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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão
TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
A COMPARTIMENTAÇÃO NO COMBATE PASSIVO A INCÊNDIOS
EDUARDO BÓIS DE ALMEIDA 1
MAYCON LEANDRO CARDOSO PEIXE 2
RESUMO: É de conhecimento geral quanto prejuízo um incêndio pode trazer para as pessoas e para as
edificações. Referente a proteção passiva com foco na compartimentação, foi feita uma breve abordagem do
desenvolvimento da prevenção de incêndios no Brasil e estudadas algumas normas de prevenção do Corpo
de Bombeiros do Paraná e também normas da ABNT que tratam do tema referenciado, explicando suas
formas de aplicação e sua importância na prevenção passiva contra incêndios. Com relação aos autores
citados no trabalho, os mesmos trazem ideias complementares e explicativas proporcionando um melhor
entendimento do assunto visto que fazem uma abordagem mais didática do tema, diferenciando-se das
normas que são direcionadas para a elaboração de projetos. Diante disto foi realizada uma revisão teórica
demonstrando a importância da prevenção com enfoque na compartimentação no que se refere proteção a
vida e na minimização dos efeitos negativos de um incêndio em uma edificação.
PALAVRAS-CHAVE: Prevenção de incêndios, compartimentação, segurança estrutural.
ABSTRACT: Everyone knows how much damage a fire can bring to people and buildings. Regarding the
passive protection with focus on the compartmentalization, a concise approach was taken to the development
of fire prevention in Brazil and some prevention standards of the Paraná’s Fire Department were studied, and
also ABNT norms that deal with the referenced theme, explaining its forms of application and importance in
passive fire prevention. About the authors mentioned in the paper, they bring complementary and
explanatory ideas providing a better understanding of the subject since they take a more didactic approach to
the theme, differing from the norms that are directed to the elaboration of projects. At that, a theoretical
review was carried out demonstrating the importance of prevention with a focus on compartmentalization in
terms of protecting life and minimizing the negative effects of a fire in a building.
KEYWORDS: Fire prevention; Compartmentation; Structural Safety.
1 Graduando do curso de Engenharia Civil da Universidade Paranaense – UNIPAR.
2 Graduando do curso de Engenharia Civil da Universidade Paranaense – UNIPAR.
UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão
TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como propósito a realização de um estudo sobre a legislação relativa à
prevenção de incêndios com foco na compartimentação das edificações, procurando verificar a eficiência
desta técnica construtiva em situações de incêndio no que se refere a proteção à vida e ao patrimônio.
Observamos que em alguns incêndios ocorridos, as edificações foram totalmente destruídas pela ação
de fogo, gerando inúmeros prejuízos. Além disso vidas foram ceifadas, trazendo para as famílias um dano
irreparável, que poderia ter sido evitado ou minimizado se houvesse a execução e manutenção das medidas
de segurança contra incêndios.
Dentre as medidas de proteção passivas contra incêndios cita-se o isolamento de risco, controle de
materiais de acabamento e revestimento, rotas de fuga e a compartimentação. É de conhecimento dos
profissionais que as medidas de segurança trabalham em conjunto para garantir uma proteção efetiva, logo,
serão abordados no trabalho os tópicos referentes a proteção passiva que associados a compartimentação
garantem mais segurança as pessoas e as edificações.
De acordo a norma de procedimentos técnicos do Corpo de Bombeiros Militar do estado do Paraná,
temos as seguintes especificações para a compartimentação: “A compartimentação horizontal se destina a
impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal. A
compartimentação vertical se destina a impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre
pavimentos elevados consecutivos. ” (NPT 009, 2014, p. 01)
Através da revisão bibliográfica de Normas, e do Código de prevenção de incêndio do estado do
Paraná e obras de pesquisadores que estudaram com ênfase o assunto vamos observar como foi o
desenvolvimento da prevenção de incêndios no Brasil, e posteriormente verificar as principais técnicas
utilizadas para realização da proteção passiva por meio da compartimentação.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Fundamentação Teórica
2.1.1 Histórico da prevenção de incêndio no Brasil
O desenvolvimento de legislações e medidas preventivas contra incêndio e pânico no Brasil pode ser
considerado recente se comparado a outros países, e infelizmente observamos ainda que o fato motivador
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
surgiu de tragédias que custaram a vida de muitas pessoas, como as que ocorreram em 1972 no edifício
Andraus e em 1974 no edifício Joelma.
Após essas tragédias, procurou-se verificar como adaptar os itens de segurança a pessoas não
treinadas e com condições físicas não avaliadas que faziam utilização desses espaços. Começa-se então um
estudo voltado a busca pela melhor forma de abandono de uma edificação.
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas, através do Comitê Brasileiro de Segurança
Contra Incêndio (CB 24), editou a norma brasileira NB 208, intitulada “Saída de emergência em edifícios”
estabelecendo especificamente os procedimentos de execução de escadas protegidas para se tornarem
seguras na utilização como meio de abandono em caso de incêndio, reformulando-a em 1985 para NBR
9077. Como a questão de segurança é dinâmica tanto quanto a evolução tecnológica, fez-se necessária
atualização dessa norma que teve nova redação em 1993 e, mais recentemente, pequena alteração em 2001.
STROSCHÖN (2015), explica que países estrangeiros tiveram grande influência nos regulamentos de
prevenção contra incêndio, existentes no Brasil, originados em sua grande maioria da adaptação da
legislação estrangeira, realizada no âmbito do Instituto de Resseguros do Brasil com vistas à contratação de
seguro.
“A regulamentação relativa ao tema era esparsa, contida nos Códigos de Obras dos municípios, sem
quaisquer incorporações do aprendizado dos incêndios ocorridos no exterior, salvo quanto ao
dimensionamento da largura das saídas e escadas e da incombustibilidade de escadas e da estrutura de
prédios elevados. ” (SEITO, et. al. 2008, p. 22)
Como observado por Seito (2008), não havia uma padronização impedindo uma cobrança mais eficaz
com relação as normas de segurança, fato que pode ter provocado diversos incidentes relacionados a
incêndios.
2.1.2 Legislação
As primeiras medidas de legislação sobre segurança contra incêndio surgiram em meados de 1975
após os incêndios dos edifícios Joelma e Andraus em São Paulo. Houve-se a preocupação em desenvolver
medidas de proteção para a segurança dos usuários, adotando-se nos projetos de edifícios altos a
compartimentação horizontal e vertical.
Em meados da década de 90 o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
outorgou uma instrução técnica, relatando a avaliação de projetos de estruturas contra incêndios, a fim de
conferir a resistência e a segurança.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
Segundo a Lei n.º 13.425, que foi revista em 30 março de 2017, estabeleceu novas diretrizes sobre
medidas de prevenção e combate a incêndio. O major Ivan Ricardo Fernandes do Corpo de Bombeiros do
Paraná, prescreve um prazo de 180 dias para que a lei entre em vigor, tendo em vista, que todos devem se
adequar.
Comenta Fernandes (2017) que em setembro de 2017 foram apresentadas em Goiânia as novas
mudanças feitas, a fim de sancionar a criação do Código Nacional de Prevenção de Incêndio. Explica
Fernandes (2017) que “o intuito do Código não é ser obrigatório e sim servir de referência para todos os
estados brasileiros, até porque cada um tem autonomia em sua atuação e tem suas peculiaridades”.
Segundo o Fernandes (2017), o Paraná teve o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do
Corpo de Bombeiros do Paraná revisado em 2014 conforme Portaria Interna n.º 006/2014 do Comando. O
intuito de estabelecer o Código Nacional, é evitar o uso de leis antigas, como o Rio de Janeiro, um estado
onde apresentam-se mais ocorrências de incêndios, porém utiliza o Código desatualizado, de 1976.
A Lei n.º 13.425/2017 – A nova Lei Federal até já recebeu o apelido “Lei Kiss Nacional” e altera as
Leis n.º 8.078 de 11 de setembro de 1990 e n.º 10.406 de 10 de janeiro de 2002, Código Civil, e dá outras
providências. A norma foi criada com o intuito de evitar tragédias, como aquela ocorrida em 2013 na boate
Kiss, em Santa Maria – RS.
A responsabilidade do Corpo de Bombeiros perante a lei, é conferir os requisitos estabelecidos, a fim
de fiscalizar as medidas de prevenção. Os municípios que não tiverem contrato com o Corpo de Bombeiros,
devem recorrer a corporação militar estadual para providenciar o treinamento de equipes que serão
responsáveis pela realização da fiscalização.
As fiscalizações e penalidades serão aplicadas conforme prescreve a lei, tendo a advertência, multa,
interdição e embargo, na forma da legislação estadual pertinente. O Corpo de Bombeiros e o Poder executivo
municipal, deverão disponibilizar via internet as informações de alvarás, licenças, laudos das perícias e
vistoria, e em casos de reforma ou construção, deve ser analisado pelo Corpo de Bombeiros, ou pela equipe
técnica da prefeitura do município.
2.1.3 Comportamento do fogo e sua influência nas estruturas
O fogo provém de um processo químico de transformação, que depende do resultado de reação
química que desprende a luz e calor e associa-se a combustão de diversos materiais presentes no ambiente.
Os elementos que formam o fogo são, combustível, comburente, calor e a reação em cadeia.
Relata Zabeu (2011), que incêndios provocados em edificações são divididos em classes, de acordo
com as características dos seus combustíveis presentes no ambiente.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
Classe A
O fogo em materiais em sólidos;
Ocorre a queima em superfície e profundidade;
Conforme a queima, costuma-se deixar resíduos, como brasas e cinzas;
Nesta classe, como medida de extinção do fogo, usa-se o método de resfriamento, e por abafamento
utilizando jato pulverizado.
Classe B
O fogo em combustíveis líquidos inflamáveis;
Apresenta queima superficial;
Este tipo de fogo não se deixa resíduos;
O método utilizado como extinção é o abafamento.
Classe C
Caracteriza-se por fogo em materiais ou equipamentos energizados;
Usa-se para a extinção agente extintor não-condutor de eletricidade, dispensando extintores de água
ou espuma.
Para não se torna um incêndio de grande expansão como A e B, deve desligar o quadro elétrico.
Classe D
Fogo caracterizado em materiais como, alumínio, antimônio, magnésio;
Tem maior dificuldade para serem extintos;
Usa-se o método do abafamento para a extinção;
Dispensar a utilização de extintores de água ou espuma;
O comportamento do fogo em construções, tanto de madeira ou de concreto, se distingui de três
fases: a inicial, a intermediária e a final. Direcionando-se para estruturas de concreto prediais, as mesmas
sofrem com efeitos negativos sob ação do fogo, como alteração na coloração, fissuração e perda de
resistência mecânica.
Segundo Rosso (1975), em fase inicial de incêndio o fogo normalmente atinge temperaturas abaixo
de 250 ºC, considerando-se um pequeno efeito na resistência mecânica do concreto.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018Em temperaturas acima de 300ºC, vista como fase intermediaria o concreto se apresenta suscetível a
perda de resistência mecânica a compressão, já na fase final ou extinção do fogo, o resfriamento feito de
forma incorreta pode acarretar a perda de resistência mecânica, afirma Rosso (1975), que o resfriamento
feito de maneira lenta e correta, pode se recuperar 90 % da resistência inicial, porém dependendo da
temperatura máxima atingida.
Neville (1997) apud Lima(2004), a partir da temperatura básica teórica de 300ºC, começam a ocorrer
prejuízos consideráveis na resistência mecânica de um componente de concreto.
A partir de aproximadamente 500°C, as dilatações ocorridas no concreto de agregados siliciosos e no
aço são muito semelhantes, causando fissuração profunda na estrutura, sendo que, a partir de 300°C a cor do
concreto começa a sofrer alteração de tonalidade.
Até atingir a casa dos 600ºC a tonalidade varia de tons róseos a vermelho pálido, devido à alteração
dos compostos de ferro. Acima de 600ºC a tonalidade varia de cinza claro a amarelo claro, provocando
perdas das propriedades mecânicas e lascamentos do cobrimento das armaduras, com exposição até 25% da
superfície das mesmas. Além da alteração da tonalidade, a observação visual das superfícies sujeitas a
sinistros pode revelar informações importantes, como descritas acima.
Destes fatos advém a necessidade da compartimentação, no sentido de evitar que o fogo tome
proporções desmedidas e venha a comprometer a estrutura por completo.
2.1.4 Proteção passiva contra incêndios
A ABNT NBR 14432:2000 descreve que, proteção passiva:
“É o conjunto de medidas incorporado ao sistema construtivo do edifício, sendo funcionaldurante o uso normal da edificação e que reage passivamente ao desenvolvimento doincêndio, não estabelecendo condições propícias ao seu crescimento e propagação,garantindo a resistência ao fogo, facilitando a fuga dos usuários e a aproximação e o ingressono edifício para o desenvolvimento das ações de combate” (NBR 14432, 2000, p.2).
Os dispositivos usados na proteção passiva, são sistemas conhecidos pela grande maioria dos
profissionais, os mesmos devem seguir as normas e legislação de como e quais condições se encontram para
o uso. Estes dispositivos se apresentam como sistemas de compartimentação de ambientes tais como as
portas corta-fogo, paredes de compartimentação, pintura antichamas, selagem de passagens de cabos e
tubulações em paredes e tetos, barreiras corta-fogo e saídas de emergência.
Lin (2016) explica que o objetivo da proteção passiva é confinar o potencial destrutivo de um fogo,
sem combatê-lo ativamente, mas sim, limitando o avanço das chamas, calor, fumaça e gases quentes em uma
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018edificação. Tudo isso contribuirá positivamente para uma evacuação mais segura, menos vítimas fatais e
feridos, um combate mais efetivo e maior preservação do patrimônio.
2.1.4.1 Saídas de emergência
Considerado um sistema de proteção passivo, é possível definir as saídas de emergência como um
conjunto de rotas seguras que conduzam os ocupantes ao exterior da edificação.
A NPT 003 (2014), traz a seguinte definição para saída de emergência:
Caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas,corredores, “halls”, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entretúneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou combinações desses, a ser percorrido pelousuário em caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel,até atingir a via pública ou espaço aberto (área de refúgio), com garantia de integridadefísica. (NPT 003, 2014, p. 40)
Costa, Ono, Silva, (2005) explicam que além de permitir a saída, as rotas de fuga também podem ser
utilizadas para a entrada da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros, pois muitas vezes a
conformação do edifício não permite o combate pelo exterior, e em outras situações também utilizadas para
as operações de resgate de pessoas.
Seito (2008) afirma que compartimentação de rotas utilizadas como saídas de emergência é
importante para impedir o avanço de um incêndio por estes espaços, logo o projeto da compartimentação
deve levar em consideração as exigências para rotas de fuga e saídas de emergência, em cada área
compartimentada.
2.1.4.2 Controle de materiais de acabamento e revestimento
Conforme cita a NPT 10 (2014), o controle sobre o uso de materiais de acabamento procura
estabelecer padrões para o não surgimento de condições propícias do crescimento e da propagação de
incêndios, bem como da geração de fumaça.
Corroborando a ideia anterior Coutinho (2016), complementa ainda a importância do tempo de
abandono seguro da edificação.
As consequências mais diretas desse controle de materiais de acabamento e de revestimentoatravés da escolha de um material adequado, são a minimização da velocidade depropagação das chamas e a restrição da propagação de fumaça em caso de incêndio,proporcionando tempo necessário para que as pessoas possam deixar o edifício comsegurança. (COUTINHO, B.A. CORRÊA, A.R. 2016, p. 36)
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018Coutinho (2016) observa ainda que o controle de materiais de acabamento e revestimento pode ser
obtido com o uso de materiais incombustíveis, ou quando os mesmos apresentarem características de
combustibilidade, devem ser observados os locais de aplicação permitidos pelas normas técnicas e em alguns
casos, deve-se fazer aplicação de retardantes que inibam a propagação de chamas.
2.1.4.3 Resistência ao fogo dos elementos de construção
No Paraná a norma que traz as prescrições sobre a resistência dos materiais é a NPT 08 (2012), que
estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram
as edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo, para que, em situação de incêndio,
seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para as ações de resgate e de combate ao sinistro.
A norma traz uma tabela dos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF), e orienta que devem
ser seguidas três metodologias para comprovação dos resultados:
a) Execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;
b) Atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em ensaios de resistência ao fogo;
c) Modelos matemáticos (analíticos) devidamente normatizados ou internacionalmente reconhecidos.
Segundo a NPT 08 (2012) “os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconhecidos, de acordo
com as normas técnicas nacionais ou, na ausência destas, de acordo com normas ou especificações
estrangeiras internacionalmente reconhecidas. ”
A NPT 08 (2012) traz como exigência que para as escadas e elevadores de segurança, os elementos de
compartimentação, constituídos pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos
e antecâmaras, devem atender, no mínimo o TRRF de 120 min, tempo este considerado seguro para
realização de ações abandono da edificação, combate ao incêndio, busca de vítimas e rescaldo se for
necessário.
2.1.5 Compartimentação
A compartimentação é definida pelo Código de Segurança Contra Incêndios (2017) como:
“Medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção corta-fogo,destinadas a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ouexternamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivosdentro de uma área máxima de compartimentação pré-estabelecida. ” (CSCIP, 2017, p.2).
Observando a definição descrita pelo Código de Segurança do Corpo de Bombeiros do Paraná, nota-
se que sistemas passivos não tem a função impedir o início de um incêndio, mas trabalham em conjunto com
outros sistemas para evitar sua propagação de forma descontrolada.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018SEITO, explica que:
Tanto a compartimentação horizontal como a vertical têm como objetivo impedir apropagação do fogo entre ambientes e pavimentos adjacentes, sendo aplicada em situaçõesem que é desejável limitar o crescimento do incêndio no interior da edificação.Tradicionalmente, a compartimentação é realizada por componentes e sistemas construtivosfixos das edificações (paredes de alvenaria, lajes de concreto, portas e janelas, etc.). Noentanto, também é possível obter a compartimentação de grandes ambientes constituídos devãos horizontais ou verticais (salões, pavilhões de exposição, átrios, etc.) somente emsituação de emergência, por meio de elementos móveis resistentes ao fogo, que se fechampor acionamento manual ou automático. (SEITO, et. al. 2008, p. 129)
Observa-se que o desenvolvimento de projetos relativos a sistemas preventivos deve ser desenvolvido
em conjunto com os outros projetos, visto que, a adaptação de alguns sistemas e componentes pode gerar
dificuldades na compatibilização entre os projetos. No estado do Paraná sempre que houver a exigência de
compartimentação deve ser consultada a tabela que define as áreas máximas a serem compartimentadas.
Fig. 1 – tabela de área máxima de compartimentação.Fonte: NPT 009 (2014) p. 18
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018Seito (2008) explica que na maioria dos regulamentos nacionais, a área máxima admissível de
compartimentação pode variar de oitocentos metros quadrados (situações mais restritivas) a dez mil metros
quadrados (situações mais brandas), porém, para alguns casos, por exemplo, edifícios habitacionais,
escolares/educacionais, garagens e depósitos de materiais incombustíveis, não é determinada uma área
máxima a ser compartimentada.
De acordo com a NPT 09 (2014), encontramos elementos arquitetônicos do tipo corta fogo, e
elementos para-chamas. Os elementos “corta fogo” apresentam, por um período determinado de tempo, as
seguintes propriedades: integridade mecânica a impactos (resistência); impede a passagem das chamas e da
fumaça (estanqueidade); e impede a passagem de caloria (isolamento térmico).
Já os elementos para-chamas, tem as características, dos elementos corta fogo, exceto a característica
de isolamento térmico, não impedindo então a passagem do calor para os outros ambientes.
Seito (2008), observa que a compartimentação é obtida então com a utilização de elementos
arquitetônicos do tipo corta-fogo, sendo paredes de compartimentação, portas corta-fogo e também proteção
das aberturas em paredes de compartimentação e selagens de aberturas verticais (shafts) de tubulações e
instalações elétricas. É necessário a utilização dos elementos corta fogo, pois, o isolamento térmico deve ser
garantido, por exemplo, na proteção de rotas de fuga evitando que em situação de sinistro os ocupantes
sofram com os efeitos do calor gerado pelo incêndio.
2.1.5.1 Compartimentação horizontal
Costa, Ono, Silva, (2005) entendem que compartimentação horizontal tem a função de evitar a
propagação de um incêndio entre ambientes no mesmo plano limitando o crescimento descontrolado do
mesmo através de elementos resistentes a ação do fogo e ainda possibilitando as ações de combate e
salvamento.
“A compartimentação horizontal consiste em dividir a edificação em várias células no plano
horizontal, capazes de suportar o incêndio, impedindo a propagação do fogo para ambientes adjacentes no
mesmo pavimento. ” (SEITO, et. al. 2008, p. 129)
A NPT 09 (2014) explica que a compartimentação pode ser obtida através dos seguintes elementos
construtivos ou de vedação:
a) Paredes corta-fogo;
b) Portas corta-fogo;
c) Vedadores corta-fogo;
d) Registros corta-fogo (dampers);
e) Selos corta-fogo;
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018f) Cortina corta-fogo;
g) Afastamento horizontal entre aberturas.
São exigidos ainda alguns requisitos mínimos de desempenho para esses elementos construtivos que serão
descritos logo abaixo.
2.1.5.1.1 Paredes corta-fogo
A NPT 09 (2014) traz como requisitos mínimos, que as paredes de compartimentação devem ter a
propriedade corta-fogo, sendo construída entre o piso e o teto devidamente vinculada à estrutura do edifício,
com reforços estruturais adequados, observando ainda que em caso de utilização de elementos combustíveis
na cobertura esta parede deve se estender no mínimo 1,0 metro acima da mesma.
Fig. 2 – modelo de compartimentação horizontalFonte: NPT 009 (2014) p. 18
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Fig. 3 – modelo de compartimentação horizontalFonte: NPT 09(2014) p.18
Importante observar que as aberturas existentes para circulação de pessoas equipamentos em paredes
corta-fogo, devem possuir também portas do tipo corta-fogo.
“Os elementos de proteção das aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação
podem apresentar TRRF de 30 min menor que a resistência das paredes de compartimentação, porém nunca
inferior a 60 min.” (NPT 09, 2014, p.7)
Fig. 4 – afastamento de aberturasFonte: NPT 09(2014) p.18
É possível observar na figura que além do prolongamento da aba acima da cobertura, é necessário o
afastamento horizontal entre aberturas e na impossibilidade desta medida deve ser executado um
prolongamento da parede promovendo uma aba vertical.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018No caso de não haver telhas combustíveis a menos de 2,0 metros da parede de compartimentação não
é exigido o prolongamento da mesma como mostrado na figura abaixo.
Fig. 5 - Afastamento de telhas combustíveis Fonte: NPT 09 (2014) p. 3
Em edificações onde houverem aberturas situadas em fachadas ortogonais, pertencentes a áreas de
compartimentação horizontal distintas do edifício, devem estar distanciadas 4,0 m na projeção horizontal, de
forma a evitar a propagação do incêndio por radiação térmica.
Fig. 6 – aberturas em fachadas ortogonaisFonte: NPT 09 (2014) p.4
As aberturas situadas em fachadas paralelas, coincidentes ou não, pertencentes a áreas de
compartimentação horizontal distintas dos edifícios situados no mesmo lote ou terreno, devem estar
distanciadas de forma a evitar a propagação do incêndio por radiação térmica. Podemos melhor visualizar
esta situação nas figuras abaixo.
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Fig. 7 – fachadas paralelasFonte: NPT 09 (2014) p.4
Fig. 8 – fachadas não coincidentesFonte: NPT 09 (2014) p.4
2.1.5.1.2 Portas corta-fogo
Como citado anteriormente para que haja efetividade da compartimentação as aberturas destinadas a
passagem de materiais ou equipamentos deve ser protegida por portas corta-fogo.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018A NBR 11742 (2003), trata das especificações para as portas corta-fogo trazendo a seguinte definição:
“Porta do tipo de abrir com eixo vertical, constituída por folha (s), batente ou marco, ferragens e,
eventualmente, mata-juntas e bandeira, que atende as características desta Norma, impedindo ou retardando
a propagação do fogo, calor e gases, de um ambiente para o outro. ” (NBR 11742, 2003, p.2).
A norma classifica ainda as portas em quatro tipos de acordo com sua resistência, que será exigida
conforme as necessidades de resistência previstas em projeto. Abaixo apresentam-se as classes:
a) classe P-30: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 30 min;
b) classe P-60: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 60 min;
c) classe P-90: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 90 min;
d) classe P-120: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 120 min.
2.1.5.1.3 Vedadores corta-fogo, selos corta-fogo e registros corta-fogo
Seito (2008) explica que todos os dutos de ventilação, exaustão de gases e ar-condicionado que
atravessarem paredes ou outros elementos de compartimentação devem possuir registros corta-fogo
ancorados à estrutura, além de selagem externa que impeçam a passagem de chamas, fumaça ou gases
aquecidos para outros ambientes.
A NPT 09 (2014), cobra como requisito de execução de projetos que a selagem deve promover a
vedação total corta-fogo, e em casos onde haja tubulações com diâmetro superior a 40 mm, devem receber
proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido
pelo fogo em ambos os lados da parede.
Com relação aos registros em dutos de ventilação, os mesmos devem ser ancorados à parede de
compartimentação devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por meio de fusíveis
bimetálicos ou por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240:2010,
que trata de sistemas de detecção e alarme de incêndio.
Opcionalmente quando o fechamento for comandado por sistema de detecção automática de fumaça,
o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema e o fechamento dos dispositivos deve
poder ser efetuado por decisão humana na central do sistema e em caso de falha do dispositivo este deve se
dar na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automaticamente o
fechamento do registro.
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2.1.5.2 Compartimentação vertical
Seito (2008) divide a compartimentação vertical em interna e externa, sendo a interna caracterizada
pela compartimentação de poços de elevadores, enclausuramento de escadas, entrepisos corta-fogo e
selagem de dutos de instalações.
A compartimentação das áreas externas à edificação é obtida pelo afastamento entre a verga e o
peitoril ou pelo prolongamento da laje dos pisos projetando-se em forma de uma aba horizontal que tem
função de impedir que as chamas de um pavimento inferior atinjam o pavimento superior.
2.1.5.2.1 Compartimentação das fachadas
De acordo com a NPT 09 (2014) deve existir elemento corta-fogo na fachada, com tempo de
resistência determinado pela NPT 008 (2012), separando aberturas de pavimentos consecutivos, que podem
se constituir de vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos entrepisos, além do alinhamento da fachada.
A norma preconiza que quando a distância de separação for provida por vigas e parapeitos esta deve
ser de no mínimo 1,20 m como observamos na figura abaixo.
Fig. 9 – distância de separação entre verga e peitoril.Fonte: NPT 09 (2014), p.19
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Fig. 10 – distâncias de separação.Fonte: NPT 09 (2014), p.20
A mesma norma traz ainda a opção de promover a compartimentação das fachadas por
prolongamento da laje criando uma aba horizontal que deve projetar-se no mínimo 90 cm, da edificação,
sendo que esta aba tem a função de afastar da edificação a projeção das chamas evitando que as mesmas
atinjam o pavimento acima. Nas figuras abaixo é possível observar a situação descrita.
Fig. 11 – projeção das abas horizontais.Fonte: NPT 09 (2014), p.19
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Fig. 12 – influência da aba horizontal na projeção das chamasFonte: Costa, C. N; Ono, R; Silva, V. P (2005), p. 4
Seito (2008) descreve que nas situações em que toda a fachada do edifício possuir acabamento em
vidro (“pele de vidro”), devem ser observadas as exigências para instalação de elementos resistentes ao fogo
na parte interna da fachada e o espaço entre a estrutura e a fachada deve ser selado com elemento corta-fogo.
A NPT 09 (2014), descreve que se a própria fachada não for constituída de vidros corta-fogo, devem
ser previstos atrás destas fachadas, elementos corta-fogo de separação, ou seja, instalados parapeitos, vigas
ou prolongamentos dos entrepisos, com as distâncias citadas anteriormente.
Fig. 13 – isolamento em fachadas de vidroFonte: NPT 09 (2014), p.20
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Fig. 14 – detalhe do isolamento em fachada de vidroFonte: IT 09(2017) CBMSP, p.14
2.1.5.2.2 Compartimentação vertical interna
A compartimentação vertical interna é obtida pelos mesmos elementos da compartimentação
horizontal, porém posicionados de forma diferente na edificação.
“A compartimentação vertical é obtida pelos elementos horizontais de compartimentação:entrepisos corta-fogo, enclausuramento de escadas por meio de parede corta-fogo decompartimentação, enclausuramento de elevadores e monta-carga, poços para outrasfinalidades por meio de porta para-chama, selos corta-fogo, registros corta-fogo (dampers),vedadores corta-fogo, elementos construtivos corta-fogo/pára-chama de separação verticalentre pavimentos consecutivos” (Costa, C. N; Ono, R; Silva, V. P. 2005, p.16)
De acordo com a NPT 09 (2014) a efetividade dos elementos de compartimentação deve ser
comprovada por ensaios normatizados, que garantam sua resistência em situações de incêndio.
2.1.5.2.2.1 Compartimentação de escadas e elevadores
A compartimentação de escadas é obtida pelo enclausuramento das caixas de escada por meio de
paredes de compartimentação e portas corta-fogo.
A NPT 09 (2014), caracteriza a importância da compartimentação de escadas de duas formas, visto
que além de impedir a propagação dos incêndios de forma vertical, ela promove uma rota de fuga
considerada segura e resistente para os ocupantes da edificação em situações de risco.
A resistência ao fogo dos materiais constitutivos da parede de compartimentação sem função
estrutural deve ser comprovada por meio do teste previsto na NBR 10636 que trata da resistência ao fogo
dos elementos construtivos.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018Nas figuras abaixo é possível observar a compartimentação de escadas e elevadores por meio de
paredes e antecâmaras evitando que a fumaça atinja esses compartimentos, assim como os pavimentos
superiores.
Fig. 15 – compartimentação vertical de escadas e elevadoresFonte: SILVA, V. P. VARGAS, M. R. ONO (2010) p. 18
A NPT 09 (2014), traz como exigência que as portas corta-fogo utilizadas para enclausuramento das
escadas devem ser construídas integralmente com materiais incombustíveis, caracterizados de acordo com o
método ISO 1182/2010(teste de incombustibilidade), exceção feita à pintura de acabamento.
Fig. 16 – enclausuramento de escadas e elevadores de emergência.Fonte: NPT 11(2016) p. 16
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É possível observar na figura acima um exemplo de enclausuramento da caixa de escada e do fosso
do elevador de emergência através de portas corta fogo e paredes de compartimentação. O modelo
apresentado conta ainda com a antecâmara com dutos de entrada e de saída de ar para o caso de adentrar
fumaça ou gases aquecidos na antecâmara os mesmos sejam removidos por estes dutos.
Com relação aos elevadores quando os mesmos não forem enclausurados, a NPT 09 (2014), cobra
que portas de andares dos elevadores devem ser classificadas como para-chamas, com resistência ao fogo de
30 minutos, e as mesmas não devem permanecer abertas em razão da presença da cabine nem abrir em razão
do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura evitando que em caso de
incêndio possa haver propagação de gases ou chamas por estas aberturas.
2.1.5.1.2.2.2 Compartimentação das prumadas e instalações de serviço
Segundo a NPT 09 (2014), “quaisquer aberturas existentes nos entrepisos destinadas à passagem de
instalação elétrica, hidros sanitárias, telefônicas e outras, que permitam a comunicação direta entre os
pavimentos de um edifício, devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo”
A compartimentação das prumadas é necessária para evitar que o fogo ou fumaça passe para outros
pavimentos alastrando o incêndio para os pavimentos superiores.
Observa a NPT 09 (2014) que as prumadas totalmente enclausuradas por onde passam as instalações
de serviço, como esgoto e águas pluviais, não necessitam ser seladas desde que as paredes sejam de
compartimentação e as derivações das instalações que as transpassam sejam devidamente seladas.
“A princípio, as chamas propagadas através dos “espaços escondidos” não são perigosas,mas a existência de quantidades significativas de cargas de incêndio, tais como, tubulaçõesplásticas, fiação elétrica e de comunicação, materiais combustíveis para o isolamento térmicoe acústico, podem propagar o incêndio horizontalmente, quando essas cargas se encontramagrupadas. O confinamento do incêndio em compartimentos contendo esses espaçosimperceptíveis, é conseguido por meio da selagem. ” (Costa, C. N; Ono, R; Silva, V. P 2005,p.06)
Costa (2005), explica que na maioria das edificações de grande porte surgem inúmeros espaços
invisíveis que podem ser frestas entre elementos de fechamento, dutos de instalações prediais, espaços acima
de forros suspensos, embaixo de pisos falsos, atrás de caixas de instalações prediais, em áticos, entre outros e
todos eles comprometem eficiência da compartimentação.
Podemos observar na figura abaixo um modelo de selagem de duto de ventilação e passagens de
tubulações nos entrepisos.
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Fig. 17 – selagem de dutos e tubulaçõesFonte: Costa, C. N; Ono, R; Silva, V. P 2005, p.06
A NPT 09 (2014), explica que os fechamentos dos registros corta-fogo devem ser ligados a sistemas
de detecção de fumaça que promovam seu fechamento automático em caso de incêndio podendo também ser
efetuado por decisão humana na central do sistema garantindo assim uma dupla segurança com relação ao
funcionamento.
2.1.5.3 Cortinas corta-fogo e para-chama
A utilização desses equipamentos é considerada quando o uso da edificação ou suas características
construtivas não permitem a compartimentação por meio de paredes ou outros elementos construtivos.
Costa (2011) explica que as cortinas corta-fogo são feitas de tecido sintético com características
especiais de resistência ao fogo e ao calor e são mais indicadas para ambientes industriais visto que, nas
indústrias, existem muitas tubulações saindo das paredes e que precisam de vedação. Elas podem ser
aplicadas também em aberturas das cozinhas de restaurantes, para passar os pratos.
Migliore (2013) explica que uma das grandes vantagens das cortinas é que podem ser utilizadas para
compartimentar grandes vãos, sem a necessidade de instalar uma barreira fixa que geralmente limitaria o
trânsito de pessoas e máquinas e que acabaria por dividir áreas adjacentes devido ao risco de incêndio. As
cortinas podem ser utilizadas em diversas formas e posições, adequando-se às várias situações da arquitetura
do edifício a proteger.
O mesmo pesquisador comenta ainda que as cortinas são aptas para compartimentar ambientes com
risco de incêndios, impedindo a propagação das chamas, do fogo ou da radiação térmica. Suas características
são a resistência, estanqueidade e isolamento térmico por um determinado tempo.
O acionamento é interligado entre o painel de controle da cortina e os detectores ou o sistema de
alarme central é por meio de um sinal em corrente contínua. Quando este sinal é interrompido, seja qual for
o motivo, o painel da cortina assume que deve liberar o dispositivo de atuação para o fechamento dela.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018Durante o processo de fechamento, guias laterais conduzem o acortinado até o piso e mantêm o tecido
em posição vertical. Um elemento de arremate (friso de arremate) faz o contato com o piso proporcionando
maior segurança contra as pressões produzidas no incêndio.
Fig. 18: utilização de cortinas corta-fogo na proteção de aberturasFonte: revista Incêndio, p. 32
Observa-se então que esse tipo de sistema pode ser muito funcional e amplamente utilizado em
grandes indústrias com linhas de produção que não podem ser divididas por paredes, assim como também
em shoppings que por motivos arquitetônicos dispõem de grandes átrios que sem proteção adequada
poderiam facilitar a propagação de incêndios.
2.2 Metodologia
A metodologia que utilizamos foi baseada na pesquisa bibliográfica e documental, verificando as
principais legislações sobre a prevenção de incêndios com enfoque na compartimentação e sua influência na
segurança das edificações, e também o que abordam os autores dos principais livros que estudam a
segurança contra incêndio no Brasil.
No estado do Paraná a fiscalização da aplicação das normas de prevenção de incêndios é realizada
pelo Corpo de Bombeiros, que tem como base o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, logo
tornou-se indispensável ao trabalho a consulta do mesmo, assim como as Normas de Procedimentos
Técnicos, e mais especificamente neste trabalho foram consultadas as NPT´s 03,08,09,10 e 11.
De forma a complementar os estudos também consultamos as Normas da ABNT relativas a prevenção
de incêndios, que além de referência as normas utilizadas no Paraná, também embasam as legislações
aplicadas em todo o país.
Em relação aos livros relativos à área de prevenção de incêndios, tendo como base por exemplo, os
autores Alexandre Seito, Valdir Pignata e Silva, Rosária Ono, Carla Neves Costa, entre outros citados nas
referências, observando que sua consulta se fez necessária, pois, os pesquisadores tendem a fazer abordagens
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018mais amplas e explicativas sobre os assuntos se comparados as legislações, o que promoveu um
enriquecimento do conteúdo da pesquisa.
2.3 Resultados e Discussão
Após todos os estudos foi possível observar que no Estado do Paraná as medidas preventivas
referentes a compartimentação são avaliadas primeiramente em projeto apresentado ao Corpo de Bombeiros,
e após a conclusão da obra é realizada a vistoria da edificação conforme o projeto aprovado, para que
finalmente seja emitido o Certificado de Vistoria, atestando que a mesma está adequada com ralação as
medidas de segurança contra incêndio.
Na maioria das edificações a compartimentação vertical passa a ser exigida se a altura da mesma for
maior que doze (12) metros, sendo mais comum a compartimentação das fachadas e selagem dos dutos de
instalações, observando que a compartimentação interna pode ser substituída por sistemas de controle de
fumaça e instalação de chuveiros automáticos, casos em que deve-se consultar as tabelas específicas de cada
tipo de edificação, apresentadas pelo Código de Segurança Contra Incêndios.
Com relação a compartimentação horizontal, deve ser observada a tabela da NPT 09, apresentada
anteriormente no trabalho, observando também que em alguns casos a compartimentação pode ser
substituída por outra medida de segurança, casos em que o responsável técnico deve avaliar qual é a melhor
solução a ser adotada e que atenda as exigências normativas.
Referente a vistoria técnica realizada nas edificações para avaliação da execução das medidas de
segurança, a mesma poderá ser acompanhada pelo responsável técnico, onde serão verificadas as
especificações de projeto e comparadas no local da obra com o que foi executado, havendo divergências será
solicitado a adequação das medidas para realização de nova vistoria.
Nos casos em que não for possível para o vistoriador avaliar visualmente as medidas de segurança,
como pode ocorrer nas selagens de dutos, execução de paredes corta-fogo, ou instalação de sistemas, pode
ser solicitado para o profissional a Anotação de Responsabilidade Técnica, atestando que o profissional
executou as medidas de segurança conforme o projeto.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegando ao final deste trabalho observa-se que os sistemas de prevenção de incêndios devem
sempre ser projetados como um todo e que a literatura apresentada é concordante quanto aos objetivos das
medidas preventivas no sentido de proteger as pessoas e minimizar os danos provocados em casos de
sinistros.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018Como citado anteriormente alguns eventos trágicos que ocorreram em nosso País, acabam por
pressionar as autoridades no sentido de tomar decisões para a melhora das legislações referentes a segurança,
porém, durante as pesquisas observamos também que estados como o Paraná e São Paulo estão sempre
atualizando seus códigos no sentido de prevenir e evitar problemas relacionados à segurança contra incêndio.
Foi possível observar também durante os estudos que cada estado tem suas normas específicas
referentes a compartimentação, fazendo-se necessário a consulta das mesmas para a elaboração e aprovação
de projetos junto aos órgãos competentes, que em sua maioria são os Corpos de Bombeiros Estaduais e a
quem cabe ainda a fiscalização das edificações após a conclusão das obras.
Na abordagem principal da pesquisa que foi a compartimentação no combate passivo a incêndios,
observamos que a aplicação em conjunto das técnicas orientadas pelas normas, podem evitar a ação
descontrolada do fogo, beneficiando a evacuação de ocupantes da edificação, as operações de salvamento e
combate ao incêndio e também evitando que a edificação entre em colapso em um curto período de tempo,
logo, considera-se que a compartimentação é de suma importância na proteção à vida dos ocupantes assim
como na proteção ao patrimônio.
Outro ponto abordado foi a compartimentação através de cortinas corta-fogo, que fornece uma
técnica moderna e versátil para a proteção de grandes espaços encontrados por exemplo em shoppings e
grandes indústrias e que a princípio não podem ser divididos por paredes ou outros elementos de
compartimentação fixos.
Como recomendação para estudos futuros, faz-se necessário a elaboração de uma norma de
compartimentação em âmbito nacional, que poderia servir de base para uma padronização dos códigos
estaduais, assim como para atualização de normas que podem estar deixando de cobrar pontos essenciais das
medidas de segurança conta incêndio referentes a compartimentação.
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TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018SIMON, B. et. al. Benefícios da compartimentação para a segurança contra incêndios. Compartimentara edificação evita que o fogo se propague e facilita o resgate de vítimas. Revista Incêndio, ed. 87. Disponívelem: www.ipt.br/dowload.php Acesso em 25 de maio de 2018.
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