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Trabalhos sobre os processos sicológicos báscicos. Referencial em psicologia e etc
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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO DE GRADUAÇÃO PSICOLOGIA
Nome: Juliana Batista RA: 396502-3
WISC III – INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS
Relatório analítico de análise
De Inteligência utilizando WISC III
para a matéria de
Tecnicas de Avaliação de Inteligência
Prof° Mário
SANTANA DE PARNAÍBA
2014
INTRODUÇÃO
Este trabalho elabora-se através das aulas teóricas e práticas realizadas na
grade curricular da matéria de Técnicas de Avaliação de Inteligência, do curso de
bacharelado em Psicologia e formação de Psicólogo, da Universidade Paulista.
Neste trabalho aplicamos o WISC – III em um processo de avaliação psicológica
afim de interpretar os resultados obtidos.
O WISC – III se propõe a verificar a capacidade global do sujeito, produto
da constituição genética individual, por um lado, e das experiências
socioeducacionais, da motivação e de preferencias da personalidade, por outro.
O WISC – III é utilizado para as idades entre seis a dezesseis anos, em aplicações individuais com duração aproximada de noventa minutos. Na forma original, o instrumento é composto por dez subtestes padrões e três suplementares, que medem diferentes habilidades da inteligência. Esses treze subtestes são agrupados em um conjunto verbal e um conjunto não verbal ou de execução.
A pesquisa de adaptação do WISC – III ao contexto brasileiro desenvolveu-se por ocasião da tese de doutorado de Figueiredo ( 2001 ). As etapas de adaptação transcultural iniciaram-se a partir da tradução do teste original em inglês, inserindo alguns ajustes de expressões, principalmente nos subtestes verbais. Na etapa seguinte procedeu-se a analise teórica dos itens, que consistiu de dois momentos: a) análise semântica, que investigou a compreensão dos itens e das instruções dos subtestes por parte dos sujeitos e b) analise dos juízes, na qual psicólogos e professores opinaram sobre aplicação dos itens.
O único teste que não foi adaptado por questões de viabilidade da pesquisa e por sua baixa utilidade prática para cálculos de QIs foi Labirinto.
Nas páginas seguintes iremos analisar o caso de um paciente e na sequencia concluiremos o resultado da avaliação intelectual.
1 IDENTIFICAÇÃO
Autor: Juliana Batista
Solicitante: Professor Mario Amore Cecchini
Finalidade: Analise do protocolo WISC- III – Avaliação Psicológica
2 DESCRIÇÃO
Solicitado pelo professor Mario que ministra a matéria de Técnicas de Avaliação de Inteligência, com o intuito de que os alunos tenham um contato com o processo de aplicação e analise de resultado de um teste de inteligência, neste caso o WISC III
3 PROCEDIMENTO
Para nos orientarmos nesses passos, além das aulas expositivas, e disposição do professor para esclarecer dúvidas pelo meios digitais, tivemos a indicação de leitura do livro "Avaliando com o WISC-III" escrito por Vera L. M. de Figueiredo; Jacina M. G. Araujo; Francisco A.Vidal. O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos deste procedimento (questões de ordem psicológica), tem determinantes históricos sociais, econômicos e políticos, sendo os mesmos elementos constitutivos no processo de subjetivação. Esse documento, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo. O professor Mário nos trouxe em sala de aula o manual e o caso de uma criança com 10 anos e 1 mês para que nós pudéssemos corrigir o teste e fazer as considerações finais a partir do aprendizado que tivemos ao longo do semestre.
Em sala de aula nós ficamos distribuídos em grupos de aproximadamente 5 alunos para que pudéssemos trocar informações e elaborar a avaliação do paciente.
4 ANÁLISE
Com base nos dados obtidos chegamos aos resultados quantitativos do teste, resultados que serão colocados nas tabelas abaixo.
Diversos subtestes foram realizados para que pudéssemos chegar ao resultados de QIV e QIE (Tabela 2) e assim chegar ao resulto da inteligência de capacidade global QI TOTAL. (Tabela 1). Também será colocado abaixo os resultados dos subtestes de determinantes fatoriais (Tabela 3).
Tabela 1
QI TOTAL
Escala Índice
Percentil
Interpretação
Total 88 21 Média inferior
Tabela 2
QIV / QIE
Escala Índice
Percentil
Interpretação
Verbal 87 19 Média inferiorExecução 91 27 Média
Tabela 3
Resultados Fatoriais
Escala Índice Percentil
Interpretação
Comp. Verb. 90 25 Média
Org. Percep. 96 39 Média
Res. Dist. 75 5 Limítrofe
Vel. Process. 113 81 Média superior
Abaixo seguiremos com algumas explicações sobre a estrutura de formação de cada teste, e de maneira sucinta explanar sobre as habilidades analisadas em cada um deles, junto com analise comparativa dos resultados obtidos no teste que esta sendo analisado neste trabalho.
4.1 Escala Verbal
Agrupa os subtestes: Informação, Compreensão, Aritmética, Semelhanças, Vocabulário e o suplementar Dígitos.
4.1.1 Informação
O subteste é composto por uma série de perguntas apresentadas oralmente, que avaliam o conhecimento da criança a respeito de eventos comuns, objetos, lugares e pessoas.
Neste caso, o resultado obtido foi Ponto Ponderado: 04. Percentil: 02, o que o classifica como MÉDIA INFERIOR. Isso nos apresenta uma ligeira defasagem nas capacidades de assimilação das informações que o ambiente em que ele vive lhe apresenta.
4.1.2 Compreensão
Este subteste é formado por uma série de perguntas apresentadas oralmente, que requerem que a criança resolva problemas cotidianos ou compreenda regras e conceitos sociais.
Ponto Ponderado: 09 e Percentil 37, indicando também que o paciente está dentro da MÉDIA. Indica que nas habilidades de juízo social, bom senso, reconhecimento das demandas sociais, reconhecimento de regras de comportamento convencional, habilidade para organizar conhecimentos, maturidade social, habilidade para verbalizar, esse pacientenão tem defasagem nessa área.
4.1.3 Aritmética
O subteste é composto por uma série de problemas aritméticos que a criança resolve mentalmente e responde oralmente, mede a capacidade de concentração; é significativo do ponto de vista da educabilidade.
O paciente obteve os seguintes resultados quanto a este subteste: Ponto Ponderado: 6 e Percentil 09 podendo ser classificado como: INFERIOR. O indica uma defasagem nas aréas de verbalização numérica e habilidade de fazer cálculos das matemáticas básicas e problemas complexos
4.1.4 Semelhança
O subteste organiza-se a partir de uma série de pares de palavras, apresentadas oralmente, para as quais a criança explica as semelhanças dos objetos ou dos conceitos comuns que representam.
O subteste mede a capacidade de simbolização, globalização e abstração.
Pontos Ponderados: 11 e Percentil: 63, indicando que o paciente está na MÉDIA. Não há defasem nas habilidades de conceituação verbal e de categorização perceptíveis ao teste.
4.1.5 Vocabulário
Mede a habilidade de aprendizagem, desenvolvimento da linguagem, a qualidade e caráter dos processos de pensamento e aspectos formais de distúrbios de linguagem.
Neste subteste concluímos que o paciente está na MÉDIA em relação as crianças de sua idade. Pontos Ponderados: 10 e Percentil: 50. Não há defasagem em seus habilidades com a linguagem
4.1.6 Digitos
Este subteste mostra uma série de seqüências numéricas, apresentadas oralmente, que a criança repete literalmente para Dígitos Ordem Direta e, em ordem inversa, para Dígitos Ordem Inversa.
• O subteste dígitos avalia a capacidade de atenção e concentração e os domínios cognitivos específicos para:
• Retenção da memória imediata (dígitos na ordem direta);
• Memória e capacidade de reversibilidade (dígitos na ordem inversa);
• Concentração;
• Memória à curto prazo;
• Memória auditiva;
• Tolerância ao estresse.
Ponto Ponderado (6) e Percentil: 09 o que mostra que o paciente pode ser classificado como INFERIOR. A ansiedade é um fator a ser considerado, entretanto esse resultado mostra uma defasagem, um déficit de atenção,
dificuldade sequencial auditiva, rigidez de pensamento e pouca flexibilidade de pensamento.
4.2 Escala de Execução
A escala de execução é distribuída pelos seguintes subtestes:
4.2.1 Completar Figuras:
Este subteste compõe-se de um conjunto de figuras coloridas de objetos e cenas comuns, cada um com uma parte importante faltando, a ser identificada pela criança.
Avalia:
• Reconhecimento e memória visual, organização e raciocínio;
• Interesse e atenção ao ambiente, concentração e percepção das relações todoparte;
• Discriminação de aspectos essenciais de não-essenciais.
Ponto Ponderado: 11 e Percentil: 63 o que indica que o paciente está na MÉDIA E nos mostra que não há defasagem, com a média, nas habilidades de percepção e concentração, atenção a detalhes, habilidade para diferenciar os detalhes essenciais dos não essenciais.
4.2.2 Código:
• Avalia os seguintes domínios cognitivos:
• Velocidade de processamento;
• Capacidade de seguir instruções sob pressão de tempo;
• Atenção seletiva, concentração (resistência à distratibilidade) e persistência motora numa tarefa seqüencial;
• Capacidade de aprender e eficiência mental; Flexibilidade mental;
Neste subteste o paciente foi interpretado como Ponto Ponderado: 06 Percentil: 09 , podendo ser classificado como INFERIOR. Há uma defasagem de habilidade em
problemas de percepção visual, mas também deve ser considerada a possibilidade de pouca motivação relativa a tarefa, o que prejudicaria o resultado.
4.2.3 Arranjo de Figuras:
Este subteste compõe-se de um conjunto de gravuras coloridas, apresentadas desordenadamente, sendo a criança solicitada a reordená-las em uma estória com seqüência lógica.
Avalia:
• Capacidade para organizar e integrar lógica e seqüencialmente estímulos complexos;
• Compreensão da significação de uma situação interpessoal, julgando suas implicações, determinando prioridades e antecipando suas conseqüências, num certo âmbito sociocultural;
• Processamento visual.
Ponto Ponderado: 10, Percentil: 50, estando na MÉDIA, não há defasagem nas capacidade de planejamento, capacidade de antecipar, de forma significativa resultados que se podem esperar de diversos atos de conduta, atenção a detalhes, habilidade de raciocínio não verbal.
4.2.4 Cubos
Os Cubos são um subteste não verbal, constituindo-se de um conjunto geométrico bidimensional, feitos com cubos e impressos, que a criança reproduz usando cubos de duas cores.
• Avalia os seguintes domínios cognitivos:
• Capacidade de análise e síntese – raciocínio abstrato;
• Capacidade de conceitualização visuo-espacial, coordenação visuo-motora espacial, organização e velocidade perceptual;
• Estratégia de solução de problema- planejamento.
Neste subteste o resultado obtido foi: Ponto Ponderado: 10 , Percentil: 50, sendo classificado também como dentro da MÉDIA. Novamente não há indícios de defasagem nas capacidade da tomada de decisão, flexibilidade cognitiva, coordenação visomotora, velocidade de processamento, agilidade motora, resistência à distração.
4.2.5 Armar Objetos
Este subteste compõe-se de um conjunto de quebra-cabeças de objetos comuns, cada um apresentado em configuração padronizada, que a criança junta para formar um todo significativo.
• Avalia os seguintes domínios cognitivos:
• Capacidade de síntese de um conjunto integrado;
• Capacidade de reconhecer configurações familiares (formação de conceitos visuais) e de antecipar relações parte-todo (organização vísuo-espacial).
• Processamento visual, velocidade perceptual e manipulativa.
Ponto Ponderado: 07, Percentil: 16 , MÉDIA INFERIOR , onde pode indicar uma ligeira dificuldade na realização da tarefa, ou uma ligeira defasagem em organização perceptual, das partes e do todo ou de coordenação visomotora.
4.2.6 Procurar Simbolos
Uma série de grupos de símbolos pareados, cada par composto de um grupo-estímulo e um grupo de busca. A criança examina os dois grupos e indica se um símbolo-estímulo aparece ou não no grupo de busca.
• Os dois níveis do subteste estão incluídos em um único protocolo de resposta.
• Avalia a discriminação perceptual, habilidades para explorar estímulos visuais,
• velocidade e precisão, atenção, concentração e memória à curto prazo.
Paciente obteve Ponto Ponderado de : (19 ) , Percentil de 99,9 indicando na classificação MUITO SUPERIOR, Possivelmente o ponte mais forte do paciente, pode apresentar capacidade de tomada de decisão, flexibilidade cognitiva, boa coordenação visomotora, muito embora resultado próximos do limite máximo da pontuação são incomuns e deve se tomar muito cuidado ao analisa-los.
5 CONCLUSÃO
Utilizando-se das orientações obtidas através das leituras obrigatórias e sugeridas,
para execução deste exercício, e também das informações e orientação obtidas
em sala de aula, chego a seguinte analise conclusiva da avalição de inteligência
executada neste trabalho.
Não há grande discrepância entre as áreas Verbais e de Execução. O teste
aplicado nos mostrou defasem de habilidade nos seguintes itens; QI Total, QIV e
R.D. Nos quesitos de avaliação de QI Total e QIV foi apresentada uma defasagem
ligeira, que deve ser considerada em seus detalhes da aplicação pois questões
como ansiedade ou até mesmo na apresentação do teste podem influenciar esses
resultados. Embora haja uma ligeira defasagem, a criança ainda encontra-se na
média. A atenção aqui é um fator a ser considerado e a assimilação das
informações do meio que o circunda. No que diz respeito a QIV.
Tivemos a representação de dados de inteligência Limítrofe em resistência
a distração, indicando uma criança com baixa concentração e atenção, e também
com dificuldades para lidar com números e acessar seus recursos de longo e curto
prazo. Abstração deve ser trabalhado pois este teste indica baixa capacidade de
abstrair, como visto em testes que também avaliam abstração que identificaram
ligeira defasagem, ele tem baixa capacidade de se manter concentrado e de
processar informações que necessitam de agilidade.
O paciente poderá ser diagnosticado como um comprometimento na
atenção acaba tendo picos de alteração do seu desempenho por conta desta
situação, muito embora ele esteja na média do esperado, com ligeira defasagem.