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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS VANTAGENS DA COLETA SELETIVA DE LIXO E
RECICLAGEM EM PRÉDIOS COMERCIAIS
Por: Claudia Corrêa Pimentel
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS VANTAGENS DA COLETA SELETIVA DE LIXO E
RECICLAGEM EM PRÉDIOS COMERCIAIS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Sistemas
Integrados de QSMS/SGI.
Por: Claudia Corrêa Pimentel.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço á Deus, pelas bênçãos sem medidas, pelo dom
da vida, misericórdia e por me conceder a virtude da
sabedoria, discernimento e perseverança adquiridos ao
longo dessa caminhada, por seu amor incondicional que
me permitiu em meio a tantos obstáculos alcançar mais
essa vitória.
Agradeço á minha família por todo amor, apoio e
compreensão.
Agradeço á empresa Mark Building e ao Condomínio
Edifício Argentina pela receptividade e por terem
contribuído ricamente para a elaboração deste trabalho.
Agradeço á todos que de forma direta ou indireta, me
ajudaram a realizar esse sonho.
4
DEDICATÓRIA
Á Deus pela realização de mais um
sonho, á família por todo apoio e por
acreditar em minha capacidade, aos
mestres pelos valiosos ensinamentos e a
todos quantos de certa forma
contribuíram para essa grande conquista.
5
RESUMO
Esta monografia apresenta a real importância da Coleta Seletiva de
Lixo e Reciclagem dentro das organizações, bem como os benefícios trazidos
ao meio ambiente, as gerações futuras e aos colaboradores que passam a ter
maior responsabilidade social. Mostrará ainda, como é possível aumentar a
sua receita com os materiais reciclados e como a área da Qualidade é
facilitadora entre os interesses do meio ambiente e os interesses da
organização, que a todo instante sofrem exigências para serem empresas
sustentáveis e que primam pela preservação do meio ambiente. Tornando-se
assim cada vez mais competitiva no mercado e atraindo novos clientes,
colaboradores e fornecedores.
6
METODOLOGIA
A pesquisa tem como base a classificação segundo Vergara (2007,
p.47), que a qualifica quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins, a pesquisa será descritiva e explicativa. Descritiva,
porque visa descrever percepções, expectativas e sugestões em relação à
contribuição trazida pela coleta seletiva e reciclagem. Explicativa porque seu
objetivo é mostrar os benefícios trazidos ao meio ambiente com a diminuição
da poluição do ar, água e solo melhorando assim a qualidade de vida.
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica e de campo.
Bibliográfica, porque para fundamentação teórico metodológica do trabalho
será realizada investigação dos seguintes assuntos: lixo, coleta seletiva,
reciclagem, qualidade de vida, responsabilidade social, entre outros pertinentes
ao tema.
A pesquisa será de campo, porque colherá dados primários no
Condomínio Edifício Argentina.
7
SUMÁRIO
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - O LIXO 10
CAPÍTULO II 20
A RECICLAGEM E SEUS BENEFÍCIOS
CAPÍTULO III - MEIO AMBIENTE 30
CAPÍTULO IV - A EMPRESA 45
CONCLUSÃO 52
ANEXOS 54
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 82
ÍNDICE 84
8
INTRODUÇÃO
Essa pesquisa pretende abordar as contribuições trazidas pela
coleta seletiva de lixo e a reciclagem, o que proporciona um meio ambiente
saudável, que traz qualidade de vida, onde os resíduos gerados sejam
menores devido à educação ambiental.
Esse estudo abrange a coleta seletiva de lixo e a reciclagem nas
organizações e a análise dos resultados de uma pesquisa de campo que
identificará os benefícios trazidos por essa coleta seletiva e reciclagem
realizada no Condomínio Edifício Argentina também conhecido como Centro
Empresarial Rio (CER), edifício esse localizado na Praia de Botafogo nº 228 no
bairro de Botafogo na cidade do Rio de Janeiro.
O objetivo geral deste estudo é destacar os desafios encontrados
pelo gestor de um prédio comercial ao implantar a coleta seletiva de lixo e a
reciclagem, proporcionando a educação sócia ambiental e maior qualidade de
vida no trabalho.
Os objetivos específicos desta pesquisa é destacar como a coleta
seletiva de lixo a e reciclagem trazem benefícios para a organização,
conscientizar os colaboradores sobre a importância da sustentabilidade e
preservação do meio ambiente através da educação ambiental, bem como
incentivar os gestores a fazerem reciclagem em suas empresas.
Através dos objetivos específicos supomos que haverá a redução de
resíduos a serem dispostos em aterros sanitários e a preservação ambiental,
promover a educação ambiental e a responsabilidade social, implementar
programas de redução de resíduos nas dependências da organização e gerar
receitas.
Este trabalho se justifica pela necessidade de se prolongar a vida
útil dos aterros sanitários, por diminuir a poluição do meio ambiente, por reduzir
a extração de nossos recursos naturais e porque é ecologicamente uma
alternativa correta que promove a educação sócia ambiental.
9
O capítulo I chamado de “O Lixo” abordará o conceito do lixo; os
tipos de lixo; os processos de decomposição do lixo e a coleta seletiva de lixo.
O capítulo II chamado de “A Reciclagem e seus Benefícios” abordará
vários subtítulos, sendo eles: o conceito da reciclagem; a reciclagem no Brasil;
os tipos de produtos recicláveis; os resíduos domiciliares; os resíduos
industriais, os resíduos da construção civil, os meios de transporte para
reciclagem e cooperativa.
O capítulo III chamado de “Meio Ambiente” estudará sobre o
saneamento básico; o saneamento básico no Brasil; sustentabilidade; crise
ambiental; educação ambiental; selo verde; EIA/RIMA, bem como o
desequilíbrio ambiental.
O capítulo IV chamado de “A Empresa” verá um breve histórico
referente ao condomínio no qual foi aplicado o instrumento de pesquisa e
conheceremos a empresa que gerencia o condomínio em questão. Veremos
também o tipo de pesquisa aplicada; o universo da amostra; a seleção dos
sujeitos; a coleta dos dados; as limitações do método; o resultado da pesquisa
representado por gráficos e por último a conclusão da pesquisa.
Nas Considerações Finais chegaremos à conclusão que foi de
tamanha valia ter estudado sobre o tema em questão. E que coleta seletiva de
lixo e reciclagem é importante sim e que sem eles não há como reduzir os
resíduos colocados em aterros, preservação ambiental, educação ambiental e
responsabilidade social, bem como a receita gerada.
No Referencial Bibliográfico, veremos todas as referências utilizadas,
sejam elas: bibliográficas, artigos, jornais e sites.
No final visualizaremos os documentos em anexos: jornais, boletim
digital, planilha de preços, instrumento de pesquisa aplicada aos
colaboradores, consolidado da pesquisa de campo e os gráficos da pesquisa.
10
CAPÍTULO I
O LIXO
1. CONCEITO
Segundo Michaelis (2008, p. 527) lixo significa restos de cozinhas e
refugos de toda espécie, que se jogam fora. Imundície, sujidade.
Para Rodrigues e Cavinatto (2003) lixo na linguagem técnica é o
sinônimo dos resíduos sólidos, ou seja, materiais descartados pelos humanos
em suas atividades .
De acordo com Cavinatto (2003) lixo é denominado como resíduos
sólidos pelos técnicos, pois contrário dos esgotos, o lixo praticamente não
contém substâncias líquidas. Qualquer tipo de lixo deve ser recolhido e
deixado em lugares onde não haja contato com a população.
Para Conceição (2003) no início o lixo gerado eram apenas os
excrementos, mas a partir da Idade Média veio o advento da atividade agrícola
e com a Revolução Industrial vieram à produção das ferramentas e
mercadorias industriais, surgindo assim os restos dos objetos e de sua
produção, após a sua utilização. Com a forte industrialização houve grande
aumento dos resíduos, o que acarretou em sérios problemas de ordem
ambiental para a sociedade.
Loureiro; Layrargues; Castro (2005) define lixo como sendo
constituído pelos resíduos do pré-consumo e na sua maioria são lançados em
áreas urbanas e em aterros sanitários. Já os resíduos do pós-consumo são
lançados diretamente nas águas subterrâneas continentais em forma de
esgoto.
(...) Lixo é todo material inútil. Designa todo material descartado posto em lugar público. Lixo é tudo aquilo que se joga fora. É o objeto ou a substância que se considera inútil ou cuja existência em dado meio é tida como nociva. (CALDERONI apud MAGERA, 2003, p. 36).
11
1.2 Tipos de Lixo
Rodrigues e Cavinatto (2003) classificam o lixo de diversas
maneiras, sendo elas:
ü Lixo Tecnológico: Que são classificados como impressoras de
computadores, máquinas copiadoras, pilhas, baterias de aparelhos
eletrônicos, cartuchos de impressão entre outros;
ü Lixo Doméstico ou Domiciliar: Que são classificados como restos
de comida, vasilhames, jornais, louças e etc.;
ü Lixo Comercial: Que são classificados como papéis, papelões,
embalagens entre outros;
ü Lixo Hospitalar: Que são classificados como resíduos de saúde
descartados por hospitais, como algodão, seringas, frascos de
remédios e etc.;
ü Lixo Industrial: Que são classificados como ferramentas, peças,
sabão em pó entre outros;
ü Lixo Flutuante: Que são classificadas como embalagens plásticas,
garrafas plásticas, embalagens de isopor e etc.;
ü Lixo Rural: Que são classificados como palha, restos de comidas,
carnes, verduras, esterco de curral entre outros;
ü Lixo Atômico: São classificados como qualquer material radioativo;
ü Lixo Cósmico: São classificados como satélites artificiais, foguetes,
tanques de combustível, carcaças explodidas e etc.
O lixo pode ser subdividido em quatro partes que são:
ü Lixo Orgânico: Classificados como papel, papelão, plástico, isopor,
madeira, tecidos, restos de alimentos e etc.;
ü Lixo Inorgânico: Classificados como metal, vidro, areia, terra, pedras
entre outros;
ü Lixo Biodegradável: Classificados como papel, papelão, restos de
alimentos, tecidos e etc.;
12
ü Lixo Não Biodegradável: Classificados como borrachas, plástico,
isopor entre outros.
Todo tipo de lixo pode causar a poluição visual, a poluição do ar, da
água e do solo.
De acordo com Magera (2003) os resíduos podem ser
biodegradáveis, não biodegradáveis, recalutrantes (resistentes) ou
xenobióticos (contrários à vida).
Segundo Magera (2003, p. 36) o Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) o
lixo se classifica e se caracteriza pelas diversas formas, sendo elas:
ü Por sua natureza física: seco ou molhado;
ü Por sua composição química: matéria orgânica e matéria
inorgânica;
ü Pelos riscos ao meio ambiente: perigoso, não inerte e inerte
(ABNT, 1987 a, b, c, d);
ü Resíduos classe I - considerado perigoso. Apresenta risco à saúde
e ao meio ambiente, podem possuir as propriedades:
inflamabilidade, reatividade, toxicidade, corrosividade e
patonenicidade;
ü Resíduos classe II - não inerte. Suas propriedades podem ser:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade;
ü Resíduos classe III – inerte. Quando submetido ao teste de
solubilização não tem constituintes solubilizados.
Quanto a sua origem, Magera (2003) define o lixo como:
ü Lixo doméstico: produzido nos domicílios diariamente, sendo
basicamente restos de alimentos, verduras, embalagens plásticas,
papel e papelão etc.;
13
ü Lixo comercial: produzido nos estabelecimentos comerciais como
supermercados, escritórios, hotéis etc. Costumam ser de material
inorgânico como papel, papelão, plásticos, embalagens etc.;
ü Lixo industrial: são os descartáveis de diversos ramos da indústria;
ü Lixo hospitalar: produzidos em hospitais, laboratórios, ambulatórios
e são constituídos de resíduos sépticos como a seringa, tecidos
removidos, gases, remédios, luvas descartáveis etc.;
ü Lixo público: são produzidos dos serviços de limpeza pública como
limpeza da praia e feiras livres, varrição das ruas etc.;
ü Lixo agrícola: são os resíduos sólidos das atividades agrícolas e
pecuária, bem como as embalagens de fertilizantes que são tóxicas
e devem ter destino diferenciado;
ü Lixo nuclear: são os bastões de combustível radioativo das usinas
nucleares;
ü Lixo entulho: costumam ser os resíduos da construção civil, tais
como os pisos, metais, tijolos, cimento etc.
No Brasil o destino do lixo acaba sendo em boa parte nos terrenos a
céu aberto ou lixões, aterro sanitário, aterro controlado e pouca parte é
reciclada.
1.3 Processos de Decomposição do Lixo
De acordo com Rodrigues e Cavinatto (2003) o processo de
decomposição do lixo pode ocorrer em qualquer lugar onde esse esteja
depositado, ou seja, em qualquer ambiente onde haja fungos, bactérias e
quaisquer microrganismos.
Isso ocorre por ação de micróbios aeróbios que vivem onde há
oxigênio, e também pelos micróbios anaeróbios que vivem sem o oxigênio.
14
O resultado de uma decomposição aeróbia é o vapor de água e sais
minerais e o gás carbônico, substância que ajuda no crescimento dos vegetais.
Os resultados de uma decomposição anaeróbia geram os gases
sulfídricos e metano que causam o mau cheiro e o chorume, líquido esse que
se penetrar no solo pode poluir as águas e o lençol freático, por isso, deve ser
bem coletado.
Para Cavinatto (2003) a decomposição do lixo é semelhante à
fermentação e é realiza por micróbios vivos. A decomposição é a destruição da
matéria orgânica, junto com outros compostos, gasosos ou líquidos, alguns
geram mau cheiro e aspecto desagradável.
1.4 Coleta Seletiva de Lixo
Segundo Rodrigues e Cavinatto (2003) a coleta seletiva nada mais é
que a separação dos resíduos jogados no lixo. Esse processo é um grande
aliado dos programas de reciclagem que podem e devem ser implantados nas
residências, escritórios, escolas, restaurantes e qualquer estabelecimento que
queira participar.
Todo lugar deve estar limpo, pois, sabe-se que o lixo traz doenças e
poluição do ar, água e solo. Infelizmente as pessoas possuem o péssimo
hábito de jogar lixo na rua, o que além de causar um aspecto ruim à cidade
pode entupir os bueiros e causar as enchentes.
Todo lixo deve ser devidamente embalado em recipientes fechados
e deixado em lugares próprios onde é feita a sua coleta.
Deve sempre haver o cuidado com os materiais cortantes como
cacos de vidros e latas abertas, os mesmos devem ser embalados em jornais
para se evitar que ocorram acidentes com os catadores.
O ideal é que os resíduos gerados fiquem em lugares suspensos até
que sejam recolhidos, pois desta forma se evita o contato com os animais.
15
De acordo com Rodrigues e Cavinatto (2003) no Brasil cada
população possui um hábito para coleta de lixo, isso pode variar de acordo
com cada região. Umas utilizam baldes de borracha, outras caixas de papelão,
tambores e a maioria utiliza sacolas plásticas que protegem o lixo da chuva,
mas que furam com facilidade, além de não serem biodegradáveis.
A coleta de lixo é essencial para a limpeza das áreas públicas. Deve
haver maior cuidado com os resíduos hospitalares, pois esses podem trazer
doenças se não forem coletados de forma correta. Os resíduos hospitalares
não devem jamais ser depositados com os demais tipos de lixo.
Os lixos em sua maioria são depositados nos lixões ou em
vazadouros. Esses lixões costumam ficar afastados dos centros urbanos, pois
exalam mau cheiro e atraem insetos e animais peçonhentos.
Existem tecnicamente três sistemas recomendados para dispor
tanto lixo, sendo eles o aterro sanitário, a incineração e a compostagem.
Veremos a seguir o processo de cada um deles.
ü Aterro sanitário: é projetado para receber o lixo domiciliar, após ser
descarregado o lixo, um trator espalha e amassa os resíduos que
logo após é coberto com terra formando paredes das células que
envolvem os detritos. Enfim num aterro sanitário é feito o serviço de
terraplanagem que é a forração do terreno com material impermeável
como a argila; canalização das águas da chuva e chorume; tubulação
para saída dos gases; plantio de gramas e por fim a instalação de
uma cerca ao redor da área de serviço.
Esse processo de enterrar o lixo não prejudica a saúde das pessoas
e não agride o meio ambiente.
ü Incineração: a incineração do lixo começou no século XX em Belém
do Pará, esse processo funcionou por quase cem anos e veio a ser
desativado no início dos anos 1990. Em 1977 foi aprovada uma lei na
cidade do Rio de Janeiro que impedia que o lixo fosse queimado por
incineradores, pois a fumaça expelida poluía o ar. Atualmente
existem poucos incineradores que ainda são utilizados nas cidades
16
brasileiras, neles são queimados os lixos contaminados de hospitais
e indústrias, drogas e documentos apreendidos pela polícia e animais
mortos encontrados nas ruas.
Os aeroportos internacionais e os portos de todo mundo também
devem estar aptos a queimar os resíduos que chegam pelas
aeronaves e navios, bem como os papéis higiênicos e os restos dos
alimentos evitando assim a propagação de doenças infecciosas que
atingem os animais, plantações e as pessoas.
No Brasil o incinerador é um processo caro no tratamento de
resíduos, sendo assim indicado em apenas algumas regiões
metropolitanas. Já o Japão se destaca pela enorme quantidade de
incineradores, pois devido à grande quantidade de descartáveis
produzida num espaço tão pequeno, seria difícil encontrar terrenos
vazios para alocar tanto lixo.
ü Compostagem: No Brasil no final da década de 1930 foi implantado
o primeiro sistema de compostagem onde os resíduos eram
colocados em pequenos compartimentos fechados e degradados por
bactérias anaeróbias, porém foi sendo gradativamente abandonado
devido aos resíduos aumentarem a quantidade de materiais não
biodegradáveis.
Em 1980 a compostagem voltou no Brasil através de usinas mais
modernas que usavam a degradação aeróbia. Processo esse que
não produzia mau cheiro e trazia maior rendimento.
Para Rodrigues e Cavinatto (2003) o composto é um adubo orgânico
produzido pela fermentação do lixo. O composto orgânico embora
originário do lixo, não é prejudicial à saúde, pois quando fabricado, os
micróbios patogênicos são mortos pela elevada temperatura e pelo
oxigênio.
A produção do composto permite que parte do lixo gerado nas
cidades volte à terra de onde veio em forma de matérias primas e de
alimentos.
17
Na Alemanha e em alguns países europeus os detritos orgânicos são
encaminhados para a compostagem. No Brasil os detritos orgânicos
ainda não fazem parte da coleta seletiva.
Nos municípios brasileiros os restos de comida e outros rejeitos, bem
como as roupas velhas e objetos pessoais são recolhidos e
encaminhados aos depósitos de lixo. Todos os materiais originados
devem ser enviados a uma usina de reciclagem, para serem
separados, prensados e amarrados em fardos para facilitar o
transporte até as fábricas.
Segundo Branco (1994) composto é o nome que se dá ao adubo
produzido com o lixo, é necessário somente que o mesmo fermente. Precisa
sempre ser revirado para que se tenha ar necessário para os micróbios da
terra, eles são os responsáveis pela fermentação. O composto não polui os
rios e nem o solo, não atrai as moscas e não tem mau cheiro.
Para Cavinatto (2003) a coleta de lixo é realizada por caminhões
com carrocerias adaptadas para transportar grande volume de lixo prensado a
cada viagem. A maioria dos lixos nas cidades brasileiras é lançada nos lixões
sem nenhuma cobertura o que pode gerar problemas ambientais e de saúde
pública.
Esses lixões também são responsáveis pela deterioração dos
recursos naturais, como água e solo. Da decomposição dos detritos pela
variedade de microrganismos resulta um líquido conhecido como chorume que
além dos nutrientes, contém substâncias patogênicas e substâncias tóxicas.
O chorume pode atingir os lagos e rios quando é arrastado com
outros detritos pela água da chuva, que também pode atingir os lençóis
subterrâneos.
O livro Missão Terra (Crianças do mundo todo 1994) diz: “Existe
uma solução clara para o problema do lixo: antes de mais nada, o lixo não
deveria ser produzido. Ficamos acostumados a desperdiçar como um fato
inevitável da vida, mais o desperdício, na verdade, sempre foi um grande erro”
(p.50)
18
Segundo Sewell (apud LOUREIRO; LAYRARGUES; CASTRO,
2005, p. 181) o crescente volume de resíduos sólidos se divide em cinco
categorias, sendo elas: saúde pública, custos de processamento, estética,
ocupação de espaço em depósitos de lixo e esgotamento dos recursos
naturais. O debate sobre Coleta seletiva de Lixo como alternativa tecnológica
para tratamento dos resíduos sólidos se baseia na saturação dos depósitos de
lixo.
De acordo com Branco (2003) os alimentos consumidos pela
população geram a formação de esgotos e de lixo que poluem os rios e os
solos. Bem como a transformação de matérias primas e combustíveis das
fábricas que resultam fumaças, resíduos tóxicos e gases sólidos e líquidos que
ajudam a contaminar o ambiente. A contaminação do ambiente altera o clima
das cidades, a qualidade do solo, da paisagem, da água, do ar e até mesmo
da vida.
O lixo é enterrado em aterros sanitários, queimados em
incineradores ou transformado em adubo por fábricas de composto. Porém,
em muitas cidades o lixo é deixado em terrenos baldios que se tornam em
ambiente cheio de ratos, baratas, mosca e etc.
No chamado lixão podemos encontrar o chorume que ao se infiltrar
no solo o intoxica tornando o estéril e poluindo os lençóis subterrâneos e as
águas dos poços.
Em meados de 1850 na Inglaterra se tornou obrigatório o uso de
água nas descargas dos sanitários, assim as bactérias e os dejetos foram
lançados nas redes de esgoto. Entre 1866 e 1872 se iniciou as técnicas de
tratamento de águas e esgotos, tratamento esse por meio da filtração em filtros
de areia, reduzindo assim as epidemias.
No século XVII na Inglaterra surgiu a preocupação com a poluição
do ar, principalmente no inverno. As matérias gasosas e particuladas oriundas
das queimadas de canaviais e matas, escapamento de motores e emitidas
pelas chaminés podem ser muito tóxicas como monóxido de carbono e gás
carbônico, como também causam efeito visual ruim chamado de fuligem que é
19
formado de partículas de carbono e gotículas de água que provocam irritação
respiratória.
A toxidade não tem relação obrigatória com a aparência estética ou
visual. Essas substâncias tóxicas das fumaças e gases poluem as cidades,
agem na saúde das pessoas, das plantas e dos animais. “Onde vive, o homem
modifica o ambiente, adaptando-o às suas necessidades ou ao seu gosto.
Tornando-se então, silvícola, nômade, pantaneiro, camponês, urbano...”
(BRANCO, 2003, p. 12).
20
CAPÍTULO II
A RECICLAGEM E SEUS BENEFÍCIOS
2. CONCEITO
De acordo com Michaelis (2008, p. 729) reciclagem é o
reaproveitamento do material usado: Reciclagem de lixo.
Segundo Rodrigues e Cavinatto (2003) reciclar é transformar os
restos descartados pelas residências, fábricas, lojas e escritórios em matéria
prima para a fabricação de outros produtos.
Para Duston (apud MAGERA, 2003, p. 39) a reciclagem é:
É um processo através do qual qualquer produto ou material que tenha servido para os propósitos a que se destinava e tenha sido separado do lixo é reintroduzido no processo produtivo e transformado em um novo produto, seja igual ou semelhante ao anterior, seja assumindo características diversas das iniciais.
2.1 A Reciclagem no Brasil
Para Rodrigues e Cavinatto (2003) a reciclagem existe no Brasil há
mais de cinqüenta anos, é feita pelos chamados catadores que recolhem
papéis, papelões, vidros, ferros velhos e outros utensílios abandonados que
são vendidos aos chamados sucateiros.
O Brasil se destaca á frente dos Estados Unidos e Canadá pela
recuperação de papel e papelão, o que influencia na economia nacional.
No início da década de 1950 começaram na Europa, Japão,
Estados Unidos e regiões industrializadas os projetos de reciclagem que hoje
são tradicionais e contam com a ajuda da maioria da população.
21
Já no Brasil, a pouco as pessoas estão se conscientizando a
respeito dos benefícios trazidos pela reciclagem. Vem aumentando o número
de escolas e prefeituras interessadas em implantar esses programas e para
isso contam com a colaboração da sociedade que deve se conscientizar e
passar a gerar menor quantidade de lixo, isso pode ser feito através da
reutilização dos objetos e embalagens descartáveis.
A reciclagem de lixo é fundamental para a preservação do ambiente,
pois diminui a extração dos recursos naturais e devolvem a terra parte de seus
produtos e com isso reduzem a quantidade de resíduos nas áreas urbanas. A
reciclagem do lixo gera benefícios para a economia do país, para a sociedade
e para a natureza.
O controle sanitário é rigoroso com os locais de armazenamento das
matérias a serem recicladas, pois os recipientes não podem ficar expostos á
chuva e deve haver atenção especial as embalagens sujas de alimentos que
atraem ratos e insetos.
Segundo Cavinatto (2003) a reciclagem é usada em muitas cidades
brasileiras, como São Paulo e Curitiba que fazem coleta seletiva de lixo e é
normal nos países europeus como Suíça e Alemanha. Além de diminuir
quantidade de resíduos nos depósitos de lixo, a reciclagem é um fator de
economia nos países em desenvolvimento.
De acordo com Paul Singer (apud CONCEIÇÃO, 2003) em tese,
tudo o que há no lixo pode ser transformado em alguma coisa útil á população,
até mesmo os resíduos orgânicos que se tornam em adubo ou fonte de
energia.
Já para Lavoisier (apud CONCEIÇÃO, 2003) nada se cria, nada se
perde, tudo se transforma.
Segundo Conceição (2003) no atual cenário, as embalagens se
tornaram grandes vilãs, pois sua vida é curta em relação ao consumo
capitalista.
2.2 Tipos de Produtos Recicláveis
22
De acordo com Rodrigues e Caninatto (2003) o lixo possui
inúmeros tipos de materiais e os rejeitos podem variar de acordo com os
hábitos da população, período do ano e etc.
Algumas organizações criaram a bolsa de resíduos que serve
como uma espécie de classificados, onde anunciam os produtos que gostariam
de obter como matéria prima bem como os subprodutos disponíveis. Desta
forma as indústrias resolvem em parte a disposição final do lixo e ao mesmo
tempo conseguem comprar insumos mais baratos para sua produção.
2.2.1 Resíduos Domiciliares
Para Rodrigues e Caninatto (2003) os lixos mais aproveitados são
os papéis, papelões, latas, vidros e plásticos encontrados nos resíduos
domiciliares. O mesmo produto pode ser reciclado várias vezes, porém no caso
do papel e do papelão, a cada ciclo o material perde a qualidade, o que
necessita de um acréscimo de novas fibras de celulose. Anualmente o Brasil
consome milhões de toneladas de papel e papelão, grande parte é proveniente
de resíduos reciclados.
O projeto de reciclagem do vidro teve início em 1986 no Brasil na
cidade de São José do Rio Preto e na América Latina temos a Colômbia que
implantou em seu território a reciclagem de vidro a partir de 1982.
Quando reciclamos o plástico, estamos reduzindo o consumo de
petróleo e a recuperação de materiais não biodegradáveis que permanecem
no ambiente por tempo indefinido. Vem crescendo o mercado de plásticos
recicláveis e em meados de 1990 já havia cerca de 800 unidades produtoras
de plásticos recicláveis que se dividem em sete tipos, sendo eles: PET
(Polietileno Tereftalato) usado em garrafas de refrigerantes, embalagens de
óleo e outras embalagens; PEAD (Polietileno de Alta Densidade) usado em
engradados de bebidas, baldes, tambores e autopeças; PVC (Policloreto de
Vinila) usado em tubos e conexões, garrafas de águas minerais e detergentes
23
líquidos; PEBD (Polietileno de Baixa Densidade) usados em embalagens de
alimentos como sacos de feijão e arroz; PP (Polipropileno) usado em
embalagens de biscoitos e massas, potes de margarina; PS (Poliestireno)
usado em eletrodomésticos, copos descartáveis; outros.
Foi introduzida no país no final da década de 1980 a lata de
alumínio para atender as indústrias de refrigerantes e cervejas. Hoje, no Brasil
as latas feitas de ferro, de aço e de ferro e estanho são utilizadas para embalar
conservas, tintas, óleo de cozinha, inseticidas e aerosóis em geral. Devido à
lata de alumínio não possuir emendas, evita a formação de fungos.
O uso do alumínio era limitado e a partir da década de 1920 com o
aparecimento das usinas hidrelétricas seu uso ficou mais acessível. Para cada
tonelada de alumínio reciclado se possibilita a economia de cinco toneladas de
bauxita, que reduz a demanda energética e evita a construção de novas usinas
para essa finalidade.
No Brasil parte do alumínio reciclado vai para fabricação de peças
fundidas para a siderúrgica e indústrias automobilísticas, pois elas possuem
alto teor de ferro, terra, pedras, areia e chumbo que além de contaminar o
metal atrapalham a sua fundição.
2.2.2 Resíduos Industriais
Segundo Rodrigues e Caninatto (2003) nas indústrias encontramos
sucatas metálicas, plásticos, madeiras, borrachas, restos de algodão e jeans
que podem se transformar em redes, feltros, estofados e acolchoados para
bancos de automóveis, de colchões e etc.
Os detritos das indústrias químicas e petroquímicas servem de
combustível para as fábricas de cimento de alguns estados brasileiros. Já os
resíduos da indústria de calçados servem como agregados para cimento e
reboco.
24
Os pneus de carros são usados para a fabricação de tapetes,
isolantes, acessórios, revestimento térmico, solas de sapato e entre outras
aplicações também é usado na pavimentação asfáltica. Devido à quantidade
de pneus descartados, vigora desde 2001 uma lei que determina que para
cada quatro unidades produzidas, as empresas que fabricam pneus e as
montadoras de automóveis devem reciclar um pneu. Ou seja, todo pneu seja
ele importado ou nacional deverá ter um destino ambientalmente adequado.
Desta forma os fabricantes lançarão produtos cada vez menos
agressivo ao ambiente e isso resultará em soluções mais adequadas para o
seu tratamento.
2.2.3 Resíduos da Construção Civil
Para Rodrigues e Caninatto (2003) os materiais que sobram de uma
obra civil, desde que separados corretamente podem ser reciclados, sendo
eles: concreto, madeira, argamassa, papel, cacos de cerâmica, areia, pedras e
terra que se transformam em material de preparo de estradas e de ruas.
2.3 Meios de Transporte para Reciclagem
Para Rodrigues Cavinatto (2003) existem varias formas pelos quais
os lixos recicláveis chegam às usinas de reciclagem, sendo eles:
ü Caminhão de Coleta: São caminhões que passam nas ruas em
dias determinados e recolhe o material reciclável. Nas centrais o
material é separado manualmente de acordo com sua categoria por
funcionários.
25
ü Ponto de Entrega Voluntaria (PEV): São quatro contêineres de
cores padronizadas internacionalmente que são instalados em
parques, clubes, escolas e praças. A cor verde é para vidros, a cor
azul para papel e papelão, a cor vermelha para plásticos e a cor
amarela para metais. Além das quatros cores tradicionais usadas
para coleta seletiva, foram padronizadas recentemente pela lei
nacional outras cores como: preto para madeira, laranja para
resíduos perigosos, branco para resíduos ambulatoriais e de
serviços de saúde, roxo para resíduos radioativos, marrom para
resíduos orgânicos e cinza para resíduo geral não reciclável ou
misturado, ou contaminado não passível de separação.
ü Eco pontos ou Unidades de Recepção de Pequenos Volumes
(URPV): são espaços construídos para receber diversos resíduos
não abrangidos pela coleta domiciliar tais como: pequenas
quantidades de entulhos, galhos de árvores, pilhas, baterias, objetos
volumosos, lâmpadas e sucatas em geral.
Embora haja conscientização por parte das prefeituras e entidades
que realizam a coleta seletiva, os equipamentos disponibilizados em áreas
públicas tem sido alvo de vandalismo com a destruição dos recipientes,
seguido de roubo dos materiais entregues voluntariamente. Deve haver uma
maior proteção e vigilância.
Através do Programa Recicle Milhões de vidas implantando desde
1999 em São Paulo, várias unidades do corpo de bombeiros e alguns postos
de gasolina dos bairros se tornaram pontos de entrega voluntária, totalizando
trinta e quatro pontos de entrega. Os recursos lá obtidos são destinados à
Associação de Apoio a Crianças com Câncer (AACC). .
Embora a coleta seletiva seja divulgada e implantada nas
comunidades, o número ainda é pequeno mais tende a se expandir. Segundo
Rodrigues e Cavinatto (2003) a principal dificuldade atualmente é a falta de
conhecimento da população, à distância das indústrias consumidoras de
matéria prima e à inexistência de uma política nesse setor.
26
Qualquer organização que esteja interessada em iniciar um
programa de coleta seletiva deve se informar se existe um ponto de entrega
voluntária da prefeitura ou particular próximo ao estabelecimento. Caso não
haja a própria organização pode tomar a iniciativa, desde que siga as etapas
necessárias para a reciclagem. As etapas envolvem o recolhimento do
material, seu armazenamento e comercialização.
Devem ser providenciados recipientes adequados, identificados nas
cores padrões e deixados em locais de fácil visualização e acesso, os
recipientes devem possuir tampas e alças.
Para que haja uma redução global de resíduos, se faz necessário
que todos os responsáveis pela coleta e tratamento do lixo, criem uma rede de
coleta e criem campanhas que estimulem a população no processo de retorno
do lixo aos seus fabricantes.
De acordo com Conceição (2003) a reciclagem em sua maioria é
feita por cooperativas formadas por pessoas de baixa formação educacional,
por pessoas desempregadas e por pessoas que não conseguem algo melhor
para trabalhar. As Cooperativas têm sido ajudadas pelos órgãos
governamentais que tem projetos de assistência social como, as Organizações
não governamentais (ONG’s), setor privado, igrejas, terceiro setor etc.
Meadows (apud LOUREIRO; LAYRARGUES; CASTRO, 2005, p.
187) diz que até o Clube de Roma reconhece que o aumento da visa útil dos
bens, a diminuição da obsolescência planejada, a recuperação dos bens
deteriorizados e a reutilização de bem descartados são métodos mais
eficientes que a reciclagem, pois usam menos energia para a sua conversão.
Sendo assim, aumentar a vida útil de um produto é o mesmo que reduzir pela
metade o consumo de energia, poluição gerada e o lixo.
Para Sosa (apud LOUREIRO; LAYRARGUES; CASTRO, 2005, p.
187) a reciclagem não apenas possibilita o aumento da vida útil dos bens,
gerando novos negócios empresariais, bem como a contribuição da proteção
ambiental. Reconhece também que para a reciclagem ser uma solução
concreta e viável ao problema ambiental da indústria, o fator educativo é
importante para a geração de comportamentos adequados no que se refere ao
27
lixo e destinando de forma certa a disposição dos resíduos sólidos, facilitando
assim sua reciclagem posteriormente.
2.4 Cooperativa
Segundo Magera (2003) as cooperativas de reciclagem de lixo são
associações de pessoas que se unem de forma voluntária para alcançar
objetivos na área social, econômica e cultural. A cooperativa procura satisfazer
a necessidade de consumo por um bem ou serviço, bem como as
necessidades educativas e sociais.
O cooperativismo surgiu no ano de 1844 na cidade de Rochadale na
Inglaterra e era formado por um grupo de vinte e oito tecelões chamados de
Sociedade dos Probos (honestos).
O primeiro cooperativismo no Brasil ocorreu no Paraná na colônia
Teresa Cristina no ano de 1847, mas o cooperativismo criou força no ano de
1932, após o Decreto Federal nº 22.239.
Tesch (apud MAGERA, 2003, p. 40) classifica as cooperativas
como: de produção e serviço; de mão de obra; comunitárias de produção; de
trabalho misto; de profissionais liberais e de trabalhadores.
Para Boschi (apud MAGERA, 2003, p. 51) a cooperativa é vista de
várias maneiras: do ponto de vista jurídico, a cooperação é uma forma
associativista de organização, na qual os direitos e deveres dos associados
cooperados são por eles estabelecidos no estatuto social; do ponto de vista
econômico, a cooperação é uma forma de elevar o ganho anual do cooperado;
do ponto de vista político, é modelo social democrático de correção do
liberalismo capitalista.
Podemos encontrar várias definições para a palavra cooperativa,
sendo elas:
Cooperativa: Associação de caráter social e econômico, sem objetivo de lucro, geralmente destinada a organizar os setores da produção,
28
do consumo e do crédito, podendo estender-se a outros campos de atividade, visando à realização de um programa comum anticapitalista e de combate ao monopólio. (FERREIRA apud MAGERA, 2003, p. 52).
Cooperativa: Sociedade cujo capital é formado pelas costas dos associados, que em cooperação, visam ao próprio benefício, reduzindo custos de operação, proporcionando assistência técnica, garantindo mercado e preços compensadores, quer na compra, quer na venda de produtos e bens.
(KOOGAN LAROUSSE apud MAGERA, 2003, p. 52).
A cooperativa possibilita compras em comum a preços menores e vendas em comum a preços maiores. Sendo entidade econômica e política, a cooperativa representa os catadores perante o poder público e dele reivindica espaço protegido para armazenar e separar o material recolhidos e financiamento para processar parte do material separado, agregando-lhe valor. A cooperativa é uma oportunidade de resgate da dignidade humana do catador e desenvolvimento da alta ajuda e ajuda mútua, que permite constituir a comunidade dos catadores.
(SINGER apud MAGERA, 2003, p. 132).
A cooperativa é uma associação autônoma de pessoas, unidas voluntariamente, para atender suas necessidades e aspirações econômicas, sociais e culturais comuns, por intermédio de uma empresa coletiva e democraticamente controlada. (ACI – ALIANÇA COOPERATIVA INTERNACIONAL apud MAGERA, 2003, p. 53).
A cooperativa, quanto à sua natureza é definida pela Lei nº
5.764/71, no artigo 4º: “As cooperativas são sociedades de pessoas, com
forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência,
constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais
sociedades pelas características”. (MAGERA, 2003, p. 53)
O cooperativismo possui uma doutrina com doze virtudes, sendo
elas:
ü Viver melhor, socializando as dificuldades e problemas do grupo;
ü Pagar a dinheiro, evitando o endividamento e tendo ganho
econômico;
ü Poupar sem sofrimento, atendendo prioritariamente às
necessidades dos cooperativados, definindo políticas de
investimento das sobras;
29
ü Suprimir os parasitas, afastar os atravessadores na compra e venda
de produtos e serviços;
ü Combater o alcoolismo, vivendo de maneira sadia;
ü Integrar as mulheres nas questões sociais, ressaltando a
importância da participação feminina na tomada de decisões da
cooperativa;
ü Educar economicamente o povo, pois a educação é uma alternativa
à pobreza;
ü Facilitar a todos o acesso à propriedade, pois é essencial unir
esforços para conquistar os meios de produção;
ü Reconstituir uma propriedade coletiva para ter acesso à
propriedade;
ü Estabelecer um preço justo, sendo o trabalho remunerado e os
preços definidos sem intenção especuladora;
ü Eliminar o lucro capitalista, objetivando a produção como
necessidade humana;
ü Abolir os conflitos, visto ser o cooperativado o dono e usuário da
cooperativa.
30
CAPÍTULO III
MEIO AMBIENTE
3. MEIO AMBIENTE
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 refere-se no capítulo VI a
legislação ambiental brasileira, que dispõe de critérios e normas que criam
ações que limitam os riscos ambientais. Segundo a Constituição Brasileira de
1988, capítulo VI Art. 225:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e á coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988).
Segundo Currie (1998) se não nos conscientizarmos das nossas
responsabilidades pessoais e não percebermos nossa contribuição para o
planeta, não haverá ação significativa a favor do meio ambiente.
Para Ruscheinsky (2002, p. 38) o meio ambiente é um conjunto de
processos abióticos e bióticos que existem na terra e são passíveis da
influência humana.
De acordo com Carvalho (2006) o meio ambiente natural
proporciona à comunidade humana as condições essenciais para sua
sobrevivência. O ecossistema formado pela flora, clima, fauna, recursos
naturais, topografia e as diversas formas como a comunidade trabalha e
interage esse meio, atende às necessidades locais, no que diz respeito à
alimentação, segurança, transporte, trabalho e laser.
É um conceito que está sempre em aperfeiçoamento. Trata-se de uma prática holística de desenvolvimento das responsabilidades sociais e ecológicas do ser humano com o planeta. Ela é segundo o
31
trabalho de EA, um ato político, ela não é partidária e sem um ato ideológico, ela preconiza o respeito a uma série de divergências e diferenças trabalhando sempre com as contradições coletivas e individuais. É um processo de formação do indivíduo novo, com uma consciência planetária, penso que ela pode ser definida como um processo pedagógico para o desenvolvimento dessa consciência planetária. (FRANKLIN MATTOS apud CARVALHO, 2006, p. 192).
Para Conceição (2003) a preservação do meio ambiente e as
políticas de desenvolvimento sustentável não podem ser mais consideradas
uma ideologia dos ecologistas e tão pouco um modismo, pois se tornou uma
necessidade universal que prima pela espécie humana na terra.
A reciclagem ou reutilização dos resíduos e a preservação dos
ecossistemas precisam ser acompanhadas pelas políticas sociais humanistas,
principalmente nos países periféricos que não possuem uma economia
desenvolvida tecnologicamente.
Segundo Magera (2003) existem muitas Leis, Normas
Regulamentadoras, Decretos, Instruções Normativas, Resoluções e Portarias
que sinalizam uma política nacional de meio ambiente, mas pouco se obedece.
As indústrias que geram os resíduos e poluem assim o meio ambiente, se
preocupam apenas em gerar empregos e nada fazem para dar um destino ao
lixo gerado.
Demajorovic (2003) relata que é necessário que se crie condições
para agilizar o processo de forma a desenvolver e disseminar os indicadores, a
suprir os dados e a tornar claros os procedimentos através de práticas focadas
na educação ambiental que venham a garantir formas de criar novos estilos de
vida, desenvolvendo consciência ética de modo a questionar o modelo atual de
desenvolvimento.
De acordo com Zanete (apud LOUREIRO; LAYRARGUES;
CASTRO, 2005, p. 214).
(...) para reduzir o impacto no meio ambiente, tanto na cumulação do lixo, como no esgotamento das fontes de recursos naturais, começam os processos de reciclagem. Mas de nada adiantam campanhas para reciclar e programas de Coleta Seletiva de Lixo, se não fizermos um trabalho de internalização de novos hábitos e de atitudes para que, num futuro próximo, não haja mais lixo excessivo e a sua causa, o consumo desmedido, tenha sido controlada.
32
Para Magera (2003) a criação da Comissão Consultiva para a
Proteção Internacional da Natureza no ano de 1913 defendia os interesses
para controlar os recursos do planeta, e tinham dois tipos de pensamentos:
ü Preservacionistas: defendiam que as riquezas naturais deveriam
ficar intocadas, sem sofrer a exploração capitalista.
ü Conservacionista: acreditavam que as riquezas naturais deveriam
ser exploradas com critérios, evitando-se, assim, o esgotamento dos
recursos naturais.
Todas as coisas são interligadas como o sangue que une uma família. O que acontecer com a terra, acontecerá com seus filhos. O homem não pode tecer a trama da vida; ele é meramente um dos fios. Seja o que for que faça á trama, estará fazendo consigo mesmo.
(SEATTLE apud MAGERA, 2003, p. 109).
Segundo Pietre (apud CARVALHO, 2006, p.25) é amplamente
sabido que o homem está envenenando a terra. Constrói sua autodestruição
de forma bem acelerada, nos dias de hoje. Parece lutar contra o tempo na
demolição de seu habitat, de sua casa. A atual contaminação ambiental pela
poluição é tão extensa, tão profunda e tão generalizada que atinge, a um só
tempo, a água, a terra e o ar, ocupando os mais distantes pontos do planeta,
desde as áreas terrestres menos habitadas, até os mais perdidos recantos
oceânicos.
Se a responsabilidade individual é a pedra fundamental sobre a qual irá se apoiar qualquer transformação, de modo algum ela é o edifício completo. Há muito que cada um pode fazer individualmente. Para acelerar o processo de mudança e garantir sua durabilidade, há muitos níveis diferentes em que o processo deve ser obtido simultaneamente: em nível comunitário aderir à organização, apoiar iniciativas comunitárias, partilhar recursos etc. (PORRET, 1991, p. 190 e 191).
Já se sabe que a vida no planeta Terra só é possível por causa do equilíbrio ecológico, que ocorre quando todos os seres vivos estão desempenhando o seu papel na natureza. Por sua vez, para que esses seres cumpram o papel que lhes está determinado no equilíbrio ecológico, é preciso que o ambiente onde vivem reúna certas condições, como temperatura adequada, disponibilidade de água, luz
33
solar, sais minerais, matéria orgânica, entre outras. (NEHME KOFF; PEREIRA, AZEVEDO, 1989, p. 38).
As florestas contêm milhões de formas de vida bastante variadas, sendo um verdadeiro banco genético. Na diversidade desse banco está a essência da vida. Para manter a biodiversidade, ou seja, a fantástica variedade de seres vivos existentes no planeta, não basta salvar uma ou mais espécies. É indispensável manter intocados seus habitats. (BEZERRA; COSTA, 1991, p.24).
3.1 Saneamento Básico
Segundo Cavinatto (2003) saneamento básico é o mesmo que
limpeza e higiene. Os sanitaristas são ensinados para evitar a contaminação
do ambiente e desta forma diminuir as doenças transmitidas por parasitas.
Várias doenças afetam o homem por meio de micróbios ou germes
e se encontram no ar, água e solo. Os microrganismos são representados pelo
grupo do vírus, algas, protozoários, bactérias, fungos e vermes, porém nem
todos causam doenças, chegam até a fazer papéis importantes na vida do
nosso planeta.
Organismos que precisam de outro para viver são chamados de
parasitas que se abrigam em organismos chamados de hospedeiro. Esses
parasitas podem causar doenças ou mal estar. O lixo atrai insetos e roedores
que causam a proliferação de micróbios nos lugares por onde passam.
As principais atividades dos sanitaristas são a coleta e o tratamento
dos resíduos produzidos pelo homem, tais como lixo e esgoto, tornando-os
inofensivos a saúde e prevenindo a poluição das praias, dos rios e
fornecimento de água com boa qualidade. O serviço de saneamento também
cuida da prevenção das enchentes, construções de canais e canalizações
subterrâneas que ajudam a escoar as águas pluviais para os rios.
3.1.2 Saneamento Básico no Brasil
34
De acordo com Cavinato (2003) o Brasil foi um dos primeiros países
a implantar rede de coleta para escoar as águas das chuvas, foi instalado
apenas na cidade do Rio de Janeiro onde estava instalada a aristocracia.
Em 1981 foi criado no Brasil a Política Nacional do Meio Ambiente
que tinha leis severas para se evitar a deterioração dos recursos naturais.
Mesmo com toda infraestrutura de saneamento, de tratamento da água
potável, recolhimento de lixo e esgoto não acompanham o ritmo acelerado das
áreas urbanas, o que apresenta graves problemas no quadro do meio
ambiente e saúde pública no Brasil.
As áreas rurais ou urbanas que não tem serviço de esgoto sanitário,
as próprias casas são responsáveis por manter os detritos em lugares
apropriados, evitando assim a contaminação das águas e do solo.
3.2 Sustentabilidade
Segundo Conceição (2003) se não houver o incentivo ao
desenvolvimento sustentável e a reciclagem, em pouco tempo não haverá mais
locais disponíveis para os depósitos de resíduos do lixo. Para tanto é
necessário dar importância ao desenvolvimento sustentável e ao progresso
tecnológico, pois de acordo com Relatório de Brundtland elaborado em 1987
pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento:
Aquele que harmoniza o do crescimento econômico com a promoção da equidade social e a preservação do patrimônio natural, garantindo, assim, que as necessidades das atuais gerações sejam atendidas sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras.
De acordo com Demajorovic (2003) a sustentabilidade mostra a
visão do desenvolvimento que procura superar a redução e estimular o pensar
e fazer sobre o meio ambiente que está diretamente ligado ao diálogo entre
35
saberes, a participação dos valores éticos como fundamentais para fortalecer a
interação entre a natureza e a sociedade.
3.3 Crise Ambiental
De acordo com Loureiro; Layrargues; Castro (2005) nas décadas de
60 e 70 se evidenciou os sinais de uma crise sócia ambiental cheia de
características novas. Primeiramente uma crise global que atinge de maneira
desigual as sociedades, os continentes, os ecossistemas e as fronteiras
políticas, geográficas e sociais.
Outra característica da crise socioambiental é a dificuldade de
prever, perceber, calcular e compensar os riscos produzidos pela modernidade
industrial que se torna responsável, mesmo que de forma imperceptível por
riscos como a mutação genética, à radiação nuclear e a contaminação
bacteriológica ou química.
A crise socioambiental dentro do contexto paradoxal da
irracionalidade moderna nos faz crer que essa crise resulta do triunfo do
capitalismo e não de seus fracassos ou suas falhas. Essa contradição é
ilustrada por Rodrigues (apud LOUREIRO; LAYRARGUES; CASTRO, 2005, p.
116).
O esgotamento de recursos está se dando exatamente porque em alguns lugares o modelo de produção, que parece infinito, deu certo. Desse modo, o desenvolvimento e a sustentabilidade são aspectos contraditórios do processo. Onde deu mais se destruiu a natureza.
3.4 Educação Ambiental
Segundo Loureiro; Layrargues, Castro (2005) a partir de 1980 em
nível internacional e em 1990 em nível nacional, iniciou-se o processo
36
maioridade denominada Educação Ambiental (EA), que conquistou o
reconhecimento público e difundiram-se nas muitas ações e reflexões
promovidas pelos organismos internacionais, comunidades científicas,
entidades empresariais e religiosas e organizações governamentais e não
governamentais.
Atualmente o cenário da EA, caracteriza-se pela diversidade das
ações e das leituras teóricas fundamentadas pela variedade de visões de
mundo e de posturas política.
Os ambientalistas estão apontando o lixo como o mais grave
problema ambiental urbano e se tornou alvo de programas de educação
ambiental nas escolas brasileiras. Com a necessidade de gerenciar os
resíduos sólidos se formou uma política chamada de 3R’s que são a
nomenclatura das iniciais das palavras: Reduzir, Reutilizar e Reciclar que
inspiram técnicas para os assuntos referentes ao lixo.
Muitos programas de educação ambiental são implantados nas
escolas de forma reducionista e desenvolvem apenas a Coleta Seletiva de Lixo
em função da reciclagem.
Para Guimarães (apud RUSCHEINSKY, 2002, p. 143) “a educação
ambiental é a busca da transformação de valores e atitudes pela construção de
novos hábitos e conhecimentos”.
Já para Edwards (apud RUSCHEINSKY, 2002, p. 143) na educação
ambiental o conhecimento é a educação sobre o ambiente, enquanto os
valores e atitudes positivas são uma educação para o ambiente.
Segundo Carvalho (2006) a interferência do homem nos
ecossistemas sempre foi considerado um processo normal e natural. Tanto os
homens quanto os animais sempre organizaram suas relações com o meio,
garantindo assim a produção e a reprodução da vida.
O homem age de forma irracional e com isso agride ao meio
ambiente e ainda despreza os efeitos da agressão que podem reverter contra
si próprios.
A Educação Ambiental pode ser considerada um processo que
desperta o homem para a importância que o meio ambiente tem em sua vida,
37
busca fazer com que a sociedade adquira a chamada ecologia da consciência.
A Educação Ambiental pode ser definida também como um processo que
chama a atenção de todos os cidadãos do mundo em relação a problemas
comuns a nível local e a nível global, através de ações que promovem a
consciência que viver não é um fato restrito a um espaço e nos alerta de que a
destruição do meio ambiente é a autodestruição da raça humana.
De acordo com Torres e Loureiro (apud CARVALHO, 2006, p. 43) a
Educação Ambiental em termos de pedagogia ambiental possui três níveis
operacionais que correspondem a diferentes âmbitos, sendo eles:
ü Âmbito formal ou institucional: É caracterizado por certa
formalização institucional onde existem regras próprias e intenções
particulares bem definidas por meio de uma organização sócia cultural
específica;
ü Âmbito não formal: assume como espaço principal de trabalho a
comunidade e suas unidades vitais, inclusive a escola;
ü Âmbito informal: É caracterizado pela conscientização pública por
meios de comunicação de massa como os jornais, cartas, panfletos,
filmes, cartazes, programas de rádio e TV, bem como palestras,
debates, entrevistas e outros, podendo se concretizar em qualquer
lugar.
Não importa o âmbito em que um projeto ou programa de Educação
Ambiental está inserido, o importante é que nele haja possibilidade de cumprir
seu compromisso social.
Embora se tenha conquistado muitos avanços nas conferências
internacionais, o crescimento da legislação ambiental e o fortalecimento das
organizações governamentais e não governamentais que atuam na área
ecológica, ainda há várias dificuldades para consolidar em âmbito nacional a
proposta da Educação Ambiental.
As necessidades do homem são determinadas pela economia e pelo mercado, quando na verdade, esta equação deveria ser invertida. É a
38
sociedade de quem deveria, através de suas necessidades, determinar os padrões de produção, consumo e desenvolvimento.
(SACHS apud CARVALHO, 2006, p. 25)
Para Demo (apud LOUREIRO; LAYRARGUES, CASTRO, 2005, p.
127) a tendência de EA Conservadora se caracteriza por:
ü Uma concepção reducionista, unilateral e fragmentada das questões
ambientais;
ü Uma compreensão conservacionista e naturalista da crise ambiental;
ü Uma tendência a sobrevalorizar as respostas tecnológicas frente
aos desafios ambientais;
ü Uma leitura individualista e comportamentalista da educação e
problemas ambientais;
ü Uma abordagem despolitizada da temática ambiental;
ü Uma baixa incorporação de práticas e princípios interdisciplinares;
ü Uma perspectiva crítica inexistente ou limitada;
ü Uma ênfase dos problemas relacionados ao consumo em relação
aos ligados à produção;
ü Uma separação entre as dimensões naturais e sociais da
problemática ambiental;
ü Uma responsabilização dos impactos ambientais ao homem
genérico, descontextualizado politicamente e economicamente;
ü Uma banalização das noções de cidadania e a participação que na
prática é reduzida a concepção passiva, disciplinar, liberal e
tutelada.
De acordo com Hannigan e Dickens (apud LOUREIRO;
LAYRARGUES; CASTRO, 2005, p. 128 e 129) a tendência de EA
Emancipatória se caracteriza por:
ü Uma compreensão complexa e multidimensional da questão
ambiental;
39
ü Uma defesa do amplo desenvolvimento das liberdades e
possibilidades humanas e não humanas;
ü Uma atitude crítica diante dos desafios da crise civilizatória;
ü Uma politização e publicização da problemática socioambiental;
Uma associação dos argumentos técnicos científicos à orientação
ética do conhecimento, de seus meios e fins, e não sua negação;
ü Um entendimento da democracia como pré-requisito fundamental
para a construção de uma sustentabilidade plural;
ü Uma convicção de que o exercício da participação social e a defesa
da cidadania são práticas indispensáveis à democracia e á
emancipação socioambiental;
ü Um cuidado em estimular o diálogo e a complementaridade entre as
ciências e as múltiplas dimensões da realidade entre si, atentando-
se para não tratar separadamente as ciências naturais e sociais, os
processos de produção e consumo, instrumentos técnicos de
princípios ético-políticos, percepção dos efeitos e das causas dos
problemas ambientais e os interesses privados dos interesses
públicos, entre outras possíveis;
ü Uma vocação transformadora dos valores e práticas contrários ao
bem estar público.
No Diário Oficial, a Lei 9795 de 27 de abril de 1999 diz que:
São objetivos fundamentais da educação ambiental: I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. (Art. 5º da Lei 9795: Brasil, 1999).
Segundo Dias (2004) o Clube de Roma formado por um grupo de
trinta especialistas de várias áreas no ano de 1968, tinha o objetivo de gerar
uma discussão sobre a crise atual e futura da humanidade, publicaram no ano
de 1972 o relatório ‘Os limites do crescimento’. O relatório mostrava que o
aumento do consumo geral levaria a humanidade a um possível colapso.
40
A organização das Nações Unidas, impulsionada pelo Relatório do
Clube de Roma promoveu na Suécia a ‘Conferência da ONU sobre o Ambiente
Humano’, Conferência essa consagrada como Conferência de Estocolmo que
reuniu representantes de 113 países para estabelecerem uma visão global e
princípios comuns para inspirar e orientar a população e com isso preservar e
melhorar o ambiente humano.
A Conferência de Estocolmo chamou a atenção do mundo para os
diversos problemas ambientais, mas também gerou discussões, pois os
representantes de países em desenvolvimento acusaram os países
industrializados de limitarem seus programas de desenvolvimento.
Em 1975 em Tbilisi na Geórgia houve a primeira Conferência
Intergovernamental para tratar da Educação Ambiental, foi organizada pelo
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) e foi consagrada como Conferência de Tbilisi, foi à primeira Fase do
Programa Internacional de Educação Ambiental.
Foram recomendados para o desenvolvimento ambiental todos os
aspectos referentes às questões ambientais, sendo assim os aspectos
políticos, econômicos, científicos, sociais, culturais, tecnológicos, éticos e
ecológicos, ou seja, a Educação Ambiental deve ser o resultado da orientação
e articulação de várias disciplinas educativas.
Em 1987 houve em Moscou o Congresso Internacional referente à
Educação e Formação Ambiental, foi promovido pela UNESCO com a ajuda do
Pnuma ficou consagrada como Congresso de Moscou, tinha como objetivo
avaliar as dificuldades e as conquistas encontradas em cada país no que diz
respeito à Educação Ambiental e criar uma estratégia internacional de ação
para década de 90.
Cada país deveria criar um relatório sobre o processo de
implantação da Educação Ambiental, o Brasil passou vexame, pois não
apresentou nenhum relatório.
Em 1989 por recomendação do Programa Nossa Natureza foi criado
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
41
(IBAMA) que tinha a finalidade de coordenar, formular e executar a política
nacional e do meio ambiente.
No final de 1989, o MEC (Ministério da Educação e do Desporto)
criou um grupo de trabalho para a Educação Ambiental, a partir daí houve uma
série de iniciativas, assim como a Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento e o Meio Ambiente que foi realizada na cidade do Rio de
Janeiro com a participação de representantes de 170 países e ficou conhecida
como Rio-92 que teve como objetivo: verificar a situação ambiental do mundo,
bem como as mudanças ocorridas depois da Conferência de Estocolmo em
1972; identificar estratégias regionais e globais para ações apropriadas que se
referem às principais questões; indicar medidas nacionais e internacionais para
a proteção ambiental, através de políticas de desenvolvimento sustentável;
propor o aperfeiçoamento da legislação ambiental internacional; verificar
estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável e de eliminação da
pobreza nos países em desenvolvimento, entre outros.
O Rio-92 teve como resultado: a atenção do mundo para as
Questões Ambientais; elaborou a Agenda 21, Plano de Ação para o século
XXI, visando à sustentabilidade da vida na terra; elaboração de Importantes
Acordos, Tratados e Convenções sobre o Ambiente; mostrou claramente à
sociedade humana a necessidade de adotar um novo estilo de vida.
No ano de 1994 foi formulado o Programa Nacional de Educação
Ambiental (PRONEA), através do MEC, do Ministério do Meio Ambiente, dos
Recursos Hídricos e da Amazônia legal (MMA), junto com a interveniência do
Ministério da Ciência Tecnológica (MCT) e do Ministério da Cultura (MinC).
Seus esforços levaram a assinatura pela Presidência da República da Política
Nacional de Educação Ambiental que é a Lei 9795 de 27/4/1999. O único país
da América Latina que tem uma política nacional específica para a Educação
Ambiental é o Brasil.
A EA representa um importante papel para a promoção do
Desenvolvimento Sustentável que busca um novo estilo de vida, um novo
paradigma. No encontro Rio + 5 realizado em julho de 1997 no Rio de Janeiro
segundo Mikhail Gorbachev:
42
O maior desafio, tanto da nossa época como do próximo século, é salvar o planeta da destruição. Isso vai exigir uma mudança nos próprios fundamentos da civilização moderna – O relacionamento dos seres humanos com a natureza.
(MIKHAIL GORBACHEV apud DIAS, 2004, p. 97).
3.4.1 Selo Verde
Segundo Dias (2004) em 1971 na Alemanha foi instituído o selo
verde, um instrumento de política ambiental que em seus processos de
produção se preocupavam com a preservação da qualidade ambiental. Os
produtos que se enquadrassem dentro deste instrumento, recebiam das
autoridades governamentais o selo verde em sua embalagem.
O selo verde foi implantado também no Japão em 1977 em na
Alemanha em 1988. Posteriormente o sistema foi implantado na Austrália,
Canadá, Chile, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Noruega, Suécia e reino Unido.
A certificação de qualidade dos produtos é concedida por dois a três
anos de acordo com o país e caso esteja fora do padrão pode ser suspenso
imediatamente.
No Brasil o selo verde deve obedecer alguns requisitos, sendo eles:
ter credibilidade, grau elevado de certificação, ser voluntário, temporal e
educativo, ser gradual e utilizar as estruturas já existentes.
Para a implantação do sistema no Brasil é necessário o
envolvimento do IBAMA, da Secretaria de Ciência e Tecnologia, da Secretaria
Nacional de Direito Econômico, do Serviço Nacional de Vigilância Sanitária, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), do Departamento da
Indústria, do Inmetro (Instituto de Metrologia), da Associação Brasileira de
Entidades de Meio Ambiente (ABEMA), da Associação Brasileira das
Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial (ABIPTI), da Comissão do meio
Ambiente da Câmara Federal e a Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária.
43
3.4.2 EIA / RIMA
De acordo com Dias (2004) a Resolução 001/86 do CONAMA diz
que o interessado em obter licenciamento de uma atividade modificadora do
ambiente deve após a preliminar do projeto e de sua localização passar pela
fase da Licença Prévia (LP), depois apresentar ao órgão de meio ambiente
responsável os Estudos de Impactos Ambientais (EIA) e seu Relatório de
Impactos Ambientais (RIMA).
Os EIA’s devem atender à legislação e objetivos da PNMA (Política
Nacional de Meio Ambiente), deve ter alternativas tecnológicas e localização
do projeto, deve identificar e avaliar os impactos ambientais gerados na
implantação e operação da atividade, definindo os limites da área geográfica a
ser afetada direta ou indiretamente pelos impactos, entre outros.
Também devem fazer o diagnóstico ambiental da área, descrever e
analisar os recursos ambientais, de forma a caracterizar a situação ambiental
local, considerando o meio físico, biológico e socioeconômico.
O RIMA e os EIA’s ficam a disposição do público no órgão de meio
ambiente, segue como fonte de informação quando na realização de
audiências públicas, no julgamento do projeto quando for o caso.
Segundo Milaré e Benjamin (apud CARVALHO, 2006, p. 195) o EIA
é um instrumento de controle e planejamento ambiental, deve ser criado antes
da implantação de uma obra ou atividade que cause degradação ao meio
ambiente.
Para Jain (apud CARVALHO, 2006, p. 196) o EIA é o “estudo de
coleta de dados que prediz o resultado da introdução de novos fatores do
ecossistema envolvendo a avaliação de impactos ambientais em quatro fases:
projeto, construção, operação e abandono”.
44
3.5 Desequilíbrio Ambiental
Para Dias (2004) os sintomas do Desequilíbrio Ambiental são:
ü Alterações Ambientais Globais;
ü Efeito estufa;
ü Buraco na camada de ozônio;
ü Alterações na superfície da terra;
ü Exacerbações das mudanças climáticas;
ü Desflorestamentos;
ü Queimadas;
ü Erosão do solo;
ü Areificação / Desertificação;
ü Destruição de hábitats;
ü Perda da biodiversidade;
ü Poluição (do ar, atmosférica, águas subterrâneas, águas dos mares,
rios e lagos, dos solos, estética, visual, sonora, eletromagnética
entre outras)
ü Escassez de água potável;
ü Erosão e perda da diversidade cultural;
ü Exclusão social;
ü ...
45
CAPÍTULO IV
A EMPRESA
4. EMPRESA
O Condomínio Edifício Argentina, conhecido também como Centro
Empresarial Rio está localizado na Praia de Botafogo nº 228 – Botafogo – Rio
de Janeiro – RJ.
O condomínio que possui a certificação ISO 9001 possui uma área
de 55.711,08 m² sendo a área de contorno 4.097,12, a área de jardins 798,00
m², a área comum 11.653,22 m² e área privativa 44.057,86 m² estando dividida
em um subsolo, térreo, sobreloja, cinco pavimentos de garagem, um
pavimento de convenções, dezesseis andares de escritórios e uma cobertura.
Possui 161 unidades privativas, 37 lojas, 349 vagas de garagem e 12
elevadores, sendo dois de garagem e dez sociais.
A negociação de compra do terreno, projeto e construção, exigiu
nove anos de investimentos do construtor João Fortes Engenharia, a data do
habite-se foi 12 de novembro de 1982. O condomínio conta ainda com uma
escultura Módula Rio, do artista plástico Ascânio MMM conforme os ANEXOS
4 e 5.
O Condomínio promove coleta seletiva em prol do meio ambiente,
promove práticas ambientalmente corretas e ministra treinamentos para sua
equipe predial, treinamentos como certificação ISO 14001, coleta seletiva,
segurança do trabalho, gerenciamento de serviços e política ambiental
conforme os ANEXOS 1, 2 e 3.
Em 15 de março de 2012 após auditoria realizada pela DNV – Det
Norske Veritas, o Condomínio obteve a ISO 14001:2004. E em datas
comemorativas como cinco de junho, o Condomínio promoveu programações
especiais para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, o condomínio
ainda promove a quinzena de lixo reciclável e está com a atenção voltada para
46
divulgação da sustentabilidade com foco no Rio + 20 que acontecerá de 13 a
22 de junho de 2012 com a presença de 135 chefes de Estado e Governo dos
países-membros das Nações Unidas que já confirmaram presença conforme
os ANEXOS 4, 5 e 7.
O Condomínio através da prática de coleta seletiva de lixo e
reciclagem conseguiu gerar uma receita de R$ 4.574,23 (Quatro mil quinhentos
e setenta e quatro reais e vinte e três centavos) com a reciclagem de papel
branco, papel misto, papelão, jornal, ferro e pet conforme mostra a planilha do
ANEXO 6 que faz uma média dos meses de março, abril e maio de 2012.
O Edifício Argentina é gerenciado pela empresa Mark Building
Gerenciamento Predial Ltda., empresa esta presente no mercado desde 1989,
sendo uma empresa totalmente brasileira e pioneira na implantação do Facility
Management no país, que significa ‘gerenciamento de serviços e facilidades’.
Sua matriz é na cidade do Rio de Janeiro, sendo situada na zona
portuária e suas filias em São Paulo e Brasília.
Seus processos e sistemas operacionais estão voltados para facilitar
e oferecer as soluções de gerenciamentos e serviços diversos nas áreas
administrativas e financeiras, de conservação e limpeza e manutenção. É uma
empresa que provem soluções das atividades meio dos clientes para as quais
presta seus serviços.
A empresa tem como objetivo estabelecer com a política de
segurança procedimentos que garantam que todos os riscos relativos á
Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) sejam minimizados durante as
operações realizadas no ambiente de trabalho.
A empresa implantou a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes) no ano de 2009 e desde então vem oferecendo treinamentos e
palestras educativas sobre o assunto para seus colaboradores.
A empresa também possui a gestão de sistema integrado, é
certificada na ISO 9001e na ISO 14001.
4.1 Tipo de Pesquisa
47
Foi realizada uma pesquisa de campo, na qual foi aplicado um
questionário sem a identificação dos colaboradores e contendo dez perguntas
fechadas, seguindo os princípios da abordagem quantitativa conforme mostra
o ANEXO 8.
A pesquisa foi realizada com os colaboradores da empresa Mark
Building que ficam lotados no Condomínio Edifício Argentina.
4.2 Universo da Amostra
A amostra da pesquisa segundo Vergara (2007), foi definida pelo
critério de estratificação e acessibilidade. De estratificação, pois foram
selecionados funcionários de um determinado grupo entre seis meses a dez
anos de casa. De acessibilidade, pela facilidade de acesso aos colaboradores.
Para a pesquisa, foram selecionados 94 colaboradores, sendo eles:
seis funcionários da área de gerência e supervisão, cinquenta e sete
funcionários da área operacional (Recepcionista, Agente Predial, Mensageiro,
Aprendiz Aux. Serv. Administrativos, Assistente Financeiro e Almoxarife),
dezenove funcionários da área de manutenção (Eletricista, Artífice, Bombeiro
Hidráulico e Mecânico de Refrigeração) e doze funcionários da área de limpeza
e conservação.
Esses foram escolhidos para mostrar a visão que possuem da
Coleta seletiva de Lixo e Reciclagem em prédios comerciais.
4.3 Seleção dos Sujeitos
Os sujeitos da pesquisa foram os colaboradores da empresa Mark
Building que ficam lotados no Condomínio Edifício Argentina, esses
colaboradores possuem a partir de seis meses a dez anos de casa, tempo
48
esse que permite uma opinião sobre as vantagens trazidas pela Coleta
Seletiva de Lixo e Reciclagem. Os colaboradores possuem idade entre 20 e 59
anos.
4.4 Coleta de Dados
A coleta de dados em campo ocorreu de forma fácil, devido à
colaboração dos funcionários e do Gerente Predial que autorizou a coleta dos
dados no período de dois dias consecutivos, sendo dia 24 e 25 de maio de
2012.
Os colaboradores foram informados que se tratava de uma pesquisa
de campo a ser usada para uma monografia de pós-graduação. Foram
informados também que não era necessário à identificação e o preenchimento
deveria ser feito de caneta nas cores preta ou azul.
4.5 Limitações do Método
O método escolhido para o estudo apresentou algumas limitações.
Alguns colaboradores não possuíam opinião formada sobre a Coleta Seletiva
de Lixo e Reciclagem, fornecendo desta forma respostas inconsciente.
Mesmo não sendo necessária a identificação no questionário
apresentado, estes podem ter ficado receosos em responder a sua opinião
verdadeira.
Houve pouco tempo para se aplicar a pesquisa e para ouvir os
colaboradores, devido á correria e horário apertado de trabalho.
49
4.6 Resultado da Pesquisa
Na primeira questão podemos observar que a maioria dos
colaboradores sabe o que é coleta seletiva, houve um empate de 4,26% entre
os colaboradores que não conhecem e que já ouviram falar sobre o assunto e
1,06% dos que não tem interesse no assunto.
Na segunda questão havia a preocupação em saber se os
funcionários praticam a coleta seletiva. A metade dos entrevistados disse que
sim, 24,47% informaram que não fazem coleta seletiva, 23,40% informaram
que só fazem coleta seletiva às vezes e apenas 2,13% informaram que não
sabem como é realizado o processo.
Na terceira questão tencionamos identificar se a coleta seletiva traz
benefícios para o condomínio, à maioria dos funcionários disse que sim,
enquanto 7,45% não sabem se há ou não benefícios para o condomínio.
Na quarta questão a maioria dos colaboradores acha que a
reciclagem é a separação dos resíduos por tipos, já o restante dos
colaboradores ficaram indecisos, 37,23% acham que é quando se modifica as
características do resíduo, produzindo um material novo, 19,15% acham que é
a reutilização dos resíduos antes de descartados definitivamente e apenas
2,13% acham que é quando se encaminha os resíduos para o aterro sanitário
adequado.
Na quinta questão houve a preocupação em saber se os
colaboradores conhecem o ambiente de trabalho e se sabem da existência de
um local apropriado para depositar os resíduos recicláveis, a maioria com
95,74% confirmaram a existência deste local, enquanto 4,26% não tem
conhecimento deste local.
Na sexta questão os entrevistados podiam responder mais de uma
alternativa, sendo assim as opiniões foram bem variadas em relação de quem
é a responsabilidade sobre a questão do lixo e 26,73% acham que a
responsabilidade é da prefeitura, 3,22% acham que as ONG’s são
responsáveis, 6,45% acham que a responsabilidade é das escolas, 12,44%
50
acham que essa responsabilidade é dos governos estaduais e federais,
enquanto 10,14% já acham que são das empresas públicas e privadas. A
maioria com 35,02% tem a consciência que a responsabilidade é de toda a
sociedade e 5,99% acham que essa responsabilidade deveria ser do dono da
empresa.
Na sétima questão podemos identificar que a maioria dos
colaboradores com 73,40% possuem responsabilidade social e primam pela
sustentabilidade do meio ambiente e desta forma jogam os resíduos por eles
gerados nas lixeiras de coleta seletiva. Porém 24,47% dos candidatos
informaram que só jogam os resíduos nas lixeiras de coleta seletiva às vezes e
2,13% informam que não jogam os resíduos nas lixeiras apropriadas.
Na oitava questão havia a preocupação em identificar se a
organização dá treinamentos sobre os resíduos sólidos, tendo a maioria com
62,76% informado que a empresa dá treinamentos e que inclusive possui um
setor específico, mas ainda existem colaboradores que afirmam com 15,96%
que a empresa não oferece treinamentos sobre o tema em questão e 21,28%
desconhecem se a empresa oferece ou não treinamentos sobre resíduos
sólidos.
Na nona questão os colaboradores também podiam responder mais
de uma alterativa, os colaboradores ficaram indecisos sobre qual o destino
dado aos resíduos coletados. Tendo 34,21% informado que conhecem o
destino dado aos resíduos, 13,16% informaram que não fazem ideia para onde
vão esses resíduos, 35,96 acham que o destino final é nos aterros sanitários,
lixões, incineração e compostagem, enquanto 16,67% acham que o destino é
nos aterros sanitários e lixões.
Na décima e última questão a resposta fui unânime e com 100%
todos disseram que se preocupam com as gerações futuras conforme
ANEXOS 9 e 10.
Podemos identificar através do instrumento de pesquisa que a
coleta seletiva de lixo e a reciclagem são assuntos que precisam ser mais
trabalhados nas organizações, ou seja, há a necessidade de investir mais em
treinamentos e palestras, buscando maximizar a parceria de forma efetiva com
51
o setor de qualidade da empresa. Desta forma, certamente facilitará no
processo de conscientização sobre a importância da sustentabilidade, da
preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
Todos precisam saber o seu papel na sociedade, a importância de
reutilizar os produtos recicláveis e a sua responsabilidade social para com o
meio ambiente e gerações futuras. Devem estar atentos aos acontecimentos
sobre o tema em questão, tendo plena consciência de que são partes
integrantes e que a contribuição de cada um é um fator primordial para o
desenvolvimento de um mundo melhor. Terão que atuar como agentes de
mudanças e também deverão colaborar mais ativamente com os processos
exigidos pelas normas que fazem parte do sistema de gestão integrada.
52
CONCLUSÃO
Através deste estudo podemos chegar à conclusão de que a Coleta
Seletiva de lixo e Reciclagem é imprescindível nas organizações, que com a
colaboração de todos os números de resíduos podem reduzir nitidamente.
Quando um ambiente é limpo e seguro a organização mantém seus
colaboradores motivados.
A conscientização deve ser constante, bem como os treinamentos e
palestras educativas. Cada indivíduo deve primar pela sua saúde e limpeza no
trabalho, deve ter responsabilidade social e se preocupar com as gerações
futuras.
Limpeza e saúde do trabalho é responsabilidade de todos. Não tem
como levantar questões como lucratividade e sustentabilidade, sem considerar
o maior recurso que a empresa possui que denominamos como capital
humano.
O Responsável pela Direção (RD) deve ser parceiro do setor da
qualidade, que por sua vez deverá administrar os processos referentes ao
Sistema de Gestão Integrado (SGI), a fim de controlar de forma eficaz a coleta
seletiva de lixo e a reciclagem do condomínio.
Ao longo do estudo de caso, identificamos que a Coleta Seletiva de
Lixo e Reciclagem deve ter mais peso e que os treinamentos e palestras
devem ser dados com mais frequência para seus colaboradores e
terceirizados.
A cultura deve ser moldada diante da nova realidade no que se
refere ao Sistema de Gestão Integrada, os procedimentos devem ocorrer de
forma alinhada aos valores da organização.
No capítulo um vimos à importância de como fazer e implantar a
coleta seletiva de lixo nas organizações, instituições, comunidades e
residências, bem como os tipos de lixo e seu processo de decomposição.
53
No capítulo dois podemos observar os benefícios trazidos pela
reciclagem, bem como o surgimento no Brasil. Analisamos os tipos de
produtos recicláveis, os resíduos domiciliares, industriais, da construção civil,
os meios de transporte para reciclagem e a importância da cooperativa.
No capítulo três verificamos a importância de preservar o meio
ambiente, e a importância do saneamento básico. Devemos nos preocupar
com a crise e com o desequilíbrio ambiental, através da educação ambiental
devemos pensar mais sobre sustentabilidade e selo verde.
No capítulo quatro observamos que o condomínio citado e que a
empresa que o gerencia se preocupam com o meio ambiente, com a qualidade
de vida de seus colaboradores e clientes. Primam pela sustentabilidade e
responsabilidade social, tornando-se assim mais competitivos no mercado. A
metodologia usada na aplicação do instrumento de pesquisa seguiu o
planejamento segundo Vergara (2007) que engloba o tipo de pesquisa; o
universo da amostra; a seleção dos sujeitos; as limitações encontradas pela
autora; o resultado da pesquisa e a conclusão através dos dados.
Foram usadas bibliografias de autores com conhecimento e
embasamento teórico referente aos assuntos supracitados, bem como a
utilização de jornais do condomínio, boletim digital, planilha de preços da
reciclagem do condomínio e pesquisa de campo.
É recomendado o estudo desta pesquisa aos universitários
interessados nestes temas, aos gestores que buscam se aprofundar sobre
essa temática e a quem interessar, a fim de que ampliem o conhecimento
acerca da importância e os benefícios trazidos pela Coleta Seletiva de Lixo e
Reciclagem.
54
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 - Jornal do Centro Empresarial Rio - Nº 308;
Anexo 2 - Jornal do Centro Empresarial Rio - Nº 310;
Anexo 3 - Jornal do Centro Empresarial Rio - Nº 311;
Anexo 4 - Jornal do Centro Empresarial Rio - Nº 313;
Anexo 5 - Jornal do Centro Empresarial Rio - Nº 314;
Anexo 6 - Planilha de Reciclagem do Condomínio Edifício Argentina;
Anexo 7 - E-Facilities – Boletim Digital dos funcionários Nº 161;
Anexo 8 - Questionário aplicado;
Anexo 9 - Consolidado da pesquisa de campo;
Anexo 10 - Gráficos da pesquisa.
55
ANEXO 1
JORNAL DO CENTRO EMPRESARIAL RIO Nº 308
A N O X X V I I I • Nº 3 0 8 • N O V E M B R O D E 2 0 1 1
Participe da coleta seletiva em prol do meio ambiente
Incentivar a reciclagem de materiais é uma atitude consciente que combate o
desperdício e ajuda a preservar o meio ambiente. O lixo gerado no CER é
separado e destinado à reciclagem. Para contribuir ativamente com esta
prática, é necessário descartar os resíduos de forma seletiva. Veja como e
participe. Nosso planeta agradece!
O processo de reciclagem é composto de várias fases, porém sua realização
depende de uma ação fundamental: a separação prévia dos materiais. Misturar
materiais recicláveis e não recicláveis prejudica o reaproveitamento.
[email protected] e receba o Jornal do CER no seu e-mail
Como separar?
56
Basta separar o lixo seco do úmido. Lixo seco (reciclável): papel, papelão,
jornais, revistas, cadernos, folhas soltas, caixas e embalagens em geral, caixa
de leite, caixas de papelão (desmontadas), metais (ferrosos e não ferrosos)
latas em geral, alumínio, cobre, pequenas sucatas, copos de metal e de vidro,
garrafas, potes e frascos de vidro (inteiros ou quebrados), plásticos (todos os
tipos), garrafas PET, sacos e embalagens. Lixo úmido: cascas de frutas e
legumes (lixo compostável), restos de comida, papel de banheiro, sujeira de
vassoura e de cinzeiro.
Não recicláveis: papel higiênico, papel plastificado, papel de fax ou carbono,
vidros planos, cerâmicas ou lâmpadas. Pilhas, baterias e lâmpadas
fluorescentes não podem ser descartadas no lixo doméstico, pois contêm
metais pesados que contaminam o meio ambiente. Utilize os coletores
próprios.
Jornal do CER - Expediente: Publicação da Sociedade Civil Centro Empresarial Rio Produção: Gurjão Jenné Comunicação Integrada Ltda. Editora: Kiki Gurjão • Reportagem: Karin Diniz Projeto Gráfico: Luiz Muratori Fotografia: divulgação / arquivo condomínio Tiragem: 2.000 exemplares.
57
ANEXO 2
JORNAL DO CENTRO EMPRESARIAL RIO Nº 310
A N O X X I X • Nº 3 1 0 • J A N E I R O D E 2 0 1 2
Práticas ambientalmente corretas no CER Para implementar o Sistema de Gestão Ambiental que está em processo de
desenvolvimento no CER, foi lançada sua Política Ambiental. Com base na
ISO 14001, norma internacional para o meio ambiente, a iniciativa é uma
declaração documentada que demonstra o apoio e o comprometimento da
Administração com a causa. “Todos saem ganhando, pois há a garantia de que
a organização identifica e controla seus impactos no meio ambiente, bem
como está engajada em diminuir o consumo de recursos naturais, através do
uso responsável de materiais e das práticas ambientalmente corretas”,
comenta Aline Fiuza, gerente da qualidade. Inúmeros usuários já empregam
uma forte política ambiental em suas empresas e o objetivo do Condomínio é
atender suas expectativas e estar coerente com seus valores.
Política Ambiental
Mark Building Gerenciamento Predial declara seu compromisso em incorporar
a variável ambiental na condução de seus negócios. Esse compromisso se
sustenta, com base na Política Ambiental e com os seguintes princípios:
• Melhorar continuamente o desempenho ambiental;
• Prevenir a poluição decorrente de seus processos;
58
• Atender à legislação e outros requisitos ambientais aplicáveis;
• Utilizar de forma consciente os recursos naturais e diminuir a geração de
resíduos;
• Fornecer aos nossos colaboradores capacitação e informações sobre
proteção ambiental.
Jornal do CER - Expediente: Publicação da Sociedade Civil Centro Empresarial Rio Produção: Gurjão Jenné Comunicação Integrada Ltda. Editora: Kiki Gurjão • Reportagem: Karin Diniz Projeto Gráfico: Luiz Muratori Fotografia: divulgação / arquivo condomínio Tiragem: 2.000 exemplares.
59
ANEXO 3
JORNAL DO CENTRO EMPRESARIAL RIO Nº 311
A N O X X I X • Nº 3 1 1 • F E V E R E I R O D E 2 0 1 2
Treinamentos aprimoram equipe predial Para aperfeiçoar o padrão de qualidade oferecido pelo CER, todos os
prestadores de serviços do Condomínio passarão por uma formação voltada
ao melhoramento das atividades cotidianas.
Os temas abordados, nos meses de janeiro e fevereiro, incluem Certificação
ISO 14001, coleta seletiva, segurança do trabalho, gerenciamento de serviços
e política ambiental. “O objetivo é fornecer informações sobre os cuidados com
o meio ambiente e conscientizar sobre a importância das atividades que cada
um desenvolve. No treinamento sobre segurança do trabalho, por exemplo,
falaremos sobre os riscos das atividades, utilização do EPI (Equipamento de
Proteção Individual), prevenção de acidentes e as funções da CIPA”, explica
Aline Fiuza, gerente da qualidade.
Ministrado pelas áreas de Gestão da Qualidade e Segurança do Trabalho da
gerenciadora Mark Building, o curso faz parte das ações para a implementação
do Sistema de Gestão Ambiental no CER, de acordo com a norma ISO 14001,
e somará 6h de aula para cada participante.
60
Jornal do CER - Expediente: Publicação da Sociedade Civil Centro Empresarial Rio Produção: Gurjão Jenné Comunicação Integrada Ltda. Editora: Kiki Gurjão • Reportagem: Karin Diniz Projeto Gráfico: Luiz Muratori Fotografia: divulgação / arquivo condomínio Tiragem: 2.000 exemplares.
61
ANEXO 4
JORNAL DO CENTRO EMPRESARIAL RIO Nº 313
A N O X X I X • Nº 3 1 3 • A B R I L D E 2 0 1 2
Sistema de Gestão Ambiental do CER obtém ISO 14001
No último dia 15 de março, após auditoria realizada pela DNV – Det Norske
Veritas, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da Mark Building implantado no
CER obteve a certificação na norma ISO 14001:2004. O SGA foi analisado de
acordo com as melhores práticas da norma e comprova preocupação em
minimizar impactos ambientais em processos, produtos e serviços.
A conquista da ISO 14001 é resultado de um longo processo e sinaliza
preocupação ambiental, respeito em atender os requisitos legais e os
princípios éticos que regem a relação com o meio ambiente, usa de recursos
naturais e destinação correta de resíduos. “Toda a equipe predial atuou
efetivamente para este resultado e o empenho terá que aumentar sempre, pois
62
a eficácia do Sistema de Gestão Ambiental deve melhorar continuamente. A
participação dos usuários do prédio também é essencial para otimizar todos os
processos envolvidos no SGA”, comenta Aline Fiuza, gerente da qualidade da
Mark Building. A política ambiental da Mark Building é sustentada pelos
seguintes princípios:
• Melhorar continuamente o desempenho ambiental;
• Prevenir a poluição decorrente de seus processos;
• Atender à legislação e outros requisitos ambientais aplicáveis;
• Utilizar de forma consciente os recursos naturais e diminuir a geração de
resíduos;
• Fornecer aos colaboradores capacitação e informações sobre proteção
ambiental.
Concepção arquitetônica diferenciada
Com habite-se concedido em 12 de novembro de 1982, o Centro Empresarial
Rio é um endereço marcante. Sua ocupação no espaço urbano é percebida
em diversas escalas. A primeira visão ou percepção é na escala do horizonte,
ou seja, de longe: o CER pode ser visto e identificado desde o Aterro do
63
Flamengo ou do Iate Clube, perfeitamente distinguível entre as outras
construções.
Depois, percebe-se o complexo empresarial na escala humana, quando se
chega em frente ao Edifício e se vê as árvores, o acesso, os primeiros
pavimentos. A última escala é a individual, que acontece quando se entra na
Alameda e se percebe os materiais de revestimento, a escultura Módulo Rio,
do artista plástico Ascânio MMM, as lojas, os restaurantes e o lobby de acesso
aos dois halls de elevadores.
Jornal do CER - Expediente: Publicação da Sociedade Civil Centro Empresarial Rio Produção: Gurjão Jenné Comunicação Integrada Ltda. Editora: Kiki Gurjão • Reportagem: Karin Diniz Projeto Gráfico: Luiz Muratori Fotografia: divulgação / arquivo condomínio Tiragem: 2.000 exemplares.
64
ANEXO 5
JORNAL DO CENTRO EMPRESARIAL RIO Nº 314
A N O X X I X • Nº 3 1 4 • M A I O D E 2 0 1 2
Dia 5 de junho, o Centro Empresarial Rio promove uma programação especial
para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Ações de conscientização,
cinema e um Café Empresarial temático marcarão a data. Entre 10h e 16h, o
Instituto Eventos Ambientais realiza a Campanha de Conscientização de
Coleta Seletiva, com estande montado na Alameda Florida.
Agentes do Instituto Estadual do Ambiente darão informações e
esclarecimentos ao público. Também será lançada uma campanha de coleta
de materiais tóxicos, como pilhas e baterias.
No Centro de Convenções acontece o “Cinema Verde”, com quatro filmes
gratuitos que têm foco na sustentabilidade. Confira:
65
• 10h às 11h40min: “Terra” – produção da Disney com a BBC, na qual câmeras
especiais seguem a vida de três famílias de animais e sua relação com a
natureza.
• 12h às 13h40min: “Uma Verdade Inconveniente”- ex-vice-presidente
americano Al Gore mostra que precisamos agir agora para salvar a Terra.
• 14h às 15h40min: “A Última Hora” – debate entre mais de cinquenta
cientistas, líderes e pensadores sobre as crescentes tragédias naturais.
• 16h às 17h40min: “Lixo Extraordinário” - dois anos do trabalho do artista
plástico Vik Muniz no aterro sanitário Jardim Gramacho.
A programação se encerra com o Café Empresarial sobre “Economia Verde –
Uma nova roupagem no contexto de sua empresa”, apresentado por Francisco
Carrera, idealizador do Fórum Empresarial RIO+20 e Assessor Jurídico do
Instituto Eventos Ambiental.
Economia Verde estará em pauta no Café Empresarial de junho
Francisco Carrera Dia 5 de junho, a partir das 18h30min, acontece mais um encontro da série
gratuita Café Empresarial. “Economia Verde – Uma nova roupagem no
contexto de sua empresa” será o tema abordado pelo advogado Francisco
Carrera, dentro da programação do Dia Mundial do Meio Ambiente. Em sua
palestra, o profissional, que é o idealizador do Fórum Empresarial Rio+20,
assessor jurídico do IEVA, escritor e professor, focará na economia verde,
tendência inovadora que vem se destacando no cenário empresarial.
66
Serão expostos os conceitos, fundamentos e princípios desta nova visão,
destacando as vantagens e consequências positivas para os negócios
sustentáveis. O evento tem apoio da Profile Design, Scotton, Gráfica J.Di
Giorgio, Qualivideo, Baryx e Chantyx, Platinum Investimentos, Bonoso
Consultoria e Toda Comunicação. Para participar ligue para 2554-8182 ou faça
sua inscrição online no site www.cerconvencoes.com.br. Garanta sua vaga!
Arte e atividade empresarial integrada ao espaço urbano
Além da ocupação marcante no espaço urbano e de sua percepção em
diferentes níveis, outro fator de sucesso do Centro Empresarial Rio é o
empreendimento “acontecer” na cidade desde a sua inauguração, em 1982.
Seja através de referências, presença na mídia ou acontecimentos artísticos
culturais, o prédio sempre se posicionou como parte integrante da vida urbana
e foi um dos primeiros do Rio a ser conhecido pelo nome, dispensando
menção ao endereço.
Unir atividade empresarial e arte também é uma das propostas do CER,
iniciada com a inauguração da escultura Módula Rio, do artista plástico
67
Ascânio MMM. Na época, existiam poucas obras de arte em locais públicos no
Rio e a peça, que foi restaurada em 1991 e totalmente reconstruída em 2009,
logo ganhou popularidade. Em 2007, foi eleita, em matéria publicada no jornal
O Globo, uma das dez obras de arte da cidade que não podem deixar de ser
vistas.
Sustentabilidade em foco na RIO+20
De 13 a 22 de junho, será realizada no Rio de Janeiro a Conferência das
ações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20.
Serão tratados dois temas principais: A economia verde no contexto do
desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e A estrutura
institucional para o desenvolvimento sustentável.
De 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no
qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos
documentos a serem adotados. Em seguida, entre 16 e 19 de junho,
acontecem os eventos que envolvem a sociedade civil. De 20 a 22 de junho,
ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual mais de 135
Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas já
confirmaram presença.
Jornal do CER - Expediente: Publicação da Sociedade Civil Centro Empresarial Rio Produção: Gurjão Jenné Comunicação Integrada Ltda. Editora: Kiki Gurjão • Reportagem: Karin Diniz Projeto Gráfico: Luiz Muratori Fotografia: divulgação / arquivo condomínio Tiragem: 2.000 exemplares.
68
ANEXO 6
PLANILHA DE RECICLAGEM DO CONDOMÍNIO
EDIFÍCIO ARGENTINA
Fonte: Condomínio Edifício Argentina
69
ANEXO 7
E-FACILITIES BOLETIM DIGITAL Nº 161
Ano VII - N° 161 - 16/03/2012
ISO 14001:2004 - diferencial "verde" para o
CER O Centro Empresarial Rio conquistou ontem, após auditoria realizada pela
DNV, a certificação do seu Sistema de Gestão Ambiental (SGA), em
conformidade com a norma NBR ISO 14001:2004. A obtenção do selo é
resultado de um longo processo e representa um importante diferencial para o
CER ao sinalizar sua preocupação ambiental, seu respeito em atender os
requisitos legais e os princípios éticos que regem sua relação com o meio
ambiente, uso de recursos naturais e destinação correta de resíduos.
Parabéns a todos que cooperaram para essa importante conquista!
Quinzena de lixo reciclável no CER Como forma de incentivo ao descarte consciente de resíduos, o Centro
Empresarial Rio promove, de 16 a 30 de março, a Quinzena de Lixo Reciclável.
“Durante esse período ficarão disponíveis um coletor de pilhas, baterias,
eletrônicos e celulares, no térreo, e um recipiente para descarte de cartuchos e
toner de impressoras, no subsolo”, informa Thatiana Vale, trainee da
qualidade. Participe e divulgue! O meio ambiente agradece!
70
E-Facilities é uma publicação quinzenal da Mark Building Gerenciamento Predial Ltda. Redação e edição: Kiki Gurjão.
71
ANEXO 8
QUESTIONÁRIO APLICADO
Questionário apresentado na monografia de Pós Graduação do curso de
Gestão de QSMS/SGI da AVM Faculdade Integrada.
Data: ___/___/2012.
1) Você sabe o que é coleta seletiva?
� Sim
� Não
� Já ouvi falar
� Não tenho interesse
2) Você pratica coleta seletiva?
� Sim
� Não
� Não sei como é o processo
� Às vezes
3) Você acha que a coleta seletiva traz benefícios para o condomínio?
� Sim
� Não
� Não sei
4) Você sabe o que é reciclagem?
� Separação dos resíduos por tipos
� Reutilização dos resíduos (materiais) antes de descartados
definitivamente
� Quando se encaminha os resíduos para o aterro sanitário adequado
� Quando se modifica as características do resíduo (material), produzindo
um material novo
72
5) No seu trabalho existe um local apropriado para depositar os resíduos recicláveis?
� Sim
� Não
� Desconheço
6) De quem é a responsabilidade sobre a questão do lixo (marque quantas alternativas quiser)
� A Prefeitura
� As ONGs (Organizações não governamentais)
� As Escolas
� Os Governos Estaduais e Federais
� As Empresas públicas e privadas
� Toda sociedade
� O dono da empresa
7) Você joga os resíduos gerados por você nas lixeiras de coleta seletiva?
� Sim
� Não
� Às vezes
8) A empresa em que você trabalha dá treinamentos sobre resíduos sólidos?
� Sim, tem um setor específico
� Não
� Se há treinamentos, não tenho conhecimento
9) Você sabe onde o resíduo coletado é descartado? (marque quantas alternativas quiser)
� Sim
� Não
� Nos aterros sanitários, lixões, incineração e compostagem
73
� Nos aterros sanitários e lixões
10) Você se preocupa com a natureza e com as gerações futuras?
� Sim
� Não
74
ANEXO 9
CONSOLIDADO DA PESQUISA DE CAMPO
Consolidado da Pesquisa de campo realizada para monografia apresentada a
AVM Faculdade Integrada.
A pesquisa foi realizada com os colaboradores da empresa Mark Building
Gerenciamento Predial Ltda. que ficam lotados no Condomínio Edifício
Argentina.
1. Você sabe o que é coleta seletiva?
Resposta 1: Nº % Sim 85 90,42 Não 04 4,26 Já ouvi falar 04 4,26 Não tenho interesse 01 1,06 94 Total 94 100
2. Você pratica coleta seletiva?
Resposta 2: Nº % Sim 47 50 Não 23 24,47 Não sei como é o processo 02 2,13 Às vezes 22 23,40 Total 94 100
3. Você acha que a coleta seletiva traz benefícios para o condomínio?
Resposta 3: Nº % Sim 87 92,55 Não 00 00 Não sei 07 7,45 Total 94 100
75
4. Você sabe o que é reciclagem?
Resposta 4: Nº % Separação dos resíduos por tipos 39 41,49 Reutilização dos resíduos (materiais) antes de
descartados definitivamente
18 19,15
Quando se encaminha os resíduos para o aterro
sanitário adequado
02 2,13
Quando se modifica as características do resíduo
(material), produzindo um material novo
35 37,23
Total 94 100
5. No seu trabalho existe um local apropriado para depositar os resíduos
recicláveis?
Resposta 5: Nº % Sim 90 95,74 Não 00 00 Desconheço 04 4,26 Total 94 100
6. De quem é a responsabilidade sobre a questão do lixo? (marque
quantas alternativas quiser).
Resposta 6: Nº % A Prefeitura 58 26,73 As ONGs (Organizações não governamentais) 07 3,22 As Escolas 14 6,45 Os Governos Estaduais e Federais 27 12,44 As Empresas públicas e privadas 22 10,14 Toda sociedade 76 35,02 O dono da empresa 13 5,99 Total 217 100
76
7. Você joga os resíduos gerados por você nas lixeiras de coleta seletiva?
Resposta 7: Nº % Sim 69 73,40 Não 02 2,13 Às vezes 23 24,47 Total 94 100
8. A empresa em que você trabalha dá treinamentos sobre resíduos
sólidos?
Resposta 8: Nº % Sim, tem um setor específico 59 62,76 Não 15 15,96 Se há treinamentos, não tenho conhecimento 20 21,28 Total 94 100
9. Você sabe onde o resíduo coletado é descartado? (marque quantas
alternativas quiser).
Resposta 9: Nº % Sim 39 34,21 Não 15 13,16 Nos aterros sanitários, lixões, incineração e
compostagem
41 35,96
Nos aterros sanitários e lixões 19 16,67 Total 114 100
10. Você se preocupa com a natureza e com as gerações futuras?
Resposta 10: Nº % Sim 94 100 Não 00 00 Total 94 100
77
ANEXO 10
GRÁFICOS DA PESQUISA
Fonte: Elaboração da autora
Fonte: Elaboração da autora
78
Fonte: Elaboração da autora
Fonte: Elaboração da autora
79
Fonte: Elaboração da autora
Fonte: Elaboração da autora
80
Fonte: Elaboração da autora
Fonte: Elaboração da autora
81
Fonte: Elaboração da autora
Fonte: Elaboração da autora
82
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BEZERRA, Ivone Amâncio; COSTA, Maria de Fatima. Meio ambiente: uma
proposta para a educação. Vitória: Gráfica Rios, 1991.
BRANCO, Samuel Murgel. Ecologia da Cidade. 2ª edição. São Paulo:
Moderna, 2003.
________. O Saci e a reciclagem do lixo. São Paulo: Moderna, 1994.
BRASIL. Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999. Brasília, Diário Oficial, 1999.
CARVALHO, Vilson Sérgio de. Educação ambiental e desenvolvimento
comunitário. 2ª edição. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2006.
CAVINATTO, Vilma Maria. Saneamento básico: fonte de saúde e bem estar. 2ª
edição. São Paulo: Moderna, 2003.
CRIANÇAS DO MUNDO TODO (escrito e editado). Missão Terra: O resgate do
Planeta (Agenda 21, feita por crianças e jovens). São Paulo: Melhoramentos,
publicado no Dia da Terra, 1994.
CONCEIÇÃO, Márcio Magera. Os empresários do lixo: Um paradoxo da
modernidade: análise interdisciplinar das cooperativas de reciclagem de lixo.
Campinas, SP: Átomo, 2003.
CURRIE, Karen L. Meio ambiente: interdisciplinaridade na prática. 8ª edição.
Campinas, SP: Papirus, 1998 (colaboradoras: Sônia Maria Bassani, Angela
Maria Coco, Cleusa Maria Hehr).
83
DEMAJOROVIC, Jacques. Sociedade de risco e responsabilidade sócio
ambiental: perspectiva para a educação corporativa. São Paulo: São Paulo,
2003.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. 9ª edição.
São Paulo: Gaia, 2004.
LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; LAYRARGUES, Philippe Pomier;
CASTRO, Ronaldo Souza de. Educação ambiental: repensando o espaço da
cidadania. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2005.
NEHME e KOFF; PEREIRA, Adélia Maria e; AZEVEDO, Ely Schuttz de.
Discutindo a preservação da vida: educação ambiental. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1989.
PORRET, Jonathan “S.O.S. Mata Atlântica; Fundação Mata Virgem” e as
“Pesquisas Amazônicas”. In: salve a Terra. São Paulo: Globo, 1991.
RODRIGUES, Francisco Luiz; CAVINATTO, Vilma Maria. Lixo: de onde vem?
Para onde vai? 2ª edição. São Paulo: Moderna, 2003.
RUSCHEINSKY, Aloísio. Educação Ambiental: abordagens múltiplas. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 9ª edição. São Paulo: Atlas S.A, 2007.
84
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - O LIXO 10
1. - Conceito
1.2 - Tipos de Lixo
1.3 - Processos de Decomposição do Lixo
1.4 - Coleta Seletiva de Lixo
CAPÍTULO II 20
A RECICLAGEM E SEUS BENEFÍCIOS
2. - Conceito
2.1 - A reciclagem no Brasil
2.2 - Tipos de Produtos Recicláveis
2.2.1 - Resíduos Domiciliares
2.2.2 - Resíduos Industriais
2.2.3 – Resíduos da Construção Civil
2.3 – Meios de Transporte para Reciclagem
2.4 - Cooperativa
85
CAPÍTULO III - MEIO AMBIENTE 30
3. - Meio Ambiente
3.1 - Saneamento Básico
3.1.2 – Saneamento Básico no Brasil
3.2 - Sustentabilidade
3.3 - Crise Ambiental
3.4 - Educação Ambiental
3.4.1 - Selo Verde
3.4.2 – EIA/RIMA
3.5 - Desequilíbrio Ambiental
CAPÍTULO IV - A EMPESA 45
4. - Empresa
4.1 - Tipo de Pesquisa
4.2 - Universo da Amostra
4.3 - Seleção dos Sujeitos
4.4 - Coleta de Dados
4.5 - Limitações do Método
4.6 – Resultado da Pesquisa
CONCLUSÃO 52
ANEXOS 54
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 82
ÍNDICE 84