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FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE
DE COIMBRA
Desemprego e População Qualificada
Cadeira: Fontes de Informação Sociológica
Docentes: Paula Abreu e Paulo Peixoto
Ano Lectivo:2013/2014
Aluno: Tiago Magueta de Oliveira
Nº 2013169509
Imagem de capa: By America's Power ("Put us to work" Uploaded by AlbertHerring) [CC‐BY‐2.0 (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons
Coimbra, 2014
Desemprego e população qualificada
3
Índice1‐Introdução ......................................................................................................................... 1
2‐Estado das artes ........................................................................................................................ 2
2.1‐Desemprego ................................................................................................................ 2
2.1.1‐Tipos de desemprego ............................................................................................ 2
2.1.2‐Consequências do desemprego ............................................................................. 3
2.1.3‐Causas do desemprego .......................................................................................... 4
3‐Desemprego em Portugal ................................................................................................... 5
3.1‐Medidas de combate ao desemprego em Portugal ................................................... 7
4‐Qualificação profissional .................................................................................................... 9
5‐Descrição Detalhada da Pesquisa ........................................................................................... 11
6‐Desenvolvimento: ............................................................................................................ 14
6.1.1‐Introdução .......................................................................................................... 14
6.1.2‐A “fuga de cérebros” como problema global ....................................................... 15
6.1.3‐‐Atualidade da “Fuga de cérebros” ...................................................................... 16
6.1.4‐Algumas questões de identidade e os palcos discursivos ..................................... 16
6.1.5‐Nota Metodológica ............................................................................................. 17
6.1.6‐Os média e os profissionais altamente qualificados ............................................. 17
6.1.7‐Panorama:media estrangeiros ............................................................................ 18
6.1.8‐Panoramas:media portugueses ........................................................................... 19
6.1.9‐Discussão de ideias principais .............................................................................. 19
7‐Avaliação de uma página de Internet ..................................................................................... 21
8‐CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 23
9‐Referências Bibliográficas…………………………………………………………… ………………………….. 24
Anexo I‐ Texto base da ficha de leitura
Anexo II‐ Página da Internet Avaliada
Desemprego e população qualificada
1
Introdução
No âmbito do processo de avaliação da unidade curricular de “Fontes de
Informação Sociológica”, leccionada pelo Professor Doutor Paulo Peixoto e pela
Professora Paula Abreu, foram propostos vários temas para serem analisados e
desenvolvidos pelos alunos, tendo em vista a avaliação da cadeira referida.
A minha escolha recaiu sobre o “desemprego e população qualificada”, pela sua
pertinência e actualidade.
Com efeito, este fenómeno está bastante presente na realidade portuguesa,
sendo aliás notícia diária nos meios de comunicação social.
Ao longo deste trabalho abordarei o problema do desemprego nas suas diversas
dimensões, assim como as suas consequências.
O desemprego é um dos maiores flagelos sociais do século XXI e afecta a maior
parte dos países do mundo.
A crise que tem assolado Portugal nos últimos tempos, e assim a destruição da
economia, tem agravado a situação do emprego, fazendo com que, actualmente,
sejamos um dos países europeus com a maior taxa de desemprego.
No nosso caso assume particular relevância o desemprego jovem de longa
duração, que apresenta taxas preocupantes.
Na tentativa de minorar o problema, os países têm apostado em programas de
qualificação e requalificação profissional, pois é sabido que populações mais
qualificadas estão mais aptas para contribuir para o desenvolvimento dos países.
Apesar disso, Portugal está confrontado com um novo paradoxo: apesar de ter a
geração mais qualificada de sempre, tem também uma das mais altas taxas de
desemprego de sempre. O país e a sua economia não têm sido capazes de criar
empregos que absorvam os seus jovens qualificados. Tal facto, tem levado a que os
jovens procurem emprego no estrangeiro, empobrecendo o país, uma vez que o
investimento feito na sua formação não é aproveitado.
Desemprego e população qualificada
2
Estado das artes
2.1‐Desemprego
Desemprego: Desempregado é o indivíduo, com idade mínima de 15 anos que, no
período de referência, se encontrava simultaneamente nas situações seguintes: a) não
tinha trabalho remunerado nem qualquer outro; b) estava disponível para trabalhar
num trabalho remunerado ou não; c) tinha procurado um trabalho, isto é, tinha feito
diligências no período especificado (período de referência ou nas três semanas
anteriores) para encontrar um emprego remunerado ou não. Consideram‐se como
diligências: a) contacto com um centro de emprego público ou agências privadas de
colocações; b) contacto com empregadores; c) contactos pessoais ou com associações
sindicais; d) colocação, resposta ou análise de anúncios; e) realização de provas ou
entrevistas para selecção; f) procura de terrenos, imóveis ou equipamentos; g)
solicitação de licenças ou recursos financeiros para a criação de empresa própria. O
critério de disponibilidade para aceitar um emprego é fundamentado no seguinte: a)
no desejo de trabalhar; b) na vontade de ter actualmente um emprego remunerado ou
uma actividade por conta própria caso consiga obter os recursos necessários; c) na
possibilidade de começar a trabalhar no período de referência ou pelo menos nas duas
semanas seguintes. Inclui o indivíduo que, embora tendo um emprego, só vai começar
a trabalhar em data posterior à do período de referência (nos próximos três meses).
(desigualdades)
2.1.1‐Tipos de desemprego
Existem vários tipos de desemprego. O desemprego estrutural ou disfarçado,
característico dos países subdesenvolvidos, causado pela distribuição irregular de
terras, e a falta de equipamentos de trabalho para as pessoas aptas trabalharem; o
desemprego estacional, sazonal ou temporário que é quando determinadas indústrias
reduzem seu quadro de funcionários em certas épocas do ano, pela diminuição ou pela
interrupção periódica da actividade a que essas indústrias se dedicam; o desemprego
tecnológico atinge sobretudo os países desenvolvidos e é quando as empresas
Desemprego e população qualificada
3
substituem a mão‐de‐obra humana pela tecnologia ‐ por outras palavras, é a
substituição do Homem pela máquina; o desemprego friccional, é quando a mão‐de‐
obra disponível não coincide com a que o mercado de trabalho procura; o desemprego
voluntário, é quando o desempregado não quer trabalhar com o salário que lhe é
oferecido. (Ferreira)
2.1.2‐Consequências do desemprego
Como é sabido, o desemprego é algo transversal ao Mundo, pois é algo que afecta
todos os continentes. É um dos maiores problemas do Mundo, hoje, pela sua
dimensão social, económica e política.
É um grave problema económico, pois um país com uma elevada taxa de
desemprego tem imensos prejuízos, o que vai causar um grave atraso no mesmo.
Quando um país não tem capacidade empregadora para os seus habitantes, estes
emigram e o país vai perder do ponto de vista económico e intelectual.
Já do ponto de vista do problema social, é algo que causa grande sofrimento aos
desempregados e respectivas famílias, lançando na miséria muitas delas. Uma pessoa
sem trabalho é afectada em múltiplas dimensões da sua vida.
O emprego é, por via da regra, a única fonte de rendimento para todos aqueles
que vivem fundamentalmente do trabalho, sendo através dele que se realiza a
dignidade humana, constituindo fonte de humilhação e de mal‐estar para quem é
privado dele. O desemprego também afecta a saúde física e mental das pessoas e é
susceptível de originar um aumento da criminalidade e da violência.
Quanto ao aspecto político, o desemprego pode levar à radicalização, tanto à
direita como à esquerda, uma vez que as pessoas estão desesperadas. Essa
radicalização pode expressar‐se em xenofobia e racismo, entre outros fenómenos
sociais indesejados.
O desemprego é um cocktail explosivo, pois conjuga os problemas sociais,
económicos e políticos. Tal estado de coisas, pode conduzir um país a uma
instabilidade politica grave, degradando as suas condições económicas, financeiras e
sociais, diminuindo‐lhe as hipóteses de encarar o futuro de maneira positiva.
Desemprego e população qualificada
4
2.1.3‐Causas do desemprego
O desemprego tem diversas causas, entre outras: a baixa qualificação de muitos
trabalhadores que vão perder o seu lugar para trabalhadores mais qualificados; a crise
económica que tem vindo a abalar o Mundo e tem como consequência a diminuição
do consumo de bens e serviços, o que vai obrigar a que muitas empresas reduzam o
número de trabalhadores a fim de diminuir os custos; o desenvolvimento tecnológico,
pois a tecnologia veio permitir a substituição da mão‐de‐obra humana pela tecnologia.
O desemprego apesar de ser um fenómeno muito antigo tem ganho grande
destaque no século XXI, uma vez que este flagelo está em franco crescimento,
afectando assim cada vez mais pessoas e famílias em todo o Mundo. (Ming)
Figura1‐Evolução da taxa de desemprego nas várias regiões do Mundo entre o
ano de 2008 e 2012
Fonte: (OIT, cit in Publico,2013)
Na figura 1 é possível observar a taxa de desemprego das várias regiões do Mundo
ao longo dos últimos anos ao analisarmos a mesma podemos concluir que os países do
médio oriente, e norte de África são os mais afectados, sendo que a taxa de
desemprego ultrapassa os 20%, em contraste os países do este asiático são os países
menos afectados, não ultrapassando os 5%. Ao observarmos a figura 1 é possível
observar que nenhuma região do mundo escapa ao desemprego.
Desemprego e população qualificada
5
Os números do desemprego são alarmantes, estando milhões de pessoas sem
emprego como é possível ver na figura 2.
Figura 2‐ Número de desempregados no Mundo e a taxa total do desemprego
Fonte: (OIT, cit in Publico,2013)
Percebemos na figura 2 que no Mundo existem 197.3 milhões de pessoas
desempregadas, o que representa 5.9% da população mundial.
3‐Desemprego em Portugal
É sabido que Portugal está a ser bastante afectado pelo desemprego,
principalmente devido à crise económica que está a afectar a Europa, o que faz com
que as pequenas e médias empresas tenham dificuldade em “sobreviver”. Como
muitas empresas não conseguem resistir à crise, os seus trabalhadores acabam por
ficar sem emprego e as empresas acabam por falir. Ao falirem, as empresas deixam de
contribuir com os seus impostos para a economia do país o que agrava ainda mais a
crise, transformando‐se esta realidade num ciclo vicioso.
Desemprego e população qualificada
6
Figura 3 – Taxa do desemprego em Portugal
Fonte: (INE, cit in Publico,2013)
Na figura 3 é possível verificar que a taxa de desemprego em Portugal, neste
momento, é de 17.7%.
Tanto homens como mulheres são afectados pelo desemprego, 17.8% no caso dos
homens e 17.5% no caso das mulheres. Os jovens estão numa situação ainda mais
complicada, pois a taxa de desemprego entre eles é enorme, cifrando‐se neste
momento nos 42.1%, com tendência a piorar, pois todas as taxas têm vindo a
aumentar.
Assim, Portugal tem uma grave situação para resolver, pois grande parte da sua
população está desempregada e sem solução à vista, principalmente os jovens que não
encontram soluções para sair do fosso do desemprego e têm de recorrer aos seus pais,
que também se encontram dificuldades.
Assim, os governos dos países com uma elevada taxa de desemprego, mas dando
destaque ao de Portugal, tiveram que tomar medidas para tentar resolver o problema
do desemprego, apostando na qualificação profissional das pessoas, pois é de senso
Desemprego e população qualificada
7
geral, que com uma população mais qualificada, a taxa de desemprego diminui e o país
consegue crescer a um ritmo mais acelerado e superar a crise. (Paulo Rajado)
No relatório do Ministério da Educação de 2007, intitulado “Educação e Formação
em Portugal”, conclui‐se que a qualificação da população é algo importantíssimo.
3.1‐Medidas de combate ao desemprego em Portugal
Algumas das medidas levadas a cabo pelos sucessivos governos para combater o
desemprego e qualificar a população, foram:
• Reforço no ensino profissional com vista a qualificar os jovens para a
vida activa, incentivando o ensino das Tecnologias da informação e
comunicação, (TIC);
• Criação de cursos profissionais como medida de reforço da formação
inicial dos jovens, com o objectivo de combater o desemprego juvenil;
• Criação de programas de requalificação para seniores que perderam o
emprego;
“O reforço da qualificação dos portugueses constitui o principal desafio estratégico que orienta as prioridades definidas em matéria de política educativa. Essas prioridades inscrevem‐se no quadro definido pela Estratégia de Lisboa, reconhecendo a educação e a formação como factores insubstituíveis de desenvolvimento económico e tecnológico, da coesão social, do desenvolvimento pessoal e do exercício pleno da cidadania.
Nas últimas décadas, Portugal tem feito um enorme esforço de qualificação escolar da população, que se traduziu em progressos substanciais em matéria de educação. Contudo, o país continua a apresentar um défice estrutural de formação e qualificação da população que exige uma aposta clara e persistente na resolução dos problemas que têm impedido a convergência com os actuais padrões da União Europeia, nomeadamente os níveis de insucesso e abandono escolares e o défice de qualificações da população activa.
A superação destes obstáculos só é possível através da concretização de medidas que coloquem a escola no centro da política educativa, qualificando‐a, melhorando o seu funcionamento e organização e os resultados escolares dos alunos” (Ministério da Educação, 2007)
Desemprego e população qualificada
8
• Criações do programa “Novas Oportunidades” que permitia aos adultos
voltarem a estudar, adquirindo novas competências, com o objectivo de se
integrarem mais facilmente no mercado de trabalho;
• Incentivo à criação de pequenas e médias empresas, através de apoio
financeiros e facilidades ao nível burocrático.
• Criação de incubadoras de empresas com o objectivo de acolher e
desenvolver empresas inovadoras.
• Incentivo a parcerias entre Universidades e empresas;
• Criação de bolsas dirigidas a novos projectos de investigação científica.
(O Desemprego "recém‐licenciados")
Como vimos, muitas medidas tiveram como intenção dotar a população
portuguesa de melhor qualificação. Estas políticas obtiveram alguns resultados nos
últimos anos, uma vez que houve um aumento da população qualificada, embora
ainda seja insuficiente.
Em Portugal, assiste‐se a uma nova realidade nos dias que correm, o aumento da
qualificação dos portugueses como está explícito no seguinte trecho “Desde a
consolidação do processo de Bolonha em Portugal, no sentido das primeiras gerações
de licenciados neste sistema, em 2006, que se tem assistido a uma cada vez maior
vulgarização dos graus de licenciatura apesar de o país continuar com uma taxa ainda
baixa de percentagem da população com qualificações a nível do ensino superior
concluído. Em 2011, obtiveram formação superior em Portugal, em todos os
subsistemas, mais de 78785 indivíduos para cerca de 18671, em 1991. De destacar que
desses 78785, mais de 22000 são relativos a cursos de mestrado concluídos, ou seja
quase 30% e se compararmos com os 297 mestres em 1991, representavam apenas
15% dos indivíduos que concluíam formação superior. (Varela, 2013)
Isto significa que a procura por formação superior tem crescido
exponencialmente nos últimos 20 anos, mas com especial incidência em qualificação
de 2.º e 3.º ciclos (mestrados e doutoramentos). Em 2012, existiam 1.3 milhões de
indivíduos com formação superior, o que representa cerca de 14,5% da população
adulta. Apesar de ser um valor ainda baixo, trata‐se da percentagem de qualificações
mais elevada que Portugal já atingiu.” (Varela, 2013)
Desemprego e população qualificada
9
4‐Qualificação profissional
A qualificação profissional pode ser entendida como o conjunto de
conhecimentos, aptidões e atitudes que são necessários e capacitam um individuo
para o desempenho adequado de uma actividade, ou seja, as competências
necessárias para o exercício de uma profissão. Essas competências podem ser obtidas
em ambiente formal, através dos níveis de ensino existentes – básico, secundário e
superior – e em contextos informais, valorizando a formação e experiência profissional
adquirida.
Outrora, possuir um curso era sinónimo de emprego, uma vez que se considerava
que o mesmo dotava a pessoa das competências adequadas para o exercício de uma
profissão.
Hoje em dia, atendendo à evolução permanente do conhecimento e tecnologia, os
indivíduos são obrigados a uma busca constante de conhecimentos, no sentido de
adequarem as suas competências às exigências do mercado de trabalho, que se
encontra em constante mutação.
Do mesmo modo, as pessoas devem preparar‐se para as constantes alterações do
perfil funcional que a mutação referida exige. Ao contrário de antigamente, em que se
tinha um emprego para a vida, hoje em dia, os indivíduos devem estar preparados
para diversas e dispares funções ao longo do seu percurso profissional, a
comummente chamada polivalência.
Desemprego e população qualificada
10
Figura 4‐ Número de diplomados nos diversos tipos de ensino superior
Fonte: (Pordata, 2013)
Na figura 4 anterior é possível observar que o ensino universitário e politécnico
tem crescido.
O ensino universitário tem crescido de forma mais ou menos constante, já o
ensino politécnico apesar de ter crescido foi de maneira mais moderada.
Figura 5 ‐Número de diplomados no ensino superior e os vários níveis de
formação
Fonte: (Pordata, 2013)
Desemprego e população qualificada
11
Através da figura 5, é possível observar a clara evolução de população qualificada
em Portugal.
Todas as formas de qualificação cresceram até determinado momento, sendo que
a o bacharelato a meio do “percurso” regrediu assim como a licenciatura tendo
mesmo os dois acabado devido a Bolonha, em substituição destes surgiu a
licenciatura‐ 1.ciclo, sendo que todas as outras formas de qualificação cresceram
durante todo o “percurso” com principal destaque para o mestrado e o CESE.
Através da figura 4 e figura 5 é possível perceber que as medidas implantadas
pelos sucessivos governos com o propósito de dotar a população do país com
qualificação tiveram um claro efeito, já que esta de um modo geral cresceu de maneira
exponencial.
Apesar disto têm que se aumentar as qualificações ainda mais para o país ter
capacidade de combater o desemprego, já que uma população qualificada tem mais
capacidade para “ajudar” o país a atingir esse objectivo. (Florêncio)
Descrição Detalhada da Pesquisa
Durante a realização deste trabalho utilizei como fonte de pesquisa principal a
Internet. Utilizei várias páginas com principal destaque para a do Público e a do
Pordata.
Para me informar melhor sobre o tema e retirar dados pertinentes para o
trabalho, pesquisei no motor de pesquisa Google as seguintes palavras e expressões:
“desemprego qualificado”, “desemprego jovem”, “qualificação”, “fuga de cérebros” e
usei operadores booleanos como (AND) e (OR) entre outros, analisei assim alguns
trabalhos que apesar de não te usado ao longo do trabalho, serviram para me
enquadrar no tema como o Estudo sobre o aproveitamento do desempego qualificado‐
Relatório Final (AEP‐Associação empresarial de Portugal), a Globalização, desemprego
e (nova) pobreza: Estudo sobre impactes nas sociedades portuguesa e brasileira
Desemprego e população qualificada
12
(Revista crítica de ciências sociais) e a leitura do livro de preparação para o exame
nacional de economia(Gomes).
Após retirar os dados, analisei‐os, dando preferência aos que vinham de páginas
fidedignas.
Dado o interesse geral deste tema, optei por ser conciso e usar uma linguagem
perceptível a todas as pessoas.
FICHA DE LEITURA
Título da obra: Para um debate sobre a mobilidade e Fuga de cérebros.
Autor do livro: Emília Araújo, Margarida Fontes e Sofia Bento.
Editora: Centro de estudos de Comunicação e Sociedade.
Título do capítulo: "A «fuga de cérebros»: um discurso multidimensional".
Autor do capítulo: Emília Araújo, Filipe Ferreira.
Local de edição: Braga.
Data da publicação: 2013.
URL:
http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cecs_ebooks/article/view/1578/1494
Tipo de publicação: Livro.
Data da leitura: Outubro de 2013.
Desemprego e população qualificada
13
Páginas do capítulo: 58‐82.
ISBN:978‐989‐8600‐11‐0
Assunto: O fenómeno da emigração de pessoas qualificadas em Portugal e no
estrangeiro, o porquê disso acontecer e a maneira como a imprensa portuguesa e
estrangeira lida com o assunto.
Palavras‐chave: “fuga de cérebros”, “migração”, “qualificados”, “portugueses”,
“media”, ”mobilidade”.
Notas sobre os autores: ‐ Emília Araújo, professora Auxiliar no Departamento de
Sociologia da Universidade do Minho, investigadora no CECS Centro de Estudos de
Comunicação e Sociedade.
‐ Filipe Ferreira, Mestrando em Sociologia, na Universidade do Minho.
Resumo:
O capítulo analisado, "A «fuga de cérebros»: um discurso multidimensional",
centra‐se na “fuga” (emigração) de pessoas qualificadas em Portugal e no estrangeiro.
Os autores neste capítulo procuram explicar as diversas razões para este facto
acontecer e identificam as diversas rotas de migração que existem, explicitando ainda
os diferentes nomes que são dados a este fenómeno e o porquê deles.
Por fim, os autores falam da maneira como a imprensa portuguesa e estrangeira
abordam este assunto e as diferenças entre ambas.
Desemprego e população qualificada
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5.1.1Desenvolvimento:
Introdução
A parte introdutória deste capítulo fala‐nos das diversas abordagens sobre a “fuga
de cérebros”.
A expressão “fuga de cérebros” surgiu nos anos 60 e causou logo intensos debates
que visavam as estratégias dos governos nacionais, sobre as políticas públicas de
promoção da ciência, tecnologia e ainda sobre o crescimento e competitividade.
Este é um tema que interessa à sociedade, pois a saída de profissionais
qualificados pode mostrar a dificuldade dos sistemas políticos nacionais, em tomarem
medidas para “segurarem” os seus cidadãos mais qualificados, face à atracção que
outros países exercem.
Durante muito tempo, a “fuga de cérebros” esteve associada à saída de pessoas
qualificadas de países subdesenvolvidos para países mais desenvolvidos. Mais
recentemente surgiu o uso da palavra “mobilidade”, para definir a migração entre
países desenvolvidos.
Assim como a expressão “fuga de cérebros”, também a definição de “cérebros”,
mudou ao longo dos anos. Na primeira fase os chamados “cérebros” eram os
profissionais altamente destacados, não só pelo seu nível de formação mas,
principalmente, pelo nível de qualificação e o alto nível de desempenho; estes
migravam pois monetariamente era compensador; por norma eram artistas, cientistas,
mas principalmente quadros executivos.
A partir de 2008, os chamados “cérebros” deixam de ser só os que foram referidos
anteriormente, mas também pessoas com o ensino superior, recém‐licenciados e sem
prestações ou formações tão elevadas; os “novos cérebros” migram na tentativa de
arranjar emprego e conseguir condições de sobrevivência, não só para si, mas também
para a sua família.
Desemprego e população qualificada
15
A expressão “fuga de cérebros”, não é bem aceite pelos diversos governos pelas
razões já apontadas, pelo que tentam ocultá‐la, preferindo utilizar a expressão de
“mobilidade de cérebros” e “circulação de cérebros”.
5.1.2‐A “fuga de cérebros” como problema global
Existem desigualdades em todos os pontos do globo. Estas têm por base factores
naturais e ambientais, sendo os mais importantes os ideológicos e políticos.
Estas desigualdades levam a que as pessoas migrem à procura de melhores
condições de vida, estando esta razão na base dos processos migratórios.
Os países com maiores desigualdades tendem a perder pessoas para os países
mais igualitários. Esta situação numa certa perspectiva é boa, pois reduz o número de
pessoas que o estado têm a seu encargo, podendo aquele vir a receber dividendos
futuros dessa migração; noutra perspectiva é má, pois o país perde pessoas que
podiam ser úteis ao seu desenvolvimento (demograficamente e educacionalmente).
Nos anos setenta e oitenta, falou‐se muito na “fuga de cérebros” e nas rotas
migratórias que eles faziam, sendo as principais, da Europa para os Estados Unidos; da
Europa do leste para a Europa Central; da África e América latina para a Europa e
Estados Unidos.
A expressão “fuga de cérebros” foi desaparecendo pois surgiu o fenómeno das
multinacionais (recrutamento no mercado mundial) e também porque a “mobilidade”
se tornou um importante factor curricular.
Essa “mobilidade de cérebros” tornou‐se importante para os países receptores ao
ponto destes, preocupados com a barreira das regras de entrada estarem a dificultar a
chegada dos “cérebros”, alterarem as regras de admissão, criando novas estruturas
para os receber. Esta mobilidade, num mundo cada vez mais globalizado, faz com que
não se possa dizer que os “ cérebros” estejam a evadir‐se, mas sim a mover‐se.
Determinados países como o Reino Unido e o Brasil, precaveram‐se da “fuga de
cérebros”, criando políticas de retenção.
Desemprego e população qualificada
16
5.1.3‐Atualidade da “Fuga de cérebros”
Têm‐se observado que os continentes asiáticos (sudoeste asiático) e africanos
(costa ocidental e região sul), são os continentes que mais têm sido afectados pela
partida dos seus recursos humanos com mais qualificação; já na América latina, as
regiões mais afectadas são os países da América Central e Caraíbas; para concluir na
Europa os países anglófonos e os países do Leste Europeu são os mais atingidos.
O país mais beneficiado com este fenómeno é os Estados unidos e o país menos
beneficiado é a India.
Na Europa Central o número de entradas e saídas é igual ao número de entradas,
com excepção de Itália, em que o número de saídas é superior ao de entradas; já na
Suécia e Suíça encontra‐se o fenómeno inverso.
Em Portugal, a “fuga de cérebros” é um fenómeno que já vem de trás. O fluxo de
cérebros de Portugal para o estrangeiro é visto positivamente, uma vez que
potencializa a imagem do país no estrangeiro e ajuda na economia interna do mesmo.
Determinados autores acham que não de deve chamar a este fluxo “fuga de cérebros”,
dado que este fluxo pressupõe a manutenção de ligações vinculativas com o país.
O fenómeno de “fuga de cérebros” pode levar a formas de domínio e colonização,
uma vez que os países subdesenvolvidos perdem os seus recursos humanos
qualificados para os países desenvolvidos acentuando assim o fosso entre os dois.
A “fuga de cérebros” não é só uma preocupação académica mas também social e
política, pois não existe só a deslocação de conhecimento, mas também de riqueza,
costumes e modos de vida.
5.1.4‐Algumas questões de identidade e os palcos discursivos
Os portugueses têm cada vez mais destaque na economia mundial. Este facto
ajuda a melhorar a imagem de Portugal no estrangeiro, assim como a imagem que os
portugueses têm de si próprios, sentindo‐se mais valorizados e considerados.
Porém, o papel das mobilidades é contraditório, uma vez que, por um lado a
imagem sai valorizada no exterior devido ao trabalho do individuo; por outro, também
Desemprego e população qualificada
17
pode ser vista de maneira depreciativa devido ao desprestígio, vergonha, e pudor,
devido à necessidade de sair do seu país de origem.
A “fuga de cérebros” pode ser ainda visto como uma perda para o país quer no
presente quer no futuro nas diversas áreas, mas também pode ser visto por um prisma
mais positivo, uma vez que vai valorizar, acentuadamente, o carácter individualista e
reforça a imagem e a competência de Portugal, visto de fora.
5.1.5‐Nota Metodológica
Para se perceber como a imprensa portuguesa e estrangeira analisa a temática de
“fuga de cérebros”, em Portugal inserido no contexto global, foram feitas diversas
pesquisas em várias fontes nos últimos dois anos.
O método de pesquisa que acabou por ser escolhido para análise foi a pesquisa
utilizando o motor de pesquisa “Google”, tendo sido pesquisadas as seguintes
expressões: “brain drain Portugal” e “fuga de cérebros em Portugal”, sendo escolhidas
as primeiras dez entradas de cada. Foram excluídas todas as referências anteriores a
2010.
5.1.6‐Os média e os profissionais altamente qualificados: cruzamentos
discursivos
O fenómeno da emigração e dos emigrantes são temas muito focados na
imprensa, sendo, por outro lado, pouco analisados e sujeitos a críticas de discurso. Os
estudos já feitos baseiam‐se, por norma, sobre a integração e descriminação dos
mesmos.
Num estudo realizado em Portugal, por Ferin e Santos cit in Araújo, Emília e
Ferreira, Filipe (2006:68), sobre as representações dos imigrantes na imprensa e
televisão, constatou‐se que o crime, a prostituição e a violência são os principais temas
que aparecem associados aos imigrantes.
Na pesquisa realizada, a imprensa (jornais de grande tiragem) dá destaque a
Portugal não conseguir manter os portugueses que se destacam no Mundo; já a
imprensa (mainstream) dá mais destaque a histórias individuais de sucesso, ao espirito
Desemprego e população qualificada
18
aventureiro e ao esforço dos mesmos. Referem‐se ainda argumentos de ordem
politica, argumentos esses que são derrotistas em relação aos fluxos de partida de
Portugal.
Os emigrantes qualificados são dos principais temas de notícia. Tal pode ser visto
numa óptica positiva por evidenciar como Portugal prepara bem os seus cidadãos; ou,
numa óptica negativa, por Portugal não conseguir manter os seus cidadãos.
5.1.7‐Panorama:media estrangeiros
A imprensa estrangeira tem apresentado algum interesse pela “fuga de cérebros”
de Portugal para o estrangeiro.
Na análise a algumas notícias e reportagens realizadas entre os anos de 2010 e
2012, conclui‐se que estas, na maioria dos casos, partem do contacto com os
portugueses emigrados onde se conta a história individual de cada um, mas também
procura caracterizar a situação social e económica do país; mas também podem
limitar‐se a falar das condições de vida no mesmo.
A imprensa internacional aponta algumas razões para a emigração dos
portugueses, como as políticas de austeridades e desemprego.
A imprensa estrangeira dá grande destaque à “fuga de cérebros” de Portugal para
os países de língua portuguesa, os chamados PALOP. Estes países são vistos como
alternativa aos profissionais qualificados portugueses, uma vez que estão em franca
ascensão, sendo que alguns destes países (Moçambique), não gostam pois tal
configura concorrência para os seus profissionais. Curiosamente, muitos profissionais
desses países tendem a emigrar.
A imprensa referida também frisa que Portugal tem cada vez menos possibilidades
de atrair os seus emigrantes de volta e isto terá um grande impacto negativo na
economia, pois sem os cidadãos qualificados, Portugal terá mais dificuldades em
recuperar economicamente.
Desemprego e população qualificada
19
5.1.8‐Panoramas:media portugueses
A imprensa portuguesa, entre 2010 e 2012, noticiou diversas vezes a emigração
portuguesa, mas, ao contrário da imprensa estrangeira, preferiu focar‐se nas
vantagens da mesma e num discurso de negação sobre a “fuga de cérebros”, sendo
que quando esta expressão aparece, vem num âmbito de posicionamentos políticos.
Na análise das notícias, é varias vezes observável a tentativa de negação da “fuga
de cérebros”, chegando mesmo a considerar‐se que este fenómeno só existe na
“cabeça” dos políticos e das respectivas elites. Estes defendem que quem emigra, só o
faz pois procura um universo de trabalho que se baseie no talento, afirmando mesmo
que os mais qualificados ficam no país e que, devido ás melhorias do recrutamento de
investigadores, vêm até pessoas qualificadas de outros países. Normalmente, no seu
discurso, aproveitam para apelar para que os profissionais qualificados fiquem no
país.
A partir do ano de 2011, surgiram notícias, em vários órgãos de imprensa, que
apontavam que a “fuga de cérebros” existia, assumindo‐se que isto acontecia devido
ao desemprego. Salientava‐se que esta “fuga de cérebros” pode ser permanente, uma
vez que Portugal não apresenta condições de encorajamento para eles voltarem.
5.1.9‐Discussão de ideias principais
Portugal têm uma longa história e, ao analisarmos, é visível as tentativas de
aproximações políticas à Europa e ao Mundo, em geral. É possível observar que nos
tempos que correm, o mundo da informação substitui a expressão “fuga de cérebros”
por “mobilidade de cérebros”.
Hoje em dia tem‐se verificado que a questão da migração e mobilidade têm ganho
uma onda crescente de interesse mediático, pois verificou‐se que estas podem ser
uma solução para a crise económica estrutural que está a assolar o Mundo.
Ao legitimar‐se a “mobilidade de cérebros”, o discurso mediático pode ser visto de
maneira diferente, uma vez que, por um lado pode ser uma crítica à política
governativa, mas pode também ser um incentivo à mesma, podendo por vezes
estimulá‐la e legitimá‐la.
Desemprego e população qualificada
20
Portugal sempre foi um país de emigrantes, destacando‐se o século XX onde os
principais destinos de emigração eram a Venezuela, o Brasil e a América do Norte. A
partir dos anos setenta, o principal local era a Europa e essa emigração caracterizava‐
se por ser de população não qualificada e analfabeta. O que levou à mesma foi a
extrema pobreza que assolava o país devido à II Guerra Mundial e à guerra colonial.
Esta emigração ficou ligada a estereótipos negativos, devido à ocupação profissional
dos indivíduos (trabalhadores por conta de outrem nas áreas da industria e serviço
doméstico).
O caso dos trabalhadores qualificados é diferente, uma vez que, por regra, não se
centra nos mesmos espaços devido à sua elevada profissionalização. Aqueles podem
procurar, dos vários locais, aquele que os favorece e lhes oferece melhores condições
de vida, podendo, ou não, acalentar a vontade de voltar e ajudar o seu país de origem.
Nos anos setenta, tinha lógica caracterizar as mobilidades dos trabalhadores
qualificados como actos migratórios, uma vez que havia a questão da distância física, a
dificuldade de obter vistos de residência e ainda devido às barreiras fronteiriças; com
as questões anteriores a serem ultrapassadas, o termo “migração” tende a
desaparecer, pois os mercados de trabalho internacionalizaram‐se, passando a existir o
termo de “mobilidade”. Enquanto alguns trabalhadores migram à procura de melhores
condições de vida, outros movem‐se dentro das próprias empresas e instituições.
É bem visível a diferença dos emigrantes dos anos sessenta e setenta dos
emigrantes actuais, uma vez que, estes últimos estão muito mais preparados e
qualificados para a vida longe do país de origem, logo leva a que a nacionalidade não
esteja tão presente. Na sociedade de informação e tecnologia em que nos
encontramos, diminui também a vontade e desejo de voltar ao país de origem.
O termo “mobilidade” causa alguma controvérsia, dado que se refere à saída de
profissionais qualificados para o estrangeiro o que vai reforçar esses países. Já os seus
países de origem vão ser privados dos seus recursos humanos qualificados, não
conseguindo assim satisfazer as necessidades do resto da população.
Finalmente, na imprensa portuguesa, o termo de “fuga de cérebros” é negado e
ocultado; já a imprensa estrangeira não tem duvidas que a “fuga de cérebros” existe
em Portugal, motivada pela crise económica, o desemprego e os planos de
austeridade, sendo que os principais receptores desta “fuga” são os PALOP.
Desemprego e população qualificada
21
Conclusão
Para concluir depois do estudo e ponderação sobre o tema, foi‐nos possível
verificar que a emigração acontece quase desde o princípio dos tempos. A expressão
“fuga de cérebros”, apesar de mais recente, é bastante controversa, pois é algo que dá
uma má imagem do país e das políticas governamentais dos países de onde a fuga
parte.
Ao analisarmos o que é dito na imprensa portuguesa e estrangeira, sobre a
referida expressão, foi possível concluir que a imprensa portuguesa nega e camufla o
termo pois é algo desprestigiante para o país, enquanto que a imprensa estrangeira
frisa a existência da fuga, chegando mesmo a apresentar os principais destinos da
mesma, as ex‐colónias.
Para finalizar, concluímos que a partida de população altamente qualificada é, por
via da regra, negativa para os países de origem e positiva para os países receptores.
Avaliação de uma página de Internet
Para a avaliação da página da Internet escolhi a página da OIT (Organização
Internacional do Trabalho). Fiz esta escolha, porque penso que para a realização de um
trabalho sobre desemprego e população qualificada, é quase obrigatório consultar a
página da organização que estuda estas temáticas.
Esta página fornece‐nos diversos temas como o emprego jovem, as condições de
trabalho, o desenvolvimento económico e social, a igualdade e descriminação, entre
outros. É possível procurar por temas como o emprego juvenil, segurança social,
migração laboral, entre outros o que facilita imenso a pesquisa por parte do visitante.
O site em avaliação pode ser consultado em três línguas: francês, espanhol, e
inglês; sendo que o ultimo é bastante importante pois é uma língua universal.
Em relação ao meu tema, é bastante útil, pois fornece muitos estudos e
informações, existindo imensos dados e gráficos sobre o tema em questão.
Desemprego e população qualificada
22
Parece‐me que é uma página bastante fiável uma vez que é uma página de uma
organização multilateral da Organização das Nações Unidas.
Em termos de estética é uma página apelativa. Apesar disso, é uma página com
demasiada informação quando se abre, acabando por tornar‐se muito densa, algo que
pode ser melhorado. Esta página não implica nenhum custo para o utilizador e não é
preciso adquirir nenhum software para o consultar.
A única desvantagem da página é não ter a língua portuguesa.
Esta página está disponível no endereço: http://www.ilo.org/global/lang‐‐
es/index.htm.
Desemprego e população qualificada
23
CONCLUSÃO
O trabalho que agora concluo, permitiu‐me adquirir e consolidar novos
conhecimentos sobre o desemprego, as suas causas, as suas consequências e bem
assim sobre as medidas que podem ser tomadas para o minimizar ou resolver.
Julgo ter compreendido e ter deixado claro que o desemprego é um fenómeno
complexo, multicausal e de difícil resolução.
O desemprego é um dos principais flagelos sociais dos dias que correm, afectando
grande parte da população mundial. A Europa e Portugal não fogem à regra, sendo
que, no caso português, a taxa de desemprego se agravou brutalmente com a crise
que estamos a viver.
Ao contrário do que se possa pensar, o desemprego afecta todas as pessoas,
incluindo as mais qualificadas. Aliás, o desemprego dos jovens qualificados é hoje um
dos problemas mais preocupantes, em particular em Portugal. A situação é de tal
forma desesperante que tem levado muitos jovens qualificados a emigrar.
A emigração significativa de jovens qualificados pode constituir um duplo prejuízo
para o país. Por um lado, o país é lesado por não aproveitar o investimento feito na
qualificação daqueles jovens; por outro, não há certeza absoluta que os mesmos
possam regressar, o que pode constituir um prejuízo para o desenvolvimento.
Apesar de tudo, a qualificação das pessoas pode contribuir para a minimização
deste problema uma vez que as prepara para os novos desafios do mercado de
trabalho e, assim sendo, constitui uma ferramenta útil para o desenvolvimento da
economia.
Outro dado relevante que extraí deste trabalho, é que as políticas que têm vindo a
ser adoptadas para fazer face a esta problemática se têm revelado ineficazes. É
necessário que os governos encontrem novas formas de abordar o desemprego, pois a
Desemprego e população qualificada
24
sua permanência pode levar a uma crise politica, social de consequências
imprevisíveis.
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Desemprego e população qualificada
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pobreza: Estudo sobre impactes nas sociedades portuguesa e brasileira.
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Revista crítica de ciências sociais
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Obtido em 22 de Outubro de 2013.
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/miguel_varela/detalhe/a_populacao_mais_qualificada_de_sempre.html
Desemprego e população qualificada
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ANEXO I
Texto base da ficha de leitura
Araújo, Emília e Ferreira Filipe (2013), "A «fuga de cérebros»: um discurso
multidimensional" in E. Araújo; M. Fontes e S. Bento, Para um debate sobre a
mobilidade e Fuga de cérebros. Braga, Centro de estudos de Comunicação e
Sociedade, 58‐82.