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,

IndiceEDIC;AO2220 I ANO 44 I N° 23T IR AG EM 1 19 67 27 E XEMP LA RE S

12 1 C a rta a o le ito r

171 Errtrevista Dem6stenes

Torres

241lya luft

341leitor

50 I Blogosfera

Demostenes:

"A o po sic ao s e

desorientou rr

PAG.17

Brasi l6 81 G ov em o 0 m i ni st ro

P a lo c c i a p e rt ad o

741 Medic ina 0 rea l estado

d e s au ce d a p re sid en te

D ilm a Ro us s ef f

761 Cidades Li~6es

pra ticas e d e

a p li ca 9a o im e d ia ta

do C40

80 I Artigo A nt ho n y D a ni el s

. - -

Palo cc i: c on tin ua c om p lic ad a a

vida do ministro pAc . 68

Economia1 02 1 E c on om ia 0 c r es c im e n to

d o PIB d es ac ele ra n os

p a rs e s r ic o s

Internacional1041 A1eman ha A ba c te r ia

assassma

1081 Fda B la tt er e r ee le ito

e m m eio a d ern in cia s

11 0 IE U A M ulh ere s b rilh am n a

repub l icana

Geral841 Mo da E sti lis ta s d es e nh am

g ra nd e s r ed es d e l oj as p o p

881 Gus tavo Ioschpe

96 1 Energia AA l em a nh a a n u n c

fim d as u sin as n uc le ar es

1121 A~ Por que 0 GPSnao

p o d en a sa lv e r 0Airbus

d a A ir F ra nc e

o R I C O M U N D O D O S A P L I C A T I V O S

Ha urn m erc ado p odero 0 em on rru c ao fo rrn ad o peJos apli-cativo de marrphones e tablet. 0mundo todo. esse mer-

c ado m ovim enra arualrnente 6 .8 bilhoes de dolares por aDO

- e, DO Brasil, 50 milhoe de reai . Entrar D e se setor pode ser uma

exc eleu te op ortunidad de lic e 0 p rofissional. Rep orragem em

VElA.com traz:• Raio X do merc a-do, com opiniao de

analistas e profissto-nais bern-sucedidos

• ove ap lic ativosimperdtveis p a ra c e lu -la res e tablets

• Infog ra fi co: c omo efc ito u rn ap lic ativo e

quais os conhecimen-

[OS n ec essaries p arae ntra r n a a r e a

Panorama5511magem da Semana

5610atas

581 HoJofote

60 I SobeOes ce60 I Conv er sa c om Natha l ia Far ia

611 Niimeros

621 Radar

6 61 V eja Essa

c. ! t o

~".

so Afice Cooper:

.~ aulas de

~,

;crist ianismo

PAG.66

F O T O S

A v id a n o E gito

100 d ias apO s a

q ued a d e M ub ara k

• B A N C O M U N D I A l

Em e n tr ev is ta e xc lu siv a

s ite d e V EJ A,0 p res id en

d o B an co M un dia l R o

Zoe llick , fa la sob re com

e ntid ad e re m s e d ed ic a

a re plic ar p ro je to s b em

s uc ed id os d e a lg un s

p afses - e ntre e les 0 B- nas nacoes em

desenvo lv imen to .

• F U N K O F I C I A L

E dita l a s er a nu nc ia do

n os p ro xirn os d ia s p el

g ov ern o d o R io re co nh

o funk com o um gener

d e rm is ic a c ario ca .

Rep ortage m no s ite d

V EJA c on ta a h is to ne

ritm o n o p ais .

IWIW.ve ja .com/ex t las

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1161 Cerr te

12 0 1 Co!TU~o 0 'supertaturamento

• le ga l" n as o bra s p i ib l i cas

13 0 1 Espo r te s A geo rn e t ri a

do j ogo d o B a rc e lo n a

14 01 E sp a fo C hu va d e c ris ta I ajuda

a en te nde r a fo rmacao dos

cornetas

1421 Saude A le rt a s a br e pengo

d o s c elu la re s c on fu nd e

usuarios

1441 Diplomacia Jose Marfa Aznar: .

u rn lib er al p or Is ra el

1481 Espec ia l Quebrando

o Tabu: onde a g ue rr a

a s d r o g a s falhou

X-Men: P rim ei ral a ' se : um born

filme pAc. 162

Bi ll C l in t on:o co utb ate (I.\ '

drogas f o i

tunfracasso

PAC. 148

Guia1581 Educa~aoOs t a bl et s

e a in ic ia ~o d as c ria nc as

n o h a b it o d a le it ur a

Ar tes & Espe tacu l os1621 Cinema X - M en : P r ir n ei ra

Classe

1661 Televis i io 0 r e a li ty s h ow

4 M u lh er es e 1Marido

e st re ia n o B ra sil

1681 Pat r fc i a Ab ravane l:

t rombando e apa recendono SB T

170 [Livros C om o M orrem os

Pobres e O u t ro s E n sa io s,

d e G eo rg e Orwelt

1721 V e ja R e com e n d a

1741 1 .R . G u zz o

• P E R C U N T E

A O M E D I C OA c a rd io lo g is ta J aq u elin e S ch o lz Is sa ,

d o In stitu to d o Co ra ca o d o H os pita l d as

Clfn ic as d e S ao P au lo , e xp lic a e m v id eo p ar

que e ta o d iffc il p ara r d e fu ma r e d iz q ua is

s ao o s m e lh ore s rn eto do s e o s p rin cip ais

m ito s n a h ora d e a ba nd on ar 0 cigarro.

• C E l U L A R C O M S E G U R A N C A

A O MS a dm itiu pe la p rim eira ve z q uetrz a s o n da s e le tr or na g ne tic a s em itid a s;:;

ec p elo s te le fo ne s c elu la re s p od em c au sa r~!g tum o re s c er eb ra is . E possivel, p ore m , u sa ru·~ 0 a pa re lh o c om s eg ura nc a, C on fira , n o s ite

3 de V EJA, cinc o on en taco es d ad as pe la

~ am ericana Devra

Dav i s, p ro fesso ra

d a U niv ers id ad e d e

Pitts bu rg h e u ma d as

p rim e ir as p e sq u is a do ra s a

a le r ta r s o b re 0 prob lema.

W N W . ve ja . co r n / e x tr a s

SAB E O N D E Es rAo

A QU ELA S V ITA MIN AS

M IN ER AlS Q U E F ALTA

NA SUA A liMENTA<;AO?

VITAMINA A VI,ilMINA C VITAMlNA 0

VfTAMINA E VITAMINA KVfTMllNA B1VITAMINA 82 VITAMINA 66 VfTAMlNA

B12 CALCIO FERRO llNCO COBR<:

CROMO 1000 NIAClNA VITAMINA A

VfTAMINA C VITAMINA 0 VITAMINA E

VITAMINA K VITAMlNA Bl ZlNCO

VITN-. lINA A VlTAMINA C VITAMlNA D

VITAMINA EVITAMlNA KVITAMINA 1>1

VfTAMlNA 82 VITAMINA 66 VITAMINA

612 CALCIO fERRO ZINCO COBRE

CROMO 1000 NlAdNA VfTAMlNA A

VfTAMINA C VITAMINA 0 VITAMINA E

VITAMINA K VITAMINA 61 ZlNCO

CReMO 10DO NIACINA VITAMINA A

VrTAMJI' -'AC VITAMlNA D VITMl lNA E

CROMO 10DO NIACINA VITAMINA A VlTAMlNA C

VlTAMINA D VrTAMINA EVlTAMINA C Vl1AMIN

VlTAMINA EVITM\ INA K VrTAMlNA 81 ZINe

VITAMlNA A VlTAMINA C VlTAMINA 0

VITAMINA EVlTAMINA K l lNCO

VrTAMlNA 62 V1TAMINA B6 .cAI.CIO FERRO 1000

COBRE CROMO

llNCO

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.substifulosanmentos e eere pode ser<Onsl~<omGdieta excluSNa Crbn~s; ye$tcH1te.ldOSOS'~portaoore

qualqu@;(e(\f~midSdf!. COl'\$utt~ ~JCD efoo

l1wnaon-tsta. mo cOMem glUtfm.

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arta a r

o e loperdido

"0 ministro Antonio Palocci po-

de ficar no governo ate ama-

n h a . O u d p o is d am a n h a .

(. . .) O u ate 31 de dezembro, quando

termina 0 mandaro do pr ideate ( ... ).Mas (ele) cornecou a perder aceleradamente

as condicoes - pohtica , ericas, adrninis-

trativas - de manter- e no cargo." Assim

VEJA descreveu na reportagem "0 'Paloc-

cigar e a mort da etica" capa de _9 de

marco de 2006, os mementos finai da ago-

nia publica do entao rnais poderoso auxiliar

de Lula. A hi t6ria se repete agora m meio

a dramaricas e ironica coincidencia . Pa-

locci caiu em 2006 depoi de perder apoiopolftico de seu partido, tendo como lance

derradeiro a quebra do igilo bancario de

Francenildo Co ta , caseiro que te temunhou

te r v is to 0 mini stro "dezenas de veze " em

urn celebre ca arao do Lago SuI, em Brasi-

lia, cujos frequentadores s esbalda am ern

festas com prosritutas e onde, os indicios

aponta am, traravam da interrnediacao de

neg6cios de empresas pri ada com orgao

do governo. Cinco anos depois, Palocci seencontra acossado pela suspeita de cnr ique-

cimento ilfcito e, novamente, sem apoio de

sen partido. 0PT

Some-se agora aos consrraugimentos de

Palocci 0 fate dele, tendo urn apartarnento

de rnai de 6 m ilh oe de reai em Sao Pau-

lo, pagar alu gu el a lim morador da p eriferia

de Sao Paulo charnado Dayvini Co ra Nu-

nes. 0 personagem em p au ta e dono c ia em-

p resa p rop ri er ar ia do apartamento de luxo

12 I 8 DE JU rao, 2011 I veja

Reportagem d e VE JA d e 2006 0 homem [one dogoveruo do povo foi derrubado par 11m hotnem do povo

onde Palocci mora em Sao Paulo. Primeiro,

Dayvini elise a VEJA que nunca oube ser

socio ontrolador de tal empre a. D poi

ele se contradi e e admiuu ter concordado

em fazer 0 papel de "laranja", pe oa cujo

nom e usado omo fachada para negocios

ou para a sumir como uas a propriedades

de terceiros. Palocci nao rem a obrigacaolegal de checar 0 antecedentes do eu Ioc a

dar, rna , sendo alguern que da expediente

no Palacio .do Planalto, em contato direto

com a presidente D ilrn a Rou sse ff, d ev eria

te r ido mai uidado o.

Melancolic ituacao de UID polnico que

no . dois governos em q ue e viu em apuros

etico pessoai. [eve am a JiO publica a o Ia do

das lin , seja como garanridor da raciona-

Iidade economica, eja no papel de algodaoenrre cristais na pohu ca. Palocei encarna 0

elo p erd ido , u nin do 0 p at real a uma Brasi-

li a i rner sa em ideologia paralisantes, e nes

sa.condicao, em ultima analise, serve ao

Bra it ao foi 0 p rim eiro nem sera 0Ulti-

mo polttico e anado a in endiar a v res

nas cham as de suas p ro p ria c on tra dtc o es.

Mas foi 0 unico na historia recente a er pc-

go dna veze COID a boca na botija - e,

pe lo menos em pan~, p a g a r pod so.

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DEMOSTENES TORRESG U S TA VO R IB EIR O

S o n o s s o b r o u 0 S u p r e m oo

c om b ativ o p arlam e ntar d iz q ue 0 C o n gr es s o a g e b o vin a m en te , 0

leuesta sob fo g os e

o s p ro m oto re s c an sa do s, situa~ao q u e p oe em risco 0 e stad o d e d ire ito n o B ras il

m e u s egundo m anda te de enado r,

Demosrenes TOD 'e s (DEM-GO)

n ao n ega 0 ro ru lo d e d ire itis ta , a o

conrrario de muitos par larnentares .

o ex-p ro u rador de Ju sric a gan hou n oto-

rie dad e p ela c o nru nd en c ia c om q u e c ritic ao a va nc o do E xec utiv e sobre as prerroga-ov a do C on gresso e p ela defesa aberta debandeiras c o ns id e ra d as c o ns e rv ad o ra s eimp op ulare . Com 0 mesmo v igo r c om

q ue le va nta a voz contra 0 govemo. r am-bern combats a p o Iitic a d e COlaS raciais

para 0 ingresso nas u niv ersid ad es e a ex -pansao irres tr itade programas assistencia-

Ii ta . c omo 0 Bolsa Familia Lfder doO EM no enado, D em o rene defende aideia de q ue a p rofunda c rise p ela q ual

p as a 0p artido - c om sell p ior desem p e-nho na urnas. no a no p assa do , e a m tg ra -

<;ao de par lamentares para 0 recern-criadoPSD de seu ex-correligionario Gilberte

Kas ab - deve servir de gatilho p ara aa firm ac ao d a legend a como rep resen ran re

d a p arc el a c on serv ad ora d a o cied ad e,

o C on gre sso tern s id o p alc o d e s uc ess iv os

e sc an da lo s. A in da ass im, na o ha iniciativas

para elim inar as m a s p r3 tic as . P or

que? An te s d o r ne ns ala o. a in da h av ia

c erro p udor dos p arlam em are em abriri nve ngacoes, queb ra r igilo e dar um a

sar is fa cao ao eleitor. F oram moras asCp r. q ue 0 govemo imp ed iu q u e liv es -. e m q ualq uer resu ltado p ran ce q ue 0

Parla men ro e a com odo u e 110 je e d ire ta -

mente rn andado p clo Pod r E xec uti 0,

E nao e 0 p or c au sa do redu zido n um erode p arl am en rare na op o i~ao. E porquerea l rnen te 0 congre i {as nao q ue remap urar a c ondu ta de nenbnm c olega enao q ue rem f is ea liz ar 0gove rno . Vive -

m os um m em en to cnu co , d e (O ra l s u b-

missao. D e urn Jado t ernos 0 Executive

man dan do g ar m eio de med id as p ro viso -lias. e d e ou tro 0 Congre so em c um p rirua obrigacao. a p orno de a q ua e totali-

d ad e das le is ap ro vad as rer o rig em n oPala c io do P la na lto . 0 fim d as c om as.o Congre ss o s e c omp orta b ov in ameme.

veja I 8 DEJUNHO. 2011 I 17

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Entrevista DEMOSTENES TORRES

dele, 0 q ue e inconcebfvel em urn p a

dernocrari o . T od o ho rnem publ i co d

p re sta r c omas a populacao .

Se 0 E x ec u ti vo m e n os p re z a 0 Congre s 50 ,

n ao s eria p or qu e o s p ro prio s p aria me nia re s

s e a p e qu e n a ra m ? Sern diivida. Podemos

muda r to da a Con sritu ic ao . a excecao dac lau su las pe rre a . e d ve 'amos muda r Q

riro das MFs. 0 gover no p e rd eu 0 pudorde editar Jl.1P ab urdarnente inconsriru-

c iona is , em u rgen ia u relevanciaq ue. em um a me ma p e ca , a ba rc am va-rio s te rn as sem n en huma relac ao ent re si .

A MP se tornou a u nic a form a de 0 Exe-c u tiv o se rela cio na r c om 0 arlamento.

P or que a oposi~o nao c ons e gue im~iresse fe stiv al d e m e did as p ro vi siir ia s? A

o po . i~ o e a maier c u lp ada p or su a f: It a

de arnculacao. Ela na o e ac osrom ou an 0 ser roms govemo. Entao, muiros dono sos parlamentares querern migrar parao govem o a q ualq uer c u to. 0 DEM .

rneu p anido. vi emo uma c ri imen a.u iro p arlam en tare deserraram do p ar-

tid o, n um ate q ue d eso nra a v oc ac ao q uereceberam da s lunas. D a me rn a form a. 0P DB vive uma isputa ent re os direto-

rio de M inas Gerai e ao Pau lo q ue etornou 'ruaior q ue 0 p r6p rio p artido. A

op o ic ;ao se d or ien tou c om 0 exi to p o-p ular d o u ltim o gov em o e.acabou e ac o-

v ardan do. M u ito q ueriam p arec er gov er-no . O ra, entre 0 original e a im itac ao, 0e le ito r c e rt amen te e . c o lh er ia 0o rig inal. efo i 0q u e a co nte ce un as rilrima s e le ic o es .

C om o pode a oposi~o querer "parecer g o -

vemo"? TOS 0 c ao did aro s p a s aram a

defender a lg u rn a d as pr inc ipa is bande i -

ra do governo, c om o a expansao d o B ol-a Farnflia, Alem disso. negaram seu pro-

prio Iegado, como a p riv an za co es. Es,q uec eram de reafirmar q ue acrediramona n ec essidade d e am p arar as c am ada

rnai humilde da ociedade. Foi p ore sa razao q ue 0 D EM c riou 0 Pundo deCombate a Pobreza em 2000, prorrogadoindefinidamenre p or mim em 2009.

o D EMquisnegar eu c a ra ie r cons er -

vader eliberal em vez de re ssa lta r q u ee . c arac terfstic as sao a m elhor defe a

d o p ovo c ontra 0 de mandos do e ta d o

g len ip ore oc iffiiO . p es ar d i 0 r ud e , r iv e -

rn o milhOe de voro .Es e n um e ro

e xp re ss iv drn os tra g u cite e sp a 90 p a rafa ze r o p os ic ao no B ra sil. in de p ende nre -men r e da p op uta rid ad e d o governo.

j j O g o v e m o s e---- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

a p ro v e i t a d a f a l t a d e- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ------

f r e io s p a r a a p a r e lh a r 0- _ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

e s t a d o , e m p r e g a n d o---- ----------- - - - - - - - - - - - - - -

c om p a n h e ir o s s e m- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

p r e p a r o p a r a e n f r e n ta r- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - _ - - - - -

a s d e m a n d a s d o p a is .

A - m e d l d - a - q u e - o g o v e r n o- - - - - - - - - - - - - - - - - _ . - - - - - - - - - - - - - - - - - -

s e r o b u s t e c e , e le- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

~ y ~ _ ~ ~ ~ _ ~ ~ ~ _ ~ _~_ ~ . i ~ ~ r ~d a d e m o c r a c i a ~

o qu e falta , afinal, para a oposiS ;ao ag ir

c o m o o p o si 'r 30 ? O s p artidos devern se

, fortalec er. E u d efend o a ideia de q ue 0DEM deve abrir a. porteiras e deixar

air q u em nao q u i er mai c e rr ar f il ei raconosco . Depoi da debandada temo

d nos manter fiei ao nosso ideari edesc artar hip ot e a b urdas c om o um afu ao c om 0 P_ D B . O s do is partido,lem origens rnuito diferentes. At 110jeremos v is oc s a ntag on ic as em d eterm i-nado pontes. 0 q ue devem o fazer eno aliar e pro eguir juntos.

C om o 0 senho r avalia 0 caso q ue envo lve

o m in istro A nto nio P alo cc i? Ainda e pre-ci: 0 esclarecer exaramente 0 q ue Paloc-ci fez n essa c on su lroria. 0 sil~ nc io deleso fa z aum enrar a \.I peitas de q ue te-

uha enr iq ne c ido ilicitarnenre. Ale por-q ue sua ernp re a e ba tam e anp ic a: ternp ouc o c liente e urn faru ram ento eq ui-valente ao das m aiores c onsu lroria dopa i s . Tudo . i nd ica que , depo i s do e can-dale do caseiro. ele novamente teuha

c aido em teniac ao. M ais uma vez. amao forte do go erno p arec e e tar pando obre Con~'e o. 'E s a te n ta uvade blindagem q ue foi arquiretada p 1a

base aliada 6 transrnite dua m en a-gen s: q ue Palocci realmente dev e qu~

o g ov em o e coni enre c om as atirud s

Q uais o s im pactos da cria~ao do P S O p

a sobreri ven c i a do O EM ? E se no 0 pa

rido prejudicou multo 0 DEM. Perdemp olnic o: exp re ivo. c omo a senadorK aria A breu , ue era uma grande ad-versaria a medida gu 0 P SD se alin ha

ao govem o. M a nao adiam a fic arrno

com lamnnas. POI q ue L em ar egn rarq uem nao q uer p erm anec er? Q uem qer ir q ue a embora. A maior t ra icao

q ue e p ode c ornerer om 0 eleiror eeleito para integrar a oposicao e migra

p ara a ba e gover ni ta o Vivemo W11 mmemo em q u muitos p olitic o se intim id arn d ia ne da m aioria e se t o rnam

travesri: p olitic o . Q uan do terminar eexpu rgo , remo de manter a un idadain da q ue m n urn ero reduzido. e l ar gbandeira q ue nao ao nos a .

Q ua is sao elas? Defeodemos uma po

tic a de seguranc a p ublic a sem tantosbeneffcio aosderentos, como indult

e p rogre ao de pena. A violencia 6

refluiu em loc ai nos quai e aplica-

ram c om rigor as p olfric as c onvenc ionais. 1 3 0 c aso do e tado de Sao Pau londe 0 Indices de homicfdio dimi-

nuem ana a ano. A frouxidao penaluma lasrima e urn incentive para os

minoso . 0 q ue me est arr ec e e q ue 0p rop rio go erne rec onhec e i o. a

educacao, defendernos firmern nte 0

m odelo de en ino integral, c om inceD os p ara a p esq u isa c ientfflc a. asu niv ers id ad es. as c oras racial devemser subsL i ru fda por cotas socials.

A oposi!(ao tem ho je algu em q ue sirvamode lo? 0 rnaior op o ic ionista no Senado . hoje. 0 ex-presidente IramarFranco . Fiquei im p res sio nad o c om u

capacidade de resi tencia, E urn horn

q ue m ostra sua op iniao a q ualq uer mmento c om de r eme r . A lgu ns en ador

rnai e p erienre . c omo Jarba: Va ' c ocelo e P edro S im on . dem on tram 0mesmo e pfruo aguerrido. Aecio evcomecou bern, ma deve se ac o tuma

c om a vida par tamenrar , diferente daq ue t i nha C0l110 gove rnado r .

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p o de c ota, Se tiverm o de estabelec erum crirerio. deve-se utilizar a renda.

Um a c ora so cial e ma i s justa q ue a ra -

cial , Os tribunai rac iais q u e fo ramc riado s T IaS univei idades sa o arbitra-

rio . A p e ar d e r ec o nh ec e r 0 ofrimen-

[0e a ex clu sao h ist6 ric a que a popula-c ao negra ofreu no Bra itacredi LO

q ue 0 grande probl rna rn nos . . .0 p alna o e r ac ia l, m a s e c on om ic o . 0 bra [;leiro e discriminado por SeTpobre, e

nao p ela c or de u a p ele.

Qua l e 0 perigo de um pars com u m a opo-

si~ao debil i tada? Um p ars c u jo g ov er nonao rem c ontrap onto fic a p reso a u ma

'diradura branc a" . 0 governo p assa ac on trolar a m aq um a p u blic a d e ta l for-m a q ue e: trangula a atividade parlamen-

tar e elim in a q u alq u er fo rm a d e fisc ali-eza< ;ao.V ivem o em u rn e tado de vie'a u t o rir a ri o. A le r n de 0 C ongre so ja naof u nc i ooa r r na is . i ns ti tu ic oe d controle,c omo Q Tribunal de ontas da niao,

a o c o ns ta nteme nte b omb ard ea da s e 0M in i reno P tib lic o aparenta rer e c an-sado. S6 nos resra 0Su p remo T rib u na lFederal. ao e n os sa in re nc a o imp e dir 0

gOY rno de a gir, rn a terno t ie re r con -

d j~ ao d e deba t e r suas propostas .

E s s e q ua dro irn pie risc os a de moc ra -

cia? 0 g ov ern o se ap ro veita d a falta de

freio p ara ap areJh ar 0 e sta do . emp re -gando em rodos os etore companhei-

ros sem uenhum p rep are tec nic o e c ap a-cidade p ara entren tar d e forma adequa-da as d ema n d a s do p a rs . A med i d a q ueo governo se r o b u , tece, eJ e av anc a so-

bre 0. p i la re s da democr ac i a, c om o fic a

e vid en cia do n as c on stan te tenrarivas dernonitorar 0 tr ab alh o d a irnpren a,

De q ue fo nn a 0 g ig an tis rn o d o E xe cu tiv o

p od e s er c on tid o? Ja prop u s u rn novopac ro f ede ra r i vo e u rn a neva Assem -

bleia G e ra l-Con stir ulr ue . q u e nunea an -do u no Congresso. a hoje duvidoq ue 0 Congresso, tal como e ta, sejac ap az de ap rovar um a on. titu ic ao q uenao se contamine corn o. ideais autori-

ta rio s d e gov er no .

o D £M de ve s e assum ir c om o um p artido

d e d ir ei ta ? Nao tenha du ida di so.t

u rn p artido q ue deve rep r mar e epo i c ionamento c on ervador, e nao rervergonha dis O.

o qu e significa s er d e d ire ita ? Signinca

defender 0 liberali mo, 0 livre me r c a d o ,

o merit e a efic ienc ia m axim a do e ta-do. m bora c ornu rn, e d es ca bid a a a ss o-c iac ao au tom atic a e op ortuni ta q ue aesq uerda faz do p en am ento de direira aextr m istas m en rruo C. c ornu dol fHill rea governos de xc ec ao c omo a

d ita du ra m u ita r, A d i r eua n ao te rn co r n -

. . 0 t e r r n o 'd i r e i t a '-- - .- -- -- - --- ------- -

f o i e s t i g m a t i z a d o e- . - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

a s s o c ia d o a p o s t u r a s- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

r e l n i g r a d a s , A d i r e i t a-------------_----_--_------------

n a o t e r n c om p r o m i s s o-----------------_----_------------

c o m a q u e b r a d a. - - - - - - - - - - ~ . - - - .. - - - - - - - -

o r d e m c o n s t i t u c i o n a l .

A o c on t r a r i o , s e r d e--------------------------------

d i r e i t a e j u s t a m e n t e- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

d e fe n d e r o s v a l o r e s

i n s t i t u c i o n a i s ~

p rom i so c om a q uebra da ordem cons r i -

tu c io nal. A e c o ntra rio , s er d direita ejustamenre defender os va lores iu st it u -

cionais. c omo a lei e a democracia . Pori O. a m eu ver, ser d e d ireita sig nific acom ba re r 0. ideario q ue p o em risc o os

valores mais nobres da dem oc rac ia aopregar 0 al?arelliamemo e 0 inchaco does rado , 0 d e sp e rd fc io d e d in h eir o publ icoeo assistenctalismo de medido.

P or q ue 0 s eu partido nao se assum e as-

s irn? 0 [enTIO "direira' foj estigrnatizadoe as c iado a p o ru ra: rerrogradas. _emc ornp rom isso c om a dernoc rac ia. E u de-fe nd o a id eia de q u e to do p artid o ten hau rn p e rfil rn uito d eftn id o e s e man t enha

c oerente c om seus p rinc ip ios. 0 D E Mp rec i a. e assum ir c om o um p artido dedireira d em o cr aric o. E u fic aria m u lto m ale m u rn c as aq uin ho ve rm e lh o. e nc am p an -

do ideia nas q uai nao ac redito . M ultodos m eu s c olegas de partido rechacamo ro ru lo d e c on serv ado res, 0 'OEM e 0

q ue entao? Se ni l p o d emo s nos a s urn ir

conservadores, e r ne lho r f u nd ir 0 partidoc om u rn p artid o d e esq u erd a. en tao .

o s enhor ac red ita qu e a politica de colas

raciai.s e apenas um a manifesta~o do as-

s is te nc ia lis rn o d es me did o q ue 0 s e nhor

c onde na? Sirn. o u c on tra q u alq u er ti

o B o ls a F am ilia nao e um pro gram a que

faz ju stam en te isso ? 0 q ue e ab su r d ones e c aso e a transform ac ao de se p ro-

gram a em anna eleitoral. 0 Bolsa Fa-milia se tornou rnai: importanre para 0g ov erno q u e q u alq u er p ro je to e du c ac io -

nat. N ao se tala Inesc ola em tem po in-tegral no Bra H . em p olitic a p ara to-bu rec er nos a ac adem ia e aim . lran -form ar a p ais em um a p oteuc ia nos p ro-x i r nos ana . S e 0 B oL a Familia fo i

m e m o urn uc esso. ele ja deveria estarhoje muito m enor. D e veria ter u rn tem -p o Iim itado de p aru .ip ac ao e ser imple-

meu t a d o junto CO m p ro je t os d e c ap a ci-la~ao profis io na l p a ra a fannlias e

ac ornp an ham en to d e d esem p enh o esc o-la r d as criancas atendidas, de m odo aacaba r c om a del end en cia que e tas re m

de go vern o. N ao e o q ue se ve, T al c e-mo ehoje. 0 Bo1 a Familia em n ad a di-e re , d a benemerencia interes e ira d o

elhos co rone t da po l t r ica .

V EJ A p ub lic a n es ta ed~o u m a r ep or ta -

g em s ob re u rn c ora jo so d oc um en ta rio

q ue d iscu te a d escrim in aliza r;iio d a m ac o-

n ha . Q ual e s ua o pin iao a resp eito ? Achoum a bobagem rem atada, p oi p arte dopressupo to d q ue i so ai a cab ar c erno r ra fic o . T odo s 0 p a is es q u e lib era ramo COil um o de drogas e tao voltandoarras, c aso d e Portugal e Ho landa .

A d ro ga e a origem de inum eros c ri me ,

e 0 usuario nao p ode ser rratado ap nasc om o um a vitirna, um a vez q ue alimentae e ec ossisrem a p ernic ioso. A lem disso.a lei j a 0 p r ote ge . im p c d in do 0 c umpn -m em o de p ena. Em e z d e I ib era r 0 con -su mo de droga ,0 g o v ern o d ev e c o ns -

tr uir c e ntr es d ig no s de tra tame nto e

reabilitac ao p ara vic iados. _

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talvez leruo de rac ioc fnio, p o sivelrnente de ou -ITarac a ou c redo, ou p obre, ou amanda la do eu

je ito ? S em 0 rratar c om o c oitadin ho , q u e e 0 q ue

em geral a c amp anha fazern - algumas bern-i n t enc ionadas . Posso es ra r errada. Mui r as veze

ru e e ng an o. 1 ao tenho rod a a inforrnac oes.M as renho voz ue ta co l u na , entao tento partilhar

minhas mqu i er acoe s. Por isso, a li as , e sc revo .Prec i am os p rep arar oos as c rianca . em ca-

a - ond tudo c omec a, re pito mai um a vez. euq ue sou repet idora do q ue m e ap aixona O U a su -

La- , na e c ola, n o. g ru p os, m sm o na un ive r : j ,

dade, para a aceitacao, a parceria em re la ca o a

tudo e rodo - menos 0 c rim e. a c orru pc ao. 0

mau c a ra te r, 0 c inism o e a violencia, 1. t o deve ri aser natural , are banal, coridiano c aseiro, c oo -

t ame : respei ta r 0 OU ITO .E c orn ec ar resp citando aip ro prio. su a dignidade. eu corpo , ua nature-

za, suas p o sibilidade . Suas dificuldades.

D e p rop osito nao tou me p rendendo a que -

r5e d e orientacao e xu al, m a s a ru d o: a ss ex ua -

dos, sex uados dem ais. p obres, ric es, obtu so oude cerebro sofisticados. c om [eni. de grifeou c arnbaios, de p ele e. c ura ou c lannha-s- filho

de dou ror ou de c atador -, todos somas p obreshumane q uerendo ap oio e valorizac ao, tantas

veze submetidos a interesse naoc onfe ado de quem no funde sta d es in te re ss ad o . .. ou exp os-

to s a f u ri li dade a lhei a. A vida j ae bern diffcil, obretudo para 0[oven q ue entram ne re mundo

atrap alhado no q ual a lguns di-tam a. regras (q ue mu i t as vezes

eles mesrnos nao seguem), c o-mandam 0 circo. enveredam pOl'

c am inhos em c onhec er direito 0desnno e inventam modas sem. a be r as c on se qu en cia , 0 p od er,

a rnando, ao p es ada c arga. D e-viam no fazer, a c ada p asso. pa -

ra r u rn p ou co para re f le r i r : ei do

q ue es iou f ala ndo, c o nn ec o 0 €Ju e tou ordenan-do. entendi q ual era 0 efeito dis 0 q ue permiro

ou q ue e rim ulo em c ada mom enro?. ao e diffcil iniciar e comandar algurna

c amp anha. Ha q uem grite q ue nao se deve ter" ne nh u rn p r ec o nc e ir o, contra c ois a n en hum a" .Vamos c om c alma. ao se p ede igualar tudo.ao simp auzo c om 0 dono da verdade. 0 liber-

rario sem c ausa, 0 ber6i sem p rec onc eiio , 0

discurso facil. Eu. sincerarnente, renho - mao-

tenho - preconceito COntra algumas coisa ': a

de: one ridade, a arroganc ia, a irre p on abilida-de, 0 c ult do p oder estao entre elas.

- ~

C o n c e i t o e p r e c o n c e i t o

Preeonc eito e c arnp anhas antip rec onc eitosa o 0 item da m oda. Porq ue rude e moda,mama. a ez s obses 'ao p assageira. Sem -pre , iambern em meus romance: e CODlO ,

cornbati precouceito: contra as de p ele diferen-

re OLlOUITO 01110, c ab 10 a im ou a ado. bai-xinhos, gordo. meno inteligentes c om qual-

q uer dific uldade ftsiea ou lesao m ental, ou jeitod e am ar. P rec on ceito e inato noer humano.na c e do m edo-do diferem e. exige lu c idez e es-force p ara er encido. Em meu mai recente

livro, A Riqueia do Mundo, tenho um capi tu lo

inreiro falando nisso. Se alguern diz q u e " bra n-co de olho: azu is" sao resp on: avei p ar p ro-blemas do p a f . e u m e in to z ra n dem erue a ra ca -

da. ao pos 0 er q ue tionada porque ha qua, etres seculos meus antepas ad o vierarn da Euro-p a. n ao da Africa. e ram bem n ao eram t nd ios ,

a o ac red ito em c am p an ha g ov ernam en taip ro-anti-q ualq uer p rec onc eito . P en a q ue 0 go-

v mo nao deve fazer ca r n panha D e se sen t i do ,

rn a garannr, de saida e por princip io, 0 direito

iiE o , s in c eram en te , te n h o -

m an te n h o - p rec o n c e ito c o n tra

a lg um a s c ois as : a deso nest idade ,

a arroganela, a Ir re s p o n s a b il id a d e ,

o culto d o p o d e r e s tao e n tre e tas"

tVA LUn

e escritora

d qua lque r pessoa aorespeito e dignidade pro-

p rio , em todas as q ue -to s. desde comida, sau-

d , escola, moradia, at eprivacidade e intimidade.

A os diferentes obrerudo, m as a q uestao inic iale : quem estabelece a p adrao do 'diferenre", e. diferente" do que? Alia. no a intimidade anda

em s e g u n d o p l an o n es ta oc i edade ne st a c u l ru rado esc rac hado, da calca arriad a, d o o lh ar d ev as-

ad or (e d ev astad or) e rirn ulad o p el a in tern et q u eeu ram o U 0 O m OUITO' fin .

Por q ue nao tentamo er simp le mente naru -rai ') Por q ue ac har q ue somos melh ores q u e 0

outros. q ue no sas ideias. p ostu ra ou renden .iasao a q ue todos deviarn segu ir? Por q ue naoaceitamo 0 ou rro c omo el -, q uem sabe gago.u mid o, g ord o, b aix o, alto d em ais, m agro d em ais,

24 j 8 DE JU 'IiO. 2011 j veja

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vejaAsS~as Ordens

V e n d a s

Internet n w . a s s i n e a b r i l . c o m

• Ugue g rj ,t is : 0800-T152828• Grande Sao Paulo :(11)33§Hl21

De segunda a sexta / das 8h

a s 2 2 h . Saba do. das 9) a s ISh.

S e r v i f o de M e n i l i m e n t o a o C li e n lf

( SAC) ( Go ns ul fa r C la do s d a

su a aSS-ma ru ra , comun ica r

a lte ra~o de endereco, tira r

duvidas sobre pagamenl0

o u e ntre ga , re no va ((a o eout ros servi~(Js)

Inlerne!;; ftW.Ugue g

• s ra n(TI)

D e s~umfa a sexta,d a s 8l i l is 2 2I L

~i I~ 2 1·

V en da e xe tu siva e m b an ca s,

pe lo pre~.o d e capa

vigente. S e l i G it e . s e u

exemplar na b an ca tn el s

p ro Xim a d e v o c e :

e-mai l : J ! I Ib k i d a a u e j a @ a b l i .c : o m . b r

P a r a a s s i i r a r

ligue~tis:

0801H152828C J ' a D d e . S a o F . M o :

( 1 1 ) 3 3 4 1 - 21 2 1

Des~

a sem, ~ as.20 h o r a s .

s a h ad o , d a s 9 a s 1 6 O O f 3 S _

,.

h t t p : ! { w w w . v e j a . r o m

28 I 8DEJUNHO. 2011 I veja

Fondador: VICTOR CIVITA(1907 -1990)

Ed it or . 'ROber to ivua

President. Executivo: Jairo M endes Leal

Con...a.o Emtori.l~Roberto Civita (presidente). Thomaz Souto Correa (Vice-Presidente),E 1d a MU li er . Giancarlo Clvlra, Jairo M end es L eal. Jose Roberto Guao. IC10r Ctvtta

D ire to rd eJ lss in 3tu = F ern an do CostaDiretor Oigjtal: Man oet L em os

D i re t. ,. . F tn . nc e ir o e Adminislr.Jlivo: Fabio d'Avila CarvatnoD i r c tera-GcraI de Poblicidade: Thais Chede Soares

D i r et or -Ge " ,l d e Publ ic idade Adjunto: R og er to G ab rie l Comprido

D i re to ra d e R oc u rs os H u .. .. n os : Paula TraldJ

Direto . de ~. E. rr tor lais : A lfredo O gaw a

D i m. r C ome rc ia l • A dmin is tr at iv o: C la ud io F er re ir a

vejaDiretor de Red~: c ur/p ed es A lc an ta ra

R ed at or -C he tc : x ta no S ab in o

E d lt or tS I ~x ec u lh '( ). $ : C ar lo s G ra ie b, F ab io A l tm a n. r sa oc ta B o sc o vt, Jaime Klimowicz. T h af s O y n rn a, V il ma O r yz in sK l £ di lo re s: D i og o Xavlc , Sche lp , F:P O rt el a 'Q v ie !I O . F el ip e ~ ru ry . G iu ha no G u an da li ui . J er on im o T ei xe ir a. J ul io c sa r d e B ar ro s. J ul ia na L in ha re s, K ar in a P as to re . ? !. 1: :r ri oM e nd e . . OkkySo u za , Om " i O CnbmJ Edllor f:sp<-cial: Lau ro JAn l in> IIbed.IIO""': Gabnela C "" ,I Io •. ~ I an : e lo Mnr rhe t : dl to r Ass]<1COIC: Eduarao Gracicli Teixeira keponeres.

Adriana ntas Ll)pis. AIC)(Qr>dreSal , ·adOr . .">J1QClaudia Fonseca.Bruno Meier . Daniel . M eM O o os S :m [O S . F ern ao oo M ell o. F ilip e v lt lc ic . Gabriella SandoKal leo Courn, Laurn OhHz.. LaUf".. I~1ing. Leonardo Couunbo. Luis Guitherme l3amJcho. , arcelo Saknle. ~ 'l ruian3 Lemos Amaro, Ricart10 Westin. c;""flh"tin Sucursals: flrflm - JL1Jjade Medeiros firasllla - C hert: P Ol! arpo Junior Ednor: R od rfg o R an ge l R ep drt er es : D a nie l Perclra, Gustavo Ribeiro. RCesar Ma rq u es . P au lo C et so ~.reir:l Porto Alegre: • I go r Pau l in Rio d~ Jan~ir6 • Cnere: ~ or uc a W em be rg E dl tc ra : ~ la 1u G a sp a r R e po rt er es : Renara BRoberta de Abreu L [mo. a nd r a B r :I $ HNom I II rA :. C o rr es p on d eu te : A n d n! Peery h ee ad or es - C he fe : R os an a A g re ll . Si1\·eirn. Ana Pau la , 1 :l J l' ll l li , And

sa Tllbila. Le rl em L ama s P er ei ra , S im on e A p ar ec id a CoSta F oto gr all a - E<iilol'3 de ~'OlC)gr.(I.: Gi ld a Ca sr ra l Cocruenudores: A l ex and re , R e c ne . ISlIlacl Cm in Q C an os a F O l. og rJr u: RiD de Janeiro - OSL"3r C a br al P f :s q lI ls . 1; P au lo J os e B i3 JlC h i ( co om e na d or ). A na Paula Gl'llis~cu . u son de souza P3.."$I , )~niretorArte: Carlos Nen Cdllor ctearte. R ei naWo Amun e de ) .Joura Desigoers: Daniel Manlccl . Ed u ar do L u n gh ln J u ni or . Leouardo [ ; ic h i ll go r. Mn r c o s V i l llR od ri gu e s, M a ri O . h" l~ ~ C ar va u to . ' tu d eu toguctre In ro gT nfta - E dJ ro ra : A nd re ia Cai res ( l lfograJ is tas ; A dria no r ":td u3 . P id on e. A le xa nd re A ke rm n nn . ewe-

do s S ant os Gclldari, Wu nd er M or ei" , M en d" P ro ou \' lio E dilo ri "l: u p cr vt so re s d e E djl or ,, ~" oI Re "L <ilo : C la ra B ~l dr Jli. f eli ce M ora bit o. J O de MoIO . Ma r»restes ec retanos de l 'rodn~o: A na " 3u sd oo . n u l o v amam c ro . S h ir tc y SOU7~ Sedre, V er a f ed sc h c- nk o o or de na do re s: \ 'l ar c. r. lo .Sltvesrre do s no ta rc o Am oni o A t va re z Salvador. Ricardo Horvrn Lo l l. Re , :l s il o : . " J : I < l r e t u r s P on O A rn dj o. C ~l ia R eg in a A r ru da . C ~ li . R eg in a RO<Iril\ues<le Lima. EI"i", GnMarina de S ou za. S ergio m pan ejt a. V alq ulrio D eu a 1>0= u pervtsor de 'tram menc de imagem. D :lIliJOAo ton lo P e rr ei ra P r ep a ra d or es l )l gJ 1 ai s: AS en na C ha ga s. E du ar do H ea riq ue C on de S ato ma o, E dv nl M o re ir a V ila s B O O !. Lu c a s F ra nc o d e Godoy. Olivc i ta Figueiredo J r. . R i c .r rd o F e rr an . R o b er taD o n ne , R u be ns 1'\. Me lo d e P au la . S il vi o F et lx A t en dt me nt o 210 L e it er : E d u ar do T e de s co C c l ab e ra d or es c U USIO Nun es , C l au d io de ; \t ou r a C a st ro . D i~loinanli. L y a L u fL M a li so n d . N o br eg a, Reinaldo A2<\·OOo. Ricardo San c R o be rt o P om p eu de To l edo £ s tag l li r lo s : A ndre Eler. Bruna Stuppiello. Carol~do. Erico II.tuO O y am a. G a b ri el O e. Lira Fernandes. Helen. B o rg es d os S an to s Dins (ruo). Julla C ar va lh o. P au la L op e s d os Sani es . ' Ia rima Marq ue s NtYE.JA.CO~I- Edllores: Kal ia Peri l ! ( c he fc ) . n en e dt ro S v er be ri . Claudia Rlbelro. Daniel Jclin, Fe rd in a ndo Ca sa g ra n de . Fe rn an d a Gu im a ra es . G i an c ar lo L en i, J O d} T Magalll:tes l'rtv:lo Jr.. Jones Rossi. J os e E du an t" L lm a, M ari an a Almeld,. R af ae l S ba ra i. R aq u el H os hl no E u lt or es A ss is re nt es . l'll'(J)1ta N u ne s. Cl in a d a Gmuu F ar in a. G ab ri el P al ci on c, J am es R e7 .c m 1eVO l lc . M 'i re ll a D ' El la , PoJJy:mc L im n e S il va . R en at a t to no ra to RCpOneres: A dri an a C ah an o, A na CCOS IO . Ar er na Y " ", k . B cmr lz F er ra n. Bruno AhOOd . Ca rl os E d u ar d o Jorge. Carollna Preuas. Ceci l ia Arau j o, 0 0 1O i [ 1I a Be cke r, f er na n do Banos d e M el lo . rv ko r le al. M arc o T ulto I ~irc s. M a ria caronna ~ lrU tl .M a r ia n a P a sc h o cl . N n n a Q u c lr oz . Natalia Cum in a lc . Nm h al la G o u la rt , Pamcta S p ie r, P a ul o R e v' r1Rafael Correa Rodr igo Lev in a . Stlvio N as clm em o E dlI or d e A rte : A le xa nd re H os tu no E dit or d e Fotograna , Alexandre Belem Auallsta SEO : AdrillJ10 Rad e O tiv cu a w eb ma sie rs. c aro nn e R oz eu do , E ster Angel ica de :Azevedo . tueas DalJCl.SWcbdcs igners : Andre r - ucnlcs . I go r Q u c ir or . L o ct an a ~ fa n: in s S ou) .l ir ia n A l v es . S id c le i S o bmL Thoma z Re ze n de , T i ng e Ma r ic 3 { e S u c u r sa is : Brostua R e pd rt er es : G a br ie l C a st ro . F er na nd o E xma n. L u ci an a M a rq u es . R ic aBrito Rio de lanetm - E dilo ~: L oe lla S oa re s ( ch efc ). J <> 'loxtarccuc Fnhal. Paulo 'elva, Rc p o rt er es : C e c il ia Carvalho Ritto, Ra fa e l L em os I I\ '; ! .. T l lPrado E sr ag la ri os : A l in e S ou za S il va . B ea tr iz O l iv ei ra de SOU2a . Davi Correia V i ei ra . D e r i k Ribeiro Almeida. Isabel" Cr is tl u a Ba rbo sa G r ", ,6 ri o e n

rnremactcnnts- r\leir N. da 0\-3 _ 'ova York'~RogCrio Altman (Paris), Associated Press..' gence Fmnce Presse'Recrcrs\~,,~, ' .veja.com

SERYI(:OS EDrrOR1AL~ - < t \po l u IW i lo r fD . J : Cui05 G~u.l vvte). l . . . U 1 l . lnu (Thfogr.tt!aJ Dafoe e Abr tl l" rt :s 5: Grncc ( JeSouZ ;] .

f'csqliJ:)a, c Inldl$l:flK_lJl de 1\If'TC3do: And r ea COS~.1Tttln:lmemo £djl&r1sI: Ec!I1':lJuPlrlk~1U:I

l'UULlCO}A 01': CF.NT(L.\LIZAD.'\. Di.reto~: M_nr\.'ii'lNcr , \bri~ Orlil. RobsonMOniC I::\'ecutn'~ de Ileg-<iclos: A na Pault)Tel . ldr .! . ;\Ita P nn la ~ C . u ( 'l .s O I l 7 ~ • . ~,llllILa

C l [ ! l i l a foIbl. , CarI.AlId""." Cidlnl"CJsuo. Claudl. C : I l ! J i n o . C]':III<Comes. C!ttiaooJ'\'oo., l);U!lClaS c r a f i m . E i i > J l C I ~ o l I o . Emil i ano t r_on . ! '>l noS : in ! (lO . In . ryCui~ Iul la", '1CCIfoKarim: llxxrw:. Mar o !l lo A Im: id3 . ~ f3 f i: e. I () O I \ 'a 1he lm , M i1f do & l . e r ' r . L . ~I~ '/1 nitiU $. .Mar13 Luda SI1OIM. N ik ll la sl~ R eg in a M4!ul '3 .no .Rell:HJ Mfolli. R o d s i g o TQI~d( l .Selma (): tsQ. St ~11m T a l l M<tx1ts. 'tJilt!I''\Il) PUBUCIDAOE o r l TAL D i re [o r: N I< ! le .- \l m< id 3G<rcm,: Llli: llIOO Atmold3E." 'CUth05den<gOd", , : A r ! d r < 8on()I,".~M",IlIIdo.BMIO F,

allClTll. C a m l l a l l 1 u t x : l l o < . E L l in c C o I l> ; o . P.!I iIoIJ G r nn J . l. A 3 ,b I(annohle~ G u i il l< n r .. : B r u no d< L u c a . Gu_ O Il" I" , H "" "n f < m : m t l o < . L=:! ", ..<. luci;mo M<.-':l<>. IWileI !Ie C ~

M ore ira . R _" C3 !''; [J ho . R <l\ lt\ Siru Oc sl'lfB LlC ID A DE R EC IO N AJ .. D ireI Ore s: ~b Jm s I '< Iq rin >C om ez . PaoJoR""" ,Si_G<. r tUle; : . - \ndrea V,\~C!is<.ilnQRU""d. Edsoo~tF rJ OCi .s c o SiBb ei ru No o, l\ '3 I' l R il dl c l J ~? -. . w! o P ll JI ro . RJcanto. \bruoi.~ Paula. \ J a I W P a ss ol on gu E . 'u c lJ .Um s d el l\ . 'g .o on s: A d ri .m o F r d J e . . i u c : O m n a . BeonizOUino. C a r O U n e . P b . t

tel;, pyramo.0, . 0IJc$. ~tcl E r o p i l iO O i . CJlnj,1 S o o " . I I C 1 1 1 J l \ f l ! l 1 j O O S , 11>10k S e l u s . J a < i C " , ; l h o , rose Roch l. J o o i i.Dp:>.JIIIi" '" J:nbol.l.<dl Cosn.l .1Ick: t<Uma.1':u)!cla I km ~ t ",P.!Ol l Dom<I lcs . Ric:lrdo M e l li n . Rodri#Q S t t > l 2 r v . 5 " 1 1 " " S J r n p J I o de O . Rci j I r i . . , . P iBLICID AD F. \IF .JA DIMQr. AI<, F o r u . l t 1 : lCen:n[.~ \1,1"1IIH o , . ~ E .' <X 1 lt i' ·0 5 d , o q :6 c lo

Adriln:J. N 4 2 : . - r t . i\k:.':Ullln: Rd< iJ dc , A k 'w n dr .! V jO~ J. . C 31 to s &taardo M~ GJlson P r : 1 d o . ~'t:tCIO ~ Mara Angelic a Gols. Reoac (~'t'l. \'l."lC:&~ F c'H ciI Ol. V h1~ M ~

(;oordenJldor: i "oo o r e OESL '' 'V O LV I l\ IE ~ 'T O COMERC l\ L Dialor: JxqDI:S IIaJsi R i c : : m I D INTEGRAC; :AO OM£RCl,H. n;~orn' Sand'" Somp

PLA~'FJAMF.~'TO. CONTROL1 \ : E op.£Mc;: in;s Geren" , : Jose """10 !Undo ConSolIo" , : S : > n d I : I I .-1hJmWil",,[Gerenle d. Proce:<<OS:AdIi;maIW CLA IF! ADGenmtc: A n~ tlk a ltr. ~C oord enn do r: \ 'lil lia ns C i o m c : s MARKE11NG £ClRCOLAy\O Marketing Y t'ja e V ej a D Ig 1L aI: G t('C nte de . Mur:l: .CII_ng:. V!vj , ' l . ! 'C P.1U;)dinoG-eren

tle Circula91tJ t : \lnrkcliug PlJ t) lid. ihin: IwiQ LuIs c : r em _I > d e ~ 1a rk et iu g. :: A nd se a :\ bc lIo ra ( ~l" tn tt ri e C ir c1 JL 3~ O ASsfrt::llUr..lS:Marcia Simoae Otnllll Gt! f ' i ::UI .e

O n 'u k u; uo A "u Js ns ! v: iJCna ASs: l . IoASSI! .X4.TUR.- \S AU' l Idlmc . rl l ( j 90 OiCO t c ! 3 ) 10 0 O k k RECURS OS HU i\ L <\ i' lO C ; .; o. . ," '~ ~l .. , .' I[ :- :O : :r u- :,. , . ~ : - : t 1 r c i : - · . . , ' . , . P \k : . : ~_ : " - - , . - =C " : : ' - - , . . . . . . , . - c - _ - : -

Red:J~ e Co~pon{lionc:l~l: A \'. d asN ~O es U nid as . 7 22 1. 1 94 'an da r. P 'i'n he lro s. sao Paulo, Sl~ CF . . P 054 : .2 :S ·9QZ . reJ. ( 11 ) 3 03 7 -_ O O O . P ub li ci ft tt k S 30 P".m'Q e I n rum l! l ~

SOhN I '( !p~l lI :m .u5 d~ pubLldd !ld.e DORnsn e 00 f1.1t rlor : WWW.publUlbrfLcom.br

_ptiBuc.\C6ESD;\EDITOR\.\BRlL:Alth.AI~t_AbtiI.AlL1.\fMtLArqunctwa&C~A'CIlEllt'.lI;n.,rrISf6na..Bo.l.Fo7Ilu.Bon:.RwdO>.BrJvo!.C3fJticbo.c~CtlJ;.(lb.ClJl.Idb..

COQogo~ .D e U c i3 s< bCl lU . O i c u 1 .o . (Q .ne .. E s tOO , E:ume. e w r . c p.\tE. Gloss . GUado EstuIJ:lme, G tu as Qu :u to R .O \ la s. 1n !o .L oI a. .lA \~ eQ . ~ ~. ~ ~I rlll. M oo 's Utanh:.. 1inh.1.Ca.u.. \l

No\elJ.. :\1UDdo Es tt anho • • atioQ1l~. ~O\~ Pbc::U, P1:t) 'hoy. PU I~ Oisney. Quam) Rodas. R«n=iIl. Re\l."ia ~(5 Wotld. ~SOU!-1a.lS. E~ •.s~. TIliti. V

\~JIroo . Wjasao PJUJo ,Vej1$ ~11B. vhgemc:Turi ,gno . Vid :aSimp!c :$ . Vip .\>IYa !!ob is . v~ RI:L \\x~S/A.. WOOX' il ') :H~th fuod.~ \ 'i ctorOr tta: C i e . s O O : F s : c o i : l r . ~0\':I ~

YEJA 2~ ( 1S SNO IO O · 11 2: ! . .. mo. ;. :/Qo~. Vcj :. .I ! Uf1' ) 3 publ~io~~ d:t &fluJr.) b,)!' A~-r~3111t:11t1r¢ \'cnd3c'\'cll!sh"3aTlb;uJc~ pclopn::.;a da Qltim:~~cm ~

tJ t:s ;pei3 &t ~ SO lttlle 00 ~J~~o. D islriburdl an lodo" p » 1 : , < i . pel;) D ~ 5;-" , . Disuibt l idoro S !l Ck ! na l ~ PuNi~-o....." ;iO P:'IlJIJ'\- Vf'J.t\ n4 0 U ( l. n li tc p u ~i oc l a£ le r ed u c iO n A L

l .i ~TERl' \ATIOJ lU\L J \OVRRTISJ? t;C SALES RErRESE l- ."TATIVfS OORDh"i .t \l :OR FOR i l' "' l· [R ., ., .. \T ION. '\ l. . .DVERTIS INC: I JN I TED S T ,l \ TE S : ~[ob1tl A(h'cruslll.~. Int.

Olf \ '~ : Hil l1. . . . . " lOc .W 'oou s iUe , C t ll f( l )f n ia 9 40 t52 . W\,rfd ~ fLo t lJ I 1. I ) W t :S1 ; \ 6 th S l nX t , N'C\lt"orK, Ne.wYl'lr~. I ( IOIS. Ic:!' 1-212-2~5610, r a x : 1 .312~2tJ..&~J6.<..'"kJ.<)~~.lPaIac1i)S - Co . ' 52. 01

U , gOCH lD r l \' e. S u h e 2 0 0 . M i ll m i. HQod:l331'Ui, eel.: 1-786- .38.8-6340.13 . . t . :1-7S6-j.SS·91131.-\PA;. ' i~SlJilU1llo Im cm at io n .l nc • •A J : ' : l s o k < t K) '~ '3 . 8 I d~ . 2f'. 1.6-! 4.A ~ ~·(iT1W O·f\Ui

1 01 0 0 ! ,. te l. :I H· .W ~ 20 . (u:" 1-l-~505--S61SiAl\VA.~.:.I.twL"lnI'lMcd"t3SC'r\'ice o .l .i d F lo or 1 1· 14 -. ~.S«:. 2 Tu nH u nS ou lt tR o. ld ·l JJ pe l. le l . . 0'.!.101·~19.fa02. ...09·83

VEJ. \ i s :publ i . \bed ~ ~k ly b1 E O I TO R . .~ A BR J L Sl A (:'1\' .Ou\l;m1)AI\,tsdeUnt.i. . wOO . S : :I oP . lt I lO~SP .CEP01909·900 .B!UZ i J ). A YeMI ) ~ ub)( . .· upOOnabro :l d c o< . .hU • l SO . E lt cp c ( oc

lbt s t1bScnpt lOO costS U S S 3 80 . To su'bst;;be ~31t ; .I I- SO : :i . .211'1. ~~1, l .1i lc I r. · :1.... Ot a v ia no Ah 'CSde Um .a . + ! O O . sa o P : m l o . . S P. E P0 20 00 ·9 00 . B nu .U

1).1P~ ', . \ N 'A O l\ - ~O Gm] \ J)A mrrORA ABR iL S _ ." \.A'. Ool"i~ ,at,'d" de Uma. 4'00. CEP 029Q9 . .9 00 , Frtguesb. 00 6. sao Pau:o_SP

I r J :fV'lANfR-

.Abril

~ do Con""ho de AdIAil1~": Roberto Ci\'ita

~ente ExecLlllvo: G iaoc arlo Civila

Vk~entes: A rnaldo Tibyri<;A , D ouglas D urall,

Marcio Ogliara

www.abril .com.1>r

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A s s u n to s m a is e o m e n ta de s

Evan il d o Becha ra (Ent re v is ta )

Tra ge dla d o vo o A F 4 47 (ca pa ) ~

G ov er no D il rn a e 0 v e lh o B r as il

S ac ola s p la stic as e g a rr at as ( Gu ia )

A rtig o d e C la ud io d e M au m C as tro

Tragedia d o vo o A F 447VElA mo trou d ralhadarnente c ad a m o-

m ento da q u e d a d o av ia o, d e a c rdo com

in forrnac oe: da aixa: -p retas d a a er on a-

ve , p ara q ue possamo e nie nd e r m Thor 0

acidente com 0 voo AF 447 "0 grito da

caixa -pretas", ]0 de junho). Reportagens

a s im fazern c om q u e 0 Jeitor s ima sa ti sf a-

c a o em a com pa n h a r a le memo no t f c i a s

d es ag ra da ve i .

ADRIELLY CRISTINA D E FREm\s

Ta iob e ir a s, MG

Ap e a r d as e sra ustic as . s in to -m e to ra lm en -

te vulneravel denrro de urn aviao. Li a re-

ponagern d e VElA e 0 q u e m a i o me e s pan -

LO U Io i 0 faro de um p i lo to ifdormir duran-

te 0 e u trabalho. Para mim, a q uesrao

sim p les: p ilotos ex isrem p ara admlnisrrar

a Iru acoe: fora do p adrao . p ois os c om-

p u ra do re fa ze m g ra nd e p a rte d o tra b alh o

e c op ilo to nao sao comandante .

IDRE GlFFONI

Pore-mail

H a indfc ios de q u e os p a s ageiro do voo

AF 447 11aO p erc eb eram a m on e iminente.

Pa r q u e e rn a o continuo a n g u : ti a d a ? P o rq u e

irnaginar 0d ese sp ero d o p ilo ro e d os c op ilo -

to d ura nte a q u ed a do avi l la

j a e d eva ta do r d em a i: .

SHEll..A FERKM'DA DA SJLVA

Co n ta g en t. MG

E t e rr iv e l i m a g jn a rq u e, n a e sc urid ao

daque la noit~ d e31d e m aio d e

2009, fo ram emvao o s e s f o l1 != o s

p ara te nta r s alv arq u em e sta va

n aq ue le v oo . Q uet od o s e s te ja m

em p a z.)J{f: SER. ' \F1M AI.MEID"\

EIII/m d as Arte .. S f>

ESLa r a m ai d e 10 0 0 0 m etro s d e a lt itu d e

n a o p o d e se r to ta lm en te e g u ro . Po r m a is

m od e rn o q ue seja 0 aviilo. e p or rna is ex -

p erie nte q u ej a a mputacao . a c i d e n t e s

~acoll lecem.

CARLOS FABlA."1 SEIXAS DE OLIVEIRA

C am pos d os G ovtacazes. R J

A r ep o rt ag em s u ge re q u e os p i ro ts , equipa-

m em os q u e fa lb aram, e ta o re cn olo gic a-

mente u ltrap assado . 0 A 330 p rovavel-m ente disp oe de G PS. ap arelho c ap az d e

ap urar a ve l o c i dade via inais d e atelire

c om e xtre ma p re cisa o. a le m d e fomec er a

altitude e posi ionameruo do a iao, 0

GPS n ao p o de ria ie r s alv ad o 0A F 447 ?

ALEXANDRE A . KOLLER

Navegantes. SC

S ou m edic o e p ilo to h a m ais de trinta ano .

Ainda na o c an e g u i e nre nd er p o r q ue na o

se fa la n o a p a re lh o GPS, p e ca o b v ia em

q u alq u er a ero na ve q ue e p reze q ue d a

inf rm ac oe s p rec isa s q ua nto a Jocalizacao.alu ru de e v eloc io ade da aeron av e. 0 q u e

pode a t e dispensar 0 ta o c i ta do rubo pitor .

o G PS d ep en de d e corrente e le t r i ca ,

AruSTIDE

Enigmatico

A s q ue sr oe s obre o

t rdgico 1'00 q ue m iu ou

2.28 p es so as e m 2'009

v do dem oiar a ser

isclarecida , Pecos do

av i ii o recuperadas ,

~ como as caixa -pretas.

~ dev em ajudar na.2iE eompreensao do que

~ deftuo OCOFTClI no

"'- mi. terioso acidente

Arapongas, PR

A re p on ag em d e VEJA da en e jo a um

agradecunento publico. tim ex-presidente

di .s e q u e "urn pais q u e ac ha p erroleo

60 0 0 metro d p ro fu n d id a d e p o d e a ch

um aviao a 2000 metros de profundida-

de". Emao, obrigado Franc a, p ais q u

banc ou c om milhoes de euro a busc a d

v erd a de , e n qu a nto 0 e x a pe na s u nh a bra

v ara s a oferecer.

LlJlZA GUSTOM6DOLODEPA L

sao POII/O. S

A ca p a d a e d ica o 2219 d e VEJ p a re c e u

m e desresp eito a c om 0 p rofi ionai q u

rn o rre ra m ie n ta n do evitar a tragedia j 'n

en s fve l c m 0 lamiliare d a s v u ir n as . q u

ja e torm ram 0 u f ic i en te imag inando o

u ltimos momemo d e e u s enres q uerido .

VmGTh- '1A P INTO

Casias do Sill. R

G o ve rn o D ilm a e 0 v e lh o B r a silA reponagern "0 velho governo novo"

(1° de junho) mo trou c om p rec isao 0 isn ific ad o d a ida d e L ula a B rasilia. S eu en

c ontra c om Jo e Sarney e outro eruri iee

0' dem cratas deste pafs. A rendicao d

p re id e ru e D Um a a e q u em as q u e e le p

troc inarn nos faz p erder a esp eranc a ne. s

goveruo no q u e ito s e r ica

moralidade,

34 I DE JUNHO. 20) I I veja

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Lei tor

A foto do " Lu larney ' e medonha!ANDRE DE AGUIAR E Sn.VA

Belo Horizonte. MG

A go ra q u em da as cartas e 0 "mo nstro b i-

cefalo", Ejogo baixo.

S ILVA. 'A CArROLl GlJERRA

Guarapari. ES

llo votel em D ilm a. m as eu primeiro

me s e de gove r no me d era rn u m a semen-

te de esp eranc a: essa rnu lher rran forma-

ra a B rasil em u rn p ais decemet Mas a

desagradavel ap aric ao de LuJa me fez

voltar a velha c renc a: a solu cao para 0

B rasil 6 0 aerop orto, c om p assagem so de

id a. V EJA . p a rab en s PO I m e faz er vo ltar

a lucidez.

R ea lm en te . a p an e rn ais d .i:ffc ild a e du c a

cao de u rn filh o e j l1 rame nr e c o ns eg ui

dizer "nao" em c ulp a.

MA .RLI . D O CARMO ZAFFALO . . LEM

Balint. S

SIMONE CAUL DE L.~ZARJ

Ribeitiio Preto, SP

o Lula e aquela mae p osse siva q ue ac ha

q ue 0 '11l0~O"Brasil e se u fitbo. Sua "co-

m ad re " S arn ey iambem acha - e nern

D A resolve. Lu la p ermniu 0 casamenro

do "moco" c om a "d on zela' V ilm a, ac han-

do q ue conunuarta a mandar na ida e na

c asa dele . B ern, se a "donzela' D ilrna nao

deixar essa "sogra' e u a "cornadre' rapi-

darnent em eus iugare . a u eja, longc do

ell palacio. 0 c a sa rn en ro c om 0 "moco"

ai afundar. "D onzela' D ilrna. mo tre a

q ue veio, p ais a m aio ria d o p ovo ac red iron

em voce. B oa. o ne.

SONIA H<\DDAD

Stio Paulo, SP

L im i te s a o s filh o sC om a rep on agern '" E p r e c i 0 d iz er n ao "

10 d e j un bo) , 0 l ei ro res receberam uma

p ero la ed uc ariva. N o am bu lat6 rio. de P e-

d ia rria d o C om p orra me nto q u e c c ord en a-

m as ua c ap ital p ernam buc ana, entre ascinco pr inc ipa is queixas e st ao : a gr es ii-

dade/rebeJdia (18,4%), agitacao/desorga-

nizaq~o (16,2%) e desobed iencia (15,4%).

s~o c omun . 0 c aso s d e filho s p eq ueno s

que batern nos pais ou re m crises de billa

quando con tr a ri ados . 0 e q uilfb ric n a ed u-

cacao - carinho, atenc ao e lim ites - e aprincipal norma p ara c on du tas sau dav eis

n a v ida adu lt a.

BET!NFlA C. FERNANDES

D ou tora em sail d e marerno-infanril

Hospital das Clfilicas

R e ci fe , P E

Tenho duas fllhas de l- t e 17 anos, c nun

c a ti e p roblema em d iz er- Ih e " nao s"

Elas precisarn disso, Caro p ai e r n a e

nao tenbam m edo uem se sin tam c nlp ad o

em im p o r lim ir es .

SVETLANA AZE

Por e-tna

In na o d e C ollo rA rep ortagern "Sou irm ao do Coller

(J 0de ju nho in fo rm a q ue 0 s enh or Amau r

Cicero de F ra nc a , mor ad or da periferia d

Brasilia, esra desde 2006 movendo ac;l lod

in -esngacao de paternidade, patrocinada

p ela D e fen .oria Pu blic a, on de que r p rova

q ue e f i lho do s e n a d o r A mon de M ello

fru to de um a relac ao de c inco encontro

c om su a mae - a euhora Jae_ d e F ra nc

M eira. A rep ortagem anrma q ue "as i

c omo ouor, seus tres innaos arrolado n

a<;ao Le m se negado a tazer 0 exame d

o A·'. A bern da verdade, gostaria de e

c larec er q ue: 1) ·ou 0 filho maio v elh o d

en ado r A r non de Mello e da enhora Led

C ollor d e M ello, p ortaru o m nao bilatera

do senhor Fernando Collor de M ello

2) nunca fui citado ou mumado p ara 0

termo da a ao judicial , de q u~ da c oma

rep ortagem, Portaruo nunc a me rec usei

fazer oral exam e de D N A, p ois a le mesm

s o r o m e i c on he cim en to d o a S S U I l l O com

p ublic ac ao .np ra refc rida; ~) go taria d

aber e SOL I pane d a a ~a o, o nd e tra mira

proces '0. em q ue foro , c om o inforrna a r

p onagem em q uestao; 4) tenha a certez

de q ue esrou ~ d i p o ic ;:aoda Ju siic a, c om

sempre estive, c om o c id ad ao rc p onsavq ue sou ; 5) en tendo q ue renho direlto

p lena dc fesa, se a q ue tao en olve as. u

lOS relacionado a rninha familia e ao me

falecido pai . Diante do exposto, oliciro

p ublic ac ao d sta m in ha cana , c om a unic

intencao d e e sc la rec er a v erd ad e d os taros

no q ue ac rediro e r a te nd id o ale mesm

p ela p o sru ra d a revista VE JA . re p re se nt a

te da im p rensa resp eitavel e eria de

no sso B rasil. q ue p rim a p ela inrorm ac ao

correta a o pov o b ra si le ir o.

LEOPOLDO AFFONSO COllOR DE M.EllO

sao PaIlIO. S

36 I 8DE JUN}lO. 2011 I vela

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Lei tor

Evanildo Bechara p artir da gram atic a dev e m esm o ser priv

Mgio d o B ras il. 0 " graru ariq u es " e , de fa

to, 0 responsavel pel a incompetencia li

gutstic a q ue marc a a vida de milhares d

brasileiros.

Louvavel a entrevista c om 0 renomado

grarnaric o p ernambuc ano Evanildo B e-

c ha ra (l° ·d e ju nh o). E stim ula r 0 conheci-

m en te e a ap lic ac ao da norma culta e im -p resc indivel p ara abrir p orta a q uem ne-

c essite asc ender c ultu ral e soc ialm erue.

Desde 0 an tig o g in asio, ap ren di q ue 0

v er da de ir o e st udo e 0 adomo dos ric os e a

riq ueza dos p obres. No c aso, a agravante

~ ainda ru aior q uando orgaos ofioiais p a-

rec em q uerer ensinar os jovens a falar e a

I~s cr ev er e rr ado.

IB.ENJAi'IIlN BATISTA

JEFERSON FERRO

Cur it ib a ; P

o mes tre E va nild o B ec ha ra c on se gu e Si

tetizar a realidade de nossa linguae os en

rraveslamentaveis q ue ela sofre, rnais po

parte do govemo do q ue p elo p ovo, se

v er da de ir o dono.

ARnJ .R RODRJGUES

R io d e J an eir o, R

C lau dio d e M ou ra C as troA re ceme te nta tiv a d e a ss ass in ato da no

m a c ulta, p erp errada p elo Iivro Por um

Vida Melhor, c om a c um p lic id ad e d

MEC, ilustra c om e la re za 0 brilhante a

r ig o " 0 p r of ts si on al is rn o como religiao

(lode junho), de Claudio de Moura Ca

LTO. Quem e "atendido" p or qualquer se

v ic o de telem ark etin g d esre pais sabe q u

o famoso jeirinho brasileiro e a le i d

Gerson sao, n a verdade, gran des frau de

aplicadas pO I aq ueles q ue desprezam

qualidade pelo oncio e a saristacao d

conrribuinte e consumidor, atrasandonossos indicadores de desenvolviment

socioeconomico.

EDUARDO CONSTANTINO DE LH>

Cam pin a s, S

Multo ac ertad as as c olo cac oes d e C lau di

de M ou ra C astro. N a A lem anha, 0 apren

d iz ad o d e q u alq u er p ro nssao c ontinu a p o

dois, LTeS anos ua p raric a e na teoria -

n oc oe s d e c on ta bilid ad e, q u alid ad e, re cu r

so s h umano s . .. P ro c u ra r ernprego sc m d

p lom a ernitido p ela resp ec tiva c am ara se

to na l, n em pensar . Em v irru de d es se s is tema d e a p re nd iz ad o "dual" (pratica aliad

1 1 teoria), p arec e-me, unic o no mundo,

AJ e.ma nh a a in da c o ns eg ue m an te r s eu a lt

n rv el d e q u a li da de p r od u ti va ,

KARsTE FLO

H am b u rg o. A le m an h

Concordo plenarnente c om C lau dio d

Mou ra C astro , T em os de ser p ron ssion ais

em ru d e 0 q u e nos p rop omos a fazer. M a

n em to do s p e n am a ss ir n, i nf el izmen te .

Jost ROBERTO DE LlMA LOPE

S £7 0 P au lo, S

Presiden te e t aAcademia

de Cultura c i a B a hi a

Salvador . BA

Ao jogar Iuzes penetrantes sobre a "defesa

da g rama uc a" e e ste nd er os r ai os t ambem

aos esc anc alos e m azelas dos p olitic os, as

il9 0eS e reac oes insanas do ser hum ane, ;15

oc orrenc ias p olic iais e a dem ais c onfron-

[O S q ue sac odern a soc iedade c om o u rn to-

do , 0 respeirado gramatico Evanildo Be-

chara !lOS faz ac om pan nar, an gu stiado s, a

esc undao na q ual 0 Brasil esta mergulhan-

do . E 0 tim p revisio , nao do m undo, m as

cia rnoralidade?

L uis A l. 'I D RE O LIS ao P au lo , S P

D e urn mestre com a exp erienc ia e a esra-

ru m inrelec ru al de Evanildo B ec nara nao

p o de namos · es p er ar o u tr a arirude a o lI o s er

a defesa in tran slgen te da n orm a c ulta c ia

uossa ja t ao s ac r if lc a da " u ln rn a f lo r d o La-

cio inculta e bela" e uma connmdente en -

tic a ao s seu s c ole gas q ue in sis te rn em le va r

uma q uestao de J6gic a p ara 0 c ampo da

ideologia politica .

ROSSINI THALES COUTO JUh'IOR

Perro polis, RJ

Evan il do Bec h ar a me fez sentir aliviada,

SOliprofessora e amo minha profissao.

THATl.ANA ANTUNES DUARTE

Guarujd, SP

o q u e r ea lr ne nt e a tr ap a lh a 0 e nsin o d a lin-

g ua p ortu gu es e alem da ev iden te c aren cia

de bons proressores, e a nossa rradlcao

"gramatiqueira". Nao e por OUHO motivo

q ue tan to s lalam es c om pe ten tes de [ lOSSO

id iom a ac ham q ue " nao sab em p ortu gu es''

- alias, 0 ensino de uma lingua materna a

42 Is DE JUNHO, 2011 I veja

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Leitor

PARA SE CORRESPOND£R COM A REDA~O D E V E J A : a s c a r t e s p a ra V E l A d e ve m t r a m a a s s i n a t u r a .

o e n d e re c o . 0 n u m e ro d a c e d u t a d e i d e n ti < la de e o tclefone d o a u to r. E n v ia r p a ra : Diretor de Redat , : i io . V F J A -

Caixa Postal 11079 - CEP 05422-970 - sao Pau lo - SP; Fax: (11) 3037·5638; e - m a i l: [email protected].

P o r m o t i v o s d e e s p a c o o u c la re z a , a s e e r t a s p o d e r a o s e r p u b l l c a d as r e s u m id a m e n te . 5 6 p o d e r a o s e r p u b l i c ad a s n a

e d it ;< io i m e d ia ta m e n te s e g u in te a s c a r t e s q u e c h e ga re m a r e d a ~ a o ate a quarta-teira d e c a d a s e m a n a.

S e g u r oo Banco da A mazonia esc larec e q ue, ao

c ontrario do q ue c onsra na nora "Seguro

c on tra esc an dalos" (R ad ar, 2 5 d e m aio ), 0

s eg ura . d ire cto rs a nd o ffic ers " D a O e uma

novidade no m erc ado rnu ndial nem entre

AbinN a rep ortagem "B arrac o no ninho dos ara-

pongas ' (25 d e m aio ). a re vis ta VEJA afir-

mou q ue a ap uracno de ep isodios envoi-

v e n d o s er vi do re s d a Agsnc i a Bra si le ir a d eInteligencla (Abin) r ep resen ta r i a , no s ca-

sos q ue 0 reporter de creveu c om o "p ro-

s aic os ". u m desp erdic io de tem po. de re -

c u rs os fin an ce iro s e h um an os , ln sin ua nd o

q ue poderiam ser negligenciados, Inforrno

a r ev is ta q u e d eix ar d e a p ura r irr eg ula rid a-

de s atenta contra 0 arrigo 143 da Lei u"

81 1 21 90 , c on fig ura nd o u ma Inrracao grave

p or p ane da au toridade, q ue p ode ser ac u-

sada de p rev aric ac ao , im p ro bid ad e e coo-

descendenc i a criminosa. As d eu un cia s e

re p re se nta co es, in te rn as e e xre rn as , a p re --

seutada a Abin - a D . sim, o bje ro d e apura-c ao . in de p en de nte rn en re d a gravidade ini-

cial da eventual intracao e do c argo ou

fuuc ao do s rvidor imp lic ado, sem pre lhe

a ss eg u ra ndo a rn p la d et es a. Aproveito ain-

da p a ra e sc Ja re ce r q u e nao p roc ede a infer-

macae de desconforto de autoridades hie-

ra rq uic arne nre su p erio res c om relac ao ao

faro de a Ab in c ump ri re ap lic ar a legi Ia -

gao. na m edida em q ue, m esm o apes con-

ulta, nenhurna m an itesiac ao d o P alac io

do P lanalto au do G abinete de S egu ranc a

Insrirucional s ob re e ss e a unto chegou ao

conhe c imen to da A b in . A lcm disso, 0 tarode u ma institu ic ao ap urar evenruais des-

vies dos seus .ervidores, i n d cpenden t e -

mente do grau e da complexidade, nao

pode r ep re se nr ar motiv e de mal-esrar ao s

nrveis hlerarquicarnerne superiores, prin-

c ip alm ente p orq ue os p rinc fp ios basic os

d a a drn in is tra ca o p u blic a f ed era l p re co ni-

zam a legalidade, a m oralidade e a ap lic a-

c ;:a od e m ed id as c orre cio na i .

Wn.so_ - ROBERTO TREzZA

D i re to r- ge ra l d a Ag en c ia B ra si le ir a

de I nr el ig en c ia (Abi n)

Bra .il ia, DF

i nsmui c oc s b ra si le ir as , s ej am e la s p r iv ad as

ou pe r ren c en re s a a dmm is tra ca o d ire ra a u

i nd ir et a, E sc la re c emo s r amber n q u e 0,egu-

ro u ao co bre n en hu m tip o de a to c ri m in o 0,

doloso ou em q ue s e c ar ac re riz e a in re nc a ode afrontat literal dispositive de lei.

L lJ1z L O UR EN <;O D E S. N ET O

G eren te ex ec u tiv o d e im ag en : e

c om um cac ao d o B anc o da A mazo nia

B ele m . P A

F a r eo p residenre do E qu ador, senhor R afael

Co rr ~a D e l ga do , ja negou , p er falsas, as

especulacoes repetidas por VEJA no ani-

go "Era p ior do q ue se pensava" (18 de

m aio) de q ue rec ebeu dinheiro das Fare

para financiar su a campanha eleitoral em2006. A vinc ulac ao do p residente C orrea

c om as Fare e inac eitavel e merec e c are-

go ri c a r ej el c ao .

SANTIAGO CHAv·F.Z

M in ls tro en ca rreg ad o d e N eg oc io s d o E q uad or

Bras il ia . DF

A ra rip e C o ut in h oo rexro "Nacao de hornens nus" (Imagem

da S em ana , lO d e junho), do jornalisra Ma-

rio S ab ino . e u rn p rim er d e Iite ra ru ra, jo r-

nalism o e inform ac ao. N a foro, on de ap a-

rec o deirado entre moveis e ftores numaod e a o p ln to r c olo rn bia no F ern an do B ote-

ro , ha q u e p e rc eb er 0 q ue esta no texto:

'gostamos de ser literais e despojados de

qualquer conceuo". Escrevi d oz e liv ro s,

c on viv i c om a esc rito ra H ild a H ilst, esc re -

v i a n lrim a p ec ;a q u e C lo do vil interp re to u

n o T ea tro B rig ad eiro , em S ao P au lo , e nin-

guem nunc a disse nada, nem me leu . Pelo

ensaio do nu , p or ser no m useu , todos, p or

u rn m inu te, q uiserarn saber q uem e esse

poe ta , 0 texto de Sabino nos ajuc ta a c om-

preender 0 renomeno e a nos desp ir de

qua lqu e r p r e con c e it o,ARARTPE COUTINHO

Poeta

Aracaju. SE

~o: a fabrlcarue americana de caminhoes

citoda 11 0 nota "Pelas estradas" (Radar. 1" de ju-

n h o) q u e s e i n sta la rd no R io d e Janeiro e a P a c ca t:

veja I 8 DE J -NHO, 2011 14 9

A TRA NQ UtU OAO E D E E SCO LH ER 0 M ELH OR O A

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O S sm artp hones. rnais doq ue os tablet . sao os nos-

o compuradore de bolo.

p ronto p ara nos alvar a

q u alq ner ru om en ro . P eia

ajuda q ue nos p restam, m -

rec em urna at nc ao esp e-

c ial em reutoutcao. Confira

n o b lo g + T ec h dic as p ara

. p ro re ge r 0 seu ap arelho e

r nant e- Io l onge da assisten-

c i a r ecn ic a .

w w w . v e j a . c o m l t e d J

B ulhu fas ou . na versao redu zida, q ue tern ua

ex pre ssiv id ade aumem ad a p el a su bu ac ao de uma

silaba. I hu fa s. E v ic e -v er sa , Quando

regisrram es es rermos populare:

b rasile iros - rec uic am enre,

pronornes indefinidos. sub ututos

p erfeiros de " nada' -. 0

d ic io na rio s c o ru m arn rc c orre r a o

jeitin ho d a "fo rm ac ao ex pressiv a",

u m m odo eleganre de r ecouhe cer

q ue sobre ele nao se sabe .. . uecas

d pitibiriba.

T O O O S O S N O M E S D O N A D A

w w w . v e j a . c o m / s o b r e p a l a r r a s

C P I G A N H A F O R C A N O T W I T I I Ro p ed id o d e a be rtu ra de u m a c om is sa o

partarnenrar de inq uerito (C Pl) p ara inve rigar

o c r es c ir n en r o- p a tr im o n i a l do m i nis tr o A n to n io

P alo cc i g an ho u fo rc a nas redes oc iai .

A exp ress ao "eu q u ero a PI do Palocci' ficou, na

sem ana p assada, na U SIa do T rending T op ic s do

Twitter, ou eja, entre 0 rernas mais comentado

n o m ic ro blo g. E nq uan to i o. a op osic ao ainda nao

c onsegu iu c oletar o

numero de assinaruras

u: fi c ieme para

abenura da C PT .

www . v e j a . c o m / p o l i t i e a

• fstI ~ Ii e d il a d a a pri

! l o s t m o s l I i* a do s p o . - b I o j ; u e i o

e o o m s t a s d e V E l A . t O I H

50 I s DE JUNHO. 201l I veja

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Im agem da S em ana Datas _ H olofote _ S obeDesce _ Con ve rsa _ N um eros _ R adar IIVeja Essa

• Pode existir coi: a p i ordo q ue p render u rn m eninode 13 ano e, urn mes de -p o is , d evolv er a f am fl ia u rncorpinho alquebrado, c omrmilrip la s m arc a s d e to rtu rae , n o ro qu e fin a l de abo rn i -

nacao. 0 penis co r rade?

o regim frio d BasharA s sa d c e rt amente e 0 t ipod e f ab ric a d e norrore qu e

c on se gu e d ar uma resp ostaposiri a a q ue roes a sirn:

D o r p e l o p e q u e n o m a r t i rN o s c arta ze s, 0 h o rriv e l an te s e d ep o is

d o m e n in o d e 1 3 an o s m o rto n a S iria

a familia d e H a m zaal-Khatib fo i inrirnidadapela polfcia secreta a calar

a boc a depoi ,0 p ai d lede sap arec eu ) e a telev i aooficial montou urna versaop ara c orn p rov ar q u e 0 me-

nino foi mono ao ac a 0n um a rn an ife ta ca o. d em o -

rou p ara ser iden tific ado ea marc a em e u co rpoeram 0 re u ltado natu ral dad ec orn p o: i< ;3 0. " To do . e s-

tav am v iv os q u an do fo ramp re os", afirm ou urn rnili-

tante do rnovim enro de p ro-te s ro q u e b a la n co u 0 regime- a rep re sao bru tal c onse-

g u iu r ev en er 0 empuxe ini-

cial. embora toda exia-fei-

ra , 0 dia de ' guarda dos m u-culrnano , as rnanifestacoereaflorem . U rn video m o -rrando 0 c o rp o d efo rmadod e Harnz . q ue a m da tin ha

as bo chec has c heias c arac -tenstica da infancia, caiu

na rede e realim mou 0

odio a As ad e su a tribe ca-

da vez m ais insu flado p elosecrarismo religiose. 10 Lf-

b ano . o nd e A ad e a so -

ciou aos xiitas do Hezbollah

para meramorfosearem-nona mai p odera a forcapolftico-militar (e praricar

assassinates como 0 do

ex-primeiro-ministro Rafik

Hariri), a implicacao ecta-

ri a ficou evidenre. Ha sa n

asrallan, 0 lfd er d oHezbollah, fez urn sinistro

discur 0 de ap oio a A ad.. a o e paUla que manife -

[ames s tr io , q u e pertencema ma io ria s un ir a, fortementeinfluenciada p or Ifdere re-

liz ioso , e rejam que iman-do bande i r a do Hezbollan.Como sa o ironic as ~ voltasque 0 mundo, em especialno Oriente Medic, da. •

VILMA GRYZINSKI

CAPA: MOKTAGEM COM FOTOS DE PEl?RO R mENS. PAULO vTI-\LE. SPL:

J \1A l' <'UFER .. .' 1A l iOEZ iAP . ANDRE DUSEK IAE

veja I S DE JUl\ 'f IO. 2011 1 5 -

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Dout or Mo rle Morre Jack Kevorkian,

o m ed ico q ue d efe nd ia 0 eutandsia

F im d e l inha

opivlJ Shaquille

O'Neal, um dos

m e lh or es d e

todos os tempos,

s e apo s en tou

S em valor

o Banco Central

d ecid iu qu i' asnotas manchadas

de rosa na o podent

s er t ro ca d as

r E L u e s

3

M o r r e r a m. 0 medic o am eric an o Jac kKevorkian 0 D o ut or M o rl e.

Em 1984, eJe ajudou aaprovar, na California, uma

lei q ue permire q ue os c on-

de n ados a morte do em o r -

gaos em troc a de lim a exe-cucao indolor. M as sua fa-

rna deve -se a c am p an ha p e-ia eutanasia. N os an os 90,c olaborou c om p elo m enos

1 30 s uic td io s d e p a cie nte sterminals. Foi preso varias

vezes e [eve seu reg is rro

medi co s us p enso . Em 1998,ex ib iu n a TV um suictdio

a ss is rid o e fo i condenadopor homicfdio. Cnmpriu oi -

to anos de c adeia. D ia 3,

ao s 83 a no s, d e p n eumon iae in su fi c ie nc ia r enal , no e - .[ad o d e Michigan.• 0 canto r e spanhol Manolo

Otero. Com voz sussurranie

e p in ta .d e g ala, fez s uc es soc omo im erp reie rom an tic o ja

no se u p rim eiro disc o, de

1975. os anos 80, foi m uito

p op u lar n a Americ a L arin a.v iv ia n o in te rio r p au lis tac om su a m ulher brasileira,D ia 1", a os 63 anos, de c an-

c er de tIgado, em S ao P au lo.

D i v u l g a d oq u e a Justi~a Federa l

con s i d erou i n im p u t l vel

o ass assin o do c artu nisraGlauco , C a rt o s E dua rdo

S u n dfe ld N u n es . 0Ministerio Publico

classifica-o comoesquizofrenico. Elepassara [(~S anos num

hosp i ta l p s iqu i atnco .

I iQUA I!O IF K I2011

D e c i d i d opelo Ban c o C en tra l q ue as

notas m a n cha d a s d e tinta ro-

sa r e su lt a n te s da atual onda

d e a ss alto s a c aix as e le tro ni-cos n ao s ao val idas. Quando

os caixas sao violados, umd is p os iti ve a nr if ur to li be rap ig rn en to, m an ch an do as

c edu las, p ostas en tao emc irc u la ca o p e lo : la cro es .

Q uem riv er d in h e ir o p in ra d o

deve entrega-lo a os b anc os

e re sig nar- se ao p re ju iz o.

A n u n c i o up e lo Tw itt er su a aposenta-

doria 0 p iv o S h a q u ill e O ' N e al .

do B oston C eltic s. u rn dosmajores jogadores de bas-

q uete de todo: os tem p os.Shaquille, de 39 anos, f01c am p eao m un dial e olfm p i-

c o c om a selec ao am eric an ae venceu rres vezes 0TOr-

neio da N BA c om 0LosAngeles Lakers e um a c omo MiamiHeat.

A c u s a d oua Corregedor ia d a C amara

de Sao Paulo p or q u eb ra d e

decoro 0 ve reador pagodei roN etin ho d e Paula . Investiga-

c oes do Ministerio Pu blic o ed a D e legac ia de C rim es

P un cion ais mostraram q u eele u sou n otas frias p ara jn -

tif ic ar g as to s d e s eu g ab in e-teo E le a lega inocenc i a.

C o n d e n a d op elo T ribu nal d e Ju stic a d o

Parana 0 s en ad or R o be rto

Requiao , do PM D B, a pagar

indeniza~ d e 60 0 0 0 re ais ,

p or danos m orais, a um a

in teg ran te d a eq u ip e q u efe z a c arn pa nh a d o ru c ano

Beto R ic ha ao govemo do

e sta do , em 200 2. R eq u ia o,q u e em abril am eac ou

agredir um jo rn alis ta d aRadio Bandei ran tes , acusoulevianamente Richa e, su a

c ola bo ra do ra d e re rem

d esv iad o 10 rnilh oes de reai

d e uma e rn p re iteira lo c al.A te as tes temunhas arroladap o r R eq u ia o n eg aram

a h isto ria. P or c au sa d amesma leviandade. ele fo ic on den ad o a p ag ar 4 000 0

reais ao c oo rd en ad or d ac am pan ha tu can a de 2 002 .

D ian te de tan to a p agar, esta

ex plic ad o p or q u e R eq u iaoqueria r e r d ir eito a limapensao v ira J ic i a como

ex -gove rnado r , regalia

re vo ga da p eJ o a tu almandarario, Beto Richa.

E l e i t op ar a a A c ad e m ia B r as ile ir a d

Letras 0 jo r na lis t a M e n a l Pe

reira, do jornal 0Clabo, da

radio CBN e da GloboNew s. A u tor do s liv ro s A Se

gunda Guerra-A Suces-

sao de Geisel e 0 Lulismo

n o P o de t; ele assu mira a c a-deira 31 , v aga desde a m orte

do gauc ho M oac yr Sc liar,

56 I 8 DE Jl:NHO. 2011 I V$

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P an o ram a _ HolofoteffiJPEPATURY

. · A v o l t a d a

i n f i d e l i d a d eA di puta peJap re idencia

d a C ama ra do,

Deputado em 2013 ja ameaca

o in tituto da fidelidade partidaria.o PM D B q uer c riar um a janela

p ara q ue os p olitic os m udem dep artido sem , e r p unidos c om ap erd a de m andata. 0 troc a-rroc aeria lib erad o em c ad a setem broq u e a nte c ed e 0 anos e le ito ra is .

A p rop osta, m uito p op ular naC am ara, aju da a p avirnen rar ac an did aru ra a p resid en te d a C asado Ifder do PM D B. H enriq ue A lve(RN). Alern da janela, 0 PMDBp rop ora a div i ao da vagas daC am ara entre eleito p or voroem lisra e p elo disrrirac e te u ltim o

e la bo ra do p e lovice-presidente

M ic he l T em er e q ue

p rev e a d isp u tama jo rita ri a p a raa C am a ra .

o dia 9 de agosio.erao exumado 0

restos m ortai dodepntado baiano

L ui s E du ar do Magalbaes. Por deei ao

da 12 ' V ara de Fam ilia da B ahia,o p arlam entar, m ono em 1998 ao43 anos, . e ra desentc rrado p ara a

realizac ao de u rn te te de D A.

S eu c od ig o g en etic o sera c orn parad oc om 0 de u rn bra ilien e de 16 anoq ue alega ser eu ollio . A mae d erap az , S im ea A n ru n, d iz tel' m a nn dou rn romanc e de nove ano c omo dep utado. 0 exam e p oderia ser

fe iro c om 0 sangue do rres filhos

legitim os de L uis E du ardo, m asele nao c ederam 0 material .

• D o c e..-hiIoo...·1fJI v id a d u r a

H a dez dias,o p ublic itario ea p re se nta do r d eTV R o be rto J us tu s

c onc lu iu a ven d a d e m eta d e d e suasac oes n a filial b rasileira d a Y o un g &

R ub ic arn p ara a WP P, g ig an te m u nd ial

da p rop aganda q ue ja detinha

o comrole da empresa dirigida por

Ju stu s. A o fec har a c om pra, a WPP

definiu q u e J us tu s con tin u ar a noc om ando da op erac ao p or, pelomenos. mais c inc o anos. Sua vidano SBT r amber n a nd a a gita da .E le esta p rep arando a egundaed ic ao d o p ro gram a J Contra 100.

p rev ista p ara es trear em ag osro .

• 0 q u a r t o d e K e y m a rEm marco, 0 am ante Neymar.

d o S an to , in tiu 4 m ilhoes dereal em uma c a a de 2000 metroq uadrado no Guaruja, b aln ea rio d olitoral sul paulista. Ha vinte dias.

definiu a c ara de u rn dos am bienres

da c asaseu q u arto . eymarem u iasmou- e c om a ufte batizadac om seu nom e q ue a de ignerC am illa Ma ta ra zz o a p re se nto una edic ao p au listana da C asa C or.o jogado r p ediu a C am illaq u e p ro je ra s se urn espaco

ex atam en re ig uaL em su ar es id en c ia n o G u aru ja .A d esig ner p rep ara 0

o rc am en ro d a o bra.

U m n o v o p o r t o e m P e r n a m b u c o

Em a b . olu to s ig ilo , 0 govemador de Pernambuco , Eduardo

C a m p o s , idealiza a c on. tru cao de om now p orto em sen esta-d o. E m p rin cfp io d estm ad o ao eseo am en ro d o m in erio d e fer-

ro e nc o nrra do n a divi a c om 0Plaut, de p r od u ro s id en ir gic o se de ges 0,0 te rm in al d ev e s er e rg uid o em u rn p o rto n atu ra litu ad o ao n orte d e P ern am bu co . ac im a d a l J.h a de I tamaraca,o projeto e u rn e xe rn p lo d e p la ne jam emo e stra te gic o . P eloPorto de Snap e, im ado no u J d o e sta do , ja tra ns ira rn 1 0 rn i-I hO e s de to ne la da s p o r ano.A ln fr ae str am r a d e S u ap e e sr aen do ap rim orad a p ara q u e. em 2030, passem p or eus c ais80 rn ilh oe d e to nelad as p or an o, v olu me p r6 xim o ao m ov i-m entado p orSanro .0 anrigos c al do R ec ife foram reanva-do , e, agora, resp ondem p elo m ifeg o de 2 milbOe de t one la -d as an uais. 0 terceiro p o rto d e P ern amb uc o n ao 5 6 e vita raq ue esses eq uip am enro . e c stran gu lc m c om o abrira u rn veiod e d es en vo lv im en to n a re gia o m ais p o br e do estado.

Colaborou Sandra Brasil

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Panorama S o b e

S O B E. . . . L a d y G a g a

Em u ma se ma na ,o te no me no p op

vendeu 1,1 m ilhao .

de c6p ias de seu

n o vo a lb um ,

Born T his Way

. . . . C r e d i a r i oDesde 2007,

30 m ilh 6e s d e

b ra s ile ir os c om pr ar am a

p ra zo p el a p rim e ir a v ez

. . . . M u l h e r e sPe la p rim e ir a v ez ,

u m a m u lh er, J ill

Ab ramson , assurnira

o ca rgo m ais a lto do

New Y ork Times, 0 de

ed it or a e x e cu ti va

O E S C EE n e rg i a n u c le a r •

A s u sin as a t6m ic as d aA le m an ha q ue re sp on de m

po r 29% da geracao de

e ne rg la e le tr ic a d aq ue le p ais ,

se rao d e slig a da s a te 2022

B a d m in t on . . . .O s c arto la s fr ac as sa ra m n o

in te nto d e popular izer 0 es-

p orte o brig an do s ua s p ra ti-

cen tes 's u sa r m in is sa ia . A

p ro p o sta r ev o lto u a s a tle ta s

J o s e S a m e y •R etiro u d e u m a expos l cao

s ob re a h is t6ria d o S en ad o

o im p ea ch m en t d e Co lla r

a le ga nd o q ue 0 processo

"foi u r n a c id e n te " .

C rit ic a d o , v o lta u a tr a s

.Conversa COM NAT

" F u i 0 c u p i d o d e S a b r i n a S a t o

Cacique n o.po ltn ca d o Rio G r a n d e d o N on e,o v ic e- gov er na do r R ob in so n F ar ia (P S D ) tr an sfotm o uofilho Fabio Faria (PMN), em um c ampe iio d e votos

do .Camara do s Depu tados . Queria que a filha Natha-

lia , d e 28 anos , s egui ss e 0 m esm o cam in ho . E la ba te uo s apo T O atto para fater carreira no m undo do modo .

Se u p ai te nto u e vita r q ue

voce s e t omasse estilista?

Ie nao ac reditava q ue amod a me des e urn fu turo.Rec la rn ou , p o rq u e q u eriaqu e e u m e fonnasse em

d ir eito e , d ep o is . e nr ra ss en a p ou u ca .

Ha q uatro ano , '6 amigas

de Sao Pau lo u savarn rni-

n ha p ec as. E las fizerarn

tanra p rop aganda boc a a

boca q ue c ham ei a atenc aod e c eJeb ridad es c omo Clau

dia Leitre e, claro, SabrinaSam, minha cunhada , Ago-ra tenho duas grifes: arhi

e D ay by D ay athi,uando e le d e si st iu ? Isso

ac om ec eu dep ois q ue elee convenc eu de q ue ell

daria c erto c om o esrilista,

Nathal ia: "Mel! pai queria

q ue e ll e nira ss e n a politica"

ClAUDIA

A rn e s ua v id a!

Nesta semana em

A m a io r r ev is t: a

d e m o d a

d o m u n d o .

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S abrina na o u sa s uas rou pa s

a pen as p ara a gra da r a o

n am o ra da o d ep ut ad o? Que

n ada. E ramos am ig asan tes d e eles c om ec arema n a m o ra r. Alias, fui 0cupido de Sabrina e Fabio.

V oc e ta m be Jn d a p alp it es

n as rou pa s do se n in nio?

Sempre. Fabio vive me

pe rgun tando 0 quedeve

usar. Ja m eu p ai e m aisindependente. So'me

consulta em ocasioes

especiais.

H ao h oi m esm o c ha nc e de

vCH:eentrar na politica1 • emp en so ru sso , mas to domundo .Iala que so uGCr ri Simi ti c a e t en ho j ei ro

p ara a coisa.

. N,

meros

Nao deixe de ler!

todas as bancas

fdi,iio

i m p e tt ii ve l d eanive rsdno .

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L AU R O J A I I D IM [email protected]

II GOVERNO

B o l e t i m m e d ic oA p aren rem en te , D i lm a Rou ss eff fo ic onvenc i da a d ivu lgar com regu la ri daderodos os seu s p asses em assunrosrelativos it sa ud e, M e lh or as sim .

T e n t a n d o d o m a r a s t e r a sDUma Rousseff Iig ou p a ra 0 lfder

da banc ada do PTB D O S en ad o, G imA rg ello , e c o nv id ou os perebisras paraalm oc ar na terca-feira no Alvorada ,

a ss im c omo fizeram os peemedebistasn a sem ana p ass ad a. E m p rin cip io ,s em a p re sen c a (a tu alm en te in dig es ta)de Antonio Paloc c i. •

• ]>A RTf DOS

H o r a d e j u n t a r at r o p a e c on om i c aRec em -e le ito p r es id en te d o in sr itu rode esrudos do P SD B , 0 TeotonioVi le la , Tas 0 Jerei ssa ti eS !< :1a rcandopara 0 inicio de ju lh o uma reu nia o

c om o s ec on om isras lig ad os

h isto ric am en te ao p artid o. E dm arB ac ha. P ersio A rid a e A rmm ioFraga ja f or arn conv idados .

.CAMARA

E m n o m e d a Just i~

e sp e c ie de r ep r es en tant eo fi c ia l dos i nr er es se s

da Associacao dosJu fz es F ed era ls d o B ra sil

(A j uf e) f la Cama rae em ou tras esterasgovemamentais .Recentemente,m arc o u um a a ud ie nc iada A jufe c om Serg io

C abral p ara q ue alg unsp leiro da en tidad efossem apresentados

ao govemado r;

Alia~aCunha: Iigado aos

juizes federais

• FUNDOS DE PENSAO

U r n t e to n a s a l t U r a so assunto q u e in cen deia o s bastidoresd a P rev i n este meme n t o e umaproposra do Banc o do B rasil p ara q ueo fu ndo de p ensao do fu nc ionariosd o b anc o au men te 0 rem d asaposentadorias de 27000 reais para

80000 reai .0 reajuste, porem, aindaesta sendo e xam in ado p e la Previ.

• BRASTL

A p a g a o n a i n f r a e s tr u t u r aS egu ndo d ado s o fic iai d o p rop riogovemo, 0 mi rne ro de h ora s s em

en erg ia eletric a no B rasil em 2 009e 2010 fo i 0maior da decada.Ma is im p re ss io na nte: n em d ura nteo p enodo de racionamenro da ge st aeFHC, em 2000 e 2001, os brasile iros

f ic a ram Tamas ho rn s no escuro.

.ECONOMIA

A b i r o s c a d a A m B e vA Amsev decidiu enrrar num novoniche p ara g an har din heiro . L an canos p roxim os dias u ma franq uiapopu l ar , d es tin ada a empreendedores

das c la ses C e D . Quer esp alharpelo Brasil 0N osso B ar. u rnbotequim p op ular q ue p oderaser aberto c om u rn in ve stime nto

inicial d e a pe nas 28000 reats.

• PROPAGANDA

F i s c h e r v e r s u s N i z a n 1Lembra-se da e st re p ito s a r ro c ad e c amis a ( ou ma is p r ec i sa rn en te

d e c erv eja ) p ro ta go niz ad a PQ r Z ec aPagodinho no inic io de 2004.

q uando ele deixou de beber N ovaSchin n os c ome rc ia is, tro c an do -a

p e la B ra hma ? Ate hoje 0 c as o re nd ena Justica. 0T rib un al d e Justica

de Sao Pau lo ac aba de da r g a n h ode causa a Fischer America(E du ard o F is ch er) n o p ro ce ssoq ue m ove contra a Africa(Nilan Gu an ae s) p o r c o nc o rre nc ia

desleal e d an o m oral F isc heracusava izan d e ter "roubado"o seu g aro to-p rop agan da emm eio a um a c am panha.

1'$

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n ota s d ia ria s e m www.veJa.com

L u l a , 0 i m p e r t i n e n t e

A lern da intervencao v is iv el e re gis rra da em f oto s, Lufa rem interteridenos b as tid or es d o g ov emo . U l tr ap a ss ando , como e su a caraotenstica,o b om -sen so e os limites, Recentementc, el e pegou 0 telefone e ligoupara a rninisrra do Meio Ambiente lzabella Teixeira, q ue ocupava 0

mesmo c arg o no fim de s eu g ov emo . Exigiu - repetindo: exigiu - que

ela apressasse a lic e nc e ambie nta l d efin itiv a de Belo Monte, prometidaha t empo p elo I bam a e, afin al, lib erad a n a q u arra-feira p assad a.Em d ete rm in ad o m em en to da conve rse , 0 i rnper t i nenre d i sse :

P.. . Iz ab ella, v oc e esta rne promerendo is 0desde ag o (0' '.

H em ta o lo ng e Lilla e a tninistia Izabella:

fu n ex sem sen so d e tim ir es

F is c h e r v e rs u s N i z a n 2Segundo as estimativas dosadvozados da F is c he r, a i nd en iz ac a oq ue lhe e devida seria de alguma

dez en as de milhoes de reais.

Fi c h ef g anho u a a~ ao em primeira

e s eg un c la ill ta nc ia s, m as a in dac ab e r ec u rs o ao S TJ.

• CO PA 2014

M a r d e d u v i d a sA CBF ja foi avisada pelo Corinthians

de q ue 6 no fim de ju Jho devera serfe c ha da a e ng en ba ria fin an c eira q u eperrnir i ra fin a nc ia r a c o ns tr uc ao doltaquerao e radio p re vi to p a ra a br ira C op a de 20 14 . O u seja, as obrasate ja comecaram. Mas ate 0 fim

d e ju lho ru do e risc o.

D i f e r e n ~ a a b i s s a lA p rop 6 ito umaconsu l to ri a con tr at ad ap elo C orinthians fez erefe z c alc u lo s e c ra vo u:o Itaq uerao p ode sere rg uid o p or 5 50 m ilh oe sde reais - POllCO maisda m erade do 1bilhao d e

Zona de risco Maquete

d o Ita que rao : a in da s em

as garantias f inanceiras

reai orcado pela Odebrecht.q u e esra 1 1 f re nte d o p r oje io .E agora, Odebrecht?

• A VIA <;:A O

B i l i o n a r i o s , m a s s e m j a toAlguns bilionarios brasileiro , comoR obe rto Irin eu M arin ho , Jorge P au loL ern an n e Ab i1 io D i n iz , re c eb eram

um a rna notic ia no u ltim os d ia s .O s tres sao p rop rierario do Falc on7X , 0 ja to e xe cu riv o de alro t u xo

p roduzido p ela franc e a D a au lr.o brin q ue din ho de u ns 4 5 m iln oe sde dolares, c om c ap ac idade p ara aredezen ov e p a saseiros foi p roibidode dec olar p elo fabric ante. ap 6 u rnarec om en da cao d a E a ·a . a eq u iv ale nteeuropeia da Anac. 0 moo 0 fo iu m defeito no it er na d e c o ntr olede voo de urn Falc on 7X emp roc e dir ne nto d e POllSO n a M ala. ia.

A s causa do p roblema e tao en doin vestig ad a . Ale la , roda a trorade ve fic ar n o c hao.

.GE TE

D i n h e ir o e m c a i x aA v esp e ra s d e su a d esp e did ada se iec ao , rn a ja c u rtin do umaa p os en ta do ria p l en a. RenaldoF enom eno fec hou u rn novoc o ntr ar o p a ra s er g ar oto -p r op a gand a.D e ta v ez, c om a D u rac ell.

C ola bo ra ra m F ern an do E xm an e R ic ard o Brito

Recebera 4 milhoe de dolarep or dois anos de contraio.

• M IJS ICA

C a n ~ o e s r e l i g i o s a sCarol Celico, rnulher de Kaka,

lanc a emju ibo um D VD de "rmi ucasr eli gi os as " p e la Universal (nao a do

Reina de D eus, q u fiq ue c laro ,

m as a gravadora pertencenteit mu ltin ac io na l V iv en di) . Em su a

esr re ia p ro fi s ional . Ca ro lform ara u ma du pla c om 0 marido,c an tan do uma uni Lea,P re e nted e D e us , compo . fa pe lo jogador.

A lern de c anrar C arol e au rora de al -gum as da doze faixas do b

Com mu ita te Carol: DVD

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"Le io a Biblia d e

m anh i e it no i t e edOD

aulas d e cristianismo~~ALICE COOPER , 0 [do lo do rock ho rro r do s

anos 70, q ue a go ra jo ga g olfe n as h ora s v ag as

-S6 nao assino a CPIse 0 procurador-geral

da R ep u blic a, R ob ertoG u rg eI, fiz er a d en un c ia

c on tra P alo c c i. ~

P EDRO SIMON , s en ad or (P MD B -R S)

"A oc up ante do c argo govema c ada vez menos eaq uele q u e deixou 0 c argo governa c ada vez m ajs.~

J O S E S E R R A , e x - g o v e m a d o r paulista

"Rei u rn a d iferen c a en tre 0H itler e 0 Stalinq ue p rec is a ser devidamente re gis tra da . Ambo

fu zilav am seu s inim igos, m as 0 Stalinlia o s liv ros an tes de fu zila-lo s. ~

Do m in is tr o F E R N A N D O H A D D A D , da E d u c a c a o , le mb ra nd o u m

d eta lh e a bs olu ta me nte in dife re nte p ara q ue m re ce bia a b ala n a c ab ec a

~ A c rise e de inteiraresponsabilidadede Paloc c i, q ue ja

dever ia te r forne c idoa inform ac oeobre 0 se u ra p id oenriquecimento.

W A L T E R P IN H E IR O ,

senador (P I -BA)

"Sou c ap itaodesse barc o e

q u e ro tira -Iod ess a to rro en ta . ~

J O S E P H B L A T T E R ,

r ee le ito p re sid en te d a F ifa ,

r e fe r in d o -s e a s d e ru in c ia s

d e corrupc ao n a

e sc olh a d o C ata r c om o

sede da Copa de 2022

\Vers6es a partir de

Rs33.990a vista

Camponho Unho Peugeot 207 Mogne leo, Prori io~oo val ida pore todo 0 todo unho 207. Somente pora Quem financior com 0 Ronco Peugeot, com entrada de 50% conforme elrnutocoo a sSimuto~50 no Modolidod~ CDC· Cl'edifo Dirato 00Consurmdor pelo Banco Peuqeot; conslderondo 0 verculo Peugeot 207 HBXR l.4L Flex, 3 cortes, pinturos6lida, ono/modelo 11112. P(e~o pusuger ido pore vendc a vtsto 0 partir de R.S33.990100 para todo 0 Bro~-H,om frete ioctuso. Plano de 36 meses, sendee entrada de RS 16.995,00(50%) 0 vistc, mois 36 porcelos mensors totolsde RS712,60, com vendmento do I' rprimeira) parcele poro 214 dios (venclmenrodio 1/112012). Taxo de jurosdo concreto de T6,627% 0.0. e 1,29% o.rn. 0 CI;T(Custo Efetivo Total) do opero~afl' •d e 5979 0.0. 1 4316%a.m. com inc.idenciad<! IOF de 3% a:.o. parapessoo fisic:o (o custo do IOF odicioMLdeO 38% .. t6 induido no coeRcient,,). Valor totaldaveiculo a p

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E DlT AO O P OR J ULIO C ES AR D E B AR RO S jbarros@abr iLcom.br

"Fidelidade vem 13longe na minha listade ilens importantes em um namoro.~

C L E O P IR E S , n a r ev is ta G LOSS de j un h o

"0 q ue a p rimeira-dama da Pranca ternq ue eu nao tenho? E la e ma is so rtu da

p or ter nasc ido ric a e m agra. ~

Da ma r ro q u in a K A R lM A E L M A H R O U G , a R ub y,

p iv 6 d o e sc an da io Q ue e nv olv e 0 p ri m ei ro -m i ni st ro d a I !. ali a ,

S ilv io B e rlu s co n i, o fe re c en d o- se p a ra s u bs ti tu ir

Ca rla B run i n o p ap el de m usa de W oody Allen

"Hunca Ii urn livro inteiro.Naepoca da escola, copiavaos resumos da internetpara fazer as provas.~

T H O R D E O U V E IR A F U H R K E N B A n S T A ,

m h o d o m e ga er np re sa rio E ik e B a tis ta ,

em en tr e vi st a a r e vi s ta VE lA R IO

"Nao tem q ue disc utir, tern q uedu p lic ar. Q u alq u er c oisa, v amosq ueim ar as p rac as de p edagio,

to c ar fog o' n as c o isas. ~

LUll A N T O N IO P A G O T , d ir e to r -g e ra t d o De p a rt amen to

N ac io na l d e In fia es tr utu ra d e T ra ns po rte s (D nit), fa la nd o c a

d em ora n a d up lic ae ao d a B R-277, e ntre M ed ia ne ira e Ca sc ave l

r

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(a mo is informo~oes sobre p recos e condi~oes espedols, consulte a Rede de Concessiondr ios Peugeot por ticipontes, tigue po re OBOe 703 2424 all ccesse: www.peugeot.com.br. Ouvidorio

Banco Peugeol .l tgue pOTo·OB007719090. e SAC - Serv l~o de Atendimento 00Ctien te do Banco Peugeo t, OBOO7715575.Ace=o5pe550oscom defidenoa audit ivo au de-fOla:OBOO771 177

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A cuado por indagacoes sobreseu enriquecimento e pre sionadop elo p ropr io partido, Palocci agoratern de explicar por que aluga urnapartamen to qu e fo rmalmen te per ten cea uma empresa de fachada

LEONARDO COUTINHO

ec a-c have do governo D ilm a Rou -

. e ff , 0 rninistro da Cas a C iv il, A n to -

nio Palocci, perdeu sustenracao.P alo cc i e nI TOUem p ara tu so h a v in redia . quando se d cobriu qu el eha ri a concil iado ua s ativ idade c o-

m o dep utado, c oordenador da c am panhaeleiroral d a p r es id eme da R ep ublic a e se up rin cip al as e _or com a de hom em de nego-

cios. 0 min is tr o r eve lo u ua, digam o , du plar ni li ta n c ia d ep o ts q ue 0jornal F olh a d e S .P a u lo

notic iou q ue. em 20] 0 , eJe havia c om prado urn

a pa rta rn en ro d e 50 0 me tro s q u a dr ad o [10 Ja r -

din , bairro n obre p au li ran o. p O T 6,6 milhoe de

reai e, no ano anterior uma ala c omer ial na

m erna regiao p or 882000 reais. Com esse im o-veis. 0 p atrim on io p e o al de P aloc c i m u lrip lic ou -se 25 veze desde 2006. C om u rn salario de 16500reais c om o deputado, el e viu- e n a c on tin ge nc iade ter d explicar tarnanha evolucao patrimonial

o mini tro infonnou ter prestado ervicos de

c onsulroria a emp re as p rivadas - masomitiu quai foram eu c liente e q uan-

o 8 AG A< ;O E 0 S UM O

A esquerda. 0 po bre e e nd ix id ad o

Dayvini lines.proprieuirio no

papel do imovel de Iuxo onde

mora0

ministro Antonio Palocci

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Ricardo Nahal, Olicia] do Decimo QuaMo Reglffro de . lmoYeh da CotoQi"

CapJW dIJEstudo de SAoPaulo; Rcp6blla FCderativll doBr'tiif

CERTIFlCA, a pedido de partctnteressada, que revendo 6 Livro n°

Regtstro Gcral do Service Regtstral $I $ CU cargo, dele ".rifleaD cons

malr!~ula do tear segu'iDte:

14.° OFfelO o€· REGISTRO DE IMOV

DE S.PAUL~~~

SAo Paulo, til e .. d .. zltn.brd de 1.99:; .

.lUOll25.959, em !7 de setembro de 2.008.JI l l . !1 . . :Q: ' DOA<;AO.

Po r e se ri ru ra de 04 de settmbro de 2008 do 29" Tabeliao de NolllSdesta Capital (L. 659,pag, 203), GESMO SlQUElRA DOS SANTOS,RG n O 16.684.444-5-SSP/SP. CPF Ji

O

045.758.458-09 e sua mulher ELlZABETE DA COSTA GARCIA SANTOS, RG 0°

14.240.99I-I,SSP/SP. CPF n O 140.569.998·13 brasileiros, comerciantes, casados no~ regim e da c omunnao p arc ial de hens na v iget lc ia da Lei D· 6.515n7. res id en te s c

- c ontinua D a neb : ! o' 03 -

to e le s T he p ag aram. V eio a p ublic o q ue

esses rrabalhos lhe renderam 20 mi-Ihoes de reais em 2010, dos q uais 10m ilhoes foram rec ebidos nos dois m e-ses subsequenres a eleicao p re idencial.

N a sem an a p ass ada, VEJA revelou m ais

u rn dado da v id a p a rtic u la r d o rn in is rroq ue d esto a d e. s en s alario d e h om em p u -

blic o. E le mora emSao Paulo nao

noap artam ento de 500 m etros q uadradosdos Jardins, m as em ou tre ainda m aior:de 640 metros quadrados, em M oem a,na s unediacoes do Parque do Ibirapue-

ra, area igjalm ente nobre da cidade, Ac ertid ao d es se im ov el, o btid a p o r VEJA ,mostra q ue ele p ode ser uma fonte de

mais c on stran giru en to p ara 0 ministro.

Ladeado pO I varanda , com quarro

su ft e . . ' tre. s a1as , du as l ar eir as , c hu rr as -q ueira e OUtIOS requintes, 0 apartamen-to serve a famflia de P alo eei ha q uatro

anos. Esra avaliado em 4 milnoes de

L1VRO N°·2 - REGISTRO ./GERAl

dol111cil iados nesta Capital , n a A lame da des Ju ru pis n " 1 .03 5, ap t" 162-B, doaram A L IO )lAJ)MI l Iw1 :STRA~AO DE B"ENS LTDAt :PP , C N P J n " 09 .S 69 .2 53 1O O O 1 -5 S, c om sed enesta C ap ita l, n a R ua d os C ha nts n O 310, 96,35% do im6vel desta matricula pelo valor deRS%7.169,21 (nc vec ento s e sesseraa e sete m it. setecentos e sessenta e nave reais e vinte e

s e r e c e n I B V O S ) .

o Bser. Au f ' . / ~ ( Pa ulo F er na nd o d e M e llo P ire s)

reais. 0 c ondom mio c hega a 4600 reaise 0 IPTU a 2300 r ea is mensai s. A as -sessoria d o mini tIO in fo rm a q ue ere

paga aluguel. Imobiliarias q ue adrninis-tram as unidades vizinhas a de Palocci

infonn am q ue 0 valormedic

dalocacao

naq uele p redio e de 15000 reais. D eae ord o c om 0 14° Offcio d e R eg is rro d e

lm oveis de Sao Paulo, 0 apartameruo00 q ual Paloc ci m ora perrence a LionFranquia e Participacoes Ltda. Essaem presa, p or sua vez, esta registradaem nom e de dois soc ios: D ayvini C osta'unes, c om 99,5% das cotas, e Filipe

Garda do S an to s, c om 0,5%. Comeca

aq u i a es tra nn a h isto ria d o ap artam en toalugado p or Paloc ci. Filip e G arc ia dosSantos tern ap enas 17 anos e som ente

fo i eman cip ad o n o an a p ass ad o. D a yv in i

seu socio majoritario, rem 23 anos,

rep resentante c om erc ial. m ora em urc ase bre d e fu nd os na p eriferia d a c id ade de Maua, no ABC panlista, Ex-fun-

cionario da prefeitura da cidade, comandada pelo perista Oswaldo Dias, j

ga nh ou a vid a c om o vendedo r em um

loja d e ro up as e, hoje, s ob revi ve t ra nsponando videogarnes em seu carro

uma Saveiro comprada a sessenra prestacoes. Deve 400 reais a um a adm inis-rradora.de canoes de credito, [eve dabandonar 0 c u rs o d e admin is tra cao p onao c onseguir p agar a m ensalidade dfaculdade e, agora, e sta se nd o p ro ce ssa -d o p or essa instituicao, q ue exige a q ui

ta <; 1iod e 3200 re ais . T an to s eu te le fo nef ixe qu anto 0 c elu lar e stao c orrad os p o

falta de pagamemo.

70 I 8 DEJUNHQ, 2011 I veja

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A S l'R O V AS . .. A esquerda.

a certidiio mosira que a LIon

1dminisrradora de Bens

e a do na fo rm al do im ov et

onde.mora Palocci: Hoje

chamada Lion Fra nquia eP a n ic ip ac oe s. e ta p er te n ce

a Dayvini Nunes, como

esuiregistrado. iI direiia,

11{/ lama Comercial

G OIIE RN O 0 0 ES TA DO o e sao PAU LO

SECP.Ei1iRlA DA fAZENDA

JUNTA COIoIE?CIAL 0 0 E ST Io IlO D E sAo PAUl )

FfetiA C An AS T R Al C O Io IP LE T A

EST.:. F 1C H A C AO A ST P. Al C O MP LE TA . AS INFOIUIA< ;OE:S DOS O li AO R OS · El AP RE SA ·. " CA PJ TA L" . ' EN O ER EC O ·. "OlIJEiO SOCIAL' E

- rT TU lA R/ SO C IO S IO IR ET O RI A' R EF E RE M- SE A SITU ~ OA EMPRESA NO MOMENTO D E S UA C ON STlT Ul<;A o O U 1.0 SEU PR lME IR O

R EG lS TR O CA OA STR AD O N O S I S T E J o I A FOfU lAT1ZAI lO

"-..r

EIIPREIIA

UON~DOI!._L

T 1 P O " SOC IEDAOE UM r rAOA. (E . P .P . )

_HI l lE ~1A.TRl2 J DAT , l DACONST ITU ICAO L ao l lSSAo

~103 I ~ J O1~ll~

I Nf Cl O D E A TMOAOE I CNPJ I INSCR~ ES1AOUAL

1 5 / O A J K f J t J ' r~,569.253.UlOf ·56 !

- --

_ -

A.OMlnooOAY \ IV l l c oSTA ES .NAC IONAUOADE BAASI lBRA .C PF 3 1 1. 1 !9 2 .& 2 a- 4 l. RG' lI N !: ;0 C 3. l1 0 8. 5 3a - 01 · SP RESIOENTE

A RUA SIMEAO SIlVESTRE. ,g,JAROIMw.uA. L V < O A · SP CEP~u!O. NA~ DE SOCIO E AllMlHISlWoOOR.

ASSINANoo PaA B IPRESA. CO U VALOR DE.PAATlCIPA<;J,o NA SOC IE . OAOE DE S 1 .9 90 .0 0 I UM lo t N O V E.C EN T OS E .

NOVENTA REAlS)F R A U D E Dayvini Nunes

p re /e re a ss um i r 0 deiito

a en fr ent ar 0 homem forte

do governo: "Esse problema

en vo lv e p esso as co m q ue m

el l nt io t enho CO/1/0 brigat:

N(IO tenho como bater

de frenn: COlli Palocci"

D ayvini ganha 700 reais p or m s eainda e s usten ta do p ar su a m ae , uma pro-

fe sso ra d a red e p u blic a d e e nsin o. P re ci-saria trabalnar ere mese , e nao gastarurn c en ra vo s eq u er, p ara c on eg uir p ag aru rn m es de c ondomm io no ediffc io on dem ora P aloc ci. C om o p ode. entao. er do-no do imovel? A resp o La 6 imp les:D ayvini nao p as a de urn laranja, term o

u tiliz ad o em re la ca o a pe oas q ue assu -m em c om o suas as p rop riedades de ter-c eiros. O u m elhor, D ayvini e a arvo remais visfvel de urn Jaranjal. [ a q uinta-feira p a ada, ele conversou c om VEJAem sua c asa de 70 m etros q uadrados emMaua (veja 0 quadro 11(1 prig. 72 e video

em VElA .c om ). M ostrou - e su rp reso ao

e r c on fro nrad o c orn a intormacao d q uee 0 don o form al do visro 0 aparramenton o q u a l m ora 0m inistro. . unc a ri e bernalgum", c ti se ele n a en trev is ta , P elo s d o-c um enro regisrrado em cartorio. de co-

AOMlllDO F IU PEG AAC SAN TO S. NACIONAUDAOE BRASIlEJIIA. CPF: 428_671.5'Wl. RGlRNE!3C 788_151-8 ·S P REStDENTE

ARVA OR JOSE OUVEfAA FRANCO. '23 JAROIM BRASlUA.IAARIAl.VA. PRoCE.P-.oDO. NA.~ OE.SOCIO. COM

V A LO R D E P AR TI C1 PA c;J ,O N A S O Cl EO A .O E D E S ' 0.0 0 ( OE ZR EA tS )

C ON SO U OA YA O C ON TR A T liA L D A M AT RJ l.. S tT tlA OA A R UA P RU D EN TE D E M O RA ES . 2 e2. C E.N TR O. SAl.TO • Sf'. CEP 1 33 2 0-

'60 . CO M OOJETO oeSiAC.lOO DE ' INCQRPORA< ;AO DE EMPREENOIMENTOS IMOB luAR IOS. •

F tM OAS INFORMA<;OES PARA NIRE . 3$2222116103

D AT A O A tJ LTlIN\ A TU AU Z Ac ;J ,O O A B AS C D E M O OS ; 3 1/0 51 20 1

bre-se q ue 0 nome de D ay ini cornecou aa p ar ec e r n a e sc ritu ra d o imove l em ja ne i-ro de 2008. aq uele m e ,0 r p r es en rantec om erc ial fo i reg i trad e c omo b en efic ia -rio de u ma hip otec a no valor de 233450reais . c u ja g ara nd a era 0 a p artamento doI bira pu era. 'E u OU p obre. Com o elesp oderiam m e dever? " ind ago u D a yvtni,na q uinra-feira. E m etem bro de 200 8, 0

irn ov el fo i rr an sfe rid o p o r d oa c ao 1 IL io nF ra nq u ia e P ar ric ip a c oe s L td a. 1 0 d ia 2 9d e dezem bro d o ano p assado. q uand o P a-loc c i ja p osava como homem fort dozovem o DUm a, D a yvini a su miu 99 ,5%das cotas da Lion Franq uia e Participa-< ; 5 e . Que srio na do p or V EJ A, 0 r ep resen -

c ame c omer cia l g ar an tiu q u e jamais re c e-b eu u rn (OSmO de alu gu el d e P aloc c i. N ae xta -f eira , p o rem, Da yvin i te le fo no u p a -ra VillA a tim de m udar a versao q ue ha-via c ontado no dia anterior. Ele nao ne-gou ser laranja da Lion, m afirrnou q ue

o fez vo lun ra r i amen te p a ra a ju da r pa r e n -

tes. "Eu q uem tirar essa emp resas dom eu nome", disse, E m segu ida, afirm oute r men tid o n a e ntr ev is ta d o d ia a nte rio r eexplicou 0 m otive: Esse p roblem a en-oJve pe oas corn q uem eu nao tenhocomo brigar. ao tenho como barer def rent e com Pal oc c i ".

A c adeia de ilegalidade relac iona-

da ao ap artam enro onde re ide 0 mini -trO da Cas a C iv il v ai alern d a c on stin ri-< ;ilo d e D a yvini c om o laranja c I a LionFranq uia e Partic ip acoes. A emp re: allSOU enderecos fal o s em ro das a, o pera-< ;oes f e it as no s u ltimos tre an os. A L ionrecebeu 0 a p artamento ond e mo ra P alo c -c i em 2008, de urn ta l Gesmo S iq u eirado Santos, rio de D ayvini. Siq ueira dosamos re p onde a 35 p roc e os p or frau -

de de d oc um entos, adu lterac ao d e c om -busnvel e onegacao fiscal. Uma mulher

q u e trab alh ou c omo emp reg ad a d om e: u -

veja I S'DEJ rHO.2011 I 71

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ca em sua c asa foi usada como lara

em outras q uarro emp resas abertasSiq ueira Santos. 0 [lome dela e suges

vo: Ro ailde Laranjeira da Silva,

o c aso da Lion F r a nqu i a e Partpacoes , 0 soc io de D a yvini. 0 adol

cente Filipe Garcia dos Santo , infmou ao carrorio de regi 'lIO de imov

u rn enderec o re idenc ial inexi rente

Parana . N a sede formal da Lion Frq uia e Partic ip ac oes, na c idade de Sal

a 100 quilometro da capital paul ifunc iona um a loja de dec orac ao. V E

q ue tion ou 0 mini lIO Paloc ci, p or m

de sua asses oria de imp ren sa , s ob re

Iocador de imovet do Ib irapue ra, 0 va

do aluguel e a q u m sao teito e es

gamemo . 1 ao honve resposra. D8

ao rninistro 0 beneffcio da diivida, p

n in gu ern q ue p a ga a lu gu el esra obrigaa aber da idoneidade da p e oa ffs

au ju rfdic a de q uem aln ga. M as. dadohi ronc o e a p osic ao de Paloc ci, 6 liim p ru den cia alu gar 0 ap artarn en ro

uma emp res a d e f ae ha da .

a o e a p rime ira ez q u u rn rra

Ihad or an on imo atrav e sa a c arreira p o

ric a do minisrro da Casa C ivil. F iador

e sta bilid ad e e co no mic a n o p rirn eiro

ve rno Lu la , p r in c ip a l i nte rl oc u t or do e

p r e s a ria d o e n t re 0 pe tis ta e tid e coMbil n eg oc ia do r p oh tieo , P alo cc i p erd

o Minis re ri o da Fazenda em 2006

call a de um a c asa em Brasilia usada

"Sou laranja"

Orepresentan tecomerc ia lDqyv i -

ni-Costa Nune s e , f o rma lmen -te , do no da empress a q ua l p er-

t ence 0 apartarnento de 640 m e -

tro s q ua dra do s a lu ga do p elo m i-

n is tr o A o to n io P a t o e s i , em SaoPau l o .E leeoncedeu duasen t r evi s -

ta s a V E l A . Na p r ime i f a ,mos t r ou -se

i nd ig n ado ao saberquefota usado

c om o la ra n ja . N a s eg un da . o rie n-

ta do p er p es so as q ue Ih e ditavarn

o que o ile r Nunes a firm ou se r

cump l i ce .da f raude .

S O B P R E S S .A O ? N a q uin m -

feira; Day v in i N une . ('d e q.)jUTO/l nao saber que e ra laranja:

N o d ia s eg uim e : mudou.a versao

o Q U E f iE DlS SE N A

P R IM E IR A O O R EV IS T A

o s enhor e 1 ! I1 I p r e s a r i o ' !

Olhe ao m e u re d or . So u

p ob re .lffib afh o c om o

r e p re s e ri ta n te c ome r c ia l eganho 700 re ais p or m e s.

. r a ouv iu tara! ' d a e m pr es a U

Franquia e pattici~Uda.?

Nao . 0 que e i sso?

000 ia 1meme, 0 s e nhor

e d on o d es sa em~.N u nc a a ss in ei n a da . N u nc a

m e p e dira m a uto nz a ca e

e ja m a is e m p re ste i

documen t os .

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ra en contros c om p rostitu ras e n egoc ios

pouco r epubli canos. Para desqualificar aprincipal te temunha de suas visitas ac asa, ele envolveu -se na q uebra do sigilo

banca r i o do c a se iro Franceu i l d o Costa.N o am biem e de irnp unidade q ue nodoao B ra sil, P alo cc i [ ev e uma se gu nd a c han -

c e p ara rec on stru ir su a c arre ira p o lftic a.

° mesmo an o, eleg eu -se deputado fe-

de-rat Em 2 009 , ob teve 0 arquivamentod os p ro ce sso s re su ltame s d e e sc an dalo so co rrido s em su a gestae na p refeiru ra d ap a ulista R ib eira o P re ro , No me smoan o,

o Supremo Tribunal Federal 0 inocenrouno c a 0 do c aseiro. E ra tarde d em ais p a-ra q u e P alo cei e nrra ss e n a lis ta d os p re si-

denc iaveis p ensras. m as houve tem po

su fic iente p ara q ue ele assu misse, pri-meiro , a in te rlo cu c ao d a entao candidataD Um a c om 0 emp resariado - e, depots

da elei~ao, enc am passe tam bem a rep re-

sen tac ao p olftic a e boa p ane da condu-

c :a o do n ov o gov ern o.Nessa funcao, Palocci amealhou

m ais adversaries do q u e a lia d o s. Repre-

sentando a p re s id en re , ve to u a con ces -

sa o d e c arg os fe de ra is a os ex p oen re s d a

base governista. H a dez dias, c hegou atrombar c om 0 vice-prcsicente, 0 pee-rn ed eb is ta M ic he l 'I emer, Em u rn telef o-

n ema d es as rro so , amea c ou d em itir to do sos in dic ad os p ar T em er, se 0 PM D B nao

A C A S A C A IU A violaciio do sigilo

bancario do c as e ir o F r an c e n il d o COSIO

em 2 0 0 6 interrompeu a trajetoria de

P alocci n o govern o d o an tecessor d e DU m a

v otas se c on tra 0 C6digo Florestal. 0

PMDB refutou a brav ara, A surpresa vi-ria de seu p rop rio p artid o. N o dia 27 ,0

gov ern ador d a Bah ia , Jaques W agner, se 'disse su rp reso c om 0 rendim ento doc on su ltor P aloc c i. N a sem an a p assad a, as en ad ora G leisi H offm an n (PR), m u lh erdo minisrro das Com unicacoes , PauloB e rn a rd o , a le rto u para 0 risco de a elisedetonada p o r P alo c ci a tin gir 0 p artid o eo govemo. a ultima qu i nt a- fe ir a, q u a -tro in re gra nre s d a e xe cu tiv a d a a gre m ia -

~ ao p ed iram a demissao imediara dochefe d a C as a Civil. Borr e o s qu e -cob ra -

ram a c abec a de Paloc c i, esta ate 0 e-cretario-geral do PT, El6i PieL:'l.0 PTdecidiu isola-lo. ' 'A_ crise nau e do parti-do, e do govemo", dis eo dep utado p e-tis ta .A n dr e Var ga s (PR ). D i lma , s ua che-fe, e se u p ad rin ho , 0 ex-presidente Lutz

Inac io Lu la da Silva, exigiram q ue elea pres en ta ss e e xp lic ac oes im ed ia ta s. N asex ta-feira, ele tentou d a-las n o JOJ7wl

Nacional. F ic aram lo ng e de resolver 0

sen problema. Ea go ra r em ma is e ss a, doap artamento em Sao Pau lo. _

COM REPORTAGEM DE ANDRE EL£R.

LAURA DINIZ, MARCELO SPERANDIO

E IGOR PAUUN

Como 0 senhor r e cebe a niQ:ia Sim. Em 2008, 0 senbor rece- u m a pa rta me nto p ob re . D eve O ·QUE ElE D ISSE NA

de"que Ita uma empresa regisIta- .beu uma bipoteca desse ~Nr- s er c ois a b oa . S£GUNDA E N T R E V I S J : A

da em seu nome?·ES tOuassus ta - tamento, an garantia ,de um -Um homem ftgQll1lizettdo ser

d o . F iz0: p rime i ro ano 'de facub credito de~450 rea is . . D senlJor eonheee 0 lliinistto . sen 0 0. () quule~' De s s e

d a de , m a s n a o c on se gu i· pa ga r Quanto? PaJocci, j3 taIou ou teve com- que voce fa lou com ige na o con -

a s mensa l idades, N ao te nn o n a- to aJm elepodntennedio de s ig o d orm ir, p ar c au sa d es sa s

d a a n ao s er u ma Sa ve im fin an - Pre«: i samente 2 33 4 50 rea is . -alguem? Nunca . Osi in icos c ois as q u e e nv olv em p es so a s

c ia d a em s es se n ta r neses , Nunes tive um d lnhe ire desses . po lftlcos que conn e go sao rom quem nao tenho com o

M eu D eu s! 0 Que f iz e ra rn c om ve readores . Bog ar , c omo 0 Pa lo cc i, e n ten -

Te m outras dividas? D e v o uns m eu nom e? Se eu tivesse u rn deu? Eu nao tenho c om o ba te r

40 0 re a is n o c arta o d e c re dito . W n he iro d es se s, a ch a q ue :te ria o senhoJe filiado.-a a!gum p;_Ir- d e fre nte c om e ss as p ess oa s,

M eu c elu la r fo i c orta qo , Q te le - abandonado a facuJdad .e po r t i ! I O 011 trabalha para algum 1 1 0 - Sou l ar an ja .

fone fixo e a in t~m et tam bem . nao pagar as m en-sa lii:laoesr fitico? T ra b alb e i p a ra a 'p re fe it u-

ra de Maua ern 20013. F u i e xo - o seu tiD disse- que 0 sepJ tm- sa-.

o senhor sabe que e dono de o ministro.Antonio falooci nerado d ep gis 'd e s eis m e s es , Iliaque era I a r a i 1 A t . Ontem,

urn apartamento de 640 metros mora R~ aparta~. lo g o q u e t ro c ou 0 govem o. quando voce chegou na m lnha

quadrados em Moema?' Como o senbor sa1»ede quem se tra- Minha . \ fon t 'ad~ epe_ga . resse e as a, e sta va u m p ou co n erv os o,

a ss im ? N un ca tive b ern a lg um . ta? E 0 m in is tro que esta sen - apa rtam en to que reg is tia ram

Mas voce es ta fa landoque eu do 10ves tif53dO ?B e mora . no em m eu nom e: ve nde r e paga r O~hor meatiU-ootenrou estate nh o u rn a pa rta me nto "d a apa rtam en to que es ta em meu m inhas d fv idas , ce rnp ra r um a m en tindo a g o r a ? E u me n ti

n ora " e m M oe ma ? n om e? En ta o, R aOneve ·sw casaboa para m inoa fam flia . on tem .

wja I 8 DE JUNHO.101l I 73

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Brasi l

B E M ,O B R I G A D Ao c anc er nao voltou , a p residente Dilma Rou sseff naosofre de diabetes nem tern bipertensao. Sua saude requeros c uidados tfp ic os de uma mulher de 63 anos .

ADRIANA DIAS LOPES

Osorriso aberto e a p osru ra altiv an a fo to grafia ao lad o retratarn aperfeicao 0 am al estado de sao-de da p residen te D ilm a R ou s-

seff, de 63 a IlOS . Na oc asiao, em 18 demaio, e la h a via te rm i na d o recentemenre

o tratam ento c ontra a p neum onia q ue a

o brig ou a c a nc ela r v arie s c omp rom is so so fi c ia is d u ra n te 0 m es, inc lu indo du as

viagens intemacionais . A redu cao no rit-m o d e tra ba lh o le va nto u rumore s s ob re 0

q uadro c linic o da p residente, D o ' p om o

de vista m edic o, D ilm a vai m ulto bern ,

o brig ad a. A tu alme nte , e la r eq u er o s me s-mos c u idados q ue q ualq uer rnu lher de

sua faixa etaria, c om urn ritm o de vida

agitado e estressaru e. N ada m ais. nadar ne no s. D i lma e p o rta do ra d e d ois d is nir -

bios c ron ic os, u m q uadro sern elhan te ao

de 60% dos brasileiros c om mais de 60

an os. Ambo s, a rireo id ite d e H as himotoe a in ro le ra nc i a a g lic o se , e sra o s ob con-trole. 0 q ue p esa sobre a p residen te e asom bra da rec idiv a do c an cer Iin fatic o.Em m arc o de 2009 , durante urn c hec k -

up de-retina, u rn g an glio n a ax ila esq u er-da levou ao diagnosric o de Iinforna nao

H od gk in . D e sd eo term in o d o tratam en toquimioterapico. tr es me se s depots , el a esubmenda semesrralmente a ex am es ri-

g oro so s. N ad a fo i en co ntrad o ate ag ora.

D ilm a, no entanto, tera de enfrem ar 0

fanrasma do c anc er p or, p eJo men os,rnais tres anos, q uando 0 risc o de a

doenc a voltar redu z-se a 5% .

C omo D ilm a, u rn em c ad a tres brasi-leiros c om mais de 60 anos ap resenta

d efic ien cia n a a bso rc ao d e g lic ose p elasc elu la s - 0q u e esta relac io nad o ao p ro -

c e ss o de e nve lh ec imen to . E bas ta nr e c o -

m um a COm1 .1 SaOn tre a in to leran c ia ag lic ose e 0 d ia be te s. T ra ta -s e, n o e nr an -

to, de duas doenc as distintas. A p resi-dente ap resenta indic es m edic s de 110

m iligram as de glic ose p or dec ilitro de

sangue. 0 ideal e q ue eles fiq uem ern

100. S6 a p artir de 125 configura-so 0

diabetes. N os q uad ros m ais grav es, a in-tolerancia a glic ose evolu i p ara essadoenca, Po r is se i, 0 u sa d e m ed ic am en -

tos e fu nd amen tal p ara a su a es tab ilid a-

de ou ate reversao. Ha p elo m enos seis

anos, D Um a tom a c om prim idos diariesde metformina e, dessa forma. doma a

intolerancia a glic ose. O u seja, a p resi-d en te n ao e d ia be tic a . C ara cte riz ad a pOum a reduc ao no ritm o de funcionamen-

[0 da glandula rireoide, a tireoidite de

Hashimoto tam bern vern sendo fac il-

m ente adm inistrada grac as ao uso do

m edic am en to lev oriroxin a, em c om p n-mido s d ia ri es . Ele repoe 0 borm on io T 4,

q ue deixou de se r produzido p ela glan -

dula. "0 remedio permite ao paciente

I evar uma vida a bs olu ta m e nte n orm a l

para 0 resto da vida ,diz 0 endocrinolo-

gista Freddy E liasc hew itz , do Hospital

Albert Einstein, em Sao Paulo.

A fora as taxas de glic ose e de T4,

ou tros dois im p ortan tes m arc adores da

sa-tide de D ilm a m anrem -se dentro dospadroes. Seus n fv eis d e HDL , 0 celeste-

rol born, c ham am atenc ao. Ern germ,

eles fic am ac im a de 40 m iligram as p or

dec ilitro de san gu e - 0 q ue e c on side-

rado exc ep cional p ara um a mulher naidade deja e c om uma retina t ao a rr ib u -

lada. "N o sexo fem inin o, 0 HD L e a

gordura m ais afetada p elo p roc esso demenopausa, q uan do c ai drasticamente a

74 I 8 D E J lJ l', 'H O . 2 0J 1 I veja

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p ro du ca o d o h orm o nio e srro ge ne (prote-

tor n a tu ra l d p coracao) ", diz 0cardiolo-g is ra Ma rc u s Bo liv ar Ma la c hia s, profes-sor c ia F ac uldade de Ciencias Medicasde M inas Gerais. A p r es sa o a rte ria l deD ilma tamoem 6 norm al, em rorno de12 p or 8 . As a lr er acoe s ma is . si gn if ic a ti-v as foram registradas em memen to s b ern

especfficos: q u a n d o a p re sid en te te ve des er rn ed ic ad a c om an ri- in flamaro rio s abase de c orric oides. E i550 aconteceupe lo m enos duas vezes ao lorigo dos dais

t ilr im o s a no s. A primeira, d ura nte a q ui-

mioterapia contra 0 linfoma. A ourra, ems ete rn br o d e 2 01 0, q u an do Dllma sofreuuma d is tensao do s Iigamentos do p e di-reiro, ao tropecar na es teira ergomerr rca .Aru almen re, eta djpreterencia a s cami-n ha da s d ia ria s d e uma h or a, n os j ar di ns

do Pa la c io da A lvo rada .C erc a de metade d os p a c ie nr e q ue

u sam c ortic oid es p or maisde . nrn a seman a (c omofo i 0 caso de D ilm a n asduas simacoes) apre-se rn a e le va c ao n a p r es-sao arterial. A fun d e

a liv iarem a d or e a in fla-mac ae, esses med i c a -

m entes reduzem a quanti-c t a o o @ep ro sta gla nd in as e ,

~~:{ifflsequel l [elme:meausam

vasoconstricao. Com a re-d ll~ ao n o c a lib re d as a rte rie s,

a pressao sobe, Mesmo assim, a dap residenre raram enre u ltrap assou a fa:i-

xa de J 3 p er 8 - 0 q ue nao configurahipertensao, Por precaucao, os medi-

c os Ihe p resc reve ram 0 anri-hipertensi-vo I os ar tana, Ao tim de c ada rratarnen-[0 com c o rtic o id es , 0 r em e dio fo i su s-penso . as c ortic oid es p od ern tam bembaixar os niv eis sangumeos de potas-sic , m ineral im presc indtvel p ara a es-tabilidade do rirm o cardfaco . Nessas

ocasioes, a presidente foi medicadac om cloreto de potassic.

~ Ames q ue se imagine q ue a p neu -" monia da presidente renha s id o c o ns e-s> q u en cia de u ma p osstv el debilidade de!seu sistem a irmmo log ic o em dec orren-< : c ia do c anc er de 2 009 , ba d e se lem bra r~ q ue a p lena fun~ao d a s c elu las d e d efe -.~ sa da presidente e st av a r es rabe le c ida~ seis m eses dep ots do tim da quimiore-~ rapia, M etade dos c asos de pneumonia2 oc orre em homens e mu lheres c om2 mais d e 60 anos - c omo D ilma. •

vejaISDEJUNHO.201) 17 5

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Brasi l

I'ftttI I'ftttI

M U T I R A O D E SOLU~OESP refeitos de grandes m etr6p oles do m undo O O N l f t A A F U M A C A

se reunem p ara oferec er p rop ostas p ara a o n ilJ u s d o prQjerislll h Iln ga ro P er er

o c om bate ao efeito estuta Sim on : h id rog-en io n o tan qu e e

pltistitXJ na carroceria

os prefeito das 47 maiores

cidades do mundo reuni-

ram- e na emana p a sadaem Sao Pau lo p ara debater

esrrategias de c om bate ao aq uec i-memo global. E rnbora oc up em 2% da

u perffc ie do p laneta e abriguem m etade dapopulacao do ID W Jdo, as merropole res-

pondem par 70% das emissoes mundiais de

ga e do efeito tufa. Os prefeito re m par-tic ular interesse em reduzir essas em is oeporque, ainda que ejam urn fenomeno de

e cala mundial, a mud a n c a s clirnarica ate-

ram 0 microcosmo da s cidades - quando uma

enc o ra desmorona p or c ausa ·do xc e 0 de c buva ou

q uando se formam ilha de c alor num bairro c heio deediffcios. A seguir, solucoes q ue foram apresenradas no

encontro de prefeitos.

T r a n s p o r t eA pre fe i ru ra de Melbourne n a o cobrap as agem 00 metro e no onibus ate a 7

horas, am es do horario de p ic o da rna-nha. E u m in centivo p ara q ue as p esso asdeixem 0 c arro m c asa e, as 'lin, se re-duza a em issao de gases do efeito estu -fa . Em Sell]. M u rn p r og rama v olu n ta rioem q ue 0 morori L a esc olhe urn dia da

em an a, entre seg und a e sex ta, p ara n aou ar 0 carro. A part ic ipacao e monitora-da pelas anroridades de transite. Esti-

m ula-se a adesao p or m eio de inc enri-v o fin an ceiro s: reducao das ta xa s v ei-c ulares, desc ontos m p o to de gasol i-

na , e st ac ionamento e o ficmas mecan i-

c a . D oi m ilhoe de carros participamde e rodfzio voluntario. Em L ondre , 0p edagio u rbano q ue cobra uma taxa de8 libras d os c arro s q ue en rrarn n o c en rroentre as 7 e as 1 8 hor ns , fo i im p la nta doem 2003. Estoc olm o c op iou 0 sistemaem 2007 . No mesmo ano. 0 prefeito de

ova Yo rk , Michael Bloomberg - p re-en te ao enc ontro de Sao P au lo -, ten-

tou im planra-lo em Manhattan, mas aproposta foi re ch ac ad a p ela p o pu lac ao .Dis e B loomberg a VEJA : "A s p e oatomam muitas aritude pensando no

b ols o. E nta o, 0 pedag io urbano e uma

6rima so lu c ao p a ra 0 congestionamen-[O s e as elevada emissoes de gases do

efe ito es tu t a" .

E n e r g i a s a l t e m a t i v a sT oronto enc onrrou u ma form a c riativade p r om ove r a re frig er ac a o dos predioda reg iao em p re 'alia] d uran te 0 verao.

Em vez de u ar m ap are1hos de ar con-d ic io na do . o s e diffc io tern du tos p ar

onde corre agua gelada, a 4 grau , ex -r ra tda das profundezas do Lago O nta-rio. Esses duro re friam os escrirorios.

Na c om parac ao c om 0 ar-condicionadotradicional, 0 si nema q ue usa a agua do

lago c oo s om e 9 0% m nos elerric idade.

A msterda c oma c om um sistema p are-cido. Em Cop enhague. a estraregia foiap roveitar no aq uec im ento das c asa 0

c alor p rodnzido p elas usinas de inc me-ra<;ilo de Iixo . E s calor, em vez de erliberado, e bombeado p or uma rede dec anes direram enre p ara as c onstruc oe .Hoje 30% do aq uec irnenro das c a a deCopenhague v illdes sa s u s in as . E umaenergia mais barata e menos poluente

do q ue a p roduzida p el as u sinas de c ar-VaG e oleo. M uira c idades tern substi-tu fd o o s v eic u lo s de transporte coletivo

a gasolina ou diesel por Olmos rnais

modern o s, movid os a alcool, biodie el,

gas n aru raJ ou eletricidade, Peter Si-

mon, desenhista indu trial da Hungria,

p ro jero u u rn on ibus q ue u tili za h id roge -nio c om o c om bu nvel e rem a c arroc e-ria feita de u rn tipo de plastico. Mais

leve, req uer ainda m enos c om busnvelp ara se m ovim entar . .

P l a n e j a m e n to u r b a n oo urbani La e 0 prefeitos. hoje. [ e mgrande enm iasm o p elo c onc etto de c i-d ad e c omp ac ta , divldida em zonas pla-

n jadas. C ada lim a delas atende aroda.as n ec essid ades d a populacao local: rra-balho, educacao, aude, cornercio e la-

zer. Dessa forma. nao e preciso percor-re r g ra nd es d i ra nc ia s no d ia a d ia e a

dep endenc ia do c arro e menor, Barce-lona egue esse p adrao. Em ou tre rip ede intervenc ao urbana, c idades c om oSao Paulo, Bogota, Jacarta, Johannes-

b urg o e C id ad e d o M exic o refo rm aramu as g randes a ven id as p ara a c riac ao dep i [as exc lusi as p ara onibus. Por eistema, 0 onibus e livram dos c on-

g es tio namen ro s d e c a rr os e in c en tiv a- sea p op ulac ao a troc ar 0 c arro p elo tran -p one c oletivo. _

CAROUHA MELO E RICARDO WESTIN

76 I S DE JUNBO. zou I veja

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iii

Ig o A n t h o n y D a n ie l s

C e s a r e B a t t i s t i : · a .s u a f i c ~ a o 0 c o n d e n a

o q ue m a is im p re ss io na c om re la c;,;a oa o c as o d e Battisti

e 0 fato d e e le rev ela r, m ais u rn a v ez, 'c om o u rn im po rtan te

e po deroso seto r da intel l igentsia d e u m a d em o crac ia

l iberal

ec a p a z de o ferecer a sua s im patia e 0 s eu a po io

a c au sa d e u m a p esso a cu jo s o bje tivo s co nfe ss os e ram

d es tru ir e ss a p ro pria d em o cra cia lib era l

o proximo ella 8, 0Sup remo Tr ibuna l Fede-r al d ev er a d ec id ir s e o te rr or is ta Ces ar e Bar -tisti, c ondenado na Iralia p elo a assinato

de qu atr o p e ss oa s, .sentenca confumada pe-

la Cone Euro p eia, tern 0 dtreito ou nao de p enna-n ec er n o B ra sil. lJlfle pe nd en fc emen re d a decisao aser tomada p el a c on e c onstitu cional brasileira - e

esp era-se q ue ela seja a de exrradita-lo p ara seup ais de origem -, e fa ro in d ub ita ve l q u e Battistip erm anec era urn p aria intem ac ional. N o artigoabaixo, 0 in gle s A nth on y D a niels faz uma an alise

d o B attis ti I ueraro d emon stran do c omo, n a c on di-< ; 3 ' . 0 de e sc rito r, e le mostra a su a v erd ad eira fac e d eassassino frio. Urn verdade iro psicopata .

o s en timen ra li smo a ssoc i ado a v io le nc ia p o -Inica de esquerda e , evidentemente, uma enfer-

midade o c ideu ta l, cu ja manifestac ao m ais o bviae 0 c ulm a C he Guevara. Foi esse sentimentalis-

mo in trin se carn en te d eso ne sto q u e p ro teg eu Bat-tisti p or tantos anos na F ran ca. A p enas 0 semi-tn en ta lismo poder ia toma-to digno de simpatia,emb o r a nao se po s sa . d u v i d a r de q ue e um a figura

bern fo ra do c on iu m.Cesare Battisti nasceu em 1 954 e rornou -se

(p or esc olh a, nao p orn ec essid ad e) u m c rim in o-so. Foi p reso p ela p rirneira vez aos 17 3110$ p orfurto; ao s 20, foi p re 0 mais uma v ez p ar assal-to a mao armada. No c arc ere, c onverteu -se aornarx ismo revolu c ionar io , 0 Isla da ep oc a, sob ainflu enc ia de um p reso o r r undo d e um a famfliaabasrada c ham ado A rrigo C avallina. A o sair dap r is ao . j un tou -s e a c elu la d e C avallina, c ham a-da Prolerari A rman p er ilComunismo (PAC)

q ue contava c erc a de sessenta membros. Pas-sou , assim , sem solavancos 'do banditismo ao

terrorismo.

Q uando da su a p risao em 197 9, foi ac usado dehaver feito p arte de u rn gru po terrorista, ac usa-

<tao q ue nunc a negou e p ela qual rec ebeu urnasentenca d e d oz e anos, bo a p an e d os q uais. n unc a

c ump r iu , Ma is tarde, foi acusado d e d ois assassi-naros e de c um plic idade em OUtrOS da i s , 0 q uen eg a, embor a nao exista du vida d e q ue o s c rim esfor am comet ido s pelo PAC.

Em 1981, 0 PA C c onseguiu tirar Battisu dap risao. Ele entao rugiu p ara a Franc a e dep oispara 0 M exico, onde e mistu rou a c frc ulos c UI-rurais radicais, Em 1 99 0, vo lto u a Franca , acredi-tando q ue os t empos f avorec ia rn 0 seu retorno. 0

s oc ia lts ta F ra nc o is M ir te rr an d e ra 0 p r es id en te , eMitterrand tambern tinha a sua necessidade de

p arec er benevolo p ara c om os refugiados italia-n os d e ex trema es qu erd a.A o c heg ar a F ran ca p ela segu nd a v ez , B attis-

ti fe z algo q ue Ihe angario u a simpatia da classe

bien-pensanie p a ris ie ns e: f ez -s e e sc rito r. E sc re -veu s us p en se s p o litic os q u e tiv eram um su cessoconsideravel, especialmente na Franca, e q ue

man ifestavarn um t al en to I it erar ioinesperado. NLUn p ais q ue reve-

renc ia a c u ltu ra ralvez mais doq ue q u alq u er o utre , e sse ta le nrobasta p ara c nar urna p redisp osi-9 ao favoravel p ara c om aq uele q ue

o p o ssu i. Pe r doam - se ao a n i la sp ec ados q ue seriam inroleraveisnum ac ou gu eiro ou num padeiro.o p r ime ir o d os !iVIOS de Bat tis ti .

Les Habits d'Ombre, p ode sur-p reender os leitores p or p arec er U lna form a es-

q uisita de 0 autor p roc lam ar a sua inoc enc iaperante 0 mun do . B attisti sem p re su sten tou q uenu nc a c om etera o s d ois assassin ates p elos q uaisf oi j ul gado in abseruia nem fora c um plic e doso urro s d o:is p elo s q u ais fo i s en ten ciad o a prisaop erp etu a: m as em L e s Habit s d'Ombre, 0 prota-gonista, Claudio Raponi, tern uma trajetoria

muiro semelnante a d o p ro prio Battisti. lure-grante de u rn grup o esq uerdista, foge p ara aF ranc a e logo em seguida p ara 0 MeXiCO, de on -de V olta anos mais tarde p ara a Franc a. N essepais, assassina urn agenre carcerario. Ora, urn

cos assassinates do qua l Battisti foi acusado e 0de ur n agenre ca r cera rio.

Evidentemente. e u rn e rro e lem en tar c on fu n-dir um p ersonagem de romance com 0 au to r d orom anc e, m esm o q uando 0 texto e bastau te au-to bio grafic o. 1 \1 a B attis ti n ao e ra u rn roman cis-ta c om um numa situac ao c om um . B ern se p ede-ria p cnsar q ue ele talvez devesse haver esc olhi-

do 0 seu lema com mais c ui dado e rato, evitan-

80 I S D ,E J ·HO.2011 I veja

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do p or exernplo, q ue 0 as assinato de u rn agen-

te c arc erario fosse u rn ep iso dic do livre. D e . fa -to , e sta va c o nf es sa nd o 0 c rime e negando-o ao

mesmo temp o, talv ez para provocar ou ridicula-rizar esse estado bu rgues em c uja p rotec ao elese apoiava.

A des c ric a o d o a ss as sin ato d o ageme c arc era-rio no sell liv ro su gete-u os algo da menralidade

de B atnsti. 0 agen te e morro a s angue- rr io , s emrec eber m ais c onsiderac ao -lalvez rec eba m e-nos, n a verdade - q ue u ma barara q ue se esm a-g a con tr a 0 c hao da c ozin ha. 0 protagonisra, c omquem 0 au ro r c lararn en te sim p ariz a e esp era q u eos seu s leitores tambern 0 facam, nao sofre ne-n hum e fe ito p sic olo gic o p o r c a usa d o a ssa ssin atec om etido e c ontinua a sua vida c om o se tivesse

ac abado de p ostar u ma c arta no c orreio. 0 au torp arec e esp erar q ue tam bem 6 leiter deixe oinc i-dente p a ra tr as ,

M as a essa atiru de su bjaz lim a p sic op an a. Pa-ra B attisti, p arec e in eo neeb iv el q u e 0 se ll p rora-go nista p ossa su rgir ao s olho s d o le itor c om o u rnpersonagem p r of undamen te a ntip a ric o , ou que ,

dadas as c irc unstan cias em q ue estava, a esc olhado enredo p ossa-ser c on siderada de m au gosto.POl' outro lado, ele tin ha um a n oc ao in stin tiv a de

q u e a c lasse in te lecm al fran cesa ac u cliria em su ad ef es a q u a nd o 0 g ov ern o ita lta no so tlc ito u a e x-tradicao. Mesm o assim , em 2 002 , p arec ia p rov a-

vel q ue os tribu nais franc eses, ap esar do m ov i-

m ente em seu favor, ordenariam a su a extradi-

gao; logo, ele Iugiu para ° Brasil .o q ue rnais irnpressiona c om relac ao ao c aso

de Battisti e 0 fa ro de e le revelar, m ais um a vez :c om o urn im portante e p odero 0 setorda iruelii-

gentsia de u ma dem oc rac ia liberal e c ap az deoferec er a su a sim paria e 0 se u apoio a causa deuma p essoa c ujos ob jeriv os confess O S e ram d es-t ru ir e ss a propria democracia liberal.

O s membros da tntelllgerusia veem Batt is ti c o-mo algu ern q u e rev e a c ora gem (q u e e les n ao riv e-ra m ) d e a gir s eg undo o s id ea ls r evolu c io na rio s d e

q ue eles p rop rios estavam c on ven cidos na su a ju -v en ru de; assim , n ao p odern c on den a-Io c om sin -c e rid ad e s em c o nd en ar a su a propria vida pas sada .Por su a v ez , isso im p lic ana adm itir a possibili-

dade de 0 se n id ea lism o d a ju ve ntu de n ao te r s id obern isso. m as ap enas a arroganc ia e 0 egofsmoju ven is p osros a se rv ic e do m al; a c on de nac ao v i-ria Inevitavelmenre ac om pannada de um a reava-lia~ao do p rop rio c arater e da p rop ria v ida. E , seM algo de q ue 0 homem rn odem o fog e. m ais q u ed a p e ste b u bo n ic a , e do exame de consciencia .

U ingles Anthony Daniels e psiquiatra e es-

critor. 0 artigo estam pado nes tas pdginas If

pane de um ensaio a ser publicado pela revista

cultural Dicta&Contradicta, que chega (IS li-

vrarias no dia 17 de junho, daqual Daniels e

colaborador regular.

N A O S E

E N G A N E . . .

. ..com aearade coitadinho.

Ele assassinou

quatro pessoas

e continuard

a ser um paria

iniernacional

veja I S PEJUNHO. 2011 j 8J

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A informacao e 0 in teresse p ar c oi as da m oda levam

grandes redes de lojas p op ulare a c ontratar e tilistasfamo os p ara desenhar c olec oe a precos barateados

MAR IA NA A M AR O

reste arenc ao no q ue diz E lavioR oc ha , p re sid eru e d a R ia ch ue -

1 0: "A re quinze ano s arras, h a-via doi tipos d e c om p rad ora

de roup a: aq uec on um ia m oda.p orq uetinha dinheiro para renovar 0 arm ario a

c ada estac ao e a q ue consu rnia p re~op o rq u e c omp ra va so 0 q ue cabia no 0[-

« am en to . H oje. ha um terc eiro rip o: a

q ue rem informacao de moda mas nao

rem dinheiro. Esse e 0 grup o q ue rnaise re see , p or c ausa da internet, e e ne l

q ue apostamos". Direta e clara, e a ea explicacao p ara lam as lojas popula-

re , como C&A, R iac hu elo e Shoesrock.

c onrratarern n om e fam osos e tradic io-nalrnente c areiro p ara desenhar c ole-c oes e sp e c ia is . A estraregia c heg ou aoBrasil no ana p assado e foi c op iada da

imensa e bem-suc edida rede uec a

H&M , q ue em 2004 contratou KarlLagerfeld, 0 legendario estili La da

Chanel. As roup a umiram em t r ehoras e deixaram m ulridoe de rnulhe-res chorando de fru irac ao p or nao e-rem r ap id as 0 . u fic ien te p ara c om p ra -la s. D e s de entao, a H&M repete 'annal-mente 0 lance.

Com o nao exi te luxo baraio. 0 se -gredo da eq uac ao roup a de grife a p re-c o c ama ra da e urn 6: 0 e srilista b ai-xam ou , no termo mai elegante q ueu am , "adaptam' 0 padrao de uacriacoes quando trabalham para gran-

d es m azazines. T orn em -se c om o exem -

p lo algum a "rradu coes" (outra p alavra

84 I 8 DE nnoro. 2011 I veja

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U M B AM TO

Ctis Bartos "adapta'

o s m a te ria is ca ro s d e

suas co tecoe s pe ssoa is

magica) de Cris Barros, a tavor i ra da s

jovens ricas de Sao Paulo e aunica

brasileira que vende na chique loja Co-te rr e, d e Paris. Emsuas c o le co es h ab i-

tu ais, C ns c ostu ma usar chamois , um

tipo timssimo de couro de cabra. Nas

roupas para a Riachuelo, utiliza couro

falso, material 70% rnais barato. Para

su bstitu ir as c ara s re nd as trancesas, aRiachuelo ofereceu a ens v in re o p c oe s

de similar mais em coora. Fecharam

com um a renda produzida em Taiwan

- cujo preco e 95% menor. 0 custo de

mao de obra de cada pega e fundamen-

talmenre calculado pelo tempo q ue ela

fica na rnaquina de costura, "No meu

atelie, alg um as p ec as le-yam mai de doze horas

p ara fic ar p rontas. A s da

Riac bueJofi<;aram dequinze minutes a cinco

hor us na r na q uina'', coma.

Di s . Uma p e c a " ge ne ri-ca" assinada pOJ' e la even d ida , em m ed ia , a 66

rea is , contra os 66 0 co-

brados nas lo ja s p r op r ia s.

N ao ex isre hoje me-nina com mais de 15

anos q ue nao esc reva, oupelo menos Ieia sistema-tic am ente, blogs de m o-

da. A informacao sobre

os modelos mais cleseja-

dos e de r uv el v ir al. '1 3pO T isso que as chinesas,as ftancesas e as brasilei-

ras an darn to das com asmesrnas b olsas", diz O ra-

vio Lima, professor deneg6cios de moda da

Universidade Anbembi

Morumbi . 0 comeco doano, a C&A c ontratou a

i ng le sa S te ll a McCa r tn eyp ara p roduzir um a co le -

9ao. Para as geracoesrnais velhas, ela ainda eidentific ada c om o filha

.. de Paul, 0 ex-beatle. a

era do Tw itter, e umagrife aspiracional, aquelaq u e a s c o ns um id ora s 50-

uham ter p ara se senrir p ertenc entes a

u rn segm en ro social especial . Stella

adap tou 27 rnodelos anu gos ratic a q uedesde o imcio barareou em multo osp rodu tos. A o longo de 5000 e-rnails

trocados entre ela e a C&A, os cu: tos

da op erac ao c ontinu aram a ser laborio-sarn en te en xu gado s. U rn c asaq u in ho d ep aete ainda sail! a 500 reais, m ulto aci-

mados p rec os h ab ltu ais d a rede, m as amed ia do valor d as o u rr as pec;as foi de189 reais. Apenas 38 lojas (do total de

177 no Bras i l ) receberam o s produtosde Stella, eo estoque acabou em menos

de uma s emana . " Ste lla ja fez colecoes

desse tipo para outras lojas e sabia que

8 0 M E B O N IT O .. .Qua nd o d es en ha m p a ra s ua s p ro pr ia s

m a rc as , o s e stilis ta s u sa m ma te ria is

c aro s, p ro du ze m p ou ca s p ec as e

se e sm e ra m n o a ca ba m en to . Iss o

empu r ra 0 p re co p ar a a s a ltu ra s.

Quando va o p ar a IQ Ja s

p o p ula re s , a s

co is as m u da m d e

figura. V e ja c om o :

T~ido

1 O ( i ) % 1 ;3 d e ov~ lha

M e to dn d e

fabrica~aoM ou la ge (a p e9a ec os tu ra da .em c ir it a

de urn "" ..,·,~,~u"

2040

rea i s

C A M l S 4 C R J s : B A I R O S

Tecldo

re a is

veja I 8 DE JUNHO, 201 J I 85

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M o d a

. . . B O N I T O E B A R A l O

Tec ido

Couro de bo i

M e to d o d e f ab ric a9 ao

Indust r ia l {120 p are s p or n ora )

N A O T EM C H AN El?

Gis e le d e sc o nh e c ia g ri fe s

e ia p ar a o s tra ba lh os

I ISQl1do chinelos; 110 je au !

"ass ina" co lecao

fic as. D e sc obriram assir

q ue rou pa Iaranja nao vende no Rio de Janeiro - "

cor e ' a ssoc i ada a gari" -,q ue as v erdes nao saem nA mazonas - "A s p essoanao q uerern se camuflar"

- e que , no Maranhao

man-om e anatema - "A

pess6as se sentem em poei

radas". A s explicacoes sade F hiv io R oc ha. 0 ansei

p or p rodu tos de grifep rec os razoav eis c hegoun atu ra lmen re , a os saparosD ep ois de ouv ir s uge st oe

de c lien tes rn ais assfd uasa Shoestock, especialist

em tran sm ig rar modelos

da rnoda para sapatos

b olsa s a p r ec o s c omp a ra tiv am e n re a ce ss rv eis , coot rarou Gloria Coe lho e C1

O roz co. O s sap atos d e a1000 reais da Huis Clo

a m arc a eleganre e c areirde Clo, custaram cerca d

250 na versao baratead

da Shoestock. Satram oforros de couro e o s sa ltoesculpidosa mao, enrraram os m etodos da linhde p rodu cao. "M eu fom e

cedor faz 55 p ares p odia, na mao. Na tabrica

~ eles fazem 120, por 11

~ ra", diz C]6.__~ Ate quem nao tern gr

fe da m oda, mas e 0 nommais p ode ro so do B rasil n esse c am p oe rnp re st ou a a ss inamr a, A modele GiseJe Bundchen amadrinhou uma c olec a

p ara a C&A . 0 temp o q ue ela rem dp ro fiss ao , q u in ze a no s, e praticamentemesmo em que 0 in tere ss e p elo a ss un tse d ifund iu p O T aqui . " Q ua nd o c ome eea d es fila r, n em sa bia 0 q u e e ra C han eIa p ara as fotos de c hin elo", diz. "H oje

as c rianc as nao usam roup as q ue foramd o irmao mais v elho. S 6 q uerem c oisa

de lojas leg als ou q u e v irarn 110 Twitte

da s am igas," Palavra de G isele .

n ao p oderia ser extrav agan te ern n ad a'',d iz E lio F ran ca , diretor de m ark etin g daC& A. A s roup as de s ed a p u ra , m a te ria lbasico da s c riac oes de S tella, fo ram fei-las em pouca quantidade e mandadas

em sua maioria p ara os e sr ad os m il lsquentes . Ate os c abides on de as rou pasforam penduradas en traram n a c on ta:eram de p lastic o im itan do mad eira.

Pa ra a ssegura rem 0 fluxo de venda- em outras p alavras, evitarern 0 enca-Ihe -, a s loj as fazem p e sq u is as p e ri od i-

c as so bre p referen cias reg ion ais esp ec i-

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P r a p o b r ea n a l f a b e t o . . .

t a e k w o n d o !m um livro p ubjjc ado p or mim em 2004, idea-Iiz ei um fn dic e c uja ap lic ac ao per rn i te d ar n o-

tas de zero a 10 a s esc olas p ublic as c om base_ e ll) . in fo rmac o es s ob re ° ap ren diz ad o d os alu -nos e suas 11l.X3S de ap rovac ao m edidas p elo Ideb, 0

lndic e de D esenvolvim ento da Educa cno Basica,

No m es de malo, rive a op ortunidade de acomp a-nhar um a eq uip e do lN no Ar - BLiT Zd a Educacao.

Em c ad a cidade, escolhida p or sorteio, visitei CO m

a eq u ip e do Jornal Nacional a p ior e amelh or e sc o-la publica c la ss ific ad as s eg un do a q ue le mdice. Pas-samos por Novo Hamburgo (RS), Vitoria (ES),

Caucaia (CE), Goiania (GO) e Belern (PA). a o sep ede dizer q ue es as dez escolas visuadas sao uma

amostra representariva da edu c ac ao brasilelra, visro

q ue a selec ao nao foi totalmente alea to ria, m asc reio q ue se ap roximam bastame do q uadro geral(10 pais. As v is ita s B aO trouxeram nenhuma grandesu rp res a p ara q u em e familiarizado coma educacao

res. Nas escolas ruins, 0 diretores normalmen tenao s ab iam q u an to s a lu no s e sru da va rn la . Diziam

coisas como "uns 700", "na faixa de 350". Nas es-c ola s b oa. 0 diretor abiao num ero exato e res-p o nd ia sem ritu be ar, N as esc olas ru ins , M uma cer-ta frouxidao sobre aq uilo q ue deve ser ensinado ecomo. Os d ire to re s, in vo c an do a " demo cratiz ac ao ''

ou 0 "processo c o le riv o" d a "consrrucao do saber ",deixam os p r ofe ss ore s a v on tad e p ara q ue d efinam

o q ue e melhor para seus a lu no s, N as esc olas b oas,

ha disc ip Jina - em rep ressao. ap enas ordenam en-to. Nas ruins, e um a balburdia,

E N V O L V I M E N T O D O S P A IS - A s esc olas bo as se esfo rc am

p ara atrair o s p ais p ara d en uo da retinaescoJar. Na e sc ola d e Novo Hambur go(E.M. Jacob Kroerf eta), as reunioes

c um p als, e ram m arc adas p ara as 7 da noi-

te o Mu ir os p a is fa lta va rn . A d ir eto ra lig oup ara os taltantes pa ra descobri r 0 porqueda au senc ia. O u vin q ue as reunioes eramfeitas m ulto c edo, nao dav a tem p o de c he

gar do trab alh o. A s reu nio es e ntao p assaram a aCOD -

r ec er uma n ora mais tarde. 0 q uoru m aum entou. N aescola b oa d e G oian ia (E .M. F ra nc is c o B ib ia no d eC arv alh o), a d ire ro ra es pera o s p als to do s o s d ias, n oportae da es co la, tan to n a en trad a q u an to n a sa tdados alu nos, e c onversa c om q uem al i estiver, Desde 010 ano, a fam ilia rec eb e u rn b oletirn c om n otas e c o-mentarios extensos ao :fim d e c ada b im estre. a esc o-l a r uim de B elem , ao contrano, M um total descaso

p ara c om os p ais. A s reu nioes sao marc ada s du rantea mani la OU a ta rd e, h ora rio s imp os slv eis p a ra q u al-q u er trab alh ad or, A d irec ao e o s p ro fesso res c om un i-c am even tu ais p rob lem as d os f ilho s po r bilhetes-

mesm o sab endo q ue a m aioria do s p als e de semia -

n alfab eto s. C um p remo s ritu als. m as e so .

N as escolas ru ins, 0 fracasse e dado com o coisa natural

ou culpa do "sistem a", dos politicos, dos pals, dos alunos

ou da sociedade. Nu~cae com elas. A terceiriza~aoda

re sp on sa bilid ad e p ro du z in do le nc ia

brasileira, mas adic ionam u ma c onc retude q ue a s

vezes falra nas p esq uisas c itadas nesras p aginas.P or isso, g ostaria de c om p artilhar algu ns ap rendi-z ad os e e xp erie nc ia s, re sumid os abaixo.

A I M P O R T A N C I A D A D I R E ~ A o / G [ S T A O - Qu ando ta la -mos em edu cac ao , foc am os na figu ra do p rofessor,q ue e 0 ator p rinc ip al do p roc esso e e q u em tern

contato direto com os alu nos. M as, assim comoe rn q u alq u er o rg an iz ac ao h urn an a, pOI tras des ta-leutos individuals e p rec iso haver um a gestae q ueoriente o s esfo rc os e d e u rn sen ti d o ao todo. N asescolas, e 0 d.iretor. E impressionante como e pos-srvel n otar g ran de s diferencas entre as escoJas atra-

ves de p eq uenas diferenc as de disc urso do s direto -

88 j 8 D E JU NH O . 2011 I veja

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C U L T U R A D O S U C E S S O V E R S U S T O l E R A N C I A A O F R A C A S S O -J a d iz ia Ambrose B ierc e q ue 0 dicionario e 0 unicolugar em q ue suc esso vem ames de trabalho. As

boas esc olas obtem desem penhos m ais altos p orq uetrabalham du ro p ara isso. Eo p rim eiro p asso dessac am inhada e ter a exp ec tativa do suc esso, c om m e-

tas am bic iosas. O s diretores e professores d as esc o-

las q ue fu nc ionarn esp eram q ue seu s alu nos ap ren-

d am . Qu ando 0 a lu no n ao a p ren de , e Je s c namam os

p ais, c riam aulas de reforc o, insistem . C ham am p a-

ra si a resp onsabilidade . . T i i a s e sco la s fracassadas

aceiram 0 insuc esso c om o norm al -- q uando naop oem a resp on sabilidade sobre u rn ente exrerno, fo -ra do controle da escola . P ode ser "0 sistema", os

p olitic os, os p ais, os alunos ou a soc iedade. unca

e c om e le s. A te rc eiriz ac ao d a re sp o ns ab ilid ad e

produzmdolencia . T a esc ola c om Ideb baixo de

Goiania , os a lu no s es tao p ratic am en te an alfab eto s

- no 4 ° an ol P erg un te i se faz iam a lg um t ra ba lh o

d e reforc o. " Sim , ues h oras d iarias:" , disse-m e or-gulhosa a diretora. Pedi p ara ver a au la. Ela era m i-

nistrada em a re a sem ic oberta p or u rn taram e e c om -

p artilh ada p elo s alunos c om alg un s in rrumen to smusica ls . Ta O havia lou sa nem m aterial didauc o.

P ergu ntei p elo arran jo p ec uliar e m e disseraru q uem etade do tem po de au la era usada p ara licoes der ae k w o n do . D e vo ta r m e ta de d a a ula a a tiv id ad e

esp ortiv a, c om alu nos an alfab etos n o 4° ano,e LIma c onf is sa o de abandono.

u s a D O M A T E R I A L D lD A n e o - N as boas esc olas. p ro-fessor e aJu nos u sam 0 maten aldtdattc o c omo

apoio, 0 q ue da um a organizacao ao p roc esso de

en sin o. N a esc ola boa de Cauca ia (E.M . Celina Sa

Mora is ), u sa -s e u rn m aterial de u m p rogram a dogoverno do estado p ara alfabetizar alu nos na idadec erta. P rofessor e alu nos sao c on du zidos p or u r n

c am inho q ue d e l c ertc . sern a nec essidade de rein-

ventar a roda a c ada dia. Nas mas e sc olas , o u 0 rna-(erial dldatico nao eusado ou 0 professor 0 utiliza

p ara su bstitu ir a au Ja . .N a mesma.C an caia, n a esc olaru i rn , a a riv id a d e d o s aJunos co ns i r ia e m Je r 0 l ivro

didatico e responde r a s perguntas do p r op r io livro.

A p rofessora fic ava ali olhando. N a esc ola ru im de

No 0 Hamburgo, 0 p ro fe sso r s e lim itav a a e ntre ga rjo rn ais a os a lu no s. A rn en in a sentada ao m eu lade

fic ou olhando as p rop agandas de c linic as de

emag re c imento . ..

M O N IT O R A M E N T O E A V A l I A C A o - Nas bo as escolas, baa va lia ca o c on sran re e fo rmal.

o P O D E R D O B O M P R O F E S S O R - E im p re , s io na nte a di -

ferenc a q ue u m p rofessor faz, m esm o oa. c ondic oesm ais p rec arias, Em V it6ria. entrei n a tu rm a do10an o, de um a p rofessora cnamada AJecsandra.

E ta esc rev ia n a lou sa em 6tim a c aligrafia. F alavab aixo e aten ciosam en re c om os alu nos. E ng ajav a-os,

fazendo p erguntas a todos. Com tres m eses de au la,m uitos ja estav am dem on tran do s61 idos sin ais de

alfabetizac ao . Q u alq u er p rofessor q u e cu lpe "0 is -

tem a" deveria p assar p or u ma aulaassim p ara voltara a cre dita r em S1rn esmo .

P.S. As-escolas publicas do pats deveriam ser

obrigadas p or lei a p 6r seu Ideb em p lac a de 1 m etro

q uadrado ao Iado da p orta p rinc ip al, em u ma esc alagranca most rando sua, nota de zero a 10. Na p lac ad ever ia a p ar ec e r tambem 0 Ideb medio d o mun ic ip ioe do estado. A maioria dos p ais e professores hoje

n ao sabe se a e c ola do filho e bo a Oll ruirn, e, se es -

p erarmos q u e c on su ltem 0 site do MEe, seremos 0

p ais do futu ro p or m ais rnu itas gerac oes. M ande u me-mail p ara seu dep utado e exija essa lei.

O U A S B O A S

ESCOlAS

A Bibiano de

C a n1 alb o, d e

Goianla

(a esq.), e a

J a co b K ro e t!

N ew , d e N ovo

H a m b u r g o

(acima):

envolv imento

d o s p ais

G U S T A V O I O S C H P E

e econom i s t a

veja I j) JUNUO.2011 I 89

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#IIttI

R E N D I ~ A O N U C L E A RP re sionado p elos humore

do e le it orado 0 sovemoalernao anuncia 0 fungradual do reatores no p ais

F1L1PE VILICIC

Aenergia nuc lea r carrega uma

aura de suspeicao mai p ormotives p sic o16gic os do q up ratic os, D esde q ue 0 Estado

U nido lanc aram as bombas arornicasscore a s c i da de s ja p ones as , p ondo fim af[ G uerra. a ene rg i a n uc lear fic ou as 0-

ciada a rn orte e a desrruicao. N os an os70, op or- e a eletricidade p roduzida apartir do aromo era 0 prate preferido dearnbientali (as e tambern de uma c atgor ia pourica ru id os a, a go ra ex n nta, ad os pa c i fi . r as . a d ec ad a s eg uin te , 0

a c id e nte n a u sin a n uc lear d e C hemob I.

q ue lancou uma nuvem de radioati ida-

de sobre a E urop a, p arec e c on firm ar es-e c a ra te r inistro e pe r igoso . E e q ua-dro se reve r teu no u ltimo trinta aoos.A rec notogia nuc lear. mai egura e ba-ra ta . re ss urg iu d ia nre d a o p in ia o p u blic a

c omo uma op c ao limp a e efic iente degerar energia. Muitos ambientalistas

p as aram a advogar seu uso c om o alter-na t iva ao em prego de c omb u nveis f6s-s i.ue ao re p onsaveis diretos p elogases do efe i to stuta q ue a rrum am a

atmo fera d o p lan eta.E sse c en ario fav orav el esrrem ec eu

diante do acidenre ocorrido na usina nu-

c lear de F uk u: h im a , no J ap ao . e m mar-co. Ninguem m orreu em Fu kushim a,m as a im pac to p sic o16gico do desa trefoi trem endo - 0 p e adelo da nuvemra dio ativ a in vi { ve l e malig na to rn ou -s enovamente lima podero a an na pouti c a.Em nenhurn p ar a reacao popular se fe zsentir m ais do q ue na A lem anba. Logoap o 0 a idente de Fu kushim a, 250000a le m a es fo ra m a ru a ped i r q ue 0 pa is

aban don e a p ro du c ao de en ergia d eriv a-d a d o u ra nio , c arre ga nd o c arta ze s c om

dizere c om o" re nc ao a F uk ushim a -desliguem ro da s a u . i na nuc leares '. 0mov imen r o an tin uc lear n a A lern an hauao arrefec eu mesmo no p erfodo emq ue as usina recup eraram : ua rep uta-~1[o. ensrvel aos hum ores da op iniaop ublic a - p or q uesroe eleitorais. nao

ec ologic as -. a c hanc eler AngelaMerkel rendeu-se, a egunda-Ieira

p as ada, e la a nun ci ou tun p lano de de -ligar gradualrnente a s d ez es se te u in anuc leare do p ais ate 2022. "Acredita-mos q ue p od mos rno strar a o utro pa f -

es q ue tomarem a me rna decisao q ue epossfvel crescer, criar emprego e ter

uma econornia prospera c om u rna capa-c idade energenc a foc ada em re ur osren ov av eis e segu ro " , ela di c ur O U .

A decisao da chanceler alema re-

p resem a um a reviravolta no q ue eugove rno sempre d e f n d eu . Em 2000,eu antece sor, 0 .ociali ta GerhardSchroeder, havia anunciado 0 fecha-

memo das II in as n uc leares da A lem a-n ha are 2 02 2. 0 ano p as ado, a chan-c eler p ostergou a dec i ao em doze anos.M erk el voltou arra p or m otives p oliti-

c o . Doi des dezesseis e rado ale-

mae ainda terao eleicoe locai ne teano. U ma derrota ne es pleitos de . eup artido, a uniao D emoc ratic a C rista.ena urn de astre q ue p oderia re p ingarnas eleic oes de 2013. Inve tir c ontra ae ne rg ia nu c le ar e uma form a de M erk elarregim entar votes nos doi p rinc ip ais

96 I 8 DEJ NHO.2011 I veja

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Energia

A V E R S A o A O A T O M OA Eu ro p a p re c isa d e energia n uc le ar, m a s m u ito s

g ove m os c ed em a p re ss ao p ara abandona - l a~ ~ ~ ~ ~ - - - - ~ - - - - - - - - - - - - - -

• U sin as p la o e ja d a s

o u e m c on stru ca o: 21

U sin as e m

operacao: 143• Po rce n ta g em nu c le a r

n a producao d e

energ la

P O V O N A R U A Man if es ta n ie s em B e rl im :

r efie xo d o d es as tr e d e F uk u sh im a

.1

p artido de op o ir;ao, 0 Pa rt id o Verdeo Soc ial D emoc rata. A Ale ma nh a te rn

esperancas de q ue f on te s r en ov av eisp o ssa rn p ro vid en c ia r 3 5% d e su a e le tri-c id ade em 2 02 0, 0 dobro do q ue ocorre

hoje e a lc an ar 8091 em 2050. 0 planota lv ez s eja amb ic io 0 dema is , s ob re tu -do p orq u e 0 c u to de a tran formac aosera p ag o c om o aumen to do prego nac om a da eletric idade de c ada u rn, p rin-cipalmente na da industria, responsavelp or metade do on umo eletric o dopars . Muito alemae ac reditam q ue 0p als nao esc ap a de um d es tin e c r ue l: 0d e tama r dependent da eletricidade

p roduz i da pela u ina, nuc l ea res da v i-

zinha Franc a. Por razoes p raric as ei ambem ambientai a E uro pa e sta divi-

dida em relac ao ao atomo. A Franc a e aI ng la te rra n ao te rn p lanes de reduzir ap ro du c ao de e nerg ia n uc lear, C om p ro-merida em reduzir 0 ga es de efeiro

esru fa, 'a R olan da q u er c on stru ir n ov asusinas nu c leare ao mesmo temp o em

q u e de sen volv e fon tes de en ergia ren o-

B e Ig jc a - Vaifechar

su a s u s in a s a te 2025

vaveis . r a verdade, quando se colo am

n o tabu leiro as questoes amb ie nta is , aenergia nuc lear traz enormes vanta-gen . Um a term eletric a produz 1 q u ilode dioxide d e c a rb ono (C02) pO I quilo-

wan-nora, rna u si na n u c le ar , apena

30 gramas - e a im mesm o p rov e-n ien tes de fatore externos, como 0

transporte do ma te ria l u sa do pelo rea-tor. Conram a fa vor da e ne rg ia nu c le aras q uestoes geop olitic as. A s m aiorereservas de p etroleo e ga s n atu ra l p e r-tenc em a pal e c u jo go vem o merecepou ca c onfian ca, R us ia, V en ezu ela eIr a sao as exernp lo ' Op ta r p ela e ner-gia nuclear e uma form a de dim inu ir adep endenc ia des es raises e dos hu -mores instaveis de seu s governance ,Adec isao da c hanc eler A ngela M erk elde a ca b a r c om a s u in a nucleates em

en -p afs-p ude oar c om o llTU rc a -p aTa

pane dos eleirore alemaes - e lhe an -gariar voros. Ma faz p ou co sentidodian te d a n ec essida de d e e nerg ia lim p ada A lemanha. ' •

98 18DEJUNHO,2011 I veja

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o B R A S I L

DESCOLA• . .. . .do planeta, A rec essao volta a rondar os EUA ea Europ a. Por aq ui, 0 risco e de supe raque c imen to

Au l tima s ex ta - fe ir a demons t r ou

exernplarmenre 0 descompas-

so enrre a saiide ci a economiado Brasil e ados p aises rices.

N o m esm o di a em q ue 0 gove rno b ra si -leiro div ulg ou n um eros q u e rev elararn

urn ere cimenro de 4,_~ no PIB doprirneiro trime rre de:te ano, dado dorn erc ado de trabalho ame ric a na r ef or -

caram os . temores de q ue urn egundom ersu lho rom o a recessao (0 temidodouble dip, em ingles) esteja a c ami-nho ua maior econcmia do mundo, 0Estados Unidos e a potencia econo-mica da E uro p a, c om a honro a e xc e-

~ao da Alemanha, arrasram-se M tres

,!-J10 em uma ri e q ue p arec e reftu irap ena q uando rec ebem injec oes de di-nheiro dos b an c os c e ntr ais . J < 1 foram

literalmente im p re os u ilhoe de do-lares em esumulo economi os e nore s gate de banc os falido , rna a eco -nornia das nacoes ric as nao e ta lnaide q ue consiga f ic a r d e p e sem l iquidezadicional, os Estados Unidos. a taxa

de de emp rego foi a 9 1% - rnais q ueo dobro da d 2007.

E sta -se d ia nte d e u rn c i c lo vicioso.A p er p ec riva de rec es ao faz c om q ueo eu rop eu e 0 americano . ronda em -p r eg ados c o rtem ga ro . A to continuoas em p resas red uz em inv e tim enios. S

nao for q uebrado esse c ic lo le a m a e -ta gn ac ao . A re agora, 0 oc orro c os go-v er no s e vit ou 0 p ior c en ario , q ue seriauma d ep r es sa o a tr oz c om o a da dec adade 30. A a ju da v eio a eu ra do aum enroda s dfv idas p ublic as a p atam ares in su -t en tave i s . E ta ser ia a 1 10 rad e fa ze r c o r-re s o rc am en rario s, e nq u an to a economia

c am in haria c om as p rop rias p em as. S e-ria. 0 mercados. porem. e tao dandosin ai c laros de q ue 0 medo n ao c ed eu .

Em um a irnnic a inversao de valo-

res, ne sa s horas de ap erto 0 paise

em ergenres ap arec em c o-

mo p o rto s eO ' U IOe a tra en -te p ara os investim entodo s rico. 0 B rasiJ e U J 1 J casotfp ic o dessa irua-<;:110.Aqui, 0 con-

sumo d as fa rn ilia sere c e ha trinta tri-

mesrres consecut ivos .

Sao p e soas q ue prirneiro rrocarameus elerrodomestico ,depoi compra-

ram c elu lares e c om pu tadores, finan-ciaram 0 se u p rim eiro c arro. A gorabu cam a ea a propria . As p o ibilida-

de s d negoc i os a rr ae rn 0 c a p it al e xte r-no , q ue devera alc anc ar 0 p a ta rn ar re -corde de 137 bilhoes de d61ares are 0

tim do ano. D iz Irene M ia, da Econo-mi t Inte l ligence Unit: "M e rn o c om 0

aumen r o do ju ro. 0 Brasil deveramanter uma taxa de c re c imento ao re-dor de 5% no proximo ano ". a o euma C bin a, m as e uficienre para fazerinveja a eu rop eu e americ anos. _

MARCELO SAKATE

• Avan~o d e 4,2% d o P IJ I"

. nb p rim e ir o t rim e st re *

• Desem p rego em qu eda

• 137 bi lhoes d e d61ares

e m in ve stim en to e xte rn o**

·Em re la ~e a o m e sm o p er fe do d e 2 01 0

. . *E s tim a t iv a p a ra 2 0 11

o s P A I S E SR ICOS EM B AlX A

• C rescim en to d o P IB

em ritm o m ais lento

• Dlv id a pu blica sup erio r ao P IB

• De se mp re go

p roxim o a 1 0%

10 2 I 8 D E Jl] l\ 'H O . 2 01 1 I veja

Fon t es : IBGE

liFe DeDE

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,

M IS T E R IO D AB A C T E R I AM U T A N T ECientistas Iutam para decifrar a nova cepa d e

urn microrganismo, em gera l ino fen sivo , quese tom ou alta mente t6x ico e esta espa lhandomortes e medo n a Eu ropa

n fec to lo gistas e uro pe us a rra -vessaram a semana p assadaernpenhados numa desespera-

da b us ca p ela s o rig en s de u rua

nova c ep a de bac reria altam en-te toxic a, q ue p O S0 conrinenreem estado de emergencia medica. Na

sexta-feira.rlepois de dezenove moues e

mais de 2000 casas confirmados de in-teccao em t r e ze pafses em d u a s sema-nas, eles tiveram de reconhecer a f racas-so e a frustrac ao. D escobrir a origem esua fo rm a de propagacao e v ira l para 0

esforco de evitar que 0 surto se {orneuma epidemia. esse sentido, as nou-

ciasnao sao antmadoras. Para c omec a r,a coenca ja cruzou 0 Atlantico None,

c om t res casos de conraminacao reg is -trad os n os E stados U nidos. 0 seq uen-ciamento geneuco do microrganismo,

c u jo res ultad o p re lirn in ar fo i anunciadopela Organizaoao Mundial de Sat1de

(OMS), revelou tratar-se de lima formato ra lm en te n ov a para o s c ien tistas, E ssa

v ar ia m e e xtre m am e nte a gre ss iv a d a nor-

ma lmen te in oc u a E. coli,·que rem 2 rni-Iesim os de m ilirnetro de c om prim ento e

vive no intesrino e no estom ago hu ma-n os , re ce be u 0 nome de cep a Ol04:H4.

o q ue coma a bac t er ia I li a p e ri go sa e se uDNA, que mismra genes d e du as ourras

FILJPE vurcrc

A Esche rich ia co li, E . c o li , e um a b a cte ria

n or m alm e n te in o fe ns iv a e n co ntra d a n o in te s tin o e n o

estornago d os h um an os e d os a nim a is . E t ransmi t ida

p elo s a lim e nto s e p ela a gu a. A lg um a s d e s ua s c ep as

c au sam , n o m a xim o , d la rre ia le ve e ln te cc ao u rin a ria

~A c ep a id en tif ic ad a n o n orte

d a A lem a n ha e um a E. coli do

tipo entero-hemorrag.ca, que ,

c omo 0 n om e in dic a, c au sa

s an gramen to i n te s ti n al

104 I 8 DE JUNHO. 2011 I \Ieja

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A L TA T O X J C ID A D E

P essoas con iam in ad as em

Hamburgo: anubiottcos

tradicionais pioram 0

e sta do d os p ac ie ru es

C o m o u m a b acteria

in o fen siva se tom ou m orta l

o DNA d a b acte ria E . c ol i 0 1 0 4 :H 4 , d ec od fic ad o p or p es qu is ad ore s

a lem aes e ch ineses , na sem ana passada , m os tra po r que e la e ta oagress iva . E la resu lta de um a m utacao em que a £. col i in 6c u a adqu ir iu

genes de duas ou tra s cepas de nocN idade conhec ida

U m a d as b ac te ria s c ujo s g en es

e sta o p re se nte s n a 0104:H4

fo i is ola da n a A fr ic a e c au sa

d ia r re ia a g uda . A outra e a

responsavel pa r d e sen vo lv e r

n as p es so as a fe ta da s a

s i ndrome nemo t lt ico -u rem i ca

(HUS) , que a t aca f o rt emen te

os fins e p od e le va r a mor te

Normalmente 10% dos

p a cie n te s q u e in g er em

a lim en to s c o n tam in a do s

com a E . coli

entero-hernorrag ica sof rem

a s s in to m as g ra ve s. A

s urp res a com a Ol04;H4

e qu e e la ad oe ce 30% das

pe s soa s con tam in a das

A no va ba c te ri a

nociva e Im une a

a ntlb lo tlc os, e 0tra ta m en to s e

c on ce ntra e m

e vita r q ue a s

e fe ito s d a

i n feccao levem a

m o rte d o p ac ie nte

cepas de E. coli, confer in -

do-lhe alta roxidez e re i-

r enc ia amaior ia dos anribio-ric o '. 0 mais p rovavel e

q ue ela se esp alhe p or meio

d e a limen to s c ru s. como le -

gum es e fmtas, con t am i na -

dos em a lgum momenta

po r dej et os bov in es . A bac-reria e do np o entero-he-

m orra g ico - q ue , como 0

nome diz, c au a sangra-

memo no intesrino. Suas

toxinas destroem a muco a

e pro oc am disenteria. Ios

c asos m ais grave, oc asio-nam uma s tn drom e a gu da

conhecida como heraolni-

~ c o -u rem ic a , c om sangra-

1 ; memo, insufi c ienc ia rena l

~ co rn p li ca coe s n eu ro logi ca s~ que podem levar a mon:e.

~ A bacterias do t ipo ente-

~ ro -he mo rra gic o co stu ma m

p rovo car a sm drom e hem o-

ln ic o-u re mic a e rn a pe na s LO% dos casos.Ma is poderosa, a bac te ri a mutante c all a a

s t nd ro rne em 30% do s infecrados.ua du a sem an as, a U niao E urop eia.

am parada em analises ap arenrem ente

a p re ss ad as fe itas p o r p e . q urs ad ore s a le -

mae, divu lgou q ue a bacteria eriatransmitida por pepinos culnvados na

Espanha , Como c on seq n en cia, d iv ersepaise e uro pe us im errom peraro a im po r-

tac ao de p roduto agrfc olas esp anh6i .

Produtores foram forc ado a destru irsuas p l an ta coes . TO pape l de v ila o, 0 p e-

p ine foi banido do c om erc io na Alema-nha, R ep ublic a Chec a, Rn sia, Austria,

Belgica, HoJanda e Franc a. Segundo a

federacao e p anhola de exp onac ao d

vegetais e fru tas, 0 boicote causa aosagricultore e panhois urn prejufzo de

20 0 milhoe de euro - p or semana, aemana p assada, a OM S anunc iou que as

E . coli e n co n rr ad a s n o s p e pin o espanhoi

nao eram do rip e q u e p ro vo ca 0 SU llO . AEsp anha a rnea c a p r oc e ss ar 0 governo a le -

mao p elos p reju izo a eus agric u lrore .

a qu inta- tetra, a Russia baniu a irnporta-

<;110 de vege ra :i de toda a Europ a - UlTI

n eg oc io q u e movimen ta 4 bilhoes de eu -

ro p or ano - enquan ro n a fo r iden tifi-

c ada a origem do u rro. Inoc en tado 0 p e-

p in o, n ao h a n ov os uspeitos." ao, abemos a fome nem 0 tran -

m i or da nova bac teria e ra lvez nunca

veja I 3DEl dRO. 20IJ I 105

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In ternac ional

f / I RIRl!H1NR

~

A l V A

V oo m a rc ad o,p r e v encao dobradaA n o va b a cte ria esta p re s en te em v ar ie s

p ars es d a E uro pa e no s E sta do s U nid os

N a o c o m e r a l l m e n t o s c r u s

A via d e c on ta rn in ac ao m ais

provave l e a in ge stao d e.,' legum es, ve rdu ras e f ru tas crus

Evitar c a r n e s malpassadas

, A ba?t !~r ia E . col i m orre e rn

. am bien tes com tem pera tu ra

a cim a de 70 graus

Lavar as m aos, p alm a e d orso,

c o m frequencla

A E. col i p od e en tra r n o

o rga nis rn o pe la b oc a, po r ,

contato

Ir a um hospital ao m en or

s in ai d os s in to mas - d iarreia ,

v om lto , fe bre , d or a bd om in al

c o m o u s e m sangramentoIntestinal

Embora 0 a ta qu e c om

a ntib io tic os n ao s eja e ftc az , 0

t ra tamen to d a s ln te r co r re n c ia s

sa lva a vida de m ais de 95%

d os in fe cta do s c om s in to ma s

F o nt es : o s i nf ec to lo gi sW s D av id U ip , do Insti tuto de

I nf ec to lo gia E m il io R ib a s, M a rc os B ou lo s. p ro fe s sc r d a U SE ;

e A ltu r IT m erm an . d o Hospita! E d m u n d o Viisconcelos

s aib amos" , admitiu fia seman a p as sad a

Reinhard Burger, p re sid en re d o I ns ritu -IO Robert K oc h, resp onsavel p elo c on-trole anitario na A lem anha. P ara agra-var a situacao, os med ic o s te rn enorrnedific u ld ade p ara trarar os pacienres

c ontam inados. O s p oueos tip os de anti-bioric o q ue p oderiam func ionar paraesse tip o de infec c ao tiveram de ser

abandonados, dep ois q ue se c onstatouq ue lev am a ba cteria a libe rar um fluxode toxina q ue s o agrava a . i tuac ao dop a c ie nte , E xp lic a 0 intectologista Da- .vid Uip, do Instiruto de Infectologia

Emilio Ribas: "A troc a genetic a entreas bac terias as torna c ada vez m ais ap -[as a sobreviver no intestino e a resistira remed io s, A nova c ep a [em p rop rie-

d ades q ue a to rn am d if ic il d e ser an ula-da". N a A lernanha, os p ac ientes c onta-

m in ados s ao rr ara do s b as ic amente c omr ra ns fu so es d e sangue e h id ratacao .

o passe mais p rornissor p ara des-vendar a nova bac teria e, assim com-b are-la foi dado na q uinta-feira p assa-da. P esq uisad ores alem aes e do Instiru-to de Genornica d e P eq u im decodifica-ram se u DNA. Descobriu-se q ue 93%

de seus genes sao t gua i s ao s de um a E .

coli isolada na A fric a q ue c ausa diar-

reia g rav e. M as ela tambem tern seq u en -c ias genetic as de ou tra E. coli, aindam ai: u oc iv a, resp ou savel p ela sm dro-m e hem olttic o-u rem ic a, q ue leva amotte do s infectados. "Esse tipo de

bac teria toxic a e re sisten te m ism ra c a-

F A T O R 'D E R IS C O

Pa ss age ir os n o check-In:

quem vai li Alemanha

deve ter cuidado

com a alimentacao

racrertsticas de variasoutras e, p or isso , emais diffc il de ser de-cifrado e cornbatido",diz 0 infectologista Ar-

tu r Timennan, do H os-pital Edmundo Vascon-

t celos. de Sao Paulo. N a<; : s emana 'passada, urna

nov a. d ro ga , desrinadaa p r od uz ir no organis-mo a ntic o rp o s capazes

g de comba te r a bac t er ia ,g c om eeou a ser testada~ em hospirais alemaes.A inda nao se sabe seu

g ra u d e e fic ac ia , nem o s p oss tv eis erei-tos c olaterais q ue p ode p rovoc ar.

o surro d a b ac te ria e L a concentra-do na A lemanha, onde ocorreram osp rim eiros c as o s. D e zoiio d as dez en ov emortes rel at adas ate s ex ta -t eir a o cor re -ram no pais . A outra vftim a foi c oma-m inada em urna viagem a A lem anha e

morreu D um hospital da Suecia, Os ca -

sos relarados nos Estados U nidos saode am eric an os q u e viajaram p ara a A le-m anna nas ultim as sem anas. Por m oti-vo ainda desconhecido, a b ac te ria p a re -c e arerar ma is mu lher es do q u e homen s.Ate ag ora, 6 0% d os c as os se deram em

mulheres adultas. 0 taroe inusitadoporque, segundo a OMS, normalmenceas E. coli 'd o tip o enrero-hemorragicoatingem criancas c om idade inferior a15 anos. Nao se sabe se e a caracterfsti-c a genetic a da bacteria mortal q ue aleva a se r mais fatal para as mulheres.

Por enquanro, a teoria do governo ale-mao e q ue as mulheres praticam umaalim enrac ao rnais saudavel q ue os ho-mens. e corn e m mais legumes e frutas- p rovaveis transrni sores da bacteria.Esse misterio pode nao te r solucao. Agrip e esp anhola, q ue se alastrou p elomundo entre 1918 e 1920 e matou maisd e 50 rn llh oe s de pessoas, vitimou maisjo ve ns s au da ve is , p rin cip alm en re h o-m ens, do q ue id os os , c r ia nc a ou rnu-lheres. 0 moriv o d e ta l c arac ren stic a,assim c omo no c aso da uova bac teria ,

ainda nao foi e sc larec ido, _

L0 6 I 8 DE JU ]\ .THO . 2 01 1 I veja

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In ternacional

,."

o VIET N A DE B LAT T ERAte Henry K issinger foic onv oc ado p ara ten tarsalvar a im agem da Fifad ep o is d as d en un c ias

" C rise, q ue crise?",. p erg un ro n J o-seph Blatter, p res id en te d a Fi-

fa, a enndade q ue manda D O

I ute bo l, a lim g ru p o d e j o rn alis -

c as q ue cobrava detalhes em torno dasden un cias d e c orru pc ao q u e grassam -n oninh o d a c arto lagem . B latter tin ha ac a-bado de se e1eger, de modo q uase u na-nime, p ara um n ov o m a nd ate de quar to

anos - esta na treze no c omando da c a-sa su fc a, "Estam os p assando algum asdlficuldades, mas eJas logo serao resol -

v id as d en tro de nossa familia. " An te 0c on srran gedor sllen cio, eJe em en dou :"Riam, se quiserem". Mui IOS riram, eMn co nroma ve is m otiv os p ara fa ze -to ,porque 0 es ca nd alo s n ao c es sam.

Um v ic e -p re s id e n te da e n -

tidade, a fa stado po r s us p ei ta

d e maiv ersa ca o, d iss e q u e

Bla tt er " doou" 1 mi lhaode dolares a Conca-

caf. orgao q ue con-trola 0 futebol na

Americas do one e

Central, em troca de

votos. 0 catariano

M ohamed bin Hammam, q ue se ap re-

se ruava como candidate un ico de opos i -

<;ao a Blatter, fo i p r ov is or ia rn en te a fa sta -

do de suas nmcoes na Pifa dep ots dasu sp eita de ter desem bolsado 4 00 00 do -lare p ara c ada u rn dos 25 membros ci a

Associacao Caribenha de Futebol, E

m ais, c om c uidado para nao p erder aconra: 0 s ec r et ar io -ger al da F if a, J ermneValcke , adm it in te r <lito q ue 0Catar com-

prou 0 direito de receber a Copa doMundo de 2022.

Blatter, acuado, pediu ajucla ate a

Henry Kissinger, de 88 aIlOS, ex-secreta-rio de Estado dos E ta co s Un id os . e stra-regista am eric ano d uran te a G uerra do

Vietna. A ideia e re-lo c omo c abeca de

urn !!IUpO destinado a lim p ar a im ag emd a fed era cao in reru ac io nal. N ao se ra fa-c i l. Transpa renc ia e 0 nome do jogo, esem ela a FITa nao esc ap ara da c rise na

q ual esia m ergu lh ad a. M as e p ru -den te ten rar sep arar a co rrup -

c ;ao d e n ego cios que en -

volvem m ilhoes de d6-

lares - e q ue natural-

mente p rov oc am dia-trib es d e quem per-deu espaco. Nin-'guem duvida dafalta d e rra dic ao d oCarar com 0 fute-

hal, e que a reali-

z ac ao d a Copa d o M un do no deserto, em

2022, soa bizarra - m as eles oterec e-ram bons r es ulta do s f inan c eiro s, o rg an i-

zacao perfeiia e condi coe s de excelenciap ara as tran sm iss oe s d e te lev is ao . N ess es en tid o. s im , "c om p raram " a Cop a.

Em 1974, q uando 0 b ra sil eir o J oaoHave la ng e a ss um in 0 comroJe da Fifa

eJa era u ma d im inu ra c on fraria in glesadirigicla pOI lordes, S e a nte s DaD reinavao Jardim do Edell, os p roblem as erarntam bem p eq uenos. Hoje, ha urn c heq ueentre 0p assado e 0p re se n re d a em :id a de

- vfrim a d o gig an tism o (faru ram em o de

1 bilhao de dolares ao ano, em bora p ud esse ser muiromats) -. embora eja

in ac eirav el, p ara q u alq u er p ad rao emp re -

sarial, a c omp ra de votos p or meio dep resen tin ho s e p resen tees. N o entan te,como a Copa e u rn tre m e nd o n eg oc io

todo movimenro de Iimpeza so podera

n asc er p or im p osi~ ao do s p atroc in ad o-res . " Eles s ab em q ue p odem rer a tma-gem arran ha da , m as n ao q u erem p erd era visibilidade de uma Copa", diz Amir

Sommogi, c onsultor da B D O RCS, em

p re sa es pe cia liz ad a em analis e d e merca-d o. P arroc inad ores c om o A did as, C oc a-C ola, E mirates e V isa div ulgaram no tascobrando vigilancia. Na em an a p as sa -cia, p orem, a Adidas, q ue nao e boba, ja

renovou 0 con tra ro . •

F A B IO A LTMAN

N A O E C O M E L E

"Cr is e. q ue crise?",

perguntou 0 cartolao

d epo is da r e el ei ci iopara pre siden t e

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o PO DER DAS ES TP ela p rim eira vez , 0 P artido R ep ublic ano tern du amulh r s c ap azes de disp u tar a Casa Branc a mas ateag ora elas rem dado rnais dor de c abec a do q ue voto

vernador de Massachu en .entende de

economia e aparece em prirneiro lugar

em coda a pe qui as obre 0candida-

LO preferido pelos eleitore republica-

nos. Sua maquina de arrecadacao fi -nanccira e uma p rencia sua estrutura

de campanha e urn how. a emana

pass ada, Romney tambem fez tudo

certo. Ao Iado da rnulher, Ann, lancou-

A N DR E P ET RY , DE OVAYORK

MinRomney rem rudo 0 que epreci 0 para ser presidente

dos Estado nidos. Casado

ha 42 anos, pai de cinco fi-

lho adultos, ele e tudou em Harvard,

fez fortuna como mpresario e virou

urn polirico bern- ·ucedido. Ja foi go-

se candidate a candidate a Casa Bran-ca, fez urn diseur 0 de 2S minutes,

acusou Barack Obama de Ievar 0 p af. 11

bancarrota e apre entou- e como 0

"candidate do emprego". 0 probl

rna e q ue em vet. d Mire Romney. ro -do m undo s6 tala em arah Palin, a ex-

governadora do Ala ea que [em feiro

rudo errado para ser presidente do E-

[ados Unidos, a comecar pela partici-

pacao nurn reality how IDa que nun-

ca, nunea sai das rnanchetes.

Pela primeira vez, 0 Partido Repu-

blicano coma com duas mulheres com

I L O 1 8D E JU HO, 2011 I veja

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Sarah Palin. na

I/IOW p il ot ada pa r

sua filha e Michele

B a c h m a n n . num al a

po lt ti co : b e /a s ,c ar ismd ti ca s , b o as

de pesqui a e

jam ais t ro ca ram

Ulnafarpa publica.

Ale agora

chance reais de disputar a candidatu-ra p residenc ial nas p rim anas do an oq ue vern. Alern de Sarah Palin , cujo

p oder estelar me! rneriza as TVs a c a-bo, a deputada Michele Bachmann nao

fez feio nas pe quisas. Sarah quase

emp re ap arec e em egundo lugar,

ami de itt Romney. Mic h ele c re sc e.N a p esq nisa da C NN . divu lgada no fun

de m aio, estava p erto dos 10% - u rnborn nurnero, considerando q ue nin-

guem, nem R om ney. c heg a ao s 2 0% . As

d uas aju darn a dar p ub lic idade ao p arti-

do , e nf ei tam 0 n oric iario p olitic o c om

u a b ela es rampa e TIUl lCa trocaram urna

farp a em p ublic o. N um am biente politi-c o em q ue as m ulheres a o inapelavel

rninoria, rna p odem ter p e 0 descomu-

nal - c omo e 0 caso de M ic helle O b a-

rna, 0 unic o auvo c ujo valor pennanecei n r ocado no a tua l g ov ern o - , 0 Partido

R ep n blic an o p o de ria c om emora r a pre-enca cali rnatica de S arah e ichele,

Mar ac on re ce 0 contrario.Ha urn infeliz desc ornp asso . 0 q ue

uma rem de born falra a outra, eo q ue

aruba T e r n er a melhor q ue nenhuma

tiv es se. S arah P alin rem popularidade

e c ari r n a de cantora de rock, mas a teos c ac iq ues republicano desconfiamq ue a ex-go ernadora e ta rnai inte-

res ada em fa ru ra r c om 0 holofores do

que em fazer politics. Na .emana p a -sada, Palin andou de rnotoc ic lera p orW ashingron e c omec ou um a caravanade onibus q ue p assara p el a s p rinc ip aiponros turfsricos historico dos E A.

Vern ganhando enorme publicidade,

mas parece mai encenacao. P alin n aodivulga 0 roteiro c om a nte ce de nc ia ,

n ao v is ir a 0 l id er es r ep ub li c anos por

onde p assa e 56 bate na tecla de umc on serv ad orismo marc ia l q ue mais as -su fa do q ue atrai 0 gros 0 do e le irora -do. "T eatro nao g an ha e le ic a o" , ir rito u-

se Rob Gleason p residente dos rep u -

blic anos na Pensilvania, ao rec eberP alin d uran te su a tu rne.

M ic h ele Bac hmann nao e !1 iopopu-la r nem arrai ramo holofote, rna faz

p olm a e e levada rnais a eric pelo

p r op r io p a rtid o. 0 problema e que . c o-mo Palin . ela c orre n a Iaixa de u rn c on-

s erv ador ismo f er oz . As dna sao rai-nhas do Tea Pany 0 movimento con -s er vado r, A s s im , c om dois trunfo ap a-

rente 0 Panfdo Rep u b lic a no e nf re nrana verdade um drama. Pelo menos ate

agora. a mulheres r e m a ju da do a p en asa ofu c ar a ate nc ao q ue 0 candidatep referenc ial - Min Romney - deve-r ia te l' p a ra c h eg ar la o Pode ser q u t ude

mude q uando a eleicao e river matsp erro, m as 0 aru al c enario nao tern c on-

tributdo para dar t ranqu il idade eleitoralao republicanos. A historia, no entan-to. 0 favo rec e. D e sc le a gestae deFranklin Roosevelt, nenhum presideme

c onsegu iu u rn seg un do m andate com ataxa de desemp rego acima de 7%.

Arualmenie, ela e ra ern 9 0 / 0 . Me mo

os econornistas go erni tas dizem que ,ate a elei9ao presidencial, em novem -bro do ano q ue vern , c ertam ente 0 de-semprego eguira acima dos 7%. Min

R om ney ja se lanc ou c om o "c andidated os emp re go s'. Res [a ver q uem esta

p restando atenc ao nele. _

veja I s DEmNHO. 2011 1111

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N om e e d is ta ncia d o p ro xim o

p on to d e referencia

Mo st ra d or a n al 6g ic o d e a lti tu

Tempo es t imado a t e 0 prox imo

p o nt o d e r efe re n cia

I n d ic a d or d e inclina~o n as

~·M~m-adordigital d e

."e loc id ad e em reta~o ao s o l o

Mos tr a d or a n a lOg ic o d e

y~ocidade em reJa~o ao solo

E S E U S AS S EM 0 G PS ?Tema em debate: 0 sistema de localizacao porsatelite teria evitado 0 de astre do voo AF 447?

Var ies lei tore escreveram a reda-~aopa ra manifes ta r uma duvidainteressante s ob re a r ep o na gem

d e c ap a " 0 griro das c aixas-p re-[as", publicada na Ultima edicao deVEJA: 0 u. 0 do GPS poderia ter salvo 0

Airbus 330 d aA ir F ran c e? 0medico e

piloro Ari r id es Makow ic h , de rapon-gas no Parana, re umiu a que tao da

e gn in re f orma: 0 eq uip am en to , c ap az

de ap urar, via sinai de arelires, a velo-

c idade. a altitude e 0 p o ic lo namen rodo aviao. nao deveria ter c om p en ado afa1ta de informaco decorrente do con-

gelamento dos tubo pitor? Segundo

p iloto e esp ec iali las c onsu ltado p arVElA, a re sp o sta e nao. 'A informa-c oes tornec idas p elo G PS sao ideals p a-

ra a navegac ao, ma nao p ara a p ilota-g em d e aero na ve" , d iz J am es W a te rh ou -s e, d o d ep artam en to d e e ng en baria ae ro -n au tic a d a Un iv ers id ad de S ao P au lo

em ao Carlo . '0 GPS nao apre enta

dado da aiirude. c omo a angulacao do

n ariz do aviao, que sa o vitais numa si-

r uacao de emergencia," velocidade

fornec ida p elo G PS p ode nao c oinc idirc om a qu ela c ap rad a pelo rubes de pitot,

c ujo c on gelarn en to p arec e ter in ic iado a

equenc ia f at al de erros do 00 A F 447 .o pitots det rrninam a p r ao do ven-

to . fomec e nd o a v elo c id ad e a ero din am i-c a do aviao q ue e a me did a em relacao

ao at. 0 GPS indic a a v elo cid ad e em re-la \; ao ao 010- que descon idem a ac aodo venros obre a aero nave.

dtivida dos leitores rem sua razaode ser, A adoc ao do sistem a de GPS naav ia c ao c i vi l. no imcio do ano 90 foi

de g ra nde utilldade. Urn aparelho porta-

til como 0 exibido acima, utilizado em

a v io es monomo ro re s, e . u fic ie nte p a ra

ga ran tir a m anu ten cao do curso de eja-do . 0 ap arelbo c ap ra irnp ul os en viadop or atelites americ ano em orbita e

calcula su a localizacao pelo tem po de-

c orrido entre a em i ao e a rec ep c ao dosin al. D a m esm a fo rm a, a v elo cidade ec alc nlada c om base oa dnrac ao do des-

loc am ento do rec ep tor. E m gran des ae-ronave , c omo 0 330, 0 GPS e urn

instrumenro que, trabalhando em COD-

jun to am 0 p ilo to a utomatic o , ma ntem

a trajetoria fixada e alc ula 0 tem p o es-

uma d o de voo m e determinado ponte

de ref renc ia na rota e ate 0 de rino fi-

nal. 0 p ro xim o gran de av an co 00 con-rrole do rratego aereo era b eado emuma rede c en tral d e computador ali-

meniada em tempo real pela Ieituras

individual de GP de todo 0 avioes

no ar naquele m em en to . Es e it ema , 0

AD -B, val romar ob oleros os atuais

radar s 'era de a do c ao o br ig ar oria n osEstado .Unidos a partir de 2020. Com 0

ADS-B, os pilotos aberao nlIo apenas

onde e tao. mas ua p o i~ao em relac aoa iodo 0 demai avioes e aeroportos

do p ais, sem os inc onveniem es de de-p en der d e apoio de rad io em terra . Voarvai e to rn ar, en tao . ainda mai egurodo que arualmente. •

ALEXANDRE SALVADOR

v e . I a I S D E JU NHO . 2011 I 113

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R e s p o n d a r a p i d o : q u e m e l a p a r e c e ?E xiste u rn tip o de homem q ue se c asa sem p re c om a mesma mulher - a matriz

nso m uda, s6 d im inuern os anos, 0 ator Leona rdo D iCap r io , 36, adaptou a r eg ra :

e u rn o am ora do r serial d e lo iras, lin da s, altas e c om 0 n ar iz c h eio d e p e rs on alid a-de. A o abrir a boc a p ara su gerir c asam en to , a titular e au tomatic amen re re no va da

p ar ou tra, p elo m en os tres anos ma t s j ov e rn , A a ru al, B lA K E U V E L Y , 23 , a rr iz inhad a s er ie Gossip Girl, t0lTlOU 0 L u ga r da mo de lo is ra ele ns e B ar R afa eli, 2 6, que ,p ot-su a vez, havia su bstiru fdo G isele B und chen, 30. P arec e q ue B ar e B lak e

tiv eram u rn p e rfo do inicial d e su p erp osic ao . AMm d o ti-ti-rid o n am ore,B lak e adm in is tra u rn p ro ble rn in ha de fo ro n uas. T od as falsas, c lare.

A . m o r a o . p e d a l e t r aA s diferenc as de altu ra - ele, 2 ,IO m erros, ela , 1 ,58 - e de p rofissao (ele joga-do r de bas q uet e, e la e str ela de r ea li ty sh ow ) n ao foram em pec ilho. 0 q ue azedao noivado de K R I S H U M P H R I E S , 26 e K I M K A R D A S H I A N , 3Q , e a m ae dela, q ue naoac eita q ue a filha u se 0 s ob re nom e d o fu tu ro m arid o. Mo tiv e: p e rd er- se -ia 0. tra-b aih o q u e tev e p ara b atiz ar as tres filh as c om nom e e so brenom e c om ec andoc om K (as ou tras sao K bloe e K ourtney) e fundar um a dinastia te lev is iv a d a fu n -

lidade e derrieres espantosos. Kris , ele rambem membro de um a familia l ou cap or Ks (S ilas irm as sao K ry stal e K aela), d eu a Kim u rn aneI de noivado c om urn

d iam an te d e 2 0 q u ilates e p rec o d e 2 m ilh oes d e d 61 ares. K rise reso lv id a.

1161 SDEJUNHO,201Ij veja

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J U L IA N A L IN H A R ES . Com Mariana Ama r o

A n o t i c ia d e m o r o uE praricamente como se urn p ar demedic porte eleges e uma mulher

p residente p ela p rim eira vez. E m160 ano de hisroria 0 N ew York

Time [era a su a p rim eira direto ra deredacao J IL L A B R A M S O N , 57. Ela ja

ocupava 0 Iugar numero 2, mas 0

c hefao B ill K eller nao dava nenhu msinal d q ue guises e e ap o entar,

Jill c he fio u a e stru ru ra ca o d a opera-

9110on-line do T i me s , mas s ab e que

as nonc ias sobre a extinc ao da uaespeci - 0 jornal de p ap el- [emside algo precipitadas Casada com

dois filhos. foi atropelada em 2007 e

ficou i re s s eman as afastada, um r -corde. Como prova de amor por

ov a Yo rk , tamou no ombro umaantiga ficha do metro,

S e r m a e e p a d e c e r n o M o r u m b iA a p re s sn ta d o ra L U G I A N A G l M E N f !l , 40 , te ve . bOn~DZO C f a b I i - e l bil'tresm e es e jet avisou 0 marido, 0 emp re ane e e0'lega de palco Marcelode Carvalho: "Da minha barriga n a o

d~V6 ao 26 quilo q ue acumuloud u ra n te a g ra vid e z. Disci -p linada, Iac rou a beea, elID deles foram embo.

ra. 'T omo c a r e dam a n n a soz inha noq uarto, p ara nao pa~~s ar p erto d a c oz in ha.E hi que mora 0 demo -

n io : 0 p1io" , de creve .

Luciana tambem ®nfrte n-ta ( ')paradoxo do su ees o.'Quando t ive m eu primei-r o fi lho (Lucas, 12), p as a-

va0

dia andaado de earn-nho p er Nova Y ot!t

p orq ue n 110 rin ha m a fi-

d o n em rra ba lh o. Ago-ra, ten ho tu do iso ,E para dar eonra?"

w w w , H e r i n g . C c m b r

~~~rlm

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Perito s d a P olic ia F ed era ld escobr iram com o se assa ltamo s co fres publ i cos sem d eix arra stro s e ao abrigo da le i

F E RN A N DO MELLO

rna duvida arormentou p or mu ito temp o as me-lhores c abec as da Polic ia F ederal. A o inv estiga-rem q uadrilhas envolv idas em obras p ublic as,p olic iais dep arav am freq u em em em e c om u rn q ua-d ro in co mp re en siv el. T an to n as c on ve rsa s re le fo-n ic as in te rc ep tad as q u an to n os e -m ails ap ree ndi-

dos, era c omum flagrar emp resarios e exec u tives falando obred esv io d e dmh eiro , p ag am en to d e p ro p in a a Iu nc io na rio s p u blic os,rem es sa s p a ra 0 exterior p or m eio dec aixa dois e dem ais assu mosq u e c o rn p oem 0 rep ertorio c lassic o da c orru pc ao q ue em erge sem -p re q u e en tre 0 dinheiro p ublic o e u rn forn ec edor p riv ado de p rodu -to s all serv ic es exisre um int ermedi ar io desonesto, Mas, m esm oc om a c erteza de estarem diante de u rn c rim e, os investigadoresm on as v ez es n ao c o ns eg u iam resp on der a u ma p ergu nta c ru cial:

de onde vinha0

gan ho dos c riin in osos? Isso p orq u e, ap esar dasev iden cias gritantes de falc atru a, q u ando os agen tes da p olfc iaanalisavarn os contraros fi rmados entre as em presas e os orgaospnbl icos, chegavam a conclusao de q ue os p rec os q ue elas c o-bravam estavam dentro dos lim ites legais - ou seja, nao haviasuperfaturamento, O ra, se nao havia su p erfatu ram ento, naohavia ganho ilegal e, se nao havia gann o ilegal, redo 0 restodeixava de fazer sentido. .

Em marco, a d uv ida d os in ve stig ad ore s d eu In ga r a um a e xp li-c ac ao c ristalin a. D e p ols de dois an os de an alise rnin uc iosa de c on -tra to s p u blic os, le va ntame nto d e n otas fisc ais, c hec agem de CUS tOS

de 554 c om p ras em p reen didas em obras do gov ern o e v isitas in loc ode algu mas dezen as de c an teiros de obras, p eritos da P F desc obri-

ram 0 "p ulo do gato" - ou , m ais ap rop riadam en te neste c aso , do

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Corrupcaoa

o C A T A L O G O D OS U P E R F A T U R A M E N T O

rato, 0 truq ue p ode er c hamado de" supe r f amrameum oculro".

, Para entender es a criacao genui-

narnenre br a ileira, e p rec i so fa ze r urnr ap i do me rg ul ho 00 mundo da lic ita-~6es. Ha multo tempo, 0 g ov c rn o f ed e-ral e c obrado a e tancar 0 d e p e rd ic ioq ue mina do' ontratos de obras p ubli-cas e c orro i seus c ofre . Para dar umarespo La a isso, desde 2003 a Lei deDiretrize Orcamentarias p a ou a xi-gir que 0 orgao: publicos, r e s de

fazer q ualq uer p agamenro, obsvern a. tabela oficiai: de referen-

c ia de precos. E sa s ra()el,iS:-i:OJfo=~""mulada em c on ju nro p or div er--=os orgaos do g ov ern o, c omern> -os aloret medics dos principal '"/",

mate ria ls d e consnucao e . in s umo 1u ado em obras de engenharia c i-v il. A p rim e ira dela c ham a-se Si cerna

Nacional de Pe quisa d Custo e !ndi-

ce da Con r rucao Ci il (Sinapi . A

egunda, S1 terna de Custos Rodovia-

rios (Sic ro). Ha oito ano . seu u 0e obrigatorio. Muito bern. Para6rgao de .controle, como 0

T ribu nal de C om as da U n iao,urn p r~o s6 e c la ific adocomo "superfarurado se

e river acima dos valores

c on L ame do Sinapi e doSicro. Tudo 0 que e river

dentro do limite da s tabelas e

c on iderado Iezal.

o q u a PF descobriu. e que

c a usa e sp a nro e que a. duas ra-

be las ofic ia is ja traz em p rec omuito u p e rio re a o s p ra tic a -

dos p elo m erc ado. U ma rap i-da p e q u i a realizada p elosperito policiai no comercio

revelou q ue 0 p rec o dos p ro-duro mais u ado em obras de

e n ge n ha ria e s ta o , em media, 20%mais alto do que deveriam.

Se 0 leitor, por exemplo, fo r aurn depo tro p ara c om p rar urn ti-

jolo c eram ic o do rip o 'oito Iu -r os" . p a ga ra 44 centavos a uni-dade. 0 me rno rijolo. adquiri-

do p eJo governo, saira p or -6

centa os. A diferenc a, de 27% , ec arr gada p ara 0 ninho dos raroda c orrup c ao. Em p roduro c omo arima latex acrtlica, ela cheza a 128%.

o forro p ara teto, do rip o band ja. a

rabela rrazern valore ate 145% mal

1221 DEJUNHO.1011 1 ~

A Po lic ia F e d e ra l d e sc o b r iu q u e a ta b e la d e precos

a d ota da p e lo g ovem o pa ra p ag ar p or m ate r ia lsu sa do s e m o bra s p iib lica s cnrr tem u ma m arg em

o cu lta d e su pe rfa tu ra men to . A lg u ns p re c o s sa o a te

145% m aio re s q u e o s p ra tica d o s n o com erc io -

e 0 con t r i b u i n te e q u em p ag a a co n ta

T a b e l a

d e g o v e m o

P e s q u is a d a

P o l f c i a F e d e r a l

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d o g o v em o

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P o l ic i a F e d er a l

T a b e l a

d o g o v em o

Form para tetotipo bandeja

(m e tro q ua dra do J

P t e ~ e m r ea is

5500,

-faIlinta l at ex a cn li c a(litro)

P t e ~o e m r ea is

Tu bo d e PVC

de 75 mm

(metro)

P r e t ; O e m r ea is

FOn t e s :Sistema N a c ; O l l i l l (I e PesqUfsa de Cu sw s e T n u J C e S da

COI lS u tJ@6 C iv ll (Sinapl), Sistema de Ct!Sws RDckJo,-;anos(Sicro)

e re ia iOr ios dil Poiicia Federal

T a b e l a

d o g o v er n o

S o b r e p r e ~

5 6 %

P e s q u i s a d a

P o l i c ia F e d e

T a b e i a

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Corrupcaoa

o C A T A L O G O D OS U P E R F A T U R A M E N T O

rato, 0 truq ue p ode er c hamado de" supe r f amrameum oculro".

, Para entender es a criacao genui-

narnenre br a ileira, e p rec i so fa ze r urnr ap i do me rg ul ho 00 mundo da lic ita-~6es. Ha multo tempo, 0 g ov c rn o f ed e-ral e c obrado a e tancar 0 d e p e rd ic ioq ue mina do' ontratos de obras p ubli-cas e c orro i seus c ofre . Para dar umarespo La a isso, desde 2003 a Lei deDiretrize Orcamentarias p a ou a xi-gir que 0 orgao: publicos, r e s de

fazer q ualq uer p agamenro, obsvern a. tabela oficiai: de referen-

c ia de precos. E sa s ra()el,iS:-i:OJfo=~""mulada em c on ju nro p or div er--=os orgaos do g ov ern o, c omern> -os aloret medics dos principal '"/",

mate ria ls d e consnucao e . in s umo 1u ado em obras de engenharia c i-v il. A p rim e ira dela c ham a-se Si cerna

Nacional de Pe quisa d Custo e !ndi-

ce da Con r rucao Ci il (Sinapi . A

egunda, S1 terna de Custos Rodovia-

rios (Sic ro). Ha oito ano . seu u 0e obrigatorio. Muito bern. Para6rgao de .controle, como 0

T ribu nal de C om as da U n iao,urn p r~o s6 e c la ific adocomo "superfarurado se

e river acima dos valores

c on L ame do Sinapi e doSicro. Tudo 0 que e river

dentro do limite da s tabelas e

c on iderado Iezal.

o q u a PF descobriu. e que

c a usa e sp a nro e que a. duas ra-

be las ofic ia is ja traz em p rec omuito u p e rio re a o s p ra tic a -

dos p elo m erc ado. U ma rap i-da p e q u i a realizada p elosperito policiai no comercio

revelou q ue 0 p rec o dos p ro-duro mais u ado em obras de

e n ge n ha ria e s ta o , em media, 20%mais alto do que deveriam.

Se 0 leitor, por exemplo, fo r aurn depo tro p ara c om p rar urn ti-

jolo c eram ic o do rip o 'oito Iu -r os" . p a ga ra 44 centavos a uni-dade. 0 me rno rijolo. adquiri-

do p eJo governo, saira p or -6

centa os. A diferenc a, de 27% , ec arr gada p ara 0 ninho dos raroda c orrup c ao. Em p roduro c omo arima latex acrtlica, ela cheza a 128%.

o forro p ara teto, do rip o band ja. a

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1221 DEJUNHO.1011 1 ~

A Po lic ia F e d e ra l d e sc o b r iu q u e a ta b e la d e precos

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145% m aio re s q u e o s p ra tica d o s n o com erc io -

e 0 con t r i b u i n te e q u em p ag a a co n ta

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de 75 mm

(metro)

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COI lS u tJ@6 C iv ll (Sinapl), Sistema de Ct!Sws RDckJo,-;anos(Sicro)

e re ia iOr ios dil Poiicia Federal

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5 6 %

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Granito polido de 2 em(metro quadrade]

Pre~ e m r ea is

5 6 , 2 4

Are ia

(metr o c u b lc o l

P r e9 0 e m r ea is

43,40

V id ro laminado

{metro quadrado}

Pte~ emrea is

95,06

Grampo elastico para

trilho de trem {~}

P r e t :o e m r ea i s

8,12

..Pedra britada

{metro cubico]

P r e t : O e m r ea is

49,62

Cal hidratada(quilo)

~emrea i s

0,35

Sobre~

P e s q u i s a d a

P o l ic i a F e d er a l

T a b e I a

d o g o n m o

P e s t ju i s a d a

P o l i e i a F e d e r a l

T a b e l a

d o g o v e m o

P e s q u i s a d a

P o l ic ia F e d e ra l

T a b e l a

d o g o v e J O O

P e s q u i s a d a

P o l ic i a F e d er a l

T a b e l a

d o g o v e n J o

Pesquisa d aP o l i c i a f e d e r a l

T a b e l a

o o g o v e m o

I 'esqlisa d a

P o l ic i a f ed e ra l

T a b e l a

d o g o v e m D

Do rmen t e

de concreto (~al

P r e9 0 e m r e a i s

250,85

T r J O I o ce ram i co

2Ox20xlO (~a)

P r ~ e m r e a i s

0,44

..Vergc i lhao dea~

CA-50 (quilo)

P r ~ o e m r e a is

2,85

Cimen to asfciltico

( tone lada )

P r e vo e m r e a i s

1341,53

Concreto 15 MPa

!metro ciibico)

P r e~ o e m r ea is

Cimento

[saeo de 50 kg)

P r ee e e m r ea is

17,21

altos que 0 usual. Ou seja, basta as

empresas seguirem a tabela ao pe da

Ietra para obter uma especic de "super-

Iaruramento legal".

Os perito da PF que descobriram 0

golpe fizeram registrar em seus relate-

rio urn outro alena: dado que 0gover-no n u n c a compra so urn tijolo - suas

encomendas c omec am inv ar ia ve lme n-(e na casa do m ilh ar - e quem compra

em grande quanti dade sempre t e rn di-reito a desconto, seria de esperar que

n as ob ras p ublic as de grande pone osvalores unirarios acabassem ain da m ai

em coma. Ocorre que o s v alo re s regis-trades no Sinapi e no Sicro nao levam

em consideracao-a escaJa. Com ts se , 0

governo d:1de bandeja mais um motivo

para as crnpreireiras deitarem e rola-

.rem. Elas cobram precos multo acimac os de rnercado, fazem iS50 it sombra dereg ras esrip u la das p elo proprio gover-no e. assim, ficam inalcancavei pelalei - e pela auditorias do TCU.

Os rres orgaos responsaveis por

elaborar as tabelas de referencia - 0

IDGE, a Caixa Economica Federal e 0

Departamento L acional de Infraestru-

[UTa de Transportes (Dnit) - alegarn

que elas representarn 0 teto do que 0

governo pode pagar, e nao a media dos

precos do mercado. Ocorre que, obvia-

menre, a empreiteiras sempre preferi-rao - e darao urn jeito de razer valer

seu desejo - receber p e lo s v alo re s de"tabela chela" .

HJ diversas formas de consegui risso. A primeira e contar com a coni-

venera de quem organiza a licitacao.

Segundo 0Ministerio Publico Federal,

foi 0 que aconteceu na liciracao para a

construcao do treeho da Ferrovia Nor-

te-Sul que corra 0 estado de Golas. 0

trabalho foi dividido em sere Iote . Ra-

via divers as ernpreiteiras intere sadas

em participar da c onc orreuc ia, m as aValec , a esraral que cuida da constru-

~ao de ferrovias, habilitou apenas sere

empresa . uma para cada lore. Ou seja,nao houve disputa algurna. Todos os

que entrararn no certame sabiam que

iriam gannar u rn lore. C om isso, joga-ram 0 prec;o 1 < i no alto, cienres de que

n a o seria preciso superar nenhum co r i -

corrente. Quando os envelopes da Iici-

tacao forarn abertos, os precos ofereci-des pelas ernpreireiras para cada urn

dos Iotes eram apenas 0,5% mais bai-

ve;ai SDE1L·NHO.201l1123

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.. 

C orrupcao _ .

S u p e r t . r b : J r a r n e n t o

5 0 m i l h i i e s d e r e a is ,

00 2 0 % d o t o t a l

o do que 0 tero previ ro no edital

com valore ba eado no Sinapi e 00

Sicro. 0 govemo pagou 245 rnilhoes

de reai apenas pela consrrucao de urn

dos sete trechos. De e valor, concluf-

ram os perito da PF, 50 milhoes de

reai toram superfaturado .A outra forma de conseguir cobrar

o preco cheio e adotar 0 acerto direto

entre as empresas - 0 que se chama,no jargao dos mvestigadores, de COTI-

luio. Os empresarios que vivem de

obra publica e reiinem e acertam

quem f i ca ra com cada urna das obras

rocadas pelo govemo. rn nao invade

o rerritorio do outre e todos ficam sa-

tisfeitc . Nesse tipo de acordo, varias

empresas entram em uma licitacao

para "tazer nnmero' . Mas apenas uma

oterece urn preco urn pouco abaixo do

ieto das tabelas, Toda a s d ema is e xtr a-polam os valore . a conrabiJidade

dos ratos da c orru p cao , rn ais vale tocarlima tinica obra com "tabela cheia'' do

que c on segu ir varies c ontrato s com

margem de lucro apertada. 0 peritoe nf ile ir am uma r ela ca o de mais de umadezena de obras publ icas em que teo-ricamenre houve lic itac ao, rna apropostas vencedoras, como no caso

da orte-Sul, ofereciam menos de 1%

de desconto em relacao ao teto das [3-

belas. "Quando nao .

exi re competirrvida-de no certame Iicita-

rorio e 0 vencedor

oferece desconto irri-

orio em retacao ao

orcamento de referen-

cia, b a uma con ide-

ra el margem legali-

zada para superfatu-

rarnento", diz 0 rela-

rorio da PF.

Para os investiga-

cores, e dessa mar-

gem que as empreirei-

C o n s t r u ~ oT r i b u n a l

F e d e r a l ,

L i c i t a ~ a o

8 6 m i l h i i00 1 8% d o t o ta l2418DEJU rnO.20I1 I veja

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ras retiram os m ilhoes de reais q uedoam aos p artidos p olrtic os a c ad aeleicao. Nao er a facil entender comoas emp re sas d es ses ram os con segui amop erar c om boa m argem de luc re, den-ITO do lim ite leg al, e ain da de sp ejar rn i-

Ihoes de reai nas maos do s po l it ico s ." A m ar gem oculta de negociacao mui-tas v ez es e utilizada p a ra m an te r orga-nizacoes c rirn in osas' c rav a 0 relatorlodo s pe r it os .

Falar em o rg an iz ac ao c rim in os aaq ui nao e forca de ex p ressa o. D e p ois

de ler os relat6rios da PF, 0MinisrerioPUb l ico Federal abriu u rn novo inque-rito p O T su sp eita de q ue as empresasteriarn c oop tado p essoas das eq uip esque form ulam as tabelas oficiais de

p recos p ara inflar as cotacoes. Nos 1 . ' 1 1 -

times meses, a descobertas da PF to -ram c om p arrilhadas c om 0 MinisterioP u bli c o F ede ra l, 0Tribunal de Conta ,a C ontroladoria-G eral da U niao e a S e-c retaria de D iretto E conom ic o, ligadaao Ministerio da Justica. 0 governo jafoi infon nado do desc alabro, m as, at e

ag ora, n ao e sb oc ou reacao, Ja as em -

S u p e r f a t u r a m e n to

1 0 m i l h i i e s d e reas,o u 2 5 % d o t o t a l

p reiteiras se m exeram rap ido: antesq ue 0 trab alho d a PF e a investigacaodo MP resu ltem em qualquer rnedida

q ue venha a ferir seu s interesses, elasd e ram ini ti o a urn lobby fre netic o p ara

reajustar os val ores do Sinap i e do Si-

era. Sun, querern subir ainda mais osja i nf J. ado s va lo re s d e refer en c i a.Uma montanha de v er ba s p u b lic a s

esta prestes a ser despejada n as ob ra sdestinadas a Cop a do M undo de 2014.Pelos calculos da PF. dos 24 bilhoes der ea is q u e serao ga stos n o M u nd ia l, 5 bi-lhoes ao m enos podem ir p elo ralo dac orru pc ao c om a p rov idenc ial aju da dastab elas d e re fe re nc ia. 0 ob je tiv o do s ra -tos d a c o rru p c ao e roer 0 dinheiro pu-blico sem deixar ra rros. 0 d o g ov er nodeve ser exterm ina-Ios - e ac abar de

uma vez p or todas c om essa farra . _

veja Is DEJUNHO. 2011 I 12 5

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CorrUPG30 a.

APER T EM O S CIN T O S ,

o DIN H EIR O S U M IUUma inve stig ac a o da

Polie ia Fed era l e omp rov a:n un c a se su p erfatu routanto n a In fraero q u antono governo L ula

OS ratos da c orru p cao in festama rnaior p arte d as rep artic oesdo go vem o. M as, em algumas .ele s re in am . E 0c a so d a I nf ra e-

ro , a estaral q u e d ev er ia c u id ar d os aero-p ortos brasileiros e q ue. ao longo c osanos, se transform ou num a m aq uinade de viar dinheiro p ublic o. E ssa foi aconclusao a que chegou a Policia Fede-

Tal (PF). Ios ulrimos dois anos, p eri-to s do 6Tg~O d ebru caram -se so bre u map ilh a d e c on tratos assin ad os e ntre a e s-

tarat e em p reiteira c ham adas p ara rea-

Iizar trabalhos de reform a e cousrru-c ,:ao em dez dos maiores aeroponosbrasileiros. A analise minuciosa des-se s documentos, aliada a r ig or os a v is -toria de c ada obra, p rodu ziu u rn relaro-rio esp antoso . q ue ac aba de ser entre-gue ao Ministerio P ub lic o P ed eral.N eJe, os p eritos atirm am q ue, dos 4 .2bilhoes de rears invesndos nos aero-p o rto s e nr re 1999 e 2007, for arn t unga-dos ao m enos 891 rnilhoes de reais. ou2 1% d o toral-> - d in he iro su fic ieru e p a-

A F A R R A N A I N F R A E R O • • .P erito s d a P olic ia F ed era l

e sq ua d rin ha ra m c on tr ato s

fe ito s pa ra a re fo rm a de

' "de rae ropo r tns -b ras t l e i r os

en tre 1999 e 2{)07 .

o le va nta m en to m o stra

e m d eta lh es q ua nto

fo i d es via do d os c ofre s

ptibllcos e quais grupos

e m pre sa tia is fu ra m

bene f i c i ados

T o t a l d e s

cootratos

d a I t t f r a e r o

a n a I i s a d o s

pelaPf

4 ,2b U h o e s

d e r ea is "

126 I 8DEm IRO.2011 I veja

GOLPE VELHO No Aeropono

de Viloria, as empreiteiras so t iveram

d e in fla r a s g as to - c om te rra ple na ge m

para ganhar WJW boiada

ra por de p e urn ernp reendlm ento do

p one do terc eiro term inal de Guaru -Inos, u ma das m ai: u rgentes obras ae-roviarias em c urso no p ais. O s auroresdo relatorio destac am q ue a c ifra nao euma estim ativa, m a urn valor q ue

- - V a l o r

~891m i l h O e s

d e re a is ,

o u 2 1 %

c om p rov adam en re dec olou dos cofresda lnfraero rum o a bolsos esc usos p orm eio de falc atru a diversas.

A lgum as delas deixararn rastrosbem visiveis. Quem passa pela sala de

em barq ue do Santos D um ont, no R io ,p or exem plo , nao im agina q ue a c ober-ru ra de vidros azu lados do novo c o-nec tor de p assageiros deu ensejo a urngo lp e m ilio na rio. P elos re rm os da lic i-ta~ao da obra os vidros dev riam ser

• . • E Q U E M S E O E U B E M

' t t ! i ' H t J l ODEBREC

Empreiteira

Valor recebidoda tnfraero

- que lena sido

superfaturado

2 2 7m i l h O e s

dereais

1 5 9m a h o e s

de r e a i s

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Bvia

,

~G a tvao ~

7 0 J5 7 2 ,6 7 2 , 6 4 4 , 2 4 3 , 6 3 3 , 4 3 2 , 6 3 2 , 6 .m ~ b O e s m i l h O e s m i l h o e s m i l h i i e s m i l b O e s m i ! h o e s m i l h i i e s m i l h i i e s

d e r e a i s d e r e a i s d e r e a is d e r e a is d e r e a i s d e r e a i s d e r e a i s d e r e a i s

• lodes os valores foram a t na li za d os p e la Po lf ci a Fe d er al ate l e ve re ir o d e 2011, de aeoroo com a va ri a ", o d. t a x a Se li c, p a ra emba sa r f u tu r as a<;6es de ressarementc a o s c o lr es plibl icos Fon te : Policia Federal

veja I 8 DE JUNtiO. 2011 I 127

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C orrup£ao _

plano. e custar 3 milhoes de reais. 0

enranto, a PF descobriu que, depots de

o contraio ser a inado. a Infraero p er-mitiu que as empreiteiras Odebrecht,

carioca e Construcap fracas em 0, v i-dros planes p or curvos. Com a altera-

cao, 0 preco foi reajustado para 0 mi-Ihoe d reais - dez eze 0 original.

Urn acinte, Mas Urn acinte com vemiz

lega1. Ele est a arnparado pela as inatu-ra de um "termo adirivo" - instru-

memo que serve para fazer pequenos

ajuste em obras j e t 1iciradas, rna que ,

frequemememe, como no caso do San-tos Dumont, e u ado para driblar as

regra e encarecer 0 projeto. Em Vito-

ria, 00E pinto Santo. os poticiais coo-

clutrarn que a ernpreiteira: Camargo

Correa. Mendes Junior e Estacon, COIl-tratada para ampliar 0 Aeroporro da

c ap ital. mbolsaram mai de 15 mi-Ihoes de reais II ando, enrr ourras coi-

as, 0 velho truque de inflar artificial-

mente a quamidade de barro e areia

m ovim eruados na terrap lenagern. EmSao Paulo, no Aeroporto d Congo-

nhas, a empreireiras OAS, Camargo

Correa e G alvao venc eram Ulna con-correncia para erguer quatro novos fin-

gers, as pontes fixas u sa das p ara 0 ern-barque e d es emba rq u e d os a vio es . Pelo

trabalho, cobrararn (e receberam) dalnfraero a tabula de 8 8 milhces de

reai . Ma , diante da farra gen rariza-

da, nern ao menos e deram ao traba-1ho de levar a cabo a empreitada. Para

isso, subcontratararn outra empresa, a

Brafer, e pagaram a ela 2,2 milhoes de

reai - 0 real valor do projero.

Entre as c all a que levaram a In-

fraero a se transtorm ar num hangar de

corruptos e ta a decisao do PT de lo-

rear politicamente 0 orgao. Em 2003,

para conternplar a COla" do PTB par-

tido aliado, 0 governo entregou a presi-denc ia da estatal aCado' Wilson.

Morro em 2009, ele era urn politico

sem nenhuma exp erienc ia na area. D erodos 0 contrato: nos quais a PF en-

c ontrou p rovas de superfaturamento,

apena urn nao foi fechado no perfodo

em que Wilson (que maio tarde e 11

Iiou ao PT) esreve a freme da Infraero.

A presidente Dilma Rousseff diz que

pretence enrregar 0 comando da esra -

tal 11niciativa privada. Sera a melberforma de dederiza-Ia. _

FERNANDO MELLO

128ISD£JUNHO,20111 veja

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A arte datriangula~ao•.•

. . . faz 0 Barcelondom inar a possde bolaem pre qu e u m

jo ga d or d o B a rc elo n a

tem a bo la nos pes ,

h a d u as a lt er na tiv as

c la ra s d e p as se p ara

envo lve r 0 adversa r io .

A s j og ad as s ao

exaus t ivamen te

t re inadas

o d es en ho d a tro ca d e

p a ss e s e n tr e o s jo g a do

d o B arc elo na n a fin al d

U g a d os C am p eo es c on

o M a nc he ste r c om p ro va

o a s su s ta d o r d om fn io

d a e qu ip e c ata la

l30 18 DEJUNHO, 201 1 I veja

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II/IItI

L I A O D EG E O M E T R I Ao Barcelona d o tre in ad or P ep Gu a rd io laensina como 0 futebol pod e ter umaa b o r d a g e m matematic a ~ des de q u e genies

COlTIO Lion el M essi term in em a o b ra

FABIO A .LTMAN E G IA NC ARLO L£P IA NI , DE LONDRES

S AN TO DE CAS A

A ttrada do tecnico

Guardiola, cr ia

das bases do

Barcelona:

"S em a b ola , m eu

lime e muito rulm"

esde sem pre, todas as atividades hum anasq ue p ressup ocm destoc am ento no temp o en o esp ac o b eb eram d a g eometria, A falan ge,a form ac ao de infantana c errada da G rec ia. antiga, de desenho retangular, avancavac om p re cis ao m atema tic a. A leg iao , a p rin -

c ipa l divisao militar do Imperio Romano, gue variava de

1000 a 8000 nomens, lutava ancorada em reo remas . No fu-

t ebo l, de scobre - se agora c om 0 su p errim e d o Barcelona, naoe difereme. Ao veneer 0 Manc h es te r U n ite d por 3 a 1, nosabado pas ado, no Estadio de Wembley, em Londres, a

eq uip e c arats c onq uistou a L iga dos C am peoes da Europ a e.p ara os q ue nao gostam de fu tebol, o ferec eu u ma magnificae didatica aula dos e ns in am en ro s d e Euclides. Por meio de

rriangulacoes repetidas it e xa us ta o, s emp re c om os mesmosjogadores (veja 0 quadro abaixo), recurso pelo qual urn

arleta coro a bola no s pe rem se rn p re o utro s dois para trocarpasses , 0 Barc a d om in ou c o rn p le tame nte 0 a dv ers ario . D u -ranre 63% do rempo teve 0 controle da bola. Foram 7 73 p as -ses, dos q uais ~9 2 acertados, c om taxa de suc esso de 89%

veja 1 8 D E JU NHO _ 20) I I 13l

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OS PAIS DO FU TEB OL M ODER NO

RilZlIS Michels e Johan Crusff, os pilate

do ca rro sse i h otan de s d a C op a d e ]9 74.

le v ar am s ua filo so fia d e futebol aCatalunha, e ali elaficou impregnada

- o M anc hester, p ara efeito de c om pa-

r acao, consegu iu apenas 350, c om 280

ac ertos. Um nn ic o barc elonista, X av i,fo i resp onsavel p or 148 roq ue bern-

su cedidos. 0 S an to de N eym ar, a m e-

lh or e q u ip e b ra si le ir a da a tu a lid ad e, n aprimeira partida pela semifinal da Li-

b er ta do re s, c o n tr a 0 p arag ua io C erroP orteno , troc ou ap en as 315 p asses.

As esr anst icas , no t ut eb ol, sobreru-

do as n egativas, q uase sem p re sao des-m en tid as p e r lances d e c ra q ue s g en ia is,

q ue tu do re so lv em n um arimo de segun-do - no c aso do Barc elona, 0 argentinoL io ne l M ess i en tra em cena , sern q ue sesaiba p ara que lado vai driblar, paracomprovar as e tau stic as. E 0 cartesia-nism o da rnatem atic a assoc iado a im -

p rovisac ao do drible. Soa inexoravelq ue, ao fun de m in ute s n os q u ais 0Bar-c elona toea a bo la c om rirmo de info-nia - em toda a temporada 201012011a media e de inacreditaveis 68% dotempocom mando do jogo -, Messi

ap arec a p ara dec idir, C om o a p onta deu ma Janc a, ele ou algu m ou tro jogadorm en os h ab ilid os o, c omo 0 a ra c an re P e-dro. 0 treinador Pep Guardiola rem arec eita. "S em a bola, m eu tim e e muuoruim, de astroso" , diz . "Prec isam os dab ola ." A s olu c a o, p o rta nto , e n ao p e rd e-

l a o 0 fu tebol do Barc elona rem a abor-

dagem do' basq uete, es-porte 110 q u al s uc e ss iv ase rapidfssirnas trocas de

passes abrem esp ac o p arao arremesso dec isive 'aupara a p e ne tra c ao d eb aix oda c esra. S egu ndo 0 cro-n isra c a ra la o An to n Ma riaEspada le r , 0 jogo do B ar-c elona p ressu p oe q ue atorcida 0 acompanhe emsilen cio , c om o a u ma p ar-rida de xadrez. atenta a smoviruentac oes mu lto

m ais q ue as firu las d esne-c es sa ria s. " Te r a bola sig-nifica controlar 0 rempo" ,

afirm a E sp ada ler, Jog am

p or m usic a. como ensinao barido chavao - e fa-zem ressoar urn cementa -

ri o mirico d o r ro rn p etista M ile s Davis ,p ara q uem nnisic a era tem po, tem po deac ele rar, te mp o d e ir mais I en tament e,t empo d e p a ra r, T em p o e sse que , no fu -tebol, 56 os grandes p ossuem . O u , nadefinicao classica de Johan Crnyff, 0

c raq u e h ola nd e do s anos 70 e dep oistreinador do Barce lona, "0 fu re bo l e u rn

jogo para. se r jogado c om a cabeca" .Cruyff , alias, esta na origem das

q u alida de s d a a tu al e qu ip e do B arc elo -na. Inic ia lmente , como jogador, de 19 73a 1 97 8. 1e va do p e lo tr ein ad or R in us Mi-c hels, e dep ots ele m esm o c om o tecni-c o , na p rimeira rnetade dos anos 90.M ic hels fo i 0 c riad or d o m ag istra l c ar-rosseI holandes de 1974, a selecao co-

ma n d a d a em c ampo p o r Cruyff q uepreconizava 0 c hamad o fu te bo l tota l -rnarcacao sob p res sao, jo ga do re s se rnp osic ao fix a, a incansavel busc a p ar es-

paces nao oc up ados do gramado. 0B arc elon a de 1 99 2, dirig ido p or Cruyff

- c om Guardiola, Ronald K oeman eM ic hael Laudrup - , ap elidado de"D ream T eam ", tinha a heranc a geneti-c a da Rolanda. A p artir daq uele mo-m ento , e m esm o q uando era jogador,C ru yff c riou esc ola u a C atalu nha, lu garonde 0 nacionalismo faz g osta r, e mui-to, d o q u e b rota genuinameme ali. Jogarno Barc elona, c ostum a dizer Cruyff,

im po e enx er ga r 0 fu te bo l d e d ois m od esao m esrn o tem p o: " Se voce ataca, e po r -q ue abriu esp ac o n a defesa, e, se esta n adefesa, M esp ac os para atacar". 0 arual

t ime , comandado pOI Guard io la , d e ixou

E\ lOLU·e ioN A · P R A N O H E T A.

132 I SDEJUNHO.2011 I veja

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nn : Jacksontinha.a sell lado

Michael Jordan,

o m aier de todos.cacado pelos

difensores. Um

novo modo de

atacar liberou

o camisa 23 do

Chicago Bulls

para brilhur

A d u pla a pe rfe ivo ou u m s is te ma

de fen s ive lan cado de cada s an tes no ba s-

quete un lve rs tta r io , m as que tinh a s ido

a ba nc lon ad o. Eta a o f e n S iva em tria ng ulo ,

a te b o je u tiliza da . Sua f i loso f ia ; acha r a

m ane ira m ais s im p le s de a ta ea r a de fe sa

abr iAdo i numeras po ss ib ilida des d e

passe (veja 0 quatJ ro ao tsdo) .

o t r i angu lo e fo rm ado po r u r n d os p iva s,

p O T u rn do s a las B pe lo a rm ado r. A pa rtir

d a pos i~ ao do s ad ve rsa rie s n a de fe -

sa , da -se a rno virn en ta cao do a ta que ,

e nvo lvendo to dos os c in co jogaooresn a q ua dra . No caso de Michae l Jo rd an ,

trn tava -se de ab rir b re chas pa ra que

€Ie pene tras se no ga rra fac sem rna rca -

~o in tensa . Com 0 tr ia ngu lo - a le r n

de Jo rdan , Sco tt ie P ip pen e D enn is

Rodm an -, o Ch ica go Bu lls fo i s e is ve ze s

cam peao da NBA. D epo is , Jackson levou

suas id e ias ao Lo s Ange les Lake rs , e la

se to ra rn ou tro s c inco titu los de en fiad a ,

com Shaqu ille O 'Nea l, K obe -B ryan t e

Pall Gaso l - to do s auxi t iades p ela s p re ci-

sas a no tacoe s d e p ra nche ta .

o trian gulo n o b asq ueteEm 1989, Ph il Jackson e seu ass is ten te , Te x W in te r, c ria ram um sis tem a

o fe ns ivo que dom in ou a NBA du ran te o s anos 1990 e 2000 , com se is tftu lo s

do Ch icago B u lls e c inco do Lo s Ange les Lake rs

3

3

Primeira op~aoA p ri m e ir a

a lte rn ativ a d e

passe do [ogador 1

e 0 jo g a d o r 2 , na

a la d ire ita , an tes de

c or re r p ara 0 f undo

d a q u ad ra 'p a ra

fo rmar 0 t r i angu lo

com 0 j o g a d o r 2

eo j o g a d o r 4

Segunda op~aoD epo is d e le r a posicao

d a d efe sa acversana,

e pe rcebe r q ue e

i rn p o ss iv e l a va n ca r pela

a la d ir e it a, 0 [ o g a d o r .1

recua a bo la pa ra 0

j o g a d o r 3, de f l ag rando

u rn o utro ca rn i nho de

a taque . 0 j o g a d o r 3

passa a bo la pa ra 0

[ogador 5 a esque rda ,

m o nta nd o u rn tria ng ulon o c an to e sq ue rd o

Deslocamento

a esquerdaA rn ed ida qu e

o jo gado r 1 avan ca

pa ra 0 fu ndo da

quad ra , 0 jo g a d o r 4

(0 p iv a) p re ss io n a

o s adversar ies de

m odo a ab r ir espaco

pa ra 0 j o g a d o r 2

o triangulo f o rmad o

o jo g a d o r 2 corre

p a ra deba ixo da ce s ta ,

fo rm ando com 0

jo g a d o r 1 e 0 j o g a d o r

5 um t ri an g u lo ,

m uitip lica nd o a

p os sib ilid ad e d e

passes

veja I 8 DE nrsao. 2011 I 13 3

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A S U R PR ES A DE 1974

A blitzkrieg dos liolandeses impedia que

o adversarios ( na fo ro 0 a lemao Vogr s,

n a fin a! c ta C op a) s e r ec on ip us es se m . N iio

havia espaco no campo em um laranja

d buscar todo 0 buracos frenetica-

m e n te c orre nd o c om o os ho landese de1974 - c onq uista-o fazendo a bolacorrer. Corter em cima de trianguto

imaginaries, a esp era de um erro do ad-ver ario. "E um c arrossel de passes",resume 0 escoce Al ex Fe rg us on , trei-

nado r d o dan che s r r.

Urn treino do B arc elon a e comou ma a ula de geome t r i a c om suor ( rnu i -

to) ob a batuta de urn professor intell-

g en re , rig oro so e c om p an he iro . " Sa fm oc an sados, [sic a e m entalm ente" , dis e aVEJA 0 lateral brasileiro Adriano, re -

c n rem en te c on tratad o do Sevi ll a. "Re-pet imos as jogadas a exau tao, triangu-lando, c om orienrac oe p rec isas doGuardiola." Em urn do rreinamentorna is comuns , 0 re cn ic o m e n ta dois ti-mes. Xavi e Iniesta, 0 a rrn ad ore s d emaier habilidade, v e tern colete e er-

v er n d e curinga para 0 dois lados. aoM uaves. 0 objetivo e rou bar a bola do

adversario. Nao ao aurorizados rnaiq ue tres to qu e n a bola, a v ez es d oi s,a s v ez es urn. T udo m ulto rapido, 0 go -Ieiros tam bem aru am na linha. "E q uem

p erde a bo la tern d e lu tar p ara rec up era-

la", d iz Ad r iano. "Depois , basta reperirrudo isso no jogo . "

Parece sim ple: - e e, desde q ue se-g u id o r eg iamen te . P ar a 0 b ra si le iro Ca r-lo s Alberto Parreira atavico admirador

do roq ue de bola, 0 p rin cip io s ta ric os

do Barc elona ao tao rfgido q ue p rati-

c amenre nao ha e pace para 0 erro."E le s c ons eguem 0 maximo de qualida-de e eficiencia, sernpre no c ampo dadversario", diz Parreira. N a p artidacontra 0 M anc hester, ap enas ] ~% do sp asse s d o B arc elon a o eorreram d o meiode c amp o p ara rra .' a o se t rara ape-na da arte de triangu lar e a p artir datriangu lac ao ter a bola nos p e ", dizParreira, "0 B arc elona [em uma floso-fia, e dela nao ai,"

N a A cadem ia de F uteool L a M asia,da s divisoe de base, onde surgiram.

entre ou tre M essi e Xavi, os ensina-memos q ue nasceram c orn M ic hel,ere c erarn c om C ru yff e se ap erfeic oa-ram c om G uardiola sao 0 santo graal aser alcancado. Se no Santos de Pele 0

jogadores sonnam em ser arac ames -o q u e talv ez ju stifiq u e 0 brorar de no-mes como Robiuho e r eyrnar - no

Barcelona a a rnb i > ao e 0 m eio de c am-p o, e a c abec a ergu ida em bu c a doc orn p an he iro de e qu ip e. D i sse 0 meio-c amp is ia X av i, quando Thepediram q ueresumisse 0 tu tebol do Barc elona:

"Pen se rap idam em e, p roc ure espacos.

E 0 q ue taco: busco esp ac o . Aq uI a u . Ali? ao . E c omo estar nuPlayxration. Vejo o nd e esrao 0 adves ario s, e nCOD t IO as brecnas e t oco ''.

o carninho para WembJey multo

torc edores v e tiam 0 u n if orme la :r an

d o Bar c elo na na final de 1992, quand

C ru yff era 0 tecnico. Jogadore c omX avi c om ec ararn a se r form ados nas ctegorias de ba e do c lube naquela epc a. Xavi fo i proibido pelos pai de ir

L ondres p ara a dec isao de 1992. TinhJ2 anos. Na . em ana pass ada, an te

final, e le c on ro u 0 q ue ouviu durante

primeira ida aos campo da ba e dBarc a, aos 10 ano : "M eu tecnic o ill'V eja c om o G ua rdio la jog a. Ele t pefeiro na posicao dele, q u e e a ua p o<;M tambem. E eJe estava c erro. Se Peainda est iv ss e jo g an d o, e s ta ria a c rem

d e to do s nes ta e q uip e ". No Ba rc e lo nad ado c om o certo q ue Xavi, de 3l anasera t ec ruco da eq uip e p rinc ip al no fruro. "0B are lona e um a e sc o la criadpor Cruyff, e ell rive 0 privilegio deu rn d e se us a lu no s," 0Ba rc e lo na ma lmatic o e emp o lg an re de 2011 e um dg r a nde s tim e de ro do s o s t empo p ron

[0 p a ra a p ar ec e r n uma galena nob r

la do do R eal Iadrid de D i Stefano. nanos 50; do Santo de Pele, no. ano

60; e do A jax do p r6p rio Cruyff, na110S 70. 0 q ue 0 faz diferente e a c ien

c ia a an rec ip ar a an e.

134 I 8 DEJ !!HO.2011 I veja

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Z O O M N A IM AG EM DA H OP S -68 c ap ta da p elo te le sc op ic S pitz er (ao alto)

e re pre se nta ca o a rtis tica d os m in erio s cri ta lin o 11 0 cosmo

CH U VA DE

CRISTALNAS

ESTRELASUrn e petaculo istop ela p rim ira vezajuda a entender afo rmac ao dos comeras

rroff ic o ligado a a a.ag en cia e p ac ial americana .niver iclade de Toledo. e

O hio. fiagraram urn ripoc hu va c osrn ic a q ue aju da.a exp lic arconstituicao des cometasCom a aju. de imasen do lei copio Spitzer. eregistraram uma c hu va de c ri tai aodor de LUna estrela em formacaoHOP S-6 8. lo cal i zad a a 13 50 ano - lu zdi '(aucia da Terra. na c onstelac ao

Or ion . A urp re 'a fo i tdenu ftc ar nechuva pedacos de olivina, mineral q

rem c om o ba 'e m agnesio e ferro.

A o liv in a e urn material cornum

Terra - e ta p re en te em rochas vulc

nic as. na ar ia d s p raias e no ocean- e t ambem e ob . ervada no comeras.

desc oberta de q ue ela se enc onua ao

d or d e e srre la s a in da e m fo rm a ca o e initada. Para e c on .tiru ir, 0 mineri p

c isa de lim a tem peratu ra de 700 grau

Mas ele foi nc ontrado nu ma reziao

re do r do jo em asuo em q ue a tempermra m ax im a e d e 1 70 g rau s n egativ eO s p e sq u is ad or es d ed u zir am q ue a o lina e form ou num loc al p roxim o a estrJ a antes de alc anc ar a regiao m ais fonce fo i o bserv ad a. A d esc ob erta aju da

en ten der c omo a oliv in a p e d e er enetrada em comeras. q ue sao trio e n

p ossu em arividade vu lc anic a q ue pbilite a form ac ao des e tip o d e r ni ne r

A hipotese e que ela sc projeta no c

m eras c riados ao redor de estrela etormac ao e. c ep oi , .e c ongela emsu p erffc ie. D i z 0 astrotfsico RoberDias da Co ta. da Univer sic la de d S

PauJo: "Par a 0 leigo. 0 fe nomeno p ro d

beJas im agen '. P ara 0. c ien tista , e maum a p ista de c om o a estrelas e o s s ismas p lanetarios se r onnaram".

RUPE VIUC

14 0 I 8 D E IU NH O . 20 1 r I veja

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S a n d e

#IIIItI

N 30, A LIN H AN AO CAIUUrn relatorio da Otganizacao Mundial de Sandeq u e asso c ia 0 U 0 de c elu lar ao su rgim ento dec anc er c erebral m ais c onfunde do q ue exp lic a---------------, /

LAURA MINGi'" false. A o incluir a s ondas e le tr omagne-

rieas de baixa fr eq u en c ia (e rn itid as p o r

celulares, computadores e fornos demic r o- on da s, e ntr e o u tr os ) na lis ta d o'a gent es " p o ss ivelmente " e anc er fg enosa OMS nao fez nada alern de reafirm ar

o q ue se sabe ate agora - on rnelhor, 0q ue nao se abe. D epots de analisar

u ma c entena de esru dos sob re 0 assun-to, lim painel de 31 especialistas, de

catorze pafses, chegou a conclusao de

q ue as ev idenc ias da carc inogenic idade(capacidade de causar cancer) docelu-lar em sores human os sao, na ve rdade,in su fic ie nte s e p a ra doxa is .

Os dois prmcipais tipos de ondaselerromagnericas sa o as de baixa fre-

Ap rin ctp io , a ad ven en cia sooubo rnbas ti c a. Pe la p r ime ir a Vel,

a O rganizac ao M undial deSaude (OMS), por intermedin

d a A g en c ia I nte rn ac io na l p a ra P es q uis asobre Cance r (Tare), asscciou 0 usc dotelefone celulara um aumento no risco

d e a p ar ec ime nto de t umores c e reb ra is ,especia lmente 0 g lioma . C om a c han ce-Ia de um orgao c om 0 peso da O MS, ap olem ic a em rorno do s p ossiv eis dan os

a s an de p ro vo c ad os p e lo c elu la r p a re c iater c hc gado ao tim , c om o u rn pesadelo

para o s b ilh oe s de usuaries desse tip ode ap arelho ao redor do m undo. A larm e

Escala de riscoA O rg an lz ac ao M un dia l d e Sa iid e c la ss ific a 43 2 a ge nte s c om o c an ce rfg en os

· ou p ote nc ia lm e nte e an ce rfg en os . E le s e sta o d iv id id os e m tres grupos ,

con fo rme 0 pe r i go q u e o fe re c em

A G E NT E S C AN C ER IG E N OS

O S 107 agen tes dessa categor ia

estao comprovadamen te

a s s oc ia d o s a o d e s en v olv ime n tode cance r :

• B eb id asa lco61icas .., .

• T ab aco

• Radia~aouHravio leta

• V irus eta h ep atite B

• V irus da hep atite C

Anabol izantes

• R esidu os d ore fin am e nto d e p etr6 le o

• C om postos de chum bo

• P olu en te s e mitid osp e lo s m o to re s

a diesel

142 I s DE JUNHO. 2011 I veja,

InconclusivoA m eto do lo gia e o s re su lta do s do

Interphone,o ma io r - e s tudo sab re

a r ela «;a o e n tr e c e lu la r e tu m o re s

c ere bra is , d iv ulg ad o e m m a io

de 2010

Coordena~ao: Agenc iaIn te rn a cio n al p a ra P es qu is a

s ob re C an ce r (Ia rc ), d a OMS

Numero d e vonmta r i o s :5 117 h om e ns e m u lh ere s,

d e tre ze p ars es

Per lodo: de 2000 a 2004

. M e t o d a : q u e st io n a rlo s s o b re

o usa de ce l u l a r n os d eza n o s a n te r io re s

R E S U L T A D O S P A R A D O X A IS

• Aum en to de 40 % n o ris co

de g liom a no grupo q ue u so u 0

ce lu la r m eta h ora p ar d ia au m ais

ao lo ngo de dez anos

• Redu~ao de 20% n o r is co

de tum or no grupo dos usuar ios

m o de ra do s d e ce l u l a r (m eno s d e

m e ia h ora p or d ia l e m c orn pa ra ca

a s p esso as qu e nao t inham

o cos tum e de usa r 0 apare lho

A G EN T ES P R OV AV EL ME NT E C AN CE RIG E NO

Nessa ca tegona es tao 59 agentes com

e vid en cia s lim ita da s d e q ue p os sa m

p ro vo ca r c an ce r e m s ere s h um a no s,m a s q ue a pre se nta m p ro va s s ufic ie nte s

d e se r cau sa de tu more s e m a nim ais

de l a bo ra t6 ri o

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O n d a s eletromagneficasd e b aix a fr eq u en c ia( c el u la r , c om p u t a d o r e f o m o d e m i cr o -o nd a s)

C afe .

Gasol ina

P i lu l as a n t ic o n c e p c io n a is

a b as e d e p ro g es te ro n a

V eg eta is e m c on se rv a

A G EN T ES P OS S IV EL ME NT E C AN CE R IG E NO S

S a o 2 66 ag en te s q ue a pr es en ta m e vid en cia s Iim ita da s

d e re la ca o c om 0 c an ce r e m s er es h um a no s

e cu ja s p ro va s d e q ue se ja m ca usa de tu mo re ss ao in su fic ie nte s a te e m a nim a ls d e la bo ra t6 rio

qu en c ia e de a lta fre q u en c ia . 0 ereitoa fa u lr irn a s ob re 0 o r g an i smo j < 1 fo -

ram bem d efin i.d o . Enconrrada na ra-d.iac;,:aoultraviolera enos ap arelho s d eraio X, ela c onseg uem romper a mem-brana c elu lar e lesionar a sua estrutura

genetica, 0 q ue aurnenra a po .ibilidadede ocorrencia d e c anc er. ao M, no en -t an to , n enhuma p i ia de co mo as onda

le trom ag neu ca de baixa f r equenc ia

p oderiam c om prom eter a sauc e hum a-na, Om dos pouco trabalhos a definir

como elas p odem alterar 0 funciona-m em o do ee l ' bro fo i c on du zid o PO Tm edic os dos Instiru tos N ac ionais d e

au de dos E tac o Unidos, as p re li-

gio 0 NIH, e divulgado em f vereiro

pa ado . A o ac om p anh arem 47 volun-

tarios, eles notararn q ue, dep ois de c in-

q ue nr a m in ute s Ialando ao ap arelho c e-lu lar, uma p e so a a presen ta u rn c resc i-

m em o do c onsum o de g lic ose n os neu -ro nio s. E m o urra p a lavra s, mosrr a um a

rnaior atividade cerebral . E 0 qu e is 0

ignifica? 'ada. 0 neurologisra paul i [a

Arthur Cukiert faz u rn resu me sensate:xistem 5 bilho es de c elu lares em op era-

cao no p lan eta (20 0 milhoe s n o Brasil);e les en tra ram p ara 0 c otidiano h a rn aid vinre ano ; s ao mani p u lados, em d i-

ver as inrensidade , p or homens e rnu -

lh er es , d as mai variada idades, em ia ehabitos de vida. onclu ao : se c au a -

sem c anc er no cerebro, era de p rarq ue houvesse um a ep idem ia d e unno-res. NTIo e 0 q ue se ve.

o trabalho para a . ociar 0 aumento

no casos de g l i oma a o c e lu la r e qua se

impossivel do ponro de ira rnetodolo-gico. 0 primeiro ob taculo retere- e abaixa incidencia de e upo de tumor.pesar d e se r 0 rnai co m um (e leral)

dos canceres cerebrais, ele acomereuma em c ada 25 000 p es oas. A lem di -

so . a rua lmen te . e d iff c il e nc o ntra r q u emnne use c elu lar - 0 q ue seria imp re -cindfvel p ara a rormacao d o c ham adogrup o de conrrole e, de a forma. e ta-

belecer a relacao de ca u sa e efeito.

"Daqui a uma decada era ainda rnai

cornpl icado achar pes oa que nlIo e -

rejam exp o ra ao c elu lar e, assim tal-

ve z nunca con. igamo estabelec er ar ea l r ela c ao enrre 0 U 0 do aparelhoe 0 apare irnento de c an cer", diz 0neurocienti fa Renate Sabbatini.

p r of es so r d a Un iv er sid ad e Estadual

de Ca rn p in a ( nic amp ). _

vela I DE JUNHO. 2011 I 14.

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Diplomacia

O T R I U N F O

LIBERALJose M aria A znar, q ue foi primeiro-rninistro da E sp anha, c om em ora a derrotasocialista nas eleicoes e defende Israel~

residente de honra do Partido Pop ular-(Pl'), Jose

Marfa Aznar ap osra em urn novo ciclo politico em

seu p ills. N as eleic oes regionais do tim de m aio, 0P P g an ho u em onze das t re z e r e gio e s a dm i nis tr a ti -

v as . P rem ie entre 1996 e 2004. q uando a Esp anha atingius ell a ug e economico. Aznar v iu a s p rin c ip a ls c on q uis ra sde sell go v ern o serem rev ertidas p ela c rise m un dial e p elo

governo de Jo se R od rig uez Z ap arero , d o P artid o S oc ialis-ta O p e ra n o E sp an ho l (PSOE). 0 desem prego, q ue em su ag e sta e fo i r ed u zid o de 20% para 10%, agora es ra em 22%.

A os 58 anos ele divide 0 tempo entre os quat ro news, se u

partido e a fu nd ac ao Am ig os d e I sr ae l, q u e re lin e p o litic o se in telec tuais do rnundo na defesa da esp ec ific idade da- e

..

q uele p als c omo a (mic a democ rac ia do O riente Medic . ~

D u ran te v isira a S ao Pau lo n a sem an a p assada, Azna r con- §

v erso u c om VE.TA. 3

E l E I C O E S D E M A IOAo votarem no PP, e nao no ssocialistas, o s e sp a nh6 is mos-

rraram nas urn as q ue q ueremuma mudanca p rofu nda n o p als.P en sam q u e a re sp o ns ab ilid ad e

p ela c rise q ue se abate sobre

eles e do governo e q ueremtro car o s q u e o s rep resen tam .Estamos diante de urn

n ov o p erfodo n a p ohtic aespanhola.

M A N I F E S T A ~ O E S D E ." I N D l C N A D O S "

A s p essoas q ue ac am p aram nasp rw ;as n ao se sen tiram rep resen -ta da s n es sa s e le ic oe s. A ta ca vam

o captratismo, 0 estado, as elei-c oes. S ao, em sm tese, c on tra 0

sistem a, E o tip o de coisa que

ate p ode ter c onseq uenc ias emparses c omo Tunis ia OU Egito.Nao na Esp anha, Som as urn p ais

desenvolv ido , e s tavel . S ere em

c ad a d ez esp anh ois p artic ip ararn

R e c o n h e c e r

a existencla

d e u rn estado

palestine na

O N U , e m

s e t e m b r o ,

s em ter 0c o n s e n t i m e n t o

d e Is ra el,

seria u r n

t rem endo

erro

d o u ltimo pleito. Eles esperamq ue os p roblem as n ac ion ais se-jam solucionados pelas vias de-

rn oc ra tic as, n ao c om b aru lh o.

Que rem ap rimor ar 0 s is tema d e-mo c ra ric o , n ao d es tru i- Io . P os i-

c io nar -s e c ont ra 0 s is tema n ao

lev a a n ad a.

C O M O S A I R D A C R I S EMeu pats r em u rn d .e semp re go

a la rma n r e, s o br er ud o entre os jo-

vens, Bnrao, a necessidade de

eriar op ortu nidades p ara as p es-soas e p remen te. O s esp an ho iss ab ern , p o r e xp er ie nc ia p ro p ria ,q ue medidas liberais e realistas

to rnad as d er am r es u lta do s muito

rnais p o sitiv os no p a ss ad o. Foi

no m eu govem o, entre 1996 e2004 , q ue a E s p an h a viveu su aera de m aior p rosp eridade. T e-m os, p ortanto, de rec up erar adisciplina no o rc amen ro , e vita n-do gastar m ills do q ue se pode . Epreciso liberalizar mais setores

ec on om ic os e p riv atiz ar o utras

ern presas p ublic us p ara v oltar ater a c om p etiriv id ad e in re rn ac io -

nal q ue ja tiv emos. S 6 assim

p o de remo s c ria r emp re go s.

A U S T E R I D A D E E P O P U L A R I D A D EM esm o segu rando os gastos go -vem am en tais, fu i reeleito em2000 p or uma am p la m aiorta.Com rig or fis cal, g an hamo s

com petinvidade e c riamos vagas

de rrabalho. Quando fui primei-

ro-ministro, 0 desemprego caiu

de . 20% p ara 1 0% . A go ra, estaem 22%. Esse e urn dado extre-

ma rn e n re i rn p o rt a nr e , facilmente

c om p reen dido p elas p essoas. Ngoverno soc ialista, os c ustos or-

c amen ta rio s s ubir am 30% ao

an o, os im p ostos foram eleva-

dos, 0 pan, pe rdeu co rnpe ti ti v i-

d ad e e o s em p reg os d es ap arec e-ram . Uma E sp anha onde traba-lham 1 8 m ilh oes de p essoas e

outra onde so 12 m ilhoes tern

esse d ireito sao d uas nacoes

c omp le tame nte d if ere nre s. Em

l44j8DEJUNHO.201J I veja

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q ual dos dois p aises voc e ac haq ue os esp anhois p referem viver,

naquele em q ue 0go v erno se or-gulha de dar au xtlio ao s d esem -p regados ou naq uele em q ue asp essoas (em rrab alho e rec ebem

u rn s alario men sal?

E S T A n o P A L E S T I N OReconhecer a existencia de urn

estado p alestino na O ND , em se-

rembro, sem ter 0 consentimeuto

de I srae l, c on sritu iria u rn tre-

mendo erro. D e s sa f orma , seria

a pro va do u rn e sta do q ue nao tern

fronteiras definidas e q ue seria

g ov ern ad o.em c on ju nto c omuma o rg an iz ac a o te rr or is ta , 0

Harnas, que ac aba de fazer um aalianca com 0 s ec u la r Fa rah.

U ma dec isao c om o essa Iegin-maria os terro ristas e, ao m esm otempo, tirana a credibilidade de

Is rae l, um a so cie da de d ern oc ra-tic a c om u rn governo q ue p restacontas ao povo e se submetc a

e le ic oe s. I sr ae l e a ilha unic a dee sta btlid ad e e d e p r os p er id ad eentre 0Marrocos eo Paquistao.

A s n eg oc iac oes d e p az , p ortan-to, devem ser fru to de urn dia-lo go en tre as d uas p a rte s e nvol-

vidas. N ao se p o de deixar de ou-

vir a sociedade israelense, repre-

E m q ua l

d o s dolsparses voce

acha que os

espauhols

preferem

viver, naquele

em q u e 0

g ove rn o s e

orgulha d e d a r

auxi l io aes q u e

perderam 0

emprego o unaquele em

que as pessoas

tern t raba lho

e re ce be m

urn salario

mensal?

s en tad a em s eu s g ov ern an res .C aso isso seja renegado , n ao h a-vera l ima solucao du r a dou r a .

o H A ~ 1 A St 0 M E S M ONao v ejo nenhuma razao paraacredirar que 0 Hamas esteja

mais moderado . E les c on rin uams endo uma o rg an iz ac ao terro ris taque busca aniquilar Israel e

exp an dir-se p elo p lan eta. A ulti-ma n ou cia q ue ouvi e q ue eles

·lam en raram p rofu ndamen te a

m orte do sau dita O s am a binLaden, a lfder d a r ed e te rr or ismAI Qaed a q u e p lan eja va atc nta-cos con tr a amer ic anos e ociden-ra is n o rn undo t odo .

C R I T I C A A O R E t A T I V I S M ODefendo os m eu s valores: liber-dade, democ ra c ia , pluralismo,

r ol er an c ia , i gu a ldade ent re assexes. Sem pre q ue riverm os ac han ce d e ino cu lar esses c onc ei-ros em outras regioes, devemos

a pro ve ita -I a. 0 m aier p ro blemapoHticodo mu n d o boje e a incer-teza sobre os p arses m uc ulm an osq u e atrav es sa ram re vo lu c oe s re -centes. E urn momenta d e pro-m essas e tam bem de grandes ris-c os, no q ual se deve agir c om de-

terrninacao. Nao sou relat ivista .

Madri: contra 0 sistem

A gora esta na m oda p edir per-dao pOl' q u alq u er c ois a. Quem,vez p or ou tra, assu me um a p o st

9110igual a minba remde nc ar

desculpando todos os dias. N ao

f ac o i ss o. Nao considero q uenossas id ei as s ej am equivalenres

a s d e o utr os patses O U sistemasc u ltu ra is . N os sas s oc ie dad es s amelh ores . N os so s v alo re s sa om e lh ore s. 0 p r in c ip a l p r ob lemad a E uro p a ho je e q ue 0 con t i n e nte esta p erdido em m eio a tantore la tiv is m o, O s e uro pe us hojen ao d efend ern seu s v alo res e n aentend em as am ea~ as q ue p od ems ep u lta -lo s. P elo c o ntr ar io , a c hoque devemos cetende-Ios e dis-

semina-los quanto puderrnos.

T E R R O R I S M Oo ETA , grupo sepa ra ri st a basconao renunciou as arm as. AMmdisso, nas i il timas e le ic oe s, r nu i-

to s d e s eu s r ep r es en ta nte s g an haram cargos p ar m eio de u ma o r-g an iz ac a o c h amad a B ild u. I nttl-trad es c en tro d o g ov ern o, e le s etao se em p enh arao em d estru ir ainstiruicoes d ern oc ra tic a , Foi urerro gravtssimo p erm itir isso.

DUOA TEIXEIR

14618DEJUNHO,';OII I veja

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OTAvlO CABRAL

ei s c befes de esrado q uep a rtic ip a ram d ir et amehte d aguerra mundial c ontra asd ro gas - e nel a I nves tl ramcenrenas de milhoes de do -

lares - adm item sem m eiasp alav ras : "E n-am os". E m d ep o im en ro sdiretos e c ontu nden tes, lideres do c om -te ao narcotrafico como E rnesto Z e-

d ille , q u e p re sid iu 0M exic o de 1994 a_000, C e ar Gaviria, presideme c ia Co-_-mbiaentre 1990 e 1994, eo am eric a-n o Jim Ko lb e, c o ng re ss is ta re p ub lic an o

n re d ura nte s eis a no s in te gro u 0 subco-m it8 da guerra a s d ro ga s, c o nc o rd am

q ue 0 resultado de s ua c ru za da fo i 1:n6-u o, q u an do n ao u rn eq u iv oc o. A polfti-c a d e to le ra nc ia z ero in stitu fd a n os tilti-m os q u arenta anos e liderada p elos Es-tados U nidos nao c onteve a p rodu cao,n ao im p ed iu 0 tra fic o n ern re du ziu 0

c onsu mo de entorp ec entes no rnu ndo."Pensar no c ombate as drogas comou ma g uerra da soc ied ade, c om o se hou -vesse p ara .ela um a solu c ao m ilitar, eenganoso". refle[e Rill C lin to n, p re si-

dem e dos E stados U nidos en tre 1993 e2 00 1. " E ten ho ex perien cia p esso al n is-so: rive u rn irm ao v ic iado em c oc afna,Hoje , muito d o q u e tiz fa ria d ifere nte",c om pleta C linton em um a das dec lara-

~ oe s ma is ir np a c ta nte s d o doc umenta rioQ u e b r a n d o 0 ' T abu ( Br as il, 2 0 1 I ), d es desexta-feira em c artaz no p ais. D irigido

p elo p au listan o F ern an do G ro stein A n-d r a de , Quebrando 0 Tabu n a o e um a p e-9a de p rop aganda nem um a ferram em ade p r os ellt is rn o. Ao c o n tr ar io , e u ma re-p ortag ern m in uc io sam en te ap u rad a no

.n

d ec orre r d e d ois an os c om 1 68 en trev is-tados - alguns do p orte dos m enc iona-

d os a cirn a e o urro s menos conhecidos,m as nao m en os c r eden c iado s. Lo cal iz a- ,

dos em dezoito c idades do m und o, esses

personagens, q ue in c lu em des de p remis s

e pol ic i a is ate pres idiarias e v ic iad os re a-bilitados, aju dam a c om p or 0 p a in e] q u eampara 0 argu menro p rop osto p elo do-cumentario: 0 d e q u e a d es c rim in aliz a-q ao absoluta do u su a ri o, s ej a de q ue dro-ga for, e a regulamentac ao do uso dam ac onha p odem ser c ru c iais p ara q ue-b ra r a c o rre nte c ad a v ez mais forte e de-vastadora do narcotrafico.

A utor do doc um entario sobre C ae-ta no V elo so Coracao v agabundo , An-

d ra de , 3 0, e um p ro fi ss ional r eq u i si ta dono meio d o c inem a publicitario. Entreos parrocinadores q u e c o la bo ra ra rn 110

orcamento de 3 milh5es de reais deQ u e b r a n d o 0 T a b u , a lia s, in c lu em - seu rn grande banc o, um a rnontadora decaminnoes e uma empresa de tclcfonia

:._ alem de L uc iano H uc k, m eio-irm aodo c in easra, q ue end ossa assim c om su aim ag em p os itiv a en tre 0 p ublic o a ini-c iativa de q ue se inic ie u rn debate sobre

uma ques tao tao grave, e q ue tantas vi-d as rem destrufdo, 0 p rin cip al c on du to rda narrativa de Quebrando 0 Tabu elima p erso nalid ad e d e p ro bid ad e in dis-p u tada - 0 e x- p re sid en te F e rn an doH en riq ue C ardoso (1995-2002) q uec o lo c a to do 0 seu c ap ital p ohttc o e ac a-dem ic o em defesa dessa lese. A o ladode A ndrade, FHC visitou c idades naEu rop a, Estados U nidos e America La-tina, c onhec eu c adeias e c entres de rea-b ilitac ao , freq u en to u p rac as e cafes on-de 0 llSO d e d ro ga s e lib er ad o e a na lis ou

.. S6q uem eburro tuio muda

de o pin uio dian tede fatos novos. Eu

nao t tnha consciencia

da g ra vid ad e de ssaquestao d a s d r og as edo que e ta sig nifica va

com o tenho ho je. E , noBrasil, a consciencia

media na epoca era

de que tsso s e reso lv iacom acdo policial.

Mas nada fun cio nou.

E eu tuio v i tudo isso .Errei.~

F E R N A N D O H EN R I Q U E C A R D O S O ,

presidente do Brasil entre

1995 e 2002

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Especia l

"Servi 0 Congre sso por22 anos. D urante m ats de

s ets d ele s, p artic ip et d osubcomite responsave l pelofin an ciam ento do que v iem osa ch am a r nos Es tados

Unidos d e 'g ue rra a s drogas' .A gue rra a s d roga s e u rn

jracasso, e m uita gen te nosE stado s U nido s v em jalan doisso h d muito tem po .oproblema, claro, e que

ru io sabemos pelo qu edevemos subst itu{- la ."

J I M K O L B E ;

congressista do

Partido Republicano

ex pe rie nc ia s be rn e m alsu c ed ida s, S aiuc lessa joruada c om a c on vic c ao em fa -vo r da des c rim ina liz ac ao r efor c ada.

E nrenda-se q ue descrirninalizacaonao e Iioerac ao . N o m odele p elo q ual seargumenta em Q u e b r a n d o 0 T a b u , 0 cer-c o a o r ra fic o e aos criminosos n ele en -

v olv id os d ev e c o nr in ua r mtlexrvel. Maso usuano nao mais c ai no s is tema judi -ciario: se u lu gar, d efen de 0 filme, e 0siste ma de sau de - 0 q u al m u ita s v ez eso de pe nde nte n ao p roc u ra p or remer so -fre r a s p en as da lei. A p ro p osta de re gu -Iamentacao do usa da maconha e levan-tada sob essa mesma logic a: se a ervafo se ob te nfv el p or m eios leg ais, ra cio-

cinam as p ro p on en te , m ilh oe s de u su a-rios deixariam de estabelec er c on tatoc om tr af ic a nte s. C u jo in te re sse , c la re , eencorajar 0 n ov o freg ues a c on su mirq u a nti da de s c a da ez ma io re s d e d ro ga se saltar p ara as substanc ias q ue lhes sao

mats lu c ra tiv as, c om o a c oc ain a. C orn 0

am p aro de c am p an ha s m ac ic as d e ale rtaso bre os risc o, d a drog a, estaria quebra-do 11 sim 0 p rim eiro e10 da c orrente."Pela via d a forc a, n ao c on seg uiremosac abar c orn a p rodu c ao de drogas: 0mercado e tao f av or av el, g anha -s e ta nto

n ele , q u e sernpre h av era a lg uem p rom o

CA DA V U PIOR A Cracolandia, no centr

de sao Pau lo : a me s re strito cis g ran de s

c idades . 0 c ra ck jd in fe ct« 0 inferior

a se arrisc ar - a nao ser q ue 0 consurnc a ia . Ma s 0 q u e tern s id o feito p ara rc duzi r 0 consumo? Mandar 0 usuario paracadeia", disse FHe a VEJA.

J a n ao e bern ass i rn . Quem va l p a ra

ea de ia a tu alm en te , e ea da v ez em m aienumero, e 0 traficante. Em Sao Paulo ,nrimero de bolerins d e o c or re nc i a rela

c ion ad os ao trafic o c resc e a um a v elo cdade im p rc ssionante. E m 2000, hou v9800 flagrantes. Em 2 01 0, fo ram 3 04 0- uma alta de 210% . Em p ane, esse au

memo e r ef le xo d a ma io r p r od u tiv id adda polfcia, Mas s6 a repressao n ao ex pli

ea a etev ac ao drastica do Indice. E conse ns o e ntr e o s p o lic ia is q u e a q u an tid adde pessoas e nv olv id as c om a tra fic o tambe rn tern eresc idO . ' u nc a p rendem ota nr a g en re . A r az ao e s imples : 0 numerd e c rtm in osos esta a um en tan do p orq u e

d em an da p o r d ro ga tam bem c re sc e u. Elei da ofen a e da p roc ura" , diz 0 delegad o R ein ald o C orre a, d o d ep a rtame nto dn ar c ot ic o s d a p o li c ia paulisra,

Esse fen6m eno p o de se r conferido

nas penitenciarias brasileiras. 0 pr

veja

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ASSUNTO mRCIL 0 diretor Fernando

Grosrein Andrade: coragem de iniciar 11 m

d eba te q ue a m aio ria p re fe re ignorar

meiro levautamento confiavel sobre a. populacao carceraria foi feito em 2008.

aquele ano, havia 77 400 pessoas

presas por rrafico, ou 17% do total de

detentos. No ano passado ja eram

l06500presos poressarazao-21,5%

do total, Desde 2006, com a Lei n°

ll343. ap enas rrafic antes vao p ara acadeia. Os consumidores nao mais es-

tao sujeiros a prisao. mas podern scr

subrnetidos a advertencia, prestacao de

services a comunidade e medidas edu-

canvas. Nas ruas a distincao entre

usuaries e traficantes e feita pelos pro-

p r io s po li c ia is , de forma subjeriva, Porexem plo: se a droga e sr iv er b er n emba-lada e separada em pequenas porcoes,

e provavel que seu dono seja urn trafi-

c ame - seja q ual-for a q uantidade q ueele carrega. "Hoje eu nem perco tempo

c om usuario . Se enc ontrar alguem fu-

maude rnaconha na rua, dou urn susto

e lfbero. Se levar para a celegacia, earriscado ouvirmos uns palavroes dodelegado - eles so querem saber degran des apreensoes", explicou a VEJA

um polic ial m ilitar q ue arua na ZonaL este de Sao Paulo.

Q u e b r a n d o 0 T a b u m osrra u ma ex-

p erienc ia q ue, sob q ualq uer p aram etro,

e con si de rada bem- su c edi da : a de Por-rugal, onde, desde que 0 consumo de

drogas deixou de se r crime, 0 numero

de usuaries e de c onrammac os p elo vi-rus HIV dec linou . Q uem e flagrado

c om drogas p ara uso p rop rio nao ganhatlcha policial nem vai para a cadeia.

Mas rec ebe algum tip o (ou varies) de

p enal id ade: p r es ra c ao de services, mul-

me tratamento obrigatorlosao o s m ais

c om uns. P aralelam ente m ontaram -secarnpanhas educativas, reforcou-se 0p olic iam en to de fronteira e preparou-se

o sistema publ ico de sau ce p ara tratarusuaries. Ou seja: nenhum flanco ficou

a descoberto, Mas POJ1Ugal e urn pais

de 10 m ilhoes de habitantes. p az tro n-teira por terra com apenas urn vizinho,

a des envol vida Espanha, tern uma p olr-cia bern equipada e uma sande eficien-

teo Dados como esses tomam essa umaexperiencia de diffcil transp osic ao -em particular para 0 Brasil.o Brasil e 0unico pais que faz fron-

teira com os tres maiores produtores de

coca do mundo: Peru, Colombia e Boll-

.. A Colombia e o unico

pais a u sa r fum igacoe s

aereas nas propria spla ntacn es d e d ro gas . 1 ss o

destroi as ptam acoes etambem o s a itm ento s.E a lg o mu ito tra uma tic o

para a s oc ie d ad e

colombiana. Quando 0

P la no C o lombia com eco u,h av ia piantacoes de cocaem oito estqdos. H oje, silo

24 ou 28estados. 0 ntuneromats que triplico u.

As plantacoes mudaramd e zonas despovoadas para

zonas p ovo ad as. E la s saom eno res e m uitas vezes

fic am escondidas entre

culturas de ou tra s especie s.Silo diftce is de ach ar: B ern ,

se 0 re su ltado e sperado era

eliminar 0 consumo pesado

d e d rogas n a America e asredes de narco trafican tes ,

ruiofuncionou. ~

C E sA R G A V .R I A ,

p re sid en te d a C olombia e ntre 1 99 0

e 1994 e secreuirio-geral da

O r ga niz aca o d os E s ta do s

American o s e nt re 1994 e 2 00 4

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Espec ia l

.. 0 c rim e o rg an iz ad o

ruio poderia ter a jorca que

tnfeuzmetue adquiriu no

Mexico e em outros paises.Isso ru io te ria o co rrid o

sem os m uttos recursosque fiuem desse traficoile ga l de d rogas. ~

E R NE ST O Z E D I L LO ,

presidente d o Me xic oentre 1994 e 2000

via. D os rres, apenas a Colomb ia remuma politica agressiva de combate a sdro gas. A B oliv ia e gov ern ad a p or urnex-cocalero e 0 Peru sera apontado na

p roxima semana p ela O NU como 0maior produtor mundial da droga. 0plantio da coca antes concentrado nos

va les andinos , ja chegou a Amazonia p e-ruana, ao lado do Brasil, No total, asfronteiras brasileiras somam rnais de24000 quilometros. Mesmo q ue 0 pais

c on rasse c om 0 mais e fic ie nte sis temad e s eg ura nc a do rn un do , s eria imp o ss f-vel barrar a entrada de dtogas p or talvastidao - q ue dira enrao, c om os m i-seros 27 postos da Po li c ia Fede ra l insta-lades p ara vigia-Ia, S orrem os, ainda,

c or n c or ru p c ao g en era liz ad a e v erric a li-zada, q ue aringe todos os -escaloes deto das as insritu ic oes. A aim taxa de in -fonnalidade da economia e outra grandeam ig a- do s c r im inos os : p e rr nite ao trafi-

c o fin car estac as em to das as re gioe s dop ills, c oo pra ndo jo ven s sem in stru cao ,,de tamflias pobres e desestrnturadas. Da

geogratia a s m azelas c rouic as do pais ,po r tan to , t udo conspira p ara q ue n o B ra-si l 0 tr afic o flo re sc a e p r od uz a su a h or dade v ic iados. Q u e, n ell adia nta en gan ar-se nao ganhariam n en hu rn amp a ro real

de um sistem a de saude tao falido q ue,

F A L SA I N O C E NG lA Maconha medicinal:

lim a red e d e "medicos-traficantes" se

encarrega de vender receitas .

em c ertas re gioe s, n ao c on s egu e m en dea q n eix as b as ic a s.Parses q ue ja so lu cio nararn ess a

q u es to es p ro vav elm en te teriam a g an haem ao m enos exarn inar argu men ros cmo os exp ostos em Quebrando 0 Tab

an tes de desc arta -Ios. M as, m esm o n es es , a d e sc r im ina li za cao deixaria a dec oberto u ma q uestao essen cial. Veja-so caso da Holanda, onde a venda vare

jista de maconha e haxixe em c offeshop s e ac eita e regu .lada e a venda natac ado , p or assim diz er, e c rim e. C om

a d ro ga s egue abas te cendo 0 comercioe 6bvio q ue M uma m ec lida de conivenc ia do esrado c om 0 tr afic o . Q u e, sim ,urn p ro blema d o qual os ho landeses rede se de fen der fe rozmen re. P or isso p ases c om o a S uec ia re verte ram su as p olncas I ibera lizantes . No m ic ro da decadde 60, os su eeos estiveram entre os p rmeiro s a a c eita r 0 u sc de ent or p ec ent esMas 0 afrouxamento f ez e xp l od ir 0 numere de usuarios e congest ionou 0 sitema de sauce. a decada seguinte, en

tao, 0 p ais en du rec eu a legislacao e v e

to u a p r oib ir 0 uso e a im p or p en a s tan

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H I P O C R t S IA O F I C lA l Coffee shop em

4nlSl l'Tdti : render no "atacado' e proibido,m as esse "varejo' If regularirado

a traticaute como a usuaries. Hoje, a

S uec ia [em u .rn terce d a media europeiade usuaries d e d ro g as . Na Sufca, na de-

cada de 80, to ram c ria do s os "parquesda seringa", onde se podia consumir

q ualq uer rip o de dro ga sem ser inc om e-

dado. A ex-presidenre Ruth Dreifuss( 19 9 9) a dm ir e 0 fracasso: "Perdernos 0

c o nrro le d os parques: os crirninosos osap ro veitav arn p ara traz er d ro gas p ara o sIc iado ''. Por dez anos segu idos, nos

E sta do s U n id os , a p o lftic a d a ro le ra nc iazero fez c air 0 c onsum e de m ac onha

entre O S estudantes. H a tres anos, e lev oltou a su bir: seg undo esp ec ialistas ,e feito d ireto d a Iib erac ao da maconhapara fins medicinals na C alifo rnia e em

ou tr a dezena de estados - a q u al tavo-receu 0 su rgimen to de lima rede de"med ic o s- tr atic a nte s" q u e p r es c re vem aerva a qualquer urn que pague entre

100 e 500 dolares p or u ma reccira.

No Brasil, q ualq uer d isc ussao q uev is e a mi ti ga r 0 p ro blem a d as d ro ga s te rnde rec onbec er a rragedia p andem ic s eassassina do c rac k. Essa form a de c on-

sumir cocama a nte s re strita a s g ra nd es

cidades, hoje esta espalbada pelo pais.

Ma is d es rr utiv o a in da , 0 oxi c heg ou ao sc en tro s u rb an os a 2 reais a p edra. "N aolJ;l. d iiv id a d e q u e a m ac on ha e uma p o rtade entrada. N ing uern c om ec a direto noc r ac k . P rime ir o e 0 c ig arro , d ep ois u macervejinha, urn baseado . . ." , diz 0 psi-

quiatra A n dre Ma lb erg ie r, d a U n iv ers i-dade de Sao Pau lo. Segundo essa isao,q ualq uer roleranc ia ao u so d a rnac on hap ro vo caria, d e im ed iaio . u rn au mento d oc on sumo, alargan do a p o rta d e e ntra da aque se refere 0 psiquiarra Malbergier,

Seu colega , Dartiu Xavier, da Universi-dade Federal de Sao P au lo , d is c ord a:

"Em u rn p r irn eiro memento , c re sc e ria 0

numero de curiosos q ue tomarlamcora-

gem de exp erim entar e de ex-u suariesevem uais q ue deix aram a droga p orq ueel a nao e s oc ia lm en te a c eita ". D a rtiu c o -m andou a ultima g ra nd e p e sq u is a n ac io -nal sobre entorpecenies. em 2005, c om .8000 entrevistados, Dos pesquisados,

8,8% ja haviam fum ado m ac onha e 65%acnavam muito facil ter acesso a droga.Nao 1 1 a d ad os c o ns o1 id ad os m ais re ce n-res, m as esrim a-se q ue 0 to tal de u su a-rio ja tenha u ltrap assado os 10% dapopulacao, 0 q ue rep resen ta q uase 20. milhoes de brasileiros. "0 debate provo-

cado p e lo d o c ument ar io e pertinente",

.. 0grande pengo

da droga e que ela m ataa cotsa m ats im portante de

que v oce v ai precisarna vida,

que eo poder de dectdtr.

A (mica coisa que voce tern .

na v ida e 0 seu poder de

dec isao. Realmente a drogaiantastlca, voce vai gostar.

Mas cuidado. Porque

voce tuio vat decidir

mats nada.~

P A U L OC O E L H O ,

escritor

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efaP en sar n isso com o uma

guerra da sociedade e umPOljCO e ng ano so , c omose h ouv esse um a sotucaomiliuu: E tenho experiencia

com[SSO,

experienctapesso al: tiv e um irm iiov ic ia do em cocaina. Muitaco isa eu teria jeito de fo rmadiferen te . A ctio que m in haoposicao a distrtmucaode serin gas e it maconhamed ic ina l, quando jui

presidente, Jot errada.~

B I LL C LIN T O N,

p re sid en te dos

E sta do s Un id os

entre 1993 e 2001

avalia 0 psiquiarra Arthur Guerra, daUn iv er sid ad e d e S ao P au lo . " Ne ce ssita -m os argumen to s s6 lido s. H oje, u rn Jad oe c ontra p orq ue a maconha 6 coisa do

demonic . Outre e a favor p orq ue ela 6bacana. E urn Fla-Flu ideologic o q uenao leva a lu gar nenhum,"

Um p onto c entral nessa disc ussao: amaconba e uma droga, q ue vic ia e fa z

mal a saude. E nao ba c 1roga boa: c adae nto rp ec en te c au sa p ra ze r e d ep e nd en c iaem urn c erro grup o de usuaries. Com orelata 0 e sc rito r P au lo C oe lh o em um tre -

e ho d o f il rn e: "A cocaina nab faz ia efei topara m im . E e u te nra va , te nr av a . .. D e re -p ente, deu c erro. Eu tinha p assado um an oire m ara vilh osa em Nov a Yo rk . E sta vac om a q u ela n amo ra da linda, HU a , deita-da. H i er a de m anha, p orq ue voce nao

c on segu e dorrn ir. S ern a m en or von iade

de fazer am or, sem nada. Ai eu disse:'Estou p arando. B stou p arando porgue

essa v ai m e en gan cn ar. Essa vai me vi -ciar , vai acabar comigo. Droga d o d emo -. n io '". 0 mesmo p ede ac ontec er c omherotna, h ax ix e e ate c om mac o nh a.o rra f ico rem a maconha como seu

p rodu to rnais vendido, em bora menoslu crativo q ue a c oc aina e 0 c r ac k . T ra ft-c o q ue sitia panes de c id ad es , a rr eg i-menta joveus para 0 crime, dec reta ro-

q u e d e r ec o lh er , s ub stitu i 0 e sta do e abrep ortas p ara ou tros tip os de delito , c om otra fic o d e a rmas , s eq u es tro , hornicfdio e

G UER RA S EM FIM Soldado mexicano

destroi plaruadio de maconha: existindo

demanda, 0plantio vai ser retomado

roubo de c arros. E m su ma. quem f um

m ac on ha esta aju dan do a rnovimentarroda do c rim e. E la e tamb em u rn p ro ble

ma de saude p riblic a. Pelo menos 6%do s u su aries se tom am vic iados. E menos que 0 alcool (15%) e a coca in(40%), mas 0 Indice nao pode ser dep rezado. N o p enodo de uso in tenso, halteracao da memoria e da capacidad

de concent ra cao . Se for multo u tili za d

na ad olesc en cia, p ed e an tec ip ar tranto rnos p s fq u ic o s. " Em meu c o nsu lto rioaten do g aroros q u e perderamo controle

Com o ac ham qll a maconha nao [T

p ro blemas, eles u sam de m an na , de tade e a noire . Saem do eixo, deixam

e sc o la ' , alerta Arthur Guerra.Hoje, n a p ratic a, q uem fum a maco

nha no Brasil nao vai p ara a cadeia, J

socialmenre M uma forte restric ao auso de drogas. A ultima p e sq u is a n ac ional d e o p in ia o s ob re 0 [ em a foi feita p1 0 D a ra fo lh a, em marco de 200 8, o u vindo 4044 p essoas. Para 76% dos entrevistados, 0 u sa. d a m ac on ba d ev e c on t

nuar a ser c onsiderado c rime. M esm

entre os espec ia l is tas , 0. rem a e polemcO .A Sociedade.Bras i leira de Neuroc ien

c ia s e C om p ortam en to div ulg ou u rn doc um ento no iruc io do an o defendendo

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Especial

"Nocomero,t en tamos est ra teg ias, dife ren te s. Em B ern a

e em Z urique,

tiv em o s o s 'parq uesd o . seringa', comoforam c h a m a d o s pew

midia intemacional.

Esse experimen tofracassou. Perdemos

o co ntro le do s

'parques da seringa':

os criminosos

apro v eita vam e ss eslocats para traz erd roga s aos v iciado s.

Enuio, tiv em o s detentaruma

alternativa: organ lzar

espacos nos quais os

usuarios, distantesdo alcan ce do s

traficantes , t ives sem

supo rte medicoe social .~

R U T H DR £lF U SS ,

rnini st ra de As sun to s

Infernos da Suica entre

·1993 e 2 0 0 2 e pres iden te

d o pais em 199 9

tim da c nminalizac ao c os usuaries. Ja aA sso ciac ao B rasile ira d e P siq u iatria fez

manifestos c ontra a Iiberalizac ao . N ofilm e, F ern an do H en riq ue C ardoso p ro-

p oe q ue 0 g ov ern o u tiliz e es sa resrncaosocial as d ro ga s p a ra lancar uma c ampa -n ha e du c ariv a nos rn old es d a q ue f oi f ei -

ra c om 0 tabac o. E , c om isso, redu zir 0

c on umo, 0 q ue a fe ra ri a 0 tr af ic o : "Hou -ve urn e forc e do g ov ern o em fa ze r docigarro urn vilao. Furnar nao e proibido,

mas e re gu la m eu ra do , h a lu ga re s restri-to para 0 u sa do tabaco. E de u cerro.

A gora, p or q ue nao fazer 0 m esm o c oma rn ac o nh a? Porquc a rnaconha prefe-rem esc onder, c om o se nao houvesse.

Mas e muito mais efetivo combater doq ue fingir q ue o problema nao ex is te " .

Q ue c onc lu sao rirar do faro de que apolft ica li be ra li za nt e p o rt ug u es a s ur tiu

efeito - assirn como a po l it ic a repressi-va suec a? A de q ue definir nos po rmeno-res L U napolft ica an tidrog as e a te r- e fe r-ream enre a ela, tornando-a faro, naoap enas reoria. e 0 q ue Iunc iona. M as,p a ra iss o, e p r ec is o d isc u tir c om clareza,sem rem ores nem p rec onc ep coes, todasas im lmeras fac eras do p roblema - e,

nesse senrido, e ditfcil irnaginar q ue al-g uma p olitic a efic ie nte em an e do gover-

no de D ilma Rouss ff. Nao p orq ue ela

seja leniente, m as p orq ue detesta tantoa s d ro gas q u e term in a p o r e vita r 0 Lema

c om pletam enre. E m seu p rim eiro m es

E S P E T A c U L O D E H O R R O R U m "parque

s er in ga ". em Z u riq u e: v ic ia do s tom ar am - se

p te sa s a in da mais fd ce is p ara 0 tnifico

de governe, tirou do c argo 0 titular

S ec re ta ria N ac io nal d e P olitic as ob

D rogas, Pedro A bram ovay, q ue defen

deu m udan cas n a Ieg islac ao. 0 m in istrd a Ju stic a, Jo se E du ard o C ard oz o, apoa p rop osta do lfder do PT n a C am arP au lo T eix eira , d e d es c rim in al iz arconsume e autonzar c oop erativ as

usuaries a p roduzir ua p rop ria drog

, M as tem eap resentar a ideia e.ter 0me

me tim de Abramovay. 0 Congresstambem e r efr ata rio : uma p e sq u is a te i

no iruc io da arual legtslatu ra m osrroq ue, de 414 dep utados enrrevistado298 foram contra a descrirninal izacao .

Assim, ainda q ue Q u e b r a n d o 0 T a

seja algo u top ic o nos rerm os p ranc es dBra sil , e is p or q ue a inicia trva de Fernand o H e nr iq u e Cardoso e F ern an do G rorein A n drad e e c ora jo sa e lo u v av el: seprados na idade p or quase c inquenra anoe na exp e ri en c ia p or trajetorias ta o dit in ta s, e le s n o e nra n to m os tra m q ue

p ossiv el re un ir- e p ara travar uma di

c ussao c iv ilizada, inJonu ada e desas or nb ra da . E ste , e nfim , eo rabu q ue v e

dadeiramente 0 documentario quebra:

de q ue ac eitar 0 debate obre urn t e r

nao imp lic a e. c ol her nele urn lado.

COM REPORTAGEM DE KALLEO COUR

156!SDEJUNHO.2011! veja

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QU E PEQUENO LE[TOR RESISTE A MAGTA DE LTVROS QUE

PODEM SER COLORIDOS E osrois APAGADOS PARA ENTAO

SER COLORrDOS NOVAMENTE - OU EM QUE E POSSfVEL

MOVER OBJETOS COM 0 CHACOALHAR DA TELA, C011POR

MUSTCA VER PEIXIN"HOS JADANDO OU ATE DERRUBAR A

CAS;\ DOS TREs PORQlili'fHOS COM UM SOPRO?

Com re cu rs os sedu tores e fac eis de u sar, os fablersproporcionam a I e it ur a n fv e is ate aq u i im p e n sa ve is d edinam ism o e interarividad e - u ma form a exc elen te d edespenar nos p e q ue no s 0 interesse p or essa a t iv idade ."O s e sn rnu lo s de n ov as elem en tos sen soriais, c om o son se m ovim em os, aju dam a au -air a atenc ao da crianca ~l

u arrativ a" , ex plic a a p sic op ed ag og a A d ria na F 6z _A in dasao p ouc os os tiMOS infantis em p orm gu es. M as, c om 0

in ce ntiv e fis cal a nu nc ia do p elo g o e rn o brasileiro no fimde m aio - os tab lets p roduzido no p ais terao reduc ao deimpo s to s e , c onse q uen temen re de p rec os -, c ada vezma is li vr os digitais d ev em c heg ar as lo jas v irtu ais.A s egu ir , a lgumas b oas o pc oe s ja d is p on fvei s p a ra 0 iFact ,

q ue c oma com 0 maio r a ce rv o nesse segmenio:

A M E N tN A D ON A R I Z I N H OA R R E B I T A D OPr ime i r o l iv r o i n fan t il

b ra sile iro a g an ha r u m a

v er sa o in te ra tiv a p a ra

tablets, A M en in a d o

Nar iz inho Ar reb itado,e sc rito e m 1920 p o r M o nte ir o L ob a to ,

c on ta c om d fv ers os r ec urs os an lmados .

Em um a pag ina escu ra , em que os

p ers on ag en s c am in ha m d en tro d e u m a

caverna , 0 l e it o r i lum i na 0 t ex to a r ra s ta n do

um v ag a -lu rn e p e la t ela . Po r e nquan to ,

o a plic ativo in clu i a pe na s u m a p arte

do l ivro. Mas, segundo a ed ito ra , -

to da a o bra e sta ra d is po nfv el

n os p ro xirn os m e se s

I d ea l p a r a : 5 a 10 anos

D e sen v a lv id o p a r : Ed it or a G lo b o

P r e l f o : grat is

15818D£1 _ 0,2011 I veja

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A L IC E N O P A IS D A S M A R A V l l H A SH a d ife re nte s liv ro s dig i ta ts b a se ad o s na ob ra d e Le wis

-C arro ll. A v ers ao em po r t u gue s (d e Po rtu ga l, q ue ap r e sen t a

di terencas a p e n a s n o so taque d a nar racao) te m fra se s

cu rta s e desennos d ive rtid o s q u e a tra em a atencao d o s mals

novos . 0 a plica tivo e m

ing les, ernbora possua

I r e cu r sos mars cr ia t ivos,

tem visu a l s6b rio e te x to

tongo. E r e c omend a d o ,

portarrto, pa ra os ma is

cresc id inhos

Id e a l p a r a : 2 a 7 a n o s

( po r tu g u es ) e a p e rt lr

d e 7 a n os ( in g le s )

D e s e n v o lV id o s p o r : I tbook

(po r tugues) e A to m ic

A nte lo pe (in gle s)

P r~o : 2 ,9 9 d61ares

• (po rtu g u e s ) e 8,99 d61ares

( ing les)

o s T R E s P O R Q U J N H O So p eq u e n o te n o r p a rtic ip a d a h is t6ria , p o r e xe rn p lo ,

qu a n d o a sso p ra e a ju d a 0 lo b o a de rru b a r a s ca sa s d o s

po rqu i nhos . 0 l iv ro tra z a in d a b rin ca d e ira s co n h e c id a s d a s

cr ia nc as, c om o 0 jo g o d o s - e rro s e 0 d a m e m oria . 0 ap l ica t ivo

f oi d e s en v o lv id o

e m p ortu gu es

d e P o r:t u ga l-

q ue a pa re ceno so ta qu e d a

narracao, m as na o

a tra p a Ih a a Ie it u r a

d e fra se s s im p le s

I d e a l p a r a :

2 a 7 a n os

D e s e n v o lv i d o p o r :

I tbook

Pre~o :2,99 do la r e s

M EU S DotS PAISCo nta co mo 0 menino Na ld o e n fre n ta a separacao d o s p a is e

a p ren d e a lid a rcom um a fam ilia na o co nve nc io na l, d epo is q uese u p a i p a ssa a m o ra r com ou tro h om em . A hlstor ia, d e

W a lc yr C ar ra s co ,

t raz i l us t racces

a n im ad a s e um a

at iv idade r e l ac ionada

a o tem a , em que

a cn a n ca c ria

fo to gra fia s d e

f am f li as " dl te r en te s "

I d e a l p a r a : 5 a 13 a n o s

D e s e n v o l y j d o p o r :

E dito ra A tic a

P re ce ; 9 ,9 9 d o ta re s

,

.

. ~.

. ' . ' - , . ,. . . 1 1 ' . . ' . ,( ~ : & . · ' f . ' . '.....)"'1v:, . ' : ~ r / ; . :. ' -~.- . . ~ '~~~: .... '

. , .-.'

R A P U N Z E LArnm aco es e e fe ito s so no ra s

in te ra tivo s s ed uz em 0

p eq ue no le ito r n es ta versao

d ig ita l d a fa b u ta d o s irrn ao s

Gr imm. A cr ianca p od e a ju da r

um do s p e rso n a g e n s a co l h er

ra b a n e te s e , em ou tra pag ina ,

p ro d u z ir su a p r6p r ia m us tca a o to ca r n o ta s m us ica ls flu tu a n te s .

o a p lica tivo te rn te x to s em po r t u gue s o u in gle s

Id e a l p a r a : 5 a 10 an o s

D e s e n v o l v i d o p o r : R en e R etz

Pre~o:4 ,9 9 d o la re s

A A R A R I N H A D OB IC O T O R TOD o e sc rito r W alc yr

Ca r r a sco ,0

l iv ro c o ntaa h is to r ia d e N ina , lim a

arara re je ita d a p e la m ae

p or te r 0 b ic o to rto .

Tra z d ese nh os p ara

co lo rir e nar racao,

a le rn d e fic ha s

com plem en ta re s com i n fo r rnacoes so b re a s ave s - p e r sonagens

Id e a l p a r a : 2 a 7 a n o s

D e s e n v o l v i d o p o r : E dit or a A tic a

P re~o :9 ,99 oo ia re s

S E C R I A N C A

G O V E R N A S S E 0 M U N D ONarracao, trilh a m us ica l e

e fe ito s e sp ec ia is se co mb ina m

no l iv r e esc r lt o .pe l o artista

olast ico M arc elo X avie r. Q ua nd o

a c r lanca chacoa lha 0 t ab le t ,

p o r e xem plo , fru to s ca em de

um a arvore o u o b je to s p u lam ,

flu tu am ou se m ovem pe la te la

I d ea l p a r a : 2 a 7 a n o s

D e s e n v o l v i d o p o r : E dit ora S ara iv a

Pre~o :7 ,99 do l ares

C IN D E R E L A H DO S d ese n h o s sa o a n im ad o s , m as a in te ra ca o se lim ita a

rn u d a n ca s su tis no ce n a rio , A h is tr iria p o d e o u na o se r

. narrada, m as com

•••••••••• o toq u e n a te la a

c r ia n ca a tiva a s

t a las d o s

personagens re la t ivas

a qu ela ce na

I d e a l p a r a :

2 a 7 an o s

D e s e n v o l v i d o p o r :

iB igToy

P re ~ o: 4 ,9 9 d o la re s

veja I 8 D .E JU NH O . 2 01 1 I 159

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G u i a

E d u c a ~ a on a p o n t ad o s d e d o s

T A B L E r C O l E T IV O 0 empresario Gustavo Ziller, de 36 anos. coma que 0 iPad da tamiita estimuia 0 didlogo entre

osfilhos Joana, de J1, lara, de 7, e Miueus, de 5. "Eles conversam para determinat quem vai usar primeiro", diz

A le r n d e i nc e n ti va r

a le itu ra , o s

apl icat ivos

p o dem e s tim u la r

o in te re ss e p or

o utr as a re as d o

ap rend izado . A f in a l ,

fa ze r c on ta s e m

um a lo us a v ir tu al

o u e s to u ra n d o

b a lo e s c o lo r id o s

nao e ma is

d iv er tid o d o q ue

u sa r la pis e p ap el?

• Alm anaque K id s

En tr e c u ri os id a d e s s o b re

d in o ss a ur os e 0 mundo

a n im a l. e n sin a 0 leitor

a f az e r d o br ad u ra s , fa n to c he s

e e xp e ri en c ia s c a s ei ra s

Prec e:gra tis

• Solar W alk 3D

A sp ir an te s a a s tr on omo V aG

se e ntus ias mar co m a

q ua lid ad e g ra fic a d o p as se io

e m tre s d im e ns oe s p elo

s is tema s o la r, c om

in fo rma c o es s o br e o s p la n eta s

e vid eo s d e e ve nto s c om o

e clip se s e as fa se s d a Lu a.

T ra z t ex to s em in g le s

P te ~: 2 ,9 9 d 61 ar es

• N um eros

o a p lic a tiv o e n sin a c ria n ca s d e

a te 4 a no s a a ss oc ia r m im ero s

de 1 a 10 co m s eu s

r e sp e c ti vo s s imb o l o s n ume ra is ,

q ua ntid ad e d e o bje to s e , d e

q ue br a, a r ela cio na -to s a o s eu

r ec ur so " de fa br ic a": o s

ded inhos

P te ~ o :0 ,9 9 d61a r

• M ath bo an l

Com in str uc oe s e m in gle s,

o a p lic a tiv o d e sa fia 0

p eq ue no g en ic a r es olv er ,

n a io us a d e m e ntira .:. .

c om d ire ito a ' giz e a pa ga do r

-, c alc ulu s m a te m a tic os

d e d ife re nte s n iv eis d e

di f icu ldade

Pt~ : 4,99 d61a re s

• I ab aa da 2

R ec om e n da do p ar a c na nc as

de 6 a 10 anos , 0 apl icat ivo

traz ca lcu los d e so ma e

r nu lt ip lic a ca o em c in c o jo g os ,

e n tr e e le s o s c la s sic o s

m e m 6ria e b ata lh a n av al

P t e~o :3 .99 d6 la r@

II ! T h e G o i n g t o B e d S o o k

C ad a p ag in a p os su i u rn

i n te re ssan te re cu rso i n te ra ti vo .

A n arra ca o p au sa da , e m

ing le s , e s t imu la 0 i nt e re s s e d a

c ria nc a p elo id io m a. E , co m o

d iz 0 t itu lo (C on te d e N in ar ,

e m u m a tra ou ca o livre ), ep erte ito p ara s er lid o n a c am a

p ois o s e fe ito s s on or os d ao

u m s on in ho .. .

P re ~ : 2 .9 9 d o la re s

L i v r o a n im a d o

'Wa lk i ng s low lY i l1~ idehe d is cove red I ll e Inpgt tny ,t e t' ious and invitilrg'roorn

h e b ad e ve r se en . Itwas fi ll ed.with the iluttcring' ofeow1t1ess pages , and

Mo~ri . thollght he cou ld h ea r t he i ui ntc h at te r o f a th 6u ! l< im ld Jf fil r~ l1 t

,ldri¢8, as 'if each bock was whispering an Invitation to adventt1J'c.

16 0 I 8 DE JU. ...HO, 20 II I vela

O s liv ro s in te ra tiv os a in da n em d eix ara m d e s er n ov id ad ee u m e stiid lc a m eric an a re so lve u d ar u rn p as se a dia ote .

o recem-lancaoo T h e F a nta stic R y in g B oo ks o f M r. Morr is

Lessmore ( .O s F a n ta s tic o s I iv ro s V o a do re s d o S r. M o rr is

Lessmo re ) e u rn a a da pta ca o p ar a 0 iP ad d o p re m ia do

c urta -rn etra ge m d e m e sm o n om e p ro du zid o, fly a no

p as sa do , p elo e stu dio M oo nb ot. U rn r nis to d e liv ro d ig ita l

e f ifme , 0 a plic ativ o c on ta a e m o cio na nte h is t6 ria d e u rn

h om em q ue d ed ic a su a v ida a os liv ro s. M r. Morr is

Lessmore a p re s en ta e fe it os v is u als d e a lt a q u alid a de

'q ue p erm ite m a o le ite r in te ra gir n ao a pe na s c om

! § i lustrecoes. m as com as p r6p rias cen as ao longo

;; l d a n ar ra tiv a. P ar a c n a nc as e a du lto s.;:

s P re ~o :4,99 d 61a re s

D . !lN I E L A r l' lA C f O O [email protected]

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,

ese

ue

DO 8 0M E DO M ElH OR J am es McAvoy . 11(1 jato m aio r. co mo a

P ro fe ss or X , e , a cu na , M ich ae l F as sbe nd er c om o M ag ne to : /.I1Il

mol' tes tado e outro que Iiuma revelaci io conduzem a historia

o excelente X-Men:Primeira Classeretoma a s e n e do imcioe ensina c omo levaradiante uma ideia desuc esso: fazendo naourn born filme desu p er -herois.m as u rnborn ftlme - e ponto

ISABELA BOSCOV

m tres film es inreligentes ebern p ensados, a s e n e X-

Men deixou ao menos umacena verdaceiramente m e-

morave]: aquela em que, 1O-

cada como gado para dentro

de urn campo de concenrracao, a menino

judeu Erik Lehnsherr, num assom o de me-do e fu ria, rasga corn 0 p oder da m enre o.

p ortoes de ferro q ue 0 separarao para sem-p re de sua mae - e re ve la -s e a s sim urn

m urante. Feita em rom nao de ranrasia, m asde tragedia plena, essa e a cena q ue sera

retomada como ponto de partida para X -

Men: Primeira Classe (X-Men: First Class,

. E sta do s Unidos, 2011), desde sexta-feira

em c arta z no pais. Seno X-Men lancado em2000 pelo diretor Bryan Singer ela servia

c omo-u rn ap osto , exp lic an do e q u alific an do

o odio (10 m utante M agneto --- q ue e como-0 mundo conhec Erik Lehnsherr -, aqui a

cena e 0 fio com que se desenovelara a his-

rona nao ap euas deste rnenino esp ec ial,

mas rarn bem a de.seu op osto e c om p lem en -

to: Charles Xavier, futuramente denomma-do Professor X. Tornado o b je to d e e xp er i-

m entac ao p or urn c ientism a servic e do na-zisrno (Kevin Bacon, em sua rnelhor inter-

pretacao em anos), Erik chegara a decadade 60 com urn tmensodomtnio de seus p o-deres, uma amargura incancelavel e um

d om p ara a so brev iv en cia lap idad o d uran tetoda L Ima juventude em fu g a - alern de,

para sua surpresa, urna grande simpatia por

urn t el epa ta tranzino, cbamado Charles Xa-vier, q ue usa seu extraordinario conheci-

m entos de genetic a para passar cantada

em bares e, porter sempre vivido cercado

veja I 8 D E J( IHO . 20 I I I J 63

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Cinema

realismo dramatic o - estao mannd

aqui . Mas 0 diretor de Prtm eira C lass

o Ingles M ac rbew Vaughn. a rec om eu din am i mo, seu maier retinmemo (a concepcao visu al e do efei

melhorou multo) e c om sell talento p

tic u la r, q u e e para 0 r eg is tr o: e sta n artiva e u rn c orp 6lido e c oeso em qa ve z e o b re ae rn e s ta ou aq uela n- a leveza do bumor, 0 . enrimemm ais densos, c om o tristeza e ranc or.

o m ill grati c anres, c om am izadeempa t i a , Semp re as notas c ertas. nmomen ro s adequados, acen t uadas

um e le nc o d e afinac ao im p ec a el.

P ara e teito d e c omp arac ao , Sinegosta de atore ; Vaughn go [a de am<roe , e as d ir ig e c om redea una e exc

Ientes resu ltados. C om o em seu s trablh os rn ais c onhe cid os ate aqui , 0 filmde gangs te r Nem TUM E 0 q ue P ar ec

a p i one ir o Kick-Ass, ele e. ta sem p reap roxim ando c om a c am era do rostoalgum de seus a to re s e de c obrindo ntimbre dramar i cos q ue nada m illscena poderia c om un ic ar c om igual eq uenc ia. Em Primeira Ctasse, esmomenros v f idos p odem vir tantoatores nada famosos em c ena brev(a rencao ao eterno c oadjuvante 01

Kru pa como 0 c ap itao da e q uadravierica) c omo dos nomes p rinc ip alJennifer Law re nce , a re ve la c ao de

d e co nfo rto , re m uma v isa o o rim is ta d a

recepcao q ue sera dada a esse fenome-BO tao no 0 do mutantes. E ra-se emp l en a Gu er ra Fria, e avier acredita q ue

a o p o ic ;a o e ntre a duas up erp otenc iaat6m .ic a. , Estados U nidos niao So-

v ie t ica , bastara p ~ra neu tralizar a des-confi anca p ara c om eres de habilidadesup eriores, c om le. q ue se di ' ponbama lamar a lado cerro no c onflu o - so -nho do q ual [era u rn rude d p errar no

exam memento em q ue de armada aCri e dos Mf eis de Cuba (aq ueladua sernanas de ou rub ro de 1962 emq ue 0mu nd o e ste ve a beira de u ma ani-quila a o nuclear) , os doi arqui-inimi-

go e unem em torno do q ue c oosid -T am u rn tn im igo m aier.

M ais do q ue q ualq uer ou tra adap ta-

c a o cinematografica de q uadrinhos, aerie X-Men ja na c eu c orn e seengajamento no eventomaiores do m undo. Nunca

Singer, como direror do s d oi p rim eiro .DImes e produtor executive desd en-tao. deixou q ue e se fundamemo fo em enosp rezado. E m Primeira Classe,

e nr re ramo. e le e valorizado como nunca

ante : se no X-Men anteriores os ilo s

foram sern pre sere h um ano s , e n so

riaturas de fa nta sia - enadore dado

a o f au a ris 01 0 politico, c ienri tas q ue naoponderavam 0 impacio de sua. de c o-bertas-c -, eles aq ui ao m ais hum anosainda, p or assim dizer: ao as p e oaq ue c ump r m ordens. Em suma, q ual-q uer p e oa, em q ualq uer lugar e temp o- vale dizer, q ualq uer um de n o ' .

Todas a conq uista de S:inger p arao genera do . u p er-nerois - a obrie-dade, a eriedade c om que os persona-gens sao enc arados e. p or q ue oao, 0

1641 SDEJUNHO.2011

o M AG Ntnco M AG NE T O na cotsa de

dais ((fIOS. q ue m sa bia q ue m e ra M ich ae l

P a s 'fje n d er e ra s o u m ou ou tro diretor d e

e len co - d aqu eles qu e jaliem questao d e

e sc ala r c om c la ss e a t e o s p a pe i b e m .

pequenos-em. series c o m o Band, o f

~othe[ .M as. desde que esse m e t a

ir tan d es, m e ta aiem a o d 34 auos

imeipretou 0 terrorista irlandes Bob); ;y ,

S a n d s em Hunger e 11m d o s b a st ar d o

i / lgZOr : iOSno j i l~e d e Q u e m ! ! l Tarall l i l1o~

n iio h a cin easta q ue /l ac e sr ej a b r lg an l lo

por um espaco em ua a ge n d a. V er sd r il a

ponio de s er ir re co nh ec ie el d e u rn tr db d lh o

p ara (J ulT O ,esse a to r e_x tl 'C l& l 'd ind r io ,

com 11mco m an d o d e cena irresisttvette,

m e n io ne -s e. m u iio boniuio t ambem] , sera

o protagonista d o s p ro xif ilO s tr ab a lh o s d e

D a ll id C r o n e n b ef ig , Sleven $odenbergh e

R id le ' S co re . Quem ainda nao sab» quem

ele to go dev e ficar can siido de ram o

. saber- m a s d i fi ci lm e n t e de ve- lo

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verno da Alma, c om o M y. riq ue; a geu -da January Jone ,da erie Mad Men

como uma telepata que a s vezes se cri -ra liz a n a form a de urn diamante - adupla central, clare, fo rm ad a p ar Jarne

McAvoy como avier e, melhor eucre

a melhores, M ic hael F assbend er c om oErik (veja 0 quaaro na pag, ao lado).

E uc re os B a n n a n de TIm Burton e 0prime:iro X-Men, n ao h ou ve ve rsa o dos

quadrinho q u e Ho llywood fosse capaz

de ac enar, Caric atas e infantilizanre

ela p arec iam p ro ar, vez e vez irn. q ue

ap e ar da afinidade entre a linguagem

da HQ e a do c inema algo de e n-cia] sempre e perderia na rran -

p osic ao. inger m udou sozinnoo jogo com X-Men: p ela p ri-meira vez via-se q ue 0 elo

p rdic o estava no drama, Ep or erem dramatic os q ue 0

q uadrinho ap elam aos adoles-c entes: a fantasia e a aventu ra ao

ap enas a forma em que as anzn riaexp ostas nas historias ao rr ab a lh a da s

Com uma ligeira m udanc a de diap a ao,entao, Singer refundou 0 genero o 10r-

marou para roda a decada q ue e egui-

ria: 0 segredo nao e : ta n o s up erp o derem q uestao. mas no ofrimento q u elec ausa a seu p o uidor. A regra se tornouuniversal, de .u c es os c omo Homem -

Aranha, Batman e Homem de F ITO afrac as as como Detnolidor e 0 doisHulk, incluindo aiudaSuper-Homem-

o Retorno, do p r op r io S in ge r,

M as. tendo ja rran form ado em fran-qu ia quase todos 0 uper-herois de pri -

meiro, segundo e terceiro escaloes(ThOT~ lanc ado M p ouc o, m ais Lanterna

Verde e Capitao America, q ue estreiarn

ne te ano, sao do p oucos q ue falta am).

Hollywood com c a e ta dec ada comlima ourra t endenc i a ja d efin id a: a do re -

boor, Oll " re in sta la ca o" . d es se s p e r o na -gens. Homem-Aranha e Super-Homem

reto rn arao, em brev e, c om o urro s inter-p retes e ou tre diretores. e vario rnaisse eguirao. C om o, p orem , darurn p a 0

a dia nte a partir d ma te ri al j a r ao exp l o-rado? ovam enre, X-Men en sin a c om ofaze r: p r imei ro , e p rec iso en ten der c omm als c lareza aind a 0 qu e o ri gin almen r

, ! ; ! fez c om q ue 0 p ub lic o ac hasse tao esp e-~ c iai esses up er-berois, D ep ois, p oe- e

~ de Iado e se dado, de q ue e esta tazen-~ do u rn filme d up er-herois: c nida- e de

~ fazer urn born fi lrne - e p onte. •

vela I 8 D E JU N}fO , 20 11 I 16 5

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do Big Love, da T -IB O :0 retrato fntide urn c ia p oligarno. Com 0 impaadicional de nao se r mera ficcao, e

um r ea lity s how : 0 comercianre Broesra entre os c erc a de 40000 ad ep tosseitas m orm ons fundam entalism s

praticam 0 " cas am en to p lu ral" n os Edos U nidos. No irucio da ternpota

Brown conrabil iza r res mulheres - Mn, Janelle e Christine - e creze filh

E ss e a rr an jo e alterado p ela adic aoum a q uarta "esp osa-irm a", c om o seno jargao dos fieis - Robyn, q ue tr

mais tres filhos de urn casamenro anrior. Brown. Meri (a primeira mulher

Janelle (a segunda) exp lic aram a V Ea dec isao de exp or sua baira familiaTV "Muitos c omo n o s nao saemsornb ra po r .t er ne r 0 preconceiro", a

rna Brown. "Era hora de desfazereq utv oc os sobre nossa te,"

No sec ulo XIX, a p oligamia ja

abrac ada p elo fundador do m orm onmo, Josep h Smith. q ue tornou p aradezenas de esp osas. A p ratic a foi pr

A verd ad eira

g ran de fam iliaA pos ser exp lorada de form a ficcional em uma seneda H-BO, a intimidade dos clas rnormons fundamentalistase exposta no reality show 4 Mulheres e J Marido

c om p arec er ao serv ic e em d eterm inado~ dia da sem ana. "P obrezinho, ele se enga-

od a rnanha, 0 arnericano Kody n ou d e n ov o" , d iv erte- se LIma d as e sp o -Brown se ve diante do mesmo sas abrigadas nessa esp ec ie de harem la -

desafio dom esric o: nao c onfun- birm tic o no p rim eiro ep is6dio de 4 Mu-

dir-se de esp osa. V ivend o numa [h ere s e 1 Ma rid o . 0 p rograma, q ue es-mansao subdividida em varies ap arta- rreou na TV americ ana no ano p assado em em os c onju gados, ele voila e rneia er- c hega nesta terc a-feira ao c anal brasilei-ra a p orta da alc ova' na q ual deveria - ro D iscovery Home & H ealth, ex plora ap ara usar u rn eu fem isrno c onsagrado - m esm a p rem issa do rec em -extinro seria-

M ARCELO M ARTH E

o poltgamo Ko dy

Brown (no centro,de roxo) co m

as e sp osa s, o s

trez e fiih os e

o s ire s e nte ad os :

pobrerinho, a vida

dele I1tiO t! m e s m o

estressante?

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bida no Estacos Jnido em J 862 eta rn be rn s er ia b au id a p ela relig iao m or-mon o fic ia l. S eu s subproduto aborni-

navei justific am isso: na seitas q ueainda a c ulriv arn de form a c land estin ah a relate inc ontavei de op res ao eab u 0 de mulhere p dofilia. U ltima-

mente, c onrudo, a p oligamia c avou 1<1su a rrincheira na c ui L U rap op . A m aierresp on avel p or isso foi B ig L o ve . Comsu a v isne compreensiva desse universo,a erie atic ou a cu riosidade do p ublic osobre e e clas.Em tempos n os q u ais 0c asam en to trad ic io nal tern ido q uestio -nado p or Tam as form a alrernarivas dea rra njo familiar, e ss e ta l ve z ten ha sid e 0

impu l 0 q u e f alta va para 0 pougamosse anirnarem a ex ib ir su a fac e.

A o menos diante da ameras, as"esp o a -irmas" do p rograma p assamlonge do p erfil da rnu lner op rim ida. Aq uaJq uer c oi a q ue e p ergunta a Brown,

de 40 anos, a rnu lherada rira a p alavra

dele. M eri rec lama - na c ara do mari-c H i o - q ue e s t a enciumada da quartarnulher, ''A esta altura, ter m ais um a di -

p utando a atenc ao dele nao m e agrada",diz. C hri tine, a ierc eira e sp o sa vira

um a arara ao saber q ue 0 p r op r io mar id oe1 colheu 0 vestido de noi a de Robyn,

dep oi de deixar a q uarro p assaremuma tarde na loja achando q ue elas eq u e iriam d ec id ir 0modelo. esse eq ui-lfbrio dornestico delicado, Brown remainda de se desdobrar p ara m anter a des-pen . a abarro rada p a ra a lir ne nta r t an ta i

boca. A lem dele 6 Janelle e Meri rra-balham ~ mas essa ultima e demitidaq uando eus ernp regadores desc obrem ,p eJa T V, q ue ela e mulher d e u rn p oliga-mo. 0 aldo q ue se Lira des a fam ilia e,ain da as sim , p o sitiv o. A s es po sa s- irm asadminisrram 0 la r d e fo rm a c olab orati-va. Eo barrac o revelam- e tao ameno(o u p esado s) q uan to 0 de q ualq uer fa-m ilia. "0 p ior de tudo e nfrentar a c a-

rencia em oc ional deja q uando urn novobebe chega ' ' , diz Brown. em p or i.. 0ele desiste de faze!" a p role c resc er em ulrip lic ar- e: R obyn esta gravida do14° filho d e B rown .

Em mais urn d talhe em q ue a vida

ir nita a ttccao. 0 c Ia vern. o fr endo como

o p ro tag on is tas d eB ig Lov e p or as umirpub l i camen te sua c ondic ao. A p ohc ia doe tado am eric ana de U tah abriu um a in-

vesugacao t a o logo 0 p ro g ra m a e sr re o u.

o marido e ua esp o a -irmas conq ui -raram a farna, ma p odem ac abar na ca-deia, Antecipando-se a esse fantasma,

el e mudaram p ara 0 e sta do v iz in hode evada, ond a legislac ao e maisbranda. O s produtores a grad ec eram : asa trib ula co es c om a lei g ara ntiram 0 dra-ma da segunda remp orada. U rn q uintoc asam ento seria u rn bam m ote p ara um ae ve ntu al te rc e ir a r empo ra da ? Ja ne lle l -

rna a p alavra.: em p ensar. Pobrezinho,a ida dele ja esra tao e rre sante". •

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"N ao s o u patricinha"A filha "numero 4' de Silvio Santos vira apre entadorado SBT . Sua p rova de fogo e nfrentar 0 p ai no ar

MA RC ELO MA RT H E

o c om eco do ano, p ouc o dep oisda (ac ac ia q ue lhe p erm itiu ven-der0Banco Panxmericano emq ue 0 rornbo de 4 bilhoes de

reai levas e d roldao 0 restante de eu

imp e rio , S ilv io Santo teve d e lid ar comum a q u es tao familia r n ao m en os p e ric li-tame: 0 d estiu o p rofis io nal d a filb a P a-

tric ia A brav an eL M ais c on hec id a c om o

ua rebenta "numero 4" (ete e p ai de eirnulheres), P atric ia p assara os riltimos

tempos rodando p elas emp res as .parer -

nas, incluindo 0 banco. A moc a de 33ano fic ou aru rdida c om a c rise. M as,vangelic a, nao p erdeu a fe, « Sab ia q u e

m eu p ai ia tazer u ma li.m onada bern do-cinha daquele lirnao azedo", diz. Solu-

c ionado 0 im bro glio b an cario , ela tam -bern [ ev e d ire iro a s eu re fres co d oc in ho :

virou apresentadora de televisao. Da

mesma forma q ue ID S sua mae, resoveu atac ar de no eleira q uando 0 Bperdeu 0 seg un do lu gar no ib op e. P atc ia garam e q u 0 b aq ue d o P an A m ericno foi 0 q ue a lancou n a n ov a c arre irao sem uma forc inha das mulheres

c la, adm ire. E m eu p rogram a, Silvio rsumiu a q ue rno c om a gaiarice deprxe: 'Sofri a pre ao de seis mulherbu zinando no m eu ouvido",

P atric ia g ra vo u rnerchandi ingmarc a de c o metic o do grupo e to rn ose anc ora de u rn p rogram a gu e resgara

trin ra an os da em isso ra, em ex ibic ao de

168 I 8 D E JU NH O . 2011 I veja

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de 7 de maio. Mas sua grande prova (ou,m elhor dizendo, p rovac ao) rem sido 0

d ue lo c om 0 p at ITO Jogo dos Pontirrhos,quadro das nones de domingo em que

Silvio da vazao a seu lade "velhinho

em-vergonha". "Quero que rneu pai

possa oJhar para m im e diz er: 'Como es -se meu fru tinho m e rep resenra bern'.Que ele me veja como uma furta saboro-

sa e corada'', declara a poetica Pamela.

A participacao de Patricia no Jogo

dos Poutinhos ilustra como Silvio, aos

80 anos, busca transrnitir seu traquejo

de ap resenrador a esse fru tin ho . N a g ra-

vacao do programa que foi ao ar em 8

de maio, ele se irritou porque a filha

COrtOU a tala de outra particlpanre e

ameacou dar urn beijo nele. Nao teve

duvida: expu lsou - a por man compor ta -

memo. "Reconheco que passel dos li-

N AT RIlH A PAT £R NA Pat ri c ia Abravane l

h oje e co m Silv io , depo ts do sequestro

(acima): "Q uero q ue m eu pai possa oilla!'

para m in i e direr: 'Como e ss e r ne u

frut inho 111£ r ep re se nta b em '"

mites, pais e ele quem manda" , r es igns -se Patricia. "Ao chegar em casa, eu aca-

riciei a barriga do meu pai, enchi ele tie

beijos e p edi p erdao," Na semana se-

guinre, Patricia sofren novo enquadra-menro - dessa vez, esc anc arado em

rede nacional, Entre aquelas frases cap-

cicsas qUG Silvio lancapara as "mocas

do auditorio' , ele solrou que "filha de

rnilionario nao trabalha" - ao que a

herdeira 0 fulminou com 0 olhar. Silvio

comentou ainda - em tom de piada,

claro - que P atric ia Ih e dava m ais tra-

balhe que a garorinha Maisa, apresema-dora infantil do SBT. Mas enos mo-

m entes em que 0 pai se desm anc ha emelogios as curvas da modele Helen

Ganzarolli que, 0 descontorto deja fica

mais patente, Nessas hora , a camera

DaO raro a tlagra de cara fechada e bra-

cos Cruzados. "No fundo, eu sei q ue eru de b rin ca deira. M as d ec id i n ao d eix arbarato essa coisa de ele ficar babando

p or ela en q uan to me pinta de dondoca.

N IT os ou p a tr ic in ha d es lum bra da ", d iz .Patricia tornou-se a mais conheci-

da das fHb<,!sde Silvio em razao de urn

episodic que emocionou 0 pais: 0 se-

quesrro de que foi vinma, M dez anos.

Ela julga que a flerte que inicia agora

com a fama e difereute, porern, do ripod e e xp os ic ao q ue e xp er im e nro u n aq ue -

_ la epoca. "Na academia onde malho,

pessoas que sempre souberam que so ufilha de Silvio Santos de repente vie-

ram puxar conversa, pois hoje estouentrando na ea a· delas pela TV: Isso

nao e iucnvel?" Patricia jura que nao

q uer virar estrela, "M ens rnaq uiado resno SET falam que daqui a pouco isso

vai aconrecer. Mas nao quero ser urnsex symbol ou uma.personagern irreal",

diz. Entao, 0 que Parricia Abravanel

desejaalcancar, afinal? "Quero ser .6

eu, uma pessoa autentica, eutendeu?AWlS. nero sei dizer ao cerro quem,

SOlI. A genre e um a c aixinha de surp re-sas", conjectura.

Um v fd eo ju rassic o g rav ad o 1 1 a in -f<1uc ia - e que Silvio Santos pretende

exibir em breve - indicaria que PatTI-

cia continha desde cedo a, va la, cente-

lba a rn stic a. Em uma aparicao no extin-

to p r og rama i nf an til deMara Maravilha,e la a rr an c ava 0 rnic rofone das rnaos daapresentadora e cantava. "En morria de

v erg on ha d es se v id eo , mas acho q ue eleres olv eu d es en terra -Io p ara mostrar q u eeu ja levava jeito para arnsta. Mas vai

saber. MeL]pai e tao engracado!" •

veja I 8 D E JU NBO , 2011 1169

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M estre d a• • # I I t I t t I

o p u u a o •vreColetan ea d e en saio sde G eorge O rw ellm ostra q ue suas ideias -seguem atuais mesmodepois da q ueda doc orn un ismo. S ao

u rn g ran de an tid otoc on tra a ditadu rada c orrec ao p olftic a

NELSON ASCHER

CO N T RA 0 R EB AN H O

o ingtes George Orwell:

independencia absoluta

'e m relactio 40

pensamento dominanie,

a s modas ituelectuais

e a r e a sua propria

ctassesocial- que elea b a n d o n o u para viva

entre os pobresde

Lotuires e Paris (c om o a

da foro acirna, em uma

lila d e s op a o) durante a

Depressiio economica

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om a q ueda do M uro de B erlim ,em 1989, e, dois anos m ais tar-

de. om 0 fun da Uniao Sovie-

rica. a intelectualidade declarou

::JOO q u ase u nan im e q ue G eorgeOrv 1903-1950), embora proferico

no' rejo e a uno prazo, e rr ar a n o ataca-d - €' SE to rn ara o bso lete, A n nal, su as

. _ conhec idas , A Revoluaia dos

Bichos = 984. tematizavam a ascensao eo func ionam em o de tiranias do np o 50-

v ie r ic o , '- g a n do , n o c aso da segunda, a

p r ever s u a imp l an ta c ao no mais t radi c io -nalreduto da d emo c ra c ia lib er al, a I ng la -terra. 0 q ue o s c ov eiro s a pr es sa do s deO r well faziam q uestao de ignorar e q ue,para ele, 0 c om un ism o so vietic o era an -te de mais nada uma tirania exemplar ,que lhe servia como u u s r r a c a o de todasas demai . Essa e uma das principais

CO D Insoo. a q ue se chega atraves da lei-m ra de ontros textos seu s, c omo os q uecou s r am da an to log ia C o m o Morrem os

Pobres e OUCTOS Ensaios ( t raducao dePedro 1aia Soares; Companhia das Le-

rras; 4]6 paginas; 44 reais).

Merecidamenre renomado p or al-guns de eus rom anc es (c om o os dois jacitados e 0 menos l e r nb rado , mas ex ce-

Ienre, Um Pouco de Ar, por Favor') e

p or livros de remmisc enc ias c om o Lu-

tando 1 1 . 0 E s p a n h a ( so br e s ua p a rtic ip a -< ;aona Gue rr a Civil Espanhola) . 0 escri-

tor ingles era, ac im a de rudo, ensaisia

equivalente do Ingles cotidiano: 6) In-

frinja q ualq uer um a desta regras am esde dizer alguma absolute barbaridade".

O r well c ultivava u ma inegoc iavelmdependencia. q ue 0 Ievava H preferiresrar errado sozinno a c e 11 0 c om 0 re -

banho (e0 tempo provon que ele costu-maya e sta r c erro c on tra 0 reb an ho ). D e -

mousrrou sua. indep endenc ia antesrnesmo de comecar a publ icar : educadoem esc olas de elite, abriu mao. de CUT-

sar, como se e spe rava , um a das gran desu niversidades. T ornou -se, em vez dis-so, funcionario colonial na Birmania

Carnal Miar un ar ). Romp en do em segu i-

da c om 0 imperio britanico e su a pro-p ria c lasse, O p lO U p or viver c om e comoos miseraveis na Franca e na Inglarerra.Luc ido, q uando .a maioria vivia de

olhos fechados, eJe alertou para a us-c e nsa o d o ta sc ism o, q ue levari a n ec es-sariamente a guerra. E, enfim, rornpeu

com sens pares , osintelectuais. ao de-nunciar os podres da UniaoSovietica.

Orwel l jamais deixou

de dizer algo p orq ue iso .0indisp oria c om tal ou q ualgrup o ou p or medo de q uefalassern mal dele no p ro-

ximo janrar. Seu comporta-

men ta era, p orern , a exce-9[0 c omo ele mesmo 0

disse: "0 taro sin istro emrelac; :ao a censura literarian a I ng la te rra e q ue ela e,em grande medida, volun-

taria. c . . . ) Em qualquer rno-

memo dado, .M u rn a o rto dox ia, u rn cor-p o de ideias q ue se sup oe q ue todas aspessoas bem-pensantes aceitarao sern

questionar, Quem desafia a ortodoxiadominanre se ve silenciado c om sur-

p reen den te eric ac ia''. V e-se, assim , q ue

ele nao so nao fic ou obsoleto, c om o emais atu al do q ue n un ca. G rac as (masnao s6) a uma legislac ao tac ita c omo ada correcao politica, a rnaioria dos inte-

lectuais busca impor a ro dos 0 q u e p en -sa r e, ainda mais, 0 q ue nao pensar . Daiq ue nao seja raro algueru que expres euma opiniao heterodoxa on d iv e rgent e

ouvir 0 s eg u in te : " Como e q ue voc e p o-de pensar isso?", Orwell segue sendo 0

grande mestre e a maior insp ir acao paraq uem considere q ue nao ha c omo p en-sar de verdade sem q ue se possa tam-

bern p ensar d iferente. _

- u rn dos melhores d e su a lin-gua e epoca, 0 q ue nao e dizerpouco. Seus ensaios discorrem

sobre topicos numerosos: a Ii-

teraru ra e a liberdade de im -'prensa, 0 imp e ria lismo b rit an i-

c o, a vida dos p obres (q ue eleconhecia em primeira mao) e ahipocrisia da elite, os anos decrise economics no mundo e a

ITGuerra, 0 pacifismo e a culi-

Daria de se u pals -, m as su ap r es en c a a uto ra l e sempre incon-

fundivcl, marcada tanto pelo estilo

q u an to p e lo p o sic io name ru o etic o ,C om o se p ede ver no ensaio "A p olf-

tica e a lingua tnglesa'', Orwel l pregava

- e p ratic ava - a c lareza e a objetivida-de, nao c om o u rn r ec u rs o d emagogic o iJ .

prerensa rala popular , mas sim como re-

sultado d o ex am em :in uc io so d os taros eda p erp etu a lu ta co:q . t ra0 lugar-comum.Suas seis regras valem , c om mtnimasadapracoes, para 0 portugue: contem-

poraneo do Brasil: "1) Nunca use urna

m etafora, sim ile ou ou tra figu ra de lin-guagem q ue esta ac ostum ado a v er im -pressa; 2) Nnnca use uma palavra longa

q uando u ma c urta dara c onta do rec ado;3) Se e possfveJ cortar uma palavra, cor-te-a sempre; 4) Iunca use a voz p as ivaquando pode usar a ariva: 5) Nunca useuma exp ressao esiran gc ira, um a p alav ra

c iennfic a ou jargao se p uder p ensar nu m

veja I S D E JD "N HO . :>011 1171

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vej

D I S CO

A banda inglesa

Arctic Monkeys:

c au co es s ol ar es , c om

shalalala e ieieie

DW Judi Deuch

em Cranford: d e

mans in h o, e st a

minisserie vai

virando UIlI vicio

- . . . . . . S U C K IT A N D S E E , ARCTIC

MONKEYS (EM! )

:II 0 quarteto InglesA rc tic M on key s e res-ponsavel p or Whatever

People Say [Am, Thai's What I'm

Not (2006), q ue e tornou a esrreia

m ills bem-su c ed id a d a h ist6 ria d op op Ingles. 0 CD foi ram bern um ap rov a da forca das redes . ociais 11 0

me rc a do fonog ra ti co : os tas da ban-da ja c on he ciam su as m usio as p e lo .sire MySpace e mesr no a ss im foram

comprar 0 album em rnassa no diad o Ia nc am en to . N este q u arto d isc oas gu itarras rap idas e agu das dab an da , ta o m arc antes em seu s doisprimeiros CDs , to ram emp re ga da s

em c anc oes c om rnais ap eIo melodi-c o, c om m ftu enc ias dos B eac h B oyse do s Smiths. Sack II and See. alias,

ISmuito diferente do tr ab alno ante -rior do A rc tic M on keys, q u e dec ep -

c ionou os fas. G ravado no D esertode M ojav e, nos E sra do s Un id os ,

H u m b u g nnha producao d e J os hH omme, do Q ueens of the StoneA ge. e era um disc o m ais p esado,rnarc ado p or urn flerte c om 0 ruck .

alrernauvo ame ric an a q u e n ao c asoubern c om a sonoridade jovem e bri-tiin ic a d a b an da I id era da p e lo g uita r-risra e vocalista Alex T urner. 0 novoalbum, ern c omp en sa ca o, I Sre ple tede c anc oe olares c om refTao s c on -ta gia nt es , c omo Black Treacle e TIle

Hellcat Spangled Shaialala.

17 2 I 8 D E JUNHO . 20! I I veja

LIVROSo A N O D O D IL I M O , D E MARGARET A r W O O D

( 1 R A D U C ; l i o D E MARCIA FRAZAO; R o c c o ;

572 PAGINAS; 59 REAIS)

• A c a na de ns e Ma rg are t A rwo od ep ro va velm em e a m elh or c u lto racontemporanea de urn genero litera-rio q ue, n o sec ulo p assado, tev e re-p r es en ra nr es d a q u a lid ad e deAdini-

ravel Mundo Novo, de Aldous

Huxley , e Laranja Mecanica, de

An th ony Bu rg es s: a disropia. 0Al/.Odo Dilu: io e a seq uenc ia -ou , m ais propriamente, l ima h is ro -ria p aralela - de ou tre rom anc epos-apocaltptico d a a u ro ra , Oryx e

Croke. A historia rem Ingar em

u rn furu ro devastado p or u ma ep i-demia p l anet ar ia , 0 " dilu vio se -.c o" ,.q u e atingiu q uase toda a hu -manidade. Enrre os poueos sobrevi-veures, estao as duas h er of na s d o ro-man ce: T ob y, e x- militan te d e um ase ir a d e ecofanaticos q ue se ap re-

senravarn como os Jard ine iros de. D eu s, e a danc arina erotic a R en.M a rg are t A rw ood n ao g osta m u itode te r se us rom an ce s c lass t f t cados

como " f i C 9 1 i O c iennfic a" - mas e 0q u e remo s a q ui: bo a fic c ;a o c ien ufi-c a, c om trac es de sarira soc ial e u ma

capacidade de ob-

serv ac ao do t empopresente q u e to rn aassustadoramenteplaustveis a s fa n-tasias futuristas

d a a u ro ra .

G U E R R A , D E SEBASTIAN JU N G ER ( T R A D U < ; :A

DE B ER ILO VARGAS; lN 1R fN SECA ; 272 pAGIN

34,90 REAIS)

• 0 jornalista ameri c ano Sebast ianJu nger fez c in co viagens ao A fegnisrao enrre 2007 e 2008, paraacornpannar 0 c o tid ia no d os soldados da companhia Battle, encarre

da de m an ter u rn p osto av an cadod as to rc as ame rtc an as no Vale do

K oren gal, u ma das r~-:-..,.,.,,--=~- gioes mais confla-

gradas do p ais. A si ncu r soe s resu lr ara11 0 documentario

Restrepo, d ir lg id op arc eria c om 0 forog rato In gles T im Hth erin gto n (mo rto eab ril, n a L fb ia , p o rum a g ra na da la nc ad a

p a r rrop a s leais ao ditadar Muamar Kadafi), e neste Gue

ra, relate o bjetiv o da vida em umzona d e c omb ate . J U 11 ge rm o stra

mo 0 m edo se tom a u rn c om p an hro diario dos so ld ad os q u e v iv emob fogo do Taliba - m as rararnete veem a cara do in im ig o: p ela sc unsta nc ia s g eogr af ic a s do Korengal, q uase rodos os araq ues se dao

d istan c ia . 0 Iiv ro a com p an ha aina d iffc il re ada p ta ca o d os soJdadosvida civil, de p ois de retornarem a

Esrados U nidos. E ha um a nora eperancosa na d esc ric ao d a c am aradagem q ue se form a entre os soldd os em u rn d os lu ga re s m ills in os

to s e v io le nto s d a T erra,

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O s m ais ven did os

DV D Monianha Ccga: 11mret rato angustian te da face m ais primuiva da China

DVDsC R A N F O R D ( l N G ! J . ~ T E R R A ,

2007. LOG O N )

III A ntiq uado ate p ara osp adroes da dec ada de1840,0 vilarejo ingles

d e C ra nfo rd o ste nta um ac u r io sa p e c u lia ri da de d emogr af ic a :

e p ovoado q uase 56 pm rnu lheres -e estas sao , na m aioria, ja m eio ve-

lhotas, c om o a fofoq ueira M iss P ole(Imelda S tau nton ), a rigid a DeborahJenkyns (Eileen Atkins), referenciap ara assu ntos de etiq u eta e c om p or-tam ento adeq uado, e sua doc e ec orn p la cen te irm a, M iss M a tty (Ju diD enc h ). N amra lme n te 0l uga rej o en tr a

em p o lv or o a q u an do , sim u lta ne a-mente, uma sobrinha das irrnas

Jen kyn s p ede abrigo p ara fu gir deu rn c asam ento q ue n ao deseja, u rnjovem e cavalheiro medico a slime amimiscula c lm ic a lo c al e o s r umo re ssc ore a ch eg ad a da est rad a de ferroc om ec am a c irc ular: se 1 1 3 . uma c oisa

de q ue o s mo ra do re s d e C ra nf or ddesconfiam, 6 - de rn udan cas em su avidinha. Adap ra da d os livro da in-g le sa E li za be th Ga sk e ll ( 18 10 -1 965 ),m u lh er d e u rn re veren do , q u e c resc euem um a vila m uito p arec ida coma de suas historias, esta minisserieda B BC c au sou furor na Ing la ter ra

(e ganhou u rna continuacao,

Rerum fa Cranford, q ue dev esair aq ui em breve em D V D ):d e m an sin ho , m a nsin ho ,

ela vira u rn verdadeiro vfcio,

M O N TA NH A C E G A ( M AN G S H AN , CHINA,

2007. EU RO PA)

• D esem pregada e p reoc up ada c omas d fv id a s qlle seu s p ais a cumu la-Jam p ara Ihe dar um a edu cac aou niv ersita ria , a jov em B ai X u em ei(H u an g L u) a ce ita rra ba lh ar p ara

um a com panhia q ue c om p ra e rv asm edic inals em u m groiao d o nor teda China, nos anos 90. M as e [lidouma arrnadilha: os falsos empre-gadores de B ai a venderam c om oe sp o sa p a ra 0 filh o u nic o de UD)

c asal de p eq u en os ag ric u lro res.E stu p ra da p e lo m ar id o repul iva eesc rav iz ad a n as d u ra s t id es diariasda China ru ral, B ai te nta fu gir re -p etidas vezes, sem su cesso; as au -t or id ades Joca is recusam-se a in-ierferir na p ratic a de c om p rar es-posas. 0 direto r Y a ng L i ap resen ta

aqu i um a China pnmiriva, mtoca-da p ela p rosp eridade q ue taz dop a is um c o ntra dito rlo p r od ig ioeconomico . E , no en tau ro, u rnapratica npica do governo autorira-

rio e c en traliz ador esta bem p re-sente: a c orru pc ao . D a pare r ica

po l fc ia q ue na o con s egue res g at arB ai ao im u ndo h osp ita l p u blic oq ue a soc orre dep ois de urna tenta-tiv a d e suictdio, n ada f un c io naem p rop in a. U rn film e c lan stro fo -b ico , angus ri an te ,

q ue nao da ao es-p ec tador u rn m in u-L O de altv io - a l e

o final brusc o e

violemo.

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o m i n i s t r o n a o c o n t an tre o s s in ais q ue marc am u rn pai como ub-

desenvol vi do , n inguem mais d is cu te . h a mu i-lO tem p o, q ue 0 baixo mvel da edu cac ao esta

na linha de fr me. 1 ao da para disfarcar: euma Ic rida bern 110 meio da te ta o Ha muiras ou trasm arc as desse rip o, claro todas vi fvei q uando ep r es ta u rn rmnrmo de areneao a p aisag em p u blic a, enenhu r n a delas e: fa em falta no Bra ilq ue e p e d e

ver a nossa volta. Sao c oi a muito imples Todop af subdesenvolvido p or exernp lo, [ m mo c a:

nao M exc ec oes. 0 aero p orro . em vez de rerem aua volta hotels op erados p el a gran des c adeias in-ternac ionais, ao c erc ado p or favela. H om ic idac on fesses p odem c om ec ar 0 c u rn p rim en to d e suasp enas onze anos ap es 0 c rim e q ue c orneteramq uando nao sao "c idadaos c om un ''. E uma e st rada

q ue v ai lon ge. A c ad a realidade des a . e COIUO eum a p lac a d e stn atiz ac ao av is ass e: "Atencao: voce

esta num p ars subdesenvolvido". ao adianta, ai,tel: u rn PIB q ue p assa dos 2 rrilhoes de dolares, as-

sistir ao Ianc amento de imoveis com p rec os deMa nh atta n o u an oiar 0 q ue diz a m aq uina de p rop a-

da esc ola p ublic a - e dim inuir a desvanragern q u

o sep ara, em term os de conhecimenro, de q uem p 6

de estudar na boas esc olas do si lema p rivadoum a simacao dessas, a p op ulac ao brasileira -q ue va i a c ab ar p a ga ndo perro de 1, 5 trilhao d r a

em im postos are 0 tim do ano - teria 0 d ire ito de sp e ra r q u e 0MEC esriv esse trabalhan do dia e noite p ara tirar oo ssas esc olas d o rerc eiro ou d o q uarrmundo em q ue vivem . M as nao e 0 q ue aconrece.

v erd ad e q u e 0 MEC, ult imamente na o ai do notciarto, 0 q ue p ode dar, are, u ma im pre 110 d e g ra nde op ero idade. 0 p roblema e q ue nao ap arec e p oestar curnprindo melhor a ua obrigacao, q ue e eoinar, Aparece porque deu p ara produzir episodicc ada vez mai e q u isitos u rn dep oi do ou rro. e

n hu m deles tern qua lque r eoisa a ver c om 0 ensiuda regra de tres ou c om a B atalha de Tu iuti. Todorem aver, ap enas, c om 0 d es lumbra rn en to d oatuai bu roc ratas do mini reno em dar a educac ;ao b rasileira u ma abo rd agem "p op ular' , "dem oc ratic a", 'm odern a", "av an cad a' o u de "esq uerd a'

- ou tudo isso junto.A au roridades q ue m andam hoje no ensino p u

blic o nac iona1 estao c onvenc ida de q ue a func aop rinc ip al do M EC nao e t ransrn ir ir conhec imen to .m as c oloc ar a so ciedade b rasileira n o m olde p olitic o e ideol6gic o q ue elas c on iderarn ideal p ara

p ars. Em vez de ensinar

ac ham q ue a p rioridad dministerio e cornbarer 0 rac i mo, re elver 0 problemada di tribui9a d renda op rornover a (diver idade" d

preferencia exuais. Acreditam q ue 0 aluno tern d

rec eber in stru cao p oliu cam en re "c orreta' e q ue devern er treinados p ara admirar a realizaco dg overn o. Q uerern , inc lu iv e, rran fo rm al' 0 ponugue numa lingua 'democ ratic a" e livre de r es r a

c riada p ela elite. 0 p rimeiro resulrado di so eseq uenc ia de di p arates q ue 0M EC rem c riado no

u lrimo s tempos . V ai- se . al, da c ondenac ao p or "raeismo" da Tia Nastac ia, de M onteiro Lobato a" kit" d e in ce ntiv e a hom ossexu alidade, u ma id i

tao ru irn q ue 0 p rop rio governo desi tiu de levarc ois a a dia nte . O u, e nta o, d a in ep cia n a o rg an iz ac ao

dos exam es do Enern a lie nc a p ara es rever "nov ai p esc ar" . 0 seg un do resu ltado e q ue, c om toda

essas p reocupacoes , nao sobra tem po p ara en inao q ue e 0 a ng ulo r eto .

Como ru n p ats p ode ser desenvolvido egrande m aioria da sua p op ulac ao nao ap rendeq ue prec is a? 0 m inistro da Educ ac ao ralvez alba resp o La - rna' se ouber, nao e l a contando

A s au torid ad es q ue m an dam h oje n o e n s i n o p u b lic o n a c io n a les t ao c on ve nc id as d e q ue a f u n~ao p rin cip al d o M E C n a o etra ns m itir c on he cim e nto , m a s c olo car a s oc ie da de b ra sile ira n o

m o ld e p olitic o e id eo l6g ic o q ue e la s c on sid eram id eal p ara 0 pais

ganda do governo. 0 atraso continua do mesmotarnanh o, in diferente a tu do is 0 - e nao vai mu-

dar, p or mal q ue e avanc e aq u i ou ali. enq uantoesses sinais estiverem p r sentes. ao val mudar,p ara c orn ec o d e c on versa, enq uan ro a ed uc ac ao pu -

b lic a no B rasil fo r 0 q ue e hoje.Ela e 0 q ue se sabe. 0 ou o MOS e meio da

atu al geren cia, a edu cac ao b ra ileira c on tin uou .0-

lidarnente estag nada na su a siru ac ao d e c alam ida-de, entre' a p iores do rnundo a c ada p e q u i ' a q uesai, O s p rofessores nao sabem en i a r, o s d ir et or esnao sabem dirigir e os alunos nao c onseguemap render. O s buroc ratas do M inisterio da Educ a-cao, e c laro, jogam em c im a do c idadao e da m idiauma ap avorante rn assa de numero e estansri cas, 0

tem p o tod o, p ara m ostrar q uan to p ro gred im os; d ezrninutos dep ois ninguem se lernbra de rnais nadado q ue disseram , e a realidade nao se altera. ao,nem de longe, no rirm o q ue seria indisp en avel p a-

ra dar condic oes minimas de c om peric ao a aluno para ninguem.