11
t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C<£N1"!\0 DE EStUDOS ANii .. COU:Hi !AIS {C , LA . C.} DA .• A.C. - 30-IV-75 VIVA 0 · I' DE MAIO PtiES lA 1\NG OL ANA E ARtE .. POEMAS AF'f\ I CA f40 S • , , • ••• , •• • , ••••• pig . 1 pag.3 ptig.4 pag.7 pig' t 0 plig.9

T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

t {

All

PELA tlBEl\T!C!C DOS

C<£N1"!\0 DE EStUDOS ANii .. COU:Hi !AIS {C ,LA . C.} DA ~ .• A.C. -30-IV-75

VIVA 0 ·I' DE MAIO

PtiES lA 1\NG OLANA

SO~RE CUltU ~A E ARtE ····· · · · · ~· . .

POEMAS AF'f\ I CA f40 S • , , • ••• , •• • , •••••

pig . 1

pag.3

ptig.4

pag.7

pig' t 0

plig.9

Page 2: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

I -··-· li ·-.

.. ·- I! !j ,r-\ ,. ' ' i \ '! : · .. \, I! l :t. ~·

__ , \y.j __ :i:~.CJ_L::~ -<!:;= --~j (~~~--- _LL.\ c·; lLC~" 0 12 d e :Na io 6 a f es t a dos tr a - ~o 12 cle I'~a io de 18~6 houve mais

!'-··,\ !· 11 il --· __..,

ba1h ador e s, ~ u ma jornarl a de luta d e 5 000 greves, que foram crimina­contra a explor ag~o c a pit a1ist a e s amente reprimidas. A entr ada das i mpe ri a list a . f'abric as muitos operarios tombamsob

Em todo o mundo e sse dia ~ come as b~ 1 as a ss a ssina s do ex~rcito dos "7 mor ad o p e los trab a 1ha0ore s.Nos pak

ses capitalistas e m gue se exerce­uma form a de ditadura fascist a ~ u rna jornada cont r a a explor ac;ao e a opress~o, qu e costuma ser r eprimi­d a pe1a polici a e p e 1o ex~rcito dos patroe s. Nos p a ises capit a list as ,

em que s e exerc e a forma de ctemocra ci a burg ues a , 0 12 oe :tr'a io e p e rm'I tido enquanto forma pacific a de co m em 0 r ar urn ct i a de 1 u t a e s era n:prl mido s empr e que este ultr apasse os limites " democr~ticos".

Nos pais e s socialistas e a fes­ta d o tr abalho, e a f e st a dos ex­p1orados fin a l ment e libe rtos do jo g o ctos c a pit a list a s. E t a mbem uma forma de os tr aba1h ador es manifes­tarem o s e u int e rnaciona lismo pro­l e tario, n~ meo id a em que e urn di a de f e st a e d e 1uta .

Como a p a r e c e u o 12 d e Maio? Em Outubro de 18 8 4 r e uniu-s e o

Cong resso dos S inrl ic a tos do s Bst a ­dos Un irl o s e do C an a.d ~ .Ulin' dos obje_5 tivos dess e congresso era 1ut a r p e la jornada d e tr a b a lho de 8 horas7 '1.1o principia_ do c a pit nlismo, os e~ plor ador e s pu n h a m mu1~r e s e crian ­c; a s a tr ab n.1 h a r 1 6 ,17,18 hor a s por dia , sem d es c anso. F a ziam isso pa r a enriquecer e m r a pidamente,t a 1 co mo tem aco n t e cido n a nossa p 2ttYia7

Os t r a b a lb a (I or e s iso1 acl OS nao ti nh a m forc;as p a r a lutarem co n tra a exp1or a c; a o. E1es, s e lutass e m, e r a m f a ci1me nte despedidos ou pr eso s e em seu lugar era po s to outro oper 6 rio qu e continn av a a ser tao explo r a do, ou a i nda mais , qu e o ant erior.

0 s Sinctic at os surgit·am,ent~o , p a r a defender os i n t e ress e s do s tr~

b a lh aclore s contr a os e xplor adores, p a r a 1ut a r e m por melhores s a 1 ario~ por me1hor e s condic;oes cte tr a b a 1ho e de vid a p~r a os oprimirl os.

0 Cong r esso do s Si ndic a tos dos :r!:st ados Unic1os e do Ca nada decide des e nc a dear um a g r eve ger nl, mar -c a ndo- a p a r a o rli a 1 de Ma io de 1 8 86, isto ~' ha 89 a nos. Ess a g !~ v e era p a r a 1ut a r p e 1o d i a <"'e 8 h~ r a s 0e tr z:lb a 1ho.

Ve mos a ssim c, u e for am os tr a b a ­lh a dores dos ~stados Unidos, cujos c a pita1ist a s-imperi a list n s s~o ho­j a nossos f e roz ps inimi g os, q u e d~ s enc a cl ear am a lut a para que toclos os tr 'a b alhar'lo r es r1 o muad o f~- ssem !

menos expl o r a dns.

bur p;ueses. Os tr a b n1ha0ores de Chicago (ci­

d ade dos Es t a dos Uniclos) cl amam; "O s a ngue dos noss os c ama r a d a s ~xige

v i ng an g a 11 •

Nos d ias seguintes ha gr a ndiosas manifest acoes dos trab a 1hadores con tr a a rep;essao c apit a1ist a , que se abate sobr e os Sindic a tos.

Os a ssassinos c a pit a 1istas pren­dem e r:mforc am os di:tigentes que de fend e m os i n teresses dos tr a b a 1hado res.

0 1Q de Ma io p a ss a ent ~ o a ser con&id e raclo como o d L~ c.1 a lut a :hter n a cio na 1 contr a explorag~o c api t a -list a .

Os tr ab a 1had ores c.las ex-co16nias portugue s c~s , assim como os tr a b a lha ctores portugues e s, nunc a pud e r am co me mor a r e ss a fest a . Os co1oni a listas e c a pitalist a s sempre impe dir ?. m to­das as r ea1Iz a 9oes popu1ar es . Eles tinha m me<io d o Povo. Para e1es,o P.£ vo c1evi a est a r na c a d e i a .

Mas , s e b ern q ue o Povo tr a b a 1ha­ctor n ~ o pudesse comemor a r ess a jor­-nad a d e 1u_ta, e1e n unc :::1 deixou de lut ar co n tr a explor ::> c;a o e a opressa o.

Este ano, os tr a b a lhadores de An gol a , Ho9 e1mbin,ue, Guin e-C a bo Ve rde-; s. Tome e Principe e os tr a b a lhado

res portugueSPS V ~O COme mor a r 0 SeU gr a nde c1 i q . .

Lembremos t amb~m q ue os povo s su bmetidos a opress ~o impe rialist a y ankee, como e 0 c a so dps povos da I n dochin a , nunc a puderam festajar : o dia d6 traba1hador. ~ o entanto,o P~ vo Cambodj a no, que rec e n t e ment e es­magQu a s for9as re a ccionarias a so_! do do irnperi a 1ismo, pode este a no comemor a r o seu primeiro 12 de Maio em 1ibe rdade.

Os ~ rab alhactores de todo ~ mundo l eval'ltarao' neste 1 Q de r·raio' a~b3!! deira d a lut a contra a exp1oragao C£_ lonialista e imperialista e dos se­us peitos oprimidos saira o grito do 12 de Naio:

' "PROLET,ARTOS. DETODO_O ___ MUNOO,! ,,

/ J ~~ / ''~ - i ji '·.

.---· /' ' , ~-.. , ,;, .~- -.

'r: :,· '' '. ! i ~ ' ~ 1 ......_ ___ '---

UNI-VOS l

=

. ~·..:. .

iJ

·~

Page 3: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

r--··,, f . -

. l= l_/1~=::

Ja ha urn bocado que todos se tin ham iclo deitar. S6 aqui e alem se via uma ou outra luz nas janelas. A noite estava f'ria e tinha para­do de choYer nao ha pouco. Urn ven to carregado de humic1ade soprava­corn fortes raj.,,.; •'.

Ja eram horasc~e deitar ao tra balho. Pena o companheiro nao te7 pocido vir. Dois seria rnelhor e mais seguro. A mulher do Antonio estava masmo mal. I'Jao admira, a tr_~ balhar naquele est~do. E que tra­balho! Esses canalhas estao mesmo a precisar de corda ao pesco~o.Sa canas, s6 faltava parir la na fa:­brica e p6r a crian~a lo g o a tra­balhar la na f&brica, para ~er mais urn a encher-lhes a panc,:a. Ha -ce ser mais urn, ha-d01 :1\~ as m tis urn para lhes tratar da sa6cle. Pes mo sem m~dico ou ~arteira.~1de hi -~ dinheiro par a isso? Vai nascer

e safar-se. Nao ~ o prirneiro nem o 6ltimo. La em casa a companbe~­ra ja safou quatro. E o terceiro do Antonio vern esta noite.,ai. ser uma g:gtde noite~ Vamos a o traba­lho •. ~manha a camlnho rla fabri.ca, o co mpanhe iro tera a sua segunda __ alegria e f'icar 6 orgulhoso.Ni~ ha naca nem ningu~m que nos fa~a pa­rar.

E mel tor come~ar por aqui. Es­t a parec'le ~ bo ;1 .A esta hera. ja de ve estar toda a cidade cheia, os camaradas nunca falham, chova ou fac;a sol. l'aios parta a chuva, a tinta escorre toda. Ja esta,f~cou mesmo bern aqui. Isto esta mes mo calmo est a noite, apesar ~e tudo. NE:'.<1" seve nem urn ma landro. Os ga­jos agora s6 andam c'le carro.A cus • ta do nosso sangue. Hao-de paga-­-1o como deles, ma lditos. ~as o p~or ~ os ~ paisana. P

0pois da t~

reia que alguns deles j c~ apanhaam andam como lobos em grupos. Sozi­nhos j~ n~o se atrev~rn. Uhml Este lugar ~ born tamb~m. N~o se v@ nem urn gato· pinga do. Est8 bom.Istn cia cola n a parte ce tr8s ~ rnesmo boa ic'leia. I~nt a o como estao as pare­des agora, e~arra qu e nem pr egad ~ oi gajos v~o-se ver h brocha 82

os tentarem a rrancar. Born, vamos an.Clando, amanha ainda e rlia (1<;/tr~ b ~ lho. 0 bufo do encarregado apeE ta connosco ma is do que nunca.Mas agora vern com f'alinh as mensas. P.!;!. derat resde que i a levando com a carga da m&quina em cima. Foi por urn 1:~71 0 malandro nun ca mais se p6e atr~s d as maquinas a espiar.

(/"" ! ..._ ..... ~,..

[~,,~ -<. ·r'~ r'\r= f\ /, 1\ ~·r--1; -~ v= , "' / ·i· '-'-~1~ ' '.·

. . J Jl~ I . !!&--,. !\ I

..._/- ... \ .__./,

Aqui tamb~m ~ born. Vai mais urn. Pronto. E ali a esquina tamb~m. ES ta perto do canneeiro, mas o sitio vale o risco. ~ingu~m a vista? Be~

vamos a isto! Ficou bestial. Isto ~ como beber urn copo de ~gua. Mas sempre a p a u com os gaJos. Eles j8 perceber ;un qne agc•ra e dif'erente. ~em urn apanh a m. nuando foi da greve la na L~.hrica bern o tentaram. :Mas qu::'l l quel Estavamos todos uniclos. Fa~am comiss~es! Diziam os tipos.

A rlirecc;ao da fabrica s6 aceita falar com um q comissao. Com tanta ge~te n inguem se entende. Isso, is sot Isso era dantes mas agora n6s­temos os olhos abertos. As comisso es somos todos nos, na o ha respon­saveis. Somas todos. :Sntao a vida nao ~ dura para todos n6s? ~as OS

, sacanas tentaram tudo: corrrprar al­guns, sai-lhes mais barato;prender a t od os, nem chegav am as pr is ~es! E at~ fura-greves, trairlores. AhlMas esses, depois d a tal visita arniga­vel que t iv eram em cas a, mud aram 1_£ go de ideias. Unidos e organizac'los vencemost

Aqui ~ porreiro. Vai uma pintu­razinha. Boa parede. Vai ser um 12 de }aio mais festive do que 0 s.Jo ao c'las Fontai.nhas. Ate lhes vai ' es talar as costas de apanhar · tanta cana. Este ano vamos todos e nao a balda. 0 uando der p'ra fruta,pouca ha-de cair no ch~o. Na ano passado os gajos bem a.rregalaram os olhos quanrln viram a nossa bandeira ali mesmo deb a ixo ~o nariz deles.A vi~ t a de tocos,vermelna,flutuando ao vento,a bandeira dos trabalhadores. Estava uma linda manh~. ~oi o meu mais li nda 12 de ~aio.Aquilo encheu -nos o cora9ao c'le alegria.o Ant6 -­nio at~ tinha os olhos h~midos.ca­ragm,que granrle f'est a ,lA na f'dbri­ca nao se f'alava noutra coisa. Que nao me esqueca.Amanha tenho que le var mais coi~as.Os camaradas j8 l~ ram tudo e ja passaram a outros.E~ te ~ o caminho p'r~ fabrica.Vamos encher isto tudo,aqui esta born.

rla!Um carro lS~o os gajos! Cbeirou-lhes.V@m pela calada,luzes nos minicJOs ,devagar1nho .Pararam? 1\Jao.Ainda nao viram nacla.Aqui nao me topam.Os pul ~ 1as ate fazem horas extraordinarias.Ja v1ram.Nao,conti nuam pela surda.nla~Vao-se emb c ra: Oue mosca ~ qu e lhes morc:eu?Peixa­me esperar mais urn pouco.Essa ja ~ velha sacanas1 Que ~ isto?Quatro ga jos v@m nesta dir ecc;ao,~aquele 1~= do.C'o carag o,estou cercado. Desta

Page 4: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

r~··-...._.,._-···-----:------------

1~; P c) 1:~: ·:3 11 I \ ' ---------~----· -· - ----···------------·-··'

,-·::,

do · pcvo l --··· ..t ·~ , .. .. . --~ . , -- ;J __ {' c ·· ,., ··ii ··u \ \ • .. , . 1 :r \ ;

• . ., • .,._ I ' i J ......_ .... ..:::.... \ ,..,. ... _' 1! "--" It'· c~ cl Nao basta ' que seja pura e justa a nossa causa t necess~rio que a pureza e a

( justic;a·~ existam dentro de n6s

Dos que vieram e connosco se aliaram muitos traziam sombras no olhar intenc;oes estranhas

Para alguns deles a razao da !uta era s6 6dio: urn 6dio antigo centrado e surdo como uma lanc;a

Para alguns outros era uma bolsa: bolsa vazia (queriam ench~-la) queriam enche-la com coisas sujas inconfessaveis.

Outros viemos. Lutar p'ra n6s 6-vef aqu~lo que o Povo quer : real izad o. t ter a terra onde nascemos. t sermos l;i.vres p'ra trabalhar •

; Tfa mesma barca nos '!';:;·

encontramos. ' Todos concordam- vamos lutar. t,utar p'ra que? P'ra dar vazao ao 6dio antigo? ou p 1 ra ganharmos a liberdade e ter p'ra n6s o que criamos?

~a mesma barca nos encont~amos. Quem h~-de ser o timoneiro? Ah as tramas oue eles teceram! Ah as lutas que a li travamost

:Mantivemo-nos firmes: no Povo buscaval!!os a forc;a e a razao

Inexorav elment e como uma onda que ninguem trava vencemos. 0 Povo tomou a direcc;ao da barca.

Mas a ligao la esta, foi aprend1da: ~ao basta que seja pura e justa a nossa causa. ~ necessaria que a pureza ea justic;a existam dentro de n6s

. t -te r=- p-'- ra !'f0-s- o -q-ue cr-iamo~s- .--;;:o'-· ~ -~~ ( KgostL'lh - Nre t o) -~ ~~

Lutar p 1 ra n6s ~ urn destino - t++++++++++++++++++++++++++++++++++++ e uma ponte entre a descrenga + (· 0 r . <'~""'· , -\ ~- 1\ (;'\ ~ rJ e a certeza do mundo novo ++ 1 \ ,>- :1 <: -=-~ ( . I 1\ )

--- -~ · I· V! \, )\. .t' , .-\I '. \ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + :t '· · .. l \' "'-: : ::::. '- - / . == / ·.· . . ~

' Jl .. ( (c .. - . •·'

Onde estais maes

. nao olhes a cor da epiderme branco preto mestigo a p ;ltria vern da alma

i a p6tria 6 intima tatuagem I -i que nao deve macul a r ' que nao vedes morrer as maes de

(Angola? I 0 sangue dos martires jque por n6s morreram e vao morrendo

Onde estais irmaos do mundo? I que nao vedes morrer OS mens irmaos l

{de Angola:

se por infelicidade, algum dia nos deixamos divJdir a alienac;ao acabou

Onde estais governos senhores ~o (mundo

e hora de escrevermos africa rle maos

que nao vede~ amigos voss6s matar (Angola?

Ina mesma lut a i e hora de erguermos a patria

(juntas

! com a mesma determinac;ao Onde est a is m1lhoes de Homens livres o mesmo sangue e a mesma alma

(cto munrlo que nao vedes morrer rle pe Angola

( inteira?

Morrer rle pe pela liberdade morrer de p6 por serem homens morrer de p~ parQ serem homens

{Cost a Andrade) ... ~ .. '

{Jorge }1acedo)

Page 5: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

S08C~IE 1-:-.:=

!~-·'="

"A A ·t ~ ' ~ r e n~o e um a coisa abstrata, ~em rel~9oes com o q u e qu er que se Ja,m as e ,uma cnnsequ@ncia ~o ~e =

Os intelectuais progressistas,que se dispoe a servir o Povo dev em,basea dos na vida das ma ssas trab a lhad oras­n2s sofrimentos e alegrias e n a exp.es sao cultur a l autoctene,rea.lizar obras qu e correspond a m ~s n e c e ssirlades ime­diat a s das massas ponulares,traduzin­do as suas lut a s ,ajudando-as a com -preender a sua opre ssao,ao nesmo tern po que inc entiva o proletariado e ; campesinato ~ uniao e A revolugao.

s envol v imento hist 6rico, dum· a ..a 1 , uac a sociedad F! 11 •

( lvia o Ts e Tung)

I- AhTE E CUT_, i 'ULA J'- FlJLA.P­CULTUF. t-\.. BU: GUT-GSA

AfTE E

~ Arte e Cultur a d e um a ~poca s a o 1 n fluenciadas e d e terminad a s P2r in6me ros factor e s:pelas tradi 9oes hist6ricas,pela filosofia p; 1 . " . ' ~as C1enc1 as ,corrente s artisticas e fun~amentalmente pela politica.

Ao longo dos tempos,sempre a classe dominante utilizou a cultu r a e a a rte corno anna par a ajudar a assegurar a sua supremaci a so­bre a~ massas trabalhadoras.Toda­via nao b a st a rlize r que a Arte do mi nante ~ a Arte da classe domi = nan t e.t n eces s6r io v e r co mo ola r e f e l ec t e a doninag~o de cl a sse e s e rve a cl a ssc no ~oder.

~ burgues i a ,domina~do todos os orga os produtores da sociec1adepro cur a asseg ur n r por tod~s os meios a def psa los seus interesses. Urn desses meios ~ a actividade cultu r a l e artistica.t a ssim que d e sde o ensino ministr at::' o nas esco l ae-­quer primarias,secundarias . ou su­periore s - a te ~s escolas arti6~ ticas -Bel a s Art e s,Co n servat6rios etc - OS esturlantes sao guiados para um a cultur a e um tipo de a1-te qu e retr ate e fortale9 a o porler da burguesia.rara control a r os ar tistas,a burguesia realiza u rn co= mercio de ar t c f a zendo entrar no mercado apenas o ar ti p; o que se i­dentifique c om a sua ideologia. Deste modo OS a rtist a s s ao l avados a entr a r no jo go que nem sempre~

ra. 0 deles,mas em que necessaria-= mente acabam po r s o L ·J tegr a r .A 2,c

tivid ade artistica,c nmo qu a lque r­outra,n~o existe acim a das classes c c loc a - se antes nun ou n.outro c am po da luta de classes,e nessa peS pectiva OS a rtistas exprimem :ou a visao do n~ u ndo d n.s class " s explo­radoras ou a visao d .• s classes o­pr imidas e explor a rl as .

t d entr. deste contexto que , enquanto as :>br a s dos a rtist a s que f~cilmentc S P rlisposeram a s crvir o regim0 f as cist a eram bern pagas no me rc ~do e difun~idn.s a todos os niv e is ,os a rtistas qu e nunca se deixaram vender,pond o sempre a SlE.

arte ao s c rvic;;o das massas.traba­lhadores a toct as as perseg~ic;;oes e rnis~ria,muitas vez e s presns, e ­xilados ou rnesmo mort ~ s.

E rlentro desta perspectiva que a cultur a vem desempenhar urn papel imrxr t a nte n a libe rta9ao de qualquer povo­e inclusiv a mente nas ex-col6nias por-

l tuguesas.

' II- 0 PAPEL DA CULTUF.A NA LUTA PELA INnEPlt',JD'£~-.TC IA

(Tr a nscrito de estudo apresentado por Amilcar Cab ral numa reuniao da U~ES­CO em P a ris, em Julho de 1972)

"'I'>Junc a o homem se i n teressou tanto por conhec e r outros home ns e outrasso cied a d e s quanta durante este 6ltimose culo d e dominac;;ao i mpe rialist a . Acumu lou-s e u ma qu a ntidade sem precedentes de informa9oes, hip6teses e teorias , sobretudo em mat~ria de hist6ria,etno logi a ,sociologia: e e-ultura dQS p.ov:os­ou gr upos etnicos submetidos ao poder imperialista. Os conceitos de ra9a, e tni a , casta, tribo, n a 9ao, cultura, i dentic'!a0e, e tantos outros se conver= ter a m em objectos de atenc;;ao cresce::t­te por parte de estudiosos tanto do homem qu anta especificamente ~as soci ed a des cha.madas "primitivas" ou "em­ev olu9ao".

~ ~ a 1s rece n t e ment e , com a expar.~ao dos movimentos de liberta9ao tornou­-s e necessaria a~alisar as caracteris tic a s dess a s socierl a d e s em fun9ao da lut a emp re end ida e determinar os fac­tor es qu e a desencadeiam ou a refrei­am. Os estudiosos t endem a concordar em que, nesse contexto, a cultura ad quire import8ncia singular. Podemos,­por isso, reco n hecer qu e qualquer ten t a tiva de e scl a rec er a verc!adeira fun

. 9a6 c a cu.ltura no desenvolvimento de

It: um movimento de libertag:1o (pre.:..inde-

.. pend~nci a ) porl e r epresent Rr uma con­tribuigao 6til a lut a ger a l dos povos cont ra o dominio imperialista.

Como os moviment os pela indep~nd@n cia sao em ger a l c aract e riza0os,mesmo nos s e us prim6rdios, por um a ac tivirla d e cultural mais inte n s a , sup5e-se -que t a is movimentos sao precedidos par uma "renascen 9a cultural" do povo do­minado. Indo ma1 s longe , considera-se que a cult n r a 6 um m~todo rle mobiliza 9ao dos grupos e, portanto, uma arma

J d a lut a para a i nde pend~ncia • . --- ~' _,_ ... ....,.. I i ..,_,_i ;'"' l '):i .'t{ )

Page 6: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

ortc ( coJl.tinua c;ao da pag . '~1 )

\ experi~nci a da lut a d e oeu p r6 prio povo e mesmo de toda a .Africa: nos permite a firm a r que e st a ca n c er c;ao do papel d a cultura no de s envol vimento de lib erta c;~o e d em a si a rl a -mente limita~a. s o ~ao e rr6n ea. T a l concepc;ao ~eri~ a , segundo cremos,de um a ge~er a liz ac;a o incorr e ct a de urn fen6meno real, porem r est rito,na me picla em q ue existe somente· no riivel das elites ou ctas di~sporas colon i­a l. Essa generalizac;ao i gnora ou des denh a o c"ado essw1.c i a l rlo probl e ma-;­~ indestrutibilid ade d a resist~ncia cultural d as massa pnpul ares d i ante do dominio estrange irn.

Com a pena s a l e umas ex c ep c;5es, o periodo de coloniz aga o n a o foi,peln monos na Afric a , sufici e nt e ment e lon go para permitir a destruic;ao ou uma depreci ac;~o impo rt ant e dos e lementrn essenci ai s da cultura e das tr ad i­

c;5es dos povos coloniz ado s. A expe ­riSnci a colo n i a l de domi&ac;~o i rnp e ­ri a list a na Africa r eve l a q u e ( ex­c optu a ndo o gcnocid io, a s egregac;ao racial e o apartheid) a 6n~ca solu­c;ao p r e t ensa~ente positiva qu e as potSncias colon i a i s encnntr a m p a r a op6r ~ resist Snc i a cultu ral do p nvo co l oniz ado e a " as simi l a c;ao" . Por~m ofracasso tot a l d a politic a de " a s­similac; a o pro g r e ssiva" das popnl a -c;5es n a tiv a s e uma prnv a evidente t a Pto da f a lsid a dc d cs s a tenria ~an

to d a capa cid ade cte resist~ncia dos pov os ct omin ac-1 o s.

Por outro lado , inclusiv6 n as co 16ni a s de pnvoamentn , onde a ma ioria ~a popu l ag5o continua cnmposta de inc' iv:Lduos aut6ct en.e s, a area ct e ocu pa9~6 colon ial, e em particul ar de o cupac; an c ultural , costurna se r ed u: zir hs zonas cost e i ras e a a l g u ns sectores r est ri t os rto int e rior . A i~ fluSnci a d a cul tnra ~ a ~o t@ nc i a cc­nial ~ qu a se n ul a a l em 0os limit e s da c apit a l e rte outros c cntros cen -

- tros urb a nos . S6 s e ma nife st a de f 0 eta no v6rtice rta piramide soci a l coloni a l cri a d a pelo p r6 p rio colo nial i smo - e s e exerc e p_- :::__,-,'--' ipa l me-:1 te sabr e o qu e po r1emos ch a mar de" pe quena burgues i a a ut6ct ene " G sobr e­g rupos reduzidissinos de trabalharlo res dos c ent ros urb a nos .

E facil verific a r qu e a s granrtes massas rur a is, a ssim como uma frac-9~0 urban~ , isto 6,mais de 99~ do total rt a pn pu l ac;~o inrtig ena , mant 6~ -se h ma r g e m, nu q uQse ~ m ~ r gPm, de qu a l q u e r inflnencia cultur a l <'! a po ­tSnci a cnloniz ado ra.

0 qu e a c a b 8mns de dizer i mplica que n e m as ma ssas po p ulares do p a {s doninacto n .f•m nas class es domi .nc:Jntes

aut6ctenes (chefes tracticionais,fa mil i as nobr ~s, aut or id acle s regia-­nais) se produz, em geral, uma des tru19£1o ou 8d e precia9a~ import ar:t~­d a cultura das tract1c;oes. Peprlml­da, perseguida , humi.lhada, traida por c er t as categorias sociais com­prometid a s cQm o e str angeiro, refu g i a da nos pov 5 ~dos , nos bosques e no espir1to d e domina c;~o a cultura sobr ev ive a tnctas a s tempest ad es p a r?. rlepois , gra«;as a luta rle lfuer t a c; .-; o , r e cuperar todo o seu pod e r d e florescimento.

Eis porque as rna ssa pnpulares n a n toma m, nem porl e m tornar conheci mento do problema G O "reto rno asfba t e s" ou no "rcnas cimc nto cultural': a s m~ ss as s 5 o as portarloras da cu! tura, elas mesmas s~o a fo n te e,ao me smo t e mpo, a u n ic a e ntio a rle vcr­d a~ e ir amente capaz rle pres erv a r e cri ~ r a cultura, quer di~er, f a zer a histori a .

P Rra s e :--1 preci a r correctamente o v erd a deiro p 0 pel rla cultur a no desenvolvimen to do movimento de li b e rt a9~o 6, entao , necoss~rio,pel~ me ~·ws no c a s o d ::t africa, dis t inguir entre a situa c;a o d a s massas popul~ r e s, q-u-e preserv a m a sua cultura ,e :1 c'L-1s c :1 t egor i ,"l s soc iais m,1 i s oljm_£ nos assimiladas , desenraiz adas e cultur a lm ente alienad a s. Embora ~ tadoras de certo numero de e l emen­tos cultura is proprias da socieda­de a ut6ctone , as elites coloniais n a tivas,forjadas pelo processo de cnlonizac;ao,vivem ma terial e espi­ritua lme nte a cultur a do estrange~ ro colonialist a, com quem tent am pro gressivamente se irl entificar,tk!.Ylto no que se r efe re ao cornnort am ento soci a l quanto a apr e cia9a0 dos va­lores cultur a is i n d!genas .

~o decorr e r de p e lo monos dPas ou . tres gerac;oes rle coloniz a dos ,for ma - se um a c a marla soci a l composta -de fu~cionarios ro ~s t acto, emprega dos em diversos r a mos da economia (sobr o tudo no com6rcio), profissi.2_ nais lib e r a is e alguns prol et~rio~ urb <-~.nos e a gr icol a s. P.;ssa p e quena burg uesi a a ut6ctene , forj a d a pela domin a c;ao estr a ngeira e in~ispens6 v e l a o sist ema C.e espoliac; a o colo­ni a l, ncup a uma f a ix a soci a l situ­ad o entre as mass as traba lhad oras 0 o c a mpo e os centros urb anos e a mj nor ia rl e r e pros ent antes 1 ncais da classe domi, a nt e e str ange ira.

Tia~bor a podendo Pl a nter r e l ac; oes ma is ou men ns intensas com as mas­s a s populares nu com os chefe s tr~ dicionais , essa p equcna burg uesia aspir a , em ge ral, a urn tipo rle vi-

( con t • pag . : _ _. )

Page 7: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

j; <::~ r ·, ' ..... . · .. ·;:. :;: . i·~-~ ~-) !:

,.., ...• il ~1 'I I,

(continua9ao da pag. ::., )

1\ " tf fr '•

II ';~:-.;, ~-~ ,l"- -1 \ ,_j

(; I

'--'

.~.

da semelhante, Se nao i0entico, i~<U contr a cli<_;ao que a SOClerlaoe coloni­da minoria estrangeira. Disso resul zarla op~e h potencia colonizarlor~ , ta qu=e, enquanto restringe seus la= as massas espol1arlas a classe e3po""' ~os com as massas, tenta integrar-se. liarlora estrageira. a essa minoria, muitas vezes em de- r· uanrlo 0 "retorno as fontes" q'l­trimento dos la9os familiares ou ~- trapassa o marco individual e co~se tnicos, e sempre a grancle custo pe.::!. gue se ex primir atraves rle "grupqs"· soal. ou de "movimentos", essa contracli9ro

Porem, a despeito clas PXcep9oes se transforma em conflito {velacto ou a,parentes, essa pequen.a burguesia aberto), o qual constitui o preluctio nunca chega a atrevessar as barrei- do m6vimentn cle pre-indepenrlencia M ras impostas pelo sistema, e cai~i da luta pela liberta9ao do juga e~ sioneira das cotraf! i9oes d a realida trngeiro. Desta forma, o "retorno de cultural e social em que vive,ja as fnntes" s6 e historicamente co~n .... que, nos marcos da paz coloni a l,lhr:! 1 sequente quando implica, alem de urn e SeJnp re impOSSiVe" CSCapar Oa SUa 1 COmpromiSSO real ll 3 luta pela inde­COfttradi<_;aO de classe marginal ou pend@ncia, id eptifica9~0 total e de "marginali~ada". Essa "marginaliz a - finitiv a corn as aspi.ra<_;:oes das mas-9ao" constitui' tanto no pais qu ?~c.to sas populares' as quais nao so con­entre os emigrantes instalad os n arre t e st a m a cultur a dos estr a ngeiros , tr6pole colonialista, odr a ma s6c i o= mas t ambem, globalmente, a sua domi -culturnl O. a s elites colon iais ou oa nac;:ao. Caso contrario, o "re!ornoas pequena burguesia inrlig ena ,· ''i.vir'l o font e s'! reduz-se a uma solu<_;ao vi.­mais o'u mc,nos intensamente segun clo s .q nrlo a obten<;;~o de vr-intagens temPE_ as circu nstancias materials e o ni rais e,portar1to, a uma forma, cons­vel rle "acultura9ao", ma s sempre no ciente ou inconsciente oe oportunis plano inrlivirlual e nao colectivo. mo politico.

~0 quarlro O.esse elrama quotidiano 0 bservemos que 0 "retorno a~ fon com o pa.no 0e fundo do confro.ato q~ tes", quer aparehte ou re31, nao so se sempre violento entre as mass a s p roduz rle Mane ira simultAnea e uni­populares e a classe colo n i ql domi- forme no seio da pequena burguesia nanf~, surge e se oe snvove na pequ~ autoctene: Pelo contrario, trata-se na burguesia inoigena um sentimento de urn proresso len to, rlescontinuo e de amargura ou urn complexo de fru:S- des igual, cujo desenvolvimento rle­tra($ao e, p a ralel amente uma necessi_ penrle do grau rle "acultura9a~"rle c~ d~rl e premente, de ~ ue toma conscie~ da indiViduo 1 rle suas condi9oes rna­cia pouco a pouco, rle contest a r su a teriais de exist&ncia, rle sua form~ marginal'id acle e descobiir sua iden.- 9ao ideologica e d a sua propria hi~ tirl ? ce. Isso a leva a s e inclinar t6ria como ser social. progressivamente p a r a o outro P'' lO A cultura e a propria base do mo oo conflito socio-cultural em quevi ,,ime nto de libertac;:i1o e so as socie ve: as mass a s populares n a tiv .:ots.

Por isso, o "retorno ~s fo n t 0 Sw

se lli ''~nifesta d e m '1 neir a L 1nto mais imperiosa quaanto mai.or for o iso­l a mento da p eq u e n a burguasi.a (ou das elites nativas) e quartto maiF profunda o seu complexo de fsustra-9ao, como ocorr e com os a fricanos ~ migrC~rl os para as metropoles coloni~ listas e rariistas.

1'1as 0 retorno as fontes noo e nf!'Ir pode ser em si mesmo um a cto rle l~

ta contra domin a 9ao estrange ira feE. 1 0 , _ i. a l is t a e r a c is t a ) e t a 0 p 0 u c 0 si gnifica necessariamente um retorno ~s tr arli<_;~es. Trata-se, pura e sim­plesmente, rla nega9~o,pela burgue~~

inrligena, rla pretensa superiorirla­de da cultura da pot~nci. a dominad o­r a sobre a do povo domin a rlo, povo com o qualela pr e cisa cte se i~enti. ficar. 0 "r e torno as fontes" n'ilo e1 .

1 t ' • I portanto, um a. a titurle vo lHl a r1a m1s

a Unica re c:1 C <_;ao V i av 01 a ir redut fvel

d ade s que conseguem preservar a sua cultura pooem se mobi.lizar, organ.i­z a r e lutar contra oomina<;ao estran geira. Sejam quais forem as caract~ risticas ideologicas ou idealistas rle sua express~~' essa cultura e um factor essenci.al e um processo his­torico. Nela resioe a capacictarle de elaborar ou fecunctar os elme~1tos q.ie asseguram a continuidade da hist6da e, ao mesmo tempo, cleterminam as P.£ ssibilidarles de progresso ou regre~ sao d a socierlarle.

~octemos assi.m compreenrler que,na me0ida em que o ctominio impeiialis­t a e a nega($~0 da processo hist6ri­co ca sociedacle dorninacta, ta~bem ha -cte ser forgos arnen te a nega<_;ao do seu processo cultural. Por isso, e po rque toda a soci.erlade que se l:ber ta .re n lmente do dominio estrangeiro retom a os caminhos ascendentes rla sua TJr6pria cultura, a luta cle l:il::er tacna e, sobretudo, um acto cultural.

- (cont. p ag . )

Page 8: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

( ....... -~ _)

/ -~

' \

() lJ ' 0 GUERHILHEihO E N ~·!ARCHA

Eu bem co n ten t e estou Pois sou militante Cheio de a l eg ri a estn u Pois sei o que vi a e mal s ab ia

Sou g u e rri lheiro Vim do povo F~o pelo es tr a n ge iro Sim , sennre pelo povo .

~iss~o g l or i os a tenho Longa hist~ri a escrevo A.n g ust i a 0 u rant e a !:V1 r c h a n a o t e nh o Forque um acto sag r a0 o l e vo Cinco seculos P3 SS a r a m l f. ·uito s c a mi'\rar!o s tomb a r a m ie sistir a~ ate que a s for9 a s Se lhes esgot a ram P e l a f a~iga nao s e r ende r a m " an t e s mo r rer que viv e r na e scr avi-

( d a<-->" I • - ) :, Dann .. ao Cosme

IR~AO DO OCIDE::'TTE

d o 0 c i d e .~, t e • n • Irma o (como explicar-te ~ue es nosso

( .. ~ ~ \ , Lr mao .. 0 mu ndo n ao a c a b a 6 port a de tua

( cas a ne m no rio q u e limi ta o t e u pais n em n o mar ~m cuj a v a sti6;o ~s vezes pe Gsas

(t e r e s rle s cob e r t o o sent iro 0o inf i ~ito

pa r a alem cia tu a porta p ,1 rrt alem do mar o gra nd e comb a te co n ti r u a homen s de olh a r quon~e e maos duras co mo a terr a a n oit o abray a !11 OS SeUS fiJ.hos E part e m a o n a scer rlo sol mm~tos na o vo lt a r a m . 0 ue i mp orta ! Somos ho mens c a nsarlns d a s algemas P a r a no s a l iberda0e v a l e mai s c~ o qu e a vida d e ti, irro~o , n 6s espe r amos , n~o Q mao c a ri ~ os a

qu e humi lh a e mistific a ma s a ma o so lio Ar i a ,

cometid a , consc i e n t e . Como p od es r e cusar, Irm~o do r cid e~te?

(Frclimo ~.9 73 )

41 ,r' i-

\ ' ., / ; \.. ',! ' ·-· \

c A._r.fiNHO L01'-JGE - ----Ca minho f! qm i nho l onge Cami n ho lange de s. Tom~

Que na o devia ser l o nge n u e nao rl ovia, mas ~ ~

Caminho coopr i do das ro<;as e os v e n0i~o s seguind o Deit ados os ho mens s e a~o r.tam

n a grandezn do por ~o Ca idos os homens s e a longam de p ont a h ponta ~o ma r

Devi am Dev iam

Caminh o Ca mi !"lho

~

qu e n a o q u e nan

ir de outro modo • - - I 1r,ma s nao v a o.

r as gado no corpo pisad o mil v e zes d ev i a t e r s a n g ue rl evia, mas t e rn!

Caminho t ~o duro e t a o lo nge tao lo nge rle s . To m~ qu e rl evi a se r rlP re c r c sso qu e d evia ser, e nao ~!

( Gab riel l ar i ano)

·' ·-, • ..1 t·· - \ (~- l \\,.,../ \...J ._/. \.__.; V r ;:, r" r~ ·-'.) ,___ ' '-J \...:::

At r6s ~ns ferros d a pris~o ~ p r Pciso l evant ar os bra g os a l­

( gemados Co ntJa a prepot 6 n cia

AtrAs dos f e r r os d a prisao B pr e ciso a foga r a noite e m gritos

1, d e luz P a r a a vo z d e tndos o s home ns

~

AtrAs d os ferros rla pr 1s a o t p r e ciso lut a r p e lo p~o das cri an

('::(aS sem pn o As cri .cn <;as c e b a r ri g a i n ch a d a De l ombr i ga e d e fom e .

( 0n~s imo Silvei ra)

7 .. ·--

Page 9: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

DEPO IS DE Al'•ANHA ~ 0 1 Q n·~ j'.;AIO - ----------------~ ----

-( c ont i n u a<_;;ao d a pag . (.2 )

'Vez Sao O S pais ana s .Ja me vi r<J.m . V€m para c~ na s c al ma s. 0 s sac a nas jul gam que e tr ig o limpo. "':u j a L1 es digo,sem p r e qu n ro ver a car a do s tipos qu and o l evar e m com a barra de f e rro.Deix a -os chega r mais p e r­to.

_Cal ma ,c amarad a ! ~6 s somos ami -gos.

Jo~o fica n a rnrlo ne surpr esa ' vo~ a b ar r a de ferro no a r,pr este s

:a desfe rir o g o l pe. "ixa e s pantado aquelas q u at ro c a r a s du r ame n te ma r c ac1as p e lo tr Rbal h o, q u e o fit a m a= trtig;lv eis e s e ri a s.

- A ma lt a ti n h a -t e visto e v J u os chuis.De ciclimos ct 6r-t e uma m~o. Ainc1 a t ens a i mais c a rt az es c amara d a ?Denois d e a ma nhE"i e d 1 Q cl e I'' a io 1

+++++++++++++++++++++++++++++++++++

SOBK~ Cl.TL TURA E AHT-r;;

na g . (;. )

I I t neste pl a no q u e a cultur a adqui I r e torlo o seu significa<lo par a. c a d a-

inrl.:i,virluo! !ntegr a <_;:;;;o e m s e u me io so cia_· , e i d ·2n tlifica 9a o com os probl.~-:' ma s fund a mentais e as aspira9~es da soci e rl a d e , e ace i ta9ao ou n rga9a o d~ P'osiib ilir1a0e rl e uma tr a nform a <;ao no s entirlo d o nr o g r Psso .

S Aj a ~u ~l for a su a f orma, a luta ~xig e a mobili z ~ 9 ao e a organiza9io ria ~r nrle m~l oria ri a po pul a 9~o, a uni dad e pnli t ica o mor a l das rlive~sas K

lcatego r ias soci a is, a l1q u i rla9ao pr~ 1 g ressiva rlos v es ti g ios cla me~talirla ... i cle trib a m e feud a l, a r e j 0 i9 ao rlas re . g r a s e do s t a bus sociais e r e lig io--incomna tiv e is com 0 caract e r racio~ e n ac ion a l rlo movimento libertad or,e

1

1 mu it as outras morlif~ca9~es profuncas n a vid a d a s popul a9 o e s.

I Iss o e t anto ma is c e rto qu anta a 1 rlinamica rla lu ta ex i g e a pr~tica da ! d e mnc raci a , d a cr itic a e da ~uto-cr_! ! tic n , a crescen te participag a o dasp2 I - ,.., ~ . . 1

1

. pul ~ 9nes na ge s t a ~ d.,a sua . pr~ pr1a v~ d a , a a l fabet i za9a o, a cr1 a 9 a o do e~ col a s e s o rvicos san i tt a rios, a for­

I rna 9 8 o de " q u acl ~os" e xtr a i dns dos me::io3 ' lu tn ce lib er t ;19,~o c~ um facto j campone s es e operarios, e outr a s t a.:!

e<Jse nc i a l rr-ente p8l i tico . P or eonse 1 t a s re a liz ac;:oes que implic a m e m g ra22 g uinte , s6 C8b e utiliz ;qr me todo:fp:£ 1 Cle a c e l era.gao oo p roc ess o cultural liticoa a o l ong o ri o seu Clesenvolvi I ria s ocied aCie . T udo isso torna cl a r8 mento. A cult u r a nf'lo e ne m pocle ser j qu e a lut a p e l a l iberta9ao nan e ap~ S-:i.mp_leSIUJULt e UITJa .ar ma_ OU W1l metO QO--J- nas urn f a c to cul tur_a l !}1 a S t a mbem Urn rle rlomin a <;; Fio rl e g r u p o c ont r a a do- ! f a ctor cl e cultur a . min a <;;ao e str a :l f :..-; ir a . "fc ul t nr <l e rr~i l :P a r a q u e '\ c u l tura cumn r n. o papol to mais clo que isso . ~om efe ito, a 1 que lh a corr e s u o nrl e n o ~ovim ento de escolh a , a est rutur a<;-a o e a de s e n - i lib 0 r t a g~o, es t e r1 c>v e estnb a l e c e r Volvim e nto clos met od os mai s adequ~ !com precis;O OS obj. e ctivos a alc a~9~ dos p a r a l ut a se b ase i a m no conhe- n o c am inh o p a r a r e conqu1sta rlo d1re~ cime nto concr e c t o d A r ea l i darle l o - l ~o povo que repr ese ~t a e que rlirige ca l e p edt i cul a rmente ria re a lirl a rl. e ! p a r a a poss e ri a su a p ropri n. his-f6ri 3 cultur a l. I e p ;::1ra a clis p osi9ao livr e cas su a s

1<~is po rqu e , P n r a o mov ir'lent o d e' for <;;a s proclutiv a s ,<10 mp. n C' ira que se lib e rt a<;;;;o e im prescind :fvel C~nce - ,l torne possi'\' Gl 0 c'!esen vo lvime nto Ul­d e r irnnortf1nc i a funcl E1r1e n t a l nao s 6 ·I terio r c'e u ma cultur a ma i s ric a , po-

l 8 s car a ct e ri st i c as ge r a is d a cultu i pul a r, n a cio 'l a l, cie nti.f1ca e univer r a ria so c ierl a cle do mi naria como t a m= I s r:~ l. b~m as cle c aci a c a tP e;o ri <t social. I n q~ e isp ort a ao movim e nto rl o ~i~ 1- 0rque a C U l tura , n10 SF10 t c>nri O CaraC I be rt :'\ <$ ~1 0 il ::-1 0 (>_ 0 8C'10llStr ·:1Y a 0Spe C1 f 1 ter . d e ma ss a s , nao e unifor me n e m- I cirl a cl e ou n ao espe cifici ri a de c1a cul­se rle senvol.v e de ma n ei.ra igu a l e m tur <t c1o povo , ill <-l S proce c1 er a a nalis e torl o s os sec t ores , h or i zont a is ou I c rit i c a rle ss a ~ ultur a , e m func;ao clas vertic a ls, cl a socied a d c . ! e xi g@ nci a s fa lut a e rio p r o gresso , o

A at i t ucl e e o compor t a mento d e t que p e rmitir & sit u ~ -l a , s e m complexffi C P cl a c a t cgori :=t ou rl e c ar-l a indivichn \ cle supcr iorid nr'!e ou ri~, inferioricl a ­e w r c l a c; a o a lu ta e a o s e u rlesenvcil! rl e n a civili z a<;; i::to un ivers a l , c omo paE_ vim ento clepenrl Pre, s c m rl~vica , de s~ : c o l a rio p a trim~nio comum ria humani da us in t e r o s s e s e c n n. 6 m i c o s , ma s t n rr:- ; 0 e , e n a pe r sp e c t i v a rl a s u a in t e g r a=··· bem s a o pr ofun rl a r>1e n tc infl uenc i a cbs ! gao h ;1 rmonio sa com o mu nclo act u a l." por su a cultur a . P orie-se a te a fir- J

mar qu e o que e x p lic a a s d i fo r (~n c;as. 'Pt1f-t U"r-"A CU~.TUL\ l"L0 GP ESSISTA de CO P1DO rt a mento rlos indiv {cl uo s nel ---- --· .

urr,a m e s t~:a cate g or1a social e m r e l_:2 j E P0 PULAF c;a o a n movi mento <1 c lib c r t a9~1o ' t~ a ! exist~ncia rle cl1fornntes n6veis cle cultur a cl entro ct es s a c a t egoria.

Page 10: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

f'oi f'ortemente espancado ate sangra.t.Inconsciente ainda,lhe atiraram como saco para o carro,no meio dos rnsgados,humildemente sentados.

Retomou a cabe<;a ja na prisao.~Jao se lembrava do o ntem,mas sentia dores.Com cacos de garrafa raparam-l.b.e o cabalo,avolumaram-lhe as maos

-com a palmat6ria e F1e deram farda •ul .o sono fazia-se no chao .Antes de . o sol r a iar os presos rumavam,sel'!l qualquer contesta<;ao,para o Panf,­guila e s6 ja noite ·voltavam. Joao Tl}hiuala, no regresso,cantava com seus irmaos no destine: "oso u~ n 'daHl 6 n t gongo uia bua Puera".

~ao era a conselhavel insultar ou desafiar os cipaios. Zelosos de-e mais,nao toleravam calcinhas. Sd chefe tinha mandado tratamento espe­cial para os refiloes.N ada d e truques.

r-1 uitos dias idos,mandaram os presos preparar a roupa,se lavarem bern. Era o dia cta liberta<;ao,pensaram.Cresciam nos oora<;oes amanhas diferen tes.C antavatt esperan<;as renovadas,Voltar a respirar ar lavado,reencon-: trar os filhos e as mulheres.Come<;ar nova vida •

.ZVias nao .Aind a n~o hav ia chegad o a 1 iberdade. Era o 28 de }faio que flutuava no porto,a espera deles.Havia de os levar longe,para S.Tome.

E partiram para as terras da explora<;a~.Joao Tchiual ~ nunc a mais voltou na terra dele,No trabalho ~rc'luo das ro<;as foi semeando a sua for<;a de Bailundo .No La.t!go do Santo Rosa a liberdade d e andar s6 li­vrem ente,ficou para sempre nas cordas do Puera.No negro massacre do ·­negro de S. Tome ,que nao queriam mais si.m senhor de escravo, Joao - · Tchiuala,bailundo de fazer r E' speito, tombou baleado,na c a be<;a morreu!

Era urn honrado chefe de fam:llia.Os filhos crescerain verticalmente, apontando um amanha digno para os negros.

( Boaventu.ra Cardoso )

--------

AGRESSAO YANKE~ REPnBLICA DOMINIC~NA

Fe~ e~ 28 de.A?ril,lo anos que os imperi a listas yankees invadiram a republ1.ca Dom1~1cana,para subjugar o Povo Dominicano,quando este . lu~ava pel~ ~ua 1~dependencia nacional. A e~ta invasao as for~as patri 6t1.cas dom1n1.c anas resistiram,mas cometendo graves erros foram derroto das.

Apr endendo com os seus pr6prios erros as for<;as populares e patri6 tic as avan<;am na sua luta para expulsar as agressores americanos e os seus lacaios internos.

VIV A A JUSTA LUTA DO POVO DOJvfiNIC.A..~O!

lvfORTE AO I.HPERIALI SI-10!

INDEPEND:WCIA NACIONA:L

0 POVO DO.!VJIN ICANO VENCER.t{

-- C)-· ~

Page 11: T!C!C de... · 2012. 10. 19. · t { All PELA tlBEl\T!C!C DOS C

/ \ J •• .... ,

f '

(\, I! · ..

Cabe9 2. r ~ p a~ a ,cob o rtor,cigarros e recom enda g~ es . Jo ~ o Tchiu a l a , d~ z~ss e is ~nos, partirA fa s terr a s fu B a ilundo par a o contrato ,no pl&>J"]al to mn l an jino. Trn.bab ~; lh a r rguzu no Xa n<'l e l, o al g oclao que e n riq l1ecia se - ·- - ' nhor patrao . De ma nh a n n oite na a

/,..- ... .... 1, }

' '-.... ___ .. /

terc e ir a . Foi n o Comboio manh~zi nha, avis a do antes seu compa dre Antonio, q u e muito t e mp o tinh a vida em Luan­da. Sem f a rnel, foi so na vi agem .J ! cl a sse e para pr e tos, t ern bancos de madeira e o ch e iro traquino da c a n­g onha . La f o ra a berrida da pais a -

panh a ~ a flor br ~ nc a . 0 c a pat3z gem . brc:1 nco n a r e smunguiss e , vigiav a a ~entro ja rl a noit e ,o comboio fez ma ngonh a . S6 ~ noite o n egro se a - p a r age m na est a 9 a o ctos muceques. vist av a como d es c a n s o esperad o. Gr a nde confus~o.Gritos urn monte.Ela

Muito temp o neste sofrimento ,Jo n~o conhecia Luanda.C a da qual ch a -ao Tc :1iu a la o corpo empalit a 0o.Nao· mava seu parente ou ami go . !l'lano .Ant6-ague n t a v a ma .is o So l na.sc e r e mor- nio eee !Ti a J'v!a:t'i a eee !Mano Joao eee! rer no servi9o. Precis :-1v a encontrar Mana Joao?Sera com sou eu?Nano Joao out ra form a fie g rmh a r f>nO . eee !Joao Tchiu a l a desce u desconfiado'

Certo clia, pecliu num c e.mionist:::t mas com firmesa na mala que agarrav a rlo algorl~o , boleia para :Hal ange f az a mala.Olhava na fr ente,olhava na-

f avor. l\1onanga mb 21 feito l a em ci- tra z.Logo -logo estava na multid~o. rn a da c a r g:-1 , foi lut n r outr a vi0 a . Responde s6 a um aceno distante e a

De a mbu l ou nas ru a s, s n ide di a mala,de repente,com urn ladr~o mer-vern Cl e noite, lh e d e r a m s e:rvic;o de gul h ando no e s curo • .Agarra!Agarra! quimb angule i ro. La em cimn. levar CL Ag arra lHabilid a de e peric ia de la• menta, ~~ em baix o c ~ rre gA r na be= dr~o ningu~m que desafia. to ne ir a , Clez angol a r es por s emana. Algum tempo passado~surgiu ent~o

0 t e mpo foi an0::tndo e Jo a o Tchi d co mpadre .Ant6nio a q e m ele falou o u a l a , i n t e lige n.ci a rl e p a sm a r, ap r eE; trist e acontecimento .Foi tudo na rna d e u com {~ ep r e ss a s e rvic;o rl e perlre~ la irmao!.:Me c assumutta.J['am a roupa e-a ro& A a cne i a tr ep :;:mClo e e l e s e upre papelada • .An t6nio procur av a manei :ra a s a b e r ma is. Na quela :1 rt e ningu em de a c a lm u. r o s e u cnmnadr e ,fcalta p ou nno lh e a rliant av n e nsi nn.meato. co para chor a r. Nao t e m mal, am a nha

Um a v ez apa r e c e u me stre d 'obr a s arranjas emprgo e comn ras outra rou do puto , muito br anco, parece na pa. terr a dele n 3 o ter CO ol . Cara demau E foram os a mi g os pelos caminhos tod a hor a f n l 'l r as n c i r a n o pessoal d o muceque. Co n v e rsanCio e falando l?ont apear ern h 2b ito c1o r ~ es tr e o Jo dos b andidos e l a dr0 e s que formiga-ao Tchiu a la n;; o a dmitia a b u sos.Quem v a m n a capital . t :a l ange nao er a as-s a b e voce 1 8. No 'l'ras dos }~1 ont e s an sim , tinh a g ente d e ed ucac;ao. ChagE: d <:Jv a s C3.v a r baiat a s . Eu sou preto r am e Clepress a s e fizeram ao sono. ma s tu co mi go n~ o f a z e s f a ri nha t 0 Jo~o Tchiuala comec;ou a tentarno mes t r e fie ou enc r~ r n ::H.-1 o n a c a r a rl e 1e, v o emprego . Tocl o s os r1 i a s ia ~ Pai:: pr o to de s a fL1 br ;:mco? T<:nf'iou-lhe ..£1 x a , emp r ego nao t ern . Depo is subi a a t a o Uill e st :-1 10. !J pedPe i r o r apio o 0 peaS subid a s tod a S ria ciclade. f) S fi decic1ido , b ac; ulou o westre. Vier am lhos chateavam-lhe s e mpre o pensa-entao b ez ugos s e cundar n n ofensiva menta. do me stre de obras . ~ ~ as Tchiu <:t l a , .i Q.uando um dia i a busc a r soluc;ao

i na 0e f e sa firme , ia r es istindo. Qu- ! p a r a os s e us probl emas, viu grande ancl o a s for g '~\ S fic arom pouc a s, con i confus ao no La.rc;o San t o Rosa . Mui tas s eguiu e sc a par-s e esp ,:1ntos o:~mente , c arnion e t a s e homens em fila co1;, as mas ant es fe z sangu e n a l g uns a rlvP_£ mn.os E-~.•. tr a z d a s cost a s. Al guns ber s arios. ros. Er a uma conc entr ac;a o d e rusga-

Noite a v a nc; a d a , che~ou ~cas~ dos. Tchiun.l a firmou o p a sso, s a li-corpo m ,~go :Jdo. Amulh e r n e rvosa fez e ntou o peito e foi a..n.danclo . I1epois: tr a t a monto n e l e . No d 1 a seguinte pst 6 calcinhas t Ele nan lhe f ez c a foi f)r o c ur a r outro e mp r ego. Andou, so nenhum . tl . tu a it Comig o? Vern c1 a n d ou, s .-, rvigo n. :1d <-"~ . ils miuclos cho me u r a p a zinhot Jo ~o Tchiu n. la n a ogo~ r a min g .:wam ma ma n.a b a rriga tern fcni3. t a va que lhe f a lt a ss e m r e sp e ito. S e Jo a o T chi u a L"l n?lo dormit:l com pazno d a v a bem com to rla a gente, era um cor ~ c;a o. Er a urn ch e f e cle f a mili a . chefe d e f a milia . Porqu 6 chama r ra-Tinh a d0 ar r an j a r e mpr ego, um ho - pazinho? C o m a s pernas a xinguil a r, memo v adiar s empr e 6 feio . A honr a se anrnximou. ~nc ument o s ? Na o t e rn d e l e ostav a mes mo no tr a ba l h o. Os ~ Sub a 1 v·as ••• S u ba me 1 6 Guduma arr~ mi ~os a cons e lhav am ir a Luanda v;r i a j :~ ne sse g a jol Com Poeira nao se s e t e rn emprego p a r a chnfo de f am1- h rinca. 0 chimb a , porem, j~ no pas-li a . s o e x ec utivo da ordem , sent iu na c~

Bate a qui, b a t e a li, arran jou ili r a o punho energico clo bailundo que, n he i ro p a r a 8S p a ss agens n a cl a sse / .' r ·· ,log-o rapic'lo, par todOS OS chimbaS

-- -- ij ! -- (con t. pag . 9) ; '..._.-/