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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 25 FEVEREIRO 2016 | N.º 555 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO “Não me recandidatarei a mais nenhum lugar concelhio, isso é ponto assente” Autarquia cede instalações à Universidade Sénior VILA DAS AVES CULTURA // VILA DAS AVES Centro Cultural aposta em ciclo de música portuguesa para alargar a sua área de influência INQUÉRITO Vereador José Manuel Machado responde ao inquérito do Entre Margens DOIS ANOS APÓS A SAÍDA DA CÂMARA DE SANTO TIRSO, CASTRO FERNANDES DÁ A SUA PRIMEIRA GRANDE ENTREVISTA “Muitas obras começaram comigo mas quando foram inauguradas não fui convidado” PÁGINAS 4 A 9

VILA DAS AVES CULTURA // VILA DAS AVES entre … · ciado à flauta de bambu, ... sucesso de vendas desse registo de 1984 reflecte-se na facilidade em o ... Doce trazem canções

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 25 FEVEREIRO 2016 | N.º 555 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

“Não me recandidatareia mais nenhumlugar concelhio,isso é ponto assente”

Autarquia cedeinstalações àUniversidade Sénior

VILA DAS AVES CULTURA // VILA DAS AVES

Centro Cultural aposta em ciclode música portuguesa paraalargar a sua área de influência

INQUÉRITO

Vereador José ManuelMachado responde ao

inquérito do Entre Margens

DOIS ANOS APÓS A SAÍDA DA CÂMARA DESANTO TIRSO, CASTRO FERNANDESDÁ A SUA PRIMEIRA GRANDE ENTREVISTA

“Muitas obrascomeçaramcomigo masquando foraminauguradas nãofui convidado”

PÁGINAS 4 A 9

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Quem é João Maria Gorjão Jorge?Mesmo que inclua os nomes em fal-ta, a resposta não me parece nadafácil. Se referir Rão Kyao, tudo serádiferente, espero eu. O músico é asso-ciado à flauta de bambu, instrumen-to explorado em “Estrada da Luz”. Osucesso de vendas desse registo de1984 reflecte-se na facilidade em oencontrar em mercados urbanos. Foidisco de platina, tal como o do anoanterior, “Fado Bailado” (o primeiroportuguês a sê-lo). Actualmente têmpouca procura ao contrário dos deinício de carreira. Por exemplo, “Mal-pertuis”, de 1976, é raro e atinge valo-res altos. É justo, dado que marca osprimeiros passos do jazz nacional. Porisso, é errada a ideia de relacionarRão Kyao apenas à flauta. O saxofo-ne faz também parte do seu mundo.

O fascínio pela cultura oriental le-vou-o à Índia, onde aprendeu e acu-mulou conceitos que aproveitaria nosseus trabalhos futuros. Para além denomes conceituados em Portugal, gra-

vou “Ritual” com músicos indianos.José Eduardo (contrabaixo), MárioBarreiros (bateria) e António PinhoVargas (piano) conjugaram esforçospara dar coesão a um espírito de ali-ança, onde a inclusão de ritmos ára-bes não parece deslocada ou intrusi-va. Conseguem esse feito e até pare-cem celebrá-lo em “Festa” (título ade-quado). A sequência entre as músi-cas ficou agradável, conduzindo o ou-vinte para ambientes quase sempreserenos. “Adoração” chega a ser tera-pêutica. Está cercada por sons quen-tes. “Chandrakauns” e “Swing Funk”são nomes que nos dão uma noçãoprévia do que esperar. A percussãode Ramesh Shotam encaixa bem naenvolvência. Já tínhamos ficado comessa impressão logo na abertura, com“Thilana”. No lado oposto, “Bonzos”dá brilho aos últimos minutos, termi-nando de uma forma agridoce e enig-mática.

“Ritual”, de 1982, teria seguimen-tos distintos – intromissão no fado,redescoberta da música popular,novo instrumento principal e aproxi-mação ao estranho e abrangente ró-tulo world music. ||||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

Pioneirono jazzportuguês

MÚSICA

Dentro de portas - “Ritual”

O fascínio pela cultu-ra oriental levou RãoKyao à Índia, ondeaprendeu e acumu-lou conceitos queaproveitaria nos seustrabalhos futuros.Para além de nomesconceituados emPortugal, gravou“Ritual” com músicosindianos.

Joana Gama celebra,em Guimarães, amúsica de Erik Satie

Num ano sem grande relevância emtermos de efemérides no que con-cerne à dita música clássica, JoanaGama decidiu assinalar os 150anos do nascimento de Erik Satiecom uma série de recitais (12 aotodo) a realizar um pouco por todoo país, ao longo de todo o ano. Nopróximo sábado, e depois do seu

PIANISTA APRESENTA-SE ESTE SÁBADO NO CENTRO CUL-TURAL VILA FLOR. RECITAL DE HOMENAGEM AO PIANISTAE COMPOSITOR FRANCÊS REALIZA-SE ÀS 22 HORAS

arranque em Lisboa no mês passa-do, o projeto “Satie.150” chega a Gui-marães, apresentando-se a pianistano grande auditório do Centro Cul-tural Vila Flor a partir das 22 horas.Mas não estará sozinha: nesta apre-sentação, Joana Gama conta com aparticipação especial dos alunos daAcademia de Música Valentim Mo-reira de Sá e da Academia de Baila-do de Guimarães.

Neste recital, a obra do composi-tor francês é intercalada com a decompositores que com ele partilhamo gosto pela desformalização da mú-sica, ainda que com resultados dis-tintos: John Cage, grande admiradore divulgador da música de Satie (eque promoveu a primeira audiçãoda enigmática peça “Vexations”), jun-ta-se a nomes como Carlos Marecos,Arvo Pärt, John Adams e AlexanderScriabin, este último contemporâneode Erik Satie.

Esta celebração inclui, também, aapresentação dos filmes “Entr’Acte”e “À Nous la Liberté”, de René Clair,esta quinta-feira, dia 25, no Peque-no Auditório do Centro CulturalVila Flor, e ainda uma palestra emtorno da obra de Satie na Acade-mia de Música Valentim Moreira deSá, marcada para as 18 horas destasexta-feira, dia 26.

Natural de Braga, mas com raízesfamiliares em Vila das Aves, JoanaGama (1983), é pianista e investi-gadora. Foi vencedora da edição de2008 do Prémios Jovens Músicosna categoria de piano. A sua activi-dade concertística desdobra-se emrecitais a solo, colaborações com dife-rentes agrupamentos portugueses econcertos com orquestra. Como pian-ista e performer, nos últimos anos temestado envolvida em projetos queassociam a música às áreas da dan-ça, nomedamente com Tânia Carva-lho e a companhia Útero, do teatro,da fotografia e do cinema. Com omúsico Luís Fernandes lança em2014 o disco QUEST; um projectode piano e electrónica. ||||||

JOANA GAMA (FOTOGRAFA-DA POR EDUARDO BRITO)APRESENTA NO SÁBADOO SEU PROJETO “SATIE.150”

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta segunda saída defevereiro foi o nosso estimado assinante Ana Maria Andrade Meira

Machado Guimarães, residente na travessa de Paradela, n.º 185, em Vila das Aves.

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SEXTA, DIA 26 SÁBADO, DIA 27Aguaceiros. Vento fraco.Max: 10º / min. 6º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 9º / min. 3º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 13º / min. 3º

DOMINGO, DIA 28

ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 03

MÚSICA

Centro Cultural apostana música portuguesapara alargar asua área de influência

No próximo sábado, tem início emVila das Aves o Sonoridades Emer-gentes; um ciclo de quatro concertoscom projetos musicais que, fazendojus ao nome da iniciativa, embora‘emergentes’ no que à moderna mú-sica portuguesa diz respeito, são, emboa parte, constituídos, por músicos jádevidamente firmados. O primeirodos concertos, marcado para as 21h30,no agora designado Centro CulturalMunicipal de Vila das Aves, é dissoexemplo: junta Tó Trips e João Doce.O primeiro é guitarrista dos DeadCombo, o segundo, reputado percus-

TÓ TRIPS & JOÃO DOCE APRESENTAM-SE ESTE SÁBADO NO CENTROCULTURAL MUNICIPAL DE VILA DAS AVES. COM ELES, ARRANCA OSONORIDADES EMERGENTES; UM CICLO DE QUATRO CONCERTOS QUESE PROLONGA ATÉ MAIO DE 2016

sionista de origem angolana, membrodos WrayGunn e colaborador dosThe Legendary Tigerman. Para esteprimeiro concerto, Tó Trips & JoãoDoce trazem canções do álbum “Gui-tarra Makaka”.

Este ciclo de concertos termina a14 de maio. Até lá, pretende a autar-quia “alargar a área de influência doCentro Cultural Municipal de Vila dasAves, apostando numa programaçãode grande qualidade pensada parafidelizar um público jovem e moder-no”. É pelo menos este o objetivo tra-çado pelo vereador da cultura da Câ-

mara Municipal de Santo Tirso, TiagoAraújo, que encara com grandesexpetativas este Sonoridades Emer-gentes: “acreditamos que este é umcartaz de grande qualidade e queestão garantidas todas as condiçõespara conseguirmos lotação esgotadanos vários concertos”.

Promovido pela Câmara Munici-pal, o Sonoridades Emergentes temdireção artística e produção da ‘1bigo- artistas e eventos’ e também elescomungam dos objetivos e expetati-vas traçados por Tiago Araújo: “Háuma preocupação em apresentar umcartaz consistente, em que o todo éuma mais valia desta programação. O Sonoridades Emergentes é umainiciativa que pretende vir alargar aárea de influência do Centro Cultu-ral Municipal de Vila das Aves”.

Ao contrário de boa parte das ini-ciativas promovidas pelo município,de entrada livre, no SonoridadesEmergentes há bilheteira, sendo cin-co euros o valor a pagar por cadaespetáculo. “A existência de bilhetei-ra em algumas atividades promovi-das pela autarquia não é uma novi-dade”, diz Tiago Araújo. “É uma op-ção que se verifica em algumas inici-ativas que têm perdurado ao longodos anos, como é o caso do FestivalInternacional de Guitarra que já vaina XXIII edição. Pelas caraterísticas doSonoridades Emergentes, foi nossoentendimento colocar bilheteira pa-ga”, refere ainda o vereador da cultu-ra. “Houve, no entanto, a preocupa-ção”, continua o mesmo responsá-vel, “de fixar o preço num valor que,

no nosso entender, não impede opúblico-alvo de assistir aos concer-tos”. É esse também o entendimentoda ‘1 Bigo’: tendo em conta “a quali-dade do cartaz, o preço do bilhete éum valor que não representa, de for-ma alguma, um entrave”.

E dependerá da bilheteira a conti-nuidade deste ciclo de concertos, ouchegará a vontade da autarquia paradar continuidade ao SonoridadesEmergentes? A resposta do vereadorda cultura – que começa por subli-nhar que “a promoção cultural noconcelho de Santo Tirso é uma dasprincipais apostas deste executivo” –não sendo cem por cento esclarece-dora, indicia a sua continuidade: “aCâmara Municipal pretende manteruma programação regular e de conti-nuidade com vista à satisfação dos in-teresses culturais da comunidade, fo-mentar hábitos culturais como formade criar e fidelizar diferentes públicos”.

PRÓXIMOS CONCERTOSCerto, para já, e o cartaz deste ano.Depois do concerto de sábado, é Nor-berto Lobo quem sobe ao palco doCentro Cultural, no dia 19 de mar-ço, sendo Lobo uma das principaisfiguras da música portuguesa con-temporânea, com cinco álbuns publi-cados. “Mel Azul”, de 2012, conquis-tou o prémio de disco do ano da re-vista ‘Time Out Lisboa’ e foi nomea-do para melhor álbum europeu in-dependente. O anterior, “Fala Man-sa” de 2011, foi disco nacional doano para a revista ‘BLITZ’.

Em abril, dia 16, chega Sequin; pro-jeto musical de Ana Miró, que, nosdomínios do electro-pop, tem marca-do presença em festivais como oVodafone Mexefest, Vodafone Pare-des de Coura, NOS Alive e Futurosco-pe, em Itália. A terminar este primeirociclo de concertos do SonoridadesEmergentes, a 14 de maio, o projec-to “a Jigsaw”; uma combinação de folk,blues e literatura trazida pelo duoconimbricense composto pelos multi-instrumentistas Jorri e João Rui. |||||

OS BILHETES PARA O CONCERTODE TÓ TRIPS & JOÃO DOCECUSTAM CINCO EUROSE ESTÃO À VENDA NO CENTROCULTURAL MUNICIPAL DEVILA DAS AVES E NO POSTODE TURISMO DE SANTO TIRSO

O homem comum fala,o sábio escuta,o tolo discute

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||||| TEXTO E FOTOS: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Foi vereador durante cerca de quin-ze anos e presidente da Câmara ou-tros quinze. Dois anos após a saídada Câmara de Santo Tirso, Castro Fer-nandes dá, ao Entre Margens, a suaprimeira grande entrevista. Fala do di-álogo com o atual presidente da Câ-mara e faz considerações sobre o fu-turo político do concelho. Do atualPrimeiro-ministro e de José Sócrates.De como sempre optou por se man-ter no concelho apesar dos convitespara abraçar outras funções. Recordaalguns dos grandes projetos que lhepassaram pelas mãos e dos que, como

04 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

ENTREVISTAAfirmação plenade António Costavai acontecerno CongressoNacional do PS

CASTRO FERNANDES

DOIS ANOS APÓS A SAÍDA DA CÂMARA DE SANTO TIRSO, CASTROFERNANDES DÁ A SUA PRIMEIRA GRANDE ENTREVISTA. NELAGARANTE, COM A MESMA CONVICÇÃO, NÃO TER ABANDONADO AVIDA POLÍTICA E NÃO PRETENDER VOLTAR A OCUPAR QUALQUERCARGO CONCELHIO

o cineteatro, não conseguiu realizar,mas que “era um projeto fabuloso”.

Porque é que demorou dois anos aaceitar dar esta entrevista?Depois de trinta anos de atividadepolítica entendi, por bem, não me pro-nunciar logo a seguir, podia ser malinterpretado. Mas em algum momen-to isso teria de acontecer, até porqueeu não abandonei a vida política. Façoparte, desde sempre, dos órgãos po-líticos nacionais, da Comissão Políti-ca Nacional, estou ligado aos proble-mas do país. Aliás, ao nível nacional,num ou noutro caso já me tenho pro-nunciado, e mesmo a nível local tam-bém. Quanto a questões de âmbitoconcelhio, entendi que não me deviapronunciar, pelo menos durante umperíodo de tempo. Depois tambémhouve processos eleitorais, primeiroas eleições de 2013, depois as Euro-peias, depois passamos por um pro-cesso interno no Partido Socialista umpouco duro. Logo após as Europeias,todos sabem que eu apoiei, de imedi-ato, o dr. António Costa para secre-tário-geral do partido. Esse processolevou o dr. António Costa à lideran-ça do PS e eu acompanhei-o até àslegislativas, onde estive altamente en-

volvido e fiz parte da direção distritalde campanha. No último congressonacional estive na COC (ComissãoOrganizadora do Congresso) e, por-tanto, mantive uma atividade políticade caráter mais abrangente, nacional.

Acha que o PS está em crise desdeessas mudanças?Os processos políticos no interiordos partidos, quando há mudançade liderança, podem ser difíceis, e osmais de 30 anos de experiência po-lítica ensinaram-me isso. Eu assisti àsaída do dr. Mário Soares, à entradado dr. Vítor Constâncio, que foi umprocesso um pouco complicado. Lem-bro-me da disputa que houve entreo dr. Vítor Constâncio e o dr. JaimeGama. Depois apoiei o dr. Jorge Sam-paio contra o eng. António Guterresno início dos anos 90. Estes proces-sos são sempre muito duros. Entre-tanto também estive com o dr. FerroRodrigues, que saiu fruto do proble-ma que houve com o dr. Jorge Sam-paio. O dr. Ferro Rodrigues entendiaque deviam ser convocadas eleiçõeslegislativas em 2004, o dr. Jorge Sam-paio entendeu que não, que deverianomear o dr. Santana Lopes. Com asaída do dr. Ferro Rodrigues houve

uma luta política das mais duras quevi até hoje, com o eng. José Sócrates,o poeta Manuel Alegre e o dr. JoãoSoares. Foi uma luta a três muito duraque o eng. José Sócrates venceu ex-pressivamente. Depois gerou-se umprocesso, que na minha opinião nãofoi muito correto, que foi o processoda ida para o poder do dr. AntónioJosé Seguro. Eu, na altura, defendi oFrancisco Assis para candidato a se-cretário-geral, mas nós sabíamos, àpartida, que ele iria perder porque odr. António José Seguro tinha anda-do sete anos a preparar-se para sercandidato. Foi eleito democraticamen-te, submetemo-nos à decisão e nas Eu-ropeias houve uma nova cisão, doiscandidatos. Foi, de facto, duro quan-do o dr. António Costa entrou paraa liderança do partido, com muitosproblemas internos, mas penso quese tem vindo a afirmar nessa lideran-ça. Vamos ter um Congresso Nacio-nal em junho e penso que aí se vaidar a afirmação completa do dr.António Costa, porque ele conseguiurealizar um dos grandes objetivos doPS que foi liderar novamente o go-verno, ele é primeiro-ministro.

Mas o que é que acha que falhou

CASTRO FERNANDESENTENDE QUE NAS ELEIÇÕESPRESIDENCIAS O PARTIDOSOCIALISTA SAIU PREJU-DICADO POR NÃO TERAPOIADO UMA CANDIDATURA

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ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 05

para que António Costa não tivesseganho as eleições de uma forma ex-pressiva, num contexto de crise?Eu penso que há várias questões. Aprisão do eng. Sócrates, de facto, cau-sou vários problemas. Se se verificaras sondagens do dr. António Costalogo a seguir às primárias, ele estavana ordem dos 45 por cento e depois,com o problema do eng. José Sócrates,o PS, de facto, baixou. E depois, sem-pre que havia um momento alto doPartido Socialista, aparecia uma notí-cia qualquer contra o PS. Por outro lado,a direita tinha um governo forte, en-tre Pedro Passos Coelho e Paulo Por-tas, que agora já terminou, é interes-sante que agora já terminou. Era umaaliança muito forte, estavam no podere é lógico que lutaram até à exaustãopara conseguir ficar na liderança. Nãoconseguiram porque na Assembleiada Republica há uma maioria que tem60 por cento e o PSD e o CDS só têm40 por cento e, portanto, não tinhamcondições para governar o país.

Está convicto, então, que temos con-dições para ter um governo paraquatro anos?Eu estou convicto. Não vai ser umgoverno fácil, mas eu acho que o dr.

António Costa é um grande negoci-ador político, está habituado a estasnegociações e, para quem estranhaesta aliança com os partidos à esquer-da, é preciso que nos lembremos queo dr. Jorge Sampaio foi presidente daCâmara de Lisboa com uma aliançacom o Partido Comunista Portuguêse foi assim que ganhou, com maioriaabsoluta, e o dr. António Costa tam-bém esteve nessas negociações. Hojeem dia a política não se faz como sefazia antigamente, a negociação temde ser permanente, o diálogo verdadei-ro, não o diálogo falso, tem de serpermanente e só assim se conseguemaprovar documentos tão importantescomo o Orçamento de Estado ou apoi-ar o governo e o seu processo políti-co. Tivemos um início bastante com-plexo, mas logo se chegou a umaconclusão: ele tem condições paragovernar os quatro anos. Muita gen-te achava que ele ia ter problemascom o Orçamento de Estado juntode Bruxelas, não teve. Muita gentepensava que ele ia ter problemas coma aprovação do Orçamento de Esta-do, não teve. Agora é lógico que ha-verá reivindicações e haverá greves ehaverá questões para resolver, masem democracia é mesmo assim.

Que fatores explicam que MarceloRebelo de Sousa não tenha tido umaoposição que o levasse à segundavolta?Foi o problema da divisão interna doPartido Socialista. No dia da apresen-tação das listas dos candidatos adeputados em Lisboa, feita pelo dr.António Costa, ele dá uma entrevis-ta à SIC Noticias. Nesse mesmo dia, aessa mesma hora, a dra. Maria deBelém apareceu a candidatar-se àPresidência da República. Isto causouuma grande divisão, não permitiu queo Partido Socialista apoiasse um sócandidato e os votos do partido fica-ram muito divididos. Eu apoiei oSampaio da Nóvoa e, ainda hoje,estou convicto de que fiz bem, hou-ve quem tivesse apoiado a Maria deBelém e veja-se os resultados que asua candidatura teve, nomeadamen-te no concelho de Santo Tirso. É im-portante que se diga isto, foi, de fac-to, uma candidatura desastrosa, naminha opinião feita contra o PartidoSocialista, feita contra o secretário-geral António Costa e também paraque o candidato que eu apoiava nãopudesse ir à segunda volta. O Sam-paio da Nóvoa ficou a 2% de ir à se-gunda volta. Penso que o PS, no quese refere a presidenciais, ainda nãoaprendeu a unir-se em torno de umúnico candidato. Ele poderia ter sidoe deveria ter sido o eng. António Gu-terres, poderia ter sido o dr. AntónioVitorino, podia ter sido o dr. JaimeGama, mas eles não quiseram. Cadaum fez o que entendeu e o PartidoSocialista, na minha opinião, deveriater apoiado um candidato, não apoiou,mas é uma decisão que foi tomadapelos órgãos nacionais do partido eque levou a esta situação. Vamos tero professor Marcelo Rebelo de Sousana presidência, pelo menos por cin-co anos, mas atenção, o professorMarcelo Rebelo de Sousa venceu cla-ramente e democraticamente as elei-ções e com um aspeto extremamenteimportante: sem procurar ter o apoioexplícito, em campanha, dos partidosque, na prática, o apoiaram que foi oPSD e o CDS. Ele quis candidatar-seautonomamente e, portanto, isso tam-bém valorizou a sua vitória.

Enquanto foi presidente de Câmaradepositou grande confiança no Eng.José Sócrates, mantém essa opinião?Mantenho. O eng. José Sócrates foi,claramente, o homem que mais inves-timento trouxe para Santo Tirso. Em2011, eu fiz um levantamento dosprojetos que ele apoiou, foram 156milhões de euros de investimento,

podem ser consultados na revista mu-nicipal que, dantes, era muito objetiva.Recordo o parque escolar, os investi-mentos na área da saúde, nomeada-mente na Unidade de Saúde de Arei-as e na de S. Martinho, a emblemáticaa Escola Básica Integrada de S. Toméde Negrelos que, ao todo, envolveuum investimento de sete milhões deeuros. A Parceria da Regeneração Ur-bana, nomeadamente o Parque Urba-no da Rabada e o passeio das mar-gens do Ave e todos os investimen-tos na Fábrica de Santo Thyrso. Portudo isto eu tenho de estar reconhe-cido. E a estes projetos, soma-se oinvestimento feito, na ordem dos 125milhões, no ambiente e no âmbito dasÁguas do Noroeste, e quase 30 mi-lhões na educação, tendo em contaduas grandes escolas: a SecundáriaTomaz Pelayo, que é uma escola fantás-tica; e a Secundária D. Dinis, cuja obrafoi lançada nessa altura e estava embom andamento, mas pararam no fi-nal de 2011, nem sei bem porquê. Oalargamento da A3 custou mais de10 milhões de euros e também fo-ram apoiadas obras importantes,como o quartel dos Bombeiros Vo-luntários Vermelhos, de Santo Tirso,ou o quartel da PSP. Portanto, eu sótenho de estar reconhecido ao eng.José Sócrates.

Considero-me amigo do enge-nheiro José Sócrates, amigo pessoal,e não é por o meu amigo ter proble-mas que eu o deixo. É público que ovisitei quando ele estava detido e ain-da um dia destes estive com ele aassistir a uma conferência. É uma pes-soa que eu aprecio, acho que foi umgrande líder político, está a procurarresolver os problemas que lhe levan-taram. Eu confio nas decisões defini-tivas dos tribunais e até hoje o eng.José Sócrates nem acusado foi de nada,veja-se lá. Esteve um ex-primeiro minis-tro preso quase um ano sem umaúnica acusação, é perfeitamente ina-creditável e acho que num estado dedireito isto não pode suceder. |||||

Hoje em dia, em política a negociação tem de ser permanente, e sóassim se conseguem aprovar documentos tão importantes como oOrçamento de Estado ou apoiar o governo e o seu processo político”.

O eng. José Sócratesfoi, claramente, ohomem que maisinvestimento trouxepara Santo Tirso”.

“Considero-me seuamigo, amigo pesso-al, e não é por o meuamigo ter problemasque eu o deixo”.

“A candidatura dadra. Mária de Belémfoi desastrosa e,na minha opinião,feita contra oPartido Socialista”

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06 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

ENTREVISTA

Como é o seu dia a dia atualmente?Eu não quis regressar a um empregocerto. Fazia parte dos quadros de umagrande empresa de Vila das Aves e,se quisesse, tinha o direito legal deregressar ao grupo onde trabalhei an-tes de entrar para a Câmara. Mas mui-to antes de sair decidi que não vol-tava a um trabalho regular, acho quedevo dedicar-me a outras coisas. Façoa vida política, tenho a minha vidaprivada, faço um ou outro trabalho,mas não tenho uma função determi-nada, faço o que quero que é umacoisa que vale muito. Por outro lado,acompanho a minha família.

E como é que vê o concelho com odistanciamento que tem agora?Tenho uma visão mais alargada masé lógico que não tenho tanta proximi-dade. Acabei por não estar nos pro-cessos diretamente, mas também lhe

“Muitas obrascomeçaramcomigo masquando foraminauguradas nãofui convidado”

digo: não tenho sido convidado.Muitas obras começaram comigo equando foram inauguradas, não fuiconvidado. Só fui a uma porque eraa 50 metros de minha casa, eu que-ria ver a obra, não tinha visto e fuiver. Foi um projeto no qual me em-penhei muito, o da esquadra da PSP,pois em causa estavam questões desegurança e os agentes da PSP nãotinham condições de trabalho noparque D. Maria II. Mas quando falodo quartel da PSP poderia falar demuito mais obras que foram feitas.Por exemplo, a obra em que eu meempenhei mais na Vila das Aves - epenso que é a única que foi inaugu-rada nos últimos dois anos - é a Av.de Paradela a Cense, que eu deixeipraticamente executada. Em outubrode 2013 já tinha a pavimentação fei-ta, foi só fazer os remates, e até com-preendo que não tenha sido logo aseguir inaugurada, mas agora tam-bém não interessa porquê. Eu fiz umprotocolo com a Secretaria de Esta-do dos Transportes, com a REFER ecom a Câmara de Famalicão para quea ponte de Caniços fosse executada,foi inaugurada e muito bem. Alias,há uma coisa que eu acho bem, éque tenha sido dada continuidadeàs obras até à sua conclusão. Umaobra para a qual não fui convidadoe que foi inaugurada foi a Unidadede Saúde de S. Martinho do Campo,fui eu que me empenhei, com o dr.Manuel Pizarro, que era então Secre-

tário de Estado da Saúde que arran-jou dinheiro, através dos fundos co-munitários para este e para o de Arei-as. Areias ainda foi aberto informal-mente antes de eu sair, em S. Marti-nho do Campo, por razões várias, hou-ve problemas e atrasou-se um boca-do a obra. Outra obra que me pôsos cabelos brancos para ser resolvi-da foi a capela mortuária de S. Tomé.Também a deixei em andamento masnão tive a dita de ir à inauguração.Eu podia ter ido, mas achei que nãodevia até porque se costuma dizerque ‘a casamentos e batizados vaissó se fores convidado’.

Uma obra interessante também foia da Quinta de Fora. Desbloqueei oprocesso todo com a Misericórdia,negociamos a cedência dos terrenos,construímos lá o centro de estudosambientais e a escola da hotelaria. Tive,no outro dia a oportunidade de vera obra porque fui convidado pela JSDpara dar uma conferência sobre o po-der local, e aceitei. Na altura algumaspessoas do PS até mandaram mailsàs pessoas a dizer que eu não deviater ido. É interessante a dualidadede critérios: ninguém criticou, agora,o eng. António Guterres, que estátambém numa posição em que nãoassume funções diretas ao nível dopartido, por aceitar, e muito bem, iràs Jornadas Parlamentares do PSD enão percebo porque não é bem vistoque eu, sendo ex-autarca, tivesse dadouma conferência conjuntamente como um outro ex-presidente da Câma-ra, o de Penafiel. Até por confrontode ideias, ele era do PSD, eu sou doPS, os jovens sociais-democratas que-riam ouvir opiniões, convidaram-me,eu pensei um pouco, já sabia que iater um ou outro problema, mas fui.

Outra obra, a cuja inauguração

não assisti, foi a do Parque DesportivoMunicipal da Rabada que, depois deconseguir os financiamentos devidos,decidi avançar com ela em 2013. Nãofui, porque também não fui convida-do. Mas não há problema nenhum,eu não fico melindrado com isso, ain-da assim não deixo de querer umapequena cota parte desse processo.Todas as obras de que eu falei foramfinanciadas. Quando eu falo das ver-bas conseguidas para a execução dealgumas grandes obras, elas advêmde profundas negociações que de-moraram muito tempo a fazer, pas-sando, já na sua fase de execução,para o mandato seguinte. É normal,é normal, é democrático, porque osmandatos não são estanques.

A cada eleição sua surgiam boatosde que pudesse abandonar o conce-lho para abraçar outras funções. Por-que é que isso não aconteceu: poropção ou não havia convites?Foi, fundamentalmente, por opção.Tive várias solicitações, em diferentesalturas, mesmo quando era aindavereador. Já agora posso dizer umacoisa que não disse ainda publica-mente: podia ter-me candidatado adeputado da Assembleia da Repúbli-ca, não fui porque não mexi umapalheira, porque não era esse o meuobjetivo. E porque é que eu optei pelaCâmara de Santo Tirso? Eu fiz a mai-or parte do meu trajeto político naCâmara, e há uma coisa que hojeleva a que me sinta um pouco livre, éque durante os 30 anos em que es-tive na Câmara Municipal, assumi-aà semana e aos fins de semana. Nãoparava porque o concelho é grandee justificava a nossa presença em todoo lado. Podia ter feito uma carreira polí-tica nacional, mas para isso teria de

CASTRO FERNANDES

CASTROFERNANDES

FOTOGRAFADO NASINSTALAÇÕES DOENTRE MARGENS

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ser deputado ou ir para o governo.Atenção que nunca fui convidado paramembro do governo, mas tambémnunca me pus a jeito. Eu optei clara-mente por Santo Tirso, não me arre-pendo, optei pelo concelho tambémpor razões familiares. Eu não tinhacondições para levar a minha famíliapara Lisboa e o afastamento não erao meu objetivo. Todos temos na vidaobjetivos pessoais, objetivos políticos,objetivos familiares e eu não me sen-tia muito bem com esse afastamentoporque já me tinha bastado enquan-to autarca. Reconheço que, nessa al-tura, às vezes entrava e saí de casa ahoras em que já não via ninguém. Avida de um autarca que se queiradedicar a 100 por cento é assim.

Eu não sou uma pessoa muito vi-ajada e enquanto autarca nunca fizda função um exercício itinerante deandar a divulgar o concelho por todoo mundo. Normalmente, em setem-bro, ia a Gross Umstadt porque hálá uma comunidade portuguesa etirsense enorme e eram os própriosemigrantes que me diziam que eudevia ir, ou a com Saint-Péray. De res-to, as minhas viagens ao nível oficialeram muitíssimo limitadas.

Mas se esses convites surgirem ago-ra pondera aceitar?Ora bem, eu não sei o que sucederá,só perante um caso concreto é queposso falar. Acho que ainda tenhopotencialidades para desenvolver, mastambém não aceito um cargo qual-quer, só para ter um cargo. Circulouna cidade de Santo Tirso que eu vouocupar um cargo que não tem nadaa ver com a minha experiencia, nemautárquica, nem de engenharia, nemde nada e é completamente falso…

É verdade que mantem dossiês so-bre os mais variados assuntos ou ésó boa memória?Eu penso que as pessoas têm muitopouca memória e até tendem a apagá-la. Eu nunca apaguei a memória dosmeus antecessores, dei continuida-de ao trabalho deles naturalmente echeguei a convidá-los para estaremem atos públicos. Agora, hoje em dia,com a era digital nem é preciso termuitos papéis organizados, eu é quesempre me habituei - e toda a gentesabia -, que eu tinha e tenho dossiêsorganizados, não os deitei fora, é cla-ro. Eu gosto de estar preparado quan-do sou confrontado com assuntos, nãogosto de falar de cor, sou uma pessoaorganizada por natureza, sou assim,talvez seja um pouco até em demasia,mas ainda continuo organizado. |||||

O que é que sempre quis realizarenquanto esteve à frente do municí-pio, mas não conseguiu?Eu gostava de ter recuperado o cine-teatro. Em 2008 fiz um concursopúblico para a sua recuperação. Fize-mos um projeto fabuloso, é bom quese diga, com dois auditórios, um de200 lugares e um de 400, que éfantástico. Tinha também uma sala deexposições, um café bar, enfim, tinhatudo o que deve ter uma verdadeiracasa da cultura. Não consegui por-que se tratou de um concurso públi-co para ser realizada uma parceriapúblico privada. O grupo que ganhounão conseguiu o financiamento jun-to da banca, numa altura em que asPPP foram quase todas suspensas. Euquis deixar uma boa saúde financei-ra para o município e por isso nãoavancei com essa obra, com recursosda própria Câmara. Alias, há uma sériede obras que possivelmente vão serfeitas no futuro, como a rotunda daPraça Camilo Castelo Branco, em fren-te à central de camionagem, que éum projeto mandado executar pormim e que está preparado para ar-rancar de um dia para o outro. Outraque vai arrancar é o Parque Urbanoda Quinta de Geão, está feito o pro-jeto. Dizem-me agora que vai serreformulado e que aquilo se podetraduzir num aumento de custosmuito grande, não sei. Também nãoarranquei com a obra porque acheique não devia hipotecar o futuro.

Já que fala de projetos: havia proje-to para a Av. Conde Vizela?Havia sim senhor. Foi feito um proje-to urbanístico pelo arquiteto ManuelFernandes de Sá e já nessa altura secolocou o problema do abate de ár-vores. Tal como agora, entendia-seque as árvores deviam ser cortadaspor questões de segurança. Encomen-damos um estudo urbanístico ao refe-rido arquiteto, estudo esse que tinhaa ver não só com a rua, mas tambémcom as volumetrias, com toda a partede crescimento que se previa para aavenida. Era um projeto de elevadís-sima qualidade porque a avenida fun-ciona um pouco como a ‘baixa’ daVila das Aves. A Av. Conde Vizelahoje não é propriamente muito forte,mas penso que, fruto da localizaçãoda estação, dos acessos privilegiados

a partir da EN105, do próprio aces-so a partir do mercado, aquilo podelevar um ‘clique’ de um momento parao outro. Portanto, aquela obra da av.Conde Vizela podia e devia ter sidofeita daquela maneira. Custaria maisdinheiro? Provavelmente, mas é mes-mo assim, as obras quando são fei-tas de novo, têm de ser feitas commuita qualidade, e foi isso que euprocurei fazer, agora cada um tem asua perspetiva.

A Fábrica está incluída na Parceriada Regeneração Urbana que foi umdos grandes legados do seu manda-to. Como é que olha para aquele edi-fício atualmente?Eu temo que sejam alterados os prin-cípios básicos que levaram à recupe-ração da Fábrica. O objetivo era criarum quarteirão cultural e industrial.Em relação à Incubadora de Moda eDesign, por exemplo, não tenho acom-panhado em pormenor, mas dizem-me que têm havido profundas alte-rações. Pelo que sei houve pessoasque estavam naquele projeto desdeo início e que saíram. Isso é outrahistória, mas seja como for, a incuba-dora pode ser um marco fundamen-tal para o futuro, até porque estamosnuma zona têxtil. Devem ocorrer even-tos que promovam a moda, mas essaé a componente mais mediática, nãotem a ver com a componente produti-va, porque aquela incubadora estavaassociada a vários projetos no nortede Portugal, numa parceria comum.

De qualquer das formas, a obraestá feita, agora é preciso dar-lhe fun-ções mais explícitas. Aguardemos oque vem aí, porque parece estar emcurso uma alteração global. Ouvi falarnum ‘fun park’, num parque de diver-sões, mas não sei se se coaduna comas funções para os quais estava previs-to o quarteirão cultural. Sei de doismunicípios, Penafiel e Braga, que ti-nham ‘fun parks’ que não resultaram.Posso dizer que quando o espaço foirecuperado havia duas opções: umaera fazer o que fizemos; outra, era ládeixarmos construir um grande hiper-mercado. Eu desempatei e fui favorá-vel ao modelo do desenvolvimentoeconómico, das incubadoras e doquarteirão cultural e industrial.

Porque é que o problema do estaci-

onamento em Santo Tirso nunca foiresolvido?Eu fiz um concurso para que fossemfeitos dois parques subterrâneos. Aobra custava 5 milhões de euros e euentendi, na altura, tal como entendino caso do cineteatro, do parque deGeão, ou no da rotunda, que nãoiria onerar o futuro e fazer obras quedepois dificilmente a câmara teria di-nheiro para pagar. Projetos tinha eu,vão lá aos arquivos, há imensos, po-dem ser é readaptados. Aliás preo-cupava-me também com o desenvol-vimento harmónico das freguesias.Realizava imensas visitas às freguesi-as, normalmente acompanhado porjornalistas, pelos autarcas, com a par-ticipação da população, em ver-dadeiras ações de democracia direta.Os presidentes da Junta lembram-seperfeitamente de quantas e quantasobras foram feitas pelas freguesias.Talvez devido à minha formação deengenharia, eu gosto disso porqueo que se constrói fica, vê-se. É claroque a componente cultural e imaterialé importante, mas acho que a compo-nente material ainda tem um grandepeso e não está toda feita. Veja-se oimpacto que teve o arrelvamento e aconstrução do complexo desportivoBernardino Gomes, nas Aves, veja-sequantas centenas de crianças o usam.Com esse dinheiro, podia ter feitoum concerto de rock com os U2. Fa-zia, tinha cá o Bono e era uma mara-vilha, mas iam-se naquela noite. E eunão sou adepto disso, ponto final.

Chegou a acionar o Estado por cau-sa da Ponte de Frádegas. Acha quese o governo tivesse sido outro pon-derava retirar essa ação?Quando caiu o governo do eng. José

“Temo que sejamalterados osprincípios bási-cos que levaramà recuperação daFábrica.”

“Acho que foraminjustas algumascríticas que mefizeram em Viladas Aves porcausa da falta deinvestimento. Seme permitem,agora que falem”.

“Tem de se conhe-cer muito bem avila para saberlidar com osavenses e, paraultrapassaros problemas,de facto, nãohá nadacomo o diálogo”.

“Nunca fui convi-dado para mem-bro do governo,mas tambémnunca me pus ajeito. Eu opteiclaramente porSanto Tirso, nãome arrependo”.

“Não iria fazer obras quedepois dificilmentea câmara teriadinheiro para pagar”

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ENTREVISTASócrates havia três processos fantás-ticos para Santo Tirso: a SecundáriaD. Dinis, o Hospital de Santo Tirso ea ponte de Frádegas. Na D. Dinis pa-raram a obra até ao ano passado. Euprotestei, argumentei, mas pararamjustificando com os problemas como empreiteiro quando eu defendi, etodos defendiam, que era necessáriofazer um trespasse, passava-se aque-la obra de um empreiteiro para o ou-tro, resolvia-se o problema e possi-velmente ainda tinha sido eu a estarno ato inaugurativo da escola. Se-gundo, no Hospital de Santo Tirso,uma obra que estava com verbas atri-buídas, para a medicina interna, uminvestimento de 6 milhões de euros.O governo agora vai ter que investirmuito para recuperar e não sei se se-rá possível fazer a nova unidade demedicina interna. Quanto à Ponte deFradegas, é o caso mais escandalosode todos. Eu assinei um acordo coma Estradas de Portugal para ser cons-truída ali uma rotunda desnivelada.A Câmara compraria os terrenos eeles fariam a obra. Puseram a obra aconcurso e a obra ia ser adjudicadaexatamente quando caiu o governo.Já tínhamos gasto 500 mil euros, naaquisição de terrenos e na demoli-ção de duas casas que estavam naentrada de Santo Tirso. Eu dei or-dens aos advogados da Câmara paraacionarem o Estado, surpresa minha,passado pouco tempo, com o novoexecutivo vejo que iriam suspendera ação e que iriam dialogar com ogoverno. Já se passaram dois anos emeio e eu não vejo resultados. Sabequal será o resultado? Uma novaação contra o Estado. Recordo quetive algum litígio por causa de outraação com a Câmara da Trofa. Nós játínhamos conseguido uma coisa mui-to importante, a Câmara da Trofa re-conheceu a delimitação territorialfeita pela área da portagem. Quandoentrou o novo executivo, a primeiracoisa a que se assistiu foi a reuniõesonde se dizia que se ia resolver tudo

com diálogos, o que é que aconte-ceu? Ação contra a Câmara da Trofa.Eu concordo plenamente porque aTrofa deve dinheiro a Santo Tirso enão o quer pagar. Pelo que ouvi, ago-ra, ao fim de dois anos, há uma açãocontra a Trofa e, suponho, que tam-bém irá haver uma ação contra oEstado. Eu já estou habituado a comosão as coisas com o Estado. Em 2001movi uma ação contra o Estado porcausa dos prejuízos causados pelacriação do concelho da Trofa. Demo-rou 11 anos mas ganhamos e SantoTirso foi indemnizado em 7 milhõesde euros, deu muito trabalho e foi pre-ciso fazer coisas que as pessoas nemimaginam para que isso acontecesseporque o Estado, mesmo tendo per-dido em tribunal, não queria pagar.

Qual a crítica que achou mais injus-ta durante todos os seus mandatos?Não sei, agora que estou fora nãome recordo assim de grandes críti-cas. Mas acho que foram injustas al-gumas críticas que me fizeram em Viladas Aves por causa da falta de inves-timento. Se me permitem, agora quefalem. Acho que foram injustas, ha-via equilíbrio. Quando me criticavamsobre o investimento na Vila das Aveseu não concordava. Eu compreendoo caráter reivindicativo das pessoas,mas também devia haver mais justiçanesse aspeto e reconhecer que haviainvestimento. Na Vila das Aves, porexemplo, é bom que se saiba, que foinos meus mandatos que se fez a redede água e a rede de esgotos. E tam-bém muito se fez na habitação social.

Acha que alguma vez a relação entrea Câmara e as juntas, nomeadamen-te a de Vila das Aves, será pacífica?Não sei, não sei, não sei o que é quevai acontecer. Eu conheço a atualpresidente da junta de Vila das Aves,parece-me ser uma pessoa dialogantee simpática. Agora, se isso será sufi-ciente para ultrapassar os problemasque existem, não sei. Problemas sem-pre vão existir e Vila das Aves temuma característica muito própria. Eusou daqui e sei muito bem, foi útil,eu, como avense, estar em Santo Tirsocomo presidente da Câmara porquesabia entender esse papel reivindicati-vo. É bom que se saiba que ainda oconcelho tinha 32 freguesias, e já Viladas Aves era vila, a Trofa não era vilasequer. Vila das Aves sempre se assu-miu como o segundo polo de SantoTirso, tem de se conhecer muito bema vila para saber lidar com os avensese, para ultrapassar os problemas, defacto, não há nada como o diálogo. |||||

Foi sucessor, do seu sucessor e par-tilham o mesmo partido, há algumtipo de diálogo com o atual presi-dente da Câmara de Santo Tirso?Participei em toda a campanha eleito-ral do senhor presidente da Câmara,fiz inclusive várias intervenções. A par-tir do dia em que tomou posse, eleentendeu por bem fazer aquele dis-curso, não sei porquê. Possivelmentepor eu não o ter apoiado na candida-tura interna, na sua tomada de posse,fez um discurso que eu não compre-endi, e a partir desse momento cor-tou todo o tipo de diálogo comigo.

Disse, nas Jornadas da JSD, que ostirsenses não entenderiam se voltas-se à Câmara…Nunca o farei. Preparei todo o proces-so eleitoral em 2013 como presiden-te da concelhia, e disse claramenteque não iria voltar à Câmara. Na altu-ra insinuava-se que eu estaria a fazeruma operação de tal forma com opropósito de voltar em 2017. Não.Eu estive quinze anos como verea-dor e quinze como presidente, achoque já tenho a minha prestação pú-blica perfeitamente definida e fui, in-

Presidente da Câmara‘cortou todo o tipo

de diálogo comigo’clusive, favorável à limitação de man-datos. Contrariamente a muitos dosmeus colegas fui a favor porque nãolimitar mandatos leva à eternizaçãono poder e eu acho que quem foifeliz num lugar não deve lá voltar, éo que diz o ditado popular.

E como é que viu este regresso doDr. Joaquim Couto?Em 2012, achava que o candidatodevia ser outra pessoa, devia haverum rejuvenescimento. Defendi essatese, foi um processo muito polémi-co. O dr. Couto foi candidato a presi-dente da Câmara fundamentalmenteporque teve o apoio do dr. AntónioJosé Seguro e do presidente da Fede-ração do Porto, José Luís Carneiro,que avocou o processo. Eu na alturanão concordei, mas, desde que o par-tido, enquanto estrutura distrital e na-cional, decidiu que ele devia ser o can-didato eu fiz a campanha, porque ti-nha responsabilidades, era o presi-dente da Comissão Politica Concelhia.

Mas pondera recandidatar-se à lide-rança do partido aqui em Santo Tirso?Não, não, não. Não me recandidatarei

CASTRO FERNANDES

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difícil um partido da oposição ganhardo que o partido que está no poderaguentar-se. Portanto, se o partido dopoder não fizer asneiras é muito difí-cil à oposição chegar lá. Mas não seio que vai suceder no futuro.

Mas acha que em Santo Tirso a esco-lha do candidato tem influência nadecisão ou as pessoas vão semprevotar consoante os partidos?Eu acho que o candidato numa elei-ção local tem muito peso. Eu tinhaquase sempre votações superiores aopartido. A pessoa escolhida é muitoimportante e a sua ligação ao terre-no e à sociedade é muito importan-te. Eu penso que hoje há quem acheque se pode andar por fora e contro-lar tudo, eu acho que não. Um can-didato tem de estar no terreno todosos dias. Quem está no poder, bastaexercê-lo bem, a oposição tem queatuar de tal maneira que demonstreque é melhor do que quem lá está eisto não é um processo fácil.

Mas que cataclismo é que era preci-so acontecer para que o PS perdesseas eleições no concelho?Tinha de haver muitos erros da parteda gestão, erros visíveis, notórios, quepusessem em causa a pessoa que estáa frente. As circunstâncias hoje emdia não são as mesmas que há unsanos. Houve um ato eleitoral em queaconteceu uma coisa imprevisível, apa-receu um candidato independentemais ligado à direita e teve mais vo-tos que um partido tradicional. Isto éum fenómeno nacional. O dr. RuiMoreira era independente, concor-reu à Câmara do Porto e ganhou. Ofenómeno dos candidatos indepen-dentes pode alterar tudo. Quandohá uma massa crítica muito forte, es-ses fenómenos independentes podemsurgir. Aqui, não sei que tipo de listasindependentes há, ouve-se um zumzum. Penso que não tem concretiza-ção, mas também se ouvia no anteri-or mandato que iria surgir uma listaindependente, ninguém acreditava,mas ela apareceu. Isso pode alterar arelação de forças toda, independen-temente de todo o tipo de coligações.

Acha que o concelho está mais ativo,que se dá mais a conhecer?Bem, há uma coisa que tenho de re-conhecer, há muita animação. Não éno concelho, é na cidade de SantoTirso. Já percebi também que algunseventos estão a ganhar muita força eoutros foram suspensos, mas tem ha-vido movimentações envolvendo osjovens. E temos que reconhecer que

isso agita um pouco. É logico que asfestas tradicionais de S. Bento conti-nuam, há uma ou outra ação que nãosei se se justificará, outras concordoplenamente. O que é preciso é haverideias, mas também é preciso que oscustos dessas inovações sejam con-tidos porque ainda há problemas muitoimportantes para resolver no nossoconcelho. Mas que em Santo Tirsotem havido alguma animação, tem.

Qual é a sua opinião sobre a impren-sa local de Santo Tirso?Fruto de varias circunstâncias estámuito carenciada. Não tem autono-mia económica e com a nova era di-gital tem mais problemas. Hoje asredes sociais e os sites têm um im-pacto tremendo, principalmente na ju-ventude. E a imprensa quando é sub-sídiodependente acaba por ver cor-tada a sua capacidade. Eu sei bem oque se passa nos órgãos de comuni-cação local, acompanhei-os ao longode anos e continuo a acompanhar.Penso que a vida está cada vez maisdifícil para os órgãos de informaçãolocal e até vejo com alguma surpresacomo é que aparecem outros órgãos,com alguns privilégios que não sãonaturais. Eu acho que a beneficiar, aajudar, a publicitar a atividade, ela sedeveria fazer nos órgãos de impren-sa existentes e não em outros que sur-giram como que do ar, mas são op-ções. Temo por alguns órgãos de in-formação porque estão a atraves-sar grandes dificuldades. Apesar detudo, acho que a imprensa é funda-mental, é a forma de conhecer melhoros processos locais porque as pes-soas começam a saber muito mais doque se passa em Nova Iorque do queo que se passa em Luvazim. É extre-mamente importante a proximidadee os jornais locais tem essa função eum impacto local mais importante doque aquilo que as pessoas pensam. Paraisso teria de haver uma grande alte-ração e eu não estou a ver acontecer,inclusive até ao nível legislativo. |||||

a mais nenhum lugar concelhio, issoé ponto assente. Pareceria batota elei-toral que ao fim destes anos todosquisesse voltar e as pessoas diriamtodas: ‘olha, lá está ele, agora é quevemos o que é que ele queria’. Eudefini os meus objetivos de vida emtermos políticos, cumpri-os, saí bem.Não abandonei a câmara a correr, deum dia para o outro, e, por outro la-do, saí em resultado de uma lei queimplicou a limitação de mandatos.Santa lei, porque se não fosse estalei certamente andava aí embrenhadoem lutas. É muito desgastante e euacho que já passou esse tempo.

Alguma vez sentiu que o PSD fosseuma verdadeira ameaça nos comba-tes eleitorais?No primeiro mandato, o PSD uniu-seem torno de uma candidatura muitoforte. O candidato a presidente da As-sembleia Municipal era o eng. Euricode Melo que tinha sido vice-primei-ro ministro, eurodeputado e que seempenhou ao pormenor. Talvez essetenha sido o momento mais difícil, atéporque era também o meu primeiromandato. Mas dada a minha ligaçãodireta à população, o facto de circu-lar a pé pela cidade, pelas freguesias,fazia com que percebesse as suas in-tenções. Acabei por ter mandatosrelativamente serenos, nunca tive di-ficuldades na formação de executi-vos, na eleição da mesa da Assem-bleia Municipal e conquistávamossempre a grande maioria das juntas.

Acha que, no futuro, o PSD pode seruma ameaça?Olhe, não sei. Eu acho que um parti-do para ganhar uma eleição tem quetrabalhar muito, muito, muito. É mais

“Não me recandidata-rei a mais nenhumlugar concelhio,isso é ponto assente.Pareceria batotaeleitoral que aofim destes anostodos quisesse voltar”.

“É mais difícil umpartido da oposiçãoganhar do que opartido que está nopoder aguentar-se.Portanto, se o partidodo poder não fizerasneiras é muitodifícil à oposiçãochegar lá. Mas não seio que vai suceder nofuturo”.

“Bem, há uma coisaque tenho de reco-nhecer, há muitaanimação. Não é noconcelho, é na cidadede Santo Tirso”.

“Estive 15 anos comovereador e 15 comopresidente, acho quejá tenho a minhaprestação públicaperfeitamente defini-da e fui, inclusive,favorável à limitaçãode mandatos.”

O dr. Couto foi candi-dato a presidente daCâmara fundamen-talmente porque teveo apoio do dr.António José Seguro edo presidente daFederação do Porto,José Luís Carneiro,que avocou o proces-so. Eu não concordei”.

CASTRO FERNANDES: “UM CANDI-DATO TEM DE ESTAR NO TERRENO

TODOS OS DIAS. QUEM ESTÁ NOPODER, BASTA EXERCÊ-LO BEM, A

OPOSIÇÃO TEM QUE ATUAR DE TALMANEIRA QUE DEMONSTRE QUE É

MELHOR DO QUE QUEM LÁ ESTÁ EISTO NÃO É UM PROCESSO FÁCIL”.

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OPINIAO~

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(C.P.N.º 4354), CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, BELANITA ABREU, CATARINA GONÇALVES,

MANUEL NETO, FERNANDO TORRES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

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REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

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RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 555 - 25 FEVEREIRO 2016

10 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

Assim increpava o poeta Augusto Gil,na tão conhecida Balada da Neve, osuposto Criador da Harmonia Uni-versal, ao constatar os “passos minia-turais de uns pezinhos de criança”no lençol gelado que via da janelada sua autocomplacência e da suaemoção poética.

Escrevo também sob o impacto dealgumas das trágicas notícias que noscaíram em cima com a contundênciade os seus protagonistas serem crian-ças, naturalmente vítimas de maus tra-tos, ou pelo menos da falta de prote-ção dos seus progenitores, como foio caso mais recente (e há sempre umcaso mais recente que vai fazendoesquecer o anterior) de uma mãe queleva os seus filhos até à beira-mar,nestes dias de mar revolto e os entre-ga à sua voragem na convicção psicó-tica de que este sacrifício será demelhor augúrio para eles do que umfuturo problemático. E estamos fartosde saber que uma mãe é uma lobaque faz o impossível para proteger assuas crias, evidência que aqui falhourotundamente! A verdade que possater levado a tais desmandos pode es-tar no segredo das vidas íntimas da-quele agregado familiar que não dei-xará de ser inquirido ao pormenor pe-la investigação judicial, havendo sus-peitas que apontam para abusos se-

Numa era progressista e de evolu-ção constante, ainda é frequente veruma negligência no ramo da reco-lha de resíduos. O verdadeiro pro-blema reside na cabeça da popula-ção que toma as suas decisões combase num conceito simples: “Umasó pessoa não faz a diferença”. Estaforma de pensar leva a um despre-zo pela qualidade ecológica dasnossas ruas e espaços públicos.

Desde beatas de cigarros a paco-tes de plástico e garrafas de vidro,é da opinião geral que tudo seriamelhor se o chão estivesse limpo.Todavia, são pessoas que partilhamdessa opinião que não se preocu-pam em procurar o caixote mais per-to. Justificam-se, por vezes apenas a

si próprias, com a tal mentalidadede que um papel a mais ou a me-nos no chão não vai alterar nada.

Criou-se, também, uma aversãoa tudo o que consideramos “pro-blema dos outros”. Se alguém dei-xa um maço de tabaco no chão, oprimeiro instinto de qualquer peãodas ruas é ignorar. Afinal, não é dasua autoria, logo, não é da sua res-ponsabilidade. Mais uma vez, ape-sar de ser opinião geral a impor-tância da manutenção ecológica domeio, o ser humano revela umainabilidade de pôr de parte os seusideais egoístas e sem fundamento.

As nossas ações, relativas nãosó a este assunto, mas também ainúmeras outras situações do nos-so quotidiano, são ditadas por umfundameno que em nada nos bene-ficia. Quando iremos perceber que,ao apanhar lixo do chão ou, no mí-nimo, ao livrar-nos do nosso lixode forma adequada, estamos ape-nas e só a contribuir para conse-quências positivas maiores do queas vontades de um só indivíduo? |||||

Tudo seriamelhor se o chãoestivesse limpo

xuais exercidos pelo progenitor mas-culino sobre os filhos. E nada nemninguém terá tido a perceção da emer-gência de condições propícias a estedesmando, a este abismo que, a partirde certo patamar é irreversível, ou,como dizia um adágio latino, “abyssusabyssum invocat”, o abismo convocao abismo. Se numa ótica individua-lista que foi muito comum, era de-fensável “não meter a colher entremarido e mulher”, a consciência deque os limites de tolerância nos ca-sos de disruptura familiar degeneramem mal estar de toda a vizinhança eque uma rede de cuidadores não po-de permanecer insensível à infelicida-de das crianças que são sempre asprimeiras a entrar em crise, temos hojeem dia e ainda bem uma abordagemmais justa e socialmente responsávelda intervenção que deve ser feita emcasos de falência dos primeiros cui-dadores, os progenitores é claro, acio-nando as válvulas de segurança exis-tentes, nomeadamente a SegurançaSocial e as instituições de apoio paratal vocacionadas que possam existirna proximidade. E mesmo quandoesta rede de cuidados é posta emalerta e de sobreaviso, nem sempre épossível vencer os contratempos e re-mediar as piores consequências naadversidade que foi posta em marcha.Mas o que seria se a sociedade nãoestivesse mobilizada para o apoio àsvítimas de violência doméstica ou ou-tro qualquer tipo de chantagem, a co-meçar pela chantagem emocional que,segundo as sondagens, começa bemcedo a afetar as relações amorosas,até mesmo na fase de namoro?

Felizmente que também movimen-tos de solidariedade e de entreajuda

para com casais, crianças e jovens emsituação de precariedade motivada porgrave doença a necessitar de umaintervenção médica no estrangeiro,vêm obtendo êxitos notórios, comoagora se constata, nomeadamente, ocaso que mais notoriedade teve aolongo dos últimos meses no nossomeio, o do “Super-Tiago”, para quemo obstáculo de precisar de cerca demeio milhão de euros para um trata-mento que lhe devolva a esperançade uma vida normalizada parece re-movido. Acabamos por saber atravésdo JN (de 18 de fevereiro) que “ospais de Luna, uma menina de 6 anosde Vila do Conde que moveu a soli-dariedade e não resistiu a uma pneu-monia, não conseguindo tratar-se nosEUA, dão agora esperança a David(uma criança da Maia) e a Tiago, am-bos doentes do IPO”, distribuindo porambos 500 mil euros, fruto de cam-panhas de solidariedade. A força devontade e o espírito cooperativo quelevou a vizinhança a empenhar-se e ainventar campanhas e solidariedadespara conseguir o que, no início, pa-recia impossível, está também em viasde ser um sucesso, o que constituitambém um “trunfo” para a sociedadeno seu todo. Quero aqui relevar deigual forma a campanha poderosa deum grupo de jovens através das re-des sociais, com alguma publicidadea aflorar aqui ou ali sob o lema “jun-tos venceremos” em que pretendemsuportar e estimu-lar uma companhei-ra com leucemia a encarar a sua do-ença com ânimo. Enfim, gestos e ati-tudes de muita generosidade, muitonecessários na cidadania como quea dizer que “enquanto há vida, háesperança e vale a pena vivê-la”. |||||

Luís Américo FernandesO DIRETOR

“...Mas as crianças, Senhor,porque lhes dais tanta dor...”

Tiago Grosso

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 11

Detalhes de Luxo

A história dos últimos anos do Hos-pital Conde S. Bento não é dignifican-te. O declínio e a degradação desteequipamento hospitalar central de San-to Tirso não é de agora. A responsabi-lidade política de se ter chegado a esteponto tem muitos rostos em anterio-res governos e executivos municipais.

Depois de ter perdido a Maternida-de, depois de ter ficado subalternizadopor Famalicão na constituição do Cen-tro Hospitalar do Médio Ave, depoisde ter perdido recursos humanos qua-lificados e valências, depois da ame-aça de perder a Urgência, só faltavaa polémica da responsabilidade dagestão. A Câmara ou a Misericórdia?

A mim tanto se me dá. O que es-pero (e esperam todos os tirsenses)é que essa gestão, seja da Câmara,como agora é, ou da Misericórdia,como era para ser, ou da Liga dosAmigos do Hospital, que tem feito

A gestãodo Hospital

Os substantivos “Ter” e “Ser” pare-cem ser as palavras mais utilizadasquando se procura definir sucesso,felicidade, realização pessoal ou pro-fissional: Ter ou Não Ter determina-do salário, Ter ou Não ter determi-nado emprego, Ser ou Não Ser fa-moso, Ser ou Não Ser líder...

Raros são os casos em que o “Ter”e o “Ser” aparecem como verbos au-xiliares: Ter Conquistado determina-da posição, Ter Ultrapassado deter-minada barreira, Ser Capaz de gerirdeterminada situação...

Eu sei que são detalhes mas, dequando a quando eles são o maisimportante.

Noutro dia, por exemplo, fiqueisurpreendido ao ler uma notíciasobre o processo de José Sócratescontra o Correio da Manhã. Não éque o ex-primeiro ministro não gos-tou que andassem a dizer que eleestava a viver uma vida de luxo eprocessou aquela empresa por da-nos morais.

Não é que ficou comprovado queJosé Sócrates gastava apenas 10 e

CRÓNICO

não 15mil euros por mês, como ale-gava aquele jornal. Embora se te-nha comprovado que o jornal esta-va a transmitir informações incorretassobre a vida pessoal desse portugu-ês em Paris, o Sr. Sócrates perdeu ocaso. A conclusão baseia-se no fac-to de, embora a imprensa estar apublicar informações sem verificar averacidade do seu conteúdo, a ver-dade é que Sócrates continuava umser feliz, e como tal sem ter sofridograndes danos morais.

Viram a importância dos detalhes.Sócrates queria extorquir o jornaltendo como base, não o facto deeste estar a mentir sobre a sua vidapessoal, mas sim, alegando que es-tas notícias estavam a causar-lhedanos morais. E lá está, o juiz che-gou à brilhante conclusão que nãose causa danos morais a alguém queconstantemente demonstra não termoral.

Este político é um substantivo paraa nossa sociedade: Tem lata, Tem cu-nhas, É falso, Não Tem vergonha...

Voltando aos detalhes. Parece queexistem comerciantes que colocamsapos de cerâmica na porta do seuestabelecimento para evitarem a en-trada de membros da comunidadecigana. Isto é algo que eu desco-nhecia por completo até ler umaoutra notícia no mesmo jornal.

Houve alguém que decidiu usareste detalhe para explorar a proble-

mática da integração de ciganos nasociedade portuguesa. Leonor é oseu nome, filha de pai cigano quedecidiu tomar este facto como temada sua segunda curta-metragem.Não é que com este filme, esta rea-lizadora chegou ao Festival de Ci-nema de Berlim e conquistou o Ursode Ouro, para a melhor curta-metra-gem. Sim, a portuguesa Leonor Telesconseguiu, com apenas 23 anos deidade, ser a mais jovem realizadoraa conquistar tal feito. E este feito éum verdadeiro luxo para este paísque viu e vê ano após ano os cortesna cultura.

Esta realizadora é um verbo au-xiliar: Tem Coragem de se exprimiraos 23 anos, É Conquistadora deum prémio prestigiado, É Capaz detratar uma temática complexa compositivismo...

A vida de luxo do político ape-nas produz notícias de lixo. A con-quista de Urso de Ouro de LeonorTeles é sem dúvida um luxo de notí-cia que eu gostaria que fosse cele-brada pelos portugueses da mesmaforma que foi celebrada a conquistada Bota de Ouro por Cristiano Ro-naldo. Afinal ambas distinções sãode ouro, o objeto é mero detalhe.

Porra, era suposto terminar con-firmando que os detalhes são im-portantes. Devo ser um substantivoa precisar melhor os meus adjetivosauxiliares. É crónico... Eu sei. |||||

Fernando Torres

Pedro Fonseca*

um trabalho notável, seja competen-te e profissional, para reverter umasituação que caminha para ficar in-sustentável.

O que o Hospital Conde S. Bentonão precisa nesta altura é de servirde joguete nas guerras políticas epartidárias locais. Bem sei que muitagente rasteja por um minutinho defama, mesmo que seja em desfavordo bem comum.

Mas uma coisa também sei. Semdesprimor pelo trabalho meritório daMisericórdia, que tem à sua frente umapessoa que conheço há muitos anos, eque tem dedicado a vida ao serviçopúblico, julgo que a Câmara, nas atuaiscircunstâncias, é quem melhor pode criaras condições para alavancar de novoo hospital como um equipamento deexcelência ao serviço da população.

Se Joaquim Couto pode chamar asi os louros desta reviravolta, fruto dopeso político acrescido que hoje temjunto do Governo Central, tambémassume a responsabilidade políticapela reivindicação de investimento ur-gente na requalificação do hospi-tal.Se tudo correr bem, será um mar derosas, mas se tudo correr mal…!!! |||||Pedro Fonseca escreve de acordo com aantiga ortografia

Tendo o Conselho Diretivo desta ARStomado conhecimento da notícia pu-blicada no Jornal Entre Margens, edi-ção de 12 do corrente, página 10, como título “Urgência de Santo Tirso podeencerrar já em maio”, cumpre-nos:

1. manifestar o nosso total desagra-do pelo fato desta Instituição não tersido ouvida e, desta forma, poderesclarecer qualquer dúvida existentesobre o assunto em apreço;

2. referir que a notícia em questão e,principalmente, a dúvida subjacentenão tem qualquer razão de existir, ten-

do presente que não está previsto,por parte desta ARS e do Ministérioda Saúde, o encerramento do Ser-viço de Urgência da Unidade Hos-pitalar de Santo Tirso;

3. solicitar a publicação do presenteesclarecimento. ||||| CONSELHOCONSELHOCONSELHOCONSELHOCONSELHO DIRETIVODIRETIVODIRETIVODIRETIVODIRETIVO

DDDDDAAAAA ADMINISADMINISADMINISADMINISADMINISTRAÇÃTRAÇÃTRAÇÃTRAÇÃTRAÇÃOOOOO REGIONALREGIONALREGIONALREGIONALREGIONAL DEDEDEDEDE SSSSSAÚAÚAÚAÚAÚ-----DEDEDEDEDE – – – – – NORTENORTENORTENORTENORTE

CARTAS AO DIRETOR

Urgência doHospitalde Santo Tirso

Sem desprimor pelo trabalho meritório da Misericórdia (...),julgo que a Câmara, nas atuais circunstâncias, é quem melhorpode criar as condições para alavancar de novo o hospitalcomo um equipamento de excelência ao serviço da população”.PEDRO FONSECA

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12 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

ATUALIDADE

ASSEMBLEIA GERALORDINÁRIACONVOCATÓRIA

CENTRO DE ACÇÃOSOCIAL DEACOLHIMENTOÀ TERCEIRAIDADE DE RORIZ

CASATIR

||||| TEXTO: JORJORJORJORJORGEGEGEGEGE COELHOCOELHOCOELHOCOELHOCOELHO

José Duarte, um dos maiores divul-gadores de sempre da música jazzem Portugal, numa entrevista muitorecente ao jornal Expresso, referiu terassistido em Londres a um concertoem que Miles Davis, figura do jazzmundialmente conhecida, abria equem o fechava era alguém que to-cava free jazz, Archie Shepp. Free jazz,dentro do estilo base, é uma lingua-gem mais complexa e aparentementemais desorganizada e caótica. Supos-tamente mais difícil de ouvir, princi-palmente para ouvidos menos trei-nados e mentes mais impacientes. MasJosé Duarte, segundo o próprio, re-

Uma espéciede porta deentrada no jazz

trar em mundos que pensamos nãoserem os nossos. É uma questão deabertura mental e possível interessena aquisição de conhecimento, quan-to mais não seja, para fundamenta-ção de opiniões. Tem é de se insistire resistir para assimilar. Depois, se segostar, dá-se continuidade, se nãose gostar, fica-se pelo menos a saberporquê. Com a música jazz é ou podeser assim, tal e qual como com outroestilo musical qualquer.

No passado dia 19 de fevereiro,teve lugar na Biblioteca Municipal deSanto Tirso um concerto de jazz como grupo Espécie de Trio. Espetáculointegrado no VIII Ciclo de Jazz deSanto Tirso e de entrada gratuita. Asala estava meio cheia… ou meio va-zia, depende da perspetiva. Estariampresentes entre cinco a seis dezenasde pessoas. As restantes, as que nãocompareceram por resistirem demasi-ado à mudança e à tal abertura men-tal, perderam mais uma hipótese deespreitar pela janela do jazz e, depois,talvez entrar pela porta do mesmo. Éque, num concerto bastante simples,Hugo Raro (piano), António TorresPinto (bateria) e Filipe Teixeira (con-trabaixo), todos músicos eficientes,apresentaram versões de temas bemconhecidos dos universos musicaispop, rock e até da música de inter-venção portuguesa, o que hipoteti-camente facilita a audição.

“Hey you” dos Pink Floyd e “Riderson the storm” dos The Doors talveztenham sido os temas que melhor seapresentaram com as suas novas rou-pagens. E é aqui, precisamente natransformação dos temas originais,principalmente na transformação decanções conhecidas, na mistura depeças de puzzles diferentes, que resi-de uma das muitas possíveis formasde se atrair público e de este se dei-xar atrair. Se as entidades organiza-doras, os promotores dos espetáculose os músicos têm feito o papel deles,o público ainda não despertou, mas…é entrar, porque ainda é de borla! ||||||

CONCERTO DO PROJETO ESPÉCIE DE TRIO, REALIZADO NODIA 19 DE FEVEREIRO, NA BIBLIOTECA MUNICIPAL,NO ÂMBITO DO VIII CICLO DE JAZZ DE SANTO TIRSO

sistiu e insistiu, tendo assistido à atua-ção de Shepp sentado na fila da frente.

Confidenciou a quem o entrevis-tou, ter dito a si mesmo naquele dia,há muitos anos, o seguinte: “Só saisdaqui quando gostares disto”. Tudoisto para dizer o quê? Que há sem-pre portas e janelas por onde se en-

“Os que não compare-ceram por resistiremdemasiado à mudançae à tal abertura men-tal, perderam maisuma hipótese de esprei-tar pela janela do jazz.”

CICLO DE JAZZ DE SANTO TIRSO

Os alunos do 9.º e 12.ºanos deescolaridade da Escola Básica eSecundária de D. Dinis assistiram auma sessão de sensibilização so-bre “Relações Afetivas na Adoles-cência”, no auditório da BibliotecaMunicipal, nos dias 15 e 18 de fe-vereiro, respetivamente.

O agente Ricardo Gouveia, ele-mento da PSP de Santo Tirso, atra-vés de uma exposição acessível,abordou a problemática social daviolência no namoro, levando osalunos a identificar as causas quedesencadeiam comportamentosabusivos nas relações afetivas dos

PSP sensibiliza alunospara relaçõesafetivas saudáveis

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE D. DINIS

adolescentes, a tomar consciênciados vários tipos e processos de vi-olência exercida entre os parceirose a ter acesso aos meios de pre-venção e de ajuda existentes.

Através de dados estatísticos ede casos reais conhecidos publica-mente, concluiu-se que a mulher eraa maior vítima de violência, tendo-se, assim, abordado e sensibilizadoos discentes para valores como aética e para os princípios da igual-dade de género e da cidadania ati-va. ||||| AAAAA EQUIPEQUIPEQUIPEQUIPEQUIPAAAAA DDDDDAAAAA EDUCAÇÃEDUCAÇÃEDUCAÇÃEDUCAÇÃEDUCAÇÃOOOOO PPPPPARAARAARAARAARA

AAAAA EAÚDEEAÚDEEAÚDEEAÚDEEAÚDE DADADADADA ESCOLAESCOLAESCOLAESCOLAESCOLA BÁSICABÁSICABÁSICABÁSICABÁSICA EEEEE SECSECSECSECSEC.....DEDEDEDEDE DDDDD. . . . . DINISDINISDINISDINISDINIS (TEXTO EDITADO)

Raquel Varela, investigadora do Ins-tituto de História Contemporâ-nea da Universidade Nova de Lis-boa, está no próximo sábado emsanto Tirso, onde vai apresentar oseu livro “Para onde vai Portugal”.

A sessão terá lugar na Bibliote-ca Municipal, às 21h30, e conta acom presença de Rita Sousa, presi-dente do Sindicato dos Magistra-dos do Ministério Público – DireçãoDistrital do Porto. ||||

Raquel Varela diz, em SantoTirso, “Para onde Vai Portugal?

Abílio Fontes Martins, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, vem, nos termos do artigo 28.ª,dos Estatutos do Casatir, convocar os Associados par a Assembleia Geral que se realizará no dia20 de março, pelas 09.00 horas, na sede, sita na Rua de S. Pedro, n.º 137 – Roriz, com a seguinteOrdem de Trabalhos:

1. Leitura da Ata da última Assembleia Geral Ordinária;2. Apreciação e votação do Relatório de Atividades e Contas do Exercício de 2015;3. Outros assuntos de interesse.

No caso de à hora marcada não se encontrarem reunidas as condições previstas do artigo 30.ª doEstatuto do Casatir, a Assembleia funcionará trinta minutos depois com os presentes.

Roriz, 19 de fevereiro de 2016O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Abílio Fontes Martins

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ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 13

VILA DAS AVES

Arbustos em vez de árvores de grandeporte são a nova imagem da avenida

Desconhece-se o destino do edifícioe o espaço disponível deverá servir oestacionamento junto da Igreja Matriz

Retirados os taipais da obra quedecorria desde setembro, conformenoticiado pelo Entre Margens verifi-ca-se que do posto de abastecimen-to de combustíveis resta apenas o edi-fício onde funcionava a caixa e a loja,não se conhecendo quais as inten-ções que possam existir para algumautilidade futura. Tudo o resto (bom-bas, depósitos, instalações de lava-gem de veículos) foi retirado.

Para que a utilização do espaço

como estacionamento, nomeadamen-te em horas de cerimónias na Igreja,se realize de modo organizado e efi-ciente é legítimo esperar que seja fei-to algum arranjo que permita facilitara entrada e saída de veículos e a suaarrumação no espaço, aproveitando-o e valorizando-o. Tratando-se deespaço sob a administração paroqui-al, como é legítimo supor, será deesperar a atenção dos responsáveispara este ponto, sendo que a cola-boração dos urbanistas municipaisnão será certamente negada se forconvenientemente solicitada. |||||

“Alecrim aos molhos”, é o que apa-rece à vista de quem repara na futu-ra “cortina verde” que se pretendecriar ao longo do passeio e da rededa via-férrea, na avenida Conde deVizela, na freguesia de Vila das Aves.A obra parece prestes a ser conclu-ída, depois de retiradas quase trêsdezenas de árvores de razoável porte

porque teriam alguns problemas desegurança e, sobretudo, dada a pro-ximidade da catenária da linha docomboio, podiam vir a causar per-turbações na circulação.

Foi refeito todo o pavimento dopasseio e foram também recupera-dos os bancos de cimento, alvo dealguma contestação e o espaço pare-

ce bastante adequado à circulaçãodos peões. Sombra, no verão, é quenão parece que venha a ter, pois asespécies vegetais plantadas são depequeno porte mas bem poderá ocaminhante gozar o descanso do fimda tarde ou o princípio da noite, quea essa hora não sentirá a falta dasárvores suprimidas. |||||

VILA DAS AVES - AVENIDA CONDE DE VIZELA

Posto de abastecimento decombustíveis juntoda igreja foi desativado

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14 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

ATUALIDADE

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Mercê da gestão e equilíbrio das fi-nanças municipais, como se confir-ma com o anuário financeiro dos mu-nicípios portugueses, Santo Tirso irácontrair um empréstimo bancário de1,6 milhões de euros para executaruma parte dos cerca de 8 milhões deinvestimentos previstos para o ano de2016, nomeadamente a requalifica-ção da Praça Camilo Castelo Branco,a Praceta do Alto da Feira, a rua SilvaAraújo, o adro da igreja da Palmeirae arrancar com o projeto das hortasurbanas, vencedora do orçamentoparticipativo jovem de 2014”. O assun-to apresentado pelo presidente daCâmara, Joaquim Couto, foi um doslevados a reunião de Câmara do pas-sado dia 18. O contrato de emprés-timo a longo prazo foi, posteriormente,aprovado por unanimidade, mas an-tes, Alírio Canceles, eleito pelo PSD/PPM quis saber se a capacidade deendividamento do município “resul-ta de boas práticas financeiras por sisó ou se tem o chapéu de um hipo-

Câmara ‘pede’ 1,6milhões de eurospara reforçarinvestimentosEXECUTIVO MUNICIPAL APROVOU EMPRÉSTIMO A LONGO PRAZO.ASSUNTO SERÁ AGORA LEVADO À ASSEMBLEIA MUNICIPAL

REUNIÃO DE CÂMARA DE 18 DE FEVEREIRO

tético credito que ninguém sabe sevamos receber ou não da Câmara daTrofa”. Couto esclareceu que tudo foifeito de acordo com a legislação, ga-rantiu que a capacidade financeira de-pende da boa gestão da Câmara e nãopõe de parte a possibilidade de al-guns dos projetos em questão seremfinanciados por fundos comunitários

Mas no que toca a investimentoso presidente da Câmara deu conta,mesmo no período antes da ordem dodia, de alguns exemplos que “mos-tram aos mais distraídos que o exe-cutivo municipal de maioria PS nãovirou as costas aos investimentos nasfreguesias, apesar das medidas deapoio direcionadas às famílias e àsempresas do concelho e de todos osconstrangimentos por que passa o mu-nicípio”. A obra de arranjos exterioresda Escola de S. Martinho cujo concur-so está em fase final e vai custar 135mil euros, a requalificação da estradamunicipal 558 que liga a Reguenga aPaços de Ferreira, que ronda o milhãode euros, já está concluída. E em MonteCórdova foi já consignada a obra de

construção de um muro de suporte narua de Vilar, orçada em 90 mil euros.

ISENÇÃO DE IMI NAS ARUDepois da Área de Reabilitação Ur-bana de Santo Tirso, foram agoraaprovadas as de Areias, S. Martinhodo Campo e Vila das Aves. O gran-de objetivo, explicou Joaquim Couto,“é dinamizar o mercado da reabilita-ção urbana do concelho, através in-centivos e benefícios fiscais, associa-dos aos impostos municipais sobreo património a conceder aos propri-etários”. “Acreditamos que este ins-trumento é um excelente incentivo àrequalificação de património que seencontra devoluto”, continuou. Nasquatro ARU os proprietários pode-rão, assim, beneficiar da isenção doImposto Municipal sobre Imóveis porcinco anos, prorrogáveis por mais cin-co, assim como do Imposto Munici-pal sobre Transmissões onerosas de

Imóveis para quem adquirir prédiosdestinados exclusivamente à habita-ção própria e permanente. “Era im-portante que, no âmbito da chamadae anunciada repetidamente, coesãoterritorial não perdêssemos de vistaa importância e o impacto que estasARU têm para quem fica fora e nãotem benefícios fiscais”, adiantou Can-celes. Couto garantiu fazer o possí-vel para manter o “equilíbrio”.

A reunião foi, ainda, marcada pelaaprovação de um conjunto de pare-ceres prévios relativos à celebraçãode contratos de prestação de servi-ços em áreas como a manutençãode fontes ou a manutenção e vigilân-cia do Parque Desportivo da Rabada.Com exceção da prestação de servi-ços para levar a cabo o Mercado Na-zareno de 2016, que foi aprovadapor unanimidade e onde o PSD dis-se acreditar que “a organização doevento tem correspondido às expec-

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ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 15

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tativas e objetivos que estavam pre-vistos”, todos os outros não tiverama anuência da oposição. As declara-ções de voto de ambas as partesespelharam opiniões já várias vezesreferidas. Por um lado, a coligaçãodeixa bem claro que “não está emcausa o recurso a entidades exter-nas, muito menos o mérito e as ne-cessidades dos serviços a prestar. Tam-bém não está em causa a necessida-de da Câmara encontrar no exteriorrecursos técnicos para algumas ativi-dades que, pela sua especificidade, ojustifiquem”. Antes “os procedimen-tos administrativos subjacentes a estee outros ajustes diretos porque nãosão dadas explicações sobre o valor,não são conhecidos os critérios quelevaram às escolhas nem quais asentidades que foram consultadas”. Amaioria socialista, por outro lado, re-afirma que “cumpre todos os requisi-tos previstos na lei e nos regulamen-

tos da contratação pública, não acei-tando, por isso, lições de moralidadee de responsabilidade por parte dossenhores vereadores do PSD PPM”.

LED PERMITE À CÂMARA POUPAR190 MIL EUROS POR ANOAinda no período antes da ordemdo dia o presidente da Câmara fezsaber que Santo Tirso é um dos trêsmunicípios da Área Metropolitana doPorto que irá ‘devolver’ IRS aosmunícipes. “Seguindo a linha de umcompromisso assumido com a popu-lação de aliviar a carga fiscal sobreas famílias, a Câmara de Santo Tirsodecidiu aplicar uma taxa de IRS abai-xo do limite máximo legal definidopor lei, o que permite ao Municípiodevolver aos munícipes uma partedas verbas a transferir do Orçamen-to do Estado”, explicou Joaquim Cou-to. “Com a decisão de baixar a taxado IRS sobre a participação do muni-cípio naquele imposto, a Câmara deSanto Tirso abdica de cerca de 300mil euros de receita em três anos,verba distribuída pelos agregados fa-miliares com domicílio fiscal no con-celho”, continua. Já a vice-presidente,Ana Maria Ferreira, sublinhou a en-trada em curso dos trabalhos “desubstituição de cerca de 2400 lumi-nárias com lâmpadas convencionaispor tecnologia led nas estradas naci-onais do concelho entre Santo Tirsoe Vila das Aves, Santo Tirso e Areias,Santo Tirso e Água Longa e aindanos centros de Santo Tirso, Vila dasAves e S. Martinho do Campo”. Amedida promete ser mais amiga doambiente e da eficiência energética,mas também “aumentar a segurançade pessoas e bens”. “A poupançaobtida irá permitir ligar as cerca de3200 luminárias que haviam sidodesligadas”, garante a vice-presiden-te. O município paga anualmente 260mil euros de luz pública e a medidairá permitir fixar esse valor nos 70mil euros, o que representa uma pou-pança na ordem dos 190 mil euros.

“Depois da Área de Rea-bilitação Urbana deSanto Tirso, foramagora aprovadas as deAreias, S. Martinho doCampo e Vila das Aves”.

O grande objetivo,explicou JoaquimCouto, “é dinamizar omercado da reabilita-ção urbana do conce-lho, através incentivose benefícios fiscais”.

PS local debateeleições internas

VILA DAS AVES

A secção de Partido Socialista de Viladas Aves debateu, no passado dia12, as eleições internas distritais dopartido, numa sessão que culminoucom apresentação das linhas estra-tégicas da recandidatura de TeresaFernandes ao Departamento Fede-rativo das Mulheres Socialistas peloDistrito do Porto.

Mais do que prestar contas dotrabalho desenvolvido à frente doDepartamento das Mulheres, TeresaFernandes fez um balanço positivodo mandato que agora termina,sublinhando: “candidato-me porquegosto de fazer política, porque gos-to de estar na política e porque acre-dito que as mulheres também po-dem dar o seu contributo à política”.

Sónia Martins, secretária-coorde-nadora do PS/Vila das Aves, mos-trou-se satisfeita pela adesão dosmilitantes e frisou que “o objetivo dainiciativa foi sensibilizar para a im-portância e participação neste atoeleitoral, mobilizando o partido, deforma a conseguir-se eleger estru-turas distritais fortes”.

Para já, é sabido que Manuel Pizar-ro será o único candidato à lideran-

ça da maior federação distrital dopartido, tudo indicando que TeresaFernandes também se apresente co-mo única candidata ao Departamen-to Federativo das Mulheres Socia-listas do Porto. Para Sónia Martins,“este é claramente um sinal de uni-dade no interior do PS”.

Além de Sónia Martins e de Tere-sa Fernandes, a mesa foi ainda cons-tituída por Noémia Gouveia, presi-dente da Assembleia Geral do PS/Vila das Aves, e por Ana Maria Fer-reira, membro da Comissão Políticadas Mulheres Socialistas do Porto edo Departamento Nacional, que, aousar da palavra, reforçou o “traba-lho de participação e mobilizaçãodos militantes para o dia 5 de mar-ço”, dia das Eleições Federativas.

Em Vila das Aves, o ato eleitoralpara a escolha do presidente da Fe-deração Distrital e dos delegados aoCongresso Federativo, bem como pa-ra a eleição da presidente do Depar-tamento Federativo das MulheresSocialistas do Porto e respetiva Co-missão Política, decorre na sede dasecção, das 15h. às 19 horas. O Con-gresso terá lugar a 19 de março. |||||

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Registar a vontade sobre os cuidados de saúdeque pode recusar ou consentir no caso deficar incapacitado é um direito que cada um podeexercer livremente e que carece de divulgação

TESTAMENTOVITAL: DIRETIVASANTECIPADASDE VONTADEEM MATÉRIA DECUIDADOSDE SAÚDE.O QUE PRECISAMOSDE SABER

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ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 17

Qualquer pessoa de maior idade e na posse das suas faculdades tem a possibilidade de nome-ar um ‘procurador de cuidados de saúde’, a quem são atribuídos poderes para decidirsobre os cuidados de saúde a receber ou não pelo outorgante nas situações previstas na lei.”

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Manifesto é o nome que se dá a umtexto que contém uma declaração pú-blica de princípios e de intenções comvista a desencadear ações, habitual-mente de natureza política, com vistaa mudanças de qualquer tipo.

Foi notícia, nas últimas semanas,a divulgação de um manifesto do Mo-vimento Cívico para a Despenalizaçãoda Morte Assistida, que defende “serurgente despenalizar e regulamentara morte assistida”, “como uma expres-são concreta dos direitos individuais”e como “direito do doente que sofre ea quem não resta outra alternativa,por ele tida como aceitável ou digna,

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DECORAÇÕES

Pode aceder ao sítio do RegistoNacional do Testamento Vital(Rentev) na internet inserindo“rentev” para pesquisa e encon-trará o modelo de “Diretiva ante-cipada de vontade bem como res-postas às perguntas frequentes(FAQ’s) e um folheto informativo.

Outra informação disponívelrefere-se aos balcões onde o as-sunto pode ser tratado, normal-mente na sede das Associações deCentros de Saúde. No caso do con-celho de Santo Tirso o balcão doRentev disponível situa-se noCentro de Saúde de Santo Tirso,no de Famalicão em Delães (Ruado Pavilhão) e no de Guimarãesem Urgeses (Rua Francisco Fer-nandes Guimarães). |||||

para pôr termo ao seu sofrimento”.Neste caso, a pretensão publi-camenteapresentada no manifesto é a de pro-mover mudanças nas leis que regu-lam os direitos individuais da pes-soa doente e os atos médicos comrelacionados. A lei atual, ao contráriodo que acontece nalguns países, con-sidera crime tanto a eutanásia (situa-ção em que alguém administra a umdoente, a pedido deste, uma doseletal de fármaco) como o suicídio assis-tido (em que é o próprio doente que,com a ajuda de outros, a administraro fármaco) e o que pretendem ossubscritores do manifesto é tornarlegal, em situações regulamentadas,uma e outra. Sabe-se já que na As-sembleia da República há pelo me-nos um grupo parlamentar, o do Blo-co de Esquerda, que já declarou terintenção de apresentar proposta legis-lativa relacionada com o assunto domanifesto, enquanto outras corren-tes de opinião argumentam que se tratade matéria que deve ser objeto de refe-rendo. E, por isso mesmo, trata-se de

matéria que exige debate aprofun-dado, tanto mais que não se trata ape-nas de uma questão jurídica mas deuma questão ética, social e deontoló-gica, sobre a qual a perspetiva históri-ca é de que a morte é um processonatural, uma inevitabilidade que nãodeve ser atrasada nem antecipada.Acresce ainda a este debate a ques-tão da acessibilidade dos doentes acuidados de saúde especializados naprevenção da dor e do sofrimento noscasos associados a doenças graves eincuráveis e em fase avançada e pro-gressiva, os chamados cuidados pa-liativos. O direito a estes cuidados estáregulado por lei mas está muito longede chegar a quantos deles necessitam.

Porém, a análise que pretendemosfazer neste texto não é sobre o quese pretende obter com as alteraçõesà lei vigente nem mesmo sobre aquestão dos cuidados paliativos. Pre-tende-se, apenas analisar o que jáexiste em Portugal relativamente à ma-nifestação de vontade em relação acuidados de saúde. A ideia surgiuda leitura do próprio manifesto, naparte em que afirma que “em Portu-gal, os direitos individuais no domí-nio da autodeterminação da pessoadoente têm vindo a ser progressiva-mente reconhecidos e salvaguarda-dos: o consentimento informado, odireito de aceitação ou recusa de tra-tamento, a condenação da obstina-ção terapêutica e as Diretivas Anteci-padas de Vontade (Testamento Vital)”.

De facto, a Lei 15 de 2014, quereúne os direitos e deveres do utentedos serviços de saúde, estabelece odireito de consentimento ou recusada prestação dos serviços de saúde,declarado de forma livre e esclarecida,assim como o direito a ser informadosobre a sua situação, as alternativasde tratamento e a evolução prováveldo seu estado. Sabendo isto, uma dasperguntas importantes que se podefazer é saber qual a vontade do doen-te no caso de ele se encontrar impos-sibilitado de a declarar, atendendoao seu estado. Foi para criar procedi-mentos adequados a este tipo de si-tuações que a Lei 25/2012 veio re-gular as “diretivas antecipadas de von-

tade, designadamente sob a forma deTestamento Vital”. A mesma lei regulatambém a nomeação de “procuradorde cuidados de saúde” e criou o Re-gisto Nacional do Testamento Vital.

O Testamento Vital é um documentoem que qualquer pessoa maior deidade e na posse das suas capacida-des pode manifestar, antecipadamente,a sua vontade livre e esclarecida dedesejar ou recusar receber determi-nados cuidados de saúde no caso dese encontrar impedido, por qualquerrazão de manifestar essa vontade deforma pessoal e autónoma. As direti-vas antecipadas de vontade podemincluir o não ser submetido a tratamen-to de suporte artificial das funçõesvitais, não ser submetido a tratamentoinútil ou despropositado em relaçãoao seu estado, nomeadamente no que

respeita a medidas de suporte básicode vida e medidas de alimentação ehidratação que visem retardar o pro-cesso natural de morte, receber os cui-dados paliativos adequados ao res-peito pelo seu direito a uma inter-venção global no sofrimento determi-nado por doença grave ou irrever-sível em fase avançada. A lei estabele-ce limites, não sendo aceites diretivasde vontade que “possam provocardeliberadamente a morte não natu-ral e evitável”. O Testamento Vital podeser revogado a qualquer momentopelo seu autor e tem validade porcinco anos. A fim de garantir que osprofissionais de saúde tenham co-nhecimento da existência do docu-

mento foi criado um registo informá-tico nacional (o Rentev) e estabeleci-dos modelos e procedimentos ade-quados. Tal não impede que qual-quer pessoa possa ter consigo umdocumento, que será válido mesmoque não registado no Rentev desdeque reconhecido por notário. A van-tagem do registo é garantir o conhe-cimento da sua existência como con-dição para que possa ser cumprido.Por outro lado, o modelo já apresen-ta a descrição de algumas situaçõesde forma estruturada e facilitadorada consulta posterior, sendo, de qual-quer modo, possível anexar outro do-cumento correspondendo a situa-ções não especificadas no modelo.

Os direitos do doenteem relação aoscuidados de saúde

O que é oTestamento Vital

SABER MAIS

O Testamento Vital não é o únicomeio que a lei estabelece como for-ma de decidir sobre que cuidadosde saúde receber ou não receber poruma pessoa em situação de incapa-cidade de expressar autonomamen-te a sua vontade. Qualquer pessoade maior idade e na posse das suasfaculdades tem a possibilidade de no-mear um “procurador de cuidados desaúde”, a quem são atribuídos pode-res para decidir sobre os cuidados desaúde a receber ou não pelo outor-gante nas situações previstas na lei.O Rentev efetua também registo dasprocurações de cuidados de saúde,sendo também válidas procuraçõesnão registadas desde que cumpramos requisitos estipulados na lei. ||||||

Procurador doscuidados de saúde:o que significa?

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VALE DO AVE18 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

“Deixa-me Aclarar-te a Mente, Ami-go”. A expressão serviu de mote paraa designação mais comum de um dosgrupos musicais que mais sucessotem feito nos últimos tempos em Por-tugal. Fique-se, então, pelas iniciais:D.A.M.A. É com eles que o municí-pio da Trofa assinala, no próximo dia3, a abertura de mais uma edição daFeira Anual, certame que é já consi-derado um dos maiores do país, eque decorre no Mercado e Feirada Trofa, sito na Rua do Padrão, atéao próximo dia 6 de março.

A inauguração oficial da feira vaidecorrer, então, na próxima quarta-feira, pelas 18 horas, com visita aocertame, como habitualmente, e ain-da o grande concerto dos já referi-dos D.A.M.A. O evento é organizadopela Câmara Municipal da Trofa epela Junta de Freguesia de Bougado(S. Martinho e Santiago) com o obje-

Depois da inauguração, em dezem-bro último, da ampliação do Hospi-tal Narciso Ferreira, a Santa Casa daMisericórdia de Riba de Ave abriuno dia 12 de fevereiro, a sua novaunidade de ambulatório em gastro-enterologia e apresentou o projetopara o futuro Centro de Investiga-ção, Formação e Acompanhamen-to de Demências (CIFAD), duas res-postas que colocam a Misericórdiariba-davense na vanguarda da Pe-nínsula Ibérica a este nível.

Na ocasião, o secretário de Esta-do Adjunto e da Saúde mostrou-sesatisfeito com as instalações do Hos-pital de Riba de Ave e garantiu que “oGoverno vai continuar a trabalharcom a Santa Casa da Misericórdia”ao abrigo dos vários acordos cele-brados, considerando “fundamen-tal este esforço de cooperação”.

A nova unidade de gastroente-rologia está instalada na área queacolhia os serviços de fisioterapia doHospital da Misericórdia. Dispõe deduas salas de ambulatório e quatrode recobro, equipadas para a reali-zação de colonoscopias e de en-doscopias com sedação e apetrecha-

INAUGURAÇÃO DA NOVA UNIDADE DE GASTRO-ENTEROLOGIA FOI ACOMPANHADA PELA APRESENTAÇÃODO FUTURO CENTRO DE INVESTIGAÇÃO,FORMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE DEMÊNCIAS

Misericórdia abreunidade degastroenterologia

RIBA DE AVE

CIM Ave lançaconcursogastronómico

Setor agropecuárioem festa naFeira AnualCONCERTO COM O GRUPO D.A.M.A MARCA O ARRANQUEDO CERTAME QUE SE REALIZA DE 3 A 6 DE MARÇO

tivo de promover o setor agropecuáriodo concelho bem como de toda aregião norte.

Ao longo dos quatro dias do cer-tamne, destacam-se iniciativas comoo ‘concurso de preparadores e mane-jadores da raça holstein frísia’, os‘concursos pecuários da raça minhota’,da ‘raça arouquesa’, da ‘raça holsteinfrísia’ e da ‘raça barrosã’, o ‘concursode modelo e andamento – fêmeas emachos’, bem como atividades comocolóquios, ‘horse paper’, ‘atrelagem’,‘cavalhadas’, ‘monumental garraiada’,espetáculos musicais, chega de bois’,‘provas e espetáculos equestres’, eainda uma grande exposição de má-quinas e produtos para a agriculturae pecuária.

Adicionalmente, esta Feira Anualtem a particularidade de disponibilizaratividades direcionadas para agricul-tores, criadores, produtores e empre-sários da área, criando oportunida-des de negócio e de intercâmbio deexperiências.

Para o público em geral, esta FeiraAnual já se tornou um destino obri-gatório, pois além dos concursospecuários e equestres, de colóquios,das demonstrações de equipamen-tos e da promoção da gastronomianacional, o programa inclui atraçõescomo os concertos de Quim Bar-reiros (dia 4, às 23 horas) ou deDomingos Moça e Banda (dia 5), paraalém do folclore que marca asatividades de domingo à tarde. ||||||

TROFA

das com as mais modernas tecno-logias. “Esta será uma unidade dereferência no país”, afirmou o ad-ministrador delegado da Santa Casada Misericórdia, Salazar Coimbra. Oresponsável revelou ainda que sóem termos de diagnóstico foram in-vestidos cerca de 390 mil euros.

Entretanto, aproveitando a pre-sença do representante do Gover-no, a Misericórdia de Riba d’Aveapresentou o novo Centro de Inves-tigação, Formação e Acompanha-mento de Pessoas com Demência.Trata-se de um Centro que será dereferência não só no país mas naPenínsula Ibérica, como foi avança-do pelos responsáveis. Deverá en-trar em funcionamento em 2018 eimplicará um investimento de cercade 13 milhões de euros, numa áreade 11 mil metros quadrados.

Paulo Cunha, presidente da Câ-mara de Famalicão elogiou o traba-lho desenvolvido pela Misericórdiade Riba de Ave, considerando-a“uma instituição dinâmica, empre-endedora e com a capacidade cons-tante de renovar e atualizar o seulugar na sociedade”. ||||||

A Comunidade Intermunicipal doAve está a promover o ConcursoCHEF IN.AVE, destinada aos alu-nos das escolas do ensino profis-sional, para a atribuição do TroféuCozinheiro/Pasteleiro IN.AVE e Tro-féu Barman/Restaurante IN.AVE.

O tema geral das provas, defi-nido pela Comunidade Intermu-nicipal do Ave, é a “GastronomiaMinhota o Passado, o Presente eo Futuro”. Com esta temática, pre-tende-se estabelecer um paraleloentre a tradição, a cozinha con-temporânea, as novas técnicas etendências do futuro.

Podem concorrer na primeiraedição deste concurso, os alunosdos cursos de formação e educa-ção de nível IV da área de hotela-ria, dos seguintes estabelecimen-tos de ensino: Escola ProfissionalProfitecla; Escola Sec. Martins Sar-mento; Agrupamento de EscolasCamilo Castelo Branco; Didáxis –Vale S. Cosme; Oficina – EscolaProfissional do Instituto Nun’ Al-vres; Escola Sec. D. Sancho I; Esco-la Secundária de Caldas de Vizela.

O Concurso CHEF IN.AVE éuma iniciativa que tem como obje-tivo sensibilizar e motivar os jo-vens para as práticas empreende-doras, promovendo o espírito deiniciativa e o dinamismo nos con-celhos envolvidos e o desenvol-vimento de toda a Região do Ave.

Para participar os alunos deve-rão enviar até às 19 horas de 29de fevereiro o Formulário de Can-didatura do Concurso CHEF IN.AVE devidamente preenchido,para o seguinte endereço eletró-nico: [email protected]. O Formu-lário de Candidatura encontra-sedisponível em: www.inave.pt ||||||

CONCURSO É DIRIGIDOA ALUNOS DA ÁREA DAHOTELARIA. INSCRIÇÕESTERMINAM DIA 29

VIZELA

Podem concorre to-dos os alunos doscursos de formação eeducação de nível IVda área de hotelaria

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ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 19

´INQUERITO“Ainda há promessas da‘primeira temporada’ doDr. Joaquim Couto por cumprir”INQUÉRITO A JOSÉ MANUEL MACHADO, VEREADOR, SEM PELOURO, DACÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO, ELEITO PELOS PSD/PPM.

José Manuel Machado, 52 Anos, écasado, natural e residente em Vila dasAves, profissional do setor bancário.

Ao longo de mais de 18 anos departicipação autárquica, foi membro daAssembleia de Freguesia de Vila dasAves (1997-2013), e membro da As-sembleia Municipal de Santo Tirso(2005-2013). Atualmente é Vereadorsem pelouro na Câmara Municipalde Santo Tirso. Militante do PSD, foio segundo elemento eleito na listada coligação PSD/PPM nas últimaseleições autárquicas.

Desde muito novo esteve ligadoà comunicação social local, desempe-nhou funções na Rádio Aves, Rádioe Jornal da Trofa e Jornal Correio doDouro. Manteve uma relação de pro-ximidade no Jornal Entre Margens ena Cooperativa Cultural de Entre-os-Aves de que foi presidente.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Santo Tirso é um concelho com mui-tas oportunidades perdidas! A devo-lução do Hospital de Santo Tirso àSanta Casa da Misericórdia foi a maisrecente oportunidade perdida parao reabilitar.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Mais cultura e menos política. Nãome parece ser o local adequado parao funcionamento de serviços muni-cipais de natureza diversa da cultu-ral. Este equipamento fez 10 anos emjulho de 2015. Era a oportunidadepara uma reflexão e debate em tornodo seu modelo de gestão e funcio-namento.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Ainda há promessas da “primeira tem-porada” do Dr. Joaquim Couto nacâmara que estão por cumprir! As

ruas e os passeios precisam urgente-mente de uma reparação geral aolongo de todo o concelho.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?“Palpites só no fim do jogo”! Masneste caso temo que não vá haverjogo…

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Não tenho tamanha ambição, o lemada minha participação autárquica aolongo dos últimos dezoito anos foi,e continuará a ser, a defesa conscien-te dos superiores interesses da popu-lação.

A Casa de chá, no Parque D. Maria IIdá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Este espaço traz-me à memória o tem-po em que Santo Tirso tinha referên-cias únicas invejáveis.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Havia termas no Amieiro Galego.

Eu faria um abaixo-assinado para…… que não encerrem a urgência noHospital de Santo Tirso.

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Na casa de sempre, desde 1892!

Eu pagava para…Usar uma rede de transportes públi-cos adequada às necessidades daspopulações do concelho.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Na década em curso.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Já não vou em “futebóis”!

Com quem é que gostava de se coli-gar?Com o progresso e desenvolvimentodo concelho…

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Sim, é Maria do Céu. Mas não co-nheço o gestor/programador cultu-ral...

Quantas vezes já esteve em Rabada?Muitas!

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?Parque de estacionamento…

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Ele já se interrompeu uma vez, masainda assim sufragaram o seu regres-so!

A quem dava com um pau de selfie?Eu não sou de combater com essetipo de instrumentos, reprovo todo ouso indevido de recursos, materiaisou imateriais.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Enquanto não aderir à realidade…

A quem oferecia uma medalha demérito?À população do concelho. |||||

JOSÉ MANUEL MACHADO

“Eu pagava para usaruma rede de transportespúblicos adequada àsnecessidades daspopulações do concelho.

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20 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

DESPORTO

FUTEBOL // DISTRITAIS

17 - LEIXÕES 36

18 - BENFICA B 36

19 - PENAFIEL 35

20 - V. GUIMRÃES B 35

21 - MAFRA 34

23 - ORIENTAL 31

22 - SANTA CLARA 34

3124 - UD OLIVEIRENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - SC BRAGA B 45

10 - VARZIM 43

11 - OLHANENSE 42

12 - SPORTING B 40

13 - COVILHÃ 39

15 - ATLÉTICO 38

14 - AC VIZEU 39

3716 - FARENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - FC PORTO B 59

02 - CHAVES 55

03 - FEIRENSE 55

04 - FAMALICÃO 52

05 - PORTIMONENSE 50

07 - GIL VICENTE 49

06 - FREAMUNDE 49

4808 - CD AVES

SEGUNDA LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL / CD AVES

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Na deslocação a Lisboa para jogarcom a equipa B do S.L.Benfica, de cer-teza que o Aves não esperava o des-fecho que teve a partida, uma derro-ta por 2-1, pois estava moralizadopela série de resultados positivos eu

Sucessão de vitóriasinterrompida comduas derrotas seguidasDEPOIS DA DERROTA COM O BENFICA B POR 2-1, O AVES VOLTOU APERDER PONTOS, EM FASE CRUCIAL DO CAMPEONATO,DESTA VEZ EM CASA, FRENTE AO AFLITO ORIENTAL, POR 1-0.

obtivera até ao jogo com o Olhanen-se (1-0), da 29ª jornada, realizadoa 13 de fevereiro. Mas, quando oárbitro quer ser protagonista não hájustiça que valha. Os homens de Ulis-ses Morais marcaram cedo por inter-médio de Jander (aos 10 minutos)mas o Benfica não acusou o golosofrido e, passados 2m, numa joga-

da de contra-ataque repôs a igualda-de por intermédio de Raphael Guzzo.

Depois de uma primeira parte do-minada pela Aves, na 2ª tivemos maisdo mesmo. A equipa avense na lutapela vitória contra um Benfica desor-ganizado e contra uma equipa de ar-bitragem duvidosa que ao longo dapartida teve uma “dualidade de crité-rio” por demais evidente, quer a ní-vel técnico quer disciplinar que aca-bou por influenciar o resultado final.Sendo que, a situação mais flagranteao minuto 79, onde Ericsson é cla-ramente derrubado por três homensdo Benfica em plena área e o árbitroachando que era forçado, mostrou o2º amarelo ao jogador do Aves di-tando a sua expulsão.

Posto isto, apesar de estar a jogarcom 10, a formação de Vila das Avesnão baixou os braços e continuou alutar pela vitória. Mas, mesmo ao cairdo pano sofreu o golo da derrota tor-nando o resultado ainda mais injusto.

No jogo a contar para a 31ª jor-nada do campeonato, o Aves volta aperder e desta vez em casa, com mais

uma equipa de Lisboa – o Oriental.Os lisboetas apresentaram-se em Viladas Aves com uma postura defensi-va, durante quase toda a partida, masa dez minutos do fim, souberam apro-veitar uma falha da defensiva avensepara passar para a frente no marcador.Dessa forma, O Oriental levou os trêspontos que lhe “veio dar uma pe-quena lufada de ar fresco”, tendo emconta que esta nos últimos lugaresda tabela. Enquanto, que o CD Avesperante a conjugação de resultadosacontecidos nesta jornada, poderiater dado grande salto um lugar maispróximo dos primeiros da tabela.

A equipa Avense desloca-se aoLeixões no próximo sábado em bus-ca da vitória num jogo que se adivi-nha bastante difícil. O Desportivo dasAves encontra-se neste momento na8ª posição na tabela classificativa,com 48 pontos a 7 pontos do 2ºclassificado, o Chaves. |||||

IMAGEM DO JOGO DO ÚLTIMOFIM DE SEMANA. DESPORTIVODAS AVES PERDE, EMCASA, COM O ORIENTAL

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ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 21

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A equipa de futsal do Aves compro-meteu a possibilidade efetiva de dis-putar a fase final de subida com aderrota caseira diante o Caxinas. Masvoltou a acreditar no tão desejado obje-tivo, apesar de ser muito difícil, depoisda vitória expressiva na Póvoa, por umcategórico 0–6 e do empate do Caxi-nas perante o S. Mateus. Teremos as-sim campeonato até à jornada final.É justo dizer que os comandados deHugo Oliveira, realizaram um dospoucos jogos ao nível do seu real va-lor, por isso, só será surpresa o resul-tado final, para quem não assistiu. |||||

Depois do equilíbrio da 1ª jornadada 2ªfase do Campeonato de Portu-gal Prio – fase de manutenção, ondeo Tirsense venceu em casa por 2-0o Cinfães e o S.Martinho tambémvenceu por 2-1 no terreno do Mon-dinense FC, a história repetiu-se na2ª jornada da fase de manutenção,desta vez com tal equilíbrio traduzi-do em empates. O FC Tirsense empa-tou em Amarante (1-1) e está nestemomento em quarto lugar na série C,enquanto o S.Martinho empatou emcasa frente ao Arões e está neste mo-mento em segundo lugar na série B.

A próxima jornada está marcadapara o próximo domingo: O FC Tir-sense vai novamente jogar fora, des-ta vez contra a UD Sousense e o S.Martinho ruma a Felgueiras. ||||||

Equipas de SantoTirso empatamna fase demanutenção

CAMPEONATO DEPORTUGAL PRIO

FUTSAL

Desportivo das Avesna máxima força

O Karaté Shotokan de Vila das Avesesteve presente no Open Internacio-nal de Karaté do Porto, organizadopelo Núcleo Português de Karaté(NPK) e realizado no Pavilhão RosaMota no passado dia 13 do corren-te mês de fevereiro.

Os oito atletas de Vila das Avespresentes estiveram em excelente pla-no obtendo quatro vitórias e seis pó-

KARATÉ

dios, vencendo todas as finais em queparticiparam. Emma Barros (katas in-fantis), Lea Barros (kumite menos de47kg juvenis), Júlio Silva (kumite maisde 48 kg juvenis), Tânia Barros (ku-mite menos de 53 kg, cadetes) pro-tagonizaram as vitórias. Já EmanuelFernandes (kumite seniores, menosde 70 kg) obteve o segundo lugar eAna Pinto (kumite seniores menosde 60 kg) o terceiro. “Este é um traba-lho de qualidade que se faz há mui-tos anos no Karaté Shotokan de Viladas Aves que tem agora instalaçõespróprias na antiga Escola da Ponte,onde é possível treinar mais vezes ea alto nível”, refere a associação.

Entretanto, no passado fim de se-mana, decorreu na Costa do Sol, Bar-reiro, a quarta jornada da Liga Olím-pica e nela participaram e venceramas respetivas categorias Tânia Barrose Manuel Ribeiro. Também participounesta competição o atleta Iuri Silva.Tânia Barros, por ter vencido quatrodas cinco jornadas organizadas pelaFederação para encontrar o campeãonacional da Liga Olímpica, já é a ven-cedora e Manuel Ribeiro, que tem vin-do a subir de forma depois de umaparagem devida a um acidente de via-ção, está muito próximo de vir a ser ovencedor nacional da sua categoria.

ASSOCIAÇÃO DE KARATÉDE VILARINHO E ASSO-CIAÇÃO R.C.D.NEGRELENSEA Associação de Karaté de Vilarinhotambém esteve presente no OpenInternacional que decorreu no Pavi-lhão Rosa Mota, no Porto, com osatletas Daniel Azevedo (kata infan-til), Mariana Faria (kumite juvenil) eRui Faria (sénior masculino), tendoMariana Faria alcançado o terceirolugar da sua categoria.

A Associação R. C .D. Negrelenseparticipou no mesmo torneio comdois atletas, Luciano Pinto (kata infan-til) e Bruno Fernandes (kata e kumite,cadete) que mesmo não alcançandoo pódio, tiveram atuação meritória. |||||

Shotokan de Viladas Aves somaseis idas pódiono Open do Porto

TÉNIS

O Clube Ténis do Bairro venceu aprimeira etapa do Circuito Btennis2016, torneio de amadores dis-putado em meados deste mês, noOpen Village Sports Hotel & Spaem Guimarães. Com mais de cercade 30 inscritos no quadro mascu-lino e pela primeira vez um torneiofeminino em simultâneo, o even-to teve lugar em 5 courts indoor,devido ao mau tempo.

O torneio feminino desenro-lou-se em terra batida e a grandevencedora, sem qualquer derrotana prova, foi Rita Sousa do referi-do clube. No quadro masculino,jogou-se um qualifying comAdriano Silva, Marco Rodrigues,Rui Silva e Pedro Nuno Silva, ten-do este último ganho e, assim, teracesso ao quadro principal da pro-va. Para que todos os participan-tes fizessem, no mínimo, dois en-contros, os que vencessem a pri-meira ronda continuariam no qua-dro principal e, os vencidos, o qua-dro de consolação. Este quadrosecundário teve como vencedoro atleta dos Arcos de Valdevez,André Sá. Já no quadro principalo vencedor foi Victor Azevedo, doClube Ténis do Bairro que apóster derrotado Nuno Braga encon-trou na final Ricardo Mendes ten-do vencido por 6/3;3/6;10/3.

O Clube Ténis do Bairro comsede na Quinta de Vila Verde, fez-se representar com cerca de 10 atle-tas no quadro masculino e 3 atle-tas no quadro feminino, alcançan-do o 1º lugar com o jogador Vic-tor Azevedo e com a jogadora RitaSousa. A próxima etapa do Circui-to Btennis raliza-se este fim de se-mana, outra vez em Guimarães. |||||

Bairro entraa ganhar noCircuito Btennis

EM CIMA, OS ATLETAS DOKARATÉ SHOTOKAN DE VILA DASAVES. EM BAIXO, OS KARATECASDA ASSOCIAÇÃO DE VILARINHO

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22 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

VILA DAS AVESJúlio Azevedo

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Riba de Ave, com 74 anos de idade, falecidoem Vila das Aves no dia 28 de Janeiro de 2016. O funeralrealizou-se no dia 30 de Janeiro, na Capela Mortuáriade Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indo de seguidaa sepultar no Cemitério de Vila das Aves. Sua famíliarenova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTOS. MARTINHODO CAMPO

Eusébio do Sacramento Cardoso MoreiraA família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila Boa do Bispo - Marco de Canaveses,com 63 anos de idade, falecido no Hospital S. João noPorto no dia 25 de Janeiro de 2016. O funeral realizou-se no dia 27 de Janeiro, na Capela Mortuária da Vila deS. Martinho do Campo, para a Igreja Paroquial, indode seguida a Cremar no Cemitério de Paranhos - Porto.Sua família renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTOVILA DELORDELO

Maria da Glória Martins MoraisA família participa o falecimento da sua ente querida,natural de S. Martinho do Campo, com 81 anos deidade, falecida nos cuidados continuados de Delães nodia 26 de Janeiro de 2016. O funeral realizou-se no dia27 de Janeiro, na Capela Mortuária da Vila de Lordelo,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar noCemitério da Vila de Lordelo. Sua família renova ossinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Maria Albina Perreira

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de S. Romão de Cornado, com 90 anos deidade, falecida em França. O funeral realizou-se no dia4 de Fevereiro, na Capela Mortuária da Vila de Lordelo,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar noCemitério da Vila de Lordelo. Sua família renova ossinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

Maria da Glória Fernandes de Abreu

A família agradece a todas as pessoas das suas relaçõeseamizade que assistiram à Missa do 1º Aniversário desua ente querida, que foi celebrada pelo seu eternodescanso, no Domingo 14 de Fevereiro de 2016, pelas11 horas, na Igreja Paroquial da Vila de Lordelo.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

MISSA 1º ANIVERSÁRIOVILA DAS AVES

António Ferreira Certo

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 87 anos de idade, falecidono Hospital de S. Tirso no dia 8 de Fevereiro de 2016. Ofuneral realizou-se no dia 9 de Fevereiro, na CapelaMortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indode seguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves. Suafamília renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Francisco de Oliveira Ferreira

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Rebordões, com 76 anos de idade, falecidono Hospital de Guimarães no dia 6 de Fevereiro de2016. O funeral realizou-se no dia 7 de Fevereiro, naCapela Mortuária da Vila de Lordelo, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO S. TOMÉNEGRELOS

José Sousa da Costa

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 53 anos de idade, falecidono IPO do Porto no dia 4 de Fevereiro de 2016. Ofuneral realizou-se no dia 5 de Fevereiro, na CasaMortuária da Vila de S. Tomé de Negrelos, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

Manuel Magalhães de Azevedo

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Pedralva - Braga, com 62 anos de idade,falecido no Hospital de Guimarães no dia 10 de Fevereirode 2016. O funeral realizou-se no dia 12 de Fevereiro,na Capela Mortuária da Vila de Lordelo, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

S. TOMÉNEGRELOS

Rosa Maria Ribeiro Meireles

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de S. Tomé de Negrelos, com 83 anos de idade,falecida no Hospital de S. Tirso no dia 17 de Fevereirode 2016. O funeral realizou-se no dia 18 de Fevereiro,na Casa Mortuária da Vila de S. Tomé de Negrelos, paraa Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

Júlio Fernandes Lopes

A família participa o falecimento do seu ente querido, natu-ral de Lordelo, com 79 anos de idade, falecido no Hospital deGuimarães no dia 18 de Fevereiro de 2016. O funeralrealizou-se no dia 19 de Fevereiro, na Capela Mortuária daVila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo de seguida asepultar no Cemitério da Vila de Lordelo. Sua família renovaos sinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

DIVERSOS

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Estrelado Monte

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ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016 | 23

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

No passado dia 8 de fevereiro, faleceu o Sr. ArmandoFerreira Pimenta, com 75 anos, casado com a D. MariaDuarte Gomes, residente na Rua de S. João.

Sr. Armando Ferreira PimentaAgradecimento Vila das Aves

Sua esposa, filhos(a) e demais família vêm assim, muito sensibi-lizados, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelasprovas de carinho e amizade que lhes foram endereçadas aquandodo falecimento do seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

No passado dia 25 de janeiro, faleceu a D. ErmezindaMartins Ribeiro, com 86 anos, viúva do Sr. Basílio deSousa Magalhães de Araújo residente no Lugar da AldeiaNova - Vila de S. Tomé de Negrelos.

D. Ermezinda Martins RibeiroAgradecimento Vila S. Tomé de Negrelos

Sua filha e neto e demais família vêm assim, muito sensibilizados,agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do faleci-mento da sua ente querida.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

entreMARGENSASSINE E DIVULGE

HORÓSCOPO ZODIACOPRIMEIRA QUINZENA DE MARÇO DE 2016

Por: Maria Helena ||||| [email protected]

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: O Julgamento, que sig-nifica Novo Ciclo de Vida. Amor: Fortepoder de conquista e habilidades de re-tórica vão dar-lhe a possibilidade de con-seguir o que deseja. Que os seus desejosse realizem!Saúde: Energia em alta epensamentos positivos são os seus for-tes aliados.Dinheiro: Requer-se mais diplomacia nolocal de trabalho para poder obter oque mais deseja. Pensamento positivo:Eu valorizo os meus amigos.

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: O Dependurado, quesignifica Sacrifício. Amor: Tendênciapara a dispersão e a tristeza. Quando atristeza bate à sua porta, peça ao seuAnjo da Guarda que a mande embora.Saúde: O seu sistema nervoso está muitosensível, e isso causa-lhe grandes osci-lações de humor. Dinheiro: Pequenoslucros em novos investimentos. Pensa-mento positivo: Estou atento a tudo oque se passa à minha volta.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: 2 de Ouros, que signi-fica Dificuldade, Indolência. Amor: Pe-ríodo de tranquilidade em que a família

requer toda a sua atenção e cuidado.Seja paciente e compreensivo com aspessoas que vivem a seu lado! Saúde:Uma onda de energia positiva está a darum novo vigor à sua vida. Dinheiro: En-trada de novos recursos, que trarão novofôlego à sua vida. Pensamento positivo:Eu tenho Fé para ultrapassar todos osmomentos.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 7 de Copas, que sig-nifica Sonhos Premonitórios. Amor: Di-namismo e confiança serão importan-tes ajudas no campo sentimental estasemana. Plante hoje sementes de opti-mismo, amor e paz. Verá que com estaatitude irá colher mais tarde os frutosda alegria. Saúde: O sistema renal estámuito sensível esta semana, beba mui-tos líquidos e ingira alimentos como okiwi, que evitam a prisão de ventre. Di-nheiro: As suas economias estão a decair,deve conter-se mais pois de contrário vaiter um pequeno desfalque nas suas pou-panças. Pensamento positivo: Tenhocuidado com o que digo e com o quefaço para não magoar as pessoas queamo.

LEÃO (22/07 a 22/08)

Carta Dominante: O Diabo, que signifi-ca Energias Negativas. Amor: O seu com-panheiro vai dar-lhe provas do grandeafecto que sente por si. Que a sua almaseja bela e transparente! Saúde: Tenhaatenção pois poderá sentir tonturas equebras de tensão. Dinheiro: Ser-lhe-áexigido um maior empenho a nível pro-fissional. Pensamento positivo: Eu seique mereço ser feliz.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: 2 de Espadas, que sig-nifica Afeição, Falsidade. Amor: Irá sur-gir uma boa surpresa. Que o seu sorrisoilumine todos em seu redor! Saúde: Estána altura de ir ao dentista. Dinheiro:Não tome por certo aquilo que para já ésó promessa. Pensamento positivo: De-dico-me às pessoas que amo.

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: 3 de Ouros, que sig-nifica Poder. Amor: Não deixe que arotina tome conta da sua relação e usede criatividade. O seu bem-estar depen-de da forma como encara os proble-mas. Saúde: Não coma demasiados do-ces, pois isso só o prejudica. Dinheiro:Deixe de ser demasiado materialista epense mais no seu dia a dia. Pensamento

positivo: Eu valorizo os meus amigos.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: 4 de Copas, que sig-nifica Desgosto. Amor: As intrigas e asmás-línguas estão presentes na sua vida,mas mostre que é superior a tudo isso.Você merece ser feliz! Saúde: Poderáandar com a garganta um pouco irrita-da. Dinheiro: Não gaste mais do queaquilo que realmente pode, não se es-queça das contas que tem por pagar.Pensamento positivo: Vivo cada momen-to com felicidade.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: Valete de Copas, quesignifica Lealdade, Reflexão. Amor: Nãoseja tão casmurro e desculpe um amigo,pois ele gosta muito de si. A Realizaçãovem do balanço entre o dar e o receber.Saúde: Cuide da sua saúde espiritual. Dinhei-ro: Não deixe que a sua conta bancária fi-que com saldo negativo, seja prudente.Pensamento positivo: A alma não tem ida-de, jamais envelhece!

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: 10 de Paus, que sig-nifica Sucessos Temporários. Amor: Não

entre em depressão pois tudo na vidatem uma solução e mais cedo ou maistarde verá o seu problema resolvido. Aconfiança é a grande força da vida! Saú-de: Estará com o sistema nervoso des-controlado. Dinheiro: Tudo estará den-tro da normalidade neste campo. Pen-samento positivo: Procuro manter-mesereno e ouvir a voz de Deus!

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: 7 de Ouros, que sig-nifica Trabalho. Amor: Conseguirá apro-ximar-se de si e isso fará com que osoutros se aproximem também de si e ofaçam verdadeiramente feliz. Que o Amor sejauma constante na sua vida! Saúde: A suasaúde será o espelho das suas emoções.Dinheiro: Período favorável. Pensamen-to positivo: O meu coração está dispo-nível para o Amor.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: Rei de Paus, que sig-nifica Força, Coragem e Justiça. Amor:Seja o seu melhor amigo, e o amor flo-rescerá! A sua felicidade depende de si! Saú-de: Cuide mais do seu corpo. Dinheiro: Prestemais atenção ao seu saldo bancário nãodeixe que este baixe. Pensamento posi-tivo: Eu venço os meus medos!

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A FECHAR24 | ENTRE MARGENS | 25 FEVEREIRO 2016

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 17 de março

A Câmara Municipal de Santo Tirsoe a Junta de Freguesia de Vila dasAves assinaram na passada terça-fei-ra, 23 de fevereiro, o protocolo quevisa a cedência da Escola Básica deCense para o funcionamento de Uni-versidade Sénior. O acordo assenta,

Autarquia municipalcede instalações àUniversidade SéniorUNIVERSIDADE SÉNIOR VAI OCUPAR AS INSTALAÇÕESDA ANTIGA ESCOLA BÁSICA DE CENSE

segundo refere a autarquia em comu-nicado de imprensa divulgado estasemana, na política de preservação dopatrimónio cultural e no apoio às as-sociações do município, que tem vin-do a ser levado a cabo pela autarquia.

Com a presença do presidente da

Câmara Municipal, Joaquim Couto,e da presidente da Junta de Fregue-sia de Vila das Aves, Elisabete Faria,foi então celebrado o referido pro-tocolo de cedência, a título gratuito,

da Escola Básica de Cense à fre-guesia de Vila das Aves, tendo emvista o funcionamento da Universi-dade Sénior.

Esta é mais uma medida que vemao encontro daquela que é a visãoda autarquia para o reaproveita-mento do património desocupado.Na celebração deste protocolo, oautarca tirsense, Joaquim Couto, re-alçou “o importante trabalho desen-volvido pela Universidade Sénior deVila das Aves em prol da comuni-dade”. Joaquim Couto considerou,por isso, “fundamental a Universi-dade poder desenvolver a suaatividade num espaço condigno”.

A Escola Básica de Cense, pro-priedade do Município de Santo Tir-so, foi uma das diversas escolasencerradas, no âmbito do reordena-mento da rede escolar, operado noano letivo de 2014/2015. O espa-ço ganha agora uma nova vida. |||||

VILA DAS AVES

ASSINATURA DO PROTOCOLO DECEDÊNCIA REALIZOU-SE NAPASSADA TERÇA-FEIRANA CÂMARA MUNICIPAL

Nome: ............................................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................................Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

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