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FACULDADES ASSOCIADAS DE SANTA CATARINA – FASC FACULDADES DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA REGIÃO CARBONÍFERA -
FACIERCCURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
SANDRA REJANE JOAQUIM CIPRIANOTIAGO KAMERS
A IDENTIFICAÇÃO DAS CORE COMPETENCES DO ANALISTA DE REDES SOCIAIS: UM PROCEDIMENTO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DE GESTORES
CRICIÚMA, 2010
SANDRA REJANE JOAQUIM CIPRIANOTIAGO KAMERS
A IDENTIFICAÇÃO DAS CORE COMPETENCES DO ANALISTA DE REDES SOCIAIS: UM PROCEDIMENTO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DE GESTORES
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Programa de Graduação em Sistemas de Informação das Faculdades de Ciências Econômicas da Região Carbonífera como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação.Prof. Orientador: Thiago Henrique Almino Francisco, Esp.
CRICIÚMA, 2010.
SANDRA REJANE JOAQUIM CIPRIANOTIAGO KAMERS
A IDENTIFICAÇÃO DAS CORE COMPETENCES DO ANALISTA DE REDES SOCIAIS: UM PROCEDIMENTO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DE GESTORES
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado e aprovado para obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação no Programa de Graduação em Sistemas de Informação das Faculdades de Ciências Econômicas da Região Carbonífera – FACIERC.
Criciúma, ___ de novembro de 2010.
_________________________________Prof. Nacim Miguel Francisco Junior.
Coordenador do Curso
Banca Examinadora integrada pelos professores:
_________________________________Prof. Thiago Henrique Almino Francisco, Esp.
Professor Orientador
__________________________________Prof. Nacim Miguel Francisco Jr. , MSc.
Membro
__________________________________Prof. Rafael Darosci Henrique, Esp.
Membro
DEDICATÓRIAS
Dedico este trabalho ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, Jesus Cristo, por
ter me dado força e graça para concluir mais este desafio em minha vida. Ao meu
esposo Jovânio Cipriano que com todo seu amor soube respeitar e compreender
meus momentos de estudo; as minhas filhas Khetully e Giovanna Cipriano por
entenderam a minha ausência e aos meus pais por me darem oportunidade de hoje
estar aqui realizando este sonho.
Sandra Rejane Joaquim Cipriano
Dedico esta monografia a Deus por toda força e sabedoria, aos meus pais, os
quais amo muito, pelo exemplo de vida e família e aos meus irmãos por tudo que me
ajudaram até hoje.
Tiago Kamers
AGRADECIMENTOS
Eu, Sandra Cipriano, quero agradecer em primeiro lugar ao grande Rei e
Senhor Jesus Cristo. Quero louvá-Lo por este trabalho, o Deus da minha vida e da
minha salvação, pois sem Ele nada se pode fazer.
Também quero agradecer minha querida família, meu esposo Jovânio
Cipriano e minhas filhas Khetully e Giovanna Cipriano, por terem tanta paciência
comigo neste período turbulento. Agradeço a meus pais por sempre me
incentivarem a estudar, e mesmo com um pouco de atraso consegui chegar até
aqui.
Agradeço de coração ao nosso orientador Thiago Francisco, que me
proporcionou oportunidade de crescimento, com sua sabedoria e dedicação,
compartilhando seus conhecimentos como professor e orientador que nos seguirão
em todo percurso da vida.
Agradeço ainda a todos os professores que nesta longa jornada contribuíram
para eu chegar até aqui.
Também não posso deixar de agradecer ao meu amigo Tiago Kamers por ser
tão paciente comigo, e assim podemos chegar até o final deste trabalho, já com
saudades.
Eu, Tiago Kamers agradeço a Deus pela vida e pela oportunidade de
expressão que tem permitido.
Aos meus familiares que tem sido a grande motivação de vida: Mãe, Pai (in
memoriam), Jane e Magno.
A minha amiga e colaboradora deste trabalho Sandra pela dedicação e
motivação na realização do mesmo.
Ao nosso orientador Thiago Francisco, que tanto nos incentivou e contribuiu
com seus conhecimentos acerca do tema.
“O Networking social que importa é aquele que ajuda
pessoas a cumprirem seus objetivos. Fazer isso
repetidamente e de maneira confiável ajudará você a
atingir suas próprias metas”
Seth Godin, Seth’s Blog
RESUMO
Cipriano, Sandra Rejane Joaquim; Kamers, Tiago; AS CORE COMPETENCES DE UM ANALISTA DE REDES SOCIAIS. 2010. P.88. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Sistemas de Informação, FACIERC, Criciúma.
Este trabalho tem como objetivo principal identificar as core competences de um analista de mídias sociais por meio da contribuição de gestores, mostrar o impacto e a relevância das mídias sociais nas organizações da era do conhecimento. Investigar a contribuição da tecnologia da informação na consolidação das mídias sociais e manifestar de que modo a geração Y contribuiu com sua massificação. As Redes sociais são um meio de comunicação entre as pessoas onde o computador é o intermediário. Seu crescimento se deu em um ritmo bastante acelerado alterando a forma como as pessoas veem e utilizam a internet. A popularização deste conceito fez despertar nos administradores a utilização dela nas empresas como ferramenta para alavancar seu faturamento na consolidação de seus objetivos estratégicos. A inserção das mídias sociais no ambiente corporativo fez originar a necessidade pela criação de um novo cargo chamado de Analista de Redes Sociais. Identificar quais os conhecimentos e capacidades inerentes a este novo cargo tornou-se fundamental para alinhar suas atividades com os objetivos do negócio. As core competences são as principais competências que este analista deve possuir para exercer tal profissão que diante da contemporaneidade do assunto não existem muito estudos baseados na definição das principais características do cargo. Para tanto será desenvolvido uma pesquisa qualitativa, descritiva por meio de questionário com 10 questões aplicado a amostra proposital de 12 gestores em organizações de diferentes segmentos. Os resultados permitem concluir, entre outros aspectos, que a identificação das competências essenciais contribuirá para o desígnio das core competences que compõem o perfil deste analista cooperando na consolidação das metas estratégicas das organizações.
Palavras-chaves: Core competences, mídias sociais, Analista de redes sociais, Tecnologia da Informação.
ABSTRACT
This work has as principal objective to identify the core competences of a social medias` analyst through contribution of managers, to show the impact and the relevance of social medias at organizations in knowledge age, to investigate the contribution of technology of information in the consolidation of social medias and to manifest in a way the generation Y contributes to its massification. The social nets are a way of communication between people in which computer is an intermediary. Them growth happened in a many accelerate rhythm, changing the way how people see and use the internet. The popularization of this concept awaked in the administrators its utilization in the enterprise like instrument to augment rapidly their turnover is consolidation of their strategic objectives. The insertion of social medias at corporative environment originated need of creation of a new load entitled Social Medias` Analyst. to identify what is knowledge and capacity inherent in the new load become fundamental to align its activities with objectives of business. The core competences are the principal competences what this analyst needs have to exercise this profession who in the presence of contemporaneousness of the subject, there are not many studies about the definition of principal characteristics of load. So a descriptive and qualitative research will be developed through questionnaire with 10 questions applied in an intentional sample with 12 managers in different segments. The results permit concluding, between others aspects, that a identification of essential competences will contribute to the purpose of core competences who compose the profile of this analyst, co-operating at consolidation of strategic marks of organizations.
Keywords: Core competences, social medias, social medias’ analyst, technology of information.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Gráfico 2
Gráfico 3
Gráfico 4
Gráfico 5
Gráfico 6
Gráfico 7
Segmentação e Tempo de Atuação da Organização no Mercado..
Quantidade de Funcionários das Empresas Entrevistadas.............
Percentual de Utilização das Redes Sociais pelas Organizações..
Iniciativa e Determinação................................................................
Estímulo à Inovação........................................................................
Relacionamento Pessoal.................................................................
Conhecimento Técnico....................................................................
67
68
69
72
72
73
74
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Quadro 2
Diferenças entre a Web 1.0 e Web 2.0.......................................
Competências Humanas no âmbito das organizações...............
48
75
SUMÁRIO
1
1.1
1.1.1
1.2
1.2.1
1.2.2
1.3
2
2.1
2.1.1
2.1.2
2.2
2.3
2.3.1
2.3.2
2.3.3
2.3.4
2.4
2.4.1
2.4.2
2.4.3
2.5
2.5.1
2.6
2.6.1
2.6.2
2.6.3
INTRODUÇÃO................................................................................
PERGUNTA DE PESQUISA...........................................................
Tema...............................................................................................
OBJETIVOS....................................................................................
Objetivo Geral...............................................................................
Objetivos Específicos...................................................................
JUSTIFICATIVA..............................................................................
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO..............................................
A Evolução da Tecnologia da Informação..................................
Aplicação da Tecnologia da Informação....................................
A ORGANIZAÇÃO NA ERA DO CONHECIMENTO.......................
O CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
(SIS)..............................................................................................
Perfil do Egresso..........................................................................
Áreas de Abrangência..................................................................
Experiências Práticas...................................................................
Estágio Curricular Supervisionado e TCC.................................
O PERFIL PROFISSIONAL DO ANALISTA DE SIS......................
O Analista de Sistemas de Informação.......................................
Características do Analista de Sistemas....................................
Formações e Principais Atividades do Analista de SIS............
A CONJUNTURA ATUAL DO MERCADO DE TRABALHO NA
AREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) .........................
Formação Acadêmica X Experiência Profissional.....................
DEFINIÇÃO DE CORE COMPETENCES......................................
Conceito de Competências..........................................................
As Competências Essenciais da Organização e os Ativos
Intangíveis.....................................................................................
Métodos e Técnicas de Mapeamento de Competências na
Organização..................................................................................
13
14
15
15
15
15
15
19
19
20
21
22
24
25
26
26
27
27
29
30
31
32
33
34
35
36
38
2.7
2.8
2.8.1
2.8.2
2.8.3
2.9
2.9.1
2.9.2
2.10
2.10.1
2.10.1.1
2.10.1.2
2.10.1.3
2.10.2
2.11
2.11.1
3
3.1
3.2
3.3
4
4.1
5
A DEMANDA POR PROFISSIONAIS QUALIFICADOS.................
REFLEXÕES SOBRE O PROFISSIONAL DA GERAÇÃO Y.........
O Nascimento de uma Nova Geração.........................................
Características da Geração Y......................................................
A Geração Y no Mercado de Trabalho........................................
ASPECTOS EVOLUTIVOS DA TI: A WEB 2.0...............................
História da Internet.......................................................................
WEB 2.0..........................................................................................
AS REDES SOCIAIS......................................................................
Sites de Redes Sociais.................................................................
Orkut..............................................................................................
Twitter............................................................................................
Facebook.......................................................................................
A contribuição das Redes Sociais na Consolidação das
Estratégias Organizacionais........................................................
A PROFISSÃO EMERGENTE: O ANALISTA DE REDES
SOCIAIS.........................................................................................
Atividades do Analista de Redes Sociais...................................
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS.......................................
TIPO DE PESQUISA E ABORDAGEM METODOLÓGICA............
POPULAÇÃO DA PESQUISA E AMOSTRA..................................
INSTRUMENTO E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA.............
ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS.........................................
CONCLUSÃO.................................................................................
REFERENCIAS..............................................................................
APENDICE A..................................................................................
40
41
41
43
44
46
46
47
50
52
52
54
55
56
58
59
61
61
64
65
66
66
76
78
86
13
1 INTRODUÇÃO
Com a evolução da Internet, principalmente na forma como as pessoas
passaram a tirar proveito de seus recursos, criou-se um novo tipo de mídia na
sociedade, onde por meio do compartilhamento de opiniões por intermédio de redes
computacionais, é possível divulgar produtos, marcas e serviços de empresas e
pessoas.
Esta então chamada de mídia social hoje está presente em todo o mundo
devido à rápida popularização que este conceito vem ganhando. As pessoas estão
cada vez mais inseridas nas mídias no decorrer de sua evolução podendo estar
conectadas em casa, no trabalho, nas escolas ou em qualquer lugar por meio de
computadores e dispositivos móveis, sendo os próprios usuários os principais
agentes responsáveis pelo seu crescimento.
A Internet tornou-se palco de uma revolução na forma de como é utilizada.
Empresas começaram a enxergar o potencial desta nova ferramenta e criaram
estratégias específicas para tirar proveito desta tecnologia. A utilização das mídias
sociais no ambiente corporativo traz uma série de vantagens competitivas as
organizações que usufruem de seus recursos, tais como, diminuição de custos,
agilidade na criação e execução de campanhas de marketing, constante feedback e
obtenção de resultados rápidos.
Do surgimento das mídias sociais e sua inserção no âmbito empresarial
nasceu a necessidade da criação de um novo cargo a ser ocupado, também por um
novo modelo de profissional. Este deveria ter certas características como, por
exemplo, boa comunicação, conhecimentos técnicos e estímulo à inovação. Assim
ele foi denominado Analista de Mídias Sociais.
O progresso da tecnologia da informação fez com que os indivíduos na era do
conhecimento fossem classificados em diversas gerações. Os integrantes da
geração Y chamados de nativos digitais são considerados os responsáveis pela
massificação das redes sociais. Possuindo características inerentes ao seu perfil
como boa comunicação, sede de informação e de conhecimento.
A identificação das principais atividades que compõem a rotina de trabalho
deste analista induz a busca pelos conhecimentos que o mesmo deverá possuir para
tal finalidade. Para as empresas é imprescindível traçar um perfil de cargo onde
deverão estar inseridas as capacidades que o indivíduo deverá ter.
14
No meio administrativo muito se fala do termo competências. As
competências são habilidades que cada indivíduo deve buscar e desenvolver em
seu processo de evolução como ser humano e profissional. Além da descrição das
atividades que o cargo irá solicitar, os gestores criaram um perfil onde são listadas
as competências requeridas para encontrar o profissional ideal que atenda as
qualificações específicas da profissão.
Core Competences são principais competências que o indivíduo deve
priorizar ao seu currículo a fim de estar atualizado conforme as exigências das
organizações na era do conhecimento. Ao serem identificadas, torna-se mais fácil
encontrar os trabalhadores que atendam os requisitos exatos e preencher vagas
com eficiência.
A inexistência do mapeamento das competências pode comprometer o
modelo de gestão ao deparar-se com uma atuação negligenciada frente às
principais características do perfil de cargo, afetando diretamente os resultados
esperados bem com os objetivos estratégicos.
Diante desta realidade, mapear os conhecimentos, habilidades e atitudes, que
convém ao desenvolvimento de uma organização, propicia uma descrição correta de
seus objetivos estratégicos e sua execução, além de contribuir com a participação
concreta do analista nos resultados obtidos.
1.1 PERGUNTA DE PESQUISA:
Por meio da contribuição dos gestores, evidentemente a partir do auxilio da
pesquisa, o trabalho visa evidenciar aspectos que permitam identificar as core
competences do profissional que trabalha com as novas tecnologias da informação.
Neste contexto, o trabalho tem como problemática a seguinte questão: A partir da
contribuição dos gestores, quais são as core competences de um analista de redes
sociais?
15
1.1.1 Tema
O desenvolvimento das core competences dá-se por meio de aprendizagem,
que envolve respectivamente a assimilação de conhecimentos e a obtenção de
habilidades cognitivas, habilidades psicomotoras e a internalização de atitudes. E
uma vez desenvolvida, a competência gerencia as necessidades da organização,
tornando-se fonte para aquisição de vantagem competitiva e sustentável
(CARBONE, et al, 2008; p.97)
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral:
O Objetivo geral é estabelecido em: Identificar as core competences de um analista de mídias sociais por meio da contribuição de gestores
1.2.2 Objetivos Específicos:
Descrever, por meio de uma pesquisa bibliográfica, a relevância das core competences para a organização da era do conhecimento;
Investigar a contribuição da tecnologia da informação na consolidação das mídias sociais nos dias atuais;
Identificar de que modo a geração y contribui para a massificação das mídias sociais na contemporaneidade;
Identificar qual o impacto das mídias sociais nas organizações contemporâneas;
Conhecer o perfil de profissionais que trabalham com mídias sociais.
1.3 JUSTIFICATIVA
Atualmente vive-se em uma era onde a informação e a tecnologia passam por
mudanças constantemente. O que há pouco tempo atrás era moderno hoje já está
ultrapassado. Não é diferente com as profissões, pois com o avanço da tecnologia e
16
com consumidores cada vez mais exigentes, torna-se necessário que o profissional
esteja ainda mais preparado e inserido neste mercado tecnológico.
Por este motivo deve-se estar sempre atualizado e acompanhando as
tendências inovadoras, principalmente em se tratando da área de Tecnologia da
Informação (TI), para que não se torne superado em relação a este novo perfil de
profissional que o mercado atual exige.
Ainda neste contexto de inovação, destaca-se uma área que vem crescendo
numa velocidade extraordinária: as Redes sociais.
De modo geral, as Redes sociais já existem desde o início da humanidade,
visto que o homem, um ser social, enseja o convívio com a família, com os amigos e
colegas, e a troca de informações entre si, formando uma rede social.
Com a chegada da Internet foi possível expandir estas redes geograficamente
e por meio de correios eletrônicos as pessoas começaram trocar informações, a
princípio nas universidades e por fim em cada lugar do planeta aonde a internet
chegasse, caracterizando assim as Redes sociais virtuais.
Nestas Redes sociais, a maioria das pessoas participa apenas por diversão e
lazer, como no Orkut, Facebook, Twitter, etc., e a intenção é fazer novas amizades
no mundo virtual e manter atualizadas as já existentes tanto no mundo real como
aquelas feitas na Rede, pois com o tempo hoje tão escasso fica mais fácil se
comunicar e se expressar por meio destas Redes sociais, onde a informação se
espalha muito rapidamente.
Então as pessoas deixam nestas Redes seu perfil exposto, com dados
pessoais, como idade, sexo, grau de instrução, além de fotos, preferências por
determinadas áreas e assuntos, participando de comunidades que revelam seus
interesses e pensamentos.
O que muitos não imaginam é que “infiltrados” nestas Redes estão pessoas
ligadas às organizações, checando seus dados e preferências para assim usarem
no aperfeiçoamento ou lançamento de suas marcas e produtos.
Atualmente algumas organizações conseguiram enxergar este novo nicho de
mercado no meio dessas Redes que vieram para ficar.
De posse destas informações que ficam compartilhadas e sem nenhum custo,
em alguns casos são restritos a “amigos”, mas é de fácil acesso, o que as
organizações precisam é apenas de um bom profissional na área de conhecimento e
tecnologia, surgindo assim o cargo de Analistas de Redes Sociais.
17
Mas será que existem profissionais capacitados para ocuparem tais cargos
nas organizações? E quais as principais competências esses profissionais devem
possuir para ocuparem esses cargos? Quais seus conhecimentos, habilidades e
atitudes para realmente fazerem a diferença nas organizações utilizando as Redes
sociais? Para responder estas perguntas é que foi proposto o estudo sobre este
tema, as core competences do Analista de Redes Sociais.
Por meio de pesquisas e estudos sobre o tema, espera-se obter
conhecimentos que se faça entender e compreender a importância dos
relacionamentos pelas Redes sociais, e o porquê das empresas estarem atualmente
investindo tanto em mídias sociais, fato que há pouco tempo não existia.
É importante descobrir o perfil do profissional capaz de ocupar este cargo de
Analista de Redes Sociais, antes pouco difundido no mercado, e com as core
competences definidas fica ainda mais fácil de avaliar os próprios colaboradores que
já trabalham na organização e realocá-los, se for o caso, neste novo espaço que
vem surgindo e que contribui muito para o marketing, utilizando-se fortemente da
Tecnologia da Informação (TI).
Também poderá a organização, analisar o perfil do profissional que já ocupa
este cargo e não está trazendo o retorno esperado, e concluir que isto aconteça
talvez pelo funcionário não possuir as core competences necessárias para a função
e ao mesmo tempo para as organizações que ainda não enxergaram este nicho de
mercado, possam despertar e perceber o quanto empresas estão lucrando com esta
nova forma de pesquisa.
Por outro lado, na busca de satisfazer a demanda de um mercado cada vez
mais exigente, o profissional, muitas vezes, tende a assumir características distintas
das normalmente vistas em seu currículo. Este profissional como agente
transformador de mercado, deve estar atento às mudanças e tendências de sua
profissão, cada vez mais rápida e dinâmica.
Um bom exemplo disto, como citado, é o crescimento e a divulgação das
empresas e suas marcas por meio digital das Redes sociais, que vem despertando o
interesse das organizações de forma geral, nas quais são alvos de um tipo de
pesquisa que busca classificar os indivíduos em segmentos que podem ser
direcionados, de maneira mais qualificada, aos objetivos de público alvo. Dentro
deste contexto, surge a necessidade de identificar as core competences de um
analista de Redes sociais, que tem por objetivo, mostrar o diferencial exigido por
18
uma empresa que deseja este profissional. Muito mais que um técnico na área de
Sistemas de Informação, este profissional precisa, dentre outras habilidades, ter um
grau de relacionamento pessoal distinto, já que estará lidando com comportamento
humano:
Tal fato proporciona ao entorno uma visão humanística, consistente e crítica do impacto de sua atuação profissional na sociedade, tendo estas concepções como preponderantes às mais diversas aplicações sociais e análise crítica dos mecanismos de dominação tecnológica e/ou comercial. (FACIERC, 2009).
Este trabalho representa uma abordagem em relação à área de atuação do
profissional da TI, e nos remete a problemática que norteia este estudo: Quais as
core competences de um analista de Redes sociais.
Por meio deste, se perceberá que muitos dos requisitos esperados de um
analista de Redes sociais estão intimamente ligados a conhecimentos sobre
comportamento humano.
Por muito tempo se teve uma visão de que os profissionais da área de TI,
mais precisamente da informática, eram profissionais apenas técnicos por lidar
exclusivamente com máquinas; trabalhavam numa sala à parte da organização,
denominada Central de Processamento de Dados (CPD) e seu relacionamento com
pessoas era restrito já que sua função basicamente se resumia em cuidar dos
hardwares e softwares para que estes funcionassem perfeitamente.
Hoje, em geral esses profissionais já foram extintos das organizações. Com a
globalização, onde empresas estão espalhadas por diversos países e mercados, as
organizações estão descentralizando e precisam de profissionais que além de
entender de informática sejam capazes de transformar esta ferramenta em favor dos
negócios da empresa para que seus objetivos sejam alcançados.
Tem-se no analista de Redes sociais um profissional que precisa entender
muito da TI, pois seu principal instrumento de trabalho é a internet, mas também tem
que entender do negócio da organização, saber claramente quais seus objetivos e
suas estratégias, além de conhecer a cultura da empresa. Ainda este profissional
precisa ter diversas habilidades, como lidar com pessoas para conseguir extrair das
Redes sociais informações capazes de suprir estas necessidades chegando ao
objetivo final, que é o lucro.
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Nos departamentos das organizações tem-se ouvido muito falar no termo
Tecnologia da Informação (TI), mas nem sempre o termo é colocado da maneira
correta. Existem diversas definições para Tecnologia da Informação, autores tentam
explicar à sua maneira o que seria a TI, mas é difícil defini-la por completo, pois se
trata de um tema bastante abrangente.
Turban (2004, p.49) dividiu o tema em cinco categorias principais: hardware;
software; banco de dados e sua administração; telecomunicações e redes; e
internet. Semelhantemente, Morton (1991) define TI como “tecnologia da informação
é composta pelos seguintes elementos: hardware, software, redes de comunicação,
workstation(...) , robótica e os chips inteligentes”.
No entanto Tecnologia da Informação vai muito além que hardware, software
ou comunicação de dados. Para Garcia (2010), na maioria das vezes quando
alguém escuta falar em TI, logo se remete a computadores e aparelhos modernos,
no entanto, isto também faz parte, só que existem processos, informações,
desenvolvimentos de sistemas, suporte operacionais, pessoas e outros elementos
envolvidos.
Tecnologia da Informação é inovar, de forma criativa, o modo que levamos dados as pessoas certas, no lugar certo e no momento certo, de forma que estes dados possam ser rapidamente interpretados pelo receptor (que é quem gera a informação), aumentando consideravelmente as chances de uma decisão ser tomada corretamente. (GARCIA, 2010)
Para Foina (2001, p. 31) “[...] a Tecnologia de Informação é um conjunto de
métodos e ferramentas, mecanizadas ou não, que se propõe a garantir a qualidade
e pontualidade das informações dentro da malha empresarial.”.
Com a popularização dos microcomputadores nas últimas décadas, a palavra
informação tomou nova forma. O que antigamente era algo que passava de pessoa
para pessoa ou fatos e acontecimentos que chegavam ao destino por meio de
20
receptores já com certa defasagem, hoje se tornou algo valioso para as
organizações, para muitas valendo mais do que o próprio capital físico.
Já Tecnologia, por sua vez, é tudo aquilo que possa facilitar o trabalho,
tornando-o menos cansativo e de uma forma mais simples. Conforme Garcia (2010),
“tecnologia deve nos remeter as inovações criadas para resolvermos problemas que
enfrentamos diariamente.”.
Deste modo, extrai-se da idéia de Garcia que a Tecnologia da Informação
seria um meio de facilitar a forma de que as informações são expostas, se utilizando
de todos os meios possíveis, sejam hardwares, softwares, pessoas, redes, enfim,
desde que a informação chegue ao momento correto e o problema ou situação
possa ser resolvido, mudando o rumo e abrindo novos caminhos para que o objetivo
proposto pela organização seja sempre alcançado.
2.1.1 A Evolução da Tecnologia da Informação
O homem sempre buscou conhecimento, seja para sua própria sobrevivência
ou para facilitar as relações e interesses particulares e sociais. Com o crescimento
populacional e dificuldades advindas como fruto da competição capitalista, buscou
meios de tornar-se mais produtivo e sobreviver à concorrência do capitalismo
moderno.
De acordo com Rangel (1999), a primeira fase da era da informação se deu
por volta dos anos 50, quando o presidente americano Dwight Eisenhower anunciou
a criação da ARPA, Advanced Research Projects Agency, agência do departamento
de defesa, com o objetivo de desenvolver e pesquisar alta tecnologia para as forças
armadas. Existia dentro da ARPA uma divisão denominada IPTO (Information
Processing Techniques Office), chamada na época de “processamento de
informação”, e seu diretor, J. C. R. Licklider acreditava que os computadores
forneceriam as pessoas um acesso ilimitado a informação e a outros indivíduos que
compartilhassem seus interesses.
Cortês (2008, p.1) afirma que “a substituição de pessoas por máquinas,
procurando agilizar a execução de tarefas e a automação de processos, vem
ocorrendo de maneira acentuada desde a Revolução Industrial (Inglaterra, século
XVII)”. Segundo o autor, a atividade do primeiro sistema de armazenamento de
21
informação se deu no inicio dos anos de 1800, quando o francês Joseph Marie
Jacquard construiu uma máquina de tear comandada por placas perfuradas e
enfileiradas, onde era possível controlar os teares que começaram a fazer desenhos
preestabelecidos.
Para Foina (2001, p. 14), “A Tecnologia de Informação nasceu com o uso dos
computadores nas empresas e organizações. Antes do processo de mecanização do
fluxo e tratamento das informações, elas eram produzidas em memorandos, tratadas
na forma de planilhas e tabulações, datilografadas e distribuídas por meio de
malotes.”.
Desde então a Tecnologia da Informação vem evoluindo e o homem deixa de
fazer as tarefas manualmente e passam a desenvolver ferramentas para auxiliar na
eficiência, qualidade e rapidez dos processos.
2.1.2 Aplicação da Tecnologia da Informação
A Tecnologia da Informação (TI) pode ser considerada uma forma de se
resolver problemas do cotidiano por meio de recursos computacionais. “A utilização
de softwares é reconhecida como uma importante ferramenta para impulsionar,
modernizar e, consequentemente, aumentar a competitividade dos setores
produtivos nas organizações contemporâneas.” (Dalla Lana, 2009).
Softwares hoje são criados para solucionar os mais diversos tipos de cálculos
e agilizar tarefas para as pessoas.
Neste contexto, a TI desempenha um papel relevante no desenvolvimento
das organizações, pois é com o auxílio de suas ferramentas que hoje são realizadas
a maior parte das tarefas dentro das empresas, revelando sua extrema importância.
Para atender esta demanda por informação as empresas precisam de
profissionais especializados em tecnologia, pessoas capacitadas e sempre
atualizadas com o que há de mais moderno no mercado.
De acordo com Turban (2004), a tecnologia da informação proporcionam
vantagens competitivas e estratégicas diretas para as organizações, pois criam
aplicações inovadoras.
22
Ainda segundo o autor, a TI é um fator importante na redução dos custos,
pois a inovação nos preços muitas vezes é uma força motivadora na obtenção de
vantagem estratégica.
A Wal-Mart utiliza a TI extensivamente, tanto para se defender dos concorrentes quanto para criar serviços inovadores e conseguir redução de custos, principalmente nas diversas etapas de sua cadeia de suprimentos. (TURBAN, 2004, p. 97)
Um exemplo visível da redução de custo por meio da utilização da TI seria a
compra de produtos pela internet, onde os preços são bem mais atrativos do que se
comparado com a loja física.
2.2 A ORGANIZAÇÃO NA ERA DO CONHECIMENTO
A estrutura organizacional sofreu profundas mudanças nas últimas décadas.
Acompanhando desde o período da Revolução Industrial, onde a força da
organização se manifestava por meio do seu contingente de empregados e seu
parque industrial, buscando alcançar os objetivos propostos pela produção em
massa de seus produtos, tem-se neste caso uma visão muito simplista dos conceitos
que regem as atuais organizações.
Isto remete ao comentado pelo autor Toffler (1972), onde no começo da
tecnologia da industrialização exigiam-se seres humanos sem pensamento próprio,
como robôs, que realizassem tarefas altamente repetitivas, enquanto a tecnologia do
amanhã assumiria estas tarefas e o homem tomaria para si as funções que
exigissem julgamento, habilidades interpessoais e imaginação.
Com a entrada do conceito de serviço como produto, foram tomadas algumas
iniciativas no sentido de aprimorar a forma como as organizações regiam seus
controles sobre os departamentos.
Foram criados outros segmentos que não estavam ligados a linhas de
produção, mas sim a conjuntos de funcionários prestando serviços. Estes por sua
vez, eram inseridos dentro da organização para desempenharem um papel que
muitas vezes era rotineiro, continuo e abordava somente os conhecimentos técnicos
do individuo.
23
Fazendo-se uma abordagem das organizações dentro de um enfoque atual,
onde a informação é imprescindível para sua manutenção, e o conhecimento gerado
dentro destas organizações tem uma valorização contínua dentro dos seus
processos, dando as organizações atuais uma grande vantagem em relação aos
modelos anteriormente comentados, que são o fato destas organizações viverem na
era da informação e do conhecimento.
Dispondo de tal vantagem, cada modelo de organização atua de maneira
distinta na transformação destes dados em conhecimento que deve ser aplicado
conforme suas necessidades. De acordo com Francini (2002, p.3):
As grandes mudanças nos cenários de atuação das empresas, tanto públicas quanto privadas, em especial nesta Era da Informação e Conhecimento, nos permitem imaginar que uma fonte de vantagem competitiva nas empresas é seu ativo intangível ‘conhecimento’, e a efetiva gestão e aplicação deste ativo na expectativa de sua conversão em resultados.
Apesar da grande quantidade de informação e da relativa facilidade de
processamento destas, cada organização tem que dispor da capacidade intelectual
de seus cooperadores para transformar estas em conhecimento que possa ser
aplicado.
Não é uma tarefa fácil, pois se depende muito do próprio conhecimento tácito
de cada um que vai direcionar e coordenar esta gestão de conhecimento e tem que
ter necessariamente muito relacionamento com os processos da organização. Só
então, se conseguirá atingir os resultados desejados através da aplicação do
conhecimento adquirido em prol do crescimento da organização.
Conforme descreve Coutinho e Ferraz (1994), a forte concorrência requer da
força de trabalho aptidões e atitudes que defendam a maior integração no processo
produtivo. Deste modo, o trabalho passa a ser visto como um ativo a ser valorizado
e não como item de custo. Ainda segundo os autores, o treinamento é essencial e
intensivo, prevalecendo a multifuncionalidade, sendo que há a necessidade de se
conhecer todo o processo produtivo sendo assim valorizada a competência de
resolução de problemas.
Isto faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso, entre crescimento e
estagnação dentro das organizações, sabendo disto, elas buscam cada dia mais
métodos que possam satisfazer de maneira adequada a busca pelo conhecimento e
24
sua aplicação. As que conseguem têm todo um diferencial a seu favor, pois
conseguem identificar necessidades, mudar seus produtos, descobrir novos clientes
e agregar valor a seus serviços.
Os tempos na era do conhecimento proporcionam novos horizontes antes
não explorados e a abertura de novos mercados e modalidades de negócios que
antes não eram possíveis.
Toda organização que se preocupa com seu crescimento e busca estar atualizada
em relação a seus concorrentes encontra dentro da estratégia de gerenciamento e
aplicação do conhecimento uma ferramenta indispensável na busca de seus
objetivos. Para Leonard-Barton (1998), “gerir o conhecimento numa organização
implica compreender as aptidões estratégicas ou as aptidões tecnológicas
estratégicas, no caso de organizações que têm por base a tecnologia.”.
Neste contexto está inserida a TI, que vem como uma solução para os atuais
problemas encontrados pelos administradores, que buscam cumprir com objetivos e
metas das organizações sempre em tempo recorde a fim de disputar mercado, onde
quem souber administrar melhor o conhecimento terá boa vantagem competitiva.
As empresas precisam ter no mercado atual ferramentas que sejam capazes
de gerenciar informações com intuito de obtenção de conhecimento. Segundo
Giordane; Oliveira (2009), a TI propicia geração de valores e atua como um
elemento importante para facilitar a informação no cenário dos negócios em todas as
áreas da empresa.
A TI tornou-se parte integrante no meio corporativo atual. Desde os
colaboradores de nível operacional até mesmo os diretores estão diariamente
ligados a algum tipo de software. Os sistemas são capazes de oferecer as
informações necessárias aos administradores a ponto que possam até tomar
decisões importantes para o futuro das organizações.
2.3 O CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SIS)
Para que as organizações obtenham bom desempenho em seus negócios é
imprescindível possuir um adequado fluxo de informações. Desde os colaboradores
de nível operacional aos gerentes tem necessidades específicas no acesso às
25
informações, garantir acesso aos dados corretos é fundamental para atingir o
sucesso.
De acordo com a ementa da UFSC (2010), o currículo do curso visa formar
profissionais com habilidades empreendedoras responsáveis desde a análise e
desenvolvimento até a implantação e manutenção dos programas com visão crítica
e ética obedecendo a evolução tecnológica.
2.3.1 Perfil do Egresso
De acordo com a proposta do ministério da educação (MEC, 2009):
O Bacharel em Sistemas de Informação (SI) desenvolve soluções baseadas em tecnologia da informação para os processos de negócio das organizações de forma que elas atinjam efetivamente seus objetivos estratégicos de negócio.
Desta forma fica claro que o bacharel em Sistemas de Informação (SI) tem
como meta utilizar seus conhecimentos acerca da TI a fim de aproximá-la ao
máximo do ambiente empresarial utilizando-a como ferramenta de apoio aos
negócios. A principal função é de definir quais os principais requisitos para
desenvolver os sistemas de informação. Estes deverão suportar as operações que a
empresa necessita e propiciar vantagem competitiva a elas. Este profissional
também tem enfoque na área administrativa, ele é capaz de desenvolver e implantar
sistemas e redes a fim de permitir a distribuição dos dados no ambiente corporativo.
No guia de profissões da UNESP (2010), existem qualidades e atributos que
este profissional deve possuir para obter sucesso em sua carreira tais como:
raciocínio lógico, iniciativa, concentração, capacidade permanente de aprendizagem,
sólida base conceitual em computação, tecnologia da informação e predisposição
para mudanças. Possuindo estes atributos ele será capaz de inovar quando preciso,
fazer planejamentos, saber gerenciar a informação e a infraestrutura de TI nas
organizações.
O sistema de informação evolui constantemente a medida que os gestores
passam a implementar novas funcionalidades, correções ou personalizações.
26
O profissional é responsável não somente pelo desenvolvimento, mas
também pela evolução do software otimizando-o para uso nos processos de todos
os setores da empresa. Ele também poderá planejar a disposição do hardware e
outros programas para solução de problemas com coleta, processamento e
dispersão das informações.
2.3.2 Áreas de Abrangência
O curso de sistemas de informação na conformidade com o MEC (2009)
possui em sua grade curricular enfoque nas seguintes áreas:
Formação teórico-matemática, administrativo-empresarial e humanístico
social fundamentais;
Formação teórico-prática em Computação;
Formação teórico-prática em tecnologia geral, adequada ao desenvolvimento,
implantação e utilização de softwares aplicativos diversos, com níveis de
qualidade e eficiência adequados às exigências atuais de mercado;
Formação teórico-prática adequada à elaboração de soluções para os
problemas organizacionais, com utilização eficiente dos recursos
computacionais (hardware e software).
Silveira e Ribeiro (2009), afirma que o curso de SI deve ser estruturado de
forma a permitir que o egresso faça uso da computação como atividade principal de
seu trabalho, utilizando da informática nas atividades que necessitam da
administração de informações no ambiente empresarial.
2.3.3 Experiências Práticas
O bacharel em SI durante todo o curso é preparado com intuito de aliar seus
conhecimentos teóricos à prática. O curso prepara o profissional para enfrentar
situações reais do cotidiano, onde soluções pdem ser geradas a partir da
interpretação da teoria pelo mesmo. Isto é possível, pois durante o período
27
acadêmico os alunos são submetidos a situações reais onde precisam resolver
problemas voltados à TI.
Cowan (2002) nos diz que por meio destes métodos os estudantes
desenvolvem interesses, habilidades e experiências prévias de aprendizado. Eles
podem construir algoritmos ou programas, fazer uma análise dos resultados
apresentados, debater soluções, utilizando estes conhecimentos para resolução de
diferentes tipos de problemas.
2.3.4 Estágio Curricular Supervisionado e TCC
Segundo UENP (2010), o estágio supervisionado do curso de SI contempla a
carga de 1.818 horas de conteúdo disciplinar, 772 horas de prática curricular, 400
horas de estágio curricular supervisionado que pode ser iniciado a partir do 4º
semestre.
O período de estágio é imprescindível para o acadêmico, pois o mesmo irá
lidar com soluções baseadas em TI para processos de negócios das organizações.
Durante este período o acadêmico é submetido a contato permanente com
rotinas de trabalho. O objetivo é criar uma experiência dele com o meio profissional
integrando a teoria à prática, devendo propiciar ao mesmo uma postura profissional
facilitando sua inserção no mercado de trabalho.
Conforme Silveira e Ribeiro (2009), O TCC - Trabalho de Conclusão de
Curso, permite ao acadêmico demonstrar através de um trabalho segundo normas
científicas as áreas onde ele demonstra maior interesse. É considerada uma
atividade bastante eficiente, pois permite elaborar soluções para problemas
conhecidos utilizando de recursos de TI.
2.4 O PERFIL PROFISSIONAL DO ANALISTA DE SIS
O mercado encontra-se em um estágio acirrado onde as organizações
buscam e lapidam os profissionais a fim de alinhá-los as estratégias de seus
negócios. Em plena era de frequentes inovações tecnológicas existem algumas
28
características básicas que os colaboradores da era do conhecimento devem
possuir.
Para Rezende (2003), o impacto da TI nos negócios representa maior
vantagem competitiva mostrando que a empresa está preparada para lidar com o
que há de mais novo. Com a inclusão do software os administradores passam a ter
uma ferramenta que lhes oferece suporte ao operacionalizar suas ações
relacionadas a objetivos estratégicos.
Este profissional deve possuir facilidade em comunicar-se, em virtude das
diversas interações que ele deverá ter com clientes, usuários ou fornecedores. Os
analistas geralmente são reservados e possuem certa dificuldade em manter
comunicação oral. Esta deficiência deve ser trabalhada para permitir que o mesmo
expresse melhor suas ideias e seus conhecimentos para o crescimento da empresa.
De acordo com Medeiros (2007) em sua página, o analista também necessita
possuir aptidões emocionais, cognitivas e comportamentais além de seus
conhecimentos técnicos.
Não somente seus conhecimentos técnicos, como também capacidades
diversas, como por exemplo, saber realizar negociações. A era do conhecimento
traz um modelo de profissional capaz de aliar suas experiências à negociação com
fornecedores com objetivo, por exemplo, de convencer à utilização de uma nova
ferramenta deixando a visão clara dos benefícios que ambas as partes terão.
Este modelo de profissional deve estudar conceitos importantes de
administração, inteirar-se sobre detalhes do negócio da empresa, conhecer sobre
marketing, finanças, contabilidade dentre outros. O colaborador de TI busca sempre
a melhor forma de tornar a ferramenta que está desenvolvendo o mais eficiente
possível para agilizar tarefas e diminuir os custos. Santos (2010):
A atividade a ser desenvolvida por este profissional consiste, basicamente, em converter informações em conhecimentos, utilizando suas próprias competências, contando com o auxílio de fornecedores de informações ou de conhecimento especializado.
Existem metodologias que devem ser aplicadas ao desenvolvimento de
software para ambiente empresarial. O analista possui entendimento das regras e
processos que regem desde a implantação da ferramenta até a manutenção
posterior dos sistemas em funcionamento.
29
Rezende (2003) diz que a pesquisa, organização e implementação de uma
metodologia é uma tarefa exaustiva que deve ser executada baseando-se em uma
sólida fundamentação teórica. É um processo que engloba atividades a serem
executados de forma estruturada e integrada.
2.4.1 O Analista de Sistemas de Informação
Com o aumento constante da quantidade de informações que as pessoas
lidam em seu cotidiano, logo se percebeu a necessidade em encontrar um
mecanismo ou uma forma de organizar estes dados com intuito de facilitar sua
utilização para obtenção de resultados.
O uso de software então se tornou indispensável para as organizações que
buscam agilidade, segurança e eficiência em suas tarefas.
O profissional analista de sistemas surgiu exatamente para administrar os
recursos dos programas que as empresas utilizam, assim como atender as
necessidades de cada modelo de negócio através de personalizações, correções e
implementações no software. Conforme Quintão; Segre; Rapkiewicz (2010):
O processo de globalização econômica tem impacto direto na formação profissional dos indivíduos. Novas exigências de competências se fazem necessárias no atual quadro de busca de aumento de produtividade e flexibilidade em um mercado cada vez mais competitivo.
O analista de sistemas tem como principal objetivo realizar o estudo dos
processos computacionais com a finalidade de encontrar a melhor e mais inteligente
forma de processar as informações. Para que o analista construa soluções que
realmente consigam beneficiar seus clientes eles precisam realizar diversos estudos
que compreendem não somente o software e hardware, mas principalmente os
usuários com seus procedimentos e aplicações.
A informação, de extrema importância no que tange apoio as estratégias, para
que seja bem aplica deve necessariamente obedecer a quantidade e qualidade em
equilíbrio propiciando o sucesso nos negócios (BAUREN,1998).
Para tal é necessário que o analista compreenda as disciplinas da engenharia
de software assim como as atividades que a empresa possui.
30
Ao conhecer as exigências do mercado para qual será modelada a ferramenta
de software o profissional torna-se capaz de padronizar e transcrever de modo que
os computadores consigam executar as instruções fornecidas. Para que os usuários
possam mais tarde operar estes sistemas eles recebem então um treinamento
próprio de um analista de suporte.
2.4.2 Características do Analista de Sistemas
Os analistas devem ter basicamente bom conhecimento de lógica
computacional que é o estudo de algoritmos, também devem possuir iniciativa para
resolver problemas e criar novas soluções de software quando necessário.
Como as linguagens estão em constante evolução isto requer concentração,
capacidade de aderir à mudanças e disposição para manter-se constantemente
atualizado com as novas tecnologias. As ferramentas computacionais permitem ao
programador que utilize de sua criatividade para sugerir ideias que maximizem a
eficácia do sistema atual.
De acordo com Bressano (2007), existem competências e habilidades
específicas que eles devem ter para estarem inseridos neste nicho de trabalhadores.
Uma das características fundamentais deste cargo é a atualização
tecnológica. A tecnologia nos últimos anos vem evoluindo em grande velocidade
com isto é preciso que o analista esteja sempre estudando, pesquisando e
aprimorando seus conhecimentos.
Os usuários são peças chave na obtenção do sucesso do trabalho de um
programador. Desta forma o mesmo deve procurar manter boa interação e
integração entre eles. Entender exatamente o que estão procurando, encontrar suas
dificuldades e conseguir compreende-los compõe o segredo para o sucesso.
Algumas das características essenciais deste analista são: visão global,
capacidade de estudar; agente de mudanças; espírito de equipe. Estas novas
exigências precisam estar ligadas com o conceito de empregabilidade, desta forma a
capacidade técnica se torna um item menos importante, Chermont (1999).
A manutenção do software é um processo no qual podem ser apontados
mudanças na atual forma de utilizar o sistema. Os usuários tem uma tendência
natural a resistir toda vez que uma implementação ou mudança lhes é imposta.
31
Neste contexto é importante que o analista seja capaz de liderar com objetivo de
convencer a todos que suas modificações serão benéficas para melhorar a rotina de
todos e principalmente obter melhores resultados em menos tempo.
2.4.3 Formações e Principais Atividades do Analista de SIS
No início o profissional que tivesse interesse em trabalhar com Sistemas de
Informação deveria prestar vestibular para análise de sistemas como bacharelado, o
curso possuía duração de quatro anos.
Porem a necessidade de maior especialização fez com que surgissem novas
opções de cursos mais específicos como, por exemplo, os cursos de Sistemas de
Informação e Ciência da Computação, que também possuem mesmo tempo de
permanência.
Atualmente os acadêmicos desta área lidam com assuntos tais como:
controle, manipulação, teoria de sistemas e inclusive matemática.
De acordo com Moreira (1999), ao realizar uma pesquisa para saber quais os
conhecimentos e as habilidades que as empresas procuravam nos profissionais de
TI, foram identificadas as seguintes: conhecimento técnico, curso superior,
conhecimento de negócios, capacidade analítica, flexibilidade; liderança; integridade;
perfil generalista; bom relacionamento pessoal, facilidade em transmitir ideias,
criatividade e inglês fluente.
O analista de sistemas é capaz de criar novos produto e serviços. Utilizando
modernas ferramentas de tecnologia de informação ele é capaz de desenvolver
rotinas de programação bem elaboradas que propiciam resultados rápidos aos
usuários do software.
Com o avanço dos sistemas a infraestrutura tecnológica tornou-se um bem
altamente valorizado das organizações, sendo responsabilidade dos colaboradores
de TI agregarem gradualmente mais valor ao software a fim de alinhá-lo cada vez
mais com os objetivos da empresa.
Para Tapscott (1995), a organização é capaz de acompanhar mudanças se
tiver a seu dispor a infraestrutura tecnológica necessária, sendo que o maior
diferencial está na possibilidade da mudança do foco de como otimizar processos
para quais novos processos são possíveis de serem feitos.
32
A quantidade de informações que percorrem e são distribuídas diariamente
dentro do meio corporativo é administrada por estes profissionais. Além disto, em
um processo de aquisição ou criação de novas funcionalidades é de
responsabilidade do setor de Tecnologia da informação acompanhar todo o
processo desde o levantamento de requisitos e análise até os teste e implantação do
mesmo.
Alinhar os objetivos de TI as estratégias do negócio é o objetivo do analista. A
TI é utilizada como instrumento para aumentar a geração de lucros. Para tal
finalidade ela deverá trazer resultados que estejam de acordo com os objetivos da
organização.
2.5 A CONJUNTURA ATUAL DO MERCADO DE TRABALHO NA AREA DE
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Para estar inserido atualmente no mercado de trabalho da tecnologia da
informação o profissional deve lidar com mudanças rápidas e constantes. A presente
situação neste meio corporativo exige que os trabalhadores estejam em contato
direto com qualquer todo tipo de novidade tecnológica. Isto mostra que apenas
conhecer a fundo as ferramentas existentes já não é o mais suficiente para garantir
uma vaga neste ramo em constante evolução.
De acordo com Avó (2006), cada vez mais as empresas estão investindo em
TI, sempre com intuito de agregar maior credibilidade e agilizar processos
operacionais. Em contrapartida existe uma grande carência em profissionais
capacitados, que conheçam as funcionalidades e adaptações do programa para tirar
melhor aproveitamento.
Neste mercado também existem fatores que contribuem diretamente com
mudanças no mundo dos negócios tais como: comportamento do consumidor,
terceirização em alta, aumento da quantidade de dispositivos móveis e crescimento
do volume de dados armazenados.
Segundo Henrique (2009) os profissionais versáteis estarão definitivamente
no mercado atual. Estes profissionais são aqueles que agregam muito conhecimento
tecnológico, conhecem a fundo a área de negócios, elaboram planos de tecnologia e
33
os executam visando satisfazer as exigências dos gerentes além de cultivarem
relações dentro e fora do ambiente corporativo.
2.5.1 Formação Acadêmica X Experiência Profissional
Durante um determinado período as empresas tinham por hábito a
contratação de profissionais autodidatas, estes eram considerado preparados
suficiente para ocupar vagas que exigiam raciocínio lógico. A constante evolução
das ferramentas da informação fizeram prevalecer aqueles profissionais com
formações específicas, cursos, certificações trazendo a tona o mercado da
formação. Esses são hoje a maior garantia das empresas na busca constante por
maiores e melhores resultados em seus setores tecnológicos.
De acordo com Fogaça (1998) a educação geral e a educação profissional
passaram a ser vistas de forma inter-relacionadas, principalmente em função de dois
processos: a globalização, definida como uma multiplicidade de mudanças surgidas
a partir de 1970, que instituiu novas relações internacionais nos planos econômico,
social, cultural, político e tecnológico. E a necessidade de um sistema de produção
sustentado na automação flexível.
E imprescindível que todo profissional da TI possua ao mínimo alguma
formação para trabalhar neste ramo. Os cursos de graduação vêm se multiplicando
em ritmo acelerado para atender uma demanda cada vez maior de pessoas que
buscam qualificar-se a fim de garantir seu espaço neste moderno mercado de
trabalho. A área da TI possui dezenas de ramificações, o que abre portas para
diferentes cargos que exigem especializações.
Com o crescimento do número de vagas os recrutadores de pessoas
encontram dificuldades em selecionar profissionais que atendam os requisitos
necessários para ocupar estes cargos, pois poucos têm as características que as
empresas estão buscando (Bruno, 1996).
No caso do Brasil os profissionais lidam com algumas dificuldades, como a
desigualdade social e a obsolescência tecnológica. Esta por último diz respeito ao
atraso que o país tem em receber as novidades do mercado mundial. O
desenvolvimento da TI no país aliada a sua desigual apropriação pelas diferentes
camadas sociais é um dos principais responsáveis por este atraso (SILVEIRA,
2003). Com isto muitas vezes quando os profissionais concluem alguns cursos de
graduação ou especialização eles já estão defasados tecnologicamente. ASSEF,
34
2010 diz que “É preciso analisar que o ensino técnico não acompanhou o
crescimento acelerado da indústria, não recebeu estímulos suficientes e hoje se
estabelece de forma emergencial e precária no país”.
Com a rápida absorção de novidades que este novo mercado tem, é cada vez
mais difícil acompanhar este processo. Além dos investimentos financeiros com
formação, o trabalhador que opta por seguir esta carreira deverá estar ciente que
terá de abdicar de bastante de seu tempo de lazer a fim de dedicá-lo à contribuir
com seu processo de aprendizado.
2.6 DEFINIÇÃO DE CORE COMPETENCES
As core competences no âmbito profissional são os atributos que o
profissional deve possuir para ocupar um cargo dentro da organização. As
competências são definidas como o exercício efetivo da capacidade de um indivíduo
(Anabuki, 2002). As core competences são aquelas consideradas fundamentais para
o colaborador, são os conhecimentos essenciais que ele deve possuir para se
adequar as características que o cargo pede. Seguindo essa idéia Le Boterf (1999),
diz que as pessoas passam a aprender a aplicar o conhecimento no ambiente de
trabalho de acordo com as oportunidades oferecidas pela empresa.
Uma das competências importantes do analista de mídias sociais é possuir
conhecimento acerca de conteúdos de sites, blogs, comunidades, redes sociais,
sabendo como se comportar dentro delas, e principalmente da marca ou produto
que está representando. Outros exemplos incluem competências sociais, de serviço
e competências técnicas.
Existem também as competências no nível organizacional. Conforme Nunes
(2008), define-se como “...competências estratégicas, únicas e distintivas de uma
organização que lhes conferem uma vantagem competitiva intrínseca e, por isso,
constituem os fatores chave de diferenciação face aos concorrentes.” Mostrando a
importância em se identificar quais melhores medidas a serem tomadas para
conquistar vantagem no meio dos negócios.
35
2.6.1 Conceito de Competências
Competências são habilidades que cada indivíduo deve buscar e desenvolver
a fim de garantir sua evolução como ser humano e profissional. As organizações da
atualidade buscam cada vez mais por profissionais diferenciados que atendam uma
série de requisitos possuidores do conhecimento que eles precisam para exercer
suas atividades com o máximo de eficiência.
Conforme Rabechini Jr. (2005), a palavra competência vem do latim,
competere, e o conceito de competência pode ser visto na decomposição da palavra
onde com significa conjunto e petere significa esforço, tendo assim um conjunto de
esforços.
Antigamente, no final da idade média, competência era um termo
exclusivamente jurídico, conforme Carbone et al (2008, p. 42), o termo fazia
referência a capacidade atribuída a alguém para julgar certas questões.
Por se tratar de um tema já muito antigo, Durand (1998) faz uma comparação
dizendo que nos tempos medievais os alquimistas procuravam transformar metais
em ouro; hoje nas empresas os gerentes procuram transformar recursos e ativos em
lucro, é uma nova forma de alquimia necessária às organizações, e ele a chama de
‘competência’. Rabechini Jr. (2005, p.67) afirma o seguinte:
O conhecimento sobre o negócio, a habilidade nas ações diárias e o potencial de criação de valor são atributos essencialmente humanos que se tornaram fatores críticos de competitividade em um mercado que exige mais, o melhor e mais rapidez.
O conceito de competência como conhecimentos, habilidades e atitudes
tornou-se conhecido por volta dos anos 70, em vários países. Na Alemanha a idéia
era voltada para a educação profissional sendo mais tarde incorporado para
educação geral, onde quem definia as competências eram grupos de empresários,
educadores e sindicatos que representavam a sociedade. (DEFFUNE e
DEPRESBITERIS, 2002).
Na mesma década, David C.McClelland, nos Estados Unidos, deu novo rumo
ao conceito de competências, onde através de estudos e pesquisas aplicados para o
36
campo da psicologia iniciou-se uma importante e significativa mudança na
valorização de requisitos para o trabalho, carreira e profissão. (RESENDE, 2000).
Segundo Resende (2000), “competência é a aplicação prática de
conhecimento, aptidões, habilidades, interesse, valores – no todo ou em parte - com
obtenção de resultados”. Já Fleury e Fleury (2001) diz que “competência é um saber
agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir
conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à
organização e valor social ao indivíduo.”
Na mesma linha de raciocínio vem Le Boterf (1994), onde o autor afirma que
competência é o saber agir ou reagir, de maneira responsável e validado. Sendo
assim o ser competente não é quem tem determinados recursos e sim aquele
individuo que consegue mobilizá-los, sob a forma de conhecimento e capacidades
relacionais em momento adequado.
2.6.2 As Competências Essenciais da Organização e os Ativos Intangíveis
A crescente demanda que as empresas têm por profissionais qualificadas faz
com que cada vez mais e melhor elas lapidem quais competências estão buscando.
Segundo Gramigna (2007), as empresas vêm enfrentando grandes problemas
devido à dificuldade e de encontrar colaboradores que atendam diversas
competências essenciais para seus cargos. Neste contexto a responsabilidade cai
sobre a falta de investimento no capital humano. Afetando até mesmo seus próprios
funcionários que se tornaram obsoletos para competir no disputado mercado de
trabalho.
Assim como os indivíduos possuem competências, as organizações também
possuem as suas, e Nisembaum (2000, p.35) define as competências
organizacionais como “conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias e
comportamentos que uma empresa possui e consegue manifestar de forma
integrada na sua atuação, impactando a sua performance e contribuindo para os
resultados”.
As competências essenciais são competências que fazem a diferença na
organização conferindo vantagens competitivas e contribuindo para o sucesso da
mesma. Elas podem ser usadas estrategicamente como ferramenta de gestão,
37
gerando valores distintivos que são difíceis de serem copiados pela concorrência,
mas são percebíveis pelos clientes.
Segundo Resende (2000):
A identificação e definição de competências essenciais devem levar em conta os fatores de sucessos relacionados a: diferencial e renovação da tecnologia; características e dificuldades da manutenção de clientes; importância para o negócio das relações com os fornecedores; adaptabilidade às condições de mercado; logística de distribuição; eficiência ou precisão operacional; importância da função do marketing e importância estratégica do fator humano.
As organizações estão sentindo a necessidade de mudar seu rumo com
relação ao foco que vinham seguindo anteriormente, agora tem aplicado seus
recursos com uma visão mais humanística, voltada para a gestão de pessoas e de
competência. Conforme descreve Rabechini Jr. (2005), “O atual paradigma de
gestão de empresas enfatiza o capital humano como o principal bem de uma
organização”.
Com o intuito de se tornar mais competitiva numa sociedade cada vez mais
exigente e uma concorrência fortemente acirrada, faz-se necessário um investimento
significativo em gestão do capital humano. Segundo Fleury e Fleury (2000), surgem
necessidade do desenvolvimento de competências, através de investimentos em
educação e aprendizagem permanente, para a participação e sobrevivência neste
jogo competitivo.
O fator humano é um elemento fundamental dentro das organizações atuais.
Conforme Sveiby (1998, p. 9) cita que “as pessoas são os únicos verdadeiros
agentes na empresa. Todos os ativos e estruturas – quer tangíveis ou intangíveis –
são resultados das ações humanas”.
A partir dos anos 90 o modelo de gestão de pessoas começou-se a expandir,
ativo estratégico dentro da organização, utilizando-se de suas competências para
criar a vantagem competitiva, é o chamado Modelo de Gestão por competência,
(CHIAVENATO, 2002).
Segundo o autor, ainda existem algumas competências essenciais, como a
ética, inovação, responsabilidades, espirito empreendedor, liderança, trabalho em
equipe, dentre outros, que começaram a aparecer em várias organizações diferentes
se transformando em competências de parâmetro norteador para as empresas.
38
Estas competências encontradas individualmente em cada colaborador são
ativos intangíveis, fundamentais para que a organização possa fazer a diferença
entre seus concorrentes, pois não adianta as organizações investirem somente em
tecnologias e maquinários avançados se o principal bem, seus colaboradores não
tiverem competências necessárias para aumentarem o desempenho global da
organização.
De Acordo com Deluiz 2010:
A adoção do modelo das competências profissionais pelas gerências de recursos humanos no mundo empresarial está relacionada, portanto, ao uso, controle, formação e avaliação do desempenho da força de trabalho diante das novas exigências postas pelo padrão de acumulação capitalista flexível ou toyotista: competitividade, produtividade, agilidade, racionalização de custos.
Fischer (2001), afirma que nos tempos atuais as empresas vivem um
momento de contradição, pois precisam de seus ativos intangíveis (os funcionários),
mas não criam um contexto e condições para que este ativo venha se desenvolver e
manifestar-se, ou seja, conforme citado acima, existe a necessidade de
desenvolvimento de competências e a organização precisa criar um ambiente
favorável à aprendizagem.
2.6.3 Métodos e Técnicas de Mapeamento de Competência na Organização
Para ter-se um diagnóstico apurado das competências relevantes para a
organização é necessário que se faça o mapeamento das mesmas. Este
mapeamento tem como propósito, segundo Carbone et al (2008, p. 55), “identificar o
gap ou lacuna de competências, ou seja, a discrepância entre as competências
necessárias para concretizar a estratégia corporativa e as competências internas
existentes na organização”.
Como estratégia organizacional é importante que todas as competências
necessárias para o bom funcionamento da organização estejam bem definidas e
alinhadas com os objetivos da empresa para que assim o capital intelectual seja
39
aprimorado e despontem com vantagem em frente à concorrência, conforme explica
HERRERA (2008):
O mapa de competências deve ser uma consequência da formulação de estratégias e fazer parte do plano de intenções (planejamento estratégico) com medidas de melhoria do capital intelectual na superação das fraquezas internas para enfrentamento da concorrência.
É necessário, no entanto, a observação de alguns cuidados metodológicos
antes de fazer a descrição das competências, como esclarece Carbone et al (2008,
p.56), pois a descrição de uma competência representa o desempenho esperado de
uma pessoa, sendo assim, deve aparecer de forma clara e objetiva, caso contrário,
cada um tende a dar a interpretação que melhor lhe convir. É importante também,
evitar termos técnicos e construções muito longas, com duplicidades, irrelevância e
obviedades, e ambiguidades, sugere o autor.
O primeiro passo desse processo de mapeamento consiste em identificar as
competências necessárias para alcançar os objetivos da organização. Para esta
assimilação Carbone e outros (2008) sugere que seja realizada uma pesquisa
documental, incluindo a análise do conteúdo da missão, dos objetivos, da visão de
futuro e de documentos relativos à estratégia organizacional.
Em seguida Bruno-Faria e Brandão (2003), propõem que seja feito coleta de
dados com pessoas que tenham amplo conhecimento do negócio estratégico da
empresa, com analise documental.
A entrevista constitui outra técnica de pesquisa bastante aplicada ao
mapeamento de competências. Normalmente ela é utilizada para comparar a
resposta dos entrevistados com os dados apurados na analise documental, tendo
em vista identificar as competências relevantes à organização.
Conforme Brandão e Babry (2005), “podem ser utilizados, também, outros
métodos e outras técnicas de pesquisa, como a observação, os grupos focais e os
questionários estruturados com escalas de avaliação.”. Todos esses métodos têm
por objetivo mapear, ou definir o perfil de competências da empresa e das pessoas.
Segundo Gramigna (2007, p. 44), no mapeamento são levantados dois tipos
de competências: as técnicas e as de suporte. A primeira diz respeito ao perfil do
profissional que irá ocupar determinados cargos, sendo estas competências
40
referentes ao cargo. A segunda são as que agregam valor as competências técnicas
e vão fazer a diferença no perfil profissional das pessoas.
A autora cita algumas competências que devem ser elencadas para a fase de
mapeamento, que são: autodesenvolvimento e gestão de conhecimento, capacidade
de adaptação e flexibilidade, capacidade empreendedora e negocial, comunicação e
interação, criatividade e inovação, cultura de qualidade, liderança, planejamento e
organização, tomada de decisão, visão sistêmica e trabalho em equipe.
2.7 A DEMANDA POR PROFISSIONAIS QUALIFICADOS
Durante a era industrial os trabalhadores exerciam funções que necessitavam
em sua maioria, habilidades manuais, com o uso de sua força. Cumpriam uma carga
horária diferente de hoje, eles eram obrigados a exigir mais do seu corpo e seus
conhecimentos e capacidade de pensar eram deixados de lado. Neste período as
organizações visavam maior produtividade a todo custo sem olhar pelo lado
humano. (LUCCI, 2010)
Passada a era da industrialização entramos na era do conhecimento, onde o
trabalhador tradicional foi substituído pelo trabalhador que concilia o manual com o
teórico. Assim os profissionais passaram a agregar a informação no seu cotidiano
através de cursos, faculdades, especializações.
De acordo com Conceição e Arruda (2000), a evolução dos conhecimentos
técnico e científico tornou necessária uma mudança no modo de trabalho, afetando
a posição dos agentes produtivos neste mercado. A produção em massa que
anteriormente era predominante nas grandes empresas abre espaço para a
produção de qualidade aliado a redução de custos, tornando como forte
característica a capacidade de inovar.
A demanda por profissionais qualificados atinge diretamente as empresas no
quesito de concorrência. Com a atualização do parque tecnológico muitos gestores
deixaram de preparar também seus colaboradores. O que pode ser considerada
uma desvantagem comparado as organizações com pessoal altamente treinado e
competente.
41
A internacionalização da economia, a competição entre as empresas, o usointensivo das inovações tecnológicas, a redução dos postos de trabalho, o desemprego estrutural, o aumento da exclusão social, o agravamento das diferenças sociais entre os países ricos e pobres, e entre ricos e pobres dentro de um mesmo país, e a devastação do meio ambiente pelo uso predatório de novas tecnologias trata-se da mesma opção, a de um modelo de desenvolvimento pautado exclusivamente pela ótica econômica, tornando a preocupação com o indivíduo ou com as comunidades e sociedades, algo irrelevante. (ANDRADE, 2007)
Neste contexto a qualificação profissional aliada ao saber emerge como um
dos fatores determinantes para o sucesso.
2.8 REFLEXÕES SOBRE O PROFISSIONAL DA GERAÇÃO Y
2.8.1 O Nascimento de uma Nova Geração
O conflito entre gerações existem desde o inicio da humanidade, porem era
superficialmente divulgado nas imprensas, pois o maior conflito entre as gerações
anteriores se dava na maioria das vezes referente a divergência de opiniões entre
pais e filhos. Segundo Oliveira (2010), estamos num momento singular, onde cinco
gerações estão convivendo juntamente e em números significativos, algo que não
acontecia anteriormente.
Conforme Oliveira, uma geração é separada de outra pelo período de
aproximadamente 20 anos, pois é por volta dessa idade que os jovens fazem suas
primeiras escolhas profissionais entre outros assuntos, como relacionamentos,
posições políticas, e começam a interferir de forma significativa na sociedade.
Hoje se podem encontrar pessoas de diversas gerações, começando pelos
Belle Époque marcada pelas pessoas nascidas entre 1920 e 1940, não foi um tempo
muito fácil de viver, cresceram em meio a guerras, crises econômicas e tensões
políticas. Segundo Oliveira (2010, p.47), “Foi um período dramático para educar os
filhos. Havia poucas alternativas para o desenvolvimento dos jovens. As melhores
carreiras contemplavam a carreira militar ou a de operário nas indústrias.”.
Em seguida vem a geração Baby Boomers, entre o período de 1945 e 1960,
sua maior preocupação era com a reconstrução do mundo por terem nascido logo
após a segunda guerra mundial. Segundo Viana (2008):
42
Trata-se de uma geração que foi orientada pelos seus pais a preservar o emprego, a buscar um emprego garantido e seguro, para ficarem nele até o dia da aposentadoria. Hoje em dia, muito desses indivíduos, já aposentáveis teimam em continuar na empresa, porque estão tão acostumados ao trabalho que não conseguem se ver em outro cenário de atuação.
O autor ainda ressalta que para esta geração o trabalho era a coisa mais
importante do mundo, e a vida deles era focada no emprego de forma que viviam
obcecados dia e noite mesmo que inconscientemente, e grande maioria dessa
geração construíram grandes empresas e ocupam altos cargos nestas companhias
até hoje.
A próxima geração nasceu entre os anos 65 e 79, segundo Oliveira (2010),
um período de grandes revoluções, onde diversos líderes políticos foram
assassinados inclusive Malcolm X, de onde se originou o nome da geração X.
Movimento hippies e rebeliões de estudantes passaram a fazer parte do cenário em quase todo o mundo. A música ficou mais barulhenta, as roupas mais coloridas, os cabelos mais longos, as experiências mais intensas. Tudo acontecia em excesso. A nova ordem era rebelar-se contra qualquer coisa que tivesse o caráter de convencional ou padronizado (...). OLIVEIRA (2010, p 53).
Ainda segundo o autor, esses jovens cresceram na grande maioria com a
ausência dos pais, por serem filhos dos Baby Boomers, que eram obstinados pelo
trabalho ou ainda pelo divórcio que tomou força nessa época, foram obrigados a
crescer tendo a televisão como sua maior companhia e tornando-se assim pessoas
individualistas e céticas.
Enfim, nos anos 80 nasce a geração Y, uma geração totalmente diferente das
gerações passadas, pois já nasceram conectadas e são nativo digital. O nome foi
criado nos Estados Unidos e originou-se pelo fato de que na antiga União Soviética
devido a forte influência sobre os países comunistas, eram definidos até as letras
dos nascidos em determinado período, e a letra Y foi designada para os bebês
nascidos entre 1980 e 1990, e então surgiu o termo geração Y, segundo Oliveira
(2010).
Esta geração está chegando agora à vida adulta e transformando o mercado
de trabalho com características bem distintas e peculiares se comparada com as
gerações anteriores.
43
2.8.2 Características da Geração Y
Os nascidos entre 1980 e 1999, chamados de geração Y, vem sendo de certa
forma criticados por alguns autores e elogiados por outros, mas tudo gira em torno
do fato dessas pessoas terem chegado junto com a era da informação e do
conhecimento.
Para Melo (2010), esses indivíduos têm por características serem impulsivos,
impacientes, gostam de novidades, querem estar antenados e buscam símbolos que
os liguem a comunidades. Segundo o autor, estes jovens estão ligados à velocidade
e tecnologia, além de possuir um perfil multitarefa e serem individualistas. OLIVEIRA
(2010, p. 63), descreve:
Fazer questionamento constantemente, demonstrar ansiedade e impaciência em quase todas as situações, desenvolver ideias e pensamentos com superficialidade, buscar viver com intensidade cada experiência, ser transitório e ambíguo em suas decisões e escolhas – estas são algumas das características atribuídas à Geração Y.
As pessoas desta geração também são chamadas de nativos digitais,
enquanto os das gerações anteriores são os imigrantes digitais, de acordo com
Faustini (2010), “A grande diferença entre as duas gerações os nativos e os
imigrantes, é que os mais velhos estão ainda num ritmo meio lento. De outro lado
temos rapidez, imediaticidade e tudo acontecendo ao mesmo tempo.”.
Oliveira (2010, p 106), também compartilha desse pensamento dizendo que a
geração Y é mais rápida para absorver as informações, e que estas pessoas terão
mais habilidades, mais informações e serão mais atualizados comparados com
pessoas de outras gerações e tudo isto se dá ao fato de elas “terem um acesso
quase que ilimitado a qualquer informação e sabem como acessá-la.”.
Outra característica marcante e positiva dessa geração é a capacidade que
eles possuem de conseguirem se conectar a várias tecnologias ao mesmo tempo e
extrair muitas informações simultaneamente. Esses jovens, conforme explica Castro
e Oliveira (2010), “nos surpreendem pela forma como operam e consomem, ao
mesmo tempo, várias mídias. Não é raro vê-los utilizando a televisão, o rádio, o
telefone, música e internet.”, pois eles precisam selecionar, entre as várias formas
44
de informações disponíveis, o que vai ser essencial para a construção do
conhecimento.
2.8.3 A Geração Y no Mercado de Trabalho
Com todo este arsenal de conhecimento a sua disposição e facilidades para
absorver o mesmo, a geração Y vem chegando ao mercado de trabalho munidos de
muita informação e novas ideias, tendo atraído a atenção dos gestores que possuem
uma visão competitiva e reconhecem o potencial desses jovens.
No entanto nem todos os gestores estão preparados para receberem esses
novos profissionais que também tem suas características peculiares no que diz
respeito a perspectiva do mercado de trabalho.
Ao contrario das gerações anteriores onde o foco era reconstruir um mundo
pós-guerra, ou mesmo os da geração X que cresceram cheios de regras e normas a
serem seguidas, onde informalidade era sinal de rebeldia e contestação, conforme
Oliveira (2010, p. 65), esta nova geração tem uma perspectiva diferente de um
ambiente de trabalho.
Segundo o autor, existem quatro necessidades prioritárias para os
profissionais dessa nova geração, com relação às organizações, e a primeira é o
reconhecimento. Esta geração aprendeu desde cedo a receber feedback. Em casa
os pais sempre os recompensavam quando se superavam na escola ou se
diferenciava das demais crianças, isto ajudou a formar um jovem impaciente que
necessita receber o reconhecimento por tudo que faz.
Isto com certeza afeta o desempenho da Geração Y no ambiente de trabalho, onde ele encontra gestores que se desenvolveram sem feedback e, portanto nem sempre estão dispostos a dá-lo, pois acreditam que o jovem não precisa disto para trabalhar bem. (OLIVEIRA, 2010, p 64).
A segunda necessidade que esta geração possui para produzir bem é a
informalidade no local de trabalho. Para eles a informalidade nada mais é do que
flexibilidade e conveniência em seu comportamento. De acordo com Oliveira (2010),
estudos comprovam que os jovens que trabalham em organizações flexíveis e
45
informais, tanto quanto a horário, forma de vestir e no ambiente de trabalho,
realizam projetos fantásticos, comparados com os que não têm esta flexibilidade.
A individualidade é outra característica do jovem profissional dessa geração.
Segundo o autor, este comportamento tem a influência direta das gerações
anteriores, pois enquanto as gerações baby boomers e X participavam de
brincadeiras coletivas com colegas e a grande maioria compartilhava os mesmos
recursos e cômodos da residência com seus pais e irmãos, os da geração Y vivem
numa realidade diferente.
Com as famílias cada vez menores e a condição de vida mais facilitada, isto
tem proporcionado um cenário favorável para o desenvolvimento acentuado da
individualidade, que muitas vezes é confundido com egoísmo e arrogância.
Por conta disto e com a ajuda da tecnologia os jovens tem sentido a
necessidade de se relacionar e compartilhar sua vida por meio das redes sociais,
conforme Oliveira (2010, p. 67), “Um paradoxo criado por toda esta ampla tecnologia
foi que, ao privilegiar a ação individual e não a coletiva, os jovens Y desenvolveram
uma necessidade de compartilhar parte de sua vida por meio de redes sociais.”.
Esta seria a quarta necessidade dos jovens da geração Y, a de relacionamentos.
Uma pesquisa realizada pela Cia. De Talentos – Empresa dos Sonhos dos
Jovens 2010, que tem por objetivo “oferecer subsídios às empresas para atração,
seleção, integração, desenvolvimento e retenção dos jovens dentro de sua cultura
organizacional e modelo de negócios”, e vem sendo desenvolvida desde 2002,
mostra que os jovens estão bastante exigentes e conscientes em relação ao que
esperam do mercado de trabalho.
As perguntas são relacionadas de forma, a saber, quais suas principais
expectativas da empresa que desejam trabalhar e quais as características que
procuram encontrar no gestor da organização, e as respostas foram bem coerentes
com os comportamentos dos jovens da geração Y.
Referente a pesquisa, em primeiro lugar ficou o bom ambiente de trabalho,
seguido por desenvolvimento profissional, qualidade de vida, crescimento
profissional e boa imagem no mercado.
Viana (2008), afirma que os jovens da geração Y “para serem atraídos para
uma determinada empresa precisam estar certos que conceitos como criatividade,
estrutura horizontal, democracia, flexibilidade e grandes desafios serão conceitos
que estarão presentes e vivenciados no seu dia a dia.”.
46
Com isto conclui-se que não é fácil conseguir satisfazer este novo
profissional que está entrando no mercado de trabalho, pois as empresa e seus
gestores terão que mudar seus conceitos e flexibilizar em muitos aspectos para
atender as expectativas dessa nova geração.
2.9 ASPECTOS EVOLUTIVOS DA TI: A WEB 2.0
O crescimento acelerado da tecnologia, fruto da globalização, permitiu assim
que esta nova web pudesse expandir-se cada vez mais otimizando seus produtos e
serviços. As organizações da atualidade devem estar preparadas para acompanhar
as frequentes mudanças que a WEB 2.0 irá exigir.
2.9.1 História da Internet
O governo americano criou na década de 1960 um sistema com a finalidade
de unir programas de pesquisa criados por suas universidades, com isto eles
fortaleciam o conhecimento gerado e superavam a união soviética na corrida militar.
Tal programa foi denominado Arpanet.
Conforme Garcia (2010), em seu artigo, ela era caracterizada como uma rede
de computadores que tinham a capacidade de transmitir informações entre si
simultaneamente. Com sua criação logo em seguida foram desenvolvidos novos
projetos para melhorar o seu desempenho, neste momento houve a inclusão dos
protocolos TCP e IP, conhecido até os dias de hoje como um protocolo de
transferência de dados na internet (SIMON, 1997).
Em 1983 o governo americano temendo pelo envolvimento de várias
camadas no projeto decide então criar a Arpa-internet, uma rede de dados própria
para interesses específicos. Já no ano de 1990 a conhecida arpa-internet acabou
ficando ultrapassada sendo descartada pelo governo, com isto veio uma forte
motivação à privatização da internet. As empresas passaram a investir nesta
tecnologia possibilitando que ainda em meados de 1990 uma boa parte dos
computadores dos Estados Unidos pudessem se conectar a rede. Empresas que se
47
destacaram neste processo foram a Microsoft e IBM. Assim como diz Ferreira
(1994):
A Internet - maior rede de computadores do mundo - é frequentemente descrita como a rede das redes, pois abrange todas as espécies de redes possíveis, tornando-se a verdadeira rede global, contando com mais de 13.170 redes regionais, nacionais e internacionais.
Conforme Castells (2003) foi neste período que o inglês Tim Bernes Lee
sugeriu o termo de World Wide Web, que era uma forma de compartilhar
informações utilizando as tecnologias de rede existentes. Após este acontecimento
surgem os navegadores de internet começando pelo Netscape Navigator e o Internet
Explorer da Microsoft em 1995, incluso em seu pacote do Windows.
Da época que foi lançado o Internet Explorer até hoje uma das tecnologias em
grande ascensão é a de código aberto. Neste quesito pode ser citado o navegador
conhecido como Mozilla Firefox, que até hoje é modificado e vem recebendo
atualizações.
O poder da internet é imenso, atualmente ela pode ser considerada o meio de
comunicação que une todos os outros meios como rádio e televisão. Desde que foi
criada em 1993 tem permitido um nível de globalização nunca visto antes na história.
Através dela as informações correm com maior velocidade, além disto, ela foi
responsável por mudanças significativas nos meios de ensino, proporcionando
drásticas mudanças no mercado de trabalho (RANGEL, 2010). Para os profissionais
analistas é fundamental que estejam constantemente atualizados neste meio de
comunicação para aumentar seu aprimoramento profissional acompanhando o que
há de mais moderno em tecnologia de software.
2.9.2 WEB 2.0
Chamada de WEB 2.0, é um termo criado para denominar uma nova rede de
comunidades e serviços. Este termo lhe foi designado em 2004 pela empresa
O'Reilly Media, com o objetivo de ser a segunda geração de comunidades e serviços
passando a utilizar aplicativos de redes sociais e tecnologia de informação. Ela
48
representa uma grande mudança na forma como é vista pelos usuários, pois se
tornou uma grande integração de várias linguagens e motivação.
Primo (2007) descreve a Web 2.0 como uma segunda geração de serviços
online, cujo seu principal objetivo é potencializar as formas de publicação,
compartilhamento e organização das informações geradas pelos usuários. Deixa de
ser apenas um conjunto de técnicas de informática e ganha caráter mercadológico
visando a comunicação entre as pessoas por intermédio dos computadores.
Segundo O’Reilly 2005:
Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.
Esta tecnologia entrou na vida dos cidadãos norte-americanos de forma a
consolidar-se como um dos meios de comunicação mais utilizados do mundo. Seus
recursos mudaram a vida de todos na sociedade permitindo diversas formas de
compartilhamento de informações entre usuários conectando as pessoas em tempo
real e com a criação das redes de relacionamento.
De acordo com Blattmann e Silva (2007), a web 2.0 pode ser considerada
uma nova concepção. Com a descentralização da mesma, os usuários passam a
exercer um papel de ativo e participante sobre a criação, seleção e troca de
conteúdo postado em determinados sites por meio de plataformas abertas.
A web 2.0 não possui uma fronteira demarcada. Um dos principais princípios
é utilizá-la como plataforma, tonando possível realizar atividades online as quais
necessitavam antes de um software instalado no computador. O novo conceito
também fez com que os sites passassem a englobar uma série de recursos e
funcionalidades que antes só era possível encontrar em endereços web diferentes.
Conforme Souza e Alvarenga (2004), Bernes Lee desenvolveu uma
plataforma onde os recursos de rede eram dispostos de visualmente, facilitando a
compreensão e utilização por parte dos usuários. Era como se fosse apenas mais
um aplicativo em operação no computador. Fazendo uso de protocolos TCP/IP e
Uniform Ressource Locator (URL) esta seria a principal ferramenta de pesquisas das
pessoas.
49
Durante este período foram criados os conhecidos navegadores, que eram a
forma de comunicação do usuário com a web.
Em um determinado período da história conhecido como estouro da bolha,
várias organizações se viram incapazes de continuar suas operações indo a
falência, como consequência da mudança do paradigma no comércio, período o qual
a internet começou a ser um dos mais importantes meios de comunicação e
mercado financeiro. Foi aí que surgiu o conceito da nova web 2.0, resultado de
intensas mudanças (TRISTÃO, 2008).
Desde que esta nova web eclodiu ela passou a tornar-se cada vez mais
presente na vida das pessoas, ela é real e seu objetivo é mostrar um mundo virtual
onde as operações são rápidas e fáceis.
Foram estabelecidas algumas diferenças básicas entre WEB 1.0 e WEB 2.0,
em um branstorming promovido pela O’ Reilley Media e a Media Live Internacional
seguindo dados do quadro 1:
Quadro 1: Diferenças entre Web 1.0 e Web 2.0Fonte: Conceituando o que é Web 2.0 (2008)
50
O principal diferencial entre as duas gerações é o fato de durante a primeira o
usuário ser como um mero espectador, enquanto durante a segunda geração ele
passa a contribuir com conteúdo criando, editando e opinando.
As redes sociais são forte característica de como se deu a evolução da web
nos últimos anos. Este novo conceito não deve ser visto somente como uma simples
forma de conexão entre computadores em uma rede, mas sim como um meio de
interação entre os usuários por meio dos recursos computacionais.
Conforme Lévy (2000), a existência da internet colaborativa permite o
compartilhamento de conhecimento entre as pessoas, é como um espaço onde é
permitido a todos trocarem informações, criação de ideias, armazenamento de
dados.
A evolução deste serviço trouxe maior liberdade aos usuários que passaram a
expor seus trabalho e dividir com outras pessoas. Estas pessoas podem então
modificá-lo e reescrevê-lo ou até mesmo postar em espaços pessoais em redes de
relacionamento.
2.10 AS REDES SOCIAIS
As pessoas estão inseridas na sociedade por meio de laços que vem se
formando desde o nascimento. Estas relações começam no convívio familiar, e vem
se estendendo na medida em que o individuo vai crescendo e tornando-se parte da
sociedade, como a participação na escola, nas comunidades religiosas, nos grupos
de amizades, no circulo de trabalho, etc.
Esta necessidade de relacionar-se com outros indivíduos faz parte da própria
natureza humana, segundo Tomael, Alcará e Di Chiara (2005, p.93) “A própria
natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a sociedade em rede.” Este
círculo de relacionamento vai aumentando e ficando cada vez mais diversificado,
com isto forma-se uma rede social.
Segundo Marteleto (2001, p.72), redes sociais representam “[...] um conjunto
de participantes autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e
interesses compartilhados”. As redes sociais estão presentes no cotidiano da
sociedade com acesso a Internet, seja para entretenimento, informação e também
estão presente no ambiente corporativo.
51
Para Recuero (2009), as redes sociais são um meio de comunicação entre as
pessoas onde o computador é o intermediário, e o que a difere das outras
ferramentas é a exposição pública.
Com o advento da internet e principalmente com o uso das ferramentas da
web 2.0, as mídias sociais começaram aos poucos tomarem espaço na vida do ser
humano e hoje, sua influência vem aumentando cada dia mais.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBOPE, neste ano (2010) em 27
países, e mais de 28 mil pessoas entrevistadas, o Brasil aparece entre os dez
países que mais acessam sites de redes sociais, como Orkut, You Tube, MSN,
Twitter, Facebook, ou Linked In, perdendo apenas para a Índia, Sérvia, Coréia do
Sul, Rússia, Espanha, China, Turquia, Romênia e Itália, superando países como
Estados Unidos, Inglaterra e França.
Rother (2010), da diretoria do IBOPE, diz que “Hoje, 67,5 milhões de
internautas navegam em todos os ambientes, seja em casa, no trabalho ou em
locais públicos”. Segundo ele, o internauta brasileiro tem um grau de sociabilidade
muito grande que pode ser demonstrada pela penetração de mídia social no país.
A referida pesquisa mostra ainda que os brasileiros acessam as redes sociais
em sua maioria (83%) por razões pessoais e não há diferenças entre sexos para tal
acesso, já por questões profissionais os homens acessam mais do que as mulheres
e a parcela de acesso cai para 33% no geral, o que mostra que o maior objetivo da
procura por sites de redes sociais é para o relacionamento pessoal.
Uma das características de algumas redes sociais são as comunidades, onde
usuários com afinidades em comum desenvolvem discussões sobre um determinado
assunto o qual todos têm interesse. Segundo Recuero (2009), estas comunidades
são uma extensão da sociedade em que vivemos, onde a falta de tempo e as
dificuldades metropolitanas ou geográficas, levam grupos de pessoas a interagirem
virtualmente:
As comunidades virtuais são agregados sociais que surgem da Rede [Internet], quando uma quantidade suficiente de gente leva adiante estas discussões públicas durante um tempo suficiente, com suficientes sentimentos humanos, para formar redes de relações pessoais no ciberespaço (RECUERO, 2009, p.137).
Existem vários sites de redes sociais, e nem todos os que são mais populares
no mundo são os mais acessados no Brasil. De acordo Pavarin (2010), uma
52
pesquisa IBOPE de fevereiro de 2010, informada a INFO Online, mostra que o
ranking de acesso no Brasil tem como os três primeiros colocado, o Orkut, seguido
por Twitter e Facebook.
2.10.1 Sites de Redes Sociais
Existe uma quantidade imensa de sites de redes sociais que podem ser
encontrados na internet. Na Wikipédia (2010) a lista de nomes de redes sociais
chega a quase 200 cadastrados. São sites de diversos países, com os mais variados
temas e estilos.
2.10.1.1 Orkut
O Orkut (www.orkut.com) é um “software social” e foi lançado em janeiro de
2004, criado pelo estudante da universidade de Stanford e funcionário da empresa
Google, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten.
O site de relacionamento ganhou sua versão em português já em 2005,
devido sua grande popularidade e hoje ainda se encontra em primeiro lugar no Brasil
com 26,9 milhões de usuários e um alcance de 73% dos brasileiros, conforme
pesquisa IBOPE (2010).
No inicio para se criar uma conta de usuário no site era necessário receber
um convite pessoal de alguma pessoa conhecida, já cadastrada no site. Segundo
Munhoz e Michel (2008), “a idéia era criar um sistema onde poderia ser construída
uma rede social a partir de laços já existentes e verificados pelos indivíduos na vida
real.” Atualmente qualquer pessoa pode se registrar a partir da pagina inicial do site,
e criar seu perfil. Com esta mudança é possível uma pessoa ter vários perfis, e
inclusive falsos perfis, não representado por uma pessoa real e sim uma
personagem, completa a autora.
O site funciona basicamente da seguinte forma: primeiramente o indivíduo
precisa ter uma conta no Google, que pode ser criada também na própria pagina do
Orkut, depois entra no site e cria seu perfil, informando ali alguns dados pessoais,
seus interesses por determinados assuntos, relacionamentos, gostos e também têm
53
a possibilidade de postar fotos, vídeos, pensamentos e interagir com seus amigos
por meio de recados (scraps).
Sobre os usuários do Orkut, Pithan (2004), afirma que:
Com a exposição de suas idéias, seus conhecimentos, suas fotos (naturais, manipuladas, distorcidas,...), de suas características (desde informações pessoais e profissionais até informações comportamentais – opção sexual, crenças, gostos,...), enfim, de suas vidas, acabam alimentando mesmo que inconscientemente um mundo imaginário e participando ativamente de relações sociais características da sociedade atual.
A rede vai aumentando à medida que amigos vão sendo adicionados, e isto
ocorre por meio de convites, onde o convidado tem a opção de aceitar ou não a
solicitação de amizade.
Conforme dados da pesquisa IBOPE desse ano, aqui no Brasil a região
Nordeste é a que apresenta um maior percentual (90%) de acesso as redes sociais,
contra 85% da região sudeste, por exemplo, e isto se deve ao fato do perfil do
usuário e a classe econômica está diretamente ligada a isto.
Esta diferença deve-se ao perfil daqueles que acessam a principal rede, o “Orkut”: mulheres, jovens, com menor grau de instrução, de classes C, D, E e residentes em municípios menores (com menos de 100 mil habitantes) e mais distantes (interior e periferias). “Este perfil sugere que as redes sociais estão efetivamente cumprindo o papel de inclusão e socialização”, avalia Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência. (IBOPE 2010)
O Orkut consiste em uma rede social por proporcionar interações entre seus
usuários o que vem confirmar o que diz Recuero (2004) é que ele “proporciona a
interação mediada pelo computador, bem como o estabelecimento e manutenção
das relações sociais através de seu sistema”.
As comunidades são um ponto forte do site, existem várias delas e com os
mais diversificados assuntos. São criadas pelos usuários da rede e agregando
grupos que se identificam com a proposta e descrição da comunidade, “Funcionam
como fóruns, com tópicos (nova pasta de assunto) e mensagens (que ficam dentro
da pasta do assunto)”. (RECUERO, 2004).
54
2.10.1.2 Twitter
O Twitter (www.twitter.com) é a ferramenta da Internet que mais está em
evidência, com um grande crescimento no número de acessos e usuários sendo a
segunda rede mais frequentada no Brasil, com um índice de 8,8% e um alcance de
24% de brasileiros, segundo pesquisa IBOPE em fevereiro de 2010.
De acordo com Roberto (2009), a rede foi criada em 2006, por Jack Dorsey,
Biz Stone e Evan Willians, e foi fundada como parte de um projeto da empresa
Odeo. A ferramenta é um microblog gratuito onde os “tuites” (postagem) são
limitados a 140 caracteres.
Aparentemente funciona como o já mencionado Orkut, o usuário se cadastra
no site, deixando alguns dados pessoais, cria seu perfil e escolhem as pessoas que
querem seguir. O que diferencia do Orkut é a maneira de como são postadas as
mensagens, e não existem comunidades, as pessoas seguem umas as outras e não
precisa de convite.
Quando surgiu, o Twitter tinha o objetivo de descrever o que o usuário estava
“fazendo naquele exato momento”, e respostas como “estou no ônibus”, “estou em
casa”, “estou no trabalho” já não agradavam mais seus seguidores, então o web site
mudou o tema para “o que está acontecendo neste momento”. Conforme Ferreira;
Tavares e Abreu (2010) “em julho de 2009, o sítio alterou o tema para “Compartilhe
e descubra o que está acontecendo neste momento, em qualquer lugar do mundo”,
ou seja, o Twitter serve para trocar e divulgar informações”.
Os perfis dos usuários são bem variados, aparecem de pessoas comuns
comentando sobre suas atividades rotineiras até empresas, políticos e celebridades,
deixando a rede mais atrativa, pois os usuários se sentem mais próximos de seus
ídolos já que grande maioria expõe acontecimentos de sua vida pessoal.
Conforme uma matéria da revista Época de março de 2009, o que mais
destaca no Twitter é a velocidade com que as informações são disseminadas. A
mensagem deve conter apenas 140 caracteres porque a idéia inicial era a utilização
via celular, assim a mensagem pode ser enviada de qualquer lugar e chegar ao
destino em primeira mão.
55
O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas circulam pela internet como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os “seguidores” – gente que acompanha o emissor. A grande novidade do Twitter é o ritmo. Por algum motivo inexplicável, as pessoas não param de trocar mensagens. ÉPOCA 2009
Ainda não existe a versão em português para o Twitter, mas segundo
Ferreira; Tavares e Abreu (2010), “assim como aconteceu com o Orkut, o Twitter
está para ganhar a sua versão em português com ajuda dos usuários atuais do
sistema, o que proporcionará um crescimento ainda maior do Twitter para os
usuários brasileiros.”.
2.10.1.3 Facebook
Facebook é um site de relacionamento muito parecido com o Orkut. Foi criado
em 2004 por três estudantes de Harvard, Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris
Hughes. O intuito de seus criadores era colocar os estudantes em contato uns com
os outros, mas o site tornou-se extremamente popular no campus, e então foi
expandido a fim de incluir os estudantes de Stanford, Columbia e Yale. Em 2006, a
empresa abriu espaço para que qualquer usuário com e-mail e acesso a Internet
pudesse se cadastrar. (STRICKLAND, 2010).
O Facebook é o site de redes sociais com maior número de usuários no
mundo, porém no Brasil ele ocupa a terceira posição. De acordo com os números do
IBOPE (2010), o site ocupa a terceira posição nos ranking dos sites de redes de
relacionamento mais acessados pelos internautas brasileiros, com o índice de 8%
dos usuários de redes sociais, ficando pouco atrás do Twitter, mas muito distante
ainda do Orkut.
Semelhante ao Orkut, os usuários do Facebook também utilizam a página
para expor suas vidas pessoais, divulgar vídeos e fotos, deixarem recados nos
murais e participarem de comunidades, que no site leva o nome de grupos.
O método para convites é o mesmo, ficando à disposição do usuário a opção
de aceitar ou não as pessoas como novos amigos. O Facebook dá sugestões
constantemente na página inicial de pessoas que poderiam ser conhecidas,
56
facilitando a procura de amigos na rede. Para isto ele usa como fonte de busca os
contatos de correio eletrônicos, amigos de amigos, pessoas que participam dos
mesmos grupos, etc.
2.10.2 A contribuição das Redes Sociais na Consolidação das Estratégias
Organizacionais
Desde o inicio desde século, aonde a web 2.0 veio com força total
apresentando as redes sociais como forma de interatividade entre as pessoas,
algumas organizações passaram a enxergar este novo nicho de mercado como uma
ferramenta para divulgarem seus produtos e serviços, conforme explica Souza e
Azevedo (2010, p.2):
Pessoas e empresas fazem uso desta tecnologia on-line para compartilhar conteúdo, o que inclui opiniões, experiências, perspectivas utilizando textos, imagens, vídeos. Isto dá possibilidade para interação instantânea entre os usuários. Manter este vínculo com clientes tem sido trabalhado e investido pelas organizações com maior intensidade, pois nele encontraram uma nova forma de promover seu produto ou serviço e acompanhar como está sua imagem institucional; são as mídias sociais utilizadas como filtro de opinião.
Porém não são todas as empresas que estão preparadas para terem este tipo
de relacionamento com os clientes, pois tudo está muito ligado a cultura
organizacional. Conforme Boog (2002, p. 241), “Usar tecnologia em larga escala, e
principalmente aplicativos em internet, ainda é uma barreira cultural muito grande
nas organizações brasileiras.”.
Existem diretores de empresas que aderem a políticas rígidas onde acreditam
que o rendimento de seus colaboradores irá cair se tiverem acesso a mídias sociais
ou teme que ex-funcionários insatisfeitos possam difamar a empresa usando esses
meios, o que prejudicaria a imagem da mesma. Empresas que não tem boa
comunicação interna dificilmente vai conseguir usufruir de todos os benefícios que
as redes sociais podem proporcionar quando bem estruturada, “... aquela empresa
que não tem o hábito de se comunicar internamente, possivelmente, terá
dificuldades na comunicação do ciberespaço.” Souza e Azevedo (2010).
57
Porém, para as empresas que presam pela comunicação, tanto entre seus
colaboradores quanto com seus clientes, as mídias sociais são um canal que pode
trazer muito retorno com pouco investimento, mas para isto não deve ser feito de
qualquer maneira.
Conforme um post do prof. Sérgio Jr. em seu blog, é preciso todo um estudo
elaborado e significativo quanto a cultura, os objetivos e o público da empresa, caso
contrário de nada adianta ter um Twitter com milhares de seguidores se isto não for
expressivos para os negócios, ele será apenas um bom Twitter. A empresa precisa
de profissionais qualificados e não basta gostar de internet e saber criar contas em
sites de redes sociais, tem que entender do negócio e das estratégias
organizacional.
É muito importante que as organizações que queiram entrar neste ramo
façam um mapeamento de como são seus clientes, saber a faixa etária, as
necessidades pessoais e o nível intelectual facilita na hora de escolher qual
ferramenta será utilizada e qual linguagem que será empregada, sendo que
independente de qual for o público a linguagem deve ser sempre o mais simples
possível para que todos possam assimilar as mensagens que estão sendo
transmitidas. Teobaldo (2003, p.82) afirma que “O público deve ser sempre
considerado como um elemento da empresa e não como um estranho”.
É importante que as mídias se encaixem na cultura, identidade e públicos da
empresa, para que assim as pessoas sintam a empresa próxima a elas. As
empresas devem escolher uma equipe especializada em mídias sociais que irá
identificar através da politica e da cultura o que mais se aproxima de seus clientes,
optando assim dentre várias redes existente a que pode trazer mais retorno.
Conforme Souza e Azevedo (2010, p. 10):
São os profissionais de comunicação que exercem a função estratégica de lidar com estas ferramentas interativas, pois elaboram um diagnóstico para então planejar, aplicar, gerenciar e/ou analisar o melhor plano de comunicação a ser usado junto com os demais funcionários envolvidos nessa tarefa de gerenciamento das mídias sociais.
Já existe no mercado ferramentas para auxiliar neste trabalho, conforme
AdNews, o Ibope Nielsen Online, anunciou em maio desse ano, sobre ferramentas
de monitoramento do comportamento em redes como Orkut, Twitter e Facebook.
"Trata-se de uma ferramenta com uma interface de utilização muito fácil por parte
58
das empresas. Ela foi desenvolvida justamente com o propósito de facilitar o
trabalho de profissionais que não são de tecnologia".
A ferramenta tem o objetivo de monitorar o comportamento dos usuários nas
redes sociais e acompanhar o conteúdo online gerado pelo consumidor, como
opiniões publicadas no Twitter, Orkut, etc.
Opiniões estas que são de fundamental importância para as organizações,
pois é através destas que o público vai expor sobre o que está bom e o que precisa
ser melhorado em determinados produtos e serviços.
Ao escolher o Twitter como meio de divulgação, a empresa deve saber utilizar
muito bem seus 140 caracteres para divulgar promoções e anunciar seus novos
produtos e seus diferenciais quanto ao concorrente. Como visto acima, o Twitter é
um meio de comunicação muito rápido, pois pode ser acessado facilmente pelo
celular, o que quer dizer que empresas aproveitam para anunciar ofertas
relâmpagos, ou então muitas usam para divulgar o lançamento de seus produtos e
rapidamente se espalha pela rede.
Conforme Recuero (2009), já tem as mais tradicionais que optam por criarem
uma comunidade no Orkut, onde por meio de fóruns criam-se tópicos e várias
pessoas expressam suas opiniões. É um pouco arriscado, pois sempre vai ter os
que vão contrariar, mas isto faz parte do processo e é importante que a empresa
tenha um profissional qualificado para responder aos comentários e interagir com
seus clientes, tirando dúvidas e esclarecendo qualquer mal entendido a respeito de
seus produtos e serviços. De igual modo funciona com o Facebook, blogs, e
qualquer outra rede que a empresa optar.
2.11 A PROFISSÃO EMERGENTE: O ANALISTA DE REDES SOCIAIS
Com a mudança da web, a internet passou por uma considerável transformação
na forma como as pessoas tiravam proveito de seus recursos. Novos horizontes
foram abertos, uma revolução em comunicação digital iniciou-se a partir de então
com a popularização das redes de relacionamento.
Por muito tempo as redes sociais são utilizadas com intuito de oferecer diversão
aos seus usuários, seja com postagem de fotos, discussões em comunidades, ou
manter contato com familiares e amigos. A rápida popularização deste novo conceito
59
por todo o mundo fez despertar nas pessoas o interesse de utilizá-lo em seus
negócios. As empresas passaram a ver as mídias sociais como um forte e promissor
aliado para alavancarem seu faturamento. Com isto a busca por este novo modelo
de profissional aumentou bastante. Conforme a opinião de Rafael Galdino (2010):
Não existe curso de graduação para um profissional de Mídia Social, ele nasce da integração online, do network virtual e da paixão por gostar de se comunicar através da web. Geralmente tem entre 18 e 25 anos, é um completo Geek, fissurado em leitura, entretenimento, notícias, novidades e velocidade da informação. Este profissional é raro de se encontrar e muitas empresas já estão na caça desse perfil.
Basicamente o objetivo do Analista de Mídias Sociais é focar-se em redes de
relacionamento tais como Orkut, Facebook, Twitter dentre outras redes. MIRANDA
(2009), diz que uma vez que este profissional está bem inserido, atualizado e
conhecedor dos recursos que estes sites tem a oferecer, ele deve com frequência
criar projetos para a marca ou produto os quais os membros da comunidade possam
comentar, usar e indicar para outras pessoas.
Na definição de Veroni (2010) “é um profissional capaz de analisar tendências e
ficar antenado com as principais discussões que são repercutidas ou criadas pelos
internautas.” Conforme dados de pesquisa Reuters (2010) a rede social Facebook
possui hoje mais de 400 milhões de adeptos por todo o mundo. As pessoas estão
geralmente agrupadas por interesse e cada vez mais estão segmentando suas
escolhas, através dessas escolhas que o analista irá buscar formas de explorar este
potencial veículo de informação.
Segundo Silveira (2003), um dos fatores que vem colaborando com o
crescimento destas redes é a popularidade que a tecnologia vem ganhando, pois
com o baixo custo para obtenção de computadores cada vez mais pessoas são
incluídas no universo virtual. A participação da classe C cresce aceleradamente o
que indica que novas mentes estarão inseridas neste público, tais como, donas de
casa, estudantes, trabalhadores, isto exige que este analista também entenda a
forma de pensar deste novo público.
2.11.1 Atividades do Analista de Redes Sociais
60
O profissional especialista em TI deve estar preocupado em desenvolver
ferramentas que passem confiança para às pessoas que irão utilizar. Ele precisa
conhecer os mecanismos necessários a fim de criar soluções eficientes para
interagir com os usuários. Conforme define Montenegro (2010), estas são algumas
das principais atividades do analista de mídias sociais:
O analista de redes sociais é responsável pela criação do projeto e o
acompanhamento. Ele é encarregado de procurar por erros e corrigi-los, além
disto, este profissional deve estar preocupado em manter-se em contato
sempre com os participantes da comunidade para ouvir opiniões da marca ou
produto que está promovendo.
Identificar oportunidades de levar a marca ou empresa a campanhas online
através de sua participação nas redes sociais. Existem formas bastante
conhecidas como fóruns, blogs e comunidades, nestes o profissional poderá
inserir a empresa nas redes ou fazer o monitoramento dela.
Ao inserir uma empresa, uma marca o analista prestará o serviço de
monitoramento, observando as interações dos usuários e sempre que
possível executando ações.
Ele pode optar por fornecer consultoria às organizações. Neste caso ele tem
por finalidade mostrar a empresa o rumo que deverá seguir para atingir
resultados na criação de sua publicidade online, tornando assim a marca
reconhecida e contribuindo com o público.
61
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Embora a fundamentação teórica sustente o trabalho, tornando-se o
referencial e baseando seu desenvolvimento em função do material pesquisado, faz-
se necessário um referencial metodológico que oriente todo este processo.
A finalidade da metodologia da pesquisa é definir as estratégias
metodológicas que irão viabilizar o processo de coleta de dados, análise do material
coletado e verificação dos resultados.
Conforme Barros e Lehfeld (2000, p.13),
Tradicionalmente, a Metodologia Científica orientava a construção da pesquisa teórica e prática. A parte teórica abordaria o problema da natureza do conhecimento e do método científico, que estariam referenciando e direcionando modelos analíticos de explicação da realidade em questão. A parte prática compreenderia a produção científica referente às técnicas e métodos operacionais para o estudo e compreensão da realidade ou do objeto de análise.
3.1 TIPO DE PESQUISA E ABORDAGEM METODOLÓGICA
Para Souza; Fialho e Otani (2007), o que leva o homem a pesquisar seria a
busca do conhecimento que consiste na necessidade humana de conhecer. A
pesquisa faz parte do processo de construção do conhecimento e sua meta principal
é justamente o de gerar novos conhecimentos ou refutar algum conhecimento já
existente. Ainda segundo os autores “Pesquisar tem como finalidades principais,
resolver problemas, formular teorias ou ainda testar teorias.”.
Este trabalho se classifica como uma pesquisa acadêmica por ser uma
atividade de caráter pedagógico, considerando que a busca pela solução da
problemática envolve reflexões acerca de uma situação específica mais do que
soluções práticas e universais propriamente ditas.
Pesquisa acadêmica: atividade de caráter pedagógico que visa despertar o espírito de busca intelectual autônoma. A pesquisa acadêmica é realizada no âmbito da academia (Universidade, Faculdade ou em outra Instituição de Ensino Superior), conduzida por professores universitários e alunos de graduação e pós-graduação. O resultado mais importante não é o oferecimento de respostas salvadoras para a humanidade, mas sim a aquisição do espírito e método para a indagação intencional. (SOUZA; FIALHO e OTANI, 2007, p. 35).
62
A técnica empregada nesta pesquisa foi de documentação direta, que
segundo Souza; Fialho e Otani (2007) consiste na coleta de dados no próprio local
onde o fato acontece, ou seja, um trabalho de campo que permite um contato maior
com a realidade.
Quanto à natureza da pesquisa na visão de Silva e Menezes (2005, p.20) ela
pode ser Básica ou Aplicada. A básica tem por objetivo gerar novos conhecimentos
para o avanço da ciência, envolvendo verdades e interesses universais, não
podendo assim ser aplicada diretamente para atendimento de necessidades
humanas, conforme Souza; Fialho e Otani (2007).
Já a pesquisa Aplicada que se enquadra a este trabalho:
Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigida à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais, tendo como propósito resolver um problema específico, que provavelmente resultará em um produto diretamente aplicado, buscando atender demandas sociais. (SOUZA; FIALHO e OTANI, 2007, p. 38).
A pesquisa aqui aplicada quanto aos objetivos é do tipo descritiva, pois
consiste na observação dos fatos tal como ocorrem na coleta de dados e no registro
de variáveis. A pesquisa é realizada no local onde os fenômenos acontecem.
De acordo com Gil (1994, p.45), “A pesquisa descritiva deste tipo tem como
objetivo primordial a descrição das características de determinada população, ou
fenômeno, ou estabelecimento de relações entre variáveis”. Ainda segundo o autor,
a pesquisa descritiva envolve aplicação de técnicas de coleta de dados, questionário
e observação sistemática, assumindo a forma de levantamento.
Na abordagem do problema, pode-se aplicar a forma quantitativa ou
qualitativa, conforme Silva e Menezes (2005), podendo ainda haver uma
combinação dessas duas formas de se coletar informações.
A pesquisa quantitativa é mais precisa nos resultados, pois trabalha com
números, utilizando-se de técnicas estatísticas, como porcentagem, média, mediana,
moda, analise de regressão, etc., ela parte do pressuposto que tudo pode ser
quantificável, traduzindo opiniões e informações em números. No entanto, a
abordagem qualitativa, forma de pesquisa aqui utilizada, é definida por Souza; Fialho
e Otani (2007) onde, “Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O
ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o
instrumento-chave.”.
63
Contudo, isto não significa que dados quantitativos não estarão presentes na
análise realizada. Um questionário aplicado a gestores de empresas que utilizam ou
não redes de mídias sociais, será avaliado de forma quantitativa, mas a análise terá
um olhar predominantemente qualitativo, de modo a interpretar os resultados ali
demonstrados.
A classificação em relação às fontes de informação é basicamente dividida
em três, segundo Santos (2000): Campo, Laboratório e Bibliografia.
A pesquisa em Bibliografia é a coleta de informações em materiais impressos
ou publicado na mídia. De acordo com Cervo e Bervian (1996, p. 48) a pesquisa
bibliográfica:
Procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existente sobre um determinado assunto, tema ou problema.
Em laboratório se refere à reprodução artificial que permite a coleta de
informação para descrição e analise, conforme Souza; Fialho e Otani (2007). A
utilização dessa pesquisa depende do objetivo a ser alcançado.
A fonte de informação utilizada nesta pesquisa é, portanto, a de campo, por
meio de entrevistas aplicadas com questionários à gestores de recursos humanos
de diversas empresas.
Nos procedimentos técnicos foi utilizada a pesquisa bibliográfica, a
documental e de levantamento.
A pesquisa bibliográfica se refere ao levantamento de dados, onde a principal
característica reside no intuito de proporcionar um panorama cognitivo acerca do
tema estudado. De acordo com Fachin (2001, p. 125) a pesquisa bibliográfica:
Diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras. Tem como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa. A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar, fichar, organizar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa em pauta. A pesquisa bibliográfica é a base para as demais pesquisas e pode-se dizer que é uma constante na vida de quem se propõe estudar.
64
A pesquisa bibliográfica é, portanto, o levantamento e a análise do produzido
sobre determinado assunto, mediante coleta de dados em materiais publicados em
diversos meios, sobre o tema da pesquisa cientifica.
Logo a pesquisa documental é toda informação visualizada, escrita ou oral.
Semelhantemente à pesquisa bibliográfica, ela está relacionada à coleta,
classificação, seleção difusa e à utilização de qualquer espécie de fonte de
informação, a natureza essencial está na natureza das fontes. Segundo Souza;
Fialho e Otani (2007), “A pesquisa documental fundamenta-se na utilização de
materiais impressos e divulgados que não receberam ainda tratamento analítico.”.
Por fim, a pesquisa também é classificada como sendo de levantamento. É
um tipo de pesquisa que Geralmente, efetua-se uma solicitação de informações
referentes a determinado problema, conforme Souza, Fialho e Otani (2007), está
relacionada à interrogação direta das pessoas cujo comportamento se quer
descobrir, recorrendo a um determinado grupo de pessoas sobre um determinado
problema levantado.
3.2 POPULAÇÃO DA PESQUISA E AMOSTRA
De acordo com Richardson (1999) a população pode ser caracterizada por
um apanhado de elementos possuidores de determinadas características, como por
exemplo, um conjunto de indivíduos que trabalham em um mesmo local. Enquanto
amostra seria o subconjunto da população apresentada por meio de calculo
específico de acordo com seu tamanho.
O universo desta pesquisa são os gestores de empresas que são
responsáveis pelas contratações de profissionais relacionados a redes sociais. Em
função do tamanho da amostra, foram aplicados questionários em um total de 20
empresas para que se identificassem as core competences de tais profissionais.
Permitindo a coleta de dados específicos que contribuam para a conclusão e a
consecução dos objetivos deste trabalho.
Para Mattar (1996, p.130) “a essência de uma boa amostra consiste em
estabelecer meios para inferir, o mais precisamente possível, as características da
população através das medidas das características da amostra”. Ainda com este
autor:
65
A amostragem está baseada em duas premissas. A primeira é a de que há similaridade entre os elementos de uma população, de tal forma que uns poucos elementos representarão adequadamente as características de toda a população; a segunda é de que a discrepância entre os valores das variáveis na população e os valores dessas variáveis obtidos na amostra são minimizados, pois, enquanto algumas medições subestimam o valor do parâmetro, outras o superestimam, e desde que a amostra tenha sido adequadamente obtido, as variações nestes valores tendem a contrabalançarem-se e a anularem-se umas às outras, resultando em medidas de amostra que são, geralmente, próximas às medidas da população (MATTAR, 1996, p. 128-129).
3.3 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
Os dados da pesquisa foram coletados por meio de um questionário
elaborado com 10 questões, sendo 2 questões informativas para se conhecer o
campo entrevistado, 4 questões fechadas, onde os entrevistados puderam optar por
uma ou mais alternativa e 4 abertas que permitia os pesquisados expor sua opinião
sobre o assunto.
O questionário foi enviado via e-mail para o setor de Recursos Humanos de
20 empresas da região de diversos segmentos, onde foi respondido pelos gestores
responsáveis pela contratação de profissionais analistas de redes sociais.
Após devidamente preenchidos os questionários foram devolvidos também
via e-mail. A pesquisa foi realizada durante o mês de outubro de 2010, sendo que
após de, devidamente respondidos e devolvidos, os questionários tiveram seus
dados tabulados para análise e melhor compreensão dos resultados.
Como é objetivo da pesquisa descritiva, segundo Gil (apud SOUZA; FIALHO;
OTANI, 2007), a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados,
questionários e observação sistemática, permite entender os fenômenos e o
estabelecimento das relações entre as variáveis pesquisadas. Confirmando sua
forma, quanto aos procedimentos técnicos, de levantamento.
Por meio das considerações e argumentações dos capítulos anteriores e por
esta metodologia objetivou-se responder a questão central enunciada na formulação
da problemática e dos objetivos do presente estudo. A qual consiste em identificar
quais as core competences de um analista de redes sociais.
66
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
Com a pesquisa é possível extrair dados que mostram a importância em
conhecer a opinião dos gestores de empresas acerca das competências que um
profissional analista de redes sociais deve possuir. Por meio destas opiniões fica
claro o que as organizações buscam ao contratar um profissional deste ramo.
Também se visou eleger quais as core competences consideradas
fundamentais que integram o perfil do profissional de redes sociais, bem como saber
o que pensam sobre a utilização deste novo tipo de mídia dentro das organizações.
Como por exemplo, quais as mídias sociais mais conhecidas no âmbito
organizacional e desta forma sabem-se então quais as redes sociais que este
profissional deve dominar para entrar neste mercado de trabalho.
Desse modo, este capítulo apresenta as informações referentes ao objeto de
estudo deste trabalho e os dados levantados por meio das análises e discussões
indicadas pela pesquisa.
Neste processo foram distribuídos 20 questionários direcionados aos gestores
de empresas de diversos segmentos, dos quais, apenas 12 voltaram respondidos e
serão aqui apresentados em forma de gráficos e análises.
4.1 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS
Os questionários enviados às empresas continham 10 questões, sendo 4
objetivas e 6 discursiva para extrair as opiniões dos gestores. As duas primeiras
perguntas foram mais em nível de conhecimento das organizações para saber qual
sua segmentação e há quanto tempo estão atuando no mercado, tendo-se assim um
parâmetro para comparar se tempo de mercado influencia na utilização das mídias.
Referente às segmentações, optou-se por uma em cada ramo para assim
conhecer em qual área as Redes sociais estão mais presente.
No gráfico 1 seguem os dados com o panorama dos indicativos citados
acima:
67
Cerâmico
Concessionária
Confecção
Construção civil
Educação superior
Hospitalar
Informática
Publicidade e propaganda
Relojoaria e ótica
Serigrafia
Supermercado
Transportadora
39
65
25
2
10
50
7
15
35
15
52
20
Segmentação e Tempo de Atuação da Orga-nização no Mercado
Anos de Atuação
Gráfico 1: Segmentação e Tempo de Atuação da Organização no MercadoFonte: Primária (2010).
.
Ficou claro que isto não tem a ver com o tempo de atuação no mercado, pois
empresa com 52 anos não utiliza nenhum tipo de mídia, enquanto outra com 10
anos utiliza-se de muitas, ou ainda empresa com 2 anos não utiliza de nenhuma
redes sociais, por outro lado, empresa com 39 anos de mercado participa de várias.
Percebeu-se ainda que dentre os entrevistados, os ramos que mais utilizam
mídias sociais são os cerâmico, confecção e educação superior, onde aderem a
100% das mídias apresentadas na pesquisa, incluindo outras, como blogs e sites.
Publicidade e propaganda, transportadora, informática, concessionária e relojoaria
utilizam apenas dois tipos de mídias cada, enquanto os outros 4 ramos entrevistados
não utilizam de nenhum tipo de mídia social
Dados mostrados no gráfico 2, onde foram questionados o número de
funcionários que a organização possui, também mostraram que o porte de empresa
68
nada tem a ver com utilização de redes sociais, pois empresas com mais de 500
funcionários tanto utilizam todas as mídias como também não utilizam nenhuma. E o
mesmo acontece com empresas pequenas.
Isto veio confirmar que muito tem a ver com a cultura da organização,
conforme citado por Castro e outros (2002), que ainda existe uma barreira cultural
muito grande nas organizações brasileiras em se tratando de usar aplicativos em
internet ou tecnologia em larga escala. Ou ainda, por falta de comunicação
internamente o que dificulta qualquer outro tipo de comunicação, conforme Souza e
Azevedo (2010).
Menos que 50 Entre 51 e 100 Entre 101 Acima de 500
34%
16%
25% 25%
Quantidade de Funcionários das Empresas Entrevistadas
Percentual
Gráfico 2: Quantidade de Funcionários das Empresas EntrevistadasFonte: Primária (2010).
O gráfico 3 mostra algumas mídias utilizadas nas empresas entrevistadas de
acordo com o questionário empregado. Foram escolhidas para apresentação as três
redes sociais mais usadas no Brasil, conforme pesquisa IBOPE (2010) que são
Orkut, Twitter e Facebook.
69
13%
29%
17%17%
25%
Percentual de Utilização das Redes Sociais pelas Organizações
Orkut Twitter Facebook Nenhuma Outros
Gráfico 3: Percentual de Utilização das Redes Sociais pelas OrganizaçõesFonte: Primária (2010).
Por meio do gráfico notou-se que embora no Brasil o site de relacionamento
com maior número de usuários seja o Orkut, com aproximadamente 26,9 milhões de
usuários com alcance de 73% dos brasileiros, conforme pesquisa IBOPE (2010), no
meio organizacional ele ficou em terceiro lugar. Isso veio ratificar conforme explicou
a diretora executiva de marketing do IBOPE, Laure castelnau, que o perfil dos
usuários do Orkut são as classes C, D, e E, com menor grau de instrução e
moradores de cidades com menos de 100 mil habitantes. Dependendo do ramo da
empresa, merecia mais atenção os dados apresentado na pesquisa, pois o público
destas classes sociais pode ser alcançado por meio desta rede.
Pela amostra apresentada na pesquisa, a rede social que tem maior
abrangência entre as organizações é o Twitter, com 29% de atuação entre as
empresas. Segundo pesquisa IBOPE (2010), o Twitter tem um alcance 24% dos
brasileiros, e iniciou-se apenas com o objetivo de descrever o que o usuário estava
fazendo no momento. Porém, por se tratar de um veículo de rápida divulgação as
empresas utilizam para divulgar ofertas relâmpagos, conforme citado no referencial
teórico, e também para divulgação de suas marcar e produtos.
70
Já o Facebook ficou em segunda colocação entre as organizações, embora
seja o site de relacionamento com maior número de usuários no mundo e o terceiro
no Brasil, com um índice de 8% dos usuários brasileiros IBOPE (2010).
Na amostra aqui apresentada ele ficou com uma participação de 17% das
organizações entrevistadas. Notou-se ainda que das empresas que utilizam o
Facebook normalmente utilizam outras mídias sociais também, o que não ocorre
com o Twitter, pois não necessariamente os que usam o Twitter possuem outros
tipos de mídias.
Na questão de número 5, quando questionado para os gestores se julgavam
importante a participação da empresa em mídias sociais, quase todos foram
unânimes ao responderem que sim, mesmo os que não utilizam essa ferramenta.
Como o caso do supermercado que não utiliza nenhum tipo de rede social, mas o
gestor julga importante para aproximar-se de todas as classes sociais, da D à A, o
que não acontece hoje na organização, ficando limitado às classes A e B.
Para a instituição de educação superior é fundamental, pois os “futuros
acadêmicos”, na grande maioria pessoas da geração Y, estão conectados às mídias
sociais o que facilita a comunicação e a divulgação da marca.
Felipe Moraes, Autor do livro: Planejamento Estratégico Digital, e gestor de
uma agência de Publicidade e propaganda, respondeu que “com certeza é muito
importante, pois vendemos isso para nossos clientes que somos especialistas em
marketing digital e por isso precisamos atuar nas redes para mostrar que se
sabemos fazer para nós, saberemos fazer para eles.”.
Grande maioria julga importante para a divulgação da marca, ideias,
conceitos e aproximação com os clientes, bem como rápido retorno da
aceitação/reprovação dos mesmos. Conhecer a opinião e o perfil dos clientes
também foi bem colocado, e também para identificar as necessidades do mercado
atual.
Também houve, para confirmar o que foi citado antes por Souza e Azevedo
(2010), que existem diretores que aderem a políticas rígidas, por temor ou mesmo
pela cultura organizacional, como foi o caso da organização hospitalar, onde a
gestora respondeu que não julga importantes as redes sociais, pois expõe muito a
empresa.
Ao serem questionados os gestores sobre a opinião deles quanto ao impacto
das mídias sociais nas organizações contemporâneas, tema da sexta questão, as
71
respostas foram bem diversificadas. Para o gestor da instituição de ensino o
principal impacto seria a transformação da estrutura organizacional ficando mais
dinâmica e flexível. Já Felipe Morais considera um grande impacto o fato de as
pessoas desejarem se relacionar com as marcas e as redes sociais abrirem este
canal. Segundo o gestor do supermercado, o impacto seria a “fidelização do cliente
interno e externo, por ser um diferencial quando o concorrente não a possui”. Para o
gestor da confecção as mídias sociais estão obrigando as organizações organizarem
seus setores de contato com os consumidores, a fim de absorver suas percepções e
desejos para responder prontamente às suas reclamações/sugestões. No entanto, a
gestora do setor cerâmico, defende que as empresas já estão esperando por este
tipo de mudança, já que o mundo gira em torno deste avanço tecnológico.
As últimas quatro questões foram destinadas as core competences dos
profissionais analistas de redes sociais, objeto de estudo desse trabalho,
começando por identificar as características comportamentais que este profissional
deve possuir na opinião dos gestores.
Conforme mostra os gráficos abaixo, foi selecionado 4 características
referentes à competências e solicitado para que fossem enumerados de 1 a 4,
obedecendo a ordem de importância, sendo 1 para o mais importante e 4 para o
menos.
Ao analisar o gráfico 4, percebe-se que 33% dos entrevistados concederam
conceitos 1 e 2, mostrando que estas competências são essenciais a todo
profissional analista de redes sociais, visto que o mesmo deve ter iniciativa para
estar sempre atualizado com as tecnologias e aperfeiçoar-se cada vez mais na
utilização das ferramentas de trabalho. No que diz respeito a determinação ao iniciar
um novo projeto ele deve estar comprometido e focar-se na criação e
desenvolvimento do mesmo desde a implantação até a conclusão.
72
33%
33%
17%
17%
Iniciativa e DeterminaçãoConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4
Gráfico 4: Iniciativa e DeterminaçãoFonte: Primária (2010).
O gráfico 5 mostra sobre a competência de ter estímulo a inovação,
característica que também deve estar presente neste profissional. Apenas 17% dos
entrevistados deram o conceito 4, que seria o menos importante dos quatro
analisados. De acordo com Ferreira e Sousa (2008), o estímulo a inovação tende a
ser uma questão crítica para as organizações que vivem em uma era onde a
concorrência é cada vez mais acirrada. Por isso é tão importante esta competência
no perfil do profissional analista de mídias sociais.
25%
25%33%
17%
Estímulo à InovaçãoConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4
Gráfico 5: Estímulo à InovaçãoFonte: Primária (2010).
73
No gráfico 6 foi apresentado a capacidade que compete ao profissional de se
relacionar com as pessoas, seja de forma oral ou escrita, onde conforme respostas
dos gestores, é uma competência que deve estar bem presente também na vida
deste profissional. Segundo a opinião de Galdino (2010), é imprescindível que este
profissional saiba relacionar-se adequadamente utilizando a internet como
ferramenta. Existem vários clientes em potencial nas redes sociais e saber lidar com
eles é um fator determinante para sucesso da organização.
25%
25%33%
17%
Relacionamento PessoalConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4
Gráfico 6: Relacionamento PessoalFonte: Primária (2010).
Por fim o conhecimento técnico ficou para trás, como mostrado no gráfico 7, e
vem confirmar o que foi citado por Medeiros (2007), onde o analista precisa possuir
aptidões emocionais, cognitivas e emocionais, pois este profissional precisa realizar
negociações de modo a trazer benefícios para ambas as partes e não apenas o
conhecimento técnico. Sendo assim, 50% dos gestores entrevistados julgaram das
quatro competências apresentadas, o conhecimento técnico como sendo o menos
importante para este cargo de analista de redes sociais.
74
17%
17%
17%
50%
Conhecimento TécnicoConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4
Gráfico 7: Conhecimento TécnicoFonte: Primária (2010).
Quando questionados a respeito dos principais requisitos para a contratação
de um profissional para trabalhar com mídias sociais, as qualidades foram diversas,
tais como: gostar de navegar na internet, criatividade, curiosidade, pró-atividade,
motivação, perseverança, gestão de pessoas, integridade, comunicação na parte
escrita, conhecimentos técnicos em redes sociais, iniciativa, responsabilidade. Para
Felipe Moraes “o profissional tem que entender que as redes são mais do que jogar
links, é relacionamento e que ali a pessoa está representando uma marca”. Assim
ficou claro, ao contrário do que alguns pensam, que trabalhar com redes sociais seja
apenas navegar na internet e conhecer pessoas, passando links e esperando que
eles possam visitar, o trabalho do analista de redes sociais é bem mais complexo e
exige muita responsabilidade, visto que eles estão representando e defendendo uma
marca e o objetivo final e fazer a intermediação entre os consumidores e a empresa,
visando sempre o lucro da mesma e a satisfação dos clientes.
Na questão de número 9 onde foi indagado o que a empresa espera ao
contratar um profissional dessa área, basicamente eles esperam que este
profissional dissemine a marca da empresa da melhor forma nas mídias sociais,
sabendo transmitir exatamente a imagem da empresa, trazendo um diferencial e um
novo conceito, tornando-as conhecidas e integrando a empresa a todos os públicos.
75
Também esperam transparência na comunicação e que cada ação que ele faça nas
redes seja bem pensada para não comprometer a marca na web.
Na última questão foi solicitado aos entrevistados que assinalassem as
questões contidas no quadro abaixo cujas core competences fossem fundamentais
para o profissional de redes sociais.
1) Competências sobre processos: Os conhecimentos sobre o processo de trabalho;
2) Competências técnicas: Conhecimentos específicos sobre o trabalho que deve ser realizado;
3) Competências sobre a organização: Saber organizar os fluxos de trabalho;
4) Competências de serviço: Aliar a competência técnica à seguinte pergunta: qual o impacto
que este produto ou serviço terá sobre o consumidor final?
5) Competências sociais: Saber ser, incluindo atitudes que sustentam os comportamentos das
pessoas.
Quadro 2: Competências Humanas no âmbito das organizações. Fonte: Zafiran (1999).
A maioria dos entrevistados assinalaram quase todas as competências
mencionadas, sendo que as competências sociais tiveram o voto dos 12 gestores
envolvidos, comprovando mais uma vez que o profissional de analista de mídias
sociais tem que ter habilidades sociais. Cinco gestores apenas assinalaram as
competências técnicas e de serviço, sete as competências de processos e seis as
competências sobre organização.
76
5 CONCLUSÃO
O principal objetivo deste trabalho foi identificar quais as core competences
de um analista de redes sociais, visto que é de fundamental importância conhecer o
que os gestores de empresas esperam deste novo profissional e o que eles têm
para contribuir com as organizações contemporâneas.
A partir do que foi identificado na fundamentação teórica, especificamente no
levantamento dos conceitos sobre competências, percebe-se que a contribuição dos
teóricos permite a definição do termo competência e mostra como estas
características agregam valor ao profissional. De posse das core competences as
organizações da era do conhecimento poderão ajustar os colaboradores para que
suas atividades condigam com a sua função.
Por meio do referencial teórico apresentado, puderam se sustentar os
argumentos utilizados para realizar este estudo, bem como a apresentação dos
procedimentos metodológicos a fim de identificar as diretrizes empregadas para a
realização do mesmo.
Utilizando-se da investigação, percebe-se que a tecnologia da informação
contribui ao disponibilizar de meios para criação das ferramentas de mídia social e
sua implantação dentro do ambiente organizacional. Conforme a opinião de Garcia
(2010), a tecnologia da informação permite inovar, de forma criativa, a maneira como
a informação é levada e entregue as pessoas certas e no momento apropriado. Com
isto os analistas têm ao seu dispor as ferramentas necessárias para obter os
resultados esperados na consolidação das mídias sociais nos dias atuais.
A Tecnologia da Informação embora tenha um significado bastante amplo,
veio para inovar o conceito das organizações, principalmente após a era da
industrialização, pois atualmente as empresas buscam por cabeças pensantes que
possam usar seus conhecimentos, habilidades e tenham atitude para ir a busca de
algo que vá trazer mais resultados enquanto a tecnologia toma conta dos processos
repetitivos, ou que exijam força braçal. Neste ponto entra as competências
essenciais que o individuo deve possuir, mais precisamente, os profissionais
analistas de redes sociais, objeto de estudo deste trabalho.
As mídias sociais e o rápido avanço da internet trouxeram um grande impacto
as organizações contemporâneas, pois fez nascer nas empresas a preocupação
com sua imagem e de seus produtos para os clientes que estão conectados às
77
redes absorvendo suas percepções e desejos além de responder prontamente as
suas dúvidas e reclamações.
Na busca pelos precursores responsáveis pela massificação das mídias
sociais, o estudo sobre a geração Y fez entender o quanto a tecnologia afeta o
comportamento das pessoas, pois enquanto a geração X tenta ainda se equilibrar
neste mundo digital, a nova geração chamada de nativos digital, por nascerem na
era da informação, têm grande facilidade de se expressar por meio desta rede.
Neste público então nota-se que se encontram os principais candidatos para
ocuparem esse cargo de analista de redes sociais, visto que o perfil esperado pelas
organizações entrevistadas muito tem a ver com as características que eles
possuem como: gostar de navegar na internet, criatividade, curiosidade, pró-
atividade, iniciativa, conhecimentos em redes sociais, vontade de aprender e estar
sempre atento às mudanças, atributos intensos entre essa geração que vivem
conectadas em tudo ao mesmo tempo. Contribuindo então para a popularização das
mídias sociais na contemporaneidade.
Com a pesquisa aplicada aos gestores das empresas podem-se identificar
outras competências essenciais para este profissional, tais como integridade,
responsabilidade, gestão de pessoa, motivação, habilidades técnicas, perseverança
e boa comunicação na parte escrita.
De posse destes dados fica mais fácil identificar quais tipos de profissionais
as organizações estão procurando para ocuparem tal cargo, bem como
compreender que essa é uma profissão séria que exige responsabilidades e muita
competência.
Sendo assim chegando ao final deste estudo, após vários meses e muitas
horas de dedicação a esta pesquisa, ainda há a motivação pelo tema e o vislumbre
de oportunidades para aplicação destes resultados, visto que o assunto deve ser
ainda mais explorado por se tratar de um tema relativamente novo em constante
aprimoramento.
78
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UENP – Universidade Estadual do Note do Paraná. Estágio e TCC de sistemas de Informação. Disponível em: <http://www.falm.edu.br/index.php?option=com_content&task=view&id=123&Itemid=197> Acesso em: 20 Out. 2010.
UNESP - Universidade Estadual Paulista. Sistemas de Informação. Disponível em:http://www.unesp.br/guia/sistemas_info.php Acesso em: 15 Out. 2010.
VERONI, Wander. Analista de mídias sociais ganham o mercado de trabalho.Disponível em: <http://cafecomnoticias.blogspot.com/2010/03/reportagem-especial-analistas-de-midias.html> Acesso em: 01 Nov. 2010
VIANA, Fernando. OS NOVOS TEMPOS: A CONVIVÊNCIA DAS GERAÇÕES X E Y NAS EMPRESAS. Disponível em: http://www.infonet.com.br/fernandoviana /ler.asp?id=73931&titulo=Fernando_Viana. Acesso em 30 Ago. 2010.
WIKIPÉDIA. Lista de redes sociais. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_redes_sociais. Acesso em 25 set. 2010.
ZAFIRAN, P. Objectif compètence: pour une nouvelle logique. Paris: Liaisons, 1999.
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APÊNDICE A: Questionário aplicado aos gestores das Organizações de diversas
segmentações em Criciúma.
Caríssimo (a) Gestor (a).
Estamos lhe entregando um questionário que constitui o instrumento de
pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso, a ser defendido em novembro de
2010. O tema está relacionado com levantamento das core competences de analista
de mídias sociais. Assim, a amostra considerada são os gestores de recursos
humanos que contratam tais profissionais.
Na finalidade de buscar respostas próximas à realidade, salientamos que os
resultados servem especificamente ao trabalho em questão, e ainda, que a sua
identidade será preservada.
Sem mais, agradecemos antecipadamente a sua participação.
Cordialmente.
Sandra Rejane Joaquim CiprianoTiago Kamers
Acadêmicos da 8ª fase do curso de Sistemas de Informação - FACIERC.
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Questionário:
1- Qual o segmento que a sua empresa atua?
2- Há quanto tempo que a organização está atuando no mercado?
3- Qual o número de funcionários que a empresa possui?
( ) menos que 50
( ) entre 51 e 100
( ) entre que 101 e 500
( ) acima de 500
4 – Sua empresa utiliza alguma mídia social atualmente? Caso sim, quais?
( ) Orkut
( ) Nenhuma
( ) Outros _______________________________
5 – Você julga importante para o posicionamento organizacional a participação da empresa em redes sociais? Por quê?
6 – Em sua opinião, qual o impacto das mídias sociais nas organizações contemporâneas?
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7 - Em sua opinião, quais as características comportamentais que o profissional que trabalha com mídias sociais deve possuir? Enumere de 1 a 4, sendo 1 a mais importante e 4 a menos importante.
( ) Iniciativa e determinação
( ) Estímulo à inovação
( ) Relacionamento pessoal
( ) Conhecimento técnico
8 – Quais os requisitos principais para contratação de um profissional que trabalha com mídias sociais?
9 – O que a empresa espera ao contratar um profissional dessa área?
10 – Assinale as core competences que você considera fundamentais para um profissional analista de redes sociais.
( ) Competências sobre processos: Os conhecimentos sobre o processo de trabalho;
( ) Competências técnicas: Conhecimentos específicos sobre o trabalho que deve ser realizado;
( ) Competências sobre a organização: Saber organizar os fluxos de trabalho;
( ) Competências de serviço: Aliar a competência técnica à seguinte pergunta: qual o impacto que este produto ou serviço terá sobre o consumidor final?
( ) Competências sociais: Saber ser, incluindo atitudes que sustentam os comportamentos das pessoas.
( ) Outras _________________________________________________________