Upload
vuongminh
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O JOGO COMO FACILITADOR E ESTIMULADOR DA APRENDIZAGEM NAS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
POR
ACIDRIENE CORREIA PEREIRA
ORIENTADOR: Prof. Dr. VILSON SÉRGIO DE CARVALHO
RIO DE JANEIRO / 2010
9
“O JOGO COMO FACILITADOR E ESTIMULADOR DA
APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL’’
Trabalho de conclusão de curso,
apresentado a Instituição “A vez do Mestre”,
Universidade Candido Mendes, para
obtenção do grau Superior em
Psicopedagogia.
Aprovado em: _______ de _________________de _________
_______________________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho
10
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida que me
concedeste e pela força divina.
Ao meu esposo, filhos, cunhado e nora onde todos estiveram me
apoiando e incentivando a lutar pelos meus ideais e nunca desistir.
A todos os autores e professores do Instituto,
pela paciência e com o dom habilidoso de ensinar, onde fez-se a
diferença em minha carreira de vida.
Ao meu orientador de monografia e aos meus colegas de estudo
e trabalho, onde todos estiveram presentes em grande parte desta
trajetória de formação acadêmica.
11
DEDICATORIA
Dedico este trabalho a meu marido
Faustino que ao longo desta
jornada sempre me apoiou e esteve
ao meu lado, incentivando tanto
nas horas alegres quanto nas horas
atribuladas, na qual passei durante
a minha vida acadêmica. A vocês
meu eterno amor, admiração e
carinho.
12
“A esperança de uma criança, ao
caminhar para a escola é encontrar
um amigo, um guia, um animador, um
líder. Alguém muito consciente e que
se preocupe com ela e que a faça
pensar, tomar consciência de si, do
mundo e que seja capaz de dar-lhe
as mãos para construir com ela uma
nova história e uma sociedade
melhor”.
(Almeida,1987,p.195)
13
RESUMO
Este estudo tem por finalidade entender como a ludicidade tem despertado e
conquistado espaço nas instituições de aprendizagem nas séries iniciais do ensino
fundamental dando uma oportunidade de aprendizagem significativa. O objetivo
principal deste estudo é identificar as grandes contribuições das atividades lúdicas
para o campo educacional, procurando atender as crianças na faixa etária dos
seis até mais ou menos dez anos que freqüentam as séries iniciais do primeiro
segmento do ensino fundamental na Rede Municipal de Duque de Caxias no
Estado do Rio de Janeiro. A estratégia surgiu de uma realidade muito específica
do grupo, que através de uma avaliação diagnóstica, apresentava sérias
dificuldades na leitura e na interpretação textual. A utilização do jogo em sala de
aula favorece um ambiente de aprendizagem para os educandos? A partir da
pesquisa bibliográfica efetiva, onde se destacam autores como Vygotski, Piaget,
Kammi Aroeira e Kischimoto, foi possível entender que jogar é uma excelente
oportunidade dede interação ao meio físico e social.
Palavra chave: Jogo; aprendizagem e educação.
14
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------- 8 CAPÍTULO I - A IMPORTÃNCIA DOS JOGOS SEGUNDO
ALGUNS AUTORES --------------------------------------------------------11
1.1- OS JOGOS FAVORECEM A APRENDIZAGEM--------------------13
1.2- DIFICULDADES DA PRÁTICA DO BRINCAR DE ACORDO
COM AS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS--------------------------------16
CAPÍTULO II- A PALAVRA DO PROFESSOR INFLUENCIA
A VIDA DA CRIANÇA-------------------------------------------------20
2.1- ATIVIDADE CRIATIVA E A BUSCA DO EU------------------- ------24
2.2- INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE--------------------------26
CAPITULO III- PRATICIDADE INSERIDA NA
APRENDIZAGEM-------------------------------------------------------30
3.1- UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA DIFERENCIADA-------------------31
CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------34
BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------36
PESQUISA DE CAMPO-----------------------------------------------------39
ANEXO I----------------------------------------------------------------------------40
15
INTRODUÇÃO
O lúdico é um processo de alfabetização que incentiva o aluno ao gosto
pelo ensino-aprendizagem como uma tarefa que requer atenção, concentração
esforço. É um desafio para quem deseja construir aprendizagens e estratégias
educacionais, levando-se em conta a evolução pela qual educador e educando se
unem para mudanças tecnológicas e comportamentais.Na pesquisa, pretende-se
mostrar a importância do jogo como um veículo para o desenvolvimento social,
emocional e intelectual dos educandos, além de propiciar um ambiente de alegria
e de prazer na sala de aula.
A opção por este assunto tem por finalidade o enriquecimento de orientar os
profissionais da área educacional, comprometidos com a qualidade da sua prática
em sala de aula preocupação é cada vez maior em estar aliando o ensino a
metodologias que garantam bons resultados na educação. Jogar tem o significado
de divertimento, aprendizagem e consequentemente desenvolvimento, no qual,
através de oportunidades e riscos, cada qual precisa achar o seu lugar. E somente
sendo criativa que a criança descobre seu próprio eu.
O brincar enriquece o espaço de aprendizagem na medida em que favorece
o desenvolvimento da criança. Além de sensibilizar e atender as necessidades de
muitos educadores que se interessam pelo assunto e acreditam ser um
enriquecimento os jogos em sala de aula, a fim, de aliar o prazer e a descontração
aos conteúdos teóricos que se deseja transmitir.
O criar passa da reflexão à prática e mostra as possibilidades do reconstruir
permanente em educação. Quando a criança cria jogos e brinquedos com
sucatas, o objeto em si não é o mais importante. O essencial é aquilo que ele vai
gerar para o conhecimento do educando.
16
Os estudos feitos foram baseados no problema. A utilização do jogo em sala
de aula favorece um ambiente de alegria e prazer e estimula a aprendizagem. As
respostas ao questionamento feito no decorrer da pesquisa aparecerá juntamente
com a certeza de que o prazer de aprender ludicamente muda o rumo da relação
ensino-aprendizagem. No embasamento do teórico Kischimoto (1996), na
passagem em que afirma: “não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem
ensino”, ou seja, o professor precisa o tempo todo esta buscando novos
conhecimentos, precisa ousar, correr riscos, porque sem isso não existe
educação.
A pesquisa tem como objetivo geral identificar as contribuições das
atividades lúdicas para o campo educacional, procurando atender educandos na
faixa etária dos seis anos até mais ou menos dez anos que freqüentam as séries
iniciais do primeiro segmento do Ensino Fundamental na Rede Municipal de
Duque de Caxias no Estado do Rio de Janeiro. O procedimento metodológico foi
feito através de pesquisa bibliográfica.
O capitulo I dessa forma tem como objetivo identificar os fatores que
favorecem a aprendizagem. Ele esclarecer os vários fatores que influenciam no
processo avaliativo, fazendo com que a aprendizagem se torne realmente
significativa. São muitos os estudiosos do assunto e, para este trabalho, foram
consultados autores que jogos em atividades didáticas, entre eles: Werneck, José
& Coelho, Fernandez, Coll.
No segmento seguinte refletir os fatores que interferem negativamente na
aprendizagem e o objetivo é reconhecer esses mesmos fatores. No entanto neste
capítulo é mostrado que as causas das dificuldades de conhecimento podem estar
ligadas a aspectos neurológicos adicionados problemática dos fatores familiares.
17
Neste capítulo foram utilizados alguns autores, entre eles: Barros, Weiss,Campos,
José & Coelho.
O capítulo III aborda que, brincando se aprende e tem como objetivo afirmar
que enquanto o educando brinca, seu desenvolvimento social do mundo se
amplia. Esse capítulo mostra como surgiu a brincadeira e como o brincar fortalece
o desenvolvimento integral do educando. Alguns autores foram utilizados, entre
eles estão: Martins, Vygotski, Aroeira, Kischimoto,Meyer.
Desta pesquisa uma das principais contribuições é reafirmar a importância
dos jogos e brincadeiras para o sucesso do ensino – aprendizagem e nutrir certos
conhecimentos de forma a desenvolverem sensibilidade dos alunos, sabendo
discernir o que é bom ou ruim para eles.
18
CAPITULO I
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS SEGUNDO ALGUNS
AUTORES
O jogo educativo surgiu no século XVI como suporte da atividade didática
do professor e sua utilização foi até o século XX, estimulado pelo crescimento e
discussões sobre as relações entre jogos e educação.
Para Werneck “id”. se brinquedos são sempre suportes de brincadeiras, sua
utilização deveria criar momentos lúdicos de livre exploração, nos quais prevalece
a incerteza do ato,pois os brinquedos, servem para auxiliar o professor,
buscando resultados positivo aprendizagem e ao desenvolvimento de algumas
habilidades.
Em sala de aula o lúdico tem a função de material pedagógico, com isso
vem a preocupação da organização de espaços adequados para incentivar as
brincadeiras, atualmente é uma das preocupações da maioria dos profissionais de
instituições escolares. É através do lúdico que um educador pode perceber no seu
aluno aspectos no nível de desenvolvimento social e cognitivo.
De acordo com José & Coelho (2002) dependendo de como é direcionado o
jogo, ativa e desenvolve, aqueles que colaboram na aprendizagem, como
comparar e classificar, relacionar e inferir, como observar e identificar. Na visão
psicopedagógica o lúdico procura integrar os fatores cognitivos e afetivos, pois
todo jogo envolvem regras, dão espaços para a imaginação.
Para Coll (l994) “não interpreta mas deve poder compreender as
manifestações simbólicos e procurar adequar as atividades lúdicas às
necessidades dos alunos”(p.31) É necessário esclarecer que os novos
19
conhecimentos e conteúdos escolares não estão nos jogos em si, mas nas
interferências realizadas pelo professor que direciona e coordena as atividades,
usando alguns procedimentos, como: observação e registro dos jogos praticados
em casa, na rua, nas escolas, na tentativa de relacionar o maior número de jogos
entre eles, para uma análise das categorias já existentes.
Através dos gestos e movimentos simples o lúdico desenvolve-se a partir
dos esquemas sensório-motores (corridas, futebol, etc.)ou intelectuais (cartas,
dominó, xadrez ...) pois com estes jogos o educando aprende o que é
regulamento e regras.
Com esta visão a uma possibilidade de compreensão mais integradora na
aprendizagem, é no brincar, que o indivíduo, crianças ou adulto, pode ser criativo
e utilizar sua personalidade integral, e é somente sendo criativo que o indivíduo
descobre o eu. É nesse espaço que a criança – outro – indivíduo – meio que dá-
se a aprendizagem. Entre os teóricos mais relevantes, estudiosos das
representações mentais, que mostram a importância do jogo para o
desenvolvimento de interação ao propiciar a aquisição de regras e a apropriação
do conhecimento.
1.1 – OS JOGOS FAVORECEM A APRENDIZAGEM
No dicionário, os termos: Jogo, brincadeira e brinquedo têm os respectivos significados:
Jogo: atividade física ou mental fundada em
sistema de regras que define a perda ou
ganha”.
“Brincadeira: ato ou efeito de brincar.”
20
“Brinquedo: objeto para as crianças brincarem.”
Ao se incorporar o jogo à educação, a prática pedagógica cria a figura do
jogo educativo. Assim um mesmo objeto pode adquirir dois sentimentos
em que vai ser utilizado: brinquedo ou material pedagógico. São várias as
maneiras para o desenrolar de jogos e brincadeiras garantindo certa liberdade de
escolha.
Se os jogos tradicionais como: amarelinha, escravo de jó, continuam até
hoje despertando o prazer dos educandos, ainda têm força para seguir em frente,
por que poucos são aqueles que conseguem quebrar esta barreira das escolas?
Pois é através das brincadeiras que se garante certa liberdade de escolha, afins
de que seja útil como um recurso pedagógico.
Segundo Richard Bach “Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles
sabem tanto quanto você” (p.15). O jogo também tem regras nas quais determina
o início e o fim. Sendo assim o jogo estará contribuindo no processo de
socialização com o indivíduo participante e na sua formação, pois é ele um
instrumento que contribui para que o educando desenvolva seu físico, mental,
afetivo, moral e social.
É a decorrência desta visão de jogo que passa-se a ter caráter de
material de ensino quando considerado promotor de aprendizado. O uso do
jogo e de brinquedo educativo com fins pedagógicos se faz relevante destes
instrumentos para o ensino-aprendizagem, pois ambos desempenham um papel
de grande relevância para o conhecimento.
Segundo o autor Kishimoto (1994):
“Quando as situações lúdicas são
intencionalmente criadas pelo adulto como vistas
21
a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a
dimensão educativa”. (p.97)
Pode-se pensar como o autor, as atividades lúdicas, quando são
devidamente adequadas ao processo de aprendizagem, cria-se condições de
transporte para o campo de ensino, introduzindo as propriedades do lúdico, do
prazer e da ação motivadora.
O raciocínio fica mais eficaz ao fato que pode-se aprender através de um
jogo ou uma atividade lúdica é decorrente ao sem tido de tornar o ambiente de
ensino mais rico em qualidade Visto que o lúdico é indispensável na prática
educativa, vai de encontro com o pensar da professora do 4ª ano de escolaridade
formada a cinco anos, onde leciona no Colégio Hezron:
“Quase toda aula busco trazer novidades e
momentos prazerosos para os meus alunos.
Inserindo jogos e brincadeiras em minhas aulas. Uma
vez que os mesmos são importantes para o
crescimento aluno”. (Prof. Leila, educadora no 3º ano
do fundamental).
Partindo da fala de Leila, é importante que todos os profissionais, pais e entre
outros, raciocinassem no mesmo sentido. Refletindo e conscientizando-se sobre
tudo que esta nova forma de aprender e a ensinar. Esta instrumentação, uma vez
que será proveitosa e relevante na vida do educando, objetivando formar homens
criativos e descobridores. Segundo Augusto Cury (2003) “ Educar é semear
com sabedoria e compaciência”.(p.93)
Segundo esse autor, é fundamental que os educadores tenham conhecimento
do saber que o educando construiu com o ambiente familiar, sócio cultural, para
assim formular sua proposta pedagógica. Entende-se a partir dos princípios aqui
22
destacados que o educador deverá contemplar a brincadeira como princípio
norteador das Podemos nos perguntar: Como colocar em prática uma proposta de
educação como lúdico em que as criança se desenvolvam, e se tornem autônomas
e cooperativas? Vejamos estas dificuldades obtidas por profissionais no próximo
capítulo.
Na melhor hipótese o brinquedo ainda é um recurso que ensina, educar de
forma agradável, independente de quais que sejam. O quebra-cabeça destinado a
ensinar formas ou cores, os brinquedos de tabuleiros onde exigem a compreensão
das operações e até mesmos dos números matemáticos.
Também nas atividades que envolvam a psicomotricidade, predominante nos
brinquedos e jogos que incluem movimento corporal, trava-línguas para a
expressão da linguagem oral, nas brincadeiras envolvendo letras de músicas
conhecidas. Enfim são inúmeras brincadeiras que ajudam no desenvolvimento.
1.2 – DIFICULDADES DO BRINCAR DE ACORDO COM AS DIFERENTES
FAIXAS ETÁRIAS.
As brincadeiras são atividades que exercem no desenvolvimento a
capacidade de ajudar nas dificuldades encontradas em sala de aula nas diferentes
faixas etária, com essa base para a capacidade de pensamentos, o autocontrole, o
aperfeiçoamento da mente e do físico. Porém pode-se ressaltar que cada educando
tem seu próprio ritmo de desenvolvimento e características diferenciadas uma das
outras atividades didático-pedagógico. Como dizia Piaget (1978) “Aprende-se
quando se pára para pensar.” (p.85).
.
Não é simples instaurar a nova psicopedagogia como conhecimento através
do lúdico, trata-se de um trabalho de conscientização e de politização. Sem o
mesmo é impossível a superação e o desejo de se manter em uma sala de aula os
alunos. A intensa produção do educador repercute nos diversos movimentos
23
pedagógicos, com a explicita intenção de transformar o processo mental,
despertando-os para a reflexão crítica a respeito da situação em que se encontra
a educação.
Ao longo das mais diversas experiências de alguns autores, o resultado
sempre foi gratificante e muitas vezes comovente, esse saber acha-se entrelaçado
com a necessidade de transformar o educando através do lúdico, dando
oportunidade a imaginação pedagógica, para dar as crianças o direito de interagir
com o outro dando uma estrutura e totalidade em equilíbrio.
O processo de conhecer o novo envolve percepção, emoção e ação, ou
seja, todo processo da vida. Para que se tenha autoconsciência e consciência de
toda a sua ação dentro da sociedade, deve-se mais confiante em si mesmo dando
espaço a criatividade de dentro de sala de aula.
De dificuldades apresentadas nas habilidades psicomotoras apresentadas
por algumas crianças, trazem prejuízo a capacidade dos significativos em sua vida
diária que exigem tal habilidade de raciocínio, encontra-se substancialmente
inferior a medida esperada para a idade cronológica e nível de escolaridade do
individuo. Através do lúdico observa-se sinais de déficit de atenção, as
dificuldades excedem aquelas expectativa de compreensão.
Com esta observação, a diversidade deve fazer parte das escolas, pois
tanto como os educadores e educandos tem que ver essa diversidade como um
dado positivo, liberá-la de olhares preconceituosos, reconhecer e respeitar a
diversidade, pois são concepções generalistas de cognitivo, de cultura, de
saberes, socialização e aprendizagens.
O lúdico é uma opção específica por parte de uma organização da escola,
dos processos de ensinar – aprender e do trabalho dos educadores e educando,
que nos leva a repensar nessa organização nas propostas de orientação. É
24
preciso superar processos de avaliação sentenciadora que impossibilitam que
crianças, adolescentes, e jovens sejam respeitados em seu direito a um percurso
contínuo de aprendizagem, socialização e desenvolvimento humano.
O sistema escola vem avançando para esse ideal democrático, dando
garantia dos direitos sociais, humano para todos. Foi necessário introduzir novas
formas de atividade para garantira transmissão das novas formas de saberes, pois
percebeu-se a necessidade de criar um espaço e um tempo separado da vida
cotidiana .
A escola é um espaço de ampliação, devendo para tanto, não se limitar as
experiências cotidianas da criança, trazendo necessariamente conhecimentos
novos e metodologias criativas. A criança quando vai pela primeira vez em uma
escola, o objetivo principal da família é possibilitar maior conhecimento para a
criança, para isso é preciso: aprender determinados conhecimentos e dominar
instrumentos específicos.
O educador necessita adequar sua prática pedagógica as possibilidades de
desenvolvimento e de aprendizagem de seus educandos, e o conhecimento do
aluno, depende também, de formar atividades lúdicas que o levem a formulação
do conhecimento
De acordo com a fala da professora Sonia:
“O trabalho com o educando não pode se
restringir a transmitir o conhecimento e sim
incluir, também formas de transmissão de
conhecimento”
Segundo a educadora, deve-se construir no educando a metodologia de
aprender e desenvolver nele a autonomia para realizar seus conhecimentos.
25
Neste comportamento inclui-se a importância do lúdico no ensino fundamental
para que se tenha trocas afetivas, a vivência e a expressão das emoções.
O tempo para aprender, geralmente não é um tempo curto, pois a
construção e o desenvolvimento dependem de sucessivas retomadas. Na
educação escolar se discute muito em interdisciplinaridade, então o lúdico, se
relaciona em todas as disciplinas, é importante conhecer o que as distingue.
Em sala de aula, não é somente o conteúdo que ativa a memória do
educando, mas sim, como o professor trabalha com as estratégias para inserir
este conteúdo. Toda atividade que se dê a criança precisa ter uma intenção clara,
isto é, o objetivo precisa estar explicado para o professor e para o aluno.
As atividades mais fundamentais para a aprendizagem de
conhecimentos escolares é: a observação, o registro e a organização, todas
essas atividades se enquadram no lúdico, é ideal que estas e algumas outras
questões provoquem reflexões nos profissionais que atuam nesta área.
26
CAPITULO II
A PALAVRA DO PROFESSOR INFLUÊNCIA A VIDA DA
CRIANÇA.
Segundo a autora Raquel de Queiroz, (2005):
“O medo o é mais antigo e fiel
companheiro do homem e é o medo
que nos faz conhecer nossas
limitações e nos torna humildes”.
(p.46)
É impossível um professor tirar do aluno o medo e a angústia naturais de
quem vive e pensa, mas é possível fazê-lo sentir-se seguro para entender o novo.
Ele é, antes de mais nada, um amigo mais experiente que provoca e problematiza.
O educador mostra sempre abertura para novas idéias e respeito, está sempre
pronto a se corrigir e contribuir para a correção do aluno, buscando criar na sala
de aula um ambiente agradável e seguro.
A nova Educação consiste, acima de tudo, em escutar, inclinar, refletir no
coração, para desenvolver a afetividade, resgatar e incentivar valores que nos
permitam viver melhor, relacionarmo-nos bem e ligar os dois hemisférios do
cérebro; é necessário haver uma sinergia entre o racional e o intuitivo, o analítico,
o sintético, o poético e o racional.
De acordo com um trecho de um poema de Menotti Del Pichia (2009)
“Desde que nasceste não és mais que um vôo no tempo. Rumo ao céu? Que
importa a nota? Voa e canta enquanto resistirem as asas” (p.12). O educador
deverá então, levar o educando a resgatar suas asas, sem perder suas raízes.
27
O professor tem importância fundamental no trabalho com as crianças com
dificuldades de aprendizagem é através do lúdico que o professor dará sugestões
que considerará de suma importância para que a criança sinta-se segura, querida
e aceita pelos seus colegas, incentivando o aluno a restaurar a confiança em si
próprio.
Atualmente precisa-se ter muito mais criatividade, vontade, seriedade,
competência que dinheiro, pois ele, o educador tem como objetivo principal de
estimular os alunos a serem pensadores, questionadores, e não repetidores de
informações.
De acordo com Augusto Cury:“Educar é acreditar na vida e ter esperança
no futuro mesmo que os jovens nos decepcionem no presente”.(p.93)
Nesse processo de ensino-aprendizagem, o professor, educador da era
industrial deve buscar educar para as mudanças para a autonomia, para a
liberdade possível numa abordagem global, trabalhando sempre o lado positivo
dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de
suas responsabilidades sociais.
É como acredita Antunes (2003), na tentativa de prever uma solução para a
grande problemática que é a educação no país, afirma que “Não é possível saber
para onde nos levará o milênio que chega, mas sabemos que atingirá o local onde
os professores o construírem.”
Atualmente há necessidade de mudar a escola, ela ainda não mudou, e o
que é pior se arrasta por séculos. Por isso que as escolas precisam muito mais de
iniciativa por parte do professor, do que medidas educacionais .A escola é um
espaço pedagógico de desenvolvimento e aprendizagem .De acordo com Paulo
Freire,(1983): “A práxis é reflexão e ação dos homens sobre o mundo para
transformá-lo. Sem ela é impossível a superação da contradição.”(p.40)
28
Nesse sentido, a teoria da reflexão e ação sobre o mundo geneticamente
de responsabilidade também, da família, pois sem ela é impossível um educador
desenvolver o cognitivo da criança, provocando nelas a vontade de reformulação
no seu desenvolvimento.
As transformações de afetividade em uma criança revelam importantes
traços de caráter e personalidade. Deste modo, a motricidade tem um caráter
pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento, quanto pela maneira
com que ele é representado. Estes conhecimento colocam, ou melhor, recolocam
a questão da metodologia do trabalho na escola, mas em uma perspectiva
diferente da diversidade e da multiplicidade.
A escola e a família tem um papel fundamental na aprendizagem do
educando, porque deve-se estimular, motivar e promover a criança, juntos
deveram abrir-se e enfrentar um problema real, sofrer mudanças procurar
soluções e parcerias.O professor deve estar preparado para a árdua tarefa de lidar
com problemas de ordem acadêmica com recursos e integração de informações.
O lúdico é o novo processo educativo capaz de construir um novo homem
que vai construir a nova sociedade como tanto temos sonhado. A nova escola
pois, é um espaço de formação e não de informação. O aluno deve ser desafiado
a buscar e interpretar as informações e isso deve ser uma fonte de prazer.
É necessário, ainda, que, o estudo sobre os princípios do lúdico na
educação formal reconheça que o educando na civilização científica passa longe
da possibilidade de ser um padrão universal. As condições com base nas quais o
professor busca enxergar o fenômeno da aprendizagem nada mais são do que
elementos em favor do educando na construção do seu conhecimento.
29
“Enfim, necessitamos facilitar o novo aprender a ser humano” (Créma,
1987). Se o professor não se olhar para dentro de si, continuará olhando para
fora, somente vai encontrar a ilusão do que é temporário irreal. Um mundo que se
reestruturou por influência de novos princípios de inclusão na esfera pública, e,
também pelas alternativas de construção de conhecimentos, implica a
necessidade de se abraçar a questão do lúdico a partir de sua relação com o
estudo da escola, como um todo.
2.1- ATIVIDADE CRIATIVA E A BUSCA DO EU.
“Viver sem medo, confiar, ter coragem de arriscar”. (Cunha, 2000).
30
É no brincar, e talvez no apenas brincar, que o educando fruem sua
liberdade de criação. Essas condições estão associados na descoberta da
criatividade sem medo que o indivíduo descobre o eu. O educando que estamos
tentando ajudar, como educador, necessita de uma nova experiência, num
ambiente especializado, somos levados de encontro a uma necessidade de
diferenciação entre as atividades.
Não existe criança que não aprenda. Ela sempre irá aprender algumas de
modo mais rápido, outras mais lentamente, mas o conhecimento, com certeza
absoluta se processará na aprendizagem, independentemente da via neurológica
usada, mas utilizando-se de uma combinação infalível, baseada em uma vertente:
ambiente adequado, mais estímulo e mais motivação.
A ludicidade não se traduz como um ato significativo, e sim introduzido em
qualquer momento da vida da criança, no seu aprendizado, em creches, em
hospitais, sem ter hora específica para realizar as brincadeiras. Estas brincadeiras
não podem se tornarem em vão, e sem insignificância e sim ajudem no
aprendizado do aluno, tornando-se um complemento do seu conhecimento.
O brincar tem muita importância no desenvolvimento da criança e na
aquisição do conhecimento específico. As brincadeiras em determinadas matérias
ajudam no desenvolvimento mental do aluno, fazendo com que raciocine com
mais clareza. Faz-se necessário ressaltar que cada criança tem seu próprio ritmo
de desenvolvimento e características que diferenciam um das outras e que devem
ser respeitadas.
Para avançar na discussão de como pôr o lúdico em prática, participei de
relatos de professoras que, no cotidiano de suas turmas, vinham usando desse
recurso que permite o educando a gostar de brincar com as palavras, com tais
brincadeiras dominar a notação da escrita. Eram turmas bastantes heterogêneas,
31
com idades dos alunos entre 6 a 10 anos e que seus níveis de aprendizagem
eram bem diversificados.
Como podemos perceber, a chegada dos jogos a sala de aula, deve ser
pensado e planejado. Observei que o lúdico passou a constituir parte das
atividades permanentes da didática dos professores e algo corriqueiro na rotina
dos alunos, nesta turma de 3ª série na Escola Municipal em Duque de Caxias.
A dificuldade que a professora Nádia sentia, era administrar os grupos com
jogos diferentes, isto é, aplicar jogos diferentes em grupos diferentes. Mas, depois
que eles foram tendo autonomia nos jogos, ficou mais fácil de observar e de
intervir quando necessário.
Por si só, jogos e brincadeiras são vistos como vitais para o
desenvolvimento global da criança: estimula a consciência corporal, a
concentração e a criatividade em grupo podem assumir responsabilidades de uma
conduta e respeitar regras. Foi o que percebi nesta turma, pois eram muito
agitados anteriormente.
A aula não é só lúdica quando se tem jogos o tempo todo. A tensão da
curiosidade, a vontade de participar e a alegria da conquista do desafio são
marcas da aula lúdica. Na brincadeira, a criança vivencia uma experiência de
liberdade, (eu), na medida em que mesmo com estímulo do professor, é ela quem
deve aceitar o desafio de jogar e determinar o seu desenvolvimento. Então o
professor deve ser capaz de observar, e adaptar as brincadeiras.
Para muitos professores, os brinquedos são uma forma de reorientar as
práticas pedagógicas, pois funcionam como suporte de representação e ação no
ensino aprendizagem.Para a professora Rosania, as atividades lúdicas são
importantes ferramentas no processo de aprendizado dos alunos. “Através das
32
brincadeiras, eles desenvolvem a concentração, o raciocínio lógico e a
criatividade” completa.
É indispensável estimular as atividades de lazer entre pais e filhos,
incentivando a criança para a exploração do lúdico. A escola deve oportunizar o
prazer de brincar com a prática de atividades lúdicas como meio de desenvolver
hábitos atitudes e habilidades que favoreçam o crescimento do aluno .
2.2- INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
É verdade, hoje, que a escola não pode ser um corpo estranho à
comunidade. Muito pelo contrário, por ser um centro também educativo pertence a
uma rede maior composta pelas instituições de ensino. Portanto, a escola deve
tomar as iniciativas em relação a comunidade. É ela que deve chegar a
comunidade através dos seus alunos, porque cada aluno tem sua família.E ela é a
base forte da escola.
Deve-se trabalhar em parceria com alguém que lhe seja complementar.
Mas é importante distinguir três momentos no aprendizado: a reflexão individual, a
discussão num grupo pequeno e o confronto de idéias num grupo maior, para que
juntos, com o professor busquem soluções para oferecer uma forma formação
total para seus filhos.
Em diálogo com a professora Glória, do ensino fundamental com trinta anos
de experiência na área, ela acredita que é impossível que haja crescimento sem
desenvolver afetividade. “Nosso trabalho não se resume simplesmente a dar
aulas”, afirma. Temos de nos tornar parceiros do aluno e da família também, para
que ele descubra a verdade, o conhecimento”. E complementa: “O verdadeiro
mestre acredita na vida e luta por ela porque sabe que ela brota da terra, do
útero e da escola.”
33
É comum ouvir professores dizendo que não têm nada a ver com os
problemas pessoais dos alunos. Mas se seguirmos com o raciocínio da professora
Glória, ensinar é muito mais que uma missão ou sacerdócio. É acima de tudo, um
grande prazer.
O papel de um educador consciente é apoiar cada criança e ajudá-lo a se
tornar um cidadão, com senso crítico, interesse pela leitura e capacidade para
atuar em sua própria história. Pode-se pensar como Cora Coralina, “Feliz aquele
que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
Para Paulo Freire, “Ai dos educadores e educadoras que pararem com sua
capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar”
analisando a citação, os responsáveis e educadores conscientes devem entender
que cada pessoa tem um ritmo e construirá seu desenvolvimento dentro das
condições que lhes permite, ou seja, o que lhe é oferecido.
Nesta citação de Anísio Teixeira “A educação é a natureza que se faz arte”
o autor relata a importância do jogo livre a qualquer criança, pois o mesmo
proporciona conceitos e valores onde irão beneficiar o educando no seu meio
social, o ajudando a se socializar de forma espontânea, portanto promover o
lúdico na vida da criança é benefício tanto para o aluno como para os pais.
É importante a brincadeira livre também, pois ela se destaca dentro do
ambiente escolar, pois o aprendizado será inserido no mesmo. No qual a relação e
a interação com o outro geram um aprendizado de amizade e solidariedade. Em
seu livro “A criança e o número” Kamii, relata questões em relação da importância
do brincar na aprendizagem, pois a mesma cita a brincadeira “ Dança da Cadeira”
como uma forma para se trabalhar, por exemplo, a matemática. Utilizando esta
forma diferenciada, a autora mostra que o aluno obtém resultados positivos ao
34
participar desta brincadeira, o mesmo passa a ter rendimentos e melhorias
em questões de relação de ordem e até mesmo com a noção de quantidade.
A brincadeira vista na citação acima, é possível também trabalhar a
imaginação da criança, fazendo com que ao chegar em casa comente com o
responsável como foi agradável a aula , e sendo assim, estimulando sempre o
raciocínio e desenvolvimento lógico
Devido a falta de tempo do responsável, para a criança, o ato de brincar no
ambiente escolar faz com que ela “aprenda brincando”, e não sinta tanta falta dos
responsáveis no dia-a-dia, valorizando e diferenciando as diversas disciplinas da
grade curricular, onde a mesma terá participações.
De acordo com a mãe Juliana:
“O brincar na aprendizagem do meu
filho estimula-o a gostar de ir a escola, e vejo que ele está
cada vez mais incentivado em aprender”.
Com a fala da mãe observo que o brincar dentro da aprendizagem escolar
parece ter uma grande importância na vida da criança, na qual dá um incentivo em
ir para a escola aprender, proporciona das atividades prazerosas e significativas
para o desenvolvimento dessa criança, e a observação da mãe, o estimulou mais
ainda, sempre está disposto em aprender.
35
CAPITULO III
PRATICIDADE E LUDICIDADE INSERIDA NA
APRENDIZAGEM
Com base no artigo da revista Nova Escola na reportagem feita por Meire
Cavalcante:
“Participar de aulas que despertem a
curiosidade e envolvam brincadeiras e desafios
nunca será algo cansativo”. (Pág. 28)
O artigo mostra como é importante a prática do lúdico no desenvolvimento
das atividades em sala de aula, quando as mesmas proporcionam desafio e
curiosidade, o aprendizado certamente deverá ser absorvido pelo educando. A
ludicidade faz parte de uma necessidade do ser humano e não pode ser vista
apenas como diversão, o desenvolvimento do aspecto lúdico ajuda a
aprendizagem e a construção do conhecimento.
De acordo com o livro “Professora sim, tia não”, Paulo Freire afirma “É
preciso estimular a imaginação dos educandos.”(p.71) Segundo o educador Paulo
Freire, deve-se estimular e trabalhar a imaginação dos educandos é de grande
valia para a aprendizagem e para o seu desenvolvimento. No lúdico os alunos
buscam promover estímulos e na medida em que as mesmas vão amadurecendo,
o imaginário passa a ser real.
Ao participar de atividades estimuladoras a criança tem oportunidade de
desenvolver a sua motricidade e a imaginação, fatores esses importantes na
estruturação do pensar racional e criativo. Sendo assim a citação acima expressa
que é possível perceber que a escola deve ser vista pela criança como fascinante
e diferente.
36
Trabalhar com o lúdico é muito gratificante, pois ver o avanço dos alunos é
bastante prazeroso para o educador, pois a responsabilidade da escola é criar
meios de mudanças de execução e de avaliação do trabalho sem que percebam
que estão sendo avaliados, com isso haverá um bom desempenho desta
ludicidade na aprendizagem do educando.
Em situação de pesquisa foi observado que aprendizagem e a brincadeira
são consideradas ações com finalidades semelhantes, onde pode ocupar o
mesmo tempo e espaço. O professor é quem cria oportunidades para que a
brincadeira aconteça, sem atrapalhar as aulas e sim beneficiar a todos. Através
das brincadeiras os alunos absorvem conteúdos e aprendizagens, auxiliando-as
em suas exposições de pensamentos.
3.1 –UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA DIFERENCIADA
Segundo o autor Aurélio (Minidicionário)
“Lúdico relativo a jogos, brinquedos e
divertimentos.”(p.341)
De acordo com o autor, o lúdico possui componentes que parecem ser de
grande importância para o cognitivo do educando, na qual jogos, brinquedos e
divertimentos sendo bem executados dentro da prática pedagógica de forma
diferenciada, lhes permitem um aprendizado satisfatório e bem qualitativo,
facilitando a interação grupal.
No entanto, na realização da brincadeira, a criança torna-se operativa,
fazendo com que suas habilidades mentais tornem-se concretas. As regras
inseridas facilitarão o entendimento dos conteúdos que serão transmitidos pelo
educador.
37
A partir da idéia do educador Rogério:
“No processo de construção de conhecimento o
lúdico traz aos professores um dinamismo maior
interação com os alunos despertando neles a
interação social à autonomia e a curiosidade.”
(7 anos de magistério).
O relato do educador afirma sobre o despertar dos educandos em relação a
interação social, a curiosidade e a autonomia, ambas fazem parte do convívio
pessoal da criança , pois é um processo de construção de conhecimento a ser
trabalhado no decorrer dos anos letivos, ou seja, é um processo de construção
infinito, assim como diz a citação acima discutida.
O raciocínio decorrente ao fato de que pode-se aprender através de um
jogo ou uma atividade lúdica é decorrente ao sentido de tornar os ambientes de
ensino mais ricos em qualidade. Pode-se entender que a criança, quando
colocada diante de situações lúdicas aprende não somente meros conhecimentos
mais sim permitam a aprendizagem de conceitos e culturas de uma forma geral,
através do qual o aluno compreende o mundo e trocam significados.
Froebel também deu a sua contribuição, foi o primeiro educador a utilizar o
brinquedo, como atividade, nas escolas (1912, p.54), primando por uma filosofia
educacional baseada nos jogos, delineada a metodologia dos dons e ocupações
dos brinquedos e jogos no ensino fundamental.
“Os brinquedos são atividades imitativas livres, e
os jogos, atividades livres com emprego de dons.”
38
Para Froebel, analisando a citação acima, as brincadeiras, os brinquedos e
os jogos devem se adequar a fase de evolução e de desenvolvimento de cada
educando, onde terá utilidade benéfica para sua vida contínua, valores estes que
o educando receberá brincando, proporcionando atos conscientes. Sendo assim,
os mesmos terão meios para desenvolver seus trabalhos de forma pedagógica e
significativa.
39
CONCLUSÃO
Este estudo teve como objetivo, diagnosticar e identificar as contribuições das atividades lúdicas para o campo educacional nas séries iniciais do Ensino
Fundamental. O mesmo foi fundamentado na pesquisa bibliográfica e pesquisa de
campo dentro de sala de aula. A cada conquista um novo horizonte se abre.
A utilização do jogo em sala de aula favorece um ambiente de alegria e prazer
e estimula a aprendizagem? A resposta para este problema levantado foi
apresentado no decorrer dos capítulos reafirmando a veracidade hipótese. Assim,
considero que os jogos e brincadeiras, e reconhecendo que o brincar, proporciona
momentos ricos em interação e aprendizagem ajudando educadores e educandos
no processo ensino-aprendizagem.
Assim é preciso que toda a escola identifique e analise as necessidades
existentes dentro da instituição para a implantação do lúdico. Sendo assim,
precisamos respeitar e garantir as nossas crianças o direito de brincar, de
vivenciar o seu próprio desenvolvimento, pois através da brincadeira, a criança se
apropria de conhecimento que possibilitarão sua ação sobre o meio em que se
encontra.
É importante ressaltar que o jogo deve fazer parte integrante do programa
curricular, porque a participação dos educandos em jogos contribui para a
formação de atitudes sociais: solidariedade, respeito mútuo, obediência às regras,
senso de responsabilidade, cooperação, perguntam e refletem sobre as formas
culturais nas quais vivem. O jogo funciona como um rico cenário, no qual as
crianças terão suas idéias valorizadas e ampliadas por meio das trocas efetuadas
com os colegas e com o educador.
40
Recorrer ao uso do jogo, o educador está criando em sala de aula um ambiente
de motivação que permite aos alunos participar ativamente do processo Ensino-
aprendizagem, e incorporando atitudes de valores.
Apresentei resumidamente algumas idéias sobre o brincar, para que cada leitor
e profissional do Ensino Fundamental da rede pública do Estado do Rio de Janeiro
façam uma reflexão mais profunda deste tema que é maravilhoso e que ao mesmo
tempo torna-se misterioso para muitos.
Tendo-se como base nesse estudo que existem fatores que prejudicam a
aprendizagem. Alguns fatores podem ser neurológicos, psicológicos ou
emocionais. Estimula-se a iniciativa de elaborar um trabalho verificando a eficácia
dos jogos especialmente em alunos portadores de qualquer distúrbio neurológico
que este afete diretamente seu aprendizado. Conferir o auxilio satisfatório do
brincar na alfabetização de alunos com dificuldades em função de seu estado
neurológico.
Encaminhar o educando ao conhecimento é ensinar-lhe o que é significativo
para a sua vida, é ajudá-lo a desenvolver suas aptidões, de forma a levá-lo a
conhecer sua capacidade, fazendo-o, assim, desenvolver sua própria autonomia
no meio social a qual pertence para isso só precisa de imaginação, criatividade e
acreditar em sonhos. E também não esqueçam que os temas não se restringem,
já que se pode pesquisar a mesma temática dando-lhe diversos enfoques e assim
cada pesquisa, abre-se um novo leque de opções para novas reflexões.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ANTUNES, Celso. Jogo para a Estimulação das Múltiplas Inteligências.
Petrópolis: Vozes, 1998.
- AROEIRA, Maria Luiza C. SOARES, Maria Inês B. e MENDES, Rosa Emília de
A. DIDATICA DA PRÉ ESCOLA: VIDA CRIANÇA – BRINCAR E APRENDER.
São Paulo: FTD, 1996.
- BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos da Psicologia Escolar, 1998. São
Paulo, ed. Ática
- BENJAMIM, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. São
Paulo: Summus, 1984.
- CAMPOS, Dinah Martins de Souza, Psicologia da Aprendizagem, Petrópolis,
ed. Vozes, 1998.
- COLL, César, Aprendizagem Escolar e Construção do Conhecimento. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1994.
- FERNANDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas,
1990.
- JOSÉ, Elizabet da Assunção Coelho, Maria Teresa. Problemas de
Aprendizagem. São Paulo: Atíca, 1999.
42
- KAMII, Constance e DEVRIES, R. Jogos em Grupo na Educação: Implicações
na Teoria de Piaget. São Paulo: Trajetória Cultural, 1991.
- KISCHIMOTO, Tizuko, Morchida. Jogo, Brinquedo e Educação. São Paulo:
Cortez, 1996
- LIMA, Zélia Vitória Cavalcante, Revista “Informação Pedagógica nº , 1993,
Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria Extraordinária de Programas
Especiais
- MACHADO, Marina Marcondes. O Brinquedo e a Criança. 2ª ed. São Paulo:
Loyola, 1995 - MARTINS, João Luiz e FORTUNA, Tânia Ramos. Temas em educação ii –
Livro das Jornadas 2003, Publicoc – 2003.
- MEYER, Ivanise Corrêa Resende, Brincar e Viver: Projetos em Educação. Rio
de Janeiro, ed. WAK, 2003.
- PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
- PIAGET, J. A Formação do Símbolo na Criança. Tradução de A. Cabral e C.
M. Oiticica. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.
- RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Educação: Potencialidades dos
Gêneros Humanos na Sala de Aula/ Marta Pires Relvas. Rio de Janeiro: Wak
ed., 2009.
- SCOZ, Beatriz Judith Lima. Psicopedagogia: O Caráter Interdisciplinar na
Formação e Atuação Profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
43
- VYGOTSKI, Lev Semenovich, LURIA, Alexander Romanovich e LEONTIEV,
Alex, N. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo: Ícone(ed.
Da universidade de SP), 1988.
- WEISS, M. L., Psicopedagogia Clínica: Uma Visão Diagnóstica dos
- WERNECK, Hamilton. Ensinando Demais, Aprendemos Menos. Petrópolis,
Vozes, 1996Problemas de Aprendizagem Escolar. 7ª ed. Rio de Janeiro, DP&A,
2000.
44
PESQUISA DE CAMPO
Queridos professores
Preciso pesquisar sobre “O jogo como facilitador e estimulador
da aprendizagem nas séries iniciais do ensino fundamental” a partir do
ponto de vista de vocês.
A pesquisa tem como objetivo investigar como os professores
brasileiros se relacionam com o tema acima. Esse trabalho deverá ser
feito para a etapa final do curso de psicopedagogia do “Instituto a Vez
do Mestre”.
Segue-se em anexo um questionário, que se respondido servirá
como ferramenta de reflexão para que aponte caminhos para melhorar
ainda mais a educação...Espero poder contar com a participação de
todos.
Agradeço antecipadamente a sua colaboração.
Acidriene Correia Pereira
45
ANEXO I
ENTREVISTA
1. Nome: Eliete de Souza
Colégio que leciona? E. M. Ana Nery
Quanto tempo leciona no ensino fundamental? 18 anos
Qual o tipo de instituição você leciona? Pública
1.1 Em sua opinião, qual a importância do jogo no ensino
fundamental? É nele que a criança começa a aprender as regras e os
princípios básicos para a convivência social, além de desenvolver a
concentração, o interesse, a iniciativa e até a imaginação.
1.2. Qual a sua formação? Cursando pedagogia.
1.3. Frequentou algum curso de capacitação para desenvolver este
trabalho no ensino fundamental? Sim, algumas oficinas.
1.4. Quais as dificuldades encontradas com este tipo de trabalho em
sala de aula? É uma prática desafiadora, tanto para os alunos, como
para o professor. A dificuldade mais comum nesta prática é a direção
da escola aceitar esta “bagunça” em sala de aula.
46
1.5. Este método utilizado ajudou no cognitivo dos educandos?
Mesmo com todas as dificuldades encontradas, este método favorece
o educando.
1.6. Você se julga preparado para trabalhar com jogos no conteúdo?
Das oficinas que participei, foi muito proveitoso para o meu dia-a-dia,
Claro que preciso de muito mais.
1.7- Deixe uma mensagem que você acha interessante para os alunos
do ensino fundamental e que esteja relacionado ao seu método de
trabalho? Não há nada melhor que fazer um momento prazeroso para
vocês e deixar que transpareça em seu olhar. Mas para isso afirmo
que é importante adequar as regras do professor para que tudo saia
perfeito no final.