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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS BENTO GONÇALVES ANA PAULA PANCOTTO ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E MICROBIOLÓGICAS DO LEITE PRODUZIDO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS BENTO GONÇALVES BENTO GONÇALVES 2011

TCC - Ana Paula Pancotto - bento.ifrs.edu.br · DO LEITE PRODUZIDO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, ... acidez em graus Dornic, alizarol, ... à determinação da temperatura,

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

RIO GRANDE DO SUL

CAMPUS BENTO GONÇALVES

ANA PAULA PANCOTTO

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E MICRO BIOLÓGICAS

DO LEITE PRODUZIDO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO , CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS BENTO GONÇ ALVES

BENTO GONÇALVES

2011

1

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

RIO GRANDE DO SUL

CAMPUS BENTO GONÇALVES

ANA PAULA PANCOTTO

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E MICRO BIOLÓGICAS

DO LEITE PRODUZIDO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO , CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS BENTO GONÇ ALVES

Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Tecnologia

em Alimentos do Campus Bento Gonçalves do Instituto de

Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul,

requisito parcial para conclusão de curso.

Profº Orientador: Ms. André Mezzomo

BENTO GONÇALVES

2011

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ANA PAULA PANCOTTO

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E MICRO BIOLÓGICAS

DO LEITE PRODUZIDO NO IFRS

Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Tecnologia

em Alimentos do Campus Bento Gonçalves do Instituto de

Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul,

requisito parcial para conclusão de curso.

Aprovada em......../........./........

BANCA EXAMINADORA

...................................................................................

Profª Drª Lucia de Moraes Batista

IFRS-BG

..................................................................................

Profº Ms Evandro Ficagna

IFRS-BG

..................................................................................

Profº Ms André Mezzomo

IFRS-BG

3

RESUMO

Este trabalho teve o objetivo de analisar a qualidade do leite recebido na Agroindústria do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, proveniente de sua estação experimental, no período correspondente aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2009. As amostras coletadas passaram por análises físico-químicas: temperatura de recebimento, acidez em graus Dornic, alizarol, densidade, gordura, extrato seco total, extrato seco desengordurado, cloretos, pus e Whiteside; bem como e microbiológica através da prova de TRAM e a detecção de antibióticos pelo método Snap. Das 34 amostras avaliadas, todas estavam dentro do limite pré-estabelecido pela Instrução Normativa n. 51 quanto à acidez, alizarol, densidade, cloretos, pus, Whiteside, TRAM e antibióticos. Na análise da gordura, pelo método volumétrico de Gerber, cinco amostras apresentaram pequenas variações ficando abaixo do índice mínimo ideal. Em relação ao Extrato Seco Desengordurado e Extrato Seco Total, os percentuais de apenas três amostras ficaram abaixo do padrão de referência. O resultado destas provas pode estar ligado ao desequilíbrio na dieta dos animais nestes dias, bem como aos erros nos procedimentos laboratoriais quando realizadas as análises. Referente à determinação da temperatura, 11 amostras resultaram em valores acima do recomendado. A razão pela qual pode justificar esta alteração está vinculada às falhas na cadeia de refrigeração do leite, possivelmente no transporte da granja até a agroindústria. A melhoria da qualidade do leite vai decorrer de uma série de fatores: ao cumprimento das medidas higiênico sanitárias, aos cuidados com a manipulação e conservação do leite, bem como à atenção ao manejo correto dos animais ordenhados.

Palavras-Chave: leite, controle de qualidade, análises.

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SUMMARY

ANALYSIS OF PHYSICAL AND CHEMICAL CHARACTERISTICS AND MICROBIOLOGY OF MILK PRODUCED IN THE FEDERAL INSTITUTE OF EDUCATION, SCIENCE AND TECHNOLOGY OF RIO GRANDE DO SUL - BENTO GONÇALVES CAMPUS. This study aimed to analyze the quality of milk received at the Agribusiness Institute of Science and Technology Federal of Rio Grande do Sul, from their experimental station in the period corresponding to the months of October, November and December 2009. The samples have undergone physical and chemical analysis: receiving temperature, in degrees Dornic acidity, alizarin, density, fat, total solids, solids non fat, chlorides, pus and Whiteside; and microbiological as well as through proof of TRAM and the detection of antibiotics by the method Snap. Of the 34 samples tested, all were within the limit pre-set by Instruction No 51 on the acidity, alizarin, density, chlorides, pus, Whiteside, TRAM and antibiotics. In the analysis of fat, the volumetric method for Gerber, five samples showed small variations of the index falling below the ideal minimum. In relation to the dry extract and total solids, the percentages of only three samples were below the benchmark. The result of these tests may be linked to an imbalance in the diet of the animals these days, as well as to errors in laboratory procedures when performed the analysis. Regarding the determination of temperature, 11 samples resulted in values above the recommended. The reason can justify this change is linked to flaws in the chain of cooling the milk, possibly in the transport of farm to agribusiness. Improving the quality of the milk will run a series of factors: the fulfillment of sanitary hygienic measures, the care with handling and storage of milk, as well as attention to proper handling of animals milked. Keywords: milk quality control analysis. .

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................7

2 REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................8

2.1 CONTROLE DA QUALIDADE..........................................................................................8

2.2 O LEITE...............................................................................................................................9

2.3 CONTROLE MICROBIOLÓGICO.....................................................................................9

2.3.1 Prova de azul de metileno ou TRAM...........................................................................10

2.4 CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE....................................................................10

2.4.1 Determinação da Temperatura.....................................................................................10

2.4.2 Acidez..............................................................................................................................10

2.4.2.1 Alizarol..........................................................................................................................11

2.4.2.2 Prova Dornic................................................................................................................ 11

2.4.3 Densidade........................................................................................................................12

2.4.4 Determinação Gordura – Método de Gerber..............................................................12

2.4.5 Extrato Seco Total (EST) – Método de Ackermann...................................................13

2.4.6 Extrato Seco Desengordurado (ESD)...........................................................................13

2.4.7 Cloretos...........................................................................................................................14

2.4.8 Pus...................................................................................................................................14

2.4.9 Whiteside........................................................................................................................14

2.4.10 Antibióticos - Método SNAP.......................................................................................15

3 MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................16

3.1 CONTROLE MICROBIOLÓGICO...................................................................................17

3.1.1 Prova de azul de metileno ou TRAM...........................................................................17

3.2 CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE....................................................................17

3.2.1 Determinação da Temperatura.....................................................................................17

3.2.2 Acidez..............................................................................................................................18

3.2.2.1 Alizarol..........................................................................................................................18

3.2.2.2 Prova Dornic.................................................................................................................18

3.2.3 Densidade........................................................................................................................19

3.2.4 Determinação Gordura – Método de Gerber..............................................................19

3.2.5 Extrato Seco Total (EST) – Método de Ackermann...................................................20

3.2.6 Extrato Seco Desengordurado (ESD)...........................................................................21

6

3.2.7 Cloretos...........................................................................................................................21

3.2.8 Pus...................................................................................................................................21

3.2.9 Whiteside.........................................................................................................................22

3.2.10 Antibióticos - Método SNAP.......................................................................................22

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................24

4.1 CONTROLE MICROBIOLÓGICO...................................................................................25

4.1.1 Prova de azul de metileno ou TRAM...........................................................................25

4.2 CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE...................................................................26

4.2.1 Determinação da Temperatura....................................................................................26

4.2.2 Acidez..............................................................................................................................26

4.2.2.1 Alizarol..........................................................................................................................26

4.2.2.2 Prova Dornic.................................................................................................................27

4.2.3 Densidade........................................................................................................................27

4.2.4 Determinação Gordura – Método de Gerber..............................................................27

4.2.5 Extrato Seco Total (EST) – Método de Ackermann...................................................28

4.2.6 Extrato Seco Desengordurado (ESD)...........................................................................28

4.2.7 Cloretos...........................................................................................................................29

4.2.8 Pus...................................................................................................................................29

4.2.9 Whiteside.........................................................................................................................29

4.2.10 Antibióticos - Método SNAP.......................................................................................29

5 CONCLUSÕES...............................................................................................30

6 REFERÊNCIAS..............................................................................................31

7

1 INTRODUÇÃO

O leite é um alimento fundamental para a dieta humana em virtude de seu elevado

valor nutritivo. É considerado um dos mais completos: é fonte de proteínas, lipídeos,

carboidratos, sais minerais e vitaminas (Souza et. al., 1995). A presença destes elementos

determina a qualidade da sua composição, que, por sua vez, é influenciada pela alimentação,

manejo, genética e raça do animal e por fatores ligados a cada animal, como o período de

lactação, o escore corporal ou situações de estresse.

Do mesmo modo, sua integridade pode ser afetada quando há retirada ou adição de

algum de seus compostos, caracterizando a ação como tentativa de fraude.

Pela riqueza de seus componentes, o leite é um excelente meio para o

desenvolvimento de diversos microrganismos desejáveis ou indesejáveis, os quais podem

alterar suas características e comprometer sua inocuidade. Logo, as condições favoráveis a

essa situação podem ter relação a um aumento da temperatura ou à falta de cuidados na

manipulação e higiene.

A sanidade do animal ordenhado também tem importância e compromete o consumo

seguro do leite. O tratamento de infecções com antibiótico pode deixar resíduo quando não

observado o período de carência até sua ordenha.

Devido à importância que representa na alimentação e à sua natureza perecível, é

fundamental que seja feito o controle de qualidade do leite, por meio de avaliações físico-

químicas e higiênico-sanitárias, a fim de que atenda aos requisitos mínimos de qualidade.

Os referenciais de qualidade estão fixados em lei e determinam os níveis aceitáveis

que classificam o leite dentro de uma normalidade.

O objetivo deste trabalho é analisar a qualidade do leite recebido na Agroindústria do

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento

Gonçalves (IFRS-BG), proveniente de sua estação experimental, no período correspondente

aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2009.

8

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONTROLE DA QUALIDADE

A qualidade e a segurança dos alimentos devem ser referenciais na indústria de

laticínios, pois são fatores essenciais para a saúde pública.

Um alimento seguro é aquele que não oferece risco à saúde do consumidor, pela

presença de perigos. Perigo é definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento como “causas potenciais de danos inaceitáveis que possam tornar o alimento

impróprio ao consumo e afetar a saúde do consumidor, ocasionar a perda da qualidade e da

integridade econômica dos produtos” (ROBBS & CAMPELO, 2002, p. 53, grifo do autor).

A higiene e o controle do leite e de produtos lácteos têm como finalidade principal

garantir a sua inocuidade ao consumidor. A contaminação com certos microrganismos ou com

suas toxinas constitui as causas mais freqüentes de problemas sanitários, além das perdas

econômicas (PADILHA et al., 2001 apud CASTRO et al., 2009, p. 809 – 810).

Por ser um alimento de origem animal e estar em contato direto com o ambiente, é

necessário que os produtores realizem alguns cuidados importantes antes de entregá-lo ao

laticínio. Deve-se dar atenção à higiene e saúde manipulador (ordenhador), bem como do

animal (úbere e tetas); à higienização, limpeza e sanitização de equipamentos; ao manejo

adequado da ordenha e ao armazenamento refrigerado do leite até a entrega no laticínio

(PORTUGAL, 2002).

Respeitando essas condições a probabilidade do leite chegar à indústria com suas

propriedades nutricionais, físico-quimica e microbiológica ideais ou dentro dos limites

aceitáveis pela legislação são maiores. Vale ressaltar que o leite, pelo seu alto valor

nutricional de elevada atividade de água e com pH próximo ao neutro (levemente ácido), sem

observar esses cuidados, permite a proliferação de microorganismos adulterantes e até

patogênicos, resultando em prejuízo nutricional ou industrial, além de causar toxinfecções

alimentares (COSTA JÚNIOR, 2009).

O controle da qualidade físico-química e microbiológica do leite nas usinas de

beneficiamento ou nas indústrias deve ser um procedimento de rotina sendo fundamental para

assegurar a sua integridade (TRONCO, 2003).

9

2.2 O LEITE

Ordóñez (2005, p. 13) define:

Do ponto de vista biológico, o leite é o produto da secreção das glândulas mamárias de

fêmeas mamíferas, cuja função natural é a alimentação dos recém-nascidos. Do ponto de

vista físico-químico, o leite é uma mistura homogênea de grande número de substâncias

(lactose, glicerídeos, proteínas, sais, vitaminas, enzimas, etc), das quais algumas estão em

emulsão (a gordura e as substâncias associadas), algumas em suspensão (as caseínas ligadas

a sais minerais) e outras em dissolução verdadeira (lactose, vitaminas hidrossolúveis,

proteínas do soro, sais, etc.).

Segundo a Instrução Normativa nº 51 de 2002, do Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento, o leite é “o produto oriundo de ordenha completa e ininterrupta, em

condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de outros

animais deve denominar-se segundo a espécie de que proceda” (BRASIL, 2002).

Desde os primórdios da civilização, o leite tem sido utilizado na alimentação humana

como fonte de nutrientes. Na sua composição, a água é o elemento que se apresenta em maior

proporção, sendo os demais formados principalmente por gorduras, proteínas e carboidratos,

todos sintetizados na glândula mamária. Em menores quantidades, existem também

substâncias minerais, substâncias hidrossolúveis transferidas diretamente do plasma

sanguíneo, proteínas específicas do sangue e traços de enzimas (TRONCO, 2003).

2.3 CONTROLE MICROBIOLÓGICO

De acordo com Tronco (2003), são várias as provas microbiológicas recomendáveis

para o leite cru, consideradas de rotina: contagem total de microorganismos mesófilos; provas

baseadas na redução de corantes (TRAM e resazurina), contagem de células somáticas. A

prova da contagem total de microorganismos, contida na IN 51, oferece informações mais

adequadas e precisas da qualidade do leite. Contudo, pela simplicidade, rapidez e menor

custo, o método de redutase é o mais utilizado na avaliação do grau de contaminação do leite.

10

2.3.1 Prova de azul de metileno ou TRAM

Conforme Tronco (2003) o fundamento do teste baseia-se na ação das bactérias

presentes no leite, que ao se multiplicarem, utilizam elementos nutricionais, bem como o

oxigênio livre ou fracamente combinado do leite, modificando as condições do produto, que

passam de levemente oxidantes para levemente redutoras.

É um método indireto de estimar a população bacteriana do leite em intervalos de

tempo, desde que iniciada a incubação com o corante azul, trocando de tonalidade para o

branco.

O azul de metileno é um corante reduzível com possibilidade de reversão: apresenta

cor azul quando oxidado e incolor na forma reduzida. A velocidade de reação de óxido–

redução depende do número de bactérias presentes e sua taxa de consumo de oxigênio.

2.4 CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE

A qualidade físico-química do leite in natura é fundamental para assegurar seu

consumo pela população e no aproveitamento como matéria-prima de seus derivados. As

maiores preocupações estão associadas ao estado de conservação e à sua integridade físico-

química, principalmente aquela relacionada à adição ou remoção de substâncias químicas

próprias ou estranhas à sua composição (POLEGATO; RUDGE, 2003).

2.4.1 Determinação da Temperatura

A conservação do leite cru está diretamente ligada ao fator tempo/temperatura. Os

cuidados desde a ordenha até o processamento determinam o grau de contaminação. Quanto

mais alta for a temperatura na qual o leite permanece, menor é seu tempo de conservação

(TRONCO, 2003).

2.4.2 Acidez

A acidez natural do leite provém de sua constituição, ou seja, de seus elementos como

fosfatos, citratos, caseína e outros constituintes menos importantes (BRITO et al, 2005).

11

A acidez do leite é um importante fator para a avaliação de seu estado higiênico-

sanitário e sua forma de conservação. A temperatura e a higiene empregada na manipulação

influenciam diretamente neste aspecto, pois em condições ambientais favoráveis, os

microorganismos multiplicam-se e suas enzimas quebram a lactose, formando o ácido lático e

compostos secundários. Uma acidez elevada indica o envelhecimento do leite e uma

contagem microbiana alta (BEHMER, 1976).

2.4.2.1 Alizarol

O princípio desta análise baseia-se na ocorrência de coagulação por efeito da elevada

acidez ou do desequilíbrio salino, causado pela desestabilização das micelas pelo álcool. O

alizarol, pela presença da alizarina, atua como indicador de pH, auxiliando na diferenciação

entre o desequilíbrio salino e a acidez excessiva (BRASIL, 2006).

Este teste é uma combinação da prova do álcool com a determinação colorimétrica do

pH através do indicador alizarina (dioxiantraquinona) e permite observar de forma simultânea

a floculação da caseína, devido à formação de grumos e a mudança de pH pela viragem da cor

(TRONCO, 2003).

A estabilidade ao alizarol é uma prova rápida, freqüentemente aplicada nas

plataformas de recepção e serve como referência de acidez e estabilidade térmica. A redução

da estabilidade do leite gera transtornos durante seu processamento, resultando na floculação,

além de prejuízos importantes em virtude do descarte (SILVA et al., 2006, p. 201-204 apud

MENDES et al., 2010).

O resultado positivo no teste do alizarol pode estar relacionado a um desequilíbrio

salino do leite, influenciado por diversos fatores, como mastite, estágio da lactação, mudança

brusca na alimentação, individualidade da vaca, raça, estação do ano ou baixa qualidade da

alimentação (BRITO, 2005).

2.4.2.2 Prova Dornic

O teste Dornic tem por objetivo detectar aumentos na concentração de ácido lático

pela ação das bactérias mesófilas quando fermentam a lactose, caracterizando a qualidade

microbiológica da matéria-prima como inadequada. Entretanto, não é somente a presença de

ácido lático que determina a acidez, outros componentes do leite também interferem nesse

parâmetro como citratos, fosfatos e proteínas (Fonseca; Santos 2000 apud OLIVEIRA, 2010).

12

Para calcular a acidez com exatidão, deve-se recorrer à titulação com hidróxido de

sódio designada de soda Dornic. A determinação da acidez por titulometria fundamenta-se na

neutralização das funções ácidas do leite, até o ponto de equivalência, por meio de uma

solução de hidróxido de sódio, e em presença de um indicador, a fenolftaleína. (viragem pH

6,6 a 8,3 que é o ponto final da capacidade indicadora).

A acidez do leite fresco aumenta com o teor de sólidos não-gordurosos. Mesmo

quando o teor de gordura é elevado, a acidez também se eleva sensivelmente, em razão do

conteúdo de sólidos não gordurosos que estão presentes. A titulação ácida pode ser

influenciada pelo estágio de lactação, mastite, atividade enzimática e pela composição do leite

fresco (TRONCO, 2003).

2.4.3 Densidade

Densidade é o peso específico do leite, determinado por dois grupos de substâncias: de

um lado a concentração de elementos em solução e suspensão e de outro a porcentagem de

gordura. A água apresenta densidade de 1g/ml, a gordura possui a densidade abaixo esse

valor, e a densidade dos sólidos não-gordurosos apresentam valores superiores. Dessa forma,

determinar a densidade do leite vai depender do balanço desses componentes (FONSECA;

SANTOS, 2000).

A densidade do leite é relativa, ou seja, o quociente resultante da divisão de um

volume de leite por igual de água, a certa temperatura. A determinação deste parâmetro serve

para controlar, até certos limites, fraudes no leite, no que se refere à desnatação prévia ou

adição de água (TRONCO, 2003).

Na adição de água, os solutos estarão mais diluídos levando a redução da densidade. A

gordura, dos constituintes do leite, é o único que apresenta densidade inferior da água, por

isto, quando ocorre a retirada parcial ou total da gordura, o desnatamento, a densidade

aumenta (ANDRADE, 2006).

2.4.4 Determinação Gordura – Método de Gerber

A gordura é considerada o componente de maior valor do leite, pois este é um dos

principais parâmetros utilizados pelas indústrias para o pagamento aos produtores. Assim, a

determinação deste componente verifica sua integridade, bem como detecta possíveis fraudes

(FOSCHIERA, 2004).

13

A gordura é, dentre os componentes do leite, aquele que apresenta maior variabilidade.

O fator que mais interfere no percentual de gordura do leite é o teor de fibra da dieta ou a

relação volumoso/concentrado. Deste modo, quanto maior o conteúdo de fibra da dieta, ou

seja, quanto maior a relação volumoso/concentrado, maior o teor de gordura do leite. Esta

característica se deve à diferença na proporção ácidos graxos voláteis produzidos no rúmen

em função da diferença na dieta (HARRIS e BACHMAN, 1988).

O princípio do método de Gerber é a destruição do estado globular da gordura e a

dissolução da caseína pela ação do ácido sulfúrico. O álcool isoamílico facilita a separação da

gordura, diminuindo a tensão na interfase entre a gordura e a mistura ácido-leite, formando

uma coluna límpida. Essa diminuição na interfase facilita muito a ascensão dos glóbulos de

gordura menores, durante a centrifugação (FERREIRA, 2007 apud OLIVEIRA, 2010;

FOSCHIERA, 2004; TRONCO, 2003).

2.4.5 Extrato Seco Total (EST) – Método de Ackermann

Denomina-se matéria-seca total ou extrato seco total (EST) a todos os componentes do

leite exceto água: gordura, carboidrato, proteína, sais minerais e vitaminas.

O método mais empregado para a determinação do extrato seco de um leite é o

processo indireto, baseado na relação entre o peso específico (densidade) e a percentagem de

matéria gorda, sendo, portanto, necessário definir previamente a densidade e a percentagem

de gordura do leite (FOSCHIERA, 2004).

Este método utiliza o disco de alumínio graduado que consta de dois discos

sobrepostos. O disco superior (menor) tem graduações correspondentes à densidade; o disco

inferior (maior) possui duas graduações: uma interna com porcentagem de gordura e a outra

com porcentagem de matéria seca (TRONCO, 2003).

2.4.6 Extrato Seco Desengordurado (ESD)

A matéria seca desengordurada ou extrato seco desengordurado (ESD) corresponde

aos componentes do leite, menos a água e a gordura (TRONCO, 2003).

O extrato seco total diminuído da quantidade de gordura é chamado extrato seco

desengordurado (FOSCHIERA, 2004).

Fazendo o cálculo da diferença entre a percentagem de EST e a percentagem de gordura,

obtém-se o ESD:

14

% EST - % de Gordura = % ESD (TRONCO, 2003).

2.4.7 Cloretos

A análise de cloretos tem a finalidade de detectar fraudes. Cloretos são utilizados para

reconstituir a densidade normal do leite.

O fundamento deste teste baseia-se na ação do nitrato de prata em presença do

indicador cromato de potássio. Quando o teor de cloretos é normal, a quantidade de nitrato de

prata adicionada é excessiva, reagindo, então, com o indicador para a obtenção da cor

marrom. Se o teor de cloretos é elevado, haverá maior consumo de nitrato de prata, diminuído

a intensidade de cor marrom (TRONCO 2008).

2.4.8 Pus

A presença de pus no leite é conseqüência de processos inflamatórios no animal.

Como resultado positivo da prova de pus, a formação de grumos ou filamentos indica a ação

desidratante da amônia sobre as proteínas dos leucócitos. Se as amostras se apresentarem

líquidas, transparentes ou rosadas, significa que a prova foi negativa (TRONCO, 2003).

2.4.9 Whiteside

Esta prova fundamenta-se também na pesquisa de leucócitos. Caracteriza-se pela

formação de uma massa viscosa, grumos ou geleificação decorrentes da formação provocada

pelo contato dos leucócitos polimorfonucleares presentes no leite com o hidróxido de sódio

(TRONCO, 2003).

Esta análise permite detectar infecções no animal, como a mastite. A mastite é a

inflamação da glândula mamária e caracteriza-se por causar alterações significativas na

composição do leite e pelo aumento na sua concentração de células somáticas (GERMANO &

GERMANO, 1995).

As conseqüências mais importantes destas alterações manifestam-se sobre o

rendimento industrial e o valor nutritivo dos produtos lácteos. A primeira causada pela

redução do teor de caseína e a outra pela diminuição de cálcio. Além disso, a lactose e a

gordura podem sofrer redução de 10% (KITCHEN, 1981; SCHULTZ, 1997; SANTOS &

FONSECA, 2007).

15

2.4.10 Antibióticos - Método SNAP

Os antibióticos são substâncias indesejáveis no leite por dois aspectos: causam

problemas de saúde pública e problemas tecnológicos em produtos fermentados.

Com relação aos problemas de saúde, a presença de resíduos de antibióticos no leite

pode ter efeito adverso na microflora intestinal humana e o consumo por tempo prolongado de

leite com estes resíduos propicia a manutenção de uma flora resistente. Deve ressaltar ainda

os riscos das reações alérgicas, sobretudo relacionadas à penicilina.

Os antibióticos podem ser encontrados por introdução voluntária fraudulenta de

produtores que desejam aumentar a durabilidade do leite. O mais usual, entretanto, é o seu

aparecimento com resíduo de tratamento de doenças do animal. A forma mais freqüente,

portanto se dá, por via indireta, proveniente do tratamento terapêutico da mamite. No Brasil, a

proibição de substâncias químicas na conservação do leite é prevista no artigo 514, parágrafo

único, do RIISPOA, Lei Federal n. 1.283.

Resíduos de antibióticos podem causar consideráveis problemas para a

industrialização. Provocando a inibição parcial ou total de bactérias lácticas utilizadas para

elaboração de produtos fermentados, a fermentação não ocorre ou é deficiente, o pH sobre

uma débil diminuição e são possíveis ainda contaminações nos derivados com outras bactérias

patogênicas ou não.

A presença de resíduos de antibióticos no leite pode ser vista como um importante

indicador de prevalência de mastite no rebanho e conseqüente má qualidade microbiológica

do leite, potencialmente contaminado por microorganismos patogênicos. Para evitar a

presença dos resíduos de antibióticos no leite deve-se respeitar o período de carência dos

medicamentos (TRONCO 2003).

A Instrução Normativa n° 51 determina a ausência de resíduos de antibióticos e de

outros agentes inibidores do crescimento microbiano (BRASIL, 2002).

16

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Foram analisadas 34 amostras de leite cru provenientes da Estação Experimental do

IFRS, localizada no distrito de Tuiuty, coletadas no período de outubro à dezembro do ano de

2009.

A ordenha acontecia duas vezes ao dia e o leite era armazenado num tanque de

resfriamento onde permanecia a uma temperatura de 4°C. Duas a três vezes por semana

transferia-se o leite para tarros e transportava-se em caminhão não isotérmico até a

Agroindústria do Instituto para sua utilização em aulas práticas ou venda externa.

A produção de leite era originada de animais em fase de lactação da raça Holandesa.

A dieta das vacas era composta de alimento concentrado e volumoso, assim:

a) Concentrado

• 10% farelo de trigo

• 36% farelo de soja

• 49% milho moído

• 5% sal mineral

Durante o período estudado, cada animal recebeu em média 6 a 8 Kg de ração ao dia,

sempre com a mesma concentração na sua composição.

b) Volumoso

Nos meses de outubro e novembro as vacas se alimentavam a vontade de pastagens

cultivadas como o azeven, aveia e ervilhaca. Já em dezembro, o pasto era composto de

milheto e tifton.

Além das forragens verdes, a silagem fazia parte da dieta volumosa dos animais,

totalizando 15 kg/dia/animal em outubro e novembro e dezembro 10 Kg/dia/animal.

17

3.1 CONTROLE MICROBIOLÓGICO

3.1.1 Prova do Azul de Metileno ou TRAM

a) Materiais

• Tubos de ensaio com tampa.

• Pipetas de 1 e 10 ml.

• Estufa.

• Solução indicadora azul de metileno (TRONCO, 2003).

b) Método

Transferir uma alíquota de 10 ml de leite para o tubo de ensaio estéril e fechar com

tampa, evitando a entrada de O2 e a reação de óxido-redução. Adiciona-se 1 ml de solução de

indicador a 10 ml de leite e inverte-se o tubo. Incuba-se em banho-maria a 37°C. No início, as

leituras são feitas em intervalos de 15 minutos, e após, de 30 em 30 minutos, até a

descoloração total ou 2/3 do tubo (cor branca do leite) (TRONCO, 2003).

3.2 CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE

3.2.1 Determinação da temperatura

Para a determinação da temperatura a amostra deve ser previamente homogeneizada.

Após esse procedimento coloca-se o termômetro e aguardam-se alguns segundos para que a

temperatura se estabilize, e possa ser feita a leitura.

18

3.2.2 Acidez

3.2.2.1 Alizarol

a) Materiais

• Solução de Alizarol 72º GL a 85º GL

• Tubos de ensaio (TRONCO, 2003).

b) Método

Misturar partes iguais de leite e alizarol (2 ml) num tubo de ensaio. Observar a

formação de grumos e mudança de cor (TRONCO, 2003).

Conforme BRASIL (2002), o leite recebido em tarros após as 10:00 h (dez horas) deve

ser selecionado pelo teste do álcool/alizarol na concentração mínima de 76% v/v (setenta e

seis por cento volume/volume).

3.2.2.2 Prova Dornic

a) Materiais

• Solução Dornic.

• Solução de fenolftaleina 1,0 %.

• Pipetas volumétricas de 10 ml.

• Erlenmeyer de 125 ml ou copo de Béquer.

• Bureta ou acidímetro Dornic (TRONCO, 2003).

b) Método

Transfere-se, com o auxílio de uma pipeta, uma alíquota de 10 ml de leite

homogeneizado para o Erlenmeyer. Adiciona-se de 4 a 5 gotas de fenolftaleína e titula-se,

com solução Dornic até atingir uma coloração ligeiramente rósea. O volume gasto na titulação

corresponde ao valor da acidez.

19

A cada 0,1 ml de solução, equivale a 1ºD. Cada ºD corresponde 0,01% de ácido láctico

(TRONCO, 2003)

3.3.3 Densidade

a) Materiais

• Proveta de 250ml

• Termolactodensímetro (TRONCO, 2003).

b) Método

Extrair uma amostra de 200-250 ml de leite e transferir lentamente para a proveta, de

modo a evitar a formação de espuma. Mergulhar o termolactodensímetro fazendo com que

este flutue livremente. Efetuar a leitura na altura do nível do leite, anotando inclusive a

temperatura da amostra. Se necessário, faz-se a correção da densidade conforme a tabela

específica, caso a temperatura do leite for diferente da que o lactodensímetro está calibrado,

ou seja, 15°C (TRONCO, 2003).

3.3.4 Gordura – Método de Gerber

a) Materiais

• Butirômetro de Gerber.

• Pipeta volumétrica de 11ml.

• Centrifuga.

• Ácido Sulfúrico.

• Álcool isoamílico (TRONCO, 2003).

20

b) Método

Por ter menor densidade que outros componentes, a gordura do leite tende a ocupar a

fração superior da amostra. Desta forma, é fundamental homogeneizar a amostra, antes retirá-

la para a análise.

Transfere-se 10 ml ácido sulfúrico para o butirômetro. Adicionar 11 ml de leite, de

forma lenta, sem o contato brusco com o ácido, deixando que ele escorra pelas paredes do

butirômetro. Acrescenta-se 1ml de álcool isoamílico, fechando o frasco com a rolha até

próximo o fim do gargalo. Mistura-se o conteúdo até completa dissolução do coágulo, com

cuidado, evitando projeção do conteúdo. Centrifugar por 5 min em centrifuga 1.100 a 1.200

rpm. Girar, pressionando a rolha até a interface dos líquidos atingir zero na escala do

butirômetro, obtendo a leitura na sua haste O resultado é expresso em porcentagem

massa/volume (TRONCO, 2003).

3.3.5 Extrato Seco Total (EST) – Método de Ackermann

a) Materiais

• Disco de Ackermann

• Resultado da densidade

• Resultado do teor de gordura (TRONCO, 2003).

b) Método

Obtêm-se o resultado do extrato seco total ajustando os dados dos parâmetros de

densidade e do teor de gordura no disco de Ackermann. A posição do ponteiro no círculo

externo indica o resultado (TRONCO, 2003).

21

3.3.6 Extrato Seco Desengordurado (ESD)

a) Materiais

• Resultado do Extrato Seco Total

• Resultado do teor de gordura (BRASIL, 2006).

b) Método

Para calcular o percentual de extrato seco desengordurado, basta subtrair do extrato

seco total, a percentagem de gordura encontrada.

% EST - % de gordura = % ESD (BRASIL, 2006).

3.3.7 Cloretos

a) Materiais

• Tubos de ensaio de 25 ml.

• Solução de cromato de potássio a 5%.

• Solução de nitrato de prata 0,1 N.

• Pipetas graduadas de 1, 5 e 10 ml (BRASIL, 2006).

b) Método

Em um tubo de ensaio coloca-se 10 ml de leite, acrescenta-se de 8 a 10 gotas de

cromato de potássio a 5% e agita-se. Adicionar 4,5 ml de solução de nitrato de prata 0,1 N e

agitar novamente. Observar a cor (BRASIL, 2006).

3.3.8 Pus

a) Materiais

• Tubo de ensaio

22

• Hidróxido de amônia

• Fucsina de Ziehl a 50%

• Água destilada (TRONCO, 2003).

b) Método

Num tubo de ensaio colocar 0,1ml de leite e 0,1 ml de hidróxido de amônia. Agitar e

repousar. Após 30 segundos adicionar 1 gota de solução alcoólica de fucsina de Ziehl a 50%.

Acrescentar 10 ml de água destilada lentamente pelas paredes do tubo, sem agitar. Observar o

resultado (TRONCO, 2003).

3.3.9 Whiteside

a) Materiais

• Placa de petri de fundo preto

• Hidróxido de Sódio a 4%.

• Bastão de vidro (TRONCO, 2003).

b) Método

Em uma placa de petri com fundo preto misturar 2 ml de leite e 1 ml de hidróxido de

sódio a 4% e homogeneizar por 20 segundos com um bastão de vidro.Observar as

modificações (TRONCO, 2003).

3.3.10 Antibiótico - Método Snap

a) Materiais

• Kit Snap

• Bloco de aquecimento (TRONCO, 2003).

23

b) Método

Transfere-se uma alíquota de leite para o tubo com o meio de cultura que do Kit.

Incubar a 64°C, durante 3h e realizar a leitura, de acordo com a cor e a tabela que acompanha

o produto (TRONCO, 2003).

24

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados das análises podem ser observados na Tabela 1, 2 e 3, respectivamente

correspondente aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2009.

Tabela 1: Resultados das análises do leite em amostras coletadas em outubro de 2009.

Amostra DATA HORA Q uant Alizarol TEMP PUS ANTIB TRAM DENSID ACIDEZ GORD EST ESD Mamite Cloretos

hh/mm Litros Est/Ñest °C °H/°CPos/Neghora:min g/litro °D % % % pos/neg pos/neg

01 02/out 11:20 230 estável 7 neg neg 06:00 1031,4 16 3,3 12,068,76 neg neg

02 04/out 11:10 207 estável 8 neg neg 06:00 1031,6 16 3,3 12,108,80 neg neg

03 08/out 09:55 370 estável 9 neg neg 06:00 1031,8 16 4,2 13,249,04 neg neg

04 09/out 11:20 130 estável 7 neg neg 06:00 1030,4 14 3,6 12,168,56 neg neg

05 11/out 11:20 200 estável 7 neg neg 06:30 1031,4 16 3,1 11,828,72 neg neg

06 14/out 11:25 315 estável 9 neg neg 06:00 1033,8 16 2,8 12,069,26 neg neg

07 16/out 11:10 210 estável 8 neg neg 06:30 1032,6 16 2,6 11,528,92 neg neg

08 18/out 11:00 150 estável 8 neg neg 06:30 1031,6 16 2,6 11,27 8,67 neg neg

09 21/out 11:20 370 estável 8 neg neg 06:00 1031,6 15 3,1 11,87 8,77 neg neg

10 23/out 11:10 215 estável 8 neg neg 06:30 1033,6 16 2,9 12,13 9,23 neg neg

11 25/out 09:50 225 estável 11 neg neg 06:30 1033,2 16 3,0 12,15 9,15 negneg

12 28/out 11:25 340 estável 7 neg neg 06:30 1033,6 16 3,3 12,61 9,31 neg neg

13 30/out 11:00 230 estável 9 neg neg 06:30 1031,8 16 3,0 11,80 8,80 neg neg

Tabela 2: Resultados das análises do leite em amostras coletadas em novembro de 2009.

Amostra DATA HO RA Q uant Alizarol TEMP PUS ANTIB TRAM DENSID ACIDEZ GORD EST ESD Mamite Cloretos

hh/mm Litros Est/Ñest °C °H/°CPos/Neghora:min g/litro °D % % % pos/neg pos/neg

14 03/nov 09:35 390 estável 12 neg neg 06:00 1030,4 16 3,5 12,05 8,55 neg neg

15 05/nov 09:10 180 estável 7 neg neg 06:00 1032,6 16 3,4 12,489,08 neg neg

16 06/nov 11:30 80 estável 11 neg neg 06:00 1032,2 14 3,2 12,909,70 neg neg

17 09/nov 11:12 260 estável 10 neg neg 06:00 1031,0 15 3,3 11,96 8,66 neg neg

18 11/nov 11:10 190 estável 8 neg neg 06:00 1033,6 16 3,3 12,619,31 neg neg

19 13/nov 11:15 180 estável 9 neg neg 06:30 1031,8 15 3,4 12,288,88 neg neg

20 17/nov 09:00 255 estável 5 neg neg 06:00 1032,6 15 3,1 12,129,02 neg neg

21 19/nov 11:15 270 estável 6 neg neg 06:00 1030,2 16 3,1 11,568,46 neg neg

22 23/nov 11:15 257 estável 12 neg neg 06:30 1030,2 14 3,6 12,12 8,52 neg neg

23 25/nov 11:20 230 estável 10 neg neg 05:00 1031,0 14 3,2 11,82 8,62 neg neg

24 27/nov 11:20 175 estável 12 neg neg 06:00 1031,4 14 3,4 12,18 8,78 neg neg

25 30/nov 11:20 180 estável 12 neg neg 06:00 1031,4 14 3,2 11,94 8,74 neg neg

25

Tabela 3: Resultados das análises do leite em amostras coletadas em dezembro de 2009.

Amostra DATA HORA Q uant Alizarol TEMP PUS ANTIB TRAM DENSID ACIDEZ GORD EST ESD Mamite Cloretos

hh/mm Litros Est/Ñest °C °H/°CPos/Neghora:min g/litro °D % % % pos/neg pos/neg

26 02/dez 11:15 135 estável 9 neg neg 06:00 1031,0 14 2,6 11,128,52 neg neg

27 04/dez 11:15 123 estável 9 neg neg 05:00 1030,8 14 3,2 11,788,58 neg neg

28 07/dez 11:10 215 estável 11 neg neg 06:00 1029,2 14 3,7 11,98 8,28 neg neg

29 09/dez 11:15 148 estável 14 neg neg 06:00 1031,0 15 3,1 11,47 8,37 neg neg

30 14/dez 11:10 210 estável 11 neg neg 06:00 1029,2 14 3,2 11,34 8,14 neg neg

31 16/dez 10:00 140 estável 9 neg neg 05:30 1030,8 15 3,1 11,678,57 neg neg

32 18/dez 10:00 143 estável 11 neg neg 06:00 1031,2 14 3,2 11,88 8,68 neg neg

33 21/dez 10:00 188 estável 9 neg neg 06:00 1030,8 15 3,1 11,688,58 neg neg

34 24/dez 09:00 175 estável 12 neg neg 06:00 1030,6 14 3,3 11,85 8,55 neg neg

4.1 CONTROLE MICROBIOLÓGICO

4.1.1 Prova de azul de metileno ou TRAM

Apesar de a temperatura estar acima do ideal em algumas amostras, o que poderia

acarretar num aumento da taxa microbiana presente, não foi um fator relevante a ponto de

alterar os resultados desta análise.

Segundo TRONCO (2003), a velocidade da reação óxido–redução das bactérias,

representada pela mudança de cor de azul para branco (no mínimo 2/3 da amostra) e medida

em tempos, refletem os cuidados com a higiene, manipulação e conservação do leite em todo

o processo: desde a ordenha, o transporte, até a chegada na recepção da agroindústria. Quanto

mais rápido for o tempo de descoloração do corante de azul para branco, maior é o numero de

microorganismos existentes.

Os dados coletados comprovam a atenção a esses cuidados, pois o tempo medido

neste período ficou num intervalo de cinco a seis horas e meia. A Instrução Normativa 51

determina um período mínimo para esta prova de 90 minutos, ou seja, uma hora e trinta

minutos (BRASIL, 2002).

26

4.2 CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE

4.2.1 Determinação da Temperatura

A legislação brasileira fixa como temperatura máxima de conservação do leite: 7º C na

propriedade rural /Tanque comunitário e 10°C no estabelecimento processador (BRASIL,

2002).

O leite obtido durante os testes apresentou variações de temperatura, ficando em níveis

maiores nas amostras 11, em outubro; 14, 16, 22, 24 e 25 em novembro e 28, 29, 30, 32 e 34

em dezembro, conforme tabelas 1, 2 e 3. Prováveis causas destas variações podem estar

ligadas aos períodos mais quentes do ano, em que as temperaturas ficam mais altas.

O leite, logo após ordenhado, é mantido a uma temperatura de 4°C. Desta forma,

possíveis falhas na cadeia do frio, provavelmente no transporte da propriedade rural até a

agroindústria, pode ter permitido a elevação na temperatura.

4.2.2 Acidez

4.2.2.1 Alizarol

Segundo BRASIL (2006), a interpretação desta análise dá-se pela obtenção da cor e

formação ou não de precipitados e grumos. Deste modo:

• Leite com resposta normal (boa resistência): coloração vermelho tijolo.

Aspecto das paredes do tubo de ensaio sem grumos ou com uma ligeira precipitação, com

poucos grumos muito finos;

• Leite ácido: tendência a um esmaecimento da cor, passando para uma

tonalidade entre o marrom claro e amarelo. Na acidez elevada ou no colostro, a coloração é

amarela, com coagulação forte;

• Leite com reação alcalina (mamites, presença de neutralizantes): coloração

lilás a violeta.

Das amostras analisadas, todas estavam de acordo com a determinação para esta

prova, ou seja, apresentam estabilidade ao alizarol (BRASIL, 2002). Os cuidados com a

higiene e manipulação comprovam seu estado higiênico-sanitário (BEHMER, 1976).

27

4.2.2.2 Prova Dornic

Os valores obtidos nestas análises estão dentro da normalidade, visto que a Instrução

Normativa 51 de 2002 admite a acidez titulável entre 0,14 a 0,18g de ácido lático/100 ml.

4.2.3 Densidade

A legislação brasileira define como densidade aceitável para o leite cru refrigerado, os

valores compreendidos entre 1,028 a 1,034 g/ml a uma temperatura 15 °C (BRASIL, 2002).

Logo, valores fora deste intervalo podem ser derivados de ações fraudulentas.

Densidades maiores são indicativas de desnate prévio do leite, enquanto que densidades

menores pode ser um indício de adição de água (FOSCHIERA, 2004). Analisando os

resultados, nota-se que estes atendem aos requisitos legais de classificação de qualidade do

leite para esta prova.

4.2.4 Determinação Gordura – Método de Gerber

A Instrução Normativa 51 fixa o teor de matéria gorda no mínimo de 3,0 g/100 g para

o leite cru refrigerado (BRASIL, 2002).

Analisando os dados das tabelas 2 e 3, nota-se que a gordura manteve-se dentro do

limite determinado pela legislação brasileira, com exceção da amostra 26 apresentou um

índice de 2,6%. No mês de outubro, alguns valores ficaram abaixo do ideal nas amostras 06,

07, 08 e 10 conforme tabela 1.

Segundo Tronco (2003), esta variação pode ser conseqüência da má alimentação e

desequilíbrio na dieta dos animais.

A composição do leite é afetada se não houver equilíbrio na alimentação entre as

quantidades de concentrado e volumoso. Grande quantidade de concentrado em relação ao

volumoso incide na formação em maiores proporções de ácido propiônico quanto aos ácidos

butiríco e acético, o que faz com que haja diminuição da quantidade de gordura por diluição

(SANTOS & FONSECA, 2007 apud MENDES et al., 2010).

As variações nos resultados sinalizam também possíveis erros no preparo das

amostras. Conforme Tronco (2003) podem ocorrer erros nesta análise quando no preparo da

amostra, pela falta de homogeneização; uso de pipetas não volumétricas ou de calibração

inadequada; densidade do ácido sulfúrico maior que 1,820, proporcionando num aumento de

28

gordura de até 0,8%, ou menor que 1,815, sem a completa dissolução do coágulo e a coluna

de gordura arrastará quantidades variáveis de água, alterando a leitura.

4.2.5 Extrato Seco Total (EST) – Método de Ackermann

A percentagem de matéria seca ou extrato seco é indispensável para se avaliar a

integridade de um leite. Admite-se no leite normal um mínimo de 11,41% de extrato seco

total (FOSCHIERA, 2004).

Observando os resultados da tabela 1, nota-se que na amostra 8 esse mínimo não foi

atingido, ficando com um índice de 11,27%. Da mesma forma, em dezembro, as amostras 26

e 30 (tabela 3) apresentaram valores inferiores ao ideal, respectivamente com os percentuais

de 11,12% e 11,34%.

Para as amostras 8 e 26 o teor de matéria gorda representava em 2,6%, quando o

mínimo deveria ser de 3%, condições que podem explicar esses valores encontrados para o

EST (BRASIL, 2002).

Já a amostra 30, o percentual de gordura ficou dentro dos parâmetros ideais, porém, ao

contrário do extrato seco desengordurado, o qual estava abaixo do recomendado, ou seja,

8,4%, podendo ser uma justificativa para esse resultado.

4.2.6 Extrato Seco Desengordurado (ESD)

Para atender aos requisitos de qualidade desta análise, o leite deve apresentar no

mínimo 8,4 g/100 g de matéria seca desengordurada (BRASIL, 2002).

Nota-se na tabela 3 pequenas variações nas amostras 28, 29 e 30, porém próximas ao

ideal, respectivamente 8,28%, 8,37% e 8,14%.

O percentual de extrato seco desengordurado pode ter variado em função do tipo de

alimentação fornecida aos animais. O aumento do nível de energia na dieta de vacas pode

conduzir a um aumento de até 0,2% no percentual de ESD (RENEAU & PACKARD, 1991

apud REVISTA HIGIENE ALIMENTAR).

Alterações na composição do leite provêm também de enfermidades, sobretudo de

mastites, com redução nos teores de lactose e, em alguns casos, de proteína (KITCHEN,

1981). Esta suposição não é valida para o estudo, pelo fato destas amostras não apresentarem

alteração na análise de mastite nestes dias.

29

4.2.7 Cloretos

A coloração amarela indica a presença de cloretos em quantidade superior à faixa

normal. Se o leite contém cloretos dentro da faixa normal, a coloração pode variar do

alaranjado escuro ao vermelho-tijolo (BRASIL,2006).

De acordo com as tabelas 1 a 3, os valores coletados demonstram total integridade do

leite quanto a sua densidade em relação à adição de cloretos (FOSCHIERA, 2004).

4.2.8 Pus

A solução hidroalcoólica de fucsina de Ziehl provoca o aparecimento de filamento ou

grumos quando em presença de pus, em amostras levemente alcalinizadas (BRASIL, 2006).

Em todas as amostras analisadas a presença de pus foi negativa, ou seja, ausentes de

grumos e filamentos, comprovando o estado são dos animais (TRONCO, 2003).

4.2.9 Whiteside

Entende-se como positivo, ou seja, com presença de leucócitos; o leite com formação

de coágulos, flóculos, grumos ou massa viscosa. Se o aspecto não variar, o resultado é

negativo.

De acordo com os resultados coletados, conclui-se que os animais não apresentam

enfermidades, e o leite pode seguir o processo (TRONCO, 2003).

4.2.10 Antibióticos - Método SNAP

A Instrução Normativa 51 (2002) através do Regulamento Técnico de Identidade e

Qualidade de Leite Cru Refrigerado define como requisito de qualidade do leite, a ausência de

resíduos de antibióticos e de outros agentes inibidores do crescimento microbiano.

Em todas as amostras submetidas ao teste o resultado foi negativo, ou seja, atenderam

a este requisito. Pode-se dizer que o leite provém de vacas sadias, não estando em tratamento

com antibióticos.

30

5 CONCLUSÕES

A avaliação da qualidade do leite cru refrigerado, mediante provas físico-químicas

complementadas pela análise microbiológica atestou que na sua maioria as amostras atendiam

aos requisitos mínimos previstos em lei. No entanto, alguns resultados ficaram fora dos

padrões exigidos na determinação da temperatura, da gordura, do extrato seco total e do

extrato seco desengordurado.

A temperatura de recebimento apresentou valores acima do ideal, principalmente nos

meses de novembro e dezembro, ou seja, nos meses mais quentes. Este resultado pode

caracterizar falhas na cadeia do frio, provavelmente no transporte da granja até a

Agroindústria, já que, logo após a ordenha o leite é resfriado a temperatura de 4º C, mas

transportado em caminhão não isotérmico.

Nas análises de gordura, EST e ESD os índices não alcançaram ao mínimo

considerado ideal. A correlação entre essas análises sinaliza um desequilíbrio na dieta dos

animais, bem como possíveis erros laboratoriais quando do preparo das amostras ou da

manipulação dos materiais.

Considerando os resultados obtidos, sugere-se investigar as razões pelas quais

provocaram a inconformidade de algumas amostras com os parâmetros legais, bem como

propor ações corretivas de controle a fim de atender aos requisitos mínimos de qualidade.

31

6 REFERÊNCIAS

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