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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Graciela Peruzzo
REABILlTA9AO POS-OPERATORIA DAS LESOES DO
MANGUITO ROTADOR
(INTERVEN9AO DO TERAPEUTA DE MAO)
Curitiba
2004
Graciela Peruzzo
REABILlTAC;:AO POS-OPERATORIA DAS LESOES DO
MANGUITO ROTADOR
(INTERVENC;:AO DO TERAPEUTA DE MAO)
Trabalho de Conclusao de Curso de P6s-graduacao- Reabilita1fi!o des Membros Superiores - Terapiada Mao, promovido pela Universidade Tuiuti doParana, como requisite parcial para obtenyao dotitulo de especialista em Terapia da Mao.
!
Curitiba
2004
TERMO DE APROVAt:;AO
Graciela Peruzzo
REABILlTAt:;AO POS-OPERATORIA DAS LESOES DO
MANGUITO ROTADOR
(INTERVENt:;AO DO TERAPEUTA DE MAO)
Esta monografia foi julgada e aprovada para a P6s~gradua<rao em Especializac;ao deReabilitac;aodos Membros Superiores - Terapia da Mao, da Universidade Tuiuti do Parana.
Cuntlba, de ,de 2004,
Schirley Manhaes
Reabilitacao dos Membros Superiores - Terapia da Mao
Universidade Tuiuti do Parana
Dedicatoria
Dedico a Deus,
WPorvezes, senti meu corpo fraquejar I e tuestendeste tua mao e ergueste-me.
Por vezes, senti minha alma S8 abater, etu me deste coragem para prosseguir.
Par vezas, senii meu espirito desvanecer,e tu enviaste 0 teu proprio espirito parame con solar. Hojet a vitoria e minha ... E ati, meu Deus, toda honra e toda gl6ria.Eternamente, amem."
"E melhor tentar e falhar que preocupar-seever a vida passaro
E melhor tentar ainda que em vao, quesentar-se fazendo nada ate 0 final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que emdias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco, que emconformidade viver."
(Martin Luther King)
SUMARIO
INTRODUi;AO .. . 7
2 FUNDAMENTAi;AO TEORICA ..
21 MEMBRO SUPERIOR ..
...... 8
.. 8
. 11
. 14
. 15
. 16
. 16
2.1.1 Musculos que atuam no membro superior..
2.1.2 Vasculariza<;ao ..
2.1.3 Mobilidade ..
2.1.4 Ritmo escapuloumeral ..
2.1.5 Amplitude dos movimentos do ombro ..
2.2 PATOLOGIA DO MANGUITO ROTADOR . .......... 17
2.2.1 Aspectos anatomos-funcionais do manguito rotador... . 18
2.2.2 Processos patol6gicos . 19
2.2.3 Evolu<;ao das lesoes do manguito rotador ..
2.2.4 Tratamento ..
.............. 20
. 22
3 TERAPIA DA MAO ..
3.1 HISTORIA DA TERAPIA DA MAo ..
3.2 HISTORIA DA TERAPIA OCUPACIONAL ...
. 25
. 25
. 25
3.2.1 Conceitos de terapia ocupacional 28
3.3 INTRODU<;:AO A REABIL1TA<;:AO DO MANGUITO ROTADOR.. . 29
3.4 PROTOCOLOS DE REABIL1TAi;AO POS-OPERATORIO DAS LESOES
DO MANGUITO ROTADOR .
3.5 PARECER TERAPEUTICO ...
. 29
. 34
CONSIDERAi;OES FINAlS. ..... 36
REFERENCIAS .. . 37
INTRODUC;:AO
Entender a complexa anatomia tridimensional do manguito rotador [MR] e
crucial para uma adequada reabilitac;:ao.
o MR e uma unidade funcional composta pelos musculos subescapular
[SUBE), supra-espinhal [SE), infra-espinhal [IE) e redondo menor [RM); que revestem
a cabec;:ado umero e tern func;:aode estabilizar, mobilizar e nutrir a articulary2lo
glenoumeral; tambem, e 0 principal musculo cinetico para iniciar 0 rnovimento e
mover funcionalmente a brac;:ona abduc;:ao, na flexao e rotavao externa. Varias
causas concorrem para a patologia do manguito rotader, entre as quais trauma,
hipovascularizac;:aoe impacto subacromial.
Se nao diagnosticada e tratada a tempo, Dcorre a evoluc;:aoda lesao do
manguito rotador.
Porem, poucos sabem, que para a reabilita<;ao do ombro existe um
profissional especializado, 0 ~Terapeutada Mao", que recebe este titulo porque sua
especializa<;aoe Reabilita<;aodo Membra Superior e Terapia da Mao, e tambem,
porque e de sua competemcia as ac;oes referentes a promocyc3.o,prevenc;ao,
recuperac;c3.oe reabilitacyc3.o.
Com intuito de nortear os profissionais da area da saude sobre a importancia
deste profissional e seu trabalho, e que faz-se necessaria uma revisao literaria sobre
as lesoes do manguito rotador e consequentemente, a conduta assertiva da
reabilitac;ao p6s-c1rurgica, sendo que a real justificativa e instiga-los a saber mais
sabre a Terapeuta da Mao.
Ao realizar este trabalho, caracterizado par pesquisa biblio9r<,fica, foram
utilizados sete livros, onze capitulos de livros, um artigo e ties consultas on-line.
2 FUNDAMENTA~Ao TEORICA
2.1 MEMBRO SUPERIOR
Dangelo e Faltini (2002), relatam que as brayos sendo diferentes das maos,
tambem desenvolvem suas habilidades, pais e, urncomplicado sistema de articulac;oes
e alavancas que permitem variado posicionamento da mao.
"Em qualquer colocayM da mao em posi,ao adequada para atividades
manuais, ha envolvimento de todas as articula90es do complexo do ombro"
(CAILLlET, 2000, p. 21).
Segundo Manso e Manso (2000), 0 ombro e a mais movel das articulayoes
do corpo humane porque em sua constituir:;:<3opreponderam tecidos moles:
museu los, fascias, ligamentos, tend6es e capsulas articulares. TOdDSas movimentos
sao incubidos de permitir ao ombro, urn movimento completo e livre da dor. Usa-S8 0
termo cintura escapular para denominar 0 mecanismo bra90escapuloumeral, que econtituido pelas articular:;:oes - glenoumeral, acromioclavicular, esternoclavicular,
escaulotoracica e um espa90 subacromial, por sua vez considerado uma pseudo-
articula9ao.
A articula9ao glenoumeral, classificada como sinovial, do tipo esferoidal,
composta por duas estruturas 6sseas que se articulam em suas faces articulares: a
cavidade gfen6idea da escapufa, e cabega do umero localizada na epifise proximal
do umero. A conformayao anatomica das faces articulares da articulayao propicia
pequena coaptayaO devido a rasa e pequena superiicie da cavidade glenoidea e a
grande cabeya do umero. Com a intuito de amenizar esta incongruencia mecanica e
contribuir para minima estabiHdade desta articulagao tornando-a congruente,
encontra-se na orla da cavidade glen6idea um labio formado pela capsula articular e
o tendao do musculo biceps braquial (cabe,a longa). Os ligamentos glenoumerais,
coracoumeral e as tend6es dos museu los SUBE, SE, IE e RM S8 fundem a capsula
articular. Devida a estabilidade ja mencionada dessa articulayao, os musculos que
transpassam esta ar1icula98.0 sendo considerados como estabilizadores ativQs,
trabalham gerando tens6es contrarias (agonistas e antagonistas) evitando desta
forma possiveis Jux896es.
Acima da articulay2lo glenoumeral, mais especificamente abaixo do musculo
deltoide e do processo 6sseo acr6mio da escapula, localiza-s8 duas bursas
(capsulas revestidas por membrana sinovial, cheias de liquido sinovial): a
5ubteltoidea e a subacromial, as quais possuem a funyao especifica de evitar
constantes atritos entre as estruturas 6sseas e tecidos moles adjacentes. 0
processo osseo acr6mio da escapula relaciona-se ao processo corac6ide por meio
da ligamenta coracoacromial, forrnando urn teto protegendo a cabe<;:a do umero e os
ligamentos do manguito rotador (HALL, 2000).
A articula<;:80 acromioclavicular, tern forma plana, do tipo sinovial e esta
situada entre a extremidade distal da clavicula e borda medial do acromio. A capsula
fraca e refor,ada pelos ligamentos acromioclavicular superior que e constituido, por
urn feixe quadrib3tero revestindo a parte superior da articula<;:80 e estendenda-se
desde a extremidade acromial da clavicula a area adjacente do acremia. 0
ligamenta acromioclavicular inferior, tern sua inser<;:aona extremidade distal e inferior
da clavicula, estendendo-se a face adjacente do acremia, recabrindo a parte inferior
da articula(fao. Os ligamentos coracoclaviculares sao canstituidas por dais feixes:
ligamenta trapez6ide, inserido na face superior do processo corac6ide e na' crista
obliqua da face inferior da clavicula; e 0 ligamenta can6ide, inserido na impressao
10
rugosa da base do processo corac6ide e no tuberculo can6ide da face inferior da
clavicula, que unem a clavicula ao processo corac6ide e tern como funyao, manter a
clavicula em contata com 0 acremio. Os ligamentos corococlaviculares estao
relacionados pelas faces ventrais dos museu los delt6ide e sub clavi a e musculo
trapezio par sua face dorsal. Nenhum musculo cruza diretamente essa articulagao
para oferecer suporte dinamico (MANSO e MANSO, 2000).
A articulagao esternoclavicular e triaxial do tipo sinovial, incongruente,
formada pela extremidade esternal da clavicula que e fixada a parte superior e
lateral do manubria do externo e a cartilagem da primeira costela. A articulac;:ao esuportada pelos ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior e os ligamentos
intra clavicular e costoclavicular. Entre as superficies articulares existe um menisco
fibroso que se confunde com a capsula, que atua como elemento adicional e sua
fun,ao e evitar que a capsula seja empurrada medialmente (MANSO e MANSO,
2000).
Quanto a articula,ao escapulotoracica, Colby e Kisner (1998), descrevem
que os movimentos da escapula requerem deslizamento da mesma sobre 0 torax. A
escapula realiza movimentos de eleva9ao, depressaat protra9ao, retra9ao, rota9c30
para cima e para baixo. Defeitos na postura escapular por conseqOencia de um
desequilibrio no comprimento e na for9a dos museu los umerais, podem alterar a
mecanica da articula,ao glenoumeral.
o espa,o subacromial segundo Manso e Manso (2000), esta delimitado
superiarmente pelo arco coracoacromial (acromia, ligamenta coracoacromial,
processo corac6ide), inferiormente delimitada pela capsula articular sobre a cabe,a
do umero e anteromedialmente em relac;ao ao processa corac6ide. 0 ligamenta
coracoacromial esta situada entre 0 processo carac6ide e 0 acremio.
11
2.1.1 Musculos que atuam no membro superior
a) BicEPS BRAQUIAL, e bi-articular e 0 mais superficial dos musculos
ante rio res do brayo, e como 0 nome indica, passu; duas cabeg8s de origem,
uma longa (lateral, abduz e gira 0 bra~o medialmente) e outra curta
(medial, que aduz). Com ambas as cabe~as ele e ativo na articula~ao do
ombro na anteversao. Na articula9<30 do cotovelo, ele age como flexor e
eficiente supinador, aumentando a capacidade de supina9ao, com a
flexao da articula~ao do cotovelo (DANGELO e FATIINI, 2002).
b) DELrOIDE, origina-se na espinha da escapula, acr6mio e ter~o lateral da
clavicula e insere-se na tuberosidade delt6idea do umero. Realiza
movimentos de abdw;:ao, flexao e extensao do brago e e inervado pelo
nervo axilar (raizes C5 e C6) (MELLlON, 1997).
c) SUPRA-ESPINHAL, origina-se dos dois ter~os medios da fossa supra-
espinhal e da superfide interna da fascia, convergido para 0 tendao. 0
tendao esta aderido a parte superior da capsula e aD tendao do musculo
infra-espinhal, constituindo a parte superior do MR. Continua atraves da
parte superior para inserir-se nas impress6es do tubercula maior do
umero. Este musculo, juntamente com 0 deltoide realizam a abduyao do
bra~o. 0 musculo e inervado pelo nervo supra-escapular (C5) (MANSO e
MANSO, 2000).
d) INFRA-ESPINHAL, e urn musculo triangular, aspessa, que se origina dos
dois ter~os mediais da borda infra-espinhal e da superficie inferior da
espinha da escapula para inserir-se na faceta media do tubercula"maior
do umero. A 89aO deste musculo, consiste em radar a bravo extern"amente,
12
ajuda, tambem, a manter a cabe9a do umera na fossa glen6idea durante
a abdu,ao. Eo inervado pelo nervo supra-escapular, contendo fibras do
quinto e sexto nervos cervicais (MANSO e MANSO, 2000).
e) REDONDOMENOR, as fibras do musculo redondo menor dirigem-se para
cima e para fora, terminando em urn tendao que passa transversal mente e
seadere a parte posterior da capsula da articula,ao glenoumeral. Inserem-
S8 na mais inferior das facetas do tubercula maior. E inervado pelo nerva
axilar (C5) e sua principal fun,ao e a rota,ao externa (MELLlON, 1997).
f) REDONDO MAIOR, origina-se da borda lateral da escopula com inser,ao
na crista do tubercula menor do umera. 0 musculo redondo maior e
suprido pelo nervo subescapular inferior (C5 e C6). Sua a,ao consiste em
estender, aduzir e girar medialmente 0 bra,o (MANSO e MANSO, 2000).
g) SUBESCAPULAR, triangulare amplo, origina-se na face costal da escopula
e insere-s8 no tubercula menor do umera. Realiza rotaC;80 medial do
brayo e e suprido pelos nervos subescapulares superior e inferior do plexo
braquial (C5 e C6) (MANSO e MANSO, 2000).
h) TRAPEZIO, origina-se do ligamento da nuca, protuberancia occipital
externa, linha nueal, processes espinhosos superiores e toracicos inferiores
com inser,ao no acromio, espinha da escapula, parte lateral da clavicula.
Inervada pelo nerve acess6rio espinhal. Suas fibras abaixam e elevam a
escapula, permitindo a abdu,ao plena no membro superior (MELLlON,
1997).
GRANDE DORSAL, origina-se nos processos espinhosos das seis
vertebras lombares, sacro e crista iliaca, tambem nas quatro costelas
inferiores e no angulo inferior da escapula.lnsere-se na margem inferior
do redondo maiorpara S8 fixar no sulco intertubercular do u -;.jero. Inerva&.9
pelo nervo toracodorsal, ramo do fasciculo posterior do plexo braq~Ta(Sua
fun,iio e aduzir, estendere radarmedialmente a bra,o (MANSO e MANSO,
2000).
j) ROMBClIDES, originam-se nas pracessas espinhosos da setima vertebra
cervical e das cinco primeiras vertebras ton3cicas, com insen;ao na borda
medial da escapula. Esses sao inervados pelo nerve dorsal da escapula
(C5) e realizam a adu,iio do bra,o (MANSO e MANSO, 2000).
LEVANTADOR DA ESCApULA, origina-se na tubercula posterior do
processo transversa das quatro primeiras vertebras e insere-se na borda
medial da escapula, entre 0 angulo superiore a superficie triangular, situada
na raiz da espinha. Inervada na porgao inferior pelo ramo de nervo dorsal
da escapula (C5). Sua fun,iia e elevar e tracionar medialmente a escapula
(MANSO e MANSO, 2000).
m) PEITORAL MAIOR, sua origem e na superficie anterior da clavicula e nas
seis prirneiras cartilagens costais, com jnSef/;:ao no umero, ao longo da
margem lateral do sulce intertubercular. Inervado pelos nervos peitorais
medial e lateral do plexo braquial. Eo um forte adutor e flexor da bra,o,
produz a rota,iio medial da timero (MANSO e MANSO, 2000).
n) PEITORAL MENOR, mtisculo triangular e delgado, origina-se na terceira,
quarta e quinta costelas, insere-se na borda medial e na superficie
superior do processo corac6ide da escapula. Inervada pelos nervos
peitorais medial e lateral, auxilia nos movimentos de protrac;:aoe rotac;:ao
da escapula (MANSO e MANSO, 2000).
14
0) SUBCLAVIO, origina-se na primeira costela, inserindo-se no sulco da face
inferior da clavicula. A inerva.;:ao provem de urn nerve do troneo lateral do
plexo braquial (C5 e C6). Sua fun,ao e fixar a clavicula e auxiliar na
depressao do ombro (MANSO e MANSO, 2000).
p) SERRATIL ANTERIOR, e um musculo largo que se origina das bordas
superiores superiiciais das primeiras oito coste las, inserindo~se na face da
escapula. Esta inervado pelo nervo toracico longo (C5, C6 e C7). Este
musculo auxilia 0 musculo trapezio na rotac;ao da escapula e ajuda
estabiliza-Ia (MANSO e MANSO, 2000).
2.1.2 Vasculariza,ao
A irrigac;ao arterial do membra superior e realizada atraves de urn unico
tronCD ate 0 cotovelo.
Temas a arteria subclavia, axilar e braquial, esta divide-s8 em dais famos:
radial e ulnar.
As arterias subclavias possuem origens diferentes, sendo que, a esquerda
origina-se do areo da aorta e a direita no troneD braquiocefalico; passando par tras
da articulac;ao esternoclavicular, subindo ate 0 pescoc;o e finalmente formando urn
areo que S8 estende acima da clavicula.
A arteria axilar e a continuac;ao da arteria subclilVia, po is inicia na borda
externa da primeira costela com termino na borda distal do tendao redondo maior,
onde recebe a denomina9ao de arteria braquial.
A arteria axilar esta dividida em tres porc;oes.
15
A primeira paryao forma a arteria toracica suprema que irriga os museu los
peiteral menor e maior.
A segunda paryao da origem as arterias toracoacromial e toracica lateral que
irriga a musculo serratil anterior e as musculos peitorais.
A terceira paryao origina as arterias subescapular (que faz urn trajeto curto,
dividindo-se em arterias circunf!exa posterior e anterior do umera. A arteria
circunflexa da escapula irriga 0 IE, SUBE, RM e redondo maior, poryao longa do
biceps e delt6ide. Ja a torocodorsal irriga as musculos serrati Ianterior e os intercostais.
A arteria circunflexa posterior do umera irriga 0 delt6ide e a articulag30
glenoumeral, e a circunflexa anterior do umera irriga a cabe<;a do umera e a
articulayao do ombro (MANSO e MANSO, 2000).
2.1.3 Mobilidade
As articulag6es da cintura escapular sao muito estaveis, 0 que permite um
amplo movimento.
A mobilidade do ombro e realizada em tres pianos: frontal ou coronal, sagital
e horizontal.
No plano horizontal sao realizados movimentos de abduyao horizontal e
aduyao horizontal.
No plano lrontal sao executados os movimentos de abduyao e aduyao, e 0
plano sagital executa movimentos de Ilexao e extensao (BOLLIGER NETO e
LE:VAS, 1998).
Segundo Manso e Manso (2000), o~ movimentos de rotayao externa e
interna sao obselVados em dois pianos: membra superior pendente ao Jado do t6rax
e a outra parte elevado a 90' graus de abduyiio no plano frontal. Saber do.spianos
laz parte do processo de reabilitayao do paciente.
16
2.1.4 Ritmo escapuloumeral
A observaC;2Io do ritmo escapuloumeral e importante para avaliar-se a func;:ao
do ombro.
Para realizar urn movimento do bratyo, para pOr as maos e as dedos emposi~ao funcional e preciso a participay<lo tanto da escapula como doumero, de maneira suave, coordenada e essencialmenle sem esfortyo,indolor e sincronica (CAILLlET, 2000, p. 55).
Para Colby e Kisner (1998), a articulal'ao glenoumeral inicia a movimento
enquanto que a escapula busca estabilidade. No meio do movimento da escapula,
ela possui maior mobilidade, mas em seguida a articulac;ao glenoumeral assume 0
movimento.
"Em 1934 Cadman, inicialmente referiu que abdul'ao do numero a 180 graus
necessita que a clavicula, a escapula e 0 umero atuem em urn padrao de interagao
ao long a de toda a amplitude de movimento" (HALBACH e TANK, 1993, p. 483).
Na elevaC;8o ou na abduc;:ao pass iva do ombro as musculos da escapula
permanecem inativos.
A sincronizada movimentac;ao da escapula, permite aos museu los
responsaveis uma boa relac;ao entre comprimento e tensao durante a atividade.
Durante a eleva<;ao!abduc;ao ativa do ombro, a constatacyao do atrasa no
inicio do movimento da escapula, indicara debilidade funcional do musculo serratil
anterior. No caso de disfunc;c3o do MR ou ao tentar realizar elevac;ao ativa, 0 paciente
campensa, encolhendo a ambro au elevando a escapu!a.
2.1.5 Amplitude dos movimentos do ombro
Trombly (1989), Manso e Manso (2000), compreendem que a movimento
articular normal, pade-se diferenciar dependendo dCi idade, sexo, da massa corp6rea
17
(individuos de pesos diferentes) e quantidade de atividade fisica que esta pessoa
realiza.
Ambos as autores acima citados, adotam as indices da American Academy
of Orthopaedic Surgeons, que nos fomece os graus de amplitude de movimento
realizados pelo ombro, segue-os:
a) ABDU~AO, movimento realizado no plano frontal que atinge uma
amplitude de 180' graus.
b) FLEXi'lO, realizada no plano sagital e atinge amplitude de 180' graus.
c) EXTENSAO, acontece no plano sagital e sua amplitude e de 60' graus.
d) ABDU~AO HORIZONTAL, realizada no plano horizontal com amplitude
de 45' graus.
e) ADU~Ao HORIZONTAL, tambem realizada no plano horizontal, sua
amplitude e de 45' graus.
f) ROTA~AO EXTERNA, realizada exciusivamente na articulal'ao
glenoumeral, e executada no plano coronal com amplitude de 90° graus.
g) ROTA~AO INTERNA, considerada tambem, um movimento exclusivo da
articulal'iio glenoumeral. Geralmente medida no plano sagital; sua
amplitude e de 70' graus.
2.2 PATOLOGIA DO MANGUITO ROTADOR
Para Cosgarea e Sebastianelli (2001), a doenl'a do MR compreende um
espectro de patologias que inciui tendinite, bursite subacromial, sindrome do impacto
e ruptura parcial ou total do MR. Na maioria dos casos 0 uso excessivo '6 fator
contribuinte.
1B
2.2.1 Aspectos anatomos-funcionais do manguito rotador
Segundo Lech (1998), 0 MR possui tres funyoes essenciais: estabitidade,
mobilidade e nutriyao da articulayao glenoumeral. Fazem parte dele quatro
musculos: 0 subescapular [SUBEl, supra-espinhal [SEl, infra-espinhal [IEl e redondo
menor [RMl.
Para Ferreira Filho (2000), esses museulos sao rotadores e depresores da
cabe<;:a do umera e desaceleradores do membra superior e, juntamente com a
subjacente cabeya longa do biceps [CLBJ,importante estabilizador anterior, evitam a
excursao exagerada da cabe<;:a do umera durante a 8<;:80 dos potentes musculos
motores primarios do ombro (deltoide, peitoral maior, redondo maior e grande
dorsal). 0 movimento de elevayao do brayo (flexoabduyao no plano da escapula),
importantissimo na mecanica corporal, e antero-Iateral e para executa-Io a cabe<;:a
do umera, juntamente com os tend6es que nela S8 inserem e as balsas serosas que
a envolvem deve deslizar harmonica mente sob 0 areo coracoacromial (acremia e
ligamento coracoacromial [LCA ]) e sob a articulayao acromioclavicular [MCl, que
forma urn verdadeiro teto para a umera, 0 fornix umeri.
a espa<;:o sob 0 areo coracoacromial [ACA} que e 8streito na sua parte
antero-inferior delimita, juntamente com a superficie inferior da articulacyao
acromioclavicular [MCl, um verdadeiro desfiladeiro - desfiladeiro do supra-espinhal
[SEJ, local obrigatorio de passagem do tubercula maior do umero com respectivas
inseryoesmuseulares e da CLB subjacente, no movimento de elevayao do brayo.
Dessa forma os tendoes do SE e da CLB por ele cursam protegidos pela
balsa serosa subacromial suprajacente e pela ayao depressora exercida pelo IE e
RMe SUBE, que impedem 0 deslocamento da cabeya do umero em sentido cranial.
19
Uma Dutra caracteristica anatomica importante e a irri9a9;30 do manguito
rotadar. Quando a bra,a esta em abdu,aa, as vasas do tendao do SE, da parte
superior do tendao do IE e da CLB estao livres e cheias de sangue, enquanta que,
com brac;o ao lado do corpo ou em aduc;ao, quando as referidos tend6es, al8m de
tracionados, fiearn comprimidos contra a cabeya do umero, ha neles uma area de
canstante hipovascularidade.
Para Bernardes (2003) e Ferreira Fitho (2000), essa area, centrada no SE e
junto ao tubercula maior - area critica - mede cerca de 1 em de largura e justamente
e 0 local vulneravel onde acontece 0 impacto, enquanto que a area hipovascular do
tendao da CLB abrange 0 seu segmento que cursa sabre a cabec;a do umero.
2.2.2 Processos patol6gicos
Parafrasiando Apley e Solomom (1998), os diferentes quadros clinicas
originam-se de tres process os patol6gicos basicos.
a) REAC;;AOVASCULAR, na tentativa de revascularizar uma area degenerada
ocorre neoformac;ao vascular em seu interior com deposito de calcio. Esta
r8al):aO vascular causa dor. Na hipovascularizac;ao, a compressao continua
entre a grande tuberosidade e a porgao anterior e inferior do acromio
determina diminuigao da rede capilar na zona de insergao do musculo.
b) TRAUMA, geralmente 0 paciente refere que caiu sobre 0 membro afetado,
au que uma luxagao traumatica ocorreu no passado. Um tipo indisioso de
traumatismo e a atrigao do MR contra 0 arco coracoacromial, durante os
movimentas de abu,ao/adu,ao. A por,ao longa do biceps pode tainbem
ser erodida no ponto de ruptura.
20
c) DEGENERA9AO, principalmente em idade avanyada ocorre a
degenera<;:c3odo MR em especial 0 SE, desenvolvendo rupturas,
cicatriza<;:aofibrozante, metaplasia fibrocartilaginosa au calcifica<;:oes.
2.2.3 Evoluyao das les6es do manguito rotador
Lech e Severo (1998) e Ferreira Filho (2000), concordam que as les6es do
MR procedem-se dos impactos repetidos, gradualmente com tres fases de evoluyao
segundo Neer:
Na primeira fase, ocorre edema e hemorragia.
E mais comum em jovens mas pode ocorrer em qualquer idade. Ocorre dar
no ombro e na face lateral do bra90, relacionada a movimentos repetidos de
elevayao. Pode ocorrer limitayao de mobilidade, crepitayao e perturbayao da forya
pela dor.
A segunda fase e caracterizada pela fibrose e tendinite.
Frequentemente e vista em pacientes entre 30 e 40 anos de idade, pode
tambem acometer prematuramente jovens alletas. Tanto 0 quadro clinico como os
exames assemelham-se com 0 estagio 1, apenas diferem-se pela pior resposta ao
tratamento conservador e evolu<;:ao mais arrastada.
Na terceira fase. acontece a ruptura do tendao.
Geralmente acomete pacientes acima de 45 anos. A ruptura comeya no
tendao do SE, progressivamente com erosao au esgarc;amenta na face bursal do
tendaa au na face articular.
Com 0 tempo a lesao atinge todos os diametros do tendao SE, alcany"ndo 0
IE, 0 espa,o rotatorio e 0 SUBE. Assim, a rotura se estendera para outros tend6es
'~:;:.>.;<.:.~.>.\
convertendo-se em uma lesao maci9a. A terceira fase e caracterizada p:el~,presen9g~'",/) ~.tI
de varios sinais clinicos: ~~~.~_.~.::i,:.l
a) DOR, proporeional ao grau de inflamayao do museulo, e nao ao tamanho
da ruptura. Piara a noite pelo estiramento das partes moles. Pode ser
espontanea e aumentar com os movimentos.
Esta presente em todas as fases da lesao.
b) ARCO DOLOROSO, oeorre quando a dar esta presente na elevayao do
membra superior, em rota980 interna entre 70 e 1200 graus, e e explicado
pelo impacto subacromial. A dar alivia apos as 120' graus de elevayao.
c) CREPITA<;;AO,pode estar presente nas fases 1 e 2 de Neer. Eo um sinal
de alerta importante.
Pode ser palpado ou mesmo ouvido.
d) EQUIMOSE LOCAL, eausada par rotura aguda do MR au aumento de
les6es cronicas preexistentes.
e) HIPOTROFIA, do SE e/ou IE nas roturas de longa evolu9ao e deformidade
do bravo.
f) CONTRATURA, se deve ao proeesso inflamatorio que se instala nos
tend6es e a mobilidade do membra superior determinada pela dar.
g) SINAIS ESPECiFICOS PRESENTES:
- TESTE DE DISTRA<;;AO,deserito par Fukuda, eonsiste em fazer a
elevaC;ao ativa do membra superior com tr89ao longitudinal contra a
axila. Nesse caso, ao contra rio do arco dolaroso, nao ocorrera;
- TESTE IRRITATIVO DE NEER, a membra superior, em extensao e
rota<;:aoneutra, e elevado passiva e rapidamente pelo examinadar no
plano da escapula, Assim, nesta situa,aa, a tubercula maior do umera
projeta-se contra a face antera-inferior do acromio, e vai repraduzir 0
22
impacto. A dor caracteristica aparece, provocada pela irrita,ao da bolsa
serosa do supra-espinhoso;
- TESTE IRRITATIVO DE PAnE, membro superior abduzido a 90
graus. 0 paciente forva em rota<;ao externa, enquanto 0 examinador
faz contra-resistencla. Avalia a for<;ade rota9<30externa;
- TESTE DE JOBE, com 0 cotovelo estendido, eleva 0 membra superior
na linha da escapula, com 0 polegar para baixo, 0 examinador faz
contra-resistencia. Avalia 0 supra-espinhal;
- TESTE DE HAWKINS, paciente com membra superior abduzido em 90
graus e a cotovelo fletida em 90 graus, realiza movimento de rota<;:ao
externa, enquanto 0 examinador faz contra-resistencia. Ocorre impacto
das partes moles contra 0 areo coracoacromial;
- TESTE DE GERBER, 0 paciente coloca 0 dorso da mao ao nivel L5, e
procura ativamente afasta-Ia das costas rodando internamente 0 bra90;
a incapacidade de faze-Io manter afastado, vai indicar grave lesao do
subescapular.
- SINAL DO "BRA<;;OCAiDO", e feita rota,ao externa passiva do bravo
que deve ser mantida ativamente pela fon;:a do infra-espinhoso e do
redondo menor; a nao sustentayao da rota9<30externa faz com que 0
bra90 caia espontaneamente para baixo, indicando Iesao grave,
principalmente do infra-espinhoso.
2.2.4 Tratamento
Segundo Ferreira Filho (2000), existem duas formas de tratar as les6es do
MR. 0 fator determinante e 0 estagio em que se encontra a lesao. Pode-se citar:
23
a)°TRATAMENTO CIRURGICO, pode,,; ser realizado par via aberta e par
via artroscopica, constituindo basicamente no desbridamento intra-
articular e subacromial (a descompressao subacromial, retira 0 tecida
bursal hipertrofiado e inflamado, ressecando-o cerca de 2 em do
ligamenta cora coacromial para evitar aderencias com estruturas vizinhas;
ja a desbridamento intra-articular, planifica as les6es superficiais dos
tend6es e do labia glenoidal e extirpa 0 tecido sinovial intlamado). Temos
ainda a acromioplastia antero-inferior, permite que a cabet;a do umero
passe livremente sob ele sem contra ele se chocar.
No casa das reparac;6es dos tend6es par via artroscopica a sutura pode
ser feita tendao/tendao au tenda%sso, as tend5es devem ser liberados
para permitir uma fiX8C;8.0 sem tenseo. A fiX8C;80do osso e realizada par
meio de ancoras ou microparafusos para resistirem a trac;oes a que serao
submetidas.
Segundo Checchia (2003), a tratamento cirurgico esta indicado nos
pacientes com sintomas persistentes. A operac;ao deve, preferencialmente,
ser realizada pela artroscopia (operac;ao minimamente invasiva, realizada
com auxilio de mini-camera de video e instrumentos proprios que sao
introduzidos atrav8s de pequenos orificios).
Para Ferreira Filho (2000), costuma-se frequentemente associar a
procedimento artrosc6pico subacromial (desbridamento e acromioplastia)
com fixac;ao por via aberta, do tendao ao osso, atrav8s de pequena
exposic;ao da area de sutura - miniincisao au mini-open. Nessa situac;ao
pode-se usar sutura direta (geralmente e a mais praticada) au ancoras e
microparafusos. As repara,6es par via aberta sao indicadas nas les6es
extensas de dois ou mais tendoes au nas transferencias de parte do
24
tendao do SUBE (apenas um teryo para que nao prejudique a lunyao
estabilizadora anterior da cabey8 do umera, isto e, a elev8c;ao do brago).
A cabeya longa do biceps [CLB] pode ser utilizada para ancoramento do
SUBE no coto do SE que e mais aconselhilvel que 0 IE (que tambem e
importante estabilizador posterior da cabeya do umero). Eo importante
lembrar, que a sutura dos tendoes deve ocorrer sem tensao, estando 0
bra90 ao lado do corpo. Nas les6es maciC;8s e impassivel reparar a SE,
deve-s8 somente desbrida-Io e reparar firmemente 0 IE e 0 SUBE, mesma
na ausencia do SE a eleV8C;<30 do brac;o e permitida. A acr6mioplastia e 0
amplo debridamento intra-articular sao positiv~s e permitem a volta as
atividades habituais.
"A artropatia do ManguitoRotador na maioria das vezes deve ser tratada
pela artroplastia total da glenoumeral, se possivel com reparayao do
Manguito Rotador e, rarissimas situayoes, pela artrodese do ombro"
(FERREIRA FILHO, 2000, p. 125).
b) TRATAMENTO CONSERVADOR, est'; indicado nas tres lases da Iesao e
consiste em combater a dar, restabelecer amplitude dos movimentos,
fortalecer a musculatura. Na reabilitaC;30 p6s-operat6ria e importante que
a paciente tenha consciencia do seu compromisso em colaborar e aceitar
o programa de reabilitayao (FERREIRA FILHO, 2000).
3 TERAPIA DA MAO
3.1 HISTORIA DA TERAPIA DA MAo
Segundo Abdala (1999), a Terapia da Mao surgiu em 1972, na Filadelfia, pelo
cirurgiao Dr. James M. Hunter e as terapeutas Evelyn J. Mackin e Patricia M. Byron.
E de conhecimento do Terapeuta de Mao a anatomia funcional e biomecanica
do membra superior e da mao, cinesiologia, conhecimentos cientifico dos
procedimentos clinicas e cirurgicos, cicatrizal):80 e seus cuidados, 6rteses, atividades
para amplitude de movimento e sensibilidade, retorno as atividades da vida diaria e
profissional, tratamento pre e p6s-operat6rio.
o trabalho do cirurgiao juntamente com 0 terapeuta de mao e extremamente
benefice para 0 paciente.
No Brasil foi implantada na decada de setenta. Alguns cirurgioes da mao, ao
viajarem para outros paises conheceram 0 profissionaJ, Terapeuta da Mao e seu
magnifico trabalho. Surge entao, a especializa,ao em reabilita,ao da mao para
Terapeutas Ocupacionais e Fisioterapeutas.
3.2 HISTClRIADA TERAPIA OCUPACIONAL
Segundo a Dr" Erica Nobre - CREFITO 6: 5511 (2003), e no final do seculo
XVIII e principio do seculo XIX que a Terapia Ocupacional encontra as suas raizes
filos6ficas, com 0 inicio do tratamento moral impulsionado pelo Dr" Philippe Pinel,
(Fran9a, 1791). Este conceituado medico da epoca assume a dire,aD do asilo de
Bicetre e depara-se com a tn;gica situa,ao dos doentes mentais, impulsionando,
26
entaD, a reform a assistencial. Tern assim inicio 0 tratamento moral, com 0 qual S8
inicia a aplica,ao do trabalho como forma de tratamento do doente mental.
Samuel luke, psiquiatra ingles responsavel por popularizar 0 tratamento
moral na Inglaterra, fundou 0 Retiro York, em York na Inglaterra e tal como Pinel.
acreditava que a enfermidade mental paderia ser alva de cura, aplicando diversas
ocupavoes adaptadas as necessidades dos pacientes.
o tratamento moral baseava-se numa filosofia humanista, em que estavam
envolvidos aspectos culturais, politicoS e religiosos dessa epoca, tendo sido
desenvolvido no contexte das enfermidades menta Is.
o tratamento moral viria tambem a ser difundido pelos Estados Unidos da
America, tendo side Benjamim Rush 0 primeiro medico a utilizar 0 conceito do
tratamento moral na America.
o periodo entre 1840 a 1860 foi a epoca de ouro para a aplica,ao do
tratamento moral e da ocupay80 nos hospitais norte-americanos, contudo, a guerra
civil e a crise econ6mica nos Estados Unidos, vieram a contribuir para 0 declinar do
tratamento moral e da ocupa,80 como meio de tratamento do doente mental.
Com a revoluyao industrial, no final do seculo XIX, surgiram os acidentes
industriais e com eles 0 numero de pessoas incapacitadas aumentou. Era imperioso
que aparecesse uma nova forma de tratamento, para as incapacidades que dai
advieram. Surgiu assim, 0 movimento das artes e do artesanato, no inicio do seculo
xx.
Tendo em conta 0 sew efeito terapeutico, John Ruskin em 1860, um (;16sofo
ingles reconhecido por popularizar estas ideias, e William Morris, um artista e
arquiteto tambem ele ingles e aluno de Ruskin, promoveram e popularizaram 0
movimento das artes e aficios.
E nas duas primeiras decadas do seculo xx que ocorre a inicio forma(:'d~
Terapia Ocupacional, com 0 renascimento do tratamento moral, impulsionado pela
necessidade, pela primeira guerra mundial (1914 - 1918), no tratamento dos
sold ados deficientes. Nesta altura assistiu-se tambem a um franco progresso na
Europa, nomeadamente na Inglaterra, onde a reabilita9ao dos soldados era tambem
uma necessidade.
Em 1915, na America, William Rusch Dunton publica 0 livro Occupational
Therapy: manual for nurses, surgindo entao pela primeira vez a termo Terapia
Ocupacional e com ele a primeira escola.
E em 1922 que surge a primeira defini9ao de Terapia Ocupacional. Pattison
(1922) refere a Terapia Ocupacional como "qualquer atividade, mental ou fisica,
especificamente prescrita e orientada com 0 objetivo de contribuir e apressar a
recupera9ao de doenc;a au lesao"
No entanto, ao longo da hist6ria da Terapia Ocupacional, a profissao tem sido
definidae descrita de varias formas. Muitas tentativas de a delinir foram surgindo ao
longo dos tempos, de forma a vir ao encontro das varias alterac;oes ocorridas, tanto
na sociedade como na relac;ao entre profissionais de saude.
No Rio de Janeiro, 1946, foi criado a servic;o de Terapia Ocupacional no
centroPsiquiatrico Nacional, cuja dire,ao ficou ao encargo da Dr" Nise da Silveira.
A profissao foi reconhecida na Europa em 1948 e em 1951 foi criada a
Federa,ao Mundial de Terapia Ocupacional.
Em 1957 surge a World Federation of Occupational Therapy (W.F.O T. ), que
contribuiu de forma bastante positiva para a desenvolvimento da profissao,
universalizando a programa educativo e expondo padr6es basicos exigidos 'para a
forma,ao dos Terapeutas Ocupacionais.
28
Apenas em 13 de outubro de 1969, atraves do Decreto-Lei n' 938, foram
definidas as atribui90es do Terapeuta Ocupacional e a formaryao de nivel superior
reconhecida, ficando 0 Ministerio da Saude incumbido da fiscalizaCY<3o do exercicio
profissional.
Com a Lei n' 6316 em 1975, criou-se 0 COFFITO (Conselho Federal de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e os CREFITO's (Conselho Regional de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional), passando para estes a incumbencia de
fiscalizar e normatizar as profiss5es, al8m de definir a formacyao e competencia dos
profissionais. E em 1978 a C6digo de Etica Profissional de Terapia Ocupacional e
Fisioterapia foi aprovado pelo COFFITO.
3.2.1 Conceitos de terapia ocupacional
Terapia Ocupacional e a arte e a ciencia de orientar a participayao deindivfduos em atividades selecionadas para restaurar, fortalecer edesenvolver a capacidade; facilitar 0 aprendizado daqueJas habilidades efun~oe5 essenciais para a adaptar;ao e produtividade; diminuir au corrigirpatologias e promover e manter a saude. E fundamental 0 desenvolvimentoe conservacao da capacidade, durante toda a vida, para que os indivfduospossam executar com satisfacao, para si e para as outros, aquelas tarefas epapeis essenciais a uma vida produtiva e ao dominio de si e do meioambiente (FINGER, 1986, p. 1).
"Tecnica (parte da medicina que estuda e poe em pratica) que utiliza 0
trabalho como recurso (meio adequado) para tratar (aliviar OU curar os doentes)"
(FRANCISCO,2001, p. 17).
A Terapia Ocupacional vem intervir no binOmio trabalho-saude e, sob aponto de vista, assume, enquanto base fundamental, 0 caratersubjetivofobjetivo do trabalho como realizaca.o da capacidade humana einsercao do individuQ a sua realidade material (SOARES, 1991, p. 12.).
29
3.3 INTROouC;AO A REABILlTAC;AO DO MANGUITO ROTADOR
Brown (2001), relata que a incidencia de ruptura parcial do manguito rot ad or
e maior que a ruptura total, e afeta principalmente individuos entre 40 e 60 anos.
As rupturas podem variar de tamanho de acordo com 0 trauma. Cada
patologia requer diferentes aplic890es de atividades. Nem todos os pacientes com
rupturas do manguito rotador apresentam um enfraquecimento profunda. Deve-se
instruir os pacientes a modificarem a atividade, a tim de proteger 0 que restou
(COSGAREA e SEBASTIANELLI, 2001).
Para 0 sucesso do tratamento, dispunha-se a diante, protocolos de
reabilitaryaodo manguito rotactor, na qual, servira de auxilio para 0 estabelecimento
de objetivos e conduta terapeutica.
3.4 PROTOCOLO DE REABILlTAC;AO POS-OPERATORIO DAS LESOES DO
MANGUITO ROTADOR
PROTOCOLO 1 - SUTURA DO MANGUITO ROTADOR
1- ATIVIDADES DIARIAS:
a) Chuveiro com uma semana.
b) Dormir com a tip6ia ate a quarta semana.
c} Tipoia, usar ate a quarta semana.
2- EXERCiclOS ATIVOS COM PUNHO E COTOVELO - Desde 0 primeiro dia de
pas operat6rio.
30
3- EXERCiclOS ISOMETRICOS - Nao para a abdu,ao, sim para rota,ao interna e
externa, com aumento gradativo.
4- ESTIMULA9AO ELETRICA - Iniciar na quinta semana.
5- EXERCiclOS PASSIVOS - Iniciar no PO imediato, manual au com roldanas.
a) ELEVA9AO ( FLX ) - Progredir a quanta tolerado.
b) EXTEN9AO - Idem.
c) ABDU9AO - Com cautela.
d)ADU9AO
e) ROTA9AO EXTERNA - 5 a 10 graus par semana ate movimento total.
I) ROTA9Ao INTERNA - Progredir tanto quanta tolerado. Apos a sexta semana,
trabalhar as maDS nas costas.
g) CODMANS - Progredir tanto quanta tolerado.
6- EXERCiclOS REALIZADOS ATIVAMENTE - No plano da escapula, na quarta
semana.
a) ELEVA9AO ( FLX ) - Iniciar apos a quarta semana, nas primeiras tres
semanas seguintes, realizar com supine assistido.
b) EXTEN9AO - Apos a quarta semana.
c) ABDU9Ao - Iniciar na oitava semana.
d) ADU9AO - Iniciar no PO imediato.
e) ROTA9Ao EXTERNA - Iniciar na quarta semana e progredir tanto quanta
tolerada.
I) ROTA9AO INTERNA - Iniciar na segunda semana.
g) ABDU9AO HORIZONTAL - Iniciar apos a quarta semana, supino nas duas
primeiras semanas, prono nas duas seguintes.
31
h) ADU<;:AO HORIZONTAL - Iniciar na segunda semana, prono nas duas
primeiras, supine a partir da setima semana.
ARCOS CURTOS ( CODMAN ) - Iniciar na quarta semana.
j) ENCOLHER OS OM BROS - A partir da sexta semana.
7- EXERCiclOS CONTRA RESIST~NCIA - Nao realizados com ABD antes de Ires
meses.
a) MANUAL - Iniciar apos a setima semana.
b) TUBOS ELASTICOS E ROLDANAS - Iniciar na oitava semana.
c) PESO - Iniciar apos a oitava semana.
d) PISCINA - Iniciar apos a setima semana.
e) NATA<;:AO -Iniciar no quarto meso
8- EXERCiclOS DE FOR<;:A - Isocineticos, inicialmente com alta velocidade e com
parada mada - iniciar na decima semana.
OBSERVA<;:AO - Nao pode haver derrame articular ou dor com a atividade
funcional, os exercicios devem ser realizados no plano da escapula ( 30° de ABO e
20° de FLX).
PARA RETORNO AO TRABALHO OU ESPORTE - Exercicios isometricos com 80%
de for,a do lade oposto. Deve ter completado a mobiJidade total do ombro. Esporte
so com 6 a 7 meses de pas operatorio, depois de aprova,ao medica.
Protocolo do Dr Niso Eduardo Balsini
Ortopedista e Cirurgiao do Ombro e Cotovelo de Joinville/SC, 2004.
PROTOCOLO 2 - P~S OPERATORIO DO MANGUITO ROTADOR
FASE I - a A 4 SEMANAS
a) Controle de dor e inflamayao.
b) Ganho de ADMs para fiexao anterior e rotayao externa.
c) Flexao anterior = au maior que 150°.
d) Apes a quarta semana iniciar fase 1 " theraband " amarela.
e) Flexao anterior maior que 1650
f) Rota,ao externa maior que 60°.
FASE 11- 6 A 12 SEMANAS
a) Continuar alongamentos e mobilizac;:c3oda articulac;:ao.
b) Suave rotayao interna.
c) Progredir na resistencia da theraband ate a cor verde com adequado ritmo
escapulo-toracico e fase 2 de theraband.
d) Fortalecer musculatura escapular com theraband e halteres. Iniciar exercicios
de propriocepyao.
FASE 111-12 A 16 SEMANAS
a) Progredir no fortalecimento muscular incluindo atividades acima de 90' de
abduyao.
b) Exercicios para a musculatura de troneD superior na posi<;:aode nao impacto
se especificamente solicitado pelo medico.
FASE IV -16 SEMANAS ..
a) Retorno ao trabalho e esporte com treinamento avangado e possiveis
modifica90es.
b) Educa9ao do paciente para prevenir lesoes.
c) Definir capacidades fisicas do paciente para 0 esporte e/ou trabalho.
32
33
Protocolo Sf" Maria Santos. Fornecido em uma palestra na ACE - Joinvilie/SC,
2001.
Terapeuta Ocupacional.
UNIFESP-EPM-LESF.
HospitalSamaritano.
PROTOCOLO
ARTROSCOPICA
POS-DESCOMPREssAo SUBACROMIAL POR VIA
FASE1- MOBILlZAi;Ao IMEDIATA - 1°AO 14° DIA PO.
a) Pendulares.
b) AA RE/EXT/FL com bastao.
c) Alongamento capsula POST/ANTIINF.
d) Modalidades para contrale de dor/inflamal'ao ( gelo, ultra-son, anti-
inflamatorios nao ester6ides ).
FASE II - INTERMADIARIA - 3' A 6' SEMANA PO.
a) Continuar com os Aas com alongamentos mais agressivos ao final da
amplitude.
b) MPOC III e IV para alongamentos capsula.
c) Isometricos, progredindo para isotonicos.
d) Eleval'aol RE/RI com pesos.
e) Flexao/Extensao do cotovelo com pesos.
f) Ativos com resistencia manual para estabilizadores da escapula ( retragao,
protragao, depresao ).
34
g) FNP padr6es flexaolextensao 02 com sustentac;6es isometricas em meias
amplitudes.
FASE 111- FORTALECIMENTO DINAMICO - 7' A 12' SEMANA PO.
a) Resistemcia manual, pesos, reaJc;ando contrac;6es excentricas.
b) Elasticos e pliometricos ( atletas competitivos ).
FASE IV -13' A 16'SEMANA DE PO.
a) Manter alongamento e fortalecimentos basicos do ombro ( RE/RI/FL ).
b) Para atletas, iniciar treinamentocom monitora,ao da qualidade de
arremessos, intensidade, distancia e tipos de lanc;amento.
Wilk & Andrews
3.5 PARECERTERAPEUTICO
Nos tres protocolos de reabilitay:ao do manguito rotador, pade-se observar
que os objetivos do tratamento reabilitador estil em - controlar a dor e inflama,ao;
restaurar a ADM; prevenir a capsulite adesiva; fortalecer estruturas envolvidas e
realizar orientac;6es ao paciente.
Cosgarea e Sebastianelii ( 2001 ), contribuem para este trabalho ressaltando
a importanciada individualidade dos pacientes " nenhum paciente e igual ao outro "
o protocolo nos da seguran,a para rea1izarmosa reabilita,ao, porem devemos ter
cautela nas atividades aplicadas.
Com embasamento bibliografico, pede-s8 cancluir que a ideal para uma
reabilita<;ao pas operat6ria e realizar nas primeiras duas semanas
atividades/exercicios para controlar a dor e inflama,ao; enfatizar as precau,oes e
35
importancia da realiz8gc30 dos exercicios/atividades; Fazer usa da tipoia; mobilizar a
articulagc30 escapulo-toracica; realizar exercicios ativos para 0 cotovelo e punho;
realizar exercicios pendulares; iniciar exercicios passivQs, progredindo 0 quanta
tolerado com FUEXT/RE/RI e ABO com cautela.
Na terceira e sesta semanas, pode-s8 usar exercfcios de Cod man; exercicios
ativos de EXT/RE/AO e ABO horizontal; tambem deve-se aplicar exercicios de
eleva,ao/depressao do ombro.
A partir da sesta semana ate a decima segunda semana, aplica-se exercicios
de RE colocando a mao nas costas; supinag8o/pronagao assistida, abdug8o;
atividades com peso e faixa elastica e com bastao.
Posteriormente ao 3° e 6° mes, iniciar com fortalecimento; retorno as
atividades normais; e principalmente orientary6es aD paciente, quanta, atividades
bruscas em rota<;<3o; de estiramento; atividades acima da cabe<;a e posicionamento
para dormir.
CONSIDERA<;OES FINAlS
Findo, ressalta-se a importancia do T erapeuta da Mao para a reabilitayao do
membra superior, pois sabe-s8 que a mesma pade contribuir para a area da saude,
de forma a ajudar medicos/cirurgioes nas reabilita,oes, nos cuidados, nas fases
cr6nica e aguda, no pre e/au p6s-operatorio, au ainda, no tratamento cons8Nador
das patologias diagnosticadas.
Espera-se que este trabalho tenha despertado a curiosidade dcs leitores em
rela,ao a Terapia da Mao e Reabilita,ao do Ombro, pOis, a falta de conhecimento
sabre este profissional, leva parte da sociedade a nao ter aces so ao profissional
qualificado para 0 seu problema.
REFERENCIAS
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