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7/11/2019 Tecnicas de Construções http://slidepdf.com/reader/full/tecnicas-de-construcoes-55a0c04655af3 1/351 TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2009 PROF. DR. JOSÉ ANTONIO DE MILITO

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TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL2009 

PROF. DR. JOSÉ ANTONIO DE MILITO

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PREFÁCIO

Estas anotações de aulas, compiladas em forma de apostila, tem o intuito defacilitar a consulta e o acompanhamento das disciplinas de Técnicas dasConstruções Civis e Construções de Edifícios da Faculdade de CiênciasTecnológicas da P.U.C. Campinas e Construção Civil da FACENS-Faculdade deEngenharia de Sorocaba.

Não houve pretensão de escrevê-la para ser publicada como livro, mas sim

reunir coletânea, conhecimentos extraídos de livros, catálogos, informativos,pesquisas, palestras, seminários etc. desde 1981, por esta razão não consta ascitações e as referências bibliográficas dos autores e fontes de consulta em boaparte dos capítulos.

Contém um bom número de informações gerais úteis para que, ao projetar ouedificar, se esteja atento para não cometer os erros mais graves, que sãoencontrados em grande quantidade, principalmente nas construções de pequenoporte.

Espero que, de alguma forma, esta apostila contribua para acrescentar algode novo aos alunos e mostre a importância do assunto, para que nos futurosprojetos, seja dedicado algum tempo, aos cuidados necessários às técnicas deedificar.

JOSÉ ANTONIO DE MILITO

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SUMÁRIO

1 ESTUDOS PRELIMINARES1.1 Estudo com o cliente ....... 11.2.Exame local do terreno ....... 31.3 Limpeza do terreno ....... 41.4 Levantamento topográfico de lotes urbanos ....... 41.4.1 Medidas do terreno (levantamento planimétrico) ....... 41.5 Nivelamento (levantamento altimétrico) ....... 71.5.1 Com uso do clinômetro ....... 81.5.2 Nível de bolha ....... 91.5.3 Nível de mangueira ..... 10

2 TRABALHOS PRELIMINARES2.1 Construções vizinhas ..... 142.2 Movimento de terra ..... 142.2.1 Cortes ..... 152.2.2 Aterros e reaterros ..... 162.2.3 Sistemas de contratação dos serviços de movimento de

terra ..... 172.3 Instalação de canteiros de serviços ou canteiro de obras ..... 172.3.1 Exemplo de barracão para obras de pequeno porte ..... 192.4 Locação de obra ..... 212.4.1 Processo dos cavaletes ..... 212.4.2 Processo da tábua corrida ..... 22

2.5 Traçado ..... 232.5.1 Traçado de ângulos retos e paralelas ..... 242.5.2 Traçado de curvas ..... 252.5.3 Locação de estacas ..... 262.5.4 Locação da fôrma de fundação ..... 28

3 FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS3.1 Sondagem ..... 313.1.1 Execução da sondagem ..... 313.1.2 Resistência à penetração ..... 333.1.3 Determinação do número de sondagens a executar ..... 333.1.4 Perfil de sondagem ..... 35

3.2 Escolha do tipo de fundações ..... 363.2.1 Tipos de fundações ..... 373.3 Fundação direta ou rasa ..... 383.3.1 Sapata corrida em alvenaria ..... 393.3.2 Sapatas isoladas ..... 423.3.3 Sapatas corridas ..... 423.3.4 Radiers ..... 433.4 Fundações profundas ..... 443.4.1 Estacas ..... 443.4.2 Blocos de coroamento das estacas ...... 46

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3.4.3 Brocas ..... 473.4.4 Estacas escavadas ..... 493.4.5 Estacas apiloada ..... 493.4.6 Estacas Strauss ..... 503.4.7 Estacas Franki ..... 51

3.4.8 Tubulões ..... 513.4.9 Alvenaria de embasamento ..... 533.5 Impermeabilização ..... 543.5.1 Impermeabilização dos alicerces ..... 553.5.2 Impermeabilização nas alvenarias sujeitas a umidade dosolo ..... 573.6 Drenos ..... 58

4 ALVENARIA4.1 Elementos de alvenaria tradicional ..... 634.1.1 Elementos cerâmicos ..... 634.1.2 Tijolos de solo cimento ..... 67

4.1.3 Blocos de concreto ..... 684.2 Outros elementos de alvenaria de vedação ..... 694.3 Elevação da alvenaria tradicional ..... 694.3.1 Paredes de tijolos maciços ..... 704.3.1a Amarração dos tijolos maciços ..... 724.3 1b Formação dos cantos de parede ..... 744.3.1c Pilares de tijolos maciços ..... 754.3.1d Empilhamento de tijolos maciços ..... 764.3.1e Cortes em tijolos maciços ..... 774.3.2 Paredes com blocos de concreto ..... 774.3.3 Paredes de tijolos furados ..... 794.4 Vãos em paredes de alvenaria ..... 794.5 Outros tipos de reforços em paredes de alvenaria ..... 824.6 Fixação das alvenarias de vedação em estruturas deconcreto ..... 844.7 Muros ..... 854.7.1 Fechamento de divisas em blocos de concreto ..... 854.7.2 Fechamento de divisas em tijolo maciço e baiano ..... 864.7.3 Tipos de fundações para muros ..... 874.8 Argamassa de assentamento – preparo e aplicação ..... 884.8.1 Preparo da argamassa para assentamento de alvenarade vedação ..... 884.8.2 Aplicação ..... 89

5 FORROS5.1 Forro de madeira ..... 915.2 Lajes pré-fabricadas unidirecionais ..... 925.2.1 Elementos que as compõe ..... 935.2.2 Generalidades sobre a laje comum (LC) ..... 945.2.3 Generalidades sobre laje treliça (LT) ..... 985.2.4 Generalidades sobre laje protendida (LP) ... 1025.2.5 Montagem e execução de lajes pré-fabricadas ...1035.3 Lajes pré-fabricadas bidirecionais ... 107

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5.4 Pré-lajes unidirecionais e bidirecionais ... 1085.5 Lajes pré-fabricadas – Painel alveolar de concretoprotendido ... 108

6 COBERTURA

6.1 Estrutura ...1116.1.1 Materiais utilizados nas estruturas ...1126.1.2 Peças utilizadas nas estruturas de telhado ...1146.1.3 Ligações e emendas ...1196.1.4 Telhado pontaletado ...1226.1.5 Recomendações ...1246.2 Cobertura ... 1256.2.1 Cerâmica ... 1256.2.2 Concreto ... 1306.2.3 Telhas onduladas de fibrocimento ... 1306.2.4 Inclinação e caimento ou declividade das telhas ... 1316.3 Sistema de captação de águas pluviais ... 133

6.3.1 Calhas ... 1346.3.2 Água furtada ... 1356.3.3 Condutores ... 1366.3.4 Coletores ... 1366.3.5 Rufos e pingadeiras ... 1366.4 Dimensionamento ... 1366.4.1 Calhas ... 1366.4.2 Condutores ... 1386.5 Formas de telhados ... 1386.5.1 Beirais ... 1386.5.2 Platibanda ... 1396.5.3 Linhas do telhado ... 1406.5.4 Tipos de telhados ... 1416.6 Regra geral para desenho das linhas dos telhados ...1426.7 Calculo das telhas para cobertura plana ...143

7 ESQUADRIAS7.1 Esquadrias de madeira ...1457.1.1 Portas ...1457.1.2 Porta balcão ... 1507.1.3 Janelas ...1517.1.4 Tipos de janelas de madeira ...1537.2 Esquadrias de metal ...156

7.2.1 Janelas ... 1567.2.2 Portas ... 1607.3 Esquadrias de PVC ... 1607.4 Representação gráfica de portas e janelas ... 1617.4.1 Portas ... 1617.4.2 Janelas ... 1617.5 Algumas dimensões comerciais ... 1637.5.1 Portas ... 1637.5.2 Janelas ... 1637.6 Como escolher uma esquadria ... 164

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8 REVESTIMENTO8.1 Preparo dos substratos ...1668.1.1 Na vertical ...1668.1.2 Na horizontal ...1688.2 Revestimentos argamassados tradicionais ...170

8.2.1 Na vertical ...1708.2.2 Na horizontal ...1778.3 Revestimentos não argamassados ...1788.3.1 Gesso ...1788.3.2 Revestimento cerâmico ...1818.3.2.1 Revestimento cerâmico na vertical ...1858.3.2.2 Revestimento cerâmico horizontal ...1888.3.3 Piso de madeira ...1928.3.4 Carpete ...1968.3.5 Pedras decorativas ...1968.3.6 Pisos vinílicos ...2008.3.7 Pisos de borracha ...201

8.3.8 Pisos laminados ...2038.3.9 Piso de concreto ...204

9 TINTAS E VIDROS9.1 Tintas ... 2119.1.1 Seus tipos ... 2119.1.2 Sua qualidade ... 2129.1.3 Preparação da superfície ... 2139.1.4 Esquema de pintura ... 2149.1.5 Cuidados na aplicação das tintas ... 2169.1.6 Condições ambientais durante a aplicação ... 2209.1.7 Material de trabalho ... 2209.1.8 Rendimentos ... 2229.1.9 Recomendações gerais ... 2229.2 Vidro ... 2239.2.1 Vidro temperado ... 224

10 PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTO10.1 Revestimento Argamassados – Analise das causas ... 22910.1.1 Causas decorrentes da qualidade dos materiaisutilizados ... 22910.1.2 Causas decorrentes do traço da argamassa ... 23110.1.3 Causas decorrentes do modo de aplicação do

revestimento ... 23210.1.4 Causas decorrentes do tipo de pintura ... 23310.1.5 Causas externas ao revestimento ... 23410.1.6 Reparos ... 23610.2 Revestimento cerâmicos – Analise das causas ... 23910.2.1 destacamento de placas ... 23910.2.2 Trincas, gretamentos e fissuras ... 23910.2.3 Eflorescência ... 24010.2.4 Deterioração das juntas ... 24010.3 Pinturas – Análise das causas ... 241

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11 DETALHES DE EXECUÇÃO EM OBRAS COMCONCRETO ARMADO

11.1 Materiais empregados em concreto armado ... 24411.1.1 Cimento ... 24411.1.2 Agregados miúdos e graúdos ... 247

11.1.3 Água ... 24811.1.4 Armaduras ... 24811.2 Sistemas de fôrmas e escoramentos convencionais ... 25111.2.1 Materiais e ferramentas ... 25211.2.2 Peças utilizadas na execução da fôrmas ... 25611.2.3 Detalhes de utilização ... 25711.2.4 Junta das fôrmas ... 26311.2.5 Sistema de forma leve ... 26411.2.6 Sistema médio de fôrmas ... 26511.2.7 Sistema pesado de fôrma ... 26611.2.8 Sistema trepante e auto trepante ... 26611.2.9 Sistema de fôrmas deslizante ... 267

11.3 recomendação quanto ao manuseio e colocação dasbarras de aço ... 26711.3.1 Corte ... 26711.3.2 Dobramento das barras ... 26811.3.3 Montagem das armaduras ... 26911.3.4 Barras de espera de pilares ... 27011.3.5 Armação de fundação ... 27111.3.6 Emendas ... 27211.3.7 afastamento mínimo das barras ... 27211.4 Como se prepara um bom concreto ... 27311.4.1 Concreto preparado manualmente ... 27311.4.2 Concreto preparado com betoneira ... 27411.4.3 Concreto dosado em central ... 27611.4.4 Aplicação do concreto em estruturas ... 27711.4.5 Cobrimento da armadura ... 28211.4.6 Cura ... 28411.4 7 Desforma ... 28511.4.8 Consertos de falha ... 28611.4.9 plano de concretagem ... 286

12 VOCABULÁRIO DA CONSTRUÇÃO ... 289

ANEXOS

Ferramentas ... 321EPI - Equipamentos de proteção individual ... 323Pregos na escala natural 1:1 ... 324Tabelas para obras em concreto armado ... 327Tabelas prática de traço de concreto ... 330Tesouras terças e pontaletes ... 332Caibros ... 333Referências Bibliográficas ...

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LISTA DE FIGURAS

1 ESTUDOS PRELIMINARES1.1 Lote regular ..... 51.2.Lote irregular com pouco fundo ..... 51.3 Lote irregular com muita profundidade ..... 61.4 Lote com setor curvo ..... 61.5 Representação de curva de nível ..... 71.6 Clinômetro ou nível de Abney ..... 81.7 Clinômetro inclinado ..... 81.8 Realização das medidas útil com o clinômetro ..... 91.9 Utilização do nível de bolha ... 101.10Posição da água quando não existe bolhas ... 101.11 Processo da mangueira de nível ... 111.12 Levantamento altimétrico em terreno com aclive ... 121.13 Levantamento altimétrico em terreno com declive ... 12

2 TRABALHOS PRELIMINARES2.1 Corte em terreno ... 152.2 Aterro em terreno ... 16

2.3 Barracão para pequenas obras ... 192.4 Aproveitamento das chapas compensadas ... 202.5 Cavalete ... 212.6 Processo dos cavaletes ... 222.7 Marcação sobre gabarito ... 232.8 Processo da tábua corrida ... 232.9 Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabarito ... 242.10 Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabaritousando esquadro metálico ... 252.11 Traçado de curvas de pequeno raio ... 252.12 Traçado de curva pelo método das quatro partes ... 262.13 Projeto de locação de estacas ... 272.14 Locação de estaca ... 282.15 Projeto de forma locadas pelo eixo ... 29

3 FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS3.1 Esquema de sondagem ... 323.2 Equipamento de sondagem a percussão ... 323.3 Exemplo de locação de sondagens em pequenos lotes ... 343.4 Planta de locação das sondagens ... 353.5 Exemplo de um perfil de subsolo ... 363.6 Relação dos tipos de fundações usuais em construção ... 373.7 Profundidade de uma estaca isolada ... 383.8 Detalhe do nivelamento do fundo de vala ... 393.9 Sem cinta de amarração ... 413.10 Com cinta de amarração ... 413.11 Com cinta de amarração ... 413.12 Sapata isolada retangular ... 423.13 Sapata corrida sobre parede ... 423.14 Sapata corrida sobre pilares ... 43

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3.15 Sapata corrida com viga ... 433.16 Radier ... 443.17 Esforços nas estacas ... 453.18 (a) Arrasamento das estacas (b) Cota de arrasamentodas estacas ... 453.19 Bloco de coroamento ... 463.20 Tipos de trado ... 473.21 Perfuração das brocas ... 483.22 Perfuratriz ... 493.23 Execução das estacas Strauss ... 503.24 Execução das estacas Franki ... 513.25 Seção típica de um tubulão ... 523.26 Tubulão a ar comprimido ... 533.27 Alvenaria de embasamento ... 543.28 Impermeabilização no respaldo do alicerce ... 563.29 Detalhe da aplicação da argamassa impermeável ... 573.30 Impermeabilização em locais de pouca ventilação ... 573.31 Impermeabilização em locais com ventilação ... 583.32 Dreno horizontal ... 593.33 Dreno horizontal cego ... 593.34 Exemplo de aplicação dos drenos ... 60

4 ALVENARIA4.1 Tijolo comum ... 64

4.2 Tijolo com furo cilíndrico ... 664.3 Tijolo com furo prismático ... 664.4 Tijolo laminado ... 674.5 Tijolo de solo cimento comum ... 674.6 Tijolo de solo cimento para assentamento com cola ... 674.7 Bloco de concreto ... 684.8 Bloco canaleta ... 684.9 Detalhe do nivelamento da elevação da alvenaria ... 704.10 Detalhe do prumo do canto da alvenaria ... 704.11 Colocação da argamassa de assentamento ... 714.12 Assentamento do tijolo ... 714.13 Retirada do excesso de argamassa ... 724.14 Ajuste corrente ... 734.15 Ajuste francês ... 734.16 Ajuste inglês ou gótico ... 73

4.17 Canto de parede de meio tijolo no ajuste comum ... 744.18 Canto em parede de um tijolo no ajuste francês ... 744.19 Canto de parede de um tijolo no ajuste comum ... 744.20 Canto em parede de espelho ... 754.21 Canto em parede de um tijolo com parede interna demeio tijolo ajuste francês ... 754.22 Exemplo de pilares em alvenaria ... 764.23 Empilhamento de tijolos maciços ... 764.24 Corte do tijolo maciço ... 774.25 Detalhe do assentamento do bloco de concreto ... 784.26 Detalhe de execução dos cantos ... 784.27 Execução da alvenaria utilizando tijolos furados ... 794.28 Execução da amarração na alvenaria de tijolo furado ... 794.29 Vão de alvenaria ... 804.30 Vergas sobre e sob os vãos ... 80

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4.31 Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos até 1,0m ... 814.32 Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vão entre 1,0 e2,0m ... 814.33 Vergas em alvenaria de bloco de concreto para vão de1,0m e entre 1,0 e 1,5m ... 814.34 Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos entre 1,5e 2,0m ... 824.35 Vergas em alvenaria de tijolo furado para vãos até 1,0m eentre 1,0 e 2,0m ... 824.36 Coxins de concreto ... 824.37 Cinta de amarração em alvenaria de tijolo maciço ... 834.38 Cinta de amarração em alvenaria de tijolo furado ... 834.39 Cinta de amarração em alvenaria de bloco de concreto ... 834.40 Fixação da alvenaria de vedação em estrutura deconcreto ... 844.41 Detalhe dos pilaretes executados nos blocos ... 854.42 Detalhe da elevação de muros de bloco aparente,revestido e viga baldrame ... 864.43 detalhe de execução de um muro de tijolo maciço ... 864.44 Exemplo de fundação para muros ... 874.45 Preparo da argamassa manualmente ... 884.46 Preparo da argamassa com betoneira ... 884.47 Assentamento tradicional ... 894.48 Assentamento em cordão ... 89

4.49 Tipos de frizos ... 90

5 FORROS5.1 Tipos de forros de madeira ... 915.2 Fixação do forro na estrutura do telhado ... 925.3 Fixação do forro em laje e em tirantes para execução derebaixos ... 925.4 Elementos da laje pré-fabricada comum ... 945.5 Variação das alturas de uma laje pré-fabricada comum ... 955.6 Apoio da laje comum sobre alvenaria ... 965.7 Apoio da laje comum em estrutura de concreto armado ... 965.8 Apoio da laje comum passante em beirais ... 965.9 Apoio da laje com balanceado em beirais ... 965.10 Exemplo de reforços em laje pré comum ... 975.11 Elementos de uma laje pré-fabricada treliça ... 98

5.12 Exemplos das variações das alturas da laje treliça ... 985.13 Apoio da laje treliça em estrutura de concreto armado ... 995.14 Armadura adicional de tração . 1005.15 Armadura adicional de compressão . 1005.16 reforço em laje treliça . 1005.17 Exemplo de execução de nervuras . 1005.18 Manuseio da laje treliça . 1015.19 Vigota protendida . 1025.20 Exemplo de escoramento convencional para laje pré-fabricada . 1045.21 Exemplo de escoramento metálico para laje pré-fabricada . 1045.22 Detalhe da colocação da laje pré-fabricada . 1055.23Detalhe da colocação da armadura negativa . 1065.24 detalhe do apoio das tábuas da passarela . 107

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5.25 (a) laje maciça com pré-laje treliçada (b) laje maciça compré-laje treliçada e elemento de enchimento . 1085.26 Painel alveolar de concreto protendido . 109

6 COBERTURA6.1 Esquema de estrutura de telhado . 1126.2 Seção típica de uma estrutura de telhado . 1146.3 Detalhe do apoio da tesoura sobre o frechal . 1156.4 Esquema de contraventamento das tesouras . 1156.5 Esquema do apoio das terças nas tesouras . 1166.6 Detalhe da colocação da primeira ripa ou testeira nosbeirais . 1186.7 Detalhe da galga . 1186.8 Detalhe da ligação entre linhas e a perna . 1196.9 Detalhe da ligação entre a linha e a perna . 1196.10 Detalhe da ligação entre a perna e a escora . 1206.11 Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural . 1206.12 Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural . 1206.13 Detalhe da ligação entre a linha, asna e pendural . 1216.14 Detalhe das emendas de uma linha de terça . 1216.15 Detalhes da emenda das terças com pregos . 1216.16 Detalhe da emenda das terças com parafusos e chapas . 1216.17 Apoio dos pontaletes em berços . 1236.18 Detalhe do berço para distribuir as cargas . 123

6.19 Detalhe do apoio dos pontaletes sobre as paredes . 1246.20 Detalhe da fixação por pregos menores . 1246.21 Detalhe da fixação das ripas nos caibros . 1256.22 Fixação das ripas nos caibros . 1256.23 Acabamento da cumeeira . 1266.24 Telha francesa ou marselha . 1276.25 Telha paulista . 1286.26 Telha plan . 1286.27 Telha romana e portuguesa . 1296.28 Telha termoplan . 1296.29 Telha germânica . 1306.30 Inclinação e caimento de telhados retos . 1316.31 Inclinação mínima para telhados selados com vão até8,0m . 1326.32 Detalhe da estrutura de um telhado selado . 133

6.33 Calha tipo coxo . 1346.34 Calha tipo platibanda . 1356.35 Calha tipo moldura . 1356.36 Detalhe de uma água furtada . 1356.37 Detalhe da utilização dos rufos e das pingadeiras . 1366.38 Áreas de contribuição condutores . 1376.39 Divisão do telhado em áreas “a” . 1376.40 Calha tipo platibanda . 1376.41 Calha tipo coxo . 1386.42 Beiral em laje . 1396.43 Beiral em telhas vã . 1396.44 Detalhe das platibandas . 1406.45 Desenho das linhas de um telhado . 1406.46 Telhados terminando em águas ou em águas mais oitão . 1416.47 Telhados com uma água . 141

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6.48 Telhados com duas águas . 1426.49 Telhados com três águas . 1426.50 Telhados com quatro águas . 1426.51 Perspectiva das linhas de um telhado . 143

7 ESQUADRIAS7.1 Componentes das portas de madeira . 1457.2 Vão livre ou vão de luz . 1467.3 Detalhes da fixação dos batentes das portas . 1467.4 Detalhe da fixação dos batentes por pregos . 1477.5 Detalhe da fixação dos batentes por parafusos . 1487.6 Detalhe da fixação dos batentes por espuma depoliuretano . 1487.7 Detalhe da fixação das guarnições .1497.8 Tipo de fechaduras para as portas . 1507.9 Porta balcão . 1517.10 Batentes das janelas . 1527.11 Detalhe da fixação das janelas em alvenaria de um tijolo . 1537.12 Caixilho de correr . 1537.13 Caixilho de abrir . 1547.14 Venezianas de abrir com caixilho guilhotina . 1547.15 Veneziana de correr com caixilho de correr . 1547.16 Veneziana de abrir com caixilho de abrir . 1557.17 Janela tipo ideal . 155

7.18 Janela de enrolar . 1567.19 Fixação dos caixilhos de ferro na alvenaria e dos vidrosnos caixilhos . 1577.20 Detalhe do caixilho tipo basculante . 1577.21 Caixilho maximo ar . 1587.22 Janela veneziana . 1597.23 Caixilho de correr . 1597.24 Venezianas de projeção . 1607.25 Representação das portas em planta e vista . 1617.26 Representação dos caixilhos basculante e máximo ar . 1617.27 Representação dos caixilhos de empurar e guilhotina . 1627.28 Representação dos caixilhos de correr e de abrir . 1627.29 Representação dos caixilhos pivotante . 1627.30 Representação dos caixilhos tipo ideal . 163

8 REVESTIMENTO8.1 Diversas formas de aplicação do chapisco . 1678.2 Procedimento para nivelar sub-base do lastro . 1698.3 Assentamento das taliscas superior nas paredes . 1728.4 Assentamento das taliscas inferiores nas paredes . 1738.5 Determinação da colocação das taliscas nos tetos utilizadoo nível referêncial . 1738.6 Determinação da execução das guias e do emboço . 1748.7 Determinação da aplicação do reboco . 1758.8 Determinação dos tipos de juntas . 1838.9 Determinação da execução do rejuntamento . 1848.10 Juntas superficiais dos azulejos . 1858.11 Determinação do assentamento dos azulejos .1868.12 Exemplo de divisão dos azulejos . 1868.13 Tacos de madeira . 192

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8.14 Parquete e tacão . 1938.15 Fixação das tábuas com parafusos sobre caibros ouganzepes . 1948.16 Fixação das tábuas por pregos anelados . 1948.17 Exemplo de regularização sem nivelamento . 1968.18 Situação de empenamento devido à posição do cerne . 1968.19 Junta de expansão tipo diamante . 2068.20 Selante para junta de construção . 2068.21 Selante para junta serrada . 2078.22 Detalhe de execução do piso de concreto . 208

9 TINTAS E VIDROS9.1 Materiais utilizados no preparo das pinturas em madeiras . 2209.2 Material utilizado no preparo e aplicação das pinturas emmetais . 2219.3 Materiais utilizados no preparo e aplicação da pintura emparede . 2219.4 Exemplo de fixação dos vidros em caixilhos . 2239.5 Cargas nos vidros . 2249.6 Impacto nos vidros . 2259.7 Flambagem . 2259.8 Posição dos furos em vidros temperados . 226

10 PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTO10.1 Vesícula formada no reboco . 22910.2 Aspecto típico do deslocamento da argamassa de cal dorevestimento interno . 23010.3 Argamassa magra de saibro e cal aplicada muito espessa . 23110.4 Argamassa em processo de deslocamento por falta dechapisco . 23210.5 Revestimento em processo de deslocamento porcarbonatação insuficiente . 23410.6 Efeitos da umidade sobre o reboco . 23410.7 Acúmulo de bolor no revestimento por efeito da umidade . 23510.8 (a)(b) Fissuras do revestimento por expansão daargamassa de assentamento . 23610.9 Aspecto do revestimento Interno . 236

11 DETALHES DE EXECUÇÃO EM OBRAS COM

CONCRETO ARMADO11.1 Local para guarda de material . 24611.2 Baia de madeira para separar os agregados . 24811.3 Armazenagem das barras de aço sobre travessas . 25011.4 Modelos de tensores e espaguetes utilizados em fôrmas . 25511.5 Bancada com gabarito para montagem dos painéis dasfôrmas . 25511.6 Tipos de disco para corte de tábua e chapascompensadas . 25611.7 Detalhes do escoramento e contraventamentos empilares . 25811.8 Detalhe do escoramento e contraventamento em pilaresbem como das janelas . 25811.9 Tipos de gravatas utilizadas em pilares . 25911.10 Tipos de reforços em gravatas . 259

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11.11 Detalhe de uma fôrma de viga . 26011.12 Detalhe de fôrma de vigas de pequena dimensão . 26111.13 Detalhe de fôrma das vigas com sarrafo de pressão . 26111.14 Detalhe da fôrma das lajes maciças . 26211.15a Detalhe da fôrma das lajes maciças conjugado comvigas . 26211.15b detalhe da fôrma das lajes maciças conjugado comvigas . 26211.16 Fechamento das juntas de fôrma utilizando mata-junta efita adesiva . 26311.17 Detalhe da fôrma utilizando tábuas . 26311.18 Escoramento de madeira tipo H . 26411.19 Escoramento metálico . 26511.20 Fôrma trepante . 26611.21 Equipamento utilizados no corte das barras de aço . 26711.22 Bancadas com pino de dobramento . 26811.23 Pontos de amarração usuais . 26911.24 Quadro de madeira para servir de suporte às barras deespera dos pilares . 27011.25 Lastro de brita sob as vigas baldrames . 27211.26 Lastro de brita sob os blocos de estacas . 27211.27 Mistura da areia e de cimento sobre superfícieimpermeável . 27411.28 Adição das britas . 274

11.29 Colocação da água . 27411.30 Sequência da mistura em betoneira . 27511.31 Aplicação do vibrador na vertical . 27811.32 Cachimbo para facilitar a concretagem . 27911.33 Emendas e concretagem de vigas realizadas à 45º . 28011.34 Determinação da colocação de caranguejos noposicionamento das armaduras lajes . 28111.35 Detalhe das guias de nivelamento . 28111.36 Passarela para concretagem apoiadas na fôrma . 28211.37 Pastilhas de argamassa . 28311.38 Pastilha plásticas . 28311.39 Método mais comum de consertos de falha . 286

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LISTA DE TABELAS

1 ESTUDOS PRELIMINARES1.1 Modelo de questionário para uso residencial ..... 2

2 TRABALHOS PRELIMINARES2.1 Relação de empolamentos ... 152.2 Potência e sistema de alimentação dos equipamentos deobras ... 182.3 Relação de materiais para execução de barracão parapequenas obras ... 20

3 FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS3.1 Compacidade das areias e consistência das argilas ... 333.2 Número mínimo de pontos em função da área construída ... 35

4 ALVENARIA4.1 Dimensões normalizadas dos elementos cerâmicos ... 654.2 Dimensões nominais dos blocos de concreto ... 684.3 Traço de argamassa em latas de 18 litros para argamassade assentamento ... 894.4 Equivalência das bitolas dos aços ... 91

5 FORROS5.1 Altura total da laje (h) ... 945.2 Vãos livres máximos para laje pré-fabricada comum ... 975.3 Consumos de materiais para capeamento por m2 de laje ... 975.4 Vãos máximos para laje treliça . 101

6 COBERTURA6.1 Algumas espécie de madeiras indicadas para estrutura detelhado . 1126.2 Vão máximo de terças (m) . 1166.3 Vão máximo dos caibros (m) . 1176.4 Dimensão das telhas onduladas de fibrocimento . 1316.5 Correspondência entre (αº) e (d%) usuais . 132

6.6 Ponto de cobertura . 1326.7 Dimensões mínimas para telhados selados com vão até8,0m . 1336.8 Fator de inclinação para caimentos usuais . 143

7 ESQUADRIAS7.1 Dimensões das portas . 1637.2 Dimensões das janelas . 1637.3 Características dos diversos tipos de janelas . 164

8 REVESTIMENTO8.1 Traço do emboço para as diversas bases . 1718.2 Traço do reboco . 1768.3 Desvios máximos de prumo, nível e planeza . 179

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8.4 Etapa e tempo aproximado de execução da aplicaçãomanual do gesso . 1818.5 Classificação das cerâmicas quanto a absorção de água . 1818.6 Classificação das cerâmicas esmaltadas ao ataquequímico . 1828.7 Classificação dos pisos cerâmicos quanto a abrasão . 1828.8 Consumo de rejunte por m2 . 1848.9 junta superficial entre azulejos . 1878.10 Consumo de argamassa colante . 1918.11 Locais indicados para aplicação dos mármores e granitos .1988.12 Pedras naturais mais comuns . 1998.13 Locais mais indicados de aplicação de algumas pedrasnaturais . 199

9 TINTAS E VIDROS9.1 Defeitos observados, agentes causadores e possíveismecanismos de degradação . 2199.2 Rendimentos mais comuns em tintas de boa qualidade . 2229.3 Classificação dos vidros . 2239.4 Resistência ao impacto . 2249.5 Dimensões máximas de fabricação . 225

10 PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTO10.1 Identificação das causas, externas do dano e solução . 23710.2 Identificação das causas, externas do dano e solução . 23810.3 Patologia mais comuns das tintas . 24210.4 Patologia mais comuns das tintas . 243

11 DETALHES DE EXECUÇÃO EM OBRAS COMCONCRETO ARMADO

11.1 Cimentos disponíveis no mercado brasileiro . 24511.2 Característica dos fios e barras . 25111.3 Dimensões dos pregos em “mm” . 25411.4 Diâmetros dos pinos de dobramento . 26811.5 Diâmetro dos pinos de dobramento - Estribos . 26911.6 Comprimentos básicos para esperas de acordo com o fckdo concreto . 27111.7 Tempos mínimos de acordo com o diâmetro e tipo debetoneira . 275

11.8 Limite de abatimento (slump-test) . 27611.9 Cobrimento das armaduras . 28211.10 número de dias para cura de acordo com a relação a/c edo tipo de cimento . 284

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1 - PROJETO - ESTUDOS PRELIMINARES

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Elaborar um bom projeto arquitetônico;• Utilizando métodos simples, definir a planimetria e a altimetria de um terreno;• Analisar a topografia de um terreno;• Utilizar melhor a topografia dos terrenos.

Os projetos são peças importantes na execução de uma obra. Um projetobem elaborado reduz muito as incertezas e dúvidas como também o desperdício de

material e de mão-de-obra. Todas as possibilidades e informações devem seranalisadas e discutidas na fase de projeto. Começamos com:

• Estudo com o cliente;• Exame local do terreno;• Restrições da Prefeitura ou de outros órgãos;• Levantamento topográfico.

Com os dados levantados, podemos então iniciarmos a elaboração dosprojetos de maneira a aproveitar melhor o terreno a insolação etc.

1.1 - ESTUDO COM O CLIENTE

Sabemos que para se elaborar um projeto devemos antes de mais nada,realizar uma entrevista com os interessados em executar qualquer tipo deconstrução. O cliente poderá ser um grupo de profissionais (médicos, industriaisetc), municipalidade, entidades, uma família etc. Nesta apostila o nosso cliente seráo interessado juntamente com os seus familiares, pois vamos nos ater a pequenasobras (residências unifamiliares).

Devemos considerar que geralmente o cliente é praticamente leigo, cabendoentão ao profissional orientar esta entrevista, para obter o maior número possível dedados.

Para auxiliar na objetividade da entrevista inicial com o cliente, podemosutilizar um questionário (Tabela 1,.1), que tem a função de orientar evitandoesquecimentos.

Este modelo de questionário poderá ser preenchido parcialmente durante aentrevista. Não é possível seu preenchimento completo, pois é útil e indispensáveluma visita ao terreno, antes de iniciarmos o projeto.

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Tabela 1.1 - Modelo de questionário para uso residencial 

PROJETO RESIDENCIAL nº _______ 

I Dados do cliente:

Nome:_________________________________________________ e-mail ___________________ 

End. Res.:___________________________________CEP __________ Fone ( )______________ 

End. Com.:__________________________________CEP __________ Fone ( )______________ 

CPF: ________________________________RG: _______________________________________ 

Nome Esp.:____________________________________________ e-mail____________________ 

End. Com.:________________________________________________ Fone ( )______________ 

Prof. Ele: _______________________________ Ela _____________________________________ 

II Dados do Terreno

Localização:

Medidas: Frente _____________ LE _____________ LD ____________ Fundo _______________ 

Rua: ________________________________ CEP ____________Bairro: ____________________ 

Lote: _______________ Quadra: ________________ Quarteirão: __________________________ 

Larg. da rua: ____________ Tipo de Pav.: _______________ nº casas Viz. __________________ 

Distância da esquina__________________________Largura do passeio:____________________ 

Inclinação do Terreno:

Plano Inclinação lateral

Sobe para os Fundos Suave Esquerda

Desce para os Fundos Forte Direita

Local de passagem da rede de Água

Centro LE LD

Local de passagem da rede de EsgotoCentro LD LD

Os terrenos vizinhos estão construídos ?

LE LD FundosNível econômico das construções no local

Alto Médio Popular

Croquis de situação 

III Restrição da Prefeitura 

Zoneamento: ______ To (taxa de ocupação)______ Ca (coeficiente de aproveitamento) _______ 

Recuos obrigatórios: de frente ___________________ 

lateral _____________________ 

de fundo ___________________ 

% de área permeável_______________Outros ________________________________________ 

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IV Da Futura Construção

Nº de Pav.: ________ Área aprox. de construção: ________m² Estilo: ____________Nº deusuários: ____ 

Dados dos usários: sexo________ idade_______ 

Ambientes Méd.Aprox. Pisos Paredes Tetos Portas Janelas

Verba disponível: R$ ______________________________________ 

Revestimento Externo:

Pisos: ______________________________Paredes: ___________________________________ 

Fachada: ___________________________ Muro: ______________________________________ 

Detalhes: _______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________________ 

1.2 - EXAME LOCAL DO TERRENO

Sem sabermos as características do terreno, é quase impossível executar-seum bom projeto.

As características ideais de um terreno para um projeto econômico são:

a) Não existir grandes movimentações de terra para a construção;

b) Ter dimensões tais que permita projeto e construção de boa residência;c) Ser seco;d) Ser plano ou pouco inclinado para a rua;e) Ser resistente para suportar bem a construção;f ) Ter facilidade de acesso;g) Terrenos localizados nas áreas mais altas dos loteamentos;h) Escolher terrenos em áreas não sujeitas a erosão;i) Evitar terrenos que foram aterrados sobre materiais sujeitos adecomposição orgânica.

Mas como nem sempre estas características são encontradas nos lotesurbanos, devemos levá-las em consideração quando da visita ao lote, levantando os

seguintes pontos:

a) Deve-se identificar no local o verdadeiro lote adquirido segundo aescritura, colhendo-se todas as informações necessárias;

b) Verificar junto a Prefeitura da Municipalidade, se o loteamento onde sesitua o terreno, foi devidamente aprovado e está liberado paraconstrução;

c) Números das casa vizinhas ou mais próximas do lote;

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d) Situação do lote dentro da quadra, medindo-se a distância da esquina ouconstrução mais próxima.

e) Com bússola de mão, confirmar a posição da linha N-S.f) Verificar se existem benfeitorias.(água, esgoto, energia)g) Sendo o terreno com inclinação acentuada, em declive, verificar se existeviela-sanitária vizinha do lote, em uma das divisas laterais ou fundo;

h) Verificar se passa perto do lote, linha de alta tensão, posição de postes,bueiros, etc...i) Verificar se existe faixa non edificandi .( de não construção) j) Verificar a largura da rua e passeio.Obs.: Todos esses dados poderão ser acrescidos no questionário anterior.

Geralmente, estes dados colhidos na visita ao terreno não são suficientes, ena maioria das vezes, devemos pedir previamente que se execute uma limpeza doterreno e um levantamento plani-altimétrico.

1.3 - LIMPEZA DO TERRENO

Temos algumas modalidades para limpeza do terreno, que devemos levar emconsideração e sabermos defini-las:

1.3.1 - Carpir - Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos,usando para tal, unicamente a enxada.

1.3.2 - Roçar  - Quando além da vegetação rasteira, houver árvores depequeno porte, que poderão ser cortadas com foice.

1.3.3 - Destocar - Quando houver árvores de grande porte, necessitandodesgalhar, cortar ou serrar o tronco e remover parte da raiz.Este serviço pode ser feito com máquina ou manualmente.

Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes ou tocos deárvore que possam dificultar os trabalhos. Todo material vegetal, bem como oentulho terão que ser removidos do canteiro de obras.

1.4 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DE LOTES URBANOS

O levantamento topográfico é geralmente apresentado através de desenhosde planta com curavas de nível e de perfis.

Deve retratar a conformação da superfície do terreno, bem como asdimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente proporcionando dadosconfiáveis que, interpretados e manipulados corretamente, podem contribuir no

desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação (Pinto Jr.et al, 2001)

1.4.1 - MEDIDAS DO TERRENO (LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO)

Executada a limpeza do terreno e considerando que os projetos serãoelaborados para um determinado terreno, é necessário que se tenha as medidascorretas do lote, pois nem sempre as medidas indicadas na escritura conferem comas medidas reais.

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Apesar de não pretendermos invadir o campo da topografia, vamos mostrarem alguns desenhos, os processos mais rápidos para medir um lote urbano.

Os terrenos urbanos, são geralmente de pequena área possibilitando,portando, a sua medição sem aparelhos ou processos próprios da topografia desdeque se tenha uma referência   confiável  (casa vizinha, esquina, piquetes etc). Noentanto, casos mais complexos, sem  referência, necessitamos de um levantamento

executado por profissional de topografia.

a) Lote regular

Geralmente em forma de retângulo, bastando portanto medir os seus "quatro"lados, e usar o valor médio, caso as medidas encontradas forem diferentes as daescritura.(Figura 1.1).

Figura 1.1-Lote regular 

Obs. Para verificar se o lote está no esquadro, devemos medir asdiagonais que deverão ser iguais.

b) Lote irregular com pouco fundo

Medir os quatro lados e as duas diagonais (Figura 1.2).

Figura 1.2-Lote irregular com pouco fundo 

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c) Lote irregular com muita profundidade

Neste caso, a medição da diagonal se torna imperfeita devido a grandedistância Convém utilizar um ponto intermediário "A" diminuindo assim ocomprimento da diagonal (Figura 1.3).

Figura 1.3-Lote irregular com muita profundidade  d) Lote com um ou mais limites em curva

Para se levantar o trecho em curva, o mais preciso será a medição da corda eda flecha (central).

Nestes casos devemos demarcar as divisas retas até encontrarmos os pontosdo início e fim da corda. Medir a corda e a flecha no local.

E com o auxílio de um desenho (realizado no escritório) construir a curva apartir da determinação do centro da mesma utilizando a flecha e a corda (Figura1.4).

c = corda f = flecha Construção da curva

Figura 1.4-Lote com setor curvo 

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1.5 - NIVELAMENTO (LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO)

É de grande importância para elaborarmos um projeto racional, que sejamaproveitadas as diferenças de nível do lote.

Podemos identificar a topografia do lote através das curvas de níveis.

A curva de nível é uma linha constituída por pontos todos de uma mesmacota ou altitude de uma superfície qualquer. Quando relacionadas a outras curvasde nível permite comparar as altitudes e se projetadas sobre um plano horizontalpodem apresentar as ondulações, depressões, inclinações etc. de uma superfície(Figura 1.5)

Podemos observar na Figura 1.5 que quando mais inclinada for a superfíciedo terreno, as distâncias entre as curvas serão menores, menos inclinada asdistâncias serão maiores d1 < d2.

Figura 1.5-Representação de curva de nível (Pinto Jr.et al, 2001)

As curvas de níveis são elaboradas utilizando aparelhos topográficos que nosfornecem os níveis, os ângulos, as dimensões de um terreno ou área.

Este levantamento não é muito preciso, quando utilizamos métodos simplespara a sua execução (descritos nos itens 1.5.1; 1.5.2; 1.5.3), mas é o suficiente paraconstrução residencial unifamiliar, que geralmente utilizam terrenos pequenos. Casoseja necessário algo mais rigoroso, devemos fazer um levantamento com aparelhosrecorrendo a um topógrafo.

Geralmente é suficiente tirar um perfil longitudinal e um transversal doterreno, mas nada nos impede de tirarmos mais, caso necessário.

 d 2d    1   

RN 0,0

1,0 1,0 2,0 3,03,0 2,0

3,0

2,0

1,0 1,0

2,0

3,0

RN 0,0

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Nos métodos descritos abaixo se usa basicamente balizas com distância umada outra no máximo de 5,0m, ou de acordo com a inclinação do terreno. Terrenosmuito íngremes a distância deverá ser menor e terrenos com pouca inclinaçãopodemos utilizar as balizas na distância de 5,0 em 5,0m.

Alguns métodos para levantarmos o perfil do terreno:

a) Com o nível e Abney ( clinômetro)

b) Com o nível de mão

c) Com o nível de mangueira

1.5.1) Com uso do clinômetro (Nível de Abney) Figuras 1.6 e 1.7.

Materiais: clinômetro

2 balizastrena

Figura 1.6-Clinômetro ou Nível de Abney (Borges, 1972)

Figura 1.7-Clinômetro inclinado proporcionando a leitura (Borges, 1972)

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Coloca-se o clinômetro (Figura 1.8), na 1ª baliza a uma altura de 1,50m(ponto A). Inclina-se o tubo do clinômetro para avistarmos o ponto B. Pela ócula sevê a bolha e giramos o parafuso até colocá-la na horizontal e produzirá sobre agraduação (através de um ponteiro fixo no parafuso) a leitura do ângulo α. Restamedir a distância horizontal "d" ou a inclinada "m".

Figura 1.8-Realização das medidas utilizando o Clinômetro (Borges, 1972)

1.5.2) Nível de bolha

Materiais:

- Nível de bolha;

- 2 balizas;- régua- trena.

Utilizando o método do nível de bolha, a medida do desnível se conseguecolocando uma régua entre as duas balizas. Com o auxílio do nível de bolha,nivelamos a régua (Figura 1.9). O desnível obtido é a diferença entre o H e h eassim consecutivamente. Com os diversos desníveis conseguimos delinear umperfil.

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Figura 1.9 Utilização do nível de bolha  

1.5.3) Nível de mangueira

O método da mangueira é um dos mais utilizados. Fundamenta-se noprincípio dos vasos comunicantes, que nos fornece o nível. Este é o método que ospedreiros utilizam para nivelar a obra toda, desde a marcação da obra até onivelamento dos pisos, batentes, azulejos etc...

A mangueira deve ter pequeno diâmetro, parede espessa para evitar dobras

e ser transparente.Para uma boa marcação ela deve estar posicionada entre as balizas, semdobras ou bolhas no seu interior (Figura 1.10 e 1.11). A água deve ser colocadalentamente para evitar a formação de bolhas.

Figura 1.10 - Posição da água quando não existe bolhas 

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Para utilizarmos o nível de mangueira necessitamos:

Materiais: - Mangueira- 2 balizas- Trena

Figura 1.11 - Processo da mangueira de nível  

Para facilitar a medição, podemos partir com o nível d'água em umadeterminada altura "h" numa das balizas, que será descontada na medidaencontrada na segunda baliza “H”. Fazemos isso para não precisarmos colocar onível d'água direto no ponto zero (próximo do terreno), o que dificultaria a leitura enão nos forneceria uma boa medição.

O desnível é obtido pela diferença entre “H” e “h”.

Exemplos de medição com mangueira:

• Em terrenos com aclive• Em terrenos com declive

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a) Terreno em aclive: 

Portanto: h1 = H -h ; h2 = H'- h' ......

Htot = h1 + h2 +hn 

Figura 1.12 - Levantamento altimétrico em terreno com aclive  

b) Terreno em declive:

Portanto: h1 = H -h ; h2 = H'- h' ......

Htot = h1 + h2 +hn 

Figura 1.13 - Levantamento altimétrico em terreno com declive  

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ANOTAÇÕES

1 - Devemos ter o cuidado de não deixar nenhuma bolha de ar dentro damangueira, para não dar erro nas medições (Figura 1.13).

2 - A mangueira deve ser transparente, e de pequeno diâmetro, da ordem de∅ 1/4" ou 5/16" para obter maior sensibilidade.

3 - A espessura da parede da mangueira deve ser espessa para evitar dobras

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2 - TRABALHOS PRELIMINARES DE CONSTRUÇÃO

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Calcular os volumes de corte e aterro;• Realizar as compensações de volume;• Analisar e executar um canteiro de obras;• Realizar ou conferir a marcação de uma obra.

Antes de iniciarmos a construção de um edifício, algumas atividades prévias,devem ser realizadas. Essas atividades são denominadas trabalhos preliminares ecompreendem:

• Verificação das condições das construções vizinhas;• Demolições, quando existirem;• Movimento de terra necessário para obtenção do nível desejado;• Canteiro de obras e a locação da obra.

2.1 – CONSTRUÇÕES VIZINHAS

É importante, antes do início da obra, o registro das condições dasconstruções vizinhas.

O registro é composto por um relatório técnico com fotografias datadas davizinhança e relatos das observações realizadas, antes do início das obras.

A análise prévia das condições das construções vizinhas evita surpresasdesagradáveis durante a execução da sua obra, como trincas, desabamentos demuros ou de construções vizinhas. Garante também as reclamações infundadas devizinhos.

2.2 – MOVIMENTO DE TERRA

O acerto da topografia do terreno, de acordo com o projeto de implantação eo projeto executivo, pode ser entendido como um conjunto de operações deescavação, aterros, carga, transporte, descarga, compactação e acabamentos

executados a fim de passar de um terreno natural para uma nova conformação(Cardão, 1969).O momento da obra em que ocorre o movimento de terra pode ser variável.

Depende das características de execução das fundações e das demais atividadesde início da obra. Pode ser necessário executar as fundações antes de escavar oterreno (quando se trabalha com grandes equipamentos, para facilitar a sua entradae retirada). Ou quando se tratar de fundações feitas manualmente o acerto doterreno pode ser realizado entes. Portanto o movimento de terra deve sercuidadosamente estudado.

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As etapas que influenciam no projeto de movimento de terra são:

• Sondagem do terreno;• Seqüência da execução do edifício;• Níveis das construções vizinhas;• Localização do canteiro de obras.

Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros, oucortes + aterros:

2.2.1 - Cortes: No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solocorrespondente à área de projeção do corte multiplicada pela altura média,acrescentando-se um percentual de empolamento (Figura 2.1). O empolamento é oaumento de volume de um material, quando removido de seu estado natural e éexpresso como uma porcentagem do volume no corte. Relacionamos na Tabela 2.1alguns empolamentos. Por exemplo, o empolamento de um solo superficial é de43% (Tabela 2.1), significa que um metro cúbico de material no corte (estadonatural) encherá um espaço de 1,43 metros cúbicos no estado solto.

Tabela 2.1 - Relação de Empolamentos (Manual Caterpillar, 1977) materiais %

Argila natural 22Argila escavada, seca 23Argila escavada, úmida 25Argila e cascalho seco 41Argila e cascalho úmido 11Rocha decomposta

75% rocha e 25% terra50% rocha e 50% terra25% rocha e 75% terra

433325

Terra natural seca 25Terra natural úmida 27Areia solta, seca 12Areia úmida 12Areia molhada 12Solo superficial 43

OBS.: Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o empolamento entre 30 a 40%

Vc = Ab x hm e Vs = Vc+ empolamento

Sendo Ab = área de projeção do corte h m = altura média Vc =volume no corte = volume natural Vs =volume solto 

Figura 2.1 - Corte em terreno 

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O corte é facilitado quando não se tem construções vizinhas, podendo fazê-lomaior. Mas quando efetuado nas proximidades de edificações ou vias públicas,devemos empregar métodos que evitem ocorrências, como: ruptura do terreno,descompressão do terreno de fundação ou do terreno pela água.

No corte os materiais são classificados em:

- materiais de 1ªcategoria : são materiais que podem ser extraídos comequipamentos convencionais de terraplenagem, incluindo eventualescarificação. Compreendem as terra em geral, piçarra ou argila, rochasem decomposição e seixos com diâmetro máximo de 15cm.

- materiais de 2ª categoria : rocha com resistência à penetração mecânicainferior ao do granito.

- Materiais de 3ª categoria : rochas com resistência à penetração mecânicaigual ou superior ao granito.

2.2.2 - Aterros e reaterros: No caso de aterros, deverá ser adotado umvolume de solo correspondente à área de projeção do aterro multiplicada pela alturamédia, acrescentando de 25% a 30% devido a aproximação dos grãos, reduzindo ovolume de vazios, quando compactado (Figura 2.2).

Va = Ab . hm + 25% a 30%

Sendo Ab = área de projeção do aterro h m = altura média 

Figura 2.2 - Aterro em terreno 

Para os aterros as superfícies deverão ser previamente limpas, semvegetação nem entulhos. O material escolhido para os aterros e reaterros devem ser

de preferência solos arenosos, sem detritos, pedras ou entulhos. Devem serrealizadas camadas sucessivas de no máximo 30 cm, devidamente molhadas ecompactadas manual ou mecanicamente.

Quando o nível de compactação for baixo, isto é, não é fundamental para odesempenho estrutural do edifício, é possível utilizar pequenos equipamentos, comoos compactadores mecânicos (sapos), os soquetes manuais, ou os própriosequipamentos de escavação. Quando o nível de exigência é maior devem-seprocurar equipamentos específicos de compactação, tais como compactadores lisose rolos pé de carneiro (Barros, 2006).

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2.2.3 Sistemas de contratação dos serviços de movimento de terra

Podemos contratar os serviços de movimento de terra através do aluguel deequipamentos, por empreitada global ou empreitada por viagem.

a) Aluguel de equipamentos: Neste caso deve ser pago a máquina de

escavação por hora e os caminhões para a retirada do solo. É indicado para obrascom grandes movimentos de terra.

b) Empreitada global: A empresa contratada realiza e é remunerada portodos os serviços (escavação e retirada de material). Para esse tipo de contrataçãoé necessário calcular o volume de solo tanto para corte como para o aterro.

c) Empreitada por viagem: Neste tipo de contratação a remuneração peloserviço é efetuada por caminhão (volume retirado ou colocado). O aluguel damáquina está incluso no preço da viagem, e deve-se registrar o número de viagens.Este sistema é indicado para obras com pequeno movimento de terra.

2.3 - INSTALAÇÃO DE CANTEIRO DE SERVIÇOS - OU CANTEIRO DE OBRAS

Após o terreno limpo e com o movimento de terra executado, O canteiro épreparado de acordo com as necessidades de cada obra. Deverá ser localizado emáreas onde não atrapalhem a circulação de operários veículos e a locação dasobras. A sua organização é desenvolvida e detalhada no escritório central.

No mínimo devemos fazer um barracão de madeira, chapas compensadas(Figura 2.3), ou ainda containers metálicos que são facilmente transportados para asobras com o auxílio de um caminhão munck. Nesse barracão serão depositados osmateriais (cimento, cal, etc...) e ferramentas, que serão utilizados durante aexecução dos serviços. Áreas para areia, pedras, tijolos, madeiras, aço,etc...deverão estar próximas ao ponto de utilização, tudo dependendo do vulto daobra, sendo que nela também poderão ser construídos escritórios, alojamento paraoperários, refeitório e instalação sanitária, bem como distribuição de máquinas, sehouver.

Em zonas urbanas de movimento de pedestres, deve ser feito um tapume,"encaixotamento" do prédio, com tábuas alternadas ou chapas compensadas, paraevitar que materiais caiam na rua.

O dimensionamento do canteiro compreende o estudo geral do volume da

obra, o tempo de obra e a distância de centros urbanos. Este estudo pode serdividido como segue:

• Área disponível para as instalações;• Empresas empreiteiras previstas;• Máquinas e equipamentos necessários;• Serviços a serem executados;• Materiais a serem utilizados;• Prazos a serem atendidos.

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Deverá ser providenciada a ligação de água e construído o abrigo para ocavalete e respectivo hidrômetro. O uso da água é intensivo para preparar materiaisno canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores e deve serdisponível em abundância. Não existindo água, deve-se providenciar o fornecimentode água através de caminhões “pipa” ou abertura de poço de água, com os

seguintes cuidados:

a) - que seja o mais distante possível dos alicerces;b) - o mais distante possível de fossas sépticas e de poços negro, isto é,

nunca a menos de 15 metros dos mesmos;c) - o local deve ser de pouco trânsito, ou seja, no fundo da obra, deixando-

se a frente para construção posterior da fossa séptica.

Deve-se providenciar a ligação de energia. As instalações elétricas noscanteiros de obras são realizadas para ligar os equipamentos e iluminar o local da

construção, sendo desfeitas após o término dos serviços. Mas precisam ser feitasde forma correta, para que sejam seguras. Antes do início da obra, é preciso saberque tipo de fio ou cabo deve ser usado, onde ficarão os quadros de força, quantasmáquinas serão utilizadas e, ainda, quais as ampliações que serão feitas nasinstalações elétricas.

Para o dimensionamento do cabo devemos somar as potências dosequipamentos utilizados no canteiro, aliada a um fator de demanda (visto que nemtodos os equipamentos serão utilizados simultaneamente). Na Tabela 2.2 temos apotência de alguns equipamentos.

Tabela 2.2 – Potência e sistema de alimentação dos equipamentos de obra (Barros,

2006) Equipamento Potência (hp) Sistema

Guincho 7,5 a 15 trifásicoBetoneira 3,0 trifásicoBombas d’água 3,0 trifásicoSerra elétrica 2,0 trifásicoMaquina de corte 2,0 trifásicovibrador 3,0 trifásico

Em função do empreendimento podemos utilizar equipamentos de portemaior, como, as gruas que elevam sensivelmente a demanda de energia (Barros,

2006).Caso, no local, não existir rede elétrica, deve-se fazer um pedido de estudo

 junto à concessionária, para verificar a possibilidade de extensão da rede até a obraou optar pela energia gerada a diesel através de geradores de energia.

Se no local existir rede mais é monofásico, deve-se também fazer um pedidode estudo, pois a maioria dos equipamentos é trifásica (Tabela 2.2) ou optar porequipamentos monofásico que tem custo maior.

Tendo rede trifásica devemos conferir a capacidade para atender demandada obra, atendendo a demanda é só pedir a ligação para a concessionária local.

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2.3.1 - Exemplo de barracão para obra de pequeno porte

Utilizando chapas compensadas, pontalete de eucalipto ou vigotas 8x8, etelhas de fibrocimento podemos montar um barracão de pequenas dimensões,

desmontável para utilizar em obras, como segue (Figura 2.3):

Figura 2.3 - Barracão para pequenas obras 

Para realizar um barracão econômico podemos realizar o aproveitamento daschapas compensadas (Figura 2.4).

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Figura 2.4 – Aproveitamento das chapas compensadas 

Na Tabela 2.3, está relacionado os materiais utilizados na execução dobarracão de obra da Figura 2.3.

Tabela 2.3 - Relação de materiais para execução de barracão para pequenas obras 

Quant. un Descrição03 un Pontaletes ou caibros de 3,00m03 un Pontaletes ou caibros de 3,50m16 pç Chapas de compensado 6,0 ou

10,0mm11 pç Telhas fibrocimento 4,0mm de

0,50x2,4411 pç Telhas fibrocimento 4,0mm de

0,50x1,2201 pç Viga 6x12 de 5,0m60 m Sarrafo de 7,0cm01 pç Cadeado médio0,5 m Corrente03 pç Dobradiças0,5 kg Prego 15x150,3 kg Prego 18x27

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2.4 - LOCAÇÃO DA OBRA 

Podemos efetuar a locação da obra, nos casos de obras de pequeno porte,com métodos simples (utilizando o nível de mangueira, régua, fio de prumo e trena),

sem o auxílio de aparelhos, que nos garantam certa precisão. No entanto, em obrasde grande área, os métodos simples, poderão acumular erros, sendo conveniente,portanto, o auxílio da topografia.

Em quaisquer dos casos, para materializar a demarcação exigirá umelemento auxiliar que poderá ser constituído por cavaletes ou tábua corrida(gabarito).

2.4.1 - Processo dos cavaletes

No processo dos cavaletes os alinhamentos são obtidos por pregos cravadosem cavaletes. Estes são constituídos de duas estacas cravadas no solo e uma

travessa pregada sobre elas (Figura 2.5).Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece

grande segurança devido ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos demão, tropeços, etc.

Figura 2.5 - Cavalete 

Depois de distribuídos os cavaletes, previamente alinhados conforme oprojeto, linhas são fixadas e esticadas nos pregos para determinar o alinhamento doalicerce, e em seguida inicia-se a abertura das valas (Figura 2.6)

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Figura 2.6 - Processo dos cavaletes - determinação dos alinhamentos 

2.4.2 - Processo da tábua corrida (gabarito)

Este método se executa cravando-se no solo cerca de 50 cm, pontaletes depinho de (7,5 x 7,5cm ou 7,5 x 10,0cm) ou varas de eucalipto a uma distância entresi de 1,50m a 2,0m e a 1,20m das paredes da futura construção, que posteriormentepoderão ser utilizadas para andaimes.

Nos pontaletes serão pregadas tábuas na volta toda da construção(geralmente de 15 ou 20 cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso (Figura2.8). Pregos fincados nas tábuas com distâncias entre si iguais às interdistânciasentre os eixos da construção, todos identificados com letras e algarismosrespectivos pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os

alinhamentos (Figura 2.7).Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um

nome interligado ao de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame estámaterializado um eixo da construção. Este processo é o ideal.

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Figura 2.7 - Marcação sobre gabarito 

Figura 2.8 - Processo da Tábua Corrida – Gabarito 

Como podemos observar o processo de "Tábua Corrida" é mais seguro e asmarcações nele efetuadas permanecem por muito tempo, possibilitando aconferência durante o andamento das obras. Não obstante, para auxiliar esteprocesso, pode utilizar o processo dos cavaletes. 

No entanto, seja qual for o método escolhido, é de extrema importância queno final da marcação sejam devidamente conferidos os eixos demarcadosprocurando evitar erros.

2.5 - TRAÇADO

Tendo definido o método para a marcação da obra, devemos transferir asmedidas, retiradas das plantas para o terreno.

A

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Quando a obra requer um grau de precisão, que não podemos realizar commétodos simples devemos utilizar aparelhos topográficos. Isto fica a cargo dadisciplina de Topografia, cabendo a nós, para pequenas obras, saber locá-las commétodos simplificados.

2.5.1 - Traçado de ângulos retos e paralelas.

É indispensável saber traçar perpendiculares sobre o terreno, pois é atravésdelas que marcamos os alinhamentos das paredes externas, da construção,determinando assim o esquadro. Isto serve de referência para locar todas as demaisparedes.

Um método simples para isso, consiste em formar um triângulo através daslinhas dispostas perpendicularmente, cujos lados meçam 3 - 4 e 5m (triângulo dePitágoras), fazendo coincidir o lado do ângulo reto com o alinhamento da base(Figura 2.9).

Figura 2.9 - Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabarito 

Outro método consiste na utilização de um esquadro metálico (geralmente0,60 x 0,80 x 1,00m) para verificar o ângulo reto (Figura 2.10).

O esquadro deve ser colocado sobre uma base plana e ficar tangenciando aslinhas sem as tocá-las, quando as linhas ficarem paralelas ao esquadro garantimoso ângulo reto.

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Figura 2.10 - Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabarito utilizando esquadro metálico 

2.5.2 - Traçado de curvas

A partir do cálculo do raio da curva (que pode ser feito previamente noescritório) achamos o centro e, com o auxílio de um arame ou linha, traçamos acurva no terreno (como se fosse um compasso) Figura 2.11.

Figura 2.11 - Traçado de curva de pequeno raio 

Este método nos fornece uma boa precisão, quando temos pequenos raios.No caso de grandes curvas, podemos utilizar um método aproximado, chamadométodo das quatro partes. Consiste em aplicar, sucessivamente, sobre a cordaobtida com a flecha precedente, a quarta parte deste último valor (Figura 2.12).Encontram-se assim, por aproximações sucessivas, todos os pontos da curvacircular (G.Baud, 1976)

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Figura 2.12 - Traçado de curva pelo método das quatro partes (G.Baud,1976)

4f  ,

4f  seguidaem  2

3

1

222

2

1

 f  f 

t r 

r r  f  ==

+

−=  

sendo: r = raio da curvat = tangente à curva (na intercessão da curva com a reta)

Portanto, com o auxílio do gabarito, inicialmente devemos locar as fundaçõesprofundas do tipo estacas, tubulões ou fundações que necessitam de equipamentosmecânicos para a sua execução, caso contrário podemos iniciar a locação dasobras pelo projeto de forma da fundação ("paredes").

2.5.3 - Locação de estacas

Serão feitas inicialmente a locações de estacas, visto que qualquer marcaçãodas "paredes" irá ser desmarcada pelo deslocamento de equipamentos mecânicos.O posicionamento das estacas é feito conforme a planta de locação de estacas,fornecida pelo cálculo estrutural (Figura 2.13).

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Figura 2.13 - Projeto de locação de estacas  

A locação das estacas é definida pelo cruzamento das linhas fixadas porpregos no gabarito. Transfere-se esta interseção ao terreno, através de um prumode centro (Figura 2.14). No ponto marcado pelo prumo, crava-se uma estaca demadeira (piquete), geralmente de peroba, com dimensões 2,5 x 2,5 x 15,0cm.

1

A

32

B

C

D

E

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Figura 2.14 - Locação da estaca  

Após a execução das estacas e com a saída dos equipamentos e limpeza dolocal podemos efetuar com o auxílio do projeto estrutural de formas a locação das"paredes".

2.5.4 - Locação da Forma de Fundação "paredes"

Devemos locar a obra utilizando os eixos , para evitarmos o acúmulo de errosprovenientes das variações de espessuras das paredes (Figura 2.15).

Em obras de pequeno porte ainda é usual o pedreiro marcar a construçãoutilizando as espessuras das paredes. No projeto de arquitetura convencionou-se as

paredes externas com 25cm e as internas com 15cm, na realidade as paredesexternas giram em torno de 26 a 27cm e as internas 14 a 14,5cm difícil de seremdesenhadas a pena nas escalas usuais de desenho 1:100 ou 1:50, por isso daadoção de medidas arredondadas que acumulam erros. Hoje com o uso desoftwares específicos de desenho ficou bem mais fácil e dependendo da espessurada alvenaria adotada define-se a espessura das paredes.

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Figura 2.15 - Projeto de forma locadas pelo eixo  

A

1

B

C

D

E

2 3

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ANOTAÇÕES1 - Nos cálculos dos volumes de corte e aterro, os valores são mais precisos se onúmero de seções for maior.2 - Na execução do gabarito, as tábuas devem ser pregadas em nível.3 - A locação da obra deve, de preferência, ser efetuada pelo engenheiro ou

conferida pelo mesmo.4 - A marcação pelo eixo, além de mais precisa, facilita a conferência peloengenheiro.5 – Verificar os afastamentos da obra, em relação às divisas do terreno.6 – Constatar no terreno a existência ou não de obras subterrâneas ( galerias deáguas pluviais, ou redes de esgoto, elétrica ) e suas implicações.7 – Verificar se o terreno em relação às ruas está sujeito à inundação ou necessitade drenagem para águas pluviais.8 – Confirmar a perfeita locação da obra no que se refere aos eixos das paredes,pilares, sapatas, blocos e estacas.

•  Noções de segurança para movimentação de terra: 

1 - Depositar os materiais de escavação a uma distância superior à metade daprofundidade do corte.

2 - Os taludes instáveis com mais de 1,30m de profundidade devem serestabilizados com escoramentos.

3 - Estudo da fundação das edificações vizinhas e escoramentos dos taludes.

4 - Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas.

5 - Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoasautorizadas.

6 - A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento.

•  Instalações elétricas em Canteiro de obras:

1 - Os quadros de distribuição devem ser de preferência metálicos e devem ficarfechados para que os operários não se encostem às partes energizadas.2 - Os quadros de distribuição devem ficar em locais bem visíveis, sinalizados e defácil acesso mias longe da passagem de pessoas, materiais e equipamentos.3 - As chaves elétricas do tipo faca devem ser blindadas e fechar para cima. Nãodevem ser usadas para ligar diretamente os equipamentos.4 - Os fios e cabos devem ser estendidos em lugares que não atrapalhem apassagem de pessoas, máquinas e materiais.5 - Os fios e cabos estendidos em locais de passagem, devem estar protegidos porcalhas de madeira, canaletas ou eletro dutos. Podem ser colocados a certa alturaque não deixe as pessoas e máquinas encostarem-se a eles.6 - Os fios e cabos devem ser fixados em isoladores. As emendas devem ficarfirmes e bem isoladas, não deixando partes descobertas. 

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3 - FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Determinar o número de furos de sondagem, bem como a sua localização;• Analisar um perfil de sondagem;• Saber escolher a fundação ideal para uma determinada edificação;• Especificar corretamente o tipo de impermeabilização a ser utilizada em alicerce;• Especificar o tipo de dreno e a sua localização.

Não querendo invadir o campo da Engenharia de Fundações, damos nestas

anotações de aulas, um pequeno enfoque sobre fundações mais utilizadas emresidências unifamiliares térreas e sobradas, ficando a cargo da Cadeira deFundações aprofundar no assunto.

3.1 - SONDAGENS

É sempre aconselhável a execução de sondagens, no sentido de reconhecero subsolo e escolher a fundação adequada, fazendo com isso, o barateamento dasfundações. As sondagens representam, em média, apenas 0,05 a 0,005% do custototal da obra.

Os requisitos técnicos a serem preenchidos pela sondagem do subsolo sãoos seguintes (Godoy, 1971):

• Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade deinteresse do projeto;

• Determinação das condições de compacidade (areias) ou consistência (argilas)em que ocorrem os diversos tipos de solo;

• Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo e avaliaçãoda orientação dos planos (superfícies) que as separam;

• Informação completa sobre a ocorrência de água no subsolo.

3.1.1 - Execução da sondagem

A sondagem é realizada contando o número de golpes necessários àcravação de parte de um amostrador no solo realizada pela queda livre de ummartelo de massa e altura de queda padronizada. A resistência à penetraçãodinâmica no solo medida é denominada S.P.T. - Standart Penetration Test.

A execução de uma sondagem é um processo repetitivo, que consiste emabertura do furo, ensaio de penetração e amostragem a cada metro de solosondado.

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Desta forma, em cada metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo com umcomprimento de 55 cm utilizando um trado manual ou através de jato de água, e orestante dos 45 cm é utilizado para a realização do ensaio de penetração. (Figura3.1)

As fases de ensaio e de amostragem são realizadas simultaneamente,

utilizando um tripé, um martelo de 65 kg, uma haste e o amostrador. (Figura 3.2)(Godoy, 1971)

Figura 3.1 - Esquema de sondagem  

Figura 3.2 - Equipamento de sondagem à percussão  

55cm - Abertura

45cm - Ensaio

55cm - Abertura

45cm - Ensaio

100cm

100cm

Operadorpesoguia

haste

amostrador

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3.1.2 - Resistência à penetração

O amostrador é cravado 45 cm no solo, sendo anotado o número de golpesnecessários à penetração de cada 15 cm.

O Índice de Resistência à Penetração é determinado através do número de

golpes do peso padrão, caindo de uma altura de 75 cm, considerando-se o númeronecessário à penetração dos últimos 30 cm do amostrador. Conhecido como S.P.T.

A Tabela 3.1 apresenta correlações empíricas , que permite uma estimativa dacompacidade das areias e da consistência das argilas, a partir da resistência àpenetração medida nas sondagens. (Godoy, 1971)

Tabela 3.1 - Compacidade das areias e consistência das argilas "in situ" (Godoy, 1971) 

COMPACIDADES E CONSISTÊNCIAS SEGUNDO A RESISTÊNCIA ÀPENETRAÇÃO - S.P.T.

SOLO DENOMINAÇÃO No DE GOLPESFofa ≤ 4

Pouco Compacta 5 - 8Med. Compacta 9 - 18

Compacta 19 - 41

Compacidade de areias esiltes arenosos

Muito Compacta > 41Muito Mole < 2

Mole 2 - 5Média 6 - 10Rija 11 - 19

Consistência de argilas esiltes argilosos

Dura > 19

3.1.3 - Determinação do número de sondagens a executar

Os pontos de sondagem devem ser criteriosamente distribuídos na área emestudo, e devem ter profundidade que inclua todas as camadas do subsolo quepossam influir, significativamente, no comportamento da fundação.

No caso de fundações para edifícios, o número mínimo de pontos desondagens a realizar é função da área a ser construída (Tabela 3.2).

Tabela 3.2 - Número mínimo de pontos em função da área construída (NBR8036/1983) 

ÁREA CONSTRUÍDA  Nº. DE SONDAGENSde 200 m² até 1,200 m² 1 sondagem para cada 200m²

de 1,200 m² até 2,400 m² 1 sondagem para cada 400m² que exceder a 1,200m²acima de 2,400m² Será fixada a critério, dependendo do plano de construção.

Podemos ainda, avaliar o mínimo de furos para qualquer circunstância emfunção da área do terreno para lotes urbanos:

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• 2 furos para terreno até 200m²• 3 furos para terreno entre 200 a 400m², ou• No mínimo, três furos para determinação da disposição e espessura

das camadas.

Os furos de sondagens deverão ser distribuídos em planta, de maneira acobrir toda a área em estudo. A Figura 3.3 apresenta alguns exemplos de locaçãode sondagens em terrenos urbanos.

A distância entre os furos de sondagem deve ser de 15 a 25m, evitando quefiquem numa mesma reta e de preferência, próximos aos limites da área em estudo.

Figura 3.3 - Exemplo de locação de sondagens em pequenos lotes  

Em relação à profundidade das sondagens, existem alguns métodos paradeterminá-las:

• Pelo critério do bulbo de pressão• Pelas recomendações da norma brasileira

Mas, um técnico experimentado pode fixar a profundidade a ser atingida,durante a execução da sondagem, pelo exame das amostras recuperadas e pelonúmero de golpes.

Em geral, quatro índices elevados de resistência à penetração, em materialde boa qualidade, permitem a interrupção do furo.

Nos terrenos argilosos, a sondagem deverá ultrapassar todas as camadas.Nos terrenos arenosos, as sondagens raramente necessitam ultrapassar os

15 a 20m.

7

   2   5

   3   0

10-12 20

   3   0

20

   4   0

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Obs.: profundidade mínima 8,0m. Essa profundidade pode ser corrigida, à medidaque os primeiros resultados forem conhecidos.

Poderá ocorrer obstrução nos furos de sondagens do tipo matacões (rochasdispersas no subsolo) confundindo com um embasamento rochoso. Neste caso a

verificação é realizada executando-se uma nova sondagem a 3,0m, em planta, daanterior. Se for confirmada a ocorrência de obstrução na mesma profundidade, asondagem deverá ser novamente deslocada 3,0m numa direção ortogonal aoprimeiro deslocamento. Caso necessário, a sondagem na rocha é realizada comequipamento de sondagem rotativo.

3.1.4 - Perfil de Sondagem 

Os dados obtidos em uma investigação do subsolo são normalmenteapresentados na forma de um perfil para cada furo de sondagem.

A posição das sondagens é amarrada topograficamente e apresentada numaplanta de locação bem como o nível da boca do furo que é amarrado a umareferência de nível RN bem definido ( Figura 3.4)

Figura 3.4 - Planta de locação das sondagens 

No perfil do subsolo as resistências à penetração são indicadas por númerosà esquerda da vertical da sondagem, nas respectivas cotas. A posição do níveld'água - NA - também é indicada, bem como a data inicial e final de sua medição(Figura 3.5). (Godoy, 1971)

   1 .   4   0

2.00

   5 .   6   0

21.00

   1 .   4   0

   5 .   6   0

2.00

 2 1. 4 2

  2. 4 4

   7 .   0   0

25.00

CASA EXISTENTE EM CONSTRUÇÃO

CASA EXISTENTE

   R   U   A

 . . .

   G   U   I   A

   E   X   I   S   T   E   N   T   E

   C   A   L   Ç   A   D   A

2.20

S1

S2

(100,13)

(99,95)

RN=100,00

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Figura 3.5 - Exemplo de um perfil de subsolo  

3.2 - ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO

Com os resultados das sondagens, de grandeza e natureza das cargasestruturais e conhecendo as condições de estabilidade e fundações dasconstruções vizinhas, pode o engenheiro, proceder à escolha do tipo de fundaçãomais adequada, técnica e economicamente.

O estudo é conduzido inicialmente, pela verificação da possibilidade doemprego de fundações diretas.

Mesmo sendo viável a adoção das fundações diretas é aconselhávelcomparar o seu custo com o de uma fundação profunda.

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E finalmente, verificando a impossibilidade da execução das fundaçõesdiretas, estuda-se o tipo de fundação profunda mais adequada.

3.2.1 - Tipos de fundações

Os principais tipos de fundações podem ser reunidos em dois grandesgrupos: fundações diretas ou rasas e fundações profundas (Figura 3.6).

AlvenariaSimples

Sapata Corrida Pedraou Contínua

Armada

Diretas Simplesou Sapata IsoladaRasas Armada

RígidosRadier

Flexíveis

Pré Mega ou de reaçãoMoldadas Vibradas

de concreto CentrífugasProtendida

EstacasBrocas

sem camisa EscavadasRaiz

Moldadas monotubein loco perdidas

Raynondcom camisa

Straussrecuperadas Simples

Profundas DuplexFranki

de madeirade aço

Tipo poçocéu aberto Tipo ChicagoTipo gow

Tubulões

Pneumático Tipo Benoto(ar comprimido)

Tipo Anel de concreto

Figura 3.6 - Relação dos tipos de fundações usuais em construção 

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Portanto os principais tipos de fundações são:

• Fundações diretas ou rasas;• Fundações profundas.

Para a escolha das fundações podemos iniciar analisando uma sapata isolada(Figura 3.7).

Figura 3.7 - Profundidade de uma sapata isolada (Df)  

• Quando Df ≤ B⇒ Fundações diretas • Quando Df > B⇒ Fundações profundas -(sendo “B” a menor dimensão da sapata)

Quando a camada ideal for encontrada à profundidade de 5,0 à 6,0m,podemos adotar brocas, se as cargas forem na ordem de 4 a 5 toneladas e sempresença de água.

Em terrenos firmes a mais de 6,0m, devemos utilizar estacas ou tubulões.

3.3 - FUNDAÇÕES DIRETAS OU RASAS 

As fundações diretas são empregadas onde as camadas do subsolo, logoabaixo da estrutura, são capazes de suportar as cargas.

Com o auxílio da sondagem, obtemos o SPT na profundidade adotada ecalculamos a σ s do solo. Dividindo a carga P pela σ s do solo, encontramos a áreanecessária da sapata (Snec).

5

SPT ,  ≅= s

PS

s

necσ  

σ  

 

Encontrada a área, adotam-se as dimensões e verificamos se são econômicas(Figura 3.12).

Condições econômicas:  A - a = B - bA - B = a - b

Sendo “A e B” as dimensões da sapata e “a e b” a dimensão do pilar.

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Como referência temos σs (Tensão admissível do solo) como sendo:

Boa = 4,0 kg/cm²Regular = 2,0 kg/cm²Fraca = 0,5 kg/cm²

A Distribuição das pressões, no terreno, é função do tipo de solo e daconsideração da sapata ser rígida ou flexível, podendo ser bi triangular, retangularou triangular.

Uma sapata será considerada flexível quando possuir altura relativamentepequena e , sob atuação do carregamento, apresentar deformação de flexão(Caputo, H.P, 1973)

Descrevemos com mais detalhes as fundações diretas mais comuns para obras depequeno porte.

3.3.1 - Sapata Corrida em Alvenaria

São utilizadas em obras de pequena área e carga, (edícula sem laje,barraco de obra, abrigo de gás; água etc.).

É importante conhecer esse tipo de alicerce, pois foram muito utilizadosnas construções antigas e se faz necessário esse conhecimento no momento dasreformas e reforços dos mesmos. As etapas de execução são:

a) Abertura de vala

* Profundidade nunca inferiores a 40 cm* Largura dasvalas:

- parede de 1 tijolo = 45 cm

- parede de 1/2 tijolo = 40 cm

• Em terrenos inclinados, o fundo da vala é formado por degraus(Figura 3.8), sempre em nível.

• Mantendo-se o valor "h" em no mínimo 40 cm e h1, no máximo 50cm.

Figura 3.8 - Detalhe do nivelamento do fundo da vala  

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b) Apiloamento

Se faz manualmente com soquete (maço) de 10 à 20 kg, com oobjetivo unicamente de conseguir a uniformização do fundo da vala enão o de aumentar a resistência do solo.

c) Lastro de concreto

Sobre o fundo das valas devemos aplicar uma camada de concretomagro de traço 1:3:6 ou 1:4:8 (cimento, areia grossa e pedra 2 e 3) eespessura mínima de 5cm com a finalidade de:

• Diminuir a pressão de contato visto ser a sua largura maior do que ado alicerce;

• Uniformizar e limpar o piso sobre o qual será levantado o alicerce dealvenaria

d) Alicerce de alvenaria ( Assentamento dos tijolos)

•Ficam semi-embutidos no terreno;•Tem espessuras maiores do que a das paredes sendo:

Paredes de 1 tijolo - feitos com tijolo e meio.Paredes de 1/2 tijolo - feitos com um tijolo.

•Seu respaldo deve estar acima do nível do terreno, a fim de evitar ocontato das paredes com o solo;•O tijolo utilizado é o maciço queimado ou requeimado;•Assentamento dos tijolos é feito em nível;

• Argamassa de assentamento é de cimento e areia traço 1:4. 

e) Cinta de amarração

É sempre aconselhável a colocação de uma cinta de amarração norespaldo dos alicerces. Normalmente a sua ferragem consiste de barras"corridas", no caso de pretender a sua atuação como viga deverá sercalculada a ferragem e os estribos. Sobre a cinta será efetuada aimpermeabilização.

Para economizar formas, utilizam-se tijolos em espelho, assentadoscom argamassa de cimento e areia traço 1:3.

A função das cintas de amarração é "amarrar" todo o alicerce edistribuir melhor as cargas, não podendo, contudo ser utilizadas comovigas.

f) Reaterro das valas

Após a execução da impermeabilização das fundações, podemosreaterrar as valas. O reaterro deve ser feito em camadas de no máximo20cm bem compactadas.

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g) Tipos de alicerces para construção simples 

Figura 3.9 - Sem cinta de amarração (Borges, 1972)  

Parede de um tijolo

Figura 3.10 - Com cinta de amarração (Borges, 1972)  

Parede de meio tijolo

Figura 3.11 - Com cinta de amarração (Borges, 1972) 

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Obs. Para manter os ferros corridos da cinta de amarração na posição, devem serusados estribos, espaçados de mais ou menos 1,0m. A função desses estribos ésomente posicionar as armaduras.

3.3.2 Sapatas Isoladas

São fundações de concreto simples ou armado.

As sapatas de concreto simples (sem armaduras), possuem grande altura, oque lhes confere boa rigidez. Também são denominadas de Blocos.

As sapatas de concreto armado, podem ter formato piramidal ou cônico,possuindo pequena altura em relação a sua base, que pode ter forma quadrada ouretangular (formatos mais comuns).

Figura 3.12 - Sapata isolada retangular  

3.3.3 - Sapatas corridas

Executadas em concreto armado e possuem uma dimensão preponderanteem relação às demais (Figura 3.13; 3.14; 3.15)

Figura 3.13 - Sapata corrida sob paredes 

h

L

PAREDE

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Figura 3.14 - Sapata corrida sob pilares  

Figura 3.15 - Sapata corrida com viga  

3.3.4 - Radiers

Quando todas as paredes ou todos os pilares de uma edificação transmitemas cargas ao solo através de uma única sapata, tem-se o que se denomina umafundação em radier.

Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concretoarmado, protendido ou em concreto reforçado com fibras de aço.

O radier pode ser considerado uma laje contínua em toda a área deconstrução distribuindo uniformemente toda a carga ao terreno. A laje deve serexecutada utilizando concreto armado com armaduras de aço nas duas direçõestanto na parte superior como na inferior (armadura dupla).

Etapas de construção:

• Preparo do terreno – apiloamento e nivelamento;• Colocação das tubulações de água, esgoto e elétrica;

h

L

PILAR

h

L

PILAR

VIGA

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• Colocação de manta plástica para evitar a perda de água do concreto e aumidade do solo;

• Concretagem e cura.

Figura 3.16 - Radier  

O radier somente deve ser utilizado se o terreno todo tiver o mesmo tipo desolo. Se uma parte dele for firme e outra fraca você não deve usar radier.

3.4 - FUNDAÇÕES PROFUNDAS

São utilizadas quando o terreno firme, bom para a fundação, encontra-se emcamadas mais profundas do solo.

Os principais tipos de fundações profundas são:

3.4.1 - Estacas

Estacas são peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ouconfeccionadas no solo utilizando concreto no mínimo 15 MPa, essencialmentepara:

a) Transmissão de carga a camadas profundas;b) Contenção de empuxos laterais (estacas pranchas);c) Compactação de terrenos.

Podem ser: - Pré-moldadas- Moldadas in loco

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As estacas recebem esforços axiais de compressão. Esses esforços sãoresistidos pela reação exercida pelo terreno sobre sua ponta e pelo atrito entre asparedes laterais da estaca e o terreno. Nas estacas prancha além dos esforçosaxiais temos o empuxo lateral (esforços horizontais), Figura 3.17.

Figura 3.17 - Esforços nas estacas  

Após a cravação das estacas pré-moldadas de concreto ou a concretagemdas estacas moldadas “in loco” as mesmas devem ser preparadas previamente parasua perfeita ligação com os elementos estruturais (blocos de coroamento, vigasetc.).

Nas estacas moldadas “in loco” o concreto da cabeça das estacas geralmenteé de qualidade inferior, pois ao final da concretagem há subida de excesso deargamassa, ausência de pedra britada e possibilidade de barro em volta da estaca.

Portanto a estaca deve ser concretada no mínimo 20 cm acima da cota dearrasamento. A limpeza e remoção do concreto de má qualidade até a cota dearrasamento devem ser feito com o auxílio de um ponteiro e marreta e o sentidodeve ser preferencialmente de baixo para cima (Figura 3.18.a)

Nas estacas pré-moldadas, o excesso de concreto acima da cota dearrasamento, é devido às estacas encontrarem a “nega” (solo impenetrável) emcotas distintas.

A cota de arrasamento das estacas deve ficar no mínimo 10 cm acima dofundo da vala, permitindo a execução do lastro e a sobra de no mínimo 5 cm deestaca acima do lastro (Figura 3.18 b).

(a) (b) Figura 3.18 (a) Arrasamento das estacas – (b) Cota de arrasamento das estacas 

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3.4.2 Blocos de coroamento das estacas

Os blocos de coroamento das estacas são elementos maciços de concretoarmado que solidarizam as "cabeças" de uma ou um grupo de estacas, distribuindopara ela as cargas dos pilares e dos baldrames (Figura 3.19).

Os blocos de coroamento têm também a função de absorver os momentosproduzidos por forças horizontais, excentricidade e outras solicitações (Caputo. H.P.,1973).

Figura 3.19 – Bloco de coroamento 

UMA ESTACA DUAS ESTACAS TRÊS ESTACAS QUATRO ESTACAS ...

Ø= diâmetroda estaca

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3.4.3 - Brocas

São feitas a trado, em solo sem água, de forma a não haver fechamento dofuro nem desmoronamento.

• Limite de diâmetro: 15 (6") a 25cm (10");• Limite de comprimento: é da ordem de 6,0m, no mínimo de 3,0m

a 4,0m;• Os ∅ mais usados são 20 cm e 25 cm.

A execução das brocas é extremamente simples e compreende apenasquatro fases:

• Abertura da vala dos alicerces• Perfuração de um furo no terreno

• Compactação do fundo do furo• Lançamento do concreto

Ao contrário de outros tipos de estacas, que veremos adiante, as brocas sóserão iniciadas depois de todas as valas abertas, pois o trabalho é exclusivamentemanual, não utilizando nenhum equipamento mecânico.

Inicia-se a abertura dos furos com uma cavadeira americana e o restante éexecutado com trado (Figura 3.20; 3.21), que tem o seu comprimento acrescidoatravés de barras de cano galvanizado, (geralmente com 1,5m cada peça) atéatingir a profundidade desejada.

Ao atingir a profundidade das brocas, as mesmas são compactadas epreenchidas com concreto fck 15,0 MPa conforme NBR 6122, utilizando pedra nº 2,

sempre verificando se não houve fechamento do furo, bem como falhas naconcretagem.Fazemos isso através da cubicagem (volume) de concreto que será

necessária para cada broca.

Figura 3.20 - Tipos de trado  

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Figura 3.21 - Perfuração da broca  

Geralmente as brocas não são armadas, apenas levam pontas de ferrodestinadas a amarrá-las à viga baldrame ou blocos. No entanto, certas ocasiões nosobrigam a armá-las e nesses casos, isto é feito com 4 (quatro) ferros e estribos emespiral ou de acordo com o projeto estrutural.

Devemos armar as brocas quando:

• Verificarmos que as mesmas, além de trabalharem acompressão, também sofrem empuxos laterais;

• Forem tracionadas;• Quando em algumas brocas, encontrarmos solo resistente a

uma profundidade inferior a 3,0m. 

A Resistência Estrutural da Broca quando bem executadas podem ser:

• broca de 20cm: - não armada ≅ 4 a 5t- armada ≅ 6 a 7t

• broca de 25cm: - não armada ≅ 7 a 8t- armada ≅ 10t

Esses valores são aproximados, pois sua execução é manual, geralmente ofundo do furo não é compactado e o lançamento do concreto é feito diretamente nosolo, sem nenhuma proteção.

É conveniente adotar cargas não superiores a 5 toneladas por unidade, emsolos suficientemente coesivos e na ausência de lençol freático.

A execução de brocas na presença de água deve ser evitada e somente éadmitida quando se tratar de solos de baixa permeabilidade, que possibilitem aconcretagem antes do acúmulo de água.

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3.4.4 - Estacas Escavadas

As estacas escavadas caracterizam-se também por serem moldadas no localapós a escavação do solo, que é efetuada mecanicamente com trado helicoidal.

São executadas através de torres metálicas, apoiadas em chassis metálicosou acopladas em caminhões (Figura 3.22). Em ambos os casos são empregadosguinchos, conjunto de tração e haste de perfuração, podendo esta ser helicoidal emtoda a sua extensão ou trados acoplados em sua extremidade. Seu emprego érestrito a perfuração acima do nível d'água. (Falconi et al, 1998)

Figura 3.22 – Perfuratriz (Hachich et al,1998)  

Usualmente os diâmetros e cargas de trabalho utilizado são:

•  Ø 25 cm: 15tf•  Ø 30 cm: 25tf•  Ø 35 cm: 30tf

3.4.5 - Estaca Apiloada

A estaca apiloada é executada utilizando um tripé e um soquete comdiâmetro de 20 a 30 cm. A perfuração é conseguida lançando o saquete ao solo deuma altura variável dependendo do equipamento. O processo é mecanizado eutilizado somente para pequenas cargas devido as suas limitações. Nas estacasapiloadas não existe uma padronização de carga, depende da profundidade atingidado diâmetro da estaca e do tipo de solo.

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A concretagem das estacas apiloadas seguem as mesmas especificaçõesdas estacas moldadas “in loco” pode ser lançado até preencher o furo ou lançado eapiloado em camadas.

Quando lançado e epiloado em camadas deve-se ter o cuidado do contato dosoquete com a parede do furo para não contaminar o concreto com o solo (Hachich

et al, 1998).

3.4.6 - Estaca Strauss

A estaca Strauss é executada utilizando equipamento mecanizado compostopor um tripé, guincho, soquete (pilão) e a sonda (balde).

Inicia-se a perfuração utilizando o soquete. Após abertura inicial do furo como soquete, coloca-se o tubo de molde do mesmo diâmetro da estaca, o soquete ésubstituído pela sonda com porta e janela a fim de penetrar e remover o solo no seuinterior em estado de lama.

Alcançado o comprimento desejado da estaca, enche-se de concreto emtrechos de 0,5 a 1,0 m que é socado pelo pilão à medida que se vai extraindo omolde formando o bulbo.

O procedimento acima se repete, exceto a formação do bulbo, até completaro nível proposto pelo projeto.

Figura 3.23 - Execução das Estaca Strauss  

Usualmente os diâmetros e cargas de trabalho utilizado são:

•  Ø 25 cm: 20tf•  Ø 30 cm: 30tf•  Ø 35 cm: 35tf

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3.4.7 - Estacas Franki

Coloca-se o tubo de aço (molde), tendo no seu interior junto à ponta, umtampão de concreto de relação água/cimento muito baixa, esse tampão é socado

por meio de um soquete (pilão) de até 4t; ele vai abrindo caminho no terreno devidoao forte atrito entre o concreto seco e o tubo e o mesmo é arrastado para dentro dosolo. Alcançada a profundidade desejada o molde é preso à torre, coloca-se maisconcreto no interior do molde e com o pilão, provoca-se a expulsão do tampão até aformação de um bulbo do concreto. Após essa operação desce-se a armadura econcreta-se a estaca em pequenos trechos sendo os mesmos fortemente, apiloadosao mesmo tempo em que se retira o tubo de molde.

Figura 3.24 - Execução das Estacas Franki 

Usualmente os diâmetros e cargas de trabalho utilizado são:

•  Ø 30 cm: 40tf•  Ø 35 cm: 50tf

3.4.8 - Tubulões

São elementos de fundação profunda constituído de um poço (fuste),normalmente de seção circular revestido ou não, e uma base circular ou em formade elipse (Figura 3.25) (Alonso et al, 1998).

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Figura 3.25 - Seção típica de um tubulão  

Sendo: β ≥ 60o dmin. = 70cmD ≅ de 3 a 3,5dH ≥ D - d . tang60o sendo < 2,0m

2

Os tubulões dividem-se em dois tipos básicos: à céu aberto (com ou semrevestimento) e a ar comprimido (pneumático) revestido.

O revestimento dos tubulões pode ser constituído de camisa de concretoarmada ou de aço. Sendo a de aço perdida ou recuperada.

Os tubulões à céu aberto é o mais simples, resulta de um poço perfuradomanualmente ou mecanicamente e a céu aberto. Seu emprego é limitado para soloscoesivos e acima do nível d'água, existindo dois sistemas de execução Chicago eGow.

No sistema Chicago a escavação é feita com pá, em etapas, as paredes sãoescoradas com pranchas verticais ajustadas por meio de anéis de aço. Já no

sistema Gow o escoramento é efetuado utilizando cilindros telescópicos de açocravados por percussão (Caputo, 1973).

Os tubulões a ar comprimido ou pneumático utilizam uma câmara deequilíbrio em chapa de aço e um compressor (Figura 3.26). O princípio é manter,pelo ar comprimido injetado, a água afastada do interior do interior do tubulão.

RODAPÉ15 a 20cm

H

d

D

d

D

x

b

a

FUSTE

BASE

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Figura 3.26 - Tubulão a ar comprimido 

3.4.9 – Alvenaria de embasamento

As fundações são executadas em um nível abaixo do piso acabado (nomínimo 20 cm). Sobre as fundações e vigas baldrames é executado a alvenaria deembasamento de modo a permitir os diferentes níveis de piso mantendo o baldramenivelado, possibilitar a passagem de tubulações sem prejuízo do baldrame,

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contenção lateral para aterros dos pisos e receber a camada impermeabilizante doalicerce.

A alvenaria de embasamento pode ser de tijolo maciço ou de bloco deconcreto assentada com argamassa de cimento e areia no traço 1:4. O tijolo maciçoé o mais utilizado devido as suas dimensões facilitando as diversas espessuras da

alvenaria de embasamento (Figura 3.27).

Figura 3.27 - Alvenaria de embasamento 

3.5 – IMPERMEABILIZAÇÃO

A impermeabilização é de fundamental importância no aumento dadurabilidade das construções.

Os serviços de impermeabilização representam uma pequena parcela docusto e do volume de uma obra, quando anteriormente planejada.

As falhas corrigidas a posteriori, somam muitas vezes o custo inicial.A impermeabilização das edificações não é uma prática moderna. Os

romanos empregavam clara de ovos, sangue, óleos, etc. para impermeabilizarsaunas, aquedutos. Já no Brasil, nas cidades históricas, existem igrejas e pontesonde a argamassa das pedras foi aditivada com óleo de baleia.

Atualmente, dispomos de produtos desenvolvidos especialmente para evitar a

ação prejudicial da água.Podemos dividir os tipos de impermeabilização, de acordo com o ataque deágua:

- contra a pressão hidrostática;- contra a infiltração;- contra a umidade do solo.

Os serviços de impermeabilização contra pressão hidrostática e contra águade infiltração não admitem falhas; a impermeabilização para esses tipos, mais

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utilizada há mais de 50 anos, é a por meio de membranas onde a plasticidade é agrande vantagem, pois acompanha o movimento das trincas que venham a seformar na estrutura permanecendo impermeáveis mesmo sob pressão hidrostática.

Temos também, no Brasil, já há algum tempo, um produto mineral que seaplica na estrutura, em especial as de concreto, que penetra nos poros através de

água e se cristaliza até cerca de 6 cm dentro da estrutura fechando os poros eficando solidária com a estrutura. Tem sido bem aceito, pois esse produto pode seraplicado, e com grande sucesso, nas recuperações de estruturas sujeitas a pressãohidrostática etc. E no caso de umidade do solo, a impermeabilização mais utilizada écom argamassa rígida e impermeabilizante gordurosos.

Como podemos observar, existem basicamente três sistemas principais deimpermeabilização:

O rígido: - 1º Constituídos pêlos concretos e argamassas impermeáveis,pela inclusão de um aditivo.- 2º Constituídos por cimentos especiais de cura rápida que sãoutilizados no tamponamento.

O semi flexível: - Semelhante à impermeabilização rígida somente que osaditivos favorecem pequenas movimentações.

O flexível: Constituído por lençóis de borracha butílica, membrana de asfaltocom elastômetros, lençóis termoplásticos, etc...

Devemos ter alguns cuidados com a impermeabilização

- Uma impermeabilização não dá resistência à estrutura. Se a estruturafissurar, a argamassa também o fará.

- Uma junta fissurada deve ser cheia com uma massa elástica e não comargamassa rígida.

- A obstrução da água fará com que ela procure nova saída e inicie otrabalho pelas áreas porosas.

3.5.1.-.Impermeabilização dos alicerces

Independente do tipo de fundação adotada deve executar umaimpermeabilização no respaldo dos alicerces (Figura 3.28). A fundação sempre éexecutada num nível inferior ao do piso, sendo necessário assentar algumas fiadas

de tijolos sobre a sapata corrida ou sobre o baldrame, até alcançarmos o nível dopiso (Alvenaria de embasamento).No tijolo a água sobe por capilaridade, penetrando até a altura de 1,50m nas

paredes superiores, causando sérios transtornos.Portanto é indispensável uma boa impermeabilização no respaldo dos

alicerces, local mais indicado para isso, pois é o ponto de ligação entre a paredeque está livre de contato com o terreno e o alicerce.

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Figura 3.28 - Impermeabilização no respaldo do alicerce  

O processo mais utilizado é através de argamassa rígida; usando,geralmente, impermeável gorduroso (Vedacit ou similar), dosado em argamassa decimento e areia em traço 1:3 em volume:

- 1 lata de cimento (18 litros)- 3 latas de areia (54 litros)- 1,5 kg de impermeável

Após a cura da argamassa impermeável a superfície é pintada com pichelíquido (Neutrol ou similar), pois o piche penetra nas possíveis falhas de camadas,corrigindo os pontos fracos. Devemos aplicar duas demãos e em cruz.

Outro processo utilizado dispensa o uso da pintura com piche líquido sobre aargamassa.

Nesse sistema aplica-se uma argamassa de cimento e areia no traço 1:3 epintura com cimento cristalizante e aditivo (Kz + água + K11 na proporção de 1:4:12;Viaplus 1000; Tec 100 ou similar). Podemos utilizar aditivo acrílico que proporcionauma composição semi flexível. Aplicar sempre com as paredes úmidas em trêsdemãos cruzadas.

Recomendações importantes para uma boa execução da impermeabilização:

- Deve-se sempre dobrar lateralmente cerca de 10 a 15 cm (Figura 3.29);

- A camada impermeável não deve ser queimada, mas apenas alisada,para que sua superfície fique semi-áspera evitando fissuras;

- Usa-se a mesma argamassa para o assentamento das duas primeirasfiadas da alvenaria de elevação.

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Figura 3.29 - Detalhe da aplicação da argamassa impermeável  

Obs.: O tempo de duração de uma impermeabilização deverá corresponder ao tempo de uso de uma construção. Sua substituição envolve alto custo e transtorno aos usuários.

3.5.2 - Impermeabilização nas alvenarias sujeita a umidade do solo

Além dos alicerces, nos locais onde o solo entra em contato com as paredes,devemos executar uma impermeabilização. Faz-se necessário estudar caso a caso

para adotar o melhor sistema de impermeabilização (rígido e semi flexível paraumidade e flexível para infiltração).

As figuras 3.30 e 3.31 detalham uma impermeabilização rígida em diversoslocais de uma construção.

Figura 3.30 - Impermeabilização em locais de pouca ventilação  

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Onde o solo encostar-se à parede levantar o revestimento interno e externono mínimo 60 cm acima do solo

Figura 3.31 - Impermeabilização com ventilação  

Em ambos os casos o alicerce e o lastro impermeabilizado devem coincidir.

3.6 - DRENOS

Existem casos que para maior proteção da impermeabilização dos alicerces etambém das paredes em arrimo, necessitamos executar DRENOS, para garantirbons resultados.

Os drenos devem ser estudados para cada caso, tendo em vista o tipo desolo e a profundidade do lençol freático, etc...

Os drenos subterrâneos podem ser de três tipos:

- Drenos horizontais (ao longo de uma área) (figura 3.32)- Drenos verticais (tipo estacas de areia)- Drenos em camada (sob base de estrada)

De modo genérico, os drenos horizontais são constituídos:

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Figura 3.32 - Dreno horizontal  

1 - Camada filtrante: (areia de granulometria adequada ou manta depoliéster servindo como elemento de retenção de finos do solo).

2 - Material drenante: (pedra de granulometria apropriada) que servepara evitar carreamento de areia - 1 - para o interior do tubo, e conduzir

as águas drenadas.3 - Tubo coletor: deve ser usado para grandes vazões. Normalmentede concreto, barro cozido ou PVC.

4 - Camada impermeável: (selo) no caso do dreno ser destinadoapenas à captação de águas subterrâneas. Se o dreno captar águas desuperfície, esta camada será substituída por material permeável.

5 - Solo a ser drenado: em um estudo mais aprofundado, a suagranulometria servirá de ponto de partida para o projeto das camadas deproteção.

Obs. No caso de não ter tubulação condutora de água, o dreno é chamado de 

cego (Figura 3.33). Os drenos cegos consistem de valas cheias de material granular (brita e areia). O material é colocado com diâmetro decrescente, de baixo para cima.

Figura 3.33 - Dreno horizontal cego  

Uma das utilizações dos drenos é quando o nível de água é muito alto edesejamos rebaixá-lo (Figura 3.34).

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Figura 3.34 - Exemplo de aplicação dos drenos  Obs. Neste caso os furos do tubo devem estar para cima.

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ANOTAÇÕES

1 – Verificar se o terreno confirma a sondagem quando da execução da fundação.

2 – Verificar a exata correspondência entre os projetos, arquitetônico, estrutural e ode fundações.

3 – Verificar se o traço e o preparo do concreto atendem as especificações deprojeto.

4 – Verificar qual o sistema de impermeabilização indicada no projeto. Constatar seas especificações dos materiais, bem como as recomendações técnicas dosfabricantes estão sendo rigorosamente obedecidas.

Noções de segurança na execução de fundação:

- Evitar queda de pessoas nas aberturas utilizando proteção com guarda corpos demadeira, metal ou telas.- Realizar escoramento em valas para evitar desmoronamentos.- O canteiro de obra deverá ser mantido limpo, organizado e desimpedidos, paraevitar escorregões, e tropeços.- Sinalizar com guarda-corpo, fitas, bandeirolas, cavaletes as valas, taludes poços eburacos.

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4 - ALVENARIA

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Escolher a alvenaria adequada;• Orientar a elevação das paredes (primeira fiada, cantos, prumo, nível);• Especificar o tipo de argamassa de assentamento;• Especificar e conhecer o tipo de amarração;• Especificar os tipos de reforços nos vãos das alvenarias.• Executar corretamente os muros de fechamento de divisas.

Alvenaria, pelo dicionário da língua portuguesa, é a arte ou ofício de pedreiroou alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais, cerâmica, blocos deconcreto, ligadas ou não por argamassa; cola, armadura e graute (que preenchemos furos da alvenaria estrutural).

A alvenaria pode ser empregada na confecção de diversos elementosconstrutivos (paredes, muros, abóbadas, sapatas, etc.) e pode ter função estruturalou simplesmente de vedação. Quando a alvenaria é empregada na construção pararesistir cargas, ela é chamada Alvenaria resistente, pois além do seu peso próprio,ela suporta cargas (peso das lajes, telhados, pavimento. superior, etc.)

Quando a alvenaria não é dimensionada para resistir cargas verticais além de

seu peso próprio é denominada Alvenaria de vedação.As paredes utilizadas como elemento de vedação devem possuir características

técnicas que são:

• Resistência mecânica• Isolamento térmico e acústico• Resistência ao fogo• Estanqueidade• Durabilidade

As alvenarias de pedras naturais são raramente executadas, em função da

falta de mão-de-obra especializada, como também, pelas distâncias entre os locaisde sua extração e de sua utilização.As alvenarias de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto, são as mais

utilizadas, mas existem investimentos crescentes no desenvolvimento detecnologias para industrialização de sistemas construtivos aplicando materiaisdiversos. No entanto neste capítulo iremos abordar os elementos de alvenariatradicionais.

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4.1 - ELEMENTO DE ALVENARIA TRADICIONAL

O elemento de alvenaria é um produto industrializado, de formatoparalelepipedal, para compor uma alvenaria, podendo ser: cerâmico, solo cimentoe concreto.

4.1.1 - Elementos cerâmicos

Os elementos cerâmicos são obtidos a partir da queima de misturascompostas por areia e argila, quando misturados com água, formam uma pastaplástica podendo adquirir grande dureza, sob a ação de calor.

Geralmente, os produtos cerâmicos para alvenaria apresentam as seguintesetapas de fabricação:

• Escolha de matéria prima;• Exploração de matéria prima;• Preparação da argila;• Amassamento ou preparo da mistura;• Moldagem;• Secagem e cozimento.

A temperatura de queima varia entre 800°C até 1500°C, e dependendo datemperatura de queima dos compostos presentes, os elementos cerâmicospodem ser classificados em:

• Cerâmica vermelha – entre 950°C a 1100°C (Tijolos, blocos, lajotas etc.)• Cerâmica Branca – entre 1100°C a 1300°C (azulejos, peças sanitárias etc.)• Cerâmica refratária – acima de 1500°C.

a - Tijolo cerâmico maciço (comum ou caipira)

São blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilíneas (Figura4.1), obtidos após a queima das peças em fornos contínuos ou periódicos comtemperaturas da ordem de 950 a 1100°C.

De acordo com a NBR7170 os tijolos dividem-se em:

• Tipo 1 = (200±5; 95±3; 63±2)mm• Tipo 2 = (240±5; 115±3; 52±2)mm

Porém no mercado corrente encontra-se tijolos com dimensões nominais de210x100x50 mm, que são adquiridos por milheiro.

• peso: 2,50kg• resistência do tijolo: de 1,5 a 4,0 Mpa.• quantidades por m²:

parede de 1/2 tijolo: 77unparede de 1 tijolo: 148un

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Figura 4.1 - Tijolo comum  

A produtividade da execução de alvenaria com tijolo maciço é baixa, noentanto as suas pequenas dimensões permitem uma maior precisão de nivelamentoe prumo.

b – Bloco cerâmico 

Tijolo cerâmico vazado, moldados com arestas vivas retilíneas. Sãoproduzidos a partir da cerâmica vermelha, tendo a sua conformação obtida atravésde extrusão.

Podem ser classificados em:

• Blocos de vedação;• Blocos estruturais.

As dimensões nominais dos blocos cerâmicos são muito variáveis, portantopode-se escolher a dimensão que melhor se adapte ao seu projeto utilizando aTabela 4.1.

Neste capítulo iremos abordar somente os blocos de vedação.

Os blocos de vedação não têm função de suportar outras cargas além do seupeso próprio e do revestimento. Isto ocorre porque no assentamento, dos blocos devedação, os furos dos mesmos estão dispostos paralelamente à superfície de

assentamento (diferente dos blocos estruturais em que os furos são verticais,perpendiculares à superfície de assentamento) o que ocasiona uma diminuição daresistência dos painéis de alvenaria.

Os blocos de vedação têm as superfícies constituídas por ranhuras esaliências para aumentar a aderência, porque na queima as faces do tijolo sofremum processo de vitrificação, que compromete a aderência com as argamassas deassentamento e revestimento.

A tabela 4.1 determina as dimensões normalizadas para os elementoscerâmicos existentes comercialmente.

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Tabela 4.1 - Dimensões normalizadas dos elementos cerâmicos  

Tabela NBR - Dimensões nominais de blocos de vedação e estruturais,comuns e especiais 

Tipo(A) Dimensões nominais (mm)

L x H x C (cm) Largura (L) Altura(H) Comprimento(C)10 x 20 x 20 90 190 19010 x 20 x 25 90 190 24010 x 20 x 30 90 190 29010 x 20 x 40 90 190 390

12,5 x 20 x 20 115 190 19012,5 x 20 x 25 115 190 24012,5 x 20 x 30 115 190 29012,5 x 20 x 40 115 190 39015 x 20 x 20 140 190 19015 x 20 x 25 140 190 24015 x 20 x 30 140 190 29015 x 20 x 40 140 190 390

20 x 20 x 20 190 190 19020 x 20 x 25 190 190 24020 x 20 x 30 190 190 29020 x 20 x 40 190 190 390

Medidas especiais Dimensões nominais (mm)L x H x C (cm) Largura (L) Altura(H) Comprimento(C)

10 x 10 x 20 90 90 19010 x 15 x 20 90 140 19010 x 15 x 25 90 140 240

12,5 x 15 x 25 115 140 240

Os mais utilizados são os blocos com furos cilíndricos 9x19x19 (Figura 4.2)

denominados tijolo baiano e com furos prismáticos, também 9x19x19, denominadostijolo furado (Figura 4.3) com as seguintes características:

• peso: 3,00Kg• resistência do tijolo: de 1,5 a 2,0 Mpa.• quantidades por m²:

parede de 1/2 tijolo: 22unparede de 1 tijolo: 42um

• Tolerancia nas medidas: ± 3mm

O bloco cerâmico 11,5x14x24 também é bem utilizado, porque devido as

suas dimensões tem um rendimento maior.Comparando o tijolo baiano e o furado com o tijolo maciço, a alvenaria de

tijolo baiano e furado é sensivelmente mais leve do que a alvenaria de tijolo maciço.Exige menos mão-de-obra, menos argamassa de assentamento, por outro lado, ocorte para passagem de tubulação é difícil e, muitas vezes maior, devido à quebrado tijolo.

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Figura 4.2 - Tijolo com furo cilíndrico (tijolo baiano)  

Figura 4.3 - Tijolo com furo prismático (tijolo furado)  

c - Tijolo laminado (21 furos)

Tijolo cerâmico utilizado para executar paredes de tijolos à vista (Figura 4.4).O processo de fabricação é semelhante ao do tijolo furado.

• dimensões: 23x11x5,5cm• quantidade por m²:

parede de 1/2 tijolo: 70unparede de 1 tijolo: 140un

• peso aproximado ≅ 2,70kg• resistência do tijolo ≅ 3,5 a 5,0MPa

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Figura 4.4 - Tijolo laminado  

4.1.2 - Tijolos de solo cimento

Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do próprio terrenoonde se processa a construção (o qual não deve apresentar matéria orgânica em

teores prejudiciais), cimento Portland de 4 a 10%, e água, prensadosmecanicamente ou manualmente. Podem ser maciços (Figura 4.5) ou furados(Figura 4.6). São assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no traço1:2:8 ou por meio de cola respectivamente.

• dimensões: 20x10x4,5cm, 23x11x5cm ou 25x12,5x6,25• quantidade: a mesma do tijolo maciço de barro cozido• resistência a compressão individual: 1,7MPa• resistência à compressão média: 2,0MPa

Figura 4.5 - Tijolo de solo cimento comum  

Figura 4.6 - Tijolo de solo cimento para assentamento com cola  

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4.1.3 - Blocos de concreto

Peças regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, póde pedra e água (Figura 4.7; 4.8). O equipamento para a execução dos blocos é apresa hidráulica. O bloco é obtido através da dosagem racional dos componentes,

e dependendo do equipamento é possível obter peças de grande regularidade ecom faces e arestas de bom acabamento. Em relação ao acabamento os blocasde concreto podem ser para revestimento (mais rústico) ou aparentes.

Figura 4.7 - Bloco de concreto  

• quantidade de blocos por m² : 12,5un• resistência do bloco: média 2,5MPa

Individual 2,0MPa• Espessura mínima de qualquer parede do bloco deve ser de 15mm.

Figura 4.8 - Bloco canaleta  

Bloco Canaleta : 14 x 19 x 39 = 13,50 kg19 x 19 x 39 = 18,10 kg

A Tabela 4.2 determina as dimensões nominais dos blocos de concreto maisutilizado.

Tabela 4.2 - Dimensões nominais dos blocos de concreto  

dimensões a b c peso a b c peso*: 09 x 19 x 39 10kg 09 x 19 x 19 4,8kg

11 x 19 x 39 10,7kg 1/2tijolo

14 x 19 x 19 6,7kg

14 x 19 x 39 13,6kg 19 x 19 x 19 8,7kg19 x 19 x 39 15,5kg

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4.2 – OUTROS ELEMENTOS DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO

Existem diversas alternativas, técnicas e materiais utilizados, para a execuçãode paredes de vedação, como:

a) Taipa: A taipa é constituída por terra úmida, com características argilosas,comprimidas entre taipas (formas) de madeira, retiradas depois de completar asecagem, ariginando paredes ou muros homogêneos e monolíticos. Devido à argilaser muito retrátil, se junta palha, que funciona como um elemento aglutinador,diminuindo a retração do material e melhorando o comportamento higrotérmico daparede.

b) Adobe: Tijolos de barro amassado com palha, areia e água, secos ao sol.

c) Blocos de concreto celular: São blocos de concreto com adição de produtosquímicos na sua composição ocorrendo à incorporação de gases, proporcionando

ao material baixo peso específico, facilitando o manuseio e bom desempenhotérmico e acústico.

d) Concreto celular autoclavado: É um produto obtido por processo industrial, com amistura de cimento, cal, areia e outros materiais silicosos aos quais se adicionaalumínio em pó. É autoclavado (cura a vapor sob pressão de 10 atmosferas etemperatura de 180ºC) caracterizando um produto com baixo peso específico,resistência à compressão, isolamento térmico, resistência ao fogo, boatrabalhabilidade e precisão nas medidas. Pode ser utilizado na forma de blocos comdiversas medidas e espessuras ou painéis armados.

e) Gesso acartonado: Utilizado na divisão dos espaços internos das edificações,leve, estruturado, fixo ou desmontável. Geralmente monolítico, de montagem poracoplamento e constituído por uma estrutura de perfis metálicos ou de madeira efechamento em chapas de gesso acartonado.

f) Blocos de Gesso: Os blocos pré-fabricados de gesso são elementos de vedaçãovertical, utilizados para a execução de paredes e divisórias internas. É assentadocom gesso cola, gesso comum e sizal.

4.3 – ELEVAÇÃO DA ALVENARIA TRADICIONAL: 

Depois de, no mínimo, um dia da execução da impermeabilização, serãoerguidas as paredes conforme o projeto de arquitetura. O serviço é iniciado pêloscantos (Figura 4.9) após o destacamento das paredes (assentamento da primeira esegunda fiada), obedecendo ao prumo de pedreiro para o alinhamento vertical(Figura 4.10) e o escantilhão no sentido horizontal (Figura 4.9).Os cantos são levantados primeiro porque, desta forma, o restante da parede seráerguida sem preocupações de prumo e horizontalidade, pois se estica uma linhaentre os dois cantos já levantados, fiada por fiada. 

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4.3.1 - Paredes de tijolos maciços

Com o auxílio do escantilhão, do prumo de pedreiro e da linha, os cantos sãolevantados utilizando uma argamassa de assentamento de cimento, cal e areia no

traço 1: 2: 8 (Figura 4.9)

Figura 4.9 - Detalhe do nivelamento da elevação da alvenaria  

Figura 4.10 - Detalhe do prumo do canto da alvenaria  

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Podemos ver nos desenhos (Figura 4.11; 4.12; 4.13) a maneira mais práticade executarmos a elevação da alvenaria, verificando o nível e o prumo.

1o – Colocada à linha, a argamassa e disposta sobre a fiada anterior, conforme a

Figura 4.11.

Figura 4.11 - Colocação da argamassa de assentamento  

2o - Sobre a argamassa o tijolo e assentado com a face rente à linha, batendo eacertando com a colher conforme Figura 4.12.

Figura 4.12 - Assentamento do tijolo  

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3o - A sobra de argamassa é retirada com a colher, conforme Figura 4.13.

Figura 4.13 - Retirada do excesso de argamassa  

Mesmo sendo os tijolos da mesma olaria, nota-se certa diferença de medidas.Por este motivo, somente uma das faces da parede pode ser aparelhada, sendo amesma à externa por motivos estéticos e mesmo porque os andaimes são

montados por este lado fazendo com que o pedreiro trabalhe aparelhando esta face.Quando as paredes atingirem a altura de 1,5m aproximadamente, deve-seprovidenciar o primeiro plano de andaimes, o segundo plano será na altura da laje,se for sobrado, e o terceiro 1,5m acima da laje e assim sucessivamente.

Os andaimes são estruturas que auxiliam na elevação das alvenarias quandoo nível das paredes ultrapassa a altura de 1,50m.

Os andaimes são executados com tábuas de 1"x12" (2,5x30cm) utilizando osmesmos pontaletes de marcação da obra ou com andaimes metálicos.

No caso de andaimes utilizando pontaletes de madeira as tábuas devem serpregadas para maior segurança dos usuários.

4.3.1.a - Amarração dos tijolos maciços

Os elementos de alvenaria devem ser assentados com as juntasdesencontradas, para garantir uma maior resistência e estabilidade dos painéis(Figuras 4.14; 4.15; 4.16). Podendo ser:

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a - Ajuste comum ou corrente, é o sistema mais utilizado (Figura 4.14)

Figura 4.14 - Ajuste corrente (comum)  

b - Ajuste Francês também comumente utilizado (Figura 4.15)

Figura 4.15 - Ajuste Francês  

c - Ajuste Inglês, de difícil execução pode ser utilizado em alvenaria de tijoloaparente (Figura 4.16).

Figura 4.16 - Ajuste Inglês ou gótico  

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4.3.1.b - Formação dos cantos de paredes

É de grande importância que os cantos sejam executados corretamente, poiscomo já visto, as paredes iniciam-se pêlos cantos. Nas Figuras 4.17; 4.18; 4.19;4.20 e 4.21 mostram a execução de diversos cantos de parede nas diversas

modalidades de ajustes.

Figura 4.17 - Canto em parede de meio tijolo no ajuste comum  

Figura 4.18 - Canto em parede de um tijolo no ajuste francês  

Figura 4.19 - Canto em parede de um tijolo no ajuste comum  

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Figura 4.20 - Canto em parede de espelho  

Figura 4.21 - Canto em parede externa de um tijolo com parede interna de meio tijolo no ajuste francês  

4.3.1.c - Pilares de tijolos maciços

São utilizados em locais onde a carga é pequena (varandas, muros etc...).Podem ser executados somente de alvenaria ou e alvenaria e o centro preenchidopor concreto (Figura 4.22)

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Figura 4.22 - Exemplo de pilares de alvenaria  

4.3.1.d - Empilhamento de tijolos maciços

Para conferir na obra a quantidade de tijolos maciços recebidos, é comumempilhar os tijolos de maneira como mostra a Figura 4.23. São 15 camadas,contendo cada 16 tijolos, resultando 240. Como coroamento, arrumam-se mais 10tijolos, perfazendo uma pilha de 250 tijolos. Costuma-se, também, pintar ou borrifarcom água de cal as pilhas, após cada descarga do caminhão, para não haverconfusão com as pilhas anteriores.

Figura 4.23 - Empilhamento do tijolo maciço 

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4.3.1.e - Cortes em tijolos maciços

O tijolo maciço permite que seja dividido em diversos tamanhos, o que facilitano momento da execução. Podemos dividi-lo pela metade ou em 1/4 e 3/4 deacordo com a necessidade (Figura 4.24).

Figura 4.24 - Corte do tijolo maciço  

4.3.2 - Paredes com bloco de concreto

São paredes executadas com blocos de concreto vibrado. Com odesenvolvimento dos artigos pré-moldados, se estendem rapidamente em nossasobras.

O processo de assentamento é semelhante ao já descrito para a alvenaria de

tijolos maciços. As paredes iniciam-se pêlos cantos utilizando o escantilhão para onível da fiada e o prumo.A argamassa de assentamento dos blocos de concreto é mista composta por

cimento cal e areia no traço 1:1/2:6.

Vantagens: - peso menor- menor tempo de assentamento e revestimento,

economizandomão-de-obra.- menor consumo de argamassa para assentamento.- melhor acabamento e uniformidade.

Desvantagens: - não permite cortes para dividi-los.

- geralmente, nas espaletas e arremates do vão, sãonecessários tijolos comuns.- difícil para se trabalhar nas aberturas de rasgos para

embutimento de canos e conduítes.- nos dias de chuva aparecem nos painéis de alvenaria

externa, os desenhos dos blocos. Isto ocorre devido àabsorção da argamassa de assentamento serdiferente da dos blocos.

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Os blocos de concreto para execução de obras não estruturais têm o seufundo tampado (Figura 4.25) para facilitar a colocação da argamassa deassentamento. Portanto, a elevação da alvenaria se dá assentando o bloco com osfuros para baixo.

Figura 4.25 - Detalhe do assentamento do bloco de concreto  

O assentamento é feito em amarração. Pode ser junta a prumo (somentequando for vedação em estrutura de concreto).

A amarração dos cantos e de parede interna com externa se faz utilizandobarras de aço a cada três fiadas ou utilizando um pilarete de concreto no encontrodas alvenarias (Figura 4.26):

Figura 4.26 - Detalhe de execução dos cantos  

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4.3.3 - Parede de tijolos furados

As paredes de tijolo furado são utilizadas com a finalidade de diminuir o pesodas estruturas e economia, não oferecem grande resistência e portanto, só devemser aplicados com a única função de vedarem um painel na estrutura de concreto.

Sobre elas não devem ser aplicados nenhuma carga direta. No entanto, ostijolos baianos também são utilizados para a elevação das paredes, e o seuassentamento e feito em amarração, tanto para paredes de 1/2 tijolo como para 1tijolo (Figura 4.27).

Figura 4.27 - Execução de alvenaria utilizando tijolos furados 

A amarração dos cantos e da parede interna com as externas se faz atravésde pilares de concreto, pois não se consegue uma amarração perfeita devido àsdiferenças de dimensões (Figura 4.28).

Figura 4.28 - Exemplo de amarração na alvenaria de tijolo furado  

4.4 - VÃOS EM PAREDES DE ALVENARIA 

Na execução das paredes são deixados os vãos de portas e janelas. Nocaso das portas os vãos já são destacados na primeira fiada da alvenaria e das janelas na altura do peitoril determinado no projeto. Para que isso ocorra devemos

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considerar o tipo de batente a ser utilizado, pois a medida do mesmo deverá seracrescida ao vão livre da esquadria (Figura 4.29).

Figura 4.29 - Vão de alvenaria  

Esquadrias de madeira: porta = acrescentar 10 cm na largura e 5 cmna altura, devido aos batentes.

 janela = acrescentar 10cm na largura e 10cmna altura.

Esquadrias de ferro: como o batente é a própria esquadria, osacréscimos serão de 3cm tanto na largura como naaltura.

Sobre o vão das portas e sobre e sob os vãos das janelas devem serconstruídas vergas (Figura 4.30).

Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas esquadriase quando trabalha sob o vão, tem a finalidade de distribuir as cargasconcentradas uniformemente pela alvenaria inferior:

Figura 4.30 - Vergas sobre e sob os vãos  

As vergas podem ser pré-moldadas ou moldadas no local, e devem excederao vão no mínimo 30 cm ou 1/5 do vão.

No caso de janelas sucessivas, executa-se uma só verga.As vergas são elementos construtivos não passiveis de cálculo as Figuras

4.31; 4.32 exemplificam as vergas nas paredes de alvenaria executadas com tijolosmaciços para:

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Vãos até 1,0m

Figura 4.31 - Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos até 1,00m 

Vãos entre 1,0 e 2,0m

Figura 4.32 - Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos entre 1,00m e 2,00m  

OBS: Caso o vão exceda a 2,00m, deve-se calcular uma viga armada.

As Figuras 4.33; 4.34 exemplificam as vergas nas paredes de alvenariaexecutadas com blocos de concreto para:

Vãos de 1,0m Vãos de 1,0 a 1,50m

Figura 4.33 - Vergas em alvenaria de bloco de concreto para vãos até 1,00m e entre 1,00m e 1,50m  

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Vãos acima de 1,50 até 2,00m

Figura 4.34 - Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos entre 1,50m e 2,00m  A Figura 4.35 exemplifica as vergas nas paredes de alvenaria executadas

com tijolos furados para:

Vãos de 1,0m Vãos de 1,0 a 2,0m

Figura 4.35 - Vergas em alvenaria de tijolo furado para vãos até 1,00m e entre 1,00m e 2,00m  

4.5 - OUTROS TIPOS DE REFORÇOS EM PAREDES DE ALVENARIA.

Quando uma viga, de pequena carga, proveniente principalmente dascoberturas, descarrega sobre a alvenaria, para evitar a carga concentrada econsequentemente o cisalhamento nos tijolos, executa-se coxins de concreto

(Figura 4.36).

Figura 4.36 - Coxins de concreto  

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Ao chegar com as paredes à altura da laje (respaldo das paredes), quandonão temos uma verdadeira estrutura de concreto e os vão são pequenos, utilizamosuma nova cinta de amarração sob a laje e sobre todas as paredes que delarecebem carga.

As cintas de amarração no respaldo das paredes servem para apoio das

lajes, nestes casos para lajes de pequenos vãos, no máximo entre 2,50 a 3,00m,(ver apoio de lajes em alvenaria nas anotações de aulas nº5).

As Figuras 4.37 e 4.38 exemplificam as cintas de amarração no respaldo dasalvenarias cerâmicas para tijolo maciço e tijolo furado respectivamente.

Figura 4.37 - Cinta de amarração em alvenaria de tijolo maciço 

Figura 4.38 - Cinta de amarração em alvenaria de tijolo furado  

Na alvenaria de bloco de concreto utilizamos blocos canaletas para aexecução das cintas de amarração (Figura 4.39)

Figura 4.39 - Cinta de amarração em alvenaria de bloco de concreto  

Obs. As cintas de amarração servem para distribuir as cargas e "amarrar" asparedes (internas com as externas). Se necessitarmos que as cintas suportemcargas, devemos então calcular vigas.

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4.6 – FIXAÇÃO DAS ALVENARIAS DE VEDAÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Quando a alvenaria é executada depois da estrutura são observadas fissurasna interfase alvenaria/estrutura devido à diferença de módulo de elasticidade dos

materiais constituintes.Devemos tomar alguns cuidados.Devem-se observar quais os vínculos previstos entre a parede de alvenaria e

a estrutura a fim de se definir os materiais e técnicas. Podemos ter:

a) A alvenaria funciona como travamento da estrutura;b) A alvenaria não funciona como travamento e a estrutura que a envolve é

deformável (pré-fabricados, grandes pórticos, lajes tipo cogumelo);c) A alvenaria não funciona como travamento e está envolta por estrutura pouco

deformável.

No caso (a) é necessário que exista uma ligação efetiva e rígida entre elas.

As paredes estarão submetidas a um estado de tensão que lhes serão transmitidaspela estrutura. Devem, portanto apresentar resistência mecânica compatível com assolicitações e a forma de fixação deve garantir o grau de ligação. O chapisco(argamassa de cimento e areia mais um adesivo de argamassa) é imprescindível,pois falta aderência neste ponto. Na parte superior da alvenaria deve ser executado,além do chapisco, o encunhamento utilizando cunhas pré-fabricadas de conceto,tijolos cerâmicos inclinados ou argamassa expansiva Para fixação lateral devem serprevistas barras chamadas de “ferro cabelo” ou telas de aço previamente fixadasnos pilares (Figura 4.40). e a solidarização é feita durante a elevação da alvenaria.

Figura 4.40 – Fixação da alvenaria de vedação em estruturas de concreto  

No caso (b) cada tipo de estrutura deve ser estudado separadamente. Demodo geral procura-se executar as juntas com material bastante deformável(mastiques elásticos), que permita a movimentação da estrutura sem introduzir

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esforços de grande amplitude na alvenaria. Nestes casos o “ferro cabelo” deve serfixo na estrutura de concreto e livre na alvenaria, possibilitando a movimentação dopainel.

No caso “c” panos pouco extensos, pórticos rígidos, o importante da fixação,desde que a junta seja frágil, é tempo correto de sua execução. Esta não deve se

dar imediatamente após término da elevação da alvenaria.

NOTA: Quanto ao tipo de ligação, para as alvenarias de vedação, torna-senecessário que seu funcionamento seja compatibilizado com o da estrutura devidoprincipalmente às diferenças de comportamento dos materiais. O encunhamentorígido pode submetê-la a um estado excessivo de tensão e provocar fissuras. Assima fixação da alvenaria à estrutura deverá ser inicialmente fraca.No encontro vertical (com os pilares) normalmente ocorrem juntas “autodeformáveis” que, provavelmente, se manifestarão também no revestimento. Nestescasos pode-se especificar o acabamento frisado para as juntas ou a aplicação detelas na região da junta, evitando que esta se manifeste no revestimento.

4.7 – MUROS

Os fechamentos para divisas podem ser executados em alvenaria de blocode concreto (14 x 19 x 39), tijolo maciço ou tijolo furado. Tudo vai depender de umestudo econômico e também técnico para a escolha do melhor elemento

Para o bloco de concreto podemos executar de duas maneiras: à vista(Figura 4.41) ou revestido (Figura 4.42). Se a escolha for à vista, devemos utilizar ospróprios furos dos blocos para preencher com "grout", formando assim os pilaretes(Figura 4.41), tomando sempre o cuidado de deixar as juntas com o mesmoespaçamento, para podermos frisá-las.

Se a escolha for para o revestimento, poderemos também utilizar os furos dobloco como pilarete ou colocar formas e executar um pilarete, neste caso armado.

Para o tijolo furado e o maciço, devemos quase sempre revesti-los, portanto acada 2,5 a 3,0m executa-se um pilarete de 10 x 25, com o auxílio de formas demadeira (Figura 4.43).

Obs. Qualquer que seja o elemento escolhido para a execução do muro a cada, nomáximo, de 10,00 a 15,00m, devemos deixar uma junta de dilatação de 1,0cm. Esta  junta deve ser executada para evitar que no muro apareça trincas devido ser omesmo esbelto, estar parcialmente engastado no alicerce, e sofrer movimentaçãoproveniente da variação térmica, ventos etc.

4.7.1 - Fechamento de divisas em bloco de concreto

a - À vista:

Figura 4.41 - Detalhe dos pilaretes executados nos blocos  

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b - Revestido:

Figura 4.42 - Detalhe da elevação de muro de bloco aparente , revestido e viga baldrame  

4.7.2 - Fechamento de divisas em tijolo maciço ou baiano  

Figura 4.43 - Detalhe de execução de um muro de tijolo maciço 

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4.7.3 - Tipos de fundações para muros 

Podemos efetuar, dependendo do terreno, um alicerce em sapata corrida deconcreto ou com brocas (Figura 4.44).

As sapatas corridas devem estar em nível e apoiadas em solo firme a umaprofundidade mínima de 40cm, caso o terreno não comporte este tipo de alicercepodemos optar por brocas.

As brocas, geralmente de φ 20 cm efetuadas a trado. Como as cargas dosmuros de divisa não são elevadas podemos fazê-la com 2,0m de profundidade e acada 2,5 ou 3,0m de distância uma das outras.

Devemos sempre deixar as valas do alicerce do muro em nível paraevitarmos esforços na alvenaria, o que poderia ocasionar o aparecimento defissuras.

impermeabilização

Figura 4.44 - Exemplo de fundação para muros  

No respaldo do alicerce do muro, devemos executar também, uma proteçãoimpermeável, através de argamassa e impermeabilizantes, para evitar a presençade umidade na alvenaria de elevação do muro.

Deverá ser executada uma cinta de amarração no mínimo no meio e norespaldo da alvenaria, que tem a função de interligar os pilaretes com a alvenaria.

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4.8 – ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO - PREPARO E APLICAÇÃO 

As argamassas, junto com os elementos de alvenaria, são os componentesque formam a parede de alvenaria não armada, sendo a sua função:

- unir solidamente os elementos de alvenaria- distribuir uniformemente as cargas- vedar as juntas impedindo a infiltração de água e a passagem de insetos,

etc...

As argamassas devem ter boa trabalhabilidade. Difícil é aquilatar estatrabalhabilidade, pois são fatores subjetivos que a definem. Ela pode ser mais oumenos trabalhável, conforme o desejo de quem vai manuseá-la. Podemosconsiderar que ela é trabalhável quando se distribui com facilidade ao serassentada, não "agarra" a colher do pedreiro; não endurece rapidamentepermanecendo plástica por tempo suficiente para os ajustes (nível e prumo) doelemento de alvenaria.

4.8.1 - Preparo da argamassa para assentamento de alvenaria de vedação 

A argamassa de assentamento deve ser preparada com materiaisselecionados, granulometria adequada e com um traço de acordo com o tipo deelemento de alvenaria adotado (Tabela 4.3). Podem ser preparadas (figuras 4.45e 4.46):

a) - Manualmente

Figura 4.45 - Preparo da argamassa manualmente  

b) - Com betoneira

Figura 4.46 - Preparo da argamassa com betoneira 

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Tabela 4.3 - Traço de argamassa em latas de 18litros para argamassa de assentamento  

Aplicação Traço Rendimentopor saco de

cimentoAlvenaria de tijolosde barro cozido(maciço)

1 lata de cimento2 latas de cal8 latas de areia

10m²

Alvenaria de tijolosbaianos ou furados

1 lata de cimento2 latas de cal8 latas de areia

16m²

Alvenaria de blocosde concreto

1 lata de cimento1/2 lata de cal6 latas de areia

30m²

4.8.2 - Aplicação

Tradicional : onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e depoispressiona o tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o prumo (Figura 4.47):

Figura 4.47 - Assentamento Tradicional  

Cordão : onde o pedreiro forma dois cordões de argamassa (Figura 4.48),melhorando o desempenho da parede em relação a penetração de água de chuva,ideal para paredes em alvenaria aparente.

Figura 4.48 - Assentamento em cordão  

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Quando a alvenaria for utilizada aparente, pode-se frisar a junta deargamassa, que deve ser comprimida e nunca arrancada (Figura 4.49), conferindomais resistência além de um efeito estético.

Figura 4.49 - Tipos de frisos  

Os frisos a,b,c são os mais aconselháveis para painéis externos pois evita oacúmulo de água.

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ANOTAÇÕES

1 - As bitolas dos ferros das vergas e das cintas de amarração, estão colocadasem polegadas, por ser a nomenclatura mais usual entre os pedreiros na obra

(Tabela 4.4).

Tabela 4.4 - Equivalência das bitolas dos aços  

mm polegadas

5,0 3/166,3 1/48,0 5/16

10,0 3/812,5 1/2

2 – Verificação para um bom assentamento:

- Junta de argamassa entre os tijolos completamente cheios;- Painéis de paredes perfeitamente a prumo e alinhadas, pois, do contrário, será

necessário uma grande espessura de revestimento;- Fiadas em nível para se evitar o aumento de espessura de argamassa deassentamento.- Desencontro de juntas para uma perfeita amarração. 

3 – Noções de segurança:

- A operação de guinchos, gruas e equipamentos de elevação só devem ser feitospor trabalhador qualificado.

- A utilização de andaimes para a elevação da alvenaria deve ser executada comestruturas de madeira pregadas e não amarradas ou em estruturas metálicascontraventadas e apoiadas em solo resistente e nivelado.

- Não acumular muitos tijolos e argamassa sobre os andaimes.

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5 - FORROS 

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Escolher o tipo de forro ideal para a sua edificação;• Executar corretamente os apoios das lajes pré-fabricadas;• Especificar corretamente o escoramento e contraventamento das lajes pré-fabricadas;• Especificar o tipo de armadura adicional para as lajes pré-fabricadas• Executar corretamente a cura e a desforma.

Existem vários tipos de forros. Dependendo do tipo de obra, fica a cargo doprojetista a sua escolha, levando em consideração a acústica, o acabamento, aestética, etc.

Os forros mais comuns são: madeira, gesso, aglomerados de celulose, pvc,laje maciça, laje pré-fabricada, laje protendidas, etc.

5.1 - FORRO DE MADEIRA

Geralmente são lâminas de pinho, pinus, ipê, jatobá, muiracatiara, etc.(Figura5.1) e são pregadas em entarugamentos executados de 0,50 a 0,50m, presos àslajes ou nas estruturas do telhado, por buchas e parafusos ou pendurados portirantes (Figura 5.2; 5.3)

Figura 5.1 - Tipos de forros de madeira  

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em telhado

Figura 5.2 - Fixação do forro na estrutura do telhado  

Figura 5.3 - Fixação do forro em laje e em tirantes para execução de rebaixos  

5.2 - LAJES PRÉ-FABRICADAS UNIDIRECIONAIS

Originam-se das lajes nervuradas e das lajes nervuradas mistas, onde, em

geral, as peças pré-fabricadas são empregadas para a formação das nervuras.Entre elas, colocam-se elementos intermediários de cerâmica, concreto ou outrosmateriais, e o revestimento de concreto, feito no local, têm a função de solidarizaçãodos elementos, além de resistir os esforços à compressão, oriundos da flexão.

A variedade desse produto é grande e a sua escolha depende de váriosfatores tais como: estrutural, econômico, etc. Podemos ter segundo a NBR14859:

- Laje comum (LC)- Laje treliça (LT)- Protendidas (LP)

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5.2.1 – Elementos que as compõe:

•  Vigotas pré-fabricadas: Peças de concreto estrutural, executadasindustrialmente, podendo ser:

a) de concreto armado (VC): com seção de concreto geralmente em forma de“T” invertido, com armadura passiva totalmente englobada pelo concreto davigota. Utilizadas para compor as lajes comuns (LC) (Figura 5.4).

b) Treliça (VT): com seção de concreto formando placa, com armadura treliçadaparcialmente englobada pelo concreto da vigota. Utilizadas para compor aslajes treliça (LT) (Figura 5.11).

c) de concreto protendido (VP): com seção de concreto geralmente em formade “T” invertido, com armadura ativa pré-tensionada totalmente englobadapelo concreto da vigota. Utilizadas para compor as lajes de concretoprotendido (LP) (Figura 5.19).

•  Elementos de enchimento (E): Elementos pré-fabricados com materiaisdiversos (cerâmica, concreto, EPS), podendo ser maciço ou vazadointercalado entre as vigotas. Têm a função de reduzir o volume de concreto, opeso próprio da laje e servir como fôrma para o concreto complementar.As alturas dos elementos de enchimento (he) podem ser de 7, 0 (mínima) -8,0 - 10,0 - 12,0 - 16,0 - 20,0 - 24,0 - 29,0 centímetros.As larguras dos elementos de enchimento (be) podem ser de 25,0 (mínima) –30,0 – 32,0 – 37,0 – 39,0 – 40,0 – 47,0 – 50,0 centímetros.

•  Armadura complementar: Armadura complementada na obra. Podendo ser:

a) Longitudinal : armadura nas lajes treliçadas, quando da impossibilidade de

integrar na vigota toda a armadura passiva inferior de traçãonecessária(Figura 5.14).b) Transversal : armadura que compõe a armadura das nervuras transversais.c) de distribuição : armadura posicionada na capa nas direções transversal e

longitudinal, para distribuir as tensões oriundas das cargas concentradas epara o controle da fissuração.

d) Superior de tração:  armadura dispostas sobre os apoios nas extremidadesdas vigotas, nos mesmos sentidos das nervuras e posicionados na capa.Proporciona a continuidade das nervuras longitudinais, o combate afissuração e a resistência ao momento fletor negativo.

•  Capa (C): Concreto complementar cuja espessura é medida a partir da face

superior do elemento de enchimento (E) com espessura mínima de 3,0 cm.

Segundo a NBR14859/2002 a altura padronizada da laje deve ser compostapor sua sigla (LC, LT, LP), seguida da altura total (h), da altura do elemento deenchimento (he), mais a altura da capa (hc) sendo todos os valores expressos emcentímetros. Exemplo:

• LC h (he + hc) LC 11 (7+4)• LC h (he + hc) LC 16 (12+4)• LT h (he + hc) LT 12 (8+4)

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Em função da altura do elemento de enchimento (he), as alturas totais das lajes(h) estão descritas na Tabela 5.1.

Tabela 5.1 – Altura total da laje (h) 

Altura doelemento deenchimento (he)

Altura total da laje(h)

7,0 10,0 - 11,0 - 12,08,0 11,0 - 12,0 – 13,010,0 14,0 – 15,012,0 16,0 – 17,016,0 20,0 – 21,020,0 24,0 – 25,024,0 29,0 – 30,029,0 34,0 – 35,0

5.2.2 - Generalidade sobre a laje comum (LC)

a) - Elementos que a compõem:

• Vigota de concreto pré-fabricada (VC);• Elemento de enchimento entre as vigotas de tijolo cerâmico (E).• Capa de concreto (capeamento) (C) de espessura variável (Figura 5.5)

Figura 5.4 Elementos da laje pré-fabricada comum 

b) - Variação das alturas:

- A diferente altura dos elementos de enchimento, com o lançamento decapas de concreto em espessura adequada, resulta nas variadas alturasde lajes (Figura 5.5) ou pela Tabela 5.1.

- - A diferente largura dos elementos de enchimento, proporciona osvariados intereixos entre as vigotas.

- - As mais usuais são: LC10 para forro e LC12, LC 16 etc. para piso, emvãos máximos de 4,50m. Para vãos maiores, o ideal seria outro tipo delaje.

C

E

VC 

C

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- - Geralmente o concreto utilizado para realizar o capeamento (C ) das lajespré-fabricadas é no mínimo, 20 MPa, ou segundo a orientação docalculista.

Figura 5.5 - Variação das alturas de uma laje pré-fabricada comum  

c) - Armaduras usuais:

Armadura de distribuição.A armadura de distribuição em lajes pré-moldadas tem a finalidade de limitar a

fissuração que poderá ocorrer pela retração e/ou variação de temperatura e aindamelhora a monoliticidade do painel da laje, aumentando sua rigidez e evitando afissuração decorrente de deslocamento diferenciais, que deverão ocorrer entre suasvigotas de concreto. Caso não esteja especificado no projeto podemos adotar nomínimo:

forro = malha ∅ 6,3mm de 33 x 33cm

piso = malha ∅ 6,3mm de 25 x 25cmmínimos 3 ∅ por metro, ou em tela soldada leve para laje.

A armadura de distribuição atinge maior eficiência quando se utiliza aço comdiâmetro menor e em quantidade maior.

Superior de tração (Armadura negativa).A armadura negativa é utilizada quando a laje for semi-engastada na

estrutura, contínua ou em balanço. A função da armadura negativa é combater osmomentos negativos formados pelos vínculos utilizados (Figuras 5.6; 5.7; 5.8; 5.9).Caso não esteja especificado no projeto podemos adotar:

• sobre a vigota, comprimento l  /4, podendo também estar posicionadasobre o elemento de enchimento (a quantidade deverá ser fornecidapelo fabricante ou calculista).

LC11  LC12  LC16  LC20  LC25  LC29 

CAPA = 3 cm

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d) - Tipos de apoios:

•  APOIO EM ALVENARIA

Figura 5.6 - Apoio da laje comum sobre alvenaria  

•  APOIO EM VIGAS

Figura 5.7 - Apoio da laje comum em estruturas de concreto armado  

•  BEIRAIS

Figura 5.8 - Apoio da laje comum passante em beirais  

Figura 5.9 - Apoio da laje comum balanceado em beirais  

f) - Reforços usuais:

Devemos evitar o apoio de elementos estruturais diretamente sobre as lajespré-fabricadas. Caso não seja possível executar uma viga para receber as cargasprovenientes de paredes ou muretas, devemos criteriosamente executar um

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reforço na laje pré-fabricada (Figura 5.10). Estes reforços devem ser indicadospelo fabricante ou pelo engenheiro calculista.

Figura 5.10 - Exemplo de reforços em laje pré-comum 

g) - Vãos livres e consumos de materiais:

A Tabela 5.2 indica os vão livres máximos para intereixo de 41cmdependendo do tipo de apoio e sobrecargas utilizadas. E a Tabela 5.3 o consumode materiais para capeamento e nervuras por m2 de laje pré-fabricada comum.

Tabela 5.2 - Vãos livres máximos para laje pré-fabricada comum  

Tabela 5.3 - Consumos de materiais para capeamento por m 2 

de laje  

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5.2.3 - Generalidades sobre laje Treliça (LT)

São lajes em que a viga pré-fabricada é constituída de armadura em forma detreliça, e após concretada, promove uma perfeita solidarização, tendo ainda apossibilidade de utilizar armadura transversal.

Este sistema de pré-fabricação conjuga uma série de elementos estruturaisindependentes, formando com seus componentes, um sistema de pré-fabricaçãosemi-fechado e parcial da construção industrializada, integralmente compatibilizadocom os sistemas convencionais. Como em qualquer sistema de pré-fabricação naconstrução industrializada, o sistema de laje treliça deverá ser considerado na fasedo projeto, visando alcançar melhor aproveitamento e eficiência.

a) - Elementos que a compõem:

É constituída por uma armadura treliçada, variando de 7,0 a 25cm de altura, ea mesa inferior concretada com 3 cm de espessura e de 12 a 13cm de largura. O

elemento de enchimento pode ser cerâmico de concreto ou EPS (Figura 5.11)

Figura 5.11 - Elementos de uma laje pré-fabricada treliça  

b) - Variação das alturas:

- A diferente altura do elemento de enchimento e a variação da altura datreliça mais a espessura do capeamento, resulta nas variadas alturas dalaje (Figura 5.12) ou pela Tabela 5.1..

- - A diferente largura dos elementos de enchimento, proporciona osvariados intereixos entre as vigotas.

- - Geralmente o concreto utilizado para realizar o capeamento das lajes préfabricadas é no mínimo, 20 MPa, ou segundo a orientação do calculista.

Figura 5.12 - Exemplo das variações das alturas da laje treliça  

VC(E)

C

LT11  LT12  LT16  LT20  LT25  LT30  LT35  LT42 

CAPA = 3 cm

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c) - Armaduras usuais:

Armadura de distribuição Tem as mesmas funções das armaduras de distribuição descrita para as lajes

pré-fabricadas comuns, sendo no mínimo ou a critério do calculista como:

- forro = ∅ 6,3mm a cada 33cm- piso = ∅ 6,3mm a cada 25cm

mínimos 3 ∅ por metro

No caso de laje treliça, podemos posicionar a armadura de distribuição, nosentido perpendicular a vigota, formando um ângulo aproximadamente de 90° emrelação ao vergalhão negativo da vigota treliçada.

A altura da armação treliçada deve ser igual à altura do elemento deenchimento (lajota cerâmica, bloco de concreto, EPS). Portanto a armadura dedistribuição posicionada sobre o aço negativo da armação treliçada fica no mínimo1,0cm acima do elemento intermediário proporcionando o envolvimento docapeamento de concreto no ato da concretagem.

Nas lajes treliças ,além da finalidade descrita para as lajes comuns, aarmadura de distribuição assume dentro da laje treliça a função de combater astensões de cisalhamento que surgem entre a alma e a aba das nervuras das lajestreliças.

A armadura de distribuição atinge maior eficiência quando se utiliza aço comdiâmetro menor e em quantidade maior.

Armadura negativa.

A armadura negativa deve estar posicionada em cima de cada viga treliça,com no mínimo 2 ∅, sendo que sua bitola deverá ser fornecida pelo calculista, oufabricante.

d) - Tipos de apoios e reforços:

Nas lajes treliças podemos ter uma mobilidade das paredes internas, quepodem ser apoiadas diretamente sobre a laje, e ainda nos permite em certos casosa passagem de tubulações(Figura 5.16). Isso é facilitado pelo fato da vigota serconcretada na obra, possibilitando efetuar vários reforços (Figuras 5.14; 5.15; 5.16)

Figura 5.13 - Apoio da laje treliça em estrutura de concreto armado  

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 Figura 5.14 - Armadura adicional de tração  

Figura 5.15 - Armadura adicional de compressão  

Armaduras

adicionais

 Figura 5.16 - Reforços em laje treliça  

Na laje treliça temos facilidade na execução de nervuras perpendicular asvigotas, para reforços em aberturas do tipo domos, pergolados, etc (Figura 5.17), eno seu transporte (Figura 5.18)

Figura 5.17 - Exemplo de execução de nervuras  

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 Figura 5.18 - Manuseio da laje treliça  

e) - Vãos livres:

Na Tabela 5.4 temos os vãos máximos para intereixo de 45 cm dependendodo tipo de apoio e sobrecarga adotada.

Tabela 5.4 - Vãos máximos para a laje treliça  

f) - Vantagens:

- Perfeita planimetria dos tetos, dada à ausência de contraflecha inicial.Como conseqüência, o trabalho de revestimento com chapisco, emboço ereboco, fica extremamente facilitado e rápido, permitindo menor consumode argamassa.

- Garantia de inexistência de fissuras nos tetos, porquanto a alma metálicagarante a perfeita ligação da vigota (VT) ao concreto, completado na obra,impedindo a rotação da vigota (VT) quando o pavimento entrar em carga.

- Facilidade de manuseio e transporte, conferido pelo próprio formato davigota.- Facilidade de montagem, dada à leveza da vigota, de aproximadamente

12kg por metro.- Execução de balanços aliviados sem necessidade de contrabalanço.- Comportamento ao fogo idêntico ao do concreto armado, permitindo a

utilização de pisos leves nas construções, onde se exija resistência à açãodo fogo.

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5.2.4 - Generalidades sobre laje protendida (LP)

a) - Elementos que a compõem:

As lajes pré-fabricadas protendidas (LP) são compostas por nervuras pré-fabricadas em concreto protendido (VP) que tem a forma de um “T” invertido e facesuperior rugosa para facilitar a aderência da capa de concreto (Figura 5.19).Elemento de enchimento (E) que podem ser cerâmico, concreto ou EPS. Após amontagem completa-se com a capa de concreto (C) de no mínimo 20 MPa.

Após a cura do concreto de capeamento, a seção resistente da laje passa aser composta pelo concreto da vigota mais o concreto moldado “in loco”. Portantopara uma mesma vigota, quanto maior a altura do elemento de enchimento, maiorserá a altura final da nervura e, consequentemente, maior o esforço resistente dalaje (TATU, 2008)

Figura 5.19 – Vigota protendida  

As vigotas protendidas podem suportar o carregamento da fase executivasem o auxílio de escoramento até o vão de 3,20m. Vão maiores deve-se consular ofabricante.

b) - Vantagens:

• Facilidade de utilização – são de fácil utilização e sua montagem ésemelhante às das lajes pré-fabricadas comuns e treliça. Escoramento(quando necessário), colocação das vigotas, dos elementos de enchimento,das armaduras adicionais (distribuição e negativo) e a concretagem da capa;

• Redução ou eliminação de escoramento;• Redução do consumo de concreto e peso próprio – devido a vigota (VP) ter a

largura um pouco maior que as vigotas das lajes tradicionais, o consumo deconcreto e na ordem de 15 a 20% menor (TATU, 2008);

• Maiores vãos e menores flechas - devido ao efeito da protenção aplicada ásvigotas (TATU, 2008).

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5.2.5 - Montagem e execução das Lajes pré-fabricadas

A montagem dos elementos pré-fabricados deve obedecer ao especificado noprojeto de execução da laje e no manual de colocação e montagem fornecido pelo

fabricante ou calculista.Já no início da obra, deve-se pedir para o fornecedor, quando as paredesestiverem com 1,00m de altura, para que sejam tiradas as medidas para aconfecção das vigas ou pelo projeto e forma.

Chegando as paredes no seu respaldo, executa-se a cinta de amarração, ouuma viga armada, sobre a qual se apóia ou se semi-engastam as vigotas da lajepré-fabricada.

As vigotas geralmente são colocadas nas menores dimensões dosambientes, ou de acordo com o projeto, e procedendo-se da seguinte forma:

a) - Escolha do material:

Verificar a colocação somente pela planta que lhe é fornecida junto aomaterial (manual de colocação e montagem fornecido pelo fabricante ou calculista),para a escolha das vigotas, das armaduras de distribuição e das armadurasnegativas.

b) - Escoramento:

Todos os vãos superiores a 1,50m para as lajes pré-fabricadas "comuns" e1,20 a 1,40m para as lajes treliças (piso e forro respectivamente), deverão serescorados por meio de tábuas colocadas em espelho, sobre chapuz, e pontaletes(Figura 5.20).

Os pontaletes deverão ser em nº de 1(um) para cada metro, e sãocontraventados transversal e longitudinalmente, assentados sobre calços e cunhas,em base firme, que possibilitem a regulagem da contra flecha fornecida pelofabricante, geralmente de aproximadamente 0,4% do vão livre.

Nas lajes pré-fabricadas protendidas os vãos até 3,20m não necessitam deescoramento. Vãos de 3,20m a 6,20m uma linha de escoramento central (L/2), de6,20m a 10,00m duas linhas de escoramento (2/5L ; L/5 ; 2/5L) acima desses vãosconsultar o fabricante (TATU, 2008).

Podemos utilizar os escoramentos metálicos compostos por longarinas,barrotes e escoras metálicas (Figura 5.21)

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Figura 5.20 - Exemplo de escoramento convencional para laje pré-fabricada  

Figura 5.21 - Exemplo de escoramento metálico para laje pré-fabricada  

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c) - Colocação da laje:

A vigota pré-fabricada deverá estar centrada no vão, de modo que asuperfície de contato do concreto seja a mesma para cada apoio.

Coloque a viga usando uma intermediária em cada extremidade para espaçá-las exatamente. A primeira carreira de intermediária deve apoiar, de um lado sobre aparede ou apoio e do outro sobre a primeira vigota. Coloque todas as intermediáriasrestantes entre as vigotas pré-fabricadas (Figura 5.22).

As vigotas pré-fabricadas deverão estar sempre apoiadas pelo concreto, vistoque os ferros não tem rigidez suficiente para tal.

Figura 5.22 - Detalhe da colocação da laje pré-fabricada  

d) - Armaduras de distribuição e negativas:

Distribuir os ferros de acordo com as indicações de bitola e quantidades daplanta fornecida pelo fabricante.

A armadura negativa no caso de laje pré-fabricada "comum" deve ficar sobrea vigota e no meio da espessura da capa de concreto. Não deverá ficar nas juntas,entre as vigotas e os blocos de cerâmica (Figura 5.23).

No caso de laje treliça, a armadura poderá ser amarrada junto ao banzo davigota pré-fabricada.

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 Figura 5.23 - Detalhe da colocação da armadura negativa 

Após a colocação das armaduras podemos colocar os conduites e ascaixinhas da parte elétrica. Os conduites devem ficar bem fixos junto à laje e sobre a

armadura de distribuição e negativa. Ter o cuidado de não estrangular os conduitesnas curvas.As caixinhas devem ser preenchidas com serragem úmida para evitar a

entrada do concreto no momento da concretagem.

e) - Concretagem:

Molhar bem o material antes de lançar o concreto, este deve ser socado coma colher de pedreiro , para que penetre nas juntas entre as vigas pré-fabricadas e osblocos cerâmicos.

Salvo alguma restrição do calculista, o concreto da capa será de traço 1:2:3

com resistência mínima aos 28 dias 20 MPa.Quanto às espessuras das capas de concreto para cada caso podemos

seguir o ítem "b" das generalidades descritas neste capítulo ou a Tabela 5.1Para concretar as lajes que foram executadas sem escoramento (pequenos

vãos), ou com uma linha de escoramento, é conveniente que se concreteprimeiramente junto aos apoios para solidarizar as pontas das vigotas pré-fabricadas.

f) - Cura do concreto e desforma

Após o lançamento do concreto a laje deverá ser molhada, no mínimo, trêsvezes ao dia durante três dias (verificar maiores detalhes sobre cura na Anotações de Aula “Detalhes de execução de obras com concreto armado” ).

O descimbramento da laje pré-fabricada, como em qualquer estrutura, deveser feito gradualmente e numa seqüência que não solicite o vão a momentosnegativos, geralmente em torno de 21 dias para pequenos vãos e 28 dias nos vãosmaiores, salvo indicações do responsável técnico.

Nas lajes de forro é aconselhável que o escoramento seja retirado após aconclusão dos serviços de execução do telhado.

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g) - Cuidados

Para caminhar sobre a laje durante o lançamento do concreto, é aconselhávelfazê-lo sobre tábuas apoiadas nas vigotas para evitar quebra de materiais oupossíveis acidentes (Figura 5.24).

Figura 5.24 - Detalhe do apoio das tábuas de passarela  

NOTA: É importante estudar minuciosamente o projeto para a escolha correta da laje tanto do ponto de vista econômico como estrutural. No item 5.1 descrevemos as lajes mais comuns para pequenas obras, no entanto existem outros tipos de lajes que também poderão ser utilizadas. Tais como: 

• Lajes pré-fabricadas bidirecionais;• Pré-laje unidirecional e bidirecional;• Painel alveolar de concreto protendido.

5.3 - LAJES PRÉ-FABRICADAS BIDIRECIONAIS 

Segundo a NBR14859-2 a laje pré-fabricada bidirecional é constituída pornervuras principais nas duas direções.

Nas lajes que empregam vigotas pré-fabricadas de concreto armado ou deconcreto protendido não se pode executar as nervuras transversais. As nervurastransversais somente podem ser executadas quando se empregam vigotastreliçadas.

•  Armadura complementar: Armadura complementada na obra. Podendo ser:

a) Longitudinal : armadura nas lajes treliçadas, quando da impossibilidade deintegrar na vigota toda a armadura passiva inferior de tração necessária.

b) Transversal : armadura disposta ao longo das nervuras transversais da laje,que forma a armadura inferior de tração na direção perpendicular às vigotastreliçadas.

•  Capa (C): Concreto complementar cuja espessura é medida a partir da facesuperior do elemento de enchimento (E) e deve ter espessura mínima de 3,0cm.

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5.4 - PRÉ-LAJE UNIDIRECIONAIS E BIDIRECIONAIS

Laje de seção maciça ou nervurada (Figura 5.25), constituída de nervurasprincipais longitudinais dispostas em uma única direção ou também com nervurastransversais perpendiculares às nervuras principais (NBR14860-1 e NBR14860-2).

As pré-lajes podem ser treliçada (PLT) ou protendida (PLP) constituídas porplacas de espessura de 3,0cm a 5,0cm e larguras padronizadas, englobam total ouparcialmente a armadura inferior de tração.

Figura 5.25 – (a) laje maciça com pré-laje treliçada (b) laje maciça com pré-laje treliçada e elemento de enchimento 

•  Armadura complementar: Armadura complementada na obra. Podendo ser:

e) Longitudinal : armadura utilizada, quando da impossibilidade de integrar na

pré-laje toda a armadura passiva inferior de tração necessária.f) Transversal : armadura que compõe a armadura inferior das nervurastransversais.

g) de distribuição : armadura posicionada na capa nas direções transversal elongitudinal, para distribuir as tensões oriundas das cargas concentradas epara o controle da fissuração.

h) Superior de tração:  armadura dispostas sobre os apoios nas extremidadesdas pré-lajes, nos mesmos sentidos das nervuras e posicionados na capa.Proporciona a continuidade das nervuras longitudinais, o combate afissuração e a resistência ao momento fletor negativo.

•  Capa (C): Concreto complementar cuja espessura é medida a partir da face

superior do elemento de enchimento (E) e deve ter espessura mínima de 3,0cm nos casos de pré-laje com enchimento. Nas lajes nervuradas maciças é apartir da superfície superior da pré-laje.

5.5 - LAJES PRÉ-FABRICADAS – PAINEL ALVEOLAR DE CONCRETO PROTENDIDO

Utilizada para grandes vãos e formados por painéis alveolares protendidospré-fabricados (Figura 5.26), montados por justaposição lateral, capa de concreto ematerial de rejuntamento (NBR14861).

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Figura 5.26 – Painel alveolar de concreto protendido  

•  Armadura complementar: Armadura complementada na obra. Podendo ser:

a) de distribuição : armadura posicionada na capa nas direções transversal elongitudinal, para distribuir as tensões oriundas das cargas concentradas epara o controle da fissuração.

b) Superior de tração:  armadura dispostas sobre os apoios nas extremidades

dos painéis alveolares de concreto protendido, no mesmo alinhamento destese posicionados na capa. Proporciona a continuidade dos painéis entre si ecom o restante da estrutura, o combate a fissuração e a resistência aomomento fletor negativo.

•  Capa (C): Concreto complementar cuja espessura é medida a partir da facesuperior do painel alveolar de concreto protendido (E) e deve ter espessuramínima de 3,0 cm.

•  Rejuntamento: Material destinado a promover a solidarização entre ospainéis alveolares de concreto protendido justapostos, com característicasespecificadas pelo fabricante. 

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ANOTAÇÕES

1 – Verificar o nivelamento dos apoios;2 – Verificar sempre os escoramentos e contraventamentos;

3 – Verificar o comportamento estrutural dos apoios das lajes pré fabricadas;4 – Proporcionar uma contra flecha compatível com o vão a ser vencido;5 – Conferir as posições das armaduras previstas no projeto;6 – Controlar o lançamento e adensamento do concreto;7 – Molhar até a saturação após a concretagem no mínimo 3 dias e três vezes aodia.

Noções de segurança:

- Andar sempre sobre passarela executada com tábuas e nunca noelemento intermediário, mesmo sendo bloco de concreto.

- Para evitar quedas de operários ou de materiais da borda da laje deve-seprever a colocação de guarda corpo de madeira ou metal, com tela, nasbordas da periferia da laje.

- Utilizar andaimes em todos os trabalhos externos à laje.

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6 - COBERTURA

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Escolher a estrutura de telhado adequada para cada tipo de telha;• Conhecer as diversas peças que compõe uma estrutura de telhado;• Escolher a telha ideal bem como as inclinações;• Especificar e dimensionar corretamente as calhas;• Desenhar todas as linhas de telhado.

O telhado é composto pela estrutura, cobertura e do sistema de captação deáguas pluviais.

•  A estrutura: é o elemento de apoio da cobertura, podendo ser de madeira,metálica, etc. Geralmente constituída por tesouras, pontaletes ou vigas.

•  A cobertura: é o elemento de vedação constituída por telhas que pode ser:cerâmica, fibrocimento, alumínio, chapa galvanizada, concreto etc.

•  Sistema de captação de águas pluviais: são para o escoamentoconveniente das águas pluviais e constituem-se de: calhas, condutores

verticais, rufos, pingadeiras e rincões, são de chapas galvanizadas, P.V.C.etc.

Neste capitulo iremos abordar os telhados com estruturas de madeira por serde uso mais corrente, sobretudo em construções residenciais unifamiliares, astelhas cerâmicas, fibrocimento, concreto e galvanizada.

6.1 - ESTRUTURA 

A estrutura de telhado tem como funções principais a sustentação e fixaçãode telhas e a transmissão dos esforços solicitantes para os elementos estruturais.

Para facilitar, podemos dividir a estrutura em armação e trama (Figura 6.1).

A armação é a parte estrutural, constituída pelas tesouras, cantoneiras,escoras, etc.

A trama é a estrutura de sustentação e fixação das telhas, é o quadriculadoconstituído de terças, caibros e ripas, que se apóiam sobre a armação.

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Figura 6.1 - Esquema de estrutura de telhado  

6.1.1 Materiais utilizados nas estruturas

a) Madeira:

Podemos utilizar todas as madeiras de lei para a estrutura de telhado (Tabela6.1), no entanto a peroba foi a madeira mais utilizada e serve como referência.

Tabela 6.1 - Algumas espécies de madeiras indicadas para a estrutura de telhado 

(IPT) 

A B Camendoim angelim anjico pretocanafístula cabriúva parda guaratãguarucaia cabriúva

vermelhataiuva

 jequitibábranco

caovi

laranjeira coração denegro

peroba rosa cupiuba

faveirogarapaguapevalouro pardoMandigaupau cepilhopau marfimsucupiraamarela

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As madeiras da Tabela 6.1 estão divididas em grupos segundo as suascaracterísticas mecânicas. A cabreúva vermelha, coração de negro, faveiro, anjicopreto, guaratã e taiuva têm alta dureza, portanto devemos ter cuidado ao manuseá-las.

Caso se utilize madeiras que não conste na Tabela 6.1 devemos verificar se

as mesmas possuem as características físicas e mecânicas a seguir:

• Resistência à compressão (fc), a 15% de umidade, igual ou superior a 55,5 MPa.• Módulo de ruptura à tração igual ou superior a 13,5 MPa.

As madeiras serradas das toras já são padronizadas em bitolas comerciais.No entanto, existem casos onde o dimensionamento das peças exige peças maioresou diferentes, assim sendo deve-se partir para seções compostas (nestes casosestudados na disciplina Estruturas de Madeira). Portanto temos:

•  Vigas: 6x12 cm ou 6x16 cm, comprimento 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0 m.•  Caibros: 5x6 cm ou 5x7 (6x8)cm, comprimento 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0 m.•  Ripas: 1,0x5,0cm; geralmente com 4,5 m de comprimento e são vendidas por

dúzia.

Obs. Para bitolas diferentes ou comprimentos maiores, o preço da peça aumenta.

b) Peças metálicas:

As peças metálicas utilizadas em estruturas de telhado são os pregos, osparafusos, chapas de aço para os estribos e presilhas.

Os pregos mais utilizados são:

22 x 42 ou 22 x 48 → para pregar as vigas22 x 42 ou 19 x 39 → para pregar os caibros15 x 15 → para pregar as ripas.

Os pregos obedecem as normas EB-73 e PB-58/ ABNT. A designação dospregos com cabeça será por dois nos. a x b .

a = refere ao diâmetro, é o nº do prego na Fiera Parisex: 15 = 2,4 mm 18 = 3,4 mmb = representa o comprimento medido em "linhas" - 2,3 mm, unidade

correspondente a 1/12 da polegada antiga.

OBS: vide tabela de pregos no anexo ao final desta apostila.

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6.1.2 - Peças utilizadas nas estruturas de telhado

a) Tesoura dos telhados

As tesouras são muito eficientes para vencer vãos sem apoios intermediários

(Figura 6.2). São estruturas planas verticais que recebem cargas paralelamente aoseu plano, transmitindo-as aos seus apoios. Geralmente são compostas por:

Frechal: Peça colocada sobre a parede e sob a tesoura, para distribuir acarga do telhado.

Perna: Peças de sustentação da terça, indo do ponto de apoio da tesoura dotelhado ao cume, geralmente trabalham à compressão.

Linha: Peça que corre ao longo da parte inferior de tesoura e vai de apoio aapoio, geralmente trabalham à tração.

Estribo: São ferragens que garantem a união entre as peças das tesouras.Podem trabalhar à tração ou cisalhamento.

Pendural e tirante: Peças que ligam a linha à perna e se encontram emposição perpendicular ao plano da linha. Denomina-sependural quando a sua posição é no cume, e nosdemais tirante. Geralmente trabalham à tração.

Asna e escoras: São peças de ligação entre a linha e a perna, encontram-se, geralmente, em posição oblíqua ao plano da linha,denomina-se asna a que sai do pé do pendural, as demais deescoras. Geralmente trabalham à compressão.

:Obs. Não iremos nos estender sobre o cálculo estrutural das estruturas de telhadospor constituir assunto de cadeira a parte. Queremos apenas reproduzir as tesouras

simples para obras de pequeno porte. A Figura 6.2 mostra uma seção típica de umaestrutura de telhado

Figura 6.2 - Seção típica de uma estrutura de telhado  

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Em tesouras simples no mínimo devemos saber::

- Vãos até 3,00m não precisam de escoras.- Vãos acima de 8,00m deve-se colocar tirantes.- O espaçamento ideal para as tesouras deve ficar na ordem de 3,0m.

- O ângulo entre a perna e a linha é chamado de inclinação;- O ponto é a relação entre a altura da cumeeira e o vão da tesoura.- A distância máxima entre o local de intersecção dos eixos da perna e

da linha é a face de apoio da tesoura deverá ser ≤ 5,0cm. (Figura 6.3)- As tesouras devem ser contraventadas, com mãos francesas e

diagonais na linha da cumeeira. (Figura 6.4)

Figura 6.3 - Detalhe do apoio da tesoura sobre o frechal  

Figura 6.4 - Esquema de contraventamento das tesouras  

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c) Terças

As terças se apóiam sobre as tesouras consecutivas (Figura 6.5) oupontaletes (Figuras 6.16; 6.17; 6.18), e suas bitolas dependem do espaço entre elas

(vão livre entre tesouras), do tipo de madeira e da telha empregada. Podemosadotar na prática utilizando as madeiras da Tabela 6.1:

• bitolas de 6 x 12 se o vão entre tesouras não exceder a 2,50m.• bitolas de 6 x 16 para vãos entre 2,50 a 3,50m.

Estes vãos são para as madeiras secas. Caso não se tenha certeza,devemos diminuir ou efetuar os cálculos utilizando a Tabela 6.2 mais precisa e queleva em consideração o tipo de madeira e de telha:

Para vãos maiores que 3,50m devemos utilizar bitolas especiais o que não éaconselhável pelo seu custo.

As terças são peças horizontais colocadas em direção perpendicular àstesouras e recebem o nome de cumeeiras quando são colocadas na parte mais altado telhado (cume), e contra frechal na parte baixa (Figura 6.5).

As terças devem ser apoiadas nos nós das tesouras.

Figura 6.5 - Esquema do apoio das terças nas tesouras 

Tabela 6.2 - Vão máximo das terças (m) Vão doscaibros  

Francesa, Romana, Portuguesa ou plan Colonial ou paulista

(m) A B C A B C A B C A B C1,00 a 1,20 2,70 2,85 3,10 3,30 3,50 3,85 2,50 2,65 2,90 3,20 3,40 3,751,21 a 1,40 2,55 2,70 2,95 3,15 3,30 3,60 2,40 2,50 2,75 3,05 3,20 3,501,41 a 1,60 2,40 2,60 2,80 3,00 3,15 3,45 2,30 2,40 2,60 2,90 3,10 3,351,61 a 1,80 2,30 2,45 2,70 2,85 3,05 3,30 2,20 2,30 2,50 2,80 2,45 3,201,81 a 2,00 2,25 2,40 2,60 2,75 2,90 3,20 2,20 2,40 2,85 3,102,01 a 2,20 2,30 2,50 2,80 3,10 2,35 3,002,21 a 2,40 2,45 3,002,41 a 2,60 2,35 2,90

Seçãotransversal

(cm)

6 x 12 6 x 16 6 x 12 6 x 16

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d) Caibros

Os caibros são colocados em direção perpendicular as terças, portantoparalela às tesouras. São inclinados, sendo que seu declive determina o caimentodo telhado.

A bitola do caibro varia com o espaçamento das terças, com o tipo demadeira e da telha. Podemos adotar na prática utilizando as madeiras da Tabela6.1:

:• terças espaçadas até 2,00m usamos caibros de 5 x 6.• quando as terças excederem a 2,00m e não ultrapassarem a 2,50m, usamos

caibros de 5x7 (6x8).

Os caibros são colocados com uma distância máxima de 0,50m (eixo a eixo)para que se possam usar ripas comuns de peroba 1x5.

Estes vãos são para as madeiras secas. Caso não se tenha certeza,devemos diminuir ou efetuar os cálculos utilizando a Tabela 6.3.

Tabela 6.3 - Vão Máximo dos Caibros (m) 

Tipo de madeira Francesa, Romana,Portuguesa ou plan

Colonial ou Paulista

A 1,40 1,90 1,40 1,80B 1,60 2,20 1,60 2,00C 2,00 2,50 2,00 2,20

Seção transversal

(cm)

5x6   5x7   5x6   5x7  

e) Ripas

As ripas são as últimas partes da trama e são pregadas perpendicularmenteaos caibros. São encontradas com seções de 1,0x5,0cm (1,2x5,0cm).

O espaçamento entre ripas depende da telha utilizada. Para a colocação dasripas é necessário que se tenha na obra algumas telhas (no mínimo 6 peças) paramedir a sua galga (distância entre travas da telha), devemos utilizar a galga média.

As ripas são colocadas do beiral para a cumeeira, iniciando-se com duasripas sobrepostas de forma a compensar a espessura da telha. Podemos tambéminiciar os beirais com uma testeira (tábua pregada na frente do caibro do beiral)eliminando nestes casos as ripas sobrepostas(Figura 6.6).

Portanto, para garantir o espaçamento constante das ripas, o carpinteiroprepara uma “galga” de madeira com a média da distância entre as travas da telha(Figura 6.7). As ripas são pregadas com pregos 15 x 15 tomando-se o cuidado denão rachá-la.

Para determinar a galga média devemos:

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• Ajustar 6 telhas sobre os apoios considerando a situação de afastamentomínimo entre telhas medir o comprimento total mínimo Ctmin que correspondeà medida do primeiro ao sexto apoio, ou seja. Cinco vãos;

• Reajustar os apoios para o afastamento máximo entre as telhas e proceder àmedição do comprimento total máximo Ctmax que corresponde à medida do

primeiro ao sexto apoio, ou seja. Cinco vãos;• De posse destas medidas calcular a galga média: Gmed = (Gmin + Gmax) /2

Sendo: Gmin = Ctmin  /5 e Gmax = Ctmax /5

Figura 6.6 - Detalhe da colocação da primeira ripa ou testeira nos beirais 

Figura 6.7 - Detalhe da galga 

As ripas suportam o peso das telhas, devemos, portanto, verificar oespaçamento entre os caibros. Se este espaçamento for de 0,50 em 0,50m,podemos utilizar as ripas 1,0x5,0m. Se for maior, utilizamos sarrafos de 2,5x5,0m(peroba ou equivalente).

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6.1.3 - Ligações e emendas

Na construção das estruturas de telhado faz-se necessário executar ligaçõese emendas, com encaixes precisos. Para isso devemos saber:

a) recorte:• r = recorte, r ≥ 2 cm ou 1/8 h ≤ r ≤ 1/4 h

h = altura da peça

b) encaixes:• perna/linha (Figuras. 6.8 e 6.9)• escora/perna (Figura 6.10)• pernas/pendural (Figuras 6.11 e 6.12)• asna/pendural/linha (Figura 6.13)

Figura 6.8 - Detalhe da ligação entre a linha e a perna (Moliterno, 1992  ) 

Figura 6.9 - Detalhe da ligação entre a linha e a perna (Moliterno, 1992)

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 Figura 6.10 - Detalhe da ligação entre a perna e a escora (Moliterno, 1992)

Figura 6.11 - Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural (Moliterno, 1992)

Figura 6.12 - Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural (Moliterno, 1992)

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 Figura 6.13 - Detalhe da ligação entre a linha, asnas e pendural (Moliterno, 1992)

c) emendas:As emendas das terças devem estar sobre os apoios, ou aproximadamente

1/4 do vão com no máximo de 0,70 m, no sentido do diagrama dos momentosfletores (Figura 6.14), com chanfros a 45° para o uso de pregos ouparafusos(Figuras 6.15 e 6.16).

Figura 6.14 - Detalhe das emendas de uma linha de terças 

Figura 6.15 - Detalhe da emenda das terças com pregos 

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 Figura 6.16 - Detalhe da emenda das terças com parafusos e chapas 

6.1.4 - Telhado pontaletado

Podemos construir o telhado sem o uso de tesouras. Para isso, devemosapoiar as terças em estruturas de concreto ou em pontaletes.

Em construções residenciais, as paredes internas oferecem apoiosintermediários. Nesses casos, portanto, o custo da estrutura é menor.

O pontalete trabalha à compressão e é fixado em um berço de madeiraapoiado na direção das paredes. Sendo assim, a laje recebe uma carga distribuída(Figuras 6.17 e 6.18).

Nas lajes maciças, onde tudo é calculado, podemos apoiar em qualquerponto. Entretanto nas lajes pré-fabricadas não devemos apoiar e sim realizar oapoio na direção das paredes (Figuras 6.17 e 6.19).

Havendo necessidade de se apoiar um pontalete fora das paredes, é

necessário que se faça uma viga de concreto invertida para vãos grandes ou vigasde madeira nos vãos pequenos.

Devemos ainda, ter algumas precauções como:

- a distância dos pontaletes deve ser igual a das tesouras.- a distância entre as terças deve ser igual à distância das mesmas quando

apoiadas nastesoura- deverá ser acrescido aos pontaletes, berço (de no mínimo 40 cm) paradistribuir melhor os esforços, mãos francesas (nas duas direções do

pontalete) ou tirantes chumbados nas lajes para dar estabilidade ao conjunto.

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Figura 6.17 - Apoio dos pontaletes em berços 

Figura 6.18 - Detalhe do berço para distribuição das cargas 

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 Figura 6.19 - Detalhe do apoio dos pontaletes sobre as paredes 

6.1.5 - Recomendações:

- Reconhece-se um bom trabalho de carpinteiro, quando os alinhamentos daspeças são perfeitos, formando cada painel do telhado um plano uniforme. Ummadeiramento defeituoso nos dará um telhado ondulado e de péssimoaspecto.

- Não devemos esquecer a colocação da caixa d'água, antes do término, pelocarpinteiro, do madeiramento.

- Quando o prego for menor do que a peça que ele tem que penetrar, deve sercolocado em ângulo (Figura 6.20). Coloque-o numa posição próxima einclinada suficiente para que penetre metade de sua dimensão em uma peçae metade em outra. O ideal seria o prego penetrar 2/3.

Figura 6.20 - Detalhe da fixação por pregos menores 

- Quando tiver que pregar a ponta de uma peça em outra, incline os pregospara que estes não penetrem paralelamente às fibras e sim o maisperpendicular possível a elas (Figura 6.21).

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 Figura 6.21 - Detalhe da fixação das ripas nos caibros 

- para evitar rachaduras na madeira, devemos pregar da seguinte maneira:* no final de uma ripa, no caibro, não alinhar os pregos (Figura 6.22)* achatar um pouco a extremidade do prego* furar a madeira e depois introduzir o prego* pregar a madeira mais fina a mais grossa.

Figura 6.22 - Fixação das ripas nos caibros 

6.2 - COBERTURA

Neste capítulo iremos abordar as telhas cerâmicas as de concreto efibrocimento por serem as mais utilizadas em obras residenciais. As demais telhas(alumínio, aço galvanizado, poliéster etc.) são mais utilizadas em obras comerciais eindustriais. Para a sua utilização, é conveniente solicitar a orientação de um técnicodo fabricante ou mesmo o uso de catálogos técnicos, pois existem uma grandevariedade de tipos e consequentemente de fixação, acessórios etc.

6.2.1 - CERÂMICA

As telhas cerâmicas têm início com a preparação da argila, e consiste namistura de várias argilas. Na próxima etapa, a argila já misturada passa por umamoagem e por uma refinação chegando até a extrusora, onde o pó de argila setransforma em massa homogênea e sem impurezas. Essa massa passa pelasprensas de moldagem, indo diretamente para a secagem. Só então é feita aprimeira seleção e a primeira queima em forno a uma temperatura de 900°C.

Devem apresentar som metálico, assemelhando ao de um sino quandosuspensas por uma extremidade e percutidas. Não devem apresentar deformações,

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defeitos ou manchas e atender as normas NBR9601-Telha cerâmica de capa ecanal ou a NBR7172-Telha cerâmica tipo francesa.

No recebimento das telhas na obra não devem ser aceitos defeitossistemáticos como quebras, rebarbas, esfoliações, trincas empenamentos, desviosgeométricos em geral. Cada caminhão é considerado um lote e deve-se separar 20

peças para as verificações de suas propriedades com exceção da espessura quepodemos separar 13 peças. As telhas cerâmicas devem ser estocadas na posiçãovertical, em até três fiadas sobrepostas.

As telhas são assentadas com o máximo cuidado e alinhadas perfeitamente.Algumas peças são assentadas com argamassa de cimento, cal e areia no traço1:2:8. São as cumeeiras (obedecendo um sentido de colocação contrário ao dovento predominante) (Figura 6.23) e espigões e , quando forem do tipo canal,também as telhas dos beirais e oitões. É o que se chama de emboçamento dastelhas. O consumo da argamassa é na ordem de 0,002m³/m² de telhado.

Figura 6.23 - Acabamento da cumeeira 

Para inclinações de telhados acima de 45°, recomenda-se que as telhassejam furadas para serem amarradas ao madeiramento, com arame galvanizado oufio de cobre.

Ao cobrir, usar régua em vez de linha, desde a ponta do beiral até acumeeira, e deslocar de acordo com a medida da telha, cobrindo sempre do beiralpara a cumeeira, colocando duas ripas sobrepostas ou testeiras para regularmos aaltura da 1ª telha (Figura 6.6).

É recomendado que as telhas sejam posicionadas simultaneamente em todasas águas do telhado, para que seu peso próprio seja distribuído uniformementesobre a estrutura de madeira.

Podemos dividir as telhas cerâmicas em dois tipos: as planas e as curvas. Astelhas planas são do tipo francesa ou Marselha, e a do tipo escama (germânica). Ascurvas do tipo capa e canal, também chamadas paulista, colonial, paulistinha, plan,romana, portuguesa. As somente canal, chamadas termoplan entre outras.

a) Telha francesa ou Marselha

Tem forma retangular, são planas e chatas, possuem numa das bordaslaterais dois canais longitudinais (Figura 6.24).

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Para encaixe, nas bordas superiores e inferiores, cutelos em sentido oposto.Os encaixes em seus extremos servem para fixação e para evitar a passagem daágua.

- 15 un por m²

- peso unitario aproximado de 2,0 kg- peso: 45 kgf/m² - seca54 kgf/m² - saturada

- dimensões ≅ 40 cm de comp. e 24 cm de largura- tolerância ± 1 mm- caimento: 33% a 35%- Cumeeira: 3 un/ml

Figura 6.24 - Telha francesa ou Marselha 

b) Telha paulista

Constituem-se de duas peças diferentes, canal, cuja função é de conduzir aágua e capa, que faz a cobertura dos espaços entre dois canais (Figura 6.25).

- 26 un por m²- peso unitario aproximado de 2,65 kg- peso: 69 kgf/m² - seca

83 kgf/m² - saturada- dimensões: ≅  46cm comp. (canal)

46 cm comp. (capa)18 cm largura (canal)16 cm largura (capa)

- tolerância ± 1 mm- caimento: 25%- cumeeiras: 3un/m

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 Figura 6.25 - Telha paulista 

c) Tipo plan

Tem as características da telha paulista, mas melhoradas, tem os cantosarredondados e a seção retangular (Figura 6.26).

- 26 un por m²- peso unitario aproximado de 2,75kg- caimento: de 20 a 25%- cumeeiras: 3 un/m- peso: 72 kgf/m² - seca

86 kgf/m² - saturada- dimensões: 46cm comp.(capa)

46cm comp. (canal)16cm largura (capa)18cm largura (canal)

- tolerância ± 1 mm

Figura 6.26 - Telha Plan 

d) Telha romana e telha portuguesa

A telha romana tem o mesmo formato que as telhas plan, somente quenesses tipos o canal é junto com a capa. A portuguesa é igual à paulista (Figura6.27).

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- caimento mínimo: 30%- 16 peças por m²- peso: 48kgf/m² - seca

58 kgf/m² - saturada

Figura 6.27 - Telha romana e Portuguesa 

d) Termoplan

Como o próprio nome indica a termoplan através de dupla camada, consegueum isolamento térmico e um isolamento de umidade (Figura .28).

- caimento mínimo: 30%- 15 peças por m²- peso: 54 kgf/m² - seca

65 kgf/m² - saturada- dimensões: 45,0cm comprimento21,5cm largura

Figura 6.28 - Telha Termoplan 

f) Telha germânica

A montagem é feita em escamas de peixe com as seguintes características:- 30 telhas por m²

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- peso unitário: 1.475g- caimento mínimo: 45%Quando for colocado isolante térmico, calcular ventilação do forro.

Figura 6.29 - Telha Germânica 

6.2.2 - CONCRETO

As telhas de concreto são compostas de aglomerantes, agregados e óxidosque são responsáveis pela sua coloração.

- caimento mínimo: 30%- 10,5 peças por m²- peso unitário aproximado de 4,70 kg- peso: 49 a 54 kgf/m² - seca

57 a 60 kgf/m² - saturada- dimensões: 32,0cm comprimento

30,0cm largura• Os valores acima são para as telhas do tipo Tégula tradicional. Para outros modelos ou fabricantes devemos consultar o

manual técnico correspondente.

Segundo informações do fornecedor, as telhas de concreto apresentam umaespessura média de 12 mm e resistência mínima a flexão de 300 kg.

Para o seu armazenamento devemos preparar um lastro de 5,0 cm de areia,para evitar o apoio da mesma com o solo, e empilhá-las no máximo em trêscamadas na vertical.

6.2.3 – TELHAS ONDULADAS DE FIBROCIMENTO

Juntamente com as telhas de aço galvanizado, as telhas de fibrocimento sãolargamente empregadas em edifícios comerciais e industriais. Pelo baixo custo dostelhados executados com telhas onduladas de fibrocimento são também utilizadasem construções unifamiliares.

São fabricadas com mistura homogênea de cimento Portland e fibras deamianto. Vários fabricantes estão substituindo as fibras de amianto por outras fibrasmenos agressiva ao ser humano. A Tabela 6.4 apresenta as dimensõespadronizadas das telhas onduladas de fibrocimento.

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Tabela 6.4 – Dimensões das telhas onduladas de fibrocimento Espessura (mm) Comprimento (m) Largura (m)

5, 6 e 8 0,91 – 1,22 – 1,53 – 1,832,13 – 2,44 – 3,05 – 3,66

1,10

As telhas onduladas de fibrocimento são fixadas em estrutura de madeira,metálica ou de concreto através de acessórios compostos por ganchos, parafusos egrampos de ferro zincado, conjuntos de vedação e arruelas, fornecidos pelofabricante. O caimento mínimo é de 20% ou aproximadamente 11o.

Para as telhas com comprimento superior a 1,83 m (6,0mm) e de 2,13m(8,0mm) deve-se colocar uma terça intermediária de apoio.

O recobrimento lateral é de ¼ de onda e o recobrimento longitudinal de nomínimo 14 cm para caimentos maiores de 15o e 20 cm para recobrimentos menoresde 15o.

As telhas devem ser armazenadas em pilhas de até 35 unidades, apoiadasem três pontaletes, sendo um no centro e os outros a 10 cm de cada borda.

NOTA: Existem outras telhas de fibrocimento com seções diversas e capazes devencer grandes vãos. Portanto é aconselhável consultar os fabricantes e seuscatálogos técnicos.

6.2.4 – Inclinação (αº) e caimento ou declividade (%) dos telhados

A inclinação (ângulo α) é o ângulo que plano de cobertura faz com ahorizontal e o caimento ou declividade de um telhado é a tangente trigonométrica dainclinação, indicada pela letra d (d = h/ l  = tang α %) (Figura 6.30).

Figura 6.30 – Inclinação e caimento de telhados retos 

Na Tabela 6.5 estão relacionadas às correspondências entre inclinação (αº) e o caimento ou declividade (D%) de um telhado reto.

Tabela 6.5 – Correspondência entre ( α º) e (d%) usuais 

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αº  d%)  αº  d%) 1,70 3,0 18,35 33,05,70 10,0 19,17 35,08,60 15,0 21,48 40,011,31 20,0 24,23 45,014,04 25,0 26,60 50,016,72 30,0 45,0 100,0

A altura das cumeeiras, também chamadas de Ponto de Cobertura é arelação entre a altura máxima da cobertura e o vão. O ponto varia de 1:2 a 1:8 nostelhados (Tabela 6.6).

Tabela 6.6 – Ponto de Cobertura Ponto Designação Inclinação Declividade

1:2 Ponto meio 45º 100%1:3 Ponto terço 33º40’ 66%1:4 Ponto quarto 26º30’ 49%1:5 Ponto quinto 21º48’ 40%1:6 Ponto sexto 18º35’ 33%1:7 Ponto sétimo 15º50’ 28%1:8 Ponto oitavo 14º04’ 25%

O ponto é considerado alto a partir de 1:3 (inclinação acima de 33º40’) oudeclividade maior do que 100%.

Os caimentos citados em cada tipo de telha deste capítulo relacionam-se atelhados retos. Os cuidados devem ser redobrados quando os telhados foremselados também chamados de corda bamba.

Devido ao seu traçado, as águas pluviais ganham uma velocidade maior noseu início (cume) e perdem no seu final (beiral), fazendo com que as águasretornem, infiltrando parte das águas nos telhados. O ponto de transição é onde otelhado é mais selado. Portanto, o caimento mínimo deve ser conseguido naposição onde o telhado estiver mais selado (Figura 6.31).

As inclinações dos telhados selados devem no mínimo seguir a Tabela 6.7:

Figura 6.31 - Inclinações mínimas para telhados selados com vão até 8,0m 

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Tabela 6.7 - Dimensões mínimas para telhados selados com vão até 8,0m x

(m)x1(m)

y1(m)

x2(m)

y2(m)

y (m)

3,0 1,5 0,45 1,5 0,60 1,054,0 2,0 0,64 2,0 0,88 1,52

5,0 2,5 0,85 2,5 1,20 2,056,0 3,0 1,08 3,0 1,44 2,527,0 3,5 1,33 3,5 1,75 3,088,0 4,0 1,60 4,0 2,24 3,84

Na execução da estrutura de um telhado selado os caibros são seccionados epresos nas terças proporcionando assim a configuração "corda bamba" (Figura6.32). Ou ainda podemos utilizar ripas sobrepostas ao invés de caibros. Sendo asripas mais finas se amoldam melhor na curvatura do telhado selado.

Figura 6.32 - Detalhe da estrutura de um telhado selado  

6.3 – SISTEMA DE CAPTÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS

São os complementos das coberturas, tendo como função a drenagem daságuas pluviais (calhas, águas furtadas, condutores) e arremates (rufos, pingadeiras)evitando com isso as infiltrações de águas de chuvas.

Os sistemas de captação de águas pluviais podem ser encontrados em PVCpara as calhas e condutores ou executados em chapas galvanizadas para ascalhas, águas furtadas, rufos e pingadeiras.

As chapas galvanizadas geralmente medem 1,00m e 1,20m de largura por2,00m de comprimento, mais para a confecção das calhas o que se utiliza é abobina de chapa galvanizada (pois diminui o número de emendas) e mede 1,0 ou1,20m de largura e comprimento variável. Portanto, para maior aproveitamento daschapas e ou bobinas, quanto a sua largura, e para reduzir o preço das peças, asmesmas são "cortadas" em medidas padrões denominadas corte podendo ser:

Corte: 10 - 12 - 15 - 20 - 25 - 28 - 30 -33 -39 ou 40 - 50 - 60 - 75 - 1,00

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Os cortes mais utilizados para as calhas são o corte 33 e 50 (para as chapasde 1,0m de largura) e o corte 30, 40 e 60 (para as chapas de 1,2m de largura).

Além do corte, para especificar um sistema de captação de águas pluviais,devemos mencionar a espessura da chapa denominada de “número” podendo ser:

Chapa nº: 28 – 26 – 24 – 22 – 20 etc.

A espessura de chapa galvanizada mais utilizada é a 26 e 24 para as calhase águas furtadas, 28 e 26 para os rufos e pingadeiras. Quanto menor é o número dachapa mais espessa ela é.

Partes constituintes do sistema de captação de águas pluviais:

6.3.1 Calhas

São captadoras de águas pluviais e são colocadas horizontalmente. Égeralmente confeccionada com chapa galvanizada nº 26 e 24.

Tipos de calhas:

• coxo

• platibanda

• moldura

a) - coxo:

Figura 6.33 - Calha tipo coxo 

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b) - platibanda

Figura 6.34 - Calha tipo platibanda 

c) - moldura

Figura 6.35 - Calha tipo moldura 

6.3.2 Água furtada:

São captadoras de águas pluviais e são colocadas inclinadas. Sãoconfeccionadas, como as calhas, com chapas galvanizadas nº 26 e 24.

Figura 6.36 - Detalhe de uma água furtada 

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6.3.3 Condutores:

São canalizações verticais que transportam as águas coletadas pelas calhase pelas águas furtadas aos coletores.

Podem ser de chapas galvanizadas ou de PVC e devem ter diâmetro mínimo

de 75 mm.

6.3.4 Coletores

São canalizações compreendidas entre os condutores e o sistema público deáguas pluviais.

6.3.5 Rufos e Pingadeiras:

Os rufos e as pingadeiras geralmente são confeccionados com chapa n o 28

(mais finas) ou chapa n 26.

Figura 6.37 - Detalhes da utilização dos rufos e das pingadeiras 

6.4 - DIMENSIONAMENTO

6.4.1 - Calhas:

Para o dimensionamento preciso das calhas devemos ter dados dos índicespluviométricos da região o que dificulta, em certas cidades, devido ao difícil acessoa esses dados.

Entretanto podemos utilizar para pequenas coberturas, uma fórmula empíricaque nos fornece a área da calha "A" (área molhada), a qual tem dado bonsresultados.

A = [ n.a (m²)] = cm²

sendo: A = área útil da calhaa = área da cobertura que contribui para o condutorn = significa o numero de áreas “a” que contribui para o condutor mais

desfavorável.

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Para esse dimensionamento devemos dividir o telhado conforme a Figura6.38

Figura 6.38 - Áreas de contribuição para os condutores 

Para o dimensionamento das calhas devemos adotar o condutor maisdesfavorável (aquele que recebe maior contribuição de água).

Exemplo:

Figura 6.39 - Divisão do telhado em áreas "a" 

1º necessitamos de uma calha com área útil de 50,0 cm²2º devemos verificar se é uma área grande ou não3º Se for grande, podemos aumentar o nº de condutores ou adotar uma

calha tipo coxo (a mais indicada para esses casos).4º Se for pequena, adotar calha tipo platibanda, mas sempre verificando as

condições de adaptação da calha ao telhado.

Figura 6.40 - Calha tipo platibanda 

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 Figura 6.41 - Calha tipo coxo 

Podemos neste caso adotar a calha tipo platibanda corte 33 devido a melhoradaptação ao trabalho e ter uma contribuição de água relativamente pequena. Acalha coxo recebe uma contribuição de água maior (105cm2)

6.4.2 - Condutores:

Para o caso de condutores podemos considerar a regra prática:Um cm² de área do condutor para cada m² de área de telhado a ser

esgotado.

Ex. ∅ 75 mm = 42cm² e ∅ 100 mm = 80cm²

Exemplo:No caso anterior temos três condutores de cada lado do telhado. Os daextremidade têm uma área de contribuição de 25cm². Podemos adotarum ∅ de 75 mm.O do centro recebe a contribuição de 50m², adotando, portanto, um ∅ de 100 mm.

Obs: 1 - Neste caso podemos utilizar o de maior dimensão para todos 2 - Devemos evitar colocar condutores inferiores a 75 mm.

6.5 - FORMAS DE TELHADOS

6.5.1 - Beirais: 

Beiral é a parte do telhado que avança além dos alinhamentos das paredesexternas, geralmente tem uma largura variando entre 0,40 a 1,00m, o mais comum é0,60; 0,70 e 0,80m.

Podem ser em laje (Figura 6.42) ou em telhas vã (Figura 6.43).

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 Figura 6.42 - Beiral em laje 

Figura 6.43 - Beiral em telhas vã 

6.5.2 - Platibanda:

São peças executadas em alvenaria que escondem os telhados e podemeliminam os beirais ou não (Figura 6.44). Neste caso, sempre se coloca uma calha,rufos e pingadeiras.

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 Figura 6.44 - Detalhe das platibandas 

6.5.3 - Linhas do telhado:

Os telhados são constituídos por linhas (vincos) que lhes confere as diversasformas (Figura 6.45). As principais linhas são:

- cumeeiras- espigões- águas-furtadas ou rincões

Figura 6.45 - Desenho das linhas de um telhado 

- a cumeeira é um divisor de águas horizontal e está representada na figura pelaletra (A)- os espigões são, também, um divisor de águas, porém inclinados, letra (B)- as águas-furtadas ou rincões são receptores de águas inclinadas, letra (C)

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O telhado pode terminar em oitão (elevação externa de alvenaria no formatoda caída do telhado) ou em água. Na figura 6.46, temos um telhado com duaságuas e, portanto dois oitões, ou um telhado de quatro águas, portanto sem oitões.

Figura 6.46 - Telhados terminando em águas ou em águas mais oitão  

6.5.4 - Tipos de telhados

COM UMA ÁGUA:

Figura 6.47 - Telhados com uma água (Borges, 1972) 

COM DUAS ÁGUAS:

Figura 6.48 - Telhados com duas águas (Borges, 1972) 

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  COM TRÊS ÁGUAS:

Figura 6.49 - Telhados com três águas (Borges, 1972) 

COM QUATRO ÁGUAS:

Figura 6.50 - Telhado com quatro águas (Borges, 1972) 

Obs: Sempre devemos adotar soluções simples para os telhados pela economia, e facilidade de mão-de-obra, evitando muitas calhas que só trarão transtornos futuros.

6.6 - REGRA GERAL PARA DESENHO DAS LINHAS DO TELHADO

O telhado é representado na mesma escala da planta, isto é, geralmente naescala 1:100. Também é usual representá-lo na escala 1:200.

Indicam-se por linhas interrompidas, os contornos da construção, pois acobertura deverá ultrapassar as paredes, no mínimo 0,50m, formando os beirais ouplatibanda que são representados por linhas cheias.

As águas do telhado ou os panos tem seu caimento ou inclinação de acordocom o tipo de telha utilizada.

Ao projetarmos uma cobertura (Figura 6.51), devemos lembra-nos dealgumas regras práticas:

1 - As águas-furtadas são as bissetrizes do ângulo formado entre asparedes e saem dos cantos internos.

2 - Os espigões são as bissetrizes do Ângulo formado entre as paredes esaem dos cantos externos.

3 - As cumeeiras são sempre horizontais e geralmente ficam no centro.4 - Quando temos uma cumeeira em nível mais elevado da outra, fazemos a

união entre as duas com um espigão, e no encontro do espigão com acumeeira mais baixa nasce uma água furtada.

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 Figura 6.51 - Perspectiva das linhas de um telhado 

6.7 – CALCULO DAS TELHAS PARA COBERTURA PLANA

Um método simples e prático para o calculo das telhas de um telhado planopode ser realizado da seguinte maneira:• Calcular a área plana (incluindo o beiral) e multiplicar pelo fator de inclinação da

Tabela 6.8 determinando a área inclinada;• Multiplicando a área inclinada pelo número de telhas por metro quadrado

encontra-se a quantidade de telhas necessárias;• Acrescentar de 5 a 10%

Tabela 6.8 – Fator de inclinação para os caimentos usuais % fator10 1,00515 1,01120 1,02025 1,03130 1,04433 1,05335 1,05940 1,077

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ANOTAÇÕES

1 – Noções de segurança:

- Evitar quedas de materiais e operários da borda das coberturas,utilizando guarda-corpo com tela.

- Utilizar andaimes em todos os trabalhos externos à cobertura.- Instalar ganchos para fixação de cabos-guia para o engate do

cinto de segurança.

2 – Deve-se evitar sempre o caso de pano desaguando sobre pano. Para que issonão ocorra devemos utilizar calhas de beiral (moldura).

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7 - ESQUADRIAS

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Escolher o tipo ideal de esquadrias verificando as suas vantagens e desvantagens;• Nivelar e colocar no prumo os batentes;• Especificar corretamente o tipo de fixação dos batentes nas alvenarias e/ou estruturas;• Especificar as ferragens adequadas para cada tipo de esquadria de madeira

As esquadrias são componentes da edificação que asseguram a proteção

quando a penetração de intrusos, da luz natural e da água. Com a sua evolução, asesquadrias deixaram apenas de proteger e adquiriram também o lugar de decoraçãode fachadas.

Os primeiros edifícios empregavam esquadrias de madeira, dado que a mãode obra era barata e o material abundante. Com a revolução industrial apareceramas esquadrias metálicas (ferro, ferro fundido, alumínio) as de P.V.C.

7.1 - ESQUADRIAS DE MADEIRA (CARPINTARIA) 

A madeira é um material bastante utilizado para a confecção das esquadriascomo as portas, janelas venezianas, caixilhos etc.

7.1.1 - Portas

Compõem-se de batente, que é a peça fixada na alvenaria, onde serácolocada a folha por meio de dobradiças. A folha é a parte móvel que veda o vãodeixado pelo batente e por fim a guarnição, que é um acabamento colocado entre obatente e a alvenaria para esconder as falhas existentes entre eles (Figura 7.1).

Figura 7.1 - Componentes das portas de madeira. 

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a) - Batente:

Em geral é de peroba rosa, canafístula, canela, angelim (comercial), podendoser também da mesma madeira da folha (especial), tem espessura em torno de4,5cm e largura variando com o tipo de parede: se meio tijolo de 14,0 a 14,5cm, se

tijolo inteiro 26,0cm, chamado batente duplo. O batente é composto de doismontantes e uma travessa (Figura 7.4), que já devem vir montados para a obra.Caso venha desmontado a sua montagem deve ser executada por profissionalcompetente (carpinteiro).

Os batentes são assentados nos vãos deixados nas alvenarias. Estes vãosdependem do vão de luz ou vão livre da esquadria (Figura 7.2) + a espessura dobatente e + uma folga de acordo com o sistema de fixação.

Chamamos de vão livre ou vão de luz de um batente, a menor largura nosentido horizontal e menor altura no sentido vertical (Figura 7.2). Esta é à medidaque aparece nos projetos.

Figura 7.2 - Vão livre ou vão de luz  

Os batentes devem ficar no prumo e em nível. Para que isso ocorra, podemos

proceder da seguinte maneira (Figura 7.3):

Figura 7.3 - Detalhes da fixação dos batentes das portas  

1 - Devemos marcar inicialmente o nível do piso acabado próximo aosmontantes.2 - Para facilitar o assentamento, elevamos este nível em 1,0m.

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3 - Estica-se uma linha no referido nível.4 - Marca-se nos montantes, com lápis a medida de 1,09 ou 1,08m da

travessa para o "pé" do batente.5 - No assentamento do batente, igualar a marca de lápis com a linha,

ficando o vão da travessa até o piso acabado em 2,09 ou 2,08m, e,

portanto de 1 a 2 cm embutido no piso, para dar melhor acabamento.(assim se garante o nível).6 - Aprumar os dois montantes.7 - Depois de aprumado e nivelado, coloca-se cunhas de madeira para o

travamento do batente e posterior fixação.

Os batentes são fixos nos vãos da alvenaria através de pregos, parafusos,espuma de poliuretano ou sobre contramarco.

Na fixação com pregos se utiliza o prego 22 x 42 ou o 22 x 48 colocados de

0,5 em 0,5m no mínimo de dois em dois para possibilitar que toda a largura dobatente seja fixada. O chumbamento é realizado com uma argamassa de cimento eareia no traço 1:3 em aberturas previamente realizadas nas alvenarias e umedecidas(Figura 7.4).

Figura 7.4 - Detalhes da fixação dos batentes por pregos  

Na fixação por parafusos , a alvenaria deve estar requadrada (no caso dealvenaria de vedação convencional), ou seja, sem folga entre a alvenaria e obatente. Geralmente a fixação por parafusos é utilizado em alvenarias estruturais oumesmo para fixar batentes em estruturas de concreto armado. Nestes casos oprumo e as dimensões são mais precisos (não se tem a necessidade do requadro) etambém não é aconselhável a quebra da alvenaria ou do concreto para a fixaçãodos batentes (Figura 7.5).

Utilizam-se parafusos com bucha dois a dois e de 50 em 50 cm ou em “zig ezag” espaçados em torno de 20 cm, (este procedimento é feito para evitar oempenamento dos montantes).

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Para vedar os parafusos podemos utilizar cavilhas de madeira ou massa paracalafetar (Figura 7.5).

Figura 7.5 - Detalhes da fixação dos batentes por parafusos  

Na fixação dos batentes com espuma de poliuretano expansiva , requadrarprimeiramente o vão da esquadria deixando uma folga aproximadamente de 1,0cmpara possibilitar a colocação da espuma. A espuma poderá ser colocada em faixasde aproximadamente 30 cm, em 6 pontos sucessivamente, em torno de todo obatente com o auxílio de um aplicador (pistola). Não alisar a espuma. Deixar secarpor uma hora, depois pode cortar para dar o acabamento final (Figura 7.6).

Figura 7.6 - Detalhes da fixação dos batentes por espuma de poliuretano  

A fixação por contramarco , em geral, é constituída pela utilização de travessae montante de pequena espessura, fixado à alvenaria através de pregos ouparafusos. E os batentes por parafusos no contramarco.

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Este sistema é o ideal, pois os batentes somente serão colocados no final daobra, protegendo-os, portanto, das avarias geralmente sofridas durante a execuçãodos serviços. (revestimentos, choques, abrasões, etc.

b) - Folha:

É a peça que será colocada no batente por intermédio de, no mínimo, trêsdobradiças de 3"x 3 1/2" para as folhas compensadas e quatro dobradiças para asfolhas maciças recebendo posteriormente a fechadura.

Podem ser lisas, com almofadas, envidraçadas etc.A folha externa deverá ser mais reforçada e de melhor acabamento,

geralmente maciça.Alguns cuidados devemos ter na escolha das folhas compensadas como:

- Se ela vai ser pintada ou envernizada (a folha para verniz é de melhoracabamento);

- O núcleo das folhas compensadas deve ser constituído por sarrafos oucolméias que formem poucos vazios;

- Os montantes das folhas devem ter largura suficiente para proporcionar afixação das dobradiças e fechaduras;

- As travessas das folhas devem ter largura suficiente para poder cortar semaparecer o núcleo;

- As folhas compensadas devem ser "encabeçadas" (acabamento dosmontantes maciços) evitando assim a vista do topo da chapacompensada.

OBS. Para se verificar se a folha foi bem colocada, ela deverá parar em qualquer posição que você deixá-la.

c) - Guarnição:

Na união do batente com a parede, o acabamento nunca é perfeito. Devemosutilizar a guarnição para dar arremate e esconder esse defeito (Figura 7.7). Aguarnição é pregada com pregos sem cabeça 12x12.

Cuidado maior devemos ter nos ambientes providos de azulejos ourevestimentos cerâmicos. Muitas vezes, (para que a guarnição fique assentadacorretamente) devemos realizar um rebaixo na mesma evitando assim que ela fiquedesalinhada com o revestimento e o batente.

Figura 7.7 - Detalhe da fixação das guarnições  

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c) - Ferragens:

Além das dobradiças, temos as fechaduras que podem ser (Figura 7.8):

- tipo gorge (porta interna)

- de cilindro (porta externa)- de w.c.- p/ portas de correr

Figura 7.8 - Tipos de fechaduras para as portas  

As fechaduras devem ser colocadas sem danificar as folhas, com bomacabamento e sem deixar folgas quando as folhas estiverem fechadas.

7.1.2 - Porta BalcãoSão portas que comunicam dormitórios com o terraço ou sacada, mais

modernamente em qualquer ambiente. Podem ser consideradas como um misto deporta e janela. Porta, porque permite comunicação entre dois ambientes e janela,porque permite a iluminação e a ventilação.

Compõem-se internamente por folhas de abrir ou de correr, envidraçada(caixilho) e externamente de venezianas (Figura 7.9). Podendo ser de duas ouquatro folhas.

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Figura 7.9 - Porta balcão  

7.1.3 - Janelas

As janelas sempre devem comunicar o meio interno com o externo, excetonas varandas. O modelo da esquadria deve ser adequado ao clima da região e os

materiais que as compõe deverão ser de pouca absorção de calor.As janelas, mesmo tendo aberturas para passagem do ar, devem sercompletamente estanques à passagem da água. Portando, deverão ser previstosdispositivos que garantam a estanqueidade à água entre os perfis e partes fixas oumóveis, drenos nos perfis que compõe a travessa inferior, de forma a permitir que aágua escoe e seja lançada para o exterior.

Nas janelas, caso haja necessidade, poderão ser projetadas de forma apromover isolamento sonoro do ruído externo, utilizando vidros duplos.

Uma vez instalada, as janelas estarão sujeitas às condições ambientais,portanto os materiais que as constituem deverão ser cuidadosamente escolhidosvisando à manutenção.

Os componentes mecânicos as folhas móveis bem como os dispositivos

devem ser operados com o mínimo de esforço.

As janelas de madeira podem ser compostas por batentes, apenas decaixilhos (ambientes sociais), ou ainda janelas com caixilhos e venezianas(ambientes íntimos), e as guarnições.

a) - Batentes:

Geralmente de peroba rosa, canafístula, canela, angelim, com dois montantese duas travessas uma superior e outra inferior (Figura 7.10); são fixos às alvenarias

da mesma forma dos batentes das portas.

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Figura 7.10 - Batentes das janelas  

b) - Caixilhos:

Podem ser de abrir, de correr, basculantes, pivotante ou guilhotina.

Os caixilhos de abrir, geralmente em nº de dois, utilizam duas dobradiças porfolha (3"x3"), cremona e vara.

Os de correr podem ser em nº de quatro, que nesses casos são dois de correre dois fixos. Utilizam trilhos metálicos, dois roletes por folha móvel e trincos oufechaduras.

Os caixilhos guilhotina são em nº. de dois, inferior e superior. Na posiçãonormal, o inferior é o caixilho interno e o superior externo.Utilizam dois levantadores e duas borboletas para fixá-las na posição superior,quando desejamos abri-la.

Os caixilhos basculantes já vêm montados de fábrica, não cabendo nestaapostila maior detalhe.

c) - Venezianas:

Permite a ventilação mesmo quando fechada. Cada folha de veneziana écomposta de dois montantes e duas travessas: superior e inferior, e as palhetas quepreenchem o quadro.

As venezianas podem ter duas folhas (mais comum), quatro folhas ou mais,serem de abrir ou correr.

Devemos tomar cuidados quando colocamos as janelas em paredes de umtijolo, para que as venezianas possam abrir totalmente (Figura 7.11). Para issodevemos utilizar janelas de batentes duplos ou ainda batente simples, mas comvenezianas de quatro folhas, ou venezianas de duas folhas, mas com dobradiçasespeciais chamadas palmela.

As venezianas e os caixilhos de abrir são fixas por dobradiças (3"x3").Quando fechadas, são trancadas por cremona, e quando abertas, fixas às paredespor carrancas (Figuras 7.13 e 7.14). Ou através de roldanas ou roletes nos caixilhosou nas venezianas de correr (Figura 7.12 e 7.15).

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Figura 7.11 - Detalhes da fixação das janelas em alvenaria de um tijolo  

d - Guarnições:

Têm as mesmas funções e detalhes de fixação das colocadas nas portas.

7.1.4 - Tipos de janelas de madeira.

a)- Janelas compostas apenas de caixilhos:

Geralmente de correr (Figura 7.12) ou de abrir (Figuras 7.13), utilizadas nassalas, escritórios, ou seja, nas áreas sociais, e basculantes nos WCs, áreas deserviço etc.

Figura 7.12 - Caixilho de correr  

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Figura 7.13 - Caixilho de abrir  

b) - Janelas venezianas e caixilhos:

Podem ser compostas de: venezianas de abrir com caixilhos guilhotina(Figura 7.14), veneziana de correr com caixilhos de correr (Figura 7.15) ouveneziana de abrir com caixilho de abrir (Figura 7.16).

Figura 7.14 - Venezianas de abrir com caixilhos guilhotina  

Figura 7.15 - Venezianas de correr com caixilhos de correr  

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Figura 7.16 - Venezianas de abrir com caixilhos de abrir  

c) - Janela tipo Ideal:

Compõem-se normalmente de duas partes: vidraça e veneziana, cada umadelas em dois painéis que são movimentados simultaneamente, sendo queenquanto o painel superior sobe, o inferior desce.

Este movimento existe tanto para a parte das vidraças como para a parte dasvenezianas.

As dimensões padronizadas são:altura livre: 1,20m (pode-se conseguir = 1,00m - 1,10m - 1,30m - 1,40m).largura livre: 1,00m - 1,30m - 1,60m - 1,90m (cada corpo).

Figura 7.17 - Janela tipo Ideal  

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d) - Janela de enrolar

Figura 7.18 - Janela de enrolar  

7.2 - ESQUADRIAS DE METAL (SERRALHERIA) 

Podem ser de ferro, utilizando peças perfiladas U, T, I, L, quadrados ouredondos, chatos, em chapa etc. Para a junção das diversas peças, são utilizados,rebites ou soldas, e para sua fixação na alvenaria, utilizam-se grapas, chumbadascom argamassa de cimento e areia no traço 1:3 (Figura 7.17), A principal vantagemdas esquadrias de ferro é o custo baixo. Depois, a possibilidade de o ferro serfacilmente moldado. A principal desvantagem é a rápida oxidação.

Podem ser também de alumínio. O alumínio se for anodizado, apresentamuitas vantagens sobre o ferro, maior durabilidade, não oxida, não perde o brilho,não sofre alteração na estrutura e não necessita de pintura. A desvantagem está nocusto e no cuidado com a manipulação das esquadrias anodizadas na obra. Nãopodem ter contato com o reboco, com resíduos aquosos (infiltração de laje), comácido muriático e fluorídrico (na limpeza de final de obra). O contato dessesmateriais com as esquadrias causa danos irreversíveis, portanto devem serprotegidas.

Descrevemos neste item as esquadrias de ferro.

7.2.1 - Janelas: 

Podem ser:-

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a) - Fixas:

São aquelas que só permitem a entrada de luz (Figura 7.19). Só se justifica oseu emprego quando a ventilação for obtida por outra janela.

Figura 7.19 - Fixação dos caixilhos de ferro na alvenaria e dos vidros nos caixilhos  

b) - Basculantes:

Permitem a entrada de luz e ventilação. A báscula é um painel de caixilho quegira em torno de um eixo horizontal. O conjunto de báscula, do mesmo caixilho, podeser acionado por uma única alavanca (Figura 7.20).

Figura 7.20 - Detalhe do caixilho tipo basculante  

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Geralmente o caixilho basculante é composto de uma parte fixa e outromóvel. O comprimento das básculas não deve ser superior a 1 metro, sob pena delase enfraquecer. Caso se deseje maior, devemos compor as básculas.

Os caixilhos basculantes são compostos por:

- Ferro L de contorno externo;- Ferro T de contorno de parte fixa;- Ferro L das básculas;- Matajuntas em ferro L com pingadeira;- Vareta de alavanca;- Orelha de alavanca.

c) - Maxim-air (Máximo-ar) e de empurrar:

São as mais utilizadas nos dias de hoje. Permite-nos uma maior área deventilação e seus quadros são de grande tamanho, 0,50x0,50m; 0,60x0,60m;

0,70x0,70m etc.Podem ser colocadas no caixilho fixo, grades de segurança, simplesou em arabesco, ficando no caixilho móvel, a colocação do vidro, sendo suaabertura para o exterior (figura 7.21).

Figura 7.21 - Caixilho máximo ar  

d) - Janelas Venezianas:

As janelas do tipo veneziana, ganharam grande mercado atualmente, peloseu baixo custo em relação a de madeira, fácil colocação e por serem fabricadas emdiversas dimensões.

São compostas de duas venezianas de correr e duas venezianas fixas para olado externo e internamente, dois caixilhos de correr e dois fixos, onde se colocamos vidros (Figura 7.22).

São fabricadas em chapas de ferro e perfis ou mesmo em alumínio.

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Figura 7.22 - Janela veneziana  

e) - de abrir:

São compostas de folhas, cuja abertura se dá em torno de dobradiças,funcionando como uma porta. São construídos de um quadro em ferro L munido degrapas e de folhas de abrir também em ferro L. O fechamento se dará mediante aaplicação de cremona.

f) - de correr:

São compostas de folhas , que deslizam lateralmente apoiadas sobre trilhose que receberão os vidros. Podem também ser compostas com venezianas dechapa, e bandeiras (basculantes ou não) (Figura 7.23).

Figura 7.23 - Caixilho de correr  

g) - Persianas de projeção:

São fabricadas por indústrias especializadas em alumínio ou aço zincado.(Figura 7.24)

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Figura 7.24 - Venezianas de projeção  

7.2.2 - Portas: São utilizadas basicamente para portas externas.

a) - de abrir: 

Podem ser de uma ou mais folhas. Cada folha deverá ter a largura mínima de0,60m e máxima 1,10m, para evitar peso excessivo nas dobradiças. Acima de 1,10mdevemos usar duas folhas. Cada folha compõe-se de almofada e grade na parteexterna e postigo na parte interna. O postigo apenas ocupa a área da grade.

A almofada é geralmente feita em chapa nº16. A grade poderá ter desenhovariado, e os postigos são de abrir e desempenham o papel de permitir a ventilaçãodo vão, mesmo com a porta fechada. No quadro do postigo é que se colocam osvidros.

b) - de correr: 

Assemelha-se ao caixilho de correr, as folhas deslizam suspensas porroldanas na parte superior e orientadas por um guia no piso.

7.3 – ESQUADRIAS DE PVC

As esquadrias de PVC cada vez mais vêm conquistando uma parcela domercado da construção civil. A principal vantagem das esquadrias de PVC é agrande resistência mecânica garantida pela alma de aço e pelos seus acessórioscomo roldanas, cremonas, maçanetas etc.

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7.4 - REPRESENTAÇÃO DE PORTAS E JANELAS (GRÁFICAS)

7.4.1 – Portas

Figura 7.25 - Representação das portas em planta e vista  

7.4.2 – Janelas

Figura 7.26 - Representação dos caixilhos basculante e máximo ar  

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Figura 7.27 - Representação dos caixilhos de empurrar e guilhotina  

Figura 7.28 - Representação dos caixilhos de correr e de abrir  

Figura 7.29 - Representação dos caixilhos pivotante  

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Figura 7.30 - Representação dos caixilhos tipo Ideal  

OBS.:As esquadrias de alumínio e de PVC não serão descritas nesta apostila, devido ao fato de serem industrializadas e portanto, cada indústria detém um sistema, de perfis, fixação, acessórios, etc...

Havendo necessidade de utilizar as esquadrias de alumínio ou PVC,solicitar ao fabricante desejado, os manuais técnicos, catálogos ou ainda a visita de um técnico especializado, para dirimir possíveis dúvidas.

7.5 – ALGUMAS DIMENSÕES (COMERCIAIS) 

7.5.1 - Portas:

Tabela 7.1 - Dimensões das portas  0,60 x 2,10 0,90 x 2,100,70 x 2,10 1,00 x 2,100,80 x 2,10 1,20 x 2,10 em madeira ou metal.

7.5.2 - Janelas:

Tabela 7.2 - Dimensões das janelas a) Venezianas b) Basculante

1,20 x 1,00 0,40 x 0,40 1,00 x 0,70 2,00 x 1,001,40 x 1,00 0,60 x 0,40 0,60 x 0,80 0,60 x 1,201,60 x 1,00 0,50 x 0,50 0,80 x 0,80 0,80 x 1,201,80 x 1,00 0,60 x 0,50 1,00 x 0,80 1,00 x 1,202,00 x 1,00 0,70 x 0,50 1,20 x 0,80 1,20 x 1,201,20 x 1,20 0,60 x 0,60 1,50 x 0,80 1,50 x 1,201,40 x 1,20 0,70 x 0,60 2,00 x 0,80 2,00 x 1,201,60 x 1,20 0,80 x 0,60 0,50 x 1,00 1,00 x 1,501,80 x 1,20 1,00 x 0,60 0,80 x 1,002,00 x 1,20 1,20 x 0,60 1,00 x 1,002,20 x 1,20 1,50 x 0,60 1,20 x 1,002,40 x 1,20 2,00 x 0,60 1,50 x 1,00

c) Vitrô de Correr c) Vitrô de Corrercom bandeira basculante) (com bandeira fixa)

1,00 x 1,00 1,00 x 1,001,20 x 1,00 1,20 x 1,001,50 x 1,00 1,50 x 1,001,20 x 1,20 2,00 x 1,201,50 x 1,20 e) Vitrô redondo 1,20 x 1,201,80 x 1,20 ∅ 60 1,50 x 1,202,00 x 1,20 ∅ 80 2,00 x 1,20

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7.6 - COMO ESCOLHER UMA ESQUADRIA:

Tabela 7.3 - Características dos diversos tipos de janelas Tipos Vantagens Desvantagens

CORRER1) Simplicidade de manobra. 2) Ventilaçãoregulada conforme abertura das folhas. 3) Nãoacupa áreas internas ou externas (possibilidadede grades e ou telas no vão total).

1) Vão para ventilação quando abertatotalmente é 50% do vão da janela.2) Dificuldade de limpeza na face externa.3) Vedações necessárias nas juntas abertas.

GUILHOTINA

1) As mesmas vantagens da janela tipo de corrercaso as folhas tenham sistema de contrapeso ousejam balanceadas, caso contrário as folhasdevem ser retentores no percurso das guias nosmontantes do marco

1) Caso as janelas tenham sistemas decontrapeso ou de balanceamento, a quebra doscabos ou a regulagem do balanceamentoconstitui problemas.2) As desvantagens já citadas das janelas decorrer.

PROJETANTE

1) Não ocupa espaço interno2) Possibilita ventilação nas áreas inferiores doambiente, mesmo com chuva sem vento.3) Boa estanqueidade, pois a pressão do ventosobre a folha ajuda esta condição.

1) Dificuldade de limpeza na face externa.2) Não permite o uso de grades e/ou telas naparte externa.3) Libera parcialmente o vão.

PROJETANTEDESLIZANTE

1) Todas as vantagens da janela do tipoprojetante.

2) Possibilidade de abertura até 90° (horizontal)devido aos braços de articulação apropriados.3) A abertura na parte superior facilita a limpeza emelhora a ventilação.

1) Todas as desvantagens da janela tipo

projetante quando não utiliza braço dearticulação de abertura até 90°.

TOMBAR1) Ventilação boa principalmente na partesuperior, mesmo com chuva sem vento. 2)Facilidade de comando a distância.  

1) Não libera o vão.2) Dificuldade de limpeza na parte externa.

ABRIRfolha duplaABRIR folhasimples

1) Boa estanqueidade ao ar e à água.2) Libera completamente o vão na aberturamáxima.3) Fácil limpeza na face externa.4) Permite telas e/ou grades e/ou persianasquando as folhas abrem para dentro.

1) Ocupa espaço caso as folhas abram paradentro.2) Não é possível regular a ventilação3) As folhas se fixam apenas na posição demáxima abertura ou no fechamento total.4) Dificultam a colocação de tela e/ou gradee/ou persianas se as folhas abrirem para fora .5) Impossibilidade de abertura para ventilaçãocom chuva oblíqua.

PIVOTANTEHORIZONTAL(REVERSÍVEL)

(1)

1) Facilidade de limpeza na face externa.2) Ocupa pouco espaço na área de utilização.3) Quando utiliza pivôs com ajuste de freio,permite abertura a qualquer ângulo paraventilação, mesmo com chuva sem vento, tantona parte superior com na parte inferior.4) Possibilita a movimentação de ar em todos osambiente,

1) No caso de grandes vão necessita-se de usode fechos perimétricos.2) Dificulta a utilização de telas e/ou grades e/oupersianas.

PIVOTANTEVERTICAL (*)

1) Facilidade de limpeza na face externa.2) Abertura de grandes dimensões com um únicovidro.3) Abertura em qualquer ângulo quando utilizapivôs com ajuste de freio, o que permite o controleda ventilação.4) Possibilita a movimentação de ar em todo o

ambiente.

1) Dificuldade de utilização de telas e/ou gradese/ou persianas.2) Ocupa espaço interno caso o eixo seja nocentro da folha.

(*) O eixo pivotante pode ser localizado no meio do plano da folha ou mais próximo de uma de suasbordas.

BASCULANTE

1) Janela que permite ventilação constante, mesmo com chuvasem vento, na totalidade do vão, caso tenha panos fixos.2) Pequena projeção para ambos os lados não prejudicando asáreas próximas a ela.3) Fácil limpeza.

1) Não libera o vão para passagemtotal.2) Reduzida estanqueidade.

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ANOTAÇÕES

1 - Aprumar os dois montantes, nos dois lados.

2 - Na fixação das dobradiças os parafusos não devem ser martelados e simaparafusados, para criar a rosca na madeira.

3 - Nos batentes fixos por parafusos, tampar o furo dos parafusos com cavilhas demadeira.

4 – Quando a esquadria de madeira é recebida na obra não deve apresentar desviosdimensionais além dos limites tolerados e muito menos teor de umidade acima doespecificado.

5 – Após a entrega da esquadria de madeira e antes de sua colocação, devemosaplicar produtos de conservação da madeira para protegê-la do intemperismo.

6 – A qualidade de uma esquadria e seu funcionamento perfeito depende de umacolocação bem ajustada e da utilização cuidadosa das feramentas, evitandodanificar a madeira durante o ajuste.

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8 - REVESTIMENTO DAS PAREDES, TETOS, MUROS E PISOS

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Analisar o tipo de revestimento que mais se enquadra para uma determinada superfície;• Executar corretamente os diversos tipos de revestimentos;• Especificar corretamente o tempo de cura de cada revestimento;• Especificar a regularização adequada para um determinado piso;• Executar corretamente o assentamento dos pisos;• Executar corretamente os pisos de concreto armado

O revestimento é a fase da obra em que se faz a regularização dassuperfícies verticais (paredes) e horizontais (pisos e tetos). Portanto osrevestimentos são executados para proporcionar maior resistência ao choque ouabrasão (resistência mecânica), impermeabilizar, tornar as superfícies maishigiênicas (laváveis) ou ainda aumentar as qualidades de isolamento térmico eacústico.

Os revestimentos podem ser divididos em: argamassados e os nãoargamassados o que consiste em revestir as paredes, tetos e muros comargamassa convencional, com gesso, cerâmicas, pedras decorativas, texturas entreoutros.

Quando se pretende revestir uma superfície, ela deve estar sempre isenta depoeira, substâncias gordurosas, eflorescências ou outros materiais soltos, todos osdutos e redes de água, esgoto e gás deverão ser ensaiados sob pressãorecomendada para cada caso antes do início dos serviços de revestimento. Precisaapresentar-se suficientemente áspera a fim de que se consiga a adequadaaderência da argamassa de revestimento. Portanto devemos preparar o substrato.

8.1 – PREPARO DOS SUBSTRATOS 

8.1.1 Na vertical

A preparação do substrato (base) consiste em adequar a alvenaria para orecebimento da argamassa. Essa adequação esta relacionada com a limpeza daestrutura e da alvenaria, eliminação das irregularidades superiores, remoção dasincrustações, pontas metálicas e preenchimento de furos bem como aumentar arugosidade para garantir boa aderência.

A limpeza da base deve ser feita com uma escova de aço, lavagem ou jateamento de areia, essa limpeza visa eliminar elementos que podem prejudicar aaderência da argamassa, como: pó, barro, fuligem, graxas, óleos desmoldantes nasestruturas e fungos.

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A eliminação das irregularidades superiores como rebarba de concretagem eexcesso de argamassa nas juntas, além da remoção de incrustações metálicas e dearames devem ser realizados. Deve-se também corrigir imperfeições da basepreenchendo furos e elementos de alvenaria quebrados.

E no caso de superfícies lisas, pouco absorventes ou com absorção

heterogênea de água, aplica-se o chapisco.

O chapisco deve ser executado usando materiais e técnicas apropriadas paramelhorar as condições de aderência da camada do revestimento à base ousubstrato, criando uma superfície de rugosidade adequada e regularizando acapacidade de absorção inicial da base (FRANCO & CANDIA, 1998b).

É um revestimento rústico empregado nos paramentos lisos de alvenaria,pedra ou concreto; a fim de facilitar o revestimento posterior, dando maior pega,devido a sua superfície porosa. Pode ser acrescido de adesivo para argamassa.

O chapisco é uma argamassa de cimento e areia média ou grossa sempeneirar no traço 1:3.

Consumo de materiais porm² :

cimento = 2,25 kg

areia = 0,0053m³

Deve ser lançado sobre o paramento previamente umedecido em uma únicacamada de argamassa pelo sistema convencional, desempenado ou rolado. AFigura 8.1 ilustra as diversas maneiras de se aplicar o chapisco.

Na alvenaria aplica-se o chapisco bem distribuído e fechado (convencional)aplicado com colher de pedreiro ou mecânicamente, no mínimo 03 dias antes daaplicação do emboço (Figura 8.1a).

Na estrutura de concreto armado aplica-se o chapisco para concreto comdesempenadeira dentada devendo o mesmo ser acrescido de adesivo paraargamassa (Figura 8.1b).

O chapisco rolado pode ser aplicado tanto na estrutura como na alvenariautilizando, um rolo de espuma (Figura 8.1c) (CEOTTO et al, 2005).

(a) Convencional (b) Desempenado (c) Rolado

Figura 8.1 – Diversas formas de aplicação do chapisco (CEOTTO, 2005) 

Os tetos, independentemente das características de seus materiais, e asestruturas de concreto devem ser previamente preparados mediante a aplicação de

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chapisco. Este chapisco deverá ser acrescido de adesivo para argamassa a fim degarantir a sua aderência

Portanto a camada de chapisco deve ser uniforme, com pequena espessura eacabamento áspero.

A cura do chapisco se dá após 3 dias após a sua aplicação, podendo assim

executar o emboço.

8.1.2 Na horizontal

Todas as vezes que vamos aplicar qualquer tipo de piso, não podemos fazê-lo diretamente sobre o solo ou sobre as lajes ( exceto as lajes de nível zero).Devemos executar uma camada de preparação em concreto magro, que chamamosde contrapiso, base ou lastro ., ou uma argamassa de regularização,respectivamente.

a) - Lastro

Os lastros mais comuns são executados com concreto não estrutural no traço1:4:8, 1:3:5 ou 1:3:6.

Para aplicarmos o concreto devemos preparar o terreno, nivelando eapiloado, ficando claro que o apiloamento não tem a finalidade de aumentar aresistência do solo mais sim uniformizá-lo.

Quando se tem um aterro e este for maior que 1,00m, devemos executá-locom cuidados especiais, em camadas de 20 cm apiloadas. Quando não se puderconfiar num aterro recente, convém armar o concreto e nesses casos o concreto émais resistente (concreto estrutural), podendo usar o traço 1:2, 5:4.

A espessura mínima do contrapiso deverá ser de 5 cm; podendo atingir até ± 

8 cm, pois o terreno nunca estará completamente plano e em nível. Em residências,nos locais de passagem de veículos o lastro deverá ser no mínimo 7,0 cm, podendochegar até a ±10,0 cm.

Para termos uma superfície acabada de concreto plana e nivelada devemosproceder da seguinte forma (Figura 8.2):

1º-determinamos o nível do piso acabado em vários pontos do ambiente,que se faz utilizando o nível de mangueira.

2º-descontar a espessura do piso e da argamassa de assentamento ouregularização, cimento cola ou cola.

3º-colocar tacos cujo nivelamento é obtido com o auxílio de linha.

4º-entre os tacos fazemos as guias em concreto.5º-entre duas guias consecutivas será preenchido com concreto epassando a régua, apoiadas nas guias se retira o excesso de concreto.

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Figura 8.2 - Procedimento para nivelar sub-base do lastro  

Obs: Para o piso com grande caída o procedimento é o mesmo, apenas devemos variar as alturas das taliscas, promovendo assim as caídas. Para o piso com pouca caída é aconselhável que a caída seja dada na argamassa de assentamento ou na de regularização.

Devemos ter cuidado quanto à umidade no contrapiso, pois prejudica todo equalquer tipo de piso, seja ele natural, cerâmico ou sintético.

Caso haja umidade, deverá ser feito um tratamento impermeável para que opiso não sofra danos na fixação (desprendimento do piso), no acabamento(aparecimento de manchas) e na estrutura do piso (empenamento, etc.).

Esse tratamento consiste em colocar aditivo impermeabilizante no concretodo contrapiso ou na argamassa de assentamento ou ainda a colocação de lonaplástica sob o contrapiso.

b) - Argamassa de Regularização

Nos pavimentos superiores (sobre as lajes), quando as mesmas não foremexecutadas com nível zero, devemos realizar uma argamassa de regularização, queem certos casos poderá ser a própria argamassa de assentamento.

Utilizamos a argamassa de regularização quando os pisos forem assentadoscom cola, cimento cola ou ainda quando a espessura da argamassa deassentamento exceder a 3,0cm.

E utilizamos argamassa de assentamento para regularizar, quando os pisosforem assentados pelo sistema convencional. Neste caso a espessura daargamassa de assentamento não deve exceder a 3,0cm, pois o piso é assentadocom a argamassa ainda fresca e a mesma perde volume comprometendo aplanicidade do piso.

Para cada tipo de piso existe um tipo mais indicado de traço de argamassa deregularização, como veremos na descrição de cada piso.

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8.2 – REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS TRADICIONAIS 

Os revestimentos argamassados são tecnologias construtivas que remontamseu uso desde a Idade Média. Nesta época as alvenarias eram utilizadas como

vedação e como estrutura, e eram construídas, na sua grande maioria, por tijoloscerâmicos assentados e revestidos com argamassa de cal e areia. A partir dainvenção do cimento Portland as argamassas sofreram uma evolução. Com aadição do cimento, conseguiram ter sua resistência aumentada e a aderência àsbases melhoradas, já nas primeiras idades.

Os revestimentos internos e externos devem ser constituídos por umacamada ou camadas superpostas, contínuas e uniformes. O consumo de cimentodeve, preferencialmente, ser decrescente, sendo maior na primeira camada, emcontato com a base. As superfícies precisam estar perfeitamente desempenadas,prumadas ou niveladas e com textura uniforme, bem como apresentar boaaderência entre as camadas e com a base. Os revestimentos externos devem, alémdisso, resistir à ação de variação de temperatura e umidade.

8.2.1 Na vertical

a) - Emboço

A argamassa utilizada para a regularização dos diversos substratos échamada de emboço ou massa única ou ainda emboço paulista.

Podem ser preparadas manualmente de acordo com a NBR 7200/98. Depreferência devem ser preparadas por processo mecanizado, principalmente paraas argamassas industrializadas.

Normalmente o emboço trabalha como base para o reboco, azulejo, massacorrida, gesso etc., devendo promover a boa ancoragem com eles e possuiruniformidade de absorção para que haja boa aderência entre as camadas.

Para garantir uma boa aderência entre os demais revestimentos oacabamento superficial do emboço pode ser executado do seguinte maneira:

• sarrafeado, ideal para receber o revestimento final (reboco), azulejo, pastilha,etc.

• sarrafeado e desempenado, ideal para receber gesso, massa corrida;• sarrafeado, desempenado e feltrado (uma mão de massa ou massa única )

para receber a pintura.

A areia empregada é a média ou grossa, de preferência a areia média.O revestimento é iniciado de cima para baixo, ou seja, do telhado para as

fundações. A superfície deve estar previamente molhada. A umidade não pode serexcessiva, pois a massa escorre pela parede. Por outro lado, se lançarmos aargamassa sobre a base, completamente seca, esta absorverá a água existente naargamassa e da mesma forma se desprenderá.

O emboço é uma argamassa mista de cimento, cal e areia nas proporçõesindicadas na Tabela 8.1, conforme a superfície a ser aplicada.

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Tabela 8.1 -Traço do emboço para as diversas bases  BASES MATERIAIS

Tipo Localização cimento 

calhidratada

Pasta(1)de cal

Areia(2)

OBS.

Superfícies externas 1,0 2,0 - 8,0 a 10,0 -

acima do nível do 1,0 3,0 - 11,0 a 12,0 -terreno 1,0 - 1,5 8,0 a 10,0 -1,0 - 2,5 11,0 a 12,0 -

ParedesSuperfícies externasem contato com osolo.

1,0 - - 3,0 a 4,0Recomenda-se aincorporação deaditivo impermeabi-lizante a argamassaou executar pinturaimpermeabilizante

Superfícies internas 1,0 2,0 - 8,0 a 10,0 -1,0 3,0 - 11,0 a 12,0 -1,0 2,0 1,5 8,0 a 10,0 -

Tetos 1,0 - 2,5 11,0 a 12,0(laje de - 1,0 - 2,0 a 3,5concreto - - 1,0 1,5 a 3,0maciçoou

1,0 - - 3,0 a 4,0

- no caso de exe-cução de acaba-mento tipo barralisa

lajemista)

Superfícies externas 1,0 2,0 - 9,0 a 10,0 -

e internas 1,0 3,0 - 11,0 a 12,0 -1,0 - 1,5 8,0 a 10,0 -1,0 - 2,5 11,0 a 12,0 -

(1) Pasta obtida a partir da extinção de cal virgem com água.(2) Areia com teor de umidade de 2% a 5%

Portanto, o emboço de superfície externa, acima do nível do terreno, deve serexecutado com argamassa de cimento e cal, na interna, com argamassa de cal, oupreferivelmente, mista de cimento e cal. Nas paredes externas, em contacto com osolo, o emboço é executado com argamassa de cimento e recomenda-se aincorporação de aditivos impermeabilizantes. No caso de tetos, com argamassasmistas de cimento e cal.

O emboço deve ter uma espessura média de 1,5cm, pois o seu excesso,além do consumo inútil, corre o risco de desprender, depois de seca. Infelizmenteesta espessura não é uniforme porque os tijolos têm diferenças de medidas,resultando um painel de alvenaria, principalmente o interno, com saliências ereentrâncias que aumentam essa espessura.

As irregularidades da alvenaria são mais freqüentes na face não aparelhadadas paredes de um tijolo.

Para conseguirmos uma uniformidade do emboço e tirar todos os defeitos daparede, devemos seguir com bastante rigor ao prumo e ao alinhamento. Para issodevemos fazer:

a.1) Assentamento da Taliscas (tacos ou calços)

As taliscas são pequenos tacos de madeira ou cerâmicos, que assentadoscom a própria argamassa do emboço nos fornecem o nível (Figuras 8.3 e 8.4).

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No caso de paredes, quando forem colocadas as taliscas, é preciso fixar umalinha na sua parte superior e ao longo de seu comprimento. A distância entre a linhae a superfície da parede deve ser na ordem de 1,5cm. As taliscas (calços demadeira de aproximadamente 1x5x12cm, ou cacos cerâmicos) devem serassentadas com argamassa mista de cimento e cal para emboço, com a superfície

superior faceando a linha (Figura 8.3).Sob esta linha, recomenda-se a colocação das taliscas intermediárias emdistâncias de 1,5m a 2m entre si, para poder utilizar réguas de até 2,0m decomprimento, favorecendo a sua aplicação.

Figura 8.3 - Assentamento das taliscas superiores nas paredes 

A partir da sua disposição na parte superior da parede, com o auxílio de fio deprumo, devem ser assentadas outras na parte inferior (a 30cm de piso) e asintermediárias (Figura 8.4).

É importante verificar o nível dos batentes, pois os mesmos podem regular aespessura do emboço. Devemos ter o cuidado para que os batentes não fiquem

salientes em relação aos revestimentos, e nem tampouco os revestimentos salientesem relação aos batentes e sim faceando.

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Figura 8.4 - Assentamento das taliscas inferiores nas paredes  

No caso dos tetos, é necessário que as taliscas sejam assentadasempregando-se régua e nível de bolha ao invés de fio de prumo. Ou através do nívelreferência do piso acabado, acrescentando uma medida que complete o pé direitodo ambiente (Figura 8.5).

Figura 8.5 - Detalhe da colocação das taliscas nos tetos utilizando o nível referencial .

nível do piso acabado   1 .   0

   0  m

   X    X

   1 .   0

   0  m

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a.2) Guias ou Mestras

São constituídas por faixas de argamassa, em toda a altura da parede (oulargura do teto) e são executadas na superfície ao longo de cada fila de taliscas jáumedecidas.

A argamassa mista, depois de lançada, deve ser comprimida com a colher depedreiro e, em seguida, sarrafeada, apoiando-se a régua nas taliscas superiores einferiores ou intermediárias (Figura 8.5).

Em seguida, as taliscas devem ser removidas e os vazios preenchidos comargamassa e a superfície regularizada.

O sarrafeamento do emboço pode ser efetuado com régua apoiada sobre asguias. A régua deve sempre ser movimentada da direita para a esquerda e vice-versa (Figura 8.6).

Figura 8.6 - Detalhe da execução das guias e do emboço  

Nos dias muito quentes, recomenda-se que os revestimentos, principalmenteaqueles diretamente expostos a radiação solar, seja mantidos úmidos durante pelo

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menos 48 horas após a aplicação. Pode ser efetuado, por aspersão de água trêsvezes ao dia.

O período de cura do emboço, antes da aplicação de qualquer revestimento,deve ser igual ou maior há sete dias.

b) - Reboco 

Atualmente pouco utilizado o reboco é iniciado somente após a colocação depeitoris, tubulações de elétrica etc. e antes da colocação das guarnições e rodapés.

A superfície a ser revestida com reboco deve estar adequadamente áspera,absorvente, limpa e também umedecida.

O reboco é aplicado sobre a base, com desempenadeira de madeira e deveráter uma espessura de 2 mm até 5 mm. Em paredes, a aplicação deve ser efetuadade baixo para cima, a superfície deve ser regularizada e o desempenamento feitocom a superfície ligeiramente umedecida através de aspersão de água com brochae com movimentos circulares. O acabamento final é efetuado utilizando uma

desempenadeira com espuma (Figura 8.7).É extremamente importante, antes de aplicar o reboco, que o mesmo seja

preparado com antecedência dando tempo para a massa descansar. Esseprocedimento é chamado de "curtir" a massa e tem a finalidade de garantir que a calfique totalmente hidratada, não oferecendo assim danos ao revestimento.

Figura 8.7 - Detalhe da aplicação do reboco 

O reboco é constituído, mais comumente, de argamassa de cal e areia notraço 1:2, ou como apresentado na Tabela 8.2:

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Tabela 8.2 - Traços do reboco  BASES MATERIAIS

Tipo Localização cimento calhidratada

Pasta(1)de cal

Areia(2)  

OBS.  

Superfícies externas - 1,0 - 2,0 a 3,5 -

acima do nível do - - 1,0 1,5 a 3,0 -terrenoParedes Superfícies externas

em contato com osolo.  

1,0 - - 3,0 a 4,0 recomenda-se aincorporação deaditivo impermeabi-lizante a argamassaou executar pinturaimpermeabilizante

Superfícies internas - 1,0 - 2,0 a 3,5 -inclusive paredes debanheiros, cozinhas, - - 1,0 1,5 a 3,0 -lavanderias e ixeiras,acima de 1,60m dealtura.

Superfícies internas 1,0 - - 3,0 a 4,0 no caso de pintura dade paredes de banhei superfície revestidaros, cozinhas, lavan- com tinta à base dederias e lixeiras, até1,60m de altura

resina epóxi, borrachaclorada, etc...

Tetos Superfícies externas - 1,0 - 2,0 a 3,5 -e internas - - 1,0 1,5 a 3,0 -

(1) Pasta obtida a partir da extinção de cal virgem com água(2) Areia com teor de umidade de 2% a 5%.

Podemos utilizar argamassas pré-fabricadas, para reboco, que precisam serfornecidas perfeitamente homogeneizadas, a granel ou em sacos. Cada saco deve

trazer bem visíveis, as indicações de peso líquido, traço, natureza do produto e amarca do seu fabricante.

Outros materiais aglomerantes e agregados podem ser empregados, como asmassa finas acondicionada em sacos de aproximadamente15kg, que sãomisturados na obra com a cal desde que satisfaçam à especificações necessáriasde uso.

Em condições normais é um pouco mais dispendioso do que a argamassapreparada na obra, mas quando não se tem espaço suficiente para peneirar, secar e"curtir", a massa é vantajosa.

c) – Chapisco para acabamento 

O chapisco pode ser aplicado como revestimento rústico, para acabamentoexterno, podendo ser executado com vassoura ou peneira para salpicar a superfície.Neste caso, é aplicado sobre o emboço podendo ser aplicado mais de uma camada,de modo a cobrir o substrato.As peneiras utilizadas na construção civil são as mesmas da agricultura e sãodenominadas peneiras de fubá, arroz, feijão, café etc. Para um acabamento maisfino se utiliza a peneira de arroz, para um acabamento mais rústico a de feijão. Afunção da peneira na aplicação do chapisco é para uniformizar a textura do

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chapisco, pois somente vão passar pela malha da peneira as dimensões dos grãosinferiores ao da malha, os maiores são separados.

8.2.2 Na horizontal

a) - Cimentados

O piso cimentado é executado com argamassa de cimento e areia no traço1:3, com espessura entre 2,0 a 2,5cm e nunca inferior a 1,0cm.

Podemos utilizar o cimento Portland comum ou o cimento Portland branco eainda acrescentar no cimento branco corantes.

* Se desejamos um acabamento liso devemos polvilhar cimento em pó ealisar com a colher de pedreiro ou desempenadeira de aço (massaqueimada).

* Se desejamos um acabamento áspero, usamos apenas adesempenadeira de madeira, ou texturado (vassoura, roletes etc...)

Quando o cimentado for aplicado em superfícies muito extensas, devemosdividi-las em painéis de 2,0x2,0m, com juntas de dilatação (junta seca) que podemser executadas durante a aplicação ou depois da cura (junta serrada).

A cura será efetuada pela conservação da superfície levemente molhada,coberta com sacos de estopa ou mantas, durante no mínimo 7 dias.

Obs.: A utilização de mantas é muito utilizada nos dias de hoje, mas devemos ter o cuidado de mante-las sempre molhadas, para evitar que as mesmas absorvam a água do piso fazendo o efeito contrário.

b) - Granilite

Granilite ou marmorite, é um piso rígido polido, com juntas plásticas dedilatação, moldado in loco, ele é constituído de cimento e mármore, granito ouquartzo triturado. A cor varia de acordo com a granilha e o corante que sãocolocados na sua composição ( se for utilizado cimento branco).

b.1) - Regularização de base para granilite

É feita com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, não devendo seralisada com a colher de pedreiro mais sim desempenada, para ficar com umasuperfície áspera onde o granilite irá aderir com maior intensidade.

b.2) - Pasta de granilite

É constituída de uma argamassa composta de pequena carga de pedra(granito, mármores ou quartzo, cimento e corantes. O cimento poderá ser comum oubranco, a espessura é de 12 a 15 mm.

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Assim como o cimentado, o granilite também precisa da ajuda das juntas dedilatação para não sofrer retração. Portanto a sua aplicação deve ser precedida dacolocação das juntas de dilatação constituídas por tiras de plástico fixadas nocontrapiso com nata de cimento.

A argamassa de granilite é aplicada no contrapiso com colher de pedreiro e

regularizada com régua de alumínio.

b.3) – Polimento

Após dois dias da colocação do granilite, a argamassa já está apta parareceber o primeiro polimento. O polimento é executado com máquina com empregode água e abrasivos de granulação 40, 80 e 160 progressivamente. Após o primeiropolimento, as superfícies serão estucadas com mistura de cimento comum oubranco e corante (para tirar pequenas falhas). O polimento final será a máquina comemprego de água e abrasivos nº 220. Os rodapés, peitoris etc. são polidos a secocom máquina elétrica portátil.

As juntas de dilatação devem formar quadros de no máximo 1,50 x 1,50m.

8.3 – REVESTIMENTOS NÃO ARGAMASSADOS 

São os revestimentos, constituídos por outros elementos naturais ou artificiais(gesso, cerâmicas, pedras, madeiras, pastilhas, piso vinílico, piso de borracha etc.),assentados sobre emboço ou base regularizada (para pisos) através de argamassacolante, cola, argamassa de assentamento ou outras estruturas de fixação. Sãoutilizados nos revestimentos de paredes e pisos.

8.3.1 – GESSO

O gesso é um dos materiais mais consumidos no mundo. Extraído de minassubterrâneas e de minas ao céu aberto, como é o caso brasileiro, o gesso já serviucomo massa de assentamento nas pirâmides egípcias bem como os gregos e osromanos o utilizaram para decoração. Hoje, os processos industriais nos permitemter acesso a uma grande gama de produtos de gesso. Suas propriedades deisolamento térmico e acústico além das riquezas das formas que pode se criar como pó de gesso o tornaram essencial para arquitetos e engenheiros. O gesso em pó éempregado em grande quantidade na construção, misturando com água proporciona

um revestimento eficaz, estético e bom acabamento para paredes interna e tetos(SINDUSGESSO, 2006).A crescente utilização de revestimentos de gesso nas edificações contribuiu

para uma boa alternativa e muitas vezes econômica.O revestimento de gesso pode ser aplicado em diversas bases, mas deve-se

garantir a aderência e uma espessura ideal. A espessura do revestimento de gessoem geral depende da base, mas tecnicamente se recomenda a espessura de 5 ± 2mm (Revista Téchne, 1996)

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Para a aplicação do revestimento de gesso deve-se observar o prazo mínimode 30 dias sobre as bases revestidas com argamassa, e de concreto estrutural; e deno mínimo 14 dias para as alvenarias.

a)- Preparo do substrato

A superfície a ser revestida deve estar sempre isenta de poeira, umidade,substâncias gordurosas, eflorescências ou outros materiais soltos. A superfícieprecisa apresentar-se suficientemente áspera a fim de que se consiga a adequadaaderência.

Inicialmente deve-se verificar a falta de prumo, nível e planeza das basesconforme limites constantes na Norma 02.102.17-006/95 (Tabela 8.3).

Tabela 8.3 - Desvios máximos de prumo, nível e planeza (ABNT,1995) Desvio do prumo Desvio de nível Planeza

≤ H/900 ≤ L/900 • Irregularidadesgraduais:

≤ 3mm, em régua de 2,0m• Irregularidades

abruptas:≤ 2mm, em régua de 20cm

H = Altura da parede em metrosL = Maior vão do teto

Caso a base não atenda os limites da Tabela 8.3 deve-se retificar o plano dabase utilizando-se um emboço. Pontas de ferro, resíduos de fôrmas, rebarbas deconcreto ou argamassa, devem ser removidos.

O revestimento de gesso propicia a corrosão de peças metálicas comum, poisé alcalina e pode apassivar o aço, portanto deve-se tratar os componentes metálicosou protegê-los.

As alvenaria que deverão receber o revestimento de gesso não deverão serumedecidas, pois podem movimentar causando fissuras no revestimento. Senecessário somente os revestimentos de argamassa devem ser umedecidos pelassuas características de absorção ou de secagem da pasta.(De Milito, 2001)

b)- Preparo da pasta

O gesso (CaSO4) é preparado em pasta, e devido a pega rápida o volumepreparado para cada vez é em geral na ordem de um saco comercial (40kg) o queequivale a 45 litros. A quantidade de água deverá ser entre 60% a 80% da massa dogesso seco dependendo da finura.

A mistura é feita manualmente polvilhando o gesso sobre a água para quetodo o pó seja disperso e molhado, evitando a formação de grumos.

Depois de concluído o polvilhamento do gesso sobre a água, esperar cercade 10 min. Para que as partículas absorvam água, e a suspensão passe do estadolíquido a um estado fluído consistente. Com a colher de pedreiro agitar parte da

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pasta ( aquela que vai ser utilizada inicialmente) e aguardar cerca de 5 min. para orepouso final da pasta e até que adquira consistência adequada para ser aplicadacom boa aderência e sem escorrer sobre a base.

c) - Aplicação; 

Na execução do revestimento de gesso deve-se observar a temperaturaambiente e a temperatura do substrato que não deverão ultrapassar a 35 °C, pois ogesso endurecido desidrata lentamente com o calor (HINCAPIE et al, 1996a).

As ferramentas e acessórios utilizados na execução de revestimento degesso são:

1. Caixotes para o preparo da pasta com volume interno superior a 100litros (denominadas masseiras);

2. Desempenadeira em chapa de PVC com dimensões aproximadas de

0,25 x 0,60 m e espessura de 4,0 mm;3. Desempenadeira de aço;4. Colher de pedreiro;5. Régua de alumínio com 2,0 m;6. Cantoneiras de alumínio;7. Espátula.

Dependendo do substrato  a pasta de gesso pode ser aplicada comdesempenadeira de PVC em uma ou várias camadas. A espessura da pasta é de 1mm a 3 mm podendo chegar no máximo a 7 mm. Para a execução de uma camada de espalhamento  divide-se o substrato em faixas de espalhamento com

aproximadamente a mesma largura da desempenadeira de PVC. Cada faixa éiniciada com uma pequena sobreposição à precedente. Concluída a execução deuma camada de espalhamento, e tendo revestido todas as faixas em uma direção, ogesseiro inicia à camada seguinte, aplicando a pasta de gesso em faixasperpendiculares às primeiras (camadas cruzadas ).

Terminada a camada de revestimento, e antes que a pega esteja muitoavançada, o gesseiro verifica a sua planeza. Com a régua de alumínio, promove oseu sarrafeamento com o intuito de cortar os excessos grosseiros e dar aorevestimento uma superfície mais regular, que irá receber os retoques, raspagens ea camada final de acabamento. Os retoques finais e a camada de  acabamento sãoexecutados utilizando a colher de pedreiro e a desempenadeira de aço, ficando oacabamento final liso e brilhante. 

Após a conclusão dos serviços para verificar a planeza do revestimento comoum todo, executa-se uma inspeção visual utilizando uma régua de alumínio de 2,0 mde comprimento, aplicada sobre o revestimento em qualquer direção. Neste caso, orevestimento não poderá apresentar desvio superior a 3 mm. Para pontoslocalizados, uma régua de alumínio de 20 cm não deve apresentar desvio superior a1 mm. Caso necessário pode-se executar ensaios especiais como: medição daespessura, avaliação da dureza, avaliação da aderência do revestimento, avaliaçãoda aderência da pintura.

Para aplicar a pintura, o revestimento de gesso não deve apresentarpulverulência, falhas ou estrias com profundidade superior a 1 mm.

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A Tabela 8.4 resume as diversas etapas e o tempo aproximado de execuçãoda aplicação manual da pasta.

Tabela 8.4 – Etapas e tempo aproximado de execução da aplicação manual de gesso,

para consumo de 45 litros de pasta = 1 saco de gesso (HINCAPIE et al,1996) 

Serviços Preparo dapasta

Espera Espalhamento Sarrafeamento,retoques eraspagens

Acabamento Total

Tempo(min)

2 a 5 10 a 15 20 a 30 30 a 35 35 a 45 97 a 130

d) - Verificação visual dos serviços:

Utilizando uma régua de 2,0m de comprimento aplicada sobre o revestimento

em qualquer direção, não deve apresentar desvio superior a 3 mm. Em pontoslocalizados, utilizando uma régua de 20 cm, não deverá apresentar desvio superiora 1 mm.

Antes da aplicação de pintura, o revestimento não deve apresentarpulverulência superficial excessiva, gretamento, falhas ou estrias com profundidadesuperior a 1 mm.

Obs.: O revestimento com gesso deve ser aplicado somente em ambientes internos e sem umidade.

8.3.2 Revestimento cerâmico

A cerâmica é um produto industrializado composto por argila, filitos, talcos,feldspatos (grês), e areias (quartzo) dando um produto final com grande variedadede cores, brilhantes ou acetinados, lisos ou decorados A espessura é variávelapresentando a face posterior (tardoz) saliências para aumentar a aderência.

Pelas suas características, as cerâmicas são utilizadas em ambientes quepodem ser molhados e devem ser higiênicas como as cozinhas, banheiros, piscinas,saunas úmidas etc. tanto nas paredes como nos pisos.

Antes de comprar ou especificar um revestimento cerâmico devemosclassificá-los principalmente quanto a absorção de água (Tabela 8.5) e resistênciaao ataque químico contidos em produtos de limpeza (Tabela 8.6) e a abrasão(Tabela 8,7).

Normalmente quanto menor o grau de absorção, melhor será a qualidade,podendo ser (Tabela 8.5):

Tabela 8. 5 - Classificação das cerâmicas quanto a absorção de água  Grupo Grau de absorção Uso recomendado

I 0% a 3% Pisos, paredes, piscinas e saunasIIa 3% a 6% Pisos, paredes e piscinasIIb 6% a 10% Pisos e paredesIII >10% paredes

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Tabela 8. 6 - Classificação das cerâmicas esmaltadas ao ataque químico (Anfacer)  Classe Resitência Química

A Ótima resistência aos produtos químicosB Ligeira alteração de aspectoC Alteração de aspecto bem definida

E quanto a resistência a abrasão, ela representa a resistência ao desgastesuperficial, no caso de cerâmicas esmaltadas é caracterizada por unidade PEI(Porcelain Enamel Institute) e classificado como segue (Tabela 8.7):

Tabela 8. 7 - Classificação dos pisos cerâmicos quanto a abrasão  Abrasão Resistência Uso recomendado

Grupo 0 Desaconselhável para pisoGrupo 1 (PEI-1) Baixa Banheiros residênciais. Quartos de

dormir etc.Grupo 2 (PEI-2) Média Quartos sem portas para fora

Grupo 3 (PEI-3) Média alta Cozinhas residênciais, corredores, hallde residência, quintais.

Grupo 4 (PEI-4) Alta Estab. Comerciais internos, entradas dehotéis, show rooms.

Grupo 5 (PEI-5) Altíssima e semencardido

Áreas públicas, shopping centers,aeroportos, padarias, fast-food etc.

Outras características técnicas dos revestimentos cerâmicos são importantesobservar, como a resistência à manchas e a expansão por umidade EPU. Uma altaEPU pode ocasionar deslocamento e gretamento da placa. Recomenda-se utilizarem pisos ou paredes internas, cerâmica com EPU de no máximo 0,60mm/m. e

externamente no máximo 0,40mm/m.

Na colocação das cerâmicas devemos prever juntas de dilatação e rejuntá-laspara uma maior durabilidade.

a) Juntas de dilatação:

Todo revestimento cerâmico precisa de juntas e suas especificações devemser informadas pelo fabricante.

As juntas são obrigatórias e evitam que movimentos térmicos causem"estufamento" e, consequentemente, destacamento da peça.

Existem quatro tipos básicos de juntas as:

•  Superficiais ou de assentamento, que definem a posição das peças e tem afunção de absorver parte das tensões provocadas pela expansão por umidadeda cerâmica, pela movimentação do substrato e pela dilatação térmica, as

•  Estruturais, que devem existir na estrutura de concreto cuja função é aliviar astensões provocadas pela movimentação da estrutura, e as de (Figura 8.8);

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•  Expansão ou movimentação, que devem existir em grandes áreas, e entre asparedes ou anteparos verticais auxiliando a movimentação dos mesmos. Elasdevem ser executadas em painéis de até 32m2 para os pisos internos ou até24m2 nos painéis externos, longitudinalmente e transversalmente. As juntas demovimentação necessitam aprofundar-se até a superfície da base (laje,

contrapiso, etc...) e ser preenchida com material deformável, vedada com selanteflexível e devem ter entre 8 a 15 mm de largura (Figura 8.8).•  De Dessolidarização, tem a função de separar a área com revestimento de

outras áreas (Figura 8.8).

Figura 8.8 – Detalhe dos tipos de juntas 

Além de possibilitar a movimentação de todo o conjunto do revestimentodurante as dilatações e contrações, as juntas são importantes para melhorar oalinhamento das peças (juntas superficiais) e permitir a troca de uma única placasem a necessidade de quebrar outras.

Quando temos juntas estruturais no contrapiso ou nas paredes estasprecisam ser reproduzidas no revestimento cerâmico.

Após cinco dias do assentamento devemos preencher as juntas esseprocedimento é denominado de rejuntamento.

b) Rejuntamento

Rejuntamento é o enchimento das juntas entre as peças com pasta decimento ou rejunte industrializado.

O rejunte (material industrializado), normalmente adicionados com outroscomponentes, que conferem características especiais a ele como: retenção de água,flexibilidade, dureza, estabilidade de cor, resistência a manchas etc. Portanto, na

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hora de escolher a argamassa de rejuntamento, esteja atento às suascaracterísticas.

Esta pasta deve ser aplicada em excesso com auxílio de um rodo. Oexcedente será retirado, com pano, assim que começar a secar.

Nas cerâmicas a superfície acabada (lisa) vira alguns milímetros na borda domesmo, ficando a superfície lisa e impermeável ocasionando o desprendimento dorejunte (Figura 8.9).

Para que isso não ocorra este excesso deve ser retirado antes da cura final.

Figura 8.9 - Detalhe da execução do rejuntamento 

A Tabela 8.8 indica o consumo de rejunte por metro quadrado para diversaslarguras de junta e formato de placa.

Tabela 8.8 – Consumo de rejunte por m 2  

Largura da junta 2mm 4mm 6mm 8mm 10mm 12mm 15mm

Formato da placa (cm) Consumo por m2, em gramas

2x2 8005x5 750

7,5x7,5 640 128010x10 480 960 1440 1920 2400 288010x20 360 720 1080 1440 1800 216015x15 320 640 960 1280 1600 1920

15x30 240 480 720 960 1200 1440 180020x20 220 440 660 880 1100 1320 165020x30 200 400 600 800 1000 1200 150020x40 180 360 540 720 900 1080 1350

24x11,5 320 640 960 1120 1600 1920 240025x25 200 400 600 800 1000 1200 150030x30 160 320 480 640 800 960 120034x34 140 280 420 560 700 840 105041x41 120 240 360 480 600 720 90050x50 100 200 300 400 500 600 750

ACABAMENTOCORRETO

REJUNTESUPERFÍCIELISA

CERÂMICA

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O rejuntamento não deve ser efetuado logo após o assentamento, mas simdando um intervalo de 3 a 5 dias, de modo a permitir que a argamassa deassentamento ou o cimento colante seque com as juntas abertas.

8.3.2.1 - Revestimento cerâmico na vertical

a) - Assentamento dos azulejos

Os azulejos podem ser assentados com juntas em diagonal, a prumo ou emamarração (Figura 8.10):

a) em diagonal b) junta à prumo c) em amarração

Figura 8.10 – Juntas superficiais dos azulejos  

O assentamento se faz de baixo para cima, de fiada em fiada, comargamassa de cal e areia no traço 1:3 com 100 kg de cimento por m³ de argamassa(pelo processo convencional), ou com cimento-colante, de uso interno ou externo,colas etc... Os cimentos colantes e as colas devem ser aplicados comdesempenadeira dentada de aço, sobre base regularizada.

Teremos comentários neste capitulo a respeito das diferentes maneiras deassentarmos azulejos e materiais cerâmicos.

Para garantirmos que o azulejo fique na horizontal devemos proceder daseguinte maneira: (Figura 8.11)

• Fixar uma régua em nível acima do nível de piso acabado.• Deixar um espaço entre a régua e o nível do piso acabado, para

colocação de rodapés ou uma fiada de azulejos.• Verificar, para melhor distribuição dos azulejos, se será colocado

moldura de gesso, deixando neste caso um espaço próximo à laje, que já deverá estar revestida.

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Figura 8.11 - Detalhe do assentamento dos azulejos  

a.1) - Recortes de azulejos:

É muito difícil em um painel de alvenaria não ocorrer recortes, visto que namaioria das vezes, nos projetos não é levado em consideração às dimensões dosazulejos.

Portanto, para que os recortes não fiquem muito visíveis, podemos deixá-losatrás das portas, dentro dos boxes, ou ainda dividi-los em partes iguais nos painéis(Figura 8.12).

Figura 8.12 - Exemplo de divisão dos azulejos 

a.2) - Juntas entre azulejos

As juntas superficiais entre os azulejos deverão ter largura suficiente para quehaja perfeita penetração da pasta de rejuntamento e para que o revestimento deazulejo tenha relativo poder de acomodação, no mínimo como descrito na Tabela8.9. O ideal é seguir as recomendações do fabricante descritas nas embalagens.

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Tabela 8.9 - Juntas superficiais entre azulejos Dim. do azulejo(cm)

Parede interna(mm)

Parede externa(mm)

11x11 1,0 2,011x22 2,0 3,0

15x15 1,5 3,015x20 2,0 3,020x20 2,0 4,020x25 2,5 4,0

Para os demais tipos de juntas devemos seguir as recomendações do item8.3.2 (a).

a.3) - Rejuntamento

Para o rejuntamento do azulejo, além dos rejuntes industrializados descritos

no item 8.3.2 (b) podemos utilizar a pasta de cimento branco e alvaiade naproporção de 2:1, ou seja, duas partes de cimento branco e uma de alvaiade, oalvaiade tem a propriedade de conservar a cor branca por mais tempo.

b) - Pastilhas

É outro revestimento impermeável, empregado nas paredes, principalmentenas fachadas de edifícios. É constituída de pequenas peças coladas sobre papelgrosso ou tela.

A preparação do fundo para sua aplicação deve ser feita como segue:

- para pisos: fundo de argamassa de cimento e areia (1:3) comacabamento desempenado.

- para paredes: o fundo será a própria massa grossa (emboço) dosadacom cimento, bem desempenada.

A argamassa de assentamento será de cimento branco e caolin emproporção igual (1:1), ou argamassa de cimento colante, de uso interno ou externo,própria para pastilhas.

A argamassa de assentamento é estendida sobre a base e as placas depastilhas são arrumadas sobre ela fazendo pressão por meio de batidas com adesempenadeira. O papelão ficará na face externa e após a pega, que se dá

aproximadamente em dois dias, o papelão é retirado por meio de água.Utilizando o cimento colante, que deve ser aplicado através dedesempenadeira dentada, as placas de pastilhas são fixadas também fazendopressão por meio de batidas.

Nas placas de pastilhas fixadas em tela a tela pode ficar em contato diretocom a argamassa bastando, após a cura, realizar o rejuntamento.

O rejuntamento é executado com pasta de cimento branco ou rejunteindustrializado conforme descrito no item 8.3.2 (b)

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8.3.2.2 Revestimento cerâmico na horizontal

a) - Piso cerâmico

Após a escolha do piso podemos assentá-los de duas maneiras usuais:Utilizando argamassa de assentamento (sistema convencional) ou cimento colante.Procedendo-se da seguinte maneira:

a.1) - Regularização de base para pisos cerâmicos

Se necessário, é feita com argamassa de cimento e areia média sem peneirarno traço 1:4 ou 1:6 com espessura de 3,0cm.

a.2) - Assentamento utilizando argamassa: (assentamento convencional)

Utiliza-se uma argamassa mista de cimento com areia média seca no traço1:0,5:4 ou 1:0,5:6 sobre o piso regularizado (quando a espessura da argamassa deassentamento for maior de 3,0cm) ou sendo a própria argamassa de assentamentoutilizada para regularizar e assentar.

Ao se considerar que a colocação do material cerâmico, no caso de utilizar aargamassa para o assentamento, é feita com esta camada de argamassa aindafresca, e que quando da secagem desta argamassa acontece o fenômeno daretração (encurtamento), ocorre o aparecimento de esforços que tendem acomprimir o revestimento. Destes esforços - que atuam no plano do revestimento -

resultam componentes normais ao revestimento que tendem a arrancá-lo de suabase. O que vai impedir a separação das peças de sua base será a aderênciaproporcionada pela pasta de cimento. Sabe-se que, no assentamento convencional,dificilmente se consegue obter uma pasta de cimento ideal, ou seja, com maiorresistência possível, pois a mesma resulta da aspersão de pó de cimento sobre umaargamassa ainda fresca, retirando água dessa argamassa para se hidratar. A faltaou excesso de água poderá ter como conseqüência, ou o cimento mal hidratado, ouuma "aguada" de cimento. Em ambos os casos a ligação cerâmica-base estaráfatalmente comprometida, será de baixa resistência e não se oporá à separação dorevestimento de sua base.

Esses esforços devido à retração estão diretamente ligados a fatoresimportantes. Quanto maior for à espessura da argamassa de assentamento, tanto

maior será o esforço resultante da retração. Quando mais rica em cimento for aargamassa, tanto maior será o esforço devido à retração. E, lembrando que esteesforço de compressão gera componentes verticais que tendem a arrancar as peçasde sua base, quanto maior for o primeiro tanto maior serão os componentes verticaisde tração que tendem a soltar o revestimento.

Portanto a melhor maneira de assentar os pisos cerâmicos pelo processoconvencional é:

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- Superfície de laje , ou contrapiso  - varrer e eliminar poeiras soltas; umedecere aplicar pó de cimento com adesivo de argamassa, formando pasta imediatamenteantes de estender a argamassa de assentamento. Isto proporcionará melhor ligaçãoda argamassa à laje.

- Espessura de argamassa de assentamento  - nunca ultrapassar 2 cm a2,5cm, a fim de minorar as tensões de retração. Caso haja necessidade de maiorespessura, deverá ser efetuada em duas camadas, sendo a segunda apóscompletada a secagem da primeira camada.

- Traço da argamassa de assentamento  - nunca utilizar argamassas ricas. Otraço 1:6 de cimento e areia, mais meia parte de cal hidratada é correspondenteindicado. A cal proporciona melhor trabalhabilidade e retenção de água, melhorandoas condições de cura e menor retração. Atenção especial será dada para a águaadicionada. O excesso formará pasta de cimento aguado e pouco resistente.

- Quantidade de argamassa a preparar - será tal, de modo a evitar que o início

do seu endurecimento - início de pega do cimento - se dê antes do término doassentamento. Na prática, isso corresponde a espalhar e sarrafear argamassa emárea de cerca de 2m² por vez.

- Aplicação da argamassa  - será apertada firmemente com a colher e, depois,sarrafeada. Lembre-se que apertar significa reduzir os vazios preenchidos de água.Isso diminuirá o valor da retração e reduzirá os riscos de soltura.

- Camada de pó de cimento - espalhar pó de cimento de modo uniforme e naespessura aproximada de 1 mm ou 1 litro/m². Não atirar o pó sobre a argamassa,pois a espessura será irregular. Deixar cair o pó por entre os dedos e a pequena

distância da argamassa. Esse cimento deverá se hidratar exclusivamente com aágua existente na argamassa, formando a pasta ideal. Para auxiliar a formação dapasta, passar colher de pedreiro levemente.

- Peças cerâmicas  - serão imersas em água limpa e deverão estar apenasúmidas, não encharcadas, quando forem colocadas. Não ser assentadas secas,porque retirarão água da pasta e da argamassa de assentamento, enfraquecendo aaderência. Não poderão ser colocadas demasiadamente molhadas, porque, destaforma, reduzirão a pasta de cimento a uma "aguada" de cimento enfraquecendoigualmente a aderência. Deve-se observar, no entanto, que o fato de ser necessárioimergir os pisos em água, ocasiona certa fragilidade às peças e consequentementequebra no ato de se colocar. Daí presume-se uma perda estimada em

aproximadamente 5%.Para se conseguir melhor efeito das peças, quando estas não são de coreslisas, espalharem o número de peças a serem assentadas em outra área limpa ecriar variações com as nuanças de cor do material de revestimento. Tais variaçõesde cor não são defeitos dos revestimentos (pisos) e devem ser "trabalhadas" paramelhorar o aspecto visual do conjunto. Depois de encontrado o melhor desenho,assentar o material.

- Fixação das peças  - para pisos, depois de aplicados na área preparada,serão batidos com o auxílio de bloco de madeira de cerca de 12cm x 20cm x 6cm

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aparelhado, a marreta de borracha. Certificar que todas as peças foram batidas omaior número possível de vezes. Peças maiores - 15cm x 30cm, ou 20cm x 20cm -deverão ser batidas uma a uma, a fim de garantir boa aderência à pasta.

- Espaçamento das peças - nunca colocar pisos ou azulejos justapostos, ou

seja, com juntas secas (exceto em pisos especiais). As juntas de 1 mm a 3 mm,conforme o tamanho das peças, são necessárias por três motivos: compensar asdiferenças de tamanho das peças, pois em um mesmo lote é normal a classificaçãona faixa de até 2 mm; em segundo lugar, que a pasta de cimento penetreadequadamente entre as peças, impermeabilizando definitivamente o piso; emterceiro, para criar descontinuidade entre as peças cerâmicas, a fim de que não sepropaguem esforços de compressão em virtude da retração da argamassa ou outrasdeformações das camadas que compõem o revestimento.

Resumindo: 

• Estender a massa em pequeno panos de maneira a colocar em nº de

piso que se possa alcançar.• Povilhar por igual o cimento sobre a argamassa para enriquecer a sua

dosagem na superfície de contato.• Colocar o piso úmido e não saturado de água, pois esse excesso faz

com que a pasta de cimento se torne fraca.• Para garantir uma melhor distribuição de pasta de cimento espalhar o pó

de cimento com a colher.• Com o auxílio da desempenadeira, dar pequenos golpes sobre o piso

até que a pasta de cimento comece a surgir pelas juntas.

a.3) - Assentamento utilizando cimento cola

O cimento cola é estendido sobre a regularização da base curada no mínimo7 (sete) dias, com o auxílio da desempenadeira dentada em pequenos panos.

A desempenadeira dentada é utilizada, pois facilita o espalhamento daargamassa de assentamento (cimento colante) garantindo uma espessuraconstante. Nunca deixar de usar desempenadeira denteada para espalharadequadamente a pasta. Pois formam cordões de cerca de 4 mm alternados comestrias vazias. Ao pressionar o piso ou azulejos, os cordões se espalham, formandouma camada contínua de aproximadamente 2 mm.

A colagem das peças cerâmicas é simples: estendo a pasta de cimento

colante sobre a base já curada e seca, em camada fina, de 1 mm a 2 mm, comdesempenadeira dentada, formando estrias e sulcos que permitem o assentamentoe nivelamento das peças. Em seguida, bate-se até nivelar, deixando juntas nalargura desejada ou, no mínimo, de 1 mm entre as peças.

Tanto para colocação de azulejos quanto para pisos cerâmicos pelo métododos cimentos colantes, não há necessidade de se molhar quer a superfície a serrevestida quer as peças cerâmicas. Porém, no caso de camada de regularizaçãoestiverem molhados por qualquer motivo, não haverá problemas no uso de cimentocolante. E a frente de trabalho é ilimitada, interrompendo-se a aplicação do piso ouda parede no instante que se desejar. Seu reinicio obedece também às

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necessidades da obra e a velocidade de aplicação é, pelas características dométodo, mais rápida que a do processo convencional.

A espessura de 2 mm é suficiente para fixar as peças cerâmicas(dependendo da dimensão do piso). Isso corresponde a um consumo de cerca de 3kg/m² de revestimento (Tabela 8.10). O cimento também retrai, para a espessura

utilizável de 2 mm, os esforços que poderiam atuar sobre os revestimentos sãopraticamente nulos se comparados àqueles provenientes aos 30 mm de espessurada argamassa convencional.

Os cimentos colantes, ou argamassas especiais, são fornecidos sob forma depó seco e em embalagens plásticas herméticas, o que permite estocar o produto portempo praticamente ilimitado.

Obs.: Para o assentamento com cimento cola deixar na regularização da base as caídas para os ralos, as saídas, etc., pois a espessura do cimento cola é muito pequena, em torno de 5 mm, não possibilitando a execução de caídas.

Tabela 8.10 - Consumo de argamassa colante (Fiorito, 1994) Espessura da pasta Consumo de pó

1 mm 1,5 kg/m2 2 mm 3,0 kg/m2 3 mm 4,5 kg/m2 4 mm 6,0 kg/m2 5 mm 7,5 kg/m2 6 mm 9,0 kg/m2 

a.4) - Juntas de dilatação e rejuntamento

Conforme descrito no item 8.3.2.O rejuntamento sobre o piso pode ser feito com pasta de cimento comum ou

rejunte estendida sobre o piso e puxado com rodo. Limpar o excesso de rejunte comum pano após a formação do inicio da pega da pasta.

b) - Porcelanato

O Porcelanato é constituído de uma mistura de argila, feldspato, caulim eoutros aditivos (corantes), submetido a uma forte pressão e queima em altatemperatura (entre 1200oC a 1250oC ), resultando um piso resistente a abrasão e debaixa porosidade.

O acabamento do Porcelanato pode ser ou não esmaltado nos padrões semi-rústico, rústico e acetinado, ou esmaltados. Os não esmaltados tem umadurabilidade maior, pois o esmalte é aplicado antes da queima e mais tarde polido,portanto a fina camada de esmalte tende a desgastar.

Como o Porcelanato não é poroso, é necessário fixá-lo com argamassacolante aditivada com polímeros, como o PVA. Essa mistura tem o dobro daaderência da argamassa comum. É importante também, espaçar as peças conforme

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recomendação do fabricante e rejuntá-las com uma massa de rejunte tambémaditivada próprias para porcelanato.

Vantagens do porcelanato:• maior resistência mecânica;

• alta resistência a abrasão;• alta resistência ao gelo;• baixíssima expansão por hidratação;• cor uniforme e totalmente impermeável;• grande durabilidade;• possibilidade de se utilizar juntas de assentamento mínimas.

Existem os pisos de porcelanato retificado, estes, podem ser assentados sem juntas.

8.3.3 - Piso de madeiraa) - Regularização de base para piso de madeira

Se necessário é feita com argamassa de cimento e areia média ou grossa notraço 1:4 com espessura de 2,5cm.b) - Assentamento utilizando argamassa: 

Utiliza-se uma argamassa de cimento e areia média peneirada, no traço 1:3 ese aconselha que nesta dosagem seja colocada impermeabilizante na quantidadeindicada pelo fabricante.

A argamassa é estendida através de guias numa espessura média de 3,0cm,

é povilhado cimento seco sobre a massa para enriquecer a sua dosagem nasuperfície de contato.O piso de madeira assentado com argamassa é o taco. Os tacos para

assentamento com argamassa, são pintados em suas bases com piche, no piche éimpreganado areia lavada e para melhorar ainda mais a aderência com aargamassa, é fixado dois pregos para taco em cada peça (Figura 8.13).

Figura 8.13 - Tacos de madeira  

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c) - Assentamento utilizando cola:

Quando for utilizado cola para assentamento a argamassa de regularizaçãodeve ser de cimento e areia no traço 1:3 do tipo "farofa", e deverá receber umacabamento liso, nivelado e isento de umidade.

Entende-se por acabamento liso a argamassa desempenada e alisada com acolher ou desempenadeira de aço e não queimada (quando se enriquece asuperfície com pó de cimento). E argamassa do tipo "farofa" aquela argamassa bemseca, pois o excesso de água faz com que o cimento se deposite em camadasinferiores deixando a superfície fraca.

Os pisos assentados com cola são:- Tacão , peças com 2,0cm de espessura, largura variando de 7,0 a 10 cm ecomprimento entre 30 a 45cm podendo chegar até 50cm (Figura 8.14), podendo serde peroba, Ipê, Pau marfim, jacarandá etc.

- Parquetes , peças menores coladas em papelão ou fitas adesivas formando

desenhos. (Figura 8.14)

Figura 8.14 - Parquete e Tacão  

- Carpete de madeira  podendo ser usado no revestimento de pisos, tetos e paredes,tanto em construções novas quanto em reformas.

A sua espessura pode ser de 1,5mm, 2,5mm, 4,0mm e 7,0mm, largura de 18cm,18,5cm, 19,0cm e 19,5cm respectivamente e comprimento variável.O carpete de madeira é composto, em linhas gerais, por lâminas de capa e contra-capa, e uma chapa central estabilizante em sentido oposto com espessurasvariadas.A sua aplicação é feita colando sobre superfície plana com cola de contato, excetono carpete de madeira de 7,0mm que é pelo sistema macho e fêmea, coladosomente no topo das réguas com cola branca (P.V.A), travado e fixado nos cantosdas paredes.

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d)- Fixação utilizando parafuso:

Essa fixação é feita para as tábuas, que são aparafusadas com doisparafusos de 50 a 50 cm sobre caibros ou ganzepes (barrote) fixados no concretoda base ou com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 (Figura 8.15).

Os parafusos são rebaixados e recobertos com a própria madeira (cavilhas)ou com massa de calafetar.

Figura 8.15 - Fixação das tábuas com parafusos sobre caibros ou ganzepes  

e) - Fixação utilizando pregos:

Essa fixação é feita também para as tábuas, que são pregadas nos ganzepes(barrote) com pregos retorcidos ou anelados (Figura 8.16). Para melhor fixação dastábuas, sobre a argamassa de fixação dos ganzepes (barrote) é colocado cola demadeira e no encaixe entre uma tábua e outra. Neste caso a argamassa deverá tero traço 1:3 de cimento e areia e superfície alisada com a colher

Figura 8.16 - Fixação das tábuas por pregos anelados 

ganzepes

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f) - Acabamento dos pisos de madeira

Após cinco dias no mínimo do assentamento, o piso de madeira passa porlixamento (raspagem) iniciando-se com a lixa no 16 (grossa) e depois a 36 (maisfina). Em seguida o piso é limpo e calafetado (preenchimento das juntas entre os

pisos). A calafetação é realizada utilizando uma massa acrílica para madeirapigmentada na cor aproximada do piso. A aplicação é efetuada comdesempenadeira de aço em camadas finas, visando corrigir os defeitos em "baixorelevo".

Para o bom resultado da calafetação, são importantes que sejam observadosos seguintes fatores:

• A madeira deve estar perfeitamente seca e firmemente assentada paraque não ocorram trincas e "estufamento" da massa ao longo dorejuntamento

• Cura da massa de calafetar, no mínimo 24horas.

Após a massa curada é efetuado o polimento utilizando lixa no100 ou 120dependendo da madeira e do acabamento.

O acabamento final é realizado com 3 (três) demãos de synteko, Bonatech,verniz poliuretano ou encerado.

g) Recomendações

••••  Quando assentarmos taco, devemos fazê-lo o mais próximo possível,para evitar que se movimente com a sua utilização provocando assim asua soltura.

••••

  A base para assentamento com cola deve ser feita com umaargamassa bem seca para evitar que a água em excesso "verta"fazendo com que o cimento se deposite em camadas inferiores e asareias fiquem sem coesão por falta de aglomerante, deixando assim asuperfície fraca.

••••  O pisos de madeira devem ser assentados com uma folga das paredespara facilitar a movimentação, sem que ocorra empenamento.

••••  Ao assentarmos com cola verificar se a base está bem nivelada e semondulações, principalmente para os tacões, pois se não estiverem,parte do tacão fica colado e outra não, podendo se soltar (Figura 8.17).

Figura 8.17 - Exemplo de regularização sem nivelamento 

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••••  Verificar o cerne das tábuas para piso, e parafusar bem, pois aumidade tanto do ar como do solo pode empenar as tábuas dandoondulações nos pisos o que é desagradável (Figura 8.18). 

Figura 8.18 - Situação de empenamento devido à posição do cerne 

Obs.: Nas tábuas fixadas por parafusos é aconselhável o uso de dois parafusos por seção, para evitar o empenamento das mesmas.

8.3.4 - Carpete

Geralmente os carpetes de pequena espessura são colados, por empresasespecializadas, sobre a regularização ( 3,0, 4,0 e 6,0mm) e os demais podem sersoltos.

A colocação das mantas deverá ser estendida na direção de entrada da luzdo dia ou na direção da porta principal.

O adesivo de contato á base de neoprene, distribuído com desempenadeiradentada metálica.

Os defeitos mais comuns na colocação são:

- emendas tortas = cortes feito a mão livre- recorte de canto com abertura = corte a mão livre- descolagem = falta de cola tempo de secagem- diferença de tonalidade = inversão no sentido das mantas- emendas abertas = corte imediato, falta de cola- emendas em excesso = aproveitamento de sobras- vazamento de cola = excesso de cola, piso irregular.

a) - Regularização de base para carpete

É feita com argamassa de cimento e areia fina sem peneirar no traço 1:3,alisada sem pó de cimento, com desempenadeira de aço, espessura média de3,0cm.

8.3.5 - Pedras decorativas

As pedras naturais deverão ser executadas por equipes especializadas, quefornecerão os colocadores e suas ferramentas (martelo de borracha, serra maquita,nível, régua metálica).

O procedimento correto no caso das rochas, produtos naturais sujeitos avariação de cor, é fazer antes da instalação uma montagem do desenho do piso. O

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assentador agrupa as mais parecidas e separa as manchadas ou de coloraçãodiferente para fazer os recortes ou para instalar em locais escondidos.

As pedras, dependendo do lugar da aplicação, podem ser rústicas comespessura irregular ou serradas e polidas com espessura regular. O seuassentamento se faz utilizando argamassa (convencional) para as rústicas e

argamassa ou cimento cola para as serradas e polidas.

a) - Regularização de base para assentamento das pedras

Para o assentamento utilizando cimento cola, deverá ser executada umaregularização com argamassa de cimento e areia média sem peneirar no traço 1:3com espessura média de 3 cm e acabamento desempenado.b) - Assentamento com argamassa (sistema convencional) 

Se utiliza uma argamassa mista de cimento, cal e areia média sem peneirarno traço 1:0,5:4. Poderá ser seguido os mesmos critérios estabelecidos para oassentamento de pisos cerâmicos:

- Aplicação da argamassa  - será espalhada e apertada firmemente com acolher e, depois, sarrafeada.

- Camada de pó de cimento - espalhar pó de cimento de modo uniforme e naespessura aproximada de 1 mm ou 1 litro/m². Não atirar o pó sobre a argamassa,pois a espessura será irregular. Deixar cair o pó por entre os dedos e a pequenadistância da argamassa. Esse cimento deverá se hidratar exclusivamente com aágua existente na argamassa, formando a pasta ideal. Para auxiliar a formação dapasta, passar colher de pedreiro levemente.

c) - Mármores e GranitosQual a diferença entre o mármore e o granito? O mármore é bem mais

macio, ou seja, menos resistente a riscos do que o granito. Por isso não érecomendado em área de alto tráfego e molhadas.

O granito é uma rocha magmática formada de quartzo, feldspato e mica já omármore é uma rocha carbonática de origem sedimentar ou metamórfica, compostade calcita ou dolomita. Elas são classificadas quanto à dureza numa escalachamada de Mohs. O mármore tem dureza 3 e o granito 6. Na Tabela 8.11 estáindicado os locais de aplicação dos mármores e granitos.

Os mármores mais procurados são: O branco; o travertino; o beje bahia e os

importados rosso verona (Itália); verde alpe (Itália); marrom imperador (Espanha);crema marfil (Espanha); boticcino (Itália); carrara (Itália).

E os granitos mais procurados são: cinza andorinha; granito vermelho (CapãoBonito); cinza Mauá; granito branco; preto absoluto; preto São Gabriel; amêndoarosa; amarelo Santa Cecília, verde São Francisco, verde Ubatuba.

Nas áreas externas, os granitos não podem ser polidos, devem teracabamentos ásperos. Podendo ser:

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Flameado : Um maçarico derrete alguns minerais da rocha, deixando-aantiderrapante. Não deve ser efetuado nos granitos pretos e verde-escuros;

Levigado : Lixamento com abrasivos. Dá efeito rústico, e a pedra não ficaescorregadia;

Jateado : A superfície é levemente desgastada com jatos de areia ou;

Apicoado:  Com martelo e uma ponteira, fazem-se "furinhos" sobre a chapa,deixando-a irregular e antiderrapante.

Tabela 8.11 - Locais indicados para aplicação dos mármores e granitos  Locais Mármores Granitos

Cozinha Nunca use. Ele é muitoporoso e absorve substânciacom facilidade. Além disso,

contém elementos químicos,como o carbono, que reagemcom os ácidos do limão e dovinagre e de algunsdetergentes . Asconsequências são manchasque não saem e a perda dobrilho

É o mais indicado,principalmente para asbancadas. Polida a sua

superfície torna-se higiênica.Os granitos vermelhos epretos são mais resistentes.Evitar os granitos cinza(mauá, andorinha) são maisporosos.

Banheiro Em bancadas e paredes nãohá restrição. No piso, evite otravertino. Nenhum tipo demármore é indicado para opiso do boxe.

Pode ser usado semproblemas. Seguir asinstruções da cozinha.

Piso externo ( e bordas depiscinas)

Não deve ser usado, a pedradesgasta.

Os polidos ficamescorregadios quandomolhados. Prefiraacabamentosantiderrapantes.

Piso interno A princípio, todos sãoindicados. Embora os maisporosos manchem com aumidade.

Nenhuma restrição, mas ocontrapiso do térreo deveráser impemeabilizado.

d) - Pedras brutas

Ardósia, miracema, pedra mineira, são-tomé, goiás, madeira. Essas pedrasnaturais não passam por processos industriais, como o mármore e o granito, porisso dão um visual rústico.

Nas áreas externas (quintais, jardins) as rochas ficam expostas ao sol e àchuva. Por isso, os tipos ideais para esses lugares são aquelas que não esquentamdemais e fiquem escorregadias ao serem molhadas. Na Tabela 8.12 estãorelacionadas às pedras naturais mais comuns e na Tabela 8.13 os locais maisindicados.

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O rejuntamento das pedras deve ser feito uma a uma, utilizando umaargamassa de cal, cimento e areia fina peneirada ou massa fina industrializada naproporção de 1: 0,5: 5, e com auxílio de uma espuma retirar o excessoimediatamente.

A limpeza das pedras brutas, após o rejuntamento, é efetuada utilizandoácido muriático diluído em água na proporção de 1:5 (se as superfícies estiverembem sujas) ou 1:10 (limpeza mais superficial). Enxágüe rápido, com bastante águapara evitar danos nos revestimentos.

Tabela 8.12 - Pedras naturais mais comuns Pedra Descrição

Ardósia Risca com facilidade, já que é uma pedra macia efácil de ser cortada. É usada ao natural ouimpermeabilizada com resina acrílica.

Arenito Antiderrapante, costuma ser usado no estado bruto.Mas também aceita polimento.

Dolomita A sua superfície é bem irregular, restringindo o uso adetalhes mais ornamentais. Aplicada em estadobruto.

Itacolmi Usada na forma bruta ou com bordas serradas, temaspecto semelhante ao da pedra mineira

Luminária Pode ficar ao sol, pois não concentra calorMiracema Usada normalmente em estado brutoo, aparece com

superfície irregular ou plana e é antiderrapante.Mancha facilmente com óleos e produtos químicos.Resiste a choques mecânicos e intempéries.

Pedra madeira Antiderrapante, com textura irregular. Aplicado emestado bruto ou com bordas serradas.

Pedra sabão Resistente ao sol e chuva, ela aceita polimento,lustro e apicoamento.

Pedra mineira Antiderrapante, muito absorvente enão propagacalor. Aceita polimento e resina impermeabilizante.

Pedra goiás Rocha com características semelhantes às da pedramineira ( o nome muda devido a procedência)

Seixo rolado Há aqueles naturalmente moldados pelas águas dosrios e os rolados em máquina. São duros eresistentes.

Tabela 8. 13 - Locais mais indicados de aplicação de algumas pedras naturais  Locais Pedras

Paredes internas Arenito, dolomita, pedra-mineira, pedra sabão,pedra goiás

Paredes externas Arenito, dolomita, itacolomi, miracema, pedra-madeira, pedra sabão

Piso interno Ardósia, pedra sabão, pedra goiás, são toméPiso externo Arenito, itacolomi, miracema, paralelepípedo,

pedra sabão, pedra mineira, são tomé, goiás.Borda de piscina Pedra goiásJardim Seixos roladosBancadas (bar e cozinha) Pedra sabão e ardósia (polidas)

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e) - Mosaico Português

As pedras empregadas para a execução do mosaico Português podem ser obasalto preto, calcário branco ou vermelho. Elas são quebradas manualmente noformato de cubos em torno e 4,0cm no mínimo, serão assentadas sobre colchão de

cimento e areia no traço 1:6 seco e rejuntado com a mesma mistura, na espessurade 3,0cm. Deverão ser molhadas e apiloadas.

8.3.6 - Pisos vinílicos

Os pisos vinílicos ou de vinil-amianto, são fabricados a partir da mistura deresina vinílica, fibras, plastificantes e cargas inertes com pigmentos especiais quelhe dão o aspecto característico, proporcionando um produto bastante versátil, alémde possuir uma durabilidade bastante elevada e de manutenção simples.

São placas de piso 30x30cm e geralmente encontradas em espessuras quevariam de 1,6 a 3 mm, recomendados conforme o tipo de utilização do ambiente

onde é feita a aplicação.

a) - Desempenho: 

O produto é recomendado para ser aplicado em qualquer piso sobresuperfícies já revestidas ou a revestir. Sua base pode se o próprio contrapiso,marmorite, ladrilhos, oralite, pisos plásticos desgastados, ou qualquer outra, desdeque esteja firme limpa e seca. Não se recomenda a colocação em madeira(assoalhos ou tacos) ou sobre bases sujeitas à infiltração ascendente de umidade.

É comumente utilizado em residências, escolas, hospitais, quadras esportivase estabelecimentos públicos e comerciais.

O piso de 1,6mm de espessura é recomendado para lugares de baixotrânsito, ou seja, ambientes de pouca utilização: quartos, banheiros, lavabos eoutros compartimentos residenciais. Os com espessura 2 mm podem ser aplicadosem qualquer ambiente residencial ou ainda em escritórios particulares, quartos dehospitais, anfiteatros, sanitários públicos e laboratórios. Os de 3 mm são utilizadosem locais de grande trânsito, lugares de passagem nas residências, como o hall deentrada, elevadores, escadas, salas de aula, refeitórios coletivos, escritórios, salasde consulta ou de espera.

Alguns fabricantes ainda produzem linhas especiais para locais de trânsitopesado como cozinhas e corredores de ambientes de uso coletivo, escadas, lojas,supermercados, repartições públicas de recepção e refeitórios industriais.

b) - Execução: 

Em imóveis recém-construídos, o contrapiso ou argamassa de regularizaçãodeve ser executado de forma adequada, com espessura mínima de 3cm, comargamassa, cimento e areia no traço 1:3. A superfície deve apresentar bemdesempenada e para se testar a qualidade verifica-se se está "esfarelado", risca-secom uma ponta firme. Caso apresente problemas, deverá ser refeito. Além disso,ele deve ficar bem aderente na base para evitar qualquer região de possíveisdepressões.

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Em imóveis que já possuem revestimentos, se existirem falhas ou pedaçossoltos, estes devem ser removidos e as falhas preenchidas com argamassa decimento e areia no traço 1:3. A regularização deve ser feita com uma ou duasdemãos de argamassa de P.V.A. na proporção de uma parte de P.V.A. para oito deágua, enriquecida de cimento até formar uma pasta "encorpada". No caso de pisos

vitrificados, a orientação é a de que se aplique uma primeira demão deregularização com a dosagem de uma parte de P.V.A. para quatro de água e umasegunda demão da argamassa comum com P.V.A. (1:8).

Sobre tacos e assoalhos de madeira, a colocação pode ser feita, desde queentre o produto e a madeira exista uma camada de compensado marítimo, masnestes casos é interessante que seja feita uma consulta junto aos fornecedores. Acolocação sobre pisos plásticos é bem simples, o único cuidado que se deve ter écom a retirada das placas soltas ou com defeitos e a posterior regularização dolocal.

c) - Colocação: 

Apesar de a disposição das placas ser da escolha do executor, devem-serespeitar as recomendações de posicionamento, principalmente daquelas que ficamencostadas nas paredes e que não devem possuir dimensões menores que 10cm enão superiores a 25cm. Antes de se espalhar o adesivo, é recomendável dispor asplacas para fazer um teste de posicionamento. A aplicação do adesivo é feita pormovimentos circulares com uma desempenadeira dentada. A cola deve permanecerdescansando por uns 15 min. até quando com um leve toque dos dedos sobre oadesivo ele não grudar, e isso acontece somente se for aumentada a pressão sobreele.

d) - Cuidados e conservação: 

A presença de umidade compromete todo o revestimento. Ela ataca oadesivo fazendo com que as placas se soltem ou apareçam bolhas na sua parteinferior. Às vezes acontecem variações das dimensões nominais do produto, devidoa tensões internas que deformam a placa.

A limpeza pode ser feita somente após dez dias da colocação, com sabãoespecial e água à vontade. Antes deste tempo não se deve colocar o piso emcontato com a água. Para manchas resistentes, deve-se usar uma esponja de açofina com um pouco de sabão indicado pelo fabricante. Após a lavagem, pode-seencerar com qualquer cera que não contenha solvente ou mesmo algum derivadode petróleo, pois estes elementos atacariam o produto.

8.3.7 - Pisos de borracha

Fabricados com borracha sintética, estes pisos têm sido usado principalmenteem áreas de grande trânsito de pessoas, por suas características de alta resistênciae superfície antiderrapante.

São placas de piso com espessura de 9 e 15 mm, de superfície pastilhada,estriada ou lisa, geralmente de cor preta, mas que também pode ser encontrada emoutras cores. Possui acessórios como degraus, rodapés, canaletas e faixa amarelade alerta.

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a) - Desempenho 

É indicado para áreas de grande fluxo de pessoas, por suas qualidadesacústicas e pela segurança que proporciona sua superfície antiderrapante. Além

disso, é fabricado em duas linhas básicas: pisos de assentamento com argamassa episos colados.Os de assentamento com argamassa são recomendados para locais de

tráfego intenso, em áreas internas ou externas. São fabricados em duasespessuras: o de 9 mm para locais de acesso público restrito como escolas,corredores, piscinas internas e áreas de rampa. O outro é chamado piso industrial,com 15 mm de espessura, indicado para o uso mais pesado, em locais de grandemovimentação como aeroportos, estações rodoviárias, estações de metrô e trem,supermercados, passarelas públicas e, recentemente, na Europa, vem sendoutilizados até em estábulos e indicado inclusive para usinas hidrelétricas.

A fixação do piso colado é feita com adesivo e não é recomendado paralocais úmidos ou sujeitos a lavagem, devendo ser utilizado somente em áreas

internas, principalmente em regiões de rampa e escada. É fornecido com superfíciepastilhada, estriada ou lisa, e espessura de 4,5mm. Está sendo colocada nomercado uma linha especial, para aplicação em escritórios. A pastilha em relevo,neste caso, foi reduzida para permitir a movimentação de móveis.

b) – Execução 

Os pisos de fixação com cimento são colocados sobre a base preparada,onde deve ser espalhada uma argamassa no traço 1:3 (cimento e areia) eespessura mínima de 3,5cm. Embora recomendada essa espessura possa sofrermodificações a critério do engenheiro. No entanto, exige-se a garantia de umperfeito desempenamento da superfície. A colocação pode ser iniciada até dois diasapós a execução do contrapiso. Para tanto basta molhá-lo com água, de maneirauniforme e recobri-lo com uma argamassa no traço 1:2, que também será espalhadana parte inferior das chapas do piso, em quantidade suficiente para preencher todasas cavidades existentes. Depois disso, deve-se dispor as placas, uma a uma, emsuas posições, batendo levemente com uma desempenadeira para permitir o seuperfeito posicionamento.

A passagem sobre elas é permitida após 72 horas da colocação, mas a livreutilização do piso é aconselhada somente após seis dias. Quando a colocação éfeita simultaneamente com a preparação da argamassa de assentamento,simplesmente apoia-se a chapa sobre ele, previamente preenchidas comargamassa. Se opção for pelo piso estriado, é recomendável que seja disposto pelo

sistema de juntas de amarração, para evitar problemas de alinhamento entre asestrias da superfície das placas.No caso do piso fixado com adesivo, este procedimento é feito com adesivos

plásticos comuns, mas a colocação ficará comprometida se for empregado emambientes sujeitos a lavagem. Uma opção para se evitar o problema é a utilizaçãode adesivos com base epóxi, contra a umidade. O procedimento de colocação inicia-se pela verificação das condições da base, que deve estar bem nivelada e semdefeitos. Em seguida o espalhamento do adesivo é feito conforme as técnicas jáconhecidas, através de espátulas dentadas e o posicionamento das peças são feitoposteriormente.

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c) - Cuidados e conservação 

Se por qualquer motivo, as placas fixadas com argamassa soltarem-se, sejapor má fixação ou pressa na utilização, a orientação é que se refaça todo o trabalhode colocação, isto é, deve-se remover a massa do contrapiso e substitui-la por uma

nova camada a fim de garantir a reposição da placa. O produto normal não resiste àação de agentes químicos, como solventes, mas casos especiais de utilização, sãoproduzidas borrachas com resistência a qualquer tipo de produto, desde que se façauma encomenda especial.

Após o término da obra recomenda-se uma limpeza com escova e aaplicação de uma demão de cera solúvel apropriada de cor preta, cujo líquidopenetre nas juntas entre as placas e elimina as molduras formadas pela poeira. Amanutenção é feita com cera vegetal de boa qualidade e o brilho é conseguido peloemprego de enceradeira.

8.3.8 - Pisos laminados

As chapas de pisos laminados são produzidas através da prensagem depapéis impregnados com resinas fenólicas, recobertos com material melamínico,sob um rígido controle de temperatura. O resultado é um produto que possui altaresistência ao desgaste e umidade.

São placas de piso com espessuras de 2 mm nas dimensões de 0,6m por0,6m, encontradas também em réguas com larguras de 0,3m e 0,2m por 3,08m x1,25m.

a) - Desempenho 

Recomendado para ser aplicado sobre quaisquer superfícies, esteja elarevestida ou não. As bases podem ser cimentados, tacos, assoalhos, cerâmicos,ladrilhos e outras, desde que estejam niveladas e sem falhas.

O produto proporciona um acabamento texturizado, antiderrapante. Possuiresistência contra as marcas deixadas por equipamentos pesados, cargas móveis,saltos de sapatos. É de difícil penetração, dissipa a eletricidade estática e nãoacumula poeira. Além disso, resiste bem aos agentes químicos, detergentes e tintas.Não é absorvente, não apresenta porosidades e é antialérgico.

b) - -Execução 

A base ideal para a aplicação dos laminados é formada por uma argamassa

de cimento e areia no traço 1:3 bem desempenada e com superfície acamurçada.Além disso, a massa deve estar bem curada e isenta de umidade por infiltração. Noentanto, as placas podem ser aplicadas sobre tacos de madeira ou pisos frios,desde que estejam em boas condições e para isso é interessante que se faça umaverificação minunciosa no local. Alguns problemas que podem ocorrer são:contrapiso esfarelando ou apresentando trincas e rachadoras. Nestes casos,recomenda-se que o serviço seja refeito de forma a eliminar estes problemas.Quando a base apresentar lombadas ou concavidades, a orientação é no sentido deeliminar as mesmas por lixamentos superficiais ou então com o preenchimento dolocal com argamassa de cimento e areia. Não é recomendado que a superfície fique

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lisa ou áspera demasiadamente, o ideal é encontrar uma textura satisfatória. Emáreas que possuem umidades, é aconselhável a eliminação da mesma, seja ela deordem interna ou externa.

c) - Colocação 

A utilização de técnicas e ferramentas adequadas para a operação decolocação dos pisos laminados é um fator importante para garantia do serviçoexecutado. A técnica de cortar e recortar as placas deve merecer cuidado, pois aperfeita junção entre elas depende deste trabalho, que é feito ao se marcar com umlápis, sobre a face decorativa da chapa. a linha onde se quer cortar. Depois disso, ocolocador deve, com o auxílio de uma régua e do riscador, marcar e aprofundar orisco, atingindo a metade da espessura da chapa. A separação entre as partes éfeita vergando-as para o lado decorativo até que se parta o sulco aberto. A operaçãode marcar a placa exige cuidado, pois o desvio do instrumento com que se riscapode inutilizar a parte decorativa. Para o desgaste lateral, usa-se a plaina, a lima e alixa, ajustando as mesmas às dimensões desejadas. A cola deve ser aplicada nas

duas faces, isto é, na superfície a ser revestida e na chapa laminada.Antes porém, deve-se espalhar sobre a base, uma demão de mistura em

partes iguais de cola e diluente, fechando os poros da superfície. Após a secagem,espalha-se o adesivo com uma espátula sobre as duas faces que serão coladas.Após a evaporação do solvente, que é verificada através de um teste simples - nãodeve grudar nos dedos - , a placa deve ser colocada em sua situação definitiva eprecionada a partir do centro para as bordas de modo a permitir a colagem. Emseguida, com um martelo ou rolete de borracha, aumenta-se a pressão,assegurando a boa fixação. Sempre deve-se prever um espaçamento adequado afim de permitir a dilatação das placas. Em áreas molhadas ou em hospitais - onde avedação das juntas é obrigatória - geralmente se utilizam vedantes especiaiselásticos que possam ser aplicados diretamente sobre as juntas.

d) - Cuidados e conservação 

Se o produto for aplicado de acordo com as recomendações, não deveráapresentar defeitos. Se, no entanto, for necessária a descolagem de uma placa, istoé feito com o auxílio de um formão para levantá-la e um borrifador que injetadiluente sobre o adesivo e facilita a descolagem.

A limpeza pode ser feita normalmente e não precisa de cuidados especiais.Não é necessário o uso de cera, pois o brilho característico do produto é restauradocom a simples passagem de um pano úmido.

8.3.8 – Piso de Concreto

Utilizado principalmente para pisos Industrial interno ou externo, posto degasolina, garagens de edifícios etc. Devem ser cercados de todos os cuidadospossíveis para a sua boa execução e utilização como: o cálculo estrutural, a análisedo terreno de fundação, o estudo das juntas, os materiais a serem empregados oposicionamento das armaduras, a concretagem a cura e o controle de qualidade dospisos. Devem ser armados, melhorando consideravelmente a durabilidade emanutenção.

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Para os pisos armados pouco solicitados, como nos salões comerciais,garagens, quadras esportivas etc. podemos adotar o seguinte:

- Sub-base preparada preferencialmente com brita graduada tratada comcimento sendo 40% de brita 1, 40% de brita 2, 20% de areia fina e 6% de

cimento em peso. O material deve ser lançado e espalhado comequipamentos adequados, a fim de assegurar a sua homogeneidade.- O isolamento entre a placa e a sub-base, deve ser feito com filme plástico

(espessura mínima de 0,15mm) como as denominadas lonas pretas. Afunção deste isolamento é evitar que a infiltração de água pelas juntasprejudique a sub-base, e também evitar a absorção de água pela sub-base, dando tempo para realizar o acabamento. Nas regiões de emendas,deve-se promover uma superposição de pelo menos 15 cm.

- A armadura ( de preferência tela soldada ) deverá, obrigatoriamente, estarposicionada a 1/3 da face superior da placa, com recobrimento máximo de5,0cm. O posicionamento da armadura deve ser efetuado comespaçadores soldados (como as treliças) para as telas superiores.

- Quando não se tem certeza de um preparo confiável do solo, utilizararmadura ( tela soldada ) adicional a 3,0cm da face inferior da placa.

- Resistência mínima do concreto:- 20 Mpa – Pedestres e carros, escritórios, lojas- 25 MPa – Uso industrial geral: veículos com pneumáticos,

condições moderadas de ataque químico.- Slump entre 5 a 10 cm

- As juntas têm a função de permitir as movimentações de contração eexpansão do concreto, porem representam pontos frágeis no piso, pois senão forem adequadamente projetadas e executadas, podem provocardeficiência estrutural bem como infiltração de água e outros materiais.Os pisos armados têm vantagens sobre os pisos de concreto simples, poispermitem a redução considerável do número de juntas.

A junta é a descontinuidade do concreto e da armadura, sem, no entanto terdescontinuidade estrutural ( utilização de barras de transferência ), podendo ser:

•  Juntas   de Retração  longitudinais e/ou transversais, construtivas (JRC) ouserradas (JRS)

JRC – São juntas construtivas onde a largura da placa é limitado pelaarmadura distribuída, pelos equipamentos e métodos executivos.JRS – O processo construtivo utilizado nos dias de hoje, prevê a concretagem

em faixas e limitadas em sua largura pelas juntas construtivas (JRC). Após oprocesso de acabamento do concreto, deve-se iniciar o corte das juntastransversais de retração (JRS). Em geral este tempo é de cerca de 10 horasapós o lançamento do concreto. O corte deve ter no mínimo 40 mm, ser maiordo que 1/6 da espessura da placa e menor do que ¼ da espessura damesma (RODRIGUES, 1998).

•  Juntas de  Expansão (encontro) situada nos encontros dos pisos com peçasestruturais ou outros elementos que impedem a movimentação dos pisos.

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As juntas de expansão são fundamentais para isolar o piso das outrasestruturas, isto faz com que o piso trabalhe independente das outrasestruturas existentes. Nos casos de pilares e pequenas aberturas nos pisos,normalmente utiliza-se a solução apresentada na figura 8.19, tambémconhecida como junta tipo diamante (RODRIGUES, 1998).

Figura 8.19 – Junta de expansão tipo diamante 

As juntas tipo serradas deverão ser cortadas logo após o concreto tenharesistência suficiente para não desagregar e ter profundidade mínima de 3cm.

No caso das juntas de construção (para a formação do reservatório doselante), somente poderão ser serradas quando for visível o deslocamentoentre as placas.

A selagem das juntas deverá ser feita quando o concreto estiver atingido pelomenos 70% de sua retração final (Figura 8.20, 8.21).

Figura 8.20 – -Selante para junta de construção  

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Figura 8.21 – Selante para junta serrada  

O espaçamento das juntas podem ser:

Piso não armados :

• placas com no máximo 3,0m, para pisos de 10 a 12,5cm de espessura,• placas de no máximo 5,0m, para pisos de 12,5 a 15 cm de espessura e,• placas de no máximo 8,0m, para pisos de 15 a 25 cm de espessura.

A recomendação para as placas de concreto simples, é de que a relaçãoentre a largura e o comprimento seja na ordem de 1:1,5.

Piso armado : placas com comprimento até 30m.

A concretagem pode ser executada de duas maneiras: em dama  (xadrez),sistema mais antigo, onde a concretagem é efetuada isoladamente das placasvizinhas, que só serão concretadas 24 horas após ou em faixas , onde as juntasserão serradas após 10 horas do lançamento do concreto (Figura 8.22).

OBS : - Atualmente, a concretagem em dama deve ser evitada, podendo ser empregada apenas em trabalhos muito simples.

- Quando utilizarmos barras de transferência as mesmas devem trabalharcom pelo menos uma extremidade não aderida, para permitir que nos movimentoscontrativos da placa ela deslize no concreto, sem gerar tensões.Para que issoaconteça metade da barra tem que estar com vaselina industrial para impedir a

aderência ao concreto. A prática de enrolar papel de embalagens de cimento, lonaplástica ou mangueira na barra é prejudicial aos mecanismos de transferência decarga, pois acabam formando vazios entre o aço e o concreto.

Os conjuntos de barras devem estar paralelos entre si, tanto no plano verticalcomo no horizontal e concomitantemente ao eixo da placa.

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Figura 8.22 - Detalhes da execução do piso de concreto 

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- Acabamento superficial:O acabamento superficial é formado pela regularização da superfície, e pela

texturização do concreto.A regularização da superfície do concreto é fundamental para obtenção de

um piso com boa planicidade. Deve ser efetuada com ferramenta denominada rodo

de corte, constituída de uma régua de alumínio ou magnésio, fixada a um cabo comdispositivo que permita a sua mudança de ângulo. Deve ser aplicado no sentidotransversal da concretagem, algum tempo após a concretagem, quando o materialestá um pouco rígido. Seu uso irá reduzir consideravelmente as ondas que a réguavibratória e o sarrafeamento deixaram.

O desempeno mecânico do concreto (floating) é executado com a finalidadede embeber as partículas dos agregados na pasta de cimento, removerprotuberâncias e promover o adensamento superficial do concreto. Para a suaexecução, a superfície deverá estar suficientemente rígida e livre da água superficialde exsudação. A operação mecânica deve ser executada quando o concretosuportar o peso de uma pessoa, deixando uma marca entre 2 a 4 mm. Devem ser

empregadas acabadoras de superfície, preferencialmente dupla. Nesta etapa, umanova aplicação do rodo de corte proporciona acentuada melhoria dos índices deplanicidade e nivelamento.

O alisamento superficial ou desempeno fino (troweling) é executado após odesempeno, para produzir uma superfície densa, lisa e dura. O equipamento é ommesmo empregado no desempeno mecânico, com a diferença de que as lâminassão mais finas.

- Cura:A cura do piso pode ser do tipo química ou úmida.A cura química deve ser aplicada à base imediatamente ao acabamento

podendo ser de PVA, acrílico ou outro composto capaz de produzir um filmeimpermeável.

Na cura úmida deverão ser empregados tecidos de algodão ou sintéticos, quedeverão ser mantidos permanentemente úmidos pelo menos até o concreto teralcançado 75% da sua resistência final. Poderão ser empregados os filmesplásticos, mais exigem maior cuidado com a superfície, visto que podem danificá-lana sua colocação, além disso, por não ficarem firmemente aderidos ao concreto,formam uma câmara de vapor, que condensando pode provocar manchas noconcreto.

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ANOTAÇÕES

1 - Nas colocações de pisos em grandes áreas deve-se prever juntas dedilatação(expansão). Para cada tipo de piso deve-se estudar a junta mais indicada,e a mesma deverão coincidir com as juntas estruturais efetuadas no contrapiso.

2 – Mesmo em áreas pequenas devemos prever as juntas entre os pisos e asparedes.3 - Verificar sempre se a argamassa de regularização para pisos, assentados comcola, esteja seca do tipo “farofa" no ato da sua aplicação.

4 - Nos pisos de concreto pode ser adicionadas fibras (de aço, sintéticas etc.), queauxiliam na redução das fissuras.

5 – Cuidados na aquisição de revestimentos cerâmicos:• Verificar ao receber o produto a tonalidade o PEI e se todas as caixas são do

mesmo lote e têm a mesma classificação.

6 – Cuidados na utilização das cerâmicas:• As cerâmicas devem retornar a cor natural após secarem;• As cerâmicas não devem ser molhadas se forem assentadas com cimento

colante;• O tardoz deve estar isento de pó ou outro material solto que impeçam sua

boa aderência;• As cerâmicas podem apresentar pequenas variações nos tamanhos e na sua

tonalidade. Cuidado.• Retirar das caixas somente as cerâmicas que serão assentadas.

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09 - TINTAS E VIDROS  

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Escolher o tipo de tinta ideal para a sua edificação;• Especificar corretamente o preparo das bases para a aplicação das tintas;• Especificar corretamente o esquema de pintura;• Verificar a qualidade das tintas;• Classificar corretamente os vidros;• Especificar corretamente a colocação dos vidros.

9.1 - TINTAS

A tinta é uma composição líquida, pigmentada que, quando aplicada sobre umasuperfície, torna-se uma película protetora e decorativa, além de exercer funçãosanitária e influir na distribuição da luz. Sua composição básica inclui pigmentos,veículo, solventes e aditivos.

Os pigmentos são partículas sólidas (pó) e insolúveis. Podem se divididos emdois grandes grupos, ativos e inertes. Os pigmentos ativos possuem função deconferir cor e capacidade de cobertura a tinta, enquanto que os inertes (ou cargas)

encarregam-se de proporcionar outras características, tais como lixabilidade, dureza,consistência, etc. Uma tinta pode conter vários pigmentos.

O veículo de uma tinta é constituído por resinas, sendo responsável pelaformação da película protetora na qual se converte as tintas depois de seca. Ossolventes são utilizados pelo fabricante nas diversas fases da fabricação da tinta,para facilitar o empastamento dos pigmentos, para regular a viscosidade da pasta demoagem, facilitar a fluidez dos veículos e das tintas prontas, na fase de enlatamento.O usuário emprega o solvente para adequar a tinta às condições de pintura, visandoà facilidade de aplicação, alastramento, etc. Entre os solventes mais comunsencontram-se a água, aguarrás, álcoois, cetonas, xilol, etc.

9.1.1 - SEUS TIPOS

Aqui são relacionados os tipos comumente encontrados na construção civilclassificado de acordo com os veículos utilizados em sua formulação.

Caiação - Nas construções rurais, é a caiação a pintura mais indicada para asparedes por ser mais econômica que as demais, de fácil execução, além de serdesinfetante. No preparo da tinta recomendam-se os seguintes cuidados: cal de boaqualidade; queima de cal em vasilhame limpo e passagem da pasta através de uma

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peneira fina. A adição da água deve ser em quantidade necessária para obter-seuma pasta maleável, ou seja, um leite de cal mais ou menos denso.

Há necessidade de, no mínimo, três demãos, sendo que, no caso de aplicaçãode cores, a primeira demão deve ser branca.

Nas caiações em paredes externas, se junta à tinta certa quantidade de óleo de

linhaça para melhor aderência da pintura. Quando é necessária maior proteçãocontra a infiltração de água da chuva, adicionam-se à cal produtosimpermeabilizantes.

Aplicação: brochas, pincéis grandes, etc...

Látex P.V.A. - é uma tinta aquosa, à base de acetato de polivinila (P.V.A.).

Látex Acrílico - é também uma tinta aquosa, à base de emulsões acrílicas,que conferem a tinta maior resistência ao intemperismo. Este fato faz com que astintas acrílicas sejam recomendadas, preferencialmente, para superfícies externas.

Esmalte Sintético - é uma tinta à base de resinas alquídicas, de óleos

secativos e solventes.

Tinta Óleo - é semelhante ao esmalte sintético, com preponderância do teoróleo.

Tinta Epóxi - é uma tinta em solução, à base de resinas epóxi, de granderesistência à abrasão. Apresenta-se em dois componentes: tinta e catalisador.

Verniz Poliuretano - é uma solução de resinas poliuretânicas, em solventesalifáticos.

Tinta de borracha Clorada - é uma solução à base de borracha clorada, dealta plasticidade e de grande resistência à água.

9.1.2 - SUA QUALIDADE

Ao se abrir uma embalagem pela primeira vez, a tinta deve satisfazer àsseguintes condições: não apresentar excesso de sedimentação, coagulação,galeificação, empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele (nata);torna-se homogênea mediante agitação manual; não apresenta odor pútrido e nemexpelir vapores tóxicos. Na superfície interna da embalagem não deve haver sinaisde corrosão. No momento de aplicação, a tinta precisa se espalhar facilmente, de

maneira que o rolo ou pincel deslizem sem resistência (suavemente), devendo asmarcas destes acessórios desaparecer logo após a aplicação da tinta, resultandouma película uniforme, quanto ao brilho, cor e espessura.

Rendimento e cobertura são dois conceitos distintos. O primeiro expressa arelação entre a área pintada e o volume de tinta gasto (l/m²). O outro se refere àcapacidade da tinta de cobrir totalmente a superfície (contraste e cor). Na prática,esta capacidade é medida em número de demãos.

Estas duas propriedades estão intimamente ligadas ao tipo, qualidade equantidade de resinas e de pigmentos utilizados na formulação da tinta. É

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  justamente aqui, na variação destes elementos, que se têm as maiores diferençasde qualidade entre as tintas no mercado.

A durabilidade de uma tinta refere-se à resistência à ação do intemperismo aolongo do tempo. A melhor tinta é aquela que demora mais para calcinar, desbotar,perder sua boa aparência, bem como suas propriedades de proteção. A qualidade

também depende do tipo da tinta e a maneira de se medir previamente adurabilidade de uma tinta é através de testes de imtemperismo acelerado, o que ospode ser feito em laboratório.

As tintas devem ser laváveis, apresentar resistência à ação de agentesquímicos, comuns no uso doméstico, tais como detergentes, água sanitária, etc...Além disso, precisam prevenir o desenvolvimento de organismos biológicos - fungose bactérias.

Normalmente, os tipos de tinta mencionados devem ser armazenados emlocais secos e ventilados, não sujeitos a grande variação térmica. Assim, após umano da data da fabricação, a tinta armazenada na embalagem original, cheia efechada, atendendo às recomendações de temperatura do fabricante, não podeapresentar formação de pele e os problemas já mencionados anteriormente.

9.1.3 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

A adequada preparação da superfície é fator tão importante como a escolha debons produtos para a sua pintura. Os seguintes cuidados devem ser observados: eladeve ser limpa, seca, isenta de poeira, gordura, sabão ou mofo, deve-se utilizar águamorna com detergente para eliminar manchas de gordura; aplicar uma solução deágua com cerca de 25% de água sanitária para remover as partes mofadas e, emseguida, enxaguar a superfície; corrigir com argamassa as imperfeições profundasda parede; as pequenas imperfeições (rasas) devem ser corrigidas com massacorrida (em reboco interno) ou massa acrílica (em reboco externo); raspar ouescovar as partes soltas ou mal aderidas; eliminar o brilho de qualquer origem,usando lixa de grana adequada.

Antes de iniciar a pintura sobre um reboco novo, é preciso aguardar que eleesteja seco e curado. Se a tinta for aplicada sobre o reboco mal curado,provavelmente a pintura descascará, porque a impermeabilidade da tinta dificultará asaída da umidade e as trocas gasosas necessárias à carbonatação do reboco, sema qual se tornará pulverulento sob a película da tinta, causando o descascamento.

Rebocos deficientes, com pouco cimento, apresentam superfície poucascoesas, fato que pode ser verificado ao se esfregar a mão sobre o reboco,constatando-se a existência de partículas soltas (grãos de areia). Neste caso,recomenda-se aplicar uma demão de fundo à base de solvente, com alto poder de

penetração e grande resistência à alcalinidade natural do reboco. Este procedimentoresultará nos seguintes benefícios: fixação de partículas soltas, aumentando acoesão da superfície; proteção do acabamento contra alcalinidade do reboco;uniformização da absorção da superfície e aumento do rendimento do acabamento.

A superfície de madeira , pintada pela primeira vez, deve ser lixada para quesejam eliminadas as farpas. Em seguida aplica-se uma demão de fundo brancofosco, com diluição de até 15% de diluente e corrigem-se as imperfeições commassa a óleo. Após a secagem, lixa-se novamente, removendo-se a poeira eaplicando-se o acabamento.

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Na repintura sobre madeira , o procedimento é semelhante ao da primeirapintura, dispensando-se aplicação de fundo branco fosco.

No caso de envernizamento da madeira, não se aplica fundo branco fosco enem massa a óleo, mas sim selador para madeira, lixa-se e se aplica o verniz.

Para a pintura nova sobre ferro é necessário remover-se a ferrugem, utilizando

lixa ou escova de aço, e aplica-se fundo a base de zarcão ou óxido de ferro e pintar.Na repintura, elimina-se a ferrugem e aplica-se o fundo apenas nas partes onde asuperfície metálica esteve exposta. Após a secagem, lixa-se para nivelar a base eaplica-se o acabamento. Outro produto conhecido como Neutralizador de Ferrugem,pode ser usado antes de aplicarmos o zarcão, ele é aplicado a frio e transformaquimicamente a superfície do ferro ou oxidos nela existentes em fosfatos inertes doponto de vista da corrosão, impedindo o aparecimento de ferrugem.

9.1.4 - ESQUEMA DE PINTURA

Qualquer que seja o esquema de pintura a ser aplicado, recomenda-se

observar atentamente as orientações sobre a preparação da superfície. O númerode demãos e as indicações sobre a diluição das tintas baseiam-se em produtos deboa qualidade, podendo haver significativas variações, já que existe uma grandediferença de qualidade entre as tintas disponíveis no mercado. No entanto,recomenda-se seguir a orientação do fabricante.

O acabamento convencional sobre rebocos (interno e externo) requer umademão de tinta látex (P.V.A. ou acrílica), bem diluída (com até 100% de água), duasdemãos de tinta látex com diluição de 20 a 30% de água.

No acabamento liso interno, deve-se aplicar massa corrida em camadas finas eduas demãos de tinta látex, com diluição de 20 a 30% de água. No externoprocesse-se da mesma forma, apenas utilizando-se de tinta látex acrílica, comdiluição de 20 a 30% de água.

Quando se pretende um acabamento acrílico texturado, deve-se aplicar umademão de látex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã) ,uma demão de látex textura acrílica, com diluição de 10% de água (usar rolo deespuma). Quando se deseja resistência superior e maior durabilidade doacabamento, aplicam-se duas demãos de tinta látex acrílica sobre a textura acrílica.

No acabamento liso de áreas molháveis - banheiros, cozinhas, etc. - deve-seaplicar massa acrílica em camadas finas, duas demãos de esmalte sintéticobrilhante, sendo a primeira com diluição de até 15% de diluente e a segunda comaté 5%. Quando se pretende um acabamento texturizado, deve-se usar uma demãode látex textura acrílica com diluição de até 10% de água (usar rolo de espuma) e,finalmente, duas demãos de esmalte sintético brilhante, sendo a primeira com

diluição de até 15% de diluente e a segunda até 5%.No acabamento texturado em corredores, escadarias, etc. deve-se aplicar umademão de látex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã),uma demão de látex textura acrílica, com diluição de até 10% de água (usar rolo deespuma) e, finalmente, uma demão de liqui-brilho, com diluição de até 10% de água,com a finalidade de facilitar a limpeza, aumentando o brilho da superfície.

A repintura sobre superfícies críticas, isto é, látex em mau estado, calcinado,descascando, ou caiação, deve ser efetuada removendo-se as partes soltas comespátula, fazer os reparos, lixar a superfície, eliminar o pó e aplicar o fundo à basede solventes (1), de alto poder de penetração, convenientemente diluído, para que a

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superfície não se torne brilhante. Se isto ocorrer, lixa-se levemente para quebrar obrilho. Em seguida, aplicam-se duas demãos de tintas látex - P.V.A. ou acrílica - comdiluição de 20 a 30% de água.

No acabamento direto sobre bloco de concreto (interno ou externo),recomenda-se frisar a massa de assentamento de maneira que os frisos sejam

rasos, o que facilita a aplicação da pintura. A massa de assentamento não deveapresentar falhas, fissuradas ou orifícios. Se isto ocorrer, devem-se efetuar osreparos necessários com a mesma massa.. Em seguida aplica-se uma demão delátex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã).Preferencialmente, sobre a massa de assentamento (frisos), esta primeira demãodeve ser feita com pincel, uma demão de látex textura acrílica, com diluição de 30 a40% de água, resultando um aspecto final semelhante à própria textura do bloco(usar rolo de lã). Para maior resistência e durabilidade do acabamento, recomenda-se aplicar mais duas demãos de tinta látex (P.V.A. ou acrílica), com diluição de 20 a30% de água.

Para obter um acabamento texturizado, esta segunda demão de textura acrílicadeve ser aplicada com diluição de até 10% de água, (usar rolo de espuma). Neste

caso, recomenda-se especial atenção no sentido de que os frisos da massa deassentamento não sejam profundos e de que não haja irregularidades acentuadas(buracos) na superfície dos blocos, pois a tinta menos diluída tenderá a encher taisdepressões. Se forem profundas, poderá haver trincamento na textura acrílica. Paramaior resistência e durabilidade, recomenda-se aplicar mais duas demãos de tintalátex com diluição de 20 a 30% de água.

Na face externa das telhas de fibrocimento, deve-se aplicar uma demão defundo à base de solventes, de alto poder de penetração e resistência à alcalinidade,diluído com até 100% de diluente, duas demãos de tinta látex acrílica, com diluiçãode 20 a 30% de água. Para a pintura da face interna, dispensa-se a aplicação defundo à base de solventes. Deve-se observar, entretanto, que não é aconselhávelpintar apenas a superfície interna da telha, pois não havendo impermeabilização naface externa, a umidade penetrará, prejudicando a pintura interna. Além disso, apintura do lado externo aumentará a vida útil da telha. Nas superfícies delitocerâmica não esmaltada ou de tijolo à vista aplica-se massa de assentamentoadequadamente frisada, não apresentando falhas, fissuras ou orifícios. Caso istoocorra, os fabricantes recomendam que se efetuem reparos necessários com amesma massa. Em seguida, deve-se aplicar uma demão de silicone, conformeorientação do fabricante, o que aumentará a impermeabilização da superfície, semalterar o aspecto. Para proporcionar brilho e mais resistência a estas superfícies,deve-se consular os fabricantes de tintas sobre quais produtos aplicar.

Nas barras lisas de cimento (internas e externas) recomenda-se aplicar duasdemãos de tinta látex acrílica, som diluição de 20 a 30% de água.

No concreto aparente deve-se eliminar os eventuais resíduos de substânciasdesmoldantes utilizadas para retirar as formas para concreto, com o auxílio dedetergentes ou removedores à base de aguarrás. Lixa-se a superfície e em seguidaaplica-se silicone, de acordo com as instruções do fabricante, o que aumenta aimpermeabilização sem alterar o aspecto. Para que a superfície se torne brilhante emais resistente, recomenda-se também consultar os fabricantes de tintas sobrequais produtos aplicar. Quando se deseja pintar o concreto aparente, deve-se aplicarduas demãos de tinta acrílica. Eventuais reparos precisam se efetuados com nata decimento ou massa acrílica principalmente nos casos em que se deseja pintá-la.

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Em pinturas sobre madeira devem ser observadas as orientações a respeito dapreparação da superfície, normalmente aplicando-se duas demãos de esmaltesintético brilhante, acetinado ou fosco, lembrando-se de que este último érecomendado para superfícies internas. A primeira demão de esmalte pode serdiluída com até 15% de diluente e a segunda, com até 5%. É preciso lixar a

superfície levemente entre as demãos.No primeiro envernizamento da madeira normalmente são necessárias trêsdemãos de verniz brilhante ou fosco, sendo que o fosco não é recomendado parasuperfícies externas. A diluição na primeira demão pode ser de até 20% de diluente,e a segunda e terceira com 5 e 10% respectivamente. Lixar levemente entre asdemãos. O reenvernizamento é feito normalmente com duas demãos.

Nas superfícies de ferro, depois de preparadas adequadamente, são aplicadasduas demãos de esmalte sintético brilhante, acetinado ou fosco, sendo que esteúltimo não é recomendado para superfícies externas. A primeira demão deve serdiluída com até 15% de diluente e a segunda com até 5%. Também deve-se lixarlevemente entre as demãos.

9.1.5 - CUIDADOS NA APLIAÇÃO DAS TINTAS

Nas superfícies de reboco ocorrem muitos problemas em função de umidade,cura insuficiente e alcalinidade. Estes "inimigos" da pintura podem acarretarinconvenientes conhecidos por eflorescência, desagregamento e saponificação.

A eflorescência manifesta-se pelo aparecimento de manchas esbranquiçadasna superfície pintada. A causa é a umidade, isto é, a tinta foi aplicada sobre o rebocoainda úmido. A secagem se dá pela eliminação da água sob forma de vapor, quearrasta o hidróxido de cálcio do interior para a superfície pintada, onde se deposita,causando a mancha.

Para se prevenir este inconveniente, antes de pintar o reboco, deve-seaguardar até que esteja completamente seco e curado, o que demora cerca de 30dias. Para a correção, se houver apenas eflorescência, sem desagregamento, ésuficiente aguardar a secagem total da parede, aplicar uma demão de fundo à basede solvente de grande resistência à alcalinidade e repintar.

Observa-se, porém, que a umidade sempre acarreta problemas na superfície,que não podem ser resolvidos apenas com a pintura. Primeiro é necessário eliminara umidade, preparar a superfície e depois, aplicar a tinta. Aqui é tratado apenas, ocaso de umidade proveniente de um reboco que ainda não estava seco, cujasolução é simplesmente aguardar a secagem total da parede. Entretanto é oportunolembrar que as causas mais comuns de umidade são: vazamento emencanamentos, infiltração de águas pluviais e má impermeabilização de alicerce,

sendo que esta última é a mais difícil de ser eliminada.O desagregamento manifesta-se pela destruição ou descascamento da pintura,podendo envolver também o substrato, que se torna pulverulento. A causa desteproblema reside no fato de a tinta ter sido aplicada antes que o reboco estivessecurado. A carbonatação (cura) do reboco se dá pelo processo de reação do gáscarbônico com óxidos metálicos provenientes do reboco que contém cal. Aprevenção, neste caso, é aguardar até que a parede esteja seca e curada, antes deiniciar a pintura. A correção pode ser feita da seguinte forma: raspam-se as partesde agregadas: corrigir as imperfeições profundas do reboco com argamassa;

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aguardar a secagem e a cura; aplicar uma demão de fundo à base de solventes; erepintar.

A saponificação manifesta-se pelo aparecimento de manchas na superfíciepintada, provocando o descascamento ou a destruição da película de tinta P.V.A. oupelo retardamento indefinido da secagem de tintas a base de resinas alquílicas. A

superfície apresenta-se, neste caso, sempre pegajosa, podendo até ocorrer oescorrimento de óleo.A causa da saponificação é a alcalinidade natural do reboco, pela utilização do

cimento e cal. Esta alcalinidade, na presença de um certo grau de umidade, reagecom a acidez característica de alguns tipos de resina, acarretando os defeitos jámencionados. Para a sua prevenção sempre que se pintar sobre reboco, énecessário que ele esteja seco e curado. Para se evitar possíveis defeitosdecorrentes da alcalinidade, recomenda-se aplicar, previamente, uma demão defundo à base de solvente, de grande resistência à alcalinidade.

A correção para tintas do tipo látex é a seguinte: raspar, escovar e lixar toda asuperfície, eliminando as partes atacadas e as mal aderidas. Aplicar uma demão defundo à base de solvente, de grande resistência à alcalinidade. Em seguida, repintar.

A correção para tintas à base de resinas alquílicas é feita da seguinte forma:remover totalmente a tinta mediante lavagem com solvente, raspando e lixando,Como é difícil remover este tipo de tinta, em certos casos, costuma-se aquecer apintura com um maçarico até que ela estoure, raspando-se em seguida, aindaquente (este procedimento é somente aconselhável quando executado porprofissionais experientes). Aplicar duas demãos de fundo à base de solventes, degrande resistência à alcalinidade. E, em seguida, repintar.

O caso de manchas causadas por pingos de chuva ocorre quando se trata depingos isolados em paredes recém pintadas. Decorrem do fato de estes pingostrazerem à superfície os materiais solúveis. Torna-se oportuno esclarecer que, secair realmente uma chuva e não apenas pingos isolados, não haverá manchas. Acorreção é efetuada com a lavagem de toda a superfície pintada, com água, semesfregar.

As trincas e fissuras, estreitas, rasas e sem continuidade ocorrem por duasrazões: a primeira é o tempo insuficiente de hidratação da cal, antes da aplicação doreboco; a segunda é a camada excessivamente espessa de massa fina. A correçãoé feita desta forma: abrem-se as fissuras com estilete; corrige-se a superfície commassa acrílica (interna e externamente) ou massa corrida (internamente) lixaelimina-se o pó e se repinta.

O descascamento ou não aderência é causado por pintura sobre caiação, semprévia preparação da superfície. A cal não apresenta boa aderência sobre osubstrato, constituindo camada pulverulenta.

Portanto qualquer tinta aplicada sobre caiação está sujeita a se descascar

rapidamente. A causa do descascamento da tinta pode ocorrer também quando, naprimeira pintura sobre o reboco, a primeira demão não foi suficientemente diluídae/ou havia excesso de poeira na superfície.

A prevenção, no primeiro caso, deve ser a não aplicação de tinta diretamentesobre a caiação. No segundo caso, a tinta deve ser diluída de acordo com asinstruções do fabricante. A primeira demão deve ser bem diluída para penetrar nasuperfície. A correção em ambos os casos deve ser efetuada com a raspagem ouescovagem da superfície até a total remoção das partes soltas ou mal aderidas.

Após estas providências, recomenda-se a correção das imperfeições commassa acrílica (externa e internamente) ou massa corrida (internamente). Aplica-se

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então uma demão de fundo à base de solvente para melhorar a firmeza dasuperfície. Em seguida repintar.

O aparecimento de bolhas seguidas de descascamento em paredes externasgeralmente é causado pelo uso indevido da massa corrida, seja pela correção dasuperfície ou para "pintura", sendo aplicada com rolo, bem diluída, como se fosse

tinta. Cabe aqui observar que a massa corrida P.V.A. não é indicada para superfíciesexternas.A correção, no primeiro caso, deve ser feita pela remoção da massa corrida e a

aplicação de uma demão de fundo à base de solventes. Em seguida, corrigir asimperfeições com massa acrílica e repintar. No segundo caso, deve-se raspar ouescovar a superfície até a remoção total da "pintura". Depois aplica-se uma demãode fundo à base de solventes, corrigem-se as imperfeições com massa acrílica erepinta-se.

Os mesmos problemas, isto é, bolhas e descascamentos, podem ocorrer naprimeira pintura em paredes internas, sobre massa corrida. Isto acontece quando,após o lixamento da massa, a poeira não foi devidamente eliminada da superfíciee/ou a tinta não foi adequadamente diluída e/ou a massa corrida utilizada era muito

fraca (com pouca resina).Outra hipótese da ocorrência dos mesmos problemas constata-se na repintura,

quando a nova tinta aplicada umedece a película da tinta anterior, provocando a suadilatação.

A correção, em todos os casos, deve ser feita com a remoção (raspagem) daspartes onde ocorreu o fenômeno. Isto feito, recomenda-se retocar a superfície commassa corrida, aplicar uma demão de fundo à base de solventes (1) e repintar.

A correção de manchas amareladas provocadas por gordura, óleo ou nicotina éfeito com a lavagem da superfície por meio de solução de água com 10% deamoníaco ou detergentes que contém amônia. Este procedimento, quandodesejável, pode ser substituído pela aplicação de fundo à base de solvente. Se estaaplicação resultar uma película brilhante, quebra-se o brilho lixando suavemente. Emseguida, repinta-se.

Os problemas mais comuns em superfícies de madeira pintadas com tinta desistemas alquímicos são os retardamentos da secagem, manchas, má aderência etrincas.

O retardamento indefinido da secagem e/ou manchas é causado pela migraçãode ácidos orgânicos e/ou resinas naturais características de determinados tipos demadeira. A primeira precaução é evitar tais madeiras. Estes casos são raros e dedifícil solução. Recomenda-se consultar os fabricantes de tintas sobre cada casoespecífico.

A repintura sobre madeira impregnada com resíduos de soda cáustica (ousimilares) utilizada na remoção da pintura anterior é uma segunda causa do

problema que pode ser prevenido se, antes da repintura, forem eliminados estesresíduos a partir da lavagem de toda a superfície, com água em abundância.Aguardar a secagem total e repintar.

A correção é feita com a remoção total da pintura. Em seguida, lava-se asuperfície com água em abundância para que sejam eliminados os resíduos de sodacáustica. Aguarda-se a secagem total da superfície e torna-se a pintar.

Trincas e má aderência geralmente ocorrem quando se utiliza massa corridaP.V.A. para corrigir imperfeições de madeira, principalmente em portas. Não se deveutilizar massa corrida P.V.A. para este fim. O certo é o emprego de massa a óleo.

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A correção, neste caso, é feita com a eliminação da massa corrida, aplicaçãode uma demão de fundo branco fosco bem diluído, correção das imperfeições commassa a óleo, lixamento e eliminação de pó para, em seguida, repintar.

Tabela 9.1 - Defeitos observados, agentes causadores e possíveis mecanismos de degradação 

DEFEITOS AGENTES POSSÍVEIS MECANISMOS DE DEGRADAÇÃOPerda deaderência, empolamento, descascamento  

água - pode ocorrer pela presença de água sob apelícula de pintura. A baixa permeabilidade aovapor de água pode permitir o acúmulo deumidade sob a película, que provoca esforçosoriginando os citados problemas.

Perda deaderência, empolamento, descasc

amento.  

sais álcalis - pode estar associado ao ataque de álcalis ou aosurgimento de eflorêscencia pelo carreamento desais solúveis em água através da parede, que

podem surgir sob e película ou sobre ela.

Fendilhamento eFissuras  

intemperismo 

- podem ocorrer pela perda da capacidade deflexibilidade da película após a ação da radiaçãosolar particularmente sua parcela de radiaçãoultravioleta.

aplicação - podem ocorrer pela preparação inadequada dabase.  

Alteraçãono aspecto  

partículas emsuspensão

no ar  

- a retenção de poeira pela pintura e aconseqüente lavagem pela chuva provoca o

surgimento de regiões manchadas.intemperismo

 - a alteração na cor e brilho da pintura é oresultado da ação de alguns agentes agressivostais como radiação ultravioleta, água, sais, etc.,degradando o pigmento e veículo da pintura.

Manchasescuras nasuperfície  

fungos - as condições ambientais, umidade etemperatura podem favorecer o crescimento defungos. Normalmente ocorrem tanto no interiorquanto no exterior da edificação nas faces commá ventilação e sem incidência de radiação solar

direta.

Umidade água - preparação inadequada da base;- aplicação inadequada da pintura;- produto inadequado ao fim a que destina.

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9.1.6 - CONDIÇÕES AMBIENTAIS DURANTE A APLICAÇÃO 

Os serviços de pintura devem sempre ser realizados em ambiente comtemperaturas variando entre 10ºC e 35ºC, a menos que o fabricante estabeleçaoutro intervalo de variação para um tipo específico de tinta. As pinturas executadas

em superfícies exteriores não devem ser efetuadas quando ocorrer precipitaçãopluvial, condensação de vapor d'água na superfície da base ou ventos fortes, com otransporte de partículas em suspensão no ar.

As pinturas de interiores podem ser efetuadas mesmo quando as condiçõesclimáticas impeçam as do exterior, desde que seja obedecida a variações detemperatura, e que não ocorra condensação de vapor de água na base a serpintada. De preferência, a pintura em superfícies interiores deve ser realizada emcondições climáticas que permitam que portas e janelas permaneçam abertas.

Cada demão de tinta subseqüente, somente deverá ser aplicada quando aanterior estiver adequadamente seca, de modo tal que o contato com a película,anteriormente aplicada, não provoque na mesma enrugamentos, descoloramentos,etc. Também devem ser evitados escorrimentos ou salpicos de tinta nas superfícies

não destinadas à pintura - vidros, pisos, alvenarias e concretos aparentes, etc...Ossalpicos que não puderem ser evitados precisam ser removidos enquanto a tintaainda estiver fresca, empregando-se removedor adequado.

A última demão de tinta deve proporcionar a superfície uma película de pinturauniforme, sem escorrimentos, falhas ou imperfeições. A pintura recém-executadadeve ser protegida contra a incidência de poeira ou de água, ou mesmo contracontatos acidentais durante o período de secagem.

9.1.7 - MATERIAL DE TRABALHO

Podemos utilizar vários tipos de materiais e equipamentos para se efetuar umaboa pintura. Segue abaixo algumas sugestões:

•  de madeira:

Figura 9.1 - Materiais utilizados no preparo e aplicação das pinturas em madeira 

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•  de metais:

Figura 9.2 - Materiais utilizados no preparo e aplicação das pinturas em metais  •  parede:

Figura 9.3 - Materiais utilizados no preparo e aplicação das pinturas em paredes 

NOTA

Pincel ou Trincha?São praticamente a mesma coisa. Os pincéis têm sempre o corpo e o cabo

redondos e às cerdas é dado um formato de acordo com a finalidade de uso. Sãomais comumente usados para trabalhos artesanais, etc...

As trinchas têm sempre o corpo e o cabo de forma retangular e achatada. São

mais usados para pinturas em paredes, madeira ou metal.

Rolos?São indicados para pintura de grandes superfícies. Proporcionam grande

rendimento, sem muito esforço físico. Mais comumente, os rolos são utilizados comosegue:

- rolos de lã: para aplicação de látex, P.V.A. ou acrílico, em alvenaria.- rolos de espuma lisa: para aplicação de esmalte, verniz ou óleo em

madeira ou alvenaria interna.

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- rolos de espuma texturizada: aplicação de látex ou tinta texturada emalvenarias.

9.1.8 - RENDIMENTOS 

Tabela 9.2 - Rendimentos mais comuns em tintas de boa qualidade:  TINTAS RENDIMENTO

Galão ( 3,6 l ) /DEMÃO

Látex P.V.A. 30 m²Látex Acrílico 30 m²Massa corridaP.V.A

20 m²

Massa corridaacrílica

20 m²

Tinta à óleo 35 m²Esmalte sintético 40 m²Grafite 40 m²Zarcão 30 m²Massa à óleo 20 m²Verniz 35 m²Epoxy 35 m²Silicone 30 m²

9.1.9 - RECOMENDAÇÕES GERAIS 

a - Antes de pintar uma superfície, certifica-se de que a mesma estejaadequadamente preparada e que a tinta a ser aplicada seja compatível coma superfície;

b - Não pintar o reboco antes que o mesmo esteja completamente seco ecurado;

c - Não aplicar massa corrida P.V.A. em superfícies externas;d - Não aplicar tinta diretamente sobre paredes caiadas;e - Não utilizar produtos látex (P.V.A.) e acrílico) sobre superfícies de madeira

ou ferro (exemplos: massa corrida para corrigir imperfeições de portas antesde pintar; primeira demão de látex nas portas antes de aplicar o esmalte);

f - Não utilizar verniz fosco ou esmalte fosco em superfícies externas. O vernizou esmalte brilhante são mais resistentes;

g- Não utilizar massa corrida diluída com água como se fosse uma tinta defundo.

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9.2 - VIDRO

O vidro é uma substância inorgânica e amorfa, obtida através do resfriamento deuma massa em fusão. Suas principais qualidades é a transparência e a dureza.

O vidro não é poroso nem absorvente, é ótimo isolador, possui baixo índice de

dilatação e condutividade térmica, suporta pressões de 5.800 a 10.800 kg por cm².O vidro é composto por: sílica, soda, cálcio, magnésio, alumina, cloreto desódio, nitrato de sódio, óxido, arsênico, corantes (óxido de cobalto-azul, óxido deferro-verde, óxido de selênio-cinza) e sucata de vidro.

Podemos utilizar o vidro da seguinte maneira:

• vidro oco: para garrafas, frascos, etc....• vidro plano: janelas, portas, etc....• vidros finos: lâmpada, aparelhos eletrônicos.• vidros curvos: usados na ind. automobilística.

O vidro em sua fabricação atinge uma temperatura de 800 a 1000°C.

O vidro colorido, além do aspecto estético, os vidros podem reduzir o consumoenergético de um edifício ou residência.

Tabela 9.3 - Classificação dos vidros (ABNT)  TIPO ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE

Vidro recozido Vidro lisoVidro segurança temperado Vidro floatVidro segurança laminado Vidro impressoVidro segurança aramado Vidro foscoVidro termo-absorvente Vidro espelhado

Vidro termo-refletor Vidro gravadoVidro composto Vidro esmaltadTRANSPARÊNCIA COLORAÇÃO COLOCAÇÃOVidro transparente Vidro incolor caixilhosVidro translúcido Vidro colorido autoportantesVidro opaco mista.

Na colocação em caixilhos utilizamos massa de vidraceiro para a sua fixação (Figura9.4).

Figura 9.4 - Exemplo de fixação dos vidros nos caixilhos 

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9.2.1 - VIDRO TEMPERADO

Vidro temperado significa ter um vidro passado por um processo especial deaquecimento (em torno de 650°C.), seguindo de um rápido resfriamento, que otransforma num material extremamente forte, resistente aos choques mecânicos e

térmicos, conservando as características de transmissão luminosa, de aparência ede composição química.O vidro temperado tem uma resistência mecânica cerca de quatro vezes

superior à do vidro comum. A têmpera gera no interior da chapa um conjunto deesforços de tração e compressão em equilíbrio, que reforçam consideravelmente aresistência mecânica, além de conferir-lhe as características de segurança. Asegurança reside no fato de, rompendo-se, apresentar fragmentos de pequenasdimensões e com arestas menos cortantes, com menor risco de acidentes graves.

IMPORTANTE : Depois de acabado, o vidro temperado, não permite novosprocessamentos, como cortes, furos e recortes. Podem ser feitasopacações leves e desenhos, mas isto reduz sensivelmente a

resistência do material.

- PROPRIEDADES :

• Tensão de ruptura: vidro comum 400 kgf/cm²vidro temperado 1470 kgf/cm²

Figura 9.5 - Cargas nos vidros 

Tabela 9.4 - Resistência ao impacto:  Vidro espessurade 6,00 mm

Bolas de aço de225g

Bolas de açode 900g

Saco de areiade 500g

vidro comum 0,53 m 0,2 m 0,81 mvidro temperado 3,00 m 1,1 m 2,43 m

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Figura 9.6 - Impacto nos vidros 

• Resistência à flambagem: uma peça de 6mm de espessura de 100 x 35 cmsuporta uma carga axial de 1000 kg.

Figura 9.7 - Flambagem 

• Módulo de elasticidade: 700.00 kgf/cm²• Peso específico: 2,5 kg/m²/mm• Resistência ao choque térmico : resiste a uma diferença de temperatura

entre suas faces de até 220°C, enquanto o vidro comum rompe-se a umadiferença de 60°C.

DADOS TÉCNICOS: 

Tabela 9.5 - Dimensões máximas de fabricação:  tipo espessura dimensões máximas (cm)

de vidro  mm  caixilhos einstalações portas

temperado 6 110 x 200 -temperado 8 150 x 260 100 x 220temperado 10 240 x 320 100 x 220diáfano 8 110 x 220 100 x 220diáfano 10 110 x 250 100 x 220

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- relações largura/comprimento :

6mm = 1/4 8mm = 1/8 10mm = 1/10

- tolerâncias dimensionais:

Em todos os casos, a tolerância é de ± 3 m/m para largura e comprimento.

- furos:

O vidro temperado só pode ser furado antes da têmperaTolerâncias para os diâmetros e localizações dos furos:

a) diâmetro mínimo = espessura da chapab) diâmetro máximo = 1/3 da largura da chapac) posição dos furos: a distância mínima entre borda do vidro e a borda do

furo deve ser 3 vezes a espessura da chapa.

Figura 9.8 - Posição dos furos em vidros temperados 

TIPOS DE VIDROS: 

O vidro temperado é oferecido nos seguintes tipos, cores e espessuras:Vidro polido (cristal) - incolor 0,8 e 10 mm

verde 6,8 e 10 mmVidro diáfano - incolor 8 e 10 mm

cinza 8 e10 mmVidro liso - cinza 6,8 e 10 mm

bronzes 6,8 e 10 mm

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ANOTAÇÕES

Quanto as Pinturas;

1. As superfícies devem estar suficientemente secas e endurecidas, sem sinais

de contaminação e deterioração;2. Remoção de sujeiras efetuada com água. Caso insuficiente, usar solução defosfato trissódico com água, lavando bem a seguir;

3. Remoção de contaminantes gordurosos com aplicação de solventes à basede hidrocarbonetos;

4. Remoção de material eflorescente com escovação de cerdas macias sobresuperfície seca;

5. Remoção de algas, fungos e bolor com escovação de fios duros e lavagemcom solução de fosfato trissódico, lavando bem a seguir;

6. Evitar pintura sobre substratos de concreto ou argamassa curados por tempoinsuficiente;

7. Aplicar tinta que forme película porosa e resistente a álcalis sobre substrato

muito úmido, sem condições de secagem;8. Evitar aplicação de tinta em superfície muito lisa;9. Em substratos muito porosos, aplicar tinta de fundo para homogeneizar a

superfície. Podem ser usadas tintas de acabamento diluídas;10. Tintas a óleo e alquímicas somente podem ser aplicadas sobre substrato

totalmente seco e curados por 60 dias e sobre tinta de fundo resistente àalcalinidade;

11. Tinta aplicada em ambientes externos deve possuir boa resistência à radiaçãosolar;

12. A tinta aplicada em ambientes de elevada umidade não deve permitir nemfavorecer a formação de vida vegetal;

13. A pintura deve ser realizada com temperatura variando de 10 ºC a 35 ºC;14. Não pintar com chuva, nem condensação de vapor no substrato, nem em

presença de ventos fortes;15. As pinturas internas devem permitir a abertura das portas e janelas;16. A tinta deve ser bem espalhada e a espessura de cada demão deve ser a

mínima possível e a espessura do filme deve resultar da aplicação de váriasdemãos;

17. Cada película deve ser contínua, com espessura uniforme e livre deescorrimentos;

18. Cada demão deve ser aplicada quando a anterior tiver secado para evitarenrugamentos e deslocamentos;

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10 – PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTOS.

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Saber analisar as manifestações apresentadas nos revestimentos;• Saber as causas prováveis das patologias dos revestimentos;• Especificar corretamente os reparos;• Especificar os materiais ideais para os revestimentos.

Podemos observar nas edificações os seguintes fenômenos, prejudiciais aoaspecto de paredes e tetos:

a- a pintura acha-se parcial ou totalmente fissurada, deslocando daargamassa de revestimento;

b- há formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de bolor;c- há formação de eflorescência na superfície da tinta ou entre a tinta e o

reboco;d- a argamassa do revestimento descola inteiramente da alvenaria, em

placas compactas ou por desagregação completa;e- a superfície do revestimento apresenta fissuras de conformações variada;f- a superfície do revestimento apresenta vesículas com deslocamento da

pintura;g- o reboco endurecido empola progressivamente, deslocando do emboço.

Estes fenômenos podem se apresentar como resultados de uma ou maiscausas, atuando sobre a argamassa de revestimento; tais como:

a- tipo e qualidade dos materiais utilizados no preparo da argamassa derevestimento.

b- mau proporcionamento das argamassas;c- má aplicação de revestimento;d- fatores externos ao revestimento;

Todos os tipos de danos de revestimento têm importância do ponto de vistada economia e satisfação do usuário.

À preocupação do usuário com o custo do reparo do revestimento deve-seacrescentar a sensação desagradável do mesmo precisar coexistir com umambiente visualmente antiestético.

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10.1 – REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS - ANÁLISE DAS CAUSAS

10.1.1 - Causas decorrentes da qualidade dos materiais utilizados

Agregados 

Em nosso meio é utilizada, como agregado, a areia natural essencialmentequartzosa. São particularmente prejudiciais impurezas tais como: aglomeradosargilosos, pirita, mica, concreções ferruginosas e matéria orgânica. Dos efeitosobserváveis, a expansão pode ser resultante da formação de produtos deoxidação da pirita e das concreções ferruginosas - sulfatos e óxidos de ferrohidratados, respectivamente - de hidratação de argilo-minerais montmoriloníticosou de matéria orgânica. A matéria orgânica pode ser a causa de formação devesículas esporádicas; no interior de cada vesícula observa-se um ponto escuro(Figura 10.1)

Figura 10.1 - Vesícula formada no reboco. No centro da vesícula, material pulverulento escuro.

A desagregação do revestimento, por sua vez, tem como causa a presençade torrões argilosos, com excesso de finos na areia ou de mica em quantidadeapreciável. A mica pode também reduzir a aderência do revestimento à base oude duas camadas entre si.

Cimento 

Não existe inconveniente quanto ao tipo de cimento, mas sim, quanto àfinura que regulará os níveis de retração por secagem. A retração nas primeiras24 horas é controlada pela retenção de água que, por sua vez, é proporcional aoteor de finos. Mas, em idades, maiores, a retração aumenta com o teor de finos.De modo a contornar o problema, costuma-se adicionar aditivo incorporador de arà argamassas de cimento, exceção feita à de chapisco. Outra alternativa é a de

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adicionar-se cal hidratada que aumenta o teor de finos, melhorando a retenção deágua e trabalhabilidade do conjunto.

Cal 

A produção de cal virgem e de cal hidratada e o endurecimento daargamassa pertencem a um ciclo de reações que se inicia pela decomposição doconstituinte principal da matéria-prima, o carbonato, terminando pela suaregeneração no endurecimento da argamassa, como resultado da ação doanidrido carbônico do ar.

A etapa intermediária, de hidratação da cal virgem, dá-se por uma reaçãocontínua, cuja velocidade depende das condições de calcinação da matéria-prima.Comparativamente, a cal virgem dolomítica tem velocidade de hidratação maislenta. Quando esta reação não é completa durante a extinção em fábrica, podecontinuar após o ensacamento, durante o amassamento e após a aplicação daargamassa. O inconveniente é o aumento de volume que acompanha a reação dehidratação. A hidratação retardada é a responsável pelo rasgamento do sacoquando a cal é armazenada por tempo prolongado.

Se utilizada logo após a fabricação, o aumento de volume causa danos aorevestimento, mais propriamente na camada de reboco, com efeitos diferentes,quer se trate do óxido de cálcio ou do óxido de magnésio presentes na cal.Existindo óxido de cálcio livre, na forma de grãos grossos, a expansão não podeser absorvida pelos vazios de argamassa e o efeito é o de formação de vesículas,observáveis nos primeiros meses de aplicação do reboco.

Ao ser a hidratação do óxido de magnésio muito mais lenta, ela se dásimultaneamente à carbonação. O revestimento endurecido empolagradativamente deslocando-se do emboço (figura 10.2)

Figura 10.2 - Aspecto típico do deslocamento da argamassa de cal do revestimento interno.

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Observar-se que o empolamento e mais localizado em regiões onde hámaior incidência do sol ou de aquecimento por fontes quaisquer (fogão,aquecedores, tubulação de água quente).

10.1.2 - Causas decorrentes do traço da argamassaArgamassa de cimento 

A primeira camada do revestimento é constituída pelo emboço, cuja funçãoé regularizar a superfície da base; como já visto, para que essa camada sejasuficientemente elástica deve conter cal e cimento em proporções adequadas.Observam-se fissuras e deslocamento quando esta camada é excessivamenterica em cimento (proporção 1:2 em massa, por exemplo), condição agravadaquando aplicada em espessura maior de 2 cm.

Argamassa de cal 

O endurecimento é resultante da carbonatação da cal. Assim sendo, aresistência da argamassa é função de uma proporção adequada, areia, cal e decondições favoráveis à penetração do anidrido carbônico do ar atmosféricoatravés de toda a espessura da camada.

Em camadas pouco espessas como as de reboco, a carbonatação éfavorecida pela pequena espessura da camada, mas desfavorecida por umaporosidade baixa resultante de uma argamassa rica em finos, procedentes tantodo agregado como do aglomerante.

Podemos considerar como argamassa rica a que contém proporção cal-areia, em massa superior a 1:3. Com relação ao agregado é desaconselhável autilização de argamassa de saibro.

10.3 - Argamassa magra de saibro e cal aplicada muito espessa. A incidência da chuva favorece o fenômeno de desagregação, iniciando-se na parte inferior da 

alvenaria.

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A Figura 10.3 nos mostra a desagregação de um revestimento de umaúnica camada com espessura fora de especificação, construída de saibro e cal,com a agravante de ter sido aplicado sem chapisco sobre blocos de concreto.Para as camadas de 2 cm aproximadamente ou mais, como as de emboço, éaplicada a utilização de cimento e cal.

Uma argamassa magra tem porosidade favorável à carbonatação, mas nãotem a resistência suficiente para manter-se aderente ao emboço ou à alvenaria,quando aplicada como revestimento em uma única camada. Constata-se casos dedeslocamento acompanhado de desagregação, para argamassa de 1:16 ou aindapara proporções maiores.

10.1.3 - Causas decorrentes do modo de aplicação do revestimento

Aderência à base 

Independentemente do número de camadas de argamassa aplicadas, ou daqualidade dos materiais empregados, é essencial que existam condições deaderência do revestimento à base.

10.4 - Argamassa em processo de deslocamento por falta de chapisco.

A Figura 10.4 nos mostra o deslocamento de revestimento aplicado semchapisco. A aderência se dá pela penetração da nata no aglomerante nos porosda base e endurecimento subseqüente. Consequentemente vai depender datextura e da capacidade de absorção da base, bem como da homogeneidadedessas propriedades.

Assim, pode apresentar problema de aderência, uma camada dorevestimento aplicada sobre outra impregnada de um produto orgânico, o qualimpede a penetração da nata do aglomerante. Cita-se, como exemplo, uma

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superfície de concreto impregnada de desmoldante ou uma camada de chapiscocontendo um produto hidrofugante.

Outra causa a ser citada é a ausência de rugosidade da camada da base.O revestimento mantém-se aderente nas regiões correspondentes às juntas

do assentamento. Sendo a área dessas juntas relativamente pequena, o

revestimento acaba por descolar sob efeito do seu próprio peso.

Espessura do revestimento 

Segundo as prescrições da NB-231 "Revestimento de paredes e tetos comargamassas: materiais, preparo, aplicação e manutenção", a espessura doemboço não deve ultrapassar 2 cm e a do reboco 2 mm. Observa-se que emalguns casos deslocamento de revestimento de laje de teto o emboço chega aapresentar espessura de 5 cm. Este fato, agravado por em traço rico de cimento,não permite que o revestimento acompanhe a movimentação da estrutura,deslocando-se. No reboco, o efeito observado é de desagregação por falta decarbonatação.

Aplicação da argamassa 

Para argamassa contendo cimento, se o tempo de endurecimento esecagem da camada inferior não é observado antes da aplicação da camadasuperior, a retração que acompanha a secagem da camada inferior gera fissuras,com configuração de mapa, na camada superior.

O alisamento intenso da camada de reboco propicia uma concentração deleite de cal na superfície. Por carbonatação, forma-se uma película de carbonatouniforme que age como uma barreira à penetração do anidrido carbônico,impedindo o endurecimento do interior da camada de revestimento.

10.1.4 - Causas decorrentes do tipo de pintura

As tintas a óleo ou à base de borracha clorada e epóxi promovem umacamada impermeável que dificulta a difusão do ar atmosférico através daargamassa de revestimento. Se a pintura for aplicada prematuramente, o grau decarbonatação atingido não é suficiente para conferir à camada de reboco aresistência suficiente e este acaba por deslocar-se do emboço com desagregação(Figura 10.5).

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Figura 10.5 - Revestimento em processo de deslocamento por carbonatação insuficiente.

10.1.5 - Causas externas ao revestimento

Umidade 

A infiltração de água através de alicerces, lajes cobertura malimpermeabilizadas ou argamassas de assentamento magras manifesta-se pormanchas de umidade, acompanhada ou não pela formação de eflorescência ouvesículas. A infiltração constante provoca a desagregação do revestimento, compulverulência (Figura 10.6), ou formação de bolor em pontos onde não háincidência de sol (Figura 10.7).

10.6 - Efeitos da umidade sobre o reboco. A argamassa nos pontos empolados é pulverulenta e facilmente removível. A alvenaria freqüentemente exposta ao sol não 

favorece a formação do bolor.

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Figura 10.7 - Acúmulo de bolor no revestimento por efeito de umidade.

No caso de tintas impermeáveis, a eflorescência deposita-se entre acamada de tinta e a do reboco, comprometendo a aderência entre ambas. Estastintas são também responsáveis pela formação de vesículas ou bolhas queresultam da percolação da água através da alvenaria e que se acumula entre orevestimento e a tinta.

Expansão da argamassa de assentamento 

Ocorre predominantemente no sentido vertical e pode ser identificada porfissuras horizontais no revestimento (Figuras 10.8a, 10.8b, 10.9). A expansão da

argamassa de assentamento pode ser provocada por reações químicas entre osconstituintes desta argamassa ou mesmo entre compostos do cimento e dostijolos ou blocos que compõem a alvenaria. As causas podem ser as seguintes:

- reação de sulfato do meio ambiente ou do componente da alvenaria como cimento da argamassa;

- hidratação retardada da cal dolomitica usada na argamassa deassentamento.

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(a) (b)

Figura 10.8a e 10.8b - Fissura do revestimento por expansão da argamassa de assentamento 

Figura 10.9 - Aspecto do revestimento interno. Notam-se as fissuras do revestimento e da argamassa de rejuntamento dos azulejos.

10.1.6. REPAROS 

A possibilidade de reparo é função do tipo e extensão do dano existente. Osdanos nem sempre aparecem em toda a edificação, mas comumente localizadosem pontos onde o fenômeno que os originou é mais favorecido. Nestes casos, atendência do usuário é executar pequenos reparos, sem a preocupação com acausa. Em conseqüência, o fenômeno alastra-se progressivamente, às vezes porum largo tempo, solicitando um reparo constante, talvez antieconômico secomparado a uma execução completa. Por isso mesmo, é necessária a

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identificação das causas e da extensão do dano para melhor decidir-se sobre asolução a ser adotada, como segue nas Tabelas 10.1 e 10.2.

Tabela 10.1 - Identificação das causas, extensão do dano e solução.

Manifestações Aspecto observado Causas prováveisatuando com ou sem

simultaneidade

Reparos

Manchas de umidade

Pó branco acumuladosobre a superfície

Umidade constante

Sais solúveis presentes noelemento da alvenaria

Sais solúveis presentes naágua de amassamento ouunidade infiltrada

Cal não carbonada

Eliminação da infiltração daumidade

Secagem do revestimento

Escovamento da superfície

Reparo do revestimentoquando pulverulentoBolor

Manchas esverdeadasou escuras.

Revestimento emdesagregação.

Umidade constante

Área não exposta ao sol

Eliminação da infiltração daumidade

Lavagem com solução dehipoclorito

Reparo do revestimentoquando pulverulento

Vesículas

Empolamento da pintura,apresentando-se as

partes internas dasempolas na cor:- branca

- preta

- vermelho acastanhado

- bolhas contendoumidade interior  

- Hidratação retardada deóxido de cálcio da cal.

- Presença de pirita ou dematéria orgânica na areia

- Presença de concreçõesferruginosas na areia

- Aplicação prematura de tintaimpermeável

Renovação da camada dereboco

Eliminação da infiltração daumidade

DeslocamentocomEmpolamentos

A superfície do rebocoformando bolhas cujosdiâmetros aumentamprogressivamente

O reboco apresenta somcavo sob percussão  

Infiltração de umidade

Hidratação retardada do óxidode magnésio da cal

Renovação da pintura

Renovação da camada dereboco

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Tabela 10.2 - Identificação das causas, extensão do dano e solução.

Manifestações Aspecto observado Causas prováveisatuando com ou sem

simultaneidade

Reparos

Fissuras

Mapeadas

As fissuras têm forma

variada e distribuem-sepor toda a superfície

Retração da argamassa de

base  

Renovação do revestimento

Renovação da pintura

A placa apresenta-seendurecida, quebrandocom dificuldade.

Sob percussão o

revestimento apresentasom cavo

- A superfície de contato coma camada inferior apresentaplacas freqüentes de mica- Argamassa muito rica- Argamassa aplicada emcamada muito espessa- A superfície da base é muitolisa- A superfície da base estáimpregnada com substânciahidrófuga

- Ausência da camada dechapisco

Renovação do revestimento:

- apicoamento da base- eliminação da base hidrófuga- aplicação de chapisco ououtro artifício para melhoria daaderência

Deslocamentoem Placa

A placa apresenta-seendurecida, masquebradiça,desagregando-se comfacilidade

Sob percussão orevestimento apresentasom cavo

Argamassa magra

Ausência da camada dechapisco

Renovação do revestimento

Apresenta-se ao longo

de toda a parede

Expansão da argamassa de

assentamento por hidrataçãoretardada, do óxido demagnésio da cal.

Renovação do revestimento

após hidratação completa dacal da argamassa deassentamento

Fissuras

Horizontais

Deslocamento dorevestimento em placas,com som cavo sobpercussão

Expansão da argamassa deassentamento por reaçãocimento-sulfatos ou devido àpresença de argilo-mineraisexpansivos no agregado

A solução a adotar é funçãoda intensidade da reaçãoexpansiva

DeslocamentocomPulverulência

- A película de tintadesloca arrastando oreboco que sedesagrega comfacilidade- O reboco apresentasom cavo sobpercussão

- Excesso de finos noagregado- Traço em aglomerantes- Traço excessivamente ricoem cal- Ausência de carbonataçãoda cal- O reboco foi aplicado emcamada muito espessa

Renovação da camada dereboco

OBS: Estão excluídas desta análise as fissuras de revestimento, resultantes de causas tais como recalques de fundação, movimentação de estrutura,dilatações térmicas diferenciadas, etc.

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10.2 – REVESTIMENTOS CERÂMICOS - ANÁLISE DAS CAUSAS

As patologias nos revestimentos cerâmicos podem ter origem na etapa deprojeto, quando são escolhidos os materiais, ou quando o projetista não leva em

consideração as interações do revestimento com outras partes da construção(esquadrias, estrutura etc.), ou na fase de execução.Verificar com cuidado, pois as patologias são evidenciadas por alguns

sinais que podem ter origem em outros componentes de revestimento (base, mão-de-obra etc.) (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2004).

As patologias mais comuns são:• Destacamentos de placas;• Trincas;• Gretamento e fissuras;• Eflorescências;• Deterioração das juntas.

10.2.1 - Destacamentos de placas

São caracterizados pela perda de aderência das placas cerâmicas dosubstrato, ou da argamassa colante, quando as tensões ultrapassam acapacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassacolante e/ou emboço.

Um dos sinais desta patologia é a ocorrência de um som cavo (oco) nasplacas cerâmicas quando percutidas, ou se observa o estufamento da camada deacabamento.

As causas destes defeitos são:• Instabilidade do suporte, devido a acomodação da construção;• Deformação lenta da estrutura de concreto armado, variações higrotérmicas

e de temperatura, características um pouco resiliente dos rejuntes;• Ausência de detalhes construtivos (vergas, contravergas, juntas de

dessolidarização).• Utilização do cimento colante vencido;• Assentamento sobre superfície contaminada;• Mão-de-obra não qualificada;• Execução do revestimento sobre base recém executada.

É muito trabalhosa e cara a recuperação desta patologia. Muitas vezes a soluçãoé a retirada total do revestimento (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2004).

10.2.2 – Trincas, gretamentos e fissuras

Geralmente ocorre por causa da perda de integridade da superfície daplaca cerâmica.

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As trincas são rupturas na placa cerâmica provocadas por esforçosmecânicos, que causam a separação das placas em partes, com aberturassuperiores a 1 mm.

As fissuras são rompimentos nas placas cerâmicas, com abertura inferioresa 1 mm e que não causam a ruptura das placas.

O gretamento é uma série de aberturas em várias direções inferiores a 1mm e que ocorrem na superfície esmaltada das placas.A causa provável desta patologia é a falta de especificação de juntas de

movimentação e detalhes construtivos adequados (COMUNIDADE DACONSTRUÇÃO, 2004).

10.2.3 – Eflorescência

Eflorecência são manchas esbranquiçadas que se sobressaem aorevestimento cerâmico e a ele aderem. Ela aparece devido a um processoquímico. O cimento comum, reagindo com a água, resulta em uma basemedianamente solúvel, denominada hidróxido de cálcio. Como a argamassa deassentamento e de rejuntamento contém cimento e essas camadas são porosas,em sua composição encontra-se o hidróxido de cálcio livre, ocasionando o contatocom o ar, que por sua vez, contém anidro carbônico, dá-se a reação entre essasduas substâncias, resultanto em carbonato de cálcio, sal insolúvel de coloraçãobranca.

Para evitar esse processo podemos adicionar:

• Reduzir o consumo de cimento Portland no emboço ou usar cimentocom baixo teor de álcalis;

Utilizar placas cerâmicas de boa qualidade (queimadas em altastemperaturas, o que elimina os ais solúveis);• Garantir o tempo necessário para secagem de todas as camadas

anteriores à execução do revestimento cerâmico.

Pode ser facilmente retiradas mediante solução diluída de ácido muriáticoem concentrações baixas e em pequena quantidade, enxaguando muito bem asuperfície após seu uso.

10.2.4 – Deterioração das juntas

As juntas são responsáveis pela estanqueidade do revestimento cerâmico epela capacidade de absorver deformações, a deterioração das juntas comprometeo desempenho dos revestimentos cerâmicos.

Observa-se que está ocorrendo uma deterioração das juntas quandoocorre:

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• Perda de estanqueidade;• Envelhecimento do material de preenchimento.

A perda da estanqueidade pode iniciar-se logo após a sua execução, pelo

procedimento de limpeza inadequada (uso de ácidos e bases concentrados), que,somados aos ataques de agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitaçõesmecânicas, podem causar fissuras.

As juntas rígidas, preenchimento com materiais a base de cimento, sofremdeterioração na presença de agentes agressivos (chuva ácida ou fissuras).

Quando os rejuntes possuem uma quantidade grande de resinas, por ser deorigem orgânica, podem envelhecer e perder a cor.

Para evitar a ocorrência desta patologia devemos ter controle da execuçãodo rejuntamento, do preenchimento das juntas, bem como da escolha de matériasde preenchimento adequados (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2004).

10.3 – PINTURAS - ANÁLISE DAS CAUSAS

As patologias da pintura estão relacionadas a duas famílias de problemas:

• Interface do filme com o substrato;• A própria película da pintura.

As causas mais prováveis do problema são:

Escolha inadequada da tinta por conta da exposição ou porincompatibilidade com o substrato;• Condições metereológicas inadequadas por temperatura e/ou umidade

muito elevada ou muito baixa ou ventos fortes;• Ausência de preparação do substrato ou preparo insuficiente• Substratos que não apresenta estabilidade;• Umidade excessiva no substrato;• Diluição excessiva da tinta na aplicação;• Formulação inadequada da tinta

As tabelas 10.3 e 10.4 apresentam as patologias mais comuns das tintas

aplicadas sobre as paredes.

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Tabela 10.3 – Patologias mais comuns das tintas (ILIESCU, 2007).Manifestações Apresentação Investigação Diagnóstico

Deslocamento daPintura

-perda de aderência dapelícula;

-pulverulências oudescolamentos;

-escamação daPelícula.

-verificar a existência deumidade no substrato;

-verificar a existência decontaminantes nainterface película esubstrato;

-verificar ascaracterísticas dosubstrato e da superfíciede aplicação quanto a

lisura, porosidade eumidade.

A) preparo inadequado do substrato ouausência.Causas:-aplicação de tinta em superfíciecontaminada por sujeira, poeira, óleo,graxa, eflorescência, partículas soltas,desmoldantes, etc.- aplicação sobre substrato muito poroso,que absorve o veículo, restando apenas ospigmentos e as cargas em formapulverulenta;-aplicação da tinta sobre substrato muitoliso.B) aplicação em substrato instável:Causas:- aplicação prematura da tinta formandopelícula impermeável sobre a argamassanão curada, com perda de aderência,pulverulência e umidade na interface dofilme com o substrato;- aplicação de tinta sobre substrato comelevado teor de sais solúvel em água, que

por evaporação e capilaridade, depositam-se na interfase do filme com o substrato;- aplicação de tinta sobre substrato em viasde expansão ou desagregação, majoradopela alta temperatura e umidade.C) aplicação sobre base úmida.Causas:-aplicação de tinta com baixa resistência aálcalis, como as tintas a óleo ou alquídicas,sobre substrato úmido e alcalino;-aplicação de tinta impermeável sobresubstrato úmido.

Bolhas

- umidade na superfície;- quando é usada massa corrida PVA emparedes externas ou internas, mas emcontato com água;-por poeiras que não foram removidas dassuperfícies (massa corrida após lixada);-ao aplicar uma tinta com melhor qualidadesobre uma de qualidade inferior;- quando a tinta não for diluídacorretamente.

Massa corrida PVAem contato com aágua

-paredes próximas ao chão com piso frio,não devem usar massa corrida PVA;-conforme se lava o piso, a água infiltra napelícula de tinta(com o tempo) chegandoaté a massa que começa a estourar ecausa esfarelamento do reboco.

Descascamento

-a tinta começa a

descascar ou soltar daparede

-aplicação da tinta sobre superfície úmida;-aplicação de tinta sobre superfícies quecontenham partes soltas e caiação;-aplicação de tinta sobre reboco sem curaadequada de 30dias;

-má aderência da tinta, devido a diluiçãoincorreta;-superfície calcinada, que não tenha sidopreparada adequadamente;-superfície que não tenham eliminadototalmente o pó.

Calcinação

- começa o estufamentoda superfície, causandoum esfarelamento doreboco com facilidade,aparecendo um pó bemfino, semelhante ao sal.

- não hidratação correta da cal;-por excesso de cal na preparação doreboco.

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Tabela 10.4 - Patologias mais comuns das tintas (ILIESCU, 2007 Manifestações Apresentação Investigação Diagnóstico

Defeitos no filme daPintura

-

A) Problemas com a natureza da tintaCausas:-aplicação de tinta com baixa resistência àradiação solar em ambiente externo, comdestruição do filme por fissuramento ou pordeterioração com pulverulência. Perda debrilho e de cor;- aplicação de tinta com baixa flexibilidade;- aplicação de tinta com baixa resistência aálcalis, tornando a tinta pegajosa comsinais de bolhas;- aplicação prematura de tinta que formepelícula impermeável;-aplicação de tinta com baixa resistência aoataque por agentes biológicos (bolor,fungos e algas);-incompatibilidade das várias camadads,secagem muito rápida ou espessuraelevada produzindo enrugamentos.B) Problemas com a natureza do substratoCausas:- Aplicação da tinta sobre argamassa de

revestimento contendo partículasexpansivas, apresentando bolhas evesículas;-aplicação da tinta sobre argamassa derevestimento contendo partículas solúveisem água;-aplicação de tinta sobre substrato muitoporoo.C) Aplicação em condições inadequadas:Causas:- secagem muito rápida devido àtemperatura ou umidade inadequadas ouventos fortes, enrugando o filme.

Desagregamento

-é um tipo dedescascamento em que,

  junto com a película detinta, sai também partedo reboco e costumaficar esfarelendo porbaixo.

-aplicação de tinta ou massa corrida sobrereboco não curado ou sobre parede comumidade;-aplicação de tinta ou massa corrida sobrereboco muito arenoso.

Manchasesbranquiçadas

-a eflorecência se dápela eliminação de águasob a forma de vapor,durante a secagem doreboco, quando searrastam matériasalcalinos solúveis dointerior para a superfíciepintada, causandomanchas.

- por ter sido aplicado acabamento finalsobre reboco úmido ou por não ter sidocurado;- umidade por chuvas e não se teraguardado a secagem;-em caso de umidade, da parte interna daparede para a externa;-em cores escuras, pode ocorrer, quando atinta foi diluída excessivamente,aparecendo assim marcas do rolo.

Manchas por

chuvas irregulares

-ocorre quandoacontecem chuvas tipogaroa, que molha

somente pontosisolados da parede,quando a tinta não estátotalmente curada.

- a tinta com filme ainda não curado, fazcom que aflorem materiais solúveis, usadosna formulação das tintas.

Fungos-são microorganismosvivos que se proliferamem ambientesdiferentes.

-fungos: área interna e externa, na corpreta, marrom, cinza, verde e outras;-algas: áreas externas, cor verde, verdeazulada e vermelho-castanho.

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11 - DETALHES DE EXECUÇÃO EM OBRAS COM CONCRETOARMADO

APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:• Escolher os tipos de materiais ideais para execução de obras utilizando concreto armado;• Especificar corretamente as fôrmas o ecoramento e o contraventamento;• Especificar corretamente as armaduras bem como a sua posição;• Especificar corretamente a concretagem e o adensamento;• Especificar corretamente a cura e a desforma.

Sabemos que apesar da grande evolução na tecnologia do concreto, nasobras de pequeno e médio porte não se consegue executar um concreto com todasas suas características, de resistência à compressão, pega, trabalhabilidade, perdaao fogo etc., o que fará com que as construções sejam prejudicadas quanto adurabilidade, estabilidade, funcionalidade das estruturas em concreto armado,devido sempre a problemas referentes a custos, e também por falta de tecnologiapor parte de pequenos construtores.

Seriam óbvias as vantagens em economia propiciadas pela utilização deconcreto de maior resistência, mas é importante frisar que grandes benefíciospoderiam também ser obtidos no que concerne à durabilidade das estruturas, poisconcretos mais fortes tem também, em geral, maior resistência à abrasão e baixa

permeabilidade.No que se referem aos constituintes da mistura os pontos-chaves são o fatorágua-cimento, consumo de cimento e resistência. Atenção também deve ser dadaàs especificações sobre agregados, cimentos, aditivos e cuidado especial érecomendável quanto aos teores de cloretos e sulfatos no concreto.

Vamos abordar de modo prático alguns detalhes para uma boa execução deobras em concreto armado, ficando aqui em ressalva que qualquer problema emobra deverá ser bem estudado para se fornecer uma solução adequada, pois cadauma tem seus aspectos exclusivos e particulares.

11.1 - MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO

11.1.1 Cimento

O projeto deverá estabelecer os tipos de cimento adequados, tecnicamente eeconomicamente, a cada tipo de concreto, estrutura, método construtivo, ou mesmo,em relação aos materiais inertes disponíveis.

Exemplo de alguns tipos de cimento disponíveis no mercado brasileiropassíveis de emprego em aplicações específicas (Tabela 11.1):

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Tabela 11.1 – Cimentos disponíveis no mercado brasileiro (ABCP, 2003) Tipos Aplicações

1-Cimento Portland Comum (CP I)(NBR 5732)a) CPI – Cimento Portland Comumb) CPI-S-Cimento Portland Comum com

adição

a) CPI-Cimento Portland sem adição além da gipsita. É muitoadequado para o uso em construções de concreto em geralquando não há exposição a sulfatos do solo ou de águassubterrâneas.b) CPI-S, com 5% de material pozolânico em massa,recomendado para construção em geral, com as mesmascaracterísticas.

2-Cimento Portland (CP II) (NBR 11578)a) CPII-E-composto com escóriab) CPII-Z-composto com pozolanac) CPII-F-composto com fíler

O cimento Portland composto é modificado. Gera calor numavelocidade menor do que o gerado pelo cimento Portlandcomum. Seu uso, portanto, é mais indicado em lançamentosde concreto, onde o volume é grande. Apresenta menorresistência ao ataque de sulfatos contidos no solo.a) CPII-E-Com adição de escória granulada de alto forno. Estecimento combina com bons o baixo calor de hidratação com oaumento de resistência do cimento Portland comum.Recomendado para estruturas que exijam um desprendimentode calor moderadamente lento ou que possam ser atacadospor sulfatos.b) CPII-Z-Com adição de material pozolânico. Empregado emobras civis em geral, subterrâneas , marítimas e industriais. O

concreto feito com esse produto é mais impermeável e por issomais durável.c) CPII-F-Com adição de fíler. Para aplicações gerais

3-Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)(NBR 5735)

Adicionado com escória, apresenta maior impermeabilidade edurabilidade, além de baixo calor de hidratação, assim comoalta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado,além de ser resistente a sulfatos. Empregado em geral, mas éparticularmente vantajoso em obras de concreto-massa, obrasem ambientes agressivos, obras submersas, tubos e canaletaspara condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentesindustriais.

4-Cimento Portland Pozolânico (CP IV)(NBR 5736)

Para uso geral. É especialmente indicado em obras expostas àação de água corrente e ambientes agressivos. O concretofeito com esse produto se torna mais impermeável, maisdurável, apresenta resistência mecânica superior. Favorece asua aplicação em grandes volumes devido ao baixo calor de

hidratação.5-Cimento Portland de Alta resistênciainicial (CP V-ARI) ( NBR 5733) 

É recomendada em todas as aplicações que necessitem deresistência inicial elevada e desforma rápida

6-Cimento Portland Resistente a SulfatosCP (RS) (NBR 5737) 

Oferece resistência aos meios agressivos sulfatados comoredes de esgotos de águas servidas ou industriais, água domar e em alguns tipos de solo

7-Cimento Portland de Baixo Calor deHidratação. CP (BC) (NBR13116)

O cimento Portland de baixo calor de hidratação, é designadopor siglas e classes de seu tipo acrescidas de BC. Essecimento tem a propriedade de retardar o desprendimento decalor em peças de grande massa de concreto, evitando oaparecimento de fissuras de origem térmica.

8-Cimento Portland Branco CPB(NBR 12989)

O cimento Portland branco se difere por coloração, e estáclassificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. Oestrutural com classes de resistência de 25, 32 e 40, similaresaos demais tipos de cimento.

O cimento, ao sair da fábrica acondicionado em sacos de várias folhas depapel impermeável, apresenta-se finamente pulverizado e praticamente seco, assimdevendo ser conservado até o momento da sua utilização.

Quando o intervalo de tempo decorrido entre a fabricação e a utilização não édemasiado grande, a proteção oferecida e em geral, suficiente.

Caso contrário, precauções suplementares devem ser tomadas para que aintegridade dos característicos iniciais do aglomerante seja preservada.

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A principal causa da deterioração do cimento é a umidade que, por eleabsorvida, hidrata-o pouco a pouco, reduzindo-lhe sensivelmente as suascaracterísticas de aglomerante.

O cimento hidratado é facilmente reconhecível. Ao esfregá-lo entre os dedossente-se que não está finamente pulverizado, constata-se mesmo, freqüentemente,

a presença de torrões e pedras que caracterizam fases mais adiantadas dehidratação.

RECOMENDAÇÕES: 

O cimento sendo fornecido em sacos deve-se verificar sua integridade, nãoaceitando os que estiverem rasgados ou úmidos. Os sacos que contém cimentoparcialmente hidratado, isto é, com formação de grumos que não são total efacilmente desfeitos com leve pressão dos dedos, não devem ser aceitos parautilização em concreto estrutural.

Para armazenar cimento é preciso, em primeiro lugar, preservá-lo, tantoquanto possível, de ambientes úmidos e em segundo, não ser estocado em pilhas

de alturas excessivas, pois o cimento ainda é possível de hidratar-se (Figura 11.1).É que ele nunca se apresenta completamente seco e a pressão elevada a que ficamsujeitos os sacos das camadas inferiores reduz os vazios, forçando um contato maisintenso entre as partículas do aglomerante e a umidade existente chegando aempedrar. O empedramento às vezes é superficial, se o saco de cimento fortombado sobre uma superfície dura e voltar a se afofar, ou se for possível esfarelaros torrões com os dedos, o cimento deste saco pode ser utilizado. Caso contrário,ainda se pode tentar aproveitar o cimento utilizando em aplicações de menorresponsabilidade como pisos, calçada, lastros etc. depois de peneirado em peneiracom malha de 5 mm (peneira de feijão), mas não deve ser utilizado em peçasestruturais.

Portanto para evitar essas duas principais causas de deterioração do cimentoé aconselhável:

1º - As pilhas não excederem de mais de 10 sacos, salvo se o tempo dearmazenamento for no máximo 15 dias, caso em que pode atingir 15sacos.

2º - As pilhas devem ser feitas a 30 cm do piso sobre estrado de madeirae a 30 cm das paredes e 50 cm do teto (Figura 11.2).

Figura 11.1 - Local para guarda de materiais  

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Os lotes recebidos em épocas diferentes e diversas não podem sermisturados, mas devem ser colocados separadamente de maneira a facilitar suainspeção e seu emprego na ordem cronológica de recebimento. Devem-se tomarcuidados especiais no armazenamento utilizando cimento de marcas, tipos eclasses diferentes. O tempo de estocagem do cimento pode ser prolongado

tomando todos os cuidados na estocagem (podendo atingir até 90 dias) mais emobra não devemos ultrapassar 30 dias.A capacidade total armazenada deve ser suficiente para garantir as

concretagens em um período de produção máxima, sem reabastecimento.

11.1.2 Agregados miúdo e graúdos

Devemos tomar o cuidado para que em nossas obras não se recebaagregados com grande variabilidade, algumas vezes por motivo de abastecimentoou econômico, daqueles inicialmente escolhidos.

Esta variabilidade prejudica a homogeneidade e características mecânicas do

concreto.Se recebermos, com granulometria mais fina que o material usado na

dosagem inicial, necessitará uma maior quantidade de água para mantermos amesma trabalhabilidade e, consequentemente, haverá uma redução na resistênciamecânica. Se ocorrer o inverso haverá um excesso de água para a mesmatrabalhabilidade, aumentando a resistência pela diminuição do fator água/cimento, oqual será desnecessário, pois torna-se antieconômico, além de provocar umaredução de finos, que prejudicará sua coesão e capacidade de reter água em seuinterior, provocando exudação do mesmo.

RECOMENDAÇÕES: 

Deve-se ao chegar os agregados, verificar a procedência, a quantidade, e olocal de armazenamento e devem estar praticamente isentos de materiais orgânicoscomo humus, etc. e também, siltes, carvão.

Quando da aprovação de jazida para fornecer agregados para concretodevemos ter conhecimento de resultados dos seguintes ensaios e/ou análises:

• reatividade aos álcalis do cimento (álcali-sílica, álcali-silicato, álcali-carbonato);• estabilidade do material frente a variações de temperatura e umidade;• análise petrográfica e mineralógica;• presença de impurezas ou materiais deletéricos;• resitência à abrasão;

• absorsão do material

No entanto, no caso de obras de pequeno porte, é praticamente inviável aexecução de tais ensaios e análises. Neste caso, deve-se optar pelo uso de material  já consagrado no local ou pela adoção de medidas preventivas, em casosespecíficos (uso de material pozolânicos, por exemplo).

Para evitarmos a variabilidade dos agregados devemos esclarecer junto aosfornecedores a qualidade desejada e solicitar rigoroso cumprimento nofornecimento.

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Para o armazenamento dos agregados poderemos fazê-lo em baias comtapumes laterais de madeira (Figura 11.2) ou em pilhas separadas, evitando amistura de agregados de diferentes dimensões. Deveremos fazer uma inclinação nosolo, para que a água escoa no sentido inverso da retirada dos agregados, e colocaruma camada com aproximadamente 10 cm de brita, 1 e 2 para possibilitar a

drenagem do excesso de água.Recomenda-se que as alturas máximas de armazenamento sejam de 1,50m,diminuindo-se o gradiente de umidade, principalmente nas areias e pedriscos,evitando-se constantes correções na quantidade de água lançado ao concreto.

Estando a areia com elevada saturação, deve-se ter o cuidado de verificar nolançamento do material na betoneira, se parte da mesma não ficou retida nas caixasou latas, pedindo que seja bem batida para a sua total liberação.

Figura 11.2 - Baias de madeira para separar os agregados  

11.1.3 - Água

A resistência mecânica do concreto poderá ser reduzida, se a água utilizadano amassamento conter substâncias nocivas em quantidades prejudiciais.

Portanto, a água destinada ao amassamento deverá ser as água potáveis.Do ponto de vista da durabilidade dos concretos, o emprego de águas não

potáveis no amassamento do concreto pode criar problemas a curto ou longo prazo.Se, para o concreto simples, o uso de águas contendo impurezas, dentro de

certos limites, pode não trazer conseqüências danosas, o mesmo não ocorre com oconcreto armado, onde a existência de cloretos pode ocasionar corrosão dasarmaduras, além de manchas e eflorescências superficiais.

11.1.4 - ArmadurasOs problemas existentes com as barras de aço é a possibilidade de corrosão

em maior ou menor grau de intensidade, em função de meio ambiente existente naregião da obra, o que provoca a diminuição da aderência ao concreto armado ediminuição de seção das barras.

No primeiro caso, esta diminuição é provocada pela formação de umapelícula não aderente às barras de aço, impedindo o contato com o concreto. Nosegundo caso de diminuição de seção, o problema é de ordem estrutural, devendoser criteriosamente avaliada a perda de seção da armadura.

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RECOMENDAÇÕES: 

Meios fortemente agressivos (regiões marítimas, ou altamente poluídas):

- Armazenar o menor tempo possível;

- Receber na obra as barras de aço já cortadas e dobradas, em pequenasquantidades;- Armazenar as barras em galpões fechados e cobertos com lona plástica;- Receber as armaduras já montadas;- Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência (avaliar a

eficiência periodicamente).

Meios mediamente agressivos:

- Armazenar as barras sobre travessas de madeira (Figura 11.4) de 30 cm deespessura, apoiadas em solo limpo de vegetação e protegido de pedrabritada.

- Cobrir com lonas plásticas;- Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência.(avaliar a

eficiência periodicamente);

Obs.: As barras que foram pintadas com camadas de cimento, para sua utilização na estrutura deverão ser removidas, a qual pode ser feito manualmente através de impacto de pedaço de barra de aço estriada e ajudar a limpeza através de fricção das mesmas.

Meios pouco agressivos:

- Armazenar as barras em travessas de madeira (Figura 11.3) de 20 cm deespessura, apoiadas em solo limpo de vegetação e protegido por camada debrita.

Para a limpeza das barras com corrosão devemos fazer em ordem de eficiência:

- jateamento de areia;- limpeza manual com escova de aço;- limpeza manual com saco de estopa úmido.

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Figura 11.3 - Armazenagem das barras de aço sobre travessas  

Tipos de aço:

Os aços estruturais de fabricação nacional em uso no Brasil podem serclassificados em três grupos:

• Aços de dureza natural laminados a quente: utilizados há muito tempo noconcreto armado. Nos dias de hoje possui saliências para aumentar aaderência do concreto.

• Aços encruados a frio: obtidos por tratamento a frio trabalho mecânico feitoabaixo da zona crítica, os grãos permanecem deformados aumentando aresistência.

• Aços para concreto protendido: aços duros e pertencem ao grupo de açosusados para concreto protendido. Pode ser encontrado em fios isolados ouformando uma cordoalha.

No Brasil a indicação do aço utilizado no concreto armado é feita pelas letrasCA (concreto armado) seguida de um número que caracteriza a tensão deescoamento em kg/mm². Os mais utilizados são o CA 25 e o CA 50 em barras,fabricados por laminação a quente, o CA 60 em fio, fabricado por trefilação ouprocesso equivalente (estiramento ou laminação a frio).

As barras são produtos de diâmetro nominal 5,0 ou superior e os fios aquelesde diâmetro nominal 10,0 ou inferior.

O comprimento normal das barras é de 11 m, com tolerância de mais oumenos 9%. E sua unidade é em milímetros (Tabela 11.2).

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Tabela 11.2 – Características de fios e barras NBR7480/1996  Diâmetro Nominal

(mm)Massa e tolerância por unidade de comprimento

(kg/m)Valores nominais

Fios Barras MassaMínima-10%

MassaMínima

-6%

Massanominal

MassaMáxima

+6%

MassaMáxima+10%

Área daSeção(mm2)

Perímetro(mm)

2,4 - - 0,034 0,036 0,038 4,5 7,53,4 - - 0,067 0,072 0,075 9,1 10,43,8 - - 0,084 0,089 0,094 11,3 11,94,2 - - 0,102 0,109 0,115 13,9 13,24,6 - - 0,123 0,130 0,137 16,6 14,55,0 5,0 0,193 0,145 0,154 0,163 0,169 19,6 17,35,5 - - 0,175 0,187 0,198 23,8 17,56,0 - - 0,209 0,222 0,235 28,3 18,8- 6,3 0,220 0,230 0,245 0,259 0,269 31,2 19,8

6,4 - - 0,238 0,253 0,268 32,2 20,17,0 - - 0,284 0,302 0,320 38,5 22,08,0 8,0 0,355 0,371 0,395 0,418 0,434 50,3 25,19,5 - - 0,523 0,558 0,589 70,9 29,810,0 10,0 - 0,580 0,617 0,654 78,5 31,4

- 12,5 - 0,906 0,963 1,021 122,7 39,3- 16,0 - 1,484 1,578 1,673 201,1 50,3- 20,0 - 2,318 2,466 2,614 314,2 62,8- 22,0 - 2,805 2,984 3,163 380,1 69,1- 25,0 - 3,622 3,853 4,084 490,9 78,5- 32,0 - 5,935 6,313 6,692 804,2 100,5- 40,0 - 9,273 9,865 10,456 1256,6 125,7

Na compra de barras e fios de aço para concreto armado, o comprador deveno mínimo indicar:

• número da Norma;

• diâmetro nominal e categoria da barra ou fio;• quantidade, em toneladas;• comprimento e sua tolerância;• embalagem (feixe, feixe dobrado, rolo)

11.2 – SISTEMA DE FÔRMAS E ESCORAMENTOS CONVENCIONAIS

Para se ter a garantia de que uma estrutura ou qualquer peça de concretoarmado seja executada fielmente ao projeto e tenha a forma correta, depende daexatidão e rigidez das fôrmas e de seus escoramentos.

Geralmente as fôrmas têm a sua execução atribuída aos mestres de obra ou

encarregados de carpintaria, estes procedimentos resultam em consumo intenso demateriais e mão-de-obra, fazendo um serviço empírico, as fôrmas podem ficarsuperdimensionadas ou subdimensionadas. Hoje existe um grande elenco dealternativas para confecção de fôrmas, estudadas e projetadas, para todos os tiposde obras.

As fôrmas podem variar cerca de 40% do custo total das estruturas deconcreto armado. Considerando que a estrutura representa em média 20% do custototal de um edifício, concluímos que racionalizar ou otimizar a fôrma corresponde a8% do custo de construção.

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Nessa análise, estamos considerando os custos diretos, existem oschamados indiretos, que podem alcançar níveis representativos. No ciclo deexecução da estrutura (forma, armação e concreto), o item forma é geralmente, ocaminho crítico, responsável por cerca de 50% do prazo de execução doempreendimento. Portanto, o seu ritmo estabelece o ritmo das demais atividades e,

eventuais atrasos. A forma é responsável por 60% das horas-homem gastas paraexecução da estrutura os outros 40% para atividade de armação e concretagem.Portanto devemos satisfazer alguns requisitos para a sua perfeita execução, quesão:

a) Devem ser executadas rigorosamente de acordo com as dimensõesindicadas no projeto, e ter a resistência necessária.

b) Devem ser praticamente estanques.c) Deve ser projetado para serem utilizadas o maior número possível de

vezes.

Na concretagem devemos tomar algumas precauções, em relação as fôrmas,

para que a estrutura não seja prejudicada:

a) Antes de concretar, as fôrmas devem ser limpas.b) Antes de concretar, as fôrmas devem ser molhadas até a saturação.c) Não colocar a agulha do vibrador entre a fôrma e as armaduras, isso

pode danificar os painéis.

11.2.1 - Materiais e ferramentas

As formas são fabricadas a partir de grande variedade de materiais, tendocomo principal componente a madeira, ou podemos utilizar também o aço, alumínioplástico, papelão etc.

A escolha destes materiais é determinada em função de uma série de fatores:• número de utilizações previstas;• textura requerida da superfície do concreto;• cargas atuantes;• tipo de estrutura a ser moldada;• custo dos componentes e mão-de-obra;• equipamentos para transporte;• cronograma da obra;• investimento inicial, etc.

a) Tábuas de madeira serrada:

As tábuas mais utilizadas são o pinho de 2º e 3º, o cedrilho, timburi. esimilares; sendo as bitolas comerciais mais comuns de: 2,5 x 30,0 cm ( 1" x 12 "),2,5 x 25,0 cm ( 1"x 10 "), 2,5 x 20,0 cm ( 1" x 8" ).

As tábuas podem ser reduzidas a qualquer largura, desdobradas em sarrafos,dos quais os mais comuns são os de 2,5 x 15,0 cm; 2,5 x 10,0 cm; 2,5 x 7,0 cm; 2,5x 5,00 cm.

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Devem ter as seguintes qualidades:

- Elevado módulo de elasticidade e resistência razoável- Não ser excessivamente dura- Baixo custo

b) Chapas de madeira compensada:

A madeira compensada é o composto laminado transversal mais utilizado emaplicações estruturais. São compostas por diversas lâminas adjacentes comespessura entre 1 mm e 5 mm, coladas por cola "branca" PVA, ou cola fenólica. Aschapas coladas com cola fenólica são mais resistentes ao descolamento daslâminas quando submetidas à umidade.

As chapas de madeira compensada, mais usadas para fôrma, têm dimensõesde 2,20 x 1,10 m e espessura que variam de 6,0; 10,0; 12,0mm.

As chapas têm acabamento resinado, para utilização em estruturas deconcreto armado revestida, e acabamento plastificado, para utilização em estruturasde concreto armado aparente.

c) Escoramentos :

Podemos utilizar para escoramentos pontaletes de eucaliptos ou peças deperoba como os cibros 5,0 x 6,0 cm; 5,0 x 7,0 cm; 8,0 x 8,0 cm; as vigas 6,0 x12,0cm e 6,0 x 16,0 cm, além dos escoramentos tubulares metálicos.

Quando os pontaletes forem apoiar no terreno, para evitar recalques,devemos colocar tábuas ou pranchas que deverão ser maiores quando mais fracosforem os terrenos, de modo que as cargas dos pontaletes sejam distribuídas numaárea maior.

Prever cunhas duplas nos pés de todos os pontaletes para possibilitar umadesforma mais fácil, e nos vãos intermediários dos escoramentos, deve com certezaserem colocados, de modo a permitir a colocação das contra flechas.

Nos pontaletes com mais de 3,00m, prever travamentos horizontais econtravontamentos para evitar flambagem.

Cuidado com emendas nos pontaletes !!! 

Cada pontalete de madeira só poderá ter uma emenda, a qual não pode serfeita no terço médio do seu comprimento. Nas emendas, os topos das duas peçasdevem ser planos e normais ao eixo comum. Devem, nestes casos, ser pregadoscobre junta de sarrafos em toda a volta das emendas.

d) Pregos:

Os pregos obedecem as normas EB-73 e PB-58/ ABNT. A designação dospregos com cabeça será por dois nºs. a x b .(Tabela 11.3)

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a = refere ao diâmetro, é o nº do prego na Fiera Parisex: 15 = 2,4 mm 18 = 3,4 mm

b = representa o comprimento medido em "linhas" - 2,3 mm, unidadecorrespondente a 1/12 da polegada antiga.

Tabela 11.3 - Dimensões dos pregos em "mm"  NÚMERO DIMENSÕES EM mm

5 X 5 1,0 X 11,5015 X 15 2,4 X 33,9015 X 18 2,4 X 40,6815 X 21 2,4 X 47,4616 X 18 2,7 X 40,6816 X 21 2,7 X 47,4616 X 24 2,7 X 54,2417 X 21 3,0 X 47,4617 X 24 3,0 X 54,24

17 X 27 3,0 X 61,0217 X 30 3,0 X 67,8018 X 24 3,4 X 54,2418 X 27 3,4 X 61,0218 X 30 3,4 X 67,8018 X 36 3,4 X 81,1419 X 27 3,9 X 61,0219 X 33 3,9 X 74,5319 X 39 3,9 X 88,14

Os pregos mais utilizados para a execução das fôrmas são:

- Fôrmas de tábuas: 18 x 27

19 x36- Fôrmas de chapas: 15 x 15

18 x 27- Escoramentos: 19 x 36

18 x 27

O diâmetro deve ser escolhido entre 1/8 e 1/10 da espessura da peça de menorespessura.

e) Tensores:

Os tensores são utilizados para conectar formas de pilares, vigas altas,painéis, suportando a pressão do concreto fresco. Normalmente são utilizados comotensores vergalhões de aço com partes soldadas, roscas e porcas ou acessóriosespeciais. Alguns tensores podem ser perdidos, sendo cortados após a desforma,outros podem ser removidos completamente e reutilizados (este sistema é o melhor)(Figura 11.4).

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tensores 

espaguetes Figura 11.4 - Modelos de tensores e espaguetes utilizados em fôrmas  

Devemos deixar os materiais em locais cobertos, protegidos do sol e dachuva. No manuseio das chapas compensadas deve-se tomar o cuidado para nãodanificar os bordos.

Para a execução das fôrmas além das ferramentas de uso do carpinteiro,como o martelo; serrote; lima; etc. se utiliza uma mesa de serra circular e umabancada com gabarito para a montagem dos painéis (Figura 11.5).

Figura 11.5 - Bancada com gabarito para montagem dos painéis das fôrmas 

A mesa de serra deve ter uma altura e todos os sistemas de proteção quepermita proceder ao corte de uma seção de uma só vez. As dimensões da mesa deserra devem ser coerentes com as dimensões das peças a serrar, e ainda é de

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grande importância adotar um disco de serra com dentes compatíveis com o corte aser feito (Figura 11.6).

Figura 11.6 - Tipos de disco para corte de tábuas e chapas compensadas  

11.2.2 - Peças utilizadas na execução das fôrmas:

São dados diversos nomes às peças que compõem as fôrmas e seus

escoramentos as mais comuns são:1 - PAINÉIS : Superfícies planas, formadas por tábuas ou chapas, etc. Os painéisformam os pisos das lajes e as faces das vigas, pilares, paredes.

2 - TRAVESSAS : Peças de ligações das tábuas ou chapas, dos painéis de vigas,pilares, paredes, geralmente feitas de sarrafos ou caibros.

3 - TRAVESSÕES : Peças de suporte empregados somente nos escoramentos dospainéis de lajes, geralmente feitas de sarrafos ou caibros.

4 - GUIAS : Peças de suporte dos travessões. Geralmente feitas de caibros ou

tábuas trabalhando a cutelo ( espelho ), no caso de utilizar tábuas, os travessõessão suprimidos.5 - FACES : Painéis que formam os lados das fôrmas das vigas.

6 - FUNDO DAS VIGAS : Painéis que forma a parte inferior das vigas.

7 - TRAVESSAS DE APOIO : Peças fixadas sobre as travessas verticais das facesda viga, destinadas ao apoio dos painéis de lajes e das peças de suporte dospainéis de laje (travessões e guias).

8 - CANTONEIRAS : Peças triangulares pregadas nos ângulos internos das fôrmas.

9 - GRAVATAS : Peças que ligam os painéis das formas dos pilares, colunas evigas.

10 - MONTANTES : Peças destinadas a reforçar as gravatas dos pilares.

11- PÉS- DIREITOS : Suportes das fôrmas das lajes. Geralmente feitos a de caibrosou varas de eucaliptos.

12 - PONTALETES : Suportes das fôrmas das vigas. Geralmente feitos de caibros ouvaras de eucaliptos.

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13 - ESCORAS (mãos - francesas): Peças inclinadas, trabalhando a compressão.

14 - CHAPUZES : Pequenas peças feitas de sarrafos, geralmente empregadas comosuporte e reforço de pregação das peças de escoramento, ou como apoioextremo das escoras.

15 - TALAS : Peças idênticas aos chapuzez, destinadas à ligação e a emenda daspeças de escoramento.

16 - CUNHAS : Peças prismáticas, geralmente usadas aos pares.

17 - CALÇOS : Peças de madeira os quais se apoiam os pontaletes e pés direitospor intermédio de cunhas.

18 - ESPAÇADORES : Peças destinadas a manter a distância interna entre ospainéis das formas de paredes, fundações e vigas.

19 - JANELAS : Aberturas localizadas na base das fôrmas, destinadas a limpeza.

20 - TRAVAMENTO : Ligação transversal das peças de escoramento que trabalhama flambagem.

21 - CONTRAVENTAMENTO : Ligação destinada a evitar qualquer deslocamentodas fôrmas. Consiste na ligação das fôrmas entre si. 

11.2.3 - Detalhes de utilização:

a) - Nos Pilares

Os pilares são formados por painéis verticais travados por gravatas. Quandoos pilares forem concretados antes das vigas, para garantir o prumo, temos queprever contraventamentos em duas direções perpendiculares entre si (Figuras 11.7e 11.8) os quais deverão estar bem apoiados no terreno em estacas firmementebatidas ou engastalhos nas bases, lajes etc... Devem ser bem fixados com pregos(18x27 ou 19x36) nas ligações com a fôrma e com os apoios (estacas ouengastalhos).

Em pilares altos, prever contraventamentos em dois ou mais pontos de altura,e nos casos de contraventamentos longos prever travessas com sarrafos para evitarflambagem (Figuras 11.7 e 11.8).

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Figura 11.7 - Detalhes do escoramento e contraventamentos em pilares 

Devemos colocar gravatas com dimensões proporcionais às alturas dospilares para que possam resistir ao empuxo lateral do concreto fresco.

Na parte inferior dos pilares, as distância entre as gravatas devem sermáximo de 30 a 40 cm. Não devemos esquecer de deixar na base dos pilares uma janela para a limpeza e lavagem do fundo, bem como deixar janelas intermediárias,a cada 2,0m (Figura 11.8), para concretagem em etapas nos pilares altos. Esta  janela tem a função de facilitar a vibração evitando a desagregação do concreto,responsável pela formação de vazios nas peças concretadas"bicheiras".

Figura 11.8 - Detalhes do escoramento e contraventamentos em pilares bem como das janelas 

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Tipos de gravatas usuais para o fechamento dos painéis dos pilares:

- Tipo 1 = sarrafo simples, de 2,5 x 7,0 ou 10 cm- Tipo 2 = dois sarrafos de 2,5 x 7,0 ou 10 cm- Tipo 3 = caibro com dois sarrafos de 2,5 x 7,0 ou 10,0 cm

Figura 11.9 - Tipos de gravatas utilizadas em pilares (Cardão.1969) 

Além das gravatas podemos reforçar as formas dos pilares com aramerecozido nº12 ou nº 10 (seção 2), ou ainda com espaguetes, tensores, que podemser introduzidas dentro de tubos plásticos para serem reaproveitados ( seção 3)(Figura 11.10).

(1) (2) (3)

Figura 11.10 - Tipos de reforços em gravatas  

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b)-Nas vigas e lajes

As fôrmas das vigas são constituídas por painéis de fundo e painéis das facesfirmemente travadas por gravata, mãos-francesas e sarrafos de pressão. Devemoscertificar se as formas têm as amarrações, escoramentos e contraventamentos

suficientes para não sofrerem deslocamentos ou deformações durante o lançamentodo concreto. E verificarmos se as distâncias entre eixos (para o sistemaconvencional) são as seguintes:

- para as gravatas : 0,50, 0,60 a 0,80m- para caibros horizontais das lajes : 0,50 m- entre mestras ou até apoio nas vigas : 1,00 a 1,20m- entre pontaletes das vigas e mestras daslajes

: 1,00m

Nas formas laterais das vigas, que não são travadas pelos painéis de laje,não é suficiente a colocação de gravatas ancoradas através do espaço interior dasfôrmas com arame grosso (arame recozido nº 10), espaguetes ou tensores ,principalmente nas vigas altas, é necessário prever também um bom escoramentolateral com as mãos francesas entre a parte superior da gravata e a travessa deapoio (Figura 11.11) ou contra o piso ou terreno, evitando as "barrigas" ousuperfícies tortas.

Na base da forma e sobre as guias é importante pregar um sarrafodenominado “sarrafo de pressão”, para evitar a abertura da forma (Figura 11.11).

Figura 11.11 - Detalhe de uma fôrma de viga  

Sarrafo de

ressão

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Outros tipos de fôrmas e escoramentos de vigas:

Figura 11.12 - Detalhe de fôrma de vigas de pequena dimensão (Cardão, 1969  )  

Figura 11.13 - Detalhe da Fôrma das vigas sem sarrafo de pressão  

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Figura 11.14 - Detalhes da fôrma das lajes maciças 

Figura 11.15a - Detalhes da fôrma das lajes maciças conjugado com vigas  

Figura 11.15b - Detalhes da fôrma das lajes maciças conjugado com vigas  

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11.2.4 - Juntas das Fôrmas

As juntas das fôrmas devem ser fechadas para evitar o vazamento da nata decimento que pode causar rebarbas ou vazios na superfície do concreto. Pode serutilizada mata-juntas, fita adesiva e até mastiques elásticos (Figura 11.16).

Devemos evitar o fechamento das juntas com papel de sacos de cimento oude jornais, o que não é muito eficiente. Isso pode ocorrer principalmente empequenas obras.

Figura 11.16 - Fechamento das juntas de fôrma utilizando mata-juntas e fita adesiva  

Recomendações: 

- Fazer o fechamento das juntas pouco antes da concretagem;- Colocar as tábuas das formas com o lado do cerne voltado para dentro (Figura

11.17), para evitar que as juntas se abram.

Figura 11.17 - Detalhe da fôrma utilizando tábuas  

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11.2.5 - Sistema de forma leve

São sistemas em que se utiliza mão-de-obra manual, ou seja, nãonecessitando do emprego de equipamentos para o içamento das peças. Sãoencontradas de tres maneiras:

a) Madeira  : o escoramento das vigas são executadas em madeira por sistemachamados de garfos ou H de viga, e as lajes formadas por escoras, longarinas etransversinas de madeira (Figura 11.18).

b) Misto :É um sistema que utiliza escoramento metálico com finalidade de suportede carga sendo a fôrma revestida com chapas de compesado e podem serdimensionadas para uma pressão que pode chegar até 60k/m². O peso própriodessas formas variam de 0,4 a 0,6kN/m², sendo sua aplicação feitamanualmente, e somente se necessário, às vezes utiliza-se roldanas e cordapara a subida vertical do equipamento (Figura 11.19).

Figura 11.18 - Escoramento de madeira tipo "H" 

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Figura 11.19 - Escoramento metálico  

c) Industrializado metálico : São aqueles sistemas em que praticamente se utilizamelementos metálicos para fôrma e escoramento. compostos por painéis levesconstituídos, geralmente, por uma estrutura de alumínio e compensado, forrandoo painel. As fôrmas metálicas chegam a Ter um peso próprio deaproximadamente 0,13kN/m2, consistindo como bastante leves.

11.2.6 - Sistema médio de fôrmas

São sistemas que se utilizam equipamentos para o içamento dos painéis com

a utilização, por exemplo, de grua ou guindaste.Esses painéis são estruturados e a forma pesa em média de 0,6 a 1,00kN/m2. São utilizados compensados e vigas metálicas em aço ou alumínio

Os painéis estruturados tem grandes aplicações em obras-de-arte, barragens,reservatórios, paredes e núcleos de edificações.

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11.2.7 - Sistema pesado de fôrmas

São sistemas nos quais que se utilizam gruas para o içamento da fôrma.Consiste essa modalidade de escoramento na utilização da chamada mesa voadoraque é uma estrutura metálica forrada por compensado sobre vigas mistas em

alumínio ou aço.

Essa estrutura fica apoiada sobre escoras ou treliças metálicas sob roldanaspara a locomoção do sistema, para que, após a desforma, todo o conjunto sejalevado à lateral da edificação e transportado por meio de grua para os pavimentosou área de trabalho superiores ou próximos. As mesas voadoras pesam em médiade 0,4 a 0,8 kN/m2. As principais aplicações desses sistemas são os muros,paredes, galerias e principalmente lajes.

11.2.8 - Sistema trepante e auto-trepante

São sistemas que com carro e cursor variável permitem deslocar a fôrmapara frente e para trás na plataforma de trabalho, sem grua. Podem ser empregadosem estruturas com mais de 100m de altura, sendo as fôrmas elevadas por comandohidráulicos.

Figura 11.20 - Fôrma trepante  

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11.2.9 - Sistema de fôrmas deslizante

São sistemas de fôrmas que deslizam verticalmente impulsionadas pormacacos hidráulicos com aproximadamente 1,2 ton. de capacidade, sendo que aplataforma de trabalho dos operários sobe junto com a fôrma, o processo exige

concretagem contínua. São de pequena altura, e apoiadas por barras de aço presasnas paredes de concreto (Figura 11.20).Esse sistema se aplica especialmente às obras verticais de reservatórios

elevados, silos verticais, núcleos de prédios, poços de elevador e escadas,revestimentos de poços, grandes pilares, chaminés cilíndricas e torres paratelecomunicações.

11.3 - RECOMENDAÇÕES QUANTO AO MANUSEIO E COLOCAÇÃO DAS BARRAS DE AÇO

11.3.1 – Corte

O corte das barras de aço consiste em dividir uma barra na dimensãoindicada no projeto, com o auxilio de ferramentas e máquinas apropriadas.

Podemos utilizar desde uma simples segueta (para pequenas bitolas),tesoura, máquina ou policorte de bancada (Figura 11.21).

Tesoura máquina de cortar ferro

Figura 11.21 – Equipamentos utilizados no corte das barras de aço  

Após o corte as barras devem ser endireitadas, sobre a bancada, antes deser dobrada. Uma barra bem desempenada aumenta o rendimento e proporcionabom aspecto.

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11.3.2 - Dobramento das barras

Em algumas obras encontramos casos de quebra de barras de aço, quandodo seu dobramento através de ferramentas manuais. Este fato é observado namaioria das vezes em obras onde existe grande variabilidade de bitolas, para as

quais, operários menos experientes não atentam para a necessidade de substituir odiâmetro do pino de dobramento. Para algumas bitolas eles são finos levando abarra, a sofrerem um ensaio extremamente rigoroso de dobramento, chegando aromper por tração (Figura 11.22).

Figura 11.22 – Bancada com pino de dobramento  

A recomendação para estes casos, que os diâmetros dos pinos sejam osmais próximos possíveis aos especificados na Tabela 11.4 para ganchos e dobras ena Tabela 11.5 para os estribos.

Caso as barras continuem quebrando, recomendamos que sejam feitosensaios de caracterização do lote.

Tabela 11.4 - Diâmetros dos pinos de dobramento - (Ganchos, dobras)  BITOLAS

POL mm CA 25 CA 50 CA 603/16" 5 4φ 5φ 6φ 1/4" 6,3 4φ 5φ 6φ 5/16" 8 4φ 5φ 6φ 3/8" 10 4φ 5φ 6φ 1/2" 12,5 4φ 5φ 6φ 5/8" 16 4φ 5φ 6φ 

3/4" 20 5φ 8φ 1" 25 5φ 8φ 

11/4" 32 5φ 8φ 

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Tabela 11.5 - Diâmetros dos pinos de dobramento - Estribos  BITOLAS

(mm) CA 25 CA 50 CA 60≤ 10 3 øt 3 øt 3 øt

10 < ø >20 4 øt 5 øt -

≥ 20 5 øt 8 øt -

11.3.3 – Montagem das armaduras

Montagem das armaduras consiste em unir peças de aço com auxílio datorquês e do arame recozido nº18, dando forma as estruturas de acordo com oprojeto estrutural.

É importante amarrar bem para que os ferros não saiam da sua posiçãodurante a concretagem. Os pontos mais conhecidos na amarração são: pontosimples, volta-seca, laçada e flor (Figura 11.23).

Ponto simples

Ponto volta-seca ou rabo de macaco

Ponto flor ou cruzado

Ponto laçadaFigura 11.23 – Pontos de amarração usuais  

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11.3.4 - Barras de espera de pilares

O que acontece com as barras de espera, é quanto ao seu posicionamento,

pois acontece em obras em que as esperas dos pilares não coincidem com sualocalização em planta.Para que isso ocorra, as causas podem ser diversas, tais como:

- falta de amarração adequada;- movimentação das barras durante a concretagem;- descuidos na locação dos pilares, etc.

Para evitar esse problema, recomendamos como principal a fiscalização dasferragens. Para melhorar a rigidez da armadura impedindo o seu deslocamento,recomendamos que se execute um quadro de madeira para servir de apoio àsbarras de espera e que o mesmo seja fixado no restante da armadura (Figura

11.24).

Caso as recomendações citadas não forem obedecidas, deixando as barrasde espera fora de posição após a concretagem, não deve ser permitido que asmesmas sejam dobradas para alcançar sua posição (engarrafamento dasarmaduras), devendo nestes casos consultar o projetista.

Figura 11.24 - Quadro de madeira para servir de suporte às barras de espera dos pilares  

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As esperas de pilares (arranques) têm o comprimento mínimo dado por NormaNBR 6118/2003 (Tabela 11.6), o que deve ser respeitado, salvo recomendaçõesdo calculista.

Tabela 11.6 - Comprimentos básicos para as esperas de acordo com o fck do concreto (Fusco,1994)

CA-50A - Barra estriadaFck (Mpa)Boa aderência Má aderência

15 40φ 56φ 20 32φ 45φ 25 28φ 40φ 30 24φ 34φ 35 22φ 31φ 40 20φ 28φ 

11.3.5 - Armação de Fundação

As fundações das estruturas podem ser expostas a agentes agressivospresentes nas águas e/ou solos de contato. Merecem menção dentre tais agentesagressivos:

• Íons sulfatos, freqüentemente presentes em solos e águas subterrâneas; a açãodos sulfatos, quando presente em solução produz, ao reagir com o hidróxido decálcio e com o aluminato tricálcico hidratado, o gesso e o sulfo-aluminato decálcio, que tem volumne consideravelmente maior do que os compostos iniciais,levando a expansão e desagregação do concreto;

• Líquidos que possam lixiviar o cimento; a lixiviação significa a extração oudissolução dos compostos hidratados da pasta de cimento

Todas as vigas baldrames, e principalmente os blocos de estacas, sapatas,não devem, suas armaduras, serem apoiadas diretamente sobre o solo.

Porque as armaduras poderão ficar descobertas pelo concreto o queocasionará a corrosão.

Para que isso não ocorra recomendamos que seja colocada no fundo dasvalas uma camada de concreto magro (lastro de concreto não estrutural) Figuras11.25 e 11.26. A pedra britada, poderia ser utilizada como lastro, mas os vazios

formados pela elevada granulometria faz com que a pasta de cimento escoeformando vazios no concreto “bicheiras”, podendo deixar as armaduras expostas.

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Figura 11.25 - Lastro de brita sob as vigas baldrames 

Figura 11.26 - Lastro de britas sob os blocos de estacas  

11.3.6 - Emendas 

As emendas de barras por transpasses devem ser feitas rigorosamente deacordo com as recomendações do projetista. Quando não houver indicações, asemendas devem ser feitas na zona de menor esforço de tração, alternadas emdiversos locais de uma seção (NBR 6118/2003), em várias - barras, se necessário,mas nunca em mais barras do que a metade.

Em qualquer caso o comprimento da emenda mínima deve ser ≥15φ ou 

≥20cm.As emendas com luvas são excelentes. Emendas soldadas de aço CA-50podem ser feitas com solda especial.

11.3.7 - Afastamento mínimo das barras

Como o concreto deve envolver toda a armadura e que não se apresentefalhas de concretagem, é necessário que haja um mínimo de afastamento entre as

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barras. Admite-se que entre as barras tanto na vertical como na horizontal pelomenos 2 cm e não menos do que o próprio diâmetro da barra.

Cuidado com o congestionamento formado pelas armaduras das vigas comas dos pilares, a fim de facilitar o lançamento do concreto.

11.4 - COMO SE PREPARA UM BOM CONCRETO

Faremos aqui algumas recomendações sobre o preparo do concreto, com oobjetivo de garantir sua homogeneidade, durabilidade e qualidade.

11.4.1 - Concreto preparado manualmente

Devemos evitar este tipo de preparo, pois a mistura das diversas massadas,não fica com a mesma homogeneidade. O concreto preparado manualmente éaceitável para pequenas obras e deve ser preparado com bastante critério seguindono mínimo as recomendações abaixo:

• Deve-se dosar os materiais através de caixas com dimensões pré-determinadas,ou com latas de 18 litros, e excesso de areia ou pedra no enchimento dasmesmas deve ser retirado com uma régua;

• A mistura dos materiais deve ser realizada sobre uma plataforma, de madeira oucimento, limpa e impermeável (preferencialmente em "caixotes") (Figura 11.27);

• Espalha-se a areia formando uma camada de 10 a 15 cm, sobre essa camadaesvazia-se o saco de cimento, espalhando-o de modo a cobrir a areia e depois

se realiza a primeira mistura, com pá ou enxada até que a mistura fiquehomogenia (Figura 11.27);

• Depois de bem misturados, se junta à quantidade estabelecida de pedra britada,misturando os três materiais (Figura 11.28);

• A seguir faz-se um buraco no meio da mistura e adiciona-se a água, pouco apouco, tomando-se o cuidado para que não escorra para fora da mistura, caso amistura for realizada sobre superfície impermeável sem proteção lateral"caixotes" (Figura 11.29).

Para regular a quantidade de água e evitar excesso, que é prejudicial, é

conveniente observar a consistência da massa, da seguinte maneira:

• Se a plainada com a pá, a superfície deve ficar úmida, sem perder água.• Se espremido com a mão um punhado de massa, a forma da espremedura deve

permanecer.

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Figura 11.27 - Mistura da areia e do cimento sobre superfície impermeável  

Figura 11.28 - Adição das britas  

Figura 11.29 - Colocação da água  

11.4.2 - Concreto preparado em betoneira

Recomendam-se o mesmo cuidado no enchimento das caixas ou latas,medidas de areia e pedra do item 11.4.1.

Os materiais devem ser colocados no misturador na seguinte ordem (Figura11.30):

• É boa a prática de colocação, em primeiro lugar, parte da água, e em seguida doagregado graúdo, pois a betoneira ficará limpa;

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• É boa a regra de colocar em seguida o cimento, pois havendo água e pedra,haverá uma boa distribuição de água para cada partícula de cimento, haveráainda uma moagem dos grãos de cimento;

• Finalmente, coloca-se o agregado miúdo, que faz um tamponamento nosmateriais já colocados, não deixando sair o graúdo em primeiro lugar;

• Colocar o restante da água gradativamente até atingir a consistência ideal.

O tempo de mistura deve ser contado a partir do primeiro momento em quetodos os materiais estiverem misturados.

Podemos estabelecer os tempos mínimos com relação ao diâmetro "d" dacaçamba do misturador, em metros (Tabela 11.7).

Tabela 11.7 - Tempos mínimos de mistura de acordo com o diâmetro e tipo de betoneira 

TEMPOS MÍNIMOS DE MISTURA

Misturador tipo EixoVertical

EixoHorizontal

Eixoinclinado

Tempo mínimode mistura

(seg.)30 d   90 d   120 d  

Figura 11.30 - Sequência da mistura em betoneira  

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OBS : Os materiais devem ser colocados com a betoneira girando e no menor espaço de tempo possível. Depois de colocados os materiais, deixe misturar no mínimo por 3 min.

Se o concreto ficar mole, adicione a areia e a pedra aos poucos, até atingir aconsistência adequada.

Se ficar seco, coloque mais cimento e água, na proporção de 5 partes decimento por 3 de água.

OBS : - Nunca adicione somente água, pois isso diminui a resistência do concreto.- Devemos sempre colocar um operário de confiança para operar a betoneira, pois é ele que controla o lançamento dos materiais.

11.4.3 - Concreto dosado em central

Para a utilização dos concretos dosados em central, o que devemos saber éprogramar e receber o concreto.

a) - Programação do concreto: devemos conhecer alguns dados, tais como:

•••• localização correta da obra•••• o volume necessário •••• a resistência característica do concreto a compressão (fck) ou o consumo

de cimento por m³ de concreto.• a dimensão do agregado graúdo• o abatimento adequado (slump test), Tabela 11.8

Tabela 11.8 - Limite de abatimento (Slump-Test) para diversos tipos de concreto Valores de abatimento em – mm -

Tipo de execução de concreto:Regular ou razoávelAgregados em volumeSem ou com controletecnológico

RigorosoAgregadosem peso

V i b r a ç ã osem com com

Tipo de ConstruçãoConsistência

(Trabalhabilidade)

Min. Máx. Min. Máx. Min. Máx.Fundações e muros não armados Firme 20 40 20 60 10 50

Fundações e muros armados Firme até plástico 30 80 30 70 20 60Estruturas comuns Plástico 60 80 50 70 40 60Peças esbeltas ou com excesso dearmadura

Mole até Plástico 80 110 70 90 60 80

Concreto aparente Plástico até mole 70 100 60 80 50 70Mole ----- ----- 80 100 70 90Concreto bombeado – até 40m

Mais de 40m Muito mole ----- ----- 90 130 80 100Elementos pré fabricados Plástico até firme 30 100 30 80 20 70Lastros-pisos Firme até plástico 60 80 50 70 30 40Pavimentação Firme ----- ----- 20 50 10 30Blocos maciços(concr. Socado) Muito firme ----- ----- 10 30 0 20

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A programação deve ser feita com antecedência e deve incluir o volume porcaminhão a ser entregue, bem como o intervalo de entrega entre caminhões.

b) - Recebimento: antes de descarregar, deve-se verificar:

• o volume do concreto pedido• a resistência característica do concreto à compressão (fck).• aditivo se utilizado

Se tudo estiver correto, só nos resta verificar , o abatimento (slump test) paraavaliar a quantidade de água existente no concreto. Para isso devemos executá-locomo segue:

• coletar a amostra de concreto depois de descarregar 0,5 m³ de concreto

ou ≅ 30 litros.• coloque o cone sobre a placa metálica bem nivelada e preencha em 3

camadas iguais e aplique 25 golpes uniformemente distribuídos em cadacamada.

• adense a camada junto a base e no adensamento das camadas restantes,a haste deve penetrar até a camada inferior adjacente.

• retirar o cone e com a haste sobre o cone invertido meça a distância entrea parte inferior da haste e o ponto médio do concreto.

11.4.4 - Aplicação do concreto em estruturas

Na aplicação do concreto devemos efetuar o adensamento de modo a torná-lo o mais compacto possível.

O método mais utilizado para o adensamento do concreto é por meio devibrador de imersão (Figura 11.31), para isso devemos ter alguns cuidados:

• aplicar sempre o vibrador na vertical• vibrar o maior número possível de pontos• o comprimento da agulha do vibrador deve ser maior que a camada a serconcretada.• não vibrar a armadura• não imergir o vibrador a menos de 10 ou 15 cm da parede da fôrma

• mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se brilhante.

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Figura 11.31 - Aplicação do vibrador na vertical  

Porém antes da aplicação do concreto nas estruturas devemos ter alguns cuidados:

• a altura da camada de concretagem deve ser inferior a 50 cm, facilitandoassim a saída das bolhas de ar.• e alguns cuidados nos pilares, vigas, lajes como segue:

a) Nos pilares

Verificar o seu prumo, e fazer com que a fôrma fique travada nos"engastalhos", e contraventá-las.

Engravatar a fôrma a cada aproximadamente 50 cm. Em casos de pilares

altos, a 2,00m fazer uma abertura "janela" para o lançamento do concreto, evitandocom isso a queda do concreto de uma altura fazendo com que os agregadosgraúdos permaneça no pé do pilar formando ninhos de pedra a vulgarmentechamado "bicheira".

Podemos ainda fazer uma outra abertura no pé do pilar para, antes daconcretagem, fazer a remoção e limpeza da sua base.

O concreto deverá ser vibrado com vibrador específico para tal, e não a"marteladas" como o usual.

Fazer um "cachimbo" nas janelas para facilitar a concretagem (Figura 11.32).

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Figura 11.32 - Cachimbo para facilitar a concretagem  

b) - Nas vigas 

Deverá ser feito formas, contraventadas a cada 50 cm, através de gavatas,mãos-francesas etc., par evitar, no momento de vibração, a sua abertura evazamento da pasta de cimento.

Verificar a estanqueidade das fôrmas;Limpar as fôrmas e molhá-las antes de concretar

As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, caso não hajapossibilidade, fazer as emendas à 45º (Figura 11.33).

As emendas de concretagem devem ser feitas de acordo com a orientaçãodo engenheiro calculista. Caso contrário, a emenda deve ser feita a 1/4 do apoio,onde geralmente os esforços são menores. Devemos evitar as emendas nos apoiose no centro dos vãos, pois os momentos negativos e positivos, respectivamente, sãomáximos.

engastalho

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Figura 11.33 - Emendas de concretagem em vigas realizada à 45 0  

Quando uma concretagem for interrompida por mais de três horas a suaretomada só poderá ser feita 72 horas - após a interrupção; este cuidado énecessário para evitar que a vibração do concreto novo, transmitida pela armadura,prejudique o concreto em início de endurecimento e quanto a aderência do concretoas barras de aço. A superfície deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e paramaior garantia de aderência do concreto novo com o velho devemos:

1º retirar com ponteiro as partículas soltas2º molhar bem a superfície e aplicar3º ou uma pasta de cimento ou um adesivo estrutural para preencher os

vazios e garantir a aderência.

4º o reinicio da concretagem deve ser feito preferêncialmente pelo sentidooposto.

c) - Nas Lajes 

Após a armação, devemos fazer a limpeza das pontas de arame utilizadas nafixação das barras, através de imã, fazer a limpeza e umedecimento das formasantes de concretagem, evitando que a mesma absorva água do concreto. Oumedecimento nas fôrmas de laje maciça não pode originar acúmulo de água,formando poças.

Garantir que a armadura negativa fique posicionada na face superior, com autilização dos chamados "Caranguejos." (Figura 11.34)

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Figura 11.34 - Detalhe da colocação de caranguejos no posicionamento das armaduras das lajes  

Recomendamos o uso de guias de nivelamento e não de pilaretes de madeirapara nivelarmos a superfície das lajes. (Figura 11.35)

Figura 11.35 - Detalhe das guias de nivelamento  

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Recomendamos ainda que as passarelas, para movimentação de pessoal notransporte de concreto, sejam feitas e apoiadas diretamente sobre as formas,independentes da armadura (Figura 11.36). Desta forma evitaremos a vibraçãoexcessiva das armaduras com eventual risco de aderência na parte de concreto jáparcialmente endurecido, e a deslocação das mesmas principalmente as armaduras

negativas.

Figura 11.36 - Passarela para concretagem apoiadas na fôrma. 

11.4.5 - Cobrimento da armadura

A importância do Cobrimento de concreto na armadura é de vital importância

na durabilidade, mas também pelos benefícios adicionais, como por exemplo, aresistência ao fogo. É preocupante ao constatar que esse ponto é freqüentementenegligenciado.

Os cobrimentos estão sempre referidos à superfície da armadura externa, emgeral à face externa do estribo.

Na execução, deve ser dada atenção apropriada aos espaçadores paraarmadura e uso de dispositivos para garantia efetiva do cobrimento especificado(Figuras 11.37 e 11.38).

Devemos em todos os casos garantir o total cobrimento das armaduras,lembrando que o aço para concreto armado estará apassivado e protegido dacorrosão quando estiver em um meio fortemente alcalino propiciando pelas reaçõesde hidratação do cimento, devemos fazer cumprir os cobrimentos mínimos exigidosno projeto e dado pela NBR6118/2003. (Tabela 11.9)

Tabela 11.9 - Cobrimento das armaduras 

Agressividade Fraca(Rural, submersa)

Moderada(Urbana)

Forte(Marinha, Industrial)

Muito Forte(Industrial, repingos

de maré)

componentes Cobrimento nominal (mm)laje 20 25 35 45

Viga/pilar 25 30 40 50

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OBS: Pode-se considerar um microclima com uma classe de agressividade mais branda paraambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinha, áreas de serviço de apartamentos,residências e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura.

para tal podemos empregar:• pastilhas (espaçadores): plásticas (Figura 11.38) ou de argamassa (Figura

11.37), que além de mais econômicas, aderem melhor ao concreto e podemser facilmente obtidas na obra, com o auxílio de formas de madeira, isopor(caixa de ovos), (para fazer gelo), metálica etc...

• cordões de argamassa.

e = recobrimentoFigura 11.37 - Pastilhas de argamassa 

Figura 11.38 - Pastilhas plásticas  

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11.4.6 - Cura

A cura é um processo mediante o qual mantém-se um teor de umidade

satisfatório, evitando a evaporação da água da mistura, garantindo ainda, umatemperatura favorável ao concreto, durante o processo de hidratação dos materiaisaglomerantes.

A cura é essencial para a obtenção de um concreto de boa qualidade. Aresistência potencial, bem como a durabilidade do concreto, somente serãodesenvolvidas totalmente, se a cura for realizada adequadamente.

Existem dois sistemas básicos para obtenção da perfeita hidratação docimento:

1 – Criar um ambiente úmido quer por meio de aplicação contínua e/ou freqüente deágua por meio de alagamento, molhagem, vapor d’água ou materiais de

recobrimento saturados de água, como mantas de algodão ou juta, terra, areia,serragem, palha, etc.

OBS.: Deve-se ter cuidados para que os materiais utilizados não sequem e absorvam a água do concreto.

2 – Prevenir a perda d’água de amassamento do concreto através do emprego demateriais selantes, como folhas de papel ou plástico impermeabilizantes, ou poraplicação de compostos líquidos para formação de membranas.

a) Tempo de Cura

Para definir o prazo de cura, motivo de constante preocupação deengenheiros e construtores nacionais, é necessário considerar dois aspectosfundamentais:- a relação a/c e o grau de hidratação do concreto;- tipo de cimento.

Para concretos com resistência da ordem de 15Mpa devemos curar oconcreto num período de 2 a dez dias, de acordo com a relação a/c utilizada e o tipode cimento, conforme mostra a Tabela 11.10:

Tabela 11.10 - Número de dias para cura de acordo com a relação a/c e do tipo de cimento 

a/cCimento

0,35 0,55 0,65 0,70

CPI e II 32 2 3 7 10CPIV – POZ 32 2 3 7 10CPIII – AF – 32 2 5 7 10

CPI e II – 40 2 3 5 5CPV – ARI 2 3 5 5

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Há, também, outros aspectos importantes na determinação do tempo total decura e não podem deixar de ser mencionados, uma vez que, de alguma forma,atuam sobre a cinética da reação de hidratação do cimento:

- condições locais, temperatura, vento e umidade relativa do ar;- geometria das peças, que pode ser definida pela relação, área deexposição/volume da peça.

Em certas condições, haverá necessidade de concretos mais compactos(menos porosos), exigindo um prolongamento do período em que serão necessáriasas operações de cura. Nessas condições haverá necessidade de considerartambém a variável agressividade do meio ambiente.

O maior dano causado ao concreto pela falta da cura não será uma reduçãonas resistências à compressão, pelo menos nas peças espessas, que retêm maiságua e garantem o grau de umidade necessário para hidratar o cimento. A falta de

uma cura adequada age principalmente contra a durabilidade das estruturas, a qualé inicialmente controlada pelas propriedades das camadas superficiais desseconcreto. Secagens prematuras resultam em camadas superficiais porosas combaixa resistência ao ataque de agentes agressivos. Ironicamente, as obras maiscarentes de uma cura criteriosa – pequenas estruturas, com concreto de relação a/celevada – são as que menos cuidados recebem especialmente componentesestruturais, como pilares e vigas. Além disso, é prática usual nos canteiros de obrascuidarem da cura somente na parte superior das lajes.

11.4.7 - Desforma

A desforma deve ser realizada de forma criteriosa. Em estruturas com vãosgrandes ou com balanços, deve-se pedir ao calculista um programa de desformaprogressiva, para evitar tensões internas não previstas no concreto, que podemprovocar fissuras e até trincas.

Quando o cimento não for de alta resistência inicial ou não for colocadoaditivo que acelerem o endurecimento e a temperatura local for adequada, a retiradadas fôrmas e do escoramento deverá ser feito quando o concreto atingir aresistência característica à compressão ≥ 15 MPa.

Nas obras de pequeno porte e de menor responsabilidade podemos, além deatender ao exposto acima, desformar nos seguintes prazos:

• faces laterais 3 dias•••• retirada de algumas escoras 7 dias•••• faces inferiores, deixando-se algumas

escoras bem encunhadas 14 dias•••• desforma total, exceto as do item abaixo 21 dias•••• vigas e arcos com vão maior do que 10 m 28 dias

A desforma de estruturas mais esbeltas deve ser feita com muito cuidado,evitando-se desformas ou retiradas de escoras bruscas ou choques fortes.

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11.4.8 - Consertos de falhas

Devemos proibir, nas obras, que após a desforma de qualquer elemento daestrutura de concreto armado sejam fechadas falhas (bicheiras) do concreto, para

esconder eventuais descuidos durante a concretagem ou por outro qualquer motivo.Para os concertos nas falhas simples devemos assim proceder:

• remover o concreto solto, picotar e limpar bem o lugar a ser reparado.••••  limpar bem as barras das armaduras descoberta removendo toda aferrugem.•••• aplicar um adesivo a base de epóxi na superfície de contato do concreto

e das barras de aço com o novo concreto de enchimento.•••• preenchimento do vazio, com concreto forte, sendo aconselhável aplicar

aditivo inibidor de retração (expansor).

Figura 11.39 - Método mais comum de consertos de falhas 

11.4.9 - O que devemos verificar antes da concretagem - Plano deConcretagem

Antes da concretagem devemos verificar um conjunto de medidas a seremtomadas antes do lançamento do concreto objetivando a qualidade da peça a serconcretada, que são:

a) Fôrma e Escoramento

• Conferir a montagem baseada no projeto;• Capacidade de suporte da fôrma relativo a deformações provocadas pelo peso

próprio ou devido às operações de lançamento;• Estanqueidade;• Limpeza e aplicação de desmoldante;• Tratamento da superfície de contato.

b) Armadura

• Bitolas, quantidades e dimensões das barras;

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• Posicionamento;• Fixação;• Cobrimento das armaduras (pastilhas, espaçadores)• Limpeza

c) Lançamento

• Programar antecipadamente o volume de concreto, início e intervalos dascargas;

• Programar o tempo previsto para o lançamento;• Dimensionar a equipe envolvida no lançamento, adensamento e cura do

concreto;• Prever interrupções nos pontos de descontinuidade (juntas, encontros de pilares,

paredes com vigas ou lajes);• Especificar a forma de lançamento (convencional, bomba estacionária,

autobomba com lança, esteira, caçamba);

• Providenciar equipamentos e dispositivos (carrinhos, jericas, guincho, guindaste,caçamba);• Providenciar ferramentas diversas (enxada, pás, desempenadeiras, ponteiros,

etc..)• Providenciar tomadas de força para equipamentos elétricos;• Durante o lançamento devemos evitar o acúmulo de concreto em determinados

pontos da fôrma, lançar o mais próximo da sua posição final, evitar a segregaçãoe o acúmulo de água na superfície do concreto, lançar em camadas horizontaisde 15 a 30cm, a partir da extremidade para o centro das fôrmas, lançar novacamada antes do início de pega da camada inferior, a altura de lançamento nãodeve ultrapassar a 2,0m;

• No caso de lançamento convencional verificar: o intervalo compatível de entregado concreto, limitar o transporte a 60m, preparar rampas e caminhos de acesso,iniciar a concretagem pela parte mais distante do local de recebimento doconcreto;

• No caso de lançamento por bombas verificar: altura de lançamento, prever localde acesso e de posicionamento para os caminhões e bomba.

d) Adensamento

• Providenciar, vibradores de imersão (agulha), vibradores de superfície (réguasvibratórias), vibradores externos (vibradores de fôrma);

• O vibrador de imersão deve penetrar cerca de 5,0cm da camada inferior;

• Iniciar o adensamento logo após o lançamento;• Evitar o adensamento a menos de 10cm da parede da fôrma devido a formação

de bolhas de ar e perda de argamassa;

e) Cura

• Iniciar a cura tão logo a superfície concretada tenha resistência à ação da água;• A cura deve ser contínua;

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ANOTAÇÕES 

Noções de segurança:

- Para evitar quedas de pessoas em aberturas, beirada das lajes, escorregõesocasionados pela desforma, emprego de escadas inadequadas devemos:proteger as beiradas das lajes, poços, com guarda-corpos de madeira, metal outelados. As escadas devem ser dimensionadas em função do fluxo detrabalhadores, ser fixadas nos pisos inferiores e superiores.

- Para evitar quedas de materiais e objetos, devemos evitar o empilhamento earmazenamento próximo a beiradas de laje. Madeira de desforma e estroncasdevem ser armazenadas no centro do pavimento.

- O içamento de materiais só deve ser feito por pessoal qualificado

- Para o transporte, corte, dobra e manipulação de armações de aço devem serutilizados os equipamentos de proteção individual obrigatórios (capacete, óculosde segurança contra impactos, avental, luva e mangote de raspa, protetorauricular, calçado, cinturão de segurança tipo pára-quedista e trava-quedas).

- Retirar da área de produção as ferramentas defeituosas, danificadas ouimprovisadas.

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12 - VOCABULÁRIO DA CONSTRUÇÃO

Este capítulo reúne a maior parte dos termos usados na construção civil, e tem como objetivomelhorar a comunicação e o entendimento com os profissionais envolvidos na construção.

AAAAAbaular – Dar forma curva, arqueada a uma superfície.

Abertura – Termo genérico que indica todo e qualquer rasgo na construção (portas, janelas, vãos,valas).

Abóbada – Geométricamente, a abóbada tem origem num arco que se desloca e gira sobre o próprioeixo. Na engenharia é uma estrutura de alvenaria ou concreto, curva, que forma normalmente acobertura de um recinto. Carregada verticalmente, produz reações oblíquas nos apoios A abóbadaserve ainda de meio de suporte de pavimentos, tabuleiros de ponte, escadas.

Abraçadeira – Peça metálica que, normalmente fixa peças, como tubos, conduites etc.

Abrasão – Desgaste causado nas superfícies pelo movimento de pessoas ou objetos.

Abrigo – Lugar destinado a proteger das intempéries. No uso corrente, indica locais como garagem,também chamada de abrigo de carros.

Acabamento – Conjunto de operações de revestimentos e de finalização, realizadas ao término da

estrutura, alvenaria, pisos etc.Acetinado – Todo material tratado para ter textura semelhante ao cetim.

Acesso – Passagem, lugar ou meio de ligação por onde se chega à entrada de um edifício ou àalguma parte dele.

Aclive – Quando o terreno se apresenta em subida em relação à rua.

Aço-carbono – Liga de aço e carbono que resulta num material leve e de grande resistência.

Aço – CA-50 – Aço para concreto armado de tensão característica e escoamento igual a 50 Kgf/mm 2.

Acréscimo – É o aumento de uma construção, quer no sentido horizontal, quer no vertical, formando

novos compartimentos ou ampliando os existentes.Adega – Também conhecida como cava. A palavra provavelmente, tem origem no termo francêscave: lugar especial da casa, em geral no subsolo, onde se guardam os vinhos e azeites.

Adobe – Tijolo feito com uma mistura de barro cru, areia em pequena quantidade, estrume ou fibravegetal.

Afagar – Nivelar, aplainar, desbastar saliência ou alisar madeiras.

Afastamento – Separação de um elemento construtivo em relação a um ponto, linha ou outrareferência. Distâncias entre as faces da construção e os limites do terreno.

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Afresco – Técnica de pintura. Trabalha o revestimento ainda úmido de paredes e tetos, permitindo aabsorção da tinta.

Aglomerado – Placa prensada, composta de serragem compactada com cola que pode ser fechadacom duas lâminas de madeira ou não.

Aglomerante – (ligante, aglutinante) substância que, misturada a um agregado, faz a ligação daspartículas inertes por ação física ou por reação química, com o sem adição de água, calor oupressão.

Agregado – Material pétreo granuloso quimicamente inerte e sem poder aglutinante que, juntamentecom água e um ligante, forma argamassas e concretos.

Agrimensor – Topógrafo. Profissional que estuda os níveis e as características do terreno paraajudar o arquiteto, engenheiro no seu trabalho.

Agrimensura – Medição da superfície do terreno.

Água do telhado – Cada uma das superfícies inclinadas da cobertura, que principia na cumeeira esegue até a beirada.

Água furtada – Vão entre as tesouras do telhado. Ângulo do telhado por onde correm as águaspluviais.

Água-mestra – Nos telhados retangulares de quatro águas,é o nome que se dá às duas águas deforma trapezoidal. As duas triangulares são chamadas de tacaniças.

Alambrado – Cerca feita com fios de arame que delimita um terreno.

Alcatrão – Produto semi-sólido ou liquido, resultante da destilação de materiais (hulha, linhito, turfa emadeira).

Alçapão – Portinhola no piso ou no foro que dá acesso a porões, sótãos ou desvão de telhado.

Alçar – Levantar a parede, construir.

Alcova – quarto pequeno de dormir, sem aberturas para o exterior.

Aldrava – o mesmo de aldraba. Argola de metal que fica do lado de fora da porta e serve deinstrumento para bater à porta.

Alicerce – Fundação. Conjunto de estacas e sapatas responsável pela sustentação da obra etransmitir ao solo de forma estável.

Alinhamento – Linha que limita o lote urbano em relação à via pública.

Alma – Parede componente dos perfilados ou vigas U, T, I, Z e L, por onde passam os eixos desimetria da seção.

Almofada – Na marcenaria e carpintaria, peça com saliência superposta à superfície.

Almoxarifado – Depósito dos materiais de uma obra ou empresa.

Alpendre – Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas. Geralmente fica localizada naentrada da casa. Aos alpendres maiores dá-se o nome de varanda.

Alto-relevo – Saliência criada e definida numa superfície plana.

Altura (de uma edificação) – É a diferença de cota entre o piso do pavimento habitável mais próximodo terreno natural e o forro do pavimento habitável mais alto.

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Alvará de construção – Documento emitido pela prefeitura do município onde a construção estálocalizada que licencia a execução da obra.

Alvaiade – Carbonato básico de chumbo de composição variável, insolúvel na água, de cor brancasem matizes, usado no estado em pó fino na fabricação de tintas brancas, ou adicionadas ao cimentobranco para rejunte.

Alvenaria – Conjunto de pedras, de tijolos ou blocos, com argamassa ou não, que formam paredes,muros e alicerces.

Amarração – Modo de assentar tijolos, bloco, pedras e outros elementos que compõe a alvenaria. Aspeças de uma fiada são assentadas com diferença de meio comprimento ou meia largura em relaçãoa fiada seguinte, de maneia que as juntas verticais fiquem desencontradas.

Amianto – Tem origem de um mineral chamado asbesto e é composto de filamentos delicados,flexíveis e incombustíveis. É utilizado na construção de refratários, e na composição do fibrocimento.

Andaime – Plataformas elevadas do piso, usada para alcançar niveis superiores durante aconstrução ou reparo de um edifício.

Andar – Qualquer pavimento de uma edificação, acima do porão, embasamento, rés do chão, loja ousobre loja. Andar térreo – é o pavimento acima do porão ou do embasamento e no nível da viapública. Primeiro andar – é o pavimento imediatamente acima do andar térreo, rés do chão, loja ousobre loja.

Angelim-vermelho – Madeira de construção de cor castanho-rosada.

Angico – Madeira muito dura, castanho clara.

Anodização – Tratamento químico no alumínio que lhe confere aparência fosca e cores variadas.

Anteparo – Qualquer objeto, peça (biombos, quebra-luzes, pára-ventos) que se coloca diante dealguém ou de algo, para proteger.

Anteprojeto – Linhas iniciais em busca de uma idéia ou concepção para desenvolver um projeto.

Aparelho Sanitário – Peça ou aparelho destinado a usos higiênicos, ligado hidraulicamente a redede água e de esgoto.

Apartamento – Conjunto de dependências constituído de habitação distinta.

Apicoado – Superfície submetida a desbastamento (com ponteiros, talhadeiras) do qual resulta umatextura rugosa, antiderrapante.

Apiloamento – Operação de bater a terra solta com soquete ou maço, em sucessivas camadas.

Aplique – Ornamento, enfeite fixado em paredes e muros.

Aprovação de planta – Ato administrativo da Prefeitura para aprovação de projeto arquitetônico deconstrução ou reforma de um edifício urbano.

Aprumar – Acertar a verticalidade de paredes, pilares e colunas por meio de prumo (ver prumo).

Apontador – Funcionário encarregado do controle de presença dos operários de uma obra ouserviço, por meio de registro escrito.

Aquecimento Central – Sistema que centraliza o aquecimento da água para distribuição nasedificações. A fonte de energia para o aquecimento da água poderá ser a eletricidade, o gás ou aenergia solar.

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Aquecimento de passagem – Sistema que aquece a água sem centralizar a reserva de águaquente. Podendo ser elétrico ou a gás.

Arabesco – Ornamento de inspiração árabe.

Arame recozido   – Arame de ferro submetido a tratamento térmico de recozimento que o torna

flexível.Arandela – Aparelho de iluminação fixada à parede.

Arcada – Sucessão de arcos.

Arco – semicircunferência que vence um vão entre paredes, pilares.

Ardósia – É uma rocha metamórfica de grão fino e homogêneo composta por argila ou cinzasvulcânicas que foram metamorfizadas em camadas. Rocha macia e de corte fácil.

Área construída – É a soma das áreas dos pisos utilizáveis, cobertos de todos os pavimentos deuma ou mais edificações.

Área ocupada – è a área de projeção horizontal de uma ou mais edificações sobre o terreno.Área ou faixa não edificável (non aedicandi) – É a área de terreno onde não é permitida qualqueredificação.

Área de lazer – É a área de uso comum dos condomínios, complementado as moradias.

Área permeável – É a porção do terreno onde não há pavimento ou estruturas subterrâneas capazesde obstruir a percolação das águas para o subsolo.

Área útil – Superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes.

Arenito – Rocha composta de pequenos grãos de quartzo, calcário ou feldspato usado em pisos.

Argamassa – Mistura de materiais inertes (areia) com materiais aglomerantes (cimento e/ou cal) eágua, usada no assentamento ou revestimento.

Argila expandida – Agregado artificial leve, obtido por aquecimento de 1.000º a 1.400ºC de umamistura de argila e substâncias capazes de gerar gases.

Armador – Profissional responsável pelo corte e pela armação das ferros de uma construção.

Armadura – conjunto de ferros que ficam dentro do concreto e dão rigidez à obra.

Aroeira – Madeira em extinção de cor variando do castanho ao avermelhado escuro.

Arquibancada – Série de assentos em filas sucessivas, cada fila mais elevada que a outra, em formade escada.

Arquiteto – Profissional que idealiza e projeta uma construção. Possui a arte da composição, oconhecimento dos materiais e de suas técnicas.

Arquitetura – Arte de compor e construir edifícios, tendo em vista o conforto, a realidade social, e osentido plástico da época.

Arquitrave – Viga de sustentação que, em suas extremidades, se apóia em colunas.

Arrematar – Finalizar um serviço na fase de acabamento da obra.

Arrimar – Apoiar, encostar, escorar.

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Art déco – Movimento entre os anos 20 e 40 e marca a arquitetura com linhas geométricas e tonspastel.

Art nouveau – Arte nova se refere ao estilo arquitetônico e da arte decorativa que marcou o final doséculo XIX e o começo do século XX.

Asfalto – Material sólido ou semi-sólido, de cor entre preta e pardo-escura, que ocorre na naturezaou é obtido pela destilação de petróleo, que se funde pelo calor, e no qual os constituintes são osbetumes.

Aspersor – aparelho usado na jardinagem que divide o jorro da água em gotículas.

Assentar – Colocar e ajustar tijolos, blocos, esquadrias, pisos, pastilhas e outros acabamentos.

Assoalho – Piso de madeira de tábuas corridas.

Assobradada – Construção com mais de um pavimento.

Ateliê – Local de trabalho do artista.

Aterrar – Colocar terra para nivelar uma superfície irregular. Ligar circuito ou aparelho elétrico à terra.Átrio – Pátio descoberto cercado por telhados.

Autoclave – Máquina que opera em altos graus de temperatura e pressão. Geralmente usada emprocessos de impregnação de fungicidas e preservativos na madeira, de cozimento ou de secagemde materiais.

Auto de vistoria - Documento fornecido pela Prefeitura que autoriza a ocupação e uso de um edifíciocomercial ou industrial recém construído.

Autoportante – Elemento que tem rigidez mecânica suficiente para sustentar a si mesmo.

Azulejo – placa de cerâmica polida e vidrada. A origem do azulejo remonta aos povos babilônicos.

BBBBBaixo-relevo – Trabalho em que as figuras sobressaem muito pouco em relação à superfície quelhes serve de fundo.

Balanço – Saliência ou corpo que se projeta para além da prumada de uma construção, semestrutura de sustentação aparente.

Balaústre – Pequena coluna ou pilar que, alinhada lado a lado, sustenta corrimãos e guarda-corpos.

Balcão – Elemento em balanço, na altura de pisos elevados, disposto diante de portas e janelas. Éprotegido com grades ou peitoril.

Baldrame – Viga ou conjunto de vigas de concreto armado que corre sobre qualquer tipo defundação para travamento ou apoio das paredes.

Baliza – É um instrumento utilizado pelo topógrafo para elevar o ponto topográfico com objetivo detorná-lo visível.

Balizador – Pequena haste cilíndrica, com uma ou mais lâmpadas, usada em iluminação de jardins.

Bandeira – Caixilho fixo ou móvel, que se coloca na parte superior de portas e janelas, favorecendo ailuminação e a ventilação dos ambientes.

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Bandeja – Conduto de instalação aparente, aberto superiormente em toda sua extensão, onde oscondutores são lançados. Também é a proteção externa colocada nos edifícios para evitar a quedade detritos.

Bangalô – Pequena casa alpendrada, erguida no campo ou nos arredores das cidades.

Barrado – Revestimento colocado nas partes inferiores das paredes.Barroco – Estilo marcado pelo excesso de detalhes e de rebuscamentos.

Barrote – Peça de madeira, chumbada com massa no contrapiso, que permite fixar o piso de tábua.Tem de 3 a 5 cm de largura por 2,5 a 3,5 cm de espessura.

Basalto – Rocha muito dura, de grão fino e cor escura, usada na pavimentação de estradas e naconstrução.

Basculante – Caixilho empregado em portas e janelas, onde as peças giram em torno de um eixo atéatingir a posição perpendicular em relação ao batente ou à esquadria, abrindo vãos para ventilação.

Bate-estaca – Equipamento de cravar estacas no terreno pela ação de golpes a sua cabeça com um

pilão.Batente – Peça de madeira, metal ou cantaria, presa ao guarnecimento do vão, sobre o qual bate afolha da porta ou da janela ao fechar.

Bay window – Janela de três faces, que avança além da parede que a sustenta.

Beiral – Prolongamento do telhado ou da estrutura de uma laje para além da parede externa,protegendo-a da ação das chuvas.

Bica corrida – Pedra britada (ver brita). Fragmentos de pedra usados na construção civil.

Bisotê – Rebaixo em ângulo na extremidade do vidro ou do espelho deixando o contorno da peçamais fino do que o restante da superfície.

Bitola – Dimensão ou forma fixa de certos materiais determinada pelo uso ou por normas técnicas.

Bloco – Designa edifícios que constituem uma só massa construída.

Bloco cerâmico – Elemento de vedação com medida-padrão. Pode ser estrutural ou não.

Bloco de concreto – Elemento de dimensões padronizadas Tem função estrutural ou de vedação.

Bloco de vidro – Elemento de vedação que ajuda a iluminar o ambienta.

Bloco sílico-calcário – Elemento de alvenaria composto de uma mistura de areia silicosa e calvirgem. Tem função estrutural.

Boiler – Compartimento em que a água de um sistema de aquecimento central é armazenada emantida em determinada temperatura.

Boleado – acabamento arredondado no contorno da superfície de madeira, pedra, plástico ou metal.

Bow-window – Janela semicircular que se projeta para fora das paredes.

Brise – Quebra-sol composto de peças instaladas na vertical ou horizontal diante das fachadas paraimpedir a ação do sol sem perder a ventilação.

Brita – Pedra quebrada mecanicamente em fragmentos de diâmetros variados, classificados empeneiras.

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Broca – Estaca manual simples, executada a trado, que suporta pouco peso. A perfuração atinge nomáximo 6,0m.

CCCCCaderno de encargos – É o conjunto de especificações técnicas, critérios, condições eprocedimentos estabelecidos pelo contratante para a contratação, execução, fiscalização e controlede serviços e obras.

Caiação  – Pintura com cal diluída com água, com ou sem adição de cola, pigmentos ou outros, queaplica com broxa.

Caibro – Peça de madeira inclinada segundo o caimento do telhado e regularmente espaçada, sobrea qual se pregam as ripas.

Caixa de escada – Espaço, em sentido vertical, destinado à escada.

Caixa de gordura – Caixa para retenção de gorduras, instalada após o sifão, na canalização de

esgoto da pia de cozinha.Caixa de inspeção – Caixa enterrada nos pontos de mudança de direção de uma canalização deesgotos ou águas pluviais, ou em determinados pontos ao longo de trechos extensos da mesma, quepermite o acesso para limpeza e inspeção.

Caixa de passagem – Une tubulações diversas, elétricas ou hidráulicas.

Caixilho – Parte da esquadria que sustenta e guarnece os vidros de portas e janelas.

Cal – aglomerante cujo constituinte principal é o óxido de cálcio em presença natural do óxido demagnésio, hidratados ou não.

Calafetar – Vedar fendas e pequenos buracos surgidos durante a obra.

Calçada – Pavimentação do terreno dentro do mesmo.

Calceteiro – Profissional que trabalha com assentamento de pedra em calçadas, estradas, ruas ec.Também profissional que forma as pedras de calçamento, retiradas de um bloco de rocha, com omartelo de calceteiro.

Calefação – Sistema criado para aquecer a construção.

Calha – Canal que recebe as águas das chuvas e as leva aos condutores verticais.

Canafístula – Madeira dura, de cor amarelo-clara com manchas mais escuras.

Canal de irrigação – duto ou vala que conduz a água com a finalidade de umedecer os solos.

Cantaria – Pedra de cantaria é a pedra esquadrejada em cantos formando esquadro de 90 graususadas para edificar ou revestir.

Canteiro de obra – Conjunto de instalações provisórias auxiliares de uma obra, como depósitos,oficinas ou outros, implantado em anexo a área reservada a construção principal.

Cantoneira – Peça em forma de “L” que arremata as quinas ou ângulos de paredes.

Capa – Demão de tinta. Camada de betume aplicada sobre uma superfície.

Capitel – Parte superior de uma coluna. Podem ser simples ou ornamentados.

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Caramanchão – Armação, como um pergolado, sustentado por pontaletes ou pilares e coberta porvegetação.

Caranguejo – Espaçador para armadura feito em obra, de barras de aço, em forma de cavalete.

Carpete – Forração de pisos. Os mais comuns são os têxteis.

Carpete de madeira – Conjunto de pranchas de madeira ou laminado que são encaixados e/oucoladas ao contrapiso.

Carpinteiro – Profissional que trabalha o madeiramento de uma obra.

Casa de máquinas – Compartimento de um edifício situado acima da última parada dos elevadores,destinado aos motores, polias e quadros de comando.

Cascalho – Lasca de pedra

Caulim – Argila branca, rica em carbonato de cálcio, base de extração da cal.

Cavilha – Peça de fixação ou arremate em madeira. Tem formato cilíndrico-cônico.

Cachimbo – Anteparo de madeira, em forma de funil, utilizado junto às formas para concretar ospilares pelas janelas intermediárias.

Cerâmica – Objetos de argila, tais como tijolos, telhas e vasos. Também se refere às lajotas usadasem pisos ou como revestimento de parede.

Cerca viva – Arbustos plantados para formar um muro divisório.

Chalé – Casa de campo de madeira com telhados em duas águas, bem inclinadas, que avançamsobre a fachada.

Chaminé – Duto que conduz a fumaça da lareira e do fogão para o exterior da casa.

Chanfrar - Cortar em diagonal os ângulos retos de uma peça.

Chapiscar – Lançar argamassa de cimento e areia grossa contra uma superfície para torná-la ásperae facilitar a aderência.

Chapuz – Peça de madeira que serve de apoio as guias nos escoramentos de laje e estruturas deconcreto armado.

Chumbar – Fixar com argamassa.

Cimalha – Saliência ou arremate na parte mais alta da parede ou mureta.

Cinta de amarração – Reforço horizontal realizado em todas as paredes que recebem esforços coma finalidade de distribuir as cargas e “amarrar” as paredes internas às externas. São constituídas deconcreto e barras de aço corridas fundidos dentro de uma canaleta.

Cisterna – Poço de água potável ou reserva de água enterrada.

Clapboard – Tipo de revestimento externo para paredes, feito com tábuas de madeira sobrepostas,tipo do colonial americano.

Clarabóia – Abertura, em geral envidraçada, feita no telhado, para iluminar interiores de umaedificação.

Climatizado – Ambiente cuja temperatura é controlada artificialmente.

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Clínquer – Produto granulado resultante da queima até a fusão parcial ou completa de constituintesminerais.

Clorar – Tratar a água com cloro a fim de eliminar microorganismos.

Closet – Pequeno cômodo usado como quarto de vestir.

Cobertura – Estrutura revestida de material impermeável, que se executa no fechamento superior deum edifício, com a finalidade de protegê-lo da chuva e de outros agentes.

Código de obras – Conjunto de leis municipais que controla o uso do solo urbano.

Coeficiente de aproveitamento – É a relação entre a área construída de uma ou mais edificações ea área de terreno a ela(s) vinculada.

Coifa – Cobertura feita de metal, que suga a fumaça dos fogões.

Coletor de energia solar – Placa que capta a energia solar e a transforma em eletricidade (comcélulas fotovoltaicas) ou energia térmica.

Colonial – Tipo de arquitetura praticada nos países que foram colônias.Coluna – Elemento estrutural de sustentação. Ao longo da história da arquitetura, assumiu as formasmais variadas e diversos ornamentos.

Colunata – Conjunto de colunas enfileiradas de forma simétrica.

Combogó – Elemento vazado (ver)

Compensado – Chapa de madeira sobreposta e colada sob forte pressão. Tem as mesmascaracterísticas da madeira em relação à elasticidade e ao peso. Apresenta, porém, maior resistênciae homogeneidade, o que permite a fabricação de peças com grande dimensão.

Concreto – Mistura de água, cimento, areia e pedra britada, em proporções prefixadas, que formauma massa compacta e endurece com o tempo.

Conduíte – Tubo que conduz a fiação elétrica.

Contrafrechal – Terça que se apóia nas pontas das linhas das tesouras, sobre o frechal.

Contramarco – Quadro que serve de gabarito para fixar o caixilho.

Contrapiso – Camada de concreto não estrutural, que nivela o piso antes da aplicação dorevestimento.

Contraventamento – Sistema de ligação entre elementos principais de uma estrutura com afinalidade de aumentar a rigidez.

Contraverga – Reforço na alvenaria (canaletas, vigas) usada sob a janela para evitar a fissuração daparede.

Copa – Compartimento auxiliar da cozinha.

Coreto – Espécie de armação construída ao ar livre, destinado a espetáculos públicos.

Cornija – Conjunto de molduras que serve de arremate superior às obras de arquitetura.

Corpo de prova – Material utilizado para o ensaio de resistência à compressão tração ou outroensaio físico.

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Corredor – É o saguão de que segue, sem interrupção da rua ou área de frente até a área do fundo.

Corrimão – Apoio para as mãos colocado ao longo das escadas, rampas etc.

Cota – Indicação ou registro numérico das dimensões.

Cota de arrasamento – Cota em que deve ser deixado o topo de uma estaca ou tubulão, demolindoou cortando acima desta cota.

Coxim – Reforço de concreto nas alvenarias que recebem cargas concentradas (das tesouras, devigas na alvenaria estrutural etc.).

Cozinha – Compartimento em que são preparados os alimentos.

Craquelê – Rachaduras em esmaltes, vernizes ou pinturas a óleo que formam um entrelaçamentoirregular de fendas muito finas.

Cromado – Material que recebe uma camada de cromo. Elemento metálico, duro e brilhante.

Croqui – Primeiro esboço de um projeto.

Cuba – Recipiente das pias.

Cumeeira – Parte mais elevada de um telhado, onde se encontram as superfícies inclinadas (águas).

Cúpula – Parte superior interna e externa de algumas construções. Ver abóbada.

Curar – Secar madeiras, concretos, cimentos etc.

Curva de nível – Representação gráfica da curva formada pelos pontos de mesma cota.

DDDDDeck – Plataformas feitas com tábuas para circundar piscinas ou espelho d’água.

Declive – Quando a inclinação do terreno está abaixo do nível da rua.

Degrau – Cada um dos pares iguais de planos sólidos, horizontal e vertical, que se dispõe emseqüência na composição de uma escada.

Demão – Cada camada de tinta aplicada sobre uma superfície.

Depósito – Edificação ou ambiente destinado à guarda de mercadorias ou objetos.

Desaterro – Retirar um volume de terra de um local.

Desdobro – É a divisão, em duas ou mais áreas, de um lote edificável para fins urbanos.

Desforma – Operação de retirada das formas de uma obra de concreto armado.

Desgaste – Ver abrasão.

Desempenadeira – Instrumento formado por uma base lisa e uma alça, usado para eliminarondulações nas argamassas.

Desmembramento – É a subdivisão de gleba em lotes edificáveis para fins urbanos, com oaproveitamento do sistema viário existente.

Desnível – Diferença entre altitudes de dois pontos do terreno ou construção.

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Destacamento – Assentamento das duas primeiras fiadas de uma alvenaria.

Desvão – espaço entre a telha e o forro.

Dilatação – Aumento de dimensão, principalmente a partir de uma variação térmica. Ver junta dedilatação.

Disjuntor – Dispositivo destinado a desligar automaticamente um circuito elétrico sempre que ocorrersobrecarga da corrente.

Divisória – Parede que separam ambientes de uma construção. Tapumes, biombos.

Dobradiça – Dispositivo de fixação da folha ao marco (batente), que permite que a folha semovimente em torno de um eixo.

Domo – Peça de fibra de vidro ou acrílico, utilizado na cobertura para iluminar e ventilar o interior.

Dormente – Peça de madeira usada na composição de escadas e peitoris. Também é utilizado paraassentar trilhos das ferrovias.

Drenagem – Retirada de água do solo, tanto da superfície quanto de camadas profundas.Ducha – Chuveiro com jatos d’água de grande pressão.

Duto – Tubo que conduz líquidos (canos), fios (conduítes), ou ar.

EEEEEdícula – Construção complementar independente com área inferior a construção principal destinadaà lavanderia, despensa, aposentos de empregados etc.

Edificação – Obra, construção.

Eflorescência - São manchas esbranquiçadas que se sobressaem ao revestimento cerâmico e a eleaderem. Ela aparece devido a um processo químico. O cimento comum, reagindo com a água, resultaem uma base medianamente solúvel, denominada hidróxido de cálcio.

Elastômero – Polímeros naturais ou sintéticos que se caracterizam por apresentar módulo deelasticidade inicial e deformação permanente baixos.

Elemento vazado – Peça produzida em concreto, cerâmica ou vidro, dotado de aberturas quepossibilitam a passagem do ar e de luz para o interior.

Eletroduto – Conduíte que carrega a fiação.

Elevação – Representação gráfica das fachadas em plano ortogonal, ou seja, sem profundidade ouperspectiva.

Elevador – Equipamento que executa o transporte vertical, de pessoas ou mercadorias.

Embasamento – Parte inferior de uma construção.

Emboçamento – Assentamento com argamassa das telhas da cumeeira ou espigão. Aplicação daprimeira camada de argamassa nas paredes.

Emboço – Primeira camada de argamassa. Tem como função uniformizar as superfícies.

Empena – Cada uma das paredes laterais onde se apóia a cumeeira nos telhados de duas águas.Também conhecida como oitão.

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Empreitada – Sistema de contratação de um ou mais profissionais para executar qualquer tipo deserviço ou obra.

Encarregado – Auxiliar do mestre de obras, que coordena serviços de grupos de operários.

Encunhamento – Colocação da última camada de tijolos de uma parede. Eles ficam inclinados e

comprimidos por argamassa até a estrutura, de forma que fique coeso.Endurecimento – Fase subseqüente ao período de pega, na qual o aglomerante passa a oferecerresistência a esforços mecânicos.

Engastado – Encaixado, embutido.

Engastalho – Calço de madeira, fixo no concreto, utilizado para travar o pé das formas dos pilares.  

Enquadrar – Emoldurar, colocar o caixilho.

Entulho – Conjunto de materiais fragmentados e desagregados, que se acumulam em demolições ouconstruções.

Enxaimel – Conjunto de estacas e caibros que sustentam as divisões da estrutura da casa, podendoou não ficar aparente na fachada.

Epóxi – Tinta plástica e impermeável usada na pintura de peças metálicas, ou ambientes expostos aumidades.

Escada – Série de degraus por onde se sobe ou se desce.

Escala – Relação de homologia existente entre o desenho e o que representa na realidade.

Escantilhão – Régua de madeira que serve de molde para marcar ou aferir medidas em peças ouem obras.

Escora – Peça de madeira ou metálica que sustenta ou serve de arrimo a um elemento construtivoquando este não suporta a carga dele exigida.

Escovado – Metal polido com escovas, ganhando aparência fosca.

Espaçadores – Também conhecido como pastilhas plásticas ou de argamassa que tem a função dedistanciar as armaduras das formas.

Espatolato – Técnica de pintura que imita a textura da rocha.

Espátula – Objeto feito de metal e de forma espalmada. É utilizado para espalhar em pequenasáreas a massa corrida ou massa a óleo nas esquadrias de madeira.

Espelhado – Superfície polida, de modo a adquirir a aparência lisa do espelho. Ou ainda execuçãode um elemento construtivo oposto a um já existente.

Espera – Armadura ou tijolos deixados para possibilitar a amarração futura. Ou também pequenapeça de madeira em forma de cunha, que evita o deslocamento das vigas ou dos sarrafos.

Espigão – Linha inclinada que divide as águas de um telhado.

Esponjado – Técnica de pintura utilizando uma esponja para espalhar a tinta, resultando num efeitoirregular e manchado.

Esquadrias – Qualquer tipo de caixilho (portas, janelas) utilizado em uma obra.

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Estaca – Componente das fundações profundas de pequeno diâmetro e longa, geralmente deconcreto armado, protendido, aço ou madeira, que é cravada nos terrenos.Estanqueidade – Propriedade, conferida pela impermeabilização, de impedir a passagem de fluídos.

Esticador – Dispositivo para tencionar barras ou cabos flexíveis metálicos.

Estriado – Superfície trabalhada em que aparecem estrias. Semelhantes ao canelado.Estribo – Cada uma da série de ferros paralelos que envolvem as barras longitudinais, fixando-as emsua devida posição.

Estrutura – Conjunto de elementos que forma o esqueleto de uma obra.

Estudo preliminar – Quando se verifica a viabilidade de uma solução que dá diretrizes ouorientações ao anteprojeto.

Estuque – Toda a argamassa de revestimento geralmente acrescida de gesso ou pó de mármore.Também usada para fazerem forros e ornatos.

FFFFFachada – Qualquer das faces externas de um edifício.

Farofa – Argamassa preparada a seco ou com mínimo teor de água,para ser trabalhada em estadogranular solto.

Fecho – Dispositivo em que uma peça metálica pode ser movimentada diretamente para manterfechados painéis, e quando necessário podem ser abertos.

Fechadura – Fecho composto por um mecanismo e acionado por maçaneta, puxador, chave outranqueta.

Ferragem – Artefatos ou peças de metal (fechaduras, dobradiças, cremonas, puxadores etc.)

empregados em portas, janelas, estruturas de madeira ou metálicas, que servem para juntar partesou dar-lhes certos movimentos como abrir, fechar, correr, pivotar etc.

Fiada – Fileira horizontal que o pedreiro assenta, ordinariamente em nível e obedecendo a uma linhaesticada, na operação de elevação de uma parede ou obra de alvenaria de tijolos ou de peçassimilares.

Fibra de vidro – Material resistente, impermeável, empregado na fabricação de banheiras, piscinas ecalhas. É obtido por meio de processo no qual o vidro ainda em fusão possibilita a separação dosfilamentos que compõe o material.

Fibrocimento – Material resultante da união do cimento comum com fibras de qualquer natureza, amais freqüente é a fibra do amianto.

Filete – Moldura estreita, friso, régua do boxe.

Fissura – Abertura inferior a 1,0mm que aparece na superfície do concreto ou revestimento,proveniente de uma ruptura pouco profunda de sua massa, sem causar divisão do sólido em partesseparadas.

Flambagem – Deformação lateral ocorrida em peças esbeltas ao passarem do estado de equilíbrioestável para o instável, desde à ruptura, quando são submetidas à compressão.

Flameado – Que sofre a ação de chamas para alcançar a forma final.

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Flexão – Tipo de solicitação na qual esforços que atuam sobre uma viga prismática tendem amodificar sua curvatura longitudinal.

Folha – Parte da porta e da janela que necessita de ferragem para se mover (abrir,correr, pivotar).

Forjar – Moldar o ferro ou outro metal, utilizando uma bigorna, após aquecimento.

Fôrma – Elemento de madeira, metal ou de outro material utilizado na obra para fundir peças deconcreto armado, que irão compor a estrutura da construção.

Forração – Espécie de carpete têxtil de pouca espessura. Plantas rasteiras, como hera, musgo ougrama, que fazem o acabamento de um jardim.

Forro – Material que reveste o teto, promove o isolamento térmico entre o telhado e o piso.

Forro falso – Forro de teto construído em plano inferior ao plano do forro verdadeiro, com finalidadesacústicas e decorativas para reduzir o pé direito, ocultar canalizações ou estruturas.

Fossa – Cavidade que recebe os líquidos residuais de uma construção.

Fossa séptica – Compartimento enterrado onde os esgotos são acumulados e represados de formaa ser digeridos por bactérias. Depois desse processo, os líquidos resultantes são encaminhados paraum filtro anaeróbico e ao sumidouro.

Frechal – Viga que fica assentada sobre o respaldo das paredes, servindo de apoio à tesoura.

Frontão – Arremate superior de portas e janelas que normalmente tem forma triangular. Também é onome que se dá ao arremate entre bancadas e as paredes.

Fundação – Conjunto de elementos de fundação (estacas, sapatas etc.) responsável pelatransmissão das cargas de uma obra ao solo.

Fungo – Microorganismo vegetal que se aloja como parasita nas madeiras.

Fuste – Parte intermediaria de uma coluna, entre a base e o capitel. Também pode ser o corpocilíndrico de um tubulão antes da base.

Fusível – Dispositivo que opera com limites de amperagem. Quando exixte sobrecarga no sistemaelétrico, impede que o resto do circuito sofá os efeitos da sobrecarga.

GGGGGabarito – Molde em escala real para traçar, verificar ou controlar formas e medidas durante aexecução de uma obra.

Gabião – Tipo de caixa em forma de prisma retangular fabricado com malha hexagonal de duplatorção produzida com arames de baixo teor de carbono e revestido. Quando instalados e cheios de

pedra os gabiões se convertem em elementos estruturais flexíveis, armados, drenantes. Utilizadoscomo muros de contenção, drenagem, canalizações etc.

Galeria – Corredor largo que, além da circulação de pessoas, serve para exposição de obras de arte.Duto subterrâneo para escoamento de águas.

Galeria pública – Passagem coberta em um edifício, ligando entre si dois logradouros. Recuo daconstrução no pavimento térreo, tornando a passagem coberta.

Galga – Operação de riscar em uma obra uma linha paralela a outra conhecida ou transportar pontospor meio da aplicação sucessiva de um escantilhão ou gabarito.

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Galpão – Construção coberta de dimensões amplas e aberta lateralmente. Podendo ter um ladofechado por parede.

Galvanizar – Recobrir uma superfície com metal para preservá-lo da corrosão.

Gambiarra – Instalação provisória, de qualquer natureza, geralmente fora das recomendações

técnicas.Gárgula – Orifício para saída da água em fontes.

Gastalho – Braçadeiras de sarrafo que se pregam espaçadamente nos painéis das formas de vigas epilares para impedir que venham a deformar por flexão no ato de enchimento.

Gazebo – Pequeno quiosque colocado no jardim. Sua estrutura é formada de madeira ou ferro efechada com vidros ou treliças.

Geminada – Diz-se de duas edificações construídas, uma encostada à outra, com parede demeação.

Gesso – Aglomerante aéreo obtido usualmente pela calcinação moderada da gipsita.

Golpe de aríete – Choque contra as paredes de um duto forçado, causado por uma variação bruscana velocidade da água, devido ao repentino fechamento ou à brusca abertura de registro, válvula,torneira, etc.

Gleba – É uma porção de terra, com localização e configurações definidas e que não resultou deprocesso de parcelamento de solo para fins urbanos.

Gotejador – Peça usada em sistemas de irrigação que transforma o fluxo de água em gotas.

Gótico – estilo arquitetônico que marca as construções com abóbadas ogivais e motivos tirados danatureza, como as rosáceas.

Gradil – Fecho construído na testada do lote edificado. Armação de ferro em forma de grades paraproteção ou vedação de uma abertura.

Grana – Conjunto de rochas diversas, minúsculas, que entra na composição do granilite.

Granilite – Mistura do cimento, pó de mármore e grana, usada para revestir paredes e pisos.

Granito – Rocha ígnea granular, dura, composta de quartzo, feldspato e mica, com peso específicode 2,50 a 2,96t/m3 e resistência à compressão de 600kgf/cm2.

Grapa – Peça de ferro, geralmente dobrada, com uma parte fendida e dobrada em sentidos opostos,a qual se chumba na alvenaria para permitir a fixação de caixilhos, batentes, corrimões etc.

Gravata – É um conjunto de peças de madeira para uso em formas de vigas e pilares com o intuitode fechar e travar as formas.

Grelha – Grade de ferro que protege a entrada de bueiros e ralos. Também é a peça de suporte naschurrasqueiras.

Gruas – É um equipamento utilizado para elevação e a movimentação de cargas e materiaispesados. Ver guindaste.

Guarda-corpo – Grade ou balaustres de proteção usada em balcões, janelas, sacadas, varandas aolongo do tabuleiro de uma ponte, para dar segurança aos usuários.

Guarita – Abrigo de madeira ou material leve, para proteção de vigia, sentinelas, guardas etc.

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Guarnição – Régua ou sarrafo que cobre a junta formada pelo encontro da parede com o batente daporta ou janela.

Guia – Peça de pedra ou concreto que delimita a calçada da rua. Peça que direciona o sentido demovimento das peças móveis, como as portas de correr etc.

Guindaste – Máquina composta de sarrilho, roldana e cabo destinado a levantar grandes pesos.

HHHH

Habitação – É a construção ou fração de edifício ocupado como domicílio de uma ou mais pessoas.

Habite-se – Documento fornecido pela Prefeitura que autoriza a ocupação e uso de um edifícioresidencial recém construído.

Hall (vestíbulo) – Sala de entrada onde, nos grandes edifícios, se encontram as escadas eelevadores que conduzem aos andares superiores.

Hidratação – processo químico pelo qual um aglomerante de origem mineral reage com a água.

Hidrófugo – Produto químico, acrescentado a argamassa, tintas e vernizes com a função de protegera superfície da umidade.

Hidromassagem – equipamento com sistema de sucção e impulsão que gera movimentação daágua.

Hidrômetro – Aparelho destinado a medir o consumo de água.

Home theatre – Conjunto de equipamento de áudio e vídeo que reproduz em casa as característicassonoras e de projeção dos cinemas.

Hotel – Prédio destinado a alojamento, quase sempre temporário.

IIIIIluminação – Arte de distribuir luz artificial ou natural em um espaço.

Iluminação zenital – Iluminação natural de um recinto através de clarabóias ou de domo.

Impermeabilização – Conjunto de procedimentos que impede a umidade ou infiltração de água naconstrução.

Implantação – Demarcar no terreno a localização exata de cada parte da construção. O mesmo quelocação da obra.

Imprimação – Também denominada por primer ou pintura primária. É a pintura aplicada à supefície aser impermeabilizada, com a finalidade de favorecer a aderência do material constituinte do sistemade impermeabilização.

Inclinação – Ângulo formado pelo plano com a linha horizontal, para compor coberturas, escadas,rampas etc.

Infiltração – Ação de líquidos no interior das estruturas construídas.

Insolação – Quantidade de energia térmica proveniente dos raios solares recebidas por umaconstrução.

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Instalação – Conjunto de providências necessárias para iniciar uma obra. Também conjunto dasinstalações elétricas, hidráulicas, gás etc.

Irradiação – Propagação e difusão tanto de raios luminosos quanto de ondas sonoras ou de calor.

Irrigação – Umidificação da terra por meio de sistemas mecânicos.

Isolamento – Recurso para resguardar um ambiente do calor, do som e da umidade.

JJJJJanela – Abertura destinada a iluminação e ventilação dos ambientes internos, além de permitir avisão externa.

Janela basculante - Quando é subdividida em caixilhos de pequenas dimensões que giram em tornode seu eixo horizontal.

Janela de correr – Quando os caixilhos correm horizontalmente em rebaixos ou trilhos.

Janela do tipo escotilha – Aquelas de dimensões pequenas e arredondadas semelhantes à janelados navios.

Janela guilhotina – Quando os caixilhos se movimentam verticalmente.

Janela máximo-ar – Semelhante à basculante, feita em uma só peça.

Janela pivotante – Aquela que se abre girando verticalmente no seu próprio eixo.

Jardim – Local do terreno onde se cultivam plantas.

Jardim-de-inverno – Local, em geral envidraçado, reservado no interior das construções para cultivode plantas.

Jirau – Estrado ou laje em piso a meia altura que permite a circulação de pessoas sobre ele e abaixodele.

Junta – Articulação, linha ou fenda que separa dois elementos.

Junta aprumo – É quando as juntas entre os elementos são coincidentes tanto na vertical como nahorizontal.

Junta amarração – É quando as juntas entre os elementos são desencontradas.

Junta de dilatação – Espaço deixado entre a parte de uma estrutura ou de componente construtivo,para evitar trincas provenientes das forças de dilatação.

LLLLLã de vidro – Material isolante composto de finos fios de vidro.

Ladrão – Tubo de escoamento, colocado na parte superior de cubas, banheiras ou reservatórios, queevita o transbordamento do excesso de água.

Ladrilho – Peça quadrada ou retangular, com pouca espessura, de cerâmica, cimento, barro cozido,mármore etc.

Ladrilho hidráulico – Peça de cimento comprimido decorado feita na prensa hidráulica.

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Laje – Estrutura plana e horizontal de pedra ou concreto armado, apoiada em vigas e pilares, quedivide os pavimentos de uma construção.

Lajota – Pequena laje de pedra ou placas de cerâmica.

Lambrequim – Recorte na madeira que arremata forro e beirais.

Lambril – Revestimento de madeira ripada usado em forros e paredes. Tem encaixe do tipo macho-e-fêmea.

Lambris – Revestimento interno de parede, feito de tábuas, placas de mármore, azulejo e outrosaplicados à meia altura.

Lance – Comprimento de um pano de parede, muro etc. Parte de uma escada que se limita porpatamar.

Lanternim – Pequeno telhado sobreposto às cumeeiras, propiciando ventilação.

Lavabo – Pequeno banheiro sem espaço para o banho. Geralmente situado à entrada da casa.

Lavrar – Gravar, cunhar, conferir ornatos às superfícies metálicas com o auxilio do cinzel.Lei de zoneamento – Legislação municipal que rege o uso de terrenos urbanos.

Lençol freático – Depósito subterrâneo natural de água, à pressão atmosférica, proveniente dainfiltração de águas de chuva.

Levigado – Tipo de acabamento semipolido.

Listelo – Filete. Pequena moldura usada para arrematar peças cerâmicas.

Living – Palavra inglesa que designa todos os espaços de convívio da casa.

Locação – Marcação da obra a partir do gabarito.

Loft – Palavra inglesa, que significa depósito. Hoje são espaços amplos sem divisórias, usados paramoradia.

Longarina – Viga de sustentação em que se apóiam os degraus de uma escada.

Lote – Porção de terreno que faz frente ou testada para um logradouro publico.

Loteamento – É a subdivisão de gleba em lotes edificáveis para fins urbanos, com abertura de novasvias públicas ou prolongamento ou alargamento das vias existentes.

Linha – Viga horizontal inferior de uma tesoura, que se articula nas pontas com as empenas e nocentro com o pendural.

MMMMMacho-e-fêmea – Tipo de encaixe em que uma saliência se adapta a uma reentrância.

Maçaneta – Peça que transmite o esforço externo para acionar o trinco, pelo cubo, servindo tambémpara puxar ou empurrar a porta.

Madeira de lei – Madeira dura, resistente às intempéries e ao ataque de fungos, brocas e cupins.Esta denominação remonta aos tempos do Brasil Colônia, quando as árvores que produziammadeiras nobres só podiam ser derrubadas pelo governo.

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Madeiramento – Conjunto de madeiras usadas na construção ou nas armaduras de telhado.

Manilha – Grande tubo de barro para instalação subterrânea que conduz às águas servidas.

Mansarda – Sótão com janelas que se abre sobre as águas do telhado.

Manta asfáltica – É um impermeabilizante a base de asfalto modificado com polímeros estruturadocom não-tecido de poliéster pré-estabilizado, ou filme de polietileno de alta densidade.

Manta plástica – revestimento plástico que impermeabiliza lajes, coberturas e contrapisos. Pode seraplicada diretamente sobre o solo para evitar erosão.

Mão-francesa – Elemento estrutural inclinado que liga um componente em balanço, diminuindo o vãolivre.

Maquete – Reprodução tridimensional, em miniatura, de um projeto arquitetônico.

Marquise – Cobertura ou alpendre geralmente em balanço.

Marchetaria – Arte de incrustar ou embutir peças de madeira, pedras em obras de marcenaria,

formando desenhos.Marco – Parte fixa das portas ou janelas que guarnece o vão e recebe as dobradiças. Ver batente.

Mármore – Calcário metamorficamente recristalizado que tem como constituinte importante umcarbonato, geralmente calcítico ou dolomitico.

Marmorizado – Técnica de pintura que reproduz os veios e as tonalidades do mármore.

Marquise – Cobertura em balanço construída sobre o aceso de porta externa, escada externa etc.,ela se projeta para além da parede da construção.

Mástique – Material de consistência pastosa, com cargas adicionais a si, adquirindo, o produto final,consistência adequada para ser aplicado em calafetações rígidas, plásticas ou elásticas.

Massa – Argamassa usada no assentamento ou revestimento de tijolos.

Massa corrida – Feita a partir de PVA ou acrílico, dá acabamento liso a parede, deixando-a prontapara receber a pintura.

Massa fina – Mistura de areia fina, água e cal empregada para rebocar as paredes.

Massa grossa – Mistura de areia média, cal, água e cimento usado no emboço.

Massa raspada – Mistura de areia, cal, cimento e corante. Não pode ser retocada e, depois deaplicada, é penteada com uma escova.

Mata junta – Sarrafo ou régua que cobre a junta formada entre duas peças.

Meia água – Telhado com um único plano inclinado

Meia-parede – Parede que não fecha totalmente o ambiente, usada como divisória.

Meio-fio ou guia - Pedra de cantaria ou peça de concreto que separa em desnível o passeiocarroçável das estradas e ruas.

Meio-nível – Piso construído a meia altura que aproveita um pé-direito duplo ou um declive noterreno.

Meio tijolo – Parede cuja espessura corresponde à largura de um tijolo.

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Memorial descritivo – Descrição de todas as características de um projeto arquitetônico,especificando o material que são necessários à obra, da fundação ao acabamento.

Mestre-de-obras – Profissional que dirige os operários em uma obra.

Mezanino – Andar intermediário entre dois pisos e com acesso interno abrindo-se para um ambiente

no piso inferior.Mictório – Aparelho sanitário próprio para nele se urinar.

Mirante – Parte alta, acima do telhado da construção.

Mísula – Peça de pedra, madeira ou concreto que sustenta beirais, sacadas ou balcões.

Modular – Usar o módulo

Módulo – Elemento com medida padrão

Monoqueima – Processo de cozimento da argila na produção de cerâmica, em que as peças passamapenas uma vez pelo forno.

Monta-cargas – Pequeno elevador utilizado em algumas casas ou comércio para movimentarmercadorias, roupas etc.

Montante – Peça vertical que, no caixilho divide as folhas.

Mosaico – Trabalho executado com caquinhos de vidro ou pequeno pedaços de pedra e decerâmicas engastados em base de argamassa estuque ou cola.

Mourão – Esteio grosso de madeira ou de concreto muito usado em andaimes e cercas.

Muro de arrimo – Muro resistente usado na contenção de terras, empuxos de águas de infiltração,sobrecarga de construções, sobre-aterros, etc.

Muxarabiê – Balcão protegido, em toda a altura da janela, por uma treliça de madeira, a fim deassegurar ventilação e sombra e, também, de se poder olhar para  o exterior sem ser observado.

NNNNNega – Penetração da estaca em milímetros, correspondente a 1/10 da penetração para os últimosdez golpes.

Nervura – Arco que produz uma saliência no interior de uma abóbada. Viga saliente na face inferiorde qualquer laje.

Nível – Instrumento que verifica a horizontalidade de uma superfície, a fim de evitar ondulações empisos e contrapisos.

Nivelar – Regularizar um terreno por meio de aterro ou corte.

Nicho – Reentrância feita na parede para abrigar armários, prateleiras etc.

Norma – Conjunto de prescrição que regulam o emprego de uma técnica ou fixam condições deexecução de um projeto ou de elaboração de um produto, do qual se quer uniformizar o emprego.

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OOOOOfurô – Banheira arredondada, típica do Japão, feita de cedro.

Ogiva – Forma característica das abóbadas góticas.

Oitão – Cada uma das paredes laterais de uma construção.

Óleo de linhaça – Solvente e secante para determinadas tintas, obtido a partir das sementes dolinho.

Ombreira – Cada uma das peças verticais de porta e janelas responsáveis pela sustentação dasvergas superiores.

Orientação – Posição da casa em relação aos pontos cardeais.

Oxidação – Ferrugem. Processo em que se perde o brilho pelo efeito do ar ou por processosindustriais.

PPPPPainel – Grande superfície decorada, tanto no interior como no exterior da construção. Apresentacomposição de mosaicos, pastilhas, cerâmicas etc.

Paisagismo – Estudo da preparação e da composição da paisagem como complemento daarquitetura

Palafita – Conjunto de estacas que sustenta a construção acima do solo nas habitações lacustres.

Pano – Extensão de parede ou muro.

Parapeito – Peitoril. Proteção que atinge a altura do peito, presentes em janelas, terraços, sacadas

etc.

Parede – Elemento de vedação ou separação de ambientes, geralmente construído de alvenaria.

Parquete – Piso feito da composição de tacos, que formam desenhos a partir da mistura detonalidades de várias madeiras.

Partido – Opção arquitetônica que atende a diversos fatores: topografia, condições locais,necessidades de quem vai habitar, verba disponível etc.

Passarela – Corredor estreito e elevado que interliga dois ambientes.

Pastilha – Pequena peça de revestimento, feita de cerâmica, porcelana ou vidro.

Passadiço – Corredor, galeria ou ponte que liga dois setores ou alas de uma construção.Passa-prato – Pequena abertura feita à meia altura de uma parede que permite a passagem depratos e alimentos da cozinha para a sala de jantar ou outro ambiente.

Passeio – É a parte do logradouro público destinado ao trânsito de pessoas.

Patamar – Piso que separa os lances de uma escada.

Pátina – Efeito oxidado, obtido artificialmente por meio de pintura ou pela ação do tempo, que dáaspecto antigo às superfícies.

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Pátio – Espaço descoberto no interior das casas e cercado pelos elementos da construção.

Pau-a-pique – Tipo de taipa em que as paredes apresentam uma armação de varas ou pausverticais, unidos entre si por pequenas varas eqüidistantes e horizontais, situadas alternadamente dolado de fora e de dentro. Toda esta trama é, posteriormente, preenchida com barro.

Pavimento – Andar. Conjunto de dependências de um edifício situadas num mesmo nível.Pé-direito – Distância vertical medida desde o piso até o teto de um ambiente.

Pedreiro – Profissional encarregado de preparar a alvenaria.

Pega – Caracterização da perda de plasticidade das pastas, caldas, argamassas e concretos decimento.

Peitoril – Base inferior das janelas que se projeta além da parede e funciona como parapeito.

Pendural – Parte da tesoura que trabalha à tração. O pendural se situa no eixo vertical da tesoura,recebem em ambos os lados da cabeça as extremidades das empenas e no pé, por meio desuspensório (estribo), a linha.

Pérgola – Estrutura horizontal composta de elementos paralelos feitos de madeira, alvenaria ouconcreto. A pérgola é sustentada por pilares ou em balanço.

Persiana – Caixilho formado por ripas de madeira, tiras plásticas, metálicas ou têxteis. Elas sãoestreitas horizontais fixas ou móveis.

Perspectiva – Desenho tridimensional de fachadas e ambientes.

pH – Escala que mede o grau de acidez de diversas substâncias.

Piche – Substância negra, resinosa, pegajosa, obtida da destilação do alcatrão ou da terebintina.

Pilar – Elemento estrutural vertical, de pequena seção em relação à sua altura, de forma prismáticaou cilíndrico (coluna), feito de pedra, tijolo, concreto, metálico e outros, destinados a suportar cargavertical.

Pilarete – Pequeno pilar.

Pilastra – Pilar com quatro faces. Um de seus lados fica ligado à alvenaria da construção.

Pilotis – Conjunto de pilares ou colunas de sustentação do prédio que deixa livre o pavimento térreo.

Pináculo – Ponto mais alto de um edifício, píncaro, cume.

Pingadeira – Acabamento externo de proteção que desvia a água de chuvas, impedindo que elaescorra ao longo das paredes da fachada ou nos muros e muretas.

Pipe-rack – Cavalete metálico ou de concreto para sustentação de tubulações horizontais.

Piquete – Pequeno bastão de madeira com ponta que se crava no terreno, para demarcações noterreno.

Piso - Revestimento de base o qual se pode caminhar. Andar. Pavimento.

Pivotante – Esquadria com eixo em forma de pivô vertical (movimento giratório vertical) permitindoformar ângulo reto e localizado ao centro da mesma.

Placa fotovoltaica – Peça responsável pela captação dos raios do sol transformando-os em energiaelétrica.

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Plaina – Instrumento utilizado para desbastar, aplainar ou tirar irregularidades da madeira.

Plano Diretor – Conjunto de leis municipais que controlam o uso do solo urbano.

Planta baixa – Desenho de projeção horizontal de um andar de um edifício, equivalente à figura deum corte horizontal que passa pelos peitoris das janelas.

Platibanda – Mureta ou balaustre de alvenaria maciça ou vazada, construída no topo das paredesexternas de uma edificação e contornando-a acima da cobertura, que se destina a proteger oucamuflar o telhado.

Platô – Parte elevada e plana de um terreno. O mesmo que planalto.

Playground – Palavra inglesa que significa espaço reservado para o lazer.

Pó xadrez – Pigmento usado para dar cor a pisos feitos de cimento.

Poço artesiano – Perfuração mecanizada feita no solo para encontrar o veio d’água subterrâneo.

Poço caipira – Perfuração feita no solo manualmente utilizando uma cavadeira, pá de cabo curto e

um balde fixo em um sarilho (também conhecido como sarrilho) para retirada do solo. Ver sarilho.Poço romano – Tanque ou piscina de dimensões reduzidas e circular.

Policarbonato – Material sintético transparente, inquebrável, de alta resistência, que substitui o vidrono fechamento de estruturas.

Polir – Lustrar uma superfície.

Pontalete – Peça de madeira colocada a prumo que se amparam elementos horizontais pesados deuma construção. Apoio. Escora.

Porão – Pequeno espaço situado entre o solo e o primeiro pavimento de uma casa.

Porcelanato – Revestimento, com baixa absorção de água, baixa porosidade, resistência ao riscoigual ou superior que as cerâmicas esmaltadas ou as pedras naturais. Possui alta resistência aoimpacto e baixíssima expansão por hidratação.

Porcelanizado – Processo industrial que dá aos materiais a aparência ou a textura da porcelana.

Post-forming – Acabamento arredondado de bordas, utilizado com laminados plásticos colados,formatados por aquecimento.

Porta – Abertura até o nível do pavimento feita nas paredes, muros ou painéis, que serve de vedaçãoou acesso a um ambiente.

Porta-balcão – Porta de duas folhas que se abrem para as sacadas, terraços ou varandas.

Pórtico – Portal de entrada de uma casa, cuja cobertura é apoiada em colunas.

Postigo – Pequeno vão executado a meia altura de uma parede que permite a passagem de objetosde um cômodo a outro. Portinhola sobre a folha de uma porta maior.

Prédio – Construção destinada à moradia, depósito ou outro fim similar.

Pré-fabricado – Parte ou componente de uma edificação, fabricado previamente em instalaçõesindustriais, para depois ser montado na obra.

Pré-moldado - Parte ou componente de uma edificação, fabricado e depois montado na própria obra.

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Programa – Conjunto de necessidades sociais e funcionais de uma família ou pessoas que serve debase para o desenvolvimento de um projeto.

Projeto – Plano geral de uma construção, reunindo plantas, cortes, elevação, detalhamentos etc.

Prumada – Posição vertical da linha do prumo.

Prumo – Aparelho que permite verificar por paralelismo a verticalidade de paredes, colunas etc.

QQQQQuadro de distribuição – Caixa que distribuí os circuitos de eletricidade em uma construção,composta de chave geral e disjuntores.

Quiosque – Pequena construção, normalmente aberta que realçam a decoração de jardins.

RRRRRadica – Deformações em forma de bolas enrugadas que aparecem nas bases dos troncos deárvores, como a nogueira, a imbuia e o pinho-de-riga.

Radier – Tipo de fundação direta, uma laje de concreto armado, fundida diretamente sobre o terrenopreviamente preparado.

Rancho – Habitação rústica do campo.

Reator – Peça das lâmpadas halógenas, responsável pela passagem da corrente elétrica da redepara o conjunto de luminária.

Reboco – Revestimento de parede e teto feito com massa fina, recebendo pintura diretamente.

Recorte – Acabamento feito com trincha no encontro de cores diferentes usadas para pintar amesma parede ou no encontro de duas superfícies.

Recuo – Distâncias entre as faces da construção e os limites do terreno.

Refratário – Qualidade dos materiais que apresentam resistência a grandes temperaturas.

Régua – Prancha estreita e comprida de madeira. Perfil de alumínio que nivela os revestimentosenquanto a massa ainda está mole.

Rejunte – Pasta de cimento e aditivos que preenche as juntas superficiais entre as peças derevestimento.

Requadro – Armação em que os componentes formam ângulos retos. Ato de deixar a argamassa

formando um ângulo reto.Respaldo – Última carreira de tijolos da alvenaria de embasamento ou de parede do pavimento.

Ressalto – Qualquer saliência na fachada da construção.

Retábulo – Peça de madeira ou pedra trabalhada em motivos religiosos na qual se encosta o altar.

Revestimento – Designação genérica dos materiais que são aplicados sobre as superfícies rústicase que são responsáveis pelo acabamento.

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Ripa – Qualquer peça de madeira fina, estreita e comprida. Peça de madeira em que se apóiam astelhas.

Rococó – Vertente do barroco que se caracteriza pelo excesso de detalhes e adornos.

Rodaforro ou rodateto – Faixa (moldura) colocada ao longo das paredes, junto ao forro.

Rodapé – Faixa de proteção ao longo das bases das paredes, junto ao piso.

Rosácea – Caixilho de dimensões grandes e circulares. Ornato colocado no centro dos tetos ouabóbadas ou nos lustres.

Rufo – Chapa metálica dobrada que, no encontro de telhados e paredes, evita a penetração daságuas das chuvas.

Rústico – Acabamento ou construção feita de acordo com técnicas artesanais.

SSSSSacada – Qualquer espaço construído que faz uma saliência sobre o paramento da parede.

Saguão – Pátio interno fechado por paredes altas.

Saia-e-camisa ou saia-e-blusa – Tipo de forro de madeira em que as tábuas são sobrepostasformando reentrância e saliências. A tábua reentrante é chamada de saia, e a saliente, de camisa oublusa.

Saibro – Material contendo grande quantidade de fragmentos pequenos de feldspato e quartzo, epequena quantidade de argila. Na construção é usado para fazer argamassa e usado como piso dequadras de tênis.

Saliência – Elementos da construção que avança além dos planos verticais.

Sapé – Tipo de gramínea que, quando seca, é usada para cobrir casas e quiosques.

Sanca – Moldura de gesso ou de outro material instalada junto ao teto. Pode ou não embutiriluminação.

Sanfonado – Que imita a forma e o movimento do fole da sanfona. Muito comum em portas divisóriasretráteis.

Sapata – Parte mais larga e inferior do alicerce. Podem ser isolada ou corrida. A sapata isolada é umelemento de forma tronco de pirâmide construído nos pontos que recebem as cargas dos pilares.Como ficam isoladas, as sapatas são interligadas por vigas baldrames. Já a sapata corrida é umapequena laje armada colocada ao longo da alvenaria recebendo a sua carga e distribuí para umafaixa maior de terreno.

Sarrafo – Tira de madeira, com largura entre 5 e 20 cm e espessura entre o,5 e 2,5 cm.

Sarilho (Sarrilho) – Cilindro disposto horizontalmente, e no qual se enrola corda, cabo ou correntepara levantar objetos (pesos, baldes etc.)

Sebe – Tapume feio com ramos ou varas utilizado para fechar terrenos.

Seladora – Base incolor utilizada para proteger madeiras.

Selante – Óleo ou resina que dá liga às tintas e aos vernizes.

Servente – Ajudante, auxiliar, dos profissionais que trabalham nas obras.

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Seteira – Janela estreita e comprida, inspirada nas aberturas das muralhas dos antigos palácios.

Seixo rolado – Pedra de formato arredondado e superfície lisa, caraterísticas dadas pelas águas dosrios, de onde são retiradas.

Servidão – Encargo imposto à qualquer propriedade para passagem, proveito ou serviço de outra

propriedade pertencente a dono diferente.Shaft – Palavra inglesa. É um duto de alvenaria ou de concreto, muito usado em construção de váriospavimentos, que serve para passar as tubulações elétricas, de água, telefone etc. Ele tem geralmenteportas ou tampas, que facilitam o acesso às tubulações.

Shed – Abertura na cobertura que propicia a ventilação e iluminação natural dos ambientes. Verlanternim.

Shingle – Tipo de telha de madeira plana ou materiais industrializados, como a manta asfáltica.

Sifão – Dispositivo formado por uma peça que retém água e tem a função de transportar um líquidode uma altura para outra mais baixa, passando por um ponto mais alto impedindo a passagem doscheiros provenientes das canalizações. Podem ter o formato de “s” ou “copo”.

Silicone – Material usado na vedação, na adesão e no isolamento de qualquer superfície que exijaproteção contra umidade e infiltração de água.

Silos – É uma construção agrícola destinada ao armazenamento de produtos, geralmentedepositados no seu interior sem estarem ensacados.

Sinteco – Verniz resistente e durável usado no revestimento de pisos de madeira.

Slump test – Ensaio para medir a consistência do concreto em massa.

Soalho – Piso de tábuas apoiadas sobre vigas ou guias.

Sobreira – Conjunto de telhas dispostas por baixo das telhas do beiral do telhado com a finalidade dereforçá-las.

Sobre-loja – É o pavimento de pé-direito reduzido, não inferior a 2,50m, e situado imediatamenteacima do pavimento térreo.

Sóculo – É uma base de alvenaria, que pode ser revestida ou não, de madeira ou ouro material, queserve para apoiar armários ou as guarnições das portas.

Solário – Local descoberto destinado a banhos de sol.

Soleira – Parte inferior do vão da porta no solo. Arremate na mudança de acabamento de piso,mantendo o mesmo nível, e nas portas externas, formando um degrau na parte de fora.

Sondagem – É a investigação do subsolo com o objetivo de avaliar a viabilidade técnica e financeirade uma fundação.

Soquete – Receptáculo, com rosca interna, onde se encaixa a lâmpada.

Sótão – Ambiente que surge dos desvãos do telhado no último pavimento de uma construção.

Spot – Termo inglês que designa a luminária cujo foco de luz pode ser direcionado.

Sub-solo – Pavimento situado abaixo do piso térreo de uma edificação e de modo que o respectivopiso esteja, em relação ao terreno circundante, a uma distância maior do que a metade do pé-direito.

Suíte – Conjunto de dois cômodos contíguos em que um é quarto de dormir e o outro é banheiro.

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Sumidouro – Local para onde se escoa a água de esgoto e infiltra no solo.

TTTTTabeira – Série de tábuas que contornam as paredes, formando a moldura que guarnece os

telhados.

Tabique – Parede delgada feita de tábuas, tijolos ou taipa que separa um ambiente de outro.

Tábua corrida – Piso de tábuas em geral largas e contínuas.

Tabuado – Porção de tábuas.

Taco – Cada uma das pequenas peças que formam o parquete. Pedaço de madeira embutido naparede ou concreto para receber pregos ou parafusos.

Taipa – Sistema construtivo que usa barro para fechar paredes. Chama-se taipa de pilão quando secomprime a terra em fôrmas de madeira.

Tala – Peça de madeira utilizada para reforçar emendas de pontaletes e/ou peças de madeira.

Talude – Inclinação de um terreno ou de uma superfície sólida, desviada angularmente em relaçãoao plano vertical.

Tapume – Vedação provisória de madeira ou outro material com que se veda uma obra.

Tardoz – Superfície de aderência do piso cerâmico, destinada ao seu assentamento.

Tarugo – Peça curta de madeira que se coloca entre os lados das vigas, para evitar que elas soframtorção ou oscilação lateral.

Taxa de ocupação – É a relação entre a área ocupada de uma ou mais edificações e a área total domesmo.

Telha – Cada uma das peças usadas para cobrir as construções.

Telhado – Parte exterior e mais elevada que cobre uma edificação, constituída de estrutura sobre aqual se assentam as telhas.

Telha-vã – Telhado sem forro. As telhas e a estrutura ficam aparentes.

Telheiro – É a construção constituída por uma cobertura suportada, pelo menos em parte, por meiode colunas e pilares, aberta em todas as faces ou parcialmente fechada.

Teodolito – Instrumento ótico portátil, utilizado em topografia para medir ângulos horizontais everticais.

Terça – Viga de madeira que sustenta os caibros do telhado. Peça paralela a cumeeira e ao frechal.

Terraço – Cobertura plana. Galeria descoberta. Espaço aberto no nível do solo ou em balanço.

Terracota – Argila modelada e cozida. Também designa nuances do marrom que lembram a cor daterra.

Terraplenagem – Conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga e compactação,executadas para a construção de aterros e cortes, a fim de dar à superfície do terreno a formaprojetada.

Terreno – Espaço de terra sobre a qual se vai assentar a construção.

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Tesoura – Armação de madeira ou aço triangular, usada em telhados para vencer grandes vãos, semauxilio de apoios intermediários.

Testada – É a divisa do lote lindeira ao logradouro público que lhe dá acesso.

Testeira – Superfície feita de madeira ou concreto colocada na extremidade de qualquer beiral.

Textura – Massa, tinta ou qualquer material empregado para revestir uma superfície, deixando-aáspera, crespa.

Tijolo – Peça de barro cozido usada na alvenaria. Tem forma de paralelepípedo retangular comespessura igual à metade da largura e o comprimento duas vezes a largura mais um centímetro.

Tirante – Viga horizontal que, nas tesouras, está sujeita aos esforços de tração. Barra de ferro, cabode aço que se presta aos esforços de tração.

Toldo – Cobertura de lona ou de outro tecido colocado sobre portas e janelas para impedir aincidência direta do sol.

Topografia – Análise e representação gráfica detalhada de um terreno.

Torre – Construção cuja base é bem menor do que a altura.

Tozzeto – Pequenas peças de cerâmica que se encaixam em outras maiores, compondo os pisos.

Trava – Viga fina de madeira que prende o madeiramento de uma estrutura.

Treliça – Estrutura estaticamente definida, constituída por articulações em múltipla triangulação,formando um conjunto de barras interligadas.

Trena – Instrumento de medição constituído por uma fita de aço, fibra ou tecido, graduada em umaou ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês.

Trincha – Tipo de pincel achatado.

Tubo de queda – Tubo vertical que, nas instalações de esgotos de prédios elevados, recebe osefluentes dos aparelhos sanitários instalados nos diversos andares.

Tubogotejador – Tubo de passagem de água, com pequenas aberturas que permitem a formação degotas pra umidificar o solo.

Tulha – Depósito de café e cereais.

Tutor – Armação que serve para guiar o crescimento de arbustos ou trepadeiras.

UUUUUmbral – Parte superior das portas.

Unifamiliar – Uma única família. Este termo se refere a construção residencial unifamiliar (residênciapara uma só família).

Urbanismo – Técnica de organizar as cidades com o objetivo de criar condições satisfatórias de vidanos centros urbanos.

Usucapião – Instrumento legal que possibilita o acesso à propriedade da terra pela posse.

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VVVVVala – Escavação estreita e longa feita no solo.

Vão – Abertura numa parede para a colocação de portas e janelas.

Vão livre – Distância entre os apoios de uma cobertura.

Vão de luz – Distância livre e útil entre duas extremidades.

Varanda – Alpendre grande e profundo.

Vazão – Quantidade de fluído que passa pela seção transversal de uma canalização na unidade detempo.

Vedação – Ato de fechar, vedar.

Veneziana – Tipo de esquadria, que permite a ventilação permanente dos ambientes. É formado porpalhetas inclinadas e paralelas podendo ser fixas ou móveis.

Verga – Reforço colocado sobre o vão de porta e janela (verga superior) e sob o vão de janela (vergainferior ou contraverga). A verga superior tem a função de receber a carga das alvenarias, tirando-asdas esquadrias, e concentrá-las na alvenaria lateral dos vãos. E as vergas inferiores recebem ascargas concentradas e as distribui novamente na alvenaria.

Vergalhão – Barra de ferro comprida.

Vermiculita - É um mineral semelhante a mica, formado essencialmente por silicatos hidratados dealumínio e magnésio. Quando submetida a um aquecimento a água contida entre suas milhares delâminas se transformam em vapor fazendo com que as partículas explodam e se transformem flocossanfonados. Cada floco expandido aprisiona consigo células de ar inerte, o que confere ao materialexcepcional capacidade de isolamento termoacústico.

Verniz – Solução composta de resinas sintéticas ou naturais que trata e protege a madeira.

Vestíbulo – Entrada de uma edificação, espaço entre a porta de ingresso e a escadaria em átrio.

Vibrador – Aparelho destinado a adensar a massa de concreto fresco através de vibração provocadopor um motor com excêntrico.

Vidro aramado – Aquele que tem uma trama de arame em seu interior para torná-lo mais resistente.

Vidro de segurança – Nome dado ao vidro inestilhaçável, aquele que não projetam estilhaçosquando se quebram por impacto.

Vidro temperado   – Aquele que passa por um tratamento especial de aquecimento e rápidoresfriamento para torná-lo resistente a impactos.

Viga – Peça estrutural, feita de aço, madeira, concreto etc. As vigas transferem o peso das lajes edos demais elementos (paredes etc.) para os pilares.

Vigota – Pequena viga

Vinílico – Material composto por resinas de PVC, plastificantes, cargas minerais e pigmentos,apropriado para revestir pisos.

Vistoria – Diligência efetuada por profissionais habilitados da Prefeitura.

Vitral – Painel executado com pedaços de vidros coloridos rejuntados com chumbo.

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Vitrificado – Material que assume a aparência do vidro.

Vitrô – Pequena janela fechada com vidros.

Volante – Peça onde se pega para abrir a torneira.

Volumetria – Conjunto das dimensões que determinam o volume de uma construção, dosagregados, do solo etc.

Voluta – Ornato em forma de espiral que aparece nos capitéis de colunas clássicas.

ZZZZZarcão – Subproduto do chumbo, de cor alaranjada, evita a ferrugem.

Zenital – Iluminação vinda de domo ou clarabóia.

Zincado – Material que foi revestido de zinco.

Zoneamento – Divisão oficial de uma cidade ou centro populacional em regiões ou zonasresidenciais, comerciais, industriais ou mistas.

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ANEXOS

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FERRAMENTAS

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323

EPI – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

FUNÇÃO x EPI

# uso obrigatório € uso eventual

   C  a  p  a  c  e   t  e

    Ó  c  u   l  o  s  c  o  n   t  r  a   i  m  p .

 

    Ó  c  u   l  o  s  a  m  p   l  a

 

    Ò  c  u   l  o  s  p   /  a  

   M   á  s  c  a  r  a  p   /  a  s  o   l   d  a  r

 

   E  s  c  u   d  o  p   /  a

   M   á  s  c  a  r  a

 

   M   á  s  c  a  r  a  s  e  m   i   f  a  c   i  a   l

 

   M   á  s  c  a  r  a

 

   P  r  o   t  e   t  o  r   f  a  c   i  a   l

 

   P  r  o   t  e   t  o  r  a  u  r   i  c  u   l  a  r

 

   A  v  e  n   t  a   l   d  e  r  a  s  p  a

 

   A  v  e  n   t  a   l   d  e   P   V   C

 

   M  a  n  g  o   t  e   d  e  r  a  s  p  a

 

   L  u  v  a  s   d  e  r  a  s  p  a

   L  u  v  a  s   d  e   P   V   C

 

   L  u  v  a   d  e   b  o  r  r  a  c   h  a

 

   P  e  r  n  e   i  r  a   d  e  r  a  s  p  a

 

   B  o   t  a  s

 

   C  a   l  ç  a   d  o   d  e  

   C  a  p  a   i  m  p  e  r  m  e   á  v  e   l

 

   C   i  n   t  u  r   ã  o   d  e   S  e  g .

 

   C   i  n   t  u  r   ã  o

 

   C   i  n   t  o   d  e  s  e  g  u  r  a  n  ç  a

 

   C  o   l  e   t  e  r  e   f   l  e   t   i  v  o

 

Administração em geral # #Almoxarife #  € #Armador #  €   €   € # #Azulejista #  € # #

Carpinteiro #  €   €   €   € #Carpinteiro (serra) # # #  € #

Eletricista #  € # # #Encanador #  €   € #

Equipe-concretagem # # #  € #  € Equipe-montagem # # #Operador-betoneira # # #  € # #  € 

Operador-compactador # # #Operador-empilhadeira # #  € 

Operador-guincho #  € #Operador-máquina #  € #Operador-martelete # #  €   € # # #

Operador de policorte #  € # # # #Pastilheiro #  € # #Pedreiro #  €   € #  € #

Pintor #  €   €   €   €   € #Poceiro #  € 

   Q  u  a   l  q  u  e  r   f  u  n  ç   ã  o   d  e

  v  e  u   t   i   l   i  z   á  -   l  a  q  u  a  n   d  o   h  o  u  v  e  r  n  e  c  e  s  s   i   d  a   d  e   d  e  p  r  o   t  e  ç   ã  o

 

 € #  € #Servente Geral # Déverá sempre utilizar

Correspondente a suaequipe

Déverá sempre utilizarCorrespondente a sua

equipe

Soldador # # # # #  €     Q  u  a   l  q  u  e  r   f  u  n  ç   ã  o   d  e  v  e  u   t   i   l   i  z  a  r ,  o   b

  r   i  g  a   t  o  r   i  a  m  e  n   t  e ,  q  u  a  n   d  o  e  x  p  o  s   t  a  a  n   í  v  e   i  s  c   i  m  a   d  o   l   i  m   i   t  e

 

# # # # #

   Q  u  a   l  q  u  e  r   f  u  n  ç   ã  o   d  e  v  e

  u   t   i   l   i  z  a  r ,  q  u  a  n   d  o  e  x  p  o  s   t  a  a  g  a  r  o  a  s  e  c   h  u  v  a  s

 Vigia #

   Q  u  a   l  q  u  e  r   f  u  n  ç   ã  o   d  e  v  e  u   t   i   l   i  z  a  r ,  q  u  a  n   d  o  e  x  e  c  u   t  a  r   t  r  a   b  a   l   h  o  s  a  c   i  m  a   d  e   2 ,   0

   0  m    d

  e  a   l   t  u  r  a

   Q  u  a   l  q  u  e  r   f  u  n  ç   ã  o   d  e  v  e  u   t   i   l   i  z  a  r ,  c  o  m

  o   l   i  m   i   t  a   d  o  r   d  e  e  s  p  a  ç  o ,  e  m    b

  e   i  r  a   d  a  s   d  e   l  a   j  e ,  v  a   l  a  s  e   t  c .

∋∋∋∋ 

Cabe ao empregador: - Cumprir as disposições legais sobre Segurança Saúde no Trabalho- Fornecer aos empregados gratuitamente, o EPI adequado ao risco e em

perfeito estado.- Tornar obrigatório o uso do EPI- Substituir, imediatamente, o EPI danificado ou extraviado- Higienizar e realizar manutenção periódica do EPI

Cabe ao empregado: - Observar as Normas de Segurança do Trabalho- Usar o EPI fornecido pela empresa a finalidade a que se destina- Responsabilizar-se por sua guarda e conservação

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324

PREGOS NA ESCALA NATURAL 1:1

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327

TABELAS PARA OBRAS COM CONCRETO ARMADO

= Telas para estrutura de concreto armado

NORMAS: NBR 7481, NBR 5916 E NBR 7480 DA ABNT

ORDEM 

DESIGNAÇÃO 

ESPAÇAMENTOENTRE FIOS

DIÂMETRODOS FIOS

SECÇÃO DOSFIOS

PESO ROLOSCOMPR.PESO

PAINÉISCOMPR.PES

O  Long.

cmTrans.

cmLong. cm

Trans.cm

Longccm²/m

Trans.cm²/m

kgf/m² m kgf m kgf

01 Q 47 15 x 15 3,0 x 3,0 0,47 x 0,47 0,75 120 222,002 Q 61 15 x 15 3,4 x 3,4 0,61 x 0,61 0,97 120 285,103 Q 75 15 x 15 3,8 x 3,8 0,75 x 0,75 1,21 120 356,1

04 Q 92 15 x 15 4,2 x 4,2 0,92 x 0,92 1,48 60 217,505 Q 113 10 x 10 3,8 x 3,8 1,13 x 1,13 1,80 60 264,406 Q 138 10 x 10 4,2 x 4,2 1,38 x 1,38 2,20 60 323,007 Q 159 10 x 10 4,5 x 4,5 1,59 x 1,59 2,52 6,0 37,108 Q 196 10 x 10 5,0 x 5,0 1,96 x 1,96 3,11 6,0 45,809 Q 246 10 x 10 5,6 x 5,6 2,46 x 2,46 3,91 6,0 57,4

10 Q 283 10 x 10 6,0 x 6,0 2,83 x 2,83 4,48 6,0 65,911 Q 335 15 x 15 8,0 x 8,0 3,35 x 3,35 5,37 6,0 78,912 Q 396 10 x 10 7,1 x 7,1 3,96 x 3,96 6,28 6,0 92,313 Q 503 10 x 10 8,0 x 8,0 5,03 x 5,03 7,97 6,0 117,214 Q 636 10 x 10 9,0 x 9,0 6,36 x 6,36 10,09 6,0 148,3

Categorias do aço: CA-60: 3 ≤ 0 ≤ 9mmDimensões padronizadas: Largura: 2,45m Comprimento: Rolo: vide tabela - Painéis:4,20m e 6,00m

Emendas: (Em cm)Por simples justaposiçãodas telas para armaduras prinicpais: (3 malhas)(desenho da justaposição 3 malhas)

Para armadura de distribuição: (1 malha)

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329

Cargas Permanentes: Peso próprio

Concreto Armado 2,5 tf/m³Lajes e paredes de concreto 25h(cm) Kgf/m²Vigas e pilares 0,25.bw(cm).h(cm) Kgf/mLaje pré Verificar

bw= largura h = altura 

Peso de revestimento de laje50kg/m²

Peso de enchimentoMaterial Peso específico γ  (tf /m³)

Caco pumex 0,60Argila expandida 0,85

Entulhos 1,10 - 1,50

Peso de paredesTijolos Maciço 1,6 tf/m³Tijolo Baiano 1,2 tf/m³Blocos de concreto 1,3 tf/m³

Parede Tijolo Maciço kgf/m² Tijolo Baianokgf/m²

Espelho 160 1201/2 tij. 240 180um tij. 400 300

Bloco de concretoEspessura (cm) Esp.Acabada (cm) Peso kgf/m²

9 12 17014 17 24019 22 300

Peso de coberturaTipo de cobertura Peso kgf/m²Com telhas de barro e tesouras demadeira ι ≤ 40%

70

Com telhas onduladas defibrocimento e estr. de madeira 40Com telhas de alumínio e estr:

açoalumínio

3020

Com canalete 90 e estr. de

madeira

35

Cargas Acidentais -NB-5

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330

TABELA PRÁTICA DE TRAÇOS DE CON

TABELA DE TRAÇOS DE CONCRETOAconselha-se

nos casos

Traço Consumo de

cimento p/ m

3

deconcreto

Consumo de

areia p/ m

3

deconcreto

Consumo de brita

e água por m

3

deconcreto

Resistência a

compressão kg/cm

2

 (provável)

Altur

Volume Kg Sacosde

50kg

Litros SecaL

Num3% L

Nº 1L

Nº 2L

ÁguaL

3dias

7dias

28 dias Areia

1:1:2 500 10 363 363 465 363 363 226 220 300 400 28,7

1:1/2:3 400 8 273 409 524 409 409 189 180 250 350 21,5

1:2:21/2 375 7,5 264 525 676 330 330 206 140 200 300 28,7

Obras de res-ponsabilidade 1:2:3 350 1 243 486 622 364 364 210 110 170 250 28,7

1:21/2:3 300 6 225 362 719 331 331 207 100 150 220 23,9

Colunas,Baldrames eVigas Médias

1:2:4 300 6 210 420 538 420 420 202 90 130 210 28,7

1:21/2:31/2 300 6 207 517 662 362 362 208 80 120 190 23,9

Estr. de Concr.Armado 1:21/2:4 275 5,5 195 487 625 390 390 201 70 110 180 23,9

Cintas deAmar-raçãoVergas, Peq.

Lages

1:21/2:5 250 5 174 435 557 435 435 195 50 90 150 23,9

1:3:5 225 4,5 162 486 622 405 405 202 40 70 130 28,7

1:3:8 200 4 147 441 561 441 441 198 50 50 100 28,7

Casosespeciais,

leitos ecamadas

preparatórias

1:4:8 175 3,5 114 456 584 456 456 194 28,7

As caixas para pedra e areia terão em todos

os casos como medidas de boca 0,35 x 0,48 m

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332

TESOURAS, TERÇAS E PONTALETES

DET. ESPIGÃO

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333

CAIBROS

Obs. - Acrescentar 20cm em cada viga com emendas.- Acrescentar 10cm em cada caibro com emendas.- Ripas acrescentar 10%- Sarrafo para travamento na linha da cumeeira.

RELAÇÃO DE MATERIAIS 

Viga 6 x 16 Viga 6 x 12 Caibro 5 x 6 Ripas 1 x 5(m)

Quant. Compr. (m) Quant. Compr. (m) Quant. Compr. (m)01 (Pont.) 2,5 01 2,50 24 2,50 520,0003 (Pont.) 3,0 26 3,00 07 3,00

0701(Berço)

4,04,0

0404

3,504,0

05 26 3,50 4,00 Sarrafo 2,5 x10,0 (m) 

02 4,5 30 4,5003 5,0 15,00

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334

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

1  ASSOCIAÇÃO  BRASILEIRA  DE  NORMAS  TÉCNICAS.  NBR  6118/1980  Projeto  eexecução de obras de concreto armado. Rio de Janeiro, 1980 

2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8036/1993 Programação de  sondagens  de  simples  reconhecimento  dos  solos  para  fundação.  Rio  de Janeiro, 1993 

3 BORGES, A. C. Prática das Pequenas Construções, 6a  edição, 2 volumes. Editora Edgard Blucher. São Paulo,1992 

4 BAUD, G. Manual de Construção.  Editora Hemus. São Paulo, 1976 

5 BAUER, L. A ,Falcão. Materiais de Construção. Editora Pini. São Paulo 1995 

6 CARDÀO, Celso. Técnica da Construção. 4a  edição. Editora Glob. Rio de Janeiro, 1969 

7 DIAS, P.R.Vilela. Uma metodologia de Orçamentação para Obras Civis. 2a  edição. Ed. Copiare. Curitiba/PR, 2000 

8  FALCONI,  F.F.,  et  al.  Fundações  Teoria  e  prática.  2a  edição.  Editora  Pini.  São 

Paulo, 1998. 

9 FUSCO, P.B., Técnica de armar as estruturas de concreto. Editora Pini. São Paulo, 1995. 

10 LIMA, J.C.O. Sistema treliçado global - Boletim Técnico de Edifício. 9a  edição. 1993 

11 MELLO. F.Caio. Tesouras de Telhados. Editora Tecnoprint. 1996 

12  MOLITERNO.  Antonio.  Caderno  de  Projetos  de  Telhados  em  Estrutura  de Madeira. 1o volume. Editora Edgard Blucher. 1992 

13  PIANCA,  J.  Batista.  Manual  do  Construtor.  3a  edição.  5  volumes.  Editora  Globo. Porto Alegre. 1974 

14  RODRIGUES,  P.P.  Firme.et  al.  Pisos  Indistriais  de  Concreto  Armado.  IBTS  – Instituto Brasileiro de Telas Soldadas. São Paulo. 

15  SAMPAIO,  J.  C  Arruda.  PCMAT.  Programa  de  Condi'~oes  e  Meio  Ambiente do Trabalho da Indústria da Construção. Editora Pini. São Paulo 1998. 

16  SANTOS,  Edvaldo  G.  Estruturas,  desenhos  de  concreto  armado.2  volumes.  4a 

edição. Editora Calcitec.