-nacional, ao mercado interna-

cional mas também ao interno. Na ocasião, foi afirmada a existência da Sonangol Investimentos Industriais – SIIND - materializada já na existên-cia de 22 fábricas que produzem grande variedade de artigos de qualidade, dando assim um grande contributo no processo de desenvolvimento do país.A edição 2013 da Filda registou um record de participantes – mais de mil – para o que, para além dos seis pavilhões, foi instalada uma grande tenda com mais de 400 metros quadrados de superfície. À semelhança dos três últimos anos, a feira, que decorreu no passado mês de Julho, encerrou com um indicador de satisfação dos expositores na casa dos 90 porcento, segundo dados fornecidos

Des

taq

ue

21

pela organização.Nos seis dias de intenso trabalho, o evento foi guiado pelo lema “Os desa-fios da atracção de investimentos”, num claro desafio aos investidores nacio-nais e estrangeiros a apostarem cada vez mais no futuro económico do país.Ainda na senda dos investimentos, o quarto dia da Filda teve o seu toque especial, tudo por causa da celebra-ção do dia do sector petrolífero, que é o que mais tem contribuído para o cres-cimento económico de Angola.A atestar este facto está a produção deste braço da economia angolana que representa em média 90 % das expor-tações do país, 50% do Produto Interno Bruto (PIB) e 80% dos rendimentos tri-butários.A par do dia dos petróleos, que com-parativamente aos outros, levou à feira maior número de governantes, entre os quais o secretário de Estado dos Petró-leos, Aníbal Silva, a exposição celebrou, igualmente, os dias de Portugal, do Bra-sil, da Alemanha, China, Turquia e da operadora de telefonia móvel Unitel.Na já tradicional Gala de Premiação, que se realiza para distinguir as empresas e expositores que mais inovam durante a amostra, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos foi distinguido, como Personalidade do Ano de 2013, devido ao seu contributo em prol do desenvol-vimento e estabilidade macroeconó-mica do país.

22 • Junho 2013 - Nº3022

INte

RN

aC

ION

al

CAPACIDADE DE CLASSE MUNDIAL E VERSATILIDADE INIGUALáVEL, AO SERVIÇO DO PETRÓLEO ANGOLANO

SEVEN BOREALIS

23

O Seven Borealis é descrito como um facilitador a nível global, des-tinado a operar no projecto CLOV

da Total. Representa o futuro dos navios de construção para cargas pesadas e instalação de condutas.Concebido para suportar as condições mais adversas do mundo e satisfazer as exigências cada vez mais comple-xas dos dias de hoje e os desenvolvi-mentos de campo futuros das águas ultraprofundas, o Seven Borealis com-bina capacidades nunca antes vistas de construção submarina/risers e instala-ção de condutas em águas profundas.“Quando se olha para as significativas alterações e actualizações na constru-ção e modificação de navios ao longo dos últimos 40 anos, parece-nos evidente que o design dos navios não antecipou a tendência das exigências de cargas pesadas e instalação de condutas da indústria offshore. É difícil prever esta tendência para o futuro, mas é possível antecipá-la até um certo ponto” diz Fré-déric Bost, Chefe da Equipa de Apoio, de Instalação de Condutas e Cargas Pesa-das do Navio da Subsea 7. O Seven Borealis é um navio que não só cumpre com as exigências da indústria

actual, mas que também é suficiente-mente versátil para satisfazer as suas necessidades nas próximas décadas e que já tem incorporado no seu design a possibilidade de actualizar as capa-cidades actuais de forma significativa.Com um acentuado sistema S-Lay de 600 toneladas de última geração, uma torre J-Lay de 1.000 toneladas de capa-cidade e o maior guindaste de mastro offshore do mundo – testado com 5.500 toneladas durante operações estáticas – o navio representa um avanço gigan-tesco nas capacidades de construção em águas profundas. As operações J-Lay são realizadas com uma torre J-Lay em cardan, criando uma plataforma rígida de instalação de condutas que permite ao navio ajustar a sua direcção, depen-dendo das condições meteorológicas predominantes. Capaz de suportar diâ-metros de conduta entre 4 e 36 polega-das, a torre J-Lay possui duas estações de soldadura, um sistema de grampos de fricção e um sistema de manipula-ção de PLETs de 100 toneladas. A sua versatilidade é representada no design de um novo sistema S-Lay. Capaz de lidar com condutas de articulação simples ou dupla com diâmetro de 4,5

a indústria do petróleo é das que melhor reflectem a capacidade inventiva do homem. Complexa e arriscada, esta indústria toca todas as áreas do saber, tendo-se tornado uma das mais sofisticadas do mundo. extremamente exigente, precisa de equipamentos da mais alta tecnologia. o navio que apresentamos nesta edição, o seven Borealis, é um dos mais interessantes exemplos da evolução das técnicas de extracção e tratamento de petróleo, em qualquer parte do mundo. angola, a passos de se tornar o primeiro produtor africano de petróleo, está no caminho da modernidade e da utilização das mais avançadas técnicas.

24 • Setembro 2013 - Nº31

INte

RN

aC

ION

al

25

a 46 polegadas, o sistema estabelece uma nova referência na capacidade. Contrariamente às tradicionais linhas de ancoragem S-Lay, nas quais as esta-ções de trabalho são fixas, o sistema do Seven Borealis é montado sobre carris, o que significa que pode ser reconfigu-rado para se adaptar a qualquer com-primento de conduta ou a um requisito específico de um projecto. Esta flexibi-lidade incorporada também permite à equipa do projecto adicionar ou remo-ver estações de trabalho, consoante seja necessário, num curto espaço de tempo.“Todas as lições operacionais que foram

aprendidas a partir dos acentuados ferrões S-Lay existentes, foram incor-poradas no novo e personalizado sis-tema Borealis”, acrescenta Frédéric. “O resultado significa que conjugamos os benefícios do J-Lay com a rapidez do tradicional S-Lay”.Um sistema de abandono e recuperação em águas profundas de afundamento integralmente compensado reforça ainda mais este facilitador estratégico. O sistema será capaz de manipular cargas de 1.200 toneladas e de atingir profundidades de até 6.000m, o que significa que o Seven Borealis poderá

oferecer uma capacidade de desloca-ção marítima inigualável, em qualquer parte do mundo.São fornecidos meios de intervenção marítimos através de dois sistemas ROV de águas ultraprofundas a bordo, completos com uma plena capacidade de pesquisa marítima.Além disso, o Seven Borealis está equi-pado com um sistema de monitoriza-ção e previsão de última geração para apoiar as tomadas de decisão durante operações com condições atmosféricas delicadas, e reduzir significativamente o tempo de espera.

• Setembro 2013 - Nº3126

eNtR

eVIs

ta

FERNANDO AMARAL, SEVENSEAS NA FILDA

O NOSSO PAíS DESTACA-SE CADA VEZ MAIS NA INDúSTRIA PETROLíFERA MUNDIAL

27

A firmação de Fernando Amaral, director de vendas e de marke-ting da Seven Seas, que acedeu

amavelmente a esclarecer um pouco mais a importância da presença do navio Seven Borealis em Angola.

para além das suas funções técnicas e de ser uma obra de arte da mais alta tecnologia, que contributo pode facul-tar o navio do ponto de vista social e formativo para os angolanos?

Fernando Amaral- Antes de tudo gostaria de poder partilhar o orgu-lho em constatar que o nosso país cada vez mais se destaca na indús-tria petrolífera mundial pelo tipo de tecnologias, meios e investimento disponibilizados na exploração de hidrocarbonetos. Antigamente era norma tomarmos conhecimento de investimentos e meios tecnológicos desta envergadura somente através da comunicação especializada e notícias de projectos existentes em outras áreas do globo. Hoje em dia este cenário alterou-se e em Angola onde cada vez mais se testemunha a presença de meios de engenharia de ponta, nas quais se enquadra o Seven Borealis, como o expoente máximo actual nesta indústria.O navio Seven Borealis está a operar há nove meses em águas angolanas e desde então foram várias as visitas guiadas realizadas por forma a promo-ver, entre um público restrito de pro-fissionais do sector, o conhecimento possível daquilo que é o navio, sua tripulação e as operações em que está envolvido. Menciono público restrito, porque é sempre difícil proporcionar a todos os interessados este tipo de oportunidades uma vez que, o navio esteve permanentemente em opera-ções no campo. Acredito no entanto

que o contributo tem sido positivo do ponto de vista social e formativo.

há mais navios da vossa empresa a operar em angola?

FA - Além do Seven Borealis aqui referi-do, encontram-se também a colaborar em operações no offshore angolano, mais 20 navios dos quais se destacam o Seven Eagle, o Seven Pacific e o na-vio Simar Esperança, pertencente à

empresa angolana Simar - Sociedade Angolana de Inspecção, Manutenção e Reparação Marítima, Lda.. Como é obrigatório em operações de grande envergadura em offshore, é requerida uma grande diversidade de meios marítimos de apoio sem os quais seria difícil prestar convenien-temente os nossos serviços e cum-prir com os objectivos dos nossos clientes.

28 • Setembro 2013 - Nº31

Na

CIO

Na

l

HISTÓRIA DO PETRÓLEO EM ANGOLA

CEM ANOS DE SUCESSO

28

29

C om Angola a caminho de se tor-nar o primeiro produtor de petró-leo em África, é interessante saber

que a actividade de prospecção de hidro-carbonetos em Angola foi iniciada em 1910 após a atribuição de uma licença à empresa Canha &Formigal, para explo-rar uma área superior a 100 mil quilóme-tros quadrados, no offshore do Congo e na Bacia do Kuanza.O primeiro poço foi perfurado em 1915. Mas só nos anos 50 e 60 do século pas-sado foram realizadas as descobertas de hidrocarbonetos no onshore do Kuanza e no offshore de Cabinda, que resulta-ram no arranque da exploração comer-cial do petróleo de Angola.O primeiro salto significativo aconte-ceu em 1968, com a entrada em produ-ção do campo de Malongo, ao largo de Cabinda. Mais tarde, foi aberto o grande campo Takula, já em 1982.

PÓS-INDEPENDÊNCIA

As bases para a exploração petrolífera foram lançadas nos anos 70, final do período colonial português. Após a inde-pendência de Angola, em 1975, foram fei-tas algumas correcções com a criação da companhia estatal Sonangol. No final dessa década estava concluído o quadro legal e institucional do sector que, com várias alterações, se mantém até hoje. Dos contratos de exploração do período colonial, dois ficaram após a indepen-

a primeira exportação de petróleo (óleo e breu) de angola remonta ao ano de 1749, altura em que foram embarcados 49 barris de crude para lisboa.

30 • Setembro 2013 - Nº31

Na

CIO

Na

l

dência, os da concessão da Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC), em Cabinda, e o onshore operado pela Fina.A exploração em larga escala arrancou a partir de 1980, primeiro onshore mas sobretudo offshore (no mar), com a con-cessão dos blocos em águas profundas e, mais tarde, ultra profundas.Na última década, Angola tem vivido uma época intensa de prosperidade, obtida com a paz em 2002. Consolidou o seu lugar entre os grandes produto-

res do Atlântico Sul, a Nigéria e o Brasil, e eclipsou as curvas de crescimento de produção do Golfo do México.

O FUTURO Já COMEÇOU

No centro deste salto qualitativo estão os quatro blocos milionários atribuídos em 1993: 14 (Chevron), 15 (ExxonMobil), 17 (Total) e 15 (BP), onde as “majors” pro-varam até hoje reservas superiores a 10 mil milhões de barris. Nos últimos anos,

novas descobertas e novos investimen-tos permitiram atingir em vários blocos uma rotina de produção de mais de 200 mil barris por dia. O passo seguinte foi dado com entrada do campo Pazflor. E, já neste ano, foi dado o arranque para a comercialização do gás natural ango-lano e a abertura da primeira fábrica de liquefacção do país.Na análise da Wood Mackenzie, Angola possui reservas recuperáveis de 20,2 mil milhões de barris.

31

Na

CIO

Na

l

ATINGIU 602 METROS MAS NÃO DEU RESULTADOS POSITIVOS

DANDE Nº 1, O PRIMEIRO FURO EM 1915

32 • Setembro 2013 - Nº31

Localidades do Rio Dande

BE

NG

O

BE

NG

OU I GE

LUANDA

C UAN Z A- N

OR

TEBaía do Bengo

Longa

Onz o

D ande

Lif une

Bengo

Cuan

za

Lucala

Cabo Ledo

Cabo S. Brás

Palmeirinhas

Demba Guila

GunzaGunzaDemba

Quicabo

Vila Pimpa

Luis MiguelCaxicane

Ceia TebaSalão

Cassolala

CalombolacaCabala

Muando

Mucolo

Quiage

QuimbundeCoutada

Mifuma Hinda

Oje

Zungole

Quindembele

CAXITO

UIGE

NDALATANDO

LUANDA

AMBRIZ

VIANA

CATETE

MASSANGANOMUXIMA

LUCALA

DONDO

BULAATUMBA

NEGAGE

MUXIMA

CACUACO PANGOALUQUEM

MUMBONDO

BARRA

do CUANZA

CAGE QUICUNZO

NAMBUANGONGO

CAMBAMBA

ZALAQUIXICO

TABI

BARRA do DANDE

FUNDA

CALUMBO

CANACASSALA

ZENZA DO ITOMBE

BELA VISTA

BOMJESUS

CHIOQUIXINGE

CAZUA

UCUA

Uezo

784O D nde

C

DANGE

Quiquiemba

ALDEIAVIÇOSA

Luinha

MUXIMA

QUIBAXE

O C

E A

N O

A T

L A

N T

I C

O

L E G E N D A

Capitais de Províncias

Capitais de Países

Sedes MunicipaisSedes ComunaisOutras PovoaçõesCaminhos de FerroEstradas PavimentadasEstradas TerraplanadasOutras EstradasLimites de PaísesLimites de Províncias

Rios

Lagos ou Albufeiras

+ + + + +

Cuanza

33

D esde os tempos mais recua-dos que o homem começou a descobrir petróleo e a dar-lhe

utilização. Relatos apontam para os recuados anos de 347 da Era Cristã como a primeira perfuração, que foi realizada na China. Os chineses dessa época usavam canas de bambu para a exploração. Conseguiram atingir 244 metros de profundidade.Mas, oficialmente, a verdadeira primeira perfuração industrial foi realizada em 1859, no estado da Pensilvânia, Esta-dos Unidos.Cedo a humanidade se apercebeu dos benefícios do precioso produto que começou a ser procurado por todo o mundo. Em África, a exploração come-çou no século 19, ainda nos tempos da colonização.

EM ANGOLA

A primeira licença de concessão para a prospecção e pesquisa de hidrocar-bonetos em Angola data de 1910. Foi concedida à firma Canha & Formigal, tendo como operadora a companhia Pesquisas Mineiras de Angola (PEMA). Esta concessão cobria uma área de 114. km2 e compreendia a totalidade da parte terrestre das zonas sedimen-tares do Congo e do Kwanza, localiza-das entre as actuais cidades do Soyo, a Norte, e do Sumbe, a Sul. O primeiro poço perfurado nesta con-cessão foi o Dande n.º1, situado na margem esquerda do rio com o mesmo nome, e teve início a 25 de Março de 1915. Atingiu a profundidade de 602 metros sem quaisquer resultados positivos.

O JAZIGO DE BENFICA

A primeira descoberta comercial de petróleo veio a ocorrer 40 anos mais tarde (1955), embora com proporções relativamente modestas, denominadas na altura, “Jazigo de Benfica” e efec-tuada em 1955, na Bacia do Kwanza, nas proximidades da cidade de Luanda, pela Missão de Pesquisas de Petró-leo, uma subsidiária do Grupo Belga Petrofina, ou Purfina. Em Julho de 1961, no prosseguimento dos trabalhos iniciados pela Missão de Pesquisas, a então companhia operadora Petrangol descobriu o pri-meiro jazigo de dimensão importante, o “Campo de Tobias”, na região de Cabo

A exploração pioneira do petróleo na Pensilvânia em 1859

Bacia do Rio Kwanza

Foz do Rio Dande

34 • Setembro 2013 - Nº31

Ledo, que não só garantiu a auto-sufi-ciência de Angola, em termos de petró-leo bruto como também conseguiu vencer definitivamente o cepticismo de muitos relativamente à existência do precioso “ouro negro” no subsolo angolano.

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Durante 1972/1973, a Refinaria de Luanda foi substancialmente ampliada para 1,5 milhões de toneladas/ano (30 0 bbl/d). Trata-se de uma refinaria con-vencional do tipo "Hidro Skimming", cuja actividade está essencialmente vocacionada para a produção de LPG, Gasolina, Jet Fuel e Gasóleo para o mercado interno angolano. A venda de produtos derivados do petróleo, no país, até 1976, era efectuada pelas subsidiárias angolanas Shell, Texaco, Mobil e Petrofina, bem como pela Angol (subsidiária da companhia portuguesa SACOR). Estes produtos provinham, na sua maioria, da Refinaria de Luanda, sendo a parte restante resultante de importações directas que chegavam aos Terminais Marítimos. A Shell e Mobil operavam igualmente as insta-lações de formulação de óleos lubrifi-cantes em Luanda, importando óleos básicos e aditivos.

Na

CIO

Na

l

36 • Setembro 2013 - Nº31

Des

PO

RtO

UMA VITÓRIA PARA ANGOLAMUNDIAL DE HÓQUEI EM PATINS

37

Ao escolherem Angola para orga-nizar a 41ª edição do Campeo-nato do Mundo de Hóquei em Patins, a Federação Interna-

cional da modalidade e o Comité Inter-national de Hóquei em Patins sabiam o que faziam. Angola cumpria os requisi-tos impostos pela exigente organização de um Campeonato com a dimensão do Mundial de Hóquei em Patins e só teve

que accionar os mecanismos para que tudo corresse bem. A Espanha garantiu o feito inédito de conquistar o quinto título mundial consecutivo, depois de vencer a Argentina, por 4-3, na final realizada na belíssima Arena de Luanda e ultrapassou também Portugal no número de títulos. Os espanhóis têm agora 16, mais um do que Portugal. O gigantesco esforço de acabar dentro dos prazos, nada menos

do que três pavilhões multiusos, com as 16 equipas distribuídas por Namibe e Luanda, com o de Malanje a servir de preparação de rodagem da organiza-ção, foi devidamente realçado por todos os intervenientes no evento, que teve o mérito de contar com a presença do Pre-sidente da República, José Eduardo dos Santos, na festa da inauguração e na do encerramento, uma semana depois.

38 • Setembro 2013 - Nº31

Des

PO

RtO

sÉrie a

selecção

1 espanHa

2 arGentina

3 portUGal

4 CHile

5 itÁlia

6 Brasil

7 MoÇaMBiQUe

8 FranÇa

sÉrie B

selecção

9 anGola

10 sUiÇa

11 aleManHa

12 ColÔMBia

13 estados Unidos

14 ÁFriCa do sUl

15 ÁUstria

16 UrUGUai

classificação final

39

MelHores JoGadores

PRÉmio nome nº PaÍs

MelHor JoGador pedro Gil 9 espanHa

MelHor MarCador ClÁUdio FilHo “CaCaU” 5 Brasil

MelHor GUarda-redes Carlos GraU 69 espanHa

• Setembro 2013 - Nº3140

Des

PO

RtO

MAIS UM TíTULO PARA NOSSA EQUIPA FEMININA

AFROBASKET

41

A vitória da selecção angolana no Campeonato Africano de Basquetebol sénior feminino, na capital moçambicana,

colocou Angola no topo da modali-dade ao conquistar o título africano pela segunda vez consecutiva.Este título, obtido logo a seguir ao título masculino, demonstra a grande qua-lidade do basquetebol no nosso país.Responsáveis consideram, contudo, que é necessário criar melhores con-dições para alargar as modalidades desportivas, especialmente o bas-quetebol, ao máximo de pratican-tes na procura de novos talentos que possam dar continuidade às vitórias.

HISTÓRICO DAS PARTICIPAÇÕES DE ANGOLA

Angola estreou-se na fase final de um Afrobasket femininos em 1981 em Dakar (Senegal) e logo nessa primeira presença subiu ao pódio. Terminou na terceira posição, numa prova ganha pelos anfitriões. Dois anos depois em 1983, os angola-nos receberam o evento, mas piora-ram a classificação. Ficaram na quinta posição, numa competição em que se apresentaram somente seis selecções. Venceu o Zaire, actual RD Congo.Em 1984, novamente em Dakar, a selec-ção nacional baixou mais dois luga-res, ocupando o sétimo posto, numa edição ganha pelos anfitriões. Maputo (Moçambique) albergou a 10ª edição em 1986, onde as angolanas conseguiram a terceira posição, com o Zaire a reconquistar o título.Em 1990, em Tunis (Tunísia), o Sene-gal confirmou o seu poderio e ficou mais uma vez com o troféu. Angola

ficou em terceiro. Três anos depois, 1993, a prova regres-sou a Dakar e a taça ficou com os anfi-triões. As angolanas terminaram no modesto sexto posto.Na África do Sul, em 1994, mais uma medalha de bronze para a selecção nacional e título para o Zaire (RD Congo). O Senegal conquistou o seu oitavo troféu em 1997 em Nairobi (Quénia) e Angola baixou para o quinto lugar na sua oitava presença em Afrobaskets.A 17ª edição do Afrobasket decorreu na capital da Tunísia, Tunis, em 2000. O Senegal foi o primeiro classificado e a selecção nacional ficou mais uma vez na quinta posição. Na edição seguinte, em Maputo2003 (Moçambique), a Nigéria inscreveu, pela primeira vez, o seu nome na lista dos campeões com as angolanas no quarto posto. Angola competiu pela 11ª vez num africano em 2005 em Abuja (Nigéria) e ficou com o sexto lugar, enquanto os anfitriões revalidavam o título. A 20ª Edição do Afrobasket Femi-nino disputou-se em Dakar, em 2007, e o Mali conquistou o primeiro título. Mais uma vez as angolanas subiram ao último lugar do pódio com a meda-lha de bronze. Em 2009, o “cinco” nacional voltou a um lugar que estava a tornar-se habi-tual, o terceiro, na prova disputada em Antananarivo (Madagáscar). Na ocasião, o todo-poderoso Senegal conquistava o seu décimo troféu de campeão. Em 2011 Bamako (Mali) entrou para história do basquetebol angolano, como sendo o local onde Angola con-quistou África pela primeira vez. Mais

aNGOla CaNDIData-se a ORGaNIzaR CaMPeONatOs eM 2015

Angola apresentou a candidatura à organização das próximas edi-ções dos Campeonatos Africanos de basquetebol masculino e femi-nino, cujas fases finais se realizam em 2015. A informação foi avançada pelo presidente da Federação Ango-lana de Basquetebol, Paulo Ma-deira, não adiantando, porém, mais pormenores.

do que um título continental, garantiu também a qualificação, pela primeira vez, nos Jogos Olímpicos de Londres.Maputo (Moçambique), seria o berço da segunda medalha de ouro da selec-ção nacional. Angola entrou no restrito clube das grandes potências despor-tivas africanas.

• Setembro 2013 - Nº3142

O O mês de Setembro assinala o nascimento e o falecimento do Dr. Agostinho Neto, primeiro

Presidente da República de Angola.Médico formado nas universidades de Coimbra e Lisboa – Portugal, Agosti-nho Neto desde cedo se afirmou como um dos grandes lutadores pela inde-pendência de Angola, tendo sofrido as agruras da prisão por várias vezes.Da sua vasta obra literária, assume real importância a poética, de que deixou algumas das melhores pági-nas da literatura angolana.Assinalando a efeméride, aqui fica um dos seus poemas.

Cu

ltu

Ra

SETEMBRO DE 1922/SETEMBRO DE 1979AGOSTINHO NETO

43

aMaNheCeR

Há um sussurro morno sobre a terra; digladiam-se luz e trevas pela posse do Universo; sente-se a existência a penetrar-nos nas veias vinda lá de fora através da janela;cresce a alegria na alma a Vida murmura-nos doces fantasias.Tangem sinos na madrugada vai nascer o sol.

44 • Setembro 2013 - Nº31

tuR

IsM

O

44

Há boas razões para deixar o carro no parque e ir até Catete no comboio dos CFl

CATETE é Já ALIÀ DESCOBERTA DE ANGOLA

• Setembro 2013 - Nº31

4545

46 • Setembro 2013 - Nº31

Editora Visão (texto)Malocha (Foto)

I r até Catete pela via férrea tem várias vantagens, desde o con-forto das carruagens com clima-tização, TV e excelente ambiente,

ao clima de sossego que permite aos viajantes usufruírem calmamente da paisagem. Comodamente sentados nas exce-lentes poltronas, os viajantes do CFL podem olhar com alguma indiferença o caos do trânsito na estrada ao lado da linha. Entre Luanda, a partir da estação do Bungo, até Viana, nos pou-cos mais de vinte quilómetros de per-curso, o comboio atravessa a cidade pela parte baixa mais perto do mar, para nos desvendar segredos que não vemos quando circulamos com o coração nas mãos, pela estrada engarrafada. Os novos cais, os parques de conten-tores numa manifestação de pujança económica do país, os imensos arma-zéns, qual o maior, são vistas que os olhos percebem e o coração agradece. E as pessoas, sempre presentes ao

tuR

IsM

O

47

48 • Setembro 2013 - Nº31

longo da linha, nas suas mais diversas actividades comerciais. A linha atra-vessa intensa actividade económica, mas não a interrompe. Só a buzina da máquina quebra o ritmo trepidante a cada metro que a locomotiva avança e só as 13 passagens de nível, guarda-das, abrandam a velocidade. O tempo, aqui, tem outra dimensão. Rola ao ritmo da locomotiva.De Viana para a frente, o viajante saboreia a paisagem deslumbrante de uma Angola ansiosa de desenvol-vimento. O tempo como que encurta, com o aumento da velocidade e, para lá da última curva, surge a bela e moderna estação de Catete, onde o chefe Andrade zela pelo bem-estar de tudo e de todos.Catete é um daqueles lugares que merece ser destino do comboio. Foi lá perto que nasceu o primeiro pre-sidente do país, Dr. Agostinho Neto e é lá que a bela Fundação Agostinho Neto anima os espíritos na busca das nossa origens e da nossa história.Catete não é o “fim da linha” – essa fica a umas centenas de quilómetros mais à frente, em Malanje

tuR

IsM

O

49

O Governo Angolano tem estado a investir bilhões de Kwanzas para o desenvolvimento e moderniza-

ção das nossas cidades, com o objetivo de melhorar cada vez mais a qualidade de vida das nossas populações. É assim que, durante os 11 anos de Paz são vários os empreendimentos e infraestruturas que têm nascido um pouco por todo País com a finalidade de formar o homem novo nas várias vertentes da vida, criando desta forma melhores recursos humanos, com excelentes condições e assim garantir um futuro cada vez mais e melhor sustentado.A formação de recursos humanos atra-vés da implementação de sistemas edu-cativos de qualidade, pode ser geradora de desenvolvimento ao criar cidadãos sociais e politicamente activos, respon-sáveis e capazes de serem os obreiros da manutenção destas infraestruturas com a criação de pequenas empresas espe-cializadas.

Carlos Guerreiro (texto)Arquivo (Foto)

OP

INIã

O

SER CIDADÃO ACTIVO E RESPONSáVEL

ser cidadão é saber viver em sociedade, estando ciente dos anseios comuns. É participar activamente das decisões da sua comunidade, influenciar modos de vida de maneira positiva ao seu redor, exercer os direitos constitucionais adquiridos e lutar pelos que virão. É preservar o meio ambiente, a natureza, os animais, os seus semelhantes, opostos. É ser solidário, é ser politico, é ser flexível, decidido e, sobretudo, estar consciente de todas as atitudes tomadas em prol da sociedade.

50 • Setembro 2013 - Nº31

Hoje, temos constatado que grande parte das avenidas que foram reabilitadas ou construídas de raiz num curto espaço de tempo, com todas as condições criadas, desde iluminação, jardins, passeios, con-tentores do lixo, paragens de autocarro devidamente sinalizadas, que foram edi-ficadas com a contribuição de centenas de jovens angolanos, a serem vandaliza-das durante a madrugada pelos assassi-nos do asfalto e não só. Este é só um dos muitos exemplos que descrevo, mas exis-tem muitos outros que não importa aqui fazer referência.Pergunto: para quando a responsabiliza-ção destes indivíduos que se sentem os super-homens, que depois de ingerirem alguns muitos litros de álcool, aproveitam a madrugada para testarem os seus auto-

móveis de última geração e assim con-tribuírem de forma negativa para a alta percentagem de acidentes rodoviários e consequente morte de pessoas inocen-tes e destruição de bens públicos?Os cidadãos que vivem numa sociedade democrática jovem como a nossa, devem reconhecer que não têm apenas direitos, têm também deveres. Devem reconhe-cer que a democracia e o surgimento de melhores infraestruturas requer investi-mento de tempo e muito trabalho — um governo do povo exige vigilância cons-tante e apoio do povo para a preservação das obras que custaram muito dinheiro aos cofres do estado, em que cada um de nós, faz parte desta contribuição. A cidadania numa democracia exige par-ticipação, civismo e mesmo paciência. É

chegada a hora de cada um sentir-se res-ponsável pelos seus actos e ser respon-sabilizado civil e criminalmente. Com um pequeno gesto, conseguimos demonstrar responsabilidade nesse con-texto social, fazendo a nossa parte, contri-buindo intensamente para o crescimento colectivo.“Uma longa caminhada começa sempre com o primeiro passo “, diz um provérbio chinês. Por isso, devemos fazer das peque-nas acções o ponto de partida para uma firme caminhada em direcção à respon-sabilidade social, como factor fundamen-tal na transformação da sociedade.

Carlos guerreiro

Técnico de Comunicação - GCI

51

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

37 ANOS-AF sonangol noticias 230x275.pdf 1 2/6/13 6:31 PM