Upload
internet
View
114
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Vannevar Bush (1890-1974)
Christopher Freeman (1921-2010)
1ª Olimpíada USP de Inovação (2008)
Da idéia ao produto, da academia para o mercado
Prezados Colegas
A Pró-Reitoria de Graduação criou mais um programa de apoio ao ensino de graduação, denominado Pró-Inovação no Ensino Prático de Graduação, que visa apoiar projetos para instalação de laboratórios destinado às aulas práticas inovadoras.
A Comissão de Graduação deverá selecionar os projetos, conforme determina o Edital 2011, em anexo, e deverá encaminhá-los para aprovação da Congregação.
Os projetos selecionados deverão ser encaminhados à Pró-Reitoria de Graduação, via JúpiterWeb, até o dia 15 de dezembro.
Estou convidando os colegas que tiverem interesse em participar do Programa para uma discussão, visando a elaboração de um projeto a ser apresentado pela FE, no dia 14/10/2011, às 10h00, na sala 122, do Bloco B.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Manoel Oriosvaldo de Moura Presidente da Comissão de Graduação
DOENÇAS NEGLIGENCIADAS
Esquistossomose, leishmaniose, doença de Chagas, lepra (hanseníase), doença do sono, elefantíase,dengue, malária, tuberculose, ...
Dois dados:
1. De um dossiê da revista Nature (O’CONNELL, DAVID (org.) Dossiê Neglected Diseases. Nature 449, 3/10/2007, pp. 157-182.):
Das 1.223 drogas desenvolvidas de 1975 a 2007, apenas 13 foram para doenças negligenciadas (p. 158)
2. Do relatório Health Research: Essential Link to Equity in Development (1990), preparado pela Commission of Health Research for Development (formada em 1987), o que ficou conhecido como a
falha (gap) 10/90: 90% dos recursos para pesquisa vão para as doenças dos países ricos, onde vive 10% da população da Terra; 10% para as doenças dos países pobres, onde vive 90% da população.
O relatório do Scientists for Global Responsibility (Science and the corporate agenda) acrescenta:
Esse grande desequilíbrio continua até hoje, segundo a Action for Global Health (Factsheet 7, 2007)
FABRICAÇÃO DE DOENÇAS
(disease mongering)
Doenças fabricadas
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) / Ritalina (metilfenidato)
Síndrome das pernas inquietas / Requip (ropinirol) Transtorno da Ansiedade Social / Paxil Transtorno bipolar de humor / estabilizadores de humor
Zyprexa (olanzapina), Risperdal (risperidona),Seroquel (quetiapina)
Disfunção sexual feminina / Viagra (sildenafil) Pré-hipertensão (entre 120 x 80 e 140 x 90)Nível de colesterol acima de 200 mg/dl / Lipitor, Zocor
Dossiê sobre a fabricação de doenças na revista de acesso aberto PLoS Medicine, de abril de 2006
Dossiê sobre a fabricação de doenças
1º artigo
Artigo sobre TDAH
Entrevista Marcia Angell 2007
Entrevista Marcia Angell 2011
Da Wikipedia:
•Saddichha S (2010)."Disease Mongering in Psychiatry: Is It Fact or Fiction?" World Medical & Health Policy: Vol. 2: Iss. 1, Article 15. DOI: 10.2202/1948-4682.1042•Peter Conrad (2007), The Medicalization of Society: On the Transformation of Human Conditions into Treatable Disorders, Baltimore: Johns Hopkins University Press.•(A medicalização da sociedade: sobre a transformação das condições humanas em doenças tratáveis. )•Payer, Lynn (1992). Disease-Mongers. New York: John Wiley. ISBN 0-47100-737-4. •Moynihan, Ray; Alan Cassels (2005). Selling sickness: How the world's biggest pharmaceutical companies are turning us all into patients. New York: Nation Books. ISBN 1-56025-697-4.•(Vendendo a doença: como as maiores empresas farmacêuticas do mundo estão nos trasformando a todos a pacientes.)•Cassels, Alan (2007). The ABCs of Disease Mongering: An Epidemic in 26 Letters. Victoria, British Columbia, Canada: EmDash Publishing. ISBN 978-0-9780182-3-8. •Melody Petersen (2008), Our Daily Meds: How the Pharmaceutical Companies Transformed Themselves into Slick Marketing Machines and Hooked the Nation on Prescription Drugs.•Christopher Lane (2008), Shyness: How Normal Behavior Became a Sickness.•(Timidez: como um comportamento normal se transformou em doença.)
Matéria sobre DSM
me too drugs / medicamentos de imitação
Um medicamento de imitação é formulado para substituir outro cuja patente tem prazo de validade em vias de expirar, tendo o medicamento de imitação (protegido por nova patente) qualidade igual, ou muitas vezes inferior à do medicamento imitado. Do ponto de vista da sociedade, é obviamente um desperdício o gasto de recursos com pesquisas visando medicamentos de imitação.
Do livro de Marcia Angell A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos: como somos enganados e o que podemos fazer a respeito (Rio de Janeiro: Record, 2007):
Nos cinco anos de 1998 a 2002, 415 novos medicamentos foram aprovados pela FDA (Food and Drug Administration), das quais apenas 14 % eram verdadeiramente novos. Outros 9 % eram medicamentos antigos modificados com aperfeiçoamentos significativos, de acordo com a avaliação da FDA. E os restantes 77 %, incrivelmente, eram todos medicamentos de imitação (me too drugs) – classificados pela FDA como não melhores que medicamentos já no mercado para tratar os mesmo problemas de saúde. Alguns tinham composições químicas diferentes dos originais, a maioria não. Mas nenhum foi considerada um avanço.
Exemplos
Prilosec, remédio da Astra Zeneca para azia, rendia 6 bilhões de dólares por ano. Patente em vias de expirar em 2001. Nova droga, Nexium. Campanha publicitária intensa, de ½ bilhão de dólares.
Claritin, da Schering-Plough, anti-alérgico. Vendas de 2,7 bilhões de dólares. Patente extinguindo em fins de 2002. Clarinex lançado, com metabolito do Claritin.
“Talvez a família mais bem conhecida dos medicamentos de imitação sejam as estatinas, para baixar níveis de colesterol”. Original Mevacor, da Merck, 1987. última Crestor, da Astra-Zeneca. Também da Merck, Zocor; Lipitor, da Pzizer; Pravachol, da Bristol-Myers Squibb, Lescol, da Novartis.
Prozac, Eli Lilly, 1987. Paxil, da Glaxo-Smith-Kline em 1997. Celexa, Forest Laboratories; “then a me too of its me too” – uma imitação da imitação, Lexapro.